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Canto:
Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás. Contigo pelo caminho, Santa Maria vai...
Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viajantes...
Alegre-se. A saudação do anjo a Maria é expressa com chaire, uma palavra habitual no
grego da época para saudar, depois traduzida para o latim ave. Em seu significado
original, a palavra chaire remete ao verbo “alegrar-se”, “estar alegre”. (Bíblia Palavra Viva
- rodapé)
Ao ouvir o anúncio, Maria ficou confusa e perguntava o que esta saudação queria
dizer, e o anjo responde, não tenha medo...
Maria ficou com Isabel cerca de 3 meses, e então voltou para casa. A peregrinação é uma
caminhada de ida e de volta para casa (Maria peregrina).
NASCIMENTO DE JESUS
Os pastores visitam Jesus, e todos que ouviam os pastores ficavam maravilhados com o
que eles contavam. Maria, por sua vez, guardava todas essas coisas, meditando-as em
seu coração.
O evangelista Mateus narra a fuga de José, Maria e Jesus para o Egito e o seu retorno
após a morte de Herodes (Mt 2, 13-22)
Os pais de Jesus viajavam a Jerusalém todos os anos para a festa da Páscoa (Lc 2, 41-
52)
O sim de Maria não se resume ao momento de anunciação pelo Anjo Gabriel, mas se
estende por toda a sua vida...
Crer, portanto, é um eterno caminhar por ruas escuras e quase sempre vazias, porque
o Pai está sempre no meio de sombras espessas. A fé é isto, precisamente isto: peregrinar,
subir, chorar, duvidar, esperar, cair e levantar-se, e sempre caminhar como seres errantes
que não sabem onde dormirão hoje e o que comerão amanhã. Como Abraão, como Israel,
como Elias, como Maria. (LARRAÑAGA, p. 45)
A vida de Maria não foi turismo. Como todos nós, ela foi descobrindo o mistério de
Jesus Cristo, com a atitude típica dos pobres de Deus: abandono, busca humilde,
disponibilidade confiante. Também a mãe teve de ir peregrinando entre ruas vazias e vales
escuros, buscando pouco a pouco o Rosto e a vontade do Pai. Como nós.
RANIERO CANTALAMESSA
MARIA, CARTA ESCRITA PELA MÃO DO DEUS VIVO
Nossa carta sois vós, carta escrita em vossos corações, reconhecida e lida por todos os
homens. Evidentemente, sois uma carta de Cristo, entregue ao nosso ministério, escrita
não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas
de carne, nos corações! (2Cor 3, 2-3).
Não se fala com muita frequência de Maria no Novo Testamento. Todavia, se prestamos
atenção, percebemos que ela não está ausente de nenhum dos três momentos
constitutivos do mistério cristão: ENCARNAÇÃO, MISTÉRIO PASCAL e PENTECOSTES
ENCARNAÇÃO – Através de Maria o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Maria, mãe
de Deus; Maria, esposa do Espírito Santo; Maria, sacrário vivo; Maria, porta do Céu
MISTÉRIO PASCAL – “Junto da cruz de Jesus estava Maria sua mãe” (Jo 19, 25).
Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher
de Clopas, e Maria Madalena. Jesus, então, vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a
quem amava, disse à mãe: “Mulher, eis teu filho! Depois disse ao discípulo: “Eis tua mãe!”
E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa. (Jo 19, 25-27)
Através de Maria Deus fala à Igreja e a cada um de nós. Ela é uma palavra de Deus e
uma palavra grávida.
Maria é espelho para a Igreja num duplo sentido: primeiro, porque reflete a luz que ela
mesma recebe, como faz um espelho com a luz do sol; em segundo lugar, porque nela a
Igreja pode e deve “espelhar-se”, isto é, olhar-se e confrontar-se para tornar-se bela aos
olhos do seu celeste Esposo.