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XVIII Encontro Regional

Ibero-americano do CIGRE
Foz do Iguaçu - Paraná – Brasil, 21 a 25 de maio de 2023

CE-D1 – Análise comparativa de eficiência na limpeza nanotecnológica de


painéis fotovoltaicos
Gabriel Caminha de Araújo Costa – Filipe Bispo Lima – Fábio Rocha Barbosa

Universidade Federal do Piauí - UFPI

BRASIL
SUMÁRIO

- Introdução
- Objetivo
- Propriedades do produto testado
- Metodologia e análise de dados
- Resultados e conclusões
- Agradecimentos
Introdução

• Capacidade de energia solar instalada e prevista até 2025


• Participação da energia solar na matriz elétrica brasileira
• Busca pela diminuição das emissões de carbono

Desafio:
• Como manter a segurança energética do país com maior investimento nas
fontes renováveis?

Buscar maneiras de aumentar a eficiência energética, durabilidade e diminuição


de custos para a instalação e operação dos painéis fotovoltaicos
Introdução

Problemas encontrados na operação contínua de painéis fotovoltaicos:


• Acúmulo de poeira e detritos.
• Exposição direta a luz e calor, estimulando a degradação do painel.
• Manchas e pontos quentes pelo excesso de emulsificante na limpeza preventiva.

Fig.1 - Relação entre temperatura e tensão de operação do painel


Introdução

• A durabilidade do painel depende de


fatores ambientais.

• O material da camada superior do


painel deve possuir boa transmissão
de luz.

• A Limpeza completa e adequada pode


prevenir os problemas indicados nas
camadas subsequentes.

Fig.2 – Demais problemas encontrados


pela exposição dos painéis
Objetivo

• Estudar o ganho de eficiência dos painéis fotovoltaicos mediante a aplicação do


produto nanotecnológico e encontrar pontos de melhoria na sua formulação.

Foi prevista a análise de ganhos e potenciais em quatro áreas:


• Temperatura de operação do painel (ganho térmico)
• Eficiência da película autolimpante (ganho em durabilidade)
• Economia de recursos naturais (potencial de sustentabilidade)
• Eficiência energética do painel (ganho energético)
Propriedades do produto testado

• Trata-se de um produto a base de um óxido metálico de granulometria


nanométrica.
• Possui propriedade descontaminante, antitérmica, antiaderente e fóton repelente.
• É um composto hidrofóbico.
• Pode lidar com diferentes níveis de sujidade com aplicações entre 20 a 50 ml.

Fig.3 – Propriedade de fóton repelência do produto


Metodologia e análise de dados

• Para estudar os efeitos de aplicação do produto, montou-se o seguinte esquema


de testes:

Sistema de Painéis Análise de


telemetria fotovoltaicos dados

Produto
aplicado
Metodologia e análise de dados
Painéis fotovoltaicos
• Estrutura para o sistema de testes
• Escolha dos sensores e equipamentos adequados
• Estrutura de proteção para o sensor e sistema de telemetria

Dados do sistema:

• 410 Wp (Watt-pico)
• Menos de 1 ano de uso
• 25° de inclinação/solo
• Irradiância de 6h as 18h
• Mínimo sombreamento

Fig.4 – Estrutura e Posicionamento dos painéis Fig.5 –Sistema de proteção dos sensores
Metodologia e análise de dados
Sistema de telemetria
• Monitoramento em tempo real
• Uso de sensores, medidores e conversores para leitura e análise dos parâmetros obtidos

Fig.6, 7 e 8 – Sensores, controladores e medidores utilizados


Metodologia e análise de dados

Análise dos dados


• Exportação dos dados para nuvem (Plataforma ThingSpeak).
• Monitoramento de anomalias na transmissão de dados.
• Organização dos dados em tabelas e análise estatística (ANOVA).

Tratamento de dados
Resultados e conclusões
• Após organização, tratamento, monitoramento e leitura dos dados em 1 ano de testes, foi
possível verificar os seguintes dados:

Duração da película antitérmica: Duração da película autolimpante:


• Condições ideais – 12 dias • Condições ideais – 14 dias
• Projetado : 20 a 30 dias • Projetado: 40 a 60 dias
• Fortes chuvas – 3 a 4 dias • Fortes chuvas – 4 a 5 dias

Hidrofobia:
Parcial - verificada aglutinação no painel
Resultados e conclusões

• As películas não apresentaram a durabilidade pretendida.

• Nas condições ideais de operação, os resultados foram positivos.

• A hidrofobia parcial pode ter acelerado a degradação das películas.

• Houve significativa queda de temperatura (Pico de 8°C e média entre 4° e 5° C).

• Na soma das potências ao longo do dia, foi percebida uma diferença de 30 W.


Fig.9 – Curva comparativa de temperatura verificada
Agradecimentos

Agradeço a Universidade Federal do Piauí, pela disponibilização


da estrutura de testes, técnicos e laboratórios, e a QNQ
Neoindustria na figura do pesquisador Ismael Mendes, que
disponibilizou muitas amostras do produto para os testes.
Obrigado pela atenção!
Contato: gbr.caminha@ufpi.edu.br

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