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Documentação Comercial
Nesta quarta unidade do nosso curso apresentamos os principais documentos comerciais, sem os
quais o registo de qualquer facto patrimonial é proibido por lei comercial. Ao longo da unidade
vamos aprender o preenchimento dos documentos referidos. Mais adiante mostraremos o âmbito
de aplicação desses documentos na contabilidade, bem como o cálculo dos preços dos bens e
serviços transaccionados, de acordo com cada caso e os termos internacionais de comércio
(INCOTERMS) e do Código Comercial (C.Com).
Objectivos
1
Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.
Documentos Comerciais
São comprovativos das transacções comerciais realizadas pelos agentes económicos e servem de
base para os registos contabilísticos. Pois, de acordo com o Código Comercial vigente em
Moçambique, art. 45, nº 1, estabelece que os assentos lançados nos livros de escrituração
mercantil fazem prova entre empresários comerciais por factos relativos às suas empresas.
De acordo com o mesmo código, art. 43, nº 1, o empresário comercial deverá manter, sob sua
guarda e responsabilidade, a escrituração e demais documentos correspondentes à actividade
empresarial devidamente ordenados, durante dez anos ou enquanto não prescritas as obrigações
delas decorrentes.
Internos, são aqueles que sendo elaborados no seio da entidade se destinam exclusivamente
ao uso interno (folha de férias, de salários, notas de lançamento, requisição de matérias-
primas de um departamento para o outro, etc.).
Externos, são os que provêm ou se destinam ao exterior, ou seja, aqueles que justificam
transacções dentro e fora da entidade. Ex: Notas de encomenda, facturas, recibos, letras,
notas de débito, etc.
Os principais documentos comerciais utilizados são:
1. Nota de encomenda
2. Guia de Remessa
3. Factura
4. Nota de débito
5. Nota de Crédito
6. Recibo
7. Letra
8. Cheque
Prof. Doutor José Penane Chibomane 2
1. Nota de encomenda, é o documento onde o comprador especifica a mercadoria
pretendida, bem como as condições de entrega e pagamento. Geralmente preenche-se a
nota em duplicado, sendo a original para o vendedor e o duplicado para o comprador.
Entrega:
Condições de entrega
Prazo:
Tip.XXXXAut.MF O Comprador
_________________________________
(Assinatura e carimbo)
Tip.XXXXAut.MF O Expedidor
_________________________________
(Assinatura e carimbo)
………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
Receb________ as mercadorias constantes na V/ Guia de Remessa nº ______, que as confer_________ e que estão conforme
a n/ Encomenda nº_________.
____________, ____ de____________________de___________
O Destinatário
_________________________________
(Assinatura e carimbo)
FACTURA Nº ___________
____________, ____ de____________________de___________
TOTAL
Tip.XXXXAut.MF
Tip.XXXXAut.MF
_________________________________
(Assinatura e carimbo)
Tip.XXXXAut.MF
_________________________________
(Assinatura e carimbo)
Como recibo, poderá ser usada a própria factura, que contém o carimbo de “PAGO” ou
“RECEBIDO” e passa a chamar – se factura – recibo.
RECIBO Nº ___________
NUIT:_____________________
Tip.XXXXAut.MF
A Letra
A letra é um título de a ordem sujeito a formalidades, pelo qual uma pessoa – sacador,
ordena a outra, sacado, que pague a si ou terceiro, tomador, certa importância em
determinada data.
2
É uma fase em que o vendedor indica ao comprador o montante em divida, tendo em conta que o Total em
divida = valor das mercadorias – descontos + despesas de compra + IVA.
Sacador, é a pessoa que dá ordem de pagamento a outra, sacando lhe uma letra.
Aceitante, é a pessoa a quem é dada a ordem de pagamento e que tem de aceitar a letra,
responsabilizando – se pelo seu pagamento. Torna - se o sacado depois de aceitar.
Portador, é a pessoa que apresenta a letra ao pagamento. O portador da letra tanto pode ser
o sacador, como o tomador ou endossado.
Vencimento da Letra
É a data em que o portador da letra pode exigir o seu pagamento. Assim o vencimento pode ser:
Época de pagamento;
Lugar de pagamento;
É preciso realçar que quando não se indica a época de pagamento, entende – se que a letra é
pagável à vista;
Quando não se designa o lugar de pagamento, considera – se que será paga no domicílio do
sacador;
Quando não é mencionado o lugar onde foi passada, considera – se como tendo sido o do
domicilio do sacador.
1. Saque, é uma ordem de pagamento dada pelo sacador a outrem (aceitante) para que
pague a si ou a sua ordem.
2. Aceite, é o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra na data do vencimento. É o
acto de assumir o compromisso de pagar o valor da letra.
3. Aval, é uma garantia dada por terceiro, Avalista, ao pagamento total ou parcial da letra.
6. Desconto bancário, é operação pela qual o beneficiário endossa a letra a um banco, antes
do vencimento da letra, recebendo o produto líquido do desconto, i. é, o valor
facial/nominal da letra deduzido de juros e de mais despesas bancárias.
8. Reforma da letra, consiste na substituição da letra por uma ou várias letras com
vencimento (s) posterior (es). A reforma da letra pode ser Total, quando substitui – se na
totalidade do valor da letra e, Parcial, quando há um pagamento de uma parte,
substituindo – se o restante.
Modelo da Letra
Avalista Aceitante
MT 4)
3 )___________________________________ de _________________de 20_____
A 5 )___________________________________________________________pagará 6 ) ___________ por esta 7 )
única via de Letra 8 )
13 ) Impo sto de selo 12 )
Vn * 2/1000 - 1) valor 9 )__________________________________________________________________________________
Vn *4/1000 - 2) _______________________________________________________________________________________
A 10 )_________________________________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________ 11 )
Legenda:
1) Aplicável entre comerciantes
2) Aplicável entre comerciante e não comerciante
3) Local e data
4) Quantia em algarismos
5) Data de vencimento
6) V/Excia (termo de cortesia)
7) Minha ou nossa
8) Indicação do beneficiário (pe: a nós / a nossa ordem) e a quantia por extenso
9) Origem do valor (pe: referente a factura nº __)
10) Nome do sacado e endereço
11) Assinatura do sacador
12) Assinatura e a indicação da data pelo aceitante
13) Assinatura e a indicação da data pelo avalista
VN) Valor Nominal da Letra
O Cheque
É uma ordem de pagamento à vista dada pelo depositante, sacador, ao seu banqueiro,
depositário ou sacado, para que lhe pague a si ou a sua ordem, uma determinada quantia que
pode ir até ao montante do depósito.
O IVA, é um imposto aplicado em Moçambique que incide sobre a generalidade das transacções de bens e
prestações de serviços, efectuadas no território nacional, bem como a generalidade de importações.
Comerciantes;
Industriais e prestadores de serviços que desenvolvam actividades com ou sem fins
lucrativos;
Todas as entidades que importam bens;
Todos que mencionem IVA nas suas transacções;
O Estado e outras entidades públicas quando de forma significativa actuem como
agentes económicos (Telecomunicações, Distribuição de água, Electricidade, Transporte,
etc.).
Taxas Aplicáveis3
Em Moçambique a taxa normal de IVA é de 17%. No entanto existem produtos dedutíveis, por exemplo a 100% &
50%, 62% e 75%, (gasóleo, electricidade e água, respectivamente) e outros isentos do IVA, os chamados bens de
primeira necessidade, que pela sua natureza se identificam como produtos alimentares básicos (arroz, pão, sal
iodado, farinha de milho, leite em pó para lactentes até um ano, trigo, farinha de trigo, tomate fresco ou refrigerado,
batata, cebola, carapau congelado, petróleo de iluminação, jet fuel, bicicletas comuns e preservativos), etc.
3
Para mais informações consulte o Código do IVA (CIVA) - Lei Nº 32/2007, de 31 de Dezembro.
4
Note- se que em todas as fases de compra e venda o valor a canalizar ao Estado é igual ao IVA resultante de
vendas menos o IVA resultante de compras de bens e/ou serviços e sempre que tenha lugar a dedução do mesmo.
Seja:
CL = Compras líquidas VL = Vendas líquidas
ML = Margem de lucro VB = Valor bruto
O Património
Noção e elementos constitutivos
Toda a unidade económica para exercer a sua actividade, necessita de um certo conjunto de
valores, ou seja, de máquinas, edifícios, mercadorias, dinheiro, ferramentas e outros.
O património não se refere apenas aos edifícios, máquinas, mercadorias, dinheiro, ferramentas,
inclui também o conjunto de direitos e de obrigações resultantes das relações que uma unidade
económica estabelece no desenvolvimento das suas actividades.
6
Consideram – se bens o conjunto de elementos patrimoniais tangíveis (corpóreos)
7
Consideram – se direitos de qualquer unidade económica, as dividas a receber, ou seja, os créditos da empresa ou débitos de terceiros, que
representam valores a ela pertencentes.
8
Consideram – se Obrigações de qualquer unidade económica as dívidas a pagar, isto é, débitos da empresa ou créditos de terceiros, que
representam valores pertencentes a terceiros e que a empresa se obriga a pagar.
Os elementos patrimoniais são de vários tipos e, por conseguinte, heterogéneos, pelo que não
podem ser somados se não com base numa unidade de medida. É assim que todos eles vêm
traduzidos em valores monetários. Portanto, têm um carácter pecuniário, visto todos serem
susceptíveis de representação monetária.
Classificação do património
Património particular,é aquele que apesar de ser propriedade do comerciante não se encontra
adstrito à actividade comercial. Por exemplo: carro para uso particular do comerciante, bicicleta
do filho, geleira da esposa, etc.
Património nacional,
quando o património diz respeito a uma nação e incluirá o património
público (do Estado) e privado (das empresas e dos cidadãos)
No conjunto dos elementos patrimoniais, existem aqueles que são comuns a todos os
comerciantes (as disponibilidades, os direitos e obrigações) e outros que são específicos a
determinados comerciantes e nos indicam, portanto, o respectivo ramo da actividade
(mercadorias, matérias primas, equipamentos industriais, instalações comerciais, fabris, etc).
Massas patrimoniais
1. Massas gerais
A situação líquida (SL) corresponde a diferença entre o activo (A) e o passivo (P) ou seja:
SL = A- P
Se:
A>P Sla
A=P SL0
A<P SLp
Assim:
A+SLp = P+SLa
2. Massas parciais
2.1 Do activo:
Meios Financeiros;
2.2 Do Passivo – Credores diversos, inclui débitos a curto, médio e longo prazos.
2.3.1Situação liquida inicial (SLi), corresponde o valor inicial aplicado pelo comerciante à actividade
comercial. É determinado entre o activo e o passivo iniciais
(Si = Ai – Pi).
2.3.3 – Situação líquida final (SLf), igual a soma algébrica da situação líquida inicial (SLi) com a
situação líquida adquirida (SLa)
Trabalho prático
Em 1 de Março de 2007, o comerciante Nkanyine Distribuidor apresentava o seguinte património,
reportanto o início da sua vida comercial:
Designação Valor
Dinheiro em cofre 30.000,00
Depósitos 120.000,00
Débito de Musraf 25.000,00
Crédito a Joice 50.000,00
Saque a Mª, cliente 15.000,00
Aceites a Costa, fornecedor 40.000,00
Mercadorias diversas 190.000,00
Um computador da filha 40.000,00
Mobiliário do escritório 12.000,00
Máquinas calculadoras 18.000,00
Letras a pagar 10.000,00
Pretende -se que:
a) classifique e agrupe o património em bens, direitos e obrigações;
b) calcule os valores de activo e do passivo;
c) calcule o valor do património / situação líquida.
Bens
Dinheiro em cofre 30.000,00
Depósitos 120.000,00
Mercadorias diversas 190.000,00
Mobiliário do escritório 12.000,00
Máquinas calculadoras 18.000,00
Total 370.000,00
Obrigações
Aceites a Costa, fornecedor 40.000,00
Letras a pagar 10.000,00
Total 50.000,00
Pretende - se:
Meus caros, se entenderam as resoluções anteriores, têm, à seguir, dois exercícios por resolver:
Com base na informação que se apresenta, determine os valores de activo, passivo e de capital próprio da
empresa JPC, Lda.
Dívidas de clientes 625.000,00
Equipamentos administrativos 34.500,00
Dividas a fornecedores de mercadorias 445.000,00
Empréstimos bancários 125.000,00
Mercadorias em armazém 82.000,00
Depósitos em bancos 21.500,00
Divida ao Estado 13.000,00
Dividas aos sócios 25.000,00
Equipamentos de transporte 62.500,00
Chave do estabelecimento 7.500,00
valores em numerário 950,00
Quota na 2M 5.000,00
Dinâmica patrimonial
Os valores patrimoniais estão sujeitos a constantes variações, quer no sentido positivo (+), quer
no negativo (-), em consequência dos acontecimentos e das operações realizadas pelas
empresas.
Assim, todas as operações e acontecimentos que imprimem qualquer alteração ou variação dos
elementos patrimoniais designa – se factos patrimoniais.
Exercícios de Aplicação
Activo
Numerário 400.000,00
Depósitos 1.200.000,00
Créditos 600.000,00
Mercadorias 800.000,00
Equipamentos 300.000,00
Total do Activo 3.300.000,00
Passivo
Numerário ……………………………………………-100.000,00
Débitos………………………………………………..-100.000,00
B) Classificação do facto patrimonial:
Activo
Numerário (400.000,00 – 100.000,00) ….300.000,00
Depósitos 1.200.000,00
Créditos 600.000,00
Mercadorias 800.000,00
Equipamentos 300.000,00
Total do Activo 3.200.000,00
Passivo
Aceite a João Cossa 900.000,00
Débitos 500.000,00
Crédito de Albino Bento (100.000,00 – 100.000,00)..........…..0,0
Total do Passivo 1.400.000,00
Numerário ……………………………………………+200.000,00
Créditos………………………………………………..-200.000,00
Activo
Numerário (300.000,00 +200.000,00) …….500.000,00
Depósitos 1.200.000,00
Créditos (600.000,00 – 200.000,00)……400.000,00
Mercadorias 800.000,00
Equipamentos 300.000,00
Total do Activo 3.200.000,00
Passivo
Aceite a João Cossa 900.000,00
Débitos 500.000,00
Crédito de Albino Bento (100.000,00 – 100.000,00)……………………..0,0
Total do Passivo 1.400.000,00
Numerário ……………………………………………+400.000,00
Mercadorias…………………………………………..-280.000,00
Activo
Numerário (500.000,00 +400.000,00) …….900.000,00
Depósitos 1.200.000,00
Créditos 400.000,00
Mercadorias (800.000,00 – 280.000,00)……520.000,00
Equipamentos 300.000,00
Total do Activo 3.320.000,00
Passivo
Aceite a João Cossa 900.000,00
Débitos 500.000,00
Crédito de Albino Bento (100.000,00 – 100.000,00)…….........0,0
Total do Passivo 1.400.000,00
Equipamentos……………………..………………. .- 300.000,00
Activo
Numerário 900.000,00
Depósitos 1.200.000,00
Créditos (400.000,00 + 250.000,00)……650.000,00
Mercadorias 520.000,00
Equipamentos (300.000,00 – 300.000,00) …………...0,0
Total do Activo 3.270.000,00
Passivo
Aceite a JoãoCossa 900.000,00
Débitos 500.000,00
Crédito de Albino Bento (100.000,00 – 100.000,00)……………..0,0
Total do Passivo 1.400.000,00
Em 1 de Janeiro de 2008, o património de JOICE, Ldª era constituído pelos seguintes valores
iniciais:
ACTIVO PASSIVO SL
900,00 300,00 600,00
Pretende – se:
Dia 10. Venda de mercadorias em stock com uma margem de 25% sobre o preço de venda
Pretende – se:
14.3 A devolução de uma venda realizada com 50% de margem bruta constitui um facto:
a) Modificativo aumentativo; ( )
b) Modificativo diminutivo; ( )
c) Permutativo; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )
a) Modificativo aumentativo; ( )
b) Modificativo diminutivo; ( )
c) Permutativo; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )
a) Modificativo aumentativo; ( )
b) Modificativo diminutivo; ( )
c) Permutativo; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )
a) Modificativo aumentativo; ( )
b) Modificativo diminutivo; ( )
c) Permutativo; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )
14.7 Qual dos seguintes factos alteram o valor do património de uma entidade:
14.8 Qual dos seguintes factos não altera o valor do património da entidade:
Objectivos
A conta
1. Compreensão
O Título deve ser escolhido de tal sorte que revele imediatamente a natureza dos elementos que a
compõem, ou seja, nos dê a conhecer o seu conteúdo.
Por exemplo, O TITULO “2.2 – Mercadorias” diz – nos que agrupam nesta conta todos os bens
que o comerciante adquire para a revenda sem transformar; do mesmo modo, o TITULO “3.2 –
Activos Tangíveis” diz – nos que agrupam nesta conta todos os activos fixos corpóreos, isto é,
com carácter de permanência na entidade, normalmente superior a um ano.
2. Extensão
Requisitos da Conta
1. Imutabilidade do Título, o título de uma conta é sempre o mesmo, nunca varia, ou seja, o
ponto de vista de uma conta é fixo e imutável, modificá-lo equivalerá a cair numa outra
conta.
A conta é homogénea, no sentido de que todos os elementos que compõem devem, sem excepção
alguma, apresentarem o carácter que foi tomado para o ponto de vista. Este carácter ou ponto de
vista comum a todos elementos patrimoniais agrupados numa conta é a condição indispensável
para que ela se considere como homogénea.
Prof. Doutor José Penane Chibomane 29
3. Integridade ou integralidade, a conta deve incluir todos os elementos patrimoniais que gozam
das características comuns por ela definidas.
Classificação da Conta:
1. Quanto a natureza
2. Quanto ao grau
Contas do 1º grau, São contas do maior grau de generalidade. Por exemplo: 1.2 -
Bancos, 2.2 - Mercadorias, 4.1 - Clientes, etc. Todas as contas do 1º grau são também
colectivas.
Contas do 2º grau, são divisões de contas do 1º grau. Por exemplo:
1.2.1 – Depósitos a ordem é divisão de 1.2 - Bancos, 1.3.1- Clientes conta corrente, é divisão de
1.3 – Clientes, etc.
Quadro Resumo:
CONTAS
Colectivas Divisionárias (divisões) Subdivisões
1º Grau 2º Grau 3º Grau
1.2.1.1 - BCI
1.2.1 – Depósitos a ordem 1.2.1.2 - BIM
1.2.2.1- FNB
1.2 - Bancos
1.2.2 – Depósitos com pré aviso 1.2.2.2- B.Terra
1.2.3.1 – BN
1.2.3 – Depósitos a prazo
1.2.3.2 - BSTM
2.2.1.1- Mariana
2.2 - Mercadorias 2.2.1 – Arroz
2.2.1.2 - Sasseka
As contas que não encontram subdivididas noutras dizem-se contas singulares ou elementares.
Assim, por definição, não é possível que uma conta simultaneamente seja colectiva e singular.
8
Veja conceito nas páginas 11 e 13
Dispositivo da conta
(Título da conta)
O dispositivo da conta apresenta duas secções. A 1ª secção (lado esquerdo) é a do DEVE/ débito,
enquanto a 2ª (lado direito) é a do HAVER/crédito.
Debitar uma conta significa inscrever qualquer importância no lado do Deve/débito (D).
Creditar uma conta significa inscrever uma certa quantia no lado do Haver/ crédito (C).
Assim, ao comparar o débito e o crédito de uma conta três hipóteses podem ocorrer:
Prof. Doutor José Penane Chibomane 32
D > C o saldo diz – se devedor (Sd);
D = C o saldo diz – se nulo (So);
D < C o saldo diz – se credor (Sc).
Assim, se:
D > C Sd D = C + Sd
D = C So D = C
D < C Sc C = D + Sc
Encerrar uma conta, corresponde somar os valores das colunas do débito e do crédito, depois
compará-los a fim de conhecer a natureza do saldo. Importa referir que para saldar uma conta
(fecho) basta registar o saldo na secção mais fraca, ou seja, debitá-la ou creditá-la pelo valor
correspondente ao seu saldo, consoante este seja credor ou devedor, ficando então a conta
balanceada.
Reabrir uma conta, consiste em inscrever o anterior saldo da conta a débito ou a crédito,
conforme tenha sido devedor ou credor.
Exemplo de casos de: Debitar, Creditar, Encerrar uma conta, incluindo notas explicativas
200,00 100,00
450,00 450,00
a) o 1° razão (T) apresenta lançados à débito (lado esquerdo): i) = 100,00; 30) = 100,00 e por fim a soma = 200,00;
neste caso, diz -se que lançamos à débito/debitamos a conta 1.1-CAIXA, primeiro em 100,00, depois por 100,00, no dia 30
b) ainda o 1° razão (T), apresenta lançados à crédito (lado direito), 4) = 100,00, depois a soma = 100,00;
quanto a alínea "b", diz-se que lançamos à crédito/creditamos a conta 1.1-CAIXA o valor de 100,00, no dia 4
c) o 2° razão (T) apresenta lançados à débito (lado esquerdo): i) = 300,00; 10) = 150,00 e por fim a soma = 450,00;
neste caso, diz -se que lançamos à débito/debitamos a conta 2.2-MERCADORIAS, primeiro em 300,00, depois por 150,00, do dia 10
d) ainda o 2° razão (T), apresenta lançado à crédito (lado direito), 30) = 80,00, depois o "Sd" e por fim a soma = 450,00;
quanto a alínea "b", diz-se que lançamos à crédito/creditamos a conta 2.2-MERCADORIAS o valor de 80,00, no dia 30
e) determinamos o saldo da conta, neste caso devedor (Sd) e reforçamos o membro fraco, neste caso o de baixo valor,
d) ainda sobre os dois razões (Ts), diz-se valor (es) da(s) conta (s) o (s) saldo(s) da(s) conta(s), ou seja, 100,00 e 370.000,00,
respectivamente.
450,00 450,00
i) Lançamento de reabertura i) 370,00
…
Nota: Qualquer conta cuja natureza de saldo é credor (Sc), por exemplo as contas 4.2-
Fornecedores (passivo) ou 5.1-Capital social (capital), deverá ser tratada inversamente, ou seja,
passar este saldo (credor) para reforçar o membro fraco, a do débito, com a indiocação de “Sc”.
Prof. Doutor José Penane Chibomane 34
Movimentação Genérica das Contas (Veja a ordem das classes de contas no PGC)
Para o registo das variações ocasionadas por qualquer facto patrimonial, temos que saber:
2. Quais as contas que devem ser debitadas e creditadas, pela aplicação dos princípios
contabilísticos depois de verificados, relativamente a cada conta:
a) Se aumentou ou diminuiu; e
O património de JPC, Lda era constituído pelos seguintes elementos, referente ao início da sua
actividade comercial, em 1 de Março de 2014:
Prof. Doutor José Penane Chibomane 35
Património de JPC, Lda
Descrição Valores
Caixa 100,00
Depósitos 200,00
Mercadorias 300,00
Activos Tangíveis 500,00
Empréstimos obtidos 50,00
Capital inicial 1.050,00
Pretende –se:
a) Lançamento de operações iniciais nos razões esquemáticos;
b) Lançamento de operações correntes também nos razões esquemáticos.
Nota- considere:
i) Registo do património inicial; e’
ii) Registo das operações correntes dos dias 4 a 30.
DEVE 3.2 - ACTIVOS TANGÍVEIS HAVER DEVE 8.1- RES. OPER. HAVER
i) 500,00 31) 80,00 31) 100,00
31) 20,00
0,00 20,00
Em 1/02/07, o inventário inicial de de ABC – Ldª era constituído pelos seguintes elementos
patrimoniais:
Pretende – se:
Com o seguinte património inicial de Tai & Gravata, Lda, efectue lançamentos nos “Ts”:
Descrição Valores
Dinheiro em cofre 100.000,00
Deposito a ordem no BCI 800.000,00
Diversos artigos para a venda 2.000.000,00
Dívidas de clientes 1.100.000,00
Mobiliário de escritório 600.000,00
Meio de transporte 895.000,00
Dividas aos fornecedores 850.000,00
Empréstimos obtidos 690.000,00
Divida ao Estado 290.000,00
9
O património de ABC, Lda já foi classificado em contas e de acordo com PGC- NIRF (veja a classificação no lado
direito do exercício)
Descrição Valores
50 S/C de arroz para venda @ 280,00
Crédito s/ clientes 4.500,00
Notas e moedas 2.500,00
CHQS de Terceiros 2.000,00
Valores em bancos:
Em MZN 5.000,00
Em ZAR 250,00
Débito ao fornecedor 1.500,00
Notas e moedas em ZAR 90,00
Dia 20 – Desconto bancário da letra sacada no dia 6, tendo o produto líquido do desconto
totalizado 3.350,00 Mt
Pretende-se:
Compra 3,20Mt;
Venda 3,40Mt.
Na data do início da vida comercial da entidade Gigy & Hagy, em 01 de Julho de 2005 o seu
património era constituído pelos seguintes activos e passivos:
Pretende – se:
a) Classificação do património inicial em contas; Descrição
Dinheiro em
b) Registo das operações correntes nos quadros esquemáticos;
Dívida do cli
c) Cálculo dos saldos e encerramento de contas. Depósito a O
Dívida a Xike
Dívida do Cli
Mobilias em
Maquinaria
Depósito a p
Exercícios de múltiplas escolhas: Ferramentas
Dívida ao for
Edifício com
1. A conta: Viatura
a) Compreende um conjunto de elementos patrimoniais que se apresentam Mobiliário d
Quota na So
características heterogéneas; Empréstimo
b) Caracteriza – se por um título e uma extensão imutáveis; Cheque de t
Trespasse
c) Compreende um conjunto de elementos patrimoniais que apresentam características Acções adqu
Dívida ao IN
idênticas;
TOTAL
d) Corresponde ao valor em dívida.
5. Sempre que o valor do primeiro membro de uma conta é superior ao valor do segundo
membro diz – se que a conta apresenta:
a) Um saldo devedor; ( )
b) Um saldo credor; ( )
c) Um saldo nulo; ( )
d) Valores errados, pois o total do primeiro membro tem de ser igual ao total do segundo
membro: ( )
9. As contas de gastos:
a) Nunca se creditam; ( )
b) Debitam –se pelas diminuições de valores e creditam – se pelos aumentos de valores;(
)
c) Debitam – se pelos aumentos de valores, excepcionalmente, creditam – se pelas
diminuições de valores; ( )
d) Apresentam sempre saldos credores. ( )
a) Quanto a mecânica;
b) Quanto ao grau.
O Inventário
Assim, o inventário é a relação escrita (rol ou lista) dos elementos patrimoniais com a indicação
das suas quantidades, preços unitários e valores.
Classificação
Inventário geral, quando contém todos os elementos que constituem um dado património.
Inventário parcial, quando abrange apenas alguns dos elementos patrimoniais. Ex: Inventário
2. Quanto a apresentação:
3. Quanto a disposição:
Ex:
ACTIVO
Imobilizações 50,00
Mercadorias 20,00
CAIXA 10,00
Passivo
Fornecedores 35,00
ACTIVO Passivo
CAIXA 10,00
empresa
Finalidades do inventário
Observações
1. Não existem regras fixas para a apresentação dos inventários, mas apenas uma tradição
que responde a preocupações de ordem estética e funcional;
4. Os traços de soma devem ser feitos cerca de 1mm abaixo das linhas.
Transportes
(Fim da página)
Imobilizações
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
4 secretárias 3 600 00
8 cadeiras 1 000 00
ACTIVO
Transporte soma
Imobilizações
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Continuação 18 600 00
2 armários 1400 00
Normas:
1. A última linha de cada página destina –se sempre à soma / somas, a transportar para a
página seguinte;
2. A primeira linha da página seguinte destina –se ao título do trabalho e a segunda linha
ao transporte da página anterior;
Exercício 1
Numerário 13.250,00
2 computadores 16.980,00
2 viaturas .. 128.900,00
1 edifício 2.809,00
Exercício 2
1 Edifício 19.400,00
Estantes 40.000,00
Viaturas 3.120.000,00
Dívidas de:
M. Nhoxani 903.000,00
F. Tsakani 1.775.000,00
Saques nºs
6 s/ B. Magul 617.000,00
Secretárias 212.000,00
Cadeiras 71.000,00
Sofás 48.000,00
Total do Activo..............................................................................
Débitos a:
H. Mavanza 716.000,00
S. Palau 209.000,00
Acetes nºs:
O Balanço
Elaborado o inventário geral, torna – se necessário comparar o activo com o passivo, para
conhecer o valor e a natureza da situação líquida. É esta comparação que constitui o balanço.
A - P = SL / SL = A-P;
A+SLp = P + SLa;
A > P A = P + SLa
A = P A = P
Isto significa que quando comparamos o activo e passivo de um património são possíveis três
casos distintos, os quais correspondem a situação líquida respectivamente, as seguintes
designações, símbolos e valores e para o balanço expressão e géneros:
10
Veja também o modelo do Balanço no Decreto nº 36/2006, de 25 de Julho.
Balanço final, elaborado no fim de cada exercício económico. Entretanto há que referir
o seguinte, o balanço final de um exercício é precisamente o balanço inicial do exercício
seguinte;
2. Quanto a estrutura
Balanço analítico, apresentado com mais detalhes, isto é, com maior pormenorização de
dados;
Balanço Sintético, apresentado com menos detalhes, ou seja, os detalhes não vão para
além de grandes grupos de rubricas.
3. Quanto ao dispositivo
Balanço vertical
PASSIVO 1.000,00
SL 500,00
SL 500,00
Exactidão, o valor das contas deve espelhar a exactidão dos valores dos respectivos elementos
patrimoniais;
Integridade, deve incluir todos os valores patrimoniais do activo, passivo e mostrar a respectiva
situação líquida;
Uniformidade, deve existir uma certa uniformidade de critérios e normas ao nível sectorial/
nacional;
Trabalhos práticos
1. Elabore dois balanços sintéticos, partindo dos exercícios anteriores sobre inventário
(exercícios 1 e 2)
Caixa 40.000,00
Depósitos 1.120.000,00
Prof. Doutor José Penane Chibomane 56
Clientes 60.000,00
Mercadorias 80.000,00
Imóveis 20.400.000,00
Fornecedores 70.000,00
Dia 5- comprou mercadorias por 60.000,00, das quais 50% a p.p (pronto pagamento) e o
restante a 60 dias.
Dia 10 – Vendeu mercadorias por 90.000,00 que haviam custado 70.000,00. recebendo de
imediato 60% desta venda.
Dia 30, Reembolsou uma fracção de 70.000,00 de empréstimo bancário por meio de
transferência bancária.
Pretende – se: