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THIAGO SCHMIDT
PONTA GROSSA
2021
THIAGO SCHMIDT
Development of a test bench for the study and control of vibrations in robots
with flexible links
PONTA GROSSA
2021
___________________________________________________________________________
Fernanda Cristina Correa
Doutorado
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
___________________________________________________________________________
Angelo Marcelo Tusset
Doutorado
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
___________________________________________________________________________
Frederic Conrad Janzen
Doutorado
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
PONTA GROSSA
2021
Dedico este trabalho a minha família,
namorada e aos meus amigos, pelos
momentos de ausência.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho não poderia ser finalizado sem a ajuda e confiança de meu
orientador, Prof. Frederic.
À minha família, pelo apoio durante todos os momentos da graduação
À minha namorada Maria Helena, pela confiança e compreensão durante a
graduação.
À todos os professores da Universidade, que de forma direta ou indireta, cola-
boraram para a minha formação pessoal e profissional.
À equipe de Robótica DotBotz e seus membros, por me proporcionarem apren-
dizados que foram de grande valia para a vida e para a execução do presente trabalho.
Aos meus companheiros de equipe André e Rodrigo, por me auxiliarem durante
o desenvolvimento do projeto.
E por fim, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pelo apoio financeiro.
“Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.”
(Seneca).
RESUMO
SCHMIDT, Thiago. Development of a test bench for the study and control of
vibrations in robots with flexible links. 2021. 53 p. Undergraduate Thesis
(Bachelor’s Degree in Electrical Engineering) — Federal University of Technology —
Paraná, Ponta Grossa, 2021.
This work presents the development of a test bench with a robotic manipulator, with two
degrees of freedom, having a link with flexible characteristics. DC motors are considered
as actuators for moving the robot. The links were printed using 3D printers, in plastic
material PLA (Polylactic Acid) and flexible material TPU (Thermoplastic polyurethane).
After building the physical model, its characteristics were raised and the system was
mathematically modeled as a non-ideal system in the Modelica language, through the
openModelica software. In this way, it is possible to develop and validate different control
strategies in order to minimize non-ideal effects such as the influence that one link has on
the positioning of the other, or the influence of vibrations caused by the flexibility of one of
the links, on the positioning of the system. Through the model in the Modelica language,
techniques can be easily implemented and optimized and subsequently implemented
and validated on the developed test bench.
SIGLAS
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 PROBLEMÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2 OBJETIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1 ROBÔS COM ESTRUTURAS FLEXÍVEIS . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 MOTORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3 MICROCONTROLADOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 IMPRESSORAS 3D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.5 MODELICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 MATERIAL E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.1 PROTÓTIPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.2 ENSAIO DO MOTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.3 CIRCUITO DE ACIONAMENTO DOS MOTORES . . . . . . . . . . . 27
3.4 TESTES DE MOVIMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO . . . . . . . . . . . 31
3.5 ENCODER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.6 PROTÓTIPO FINAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.7 ATUADORES E SENSORES FLEXÍVEIS . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.1 PARAMETRIZAÇÃO DO PROTÓTIPO . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.1.1 Testes de deslocamento viga 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.1.2 Testes de deslocamento viga 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.1.3 Testes de deslocamento das vigas 1 e 2 . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
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1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, o auxílio de robôs para a execução das mais diversas
tarefas vem se tornando cada dia mais frequente. Manipuladores robóticos podem ser
encontrados desde centros de usinagem até atividades espaciais. Muitos recursos
vem sendo aplicados em pesquisas para um maior desenvolvimento em sistemas
robóticos. Com uma ampla gama de aplicações, a maior parte deste esforço científico
se concentra em satisfazer requisitos como menor custo, menor tempo de execução de
tarefa e manipuladores com menor peso, e, portanto, menor rigidez mecânica (LIMA,
2015).
A figura 1 apresenta o CANADARM2, um dos primeiros manipuladores robóticos
com elo e eixo flexível utilizados em ambiente espacial, equipado com câmeras de
sistema a laser para inspecionar áreas de difícil alcance garantindo segurança aos
astronautas (NOKLEBY, 2007).
1.1 PROBLEMÁTICA
1.2 OBJETIVO
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO DA LITERATURA
Para aplicações onde a massa tem um alto grau de influência, robôs com
estruturas flexíveis se tornam uma alternativa, pois ao construir um robô com materiais
como poliuretano termoplástico (densidade: 1,23g.cm3) em comparação com o mesmo
robô em aço (densidade: 7,6 g.cm3), podemos observar que o robô será praticamente
oito vezes mais leve.
Podemos realizar combinações entre elos e vigas flexíveis, reduzindo ainda mais
sua massa, mas em contrapartida, adicionando mais distúrbios a serem controlados
pelo sistema, pois reduzindo a massa acabamos por reduzir sua rigidez mecânica.
2.2 MOTORES
𝑉 = 𝑅𝑎 .𝐼𝑎 + 𝐸 (1)
𝐸 = 𝑘 1 .𝜙.𝑛 (2)
𝑉 − 𝑅𝑎 .𝐼𝑎
𝐸 = 𝑘1. (3)
𝜙
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𝑛 é a velocidade de rotação.
𝐾1 é a constante que depende do tamanho do rotor, do número de polos do
rotor e como esses pólos são interconectados.
𝜙 é o fluxo no entreferro.
Admitindo que a queda de tensão, representada por 𝑅𝑎 .𝐼𝑎 é muito pequena, a
equação pode ser reduzida para:
𝑉
𝑛 = 𝑘1. (4)
𝜙
𝜃𝑀 0 1 0 𝜃 𝑀 0 0
d
𝜏
· 𝜔 𝑀 = 0 − 𝑏 𝑘 · + − 1 · (5)
𝑣 𝑡 0
d𝑡 𝐽 𝑚 𝐽 𝑚 𝐽𝑚 𝑉
1
𝐼𝑎 0 − 𝑘 𝑏 − 𝑅𝑎 u 𝐼𝑎 0
𝐿𝑎 𝐿𝑎 𝐿𝑎
Onde:
d𝜔M
dt𝑡 Aceleração Angular.
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2.3 MICROCONTROLADOR
Sua função neste projeto é a análise de dados, lidos pelos respectivos pinos e
também o envio de sinais para que seja possível o acionamento dos motores de acordo
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2.4 IMPRESSORAS 3D
2.5 MODELICA
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 PROTÓTIPO
𝑉 − 𝐼𝑎 .𝑅𝑎
𝐾𝑏 = (6)
𝜔𝑀
𝐸 𝑏 = 𝑘 𝑏 .𝜔 𝑀 (7)
𝐸 𝑏 .𝐼𝑎
𝑇𝑏 = (8)
𝜔𝑀
𝑇𝑣 = 𝐵.𝜔 𝑀 (9)
𝐽
𝜏𝑚 = (10)
𝐵
Após a análise dos dados, pode-se concluir que a taxa de redução da caixa
redutora é de 6:1, ou seja, para cada 6 voltas que o eixo do motor realiza, com a caixa
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aplicar sinais nos pinos ENABLE, 1A, 2A, 1B, 2B e alimentar os pinos VCC1 e VCC2,
conforme indicações de uso da folha de dados fornecida pelo fabricante.
A Quadro 2 mostra o tipo de sinal que deve ser aplicado e qual será a ação do
motor após o acionamento do CI.
Fotografia 7 – Imagem de um
potenciômetro
Fotografia 8 – Imagem de um
Push-buttom
movimentação para as duas vigas. A rotina então foi definida por meio de um intervalo
de tempo de movimentação, pois as vigas não poderiam ultrapassar 180º, pois, caso
isso viesse a acontecer, as conexões entre os motores e seu circuito acionador seriam
interrompidas ou danificadas devido ao contato da viga com as conexões.
A rotina foi desenvolvida da forma que o intervalo de tempo entre a movimenta-
ção das vigas não seja síncrono, para que o sistema gere uma vibração a partir desta
falta de sincronismo, tendo como objetivo analisar formas de se controlar a vibração do
conjunto desenvolvido.
Pode se observar durante o desenvolvimento da rotina a necessidade de uma
maior tensão ser aplicada no motor responsável pela movimentação da viga 1, pois
o conjunto além de sua própria massa, ainda tem em sua extremidade a fixação do
segundo motor com a segunda viga acoplada. Além de uma maior tensão, o tempo em
que o motor é acionado também foi necessário ser acrescido para que a amplitude de
movimento de 180º fosse obtida.
Outro parâmetro necessário para que o sistema operasse de forma desejada
foi a utilização da função millis, encontrada na biblioteca de programação do Arduino.
Ela tem como função operar como um relógio do microcontrolador, o qual inicia uma
contagem de tempo com o início da execução do código.
Apenas implementando a função em questão, foi possível que as duas vigas
tivessem um funcionamento independente e de forma simultânea, pois se apenas
utilizarmos um atraso por meio da função delay, o microcontrolador irá executar uma
função e em seguida a outra, pois esta função põe o microcontrolador em um estado
de espera durante o tempo programado, executando as instruções, uma após a outra.
Após a conclusão da programação e dos ajustes necessários, a movimentação
ainda não apresentava um mesmo padrão durante o intervalo de tempo em que os
motores eram acionados. Isso se deve ao tipo de construção dos motores utilizados, os
quais para diminuir a velocidade e amplificar o torque em seu eixo, foram adicionadas
caixas de redução do tipo redução por estágios.
Com a troca de sentido feita de forma brusca, as caixas de redução “saltam”
estágios, não completando os 180º de amplitude de movimento. Para solucionar o
problema e permitir o desenvolvimento de um controle mais preciso, foram adicionados
dois encoders, um em cada motor, para obter a informação e controlar os motores por
meio da informação de sua posição.
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3.5 ENCODER
Para que seja possível um melhor entendimento da posição dos ímãs e encoders
posicionados no protótipo, podemos observar os detalhes dando um zoom no projeto,
apresentado pela figura 14 .
Este sensor varia sua resistência conforme sua deformação. Para comprovar
esta característica, foi realizado um ensaio no sensor para demonstrar a variação de
sua resistência de acordo com a quantidade de deformação aplicada, o qual pode ser
observado na figura 16.
Pode-se observar com o ensaio realizado que, quanto maior a deformação,
maior é a resistência do sensor. Conforme dados do fabricante, sua resistência quando
dobrado pode variar entre valores de 17,5k ohms até 32k ohms.
Já o segundo tipo é um fio com a função de atuar em cima da segunda viga, para
controlar os níveis de vibração. Formado por uma liga de níquel e titânio, denominada
39
Nitinol, este fio tem como característica se contrair de acordo com a intensidade da
corrente aplicada sobre suas extremidades, além de possuir um efeito de memória de
forma.
O material conhecido popularmente como muscle wire, opera em duas fases,
uma fase chamada Austenita, ocorrendo com altas temperaturas e a outra fase, Mar-
tensita, ocorrendo com baixas temperaturas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fotografia 14 – Valores a
serem
percorridos
pelas vigas
Foi realizado também o mesmo tipo de teste, mas agora com a movimentação
da viga 1 desligada e da viga 2 ligada. A interferência da movimentação da viga 2 em
relação a viga 1 é menor, pois o momento de inércia da viga 1 é maior, sendo necessária
uma maior força para gerar movimento. Isso pode ser observado na figura 4, a qual
apresenta o gráfico de deslocamento angular da viga 1 desligada, em função do tempo.