Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os Segredos Que Nosso Corpo Falam
Os Segredos Que Nosso Corpo Falam
www.manuscrito.pt
facebook.com/manuscritoeditora
© 2017
Direitos reservados para Letras & Diálogos,
uma empresa Editorial Presença
Estrada das Palmeiras, 59
Queluz de Baixo
2730-132 Barcarena
O PODER DA LINGUAGEM
CORPORAL
Lembre-se que comunicar não é aquilo que diz ou faz, mas sim
o que os outros percebem do que diz ou faz.
Como comunicamos?
Esta resposta é simples, comunicamos através de palavras, do
tom de voz e da linguagem corporal! O mais difícil é saber qual o
elemento mais importante quando comunica com outras pessoas no
dia a dia.
Quando termina uma conversa, lembra-se mais das palavras que
foram ditas ou da forma como a pessoa o fez sentir?
As expressões faciais, os gestos, o tom de voz, a velocidade, o
ritmo, o volume e o conjunto de movimentos são os elementos com
maior responsabilidade na transmissão de uma mensagem, muito
mais do que as palavras. Como nos dizem os estudos efetuados ao
longo dos tempos, começando pelo de Albert Mehrabian, pioneiro
em pesquisas sobre linguagem corporal, a mensagem entre duas
pessoas frente a frente é transmitida na seguinte proporção:
7% — verbal (somente as palavras);
38% — tom de voz (velocidade, ritmo e volume);
55% — linguagem corporal (gestos, expressões faciais, postura,
movimentos).
Agora, foi muito mais fácil porque já sabe o que procurar e onde o
encontrar.
Tal como no exercício da seta, o mesmo acontece no dia a dia
com os movimentos, gestos ou expressões faciais mais importantes,
que ocorrem à nossa frente e não vemos, tornando-nos mais
vulneráveis a ameaças iminentes ou mais suscetíveis a perder
grandes oportunidades.
Saber os significados dos gestos, movimentos e expressões
faciais torna-se insignificante se não souber quando, como e o que
observar, não só com os olhos mas também com o resto dos
sentidos. Sabemos que recebemos as mensagens através dos
nossos sentidos na medida de 87% através dos olhos, 9% dos
ouvidos e 4% dos outros sentidos, mas não é por isso que devemos
deixar de estar atentos ao que ouvimos, como as alterações do tom
de voz, ou aos cheiros, para identificar o tipo de perfume que usa ou
perceber que alguém mudou de perfume.
A observação é como se de um músculo se tratasse, temos de
a treinar para ficar mais forte e criar um método para a tornar
mais eficaz.
Esta etapa final poderá demorar até quatro minutos. É aqui que
todas as avaliações conscientes e inconscientes passam a
confirmações ou opiniões, isto porque poderá não corresponder à
verdade. Certa ou errada, a opinião está agora clara para a pessoa
que observa as características que mais o definem, como a
credibilidade, a simpatia, o estatuto social, a liderança, a cultura, a
autoestima, a motivação e a competência.
Esta confirmação irá acompanhar a pessoa para sempre, mesmo
que mude de opinião após a primeira impressão. Se tiver o azar de
alguma coisa correr menos bem, a tendência da pessoa será dizer:
«Desconfiei logo desde o início», «A mim nunca me enganou».
As primeiras impressões são simples opiniões, mas muito
importantes, porque todo o comportamento do outro vai adaptar-se
à primeira impressão e toda a interação irá decorrer mediante a
mesma. Se tiver a opinião de que é confiante, responsável e amigo,
com toda a certeza que a abordagem irá ser de abertura, de
cumplicidade, e a comunicação será fluida. Se, pelo contrário, tiver
uma primeira impressão de que é irresponsável, arrogante ou
manipulador, irá condicionar negativamente a comunicação ou
mesmo terminar a interação, sem a possibilidade de apresentar
argumentos para o conhecer melhor, e tudo se tornará mais difícil.
Já alguma vez reparou como costuma entrar em alguns locais
(trabalho, reuniões, apresentações, encontros de amigos, encontros
românticos ou entrevistas de emprego)?
O que faz normalmente? Sorri? Onde coloca as mãos? Olha
olhos nos olhos?
Conhecer o processo da primeira impressão é bom, mas ter a
consciência de como o faz é ótimo. Levá-lo-á a ter a perceção do
que pode aperfeiçoar e de quando o fazer para aumentar a
probabilidade de causar uma boa primeira impressão, e ainda ficar
na área do amigo, tornando tudo mais fácil.
Otimizar o processo para influenciar de uma forma positiva a
primeira impressão é simples e eficaz para muitas das situações do
dia a dia, basta usar a regra da SOPA, «que, tal como o nome
indica, deve ser servida no início»:
• Sorrir
DICIONÁRIO DA LINGUAGEM
CORPORAL
Para decifrar uma pessoa, não é necessário ver mais mas, sim,
ver melhor, é estar atento aos sinais e compreender os possíveis
significados e qual o gatilho que desencadeou esse mesmo sinal.
2.1 A cabeça
Acenar com a cabeça
Tal como a seta do exercício que fizemos, existe um sinal que
fazemos com a cabeça quando interagimos com outra pessoa a que
raramente damos a importância devida, perdendo a informação
mais verdadeira sobre a avaliação positiva ou negativa do outro.
Trata-se de acenar «sim» ou «não». Normalmente ouve o «sim» ou
vê o «sim»? Se ouve o «sim» verbal, existe uma maior
probabilidade de ser enganado.
O «sim» e o «não» mais verdadeiros são os não verbais, habitue-
se a vê-los. A pessoa pode estar a dizer que vai cumprir os prazos,
que gosta de si, que pode contar com ela e em todas as situações e
acenar que não com a cabeça. Em qual das mensagens acredita
mais? Se disse o acenar da cabeça, concordo consigo, porque,
lembre-se, 90% da linguagem corporal é inconsciente e, como não a
controlamos, é a mensagem mais verdadeira. A intensidade com
que abana a cabeça para dizer «não» depende do grau de
discordância: quanto mais rápido for o «não», maior o grau de
discordância, vai querer defender ou contrariá-lo. Se, pelo contrário,
o movimento do «não» for lento, a pessoa discorda menos e a
intenção de intervir e contrariar é menor ou nula. Com o acenar do
«sim», temos de o ler de forma contrária: se está interessado, o
movimento do «sim» vai ser mais lento; o mais rápido pode revelar
duas pistas — quer que termine para poder falar ou está aborrecido
e quer que acabe a conversa.
O queixo e o ego
Inclinar a cabeça
Os lábios
Bocejar
Ao repreender a minha filha por alguma asneira, muitas vezes ela
bocejava, e eu pensava tratar-se de um sinal indelicado, que
revelava tédio ou cansaço, e mais aborrecido ficava.
Bocejar tem como objetivo oxigenar o cérebro, no sentido de o
deixar mais alerta para uma possível ação. Este sinal peculiar pode
induzir a enganos, e temos de o ler mediante o contexto em que
acontece: se for em contexto de tensão, bocejar não revela tédio ou
cansaço, mas sim stresse, gerado pelo momento de tensão.
Desculpa, filha!
Tocar na cabeça
Onde tocam e como tocam na área da cabeça dá-lhe indicações
muito poderosas e úteis para conduzir uma conversa, um negócio
ou uma apresentação.
Nas situações que referi — de uma conversa, um negócio ou uma
apresentação —, se quem está a ouvir toca ou esfrega os olhos
mais tempo do que o normal, está, inconscientemente, a bloquear o
sentido da visão, o que indicia que a pessoa não gosta ou não quer
ver mais o que está a ver. O mesmo acontece com o toque no canal
auditivo: não quer ouvir ou não gosta do que está a ouvir. E, ainda,
tapar o nariz quando algo não lhe agrada.
Os toques nos olhos ou nos ouvidos podem ser uma simples
comichão. É importante para a avaliação saber se o sinal ocorre
depois de verbalizar uma opinião, um gosto ou fazer uma
declaração. Se o toque nos olhos, nos ouvidos ou no nariz
acontecer quando a pessoa fala, significa que ela não confia, não
acredita ou não gosta do que está a dizer, estes movimentos são um
reflexo da avaliação negativa do inconsciente.
O desconforto emocional perante algo que a pessoa considere
desagradável ou uma ameaça pode ser detetado através do toque
no pescoço. Nas mulheres é mais na covinha do pescoço ou brincar
com o colar; os homens esfregam a parte de trás do pescoço,
podendo, em ambos os casos, ser substituído pelo leve coçar detrás
da orelha.
Os sinais que revelam desconforto são percebidos como
submissão ou insegurança e prejudicam a sua imagem. Vou dar-lhe
a solução para evitar fazer gestos que revelem desconforto. A
melhor forma de acabar com um vício é iniciar outro, e no caso dos
gestos de desconforto temos de fazer o mesmo. No início, quando
tiver consciência de que está a fazer algum gesto de desconforto,
coloque a mão no queixo, os outros tê-lo-ão como mais sábio e
ponderado. Isto porque se trata de um gesto de avaliação. Agora
imagine que pode perceber e antecipar a tendência da avaliação de
uma pessoa pela forma como ela coloca a mão no queixo. Mais à
frente dar-lhe-ei esse poder!
Um homem coçar a barba ou a cara quando se aproxima dele é
uma pista masculina muito engraçada, que indica que não foi a
melhor altura para o interromper, que sentiu desconforto pela
invasão do seu espaço nesse preciso momento. Não significa que
não gosta de si, mas que não foi o melhor momento para o abordar.
No entanto, se ele beliscar o queixo, revela que está preocupado.
Este beliscar é comum a ambos os sexos.
2.2 Tronco
Posição do tronco
Estar sempre sentado inclinado para trás, encostado na cadeira,
não significa que a pessoa não goste de si ou do que está a ouvir,
normalmente são pessoas que gostam de observar de «longe».
Esta é uma característica primitiva dos dominantes, gostam de
analisar antes de decidir, valorizam mais os resultados do que
propriamente a ligação entre os dois. No entanto, inclinam o tronco
para a frente por duas razões: ou têm um elevado interesse e uma
maior ligação ou vão confrontá-lo no sentido de descobrir mais
sobre algo que não lhes agradou.
Na imagem seguinte, detete quem está interessado em quem.
Tocar no tronco
Mudam-se os tempos e o ato de decifrar pessoas tem de estar atento aos novos
sinais, por exemplo como descodificar possíveis significados pela forma como as
pessoas manuseiam os objetos, que são como uma extensão do corpo. Os mais
comuns são o manuseamento dos telemóveis e a forma como as senhoras usam as
malas.
Como fala ao telemóvel pode revelar se se trata de uma pessoa mais introvertida
ou extrovertida, pela distância entre o cotovelo e o tronco que adota normalmente ao
falar. Quanto maior a distância, mais extroversão demonstra; quanto menor a
distância, mais introversão. Os que normalmente afastam o cotovelo do tronco
enquanto falam ao telemóvel e numa conversa específica aproximam o cotovelo do
tronco, e até se viram para uma parede, revelam que necessitam de privacidade.
2.3 Membros
Uma boa pista para os homens que estão interessados em seduzir e necessitam
de saber mais sobre o sentimento delas é observar onde colocam a mala: se entre
os dois ou do lado oposto. Se elas põem a mala no meio dos dois, é como uma
barreira, não é um bom sinal de interesse; se a colocam no lado contrário, não
criando uma barreira, é um bom sinal, tal como deixar a mala perto de si ou pedir-
lhe para lha guardar.
As suas mãos
As mãos refletem, de uma forma mágica, o que o coração sente e
o que a mente pensa. Palavras sem movimentos de mãos perdem o
sentido, a força e a credibilidade. As mãos amplificam os
sentimentos e as palavras, conduzem a interação e ajudam a
influenciar.
Os dedos e as unhas
A título de curiosidade, mas útil para desvendar pessoas:
comparar o tamanho do dedo anelar com o do dedo indicador revela
se a pessoa tem mais tendências para comportamentos agressivos
ou se tem mais sensibilidade para lidar com as situações do dia a
dia. Se o dedo anelar é mais comprido do que o indicador, tem uma
maior tendência a ser uma pessoa mais dominante, autoritária e
agressiva; se o dedo indicador é mais comprido do que o anelar,
tem uma maior tendência para ser uma pessoa que gosta de
colaborar, ajudar, partilhar e é mais sensível. Se os dedos têm um
comprimento semelhante, é porque existe um equilíbrio entre a
agressividade e a sensibilidade. A diferença do tamanho dos dedos
deve-se aos níveis de exposição à testosterona no ventre da mãe,
que faz com que o dedo anelar seja mais comprido.
O estado das unhas revela algumas pistas importantes. Ter as
unhas roídas ou com espigões é sinal de insegurança e ansiedade;
unhas compridas e sujas revela desleixo, despreocupação ou falta
de higiene.
2.3.2 Pernas e pés
Pernas cruzadas
Cruzar as pernas pode ser interpretado de duas formas: se cruza
as pernas abaixo do joelho ou acima do joelho. Esta pista é válida
para quando está de pé ou sentado.
De pé, cruzar as pernas abaixo dos joelhos e ter ambos os pés
bem assentes no chão demonstra falta de confiança e desconforto;
sentado, este sentimento é revelado pelo entrelaçar das pernas.
Entrelaçar os pés nas pernas da cadeira e afastar os pés para
debaixo da cadeira demonstra um maior grau de insegurança ou
frustração.
2.4 Voz
Mais uma vez, a testosterona desempenha um papel essencial na
forma como os outros percebem a voz: inconscientemente,
associamos a uma voz com timbre mais grave um sentimento de
que a pessoa é mais forte, confiante e protetora, porque quem tem
maiores níveis de testosterona tem um timbre de voz mais grave, e
o cérebro reconhece que quem tem maiores níveis de testosterona
é mais forte e dominante, é um instinto primitivo.
O timbre
2.5 Objetos
2.6 Ambiente
Raiva☐☐Medo ☐☐Felicidade ☐☐
Nojo ☐☐Desprezo ☐☐
Mãos na cintura ☐☐
Sim ☐☐Não ☐☐
Faz o aperto de mão exercendo:
Sim ☐☐Não ☐☐
O seu tom de voz normalmente é:
Alto ☐☐Baixo ☐☐
Normalmente fala:
Devagar ☐☐Rápido ☐☐
Acena com a cabeça ao ouvir:
• Expressões faciais
• Conteúdo verbal
• Voz
• Linguagem corporal
Mentir faz o coração bater mais depressa, a pressão sanguínea
sobe, a respiração fica mais rápida, o pensamento acelera e toda a
tensão irá refletir-se no corpo através de expressões faciais,
movimentos, posturas, hesitações e tempos verbais desajustados.
Os sinais poderão surgir com maior ou menor intensidade mediante
a habilidade, a punição e o hábito da pessoa que mente.
Linha-base:
As pessoas têm padrões de comportamento repetitivos e
habituais, que fazem por diversas razões e que muitas das vezes
nos passam despercebidos. A este comportamento habitual
chamamos «linha-base». É bom criar o hábito de ter em atenção e
perceber qual a linha-base das pessoas com quem interage.
Experimente agora formar a sua linha-base:
Como fala?
Fala alto ou baixo?
Fala rápido, normal ou devagar?
Usa linguagem formal ou informal?
Usa enchimentos verbais («hum!», «ham!»)?
Postura?
Adota mais posturas abertas ou fechadas?
Senta-se inclinado para trás ou para a frente?
Movimentos?
Faz muitos ou poucos movimentos com as mãos?
Faz os gestos das mãos à frente do peito ou do umbigo?
É calmo ou irrequieto?
Expressões faciais?
Faz mais expressões faciais de alegria, tensão ou desconforto?
Ri alto, baixo, como o faz?
Como reage a momentos de tensão ou de conflito?
Com serenidade ou ansiedade?
Afasta-se ou aproxima-se da pessoa?
Confronta ou evita para não se chatear?
Ações diárias?
Qual a força do seu aperto de mão?
Como diz «bom dia»? Alegre ou sério?
Onde coloca a mão ao dar o beijo social?
Tem tiques nervosos?
É pontual ou atrasa-se com frequência?
Que tipo de roupa usa, formal ou casual?
Toca ou evita tocar nas pessoas com quem fala?
Peça ao seu parceiro ou a um amigo de confiança que lhe
responda às mesmas questões em relação ao seu comportamento.
Aproveite e confirme se as respostas coincidem ou se acrescentam
mais informação que possam ajudá-lo a ser um comunicador
melhor.
Poderia agora enumerar infinitas ações, movimentos, gestos,
posturas e expressões que definiriam melhor o seu comportamento-
base, só que iria tornar-se uma tarefa árdua.
Para simplificar e agilizar a definição da linha-base de uma
pessoa, criei e uso uma estratégia segundo as três técnicas que
referi em capítulos anteriores:
Durante a interação:
D — Domínio. Exibe mais sinais de domínio ou de submissão?
I — Interesse. Mais expressivo, mais agitado ou sereno?
C — Conforto. Exibe mais sinais de ansiedade, nervosismo ou
confiança?
A — Alerta. Sinais característicos da pessoa ou tiques?
E por fim:
«Encaixo» a pessoa num perfil comportamental: Certeza,
Autoridade, Amizade ou Ligação.
Terá de formar uma linha-base clara para aumentar a
probabilidade de detetar a mentira eficazmente. Sem esta
componente todo o processo da deteção da mentira tornar-se-á
demasiado aleatório e confuso, porque muitos dos sinais de alerta o
que revelam é um aumento de tensão emocional ou um raciocínio
excessivo perante o contexto apresentado. Imagine uma pessoa
ansiosa, que emitirá muitos sinais de tensão emocional de forma
natural, ou uma pessoa analítica, que demorará muitas vezes a
responder. Nestes casos não pode dizer que estas pessoas estejam
a mentir, porque é a linha-base delas. Nestes casos, deve verificar a
alteração da velocidade e frequência dos gestos de ansiedade ou
alteração brusca do tempo de resposta.
Tem de prestar atenção aos desvios da linha-base da pessoa e
perceber que houve uma alteração no comportamento normal.
Quando uma alteração acontece, existe uma grande probabilidade
de que esteja a acontecer algo de diferente. Uma pessoa que
normalmente sorri e fala muito com os braços e deixa de o fazer;
não usar perfume e começar a usá-lo... estas situações são uma
alteração ao comportamento-base. O ideal é questionar o que
poderá estar a acontecer.
Para se tornar um melhor «detetor de mentiras», além da
observação direta dos sinais não verbais, terá de criar também uma
análise ao comportamento-base inicial através de perguntas a que
supostamente a pessoa responderá a verdade. Posteriormente,
analisará as alterações do comportamento mediante a resposta à
pergunta. Quando existe uma alteração dessas reações, supõe-se
que a pessoa esteja a mentir ou que exista algo mais a investigar.
Expressões faciais
As expressões faciais indicam o que a pessoa está a sentir. Atrás
de uma expressão facial está uma razão. Pode usar as expressões
faciais para detetar a mentira pela incongruência emocional, quando
não são congruentes com o que a pessoa está a dizer ou a sentir.
Quando está feliz, terá de surgir a expressão facial de alegria, se
está triste terá de surgir a expressão facial de tristeza. Quando
apenas um dos lados do lábio se eleva, que é o que surge mais
vezes em tentativas de engano, isso significa desprezo. Revela que
a pessoa se sente superior e pode estar a demonstrar o prazer de o
estar ou ter enganado.
Exemplo de possível mentira:
«Desapareceu o filho e não exibe tristeza. Pelo contrário, quando fala sobre o
assunto, exibe a expressão facial de desprezo.»
«Estou mesmo feliz por ti!» Sorri e não surgem as rugas pés de galinha.
A expressão facial de nojo surge quando enruga o nariz, o que
revela «não gosto». Quando surge acompanhada de palavras
positivas, é uma incongruência.
Exemplo de possível mentira:
Conteúdo verbal
Respostas e perguntas: A forma como respondemos a
perguntas é um excelente indicador e pode surgir de várias formas.
Repetir a pergunta: A pessoa repete total ou parcialmente as
palavras da pergunta, como se não tivesse ouvido ou entendido.
Exemplo de possível mentira:
— És meu amigo?
— Hã! Quê? Claro que sou!
— Roubou a mala?
— Eu não tirei nada!
A pessoa substituiu o verbo da pergunta, «roubar», pelo verbo «tirar», na
tentativa de minimizar a gravidade da ação ou até a punição.
Voz
Mentir gera um aumento da tensão emocional; logo, o corpo
reage com a alteração dos batimentos cardíacos, o aumento da
respiração, e as cordas vocais não são exceção.
Linha-base da voz: A melhor maneira de detetar a mentira na
voz é formar a linha-base da voz. Fala alto ou baixo? Rápido ou
devagar? Formal ou informal? É grave ou aguda?
A voz altera inconscientemente quando existe tensão emocional
ou raciocínio excessivo associado à mentira. Quando as pessoas
mentem, a tendência é o tom de voz diminuir ou ficar inconstante, a
velocidade a que falam aumentar ou o tom de voz alterar
radicalmente em relação à linha-base. Desconfie das alterações de
voz. Murmurar no fim das frases também poderá ser um indicador
de mentira: é sinal de que não acredita no que diz.
Linguagem corporal
A técnica mais simples que conheço refere-se a um estudo de
uma universidade do Nordeste dos EUA que revela que, se durante
os primeiros quatro minutos de uma conversa surgirem quatro sinais
específicos, existe uma grande probabilidade de estar a falar com
um mentiroso. Se nos primeiros quatro minutos a pessoa toca na
cara, esfrega as mãos, afasta-se e cruza os braços, existe uma
maior probabilidade de estar a mentir.
Quatro minutos — quatro sinais
• Tocar na cara
• Esfregar as mãos
• Afastar-se para trás
• Cruzar os braços
Não confirmo que seja a técnica mais eficaz, mas se observar
estes sinais nos primeiros quatro minutos, fique atento.
A categoria em que é mais percetível a forma inconsciente de
responder, como paralisar, fugir ou lutar perante ameaças, é a da
linguagem corporal.
Reforço que nenhum sinal indica a mentira a 100% e deve ter
sempre em conta o contexto, se é de tensão ou não, para verificar a
congruência dos gestos.
Associamos normalmente movimentos, gestos de tensão
emocional, à mentira, só que o contexto poderá induzir esta mesma
tensão. Por exemplo, se estiver a falar sobre uma desgraça ou
momentos maus, é normal que a tensão surja, neste caso deve é
desconfiar se não houver movimentos, gestos de tensão emocional.
Lembre-se de que detetar mentiras é a habilidade de detetar
incongruências entre o verbal, o não verbal e o contexto, e o
importante na deteção de mentiras é reunir o maior número de
pistas de alerta e verificar se faz sentido considerá-las perante o
contexto em que estão inseridas. Portanto, recomendo todo o
cuidado na análise de situações que envolvam a mentira, para não
cometer equívocos que possam prejudicá-lo a si ou aos outros.
Existem indícios de mentira mais comuns. Quando observar
algum destes sinais, não julgue logo, procure aprofundar mais o que
quer ver esclarecido, de forma a observar mais sinais de mentira e
então confirmar esses mesmos indícios.
Olhos: «Quem não olha olhos nos olhos está a mentir» é um dos
maiores mitos no processo de deteção de mentira. Não existe uma
relação entre a falta de contacto visual e estar a mentir. Antes pelo
contrário, desconfie mais daqueles que olham olhos nos olhos por
períodos prolongados e de forma intrusiva. Existe uma maior
probabilidade de que estes estejam a mentir, porque querem
verificar se a mentira está a ser aceite e querem «fugir» ao mito com
medo de serem percebidos como mentirosos: trata-se de uma
compensação excessiva. O mais verdadeiro é o olhar em que a
pessoa desvia os olhos de vez em quando.
Antes de começar a falar, aumenta a frequência do piscar de
olhos?
Normalmente piscamos os olhos quinze a vinte vezes por minuto.
A frequência do piscar de olhos baixa enquanto a mentira é
construída e verbalizada; depois de a mentira ser verbalizada, a
frequência aumenta até oito vezes. Outra das pistas é que os olhos
tendem a mexer-se rapidamente de um lado para o outro e a piscar
demasiado num determinado momento.
Nada como praticar e confirmar através de um simples exercício.
Peça a um familiar ou amigo que se coloque à sua frente e conte
quantas vezes pisca os olhos em dez segundos.
De seguida, diga-lhe que é um «detetor de mentiras» e que vai
perceber quando é que ele está a mentir.
Peça-lhe que conte uma mentira ou uma verdade em dez
segundos; mantendo-se frente a frente, conte novamente a
frequência do piscar de olhos.
A frequência aumentou ou diminuiu? Se diminuiu, é porque se
trata de uma mentira com raciocínio; se aumentou, mentiu
emocionalmente.
Uma pista de alerta também fácil de observar é quando esfregam
um olho ao falar, é o inconsciente a revelar que não gosta do que
está a «ver».
Boca: Para mentir, temos de usar mais a capacidade cerebral e,
para isso, o cérebro necessita de uma maior irrigação de sangue,
gerando microcomichões, daí a maior frequência de toques na cara
quando mentimos. Contudo, as pessoas ansiosas também têm
maior tendência para tocar na cara, pelo que a melhor forma de
despistar é verificar a zona onde toca. O toque no canto dos lábios é
o melhor indicador, dada a menor quantidade de terminações
nervosas, logo menos suscetíveis a comichões devido a alergias ou
outro tipo de situações. Tocar na boca ao falar também pode revelar
que a pessoa não tem a certeza do que está a dizer.
Lamber a parte superior do lábio antes de falar é um indicador de
que vai tornar a história mais agradável e pode ser visto como uma
tentativa de manipulação.
Rir quando lhe fazem uma pergunta desagradável é um forte
indicador de alerta.
Engolir em seco ou de repente começar a beber mais água do
que o normal acontece porque o sistema nervoso automaticamente
diminui o fluxo salivar quando em períodos de tensão, o que
naturalmente faz secar a boca.
Exemplo de possível mentira:
«Pode responder a algumas questões?» A pessoa diz que sim e os pés mudam
de direção, apontando para a porta, ou se está sentado o pé começa a abanar
insistentemente.
5.1.1 Força
Antes de começar a decifrar o aperto de mão pela força, sugiro
que faça este exercício:
Numa escala de 1 a 10, sendo que um aperto de mão com pouca
força exercida é um 1 e um aperto de mão com muita força exercida
é um 10, dê um aperto de mão a outra pessoa com força 5, para
calibrar.
Agora faça um aperto de mão exercendo força 9 e a outra pessoa
com força 3!
Como se sentiu em relação à outra pessoa? Mais poderoso?
Mais dominante? Com mais controlo?
Agora inverta os papéis, faça um aperto de mão exercendo força
3 e a outra pessoa com força 9!
Mais poderoso? Mais dominante? Com mais controlo?
Após o exercício, e pelas respostas às perguntas «Mais
poderoso? Mais dominante? Com mais controlo?», irá ter a
consciência de como a outra pessoa o percebe e provavelmente se
sente em relação a si, mediante a força exercida durante o aperto
de mão.
Podemos identificar e interpretar três tipos principais de força:
• «Rabo de peixe»
• «Quebra-ossos»
• «Credível»
«Rabo de peixe»
O «rabo de peixe» é o aperto de mão mais detestável de todos e
acontece quando o aperto de mão é dado somente com as pontas
dos dedos; é exercida uma força mínima.
O que o faz ser o mais detestável é a perceção inconsciente de
uma falta de ligação, de que a pessoa não quer interagir ou ligar-se
emocionalmente, deixando desde logo a pessoa em desvantagem,
sendo percebida como pouco credível e com baixa autoestima.
A interpretação do «rabo de peixe» deve ser analisada de uma
forma diferente daquela que a perceção normalmente gera. O que
realmente revela é um desinteresse pela ligação emocional ou pela
ideia que está a apresentar. A pessoa que o faz não é fraca, sente
domínio intelectual, tende a ser mais calculista, analítica, não gosta
do toque e não valoriza a socialização com os outros.
Se estiver sempre a limpar as mãos, pode também ter um
comportamento obsessivo-compulsivo com a limpeza.
No entanto, quando se deparar com os apertos de mão «rabo de
peixe» ou «quebra-ossos», tem de agir para contrariar o domínio
que as pessoas desejam exercer sobre si, quer seja domínio
intelectual, quer seja físico.
«Credível»
O «credível» ocorre quando se exerce a mesma força que a outra
pessoa (à exceção do «rabo de peixe» e do «quebra-ossos»). A
força a exercer no «credível» deve ser entre 6 e 8 numa escala de 1
a 10. Esta firmeza é fundamental para garantir uma boa imagem de
líder, de credibilidade e de confiança.
Alguns apertos de mão prejudicam a sua imagem de
credibilidade, por este motivo deve evitá-los.
«Rabo de peixe» (nível de credibilidade percebida 1) — É o
aperto de mão mais detestado pela maioria das pessoas. O «rabo
de peixe» irá associá-lo a um caráter fraco e a falta de
compromisso.
«Quebra-ossos» (nível de credibilidade percebida 1) — É o
aperto de mão mais temível. O «quebra-ossos» irá associá-lo a um
comportamento demasiado agressivo e ditador.
Agarrar a ponta dos dedos (nível de credibilidade percebida 2) —
Quando agarra só as pontas dos dedos para cumprimentar, este
aperto de mão irá associá-lo a um comportamento de falta de
confiança.
«Arranca-mão» (nível de credibilidade percebida 3) — Agarrar a
mão e puxá-la para si com força. O «arranca-mão» irá associá-lo a
um comportamento de insegurança e controlador.
«Abanador» (nível de credibilidade percebida 4) — Abana, abana,
abana. Este aperto de mão parece não ter fim. O «abanador» irá
associá-lo a um comportamento solitário e desesperado por
atenção.
«Abanador»
Agarram-lhe a mão e não a soltam e começam a abanar
excessivamente. É um indicador de que a pessoa quer, necessita e
exige a sua total atenção ou de que se sente desvalorizada. Para a
influenciar, terá de lhe dar total atenção e ouvi-la.
Técnica para anular a tentativa de domínio:
Enquanto abanam, dê pelo menos duas palmadas ligeiras com a
mão esquerda na mão do «abanador», isso enviará a mensagem
subliminar de que terá de terminar a interação.
Agarrar ou colocar indicador no pulso
Um aperto de mão em que a outra pessoa lhe agarra o pulso com
a mão esquerda é uma demonstração territorial e de domínio sobre
si e sobre o local onde estão no momento do aperto de mão. Aquele
que agarra o pulso tem a perceção de que domina e controla o
espaço e as pessoas. No entanto, se só coloca o indicador no pulso,
é somente uma forma subliminar de exercer poder e controlo sobre
a pessoa.
O movimento de colocar o dedo no pulso só deve ser feito em
homens, visto o pulso nas mulheres ser uma zona erógena. Se o
fizer numa mulher, será interpretado como um abusador, é uma
invasão do espaço pessoal.
Técnica para anular a tentativa de domínio:
Muitas das técnicas consistem em igualar o movimento ou o
gesto feito pelo outro de forma a não reconhecer o nível de controlo
e de domínio. Se lhe agarram o pulso, agarre o pulso; se lhe
colocam o indicador no pulso, responda da mesma forma.
RELAÇÕES PROFISSIONAIS
6.1 A liderança
Qual é a relação entre a liderança e a linguagem corporal?
Emitimos sempre sinais. Na maior parte do tempo nem reparamos
nos sinais que adotamos mediante as diversas situações, em certos
gestos e posturas que nos denunciam de uma forma óbvia.
Quantas vezes conversou com alguém que afirma ser um bom
líder e todo o seu corpo transmite sinais do contrário?
A liderança é a arte de comandar e influenciar de forma positiva o
modo de pensar e os comportamentos das pessoas. Este
sentimento traduz-se de uma forma não verbal através da
linguagem corporal. Para se tornar mais credível, não basta
somente afirmar que é um bom líder, é preciso parecê-lo.
É líder ou liderado?
Se:
• anda à frente do grupo
• ocupa mais espaço (tem posturas abertas)
• faz um bom contacto visual (não confundir com o contacto visual intrusivo e excessivo,
esse não é de líder)
• faz mais gestos e movimentos de poder (movimentos calmos e suaves, fala com as
palmas das mãos para baixo e com os pés afastados)
• ocupa a maior parte das vezes a posição central em fotografias de grupo
• tem uma maior tendência para colocar a mão nos ombros dos outros...
Então tem uma maior tendência para ser o líder nessa situação
específica.
1. Andar cabisbaixo
Postura encolhida, andar com a cabeça baixa, olhar para o chão
e com o queixo caído.
Solução: Postura direita, ao caminhar deve olhar em frente e o
queixo tem de ficar na horizontal, se o elevar demasiado irá parecer
arrogante.
2. Não olhar olhos nos olhos
Quando não olha nos olhos, as pessoas têm tendência a
desconfiar de si e a vê-lo como uma pessoa com fraca liderança,
tímida e menos competente.
Solução: Ao falar, mantemos, em média, o contacto visual entre
40% e 60% do tempo, e ao ouvir uma média de 80%. Uma pesquisa
demonstrou que, para estabelecer um bom entendimento e a
aprovação dos outros, é preciso que o contacto visual seja de 60% a
70% do tempo. As pessoas que mantêm uma média de 70% tendem
a conseguir com mais facilidade uma imagem de confiança e de
elevada liderança.
5. Vitimizar
Frases ditas com um tom de voz fraco e a soar a queixa, como
«Como sou burro!»; «Estúpido!»; «Tive muita sorte!»; «Acontece-me
sempre a mim!».
Solução: Fale num tom de voz firme, calmo. Não grite, porque
gritar revela falta de controlo, nem use os sinais «huummm!» ou
«haaaam!» ao falar, pois será percebido como menos confiante e
credível.
10. Má postura
Postura curvada e ombros descaídos sinalizam falta de liderança
ou falta de confiança, tal como quando se senta na ponta da cadeira
ou demasiado relaxado pode transmitir falta de compromisso.
Solução: A postura é também uma forma de transmitir o nosso
estado mental. Se estamos chateados, temos uma postura caída,
mas se estamos alegres, todo o corpo desafia a gravidade. Tenha
uma postura o mais direita possível e faça mais gestos que
desafiem a gravidade, como sorrir.
6.2 Negociação
O que estará o cliente a pensar? O que sente? Como me vê?
Como está a avaliar a minha proposta? Todas estas questões
passam pela cabeça de um negociador e podem agora ser
respondidas, mesmo antes de o cliente falar. Estar à espera de que
o cliente fale para conhecer a sua decisão é um caminho árduo e
torna mais difícil de concretizar um negócio de forma positiva.
Depois de o cliente verbalizar a decisão, e especialmente se for
negativa, mais difícil se torna convencê-lo do contrário, isto porque
todos somos «pessoas de palavra» e não gostamos de ser
percebidos como o contrário, o que tornar mais difícil mudar a
suposta decisão.
Compramos mais àqueles de que gostamos e em que
confiamos.
Para ler, interpretar e influenciar clientes tem de,
conscientemente, identificar o tipo de perfil comportamental do
cliente, para saber como deverá ajustar a sua comunicação, os
pontos ou pistas de interesse, desinteresse, conforto ou
desconforto. Ter consciência clara destas pistas dá-lhe o poder da
antecipação na negociação, poderá perceber se o caminho que a
negociação está a tomar está de acordo com os objetivos
pretendidos e evita perdas de tempo desnecessárias na aposta de
certo tipo de serviços ou produtos que o cliente muitas das vezes
rejeita, não verbalmente, à partida.
Para decifrar um cliente, terá de ter em conta um conjunto de
sinais: a linguagem corporal, a maneira como o cliente se veste, o
carro que conduz, a forma como atende os seus próprios clientes, o
estado do espaço do escritório ou das instalações, as atitudes e o
comportamento perante e com os colaboradores. Todos estes sinais
ajudá-lo-ão a influenciar melhor o cliente.
Antes de saber decifrar um cliente, um excelente negociador terá
de trabalhar as competências não verbais, para criar ligação e
credibilidade logo no primeiro contacto e ser percebido como
«amigo» e não «ameaça» ou «indiferente», porque o cliente só está
disposto a ouvi-lo ou a acreditar naquilo que diz se o perceber como
«amigo».
Sabia que 64% das vendas são malsucedidas devido a erros de
linguagem não verbal?
Não ter a consciência do que a sua imagem como negociador
revela é uma das causas de insucesso nas negociações. São as
fracas ou incongruentes mensagens não verbais, como uma má
postura, um aperto de mão errado, um olhar inseguro ou intenso,
roupa inadequada, que levam a resultados negativos na maior parte
das vezes.
6.2.1 Seja um vendedor bem-sucedido
Numa altura em que o mundo está cada vez mais competitivo,
com produtos e serviços semelhantes, as características destes
mesmos produtos ou serviços deixam de ter uma maior relevância
na escolha do cliente. O que mais influencia a decisão do cliente é a
pessoa que o vende e a habilidade desta em emitir e interpretar as
mensagens não verbais certas, nos momentos certos, e evitar erros
que «matam» a venda. Isto tem um peso enorme no processo de
negociação.
Sinais a evitar que «matam» a venda:
• Contacto visual fraco
• Aperto de mão inadequado
• Postura desleixada
• Aparência descuidada
• Incongruências entre o verbal e o não verbal
• Tocar na cara em demasia
• Mãos não visíveis (mãos nos bolsos, atrás das costas ou debaixo da mesa)
• Invadir o espaço pessoal do cliente (aproximar-se demasiado ou colocar objetos na
mesa do cliente sem autorização)
• Posturas cruzadas (cruzar os braços e/ou as pernas)
• Gestos exagerados com as mãos (gesticular muito com as mãos ou mexer muito com
os braços)
• Gestos repetitivos (tamborilar com os dedos, mexer em anéis, clicar constantemente a
caneta, abanar o corpo)
• Não sorrir
Conforto ou desconforto
Pedido de mais informação
Tendência de avaliação
Não fale de preços enquanto o cliente tiver os braços cruzados,
pois ainda não confia em si.
Não fazer um bom contacto visual. Não necessita nem deve fazê-
lo durante 100% do tempo, mas sim durante 60% a 70% do tempo.
Balançar na cadeira de um lado para o outro, tremer com o pé.
Para diminuir a probabilidade de o fazer assente bem os dois pés.
Esconder as mãos debaixo da mesa, o que pode revelar que está
a esconder informação. Não confiamos em pessoas que escondem
as mãos, ao mostrá-las vai ser percebido como mais credível e
honesto. Também não deve gesticular em demasia, que é associado
a desorganização.
Sentar-se com posturas cruzadas ou de uma maneira inadequada
revela desinteresse ou desleixo. Sentar-se frente a frente faz com
que aumente o stresse e a ansiedade e torna-se intimidativo. Para
tornar a conversa mais fluida, deve posicionar o tronco num ângulo
de 30°, sentar-se de modo a que a parte inferior das costas encoste
nas costas da cadeira, inclinar-se ligeiramente para a frente com as
mãos em cima da mesa e ter em atenção que não deve inclinar-se
demasiado para a frente, nem colocar os cotovelos em cima da
mesa, para não ser percebido como ameaça.
Tocar em excesso na cara ou fazer gestos repetitivos. Quando
está nervoso ou tenso, os gestos pacificadores surgem com mais
frequência, é um processo inconsciente com a intenção de o
acalmar. Tocar na cara é o mais frequente, portanto evite tocar na
cara, mexer no cabelo, esfregar as mãos uma na outra ou esfregar o
braço. Estes gestos pacificadores podem indicar ou ser percebidos
como desonestidade.
Acenar constantemente que sim com a cabeça trata-se de um
movimento prejudicial que demonstra submissão ou desinteresse.
Só deve ser feito no final das frases, no máximo três vezes. Use a
inclinação da cabeça para influenciar o entrevistador. Ao inclinar a
cabeça ligeiramente para o lado somente ao ouvir está a dar um
sinal de que quer ouvir mais, mas não pode exagerar, para não
demonstrar falta de liderança. Faça-o poucas vezes e quando o
entrevistador referir factos ou informações generalistas.
Há quem refira, mas sem base científica, que inclinar a cabeça
para o lado direito irá fazer com que pareça mais sexy ou se inclinar
a cabeça para o lado esquerdo irá fazer com que pareça mais
competente.
Falar muito rápido ou muito devagar em entrevistas de trabalho é
igualmente prejudicial. Falar mais rápido do que o entrevistador é
percebido como menos credível, e mais devagar como
desinteressado e passivo.
Evitar estes comportamentos irá dar-lhe uma vantagem
competitiva em relação aos outros candidatos.
Concluindo, um candidato, para otimizar o comportamento numa
entrevista, deve preparar-se para as possíveis perguntas, levar o
currículo impresso e colocá-lo numa capa ligeiramente mais pesada,
esperar pela entrevista de pé, saber o nome do entrevistador
antecipadamente, aplicar a regra SOPA ao entrar para a entrevista,
fazer um bom aperto de mão mais submisso referindo o nome do
entrevistador, não colocar malas ou mochilas no colo ou na mesa do
entrevistador, ao invés colocá-las no chão ao seu lado, não invadir o
espaço pessoal do entrevistador, colocando o seu caderno sobre a
mesa do entrevistador sem solicitar autorização, fazer um bom
contacto visual durante 70% do tempo, ter as mãos visíveis, inclinar-
se ligeiramente para a frente, ter posturas abertas e acenar com a
cabeça somente ao ouvir e no fim das frases, falar ao mesmo ritmo
do entrevistador e ao terminar a entrevista para criar ligação, os
movimentos com as mãos devem ser curvos e lentos, entre a cintura
e o pescoço, manter os dois pés bem assentes no chão, não se
desculpar em demasia, por tudo e por nada, e despedir-se com o
aperto de mão tal como o do início da entrevista, e ao chegar à
porta de saída virar-se, olhar nos olhos do entrevistador e dizer «Até
breve!».
Somos sempre afetados pelos nervos quando enfrentamos
situações menos confortáveis e desafiantes, mas saber eliminar os
sinais de nervosismo é uma mais-valia para que a sua imagem de
confiança não seja afetada. A ansiedade e os nervos antes de
enfrentar uma entrevista podem atrapalhar. Existe uma técnica
simples para se acalmar: mastigue uma pastilha elástica antes da
entrevista de trabalho e não durante. Mastigar vai acalmá-lo, porque
o cérebro percebe-o desta forma: se está a comer, não está em
perigo, e assim os nervos irão diminuir.
Assédio sexual
O assédio sexual é uma triste realidade do nosso dia a dia, que é
o promover do contacto físico intencional, excessivo e não
solicitado, provocando abordagens físicas desnecessárias de
caráter sexual, sem consentimento. O assédio é feito normalmente
por pessoas dominantes e narcisistas. Nem todas ultrapassam essa
fronteira, mas as que têm mais probabilidade de o fazer são aquelas
que colocam as mãos na cintura quando falam consigo (é uma
forma subconsciente de dar mais ênfase à parte genital e de lhe
demonstrar a sua sexualidade), invadem o seu espaço, aproximam-
se demasiado, sentam-se na sua cadeira, utilizam ou pegam nas
suas coisas, debruçam-se sobre a sua mesa de trabalho, tocam-lhe
na cara (como agarrar a cara, fazer festas na cara) ou no corpo
(abraçá-la ou dar palmadas no rabo na brincadeira, tocar no seu
corpo como se fosse acidental ou fazer convites para sair em tom de
brincadeira). Não deve e não tem de ceder a estas tentativas de
assédio, elas podem ser contrariadas por si de uma forma
consciente ou subconsciente. Fale com a pessoa com as palmas
das mãos para baixo, não ria, faça contacto visual intenso,
repreenda e demonstre desagrado pelos toques e fale com a
pessoa sempre ao mesmo nível ou de pé, e para evitar demasiada
aproximação avance com um pé à frente, este movimento criará
uma fronteira invisível.
Não é o que faz, mas sim o que os outros percebem daquilo
que faz.
Além dos erros mais comuns, deve ainda evitar mais alguns
movimentos ao falar em público, como, por exemplo, colocar as
mãos na cintura, falar de punhos fechados, ter folhas nas mãos e
começar a enrolá-las, ter uma caneta na mão e clicar
constantemente, desculpar-se em demasia e, por fim, não sorrir.
É importante como orador saber ler a audiência e perceber se a
mensagem que está a transmitir está a ser bem recebida, se está a
ser monótona, se existe discordância ou confusão.
Se as pessoas da audiência que fazem contacto visual consigo
inclinam a cabeça ligeiramente para o lado, tomam notas e sorriem,
é sinal de que a mensagem está a ser bem recebida. Se apoiam a
cabeça na mão, olham para a porta, a janela ou o relógio, ficam com
os pés ou as pernas agitados, acenam «sim» com a cabeça
constantemente, muitos têm posturas cruzadas, sopram ou mexem
no cabelo, tem de pensar porque é que a apresentação não está a
ser bem recebida ou está a ser monótona. Se coçam a cabeça,
franzem o sobrolho, baixam as sobrancelhas, tocam nos ouvidos ou
nos olhos ou fazem uma expressão facial de surpresa, isso pode
indicar discordância ou confusão.
Quando fala para uma audiência de uma pessoa ou de cem
pessoas, tem de encontrar todas as formas de impressionar as
mesmas, tanto através de conteúdos interessantes como através da
linguagem corporal. Mas atenção, a linguagem corporal numa
apresentação tem um peso enorme.
A própria apresentação é uma extensão da sua comunicação não
verbal. Não coloque textos enormes, sons repetitivos, animações
exageradas ou cores berrantes. Se usar diapositivos com texto, use
a regra 6 x 7 (seis linhas por slide e sete palavras por linha) e no
mínimo use o tamanho 28 para a letra.
RELAÇÕES SOCIAIS
7.1 A sedução
Existe uma grande diferença entre o homem e a mulher no que
diz respeito à sedução, desde os tipos de sinais não verbais que
emitem quando estão disponíveis, como percebem e fazem o
processo de sedução, até aos tipos de sinais que procuram de
forma a perceber que se trata de um bom parceiro.
Para ter sucesso no processo de sedução tem de saber que, no
mais profundo do nosso cérebro, os homens e as mulheres
procuram satisfazer necessidades básicas diferentes na procura de
um parceiro. O homem procura uma mulher que demonstre ser uma
boa procriadora, e a mulher procura satisfazer a necessidade de ser
protegida. Seduzir não é nada mais do que ser percebido como a
melhor opção para a satisfação destas necessidades básicas. Na
Pré-História, estas mesmas necessidades nos homens eram
percebidas pela boa forma física, sinal de força que revela um bom
protetor, a aparência saudável sinalizava saúde e a voz grave
revelava um elevado nível de testosterona, homens dominantes.
Nas mulheres, a aparência saudável, pelo mesmo motivo dos
homens, e o tamanho das ancas, que sinaliza ser uma ótima
reprodutora. Nos dias de hoje, estas características que identificam
a pessoa como um bom protetor ou reprodutor podem ser
percebidas de outras formas, como a condição financeira, o nível de
conhecimentos e inteligência, a forma de vestir, a beleza. No
entanto, ainda continuamos inconscientemente a valorizar as
mesmas características que na Pré-História.
A linguagem corporal é o mais importante na sedução. Claro que
uma boa condição financeira e a aparência da pessoa, como ser
magra, alta, musculada, ter cara simétrica, entre muitas outras
características naturais pelas quais se define beleza, são
importantes. Mas como não pode alterar estas características de
uma forma rápida e naturalmente, ou pode estar entre competidores
com as mesmas características, utilizar a linguagem corporal a seu
favor pode aumentar as probabilidades de sucesso na sedução.
• Se ambos os pés apontam noutra direção que não a sua, não quer interagir, não gosta
de si ou quer ir-se embora.
4.o Passo — Olhar
O homem mantém o contacto visual durante mais de cinco
segundos, desvia o olhar e volta a olhar com a intenção de apreciar
e verificar se é correspondido. Está a confirmar o interesse da
mulher, pois não quer ser humilhado com uma falsa tentativa. A
mulher olha e de seguida baixa o olhar de modo a parecer
desprotegida, volta a olhar novamente para captar a atenção do
homem e estimular o seu instinto protetor. Se ela faz este tipo de
olhar, é um bom sinal, arrisque e avance!
Se o olhar é prolongado, é um sinal muito forte de
correspondência.
Características:
Os pais autoritários são muito rigorosos e controladores. Têm um
forte sentimento de justiça e uma necessidade enorme de
obediência. Estabelecem regras rígidas e quando quebradas pelos
filhos têm tendência a punir de imediato de forma rígida. São
exigentes, inflexíveis e insensíveis. Não valorizam o diálogo bilateral
e restringem a autonomia dos filhos. Exigem submissão e
obediência.
Desenvolvimento dos filhos de pais autoritários:
• Dão-se bem na escola
• São pobres a socializar
• Têm baixa autoestima
• São ansiosos
• Revoltam-se e desafiam os pais
• Procuram amizades rebeldes
Estilo orientador
Linguagem corporal:
• Sorri, mas não ri com regularidade
• Gestos controlados e curvos
• Dinâmico
• Partilha e manifesta expressões faciais (felicidade, tristeza, zanga...)
• Coloca-se à mesma altura que os filhos para falar
• Tom de voz variado e emotivo e firme
• Ilustra bem com as mãos o que está a dizer
• Postura corporal aberta
• Coloca as palmas das mãos para baixo para diretivas e repreender
• Coloca as palmas das mãos para cima para criar ligação
• Bom contacto visual durante 70% do tempo e não intimida
• Usa o toque para criar ligação e domínio
• Ouve
Características:
Apesar de manterem a autoridade e o controlo, têm uma maior
capacidade de comunicação, ligação, consistência e flexibilidade,
respeitando o desejo de independência dos filhos e a capacidade de
se fazerem ouvir. São exigentes e assertivos, mas não intrusivos
e/ou restritivos. São pais com grandes expectativas dos filhos,
incentivam a liberdade, mas não a libertinagem. Estabelecem
menos regras, mas são melhores na sua aplicação.
Estilo permissivo
Linguagem corporal:
• Descontraído
• Postura abertas
• Calmo
• Pausado
• Sem variação vocal
• Poucos gestos e condicionados
• Fala com as palmas das mãos para cima mesmo quando dá diretivas
• Inclina-se para trás
• Ponderado ao falar
• Tom de voz baixo
• Poucas interrupções
• Toca muito nas pessoas
• Muitos gestos cruzados
• Senta-se mais do que fica em pé
Características:
São interessados, criam bastante ligação, aceitam e cumprem as
exigências dos filhos, mesmo que discordem, evitando assim
confrontos. São mais preocupados e sensíveis do que exigentes.
Tendem a dar aos filhos o que eles pedem e esperam que eles
façam o mesmo pelos pais (o que pode não acontecer). Querem
compensar o que eles mesmos não tiveram em crianças (pobreza
ou pais rígidos). Não colocam limites, deixam-nos fazer o que
querem para ficarem contentes. Pedem aos filhos que mudem ou
acreditam que irão mudar com a idade.
Desenvolvimento dos filhos de pais permissivos:
• Exigem privilégios em troca de bens materiais
• Têm autoestima elevada ou são narcisistas
• Têm boas capacidades sociais
• Sabem que comandam e aprendem a manipular
• São inseguros
• Têm dificuldade em distinguir ente o certo e o errado
• Manipulam as regras
• Mentem mais e melhor
Estilo negligente/desinteressado
Linguagem corporal:
• Poucos movimentos ou quase nulos
• Distante e pouco expressivo
• Tom de voz não varia
• Partilha e exibe poucas expressões faciais
• Fala com as palmas das mãos viradas para baixo
• Poucos movimentos
• Olha mais para o ecrã do computador ou para os livros
• Só usa o contacto visual quando defende a sua opinião
• Usa mais gestos de reprovação e desprezo
• Emoções negativas extremas quando chateados ou contrariados
• Não corrige até estar no limite
• Não ouve e fala
• Tronco direcionado em direção contrária
Características:
Frios, distantes, imprevisíveis, duros e abusivos quando a
situação sai fora de controlo, não exigem nada e não dão quase
nada em troca. Desligados da responsabilidade de pais, exceto
quando a situação se descontrola.
Desenvolvimento dos filhos de pais
negligentes/desinteressados:
• Têm baixa autoestima
• São rebeldes
• Têm fracos resultados
• São inseguros
• São amigos de grupos antissociais
• São violentos
• São mais propensos a maus comportamentos e a ter problemas na escola
Não quero julgar ou criar estereótipos, mas sim alertar para que
tenha atenção e consciência dos possíveis «erros» que podemos
cometer como pais, pensando estar a fazer o melhor para os nossos
filhos.
As fotografias das redes sociais são cada vez mais uma extensão
do nosso corpo no que se refere à demonstração de sentimentos,
emoções e intenções.
A primeira impressão online é mais rápida do que a real.
7.4.1 Será um ato aleatório quando escolhe e publica a
fotografia de perfil?
Óculos escuros: Pessoa que quer ver tudo, mas não quer ser
vista, tem tendência a esconder coisas sobre ela, mas gosta de
saber tudo sobre os outros. Pessoa com tendência a esconder
informações. Poderá revelar também timidez.
Animal de estimação: Amor grande por animais, pessoa com
dificuldade em acreditar noutras pessoas, identifica-se com a frase
«Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais», tem
tendência para sofrer de carência afetiva, pode não ter um bom
relacionamento familiar ou não quer expor-se.
«Queixo duplo.»
Com a idade temos tendência a criar o queixo duplo, uma pele
pendurada por baixo do queixo, o que lhe dá um aspeto mais
envelhecido.
Solução: Avance com o queixo ligeiramente, pode parecer
estranho, mas irá garantir que o «queixo duplo» é minimizado.
D — domínio/submissão
I — interesse/desinteresse
C — conforto/desconforto
A — alertas
Domínio/Submissão
Se o aperto de mão:
• É «quebra-ossos» ou firme, então Domínio
• É mole ou suave, então Submissão
Se a posição do queixo:
• É elevada, não revela medo, ego elevado, então Domínio
• É baixa, revela um nível de autoestima e de confiança baixo, então Submissão
Se o contacto visual:
• É intenso, quer demonstrar confiança e autoridade, então Domínio
• É ausente e distante, demonstra falta de confiança, então Submissão
A voz:
• Se o tom é alto, grave e faz pausas, então Domínio
• Se o tom é baixo, agudo ou o ritmo acelerado, então Submissão
Interesse/Desinteresse
Se o aperto de mão:
• É «rabo de peixe», então Desinteresse
Se a inclinação do tronco:
• É para a frente, então Interesse
• É para trás, então Desinteresse
Se o umbigo aponta:
• Para si, então Interesse
• Para outro local, então Desinteresse
Ao ouvir:
• Se toca nos olhos, nas orelhas ou nas sobrancelhas, então Desinteresse
Conforto/Desconforto.
Se os lábios:
• Estão relaxados ou entreabertos, então Conforto
• Estão pressionados ou desaparecem, então Desconforto
Se as mãos:
• Estão visíveis e relaxadas, então Conforto
• Estão escondidas, agitadas ou fazem movimentos repetitivos, então Desconforto
Se toca:
• No pescoço, nos anéis, coça a cabeça, então Desconforto
Alertas
O quadro indica o nível de alguns dos comportamentos de alerta
exibidos pelas pessoas e que podem significar algum perigo. Se
observar um alerta médio ou alto, então fique atento, mas não
julgue, questione. A pessoa que questiona é percebida como a mais
carismática, competente e líder.
Para meu espanto, na fase final já estava a praticar o DICA na
totalidade, já conseguia facilmente perceber quais as intenções das
pessoas, que pessoa queria tomar a posição Domínio ou Submissão
na interação, verificar o Interesse dela no que eu estava a dizer ou a
demonstrar, perceber o Conforto das pessoas perante as situações
e ainda fiquei mais Alerta para maus negócios e más relações,
consegui ter uma maior flexibilidade na comunicação, prever e
adaptar-me melhor ao que estava a acontecer, em vez de estar em
constante modo de reação.
Não estive à espera de ter todo o conhecimento que tenho hoje
sobre linguagem não verbal para criar o hábito de interpretar e
otimizar a minha comunicação através do DICA, o que fiz foi ir
colocando os sinais não verbais em cada categoria conforme a
facilidade de os detetar, a eficácia de interpretação ou se se
adaptavam aos contextos em que normalmente estou envolvido.
Cumprindo estas etapas, tudo se tornou mais fácil na
interpretação e otimização da linguagem não verbal, e somente
através da repetição e do treino é que consegui automatizar a nova
rotina de decifrar pessoas. Depois disto tornou-se um hábito tão
automático que o faço já inconscientemente todos os dias com
naturalidade. Não foi fácil, mas valeu a pena o esforço.
O DICA é um sistema simples e fácil para o ajudar a decifrar
pessoas, a perceber melhor as interações do dia a dia e a conseguir
optar pela melhor estratégia e atingir os objetivos propostos, sejam
eles pessoais ou profissionais.
Se a boca fala, o corpo grita.
CONCLUSÃO