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Escrita Criativa

&
Escrita Literária

Por: Ruth Mariana

Escrita Criativa

A escrita criativa é uma maneira de expressar seus pensamentos em um formato literário como
poesia, conto, romance, biografia e outros, sem seguir regras gramaticais. A ideia é descrever
algo de forma poética, com palavras e expressões coloridas. Um dos objetivos da escrita
criativa é despertar emoções e reflexões ao leitor.

Escrita Literária

A escrita literária é uma das formas de escrita criativa, que tende a descrever emoções e
situações. Os livros literários podem ter ou não uma linha argumentativa, mas o importante é
que podem ser livros de ficção ou não-ficção. Por exemplo, contos, poemas, novelas, livros de
reflexão, histórias de fantasia.

Trama, Entendo e Resumo

As narrativas são os tipos de formato literário. Temos a narrativa descritiva, em que a história é
descrita, temos a narrativa didática, que é em que se traz algum conhecimento ao leitor, a
narrativa reflexiva, em que é trazida uma reflexão sobre um tema, a narrativa argumentativa,
que é uma forma de convencer algo ao leitor, a narrativa de ação, que é a história em que
acontecem ações, em que tem ação e enredo. Um enredo é a estrutura de uma história, é
como as ações vão se desenrolando, o início, o meio e o fim. Quando se faz um resumo da
história, ou seja, quando você tem que fazer um resumo em que fale sobre uma história de
forma mais compacta, você usa a estrutura do enredo, como o início, o meio e o fim da
história. O início é onde você mostra como a história começa, o meio é onde você mostra os
desdobramentos da história e no fim é onde você descreve como a história acaba. Então, um
resumo é uma forma de resumir a história em poucas palavras.
Trama

A trama é o “nervo” da história. É quando ocorrem todos os acontecimentos e desenvolvimento


dos personagens, de forma que o leitor consiga entender toda a história. O enredo é a
estrutura de uma história, e a trama são os acontecimentos dentro dela, segue a trama, a
história e o enredo. Então, o enredo é o formato que a história toma, a trama são os
acontecimentos dentro desse formato. Então, a trama envolve os acontecimentos da história,
enquanto o enredo é a estrutura da história. Em um filme, por exemplo, o enredo é a estrutura
que mostra como a história se desenrola em cena. A trama seriam os momentos no filme, como
a cena de ação, as situações, etc.

Narradores da Escrita

Temos três tipos de narrador, e são o narrador omnisciente, o narrador limitado e o narrador
omnisciente privilegiado. O narrador omnisciente é o narrador que está acima da história, e ele
sabe tudo sobre os personagens, o contexto, as ações, tudo. O narrador limitado é o narrador
que só sabe o que os personagens sabem, e não sabe o futuro. O narrador omnisciente
privilegiado é um narrador que sabe tudo, como o narrador omnisciente, mas a história é
contada com uma perspectiva de um personagem específico, mas ainda assim, sabe tudo. É
diferente do narrador limitado, pois ele sabe o passado e o futuro dos personagens. De modo
geral, um narrador limitado te atrai mais para o enredo e te faz se sentir como se estivesse com
os personagens, pois sabe só o que os personagens sabem. Já o narrador omnisciente te faz
sentir como um observador. Você não se importa com as personagens, mas sim com o enredo,
pois você tem o conhecimento de tudo. O narrador omnisciente privilegiado faz você ter o
conhecimento de tudo, como o narrador omnisciente, mas, diferente dele, você está com os
personagens e segue uma perspectiva limitada, de uma das personagens. Assim, você pode
ter a informação do narrador omnisciente, mas vê as coisas com as limitações de uma das
personagens.

A narrativa em 1° pessoa é quando o narrador fala sobre a história como se fosse ele mesmo
que vivesse a história. A história se passa a partir das ações e vivências do narrador. Quando
você lê um livro em 1° pessoa, normalmente lês as falas dos personagens como “Eu falei”, “Eu
vi”. O 2° pessoa é quando a história é contada da perspectiva de um narrador que não é
envolvido, mas sabe tudo. O narrador fala sobre as coisas como "ele" e "ela", e não "eu" ou
"você". Enquanto na 1° pessoa o narrador participa da história, na 2° pessoa ele só conta a
história, sendo uma narrativa mais distante. O 3° pessoa é quando um narrador neutro conta a
história, é um narrador impessoal, que não tem relação com os personagens ou a ação da
história. No 3° pessoa, o narrador fala sobre o que acontece com as palavras “ele” e “ela”, sem
se referir ao “eu” ou “você”. Assim, é como se estivesse assistindo uma telenovela, ou seja,
você vê tudo, mas não está dentro do enredo. Está apenas observando. E há ainda a opção
da 3ª pessoa ativa e passiva. A narrativa em 3ª pessoa ativa é como se você estivesse
observando o enredo de uma câmera, tudo se passa e você observa, mas se sente parte da
ação. A narrativa em 3ª pessoa passiva é quando você está apenas observando as coisas, mas
não sentindo-se envolvido. É como se você estivesse na sala de cinema, observando tudo,
mas não sendo parte do filme. Então, a 3ª pessoa passiva não é tão envolvida com o enredo,
enquanto a ativa te faz se sentir mais imerso na história, como se você estivesse como um
personagem secundário. Então, quando você é ativo, você observa, mas faz parte do enredo,
como se estivesse atrás dos olhos de um dos personagens, como um mero observador. Já na
3ª pessoa passiva, você está só observando, não interferindo. É como se estivesse na sala de
cinema, apenas vendo a história acontecer.
Estrutura Para Criar Uma História

Uma história tem uma estrutura que pode ser dividida em cinco partes: o início, o
desenvolvimento, o ponto culminante, a reta final e o encerramento. No início, você começa a
introduzir a história, os personagens e o cenário. O desenvolvimento segue a progressão da
história, o ponto culminante é o momento mais emocionante e impactante da história. A reta
final é onde as coisas se resolvem, enquanto o encerramento é a parte que vai descrever a
conclusão da história. Também há subcategorias nesse formato, como a introdução, a agitação,
a crise, a resolução e a ressonância. Essas são apenas subcategorias que se encaixam em
cada uma das cinco partes da estrutura. Estas categorias não se restringem apenas a essas
cinco partes. Elas podem existir em várias partes das fases, sendo mais ou menos frequentes.
Por exemplo, podemos ter várias crises na história, ou pode haver muitas agitações. Isso
depende da história que você está contando.

Planejamento

Planejamento é um passo muito importante quando você está escrevendo uma história. Antes
de começar a escrever, é importante saber o que você vai escrever, como as personagens, o
cenário, os elementos de ação e outros aspectos. O planejamento pode acontecer com um
esboço geral, onde você escreve o final do seu roteiro, e vai criando a história a partir do fim.
Isso é uma boa estratégia para começar, pois assim você não se sente perdido e tem o destino
final em mente. Depois, você pode trabalhar na introdução, o desenvolvimento e as demais
partes. Quanto mais planejado, melhor, pois você pode ter um roteiro claro em mente, e não se
perder ao escrever. É como um mapa, que te mostra o caminho.

Os elementos de ação são o que se passa no livro, os eventos que vão acontecer e as
decisões que os personagens fazem. São aquelas coisas que fazem a história evoluir. Como,
por exemplo, se um personagem se arrepende de uma atitude, ou faz uma decisão que muda a
história. Esses elementos são chamados de “conflito”, e estes conflitos são responsáveis pelas
mudanças da história. Os conflitos podem ser internos, ou seja, na mente dos personagens, ou
externos, como confrontos entre eles. Esses conflitos não precisam ser violentos, mas podem
ser qualquer desentendimento, divergência de opinião ou algo similar. São aqueles fatores que
moldam a história. Os elementos de ação podem também serem relacionados ao contexto
onde a história acontece. O contexto pode mudar a história de maneira significativa, como, por
exemplo, se ela acontece no século 19 ou no século 21. Acontece em uma sociedade pobre ou
rica, onde as pessoas são educadas ou não, onde existe corrupção, etc. Tudo isso pode afetar
a história, os personagens e como estes atuam.

Outras coisas que são importantes saber ao começar a escrever uma história são o gênero e a
narrativa do livro. O gênero é como classificar a sua história, como ficção científica, terror,
romance, fantasia, poesia, autobiografia, etc. Você pode colocar seu livro em um gênero
pronto, ou fazer um gênero mais personalizado, misturando diversos gêneros. A narrativa é a
perspectiva da história, ou seja, do ponto de vista de quem está contando a história.

Narrativa dos Três Atos

A narrativa de três atos é uma forma de contar uma história em três partes. Primeiro, temos o
"início", onde são apresentados os personagens e o contexto da história. Em seguida, o "meio"
da história, onde acontecem os acontecimentos importantes, as descobertas, as reviravoltas,
que levam à crise, a parte mais tensa da história.

O “meio” também é onde o personagem muda a atitude, ou quando ele tem que tomar
decisões difíceis. O terceiro ato é a “conclusão”, onde a história é resolvida. A crise do meio é
superada, os conflitos são resolvidos, e fica um final feliz ou infeliz. Você pode usar a narrativa
de três atos como uma referência para a sua história. Não precisa ser uma história super linear,
e vai ajudar a evitar plot holes, onde algo está errado ou inconsistente na história. A estrutura
de três atos dá consistência ao seu texto. Claro, não é um padrão que você precisa seguir, mas
que pode te ajudar a entender melhor a estrutura de uma história, bemcomo o caminho que ela
segue, com os acontecimentos que levam a algo maior.

Romance

A categoria literária romance é uma estratégia de escrita que envolve uma narrativa sobre amor
ou algumas relações românticas entre pessoas. A história geralmente foca em como as
pessoas atingem ou não o amor, ou sua vida em torno disso. Muitas vezes, tem um enredo
bem complexo, com conflitos e reviravoltas, e tem muito a ver com as emoções, sentimentos,
os conflitos e as questões morais e éticas da vida. A categoria romance pode ser dividida em
subcategorias, como romances históricos, romances literários e romances fantásticos. Há
também romances com temática adulta ou romances de adolescentes. Todos eles dizem
respeito ao amor ou a relações entre pessoas, mas podem se diferenciar com relação a temas,
contexto, linguagem e a idade média do público-alvo. É importante definir o gênero da sua
história, para que você saiba quem é seu público-alvo.

Subgêneros do Romance

O romance é um gênero muito amplo que engloba diversos subgêneros. Alguns exemplos de
subgêneros de romance são romance histórico, romance de época, romance policial, romance
de suspense, romance de fantasia, romance jovem adulto, entre outros. Cada subgênero tem
suas características específicas, o que proporciona uma grande variedade de opções para os
leitores.
Os subgêneros romances mais comuns são os romances históricos, que costumam envolver
relatos de pessoas de outros tempos, muitas vezes no passado. São romances com temática
romântica, com enredo sobre personagens no passado. O romance literário é um tipo de
romance mais literário, onde o foco não é só o romance, mas sim questões mais complexas. É
uma forma de expor ideias mais complexas em um formato romântico, com uma narrativa
cuidadosamente pensada. Tem também o romance urbano, onde as personagens se
desenvolvem na realidade contemporânea, com o enredo sendo envolto em problemas mais
relacionados a um mundo real e vivido. E por fim, existem os romances políciais, e romances
sensuais. Podemos expandir nessas categorias, como os romances eróticos, os romances
com terror, romances sobre ficção científica, e outros mais. Cada um tem características
próprias e, embora sejam romances, têm seu próprio estilo.

Tropes Literárias

As tropes são elementos usados no romance que reforçam ou desenvolvam a história. São
recursos literários comuns, como o amor à primeira vista, o amor emocionalmente ruim, a
princesa encantada, o vilão redimido, a busca do tesouro, o destino amoroso, o vilão bobo, a
traição amorosa, o apocalipse, a pequena pessoa com um coração grande, o antagonista
ameaça, a heroína forte e determinada, o vilão carismático, o destino imprevisível, o romance
inesperado, o conflito moral, o perigo atrás do canto, o heroísmo, o amor eterno, o confronto
com a morte, a justiça moral, o destino e o amor proibido. São diversos tipos de tropes que
você pode usar em seus romances, pois podem ser úteis para desenvolver as personagens e
melhorar a história. Ajudam a apresentar as características dos personagens, e também a
estrutura da história. Os tropes podem ser usados de maneiras diferentes, e você não precisa
seguir todos, mas pode escolher aqueles que você acha mais importantes para o seu romance.

Plot Twist

O plot twist é um trope que consiste em uma reviravolta inesperada na história, uma mudança
na narrativa que pode ser algo inesperado ou algo que muda a história. Por exemplo, o plot
twist pode revelar uma informação chocante sobre um personagem, ou um acontecimento
totalmente inesperado. Pode ser uma tragédia, uma revelação, um evento que modifica o rumo
da história. O plot twist é muito comum em filmes, séries e romances, já que muda a
perspectiva da história, por vezes de forma repentina.

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