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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ECOPORANGA

3ª – SEQUÊNCIA DIDÁTICA - 3º TRIMESTRE


IDENTIFICAÇÃO
Professor: Pedro Costa Filho
Componente Curricular: História
Etapa / Modalidade: Ensino Fundamental Série: 8º
Período: Tempo estimado: 9 AULAS
1- HABILIDADES:

2- OBJETO DO CONHECIMENTO: CULTURA ANTIRRACISTA

3- DESENVOLVIMENTO:

1º momento: Desenvolvimento de estudo sobre o processo de escravidão no Brasil Colonial.

2º Momento: Realização de pesquisa no laboratório de informática, abordando o tema – Cultura


Antirracista.

3º Momento: Levantamento de estudo com os alunos, afim de aprofundar as formas de


resistência que ocorreram dentro da sociedade escravista no Brasil Colonial.

4º Momento: Desenvolvimento de ações pelos alunos, com a finalidade de conscientizar os


mesmos, sobre a situação cruel vivida pelos negros escravizados e seus reflexos na sociedade
atual.

5º momento: Realização de atividades práticas, como teatro, confecção de cartazes, paródias,


danças típicas, com a finalidade de valorizar, respeitar e preservar a cultura Afrodescendente.

O racismo estrutural na escola e a importância de uma educação


antirracista
Quando analisamos os indicadores de escolaridade da população com recorte de raça, os dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2018) apontam uma evidente desvantagem da
população negra ou parda.

Já na Educação Infantil, o acesso a esse direito apresenta índices diferentes, conforme o grupo racial: 53%
das crianças pretas ou pardas de 0 a 5 anos de idade frequentavam a creche ou escola em 2018, contra
55,8% das crianças brancas.

Entre a população preta ou parda, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais é de 9,1%,
enquanto o mesmo indicador é de 3,9% na população branca. Entre a população negra ou parda, a
proporção de pessoas de 25 anos ou mais com pelo menos o Ensino Médio completo é de 40,3%. Já entre
os brancos, o índice é de 55,8%.

A proporção da população preta ou parda entre 18 e 24 anos com menos de 11 anos de estudo e que não
frequentavam a escola em 2018 era de 28,8%, frente 17,4% de brancos na mesma situação.

Essa profunda desigualdade escolar tem reflexos graves, como na renda e na expectativa de vida dessas
populações.

De acordo com os dados trazidos pelo Relatório Reprovação, Distorção Idade-série e abandono escolar,
do Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF, metade dos mais de 910 mil estudantes que
deixaram as escolas municipais e estaduais de todo o país em 2018 eram pretos e pardos (453 mil). Além
disso, as populações preta, parda e indígena têm entre 9% e 13% de estudantes reprovados, enquanto
entre brancos esse percentual é de 6,5%.

Também vale notar que, de acordo com o documento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP) Perfil do Educador da Educação Básica, realizado com dados do
Censo Escolar 2017, 42% de docentes da educação básica eram brancos, contra 4,1% de pretos e 25,2%
de pardos.

Racismo estrutural e educação antirracista


Quem nunca para para olhar esses números e perceber como refletem as desigualdades da sociedade
brasileira não se dá conta de que elas são fruto do racismo estrutural presente em nosso país. Isso quer
dizer que ele permeia, ainda que inconscientemente, as ações e estruturas de diferentes instituições da
sociedade, como o próprio ambiente escolar.

Para explicar melhor o fenômeno e destrinchar o assunto, o Portal CENPEC Educação conversou
com Iracema Santos do Nascimento, professora doutora na Faculdade de Educação da USP (FE-USP) e
ex-coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (2005 a 2014).

Nesta entrevista, Iracema ressalta a importância desse debate – que é uma luta de muitos anos dos
movimentos negros – e quais ações e políticas públicas precisam ser priorizadas para que haja uma
educação de qualidade para todos e todas.

“O racismo estrutural estrutura a sociedade brasileira desde a invasão portuguesa nessas terras. Assim,
quando pensamos na organização das nossas escolas, essa discussão não existia. Atualmente, a educação
antirracista (que vem sendo proposta há décadas) ganhou bastante força, e esse debate tem sacudido todas
as pessoas, negras e não-negras, brancas e não-brancas, a não mais compactuar com essas estruturas. Esse
é um chamamento ético, que se impõe pela força da causa”, defende.
Portal CENPEC Educação: Como a gente pode perceber o racismo estrutural no universo escolar?

Iracema Santos do Nascimento: A percepção do racismo estrutural na escola, assim como em outras
instâncias, é algo que por vezes se torna difícil porque, sendo estrutural, o racismo muitas vezes se
manifesta nas sutilezas. É mais óbvio quando se trata de uma discriminação, uma injúria racial, em que
um sujeito comete um ato contra o outro. Mas como estamos falando de racismo estrutural, isso significa
que não está no sujeito, mas nas estruturas, ou seja, naquilo que dá base às relações.

Mesmo afrodescendentes ou sujeitos não-brancos têm dificuldades de perceber ou denominar essas


situações ou atos, e isso demanda um tempo de elaboração – do sujeito e dos sujeitos envolvidos.

Uma manifestação do racismo estrutural é o silenciamento da instituição diante de situações racistas. Parece até

contraditório falar que o silêncio é uma manifestação. Mas nesse caso é sim.”

Então, quando uma criança negra é chamada pelo colega de “macaco”, “pretinho”, ou ouve que “o cabelo
dela é feio, é ruim” e as pessoas adultas responsáveis pelo processo educativo não fazem nada – ou seja,
silenciam -, temos uma manifestação do racismo estrutural. Ainda que elas tenham se sentido
incomodadas e não tenham agido por não se sentirem preparadas para lidar com o fato, se elas não levam
isso adiante e não procuram ajuda, essas pessoas estão compactuando com o racismo estrutural.

Não ter a representatividade de afrobrasileiros e afrobrasileiras – vale destacar, em situações positivas –,


seja nas imagens que fazem parte da decoração do espaço escolar, seja no material didático, nos materiais
de pintura ou entre os brinquedos na Educação Infantil (como bonecos e bonecas negras), também é um
indicativo de racismo estrutural na escola. Ou, por exemplo, quando vemos pessoas negras apenas no
quadro de apoio (responsáveis pela limpeza e pela comida), e não em cargos de direção ou coordenação.

4- METODOLOGIA / ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS: AULA EXPOSITIVA, USO DE TEXTOS, IMAGENS


E PESQUISA NO LIED.

5 – COMPONENTE SOCIOEMOCIONAL: PROCURAR DESENVOLVER COM OS ALUNOS


ATIVIDADES QUE OS LEVEM A CONHECER COM MAIOR PROFUNDIDADE O TEMA ABORDADO.

6- AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: OCORRERÁ A PARTIR DO DESEMPENHO DOS ALUNOS


DEMONSTRADO NAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E NAS APRESENTAÇÕES DAS ATIVIDADES
PROPOSTAS (EXPOSIÇÕES).
7- RECUPERAÇÃO: NOVAS PESQUISAS E AVALIAÇÕES.

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Pesquisa no Google (Sites educativos), Livro didático (Projeto Araribá).

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