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TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2007

Principais lendas da cidade de Viana do Castelo

Lenda de Viana do Castelo

A lenda de Viana

Há muito, muito tempo, na margem direita do rio Lima, erguia-se uma pequena povoação que
tinha o nome de Átrio ou Adro. As pessoas que aqui habitavam construíam barcos, fabricavam redes e
ensinavam as filhas e as mulheres a consertá-las… Para além de pescarem no rio também se
aventuravam no alto mar, apesar de muitas vezes serem surpreendidos pelo mau tempo, tornando-se
difícil vencer a impetuosidade das ondas. De lá traziam carapaus, congros, pescadas, sardinhas, fanecas e
muitos outros peixes, com que se alimentavam e vendiam no mercado.

Quando o mar se alterava e não permitia a pesca, tinham o rio. E Aqui pescavam enguias, solhas,
trutas, tainhas, lampreias, sáveis e salmões, conforme as épocas. Para além disso tinham as terras para
desbravar, delas colhiam as hortaliças, batatas, cenouras, tomates, frutas e outras tantas coisas, mas não
estavam vocacionados para as tarefas desta natureza. A horta era como um recurso de última hora.
Preferiam comprar ou trocar por peixe. Dizemos que, naquele tempo, vinham os de Castro e traziam
caça; os de Figueiredo e Santa Maria da Vinha (hoje Areosa), carvão e sacos de farinha; os da Meadela e
de Darque, legumes, feijão, cebolas, hortaliças, e frutas de vária espécie, bem como carnes de porco, ovo
e galináceos. Por altura da Páscoa, desciam da serra da Arga os queijeiros e os vendedores de cabritos,
anhos, presuntos e salpicões.

Esta povoação ia crescendo de dia para dia. Novas casas se iam erguendo, principalmente em redor
da matriz, onde todos se reuniam, quer nas cerimónias religiosas quer em dias festivos. E era bonita a
vista que dali se desfrutava com o rio ao fundo, onde os barcos de vela subiam em direcção à nascente
desciam em direcção ao mar.

Por essa altura, ali vivia uma linda rapariga que havia sido baptizada com o nome de Ana. Essa
linda rapariga, um dia, apaixonou-se por um moço da outra margem, que por sinal era barqueiro.

A paixão destes dois jovens era tal que bem lhes apetecia estarem longas horas juntos. Mas, tal
como acontece nos tempos de hoje, nem sempre isso era possível. Por isso, o jovem barqueiro, sempre
que encontrava alguém conhecido, perguntava: - Viste Ana?

E a resposta não se fazia esperar

- Sim, via Ana no castelo. No castelo porque era o local onde ela, juntamente com a sua família, residia.
Assim, e porque se repetia por diversas vezes a força de expressão “Vi Ana”, em breve surgiria o nome
VIANA, para designar a terra onde ela habitava.Segundo a lenda, teria sido assim que surgiu o nome de
Viana para designar a então Átrio ou Adro.

Ela viva no Forte ou Castelo de Santiago da Barra

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