Você está na página 1de 106

1

Caminho para Uma Vida Plena está baseado nos Doze Passos de Recuperação.
Criado por Ministerio Adventista de Recuperaçãp, que faz parte do Departamento dos Ministérios de
Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Norte.

Titulo Original em Inglês: Journey to Wholeness Facilitator Guide


Autoras: Jackie Bishop and Shelly Weaver
Editor Executivo: Katia Reinert
Design por SNTZ Agency (www.sntz.us)
Layout das páginas por SNTZ Agency (www.sntz.us)

Cópias adicionais disponíveis por:


Adventist Recovery Ministries Global
AdventistRecoveryGlobal.org
Recovery@GC.adventist.org

Copyright ©2008, 2012 por Corporação da Divisão Norte Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada num
sistema de recuperação de dados ou transmitida sob nenhuma forma ou por quaisquer meios – eletrô-
nicos, mecânicos, fotocópias, gravações, ou outros – exceto em breves citações em revistas impres-
sas, sem permissão prévia do detentor dos direitos de autor.

Licenciado para a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia para distribuição e uso mundial.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)

B529c Bishop, Jackie


1.ed. Caminho para uma vida plena: guia do Facilitador / Jackie Bishop,
Shelley Weaver. – 1.ed. – São Paulo: Unidos Pela Palavra, 2023.

ISBN: 978-65-5395-073-3

1.Hábitos saudáveis – Aspectos religiosos – Cristianismo. 2. Propósito –


Aspectos religiosos – Cristianismo. 3. Saúde – Qualidade de vida. I. Weaver,
Shelley. II. Título.

02-2023/71 CDD 248.8

Índice para catálogo sistemático:


1. Saúde: Aspectos religiosos: Cristianismo 248.8
Aline Graziele Benitez – Bibliotecária - CRB-1/3129
2
Caminho para Uma Vida Plena
SOBRE O MINISTÉRIO DE RECUPERAÇÃO ADVENTISTA
O mundo em que vivemos está cheio de tará em nós e entre nós a obra que Ele começou
pessoas quebrantadas que tentam relacionar-se (Filipenses 1:6). Essa confiança não é descabida
umas com as outras usando as ferramentas que porque não se baseia no nosso mérito, nem pri-
aprenderam até essa altura da sua vida. Para mui- meiramente na nossa necessidade, mas solida-
tos, o uso dessas ferramentas não está corren- mente na Sua promessa inquebrável.
do bem. Os relacionamentos, por vezes, serão le- Temos ainda melhores notícias, contu-
vados ao limite, a pensamentos derrotistas, e a do. O grande plano de Deus para cura e restau-
comportamentos estão bem entrincheirados e o ração não é apenas para nós. Somos sarados de
ciclo da disfunção visita, sem intenção, os nos- forma a nos tornarmos instrumentos de cura nas
sos filhos até a terceira e quarta geração (Deute- vidas de outros (2 Coríntios 1:4). As ferramentas
ronômio 5:9). Dadas as estatísticas relacionadas para a viagem são, como Deus sempre quis, para
com o divórcio, a violência doméstica, o abuso e serem usadas em benefício de outros. Este evan-
as dependências mesmo entre a nossa família de gelismo pode não ser realizado usando metodo-
igreja, pode haver uma tendência ao desencoraja- logias tradicionais, mas tocará outros corações
mento, mas temos todos os motivos para ter es- humanos através do encontro que os atrairá a
perança. Jesus prometeu que Elias viria antes do Cristo, a fonte da cura.
Seu regresso e que quando Ele viesse, restaura- Os primeiros quatro volumes da série Ca-
ria todas as coisas (ver Malaquias 4:5-6 e Mateus minho para Uma Vida Plena têm os guias para os
17:11). O trabalho de Elias é de preparar o cami- participantes e estão focados num programa de
nho para a volta de Jesus, e esse é o trabalho da recuperação de 12 passos, Cristocêntrico. Estes
igreja de Deus, ou do Seu povo hoje. Uma grande volumes serão seguidos de outros que se irão
parte desse trabalho é um trabalho de restaura- focar em diferentes abordagens e intervenções
ção e purificação dos corações das pessoas para comprovadas que também podem contribuir para
que o caráter do amor de Deus venha a ser resta- prevenir e recuperar comportamentos de depen-
belecido e refletido nelas. dência durante o curso de vida de um indivíduo.
O Ministério de Recuperação Adventis- Oramos para que na série Caminho para
ta é um esforço intencional por parte da Divisão Uma Vida Plena o corpo de Cristo experimente um
Norte Americana da Conferência Geral da Igreja reavivamento e reforma que há muito é buscado
Adventista do Sétimo Dia para providenciar ferra- com oração e lágrimas. Que o poder do Espírito
mentas que permitam ajudar os seus membros Santo se ocupe de cada esforço para “converter o
neste processo de restabelecimento. Construin- coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos
do em cima de programas pioneiros como a Re- a seus pais” (Malaquias 4:6). É o desejo de Deus
generação Adventista do Sétimo Dia, o Ministé- que cada um de nós possa viver uma “vida abun-
rios de Recuperação Adventista busca responder dante” (João 10:10), e o Seu desejo pode ser uma
às necessidades dos seus membros que se deba- realidade para cada um de nós hoje.
tem com problemas muito reais quer anteriores
e/ou posteriores à sua entrada para a igreja. O Mi-
nistério de Recuperação Adventista tenta primei-
ramente quebrar a negação que há muito tem de-
tido a nossa igreja, a negação de que tais proble-
mas existem no nosso meio. Depois procura ofe-
recer soluções comprovadas, biblicamente sãs e
em harmonia com os escritos de Ellen G. White.
Confiamos que Jesus, que curou “toda a sorte de
doenças e enfermidades” (Mateus 9:35), comple- 3
TABELA DE CONTEÚDOS
INTRODUÇÃO AO PROGRAMA...............................................................6
Caminho para Uma Vida Plena: O que é • Introdução............................................................. 6
Ao papel do Facilitador • Um Companheiro de Viagem Compassivo ................................. 10
Preparação Avançada • Configuração, Climática e Atmosfera............................................. 15
Como Funcionam as Reuniões • Seguindo o Formato.......................................................... 17

GUIA DO FACILITATOR PARA CADA REUNIÃO EM GRUPO.......................21


Passo Um................................................................................................................................. 21
Passo Dois............................................................................................................................... 25
Passo Três................................................................................................................................ 29
Passo Quatro............................................................................................................................ 33
Passo Cinco............................................................................................................................. 37
Passo Seis................................................................................................................................ 41
Passo Sete................................................................................................................................ 45
Passo Oito................................................................................................................................ 49
Passo Nove.............................................................................................................................. 53
Passo Dez................................................................................................................................. 57
Passo Onze.............................................................................................................................. 61
Passo Doze............................................................................................................................... 65

HISTÓRIA & FILOSOFIA DOS DOZE PASSOS DE RECUPERAÇÃO............69


Incendiar o Trilho – Aqueles Que já Percorreram o Caminho .............................................. 69
Qual a Origem dos Passos...................................................................................................... 69
Onde os nossos Caminhos se Cruzaram • Recuperação em Doze Passos Encontra-se
com o Movimento Adventista................................................................................................. 75

MATERIAIS DE APOIO..........................................................................77
Uma Palavra aos Líderes......................................................................................................... 77
Tabela de Respostas para Líderes.......................................................................................... 77
Oração de Recuperação.......................................................................................................... 78
Realmente Livre? ..................................................................................................................... 79
Slogans de Recuperação......................................................................................................... 81
Material de Estudo Adicional e Impressos............................................................................. 83
Cartazes Reproduzíveis e Sinais das Reuniões..................................................................... 93
Livros Recomendados e Web Sites...................................................................................... 101
Ministério de Recuperação Adventista................................................................................. 102
Os Doze Passos da Não recuperação.................................................................................. 103
Comparações dos 12 passos............................................................................................... 104

4
Pré-Requisitos para
os Facilitadores

1. Obtêm formação e familiaridade com o Minis- Provocando resposta defensiva ou


tério de Recuperação Adventista (MinAR) e com resposta sincera, e apoiadora
os recursos do Caminho para Uma Vida Plena.
2. Compreendem pessoalmente os princípios
DEFENSE SINCERE,
centrados em Cristo dos Doze Passos. Este co- PROVOKING SUPPORTIVE
nhecimento é mais facilmente adquirido frequen- Avaliar Descrição
tando os workshops de formação dos MinAR e
Controlar Orientação
frequentando as reuniões do Caminho para
Criticar Empatia
Uma Vida Plena, assim como outras reuniões de
12-Passos como os Alcoólicos Anônimos, Al-A- Indiferença Partilha honesta
non, etc. Superioridade Igualdade
3. Lidaram com os seus próprios problemas rela- Certeza Opinião sugestiva
cionais e de codependência e, por isso, estão ap-
tos a exercer um distanciamento saudável. Notas para o Facilitador
4. Estão alerta para o risco de co dependência Programas Reuniões Semanais
em relação a membros do grupo e mantêm con-
tato com um padrinho para o bem da sua respon- NOTAS Facilitador-
sabilização. • Os líderes deveriam permitir uma partilha aberta
5. Pedem ajuda do seu padrinho ou pares se algo enquanto os membros assim o queiram.
ou alguém no grupo despoletar problemas mal • Não estejam preocupados se houver um “silên-
resolvidos. cio desconfortável.” É frequentemente um mo-
mento necessário de reflexão e contemplação
antes dos membros do grupo reunirem a cora-
gem para partilhar uns com os outros.
• Permitam que o grupo faça uma partilha sem
interrupções, a menos que esta se desvie do ob-
jetivo.
• Traga o foco de volta com frases como:
– Lembrem-se de que não há especialistas nes-
ta sala, apenas companheiros de viagem.
– Lembremo-nos de partilhar apenas as nos-
sas perspetivas, sem tentar resolver o problema
de outra pessoa ou tratar de outro companheiro.
• Se o grupo se desviar do tópico, use comentá-
rios como: O tópico desta noite é a impotência.
5
Como nos sentimos em relação a esta ideia de
impotência?
• Esta também é uma boa oportunidade para par-
tilharem de forma breve, p. ex.:
– Esta semana percebi finalmente, ou
– Sei que, para mim, o desafio da impotência
cria, etc.
• Um bom exemplo é reforçar. Isso resolverá a
maior parte dos problemas durante a partilha. Os
facilitadores evitam dominar o momento de par-
tilha.

6
Introdução aos Materiais da Formação

Caminho para
Uma Vida Plena
O Caminho Para Uma Vida Plena é um ção, sanidade e serenidade. Assenta em volta da
sistema de apoio para pessoas de qualquer fé interação de um pequeno grupo e no princípio de
(ou nenhuma) que estão a lutar com coisas que que as pessoas podem alcançar juntas ou que
os estão a magoar ou as pessoas que amam. In- não conseguem alcançar sozinhas.
clui uma série de livros de bolso que apresentam Apesar das dificuldades e desvios das
um modelo de Doze Passos para compreender nossas vidas passadas, juntos iremos descobrir
Deus e a nós mesmos enquanto Sua criação. Es- que quando viajamos na direção da plenitude e
ses materiais estão concebidos para serem usa- maturidade espiritual, a solução passa por con-
dos em conjunto com as reuniões de grupo. No fiar no poder de Deus manifestado na sabedoria
Guia do Facilitador, que está lendo são forneci- e força dos números em vez da “força de von-
dos formatos detalhados e informação sobre o tade” humana não ajudada. Ao envolver- se nes-
programa. te processo, verá da primeira fila as mudanças
O programa pretende ajudar qualquer de vida milagrosas que ocorrerão nos indivíduos,
pessoa, incluindo Adventistas do Sétimo Dia e casamentos e ministérios. Reunirá ferramentas
outros Cristãos. Mas não é exclusivo. Será útil que libertarão todos os que viajam juntos para
a qualquer pessoa que se encontre presa a uma longe das armadilhas e ciladas da dor, preocupa-
dependência prejudicial de substâncias e outros ções e perigos que outrora atrapalharam o seu
comportamentos destrutivos. progresso. Iniciaremos esta viagem hoje e todos
O Caminho para Uma Vida Plena é um pa- os dias, um dia de cada vez. Boa viagem!
cote detalhado que ajuda os participantes a abor-
darem um número ilimitado de problemas, viajan-
do juntos enquanto indivíduos que estão compro-
metidos com a sua saúde e com a sua recupera-

7
Ao começar:
Vaguear com Um Propósito
Enquanto Cristãos, herdamos uma espiritualida- feitas. As histórias das divagações dos Seus fi-
de nômade. Entre as primeiras histórias da Bíblia, lhos são, frequentemente, histórias de tropeços,
está a história de Abraão e Sara, os primeiros do de trapalhadas. Contudo, Deus continuou a lide-
povo de Deus especificamente chamados a Lhe rar os Seus caminhos.
pertencerem. E Deus chamou-os para se faze- Quando Jesus apareceu, Ele fez literalmente a Es-
rem à estrada! A Bíblia visitou muitos viajantes e trada mais uma vez com o Seu grupo de seguido-
beiras da estrada depois disso. Visitantes celes- res. Vaguear não foi a Sua paga pelos nossos pe-
tas lembram Abraão da promessa de Deus e res- cados. Esse trabalho vital seria conseguido numa
gatam a família de Ló. Uma Hagar usada e rejei- só tarde na cruz. Jesus almejava construir uma
tada encontra um poço de salvação e um Deus comunidade. As histórias que Ele contava seriam
que vê a sua miséria num momento em que ela sempre lembradas como algo que escutaram jun-
pensava ter chegado ao fim do caminho. Jacob tos, os milagres que Ele operou foram vistos pe-
foge com pouco mais do que um alforge depois los Seus seguidores enquanto grupo. Quando Ele
de roubar a primogenitura do seu irmão. O seu chegou ao fim do Seu percurso terrestre e os dei-
sonho de anjos levou-o ao fundo dessa estrada xou, fisicamente, Ele prometeu nunca os abando-
muitos anos depois para lutar com o Único ver- nar em espírito. A maior prova da presença contí-
dadeiramente capaz de lhe dar um nome e uma nua do Seu espírito estava nas memórias partilha-
identidade. das e nas experiências destes amigos.
Uma geração de rivalidades familiares e disfun- Não é suposto viajarmos sozinhos. Por isso nos
ções mais tarde, o filho de Jacó, José, foi ven- reunimos todas as semanas…
dido como escravo pelos seus próprios irmãos.
Tropeçou numa rota comercial no deserto que,
eventualmente, o levaria a poupar não só a sua
família mas toda uma região. O Êxodo do Egito
levou o povo de Deus a casa, e o exílio para Babi-
lônia levou-os novamente para longe.
O regresso à Jerusalém foi um acontecimento
muito antecipado, mas quando o seu líder Nee-
mias viu a cidade em ruínas e os conflitos e riva-
lidade entre os seus habitantes, percebeu que a
reconstrução de um povo seria uma missão lon-
ga e desafiadora.
Como atuais viajantes, retiramos exemplos des-
tas histórias Bíblicas. Descobrimos que, mesmo
neste Guia, Deus nunca lidou com pessoas per-
8
Descrição da
Função - Facilitador
Um Companheiro de Viagem Compassivo
O papel do Facilitador é pôr as mãos na confiar em pessoas que tenham vivido os mes-
massa. Pensem no facilitador como um guia tu- mos problemas, que estejam a fazer a mesma
rístico. Os guias turísticos não usam telefones viagem de recuperação e que estejam dispostas
celulares, vídeos ou a internet para conduzir um a partilhar a sua força, esperança e experiência
grupo de viajantes. Primeiro, visitam o destino pessoal.
pessoalmente e depois metem-se num ônibus,
avião, carro ou barco e apresentam cada novo
local ao seu grupo revisitando as rotas que eles
próprios já fizeram. Ao longo do roteiro, supor-
tam os altos e baixos de acomodações de luxo
ou alojamentos inadequados, festas sofisticadas
e refeições indigestas lado a lado com os outros
viajantes.
Ninguém lidera melhor do que aquele
que já fez o percurso antes. De igual modo, nin-
guém pode ajudar uma pessoa a lutar contra as
suas compulsões, obsessões e dependências
como alguém que encontrou o seu caminho para
fora desse lugar escuro. O guia turístico e o via-
jante são iguais na viagem, ainda que um já te-
nha feito o caminho antes. O Facilitador é um
companheiro de viagem compassivo.
Em 2 Coríntios 1:13, o apóstolo Paulo
descreve a forma como Deus transformou as lu-
tas das pessoas em bênçãos: “Escrevemo-vos
somente coisas que podem ler e compreender
muito bem.” (2 Coríntios 1:3-4).
Deus distribui generosamente o Seu con-
forto e compaixão sobre nós para que possamos
confortar outros num momento de necessidade.
Os membros do grupo reagem melhor a um Faci-
litador ou guia que “tenha passado por lá”. É fácil
9
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM QUALIFICAÇÕES RECOMENDADAS PARA
FACILITADOR OS FACILITADORES

1. Reconhece o problema ou dependência que 1. Têm pelo menos 1-2 anos de sobriedade de
controla a sua vida. dependências primárias e compulsões, de prefe-
2. Assuma o compromisso pessoal de curar e re- rência mais.
cuperar. 2. Sabem por experiência própria como lidar com
3. Possui o desejo de partilhar a viagem com e/ou evitar recaídas.
outros. 3. Completaram pessoalmente os Doze Passos
4. Abstêm-se de resolver problemas ou de dar com um promotor.
conselhos. 4. Têm conhecimento sobre a dinâmica de tra-
5. Permite que cada membro progrida ao seu balho das Doze Tradições & Doze Conceitos dos
ritmo. A.A. ou Al-anon.
6. Está a trabalhar na sua própria recuperação. 5. Lidaram com os seus próprios problemas re-
7. Consegue falar confortável e livremente acer- lacionais e codependência e por isso estão habi-
ca dos seus problemas, com abertura e honesti- litados a pôr em prática um distanciamento sau-
dade. dável.
8. Está consciente dos seus problemas (perso- 6. Estão conscientes do risco de se tornarem co-
nalidade, história, necessidades, sentimentos, dependentes dos membros do grupo e mantêm
motivos, falhas etc.). contato com algum mentor.
9. Está a trabalhar nos passos e a fazer o seu 7. Pedem ajuda ao seu mentor se algo ou alguém
próprio inventário pessoal. no grupo desencadeia problemas não resolvidos.
10. Participou noutro grupo enquanto membro e/
ou líder. PAPEL DOS FACILITADORES
11. Tem uma forte rede de apoio (parceiro res-
ponsável, promotor, família, amigos em recupe- Os facilitadores usam muitos “chapéus”. A maio-
ração, líderes de igreja ou um conselheiro Cristão ria das suas responsabilidades pode ser parti-
que possa contactar se necessário). lhada com outros. Alguns papéis requerem mais
12. Concorda frequentar sessões contínuas de experiência ou formação que outros. À medida
formação para líderes. que o grupo cresce e se estabelece, o facilitador
pode convidar outros membros a realizar muitas
dessas tarefas.

Supervisor: planeja e promove o programa, pre-


para materiais e organiza a sala (inclui monta-
gem e limpeza).

Coordenador: ajuda na planificação e promoção,


reforça diretrizes, ajuda na intervenção em cri-
ses, age como uma pessoa de recurso para os
materiais.
10
10
Moderador: orienta discussões, mantém um con- rebros, personalidades, perspectivas e experiên-
trole da conversação, providencia um ambiente cias. Quando um bloqueia, o outro pode ajudar.
seguro para os membros do grupo. Quando um está doente ou tem uma emergência,
o co-facilitador pode substituí-lo. Se são neces-
Diretor Social: dá as boas-vindas aos novatos, sários grupos de debate menores, cada um pode
providencia informação acerca das reuniões, res- liderar um grupo.
ponde a perguntas. Uma equipe eficaz de liderança partilhada funcio-
na melhor se cada pessoa estiver ciente do seu
Participante ativo: partilha a sua experiência pes- papel e “passar a bola” para trás e para a frente,
soal, força e esperança. “jogando” conforme os movimentos de cada um.
A Bíblia diz-nos em Eclesiastes 4:9-12, “Valem
Claque de apoio: afirma os outros, foca-se no seu mais dois juntos do que um sozinho, pois o es-
progresso, aplaude as mudanças. forço de dois consegue melhores resultados. Se
caírem, um ajuda a levantar o outro, ao passo
Comentador: resume as discussões e dá uma que, se cai o que está só, não tem ninguém para
oportunidade a todos para partilharem (evitando o levantar. Se dois dormirem juntos, aquecem-se,
conversas cruzadas). mas se for um sozinho, como é que pode aque-
cer-se? Num ataque, um sozinho é vencido, ao
PAPEL DOS CO-FACILITADORES passo que dois juntos conseguem resistir, pois o
fio dobrado não se quebra com facilidade. ”Pro-
Há duas abordagens à coliderança, embora os pa- vérbios 27:17 também encoraja o trabalho de
péis possam variar consideravelmente de equi- equipe: “O ferro afia-se com ferro; os homens
pe para equipe. A primeira opção é o facilitador aperfeiçoam-se no confronto com os outros.”
e co-facilitador formarem uma parceria equipara-
da em que as responsabilidades e autoridade são A EQUIPE DE LIDERANÇA
equilibradas de forma nivelada entre eles. As deci- Como pode formar uma boa equipe de
sões são tomadas por mútuo consenso. liderança
A segunda opção é uma em que um facilitador
experiente que tem maior responsabilidade e au- • Certifiquem-se que ambos possuem as qualifi-
toridade e forma equipe com uma pessoa menos cações padrão para líderes.
experiente que deseja crescer como líder. Seja • Passem bastante tempo a conhecer-se. Falem
qual for a opção, certifiquem-se antecipadamen- sobre as vossas experiências de recuperação.
te que concordam com os papéis e com a abor- Vejam se as vossas personalidades e filosofias
dagem escolhida. Comuniquem ao grupo as res- se complementam.
ponsabilidades de cada um. • Procurem alguém estável e comprometido, al-
Alguns co-facilitadores irão alternar semanal- guém com quem possam contar.
mente, enquanto outros partilharão funções de li- • Vejam se há evidências de estabilidade, cresci-
derança em cada reunião. Os novatos devem co- mento contínuo e uso consistente de ferramentas
meçar com líderes experientes. de recuperação na vida diária daquela pessoa.
Uma das vantagens de ter co-líderes é que estes • Certifiquem-se que se sentem muito confortá-
podem associar os seus recursos. Têm dois cé- veis um com o outro para poderem relaxar e fo-
11
car-se no grupo (em vez de se preocuparem um 2. Ter os materiais (impressos) e anúncios pre-
com o outro). parados para cada reunião.
• Demorem o tempo que for preciso; nada de 3. Conduzir a reunião da seguinte forma: (a) co-
apressar o processo meçar e terminar a horas, (b) manter a ordem, (c)
encorajar a participação, (d) desencorajar o do-
COMO PODEM TRABALHAR BEM EM
mínio por parte de um membro, (e) manter os de-
EQUIPE?
bates focados, (f) manter uma atmosfera positi-
• Sentem-se frente a frente num grupo para poderem
va, (g) demonstrar respeito e sensibilidade pelas
ter contato visual e gestual se precisarem de ajuda.
necessidades de todos os presentes.
• Cheguem antecipadamente a um acordo sobre
4. Envolver os membros regulares no servi-
a forma como lidarão com problemas do grupo e
ço (responsabilidades de grupo). Incluir novos
situações de crise.
membros em papéis de ajuda assim que esses
• Reunam-se regularmente fora das reuniões de
estejam preparados. Alguns papéis de ajuda cha-
grupo para planificação, desenvolvimento de es-
ve são o de secretário, diretor de comunicação
tratégias e para aprenderem um com o outro.
(telefone, lembretes de telefone), tesoureiro, rela-
• Deem permissão aos membros do grupo para
ções públicas, coordenador da listagem de con-
se identificarem e relacionarem mais com um do
tatos, cronometrista, despenseiro.
que com o outro.
5. Manter o contato com o pastor e com o conse-
• Informem os membros do grupo sobre a abor-
lho de igreja se a reunião for realizada numa igre-
dagem que farão a coliderança; permitam que
ja. Dar- lhes informação geral acerca do grupo.
vos responsabilize.
6. Manter a recuperação pessoal assistindo a uma
• Apoiem-se um ao outro nas reuniões. Não se
comunidade baseada nos Doze Passos que se
digladiam pelo poder ou pela afeição dos mem-
adeque às suas necessidades. Trabalhar os pas-
bros do grupo.
sos com o promotor numa base de continuidade.
• Os líderes de um grupo de apoio da Recupera-
ção Adventista são frequentemente apelidados
METAS DE LIDERANÇA PARA GRUPOS
de “facilitadores” para reconhecer e atualizar as
responsabilidades a que foram chamados pela
1. Comunicação segura, construtiva, e compro-
tradição de autoajuda do grupo em si.
metida: Os melhores líderes alcançam a meta do
• Esta posição de liderança destina-se normal-
grupo com o sentimento de grupo de que ELES
mente a um determinado período de tempo e
conseguiram chegar lá.
pode ser partilhada numa base rotativa com ou-
2. Relatório de apoio: Facilitando uma atmosfe-
tros membros experientes do grupo.
ra de apoio e segurança no seio do grupo é um
DEVERES DO FACILITADOR dos principais propósitos do líder-moderador do
grupo. Promover um ambiente de partilha positi-
O facilitador é responsável por se certifi- vo com respostas defensivas reduzidas irá criar
car de que as tarefas que são necessárias ao su- relacionamentos de grupo seguros, comunicati-
cesso do grupo são executadas. Os deveres es- vos e interativos.
pecíficos incluem: 3. Autonomia: O objetivo do grupo é permitir e
1. Planejar a agenda das reuniões para cada mês promover amplamente a oportunidade das pes-
usando os materiais providenciados neste manual. soas chegarem a um ponto de processamento
12
(i.e. lidar com) da sua disfunção, num ambiente al- programa enquanto iguais no seio do grupo.
tamente compreensivo, seguro e interessado; sem A liderança não é um direito a ser reclamado mas
a imposição da solução de outra pessoa para o seu uma responsabilidade a ser cumprida. Um gru-
problema. Líderes saudáveis não impõem opiniões po de liderança de Doze passos cristocêntricos é
pessoais e soluções aos outros. Partilham de for- semelhante a ser uma ovelha entre o rebanho em
ma gentil a sua experiência, força e esperança. recuperação de Deus. O líder/moderador/ facili-
tador não está acima dos outros no grupo, tem
FERRAMENTAS PARA OS FACILITADORES apenas responsabilidades adicionais.
AO LONGO DA VIAGEM A autorrevelação é uma medida importante de
um grupo de apoio de sucesso. É a revelação
• Usem palavras descritivas “EU” e não palavras deliberada de informação significativa e desco-
de julgamento “TU”, palavras críticas - i.e.: “Perce- nhecida acerca de uma pessoa. A vulnerabilida-
bi o efeito da codependência na minha família. . de está a descoberto, a partilha honesta com ou-
”(descrição pessoal) NÃO “Parece-me que é co- tros, ajudando-os assim a sentirem-se seguros
dependente” ... (avaliação acusatória) para partilhar, confiando, arriscando e fazendo
• Lembrem-se de que estamos todos aqui para confidências.
aprender uns com os outros – Estamos em bus-
ca de ferramentas pessoais individualmente, DESCASCAR A CEBOLA
mas em conjunto, num processo de grupo de
apoio e não para impor a minha solução ao vos- A comunicação interpessoal é praticada a mui-
so problema. tos níveis, o que pode ser comparável às cama-
• Evitem a tentação de “reparar” algo para um das de uma cebola. Para chegar até a área de
membro do grupo – A manipulação por parte do substância, temos de descascar as camadas,
líder mesmo que com um bom propósito instala a uma de cada vez. Esse processo, por vezes, pro-
desconfiança, sentimentos de mágoa e uma res- duz “lágrimas”.
posta defensiva por parte dos membros do grupo. A primeira camada é a conversa superficial, “res-
• Sejam abertos e honestos acerca da vossa pró- postas socialmente corretas” (clichês) i.e.: “Como
pria recuperação – A abertura e a honestidade vais?” respondido, “Bem.” Normalmente isso en-
representam a vontade de arriscar e de estabele- volve um reconhecimento e respeito, contudo
cer a confiança junto dos outros. mantém a comunicação a um nível impessoal.
• Evitem uma atitude de indiferença – A indiferen- A segunda camada é partilhar "fatos" descritivos.
ça traduz-se numa avaliação de desvalorização e O quê, quando e onde sobre nós mesmos.
leva a comportamentos defensivos. A empatia é A terceira camada é partilhar as nossas “opini-
uma atitude e comportamento que transmite que ões.” Mostramos aquilo que defendemos, esta-
“nos preocupamos”. belecendo diferenças e partilhando princípios.
A quarta camada são os sentimentos. Essa é
LEMBRETES PARA O FACILITADOR parte mais reveladora da autorrevelação, sensi-
bilidade, espiritualidade, cuidado, preocupação e
Os grupos de apoio não são “eles” e "nós". É um compromisso.
programa “NÓS”. Todos temos a necessidade de O objetivo dos grupos de apoio Recuperação Ad-
recuperar e oportunidade de trabalhar o nosso ventista é que os participantes se sintam sufi-
13
cientemente seguros para partilharem a “quar- Inicialmente, os facilitadores e os outros em “re-
ta camada”, dos sentimentos. Precisamos exer- cuperação” podem oferecer-se para serem “pa-
citar a paciência e tolerância uns para com os ou- drinhos temporários". Alguns relacionamentos
tros ao partilharmos os mais diversos níveis, ofe- podem não funcionar tão bem quanto esperado.
recendo uma atmosfera de exemplo, aceitação e Evitem despender muito tempo e energia apa-
confidencialidade. drinhando demasiados participantes. Peçam a
Deus que vos ajude a determinar quando é que
PADRINHOS é necessário dizer não ao pedido de alguém para
ser seu padrinho. Os relacionamentos amorosos
Guias eficazes (facilitadores) vivem múltiplas bên- devem ser evitados entre padrinhos e participan-
çãos quando apadrinham companheiros de via- tes. Por isso, o melhor é que os homens apadri-
gem no seu caminho para uma vida plena. Os pa- nhem homens e mulheres apadrinhem mulheres.
drinhos oferecem apoio extra necessário a alguém
que esteja a debater-se para encontrar a liberda- É no longo caminho para uma vida plena que a
de do pensamento obsessivo e comportamentos pessoa pode encontrar-se mais à frente na estra-
prejudiciais. Outros termos usados para nos refe- da da recuperação, mais do que qualquer outro
rirmos aos padrinhos são: mentor, treinador, ami- viajante. Partilhe os desafios que enfrentou. É im-
go, confidente, professor e parceiro responsável. O portante compreender que as pessoas precisam
convite de Jesus de irmos e fazermos discípulos umas das outras. Os padrinhos, com mais expe-
(ver Mateus 28:19) confirma essa prática. riência de recuperação podem ajudar os seus afi-
lhados a prosseguirem o seu caminho para uma
Quando Bill W. (Wilson) partilhou com o Dr. Bob vida plena.
(Robert Smith) a sua experiência, força e esperan-
ça, juntos foram capazes de manter a sobriedade e Para mais informações em relação aos apadri-
desenvolver o programa de Doze Passos que hoje nhamentos:
conhecemos como Alcoólicos Anônimos (AA). De “The Art of Sponsorship: beyond the basics” by
certa forma, podemos afirmar que Bill W. foi o pri- Margaret Bullitt-Jonas
meiro padrinho do programa dos AA. São os princí- http://www.nacr.org/wordpress/68/the-art-of-
pios e práticas desse programa que formam a es- sponsorship-beyond-the-basics
trutura básica do Caminho para uma Vida Plena. “Big Book Sponsorship – The Twelve Step Pro-
gram Big Book Guide http://www.bigbookspon-
Para manter o que temos, devemos distribuí-lo. sorship
O principal objetivo de ser padrinho é mostrar
aos outros como “Recuperámos”. “Basta um dia
para aprender como funciona e uma vida a pô- lo
em prática!” Isso significa que padrinhos e apa-
drinhados devem estar disponíveis diariamente
se necessário. No mínimo, precisam encontrar-
se uma vez por semana. Algumas formas de se
manterem em contato é através de email, sms,
telefone e reuniões cara-a-cara.
14
Qualificações recomendadas a Qualificações Recomendadas a
Líderes em Grupos para Líderes em Grupos para
Dependências e Compulsões Sobreviventes de Traumas e Perdas

• Deve ter pelo menos dois ou três anos de so- • Ter entre um e dois anos de experiência a
briedade relativamente ao seu próprio com- trabalhar os seus próprios sentimentos de
portamento compulsivo ou de dependência. depressão, dor, raiva, medo e desgosto.
• Devem ter lidado pessoalmente com a re- • Separar os seus sentimentos dos das ou-
caída e adquirido a experiência para parti- tras pessoas.
lhar com outros nessa situação. • Ter um padrinho e o seu próprio grupo de
• Devem ter completado pessoalmente os apoio para lidar com problemas pessoais
12 Passos com um Padrinho. quando o grupo despoleta nele assuntos
• Devem ter conhecimento sobre a lógica de não resolvidos.
trabalho das 12 Tradições e dos 12 Concei-
tos dos AA.

Qualificações Recomendadas a
Líderes em Grupos com Problemas
Relacionais

• Ter um ou dois anos de experiência a tra-


balhar nos seus próprios problemas de de-
pendência e desapego.
• Estarem alertas para a tentação de se
tornarem codependentes de membros do
grupo.

15
Preparação Prévia
Preparar o Clima e a Atmosfera

Os facilitadores devem fazer todos os possíveis dar os que chegarem antes da hora.
para fazer os membros do grupo sentirem-se 2. Coloque lenços no centro da sala ou numa mesa.
confortáveis e seguros. Escolher um local para 3. Tenha os impressos [“Como Funciona,” 12
as reuniões que seja acessível, conveniente e se- Passos, Boas Vindas] preparados para serem
guro é vital. distribuídos aos participantes.
4. Prepare um cesto para recolher donativos.
CRITÉRIO PARA O LOCAL DAS 5. Tenha literatura disponível para venda; p. ex.: Bí-
REUNIÕES blia da Serenidade, panfletos vários dos AA, Al-A-
non, NA, SA, OA, manuais e livros de meditações.
1. O local deve ser neutro e ter uma entrada ra- 6. Ofereça literatura gratuita: horários das reuni-
zoavelmente privada para que os membros pos- ões, lista de contatos, recursos/números de tele-
sam chegar e sair de forma anônima. fone, websites e locais adicionais de grupos que
2. Deve ser um local confortável e convidativo usem os 12 Passos na comunidade
em que aqueles ali reunidos não sejam perturba- 7. Cartazes dos Doze Passos, Doze Tradições e
dos por outros eventos. quaisquer slogans desejados devem estar posicio-
3. Deve ser considerada a possibilidade de ter nados antes dos membros chegarem. Esses são
uma creche/ATL e deve definir-se uma política fornecidos na secção de Recursos deste manual.
no que diz respeito às crianças estarem presen- 8. Prepare bebidas e alguns snacks antecipada-
tes nas reuniões. mente.
4. Uma vez estabelecido, o local da reunião não 9. A sala deve estar aberta e os voluntários para
deveria mudar porque o grupo será a longo-pra- ficar com as crianças devem estar no local se
zo e sem data para terminar. Os participantes de- oferecerem essa opção.
vem poder contar com a permanência do tempo
e localização.
5. A sala de reuniões deve ser informal, de pre- A REUNIÃO EM SI
ferência com as cadeiras em círculo para permi-
tir que cada membro tenha lugar na primeira fila. As reuniões do Caminho para Uma Via-
6. O ideal será que o espaço de armazenamento gem Plena foram concebidas como um Estudo por
possa estar disponível ao grupo com literatura e Passos. Os passos do programa são simples, es-
outros itens. tratégicos, sequenciais, espirituais — um processo
de recuperação.
PREPARAR O LOCAL DA REUNIÃO A reunião segue um formato específico que é dado
em detalhe para cada sessão. O formato torna pos-
1. Abra a sala, organize o espaço, chegue ANTES sível para todos, com ou sem experiência prévia, or-
de todos os membros e esteja presente para sau- ganizar uma reunião. Dado que o formato é usado
16
de forma consistente, define um tom de segurança • Each Day a New Beginning: Daily Meditations
para todo o grupo. for Women. Casey, Karen. Hazelden Foundation,
A maior parte das pessoas que vêm aos grupos Ca- 1991.
minho para a uma Vida Plena não conhecem o pro- • Night Light: A Book of Nighttime Meditations.
grama. O manuscrito formal permite o estabeleci- Dean, Amy E. Hazelden Foundation.
mento de uma rotina familiar e permite ao guia (fa- • Food for Thought: Daily Meditations for Over-
cilitador) conduzir o estudo e a partilha com con- eaters. L., Elisabeth. Hazelden Foundation, 1992.
fiança. A sessão de abertura do formato não muda, • Believing in Myself. Larsen, Earnie & Carol
o que torna fácil a sua utilização. As únicas coisas Hegarty.
que variam são as Leituras, que podem ser feitas • Touchstones: Daily Meditations for Men. Ha-
por um voluntário ou alguém designado no mo- zelden Foundation, 1991.
mento. A repetição, semana após semana, destas • Vinte e Quatro Horas por Dia. Alcoólicos Anôni-
leituras ajuda a reforçar os princípios de recupera- mos/Hazelden Foundation, 1992.
ção básica na mente dos ouvintes. Depois da por- • Ciência do Bom Viver. Ellen G. White.
ção de abertura da reunião, vêm os Passos, depois • Mente, Caráter e Personalidade (2 books). El-
a sessão de partilha, e a reunião é encerrada. Isso len G. White.
consta de um manuscrito fácil de seguir para que • Aos Pés de Cristo. Ellen G. White.
possam ser lidos em voz alta.
É objetivo do Caminho para Uma Vida Plena apre-
sentar o processo dos Doze Passos e encorajar
gentilmente os membros a fazer proveito de gru-
pos que usem os Doze Passos na comunidade e
que estejam maioritariamente focados na área da
luta. O processo familiar das reuniões Caminho
para Uma Vida Plena será um tema comum nas re-
uniões comunitárias que escolhermos frequentar:
A.A., N.A., Al-anon, Viciados em Sexo Anônimos,
CoSa, Comedores Compulsivos Anônimos, etc. Es-
tas reuniões irão levar o nosso crescimento e res-
tabelecimento a um outro nível.

RECURSOS DE LEITURA - PASSOS:

A cada semana, durante a Transição para o Estu-


do por Passos, é providenciada uma leitura no Guia
do Facilitador. Isso pode ser lido pelo facilitador ou
por um dos participantes. Podem encontrar leitu-
ras adicionais num dos seguintes livros ou numa
Bíblia com leituras/reflexões dos 12 passos.
• The Language of Letting Go. Beattie, Melody.
17
Anúncios e Leituras com
Instruçōes para Cada Passo
e Reunião.
lista telefônica são atualizadas e disponibiliza-
ANÚNCIOS E BOAS-VINDAS das aos membros do grupo em cada reunião do
Caminho para Uma Vida Plena.”
O facilitador lê anúncios de grupo, dá as boas-
vindas a quem está pela primeira vez e aos mem- 2—Contribuições Dos
bros regulares. Voluntários

PLANEJAR ANTECIPADAMENTE: Certifique-se O FACILITADOR DIZ: “Não temos pagamentos ou


de que fotocopiou os impressos para distribuir taxas de adesão. Contudo somos um grupo que
an- tecipadamente. Esses estão situados entre se autossustenta através de donativos. Isso aju-
as páginas (84-102). da a cobrir os custos dos materiais, da literatura
e outros projetos que o grupo escolha adotar. Se
1—Introduções é recém-chegado, sugerimos e aconselhamos
que adquira o material devocional recomendado
O FACILITADOR DIZ: “Boa Noite e Bem-Vindos ao pelo grupo em vez de contribuir. Forneceremos,
Caminho para Uma Vida Plena. Esta é uma reu- mensalmente, total informação sobre os donati-
nião onde não se pode fumar e começamos em vos através do tesoureiro do grupo.“ (O tesourei-
ponto às __________ e terminamos exatamente ro recolhe/conta e registra a entrada de dinheiro,
às ___________. O meu nome é __________e sou produzindo um relatório mensal sobre os donati-
_______________(alcoólico, codependente, etc.). vos e despesas)
Para começar a nossa reunião, todos nos apre-
sentamos. Se existem estreantes, pedimos que [O cesto da coleta pode ser passado entre todos ou co-
se apresentem agora, usando apenas o vosso locado num local central aos assentos, ou à entrada.
nome próprio.” [Depois de cada pessoa se apre- Alguns grupos optaram por passar o cesto mais tarde,
sentar, o grupo responde com um “Olá (nome), por vezes 20 minutos antes do momento de partilha.]
bem-vindo.”].
O FACILITADOR DIZ: “Agora que conhecemos os 3—Momento De Silêncio E
nossos novos membros, vamos apresentar- nos Oração Da Serenidade
unicamente com o nome próprio.” [Cada membro
diz, “Olá, sou o/a __________(nome).” O grupo res- O FACILITADOR DIZ: “Agora que conhecemos os
ponde a cada pessoa, com um “Olá, __________ recém-chegados e demos as boas-vindas uns
(nome)!”]. aos outros, por favor, juntem-se a mim ao abrir-
O FACILITADOR DIZ: “Vamos fazer circular uma mos esta reunião num momento de silêncio para
lista de contatos. Se quiserem ser adicionados nos relembrarmos do motivo que nos trouxe
para que outros membros possam contactar- aqui, e de seguida iremos unir-nos na Oração da
18 -vos, por favor coloquem o vosso nome próprio Serenidade. Inclinemos as nossas cabeças.”
e o número de telefone embaixo. As cópias da
tão estão prontos para dar certos passos. Em-
Momento De Silêncio pacamos em alguns. Pensamos que consegui-
mos encontrar uma forma mais fácil, mais sua-
Oração Da Serenidade ve. Mas não conseguimos. Com toda a serieda-
de sob as nossas ordens, suplicamos-vos que
“Deus, Concede-me a serenidade para aceitar as sejam intrépidos e precisos desde o começo. Al-
coisas que não posso mudar, Coragem para mu- guns de nós tentaram ficar agarrados às nossas
dar as que posso, e sabedoria para distinguir en- velhas ideias e o resultado foi nulo até nos liber-
tre ambas...” tarmos absolutamente.
Lembrem-se de que lidamos com compulsões,
4—Leituras obsessões e dependências – astutas, problemá-
ticas e poderosas! Sem ajuda é demasiado para
LEITURAS SOBRE nós. Mas há Alguém que tem todo o poder – e
EXPERIÊNCIA esse Alguém é Deus.
[O facilitador começa por pedir a um membro que Meias medidas não nos valem de nada. Só os
leia.] nossos melhores esforços nos trouxeram até
aqui. Ficamos num ponto de viragem. Pedimos a
O FACILITADOR DIZ: “Para iniciarmos a partilha Sua proteção e cuidado em completo abandono.
da nossa experiência hoje/esta noite, pedi ao Os passos que demos foram os Doze Passos. . .”
___________, [ou - ‘será que alguém se voluntaria . Reparem no poder destas palavras:
. .’] para ler ‘Como funciona’ ?”
LEITURAS SOBRE FORÇA:
Como Funciona: [O facilitador começa a leitura dos “Doze Pas-
sos.”].
“Raramente temos visto alguém, que tenha se-
guido o nosso caminho detalhadamente, falhar. O FACILITADOR DIZ: “Agora vamos partilhar a
Aqueles que não recuperam são pessoas que força dos Doze Passos, lendo-os em voz alta, to-
não conseguem ou não querem dar-se comple- dos juntos. Cada pessoa irá ler um/dois/ três [de-
tamente a este simples programa, normalmente pendendo do tamanho do grupo nesta reunião]
homens e mulheres que são constitucionalmen- Passos e passa-los até terminarmos”
te incapazes de serem honestos com eles pró-
prios. São naturalmente incapazes de apreender Os Doze Passos
e desenvolver uma forma de viver que exija ho-
nestidade rigorosa. As probabilidades de serem Passo Um – Admitimos que somos impotentes
bem-sucedidas estão abaixo da média. Também sobre o álcool [e outras dependências prejudi-
existem aqueles que sofrem de sérios distúrbios ciais e nossa separação de Deus] – e que as nos-
emocionais e mentais, mas muitos deles conse- sas vidas se tornaram impossíveis de gerir.
guem recuperar se tiverem a capacidade de se- Passo Dois – Viemos a crer que um poder maior
rem honestos. que nós mesmos pode restaurar-nos à sanidade.
As nossas histórias encerram, de forma geral, o Passo Três - Tomamos a decisão de entregar a
que éramos, o que aconteceu e aquilo que somos nossa vontade e as nossas vidas ao cuidado de
agora. Se decidiram que querem o que temos e Deus uma vez que O compreendemos.
estão dispostos a ir até ao fim para o obter – en- 19
Passo Quatro – Fizemos uma introspeção e um no presente ou no passado, com os problemas
inventário moral destemido de nós mesmos. da dependência, compreendemos como poucos.
Passo Cinco – Admitimos a Deus, a nós mesmos Também nós nos sentimos sós, frustrados e iso-
e a outro ser humano a natureza exata dos nos- lados, mas descobrimos na reabilitação que não
sos erros. há nenhuma situação realmente sem esperança,
Passo Seis – Estamos inteiramente preparados e que é possível encontrarmos contentamento e
para que Deus remova todos estes defeitos de mesmo felicidade, quer os nossos amigos e fa-
caráter. mília se juntem a nós nesta jornada ou não.
Passo Sete - Pedimos-Lhe humildemente para Somos um grupo de pessoas que descobriu que
remover as nossas falhas. era impotente sobre as suas compulsões, obses-
Passo Oito – Fizemos uma lista de todas as pes- sões e dependências e das dos seus amigos e
soas que magoamos e nos tornamo disponíveis família. Instamos para que experimentem o pro-
para fazer as pazes com todas elas. grama. Ajudou muitos de nós a encontrarem so-
Passo Nove – Fizemos diretamente as pazes luções que conduzem à serenidade. Há tanto
com tais pessoas sempre que possível, exceto que depende das nossas próprias atitudes, e ao
quando fazê-lo implicaria magoá-las ou a outros. aprendermos a colocar o nosso problema na sua
Passo Dez – Continuamos a fazer um inventá- verdadeira perspectiva, descobrimos que perde o
rio pessoal e, quando estávamos errados, pronta- poder de dominar os nossos pensamentos e as
mente o admitimos. nossas vidas.
Passo Onze – Buscamos através da oração e da A situação familiar só pode melhorar à medida
meditação melhorar o nosso contato conscien- que aplicamos os princípios e ideias de reabilita-
te com Deus à medida que O compreendemos, ção. Sem essa ajuda espiritual, viver com as nos-
orando apenas por um conhecimento da Sua sas dependências ou com as dos nossos que-
vontade para nós e pelo poder de a executar. ridos é demais para a grande maioria de nós. O
Passo Doze – Tendo tido um reavivamento espiri- nosso pensamento torna-se distorcido por tentar
tual como resultado destes Passos, tentamos le- forçar soluções e tornamo-nos irritáveis e razoá-
var esta mensagem a outros e praticar estes prin- veis sem nos apercebermos disso.
cípios em todas as coisas. Este programa de reabilitação pessoal e espiritu-
al baseia-se nos 12 Passos, que experimentamos
LEITURAS SOBRE aplicar às nossas vidas aos poucos, um dia de
ESPERANÇA cada vez, em simultâneo com os nossos slogans
e a Oração da Serenidade. A amável troca de aju-
O FACILITADOR DIZ: Ao começarmos a partilhar da entre membros e a leitura diária do material
esperança, pedi ao _______________ [ou - “alguém devocional e da Bíblia prepara-nos para receber-
se voluntaria...”] para ler a nossa mensagem de mos o inestimável dom da serenidade.
boas-vindas cheia de esperança: O Caminho para Uma Vida Plena é um grupo anô-
nimo. Tudo o que é aqui dito, na reunião de grupo
Bem-Vindos e entre membros, deve ser confidencial. Só des-
ta forma podemos dizer livremente o que nos vai
Damos-vos as boas-vindas ao Caminho para na mente e coração, pois é assim que nos ajuda-
Uma Vida Plena e esperamos que encontrem nes- mos uns aos outros no nosso caminho para uma
20 te companheirismo a ajuda e amizade que tive- vida plena.
mos o privilégio de desfrutar. Nós, que vivemos,
5—Transição Para O Estudo tão conosco há pouco tempo. Sejam quais fo-
Por Passos rem os vossos problemas, existem alguns den-
Verifique a página de cada sessão para cada tre nós que também passaram por eles. Se tenta-
passo para mais instruções sobre o “estudo de rem manter uma mente aberta, encontrarão aju-
transição por passos.” da. Perceberão que não existe situação tão difícil
que não possa ser melhorada e infelicidade tão
6 — Partilha De Grupo grande que não possa ser aliviada.
Não somos perfeitos. As boas-vindas que vos
O FACILITADOR LÊ: “A sala está aberta à partilha damos podem não demonstrar o calor que sen-
nesta altura. Por favor, digam o vosso nome pró- timos nos nossos corações por vocês. Após al-
prio quando começarem a partilhar para que o gum tempo, vão descobrir que embora possam
grupo possa focar-se naquilo que trazem à nos- não gostar de todos nós, vão amar-nos de uma
sa jornada de hoje. Partilhem por um ou dois mi- forma especial – da mesma forma que já vos
nutos e terminem dizendo ‘obrigado,’ ou ‘obriga- amamos.
do por ouvirem,’, para que ninguém vos interrom- Falem uns com os outros, pensem nas coisas
pa sem querer. com alguém, mas que não haja mexericos ou crí-
ticas de uns para com os outros. Em vez disso,
NOTAS PARA O FACILITADOR deixem que a compreensão, amor e paz do pro-
grama cresça em vocês, um dia de cada vez.”
O FACILITADOR DIZ: “Então grupo? O que desco-
briram esta semana que vos tenha surpreendido, O FACILITADOR DIZ: “Gostaria que se juntas-
confundido ou que vos tenha dito respeito, ou tal- sem a mim na oração final.”
vez confirmado algo que já sabiam?”
[Repitam juntos a Oração do Pai Nosso, de
7 — Encerramento E Oração mãos dadas.]

O FACILITADOR TRAZ O GRUPO A “CASA” Venha o teu Reino.


Deixem o grupo continuar a sua partilha até dois ou Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no
três minutos antes de terminar A HORAS e depois: céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
FACILITADOR DIZ: “A nossa reunião termina- perdoamos aos nossos devedores.
rá dentro de minutos, alguém tem uma necessi- E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do
dade premente para partilhar antes de terminar- mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória,
mos?” para sempre. Amém!

O FACILITADOR LÊ: “Para terminar, gostaria de [Depois da Oração do Pai Nosso, finalizam com:]
dizer que as opiniões que expressamos aqui per- “Continuem a vir, funciona se trabalharem nisso e
tencem à pessoa que as emitiu. Peguem nas que vocês valem a pena!”
gostaram e esqueçam o resto.
As coisas que escutaram foram ditas em confi-
dência e devem ser tratadas como tal. Mantenham-
-nas entre as paredes desta sala e na vossa mente. 21
Algumas palavras especiais àqueles que não es-
Introdução aos materiais de treinamento

Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.

SESSÃO UM: “Não te dás conta de que és desgraçado e miserável,


pobre, cego e nu. ” — Jesus Cristo (Apocalipse 3:17).

Transição para o Estudo por mensagens culturais que afirmam, “Sê forte! Sê o
Passos dono do teu próprio destino!” Admitir impotência
também entra em conflito com a mensagem da
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o dependência, porque esta diz-nos, “Tens uma to-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- lerância elevada! Usa-me mais!
tentes para com as nossas compulsões, obsessões Tu dás conta do recado!”
e dependências, e que as nossas vidas se tinham Ainda assim, o paradoxo central do Passo Um é
tornado impossíveis de gerir.“ Para focarmos a par- que a admissão da derrota total permite uma vi-
tilhar no Passo Um, vou ler sobre o tópico do Passo tória que transforma a nossa vida através da re-
Um. Alguns de vocês poderão encontrar uma curta abilitação. A admissão de impotência sobre uma
leitura sobre este passo, que gostassem de partilhar dependência, na verdade, torna-se na base para
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- a força que é necessária para eventualmente ul-
priada antes de a partilharem numa reunião. trapassarmos a dependência.
Admitir a nossa impotência é essencial para que-
O Facilitador Diz: Este mês focamo-nos na impo- brar o ciclo da dependência, que é composto por
tência, uma teoria suficientemente simples, fre- cinco pontos:
quentemente difícil de pôr em prática no dia-a- 1. Dor, aflição, tédio
-dia de identificar e reconhecer as coisas sobre 2. Fazer uso de um agente de dependência, como
as quais não temos poder. o trabalho, a comida, sexo, álcool, ou relaciona-
Então esta semana, Passo Um, começamos por mentos dependentes para lidar com a nossa dor.
admitir que estávamos impotentes em relação 3. Anestesia temporária (alívio)
às nossas dependências, que as nossas vidas se 4. Consequências negativas
22 tinham tornado impossíveis de gerir. 5. Vergonha e culpa, que resultam em mais dor ou
Admitir impotência contradiz muitas das nossas baixa autoestima, recomeçando novamente o ciclo.
Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.

SESSÃO DOIS: “Tudo é vaidade” — Salomão (Eclesiastes 2:17).

Transição para o Estudo por da dependência. Agora o viciado no trabalho sen-


Passos te-se obrigado a trabalhar ainda mais arduamen-
te para superar a sua culpa.
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o Compreender o ciclo da dependência é impor-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- tante porque ajuda a explicar o porquê da admis-
tentes para com as nossas compulsões, obses- são de impotência é o primeiro passo para a re-
sões e dependências, e que as nossas vidas se cuperação. De outra forma, permanecemos pre-
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- sos. Se dependermos apenas da força de vonta-
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- de, então a única coisa que sabemos fazer é au-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- mentar a nossa dependência para não sentir a
contrar uma curta leitura sobre este passo, que dor. O Passo Um pede-nos que façamos menos
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por que nos rendamos, submetemos, entreguemos.
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par-
tilharem numa reunião.

O Facilitador Diz: Admitir a impotência é essen-


cial para se quebrar o ciclo de dependência. Por
exemplo, o viciado no trabalho que tem uma bai-
xa autoestima (dor) começa a trabalhar demais
(agente de adição), que resulta em louvores, su-
cesso e realização profissional (alívio). Contu-
do, regra geral, os relacionamentos familiares e
a sua relação pessoal com Deus sofrem terrivel-
mente devido à sua preocupação com o trabalho
(consequências negativas). O resultado é uma
sensação ainda maior de vergonha e culpa por
causa das deficiências, tanto reais quanto imagi-
nárias, o que o traz de volta ao ponto um do ciclo
23
Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.

SESSÃO TRÊS: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero, esse faço.” — Paulo (Romanos 7:19).

Transição para o Estudo por Para os codependentes, o controle ou a falta dele


Passos é central a cada aspecto da vida. Ao admitirmos
a nossa impotência, embarcamos no antído-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o to para controlar a nossa dependência, uma de-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- pendência caracterizada por extremos tanto de
tentes para com as nossas compulsões, obsessões excesso de controle como de nenhum controle.
e dependências, e que as nossas vidas se tinham Por exemplo, o viciado em trabalho pode contro-
tornado impossíveis de gerir. “Para focarmos a par- lar em demasia os esforços para alcançar e reali-
tilha no Passo Um, vou ler sobre o tópico do Passo zar. O que tende a não ter controle é a qualidade
Um. Alguns de vocês poderão encontrar uma curta da vida espiritual e o investimento de tempo e in-
leitura sobre este passo, que gostassem de partilhar timidade emocional com os membros da sua fa-
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- mília. Ao admitir impotência, ele abre a porta que
priada antes de a partilharem numa reunião. permite que Deus crie um equilíbrio novo, saudá-
vel, no qual pode diminuir o controle compulsi-
O Facilitador Diz: Enquanto regra, o ciclo da de- vo exercido na arena do trabalho. Pode então co-
pendência não pode ser quebrado sem nos ren- meçar a experimentar um maior controle positi-
dermos a um Poder externo a nós mesmos. Tal- vo sobre a sua contribuição para os relaciona-
vez tenhamos que nos render uma e outra vez mentos familiares e na criação de tempo priva-
ao admitirmos a nossa impotência sobre a de- do de qualidade.
pendência principal, e também sobre vários ou- Não devemos temer que a impotência resulte em
tros aspetos da nossa vida. Devemos reconhe- passividade. Pelo contrário, admitir a nossa im-
cer quando somos impotentes em relação às potência é subordinar a nossa vontade humana à
pessoas, aos lugares e às situações e aprender a vontade de Deus para que nos possamos tornar
nos desligarmos. Também podemos dar por nós os instrumentos eficazes e potentes que fomos
a trocar de dependências ou a transferir obses- criados para ser.
sões, e precisaremos de aplicar o Passo Um tam-
bém a estas novas dependências.
24
Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.

SESSÃO QUATRO: “Já não tenho em mim mais recursos; o sucesso


está fora do meu alcance. ” — Jó (Jó 6:13)

Transição para o Estudo por retomar uma vida sóbria. O contexto para a recu-
Passos peração oferece um espaço em que os que estão
dependentes podem substituir um falso orgulho
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o em ter “poder sobre” por um orgulho saudável em
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- ter “poder para”. Tal contexto promove as interli-
tentes para com as nossas compulsões, obses- gações e a comunidade, um reconhecimento da
sões e dependências, e que as nossas vidas se ti- nossa interdependência uns dos outros.
nham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Em Muitas Estradas, Uma Viagem, Charlotte Kasl
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- oferece dezesseis passos para a “descoberta e
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- capacitação.” O primeiro passo é o seguinte: "Ad-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que mitimos que estávamos descontrolados com/
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por impotentes sobre________, mas temos o poder de
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- assumir o controle das nossas vidas e parar de
lharem numa reunião. sermos dependentes de substâncias ou de outras
pessoas para assegurar a nossa autoestima e se-
O Facilitador Diz: Completamos hoje a quarta se- gurança.”
mana de estudos sobre o Passo Um!
Já memorizaram o Passo? Como começaram a
admitir a vossa impotência, um dia de cada vez?
Claramente, o poder e a impotência são ideias
chave no paradigma dos Doze Passos para o tra-
tamento das dependências.” [Nós] admitimos
que éramos impotentes em relação ao álcool, às
drogas, ao trabalho, ao sexo, à comida, à code-
pendência, a outra pessoa, etc… e que por cau-
sa disso, as nossas vidas tinham ficado impos-
síveis de gerir.” Seja qual for a linguagem da sub-
missão, é através da aceitação da impotência so-
bre a dependência que o viciado é capacitado a 25
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.

SESSÃO UM: “Mas a todos quantos o receberam, aos que creem nele,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” – João (João 1:12)

Transição para o Estudo por a menor menção da palavra “Deus” e alguns fi-
Passos cam crispados com a mera sugestão de alguma
coisa espiritual. Mas tal como diz no livro Alco-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ólicos Anônimos, no capítulo intitulado “Nós, ag-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- nósticos,” “suplicamos que coloquem o precon-
tentes para com as nossas compulsões, obses- ceito de lado ... e deem uma oportunidade ao
sões e dependências, e que as nossas vidas se programa.”
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Os programas de 12 passos são espiri-
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- tuais, não religiosos; não se faz menção a cren-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- ças religiosas, doutrinas ou dogmas. Não se re-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que quer que os membros aceitem o conceito que
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por outra pessoa tem de Deus, apenas que confiem
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- que há um poder “maior que eles mesmos” seja
tilharem numa reunião. qual for a forma com que O desejem descrever
ou compreender.
O Facilitador Diz: Muitos membros de grupos de
recuperação entram no programa com uma forte
fé em Deus, e com o encorajamento dos outros
membros rapidamente aprendem a aplicar essa
fé a situações que o alcoolismo, as dependên-
cias e a codependência criaram nas suas vidas.
Com a sabedoria oferecida pelo progra-
ma, a amizade e o apoio dos outros membros,
o processo de restabelecimento começa com a
ajuda de um Deus de amor, à medida que O com-
preendem.
Outros que são apresentados a progra-
mas de 12 passos são agnósticos ou ateus, e re-
jeitam o conceito de divindade. Muitos desligam
26
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.

SESSÃO DOIS: “Dêmos louvores a Deus, o qual, pela força que nos
concede, tem poder para realizar muito mais do que aquilo que nós pedi-
mos ou somos capazes de imaginar. ” — Paulo (Efésios 3:20).

Transição para o Estudo por parámo-nos com um terceiro obstáculo: a nossa


Passos luta para acreditar numa presença amorosa que
nos pode restabelecer. Muitos de nós nos retra-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ímos, não gostando da ideia de um tal “Poder”,
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- especialmente porque pensamos que o “Poder”
tentes para com as nossas compulsões, obses- nessa frase realmente se referia a Deus. Outros
sões e dependências, e que as nossas vidas se vieram para o programa com convicções religio-
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- sas, mesmo profundas. Independentemente das
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- nossas crenças, continuávamos incapazes de
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- nos curar.
contrar uma curta leitura sobre este passo, que Apesar das nossas crenças (ou não), co-
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por meçamos a perceber que por causa da nossa de-
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- pendência, o trabalho, o álcool, o sexo, a comi-
tilharem numa reunião. da, as drogas ou outras pessoas se tinham torna-
do os nossos deuses. Sempre acreditamos que
O Facilitador Diz: Quando começamos a traba- a adrenalina e o êxtase que tínhamos dessas de-
lhar no Passo Dois, foi-nos apresentado um ou- pendências faria com que tudo corresse bem; irí-
tro caminho: o caminho da confiança. amos sentir-nos bem, faria desaparecer a dor.
Isso trouxe-nos ao segundo obstáculo: Na verdade, a nossa dependência con-
confiar nas outras pessoas. A nossa incapacida- sumiu-nos totalmente e disse-nos que as nos-
de para confiar é normalmente originada durante sas próprias dependências eram a verdadeira
a infância quando as pessoas com poder, como fonte do nosso bem-estar. Era o foco num der-
os pais, familiares ou outros cuidadores de con- ramamento de energia e determinação que sub-
fiança, tenham abusado de nós, nos tenham ne- jugaria tudo no seu caminho. Essas coisas tor-
gligenciado ou traído. Sem surpresa, faltou- nos naram-se no foco das nossas vidas e nós vene-
o elemento básico de confiança necessário para ramos-lhas e a relações prejudiciais. Acreditáva-
“virmos a crer.” mos que “a/o próxima/o ia salvar-nos.”
Ao olharmos mais de perto para o res-
to do Passo, “um Poder maior do que nós...,” de-
27
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.

SESSÃO TRÊS: “Mostra, SENHOR, a grandeza do teu poder e nós cel-


ebraremos com cânticos as tuas vitórias.” — David (Salmos 21:14)

Transição para o Estudo por O que é que nessas “falsas esperanças” era se-
Passos gundo Deus? De que formas as nossas antigas
fontes de “Confiança” nos ofereciam poder? Se-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o gurança? Paz? Alívio da dor? Intimidade? Resga-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- te? O que esperávamos encontrar nessas fon-
tentes para com as nossas compulsões, obses- tes? De que formas “funcionaram” para nós du-
sões e dependências, e que as nossas vidas se ti- rante algum tempo?
nham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Hoje perguntamo-nos de que formas estamos
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tópi- nós a encontrar estas respostas ao ir a Deus?
co do Passo Um. Alguns de vocês poderão encon- De que forma algumas partes de uma confiança
trar uma curta leitura sobre este passo, que gos- verdadeira e redentora ainda permanecem fora
tassem de partilhar com o nosso grupo. Por favor, do nosso alcance? Que passos estamos a dar
verifiquem se é apropriada antes de a partilharem em frente na viagem da confiança?
numa reunião. De que formas estamos presentemente a apren-
der sobre a confiabilidade do nosso Poder Maior?
O Facilitador Diz: A semana passada nós fala- Vamos descobrir que essa parte da confiança
mos sobre a ideia da confiança. Analisamos a continua a desenrolar-se à medida que continu-
ideia de confiar a um Guia Supremo, um Poder amos a viagem. O nosso Poder Maior, Deus, não
Maior, um Criador, um Deus a vossa luta e a vos- tem limites. As fontes de confiança anteriores:
sa vida. Hoje, analisamos algumas das outras o controle, as drogas, a bebida, as aventuras se-
coisas nas quais talvez tenhamos confiado an- xuais ou relacionamentos tinham um fim previsí-
tes. Reunimo- nos enquanto grupo, mas cada um vel. Descobrimos que não conseguimos contro-
veio de diferentes pontos de partida. Também tí- lar a vida. A droga tinha um único efeito, e esse
nhamos arranjado diferentes formas de supera- foi diminuindo com o passar do tempo. A bebida
ção e talvez tenhamos depositado “confiança” demorou mais tempo a “fazer efeito” e não durou
em coisas muito diferentes. muito. O caso amoroso ou a pornografia perdeu
Estamos aqui neste lugar, porque as coisas nas o interesse, ou tornou-se público, para nossa hu-
quais confiamos nos desiludiram. Esta noite milhação. A pessoa com quem tínhamos o nos-
pensamos sobre o que procurávamos nesses so relacionamento já não tinha mais nada para
28 comportamentos, substâncias, sistemas ou pes- dar. Deus não tem essas limitações. A confiança
soas em que um dia confiamos. torna-se numa experiência sem fim
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.

SESSÃO QUATRO: “Teu é o Reino e o Poder” — Jesus Cristo


(Mateus 6:13).

Transição para o Estudo por mento na nossa vida passada fomos sãos. Isso
Passos implica que, talvez gradualmente, tenhamos ultra-
passado uma linha; uma linha na nossa experiên-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o cia, a qual não podíamos voltar somente por mera
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- vontade humana. Alguns de nós consideramos útil
tentes para com as nossas compulsões, obses- reconhecer que uma vez que fomos outrora sãos,
sões e dependências, e que as nossas vidas se então talvez possamos sê-lo novamente.
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Então perguntamos, “Como trabalho o Passo Dois
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- para ser são novamente? Foi então que pela primei-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- ra vez nos tornamos conscientes que existia um po-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que der maior que nós, restaurando a nossa sanidade.
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por Com esta sensibilização veio um presente: já não
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- tínhamos que enfrentar o grande fardo da auto-
tilharem numa reunião. pendência. O Passo Dois ofereceu-nos a promes-
sa e o processo de interconexão. Algo para além
O Facilitador Diz: Quando falamos da possibilida- de nós mesmos estava agora a restabelecer-
de de restabelecimento, estamos a referir- nos a -nos. Estávamos a mudar e a recuperar, e o nos-
uma parte importante do Passo Dois — a parte de so restabelecimento não resultou de uma luta so-
“ser restaurado.” Mas restaurado em quê? É aqui litária, mas de uma entrega ao Poder maior que
que descobrimos uma palavra que nos congela: nós mesmos. A recuperação chegou até nós atra-
sanidade. Restaurar a nossa sanidade? Isso signi- vés da espiritualidade não pelo medo infligido por
fica que estávamos realmente loucos? uma divindade castigadora.
Foi sugerido que a insanidade poderia ser defini- Regressar à sanidade foi aprender a viver sem ser
da como a repetição de uma mesma ação repeti- regido pelo medo. Substituímos o velho compor-
das vezes, esperando resultados diferentes. Não tamento por novas práticas — e obtivemos resul-
era isso que fazíamos quando envolvidos no nos- tados diferentes. A aceitação diária da nossa do-
so comportamento viciante — crendo que, vez ença trouxe a aceitação diária do nosso poder es-
após vez, seria essa que nos iria “reparar”? A nos- piritual. Fomos lembrados de que o Passo Dois
sa dependência levou-nos a lugares em que está- não seria um simples evento único, mas um pro-
vamos para além das nossas escolhas racionais. cesso contínuo e enriquecedor para toda a vida 29
“Restaurar a sanidade” sugere que em algum mo-
Passo Três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.

SESSÃO UM: “Vinde a Mim e Eu vos aliviarei.” — Jesus Cristo


(Mateus 11:28).

Transição para o Estudo por Utilizando uma analogia clássica, imagi-


Passos ne que estão quatro sapos em cima de um tron-
co. Um dos sapos toma a decisão de saltar para
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o o lago. Quantos sapos ainda estão no tronco? Os
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- quatro. Por quê? Porque esse sapo não fez mais
tentes para com as nossas compulsões, obses- do que tomar uma decisão: nenhuma outra ação
sões e dependências, e que as nossas vidas se foi realizada.
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar-
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par-
tilharem numa reunião.

O Facilitador Diz: No Passo Três tomamos a deci-


são de entregar a nossa vontade e as nossas vidas
ao cuidado de Deus à medida que O conhecemos.
Basicamente, quer dizer que tivemos em cuidado-
sa consideração a probabilidade de Alguém, Deus,
poder mas seguramente ou competentemente
controlar a nossa própria vida e que estamos dis-
postos a dar a esta entidade esse controle.
Alguns, erroneamente, acreditam que dar
o passo Três significa que nos tornamos numa
espécie de zelotas religiosos ou adotam outras
noções doidas. Outros acreditam que este é um
passo de “ação”. Não, não é bem...
30
Passo três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.

SESSÃO DOIS: “O Senhor é o meu refúgio, em quem confio” — Davi


(Salmos 91:2).

Transição para o Estudo por sa resistência. Temíamos ter mais uma tarefa
Passos monumental diante de nós. Uma vez que a maior
parte das nossas vidas tinha tido a ver com for-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ça de vontade e controle, como iríamos tomar a
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- decisão de entregar a nossa vontade e as nos-
tentes para com as nossas compulsões, obses- sas vidas ao cuidado de Deus? Como cederia-
sões e dependências, e que as nossas vidas se mos todo o nosso controle e as nossas vidas a
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- outrem? Abandonar o controle significava ter de
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- confiar em Deus. E isso assustava-nos.
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- Quando crianças, muitos de nós fomos magoa-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que dos debaixo “do cuidado” de adultos. Alguns ti-
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por nham mesmo sido abusados. Sentimos que
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- Deus tinha permitido que o mal ou o abuso ocor-
tilharem numa reunião. ressem. Isso fez com que ter fé num Poder Maior,
agora, fosse muito difícil.
O Facilitador Diz: Ao nos aproximarmos do Pas- Quando foi sugerido que podíamos, na verda-
so Três, foi-nos dito que os primeiros três Passos de, encontrar a nossa natureza espiritual, um
assentam nas fundações da nossa recuperação pouco de cada vez, tornou-se menos difícil dar
de Doze Passos. No Passo Um, tínhamos admi- esse Passo Três. Foi-nos dito, “É mais fácil do
tido a nossa impotência sobre as nossas obses- que você pensa. Pensem em tomar uma decisão
sões e enfrentamos as nossas vidas como im- como abrir uma porta fechada e entrar numa sala
possíveis de gerir. onde nunca estiveram. A chave da porta não tem
Então, ao trabalharmos o Passo Dois, abrimo- vontade própria. Uma vez a porta aberta, tudo o
nos à possibilidade de que havia ajuda disponí- que temos de fazer é entrar. Depois pensem no
vel, e que essa ajuda poderia vir de “um Poder ato de entrar como um processo. Serão precisos
maior que nós mesmos.” Agora, no Passo Três, uma série de passos para atravessar os limites e
encontramo-nos no limiar de pedir essa ajuda. entrar na sala.” Na verdade, foram precisos mui-
Contudo, muitos de nós experimentamos imen- tos pequenos passos para a maior parte de nós.
31
Passo Três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.

SESSÃO TRÊS: “Confia no SENHOR de todo o teu coração: não te fies


na tua própria inteligência. ” — Salomão (Provérbios 3:5).

Transição para o Estudo por vontade tinha-nos arranjado problemas. Tínhamos


Passos nos tornado exemplos de um “motim de vontade
própria.” Tínhamos uma determinação seriamen-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o te perturbada que agia ao serviço de um raciocínio
Passo Um, que diz: “Admitimos que somos impo- doente — uma “vontade” que pensava que os nos-
tentes para com as nossas compulsões, obsessões sos melhores interesses seriam servidos exprimin-
e dependências, e que as nossas vidas se tinham do-se nas nossas dependências e com dependên-
tornado impossíveis de gerir”. Para focarmos a par- cias. Vimos que tínhamos aplicado repetida e vigo-
tilhar no Passo Um, vou ler sobre o tópico do Passo rosamente a nossa vontade mal orientada aos nos-
Um. Alguns de vocês poderão encontrar uma cur- sos problemas, apenas para piorar as coisas.
ta leitura sobre este passo, que gostassem de par- O Passo Três sugere que coloquemos a nossa
tilhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se vontade alinhada com a vontade de Deus. Toma-
é apropriada antes de a partilharem numa reunião. mos essa decisão livremente, sem coação de nin-
guém exterior a nós. Foi uma escolha nossa. Em-
O Facilitador Diz: Quando chegamos ao Passo bora muitos de nós temessem perder-se, desco-
Três, muitos de nós perguntaram: “Isso é tudo mui- brimos que quando entregamos a nossa vontade
to bom, mas como é que me torno disposto a?” Foi- e as nossas vidas ao cuidado de Deus, aconteceu
-nos então apontado que já tínhamos começado. exatamente o contrário. Começamos a ver que o
Fazendo a leitura sobre recuperação, indo às reu- Poder Maior não nos tirava nada, mas dava-nos
niões, fazendo chamadas, obtendo um padrinho e mais do que podíamos alguma vez ter imaginado
trabalhando nos passos foram todos sinais de que
estávamos dispostos a entregar as nossas vidas a
“um Poder Maior do que nós mesmos.”
Mas muitos de nós, ainda assim, rebelaram-se.
“O que será de mim? Vou acabar por ser um zero
à esquerda." O nosso medo era que se entregás-
semos a nossa vontade e controle a Deus, perde-
mos tudo. “Talvez entregue a minha dependên-
cia, mas não o resto!”
32 Foi útil lembrar que, para muitos de nós, a nossa-
Passo Três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.

SESSÃO QUATRO: “Todo Aquele que n’Ele crê (Jesus Cristo) não pe-
recerá, mas terá a vida eterna” — Jesus Cristo (João 3:16).

Transição para o Estudo por preocupação e à orientação de Deus. Perceben-


Passos do isso, começamos a formar uma compreensão
clara do tal “Poder maior que nós mesmos” e da
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o nossa relação com esse Poder.
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- Como "entregamos" tudo a Deus? Ao começar-
tentes para com as nossas compulsões, obsessões mos a usar as ferramentas do programa, mui-
e dependências, e que as nossas vidas se tinham tos começaram a ter uma ideia do que esta-
tornado impossíveis de gerir.“ Para focarmos a par- va envolvido em “entregar tudo a”. Quando orá-
tilha no Passo Um, vou ler sobre o tópico do Passo vamos, meditávamos, escrevíamos, falávamos
Um. Alguns de vocês poderão encontrar uma cur- com um padrinho ou outro membro de confian-
ta leitura sobre este passo, que gostassem de par- ça, ou numa reunião, começavámos a perceber
tilhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se que estávamos a “entregar tudo.” Estávamos a li-
é apropriada antes de a partilharem numa reunião. bertar aquilo que retíamos dentro de nós. Está-
vamos a desistir da nossa tentativa de controlar
O Facilitador Diz: Alguns de nós não eram ca- os outros e o mundo a nossa volta. Estávamos
pazes de confiar em Deus. Alguns de nós está- a começar a compreender o significado de “Dei-
vamos zangados com Deus. Alguns não tinham xa, e deixa Deus.” Por esta altura, muitos de nós
sequer a certeza de que existia um Deus. Então experimentamos uma verdadeira mudança— por
como podiam os que tinham essas dúvidas en- vezes sutil, outras vezes poderosa. Estávamos a
tregar a sua vontade e as suas vidas? A seguran- descobrir um caminho para uma experiência ain-
ça espiritual que encontramos permitiu-nos de- da mais profunda, um trampolim para algo verda-
senvolver uma fé nas salas dos Doze Passos e deiramente espiritual e real. Em momentos de difi-
começamos a confiar que se os outros podiam culdade ficavámos em silêncio e dissemos, “Deus,
mudar então nós também podíamos. Concede- me a serenidade para aceitar as coisas
Analisando este passo mais de perto, vimos a que não posso mudar, coragem para mudar as
frase “ao cuidado de.” Não estávamos a entre- que posso e sabedoria para distinguir entre am-
gar as nossas vidas à ira de Deus ou a sua negli- bas.” Soubemos então que estávamos prestes a
gência. Pelo contrário, estávamos a entregar as “entregar a nossa vontade e as nossas vidas ao
nossas vidas ao “cuidado” de Deus — ao amor, à cuidado de Deus.”
33
Passo Quatro
Fizemos uma introspeção e um inventário moral
destemido de nós mesmos.

SESSÃO UM: “Façam um exame das vossas vidas e vejam bem se a


vossa fé é verdadeira.” — Paulo (2 Coríntios 13:5).

Transição para o Estudo por as suas ações estavam de acordo com as suas
Passos crenças (ver 2 Coríntios 13:5; Gálatas 6:4). Tam-
bém reparamos que o inventário é sobre nós mes-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- mos. A natureza pecaminosa do ser humano con-
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma duz-nos frequentemente a examinar os outros e a
pesquisa moral destemida de nós mesmos”. Al- compará-los conosco mesmos. A motivação que
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- não é verbalizada – talvez inconsciente e muitas
tura sobre este passo, que gostassem de parti- vezes uma tentativa de, alguma forma, nos fazer
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é sentir melhor pensando que não somos tão maus
apropriada antes de a partilharem numa reunião. como aquela ou a outra pessoa. Paulo afirma que
Para nos focarmos na partilha, vamos agora ler aqueles que fazem essas comparações não são
sobre o tópico do Passo Quatro. sábios (ver 2 Coríntios 10:12). Existem muitas fer-
ramentas úteis, disponíveis na internet ou nou-
O Facilitador Diz: O Passo Quatro envolve uma tras Reuniões de Doze Passos como a Al-Anon,
análise detalhada e documentação de quem so- para fazerem o Inventário do Quarto Passo. Não
mos. Quando uma pessoa vai ao médico, o exa- se pretende que esta atividade seja algo que pos-
me inclui o histórico (que pode ser referido como sa ser realizado em alguns minutos. Permita-se
um inventário) de doenças passadas e atuais. Este alguns dias para terminar esta tarefa. Também é
passo no Caminho para Uma Vida Plena envolve importante que trabalhem com um padrinho ou
a nossa saúde mental que, por sua vez, também com um parceiro responsável que possa ajudar
impacta todas as outras áreas da saúde. O pen- neste processo.
samento errado que leva a hábitos prejudiciais, a Ao nos focarmos na nossa partilha sobre este im-
uma vida desequilibrada, a idolatrar pessoas, luga- portante passo lembremo-nos que a nossa expe-
res, ao abuso de substâncias, a comportamentos riência, força e esperança nos permite aprender
negativos e outros problemas precisa de ser exa- com o passado, planejar o futuro e viver corajosa-
minado. Os escritos de Paulo aos Cristãos Corín- mente o presente através da orientação de Deus.
tios e aos Gálatas mencionam o fato de se exami- Somos abençoados ao partilharmos sobre os de-
narem e testarem a eles mesmos para verem se safios que estamos a enfrentar neste momento
34
Passo Quatro
Fizemos uma introspeção e um inventário moral
destemido de nós mesmos.

SESSÃO DOIS: “Aquele que presta atenção à verdadeira lei, a da liber-


dade, e que continua a fazer caso dela, encontrará a felicidade. ” —
Tiago (Tiago 1:25).

Transição para o Estudo por o domínio próprio (Gálatas 5:22-23).


Passos Reparem que este fruto não tem tanto a ver
com o fazer, mas com o ser uma pessoa amá-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- vel, pacificadora, etc. que contrastam com os
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma atos da natureza pecaminosa, como: imorali-
pesquisa moral destemida de nós mesmos.” Al- dade sexual, impureza, luxúria, etc. (ver Gála-
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- tas 5:23-24).
tura sobre este passo, que gostassem de parti- As grandes perguntas que têm de ser feitas e
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se respondidas, quando se tira tempo para fazer
é apropriada antes de a partilharem numa reu- este inventário, incluem o bom e mau da nos-
nião. Para nos focarmos na partilha, vamos ago- sa vida. Porque continuamos a fazer as coisas
ra ler sobre o tópico do Passo Quatro. que sabemos que desonram a Deus? Quais
são os pensamentos que levam a comporta-
[Os Facilitadores também podem pedir a al- mentos pecaminosos ou nos impedem de di-
guém, antecipadamente, para ler.] zer ou fazer o que agrada a Deus?
O tempo passado a trabalhar nesta lista vale
O Facilitador Diz: O Passo Quatro é da maior im- a pena o esforço. A única coisa que levare-
portância. Porquê? Jesus Cristo disse que Deus mos conosco para o céu é o nosso caráter.
é glorificado quando os Seus discípulos produ- Este Quarto Passo e o trabalho envolvido na
zem “muito fruto” (ver João 15:9). No livro Pará- realização da lista de pontos fortes e fracos
bolas de Jesus, pág. 68, 69, a escritora menciona do nosso caráter vão preparar-nos para os oito
que quando o caráter de Cristo for reproduzido passos que restam e para a transformação de
nos Seus seguidores, Ele virá outra vez. De acor- caráter que é necessária nas nossas vidas
do com o contexto desta promessa, o caráter de
Cristo revela-se através do fruto do Espírito. Este
fruto é o amor, a alegria, a paz, a paciência, a be-
nignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e
35
Passo Quatro
Fizemos uma introspeção e um inventário moral
destemido de nós mesmos.

SESSÃO TRÊS: “Não ousamos comparar-nos ou a igualar-nos com


aqueles que se apresentam como pessoas muito importantes, porque esses
são insensatos.” — Paulo (2 Coríntios 10:12).

Transição para o Estudo por Uma apreciação honesta dos nossos


Passos pontos fortes e das nossas fraquezas abre as
portas a novas possibilidades e liberdade em
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- Cristo. Jesus veio libertar-nos daquilo que conti-
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma nuamente nos causa problemas.
pesquisa moral destemida de nós mesmos”. Al- Lembremo-nos que nem todos os nos-
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- sos problemas são culpa nossa. O abuso, quer
tura sobre este passo, que gostassem de parti- físico, sexual, verbal, emocional ou financeiro,
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se pode ter tido um grave impacto nas nossas vidas
é apropriada antes de a partilharem numa reu- no passado. O trauma associado a tais compor-
nião. Para nos focarmos na partilha, vamos ago- tamentos por parte de outras pessoas que nos
ra ler sobre o tópico do Passo Quatro. magoaram e prejudicaram no passado pode ser
perdoado, e nós, através do poder de Deus, pode-
[Os Facilitadores também podem pedir a alguém, mos nos libertar dessas memórias.
antecipadamente, para ler.] Não podemos alterar as decisões ou
comportamentos negativos dos outros. Contu-
O Facilitador Diz: Jesus menciona a importância do, somos responsáveis por mudar as coisas
de contabilizar o custo antes de iniciar a constru- que estão ao nosso alcance. Como uma pessoa
ção de um projeto (ver Lucas 14:28). Este pas- que tem uma vedação à volta da sua proprieda-
so envolve disciplina ao olharmos para nós mes- de, cuidamos do relvado, do jardim e de tudo o
mos e para as mudanças que precisamos fazer que está do nosso lado da vedação e deixamos
para sermos as pessoas que Deus deseja que se- o vizinho cuidar do que está do seu lado da ve-
jamos. Deus ajuda-nos ao olharmos para o nos- dação. Quando cuidamos bem de quem somos
so passado e para a nossa forma infantil de pen- os outros serão encorajados a cuidar melhor de
sar que agora precisamos descartar. É necessá- quem são.
rio descobrir através de uma pesquisa os com-
portamentos disfuncionais e a bagagem emocio-
nal que fazem com que a nossa viagem espiritu-
al seja mais difícil.
36
Passo Quatro
Fizemos uma introspeção e um inventário moral
destemido de nós mesmos.

SESSÃO QUATRO: “Portanto, procurem também estar prepara-


dos, porque o Filho do Homem virá quando menos o esperam.” — Jesus
Cristo (Mateus 24:44).

Transição para o Estudo por Deus por algo que está consciente ou inconscien-
Passos temente “errado” na sua vida, podem pedir a Deus
que perdoe, mas nunca se sentem perdoados.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- A nossa falta de integridade, deficiências, com-
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma portamentos prejudiciais, fracas escolhas e o
pesquisa moral destemida de nós mesmos”. Al- não ser capaz de estar à altura não deve desen-
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- corajar-nos. Tal lacuna na vida de uma pessoa
tura sobre este passo, que gostassem de parti- pode ser uma porta através da qual o amor de
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se Deus, a sua compaixão e graça podem entrar.
é apropriada antes de a partilharem numa reu- O poder ilimitado de Deus pode fazer por nós,
nião. Para nos focarmos na partilha, vamos ago- aquilo que nós não podemos fazer por nós mes-
ra ler sobre o tópico do Passo Quatro. mos. Deus deseja que conheçamos esta realida-
[Os Facilitadores também podem pedir a alguém, de nas nossas vidas ao examinarmos os nossos
antecipadamente, para ler.] defeitos de caráter.
Devemos ter em consideração a força e o encoraja-
O Facilitador Diz: Muitas pessoas creem no mito mento do Espírito Santo ao considerarmos mais am-
de que a culpa é uma coisa boa. O fato é que sen- plamente nesta reunião o que está envolvido neste
timentos de culpa apropriados, como sentir que Passo Quatro encorajamento do Espírito Santo.
há algo errado, podem nos levar a fazer mudan-
ças positivas no futuro.
Pessoas saudáveis, quando ouvem um sermão
sobre práticas espirituais que não existem ou
são negligenciadas nas suas vidas, sentem um
sentimento saudável de remorso e pedem a
Deus que as ajude a incorporá-las na sua vida fu-
tura enquanto seguidores de Jesus.
Pessoas com sentimentos de culpa inapropria-
dos, como estarem perturbados por acharem
que nunca fazem nada bem, ficam incapacitados
por esses sentimentos. Quando pedem perdão a 37
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.

SESSÃO UM: “Confessai os vossos pecados uns aos outros” — Tiago


(Tiago 5:16).

Transição para o Estudo por que Deus guardará os nossos segredos tornados
Passos públicos no processo do Passo Quatro.
Se tudo correr bem e com a ajuda do Es-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o pírito Santo, de um padrinho ou de um parceiro
Passo Cinco, que diz: ”Admitimos perante Deus, responsável, somos capazes de encontrar a pes-
a nós mesmos, e a outro ser humano, a natu- soa certa que manterá em confidência o inventá-
reza exata dos nossos erros. “Alguns de vocês rio das características positivas e negativas das
poderão encontrar uma curta leitura sobre estes nossas vidas.
passos, que gostassem de partilhar com o nos- Admitir a natureza dos nossos padrões
so grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada de pensamento que nos meteram em problemas
antes de a partilharem numa reunião. Para nos e o padrão de pensamento que nos mantém lon-
focarmos na partilha, vamos agora ler sobre o tó- ge de problemas é mais importante do que os
pico do Passo Cinco. detalhes da atividade em si.
Outras questões a serem respondidas: É
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- este o local certo? É seguro mencionar o nosso
damente a alguém que leia.] erro num local público? Seria melhor guardá-lo
para um grupo de recuperação de confiança ou
O Facilitador Diz: As instruções de Tiago (5:16), deveríamos partilhar isto apenas com uma pes-
de nos confessarmos uns aos outros para que soa com quem nos sintamos à vontade?
o restabelecimento possa acontecer, incluem a Ao trazermos o nosso inventário a públi-
mente assim como outros componentes da vida co, Deus é capaz de clarificar a nossa visão para
(física, social e espiritual) que fazem de nós pes- que possamos libertar-nos das coisas que nos
soas íntegras e saudáveis. Um slogan que se impedem de amadurecer na nossa caminhada
ouve muitas vezes entre pessoas em recupera- espiritual com Cristo.
ção é, “estamos tão doentes quanto os nossos
segredos.”
A pergunta que carece de resposta é:
“quando, onde e a quem é seguro revelar a natu-
reza exata dos nossos erros?” Podemos confiar
38
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.

SESSÃO DOIS: “Haverá mais alegria no Céu por um pecador que se


arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam de se arre-
pender.” — Lucas 15:7.

ficamos mais miseráveis a cada dia que passa.


Transição para o Estudo por Tentar encobrir os nossos erros, como Davi sa-
Passos bia por experiência, retira-nos a alegria de viver e
pode comprometer a nossa saúde e bem-estar.
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o Apesar dos erros de Davi e da falta de
Passo Cinco, que diz: ”Admitimos perante Deus, paz no reino durante a sua governação enquanto
a nós mesmos, e a outro ser humano, a natureza rei, era considerado muito bom, não tanto pelo
exata dos nossos erros.“ Alguns de vós poderão que realizou pela nação, mas pela força de ca-
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, ráter que desenvolveu na sua vida. Ele sabia que
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. cada vitória conquistada, cada boa escolha que
Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a ele tinha feito e os seus muitos feitos foram-lhe
partilharem numa reunião. Para nos focarmos na atribuídos como um presente de Deus. Ele nunca
partilha, vamos agora ler sobre o tópico do Pas- esqueceu a sua humanidade e necessidade de
so Cinco. ser completamente dependente de Deus.
As ações do passado, que ele tentou
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- esconder, eram sementes que cresciam e produ-
damente a alguém que leia.] ziam um fruto feio. O apóstolo Paulo diz-nos que
colhemos sempre o que semeamos e as pesso-
O Facilitador Diz: O Passo Cinco é um passo de as que satisfazem os seus desejos pecaminosos
ação que desempenha um papel significativo na colhem destruição e morte (Gálatas 6:7-8).
eliminação da nossa vergonha. No Salmo 51, O apóstolo João afirma que quando di-
Davi admite a Deus e a ele mesmo a confusão zemos que não temos pecado, estamos a en-
na sua vida. Humildemente e de forma aberta ele ganar-nos a nós mesmos, mas quando os con-
diz a Deus que conhece a sua transgressão e que fessamos a Deus, podemos ter a certeza de que
não consegue esquecer o seu pecado. estes serão perdoados e as nossas vidas serão
Num salmo anterior (Salmos 32), ele purificadas de toda a injustiça (1 João 1:8-9).
escreve que quando se manteve em silêncio os
seus ossos consumiam-se. Quando nos escon-
demos e falhamos em admitir os nossos erros
39
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.

SESSÃO TRÊS: “Mas se confessarmos os nossos pecados, Deus que é fiel


e justo perdoará os nossos pecados e nos purificará de todo o mal.” — João
(1 João 1:9).

Transição para o Estudo por mentos que têm contra Deus ou outra pessoa.
Passos Alguém uma vez descreveu os ressentimentos
como pedaços endurecidos de raiva. Estes são
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o barreiras que nos impedem de amar os outros
Passo Cinco, que diz: “Admitimos perante Deus, como nos amamos e respeitamos a nós.
a nós mesmos e a outro ser humano, a nature- O que quer que o Espírito Santos nos oriente a
za exata dos nossos erros.“Alguns de vocês po- partilhar do Inventário do Passo Quatro ou de ou-
derão encontrar uma curta leitura sobre estes tra fonte, isso precisa de ser admitido como um
passos, que gostassem de partilhar com o nos- obstáculo que prejudica o nosso Caminho para
so grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada Uma Vida Plena. Isto é particularmente verdade
antes de a partilharem numa reunião. Para nos em relação ao pensamento errado e aos padrões
focarmos na partilha, vamos agora ler sobre o repetidos que resultam em comportamentos
tópico do Passo Cinco. que negam o poder de Jesus Cristo, Aquele que
permite que sejamos tudo o que Ele pede de nós.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- Deus disse aos Israelitas que quando fossem
damente a alguém que leia.] para a terra prometida, deveriam expulsar as
pessoas que lá viviam. A razão disto era a sua
O Facilitador Diz: A lei da causa e efeito significa adoração de falsos deuses, idolatria e práticas
que mais tarde ou mais cedo o que fazemos, irá pagãs que iriam resultar em problemas. Esta
ter um impacto na nossa vida, positivo ou negati- instrução incluía estes falsos deuses e os seus
vo. A integridade, o bem-estar, e uma saúde com- altares de adoração (Números 33:51-53, 55).
pleta só são possíveis quando lidamos com os Os altares da nossa vida devem ser identificados
erros do passado que nos causaram problemas. e admitidos como entraves às nossas vidas es-
Provérbios 28:13, na versão da Bíblia A Mensa- pirituais antes de podermos avançar na nossa
gem diz: “Quem dissimula os seus pecados não recuperação.
prosperará; quem os confessa e se emenda será
perdoado.”
Alguns de nós precisam de admitir ressenti-
40
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.

SESSÃO QUATRO: “Quem dissimula os seus pecados não prosper-


ará; quem os confessa e se emenda será perdoado. ” — Salomão (Provérbios
28:13).

reunião, também é verdade que é oportuno ser


Transição para o Estudo por muito cuidadoso em relação ao quê e quanto
Passos partilhamos com muitos. Reparem que este pas-
so se refere a “outro ser humano” não a “outros
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o seres humanos.”
Passo Cinco, que diz: ”Admitimos perante Deus, O pensamento de que, “Nenhum homem é uma
a nós mesmos e a outro ser humano, a natureza ilha, nenhum homem fica de pé sozinho,” lembra-
exata dos nossos erros.“ Alguns de vós poderão -nos a nossa necessidade de interdependência.
encontrar uma curta leitura sobre esses passos, Infelizmente, um dos efeitos do abuso é, frequen-
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. temente, um espírito de independência feroz. Ao
Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a sermos humildemente vulneráveis e admitindo a
partilharem numa reunião. Para nos focarmos na outra pessoa os nossos erros, começamos a en-
partilha, vamos agora ler sobre o tópico do Pas- tender o valor e a bênção que vem até nós com a
so Cinco. interdependência.
Outro ser humano pode nos ajudar a ver ângulos
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- mortos na nossa vida que impedem o nosso cres-
damente a alguém que leia.] cimento Cristão. Precisamos de, pelo menos, uma
outra pessoa que nos possa fazer uma avaliação
O Facilitador Diz: Quando admitimos a natureza honesta e conselhos sábios. Essas pessoas não
exata dos nossos erros a outra pessoa, ideal- leem as mentes por conseguinte serão mais ca-
mente essa pessoa será de confiança. Um padri- pazes de nos ajudar no processo de recuperação
nho, que compreende por experiência própria o se admitirmos perante elas os nossos erros e a
valor da recuperação de 12 passos, é alguém que sua natureza, e de que maneira contribuem para
pode continuar a ajudar-nos oferecendo conse- as deficiências nas nossas vidas.
lhos sábios no futuro. Por fim, lembrem-se de pedir a Deus em oração a
Provérbios 11:14; 24:6 informa-nos que a vitória sabedoria e o entendimento para saberem viver
depende dos muitos conselheiros. Embora isto uma vida que honra Jesus Cristo e que conduz
seja verdade, e podemos definitivamente apren- outros a segue-Lo como seu Amigo, Senhor e
der muito com cada pessoa que partilha numa Salvador.
41
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.

SESSÃO UM: “Nós sentimos alegria em Deus por meio de Jesus Cristo,
nosso Senhor, por quem agora recebemos a reconciliação.” — Paulo
(Romanos 5:11).

Transição para o Estudo por Estejamos ou não prontos, Jesus Cristo está
Passos pronto a trabalhar nas nossas vidas. Só temos de
destrancar e abrir a porta. As fechaduras podem
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o estar associadas a ideias falsas sobre Deus que
Passo Seis, que diz: ”Estamos inteiramente prepa- podem ter sido transmitidas por pais, professo-
rados para que Deus remova todos estes defeitos res, pastores e outros.
de caráter.” Alguns de vós poderão encontrar uma Deus espera pacientemente por nós até estarmos
curta leitura sobre estes passos, que gostassem preparados. Não há exigências, manipulações, ou
de partilhar com o nosso grupo. Por favor, veri- invasões enquanto tomamos o nosso tempo para
fiquem se é apropriada antes de a partilharem decidir que estamos prontos. Deus é gentil.
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- Como um médico que compreende o nosso des-
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. conforto, Ele faz-nos saber que o procedimento
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- que usa para remover os nossos defeitos de cará-
damente a alguém que leia.] ter pode doer, mas Ele não nos vai fazer mal. O re-
sultado final será uma saúde melhor, mentalmen-
O Facilitador Diz: Este passo tem a ver com estar te, fisicamente, socialmente e espiritualmente.
pronto. “Prontos ou não, aqui vou eu,” é o aviso
que as crianças dão a outras crianças quando
brincam “às escondidas”. Em vez desta aborda-
gem, Deus deseja que estejamos “completamente
prontos” para a remoção dos nossos defeitos de
caráter.
Esta prontidão vem à medida que descobrimos
a verdadeira natureza de Deus que nos ama com
um “amor eterno” e com “benignidade” nos atrai
como um íman (Jeremias 31:3). O poder do amor
magnético de Deus vem com um bater suave na
porta da nossa vida (Apocalipse 3:20).
42
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.

SESSÃO DOIS: “Sejam santos em tudo o que fazem, assim como Deus,
que vos chamou, é santo. ” Pedro (1 Pedro 1:15).

e conseguirem dormir. Se essas pessoas param


Transição para o Estudo por tempo suficiente para o perceber – “estão doen-
Passos tes e cansadas de estarem doentes e cansadas.”
Para estas pessoas e para aqueles entre nós que
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o acreditam que estão ao leme das suas vidas, Je-
Passo Seis, que diz: ”Estamos inteiramente prepa- sus diz: “Vinde a Mim e Eu vos aliviarei.” Mateus
rados para que Deus remova todos estes defeitos 11:28. O Seu dom de descanso, paz e serenidade
de caráter.” Alguns de vós poderão encontrar uma vem até nós à medida que reconhecemos a nos-
curta leitura sobre estes passos, que gostassem sa prontidão para O deixar remover os nossos
de partilhar com o nosso grupo. Por favor, veri- defeitos de caráter. Ele pode transformar-nos,
fiquem se é apropriada antes de a partilharem renovando as nossas mentes (Romanos 12:2).
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- Muitas pessoas em recuperação sentem que es-
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. tão a ter as suas mentes de volta. Começam a
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- “pensar” em vez de, num impulso, “agirem sem
damente a alguém que leia.] pensar.”
Tal como no Passo Três, para que Deus tenha
O Facilitador Diz: A “Doença da Pressa” é algo permissão para trabalhar na renovação das nos-
verdadeiro que contribui para que as pessoas an- sas mentes e vidas, a nossa parte é “Deixar e dei-
dem stressadas e ansiosas. As pessoas que têm xar Deus.” O “deixar” e permitir a Deus que traba-
esta “doença” andam depressa, falam depressa lhe é o processo de estar pronto.
e comem depressa. Provavelmente começam o
dia com um café, vestem-se rapidamente e saem
para o trabalho.
O seu dia é cheio de atividades. Têm tanto para
fazer e tão pouco tempo para o fazerem. Ao fim
da tarde despacham o jantar para levarem os
filhos à ginástica ou ao futebol ou qualquer ou-
tra atividade. Quando finalmente se deitam ao
fim do dia, tomam calmantes para sossegarem
43
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.

SESSÃO TRÊS: “Aqueles que eu amo, corrijo-os com rigor. Sê, portan-
to, aplicado e arrepende-te! ” — Jesus Cristo (Apocalipse 3:19).

Transição para o Estudo por pessoa. Isso significa que, em muitos aspectos,
Passos são “crianças em corpos de adultos.” Pensam e,
por vezes, comportam-se como crianças.
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o O pensamento mágico, esperando livrar-se es-
Passo Seis, que diz: ”Estamos inteiramente prepa- pontânea e miraculosamente dos defeitos de
rados para que Deus remova todos estes defeitos caráter, o pensamento compulsivo e a repetição
de caráter.” Alguns de vós poderão encontrar uma compulsiva de hábitos destrutivos é comum entre
curta leitura sobre estes passos, que gostassem essas pessoas. A nossa prontidão para que Deus
de partilhar com o nosso grupo. Por favor, veri- remova todos os nossos defeitos de caráter não
fiquem se é apropriada antes de a partilharem significa necessariamente que a remoção será
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- imediata.
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. Paulo, quando escreveu à igreja aos Coríntios,
menciona um “espinho na carne” (2 Coríntios
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- 12:7-10). Ele orou três vezes para que este lhe
damente a alguém que leia.] fosse removido. Por fim, ele aceitou “que a graça
de Deus lhe bastava.” Ele então afirmou, que esta
O Facilitador Diz: Alguns de nós somos como fraqueza permitia que a força e o poder de Cristo
criança s impacientes. Dizemos a Deus que es- fossem revelados na sua vida.
tamos prontos e que Ele se apresse. Não faz mal Esta revelação da força de Cristo em suplantar a
considerar que talvez não estejamos tão prontos fraqueza de uma pessoa, física ou outra, pode ofe-
quanto pensamos. Adultos que foram abusa- recer esperança e coragem a outros que continu-
dos, quer fisicamente, sexualmente, verbalmen- am a debater-se com tentações e dependências.
te, emocionalmente, ou por negligência quando Deus não nos esmaga com demasiadas mudan-
eram crianças, têm fortes probabilidades de se ças ao mesmo tempo. Contudo, o estarmos pron-
tornarem dependentes ainda na infância ou no tos para que Ele remova todos os nossos defei-
início da adolescência. tos de caráter, permite que o Espírito Santo faça
Essas dependências geralmente resultam na o que quer que seja necessário para nos ajudar
interrupção do desenvolvimento emocional da a sermos conforme Cristo ao vivermos por Ele.
44
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.

SESSÃO QUATRO: “Afasta de mim as ofensas que eu temo, pois os


teus decretos são bons. ” — David (Salmos 119:39).

Transição para o Estudo por Não há duas pessoas iguais e Deus pode guiar-
Passos -nos através da orientação do Espírito Santo a
obtermos a ajuda que precisamos no momento
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o certo. Recuperar de hábitos negatives padroniza-
Passo Seis, que diz: “Estamos inteiramente prepa- dos e dependências demora o seu tempo. Para
rados para que Deus remova todos estes defeitos algumas pessoas e algumas dependências, será
de caráter”. Alguns de vocês poderão encontrar preciso mais tempo do que para outras.
uma curta leitura sobre estes passos, que gos- Uma pessoa pode resistir mais a uma mudança
tassem de partilhar com o nosso grupo. Por favor, que outra. Um pensamento útil quando se pensa
verifiquem se é apropriada antes de a partilharem em prontidão para as mudanças que ocorrerão
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- quando os defeitos de caráter forem removidos
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. é – “vencer o mal com o bem” (Romanos 12:21).
Este passo requer mais do que apenas palavras,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- é um compromisso, uma disposição para fazer o
damente a alguém que leia.] que for preciso para abrir alas a Deus, para que
Ele trabalhe nas nossas vidas, removendo todos
O Facilitador Diz: Vermo-nos livres de alguns os nossos defeitos de caráter. Isso inclui os pe-
comportamentos negativos pode resultar numa quenos ídolos que forjamos para lidar com os
sensação de perda. Por exemplo, culpar os ou- acontecimentos estressantes nas nossas vidas.
tros, comparar o nosso comportamento com o Ao orarmos por coragem e força para nos tornar-
de outra pessoa ou tentar justificar o que fizemos mos tudo o que Deus quer que sejamos, vamos
ou dissemos podem ser considerados defeitos descobrir que “podemos todas as coisas n’Aque-
de caráter e, como tal, poderemos precisar de fa- le que nos fortalece” (Filipenses 4:13).
zer o luto desta perda.
Outros defeitos podem ser a ansiedade, a des-
consideração e a irracionalidade. O que quer que
tenhamos no nosso inventário, Deus é capaz de
nos ajudar a lidar com essas perdas, quando es-
tes forem removidos das nossas vidas.
45
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.

SESSÃO UM: “Se tiverem fé, hão de receber tudo o que pedirem em
oração.” — Jesus Cristo (Mateus 21:22).

Transição para o Estudo por mos que é a parte difícil. Podemos pensar que
Passos não precisamos pedir porque Deus já sabe o que
precisamos. Podemos ser como o homem que
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o precisava de uma chave especial para completar
passo Sete, que diz: ” Pedimos-lhe humildemen- um projeto de canalização na sua casa.
te que Ele removesse as nossas falhas.“ Alguns Não querendo incomodar e perguntar a
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre alguém se tinha aquela chave, foi à loja e com-
estes passos, que gostassem de partilhar com prou uma. Alguns dias depois enquanto falava
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- com o seu vizinho, ele mencionou a sua frustra-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para ção e a ida à loja para comprar a chave. O vizinho
se focarem na partilha do Passo Sete, vamos ler respondeu: “Eu tenho uma chave dessas, porque
agora sobre o Passo Sete. me perguntou se você podia emprestar?”
Esquecemo-nos que quando pedimos
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- a Deus para remover as nossas falhas, Ele está
damente a alguém que leia.] mais disposto que um pai terreno a dar bons pre-
sentes aos seus filhos (Lucas 11:13). Contudo,
O Facilitador Diz: O nosso orgulho, por vezes, in- Deus, quem nos conhece melhor que nós nos
terfere na forma de pedirmos a Deus aquilo que conhecemos a nós mesmos, tem tudo em consi-
precisamos. Talvez tenhamos crescido numa famí- deração antes de responder aos nossos pedidos.
lia onde os nossos pedidos de ajuda eram normal- Ele sabe qual é a melhor altura e a melhor res-
mente ignorados ou recusados. Quer consciente ou posta para o nosso pedido. Por isso, a resposta
inconscientemente, decidimos ser autossuficientes ao nosso pedido pode não ser imediata ou res-
e não pedir a ninguém, incluindo a Deus, por ajuda. pondida exatamente como esperávamos.
Esta forma de orgulho ou outra qualquer
vai impedir-nos de “pedir humildemente a Deus
que remova as nossas falhas.” Jesus instrui-nos
a pedir com a certeza de que receberemos (Lu-
cas 11:9-10). Isso significa que quando pedimos
humildemente, podemos esperar receber.
Por vezes, decidir o que precisamos é
relativamente fácil. É pedir aquilo que precisa-
46
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.

SESSÃO DOIS: “Se pedem e não recebem, é porque pedem mal.” —


Tiago (Tiago 4:3).wrong” —James (James 4:3).

Transição para o Estudo por Algumas das razões pelas quais precisamos de
Passos ser humildes são:
1. Compreender a verdadeira natureza das nos-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o sas falhas. Sem humildade, vamos normalmente
passo Sete, que diz: ” Pedimos-lhe humildemen- negar ou minimizar a dor que as nossas depen-
te que Ele removesse as nossas falhas.“ Alguns dências e práticas prejudiciais têm nas pessoas,
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre nós inclusive.
esses passos, que gostassem de partilhar com 2. Para reconhecermos a nossa capacidade limi-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- tada para lidar com estas falhas. A força de von-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para tade e nosso próprio intelecto não são suficien-
se focarem na partilha do Passo Sete, vamos ler tes. Precisamos que o nosso Poder Maior, Jesus
agora sobre o Passo Sete. Cristo, faça por nós o que nós não podemos fa-
zer por nós mesmos.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- 3. Para que apreciemos o poder de Deus que
damente a alguém que leia.] opera, quando cooperamos, através de Jesus
Cristo e da orientação do Espírito Santo.
O Facilitador Diz: Humildade é bastante diferen- 4. Sem humildade, continuamos a lutar com as
te de humilhação. A humilhação rebaixa a auto- nossas falhas e não pedimos a Deus que as re-
estima da pessoa. A humildade não é timidez ou mova das nossas vidas.
autodifamação. É ter uma opinião realista sobre Quaisquer que sejam os nossos sentimentos,
quem somos – os nossos pontos fortes e as bons, loucos, tristes ou maus, quando focamos
nossas fraquezas. a nossa atenção neles e nos deixamos controlar
O orgulho arrogante e a grandiosidade não se en- por eles, não seremos capazes de aplicar apro-
contram na pessoa que é humilde. A humildade priadamente este passo.
é reconhecer que não temos todas as respostas. É muito provável que os nossos sentimentos
Estamos dispostos a pedir a Deus e a outros que interfiram com o nosso “humilde pedido a Deus
nos deem o que precisamos. Aquilo que alcança- para que remova as nossas falhas.”
mos e as nossas posses materiais nunca podem
trazer-nos verdadeira satisfação. Apenas Deus e
a submissão à liderança de Deus pode fazê-lo.
47
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.

SESSÃO TRÊS: “A confiança que temos em Deus consiste nisto: se lhe


pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele atende-nos.” — João (1
João 5:14).

Transição para o Estudo por Quando chegou o dia do desfile, descobriram


Passos que até ele era demasiado baixo. Da mesma for-
ma, podemos medir-nos em comparação com a
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o pessoa que pensamos estar mais perto do pa-
passo Sete, que diz: ” Pedimos-lhe humildemen- drão divino.
te que Ele removesse as nossas falhas.“ Alguns Podemos ser como a mulher que está a traba-
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre lhar na cozinha e descobre que demasiado baixa
estes passos, que gostassem de partilhar com para chegar a uma prateleira mais alta. Ninguém
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- está por perto para ajudá-la a alcançar aquilo que
priada antes de a partilharem numa reunião. Para ela precisa. Então ela agarra numa caixa peque-
se focarem na partilha do Passo Sete, vamos ler na de cereais e põe-se em cima dele para poder
agora sobre o Passo Sete. chegar ao ingrediente necessário. Ao fazer isso,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- ela arrisca a possibilidade de cair e machucar-se
damente a alguém que leia.] gravemente.
Arriscamos machucar-nos e a outros de algu-
O Facilitador Diz: Este passo continua o proces- ma forma quando não pedimos humildemente a
so iniciado no Passo Quatro, Cinco e Seis. Ago- Deus que remova as nossas falhas?
ra estamos a pedir a Deus que remova todas as
nossas falhas. Romanos 3:23 afirma que todos
pecamos e destituídos estamos da glória de
Deus.
A palavra utilizada para “glória” também pode ser
traduzida por “caráter.” Por isso todos estamos
aquém do caráter de Deus. O ideal de Deus para
nós é mais elevado do que o pensamento huma-
no mais digno.
Conta-se a história de um desfile de vitória em
que todos os que eram suficientemente altos
podiam marchar. A pessoa mais alta no grupo
de soldados era o “Magrinho.” Então os outros
começaram a medir-se em comparação com ele.
48
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.

SESSÃO QUATRO: “Cria em mim ó Deus um coração puro” — David


(Salmos 51:10).

Transição para o Estudo por (Deus conosco – Mateus 1:22) que fique ao leme,
Passos podemos descansar certos de que Deus, através
da vida de Jesus e dos Espírito Santo, irá conduzir-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o -nos no nosso caminho para uma vida plena.
passo Sete, que diz: “Pedimos-lhe humildemente A oração é a forma de comunicarmos com Deus.
que Ele removesse as nossas falhas.” Alguns de É o meio pelo qual Lhe pedimos que ficasse ao
vocês poderão encontrar uma curta leitura sobre leme das nossas vidas. “Pedir humildemente a
estes passos, que gostassem de partilhar com o Deus que remova as nossas falhas,” requer ora-
nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apropria- ção. A oração simples privada é como falar com
da antes de a partilharem numa reunião. Para se Deus como falamos com um amigo. Isso pode
focar na partilha do Passo Sete, vamos ler agora ocorrer de forma tão simples como o é telefonar
sobre o Passo Sete. a um amigo. Podemos fazê-lo a qualquer hora,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- em qualquer lugar.
damente a alguém que leia.] Orar não só falar com Deus. É também ouvir
Deus falar conosco. Embora seja verdade que as
O Facilitador Diz: Conta-se uma história engraça- pessoas normalmente não ouvem a voz de Deus
da, e se calhar nem por isso, de um piloto de avi- literalmente a falar-lhes, elas podem receber
ões que anunciou que tinha boas notícias e más mensagens de Deus ouvindo as fortes impres-
notícias. “As más são que estamos perdidos.” As sões e orientações do Espírito Santo nas suas
boas são que estamos a fazer um tempo ótimo.” vidas. Paulo outrora aconselhou os Cristãos de
Há alguns anos as pessoas costumavam dizer Tessalônica a “orar sem cessar” (1 Tessalonicen-
muitas vezes o ditado popular: “Deus é o meu Co- ses 5:17). Isso envolve manter o caminho aberto
piloto.” Depois as outras pessoas viam o proble- para as respostas de Deus às vossas orações.
ma e diziam: “Se Deus é o teu Copiloto, é melhor Este passo convida Deus a remover toda e qualquer
trocarem de lugar.” coisa que esteja a bloquear a nossa utilidade para
Não é seguro que os seres humanos falíveis este- Deus e aos outros. A oração é necessária ao longo
jam totalmente ao leme das suas vidas. Quando de todo caminho de recuperação. Todas as partes
os erros passados das nossas vidas são tidos em do caminho para uma vida plena podem ser momen-
consideração, percebemos o quão verdade isso é. tos de aprendizagem e crescimento ao confiarmos
Quando pedimos humildemente que Jesus Cristo em Deus para pilotar as nossas vidas diariamente.
49
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.

SESSÃO UM: “Perdoem e serão perdoados” — Jesus Cristo (Lucas 6:37).

Transição para o Estudo por so Quatro. Reparem que não se trata de fazer
Passos uma lista de pessoas que nos magoaram. Não
é sobre tentar fazer com que as outras pessoas,
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o que precisam de se reconciliar conosco, o façam.
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas as A intenção deste passo é preparar-nos para dar
pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos dispo- o primeiro passo para restaurar relacionamentos
níveis para uma reconciliação. “Alguns de vós pode- quebrados que precisam de ser sarados e refor-
rão encontrar uma curta leitura sobre estes passos, çar relações que precisam de ser reforçados.
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por A lista compõe-se das pessoas que magoamos.
favor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- Um bom lugar para começar esta lista é com
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do Deus. Não só precisamos de Deus para compilar
Passo Oito, vamos ler sobre o Passo Oito. a lista, como também é importante considerar
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- que consciente ou inconscientemente, os nos-
damente a alguém que leia.] sos defeitos de caráter e más práticas prejudica-
ram a Sua reputação.
O Facilitador Diz: A nossa saúde social tem um Algumas pessoas pensam mal Dele ou julgam-
impacto em todas as outras componentes da -No mal como resultado disso. Também é neces-
nossa saúde geral, plenitude e bem-estar. Os sário que nos incluamos a nós mesmos nesta
Passos Oito e Nove que lidam especificamente lista. Já não vivemos dores e males como resul-
com “reconciliação” têm uma influência direta tado do nosso pensamento falho e obsessivo e
nos nossos relacionamentos com Deus, conos- comportamentos prejudiciais? Fazer uma lista
co e com os outros. de todas as pessoas que magoamos vai ser o
A reconciliação (que inclui o perdão) é um pro- trabalho mais desafiador deste passo.
cesso que lida com os pedidos de desculpas por Esta lista provavelmente vai incluir família, ami-
mágoas passadas e mal que tenhamos causado, gos, professores, estudantes, membros de igreja,
e métodos que podem ser usados para remover pessoas com as quais possamos ter feito negó-
a vergonha, a culpa e o remorso. A nossa dispo- cios, assim como pessoas para quem (ou com
sição para fazer isso começa em nós. quem) tenhamos trabalhado.
A primeira parte deste passo desenvolve-se a
partir do inventário em que trabalhamos no Pas-
50
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.

SESSÃO DOIS: “Defende a tua demanda com o teu adversário, mas não
reveles o segredo alheio” — Salomão (Provérbios 25:9).

Transição para o Estudo por na sua casa. Tinha ele vergonha do seu estilo de
Passos vida e posses? Estas tinham chegado à sua mão
como resultado de cobrar impostos aos Judeus
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o em nome dos Romanos.
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas Naquele tempo, os cobradores de impostos eram
as pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos prontamente condenados pelos Judeus classifi-
disponíveis para uma reconciliação. “Alguns de cados como pecadores. Muito provavelmente,
vós poderão encontrar uma curta leitura sobre houve uma altura em que ele não queria saber de
estes passos, que gostassem de partilhar com onde vinha a sua riqueza. O dinheiro talvez tenha
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- a sua droga de eleição.
priada antes de a partilharem numa reunião. Para O sentir-se aceito por Jesus leva-o a uma trans-
se focarem na partilha do Passo Oito, vamos ler formação de vida. Ele está profundamente co-
sobre o Passo Oito. movido com a disponibilidade de Cristo de olhar
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- para além da sua reputação de homem desones-
damente a alguém que leia.] to. Zaqueu diz a Jesus que está disposto a retra-
tar-se dando metade do que possui aos pobres
O Facilitador Diz: A nossa disponibilidade para e caso tenha enganado alguém propõe devolver
a reconciliação envolve intenção e planeamento quatro vezes mais a quantia que guardou indevi-
para fazer o que for preciso para restaurar rela- damente.
cionamentos quebrados. Mais do que dizer ape- Jesus aceita a disponibilidade deste homem
nas que lamentamos, este passo envolve a dis- para se reconciliar como prova da mudança no
ponibilidade para fazer uma restituição. seu coração e chama-o de “filho de Abraão” o
Jesus entrou em contato com uma pessoa assim que queria dizer que Jesus lhe dá as boas-vindas
(Lucas 19:1-10) quando viajava por Jericó. Este ao seu lar de fé.
homem era Zaqueu. Ele era um rico cobrador de Estamos nós igualmente dispostos a fazer o que
impostos baixo, que tinha subido a um Sicômo- for preciso para nos reconciliarmos?
ro porque queria ver Jesus no meio da multidão.
Jesus disse ao homem para descer porque Ele
planeava visitá-lo. Ele aceitou alegremente Jesus
51
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.

SESSÃO TRÊS: “Por isso, quando fores ao templo levar a tua oferta a
Deus, e ali te lembrares que o teu semelhante tem alguma razão de queixa
contra ti, deixa a oferta diante do altar e vai primeiro fazer as pazes com o
teu semelhante. Depois volta e apresenta a tua oferta. ” — Jesus Cristo

Transição para o Estudo por à medida que nos reconciliamos com pessoas a
Passos quem magoamos. Se aceitam ou rejeitam as nos-
sas desculpas, dependerá das circunstâncias do
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o mal que foi feito. O restabelecimento total das re-
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas as lações quebradas estará dependente da resposta
pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos dispo- da outra pessoa e não é responsabilidade nossa.
níveis para uma reconciliação. “Alguns de vós pode- Quarenta dias depois da crucifixão e ressurreição
rão encontrar uma curta leitura sobre estes passos, Jesus Cristo, Ele ascendeu aos céus. De acordo
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por com as Suas instruções, cento e vinte dos Seus se-
favor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- guidores reuniram-se em Jerusalém onde aguar-
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do daram dez dias pelo Espírito Santo. Durante este
Passo Oito, vamos ler sobre o Passo Oito. tempo de espera, eles oraram. As orações feitas
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- por e uns com os outros resultaram numa “recon-
damente a alguém que leia.] ciliação”. Tudo o que os poderia impedir de esta-
rem em união uns com os outros foi posto de lado.
O Facilitador Diz: Quando procuramos razões Quando chegou o Dia do Pentecostes – “estavam
para nos dispormos à reconciliação, é bom lem- todos reunidos no mesmo lugar” (Atos 2:1). No fim
brar que “o perdão é um presente que ofertamos a do dia, cerca de três mil foram acrescentados ao
nós mesmos.” Este passo diz respeito a estarmos pequeno grupo dos primeiros discípulos de Cristo.
dispostos a ter o primeiro gesto. O que fizemos ou Quer os resultados da reconciliação pareçam
não pode ter resultado em grande dor para outra grandes ou pequenos, podemos ter a certeza de
pessoa. Se somos sensíveis à dor, sentimentos que apenas a eternidade revelará completamente
e pensamentos dessa pessoa em relação a esse a extensão de bênçãos resultantes dessas ações.
dano, provavelmente vamos sentir vergonha, culpa Existem muito boas razões para a reconciliação
e remorso. Se não compreendemos isso, devemos com as pessoas que prejudicamos. Mesmo ape-
pedir a Deus que nos ajude a entender. nas uma boa razão pode ser o suficiente para nos
Esses sentimentos irão diminuir e poderão acabar convencer a estarmos dispostos.
52
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.

SESSÃO QUATRO: “Como é bom e agradável viverem bem unidos


os irmãos!” - Davi (Salmos 133:1).

Transição para o Estudo por so melhor irá requerer mais do que aquilo que
Passos temos para dar. O nosso melhor só virá com a
graça de Deus. Deus não está interessado em de-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o sencorajar-nos. Ele ama-nos e aceita-nos como
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas somos. Contudo, Ele nos ama demasiado para
as pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos nos deixar ali. Ele quer o melhor para nós.
disponíveis para uma reconciliação. “Alguns de A nossa disponibilidade para “trabalhar nos pas-
vós poderão encontrar uma curta leitura sobre sos para a recuperação,” inclusive o Passo Oito é
estes passos, que gostassem de partilhar com um indicativa da nossa preparação bem-sucedi-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- da para o trabalho que Deus pretende fazer em
priada antes de a partilharem numa reunião. Para nós e através de nós. As nossas falhas do passa-
se focarem na partilha do Passo Oito, vamos ler do e os defeitos de caráter afetaram outros. Ago-
sobre o Passo Oito. ra, seja qual for o nosso papel no mundo e por
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- muito insignificante que esse papel seja consi-
damente a alguém que leia.] derado, Deus pode trazer significado e propósito
às nossas vidas e às vidas das pessoas que são
O Facilitador Diz: Estarmos dispostos a reconci- abençoadas com a nossa e pela nossa presença.
liar-nos com as pessoas que magoamos, é uma Quer a reconciliação corra bem, quer cometamos
forma de nos prepararmos para avançar com a erros ao fazê-lo, lembrem-se de que não somos
reconciliação de forma prática. “Bom, melhor, ex- responsáveis pela forma como a outra pessoa
celente – nunca descanse até o bom ser melhor reage.
e o melhor ser excelente.” Muito do que fizemos Para nos ajudar nas melhores abordagens para
ou não fizemos quando consumidos pela obten- a reconciliação, precisamos de um padrinho ou
ção e uso da droga da nossa escolha, quer fosse alguém que nos possa dar bons conselhos. Essa
uma substância ou uma atividade, não foi bom. pessoa também pode ser uma grande ajuda para
Agora, ao trabalharmos nos passos para a nossa determinar quem incluir nas nossas listas.
recuperação, pretendemos ser mais do que ape-
nas “suficientemente bons.” Planejamos ser me-
lhores a cada dia que passa. Estarmos no nos-
53
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.

SESSÃO UM: “Felizes os que promovem a paz, porque Deus lhes


chamará seus filhos! ” — Jesus Cristo (Mateus 5:9).

Transição para o Estudo por que sempre que possível, iremos ter com essa
Passos pessoa – um para falar face a face, pedir descul-
pa e expressar a nossa vontade de fazermos o
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar que for preciso para remover o estrago e aliviar
o Passo Nove, que diz:” Tentamos compensar es- a dor que resultou do mal que lhes causamos.
sas pessoas sempre que possível, exceto quan- Pode não ser possível a reconciliação cara a cara
do fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Alguns em todas as circunstâncias. Pode ser necessário
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre um telefonema ou uma carta.
estes passos, que gostassem de partilhar com Algo a ter em mente é que não devemos permitir-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- -nos pensar na “reconciliação” como uma forma
priada antes de a partilharem numa reunião. Para de adquirir crédito, pedindo desculpa vezes su-
se focarem na partilha do Passo Nove, vamos ler ficientes e como tal “ganhar a salvação”. Isso é
sobre o Passo Nove. um verdadeiro perigo para pessoas que têm ten-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- dência para se sentirem culpadas por situações
damente a alguém que leia.] e pessoas que não são da sua responsabilidade.
Também é necessário que reparemos na última
O Facilitador Diz: Este é um passo de ação que parte deste passo que diz: “exceto quando fa-
pretende colocar-nos em paz com Deus, conos- zê-lo os iria prejudicar, ou a outros.” Por outras
co e com os outros. Todos sofremos em conse- palavras, se a pessoa vier a ser mais magoada
quência dos estragos nas nossas vidas, o nosso do que ajudada com as nossas tentativas de re-
relacionamento com Deus e os nossos relacio- conciliação, não o façamos. Provavelmente pre-
namentos com os outros. Os estragos feitos cisaremos de mais do que a nossa própria capa-
pesam em nós e podem conduzir-nos de volta cidade de raciocínio para decidir com quem não
aos nossos comportamentos de dependência. O devemos tentar uma reconciliação. Um padrinho,
processo de recuperação necessita de lidar com para além da orientação do Espírito Santo pode
estes estragos. ser uma grande ajuda nestas decisões.
A lista que fizemos de todas as pessoas que ma-
goamos requer agora que façamos uma reconci-
liação direta com elas. Idealmente, isso significa
54
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.

SESSÃO DOIS: “Cada um de nós deve agradar ao seu próximo naquilo


que for bom para o fortalecer na fé.” — Paulo (Romanos 15:2).

Transição para o Estudo por a iniciativa (Mateus 5:22-23; Lucas 6:27-28). A


Passos reconciliação com Deus, nós mesmos e os ou-
tros pode muito bem começar pelo que fazemos.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar As mudanças positivas nas nossas vidas como
o Passo Nove, que diz:” Tentamos compensar es- o cessar das práticas negativas, destrutivas e
sas pessoas sempre que possível, exceto quan- prejudiciais – assim como a inclusão do fruto do
do fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Alguns Espírito na nossa vida (amor, alegria, paz, paciên-
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre cia, bondade, benignidade, fidelidade, modéstia e
estes passos, que gostassem de partilhar com domínio próprio – Gálatas 5:22,23) irão, frequen-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- temente, dizer muito mais do que as palavras
priada antes de a partilharem numa reunião. Para que proferimos.
se focarem na partilha do Passo Nove, vamos ler As nossas famílias – pais, esposas, maridos,
sobre o Passo Nove. filhos, assim como a família mais alargada são
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- aqueles com quem precisamos reconciliar-nos
damente a alguém que leia.] primeiro. Como é que os magoamos através de
palavras e atitudes insensíveis? Uma reconci-
O Facilitador Diz: Quando Jesus Cristo veio a liação apropriada à idade com os nossos filhos
este mundo, Deus estava a reconciliar-nos Con- ajudá-los-á a aprender lições positivas que, espe-
sigo. Ele fez tudo o que era necessário para con- ramos, fiquem com eles para o resto da vida.
sertar os relacionamentos quebrados por causa Não há limite de tempo neste passo. Quando
do pecado. Este relacionamento danificado pelo “chegarmos ao fim” da lista de pessoas com
pecado era nossa responsabilidade, contudo quem temos de nos reconciliar, fiquemos aber-
Ele tomou a iniciativa de restaurar esse relacio- tos a nomes de pessoas que podemos ter esque-
namento. Então, Ele concedeu-nos o “ministério cido e que precisam de ser incluídas neste grupo.
da reconciliação” (2 Coríntios 5:18). “Reconciliar- Deus pode, a qualquer altura, lembrar-nos de tais
mo-nos” com as pessoas que magoámos é uma pessoas.
forma de responder a esta missão.
A intenção de Deus é que participemos no “mi-
nistério de reconciliação” tomando também nós
55
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.

SESSÃO TRÊS: “Recebe Onésimo como se me recebesses a mim. ” —


Paulo (Filémon 1:17).

Transição para o Estudo por Embora seja verdade que “palavras ofen-
Passos sivas” podem danificar e diminuir a autoestima
da pessoa, também é verdade que “palavras
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar úteis e reparadoras” podem ser usadas para a
o Passo Nove, que diz:” Tentamos compensar es- reconciliação. As palavras, por si só, podem não
sas pessoas sempre que possível, exceto quan- ser suficientes para uma reconciliação adequa-
do fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Alguns da. Ações, quer no momento quer no seguimen-
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre to da reconciliação, significam, habitualmente,
estes passos, que gostassem de partilhar com mais do que apenas palavras.
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- Racionalizações e desculpas por pala-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para vras e comportamentos danosos do passado
se focarem na partilha do Passo Nove, vamos ler irão negar qualquer tentativa de reconciliação
sobre o Passo Nove. com pessoas a quem magoamos e prejudica-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- mos. Dizer à pessoa que não deveria sentir-se
damente a alguém que leia.] magoada ou que não deveria ter levado a peito
o que vocês disseram ou fizeram não vai ajudar.
O Facilitador Diz: O velho ditado que diz, “Paus e Sermões e palestras, nesta altura, também não
pedras podem partir-me os ossos, mas os nomes vão ajudar. Embora a intenção seja ajudar, o re-
não me afetam,” não é verdade. Palavras como: sultado vai ser que as palavras usadas desta for-
“Se tivesses seguido as minhas instruções, isso ma vão magoar quando se quiserem reconciliar.
não tinha acontecido,” “Preguiçoso, você não Ao mudarmos, através do poder de Deus,
presta para nada,” e “Nunca vais ser ninguém,” da graça de Jesus Cristo e da orientação do Espí-
quando proferidas por um pai/mãe, professor ou rito Santo, começamos a compreender que mui-
patrão são muito prejudiciais e dolorosas. tas das nossas palavras magoam em vez de aju-
O bullying na escola, que inclui palavras darem as outras pessoas. A transformação das
ofensivas, é a principal razão para as crianças nossas palavras irá oferecer restabelecimento e
desistirem a escola. E de acordo com um estu- esperança a outros que estão no seu caminho
do britânico, metade dos jovens que se suicidam para uma vida plena.
eram vítimas de bullying.
56
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.

SESSÃO QUATRO: “Não te dás conta de que és desgraçado e


miserável, pobre, cego e nu. ” — Jesus Cristo (Apocalipse 3:17).

Transição para o Estudo por precisamos para fazermos estas mudanças nas
Passos nossas vidas. Por conseguinte, é melhor sermos
pacientes conosco.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estu- Também é aconselhável que sejamos pacientes
dar o Passo Nove, que diz:” Tentamos compen- com as pessoas com quem nos reconciliarmos.
sar essas pessoas sempre que possível, exceto Se continuarmos a carregar a bagagem emocional
quando fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Al- das nossas falhas passadas, sem nos reconciliar-
guns de vós poderão encontrar uma curta leitura mos com as pessoas que magoamos, veremos que
sobre estes passos, que gostassem de partilhar muitas vezes vamos embaraçar-nos, desviar-nos
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é do rumo e poderemos nunca terminar a corrida.
apropriada antes de a partilharem numa reunião. Um outro desafio para uma correr com sucesso
Para se focarem na partilha do Passo Nove, va- a corrida da recuperação são pessoas que ten-
mos ler sobre o Passo Nove. tam controlar-nos. Dizem-nos quase tudo o que
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- temos e não temos de fazer. Se tentarmos agra-
damente a alguém que leia.] dar-lhes sempre, podemos acabar por ir na dire-
ção errada.
O Facilitador Diz: Em Hebreus 12:1-3, encontra- “Manter os olhos fixos em Jesus” que terminou
mos encorajamento para sermos “corredores a corrida com sucesso vai permitir-nos terminar
pacientes.” Os atletas de longas distâncias pre- também com sucesso.
cisam de ser pacientes se querem ter a energia
que necessitam para terminarem a corrida. Não
se podem permitir ser impacientes e fazer um
sprint para passarem à frente logo no início e de-
pois não serem capaz de chegar à meta.
O objetivo de “correr” a corrida para a nossa re-
cuperação dos nossos defeitos de caráter e há-
bitos prejudiciais, é ter saúde e plenitude nesta
vida e a eternidade com Jesus Cristo quando Ele
regressar. Deus é paciente e dá-nos o tempo que
57
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.

SESSÃO UM: “Mantenham-se vigilantes e orem, para não serem venci-


dos nesta tentação.” — Jesus Cristo (Marcos 14:38).

Transição para o Estudo por necessário no nosso caminho para uma vida plena.
Passos Quando José foi vendido como escravo para o
Egito pelos seus irmãos e mais tarde preso devi-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar do a falsas acusações da mulher de Potifar, deve
o Passo Dez, que diz:” Continuamos a fazer um in- ter-lhe parecido que a sua vida estava fora do seu
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- curso. Contudo, ele manteve um relacionamen-
mitíamos imediatamente.“ Alguns de vós poderão to diário com Deus, nunca perdeu a fé e estava
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que pronto quando chegou a altura de ser colocado
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- numa posição logo abaixo do Faraó.
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- Para sermos capazes de estar prontos para res-
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do ponsabilidades futuras, primeiro devemos cuidar
Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. das responsabilidades do momento presente. Há
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- alguns anos as seguintes palavras, que exprimem
damente a alguém que leia.] as intenções do Passo Dez, foram musicadas.

O Facilitador Diz: Os primeiros nove passos lida- Se feri alguma alma hoje, se fiz com que um pé se
vam com o processo de transformação no senti- extraviasse, Se andei segundo a minha vontade,
do de uma nova forma de pensar e viver. Neste
passo analisamos um componente essencial Querido Senhor, perdão!
para manter e, posteriormente, desenvolver esta
abordagem à vida. Se proferi palavras despropositadas ou fúteis, se
Os pilotos de aviação experientes sabem o quão desviei os olhos da necessidade ou dor, para não
importante é fazer ajustes quando o avião é des- sofrer através da tensão, Querido Senhor, perdão!
viado da rota por ventos, tempestades e outras
circunstâncias imprevistas. Bastam que não sejam Perdoa os pecados que Te confessei; Perdoa os
corrigidos apenas alguns graus e o avião nunca pecados secretos que não vejo;
chegará ao destino pretendido. Da mesma maneira,
é sábio continuarmos a fazer um inventário pesso- Ó guia-me, ama-me e seja o meu mantenedor,
al e estarmos prontos a fazer correções conforme Querido Senhor, Amém.
58
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.

SESSÃO DOIS: “Mas examinem tudo: e assim guardem o que é bom e


fujam de tudo o que é mau.” — Paulo (1 Tessalonicenses 5:21, 22).

mento e exercício, geralmente é melhor exercitar


Transição para o Estudo por a nossa mente cada dia pondo este passo em
Passos prática. Davi (Salmos 4:4) e Paulo (Efésios 4:26-
27) referem-se a esta atividade.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estu- Eles mencionam que quando nos sentimos zan-
dar o Passo Dez, que diz:” Continuamos a fazer gados, devemos evitar que este sentimento de-
um inventário pessoal e quando estávamos erra- senvolva para um pensamento ou ação pecami-
dos admitíamos imediatamente.“ Alguns de vós nosas livrando-nos da raiva antes do dia terminar.
poderão encontrar uma curta leitura sobre estes Vale a pena reparar que este sentimento, assim
passos, que gostassem de partilhar com o nos- como outros, não são pecaminosos. Contudo, a
so grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada forma como reagimos aos nossos sentimentos
antes de a partilharem numa reunião. Para se fo- podem envolver pensamentos ações e dependên-
carem na partilha do Passo Dez, vamos ler sobre cias pecaminosas. Jesus Cristo se compadeceu
o Passo Dez. das nossas fraquezas, pois foi tentado em tudo
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- como nós, sem cair no pecado (Hebreus 4:15).
damente a alguém que leia.] Faz todo o sentido ser diligente a pôr o Passo
Dez em prática. A Palavra de Deus instrui-nos a
O Facilitador Diz: “Continue continuando,” é uma sermos cuidadosos, pois podemos pensar que
expressão que nos inspira a “nunca desistir.” Ao estamos firmes, e podemos cair. O excesso de
progredirmos na nossa recuperação, precisamos confiança é o principal obstáculo à recuperação
de considerar diariamente que, embora alguns bem-sucedida e ao crescimento espiritual. Ao
aspectos da recuperação possam estar comple- continuarmos a fazer um inventário pessoal re-
tes e possamos estar livres de algumas práticas alista e a admitir prontamente os nossos erros,
destrutivas e prejudiciais, vão continuar havendo provavelmente vamos evitar ficarmos demasia-
ocasiões em que que vamos achar necessário do confiantes.
usar as ferramentas da recuperação. O FACILITADOR DIZ: Que pensamentos vieram
Uma destas ferramentas é manter um inventá- até nós esta semana ao lermos acerca do Passo
rio pessoal e de seguida admitir prontamente os Dez?
erros. Tal como precisamos diariamente de ali-
59
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.

SESSÃO TRÊS: “Examina-me, ó Deus, e conhece o meu coração; põe-


me à prova e conhece os meus pensamentos.” — David (Salmos 139:23).

Transição para o Estudo por Alguém disse que continuar a fazer o nosso in-
Passos ventário nos manterá “honestos e humildes”.
Quando fazemos os nossos inventários, a maio-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar ria de nós tende a focar-se no que está errado.
o Passo Dez, que diz: “Continuamos a fazer um in- No início da nossa recuperação, quando no Pas-
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- so Quatro, “fizemos um inventário e uma pesqui-
mitimos imediatamente.” Alguns de vocês poderão sa moral destemida de nós mesmos,” pode ter
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que parecido difícil encontrar algo bom. Agora nes-
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por te passo, como resultado da bondade de Deus
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- a operar nas nossas vidas, seremos capazes de
lharem numa reunião. Para se focar na partilha do ver mais coisas boas do que o previsto.
Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. Filipenses 4:8 convida-nos a gastar o nosso tem-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- po a pensar no que é verdadeiro, honesto, digno,
damente a alguém que leia.] puro, amável, ao que tem boa fama, ao que é vir-
tuoso e digno de louvor.
O Facilitador Diz: Talvez nos sintamos tentados Logo, ao continuar o nosso inventário, é útil in-
a considerar este passo como menos importan- cluir o que podemos considerar “certo” assim
te que os outros. Na realidade, é um dos passos como o “errado”. Embora seja verdade que ire-
mais importantes. Esquecemo-nos ou gostarí- mos fazer más escolhas – é igualmente verdade
amos de nos esquecer que os nossos antigos que iremos fazer escolhas acertadas.
comportamentos foram Não nos irá ajudar ou a outros, se ficarmos demasia-
desenvolvidos ao longo de um grande período de do preocupados com os nossos erros ou com os er-
tempo e a menos que sejamos cuidadosos, eles ros de outra pessoa. Por conseguinte, é bom lembrar
vão voltar, assim como as nossas justificações e as bençãos de trabalhar com Deus e outros para ser-
racionalizações para tais comportamentos. mos livres das falhas que nos impedem de fazermos
Um dos benefícios deste passo é que vai ajudar progressos no nosso caminho para uma vida plena.
a impedir-nos de regressar a estes velhos pen- O FACILITADOR DIZ: “Que novos pensamentos
samentos e ações. Permite-nos ver os nossos vieram à nossa mente esta semana ao lermos
erros antes que se tornem grandes problemas. sobre o Passo Dez?”
60
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.

SESSÃO QUATRO: “Deus que tem o poder de vos livrar do mal” —


Judas (Judas 1:24).24).

Transição para o Estudo por Numa reunião quando uma pessoa partilha a
Passos sua experiência, força e esperança, aprendemos
com o seu passado e podemos receber alguma
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar perspectiva em relação aos planos que devemos
o Passo Dez, que diz:” Continuamos a fazer um in- fazer para o futuro; mas, ainda mais importante,
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- ganhamos coragem e poder para lidar com o pre-
mitíamos imediatamente.“ Alguns de vós poderão sente.
encontrar uma curta leitura sobre esses passos, Enquanto conduzia o carro pela cidade a cami-
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por nho de casa vindo da escola Cristã onde a filha
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- adolescente estudava, o pai reparou no seguinte
lharem numa reunião. Para se focarem na partilha slogan na traseira do carro que seguia à frente
do Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. deles: “Dois dias de cada vez”. O pai perguntou
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- à filha se via alguma coisa errada naquela fra-
damente a alguém que leia.] se. Quando ela disse: “Não,” o pai lembrou-a que
Jesus disse que não nos devemos preocupar
O Facilitador Diz: É fácil esquecer as lutas difí- porque Deus cuidará das nossas necessidades
ceis e os problemas associados à nossa maneira (como alimentação e vestuário) e basta a cada
de pensar errada do passado, às nossas atitudes dia o seu mal (Mateus 6:34). “Um dia de cada
compulsivas e dependências, por isso, o Passo vez” é o slogan que resume mais precisamente
Dez é crucial. Embora seja verdade que não vive- os pensamentos de Jesus relativamente ao futu-
mos no passado ou no futuro, requer-se de nós ro (e ao passado).
que devemos planejar se esperamos viver uma Tal como as pessoas limpam e escovam os
vida saudável. dentes depois de uma refeição ou antes de irem
Aprender com o passado também é essencial. dormir para remover a comida que possa estar
Contudo, não vivemos no futuro ou no passado. entre os dentes, o ideal é que as nossas mentes
Por isso, pedimos força e sabedoria de Deus, que sejam limpas periodicamente para lidarmos com
é um “socorro bem presente na angústia” (Sal- coisas presas na nossa cabeça e que possam
mos 46:1). Deus está preparado para nos ajudar resultar em problemas mais tarde. Fazemos isto
neste passo ao “continuarmos a fazer o nosso através deste inventário pessoal contínuo e da
inventário pessoal.” pronto-admissão dos nossos erros.
61
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.

SESSÃO UM: “Orai sem cessar” — Paulo (1 Tessalonicenses 5:17).

O contato consciente com Deus oferece uma


Transição para o Estudo por base para construirmos o dia o melhor possível.
Passos Ter o tempo que precisamos para a oração é
provavelmente a coisa mais importante que fa-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o remos diariamente. A maior parte das pessoas
Passo Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus descobre que um tempo específico cedo de ma-
procuramos melhorar o nosso contato consciente nhã é a melhor forma de começar o dia.
com Deus através de oração e meditação, orando Jesus Cristo deu-nos esse exemplo. Ele levanta-
apenas por conhecer a Sua vontade para nós e po- va-se muito cedo de manhã quando ainda estava
der para a pôr em prática.” Alguns de vós poderão escuro e ia para um lugar tranquilo onde podia
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que estar sozinho a orar (Marcos 1:35). No passado,
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- estarmos sozinhos com os nossos pensamen-
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- tos e sentimentos poderia parecer desconfor-
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do tável e assustador. Tentamos livrar-nos desses
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. sentimentos com música, jogos de computador,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- comida, bebida, casos amorosos, jogo, trabalho
damente a alguém que leia.] ou outra atividade.
O que precisamos, quando as nossas mentes
O Facilitador Diz: “O nosso contato conscien- estão confusas e nos sentimos miseráveis, é de
te com Deus” surge quando iniciamos cada dia passar tempo pessoal com Jesus. As seguintes
com oração, por exemplo assim: “Deus, por fa- palavras de encorajamento vêm do livro Ciência
vor mostra-me hoje qual deve ser o meu próxi- do Bom Viver, página 251: “Frequentemente vos-
mo passo. Dá-me o que preciso para cuidar dos so espírito se poderá nublar por causa do sofri-
problemas na minha vida hoje. Ajuda-me a viver mento. Não busqueis pensar então. Sabeis que
como Jesus se Ele qui estivesse em pessoa. Jesus vos ama. Ele compreende vossa fraqueza.
Usa-me ao Teu serviço. Abençoa outros ao me Podeis fazer Sua vontade com o simples repou-
abençoares a mim.” sar em Seus braços.”
62
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.

SESSÃO DOIS: “Mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais
há de ter sede.” - Jesus Cristo (João 4:14).

Transição para o Estudo por Existem momentos e lugares em que a oração pública

Passos é apropriada. Contudo, para trabalhar eficazmente no


Passo Onze, buscamos pessoalmente, no um para um

O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o Passo “melhorar o nosso contato consciente com Deus à me-

Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus procuramos dida que o compreendemos.”
melhorar o nosso contato consciente com Deus através “À medida que o compreendemos,” significa que ao
de oração e meditação, orando apenas por conhecer a recordarmos o passado da nossa recuperação, talvez
Sua vontade para nós e poder para a pôr em prática.” Al- quando trabalhávamos o Passo Dois e Três, compreen-
guns de vocês poderão encontrar uma curta leitura sobre demos Deus de uma maneira. Estávamos só a apren-
estes passos, que gostassem de partilhar com o nosso der a confiar em Deus. Agora, mais tarde, ao trabalhar-
grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a mos no Passo Onze, a nossa compreensão de Deus
partilharem numa reunião. Para se focarem na partilha do pode ser bastante diferente e o nosso foco é agora
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. “melhorar o nosso contato consciente com Deus.” Por
[Os facilitadores também podem pedir antecipada- outras palavras, numa dada altura a nossa compreen-
mente a alguém que leia.] são de Deus era simplesmente “um Poder Maior.”
Agora estamos completamente convencidos de que
O Facilitador Diz: Um lugar de oração onde nos o nosso Deus é Jesus Cristo a quem Deus deu uma
possamos encontrar com Deus diariamente é con- posição, como Senhor e Salvador ressuscitado, bem
siderado uma necessidade pela maior parte dos es- acima de todos os que governam e têm autoridade,
tudantes da oração. Embora seja verdade que po- maior do que todos os poderes e reis terrenos (Efé-
demos orar em qualquer altura, em qualquer lugar, sios 1:20-21). Em todas as coisas somos mais do que
também é verdade que ter um lugar e um momento vencedores através de Cristo que nos ama (Romanos
para uma oração significativa é vital para manter 8:37). Paulo refere-se a sermos como crianças ou
um contacto consciente com Jesus Cristo. como alguém que que se vê ao espelho. O espelho
Em Mateus 6:5-6, Jesus refere-se às pessoas que es- reflete apenas uma fraca ideia do que Deus e o futuro
tão apenas a fingir que são campeões de oração, fa- realmente são. O nosso conhecimento presente está
zendo alarde da sua oração em público. Em contraste, incompleto, mas no futuro o nosso conhecimento será
Ele aconselha os Seus seguidores a encontrar um lugar tão completo quanto o conhecimento que Deus tem 63
privado onde possam fechar a porta e orar em privado. de nós (1 Coríntios 13:11-12).
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.

SESSÃO TRÊS: “Prestem atenção ao que é verdadeiro, honesto, digno,


puro, amável, ao que tem boa fama, ao que é virtuoso e digno de louvor. ” —
Paulo (Filipenses 4:8).

Transição para o Estudo por Não há duas pessoas iguais. As retinas diárias va-
Passos riam de pessoa para pessoa. Embora muitas pesso-
as considerem que de manhã cedo é a melhor altura
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o para o exercício físico e espiritual, outros acham que
Passo Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus o tempo designado a estes propósitos funciona me-
procuramos melhorar o nosso contato consciente lhor se o agendarem para o fim do dia ou antes de se
com Deus através de oração e meditação, orando deitarem. Idealmente, seria bom ter momentos re-
apenas por conhecer a Sua vontade para nós e po- gulares para orar e meditar em várias alturas do dia.
der para a pôr em prática.” Alguns de vós poderão Buscar, através da oração, melhorar o “contato
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que consciente com Deus” é como conversar com um
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- amigo. Isso significa que a oração é mais do que
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- apenas falar com Deus, também inclui permitir
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do que Deus nos fale ao estudarmos a Bíblia e par-
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. tilhar com outros o que Ele faz nas nossas vidas.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- A meditação inclui focar a nossa atenção e pensa-
damente a alguém que leia.] mento no que Deus operou no passado, no que Deus
faz presentemente e no que Deus fará no futuro. A
O Facilitador Diz: As oportunidades para melho- meditação é ter tempo para escutar as instruções
rar o nosso “contato consciente com Deus” atra- de Deus para que compreendamos corretamente e
vés da oração da meditação, são limitadas ape- apliquemos a Sua vontade na nossa vida diária.
nas pela nossa falta de pensamento criativo e de Aqueles que rejeitam o conselho dos infiéis me-
implementação. Andar, correr, andar de bicicleta, ditam na lei de Deus (a Sua vontade) noite e dia
jardinagem e outras atividades como preparar (Salmos 1:1-2). Ao adquirirmos o “conhecimen-
refeições e lavar a louça podem incluir a oração. to da Sua vontade para nós, para completarmos
A oração e a meditação podem não encaixar tão este passo, também vamos pedir a Deus “o poder
64 bem com todas as atividades. para a concretizar.”
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.

SESSÃO QUATRO: “Tem sempre presente o livro da Lei. Medita nele


dia e noite para cumprires o que lá está escrito, porque dessa forma has de
ter prosperidade e sucesso em tudo.” — Josué (Josué 1:8).

Transição para o Estudo por O poder para realizar a vontade de Deus na nossa
Passos vida inclui muito mais do que um recarregar oca-
sional das nossas baterias. Para ter todo o poder
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o necessário, para concretizar a vontade de Deus,
Passo Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus é necessário manter um contato constante com
procuramos melhorar o nosso contato consciente Deus. Tal como os elétricos, em muitas cidades,
com Deus através de oração e meditação, orando devem manter o contato com os fios elétricos
apenas por conhecer a Sua vontade para nós e po- que passam por cima, precisamos de permane-
der para a pôr em prática.” Alguns de vós poderão cer em contato com o poder de Deus o que torna
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que possível a execução da Sua vontade.
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- Deus tem poder para realizar muito mais do que
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- aquilo que nós pedimos ou somos capazes de
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do imaginar. (Efésios 3:20). Paulo, escrevendo acerca
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. da capacidade Deus, é incapaz de encontrar lingua-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- gem humana que descreva adequadamente este
damente a alguém que leia.] Deus Todo-Poderoso que é capaz de fazer por nós
o que não conseguimos fazer por nós mesmos.
O Facilitador Diz: O apóstolo Paulo sugere que Paulo sabia que a sua capacidade para viver de
oremos continuamente (1 Tessalonicenses 5:17). acordo com a vontade de Deus dependeria do
Isto provavelmente significa manter o canal de co- reconhecimento das suas fraquezas e enfermi-
municação aberto para que Deus possa falar-nos dades para que o poder de Cristo pudesse ser
em qualquer altura e em qualquer lugar. Tal como refletido na sua vida (2 Coríntios 12:9).
o piloto de um avião permanece em contato com a Por fim, no nosso temor pela graça e poder de Deus,
torre de controle para se manter na rota e aterrar o cantaremos a Deus junto ao trono e do Cordeiro (Je-
avião, trabalhamos este passo mantendo o contato sus Cristo): “o louvor e a honra, a glória e o poder por
com Deus através da oração e meditação. todos os séculos dos séculos.” (Apocalipse 5:13).
65
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.

SESSÃO UM: “Ide e fazei discípulos de todas as nações”— Jesus Cristo


(Mateus 28:19).

Transição para o Estudo por plena, que resultou no nosso “despertamento es-
Passos piritual.”
O nosso “despertamento espiritual” veio até nós
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ao aprendermos e descobrirmos os princípios de
Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamen- recuperação apresentados a cada passo. Estes
to espiritual como resultado destes passos, ten- princípios podem ser vistos como ferramentas,
tamos levar esta mensagem a outros, e pôr em sendo que cada uma tem múltiplas aplicações
prática estes princípios em todas as coisas.” Al- na utilização prática do dia-a-dia.
guns de vós poderão encontrar uma curta leitura Tal como um agricultor, carpinteiro, cozinhei-
sobre estes passos, que gostassem de partilhar ro, canalizador, eletricista, professor e homens
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é e mulheres de negócio, para enumerar alguns
apropriada antes de a partilharem numa reunião. exemplos, têm ferramentas que usam no seu tra-
Para se focarem na partilha do Passo Doze, va- balho, uma pessoa em recuperação tem as ferra-
mos ler sobre o Passo Doze. mentas para os 12 Passos.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- Quando essas ferramentas são usadas regu-
damente a alguém que leia.] larmente, o “despertamento espiritual” orienta
aqueles que estão em recuperação para chegar
O Facilitador Diz: Sem o simples processo dos à maturidade, homens e mulheres totalmente
12 Passos, muitos de nós estávamos espiritual- funcionais que estão em contato com as suas
mente adormecidos. Paulo, depois de enumerar próprias necessidades.
várias razões para vivermos bem, afirma que Para além disso, estamos prontos para ajudar
existe a necessidade de acordarmos, porque a outros de forma apropriada a lidarem com as
salvação está mais perto do que quando aceitá- suas necessidades. Através das nossas experi-
mos a fé (Romanos 13:11-12). ências ao longo do caminho para uma viagem
Isso foi escrito há mais de 2,000 anos e é lite- plena, ficamos equipados pelo nosso exemplo
ralmente mais verdade hoje. Em particular, é ver- e conselho para sermos padrinhos e parceiros
dade para cada seguidor de Cristo. Podemos ser responsáveis. O nosso chamado a ajudar outros
todos gratos pelo nosso caminho para uma vida vem de Deus.
66
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.

SESSÃO DOIS: “Vá para casa com seus amigos e conte-lhes as grandes
coisas que o Senhor fez para voce" — Jesus Cristo (Marcos 5:19).

racterística que mostra a todas as pessoas que


Transição para o Estudo por somos Seus discípulos (João 13:34-35).
Passos O conselho de nos amarmos e servirmos “uns aos
outros” é repetido tantas vezes por Paulo e pelos
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o outros escritores do Novo Testamento que alguns
Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamen- professores de Bíblia e pastores se referem a es-
to espiritual como resultado destes passos, ten- tas muitas referências como “um com o outro.”
tamos levar esta mensagem a outros, e pôr em Em Mateus 25:31-46, Cristo afirma que as pessoas
prática estes princípios em todas as coisas.” Al- que são recebidas no reino são caracterizadas pelo
guns de vós poderão encontrar uma curta leitura que fizeram pelos mais necessitados. O seu traba-
sobre estes passos, que gostassem de partilhar lho em prol dos outros era simplesmente providen-
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é ciar alimento aos famintos, bebida aos sedentos,
apropriada antes de a partilharem numa reunião. ajudar o estranho em necessidade de uma casa ou
Para se focarem na partilha do Passo Doze, va- roupas e visitar os doentes e os presos.
mos ler sobre o Passo Doze. Uma característica significativa do seu serviço é a
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- ausência de consciência sobre o que fizeram por Je-
damente a alguém que leia.] sus. Podemos dizer que o seu ministério em prol das
necessidades de outros se tornou automático. Era
O Facilitador Diz: “Preferia ver um sermão a ou- o resultado natural da sua apreciação pelo amor e
vir um. Preferia que caminhassem comigo em graça de Deus. Amaram e serviram as necessidades
lugar de meramente me indicarem o caminho.” dos outros ao viverem diariamente com e por Jesus.
Jesus Cristo mostrou-nos um sermão vivo quan- A melhor forma de “levar a mensagem” sobre
do veio a este mundo e viveu a vida como um de que Deus fez por nós ao longo do Caminho Para
nós. Para nos mostrar a necessidade de viver e Uma Vida Plena é “praticar estes princípios em
amar como Ele fez, Ele dá aos Seus discípulos todas as áreas da nossa vida.”
um novo mandamento: “amarmo-nos uns aos As regras são muitas, os princípios são poucos.
outros como Eu vos amei.” Então Ele afirma que As regras mudam frequentemente, os princípios
o fato de nos amarmos uns aos outros será a ca- não.
67
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.

SESSÃO TRÊS: “Se tiverem amor uns aos outros, toda a gente recon-
hecerá que são meus discípulos.” — Jesus Cristo (João 13:35).

Transição para o Estudo por O evangelismo mundial refere-se ao levar da


Passos mensagem dessas boas novas. Isso dá esperan-
ça àqueles que O conhecem como a um amigo
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o (João 17:3). Então, como a um Amigo de confian-
Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamen- ça convidam-No a estar ao leme das suas vidas.
to espiritual como resultado destes passos, ten- Infelizmente, algumas pessoas chegam à palavra
tamos levar esta mensagem a outros, e pôr em e têm uma compreensão repulsiva do processo
prática estes princípios em todas as coisas.” Al- de evangelismo. Alguns métodos evangelísticos
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- são intimidantes e coercivos.
tura sobre estes passos, que gostassem de par- “Partilhar amor” exprime a ideia principal do
tilhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem “evangelismo” sem as conotações negativas. Há
se é apropriada antes de a partilharem numa vários anos, uma pessoa que estava a ensinar
reunião. Para se focar na partilha do Passo Doze, uma turma acerca de testemunhos evangelísti-
vamos ler sobre o Passo Doze. cos, deu a seguinte definição. Ele disse: “Teste-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- munhar é partilhar Jesus Cristo com o poder do
damente a alguém que leia.] Espírito Santo e deixar os resultados com Deus.”
Isso lembra-nos que o Caminho para Uma Vida
O Facilitador Diz: A comissão de Jesus Cristo Plena é um problema de atração em vez de pro-
aos Seus discípulos era irem e fazerem discípu- moção.” Quando os outros veem as mudanças
los. Ele também prometeu a Sua presença jun- saudáveis e positivas na nossa vida, vão pergun-
to deles e o poder do Espírito Santo para tornar tar como é que estas aconteceram.
eficaz o seu testemunho em favor Dele (Mateus Então teremos a oportunidade de partilhar com
28:19-20; Atos 1:8). eles esta mensagem de amor, o processo mara-
Previamente, em Mateus 24, Jesus mencionou vilhoso de recuperação através de Jesus Cristo,
vários sinais que indicariam que a Sua vinda e o o nosso Poder Maior.
fim do mundo estariam perto. Depois, no versí-
culo 14, Ele afirma que quando o evangelho (as
boas novas) do reino for proclamado a todo o
mundo, virá o fim (Mateus 24:14).
68
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.

SESSÃO QUATRO: “Façam brilhar a vossa luz diante de toda a gente,


para que vejam as vossas boas ações e dêem louvores ao vosso Pai que está
nos céus.” — Jesus Cristo (Mateus 5:16).

tuamente e depois a levarem a mensagem a outros


Transição para o Estudo por
este processo de recuperação nunca teria acontecido
Passos
naquele tempo. Hoje em dia existem mais de 400 pro-

O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o gramas de 12 Passos para qualquer dependência.

Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamento Da comida, do consumo, da ira, do sexo, do trabalho, da

espiritual como resultado destes passos, tentamos religião, assim como os acumuladores, toxicodepen-
levar esta mensagem a outros, e pôr em prática es- dentes, fumadores, jogadores – todos desenvolveram
tes princípios em todas as coisas.” Alguns de vocês programas de Doze Passos que lidam especificamen-
poderão encontrar uma curta leitura sobre estes pas- te com uma determinada dependência ou um hábito
sos, que gostassem de partilhar com o nosso grupo. prejudicial que esteja fora de controle ou um comporta-
Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- mento excessivo que não se consegue parar.
tilharem numa reunião. Para se focar na partilha do Para além disso, existem programas de Doze Pas-
Passo Doze, vamos ler sobre o Passo Doze. sos cristocêntricos como o Caminho para Uma
Vida Plena que permitem que as pessoas, através
[Os facilitadores também podem pedir antecipada- do Poder Maior de Jesus Cristo, se libertem de todo
mente a alguém que leia.] e qualquer pensamento destrutivo, prejudicial, ob-
sessivo e comportamentos compulsivos.
O Facilitador Diz: Algumas pessoas “trabalham como Pouco antes da sua morte em 1950, o Dr. Bob deixou
o diabo para o Senhor.” Estas palavras lembram-nos a Bill W. as seguintes palavras de despedida, “Lem-
que por vezes ainda temos um longo caminho a per- bra-te Bill, não vamos estragar as coisas. Simplifica.”
correr antes de podermos representar corretamente O seu programa simples foi designado para nos
Jesus Cristo diariamente em tudo. Ao trabalharmos ajudar a melhorar o nosso contato consciente com
nos 12 passos, percebemos que na verdade são um Deus. Uma vez que Cristo é “Deus conosco (Mateus
“programa terapêutico de desenvolvimento de caráter.” 1:23), passar tempo com Ele em oração, a estudar a
Em 1935 Bill W. (Wilson) e o Dr. Bob (Robert Smith), Bíblia e testemunhando fará com que nos tornemos
dois alcoólicos conheceram-se e começaram a tra- mais semelhantes a Ele, no nosso caráter.
balhar para se ajudarem mutuamente a manter-se Quando o caráter de Cristo for reproduzido no Seu
sóbrios. Depois trabalharam para ajudar outros alco- povo Ele virá outra vez (ver Parábolas de Jesus, 68-
ólicos a libertar-se da sua dependência das bebidas 69). Nessa referência, somos informados que o ca-
alcoólicas. O programa simples que desenvolveram ráter de Cristo é representado pelo fruto do Espírito
veio a ser conhecido como o programa de Doze Pas- – amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bonda-
sos dos AA (Alcoólicos Anônimos). Sem a responsa- de, fidelidade, modéstia e autodomínio. 69
bilização destes dois homens apadrinhando-se mu-
História & Filosofia dos Doze Passos de Recuperação

Abrindo Caminho
Aqueles que vieram antes de nós

A História Da Recuperação De Onde Vêm Os Doze Passos


Em Doze Passos [E Os Programas Dos AA e
Al-Anon]?
Os Doze Passos foram escritos pela primeira vez por Bill W. - Julho 1953
em 1930 pelos primeiros membros dos Alcoólicos
Anônimos (AA). Os fundadores dos AA, o Dr. Bob As pessoas perguntam muitas vezes: “De onde
e Bill W., foram inspirados pelo Oxford Grou, que vêm os Doze Passos?” Em última análise, talvez
mantinha reuniões em Nova Iorque. Inicialmente ninguém saiba. Contudo alguns dos eventos que
os passos referiam-se diretamente a um relaciona- levaram à sua formulação são tão claros para
mento com Deus como essencial para se mante- mim como se tivessem acontecido ontem.
rem sóbrios. Contudo, a experiência na utilização No que dizia respeito às pessoas, os principais
deste formato com grupos que buscavam a sobrie- canais de inspiração para os nossos Passos eram
dade mostrou que muitos não compreendiam ou três — o Grupo Oxford, o Dr. William D. Silkworth
ficavam ofendidos pelas referências a Deus. do Townes Hospital e o famoso psicólogo, William
Por conseguinte, os passos foram reescritos James, apelidado por muitos como o pai da psico-
numa linguagem mais geral, usando o termo “Po- logia moderna. A história de como estas corren-
der Maior” em referência a uma força disponível tes de influência se juntaram e como conduziram
exterior à pessoa como “Deus como o conhece- à formulação dos Doze Passos é entusiasmante e
mos.” Contudo, um estudo cuidadoso dos Doze em alguns pontos absolutamente incrível.
Passos revela que estes são profundamente es- Muitos de nós lembrarão o Grupo Oxford como
pirituais e baseados em princípios bíblicos. um movimento evangélico moderno que flores-
Claro que, quem melhor para falar do Caminho dos ceu nos anos 1920/30, liderado por um antigo
Doze Passos, e da fundação dos Alcoólicos Anôni- ministro luterano, o Dr. Frank Buchman. O grupo
mos e Al-Anon, que o Bill W., que foi tanto testemu- Oxford daqueles tempos davam grande ênfase
nha, como participante no nascimento deste minis- ao trabalho pessoal, de um membro para o outro.
tério que muda vidas. Aqui vai as suas palavras: Os Doze Passos dos AA tiveram a sua origem nes-
70
sa prática vital. A base moral dos “O.G.” era a abso- tendo a certeza se há algum Deus;” “E depois
luta honestidade, pureza, altruísmo amor absoluto. de ter tentado muito fazer estas coisas, desco-
Também praticavam um tipo de confissões, que bri que a minha obsessão pelo álcool me tinha
apelidavam de “partilha”; o emendar males feitos abandonado.” Sistematicamente o Ebby dizia
era chamado “restituição.” Acreditavam profunda- algo como: “Bill, não é nada que se pareça a estar
mente no seu “tempo de silêncio,” a meditação pra- no vagão da água. Não lutas contra o desejo de
ticada tanto pelos grupos como pelos indivíduos, beber— mas libertas-te dele. Nunca tinha sentido
na qual buscavam a orientação de Deus para cada nada assim antes.”
detalhe da vida, pequeno ou grande. Foi assim o resumo de tudo o que o Ebby tinha ex-
Estas ideias básicas não eram novidade; podiam traído dos amigos do seu grupo Oxford e que me
ser encontradas em outro lugar. Mas a salvação transmitiu naquele dia. Embora estas ideias sim-
para nós, os primeiros alcoólicos a contatar o Gru- ples não fossem novas, certamente me atingiram
po Oxford foi eles colocarem grande ênfase nestes como um monte de tijolos. Hoje compreendemos
princípios específicos. E felizmente para nós, o gru- por que que isso aconteceu... um alcoólico estava
po Oxford tinham o cuidado especial de não inter- a falar com outro como mais ninguém o pode fazer.
ferir com as visões religiosas de cada um. A sua Duas ou três semanas mais tarde, no dia 11 de
sociedade, como a nossa, mais tarde, viu a neces- Dezembro para ser exato, cambaleei até ao Hos-
sidade de ser estritamente não-denominacional. pital Charles B. Townes, aquele famoso empório
No fim do Verão de 1934, o meu bem-amado seco em Central Park West, Nova Iorque. Já lá ti-
amigo alcoólico e colega de escola “Ebby” tinha nha estado antes, por isso conhecia e já gostava
dado de caras com estas boas pessoas e tinha muito do médico chefe — o Dr. Silkworth. Seria ele
prontamente ficado sóbrio. que ao fim de pouco tempo contribuiria com uma
Sendo um alcoólico, e daqueles bastante obs- grande ideia, sem a qual os AA nunca teriam sido
tinados, ele não tinha sido capaz de “comprar” bem-sucedidos. Durante anos ele tinha proclama-
todas as ideias e atitudes do Grupo Oxford. Ain- do o alcoolismo como uma doença, uma obses-
da assim, ele ficou comovido pela sua profunda são da mente a par de uma alergia no corpo.
sinceridade e sentiu-se bastante grato pelo fato Por esta altura, eu sabia que isso era para mim.
de as suas ministrações o terem, até à data, liber- Também compreendia que combinação fatal po-
tado da sua obsessão de beber. dia sair destes ogres gêmeos. Claro que a minha
Quando ele chegou a Nova Iorque no fim do ou- esperança era pertencer à pequena percentagem
tono de 1934, o Ebby pensou logo em mim. Num de vítimas que ocasionalmente escapava à sua
dia sombrio de Novembro, ele ligou. Pouco depois vingança. Mas essa esperança exterior tinha,
estava a olhar para mim, sentado à minha mesa agora, desaparecido. Estava prestes a bater no
na cozinha na Rua Clinton 182, em Brooklyn, Nova fundo. Aquele veredito da ciência — a obsessão
Iorque. Na nossa conversa, como eu a lembro, ele que me condenava a beber e a alergia que me
usou constantemente frases como estas: condenava a morrer — estava prestes a conse-
“Descobri que não conseguia dar conta da minha guir essa façanha. Foi aqui que a ciência médi-
própria vida;” “Tinha de ser honesto comigo mes- ca, personificada neste pequeno e beneficente
mo e com mais alguém;” “Tinha de compensar médico, começou a encaixar as peças do puzz-
pelos estragos que tinha feito;” “Tinha de orar le. Nas mãos de um alcoólico a falar com outro,
a Deus pedindo orientação e força, mesmo não esta verdade de dois gumes era um martelo ca-
71
paz de despedaçar o duro ego de um alcoólico álcool, e que as nossas vidas se tornaram impos-
em profundidade, expondo-o à graça de Deus. síveis de gerir.” Também tinha dado o Passo Três
No meu caso, claro, foi o Dr. Silkworth que — “tomamos a decisão de entregar as nossas
balançou o martelo enquanto o meu amigo Ebby vidas e a nossa vontade a Deus conforme O en-
trouxe até mim os princípios espirituais e a graça tendemos.” Assim fui eu liberto. Foi tão simples
que me levaram ao meu súbito despertamento como isso, contudo misterioso, assim.
espiritual no hospital, três dias mais tarde. [Dec.14, Perceber isso foi tão entusiasmante que me jun-
1934] Soube imediatamente que era um homem tei instantaneamente ao grupo Oxford. Mas para
livre. E com esta experiência surpreendente veio sua consternação, insisti em dedicar-me exclusi-
o sentimento de uma certeza maravilhosa de vamente aos alcoólicos.
que muitos poderiam um dia desfrutar do dom Isso foi duplamente perturbador para o grupo
inestimável que me tinha sido outorgado a mim. Oxford. Primeiro, eles queriam ajudar a salvar o
mundo. Segundo, a sua sorte com os alcoólicos
Terceira Influência era muito pouca. Exatamente na altura em que eu
me juntei a eles tinham estado a trabalhar com
Por esta altura, entrou na minha vida uma tercei- um grupo de alcoólicos que tinham provado ser
ra corrente de influência através das páginas do um desapontamento. Um deles, corria o rumor,
livro de William James, “As Variedades da Expe- tinha atirado petulantemente o seu sapato a uma
riência Religiosa.” janela de vitral de uma igreja Episcopal do outro
Alguém o tinha trazido ao meu quarto no hos- lado do beco onde estava a sede dos O.G. Nem
pital. A seguir à minha súbita experiência, o Dr. tão pouco aceitaram de boa vontade a minha re-
Silkworth deu-se a um grande trabalho para petida declaração de que não demoraria muito
me convencer que eu não era alucinado. Mas, tempo para colocar sóbrios todos os alcoólicos
William James ainda fez mais. Não só, disse ele, do mundo. Com todo o direito, declararam que a
as experiências espirituais podiam tornar as pes- minha presunção ainda era imensa.
soas mais sãs, elas podiam transformar homens
e mulheres de modo a poderem fazer, sentir e Falta Alguma Coisa
acreditar no que até então lhes parecia impossí-
vel. Importava pouco que estes despertamentos Após seis meses de um violento esforço com um
fossem repentinos ou graduais, a sua variedade sem número de alcoólicos que encontrei numa
podia ser quase infinita. missão próxima e no Hospital Townes, começa-
Mas a maior recompensa daquele livro anotado va a parecer que o grupo Oxford tinha razão. Não
era que: na maioria dos casos descritos, aqueles tinha conseguido que nenhum ficasse sóbrio. Em
que tinham sido transformados eram pessoas Brooklyn tínhamos sempre a casa cheia de alco-
sem esperança. ólicos conosco, às vezes chegavam a ser cinco.
Em alguma área importante das suas vidas ti- A minha valente esposa, Lois, certo dia chegou a
nham vivido uma derrota absoluta. Bem, era casa do trabalho e encontrou três deles bastante
mesmo eu. Completamente derrotados, sem es- tensos. Agitavam umas tábuas de madeira uns
perança ou fé, tinha apelado a Poder Superior. Ti- aos outros em tom de ameaça. Embora eventos
nha dado o Passo Um do programa atual dos AA como este me abrandassem, de alguma forma,
—”admitimos a nossa impotência em relação ao a persistente convicção de que se podia encon-
72
trar o caminho para a sobriedade nunca pareceu távamos a usar o tal martelo medico que o Dr.
abandonar-me. No entanto, havia um ponto posi- Silkworth nos tinha, providencialmente, dado.
tivo. O meu padrinho, Ebby, continuava precaria- Por fim, um dia, o Dr. Silkworth fez-me descer
mente agarrado à sua recentemente conquista- do pedestal. Ele disse, “Bill, porque não paras
da sobriedade. de falar tanto sobre essa tua experiência com a
Qual o motivo para todos esses fiascos? Se eu e luz brilhante, pareces um maluco. Embora esteja
o Ebby tínhamos conseguido chegar à sobrieda- convencido que uma melhor moral é essencial
de, por que não conseguiam os outros? Alguns para pôr os alcoólicos verdadeiramente bons,
daqueles com quem estávamos a trabalhar cer- penso mesmo que colocaste a carroça à frente
tamente desejavam ficar bem. Especulamos dia dos bois. A questão é que os alcoólicos não vão
e noite sobre o porquê de não ter acontecido cair em toda esta exortação moral até se conven-
nada de mais com eles. Talvez não pudessem cer a eles mesmos que o devem fazer. Se fosse
suportar o ritmo espiritual dos quatro absolutos a ti, ia ao seu encontro com base na parte médi-
do grupo Oxford: a honestidade, a pureza, o al- ca primeiro. Embora a mim não me tenha trazi-
truísmo e o amor. De fato, alguns dos alcoólicos do nenhuma vantagem dizer-lhes quão fatal é a
declararam que era este o problema. A pressão sua condição, a história pode ser diferente se tu,
agressiva sobre eles para melhorarem da noite um ex-alcoólico inveterado, lhes desse as más
para o dia fazia-os voar alto, e depois fracassa- notícias. Por causa desta identificação que tens
vam até à depressão. naturalmente com os alcoólicos, talvez consigas
Queixavam-se também de outra forma de coer- penetrar onde eu não posso. Primeiro atira-lhes
ção— algo a que o grupo Oxford chamava “orien- com a questão médica, e dá-lhes com força. Isto
tação para outros.” Uma “equipe” composta por pode amaciá-los para que aceitem os princípios
membros não alcoólicos sentava-se com um que realmente os vão pôr bons.”
alcoólico e após um “período de silêncio” apa-
reciam com instruções específicas sobre como Depois Veio Akron
o alcoólico deveria gerir a sua vida. Por muito
gratos que estivéssemos aos nossos amigos do Pouco tempo depois dessa conversa memorá-
O.G., às vezes isso era difícil de engolir. vel, dei por mim em Akron, Ohio, numa aventura
Obviamente tinha algo a ver com a derrapagem de negócios que prontamente colapsou. Sozinho
total que estava a acontecer. na cidade, estava aterrado com a possibilidade
Mas esta não foi a única razão para o fracasso. de me vir a embebedar. Já não era professor ou
Depois de meses, vi que o problema estava sobre- pregador, era um alcoólico que sabia que preci-
tudo em mim. Tinha-me tornado muito agressivo sava de outro alcoólico tanto como esse outro
e muito arrogante. Falei muito acerca da minha talvez precisasse de mim. Levado pelo desejo
súbita experiência espiritual, como se fosse algo irreprimível, em breve fiquei frente a frente com
muito especial. Tinha estado a desempenhar um o Dr. Bob. Foi de imediato evidente que o Dr. Bob
papel duplo de professor e pregador. Nas mi- sabia mais das coisas espirituais do que eu.
nhas exortações, tinha esquecido totalmente o Também tinha estado em contacto com o grupo
lado médico da nossa doença, e a necessidade Oxford em Akron. Mas de alguma forma, ele sim-
da deflação em profundidade tão enfatizada por plesmente não conseguia ficar sóbrio. Seguindo
William James tinha sido negligenciada. Não es- o conselho do Dr.Silkworth, usei o martelo médi-
73
co. Disse-lhe o que era o alcoolismo e quão fatal pureza, altruísmo e amor, esta era a essência da
podia ser. Aparentemente isso teve um efeito no nossa mensagem aos alcoólicos até 1939, quan-
Dr. Bob. Em 10 de Junho, 1935, ele ficou sóbrio, do os nossos presentes Doze Passos foram pas-
e nunca mais viria a beber novamente. Quando, sados para o papel.
em 1939, a história do Dr. Bob apareceu pela pri- Lembro-me bem do fim de tarde em que os Doze
meira vez no livro, Alcoólicos Anônimos, ele colo- Passos foram escritos. Estava deitado na cama
cou um dos parágrafos em itálico. Falando sobre bastante abatido e a sofrer de um dos meus ata-
mim, ele afirmou: “Mais importante foi o fato de ques imaginários na úlcera. Quatro capítulos do
que ele foi o primeiro ser humano com quem eu livro Alcoólicos Anônimos tinham sido rascunha-
falei, e que sabia o que dizia por experiência pró- dos e lidos nas reuniões em Akron e Nova Iorque.
pria.” Rapidamente percebemos que todos queriam
ser autores. As chatices acerca do que deveria
O Elo Que Faltava constar do nosso novo livro foram tremendas.
Por exemplo, alguns queriam um livro puramen-
O Dr. Silkworth tinha-nos realmente fornecido o te psicológico que atrairia os alcoólicos sem os
elo que faltava e sem o qual a corrente de prin- assustar. Podíamos falar-lhes “daquilo de Deus”
cípios agora forjada nos nossos Doze Passos depois.
nunca poderia estar completa. Ali e naquele mo- Uns poucos, conduzidos pelo nosso maravilhoso
mento, a faísca que viria a ser os Alcoólicos Anô- amigo sulista, Fitz M., queriam um livro religioso,
nimos tinha sido ateada. quanto baste, infundido com alguns dos dogmas
Nos três anos que se seguiram à recuperação do que tínhamos recolhido das igrejas e missões
Dr. Bob, os nossos grupos em Akron, Nova Iorque que nos tinham tentado ajudar. Quanto mais gri-
e Cleveland evoluíram programa pioneiro chama- tantes eram as discussões, mais eu me sentia
do “de boca a boca.” Quando começamos a for- no meio. Aparentemente eu não ia ser o autor,
mar uma sociedade separada do grupo Oxford, de todo. Ia ser apenas um árbitro que decidirá os
começamos a afirmar os nossos princípios mais conteúdos do livro. Isso não significava, contudo,
ou menos assim: que não existia um entusiasmo tremendo com o
1. Admitimos que éramos impotentes perante o empreendimento. Cada um de nós estava muitís-
álcool. simo entusiasmado com a possibilidade de fazer
2. Fomos honestos com nós mesmos. chegar a nossa mensagem aos inúmeros alcoó-
3. Fomos honestos com outra pessoa, em con- licos que ainda não a conheciam. Chegados ao
fidência. capítulo cinco, parecia chegado o momento de
4. Tentamos compensar outros pelo mal causado. afirmar aquilo que o nosso programa era real-
5. Trabalhamos com outros alcoólicos sem exigir mente. Lembro-me de rever na minha mente as
prestígio ou dinheiro. frases que andavam de boca em boca na altu-
6. Oramos a Deus para nos ajudar a fazer estas ra. Anotando-as, foram acrescentadas às seis
coisas da melhor forma possível. nomeadas acima. Depois veio a ideia de que o
Embora estes princípios fossem advogados de nosso programa devia ser afirmado de uma for-
acordo com o capricho ou gosto de cada um de ma mais precisa e clara. Os leitores à distância
nós, e embora em Akron e Cleveland ainda se teriam de ter um conjunto preciso de princípios.
rege se pelos absolutos do O.G. da honestidade, Conhecendo a capacidade que os alcoólicos têm
74
para racionalizar, teríamos de escrever algo es- Quando este documento foi mostrado na nos-
tanque. Não podíamos deixar o leitor serpentear sa reunião em Nova Iorque, os protestos foram
para lado nenhum. Para além disso, uma forma- muitos e fizeram-se ouvir. Os nossos amigos
ção mais completa iria ajudar nos capítulos futu- agnósticos não gostaram nada da ideia de se
ros onde precisávamos de mostrar exatamente ajoelharem. Outros disseram que no geral falá-
como é que o programa de recuperação deveria vamos demasiado de Deus. De qualquer modo,
ser trabalhado. porque haveriam de existir doze passos quando
tínhamos tido bons resultados com seis? Vamos
12 Passos Em 30 Minutos simplificar, disseram.
Este tipo de discussão acesa continuou por vá-
Eventualmente, comecei a escrever. Dividi o pro- rios dias e noites. Mas tudo isso resultou num
grama boca-a-boca em partes menores, aumen- súbito sucesso para os Alcoólicos Anônimos. O
tando consideravelmente o seu alcance. Desins- nosso contingente agnóstico, liderado por Hank
pirado como me sentia, fiquei surpreso por num P. e Jim B., finalmente convenceu-nos que tínha-
curto espaço de tempo, talvez meia hora, ter de- mos de facilitar as coisas às pessoas usando ter-
finido certos princípios que, no total, passaram mos como “um Poder superior” ou “Deus como
a doze. E por alguma razão inexplicável, tinha o entendemos!” Essas expressões, como bem
mudado a ideia de Deus para o Passo Dois, mes- sabemos, provaram ser salva-vidas para muitos
mo na frente. Para além disso, eu tinha nomeado alcoólicos. Permitiram a milhares de nós reco-
a Deus liberalmente ao longo dos passos. Num meçamos quando nada poderia ter sido feito se
dos Passos tinha mesmo sugerido que quem tivéssemos deixado os passos conforme escri-
chegasse de novo se ajoelhasse. tos originalmente.
Felizmente para nós não houve mais mudanças
no rascunho original e o número de passos ficou
em doze. Pouco mais fizemos do que adivinhar
que os nossos Doze Passos seriam em breve
amplamente aprovados por clérigos de todas as
denominações e mesmo, mais tarde, pelos nos-
sos amigos psiquiatras.
Esse pequeno fragmento da história deveria con-
vencer o mais cético de que ninguém inventou
os Alcoólicos Anônimos. Apenas cresceu...pela
graça de Deus.

Um fragmento da História por Bill W.


AA Grapevine, Julho 1953
http://www.barefootsworld.net/aa12stepsori-
gin.html

75
Onde os tista do Sétimo Dia, e começou a servir como
pastor. Certo dia, em Janeiro de 1986, em ora-

nossos
ção, o Hal ouviu Deus dizer-lhe para permanecer
de joelhos até estar pronto para começar um mi-
nistério dedicado a pessoas que precisavam se
recuperar de dependências ou pecados. Ao fim

caminhos de 24 horas o primeiro grupo estava pronto para


se reunir. Desde aí os grupos de Regeneração,
através de Jesus Cristo — o Poder Superior, e do

se cruzaram apoio da igreja Adventista já iniciaram grupos em


todo o mundo.
Os grupos Regeneração tornaram-se numa ir-
A Recuperação em Doze mandade de homens e mulheres que partilham a
sua experiência, força e esperança de modo a re-
Passos encontra-se com o solverem os seus problemas comuns, pela graça

Movimento do Advento de Deus e ajudam outros a recuperar de depen-


dências e disfunções ligadas às deles.
Em 1987, a Comissão de Estudo sobre Depen- A ênfase destes programas usava seminários
dências Químicas da Conferência Geral estu- pastorais de consciencialização para espalhar
dou o programa de Doze Passos e concluiu que a mensagem de recuperação através das con-
seria uma mais-valia no ministério de recupera- ferências locais e uniões. Em 1990, mais de 60
ção de pessoas e das suas famílias. Recomen- igrejas na América do Norte já tinham começado
daram que os pastores Adventistas se familiari-
zassem com os Doze Passos e que ficassem à
vontade para, dentro da sua comunidade, reco-
mendar programas de Doze Passos a pessoas
em sofrimento. A Comissão também recomen-
dou que os 12 Passos fossem usados no seio
das igrejas Adventistas em grupos de apoio e em
eventos de igreja como retiros e encontros cam-
pais incluindo reuniões dos Doze Passos no ali-
nhamento dos seus programas. Em 1987, os re-
tiros de fim-de-semana chamados “Celebração
da Recuperação” foram realizados em várias par-
tes da América do Norte. Esses retiros continu-
am a abordar as necessidades dos Adventistas e
das suas famílias recuperarem de dependências
e outros comportamentos prejudiciais.
Em meados dos anos 80 do séc. XX, Hal Gates,
advogado e alcoólico, ouviu o chamado de Deus,
voltou à igreja da sua juventude, a Igreja Adven-
76
a desenvolver grupos de apoio usando os Doze com apoio da Associação Geral.
Passos e o modelo dos grupos Regeneração. Os Em Abril de 2011, o MinAR passou a fazer par-
esforços destes pioneiros da recuperação, e a te, oficialmente, do Departamento de Saúde da
prática dos princípios da recuperação em Doze Divisão Norte Americana e foi formado o Comi-
Passos, ajudou a mudar muitas vidas, e os con- tê do Ministério de Recuperação Adventista (Mi-
ceitos que introduziram continuam a impactar nAR) da DNA para desenvolver e expandir o im-
muitas mais. pacto dos ministérios em prol das dependências
Em resposta a estas recomendações, foi desen- no território da Divisão Norte Americana.
volvido o programa de recuperação Regenera- Em Março de 2016, o MinAR foi incorporado ao
ção. Ministério de Saúde da Associação Geral, como
Após a Sessão da Conferência Geral de 2005 em um ministério global.
St. Louis, o programa Regeneração recebeu foco Este ministério (MinAR) serve para administrar
e apoios renovados. A comissão diretiva do pro- a instrução e formação de grupos de recupera-
grama em conjunto com o Departamento de Saú- ção nas igrejas e áreas interessadas em oferecer
de da Divisão da América do Norte reavaliou a canais de cura àqueles que lutam com abuso de
eficácia dos materiais atuais do programa Rege- substâncias ou dependências comportamentais
neração na abordagem das necessidades de re- e às pessoas que os amam
cuperação da nossa família de igreja. O resulta-
do desses esforços está agora nas vossas mãos
e é conhecido como Caminho para Uma Vida Ple-
na. Estes materiais procuram continuar a cons-
truir a tradição de mais de 25 anos de Ministérios
de Recuperação iniciados por Hal Gates e a sua
dedicada equipa.
Em Maio de 2008, a Associação de Pais Adven-
tistas (AAP) e as direções dos Ministérios de Re-
cuperação Adventistas (Regeneration) e (MinAR)
decidiram unir os dois ministérios uma vez que o
seu propósito e missão são semelhantes. O prin-
cipal objetivo é ajudar as pessoas a desenvolver
um caráter a imagem de Cristo na preparação
para a Sua breve vinda.
Em 2010, com o apoio da Associação Geral e Di-
visão Norte Americana, o Ministério de Recupe-
ração foi renomeado para Ministérios de Recu-
peração Adventista.
Em Janeiro de 2011, a direção do Ministério de
Recuperação Adventista votou oficialmente a
dissolução da antiga organização e reestrutura-
ção do ministério sob a alçada do Departamen-
to de Saúde da Divisão Norte Americana (DNA),
77
Recursos

Uma Palavra aos Líderes


Lutar por um Equilíbrio
Tenham cuidado para que o pêndulo não balance de um extremo ao outro na vossa recuperação pessoal. Como diz
o ditado, “180 graus da doença é ainda doença.” Se costumava ser demasiado responsável, deve evitar tornar-se de-
masiado desligado ou demasiado responsável.
Por outro lado, se a sua atitude antiga era geralmente de irresponsabilidade, tenha cuidado para não assumir o con-
trole das pessoas no seu grupo e não ter esta atitude novamente.
Aprender a estabelecer um equilíbrio saudável provavelmente será um desafio contínuo. Como saber se a lideran-
ça está desequilibrada? Use a tabela das respostas dos líderes como linha de orientação numa avaliação durante o
curso do vosso grupo e peça avaliações periódicas aos membros do grupo

RESPOSTA DO LÍDER: possíveis respostas do líder

DEMASIADO RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADE PARTILHADA FALTA DE RESPONSABILIDADE

Preocupa-se excessivamente com Entrega as suas preocupações a Falta de preocupação; parece frio e
os membros do grupo. Deus e confia Nele. duro de coração.

Sente-se responsável pelos mem- Vê os membros do grupo como Deixa os membros do grupo à de-
bros do grupo; faz coisas por eles pessoas responsáveis, permitin- riva, sendo arrogante do tipo ‘sei
que poderiam fazer por eles mes- dolhes progredir nos seus termos, tudo’.
mos. sempre ao seu lado.
Nenhuma expressão de preocupa-
Faz uma avaliação dos membros Expressa preocupação e empatia ção ou cuidado.
do grupo como se fosse pai deles. pela sua dor.
Lava as mãos em relação aos mem-
Sabe o que é melhor para os mem- Partilha o que funciona consigo, bros do grupo porque “o problema
bros do grupo e aconselha-os. dando aos membros do grupo li- é deles”, expressa desapontamen-
berdade de escolha. to em relação aos seus progressos.
Resgata os membros do grupo e re-
solve os seus problemas. Encoraja os membros do grupo a Inconsciente / não se envolve nas
encontrarem as suas próprias so- suas lutas.
Protege os membros do grupo de luções.
erros e consequências. Abandona os membros do grupo
Companheiro paciente enquanto quando estes cometem erros.
78 os membros do grupo aprendem
com os seus erros e consequências
dolorosas.
Oração de Recuperação
Querido Deus:

Sou impotente e a minha vida é impossível de gerir sem a Tua ajuda e orientação. Venho a Ti hoje por-
que estou disposto a acreditar que podes restaurar-me e satisfazer as minhas necessidades hoje. Uma
vez que não consigo gerir a minha vida ou assuntos, decidi entregá-los a Ti. Ponho a minha vida, a mi-
nha vontade, os meus pensamentos, desejos e ambições nas Tuas mãos para que faças o que acha-
res adequado.
Dou-Te tudo o que sou, o bom e o mau, os defeitos de caráter e falhas, o meu egoísmo, ressentimentos
e problemas. Sei que vais trabalhá-los de acordo com o Teu plano. Tal como sou, tomai-me e usa-me
ao Teu serviço. Guia e dirige os meus caminhos e mostra-me o que fazer por Ti.
Não consigo controlar ou mudar os meus amigos e queridos, por isso liberto-os ao Teu cuidado para
que as Tuas mãos de amor façam conforme a Tua vontade. Ama-os através de mim e impede-me de os
julgar. Quando precisarem de mudar, Deus terás de ser Tu. Eu não consigo. Peço-te que me
reveles a Tua vontade e que me concedes o poder de a concretizar.
Ajuda-me a ver como é que magoei os outros e mantém-me disposto a compensá-los. Mostra-me os
pensamentos e ações com que magoei outros e a mim mesmo e que me separam da Tua vontade.
Quando eu cometo um erro, mostra-me e ajuda-me a admiti-lo prontamente.
Senhor, ensina-me a ser paciente e dá-me forças para o trabalho árduo de recuperação. Lembra-me que
valho o esforço. Ajuda-me a lembrar que esperar é a resposta a algumas das minhas orações. Obriga-
da por estares sempre aqui para me ajudar.
Quero depender de Ti, um dia de cada vez...amém

79
De Fato Livre?
Hal Gates

Muitos de nós se recordam de jogar às escondi- cola que une o comportamento de dependência
das. Ainda me lembro que me tornei perito em e a disfunção; p. ex. ‘não há nada de errado comi-
agachamentos quando diziam, ‘prontos ou não, go – não veem tudo o que eu faço’!
aqui vou eu’. Entretanto, Cristo, através de um mensageiro –
Às vezes quem andava a apanhar passava a cen- a visita de um pastor, talvez, grita ‘Prontos ou
tímetros do meu esconderijo sem me encontrar. não, aqui vou eu. Ele vem à procura, preocupa-
Que excitação! do, intensamente interessado, ‘mas simplesmen-
Na brincadeira, a primeira pessoa ‘encontrada’ pas- te não compreende’. Quando ele vai embora, sus-
sava a contar. Para começar um jogo novo, aque- piramos temporariamente de alívio – ainda não
les que não eram encontrados, eram dispensados, fomos descobertos.
quando quem estava a procurar dizia “salva todos.” O medo potencia o comportamento de depen-
Triunfantemente os sobreviventes emergiam. dência e a disfunção – medo de ser descoberto,
Os tempos mudaram, mas muitos de nós ain- rejeitado, condenado e julgado, de ser ‘apanha-
da escondem comportamentos disfuncionais, dos’; medo do fracasso e do desconhecido.
ações e atitudes de dependência e escolhas im- Mas depois ouvimos as palavras de Jesus entre
próprias no armário das “boas obras”. Damos os escribas e Fariseus com uma adúltera apa-
por nós nos nossos esconderijos congregacio- nhada em flagrante e prestes a ser apedrejada.
nais sozinhos, não encontrados, não salvos – A adúltera estava escondida – prontos ou não –
mas definitivamente não livres. eles vieram e encontraram-na e ela foi apanha-
Muitos de nós ainda precisam de um momento da. Claro, ela estava disfuncional, culpada, cheia
“seguro” para correr para casa. Mas para onde ir? de autocensura e em falta, mas naquela altura
Para quem? definitivamente tinha sido tirada do armário e
Alguns de nós ainda estão escondidos com as nos- tornou-se ‘aquilo’.
sas coisas de brincar no armário: culpa (fiz algo er- ‘Jesus disse-lhes: “Aquele de entre vós que nun-
rado), vergonha (passa-se algo de errado comigo), ca pecou, atire-lhe a primeira pedra.».” E os que
censura (a culpa é de outra pessoa), e desvalori- ouviram, convictos pela sua própria consciência,
zação (não sou suficientemente bom para Deus). saíram um por um, desde o mais velho, até ao úl-
Uma vez escondidos no armário, camuflado-nos timo...' João 8:7, 9. Mais tarde, dirigindo-se aos
com um trabalho bom, árduo, seguro. crentes, Ele disse em João 8:32 “Conhecerão a
Definitivamente, não somos livres – apenas não verdade e ela vos tornará livres.».”
fomos encontrados, ainda. Jesus respondeu-lhes, “«Declaro-vos que todo
Verdade, pelas nossas obras nos tornamos co- aquele que peca é escravo do pecado. Um escra-
nhecidos, mas alguns usam a piedade, a religio- vo não fica na família para sempre; o filho é que
sidade, o formalismo, o controle e o legalismo fica para sempre. Se realmente o Filho vos tornará
para esconder a agitação interior. A negação é a livres, então ficam mesmo livres.’. João 8: 34 – 36.
80
Jesus ofereceu a todos "regeneração", mas apenas os que “o” eram se permitiram ser libertos. Também
nós somos libertos quando aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador – frequentemente apenas
depois de “o” sermos.
Não sou o que penso que sou. Não sou o que pensas que sou.
Não sou o que penso que tu pensas que eu sou.
Sou o que Jesus sabe que eu sou…esta se torna a nossa súplica quando “o” somos.
Então, as coisas começam a encaixar-se. Jesus é o Grande Procurador. Ele sabe o que está escondi-
do; os nossos atos, as nossas omissões, a nossa vergonha e a nossa culpa. Ele vê para além dos dis-
farces, das desculpas, da negação, do medo. Jesus não concedeu o Seu espírito de medo, mas de po-
der, amor e uma mente sã.
Ele nos aceita onde estamos, agora mesmo, não importa o que fizemos ou o que nos fizeram.
Podemos sê-lo, ou ainda estarmos enfiados nos nossos armários. Mas Ele ainda grita, “Salva todos."
‘Cristo libertou-nos para sermos realmente livres. Portanto, permaneçam firmes e não voltem mais a
ser escravos.’ Gálatas 5:1. Jesus está a chamar “Prontos ou não, Aqui vou Eu,” mas Ele faz uma pausa,
lançando um último convite, “Salvo a Todos.”
Precisamos ser mais do que “não encontrados.” Precisamos correr para casa!

81
SLOGANS DE
RECUPERAÇÃO DE
CLAREZA, CONFORTO
E CORAGEM:
• Quando estamos sós na nossa cabeça, esta- • Um crítico é uma pessoa que vai para o cam-
mos atrás da linha do inimigo. po de batalha depois da batalha e dispara so-
• Quando partilhas a tua dor, ela diminui para bre os sobreviventes.
metade, se não o fazes ela duplica • Nunca trocaria o meu pior dia sóbrio pelo
• Se o programa não funcionar, devolvemos de meu melhor dia embriagado.
bom grado a vossa infelicidade. • Ser um alcoólico não me desculpa por agir
• Não há elevador, têm de dar os Passos alcoolicamente.
• A recuperação não é para quem PRECISA, é • O poder por detrás de mim é maior do que o
para quem QUER. problema a minha frente.
• Sou um egomaníaco com complexos de in- • Quando estás no medo, não estais na fé.
ferioridade. • Um medo enfrentado é um medo apagado.
• A minha mente é como um bairro duvidoso; • Orar é pedir ajuda a Deus, meditar é ouvir a
nunca lá devo entrar sozinho. Sua resposta.
• A religião é para pessoas que têm medo de ir • Quando vivo no passado, encontro arrepen-
para o inferno, a espiritualidade é para aque- dimento, quando vivo no futuro encontro
les que já lá estiveram. medo, quando vivo o dia presente, tudo está
• Ninguém deve viver na tua mente sem pagar bem.
aluguel. • O ressentimento é como beber veneno e es-
• Preciso de ajuda para ver as coisas em pers- perar que a outra pessoa morra.
pectiva, ‘porque sofro da doença da percepção’. • A coragem é o medo em ação.
• Um alcoólico está destinado a encontrar • A minha vida, de hoje em diante, é daqui para
Deus. a frente.
• A qualidade da sua recuperação é proporcional • Sentimo-nos atraídos por pessoas que parti-
a qualidade da sua submissão. lham do nosso crescimento e progresso e per-
• Aqueles que têm recaída estão a licenciar-se demos interesse naqueles que não o fazem.
na escola da impotência. • A coragem não é a ausência de medo, mas
• Este programa muda a forma como me rela- sim o julgar que há algo mais importante que
ciono comigo mesmo. o medo.
• Cometer suicídio é matar a pessoa errada. • Traz o corpo que a mente o segue.
• Se você não está se afastando do seu vício, • Não é a carga que te quebra, é a forma como
está se aproximando dele. a carrega.
82
• Quando escolhes o melhor de dois males, lembra-te sempre que aquele que escolhes continua a
ser mau.
• A vida não é tanto uma questão de posição, mas de disposição.
• Obrigada, Deus, pelo lindo dia que vou ter se tão-somente eu conseguir me livrar da minha atitude
negativa.
• Somos pessoas doentes a tentar melhorar, não somos pessoas más a tentar ser boas.
• O que os outros pensam de mim não me diz respeito.
• A mudança acontece quando a dor de permanecer igual é maior do que a dor de mudar.
• A mudança só acontece quando a dor do apego é maior do que a dor de deixar para trás.
• Se não pode amar todos hoje, então pelo menos tente não magoar ninguém.
• Tudo ficará bem no fim; se não ficar tudo bem, então ainda não é o fim.
• Finge que consegues até conseguires!
• Esquece e deixa Deus cuidar.
• Um dia de cada vez.

83
Caminho para Uma Vida Plena
FOTOCÓPIAS
IMPRESSOS
O R A Ç Ã O D A S E R E N I D A D E por Reinhold Niebuhr

DEUS,

Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas

que não posso mudar,

a coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria

para discernir uma da outra.

Vivendo um dia de cada vez,

apreciando um momento de cada vez,

recebendo as dificuldades como um caminho para a paz

e, como Jesus, aceitando as circunstâncias do mundo

como realmente são, e não como gostaria que fossem.

Confiando que o Senhor tudo fará se eu me entregar à Sua vontade;

pois assim poderei ser razoavelmente feliz nesta vida e

supremamente feliz ao seu lado na eternidade.

Amém.

84
Caminho para Uma Vida Plena
COMO FUNCIONA
“Temos visto, raramente, alguém que tenha seguido à risca estes pas-
sos, falhar.

Aqueles que não recuperam são pessoas que não conseguem ou não
querem entregar-se completamente a este simples programa, normal-
mente são homens e mulheres constitucionalmente incapazes de serem
honestos com eles mesmos.… São naturalmente incapazes de compre-
ender e desenvolver uma forma de viver que exija honestidade rigorosa.
As suas hipóteses estão abaixo da média. Também há aqueles que so-
frem de graves perturbações emocionais e mentais, mas muitos deles
conseguem recuperar se tiverem a capacidade de serem honestos.

As nossas histórias revelam, geralmente, o que costumávamos ser, o


que aconteceu e o que somos agora. Se decidiram que desejam o que te-
mos e estão dispostos a qualquer coisa para o obter – então estão pron-
tos para dar certos passos.

Em alguns deles hesitamos. Pensamos que podíamos encontrar uma for-


ma mais fácil, mais suave. Mas não podíamos. Com toda a seriedade sob
as nossas orientações, suplicamos-vos que sejam destemidos e minu-
ciosos desde o começo. Alguns de nós tentámos apegar-nos às nossas
velhas ideias e o resultado foi nulo até nos libertarmos completamente.

Lembrem-se que lidamos com [compulsões, obsessões e dependências]


– artimanhas, frustrações que são poderosas! Sem ajuda é demasiado
para nós. Mas há alguém que tem todo o Poder – e esse é Deus.

Meias medidas não nos valeram de nada. [Só os nossos melhores esfor-
ços nos trouxeram até aqui.]

Ficamos num ponto de viragem. Pedimos a Sua proteção e cuidado em


total abandono. Os passos que demos foram os DOZE PASSOS...”

Observem o poder de todas as palavras.

85
Caminho para Uma Vida Plena
Os Doze Passos
Passo um Passo oito
Admitimos que somos impotentes sobre o álco- Fizemos uma lista de todas as pessoas que ma-
ol [e outras dependências prejudiciais e nossa goamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
separação de Deus] – e que as nossas vidas se pazes com todas elas.
tornaram impossíveis de gerir.
Passo nove
Passo dois Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas
Viemos a crer que um poder maior que nós mes- sempre que possível, exceto quando fazê-lo im-
mos pode restaurar-nos à sanidade. plicaria magoá-las ou a outros.

Passo três Passo dez


Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade Continuamos a fazer um inventário pessoal e,
e as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez quando estávamos errados, prontamente o ad-
que O compreendemos. mitimos.

Passo quatro Passo onze


Fizemos uma introspeção e um inventário moral Buscamos através da oração e da meditação
destemido de nós mesmos. melhorar o nosso contato consciente com Deus
à medida que O compreendemos, orando apenas
Passo cinco por um conhecimento da Sua vontade para nós e
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser pelo poder de a executar.
humano a natureza exata dos nossos erros.
Passo doze
Passo seis Tendo tido um reavivamento espiritual como re-
Estamos inteiramente preparados para que Deus sultado destes Passos, tentamos levar esta men-
remova todos estes defeitos de caráter. sagem a outros e praticar estes princípios em to-
das as coisas.
Passo sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.

86
Caminho para Uma Vida Plena
Bem-Vindos
Damos-vos as boas-vindas ao Caminho para Uma Vida Plena e esperamos que encontrem neste com-
panheirismo a ajuda e amizade que tivemos o privilégio de desfrutar. Nós, que vivemos, no presente ou
no passado, com os problemas da dependência, compreendemos como poucos. Também nós nos sen-
timos sós, frustrados e isolados, mas descobrimos na reabilitação que não há nenhuma situação real-
mente sem esperança, e que é possível encontrarmos contentamento e mesmo felicidade, quer os nos-
sos amigos e família se juntem a nós nesta jornada ou não.
Somos um grupo de pessoas que descobriu que era impotente sobre as suas compulsões, obsessões
e dependências e das dos seus amigos e família. Instamos para que experimentem o programa. Ajudou
muitos de nós a encontrarem soluções que conduzem à serenidade. Há tanto que depende das nossas
próprias atitudes, e ao aprendermos a colocar o nosso problema na sua verdadeira perspectiva, desco-
brimos que perde o poder de dominar os nossos pensamentos e as nossas vidas.
A situação familiar só pode melhorar à medida que aplicamos os princípios e ideias de reabilitação.
Sem essa ajuda espiritual, viver com as nossas dependências ou com as dos nossos queridos é demais
para a grande maioria de nós. O nosso pensamento torna-se distorcido por tentar forçar soluções e tor-
namo-nos irritáveis e razoáveis sem nos apercebermos disso.
Este programa de reabilitação pessoal e espiritual baseia-se nos 12 Passos, que experimentamos apli-
car às nossas vidas aos poucos, um dia de cada vez, em simultâneo com os nossos slogans e a Oração
da Serenidade. A amável troca de ajuda entre membros e a leitura diária do material devocional e da Bí-
blia prepara-nos para recebermos o inestimável dom da serenidade.
O Caminho para Uma Vida Plena é um grupo anônimo. Tudo o que é aqui dito, na reunião de grupo e en-
tre membros, deve ser confidencial. Só desta forma podemos dizer livremente o que nos vai na men-
te e coração, pois é assim que nos ajudamos uns aos outros no nosso caminho para uma vida plena.

87
Caminho para Uma Vida Plena

Oração do Pai
Nosso
Pai Nosso que estais no céu,

santificado seja o vosso nome,

vem a nós o vosso reino,

seja feita a vossa vontade

assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas,

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

não nos deixei cair em tentação

mas livrai-nos do mal. Amém.

88
Caminho para Uma Vida Plena
Inventário dos
Dez Passos
O que eu fiz hoje? Quem ajudei?
Estou grato pelo que hoje?
De que forma fui egoísta?
De que forma fui desonesto?
De que forma fui rancoroso?
De que forma tive medo?
O que poderia ter feito melhor?

Reflexões sobre o dia

O que trouxe para a mesa?


O que tirei da mesa?

Muitos de nós consideraram útil terminar o dia com uma oração – continuamente agradecendo a Deus
por nos manter sóbrios hoje.

89
Caminho para Uma Vida Plena
A lista dos Dez
Passos
1. Contato Consciente
(a) Comecei o meu dia com um contato consciente com Deus, conforme a perceção
que tenho dele?
(b) Comecei o meu dia com “Por favor”?
(c) Comecei o meu dia suplicando por sobriedade e orientação?

2. Tentei ser agradável com todos?

3. Saí do meu rumo para ser bondoso ou para fazer uma boa ação em prol de alguém?

4. Demonstrei gratidão na minha vida?

5. Rejeitei totalmente o ressentimento?

6. Resisti aos CDMs? (Coitadinho de Mim)

7. Condescendi com ____________? (o seu defeito de caráter favorito)

8. Resisti à tentação de maldizer ou criticar?

9. Tive um contato com os A.A hoje?

10. Renovei conscientemente o meu contato com Deus de acordo com a minha
compreensão Dele hoje? (um momento de sossego, uma pausa para meditar)

11. Terminarei o meu dia com um “Obrigado”?

12. Preencha com a sua ajuda diária para se manter sóbrio ou de outra pessoa.

90
Caminho para Uma Vida Plena
VIVER OS PASSOS
“Praticamos estes Princípios em todos os nossos assuntos.”

Identifique uma situação ou condição na sua vida que é presentemente uma fonte de ressentimento,
medo, tristeza ou raiva. Pode envolver coisas como relacionamentos, família, trabalho, sexo, saúde ou
autoestima.
____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
Passo Um: Em que aspectos sou impotente e como é que esta situação me mostra a ingerência da
minha vida?

Passo Dois: De que forma estou a confiar no Poder Maior para me restaurar a sanidade?

Passo Três: Como entreguei o problema a Deus para que Ele me ajude?

Passo Quatro: Que defeitos de caráter vieram a superfície no meio desta situação? (p. ex., medo do
abandono ou de figuras de autoridade, controle, busca por aprovação, comportamentos
obsessivos/compulsivos, resgate, responsabilidade excessiva, sentimentos reprimidos)?

Passo Cinco: No que é que estou errado? Admiti-o perante mim mesmo, perante Deus e o meu padrinho?

Passo Seis: Estou inteiramente pronto para que Deus remova esses defeitos de caráter?

Passo Sete: Pedi a Deus para remover essas falhas? Se não, por quê?

Passo Oito: Que pessoas magoei?

Passo Nove: Que alterações devo fazer? Quando as farei?

Passo Dez: Quão preparado estou para me dispor a aceitar a responsabilidade?

Passo Onze: Pedi e ouvi qual é a vontade de Deus acerca deste assunto? Qual é a minha compreen-
são acerca da vontade de Deus?

Passo Doze: O que entendi acerca desta situação neste momento? Como irei pôr em prática esta
consciência da minha atual situação?

Repita a Oração da Serenidade ao avançar na vivência dos passos nos desafios do dia-a-dia. 91
Caminho para Uma Vida Plena
Orações para os
Passos Dez, Onze
e Doze
Oração do Passo Dez Oração do passo Doze:
Oro para que continue a:
• Crescer em compreensão e eficácia; Querido Deus,
• Fazer inventários diários de mim mesmo; O meu despertar espiritual continua a desenro-
• Corrigir erros quando os cometo; lar- se.
• Assumir a responsabilidade pelos meus atos; A ajuda que tenho recebido passá-la-ei e dá-la-ei
• Estar sempre consciente das minhas atitudes e a outros, tanto dentro como fora desta irmanda-
comportamentos negativos e derrotistas; de. Estou grato por esta oportunidade.
• Manter a minha plenitude mental; Oro humildemente para continuar a andar dia
• Lembrar-me sempre de que necessito da Tua após dia no caminho do progresso espiritual.
ajuda; Oro pela força interior e pela sabedoria para pôr
• Manter como código pessoal de conduta o em prática os princípios deste estilo de vida em
amor e tolerância em relação aos outros; tudo o que digo e faço.
• Orar diariamente para Te melhor servir, o meu Preciso de Ti, dos meus amigos e do programa a
Poder Maior. cada momento de cada dia.
Esta é uma forma de viver melhor.
Oração do passo Onze:

Poder Maior, conforme eu Te entendo,


Oro para conseguir manter a minha ligação Con-
tigo de forma aberta e clara em relação a confu-
são da vida diária.
Através das minhas orações e meditação, peço
especialmente por liberdade da vontade própria,
racionalização e pensamentos teóricos.
Oro pela orientação correta do pensamento e
ações positivas.
Que a Tua vontade, Poder Maior, não a minha,
seja feita.

92
Caminho para Uma Vida Plena
Serviço Útil para
Companheiros
de Viagem
Chegar ao passo Doze devia ser a nossa deixa para começar a alcançar e a ajudar outros na recupera-
ção. Por esta altura, muitos de nós já estiveram envolvidos em serviço de uma forma ou de outra. Pode-
mos tipicamente olhar para trás para a nossa recuperação e ver que, embora não tenhamos sido trans-
formados instantaneamente por um raio ou relâmpago, na verdade vivemos uma transformação espi-
ritual; a nossa personalidade mudou para melhor. Não somos tão rápidos a chegar a zangar-nos, e tor-
namo-nos interessados em ajudar outros a recuperar.
Agora estamos a seguir um conjunto de diretrizes espirituais na nossa vida.
Uma das coisas que podemos fazer para alcançar os recém-chegados é participar numa
reunião de um “grupo familiar” regularmente. Quando vamos à mesma reunião regularmente,
é provável que encontremos novos membros que procuram ajuda. Queremos estar em posição de os
alcançar e transmitir uma mensagem a essas pessoas. Parte do poder do Passo Doze, ao levar a men-
sagem a outros, é observar esta mensagem transformá-los, ao começarmos a vê-los desenvolver. Ir fre-
quentemente a reuniões concede-nos a oportunidade de ver um novo viajante vir e voltar a vir regular-
mente e crescer na sua recuperação.

Quem é que conheço que possa convidar para o Programa Caminho para uma Vida Plena, Alanon ou
outro grupo de 12 passos?
____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

Como cresço eu em consequência de ajudar outros?


____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

Como posso colocar-me numa posição favorável a alcançar outros?


____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

Que mensagem levo aos outros através da minha jornada diária?


____________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
93
Caminho para Uma Vida Plena

POSTERS PARA
REPRODUÇÃO
& SINAIS DE
REUNIÃO

94
Caminho para Uma Vida Plena

Quem vê
aqui, O
que vê
aqui, fica
aqui
95
Caminho para Uma Vida Plena

PARTILHA
FOCADO.

96
Caminho para Uma Vida Plena

PARTILHA
LIVRE.
NADA DE
Interrupções!

97
Caminho para Uma Vida Plena

NADA DE
CONVERSAS
CRUZADAS

98
Caminho para Uma Vida Plena

SOMOS
UM LUGAR DE ACONCHEGO

UM LUGAR DE DESCANSO NUMA


SEMANA APRESSADA

UM LUGAR ONDE PEGAMOS MAPAS


DE ESTRADA

UM OÁSIS PARA VIAJANTES DESGASTADOS

UM POSTO DE ABASTECIMENTO GRATUITO

99
Caminho para Uma Vida Plena

Este é um
programa
de atração,
não de
promoção.
100
Caminho para Uma Vida Plena


resultado
se fizer isso
por você
VALE A
PENA!
101
Caminho para Uma Vida Plena
COMO ENCONTRAR RECURSOS TELEVISIVOS E
PROGRAMAS DE RADIOFÔNICOS:
RECUPERAÇÃO DE 12
PASSOS NA SUA ÁREA: Rede DE Comunicação Novo Tempo:
https://www.novotempo.com/programa/vidaesaude/
Encorajamos fortemente que se inscreva nos pro-
gramas de 12 passos e que utilize leituras sobre SEDE & RECURSOS
recuperação. Encontrar um programa na sua área SOBRE O MINISTÉRIO DE
está à distância de um clique. RECUPERAÇÃO ADVENTISTA:
Uma lista de Programas de 12 Passos e recursos
inclui, mas não se limita a: Departamento de Saude
Divisao Sul Americana
AA Brasilia, DF, Brasil
(https://www.aa.org.br/) adventistas.org/pt/saude/

Al-Anon/Alateen
(https://al-anon.org.br/)

Codependentes:
(https://www.codabrasil.org/)

Dependentes de amor e sexo:


(https://www.dasa-sp.org/)

Narcoticos anonimos
(https://www.na.org.br/)

RECURSOS PARA
PACIENTES COM
INTERNAMENTO:

Spa and Clinica Vida Natural Estr. do Paraíso, lo-


tes 90-91
18145-656 – São Roque – SP
(11) 3777-3602
https://www.vidanatural.org.br/

Centro de Vida Saudável & Spa


Artur Nogueira, SP, Brasil
19-3858-5900
https://cevisa.org.br/spa/

102
Caminho para Uma Vida Plena
Ministério De
Recuperação Adventista
Um Programa De Recuperação De 12 Passos Para Dependên-
cias Centrado Em Cristo

LISTAS DE INCAPACIDADES

Exemplos de Dependencias de Condutas


1 2
Exemplos de Dependencia de Substâncias
Auto mutilação Bisbilhotice Possessões Esportes Álcool
Limpar Ajudar Ler Tatuagens Cigarros
Computador Hobbies Religião Telefone Café
Educação Dinheiro Sexo Televisão Drogas
Exercício Música Dormir Jogos de Vídeo Comida
Jogo Pornografia Gastar Trabalho… Açúcar…

1 As dependências de Atividades são usadas ou realizadas de forma externa. Contudo despoletam no cérebro a libertação de químicos naturais que
podem levar a uma dependência de uma atividade específica.

2 As substâncias contêm químicos que, quando absorvidos pelo organismo, podem criar uma falsa sensação de bem-estar que muitas vezes conduz
a uma dependência física e mental.

3 Exemplos de Defeitos de Caráter e Obsessões Mentais

Abuso Inveja Criticismo Vingança


Raiva Medo Preguiça Sarcasmo
Ansiedade Frustração Solidão Egocentrismo
Aprovação Ganância Perda de controlo Autoconfiança
Arrogância Ódio Baixa autoestima Sexismo
Intolerância Acumulador Carência Teimosia
Conformidade Impaciência Esbanjador Desconfiança
Prepotência Desconsideração Condescendência Pouco cooperante
Depressão Intelectualizar Pena Ingrato
Desagradável Intolerância Possessividade Irrazoável
Desonestidade Irresponsável Preconceito Vaidade
Domínio Isolamento Orgulho Demissionário
Ego Ciúme Remorso Preocupação

3
Os Defeitos de Caráter e as Obsessões mentais derivam frequentemente em culpa, vergonha e recriminação.
Pensamentos, emoções e ações relacionados conduzem frequentemente à dependência de atividades e substâncias. As
dependências mascaram a realidade da pessoa e resultam numa separação de Deus.
103
Caminho para Uma Vida Plena
OS DOZE
PASSOS DA NÃO-
RECUPERAÇÃO
1. Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras dependências prejudiciais e nossa
separação de Deus] – e que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.
2. Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos pode restaurar-nos à sanidade.
3. Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez
que O compreendemos.
4. Fizemos uma introspeção e um inventário moral destemido de nós mesmos.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata dos nossos erros.
6. Estamos inteiramente preparados para que Deus remova todos estes defeitos de caráter.
7. Pedimos-Lhe humildemente para remover as nossas falhas.
8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
9. Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre que possível, exceto quando fazê-lo
implicaria magoá-las ou a outros.
10. Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando estávamos errados, prontamente o admi-
timos.
11. Buscamos através da oração e da meditação melhorar o nosso contato consciente com Deus à
medida que O compreendemos, orando apenas por um conhecimento da Sua vontade para nós
e pelo poder de a executar.
12. Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado destes Passos, tentamos levar esta men-
sagem a outros e praticar estes princípios em todas as coisas.

104
Caminho para Uma Vida Plena
PASSO ESCRITURAS CAMINHO A CRISTO DISCIPLINA OBJETIVO

Atos 20:32 A palavra de Deus pode fortalecer-te e dar-te uma herança.


Capítulo 1:
Hebreus 4:12 A palavra de Deus é rápida e poderosa, discerne os pensamentos e as
O amor de Deus Confiança Certeza
intenções do coração.
pelo Homem
João 3:16 Deus promete vida eterna a todos os que creem n’Ele.

Admitimos que somos impotentes Romanos 7:18 Pois eu sei que o bem não Capítulo 2: A
sobre o álcool [e outras dependên-
habita em mim, quer dizer, na minha na- necessidade que Paz com
1 cias prejudiciais e nossa separação
de Deus] – e que as nossas vidas se tureza. Embora tenha o desejo de praticar o pecador tem de
Submissão
Deus
tornaram impossíveis de gerir. o bem, não sou capaz de o fazer. Cristo

Isaías 41:10 Não tenhas medo, porque


Viemos a crer que um poder maior
estou contigo; não te aflijas, porque sou o Capítulo 3: Paz com
2 que nós mesmos pode restaurar-nos
à sanidade. teu Deus. Eu torno-te forte, ajudo-te, prote- Arrependimento
Conversão
Deus
jo-te com a minha mão direita vitoriosa.

Lucas 9:23 Depois disse a todos: Se


Tomamos a decisão de entregar a
nossa vontade e as nossas vidas alguém me quiser acompanhar negue-se a Capítulo 4: Paz com
3 ao cuidado de Deus uma vez que O si próprio, carregue com a sua cruz todos Confissão
Conversão
Deus
compreendemos. os dias e siga-me.

Fizemos uma introspeção e um Lamentações 3:40 Examinemos bem o Paz


Capítulo 4:
4 inventário moral destemido de nós
mesmos.
nosso comportamento e voltemos para o
SENHOR.
Confissão
Conversão conosco
mesmos

Tiago 5:16 Portanto, devem confessar


uns aos outros os próprios pecados e orar
uns pelos outros para serem curados. A
Admitimos a Deus, a nós mesmos e oração atua poderosamente quando é Paz
Capítulo 4:
5 a outro ser humano a natureza exata
dos nossos erros.
feita por uma pessoa justa.
Confissão
Conversão conosco
mesmos

Provérbios 28:13 Quem dissimula os seus


pecados não prosperará; quem os con-
fessa e se emenda será perdoado.

Estamos inteiramente preparados para Paz


Isaías 1:19 Se aceitarem ser obedientes, Capítulo 5:
6 que Deus remova todos estes defeitos
de caráter.
comerão os melhores produtos da terra; Consagração
Arrependimento conosco
mesmos

Tiago 4:10 Humilhem-se diante do Senhor Paz


Pedimos-Lhe humildemente para Capítulo 6: Fé e
7 remover as nossas falhas. e ele vos há-de engrandecer. Aceitação
Arrependimento conosco
mesmos

Mateus 5:24 deixa a oferta diante do altar


e vai primeiro fazer as pazes com o teu
semelhante. Depois volta e apresenta a
Fizemos uma lista de todas as Capítulo 7:
pessoas que magoamos e nos tor- tua oferta. Paz com os
8 namo disponíveis para fazer as pazes
O Teste do
Discipulado
Emendas
outros
com todas elas. Provérbios 28:13 Quem dissimula os seus
pecados não prosperará; quem os con-
fessa e se emenda será perdoado.

105
Caminho para Uma Vida Plena
PASSO ESCRITURAS CAMINHO A CRISTO DISCIPLINA OBJETIVO

Mateus 5:23-24 Por isso, quando fores


ao templo levar a tua oferta a Deus, e ali
Fizemos diretamente as pazes com te lembrares que o teu semelhante tem
tais pessoas sempre que possível, Capítulo 8: Paz com os
9 exceto quando fazê-lo implicaria
alguma razão de queixa contra ti, deixa a
oferta diante do altar e vai primeiro fazer
Crescer em Cristo
Emendas
outros
magoá-las ou a outros.
as pazes com o teu semelhante. Depois
volta e apresenta a tua oferta.

Romanos 12:3 Em virtude da missão que


Deus me confiou a vosso respeito, reco-
Continuamos a fazer um inventário
mendo-vos que ninguém se julgue mais Capítulo 9: Paz com os
10 pessoal e, quando estávamos errados,
prontamente o admitimos. do que é. Pelo contrário, sejam modestos Atividade e Vida
Manutenção
outros
e que cada um se julgue a si mesmo con-
forme o grau da fé que Deus lhe deu.

Capítulo 10: O
Deus que eu
conheço
Buscamos através da oração e da
Capítulo 11: O
meditação melhorar o nosso contato Salmos 19:14 Sobretudo, livra o teu servo
Privilégio da
consciente com Deus à medida que O da soberba; não permitas que ela me do- Manter a
11 compreendemos, orando apenas por
um conhecimento da Sua vontade para
mine. Assim serei perfeito e irrepreensível
Oração
Capítulo 12:
Oração
paz
e me livrarei de grandes pecados.
nós e pelo poder de a executar. Expulse a Dúvida
Capítulo 13:
Regozijo no
Senhor

Gálatas 6:1 Meus irmãos, se alguém for


Tendo tido um reavivamento espiritual
apanhado nalguma falta, aqueles que
como resultado destes Passos, tenta- Capítulo 13:
têm o Espírito de Deus levem-no com Manter a
12 mos levar esta mensagem a outros e
praticar estes princípios em todas as mansidão ao bom caminho. Mas ao fazer
Regozijo no
Senhor
Arrependimento
paz
coisas. isto cada um deve ter cuidado para não se
deixar tentar.

106

Você também pode gostar