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Caminho para Uma Vida Plena está baseado nos Doze Passos de Recuperação.
Criado por Ministerio Adventista de Recuperaçãp, que faz parte do Departamento dos Ministérios de
Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Norte.
Copyright ©2008, 2012 por Corporação da Divisão Norte Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada num
sistema de recuperação de dados ou transmitida sob nenhuma forma ou por quaisquer meios – eletrô-
nicos, mecânicos, fotocópias, gravações, ou outros – exceto em breves citações em revistas impres-
sas, sem permissão prévia do detentor dos direitos de autor.
Licenciado para a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia para distribuição e uso mundial.
ISBN: 978-65-5395-073-3
MATERIAIS DE APOIO..........................................................................77
Uma Palavra aos Líderes......................................................................................................... 77
Tabela de Respostas para Líderes.......................................................................................... 77
Oração de Recuperação.......................................................................................................... 78
Realmente Livre? ..................................................................................................................... 79
Slogans de Recuperação......................................................................................................... 81
Material de Estudo Adicional e Impressos............................................................................. 83
Cartazes Reproduzíveis e Sinais das Reuniões..................................................................... 93
Livros Recomendados e Web Sites...................................................................................... 101
Ministério de Recuperação Adventista................................................................................. 102
Os Doze Passos da Não recuperação.................................................................................. 103
Comparações dos 12 passos............................................................................................... 104
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Pré-Requisitos para
os Facilitadores
6
Introdução aos Materiais da Formação
Caminho para
Uma Vida Plena
O Caminho Para Uma Vida Plena é um ção, sanidade e serenidade. Assenta em volta da
sistema de apoio para pessoas de qualquer fé interação de um pequeno grupo e no princípio de
(ou nenhuma) que estão a lutar com coisas que que as pessoas podem alcançar juntas ou que
os estão a magoar ou as pessoas que amam. In- não conseguem alcançar sozinhas.
clui uma série de livros de bolso que apresentam Apesar das dificuldades e desvios das
um modelo de Doze Passos para compreender nossas vidas passadas, juntos iremos descobrir
Deus e a nós mesmos enquanto Sua criação. Es- que quando viajamos na direção da plenitude e
ses materiais estão concebidos para serem usa- maturidade espiritual, a solução passa por con-
dos em conjunto com as reuniões de grupo. No fiar no poder de Deus manifestado na sabedoria
Guia do Facilitador, que está lendo são forneci- e força dos números em vez da “força de von-
dos formatos detalhados e informação sobre o tade” humana não ajudada. Ao envolver- se nes-
programa. te processo, verá da primeira fila as mudanças
O programa pretende ajudar qualquer de vida milagrosas que ocorrerão nos indivíduos,
pessoa, incluindo Adventistas do Sétimo Dia e casamentos e ministérios. Reunirá ferramentas
outros Cristãos. Mas não é exclusivo. Será útil que libertarão todos os que viajam juntos para
a qualquer pessoa que se encontre presa a uma longe das armadilhas e ciladas da dor, preocupa-
dependência prejudicial de substâncias e outros ções e perigos que outrora atrapalharam o seu
comportamentos destrutivos. progresso. Iniciaremos esta viagem hoje e todos
O Caminho para Uma Vida Plena é um pa- os dias, um dia de cada vez. Boa viagem!
cote detalhado que ajuda os participantes a abor-
darem um número ilimitado de problemas, viajan-
do juntos enquanto indivíduos que estão compro-
metidos com a sua saúde e com a sua recupera-
7
Ao começar:
Vaguear com Um Propósito
Enquanto Cristãos, herdamos uma espiritualida- feitas. As histórias das divagações dos Seus fi-
de nômade. Entre as primeiras histórias da Bíblia, lhos são, frequentemente, histórias de tropeços,
está a história de Abraão e Sara, os primeiros do de trapalhadas. Contudo, Deus continuou a lide-
povo de Deus especificamente chamados a Lhe rar os Seus caminhos.
pertencerem. E Deus chamou-os para se faze- Quando Jesus apareceu, Ele fez literalmente a Es-
rem à estrada! A Bíblia visitou muitos viajantes e trada mais uma vez com o Seu grupo de seguido-
beiras da estrada depois disso. Visitantes celes- res. Vaguear não foi a Sua paga pelos nossos pe-
tas lembram Abraão da promessa de Deus e res- cados. Esse trabalho vital seria conseguido numa
gatam a família de Ló. Uma Hagar usada e rejei- só tarde na cruz. Jesus almejava construir uma
tada encontra um poço de salvação e um Deus comunidade. As histórias que Ele contava seriam
que vê a sua miséria num momento em que ela sempre lembradas como algo que escutaram jun-
pensava ter chegado ao fim do caminho. Jacob tos, os milagres que Ele operou foram vistos pe-
foge com pouco mais do que um alforge depois los Seus seguidores enquanto grupo. Quando Ele
de roubar a primogenitura do seu irmão. O seu chegou ao fim do Seu percurso terrestre e os dei-
sonho de anjos levou-o ao fundo dessa estrada xou, fisicamente, Ele prometeu nunca os abando-
muitos anos depois para lutar com o Único ver- nar em espírito. A maior prova da presença contí-
dadeiramente capaz de lhe dar um nome e uma nua do Seu espírito estava nas memórias partilha-
identidade. das e nas experiências destes amigos.
Uma geração de rivalidades familiares e disfun- Não é suposto viajarmos sozinhos. Por isso nos
ções mais tarde, o filho de Jacó, José, foi ven- reunimos todas as semanas…
dido como escravo pelos seus próprios irmãos.
Tropeçou numa rota comercial no deserto que,
eventualmente, o levaria a poupar não só a sua
família mas toda uma região. O Êxodo do Egito
levou o povo de Deus a casa, e o exílio para Babi-
lônia levou-os novamente para longe.
O regresso à Jerusalém foi um acontecimento
muito antecipado, mas quando o seu líder Nee-
mias viu a cidade em ruínas e os conflitos e riva-
lidade entre os seus habitantes, percebeu que a
reconstrução de um povo seria uma missão lon-
ga e desafiadora.
Como atuais viajantes, retiramos exemplos des-
tas histórias Bíblicas. Descobrimos que, mesmo
neste Guia, Deus nunca lidou com pessoas per-
8
Descrição da
Função - Facilitador
Um Companheiro de Viagem Compassivo
O papel do Facilitador é pôr as mãos na confiar em pessoas que tenham vivido os mes-
massa. Pensem no facilitador como um guia tu- mos problemas, que estejam a fazer a mesma
rístico. Os guias turísticos não usam telefones viagem de recuperação e que estejam dispostas
celulares, vídeos ou a internet para conduzir um a partilhar a sua força, esperança e experiência
grupo de viajantes. Primeiro, visitam o destino pessoal.
pessoalmente e depois metem-se num ônibus,
avião, carro ou barco e apresentam cada novo
local ao seu grupo revisitando as rotas que eles
próprios já fizeram. Ao longo do roteiro, supor-
tam os altos e baixos de acomodações de luxo
ou alojamentos inadequados, festas sofisticadas
e refeições indigestas lado a lado com os outros
viajantes.
Ninguém lidera melhor do que aquele
que já fez o percurso antes. De igual modo, nin-
guém pode ajudar uma pessoa a lutar contra as
suas compulsões, obsessões e dependências
como alguém que encontrou o seu caminho para
fora desse lugar escuro. O guia turístico e o via-
jante são iguais na viagem, ainda que um já te-
nha feito o caminho antes. O Facilitador é um
companheiro de viagem compassivo.
Em 2 Coríntios 1:13, o apóstolo Paulo
descreve a forma como Deus transformou as lu-
tas das pessoas em bênçãos: “Escrevemo-vos
somente coisas que podem ler e compreender
muito bem.” (2 Coríntios 1:3-4).
Deus distribui generosamente o Seu con-
forto e compaixão sobre nós para que possamos
confortar outros num momento de necessidade.
Os membros do grupo reagem melhor a um Faci-
litador ou guia que “tenha passado por lá”. É fácil
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CARACTERÍSTICAS DE UM BOM QUALIFICAÇÕES RECOMENDADAS PARA
FACILITADOR OS FACILITADORES
1. Reconhece o problema ou dependência que 1. Têm pelo menos 1-2 anos de sobriedade de
controla a sua vida. dependências primárias e compulsões, de prefe-
2. Assuma o compromisso pessoal de curar e re- rência mais.
cuperar. 2. Sabem por experiência própria como lidar com
3. Possui o desejo de partilhar a viagem com e/ou evitar recaídas.
outros. 3. Completaram pessoalmente os Doze Passos
4. Abstêm-se de resolver problemas ou de dar com um promotor.
conselhos. 4. Têm conhecimento sobre a dinâmica de tra-
5. Permite que cada membro progrida ao seu balho das Doze Tradições & Doze Conceitos dos
ritmo. A.A. ou Al-anon.
6. Está a trabalhar na sua própria recuperação. 5. Lidaram com os seus próprios problemas re-
7. Consegue falar confortável e livremente acer- lacionais e codependência e por isso estão habi-
ca dos seus problemas, com abertura e honesti- litados a pôr em prática um distanciamento sau-
dade. dável.
8. Está consciente dos seus problemas (perso- 6. Estão conscientes do risco de se tornarem co-
nalidade, história, necessidades, sentimentos, dependentes dos membros do grupo e mantêm
motivos, falhas etc.). contato com algum mentor.
9. Está a trabalhar nos passos e a fazer o seu 7. Pedem ajuda ao seu mentor se algo ou alguém
próprio inventário pessoal. no grupo desencadeia problemas não resolvidos.
10. Participou noutro grupo enquanto membro e/
ou líder. PAPEL DOS FACILITADORES
11. Tem uma forte rede de apoio (parceiro res-
ponsável, promotor, família, amigos em recupe- Os facilitadores usam muitos “chapéus”. A maio-
ração, líderes de igreja ou um conselheiro Cristão ria das suas responsabilidades pode ser parti-
que possa contactar se necessário). lhada com outros. Alguns papéis requerem mais
12. Concorda frequentar sessões contínuas de experiência ou formação que outros. À medida
formação para líderes. que o grupo cresce e se estabelece, o facilitador
pode convidar outros membros a realizar muitas
dessas tarefas.
• Deve ter pelo menos dois ou três anos de so- • Ter entre um e dois anos de experiência a
briedade relativamente ao seu próprio com- trabalhar os seus próprios sentimentos de
portamento compulsivo ou de dependência. depressão, dor, raiva, medo e desgosto.
• Devem ter lidado pessoalmente com a re- • Separar os seus sentimentos dos das ou-
caída e adquirido a experiência para parti- tras pessoas.
lhar com outros nessa situação. • Ter um padrinho e o seu próprio grupo de
• Devem ter completado pessoalmente os apoio para lidar com problemas pessoais
12 Passos com um Padrinho. quando o grupo despoleta nele assuntos
• Devem ter conhecimento sobre a lógica de não resolvidos.
trabalho das 12 Tradições e dos 12 Concei-
tos dos AA.
Qualificações Recomendadas a
Líderes em Grupos com Problemas
Relacionais
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Preparação Prévia
Preparar o Clima e a Atmosfera
Os facilitadores devem fazer todos os possíveis dar os que chegarem antes da hora.
para fazer os membros do grupo sentirem-se 2. Coloque lenços no centro da sala ou numa mesa.
confortáveis e seguros. Escolher um local para 3. Tenha os impressos [“Como Funciona,” 12
as reuniões que seja acessível, conveniente e se- Passos, Boas Vindas] preparados para serem
guro é vital. distribuídos aos participantes.
4. Prepare um cesto para recolher donativos.
CRITÉRIO PARA O LOCAL DAS 5. Tenha literatura disponível para venda; p. ex.: Bí-
REUNIÕES blia da Serenidade, panfletos vários dos AA, Al-A-
non, NA, SA, OA, manuais e livros de meditações.
1. O local deve ser neutro e ter uma entrada ra- 6. Ofereça literatura gratuita: horários das reuni-
zoavelmente privada para que os membros pos- ões, lista de contatos, recursos/números de tele-
sam chegar e sair de forma anônima. fone, websites e locais adicionais de grupos que
2. Deve ser um local confortável e convidativo usem os 12 Passos na comunidade
em que aqueles ali reunidos não sejam perturba- 7. Cartazes dos Doze Passos, Doze Tradições e
dos por outros eventos. quaisquer slogans desejados devem estar posicio-
3. Deve ser considerada a possibilidade de ter nados antes dos membros chegarem. Esses são
uma creche/ATL e deve definir-se uma política fornecidos na secção de Recursos deste manual.
no que diz respeito às crianças estarem presen- 8. Prepare bebidas e alguns snacks antecipada-
tes nas reuniões. mente.
4. Uma vez estabelecido, o local da reunião não 9. A sala deve estar aberta e os voluntários para
deveria mudar porque o grupo será a longo-pra- ficar com as crianças devem estar no local se
zo e sem data para terminar. Os participantes de- oferecerem essa opção.
vem poder contar com a permanência do tempo
e localização.
5. A sala de reuniões deve ser informal, de pre- A REUNIÃO EM SI
ferência com as cadeiras em círculo para permi-
tir que cada membro tenha lugar na primeira fila. As reuniões do Caminho para Uma Via-
6. O ideal será que o espaço de armazenamento gem Plena foram concebidas como um Estudo por
possa estar disponível ao grupo com literatura e Passos. Os passos do programa são simples, es-
outros itens. tratégicos, sequenciais, espirituais — um processo
de recuperação.
PREPARAR O LOCAL DA REUNIÃO A reunião segue um formato específico que é dado
em detalhe para cada sessão. O formato torna pos-
1. Abra a sala, organize o espaço, chegue ANTES sível para todos, com ou sem experiência prévia, or-
de todos os membros e esteja presente para sau- ganizar uma reunião. Dado que o formato é usado
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de forma consistente, define um tom de segurança • Each Day a New Beginning: Daily Meditations
para todo o grupo. for Women. Casey, Karen. Hazelden Foundation,
A maior parte das pessoas que vêm aos grupos Ca- 1991.
minho para a uma Vida Plena não conhecem o pro- • Night Light: A Book of Nighttime Meditations.
grama. O manuscrito formal permite o estabeleci- Dean, Amy E. Hazelden Foundation.
mento de uma rotina familiar e permite ao guia (fa- • Food for Thought: Daily Meditations for Over-
cilitador) conduzir o estudo e a partilha com con- eaters. L., Elisabeth. Hazelden Foundation, 1992.
fiança. A sessão de abertura do formato não muda, • Believing in Myself. Larsen, Earnie & Carol
o que torna fácil a sua utilização. As únicas coisas Hegarty.
que variam são as Leituras, que podem ser feitas • Touchstones: Daily Meditations for Men. Ha-
por um voluntário ou alguém designado no mo- zelden Foundation, 1991.
mento. A repetição, semana após semana, destas • Vinte e Quatro Horas por Dia. Alcoólicos Anôni-
leituras ajuda a reforçar os princípios de recupera- mos/Hazelden Foundation, 1992.
ção básica na mente dos ouvintes. Depois da por- • Ciência do Bom Viver. Ellen G. White.
ção de abertura da reunião, vêm os Passos, depois • Mente, Caráter e Personalidade (2 books). El-
a sessão de partilha, e a reunião é encerrada. Isso len G. White.
consta de um manuscrito fácil de seguir para que • Aos Pés de Cristo. Ellen G. White.
possam ser lidos em voz alta.
É objetivo do Caminho para Uma Vida Plena apre-
sentar o processo dos Doze Passos e encorajar
gentilmente os membros a fazer proveito de gru-
pos que usem os Doze Passos na comunidade e
que estejam maioritariamente focados na área da
luta. O processo familiar das reuniões Caminho
para Uma Vida Plena será um tema comum nas re-
uniões comunitárias que escolhermos frequentar:
A.A., N.A., Al-anon, Viciados em Sexo Anônimos,
CoSa, Comedores Compulsivos Anônimos, etc. Es-
tas reuniões irão levar o nosso crescimento e res-
tabelecimento a um outro nível.
O FACILITADOR LÊ: “Para terminar, gostaria de [Depois da Oração do Pai Nosso, finalizam com:]
dizer que as opiniões que expressamos aqui per- “Continuem a vir, funciona se trabalharem nisso e
tencem à pessoa que as emitiu. Peguem nas que vocês valem a pena!”
gostaram e esqueçam o resto.
As coisas que escutaram foram ditas em confi-
dência e devem ser tratadas como tal. Mantenham-
-nas entre as paredes desta sala e na vossa mente. 21
Algumas palavras especiais àqueles que não es-
Introdução aos materiais de treinamento
Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.
Transição para o Estudo por mensagens culturais que afirmam, “Sê forte! Sê o
Passos dono do teu próprio destino!” Admitir impotência
também entra em conflito com a mensagem da
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o dependência, porque esta diz-nos, “Tens uma to-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- lerância elevada! Usa-me mais!
tentes para com as nossas compulsões, obsessões Tu dás conta do recado!”
e dependências, e que as nossas vidas se tinham Ainda assim, o paradoxo central do Passo Um é
tornado impossíveis de gerir.“ Para focarmos a par- que a admissão da derrota total permite uma vi-
tilhar no Passo Um, vou ler sobre o tópico do Passo tória que transforma a nossa vida através da re-
Um. Alguns de vocês poderão encontrar uma curta abilitação. A admissão de impotência sobre uma
leitura sobre este passo, que gostassem de partilhar dependência, na verdade, torna-se na base para
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- a força que é necessária para eventualmente ul-
priada antes de a partilharem numa reunião. trapassarmos a dependência.
Admitir a nossa impotência é essencial para que-
O Facilitador Diz: Este mês focamo-nos na impo- brar o ciclo da dependência, que é composto por
tência, uma teoria suficientemente simples, fre- cinco pontos:
quentemente difícil de pôr em prática no dia-a- 1. Dor, aflição, tédio
-dia de identificar e reconhecer as coisas sobre 2. Fazer uso de um agente de dependência, como
as quais não temos poder. o trabalho, a comida, sexo, álcool, ou relaciona-
Então esta semana, Passo Um, começamos por mentos dependentes para lidar com a nossa dor.
admitir que estávamos impotentes em relação 3. Anestesia temporária (alívio)
às nossas dependências, que as nossas vidas se 4. Consequências negativas
22 tinham tornado impossíveis de gerir. 5. Vergonha e culpa, que resultam em mais dor ou
Admitir impotência contradiz muitas das nossas baixa autoestima, recomeçando novamente o ciclo.
Passo Um
Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras
dependências prejudiciais e nossa separação de Deus] – e
que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.
SESSÃO TRÊS: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero, esse faço.” — Paulo (Romanos 7:19).
Transição para o Estudo por retomar uma vida sóbria. O contexto para a recu-
Passos peração oferece um espaço em que os que estão
dependentes podem substituir um falso orgulho
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o em ter “poder sobre” por um orgulho saudável em
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- ter “poder para”. Tal contexto promove as interli-
tentes para com as nossas compulsões, obses- gações e a comunidade, um reconhecimento da
sões e dependências, e que as nossas vidas se ti- nossa interdependência uns dos outros.
nham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Em Muitas Estradas, Uma Viagem, Charlotte Kasl
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- oferece dezesseis passos para a “descoberta e
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- capacitação.” O primeiro passo é o seguinte: "Ad-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que mitimos que estávamos descontrolados com/
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por impotentes sobre________, mas temos o poder de
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- assumir o controle das nossas vidas e parar de
lharem numa reunião. sermos dependentes de substâncias ou de outras
pessoas para assegurar a nossa autoestima e se-
O Facilitador Diz: Completamos hoje a quarta se- gurança.”
mana de estudos sobre o Passo Um!
Já memorizaram o Passo? Como começaram a
admitir a vossa impotência, um dia de cada vez?
Claramente, o poder e a impotência são ideias
chave no paradigma dos Doze Passos para o tra-
tamento das dependências.” [Nós] admitimos
que éramos impotentes em relação ao álcool, às
drogas, ao trabalho, ao sexo, à comida, à code-
pendência, a outra pessoa, etc… e que por cau-
sa disso, as nossas vidas tinham ficado impos-
síveis de gerir.” Seja qual for a linguagem da sub-
missão, é através da aceitação da impotência so-
bre a dependência que o viciado é capacitado a 25
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.
SESSÃO UM: “Mas a todos quantos o receberam, aos que creem nele,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” – João (João 1:12)
Transição para o Estudo por a menor menção da palavra “Deus” e alguns fi-
Passos cam crispados com a mera sugestão de alguma
coisa espiritual. Mas tal como diz no livro Alco-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ólicos Anônimos, no capítulo intitulado “Nós, ag-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- nósticos,” “suplicamos que coloquem o precon-
tentes para com as nossas compulsões, obses- ceito de lado ... e deem uma oportunidade ao
sões e dependências, e que as nossas vidas se programa.”
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Os programas de 12 passos são espiri-
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- tuais, não religiosos; não se faz menção a cren-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- ças religiosas, doutrinas ou dogmas. Não se re-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que quer que os membros aceitem o conceito que
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por outra pessoa tem de Deus, apenas que confiem
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- que há um poder “maior que eles mesmos” seja
tilharem numa reunião. qual for a forma com que O desejem descrever
ou compreender.
O Facilitador Diz: Muitos membros de grupos de
recuperação entram no programa com uma forte
fé em Deus, e com o encorajamento dos outros
membros rapidamente aprendem a aplicar essa
fé a situações que o alcoolismo, as dependên-
cias e a codependência criaram nas suas vidas.
Com a sabedoria oferecida pelo progra-
ma, a amizade e o apoio dos outros membros,
o processo de restabelecimento começa com a
ajuda de um Deus de amor, à medida que O com-
preendem.
Outros que são apresentados a progra-
mas de 12 passos são agnósticos ou ateus, e re-
jeitam o conceito de divindade. Muitos desligam
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Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.
SESSÃO DOIS: “Dêmos louvores a Deus, o qual, pela força que nos
concede, tem poder para realizar muito mais do que aquilo que nós pedi-
mos ou somos capazes de imaginar. ” — Paulo (Efésios 3:20).
Transição para o Estudo por O que é que nessas “falsas esperanças” era se-
Passos gundo Deus? De que formas as nossas antigas
fontes de “Confiança” nos ofereciam poder? Se-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o gurança? Paz? Alívio da dor? Intimidade? Resga-
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- te? O que esperávamos encontrar nessas fon-
tentes para com as nossas compulsões, obses- tes? De que formas “funcionaram” para nós du-
sões e dependências, e que as nossas vidas se ti- rante algum tempo?
nham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Hoje perguntamo-nos de que formas estamos
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tópi- nós a encontrar estas respostas ao ir a Deus?
co do Passo Um. Alguns de vocês poderão encon- De que forma algumas partes de uma confiança
trar uma curta leitura sobre este passo, que gos- verdadeira e redentora ainda permanecem fora
tassem de partilhar com o nosso grupo. Por favor, do nosso alcance? Que passos estamos a dar
verifiquem se é apropriada antes de a partilharem em frente na viagem da confiança?
numa reunião. De que formas estamos presentemente a apren-
der sobre a confiabilidade do nosso Poder Maior?
O Facilitador Diz: A semana passada nós fala- Vamos descobrir que essa parte da confiança
mos sobre a ideia da confiança. Analisamos a continua a desenrolar-se à medida que continu-
ideia de confiar a um Guia Supremo, um Poder amos a viagem. O nosso Poder Maior, Deus, não
Maior, um Criador, um Deus a vossa luta e a vos- tem limites. As fontes de confiança anteriores:
sa vida. Hoje, analisamos algumas das outras o controle, as drogas, a bebida, as aventuras se-
coisas nas quais talvez tenhamos confiado an- xuais ou relacionamentos tinham um fim previsí-
tes. Reunimo- nos enquanto grupo, mas cada um vel. Descobrimos que não conseguimos contro-
veio de diferentes pontos de partida. Também tí- lar a vida. A droga tinha um único efeito, e esse
nhamos arranjado diferentes formas de supera- foi diminuindo com o passar do tempo. A bebida
ção e talvez tenhamos depositado “confiança” demorou mais tempo a “fazer efeito” e não durou
em coisas muito diferentes. muito. O caso amoroso ou a pornografia perdeu
Estamos aqui neste lugar, porque as coisas nas o interesse, ou tornou-se público, para nossa hu-
quais confiamos nos desiludiram. Esta noite milhação. A pessoa com quem tínhamos o nos-
pensamos sobre o que procurávamos nesses so relacionamento já não tinha mais nada para
28 comportamentos, substâncias, sistemas ou pes- dar. Deus não tem essas limitações. A confiança
soas em que um dia confiamos. torna-se numa experiência sem fim
Passo Dois
Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos
pode restaurar-nos à sanidade.
Transição para o Estudo por mento na nossa vida passada fomos sãos. Isso
Passos implica que, talvez gradualmente, tenhamos ultra-
passado uma linha; uma linha na nossa experiên-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o cia, a qual não podíamos voltar somente por mera
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- vontade humana. Alguns de nós consideramos útil
tentes para com as nossas compulsões, obses- reconhecer que uma vez que fomos outrora sãos,
sões e dependências, e que as nossas vidas se então talvez possamos sê-lo novamente.
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- Então perguntamos, “Como trabalho o Passo Dois
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- para ser são novamente? Foi então que pela primei-
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- ra vez nos tornamos conscientes que existia um po-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que der maior que nós, restaurando a nossa sanidade.
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por Com esta sensibilização veio um presente: já não
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- tínhamos que enfrentar o grande fardo da auto-
tilharem numa reunião. pendência. O Passo Dois ofereceu-nos a promes-
sa e o processo de interconexão. Algo para além
O Facilitador Diz: Quando falamos da possibilida- de nós mesmos estava agora a restabelecer-
de de restabelecimento, estamos a referir- nos a -nos. Estávamos a mudar e a recuperar, e o nos-
uma parte importante do Passo Dois — a parte de so restabelecimento não resultou de uma luta so-
“ser restaurado.” Mas restaurado em quê? É aqui litária, mas de uma entrega ao Poder maior que
que descobrimos uma palavra que nos congela: nós mesmos. A recuperação chegou até nós atra-
sanidade. Restaurar a nossa sanidade? Isso signi- vés da espiritualidade não pelo medo infligido por
fica que estávamos realmente loucos? uma divindade castigadora.
Foi sugerido que a insanidade poderia ser defini- Regressar à sanidade foi aprender a viver sem ser
da como a repetição de uma mesma ação repeti- regido pelo medo. Substituímos o velho compor-
das vezes, esperando resultados diferentes. Não tamento por novas práticas — e obtivemos resul-
era isso que fazíamos quando envolvidos no nos- tados diferentes. A aceitação diária da nossa do-
so comportamento viciante — crendo que, vez ença trouxe a aceitação diária do nosso poder es-
após vez, seria essa que nos iria “reparar”? A nos- piritual. Fomos lembrados de que o Passo Dois
sa dependência levou-nos a lugares em que está- não seria um simples evento único, mas um pro-
vamos para além das nossas escolhas racionais. cesso contínuo e enriquecedor para toda a vida 29
“Restaurar a sanidade” sugere que em algum mo-
Passo Três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.
Transição para o Estudo por sa resistência. Temíamos ter mais uma tarefa
Passos monumental diante de nós. Uma vez que a maior
parte das nossas vidas tinha tido a ver com for-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ça de vontade e controle, como iríamos tomar a
Passo Um, que diz: ”Admitimos que somos impo- decisão de entregar a nossa vontade e as nos-
tentes para com as nossas compulsões, obses- sas vidas ao cuidado de Deus? Como cederia-
sões e dependências, e que as nossas vidas se mos todo o nosso controle e as nossas vidas a
tinham tornado impossíveis de gerir.“ Para focar- outrem? Abandonar o controle significava ter de
mos a partilha no Passo Um, vou ler sobre o tó- confiar em Deus. E isso assustava-nos.
pico do Passo Um. Alguns de vocês poderão en- Quando crianças, muitos de nós fomos magoa-
contrar uma curta leitura sobre este passo, que dos debaixo “do cuidado” de adultos. Alguns ti-
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por nham mesmo sido abusados. Sentimos que
favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- Deus tinha permitido que o mal ou o abuso ocor-
tilharem numa reunião. ressem. Isso fez com que ter fé num Poder Maior,
agora, fosse muito difícil.
O Facilitador Diz: Ao nos aproximarmos do Pas- Quando foi sugerido que podíamos, na verda-
so Três, foi-nos dito que os primeiros três Passos de, encontrar a nossa natureza espiritual, um
assentam nas fundações da nossa recuperação pouco de cada vez, tornou-se menos difícil dar
de Doze Passos. No Passo Um, tínhamos admi- esse Passo Três. Foi-nos dito, “É mais fácil do
tido a nossa impotência sobre as nossas obses- que você pensa. Pensem em tomar uma decisão
sões e enfrentamos as nossas vidas como im- como abrir uma porta fechada e entrar numa sala
possíveis de gerir. onde nunca estiveram. A chave da porta não tem
Então, ao trabalharmos o Passo Dois, abrimo- vontade própria. Uma vez a porta aberta, tudo o
nos à possibilidade de que havia ajuda disponí- que temos de fazer é entrar. Depois pensem no
vel, e que essa ajuda poderia vir de “um Poder ato de entrar como um processo. Serão precisos
maior que nós mesmos.” Agora, no Passo Três, uma série de passos para atravessar os limites e
encontramo-nos no limiar de pedir essa ajuda. entrar na sala.” Na verdade, foram precisos mui-
Contudo, muitos de nós experimentamos imen- tos pequenos passos para a maior parte de nós.
31
Passo Três
Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e
as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez que O
compreendemos.
SESSÃO QUATRO: “Todo Aquele que n’Ele crê (Jesus Cristo) não pe-
recerá, mas terá a vida eterna” — Jesus Cristo (João 3:16).
Transição para o Estudo por as suas ações estavam de acordo com as suas
Passos crenças (ver 2 Coríntios 13:5; Gálatas 6:4). Tam-
bém reparamos que o inventário é sobre nós mes-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- mos. A natureza pecaminosa do ser humano con-
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma duz-nos frequentemente a examinar os outros e a
pesquisa moral destemida de nós mesmos”. Al- compará-los conosco mesmos. A motivação que
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- não é verbalizada – talvez inconsciente e muitas
tura sobre este passo, que gostassem de parti- vezes uma tentativa de, alguma forma, nos fazer
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é sentir melhor pensando que não somos tão maus
apropriada antes de a partilharem numa reunião. como aquela ou a outra pessoa. Paulo afirma que
Para nos focarmos na partilha, vamos agora ler aqueles que fazem essas comparações não são
sobre o tópico do Passo Quatro. sábios (ver 2 Coríntios 10:12). Existem muitas fer-
ramentas úteis, disponíveis na internet ou nou-
O Facilitador Diz: O Passo Quatro envolve uma tras Reuniões de Doze Passos como a Al-Anon,
análise detalhada e documentação de quem so- para fazerem o Inventário do Quarto Passo. Não
mos. Quando uma pessoa vai ao médico, o exa- se pretende que esta atividade seja algo que pos-
me inclui o histórico (que pode ser referido como sa ser realizado em alguns minutos. Permita-se
um inventário) de doenças passadas e atuais. Este alguns dias para terminar esta tarefa. Também é
passo no Caminho para Uma Vida Plena envolve importante que trabalhem com um padrinho ou
a nossa saúde mental que, por sua vez, também com um parceiro responsável que possa ajudar
impacta todas as outras áreas da saúde. O pen- neste processo.
samento errado que leva a hábitos prejudiciais, a Ao nos focarmos na nossa partilha sobre este im-
uma vida desequilibrada, a idolatrar pessoas, luga- portante passo lembremo-nos que a nossa expe-
res, ao abuso de substâncias, a comportamentos riência, força e esperança nos permite aprender
negativos e outros problemas precisa de ser exa- com o passado, planejar o futuro e viver corajosa-
minado. Os escritos de Paulo aos Cristãos Corín- mente o presente através da orientação de Deus.
tios e aos Gálatas mencionam o fato de se exami- Somos abençoados ao partilharmos sobre os de-
narem e testarem a eles mesmos para verem se safios que estamos a enfrentar neste momento
34
Passo Quatro
Fizemos uma introspeção e um inventário moral
destemido de nós mesmos.
Transição para o Estudo por Deus por algo que está consciente ou inconscien-
Passos temente “errado” na sua vida, podem pedir a Deus
que perdoe, mas nunca se sentem perdoados.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estudamos o pas- A nossa falta de integridade, deficiências, com-
so quatro, que diz: “Fizemos um inventário e uma portamentos prejudiciais, fracas escolhas e o
pesquisa moral destemida de nós mesmos”. Al- não ser capaz de estar à altura não deve desen-
guns de vocês poderão encontrar uma curta lei- corajar-nos. Tal lacuna na vida de uma pessoa
tura sobre este passo, que gostassem de parti- pode ser uma porta através da qual o amor de
lhar com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se Deus, a sua compaixão e graça podem entrar.
é apropriada antes de a partilharem numa reu- O poder ilimitado de Deus pode fazer por nós,
nião. Para nos focarmos na partilha, vamos ago- aquilo que nós não podemos fazer por nós mes-
ra ler sobre o tópico do Passo Quatro. mos. Deus deseja que conheçamos esta realida-
[Os Facilitadores também podem pedir a alguém, de nas nossas vidas ao examinarmos os nossos
antecipadamente, para ler.] defeitos de caráter.
Devemos ter em consideração a força e o encoraja-
O Facilitador Diz: Muitas pessoas creem no mito mento do Espírito Santo ao considerarmos mais am-
de que a culpa é uma coisa boa. O fato é que sen- plamente nesta reunião o que está envolvido neste
timentos de culpa apropriados, como sentir que Passo Quatro encorajamento do Espírito Santo.
há algo errado, podem nos levar a fazer mudan-
ças positivas no futuro.
Pessoas saudáveis, quando ouvem um sermão
sobre práticas espirituais que não existem ou
são negligenciadas nas suas vidas, sentem um
sentimento saudável de remorso e pedem a
Deus que as ajude a incorporá-las na sua vida fu-
tura enquanto seguidores de Jesus.
Pessoas com sentimentos de culpa inapropria-
dos, como estarem perturbados por acharem
que nunca fazem nada bem, ficam incapacitados
por esses sentimentos. Quando pedem perdão a 37
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.
Transição para o Estudo por que Deus guardará os nossos segredos tornados
Passos públicos no processo do Passo Quatro.
Se tudo correr bem e com a ajuda do Es-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o pírito Santo, de um padrinho ou de um parceiro
Passo Cinco, que diz: ”Admitimos perante Deus, responsável, somos capazes de encontrar a pes-
a nós mesmos, e a outro ser humano, a natu- soa certa que manterá em confidência o inventá-
reza exata dos nossos erros. “Alguns de vocês rio das características positivas e negativas das
poderão encontrar uma curta leitura sobre estes nossas vidas.
passos, que gostassem de partilhar com o nos- Admitir a natureza dos nossos padrões
so grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada de pensamento que nos meteram em problemas
antes de a partilharem numa reunião. Para nos e o padrão de pensamento que nos mantém lon-
focarmos na partilha, vamos agora ler sobre o tó- ge de problemas é mais importante do que os
pico do Passo Cinco. detalhes da atividade em si.
Outras questões a serem respondidas: É
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- este o local certo? É seguro mencionar o nosso
damente a alguém que leia.] erro num local público? Seria melhor guardá-lo
para um grupo de recuperação de confiança ou
O Facilitador Diz: As instruções de Tiago (5:16), deveríamos partilhar isto apenas com uma pes-
de nos confessarmos uns aos outros para que soa com quem nos sintamos à vontade?
o restabelecimento possa acontecer, incluem a Ao trazermos o nosso inventário a públi-
mente assim como outros componentes da vida co, Deus é capaz de clarificar a nossa visão para
(física, social e espiritual) que fazem de nós pes- que possamos libertar-nos das coisas que nos
soas íntegras e saudáveis. Um slogan que se impedem de amadurecer na nossa caminhada
ouve muitas vezes entre pessoas em recupera- espiritual com Cristo.
ção é, “estamos tão doentes quanto os nossos
segredos.”
A pergunta que carece de resposta é:
“quando, onde e a quem é seguro revelar a natu-
reza exata dos nossos erros?” Podemos confiar
38
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.
Transição para o Estudo por mentos que têm contra Deus ou outra pessoa.
Passos Alguém uma vez descreveu os ressentimentos
como pedaços endurecidos de raiva. Estes são
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o barreiras que nos impedem de amar os outros
Passo Cinco, que diz: “Admitimos perante Deus, como nos amamos e respeitamos a nós.
a nós mesmos e a outro ser humano, a nature- O que quer que o Espírito Santos nos oriente a
za exata dos nossos erros.“Alguns de vocês po- partilhar do Inventário do Passo Quatro ou de ou-
derão encontrar uma curta leitura sobre estes tra fonte, isso precisa de ser admitido como um
passos, que gostassem de partilhar com o nos- obstáculo que prejudica o nosso Caminho para
so grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada Uma Vida Plena. Isto é particularmente verdade
antes de a partilharem numa reunião. Para nos em relação ao pensamento errado e aos padrões
focarmos na partilha, vamos agora ler sobre o repetidos que resultam em comportamentos
tópico do Passo Cinco. que negam o poder de Jesus Cristo, Aquele que
permite que sejamos tudo o que Ele pede de nós.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- Deus disse aos Israelitas que quando fossem
damente a alguém que leia.] para a terra prometida, deveriam expulsar as
pessoas que lá viviam. A razão disto era a sua
O Facilitador Diz: A lei da causa e efeito significa adoração de falsos deuses, idolatria e práticas
que mais tarde ou mais cedo o que fazemos, irá pagãs que iriam resultar em problemas. Esta
ter um impacto na nossa vida, positivo ou negati- instrução incluía estes falsos deuses e os seus
vo. A integridade, o bem-estar, e uma saúde com- altares de adoração (Números 33:51-53, 55).
pleta só são possíveis quando lidamos com os Os altares da nossa vida devem ser identificados
erros do passado que nos causaram problemas. e admitidos como entraves às nossas vidas es-
Provérbios 28:13, na versão da Bíblia A Mensa- pirituais antes de podermos avançar na nossa
gem diz: “Quem dissimula os seus pecados não recuperação.
prosperará; quem os confessa e se emenda será
perdoado.”
Alguns de nós precisam de admitir ressenti-
40
Passo Cinco
Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser
humano a natureza exata dos nossos erros.
SESSÃO UM: “Nós sentimos alegria em Deus por meio de Jesus Cristo,
nosso Senhor, por quem agora recebemos a reconciliação.” — Paulo
(Romanos 5:11).
Transição para o Estudo por Estejamos ou não prontos, Jesus Cristo está
Passos pronto a trabalhar nas nossas vidas. Só temos de
destrancar e abrir a porta. As fechaduras podem
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o estar associadas a ideias falsas sobre Deus que
Passo Seis, que diz: ”Estamos inteiramente prepa- podem ter sido transmitidas por pais, professo-
rados para que Deus remova todos estes defeitos res, pastores e outros.
de caráter.” Alguns de vós poderão encontrar uma Deus espera pacientemente por nós até estarmos
curta leitura sobre estes passos, que gostassem preparados. Não há exigências, manipulações, ou
de partilhar com o nosso grupo. Por favor, veri- invasões enquanto tomamos o nosso tempo para
fiquem se é apropriada antes de a partilharem decidir que estamos prontos. Deus é gentil.
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- Como um médico que compreende o nosso des-
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. conforto, Ele faz-nos saber que o procedimento
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- que usa para remover os nossos defeitos de cará-
damente a alguém que leia.] ter pode doer, mas Ele não nos vai fazer mal. O re-
sultado final será uma saúde melhor, mentalmen-
O Facilitador Diz: Este passo tem a ver com estar te, fisicamente, socialmente e espiritualmente.
pronto. “Prontos ou não, aqui vou eu,” é o aviso
que as crianças dão a outras crianças quando
brincam “às escondidas”. Em vez desta aborda-
gem, Deus deseja que estejamos “completamente
prontos” para a remoção dos nossos defeitos de
caráter.
Esta prontidão vem à medida que descobrimos
a verdadeira natureza de Deus que nos ama com
um “amor eterno” e com “benignidade” nos atrai
como um íman (Jeremias 31:3). O poder do amor
magnético de Deus vem com um bater suave na
porta da nossa vida (Apocalipse 3:20).
42
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.
SESSÃO DOIS: “Sejam santos em tudo o que fazem, assim como Deus,
que vos chamou, é santo. ” Pedro (1 Pedro 1:15).
SESSÃO TRÊS: “Aqueles que eu amo, corrijo-os com rigor. Sê, portan-
to, aplicado e arrepende-te! ” — Jesus Cristo (Apocalipse 3:19).
Transição para o Estudo por pessoa. Isso significa que, em muitos aspectos,
Passos são “crianças em corpos de adultos.” Pensam e,
por vezes, comportam-se como crianças.
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o O pensamento mágico, esperando livrar-se es-
Passo Seis, que diz: ”Estamos inteiramente prepa- pontânea e miraculosamente dos defeitos de
rados para que Deus remova todos estes defeitos caráter, o pensamento compulsivo e a repetição
de caráter.” Alguns de vós poderão encontrar uma compulsiva de hábitos destrutivos é comum entre
curta leitura sobre estes passos, que gostassem essas pessoas. A nossa prontidão para que Deus
de partilhar com o nosso grupo. Por favor, veri- remova todos os nossos defeitos de caráter não
fiquem se é apropriada antes de a partilharem significa necessariamente que a remoção será
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- imediata.
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. Paulo, quando escreveu à igreja aos Coríntios,
menciona um “espinho na carne” (2 Coríntios
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- 12:7-10). Ele orou três vezes para que este lhe
damente a alguém que leia.] fosse removido. Por fim, ele aceitou “que a graça
de Deus lhe bastava.” Ele então afirmou, que esta
O Facilitador Diz: Alguns de nós somos como fraqueza permitia que a força e o poder de Cristo
criança s impacientes. Dizemos a Deus que es- fossem revelados na sua vida.
tamos prontos e que Ele se apresse. Não faz mal Esta revelação da força de Cristo em suplantar a
considerar que talvez não estejamos tão prontos fraqueza de uma pessoa, física ou outra, pode ofe-
quanto pensamos. Adultos que foram abusa- recer esperança e coragem a outros que continu-
dos, quer fisicamente, sexualmente, verbalmen- am a debater-se com tentações e dependências.
te, emocionalmente, ou por negligência quando Deus não nos esmaga com demasiadas mudan-
eram crianças, têm fortes probabilidades de se ças ao mesmo tempo. Contudo, o estarmos pron-
tornarem dependentes ainda na infância ou no tos para que Ele remova todos os nossos defei-
início da adolescência. tos de caráter, permite que o Espírito Santo faça
Essas dependências geralmente resultam na o que quer que seja necessário para nos ajudar
interrupção do desenvolvimento emocional da a sermos conforme Cristo ao vivermos por Ele.
44
Passo Seis
Estamos inteiramente preparados para que Deus
remova todos estes defeitos de caráter.
Transição para o Estudo por Não há duas pessoas iguais e Deus pode guiar-
Passos -nos através da orientação do Espírito Santo a
obtermos a ajuda que precisamos no momento
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o certo. Recuperar de hábitos negatives padroniza-
Passo Seis, que diz: “Estamos inteiramente prepa- dos e dependências demora o seu tempo. Para
rados para que Deus remova todos estes defeitos algumas pessoas e algumas dependências, será
de caráter”. Alguns de vocês poderão encontrar preciso mais tempo do que para outras.
uma curta leitura sobre estes passos, que gos- Uma pessoa pode resistir mais a uma mudança
tassem de partilhar com o nosso grupo. Por favor, que outra. Um pensamento útil quando se pensa
verifiquem se é apropriada antes de a partilharem em prontidão para as mudanças que ocorrerão
numa reunião. Para nos focarmos na partilha, va- quando os defeitos de caráter forem removidos
mos agora ler sobre o tópico do Passo Seis. é – “vencer o mal com o bem” (Romanos 12:21).
Este passo requer mais do que apenas palavras,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- é um compromisso, uma disposição para fazer o
damente a alguém que leia.] que for preciso para abrir alas a Deus, para que
Ele trabalhe nas nossas vidas, removendo todos
O Facilitador Diz: Vermo-nos livres de alguns os nossos defeitos de caráter. Isso inclui os pe-
comportamentos negativos pode resultar numa quenos ídolos que forjamos para lidar com os
sensação de perda. Por exemplo, culpar os ou- acontecimentos estressantes nas nossas vidas.
tros, comparar o nosso comportamento com o Ao orarmos por coragem e força para nos tornar-
de outra pessoa ou tentar justificar o que fizemos mos tudo o que Deus quer que sejamos, vamos
ou dissemos podem ser considerados defeitos descobrir que “podemos todas as coisas n’Aque-
de caráter e, como tal, poderemos precisar de fa- le que nos fortalece” (Filipenses 4:13).
zer o luto desta perda.
Outros defeitos podem ser a ansiedade, a des-
consideração e a irracionalidade. O que quer que
tenhamos no nosso inventário, Deus é capaz de
nos ajudar a lidar com essas perdas, quando es-
tes forem removidos das nossas vidas.
45
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.
SESSÃO UM: “Se tiverem fé, hão de receber tudo o que pedirem em
oração.” — Jesus Cristo (Mateus 21:22).
Transição para o Estudo por mos que é a parte difícil. Podemos pensar que
Passos não precisamos pedir porque Deus já sabe o que
precisamos. Podemos ser como o homem que
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o precisava de uma chave especial para completar
passo Sete, que diz: ” Pedimos-lhe humildemen- um projeto de canalização na sua casa.
te que Ele removesse as nossas falhas.“ Alguns Não querendo incomodar e perguntar a
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre alguém se tinha aquela chave, foi à loja e com-
estes passos, que gostassem de partilhar com prou uma. Alguns dias depois enquanto falava
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- com o seu vizinho, ele mencionou a sua frustra-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para ção e a ida à loja para comprar a chave. O vizinho
se focarem na partilha do Passo Sete, vamos ler respondeu: “Eu tenho uma chave dessas, porque
agora sobre o Passo Sete. me perguntou se você podia emprestar?”
Esquecemo-nos que quando pedimos
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- a Deus para remover as nossas falhas, Ele está
damente a alguém que leia.] mais disposto que um pai terreno a dar bons pre-
sentes aos seus filhos (Lucas 11:13). Contudo,
O Facilitador Diz: O nosso orgulho, por vezes, in- Deus, quem nos conhece melhor que nós nos
terfere na forma de pedirmos a Deus aquilo que conhecemos a nós mesmos, tem tudo em consi-
precisamos. Talvez tenhamos crescido numa famí- deração antes de responder aos nossos pedidos.
lia onde os nossos pedidos de ajuda eram normal- Ele sabe qual é a melhor altura e a melhor res-
mente ignorados ou recusados. Quer consciente ou posta para o nosso pedido. Por isso, a resposta
inconscientemente, decidimos ser autossuficientes ao nosso pedido pode não ser imediata ou res-
e não pedir a ninguém, incluindo a Deus, por ajuda. pondida exatamente como esperávamos.
Esta forma de orgulho ou outra qualquer
vai impedir-nos de “pedir humildemente a Deus
que remova as nossas falhas.” Jesus instrui-nos
a pedir com a certeza de que receberemos (Lu-
cas 11:9-10). Isso significa que quando pedimos
humildemente, podemos esperar receber.
Por vezes, decidir o que precisamos é
relativamente fácil. É pedir aquilo que precisa-
46
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.
Transição para o Estudo por Algumas das razões pelas quais precisamos de
Passos ser humildes são:
1. Compreender a verdadeira natureza das nos-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o sas falhas. Sem humildade, vamos normalmente
passo Sete, que diz: ” Pedimos-lhe humildemen- negar ou minimizar a dor que as nossas depen-
te que Ele removesse as nossas falhas.“ Alguns dências e práticas prejudiciais têm nas pessoas,
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre nós inclusive.
esses passos, que gostassem de partilhar com 2. Para reconhecermos a nossa capacidade limi-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- tada para lidar com estas falhas. A força de von-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para tade e nosso próprio intelecto não são suficien-
se focarem na partilha do Passo Sete, vamos ler tes. Precisamos que o nosso Poder Maior, Jesus
agora sobre o Passo Sete. Cristo, faça por nós o que nós não podemos fa-
zer por nós mesmos.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- 3. Para que apreciemos o poder de Deus que
damente a alguém que leia.] opera, quando cooperamos, através de Jesus
Cristo e da orientação do Espírito Santo.
O Facilitador Diz: Humildade é bastante diferen- 4. Sem humildade, continuamos a lutar com as
te de humilhação. A humilhação rebaixa a auto- nossas falhas e não pedimos a Deus que as re-
estima da pessoa. A humildade não é timidez ou mova das nossas vidas.
autodifamação. É ter uma opinião realista sobre Quaisquer que sejam os nossos sentimentos,
quem somos – os nossos pontos fortes e as bons, loucos, tristes ou maus, quando focamos
nossas fraquezas. a nossa atenção neles e nos deixamos controlar
O orgulho arrogante e a grandiosidade não se en- por eles, não seremos capazes de aplicar apro-
contram na pessoa que é humilde. A humildade priadamente este passo.
é reconhecer que não temos todas as respostas. É muito provável que os nossos sentimentos
Estamos dispostos a pedir a Deus e a outros que interfiram com o nosso “humilde pedido a Deus
nos deem o que precisamos. Aquilo que alcança- para que remova as nossas falhas.”
mos e as nossas posses materiais nunca podem
trazer-nos verdadeira satisfação. Apenas Deus e
a submissão à liderança de Deus pode fazê-lo.
47
Passo Sete
Pedimos-Lhe humildemente para remover as
nossas falhas.
Transição para o Estudo por (Deus conosco – Mateus 1:22) que fique ao leme,
Passos podemos descansar certos de que Deus, através
da vida de Jesus e dos Espírito Santo, irá conduzir-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o -nos no nosso caminho para uma vida plena.
passo Sete, que diz: “Pedimos-lhe humildemente A oração é a forma de comunicarmos com Deus.
que Ele removesse as nossas falhas.” Alguns de É o meio pelo qual Lhe pedimos que ficasse ao
vocês poderão encontrar uma curta leitura sobre leme das nossas vidas. “Pedir humildemente a
estes passos, que gostassem de partilhar com o Deus que remova as nossas falhas,” requer ora-
nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apropria- ção. A oração simples privada é como falar com
da antes de a partilharem numa reunião. Para se Deus como falamos com um amigo. Isso pode
focar na partilha do Passo Sete, vamos ler agora ocorrer de forma tão simples como o é telefonar
sobre o Passo Sete. a um amigo. Podemos fazê-lo a qualquer hora,
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- em qualquer lugar.
damente a alguém que leia.] Orar não só falar com Deus. É também ouvir
Deus falar conosco. Embora seja verdade que as
O Facilitador Diz: Conta-se uma história engraça- pessoas normalmente não ouvem a voz de Deus
da, e se calhar nem por isso, de um piloto de avi- literalmente a falar-lhes, elas podem receber
ões que anunciou que tinha boas notícias e más mensagens de Deus ouvindo as fortes impres-
notícias. “As más são que estamos perdidos.” As sões e orientações do Espírito Santo nas suas
boas são que estamos a fazer um tempo ótimo.” vidas. Paulo outrora aconselhou os Cristãos de
Há alguns anos as pessoas costumavam dizer Tessalônica a “orar sem cessar” (1 Tessalonicen-
muitas vezes o ditado popular: “Deus é o meu Co- ses 5:17). Isso envolve manter o caminho aberto
piloto.” Depois as outras pessoas viam o proble- para as respostas de Deus às vossas orações.
ma e diziam: “Se Deus é o teu Copiloto, é melhor Este passo convida Deus a remover toda e qualquer
trocarem de lugar.” coisa que esteja a bloquear a nossa utilidade para
Não é seguro que os seres humanos falíveis este- Deus e aos outros. A oração é necessária ao longo
jam totalmente ao leme das suas vidas. Quando de todo caminho de recuperação. Todas as partes
os erros passados das nossas vidas são tidos em do caminho para uma vida plena podem ser momen-
consideração, percebemos o quão verdade isso é. tos de aprendizagem e crescimento ao confiarmos
Quando pedimos humildemente que Jesus Cristo em Deus para pilotar as nossas vidas diariamente.
49
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
Transição para o Estudo por so Quatro. Reparem que não se trata de fazer
Passos uma lista de pessoas que nos magoaram. Não
é sobre tentar fazer com que as outras pessoas,
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o que precisam de se reconciliar conosco, o façam.
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas as A intenção deste passo é preparar-nos para dar
pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos dispo- o primeiro passo para restaurar relacionamentos
níveis para uma reconciliação. “Alguns de vós pode- quebrados que precisam de ser sarados e refor-
rão encontrar uma curta leitura sobre estes passos, çar relações que precisam de ser reforçados.
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por A lista compõe-se das pessoas que magoamos.
favor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- Um bom lugar para começar esta lista é com
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do Deus. Não só precisamos de Deus para compilar
Passo Oito, vamos ler sobre o Passo Oito. a lista, como também é importante considerar
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- que consciente ou inconscientemente, os nos-
damente a alguém que leia.] sos defeitos de caráter e más práticas prejudica-
ram a Sua reputação.
O Facilitador Diz: A nossa saúde social tem um Algumas pessoas pensam mal Dele ou julgam-
impacto em todas as outras componentes da -No mal como resultado disso. Também é neces-
nossa saúde geral, plenitude e bem-estar. Os sário que nos incluamos a nós mesmos nesta
Passos Oito e Nove que lidam especificamente lista. Já não vivemos dores e males como resul-
com “reconciliação” têm uma influência direta tado do nosso pensamento falho e obsessivo e
nos nossos relacionamentos com Deus, conos- comportamentos prejudiciais? Fazer uma lista
co e com os outros. de todas as pessoas que magoamos vai ser o
A reconciliação (que inclui o perdão) é um pro- trabalho mais desafiador deste passo.
cesso que lida com os pedidos de desculpas por Esta lista provavelmente vai incluir família, ami-
mágoas passadas e mal que tenhamos causado, gos, professores, estudantes, membros de igreja,
e métodos que podem ser usados para remover pessoas com as quais possamos ter feito negó-
a vergonha, a culpa e o remorso. A nossa dispo- cios, assim como pessoas para quem (ou com
sição para fazer isso começa em nós. quem) tenhamos trabalhado.
A primeira parte deste passo desenvolve-se a
partir do inventário em que trabalhamos no Pas-
50
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
SESSÃO DOIS: “Defende a tua demanda com o teu adversário, mas não
reveles o segredo alheio” — Salomão (Provérbios 25:9).
Transição para o Estudo por na sua casa. Tinha ele vergonha do seu estilo de
Passos vida e posses? Estas tinham chegado à sua mão
como resultado de cobrar impostos aos Judeus
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o em nome dos Romanos.
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas Naquele tempo, os cobradores de impostos eram
as pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos prontamente condenados pelos Judeus classifi-
disponíveis para uma reconciliação. “Alguns de cados como pecadores. Muito provavelmente,
vós poderão encontrar uma curta leitura sobre houve uma altura em que ele não queria saber de
estes passos, que gostassem de partilhar com onde vinha a sua riqueza. O dinheiro talvez tenha
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- a sua droga de eleição.
priada antes de a partilharem numa reunião. Para O sentir-se aceito por Jesus leva-o a uma trans-
se focarem na partilha do Passo Oito, vamos ler formação de vida. Ele está profundamente co-
sobre o Passo Oito. movido com a disponibilidade de Cristo de olhar
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- para além da sua reputação de homem desones-
damente a alguém que leia.] to. Zaqueu diz a Jesus que está disposto a retra-
tar-se dando metade do que possui aos pobres
O Facilitador Diz: A nossa disponibilidade para e caso tenha enganado alguém propõe devolver
a reconciliação envolve intenção e planeamento quatro vezes mais a quantia que guardou indevi-
para fazer o que for preciso para restaurar rela- damente.
cionamentos quebrados. Mais do que dizer ape- Jesus aceita a disponibilidade deste homem
nas que lamentamos, este passo envolve a dis- para se reconciliar como prova da mudança no
ponibilidade para fazer uma restituição. seu coração e chama-o de “filho de Abraão” o
Jesus entrou em contato com uma pessoa assim que queria dizer que Jesus lhe dá as boas-vindas
(Lucas 19:1-10) quando viajava por Jericó. Este ao seu lar de fé.
homem era Zaqueu. Ele era um rico cobrador de Estamos nós igualmente dispostos a fazer o que
impostos baixo, que tinha subido a um Sicômo- for preciso para nos reconciliarmos?
ro porque queria ver Jesus no meio da multidão.
Jesus disse ao homem para descer porque Ele
planeava visitá-lo. Ele aceitou alegremente Jesus
51
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
SESSÃO TRÊS: “Por isso, quando fores ao templo levar a tua oferta a
Deus, e ali te lembrares que o teu semelhante tem alguma razão de queixa
contra ti, deixa a oferta diante do altar e vai primeiro fazer as pazes com o
teu semelhante. Depois volta e apresenta a tua oferta. ” — Jesus Cristo
Transição para o Estudo por à medida que nos reconciliamos com pessoas a
Passos quem magoamos. Se aceitam ou rejeitam as nos-
sas desculpas, dependerá das circunstâncias do
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o mal que foi feito. O restabelecimento total das re-
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas as lações quebradas estará dependente da resposta
pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos dispo- da outra pessoa e não é responsabilidade nossa.
níveis para uma reconciliação. “Alguns de vós pode- Quarenta dias depois da crucifixão e ressurreição
rão encontrar uma curta leitura sobre estes passos, Jesus Cristo, Ele ascendeu aos céus. De acordo
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por com as Suas instruções, cento e vinte dos Seus se-
favor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- guidores reuniram-se em Jerusalém onde aguar-
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do daram dez dias pelo Espírito Santo. Durante este
Passo Oito, vamos ler sobre o Passo Oito. tempo de espera, eles oraram. As orações feitas
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- por e uns com os outros resultaram numa “recon-
damente a alguém que leia.] ciliação”. Tudo o que os poderia impedir de esta-
rem em união uns com os outros foi posto de lado.
O Facilitador Diz: Quando procuramos razões Quando chegou o Dia do Pentecostes – “estavam
para nos dispormos à reconciliação, é bom lem- todos reunidos no mesmo lugar” (Atos 2:1). No fim
brar que “o perdão é um presente que ofertamos a do dia, cerca de três mil foram acrescentados ao
nós mesmos.” Este passo diz respeito a estarmos pequeno grupo dos primeiros discípulos de Cristo.
dispostos a ter o primeiro gesto. O que fizemos ou Quer os resultados da reconciliação pareçam
não pode ter resultado em grande dor para outra grandes ou pequenos, podemos ter a certeza de
pessoa. Se somos sensíveis à dor, sentimentos que apenas a eternidade revelará completamente
e pensamentos dessa pessoa em relação a esse a extensão de bênçãos resultantes dessas ações.
dano, provavelmente vamos sentir vergonha, culpa Existem muito boas razões para a reconciliação
e remorso. Se não compreendemos isso, devemos com as pessoas que prejudicamos. Mesmo ape-
pedir a Deus que nos ajude a entender. nas uma boa razão pode ser o suficiente para nos
Esses sentimentos irão diminuir e poderão acabar convencer a estarmos dispostos.
52
Passo Oito
Fizemos uma lista de todas as pessoas que
magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
Transição para o Estudo por so melhor irá requerer mais do que aquilo que
Passos temos para dar. O nosso melhor só virá com a
graça de Deus. Deus não está interessado em de-
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o sencorajar-nos. Ele ama-nos e aceita-nos como
Passo Oito, que diz:” Fizemos uma lista de todas somos. Contudo, Ele nos ama demasiado para
as pessoas que prejudicamos, e mostramo-nos nos deixar ali. Ele quer o melhor para nós.
disponíveis para uma reconciliação. “Alguns de A nossa disponibilidade para “trabalhar nos pas-
vós poderão encontrar uma curta leitura sobre sos para a recuperação,” inclusive o Passo Oito é
estes passos, que gostassem de partilhar com um indicativa da nossa preparação bem-sucedi-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- da para o trabalho que Deus pretende fazer em
priada antes de a partilharem numa reunião. Para nós e através de nós. As nossas falhas do passa-
se focarem na partilha do Passo Oito, vamos ler do e os defeitos de caráter afetaram outros. Ago-
sobre o Passo Oito. ra, seja qual for o nosso papel no mundo e por
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- muito insignificante que esse papel seja consi-
damente a alguém que leia.] derado, Deus pode trazer significado e propósito
às nossas vidas e às vidas das pessoas que são
O Facilitador Diz: Estarmos dispostos a reconci- abençoadas com a nossa e pela nossa presença.
liar-nos com as pessoas que magoamos, é uma Quer a reconciliação corra bem, quer cometamos
forma de nos prepararmos para avançar com a erros ao fazê-lo, lembrem-se de que não somos
reconciliação de forma prática. “Bom, melhor, ex- responsáveis pela forma como a outra pessoa
celente – nunca descanse até o bom ser melhor reage.
e o melhor ser excelente.” Muito do que fizemos Para nos ajudar nas melhores abordagens para
ou não fizemos quando consumidos pela obten- a reconciliação, precisamos de um padrinho ou
ção e uso da droga da nossa escolha, quer fosse alguém que nos possa dar bons conselhos. Essa
uma substância ou uma atividade, não foi bom. pessoa também pode ser uma grande ajuda para
Agora, ao trabalharmos nos passos para a nossa determinar quem incluir nas nossas listas.
recuperação, pretendemos ser mais do que ape-
nas “suficientemente bons.” Planejamos ser me-
lhores a cada dia que passa. Estarmos no nos-
53
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.
Transição para o Estudo por que sempre que possível, iremos ter com essa
Passos pessoa – um para falar face a face, pedir descul-
pa e expressar a nossa vontade de fazermos o
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar que for preciso para remover o estrago e aliviar
o Passo Nove, que diz:” Tentamos compensar es- a dor que resultou do mal que lhes causamos.
sas pessoas sempre que possível, exceto quan- Pode não ser possível a reconciliação cara a cara
do fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Alguns em todas as circunstâncias. Pode ser necessário
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre um telefonema ou uma carta.
estes passos, que gostassem de partilhar com Algo a ter em mente é que não devemos permitir-
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- -nos pensar na “reconciliação” como uma forma
priada antes de a partilharem numa reunião. Para de adquirir crédito, pedindo desculpa vezes su-
se focarem na partilha do Passo Nove, vamos ler ficientes e como tal “ganhar a salvação”. Isso é
sobre o Passo Nove. um verdadeiro perigo para pessoas que têm ten-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- dência para se sentirem culpadas por situações
damente a alguém que leia.] e pessoas que não são da sua responsabilidade.
Também é necessário que reparemos na última
O Facilitador Diz: Este é um passo de ação que parte deste passo que diz: “exceto quando fa-
pretende colocar-nos em paz com Deus, conos- zê-lo os iria prejudicar, ou a outros.” Por outras
co e com os outros. Todos sofremos em conse- palavras, se a pessoa vier a ser mais magoada
quência dos estragos nas nossas vidas, o nosso do que ajudada com as nossas tentativas de re-
relacionamento com Deus e os nossos relacio- conciliação, não o façamos. Provavelmente pre-
namentos com os outros. Os estragos feitos cisaremos de mais do que a nossa própria capa-
pesam em nós e podem conduzir-nos de volta cidade de raciocínio para decidir com quem não
aos nossos comportamentos de dependência. O devemos tentar uma reconciliação. Um padrinho,
processo de recuperação necessita de lidar com para além da orientação do Espírito Santo pode
estes estragos. ser uma grande ajuda nestas decisões.
A lista que fizemos de todas as pessoas que ma-
goamos requer agora que façamos uma reconci-
liação direta com elas. Idealmente, isso significa
54
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.
Transição para o Estudo por Embora seja verdade que “palavras ofen-
Passos sivas” podem danificar e diminuir a autoestima
da pessoa, também é verdade que “palavras
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar úteis e reparadoras” podem ser usadas para a
o Passo Nove, que diz:” Tentamos compensar es- reconciliação. As palavras, por si só, podem não
sas pessoas sempre que possível, exceto quan- ser suficientes para uma reconciliação adequa-
do fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Alguns da. Ações, quer no momento quer no seguimen-
de vós poderão encontrar uma curta leitura sobre to da reconciliação, significam, habitualmente,
estes passos, que gostassem de partilhar com mais do que apenas palavras.
o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é apro- Racionalizações e desculpas por pala-
priada antes de a partilharem numa reunião. Para vras e comportamentos danosos do passado
se focarem na partilha do Passo Nove, vamos ler irão negar qualquer tentativa de reconciliação
sobre o Passo Nove. com pessoas a quem magoamos e prejudica-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- mos. Dizer à pessoa que não deveria sentir-se
damente a alguém que leia.] magoada ou que não deveria ter levado a peito
o que vocês disseram ou fizeram não vai ajudar.
O Facilitador Diz: O velho ditado que diz, “Paus e Sermões e palestras, nesta altura, também não
pedras podem partir-me os ossos, mas os nomes vão ajudar. Embora a intenção seja ajudar, o re-
não me afetam,” não é verdade. Palavras como: sultado vai ser que as palavras usadas desta for-
“Se tivesses seguido as minhas instruções, isso ma vão magoar quando se quiserem reconciliar.
não tinha acontecido,” “Preguiçoso, você não Ao mudarmos, através do poder de Deus,
presta para nada,” e “Nunca vais ser ninguém,” da graça de Jesus Cristo e da orientação do Espí-
quando proferidas por um pai/mãe, professor ou rito Santo, começamos a compreender que mui-
patrão são muito prejudiciais e dolorosas. tas das nossas palavras magoam em vez de aju-
O bullying na escola, que inclui palavras darem as outras pessoas. A transformação das
ofensivas, é a principal razão para as crianças nossas palavras irá oferecer restabelecimento e
desistirem a escola. E de acordo com um estu- esperança a outros que estão no seu caminho
do britânico, metade dos jovens que se suicidam para uma vida plena.
eram vítimas de bullying.
56
Passo Nove
Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre
que possível, exceto quando fazê-lo implicaria magoá-las
ou a outros.
Transição para o Estudo por precisamos para fazermos estas mudanças nas
Passos nossas vidas. Por conseguinte, é melhor sermos
pacientes conosco.
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estu- Também é aconselhável que sejamos pacientes
dar o Passo Nove, que diz:” Tentamos compen- com as pessoas com quem nos reconciliarmos.
sar essas pessoas sempre que possível, exceto Se continuarmos a carregar a bagagem emocional
quando fazê-lo os iria prejudicar, ou a outros.“ Al- das nossas falhas passadas, sem nos reconciliar-
guns de vós poderão encontrar uma curta leitura mos com as pessoas que magoamos, veremos que
sobre estes passos, que gostassem de partilhar muitas vezes vamos embaraçar-nos, desviar-nos
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é do rumo e poderemos nunca terminar a corrida.
apropriada antes de a partilharem numa reunião. Um outro desafio para uma correr com sucesso
Para se focarem na partilha do Passo Nove, va- a corrida da recuperação são pessoas que ten-
mos ler sobre o Passo Nove. tam controlar-nos. Dizem-nos quase tudo o que
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- temos e não temos de fazer. Se tentarmos agra-
damente a alguém que leia.] dar-lhes sempre, podemos acabar por ir na dire-
ção errada.
O Facilitador Diz: Em Hebreus 12:1-3, encontra- “Manter os olhos fixos em Jesus” que terminou
mos encorajamento para sermos “corredores a corrida com sucesso vai permitir-nos terminar
pacientes.” Os atletas de longas distâncias pre- também com sucesso.
cisam de ser pacientes se querem ter a energia
que necessitam para terminarem a corrida. Não
se podem permitir ser impacientes e fazer um
sprint para passarem à frente logo no início e de-
pois não serem capaz de chegar à meta.
O objetivo de “correr” a corrida para a nossa re-
cuperação dos nossos defeitos de caráter e há-
bitos prejudiciais, é ter saúde e plenitude nesta
vida e a eternidade com Jesus Cristo quando Ele
regressar. Deus é paciente e dá-nos o tempo que
57
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.
Transição para o Estudo por necessário no nosso caminho para uma vida plena.
Passos Quando José foi vendido como escravo para o
Egito pelos seus irmãos e mais tarde preso devi-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar do a falsas acusações da mulher de Potifar, deve
o Passo Dez, que diz:” Continuamos a fazer um in- ter-lhe parecido que a sua vida estava fora do seu
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- curso. Contudo, ele manteve um relacionamen-
mitíamos imediatamente.“ Alguns de vós poderão to diário com Deus, nunca perdeu a fé e estava
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que pronto quando chegou a altura de ser colocado
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- numa posição logo abaixo do Faraó.
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- Para sermos capazes de estar prontos para res-
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do ponsabilidades futuras, primeiro devemos cuidar
Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. das responsabilidades do momento presente. Há
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- alguns anos as seguintes palavras, que exprimem
damente a alguém que leia.] as intenções do Passo Dez, foram musicadas.
O Facilitador Diz: Os primeiros nove passos lida- Se feri alguma alma hoje, se fiz com que um pé se
vam com o processo de transformação no senti- extraviasse, Se andei segundo a minha vontade,
do de uma nova forma de pensar e viver. Neste
passo analisamos um componente essencial Querido Senhor, perdão!
para manter e, posteriormente, desenvolver esta
abordagem à vida. Se proferi palavras despropositadas ou fúteis, se
Os pilotos de aviação experientes sabem o quão desviei os olhos da necessidade ou dor, para não
importante é fazer ajustes quando o avião é des- sofrer através da tensão, Querido Senhor, perdão!
viado da rota por ventos, tempestades e outras
circunstâncias imprevistas. Bastam que não sejam Perdoa os pecados que Te confessei; Perdoa os
corrigidos apenas alguns graus e o avião nunca pecados secretos que não vejo;
chegará ao destino pretendido. Da mesma maneira,
é sábio continuarmos a fazer um inventário pesso- Ó guia-me, ama-me e seja o meu mantenedor,
al e estarmos prontos a fazer correções conforme Querido Senhor, Amém.
58
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.
Transição para o Estudo por Alguém disse que continuar a fazer o nosso in-
Passos ventário nos manterá “honestos e humildes”.
Quando fazemos os nossos inventários, a maio-
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar ria de nós tende a focar-se no que está errado.
o Passo Dez, que diz: “Continuamos a fazer um in- No início da nossa recuperação, quando no Pas-
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- so Quatro, “fizemos um inventário e uma pesqui-
mitimos imediatamente.” Alguns de vocês poderão sa moral destemida de nós mesmos,” pode ter
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que parecido difícil encontrar algo bom. Agora nes-
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por te passo, como resultado da bondade de Deus
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- a operar nas nossas vidas, seremos capazes de
lharem numa reunião. Para se focar na partilha do ver mais coisas boas do que o previsto.
Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. Filipenses 4:8 convida-nos a gastar o nosso tem-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- po a pensar no que é verdadeiro, honesto, digno,
damente a alguém que leia.] puro, amável, ao que tem boa fama, ao que é vir-
tuoso e digno de louvor.
O Facilitador Diz: Talvez nos sintamos tentados Logo, ao continuar o nosso inventário, é útil in-
a considerar este passo como menos importan- cluir o que podemos considerar “certo” assim
te que os outros. Na realidade, é um dos passos como o “errado”. Embora seja verdade que ire-
mais importantes. Esquecemo-nos ou gostarí- mos fazer más escolhas – é igualmente verdade
amos de nos esquecer que os nossos antigos que iremos fazer escolhas acertadas.
comportamentos foram Não nos irá ajudar ou a outros, se ficarmos demasia-
desenvolvidos ao longo de um grande período de do preocupados com os nossos erros ou com os er-
tempo e a menos que sejamos cuidadosos, eles ros de outra pessoa. Por conseguinte, é bom lembrar
vão voltar, assim como as nossas justificações e as bençãos de trabalhar com Deus e outros para ser-
racionalizações para tais comportamentos. mos livres das falhas que nos impedem de fazermos
Um dos benefícios deste passo é que vai ajudar progressos no nosso caminho para uma vida plena.
a impedir-nos de regressar a estes velhos pen- O FACILITADOR DIZ: “Que novos pensamentos
samentos e ações. Permite-nos ver os nossos vieram à nossa mente esta semana ao lermos
erros antes que se tornem grandes problemas. sobre o Passo Dez?”
60
Passo Dez
Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando
estávamos errados, prontamente o admitimos.
Transição para o Estudo por Numa reunião quando uma pessoa partilha a
Passos sua experiência, força e esperança, aprendemos
com o seu passado e podemos receber alguma
O Facilitador Lê: Nesta reunião estamos a estudar perspectiva em relação aos planos que devemos
o Passo Dez, que diz:” Continuamos a fazer um in- fazer para o futuro; mas, ainda mais importante,
ventário pessoal e quando estávamos errados ad- ganhamos coragem e poder para lidar com o pre-
mitíamos imediatamente.“ Alguns de vós poderão sente.
encontrar uma curta leitura sobre esses passos, Enquanto conduzia o carro pela cidade a cami-
que gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por nho de casa vindo da escola Cristã onde a filha
favor, verifiquem se é apropriada antes de a parti- adolescente estudava, o pai reparou no seguinte
lharem numa reunião. Para se focarem na partilha slogan na traseira do carro que seguia à frente
do Passo Dez, vamos ler sobre o Passo Dez. deles: “Dois dias de cada vez”. O pai perguntou
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- à filha se via alguma coisa errada naquela fra-
damente a alguém que leia.] se. Quando ela disse: “Não,” o pai lembrou-a que
Jesus disse que não nos devemos preocupar
O Facilitador Diz: É fácil esquecer as lutas difí- porque Deus cuidará das nossas necessidades
ceis e os problemas associados à nossa maneira (como alimentação e vestuário) e basta a cada
de pensar errada do passado, às nossas atitudes dia o seu mal (Mateus 6:34). “Um dia de cada
compulsivas e dependências, por isso, o Passo vez” é o slogan que resume mais precisamente
Dez é crucial. Embora seja verdade que não vive- os pensamentos de Jesus relativamente ao futu-
mos no passado ou no futuro, requer-se de nós ro (e ao passado).
que devemos planejar se esperamos viver uma Tal como as pessoas limpam e escovam os
vida saudável. dentes depois de uma refeição ou antes de irem
Aprender com o passado também é essencial. dormir para remover a comida que possa estar
Contudo, não vivemos no futuro ou no passado. entre os dentes, o ideal é que as nossas mentes
Por isso, pedimos força e sabedoria de Deus, que sejam limpas periodicamente para lidarmos com
é um “socorro bem presente na angústia” (Sal- coisas presas na nossa cabeça e que possam
mos 46:1). Deus está preparado para nos ajudar resultar em problemas mais tarde. Fazemos isto
neste passo ao “continuarmos a fazer o nosso através deste inventário pessoal contínuo e da
inventário pessoal.” pronto-admissão dos nossos erros.
61
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.
SESSÃO DOIS: “Mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais
há de ter sede.” - Jesus Cristo (João 4:14).
Transição para o Estudo por Existem momentos e lugares em que a oração pública
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o Passo “melhorar o nosso contato consciente com Deus à me-
Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus procuramos dida que o compreendemos.”
melhorar o nosso contato consciente com Deus através “À medida que o compreendemos,” significa que ao
de oração e meditação, orando apenas por conhecer a recordarmos o passado da nossa recuperação, talvez
Sua vontade para nós e poder para a pôr em prática.” Al- quando trabalhávamos o Passo Dois e Três, compreen-
guns de vocês poderão encontrar uma curta leitura sobre demos Deus de uma maneira. Estávamos só a apren-
estes passos, que gostassem de partilhar com o nosso der a confiar em Deus. Agora, mais tarde, ao trabalhar-
grupo. Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a mos no Passo Onze, a nossa compreensão de Deus
partilharem numa reunião. Para se focarem na partilha do pode ser bastante diferente e o nosso foco é agora
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. “melhorar o nosso contato consciente com Deus.” Por
[Os facilitadores também podem pedir antecipada- outras palavras, numa dada altura a nossa compreen-
mente a alguém que leia.] são de Deus era simplesmente “um Poder Maior.”
Agora estamos completamente convencidos de que
O Facilitador Diz: Um lugar de oração onde nos o nosso Deus é Jesus Cristo a quem Deus deu uma
possamos encontrar com Deus diariamente é con- posição, como Senhor e Salvador ressuscitado, bem
siderado uma necessidade pela maior parte dos es- acima de todos os que governam e têm autoridade,
tudantes da oração. Embora seja verdade que po- maior do que todos os poderes e reis terrenos (Efé-
demos orar em qualquer altura, em qualquer lugar, sios 1:20-21). Em todas as coisas somos mais do que
também é verdade que ter um lugar e um momento vencedores através de Cristo que nos ama (Romanos
para uma oração significativa é vital para manter 8:37). Paulo refere-se a sermos como crianças ou
um contacto consciente com Jesus Cristo. como alguém que que se vê ao espelho. O espelho
Em Mateus 6:5-6, Jesus refere-se às pessoas que es- reflete apenas uma fraca ideia do que Deus e o futuro
tão apenas a fingir que são campeões de oração, fa- realmente são. O nosso conhecimento presente está
zendo alarde da sua oração em público. Em contraste, incompleto, mas no futuro o nosso conhecimento será
Ele aconselha os Seus seguidores a encontrar um lugar tão completo quanto o conhecimento que Deus tem 63
privado onde possam fechar a porta e orar em privado. de nós (1 Coríntios 13:11-12).
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.
Transição para o Estudo por Não há duas pessoas iguais. As retinas diárias va-
Passos riam de pessoa para pessoa. Embora muitas pesso-
as considerem que de manhã cedo é a melhor altura
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o para o exercício físico e espiritual, outros acham que
Passo Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus o tempo designado a estes propósitos funciona me-
procuramos melhorar o nosso contato consciente lhor se o agendarem para o fim do dia ou antes de se
com Deus através de oração e meditação, orando deitarem. Idealmente, seria bom ter momentos re-
apenas por conhecer a Sua vontade para nós e po- gulares para orar e meditar em várias alturas do dia.
der para a pôr em prática.” Alguns de vós poderão Buscar, através da oração, melhorar o “contato
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que consciente com Deus” é como conversar com um
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- amigo. Isso significa que a oração é mais do que
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- apenas falar com Deus, também inclui permitir
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do que Deus nos fale ao estudarmos a Bíblia e par-
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. tilhar com outros o que Ele faz nas nossas vidas.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- A meditação inclui focar a nossa atenção e pensa-
damente a alguém que leia.] mento no que Deus operou no passado, no que Deus
faz presentemente e no que Deus fará no futuro. A
O Facilitador Diz: As oportunidades para melho- meditação é ter tempo para escutar as instruções
rar o nosso “contato consciente com Deus” atra- de Deus para que compreendamos corretamente e
vés da oração da meditação, são limitadas ape- apliquemos a Sua vontade na nossa vida diária.
nas pela nossa falta de pensamento criativo e de Aqueles que rejeitam o conselho dos infiéis me-
implementação. Andar, correr, andar de bicicleta, ditam na lei de Deus (a Sua vontade) noite e dia
jardinagem e outras atividades como preparar (Salmos 1:1-2). Ao adquirirmos o “conhecimen-
refeições e lavar a louça podem incluir a oração. to da Sua vontade para nós, para completarmos
A oração e a meditação podem não encaixar tão este passo, também vamos pedir a Deus “o poder
64 bem com todas as atividades. para a concretizar.”
Passo Onze
Buscamos através da oração e da meditação melhorar
o nosso contato consciente com Deus à medida que O
compreendemos, orando apenas por um conhecimento
da Sua vontade para nós e pelo poder de a executar.
Transição para o Estudo por O poder para realizar a vontade de Deus na nossa
Passos vida inclui muito mais do que um recarregar oca-
sional das nossas baterias. Para ter todo o poder
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o necessário, para concretizar a vontade de Deus,
Passo Onze, que diz: “Ao compreendermos Deus é necessário manter um contato constante com
procuramos melhorar o nosso contato consciente Deus. Tal como os elétricos, em muitas cidades,
com Deus através de oração e meditação, orando devem manter o contato com os fios elétricos
apenas por conhecer a Sua vontade para nós e po- que passam por cima, precisamos de permane-
der para a pôr em prática.” Alguns de vós poderão cer em contato com o poder de Deus o que torna
encontrar uma curta leitura sobre estes passos, que possível a execução da Sua vontade.
gostassem de partilhar com o nosso grupo. Por fa- Deus tem poder para realizar muito mais do que
vor, verifiquem se é apropriada antes de a partilha- aquilo que nós pedimos ou somos capazes de
rem numa reunião. Para se focarem na partilha do imaginar. (Efésios 3:20). Paulo, escrevendo acerca
Passo Onze, vamos ler sobre o Passo Onze. da capacidade Deus, é incapaz de encontrar lingua-
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- gem humana que descreva adequadamente este
damente a alguém que leia.] Deus Todo-Poderoso que é capaz de fazer por nós
o que não conseguimos fazer por nós mesmos.
O Facilitador Diz: O apóstolo Paulo sugere que Paulo sabia que a sua capacidade para viver de
oremos continuamente (1 Tessalonicenses 5:17). acordo com a vontade de Deus dependeria do
Isto provavelmente significa manter o canal de co- reconhecimento das suas fraquezas e enfermi-
municação aberto para que Deus possa falar-nos dades para que o poder de Cristo pudesse ser
em qualquer altura e em qualquer lugar. Tal como refletido na sua vida (2 Coríntios 12:9).
o piloto de um avião permanece em contato com a Por fim, no nosso temor pela graça e poder de Deus,
torre de controle para se manter na rota e aterrar o cantaremos a Deus junto ao trono e do Cordeiro (Je-
avião, trabalhamos este passo mantendo o contato sus Cristo): “o louvor e a honra, a glória e o poder por
com Deus através da oração e meditação. todos os séculos dos séculos.” (Apocalipse 5:13).
65
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.
Transição para o Estudo por plena, que resultou no nosso “despertamento es-
Passos piritual.”
O nosso “despertamento espiritual” veio até nós
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o ao aprendermos e descobrirmos os princípios de
Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamen- recuperação apresentados a cada passo. Estes
to espiritual como resultado destes passos, ten- princípios podem ser vistos como ferramentas,
tamos levar esta mensagem a outros, e pôr em sendo que cada uma tem múltiplas aplicações
prática estes princípios em todas as coisas.” Al- na utilização prática do dia-a-dia.
guns de vós poderão encontrar uma curta leitura Tal como um agricultor, carpinteiro, cozinhei-
sobre estes passos, que gostassem de partilhar ro, canalizador, eletricista, professor e homens
com o nosso grupo. Por favor, verifiquem se é e mulheres de negócio, para enumerar alguns
apropriada antes de a partilharem numa reunião. exemplos, têm ferramentas que usam no seu tra-
Para se focarem na partilha do Passo Doze, va- balho, uma pessoa em recuperação tem as ferra-
mos ler sobre o Passo Doze. mentas para os 12 Passos.
[Os facilitadores também podem pedir antecipa- Quando essas ferramentas são usadas regu-
damente a alguém que leia.] larmente, o “despertamento espiritual” orienta
aqueles que estão em recuperação para chegar
O Facilitador Diz: Sem o simples processo dos à maturidade, homens e mulheres totalmente
12 Passos, muitos de nós estávamos espiritual- funcionais que estão em contato com as suas
mente adormecidos. Paulo, depois de enumerar próprias necessidades.
várias razões para vivermos bem, afirma que Para além disso, estamos prontos para ajudar
existe a necessidade de acordarmos, porque a outros de forma apropriada a lidarem com as
salvação está mais perto do que quando aceitá- suas necessidades. Através das nossas experi-
mos a fé (Romanos 13:11-12). ências ao longo do caminho para uma viagem
Isso foi escrito há mais de 2,000 anos e é lite- plena, ficamos equipados pelo nosso exemplo
ralmente mais verdade hoje. Em particular, é ver- e conselho para sermos padrinhos e parceiros
dade para cada seguidor de Cristo. Podemos ser responsáveis. O nosso chamado a ajudar outros
todos gratos pelo nosso caminho para uma vida vem de Deus.
66
Passo Doze
Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado
destes Passos, tentamos levar esta mensagem a outros
e praticar estes princípios em todas as coisas.
SESSÃO DOIS: “Vá para casa com seus amigos e conte-lhes as grandes
coisas que o Senhor fez para voce" — Jesus Cristo (Marcos 5:19).
SESSÃO TRÊS: “Se tiverem amor uns aos outros, toda a gente recon-
hecerá que são meus discípulos.” — Jesus Cristo (João 13:35).
O Facilitador Lê: Nesta reunião vamos estudar o gramas de 12 Passos para qualquer dependência.
Passo Onze, que diz: “Tendo tido um reavivamento Da comida, do consumo, da ira, do sexo, do trabalho, da
espiritual como resultado destes passos, tentamos religião, assim como os acumuladores, toxicodepen-
levar esta mensagem a outros, e pôr em prática es- dentes, fumadores, jogadores – todos desenvolveram
tes princípios em todas as coisas.” Alguns de vocês programas de Doze Passos que lidam especificamen-
poderão encontrar uma curta leitura sobre estes pas- te com uma determinada dependência ou um hábito
sos, que gostassem de partilhar com o nosso grupo. prejudicial que esteja fora de controle ou um comporta-
Por favor, verifiquem se é apropriada antes de a par- mento excessivo que não se consegue parar.
tilharem numa reunião. Para se focar na partilha do Para além disso, existem programas de Doze Pas-
Passo Doze, vamos ler sobre o Passo Doze. sos cristocêntricos como o Caminho para Uma
Vida Plena que permitem que as pessoas, através
[Os facilitadores também podem pedir antecipada- do Poder Maior de Jesus Cristo, se libertem de todo
mente a alguém que leia.] e qualquer pensamento destrutivo, prejudicial, ob-
sessivo e comportamentos compulsivos.
O Facilitador Diz: Algumas pessoas “trabalham como Pouco antes da sua morte em 1950, o Dr. Bob deixou
o diabo para o Senhor.” Estas palavras lembram-nos a Bill W. as seguintes palavras de despedida, “Lem-
que por vezes ainda temos um longo caminho a per- bra-te Bill, não vamos estragar as coisas. Simplifica.”
correr antes de podermos representar corretamente O seu programa simples foi designado para nos
Jesus Cristo diariamente em tudo. Ao trabalharmos ajudar a melhorar o nosso contato consciente com
nos 12 passos, percebemos que na verdade são um Deus. Uma vez que Cristo é “Deus conosco (Mateus
“programa terapêutico de desenvolvimento de caráter.” 1:23), passar tempo com Ele em oração, a estudar a
Em 1935 Bill W. (Wilson) e o Dr. Bob (Robert Smith), Bíblia e testemunhando fará com que nos tornemos
dois alcoólicos conheceram-se e começaram a tra- mais semelhantes a Ele, no nosso caráter.
balhar para se ajudarem mutuamente a manter-se Quando o caráter de Cristo for reproduzido no Seu
sóbrios. Depois trabalharam para ajudar outros alco- povo Ele virá outra vez (ver Parábolas de Jesus, 68-
ólicos a libertar-se da sua dependência das bebidas 69). Nessa referência, somos informados que o ca-
alcoólicas. O programa simples que desenvolveram ráter de Cristo é representado pelo fruto do Espírito
veio a ser conhecido como o programa de Doze Pas- – amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bonda-
sos dos AA (Alcoólicos Anônimos). Sem a responsa- de, fidelidade, modéstia e autodomínio. 69
bilização destes dois homens apadrinhando-se mu-
História & Filosofia dos Doze Passos de Recuperação
Abrindo Caminho
Aqueles que vieram antes de nós
75
Onde os tista do Sétimo Dia, e começou a servir como
pastor. Certo dia, em Janeiro de 1986, em ora-
nossos
ção, o Hal ouviu Deus dizer-lhe para permanecer
de joelhos até estar pronto para começar um mi-
nistério dedicado a pessoas que precisavam se
recuperar de dependências ou pecados. Ao fim
Preocupa-se excessivamente com Entrega as suas preocupações a Falta de preocupação; parece frio e
os membros do grupo. Deus e confia Nele. duro de coração.
Sente-se responsável pelos mem- Vê os membros do grupo como Deixa os membros do grupo à de-
bros do grupo; faz coisas por eles pessoas responsáveis, permitin- riva, sendo arrogante do tipo ‘sei
que poderiam fazer por eles mes- dolhes progredir nos seus termos, tudo’.
mos. sempre ao seu lado.
Nenhuma expressão de preocupa-
Faz uma avaliação dos membros Expressa preocupação e empatia ção ou cuidado.
do grupo como se fosse pai deles. pela sua dor.
Lava as mãos em relação aos mem-
Sabe o que é melhor para os mem- Partilha o que funciona consigo, bros do grupo porque “o problema
bros do grupo e aconselha-os. dando aos membros do grupo li- é deles”, expressa desapontamen-
berdade de escolha. to em relação aos seus progressos.
Resgata os membros do grupo e re-
solve os seus problemas. Encoraja os membros do grupo a Inconsciente / não se envolve nas
encontrarem as suas próprias so- suas lutas.
Protege os membros do grupo de luções.
erros e consequências. Abandona os membros do grupo
Companheiro paciente enquanto quando estes cometem erros.
78 os membros do grupo aprendem
com os seus erros e consequências
dolorosas.
Oração de Recuperação
Querido Deus:
Sou impotente e a minha vida é impossível de gerir sem a Tua ajuda e orientação. Venho a Ti hoje por-
que estou disposto a acreditar que podes restaurar-me e satisfazer as minhas necessidades hoje. Uma
vez que não consigo gerir a minha vida ou assuntos, decidi entregá-los a Ti. Ponho a minha vida, a mi-
nha vontade, os meus pensamentos, desejos e ambições nas Tuas mãos para que faças o que acha-
res adequado.
Dou-Te tudo o que sou, o bom e o mau, os defeitos de caráter e falhas, o meu egoísmo, ressentimentos
e problemas. Sei que vais trabalhá-los de acordo com o Teu plano. Tal como sou, tomai-me e usa-me
ao Teu serviço. Guia e dirige os meus caminhos e mostra-me o que fazer por Ti.
Não consigo controlar ou mudar os meus amigos e queridos, por isso liberto-os ao Teu cuidado para
que as Tuas mãos de amor façam conforme a Tua vontade. Ama-os através de mim e impede-me de os
julgar. Quando precisarem de mudar, Deus terás de ser Tu. Eu não consigo. Peço-te que me
reveles a Tua vontade e que me concedes o poder de a concretizar.
Ajuda-me a ver como é que magoei os outros e mantém-me disposto a compensá-los. Mostra-me os
pensamentos e ações com que magoei outros e a mim mesmo e que me separam da Tua vontade.
Quando eu cometo um erro, mostra-me e ajuda-me a admiti-lo prontamente.
Senhor, ensina-me a ser paciente e dá-me forças para o trabalho árduo de recuperação. Lembra-me que
valho o esforço. Ajuda-me a lembrar que esperar é a resposta a algumas das minhas orações. Obriga-
da por estares sempre aqui para me ajudar.
Quero depender de Ti, um dia de cada vez...amém
79
De Fato Livre?
Hal Gates
Muitos de nós se recordam de jogar às escondi- cola que une o comportamento de dependência
das. Ainda me lembro que me tornei perito em e a disfunção; p. ex. ‘não há nada de errado comi-
agachamentos quando diziam, ‘prontos ou não, go – não veem tudo o que eu faço’!
aqui vou eu’. Entretanto, Cristo, através de um mensageiro –
Às vezes quem andava a apanhar passava a cen- a visita de um pastor, talvez, grita ‘Prontos ou
tímetros do meu esconderijo sem me encontrar. não, aqui vou eu. Ele vem à procura, preocupa-
Que excitação! do, intensamente interessado, ‘mas simplesmen-
Na brincadeira, a primeira pessoa ‘encontrada’ pas- te não compreende’. Quando ele vai embora, sus-
sava a contar. Para começar um jogo novo, aque- piramos temporariamente de alívio – ainda não
les que não eram encontrados, eram dispensados, fomos descobertos.
quando quem estava a procurar dizia “salva todos.” O medo potencia o comportamento de depen-
Triunfantemente os sobreviventes emergiam. dência e a disfunção – medo de ser descoberto,
Os tempos mudaram, mas muitos de nós ain- rejeitado, condenado e julgado, de ser ‘apanha-
da escondem comportamentos disfuncionais, dos’; medo do fracasso e do desconhecido.
ações e atitudes de dependência e escolhas im- Mas depois ouvimos as palavras de Jesus entre
próprias no armário das “boas obras”. Damos os escribas e Fariseus com uma adúltera apa-
por nós nos nossos esconderijos congregacio- nhada em flagrante e prestes a ser apedrejada.
nais sozinhos, não encontrados, não salvos – A adúltera estava escondida – prontos ou não –
mas definitivamente não livres. eles vieram e encontraram-na e ela foi apanha-
Muitos de nós ainda precisam de um momento da. Claro, ela estava disfuncional, culpada, cheia
“seguro” para correr para casa. Mas para onde ir? de autocensura e em falta, mas naquela altura
Para quem? definitivamente tinha sido tirada do armário e
Alguns de nós ainda estão escondidos com as nos- tornou-se ‘aquilo’.
sas coisas de brincar no armário: culpa (fiz algo er- ‘Jesus disse-lhes: “Aquele de entre vós que nun-
rado), vergonha (passa-se algo de errado comigo), ca pecou, atire-lhe a primeira pedra.».” E os que
censura (a culpa é de outra pessoa), e desvalori- ouviram, convictos pela sua própria consciência,
zação (não sou suficientemente bom para Deus). saíram um por um, desde o mais velho, até ao úl-
Uma vez escondidos no armário, camuflado-nos timo...' João 8:7, 9. Mais tarde, dirigindo-se aos
com um trabalho bom, árduo, seguro. crentes, Ele disse em João 8:32 “Conhecerão a
Definitivamente, não somos livres – apenas não verdade e ela vos tornará livres.».”
fomos encontrados, ainda. Jesus respondeu-lhes, “«Declaro-vos que todo
Verdade, pelas nossas obras nos tornamos co- aquele que peca é escravo do pecado. Um escra-
nhecidos, mas alguns usam a piedade, a religio- vo não fica na família para sempre; o filho é que
sidade, o formalismo, o controle e o legalismo fica para sempre. Se realmente o Filho vos tornará
para esconder a agitação interior. A negação é a livres, então ficam mesmo livres.’. João 8: 34 – 36.
80
Jesus ofereceu a todos "regeneração", mas apenas os que “o” eram se permitiram ser libertos. Também
nós somos libertos quando aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador – frequentemente apenas
depois de “o” sermos.
Não sou o que penso que sou. Não sou o que pensas que sou.
Não sou o que penso que tu pensas que eu sou.
Sou o que Jesus sabe que eu sou…esta se torna a nossa súplica quando “o” somos.
Então, as coisas começam a encaixar-se. Jesus é o Grande Procurador. Ele sabe o que está escondi-
do; os nossos atos, as nossas omissões, a nossa vergonha e a nossa culpa. Ele vê para além dos dis-
farces, das desculpas, da negação, do medo. Jesus não concedeu o Seu espírito de medo, mas de po-
der, amor e uma mente sã.
Ele nos aceita onde estamos, agora mesmo, não importa o que fizemos ou o que nos fizeram.
Podemos sê-lo, ou ainda estarmos enfiados nos nossos armários. Mas Ele ainda grita, “Salva todos."
‘Cristo libertou-nos para sermos realmente livres. Portanto, permaneçam firmes e não voltem mais a
ser escravos.’ Gálatas 5:1. Jesus está a chamar “Prontos ou não, Aqui vou Eu,” mas Ele faz uma pausa,
lançando um último convite, “Salvo a Todos.”
Precisamos ser mais do que “não encontrados.” Precisamos correr para casa!
81
SLOGANS DE
RECUPERAÇÃO DE
CLAREZA, CONFORTO
E CORAGEM:
• Quando estamos sós na nossa cabeça, esta- • Um crítico é uma pessoa que vai para o cam-
mos atrás da linha do inimigo. po de batalha depois da batalha e dispara so-
• Quando partilhas a tua dor, ela diminui para bre os sobreviventes.
metade, se não o fazes ela duplica • Nunca trocaria o meu pior dia sóbrio pelo
• Se o programa não funcionar, devolvemos de meu melhor dia embriagado.
bom grado a vossa infelicidade. • Ser um alcoólico não me desculpa por agir
• Não há elevador, têm de dar os Passos alcoolicamente.
• A recuperação não é para quem PRECISA, é • O poder por detrás de mim é maior do que o
para quem QUER. problema a minha frente.
• Sou um egomaníaco com complexos de in- • Quando estás no medo, não estais na fé.
ferioridade. • Um medo enfrentado é um medo apagado.
• A minha mente é como um bairro duvidoso; • Orar é pedir ajuda a Deus, meditar é ouvir a
nunca lá devo entrar sozinho. Sua resposta.
• A religião é para pessoas que têm medo de ir • Quando vivo no passado, encontro arrepen-
para o inferno, a espiritualidade é para aque- dimento, quando vivo no futuro encontro
les que já lá estiveram. medo, quando vivo o dia presente, tudo está
• Ninguém deve viver na tua mente sem pagar bem.
aluguel. • O ressentimento é como beber veneno e es-
• Preciso de ajuda para ver as coisas em pers- perar que a outra pessoa morra.
pectiva, ‘porque sofro da doença da percepção’. • A coragem é o medo em ação.
• Um alcoólico está destinado a encontrar • A minha vida, de hoje em diante, é daqui para
Deus. a frente.
• A qualidade da sua recuperação é proporcional • Sentimo-nos atraídos por pessoas que parti-
a qualidade da sua submissão. lham do nosso crescimento e progresso e per-
• Aqueles que têm recaída estão a licenciar-se demos interesse naqueles que não o fazem.
na escola da impotência. • A coragem não é a ausência de medo, mas
• Este programa muda a forma como me rela- sim o julgar que há algo mais importante que
ciono comigo mesmo. o medo.
• Cometer suicídio é matar a pessoa errada. • Traz o corpo que a mente o segue.
• Se você não está se afastando do seu vício, • Não é a carga que te quebra, é a forma como
está se aproximando dele. a carrega.
82
• Quando escolhes o melhor de dois males, lembra-te sempre que aquele que escolhes continua a
ser mau.
• A vida não é tanto uma questão de posição, mas de disposição.
• Obrigada, Deus, pelo lindo dia que vou ter se tão-somente eu conseguir me livrar da minha atitude
negativa.
• Somos pessoas doentes a tentar melhorar, não somos pessoas más a tentar ser boas.
• O que os outros pensam de mim não me diz respeito.
• A mudança acontece quando a dor de permanecer igual é maior do que a dor de mudar.
• A mudança só acontece quando a dor do apego é maior do que a dor de deixar para trás.
• Se não pode amar todos hoje, então pelo menos tente não magoar ninguém.
• Tudo ficará bem no fim; se não ficar tudo bem, então ainda não é o fim.
• Finge que consegues até conseguires!
• Esquece e deixa Deus cuidar.
• Um dia de cada vez.
83
Caminho para Uma Vida Plena
FOTOCÓPIAS
IMPRESSOS
O R A Ç Ã O D A S E R E N I D A D E por Reinhold Niebuhr
DEUS,
Amém.
84
Caminho para Uma Vida Plena
COMO FUNCIONA
“Temos visto, raramente, alguém que tenha seguido à risca estes pas-
sos, falhar.
Aqueles que não recuperam são pessoas que não conseguem ou não
querem entregar-se completamente a este simples programa, normal-
mente são homens e mulheres constitucionalmente incapazes de serem
honestos com eles mesmos.… São naturalmente incapazes de compre-
ender e desenvolver uma forma de viver que exija honestidade rigorosa.
As suas hipóteses estão abaixo da média. Também há aqueles que so-
frem de graves perturbações emocionais e mentais, mas muitos deles
conseguem recuperar se tiverem a capacidade de serem honestos.
Meias medidas não nos valeram de nada. [Só os nossos melhores esfor-
ços nos trouxeram até aqui.]
85
Caminho para Uma Vida Plena
Os Doze Passos
Passo um Passo oito
Admitimos que somos impotentes sobre o álco- Fizemos uma lista de todas as pessoas que ma-
ol [e outras dependências prejudiciais e nossa goamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
separação de Deus] – e que as nossas vidas se pazes com todas elas.
tornaram impossíveis de gerir.
Passo nove
Passo dois Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas
Viemos a crer que um poder maior que nós mes- sempre que possível, exceto quando fazê-lo im-
mos pode restaurar-nos à sanidade. plicaria magoá-las ou a outros.
86
Caminho para Uma Vida Plena
Bem-Vindos
Damos-vos as boas-vindas ao Caminho para Uma Vida Plena e esperamos que encontrem neste com-
panheirismo a ajuda e amizade que tivemos o privilégio de desfrutar. Nós, que vivemos, no presente ou
no passado, com os problemas da dependência, compreendemos como poucos. Também nós nos sen-
timos sós, frustrados e isolados, mas descobrimos na reabilitação que não há nenhuma situação real-
mente sem esperança, e que é possível encontrarmos contentamento e mesmo felicidade, quer os nos-
sos amigos e família se juntem a nós nesta jornada ou não.
Somos um grupo de pessoas que descobriu que era impotente sobre as suas compulsões, obsessões
e dependências e das dos seus amigos e família. Instamos para que experimentem o programa. Ajudou
muitos de nós a encontrarem soluções que conduzem à serenidade. Há tanto que depende das nossas
próprias atitudes, e ao aprendermos a colocar o nosso problema na sua verdadeira perspectiva, desco-
brimos que perde o poder de dominar os nossos pensamentos e as nossas vidas.
A situação familiar só pode melhorar à medida que aplicamos os princípios e ideias de reabilitação.
Sem essa ajuda espiritual, viver com as nossas dependências ou com as dos nossos queridos é demais
para a grande maioria de nós. O nosso pensamento torna-se distorcido por tentar forçar soluções e tor-
namo-nos irritáveis e razoáveis sem nos apercebermos disso.
Este programa de reabilitação pessoal e espiritual baseia-se nos 12 Passos, que experimentamos apli-
car às nossas vidas aos poucos, um dia de cada vez, em simultâneo com os nossos slogans e a Oração
da Serenidade. A amável troca de ajuda entre membros e a leitura diária do material devocional e da Bí-
blia prepara-nos para recebermos o inestimável dom da serenidade.
O Caminho para Uma Vida Plena é um grupo anônimo. Tudo o que é aqui dito, na reunião de grupo e en-
tre membros, deve ser confidencial. Só desta forma podemos dizer livremente o que nos vai na men-
te e coração, pois é assim que nos ajudamos uns aos outros no nosso caminho para uma vida plena.
87
Caminho para Uma Vida Plena
Oração do Pai
Nosso
Pai Nosso que estais no céu,
88
Caminho para Uma Vida Plena
Inventário dos
Dez Passos
O que eu fiz hoje? Quem ajudei?
Estou grato pelo que hoje?
De que forma fui egoísta?
De que forma fui desonesto?
De que forma fui rancoroso?
De que forma tive medo?
O que poderia ter feito melhor?
Muitos de nós consideraram útil terminar o dia com uma oração – continuamente agradecendo a Deus
por nos manter sóbrios hoje.
89
Caminho para Uma Vida Plena
A lista dos Dez
Passos
1. Contato Consciente
(a) Comecei o meu dia com um contato consciente com Deus, conforme a perceção
que tenho dele?
(b) Comecei o meu dia com “Por favor”?
(c) Comecei o meu dia suplicando por sobriedade e orientação?
3. Saí do meu rumo para ser bondoso ou para fazer uma boa ação em prol de alguém?
10. Renovei conscientemente o meu contato com Deus de acordo com a minha
compreensão Dele hoje? (um momento de sossego, uma pausa para meditar)
12. Preencha com a sua ajuda diária para se manter sóbrio ou de outra pessoa.
90
Caminho para Uma Vida Plena
VIVER OS PASSOS
“Praticamos estes Princípios em todos os nossos assuntos.”
Identifique uma situação ou condição na sua vida que é presentemente uma fonte de ressentimento,
medo, tristeza ou raiva. Pode envolver coisas como relacionamentos, família, trabalho, sexo, saúde ou
autoestima.
____________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________
Passo Um: Em que aspectos sou impotente e como é que esta situação me mostra a ingerência da
minha vida?
Passo Dois: De que forma estou a confiar no Poder Maior para me restaurar a sanidade?
Passo Três: Como entreguei o problema a Deus para que Ele me ajude?
Passo Quatro: Que defeitos de caráter vieram a superfície no meio desta situação? (p. ex., medo do
abandono ou de figuras de autoridade, controle, busca por aprovação, comportamentos
obsessivos/compulsivos, resgate, responsabilidade excessiva, sentimentos reprimidos)?
Passo Cinco: No que é que estou errado? Admiti-o perante mim mesmo, perante Deus e o meu padrinho?
Passo Seis: Estou inteiramente pronto para que Deus remova esses defeitos de caráter?
Passo Sete: Pedi a Deus para remover essas falhas? Se não, por quê?
Passo Onze: Pedi e ouvi qual é a vontade de Deus acerca deste assunto? Qual é a minha compreen-
são acerca da vontade de Deus?
Passo Doze: O que entendi acerca desta situação neste momento? Como irei pôr em prática esta
consciência da minha atual situação?
Repita a Oração da Serenidade ao avançar na vivência dos passos nos desafios do dia-a-dia. 91
Caminho para Uma Vida Plena
Orações para os
Passos Dez, Onze
e Doze
Oração do Passo Dez Oração do passo Doze:
Oro para que continue a:
• Crescer em compreensão e eficácia; Querido Deus,
• Fazer inventários diários de mim mesmo; O meu despertar espiritual continua a desenro-
• Corrigir erros quando os cometo; lar- se.
• Assumir a responsabilidade pelos meus atos; A ajuda que tenho recebido passá-la-ei e dá-la-ei
• Estar sempre consciente das minhas atitudes e a outros, tanto dentro como fora desta irmanda-
comportamentos negativos e derrotistas; de. Estou grato por esta oportunidade.
• Manter a minha plenitude mental; Oro humildemente para continuar a andar dia
• Lembrar-me sempre de que necessito da Tua após dia no caminho do progresso espiritual.
ajuda; Oro pela força interior e pela sabedoria para pôr
• Manter como código pessoal de conduta o em prática os princípios deste estilo de vida em
amor e tolerância em relação aos outros; tudo o que digo e faço.
• Orar diariamente para Te melhor servir, o meu Preciso de Ti, dos meus amigos e do programa a
Poder Maior. cada momento de cada dia.
Esta é uma forma de viver melhor.
Oração do passo Onze:
92
Caminho para Uma Vida Plena
Serviço Útil para
Companheiros
de Viagem
Chegar ao passo Doze devia ser a nossa deixa para começar a alcançar e a ajudar outros na recupera-
ção. Por esta altura, muitos de nós já estiveram envolvidos em serviço de uma forma ou de outra. Pode-
mos tipicamente olhar para trás para a nossa recuperação e ver que, embora não tenhamos sido trans-
formados instantaneamente por um raio ou relâmpago, na verdade vivemos uma transformação espi-
ritual; a nossa personalidade mudou para melhor. Não somos tão rápidos a chegar a zangar-nos, e tor-
namo-nos interessados em ajudar outros a recuperar.
Agora estamos a seguir um conjunto de diretrizes espirituais na nossa vida.
Uma das coisas que podemos fazer para alcançar os recém-chegados é participar numa
reunião de um “grupo familiar” regularmente. Quando vamos à mesma reunião regularmente,
é provável que encontremos novos membros que procuram ajuda. Queremos estar em posição de os
alcançar e transmitir uma mensagem a essas pessoas. Parte do poder do Passo Doze, ao levar a men-
sagem a outros, é observar esta mensagem transformá-los, ao começarmos a vê-los desenvolver. Ir fre-
quentemente a reuniões concede-nos a oportunidade de ver um novo viajante vir e voltar a vir regular-
mente e crescer na sua recuperação.
Quem é que conheço que possa convidar para o Programa Caminho para uma Vida Plena, Alanon ou
outro grupo de 12 passos?
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POSTERS PARA
REPRODUÇÃO
& SINAIS DE
REUNIÃO
94
Caminho para Uma Vida Plena
Quem vê
aqui, O
que vê
aqui, fica
aqui
95
Caminho para Uma Vida Plena
PARTILHA
FOCADO.
96
Caminho para Uma Vida Plena
PARTILHA
LIVRE.
NADA DE
Interrupções!
97
Caminho para Uma Vida Plena
NADA DE
CONVERSAS
CRUZADAS
98
Caminho para Uma Vida Plena
SOMOS
UM LUGAR DE ACONCHEGO
99
Caminho para Uma Vida Plena
Este é um
programa
de atração,
não de
promoção.
100
Caminho para Uma Vida Plena
Dá
resultado
se fizer isso
por você
VALE A
PENA!
101
Caminho para Uma Vida Plena
COMO ENCONTRAR RECURSOS TELEVISIVOS E
PROGRAMAS DE RADIOFÔNICOS:
RECUPERAÇÃO DE 12
PASSOS NA SUA ÁREA: Rede DE Comunicação Novo Tempo:
https://www.novotempo.com/programa/vidaesaude/
Encorajamos fortemente que se inscreva nos pro-
gramas de 12 passos e que utilize leituras sobre SEDE & RECURSOS
recuperação. Encontrar um programa na sua área SOBRE O MINISTÉRIO DE
está à distância de um clique. RECUPERAÇÃO ADVENTISTA:
Uma lista de Programas de 12 Passos e recursos
inclui, mas não se limita a: Departamento de Saude
Divisao Sul Americana
AA Brasilia, DF, Brasil
(https://www.aa.org.br/) adventistas.org/pt/saude/
Al-Anon/Alateen
(https://al-anon.org.br/)
Codependentes:
(https://www.codabrasil.org/)
Narcoticos anonimos
(https://www.na.org.br/)
RECURSOS PARA
PACIENTES COM
INTERNAMENTO:
102
Caminho para Uma Vida Plena
Ministério De
Recuperação Adventista
Um Programa De Recuperação De 12 Passos Para Dependên-
cias Centrado Em Cristo
LISTAS DE INCAPACIDADES
1 As dependências de Atividades são usadas ou realizadas de forma externa. Contudo despoletam no cérebro a libertação de químicos naturais que
podem levar a uma dependência de uma atividade específica.
2 As substâncias contêm químicos que, quando absorvidos pelo organismo, podem criar uma falsa sensação de bem-estar que muitas vezes conduz
a uma dependência física e mental.
3
Os Defeitos de Caráter e as Obsessões mentais derivam frequentemente em culpa, vergonha e recriminação.
Pensamentos, emoções e ações relacionados conduzem frequentemente à dependência de atividades e substâncias. As
dependências mascaram a realidade da pessoa e resultam numa separação de Deus.
103
Caminho para Uma Vida Plena
OS DOZE
PASSOS DA NÃO-
RECUPERAÇÃO
1. Admitimos que somos impotentes sobre o álcool [e outras dependências prejudiciais e nossa
separação de Deus] – e que as nossas vidas se tornaram impossíveis de gerir.
2. Viemos a crer que um poder maior que nós mesmos pode restaurar-nos à sanidade.
3. Tomamos a decisão de entregar a nossa vontade e as nossas vidas ao cuidado de Deus uma vez
que O compreendemos.
4. Fizemos uma introspeção e um inventário moral destemido de nós mesmos.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata dos nossos erros.
6. Estamos inteiramente preparados para que Deus remova todos estes defeitos de caráter.
7. Pedimos-Lhe humildemente para remover as nossas falhas.
8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que magoamos e nos tornamo disponíveis para fazer as
pazes com todas elas.
9. Fizemos diretamente as pazes com tais pessoas sempre que possível, exceto quando fazê-lo
implicaria magoá-las ou a outros.
10. Continuamos a fazer um inventário pessoal e, quando estávamos errados, prontamente o admi-
timos.
11. Buscamos através da oração e da meditação melhorar o nosso contato consciente com Deus à
medida que O compreendemos, orando apenas por um conhecimento da Sua vontade para nós
e pelo poder de a executar.
12. Tendo tido um reavivamento espiritual como resultado destes Passos, tentamos levar esta men-
sagem a outros e praticar estes princípios em todas as coisas.
104
Caminho para Uma Vida Plena
PASSO ESCRITURAS CAMINHO A CRISTO DISCIPLINA OBJETIVO
Admitimos que somos impotentes Romanos 7:18 Pois eu sei que o bem não Capítulo 2: A
sobre o álcool [e outras dependên-
habita em mim, quer dizer, na minha na- necessidade que Paz com
1 cias prejudiciais e nossa separação
de Deus] – e que as nossas vidas se tureza. Embora tenha o desejo de praticar o pecador tem de
Submissão
Deus
tornaram impossíveis de gerir. o bem, não sou capaz de o fazer. Cristo
105
Caminho para Uma Vida Plena
PASSO ESCRITURAS CAMINHO A CRISTO DISCIPLINA OBJETIVO
Capítulo 10: O
Deus que eu
conheço
Buscamos através da oração e da
Capítulo 11: O
meditação melhorar o nosso contato Salmos 19:14 Sobretudo, livra o teu servo
Privilégio da
consciente com Deus à medida que O da soberba; não permitas que ela me do- Manter a
11 compreendemos, orando apenas por
um conhecimento da Sua vontade para
mine. Assim serei perfeito e irrepreensível
Oração
Capítulo 12:
Oração
paz
e me livrarei de grandes pecados.
nós e pelo poder de a executar. Expulse a Dúvida
Capítulo 13:
Regozijo no
Senhor
106