Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orlando S. C. Neves1
Efeito da adubação nitrogenada sobre
Janice G. de Carvalho2
Eric V. O. Ferreira3
o crescimento e acúmulo de nutrientes
Natália V. Pereira3 em mudas de umbuzeiro
Vanessa B. F. Neves4
RES UMO
AB S TR ACT
The growth and accumulation of nutrients in ‘umbu’ (Spondias tuberosa Arr. Cam.) seedlings, ferti-
lized with nitrogen doses, were evaluated in this experiment. The experimental design was randomi-
zed blocks, with four replications and six doses of N (0, 35, 70, 140, 280, and 560 mg dm -3). The
nitrogen fertilization was parceled in four applications, using urea and ammonium sulphate. The
dose of 286 mg dm-3 of N provided the highest production of dry matter in ‘umbu’ seedlings. In the
1 Professor Adjunto da Unidade Acadêmica de
dose of highest production of dry matter the macronutrients accumulation order was: N > Ca > K
Garanhuns/UFRPE. Rua Euclides Dourado, 82, > Mg > P > S. The critical level of the N content in the leaves of the ‘umbuz’ seedlings ranged
Heliópolis, Garanhuns/PE. CEP 55.296-190. Fone: from 25.72 to 29.48 g kg-1.
(87) 3761 0969. E-mail: silvio@ufrpe.br
2 Professora Titular do Departamento de Ciência do
Key words: fertilization, deficiency and umbu
Solo / UFLA, CP 37, CEP 37.200-000. E-mail:
janicegc@ufla.br
3 Graduandos em Agronomia da Universidade
INTRODUÇÃO 14’ de latitude sul e 45º 00’de longitude oeste, com altitude
de 910 m, foi conduzido de julho de 2004 a fevereiro de 2005.
O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) é uma frutífe- O delineamento experimental utilizado foi em blocos casu-
ra adaptada para sobreviver e produzir sob condições de es- alizados, com quatro repetições e seis doses de N (0, 35, 70,
tresse hídrico. Apesar de sua distribuição ser dispersa, ela é 140, 280 e 560 mg dm-3). O N foi fornecido parceladamente,
consagrada como espécie frutífera de grande importância eco- em quatro aplicações mensais, nas formas de uréia e sulfato
nômica, social e ecológica para o semi-árido nordestino (Sil- de amônio (suficiente para o fornecimento do enxofre); a par-
va et al., 1987). A comercialização dos frutos, colhidos de forma cela se compunha de vaso com capacidade para 8 dm3 e altu-
extrativista, representa uma fonte de renda significativo para ra de 50 cm, preenchido com amostras do horizonte A de um
muitas famílias nordestinas, chegando a contribuir com até a Latossolo Vermelho distroférrico (Tabela 1), com uma planta
metade da renda média anual das mesmas (Gondim et al., por vaso.
1991). Assim, pode-se considerar o umbuzeiro uma alternati- A calagem foi feita com CaCO3 e MgCO3 (p.a.), na relação
va viável para a geração de renda na região semi-árida do Nor- 3:1 (Ca:Mg), visando à elevação da saturação por bases a 80%
deste do Brasil, mas, apesar da excelência que essa espécie (Neves et al., 2004). Depois de peneirado, o solo foi mistura-
apresenta para os sertanejos, poucos são os trabalhos publi- do ao corretivo e incubado durante quinze dias; a adubação
cados, especialmente na área da nutrição mineral (Neves, complementar, em mg dm-3, incluindo-se o S adicionado à adu-
2003). bação nitrogenada, foi a seguinte: P = 200; K = 300; S = 60; B
Vários fatores afetam a qualidade de mudas, dentre eles a = 0,5; Cu = 1,5; Zn = 5,0 e Mo = 0,1.
qualidade da semente, o tipo de recipiente, substrato, aduba- Diariamente, fez-se a reposição de água utilizando-se água
ção e manejo das mudas em geral (Cruz et al., 2006). Gonçal- deionizada para elevar a 60% do volume total de poros, em
ves et al. (2000) acrescentam que o bom entendimento em que o volume a ser adicionado foi determinado através de
relação à nutrição das mudas e o uso de substratos de culti- pesagem dos vasos (amostragem de 1 vaso por tratamento).
vo apropriado, são fatores essenciais para definição de uma As sementes tiveram sua dormência quebrada por escari-
adequada recomendação de fertilização. ficação mecânica, conforme recomendação de Nascimento et
Uma nutrição nitrogenada adequada contribui para o in- al. (2000), sendo germinadas em vermiculita; 20 dias após a
cremento dos seus teores foliares e de outros elementos, es- emergência as mudas, com altura média de 9,5 cm, foram trans-
plantadas para vasos com os tratamentos.
pecialmente P aumentando, em conseqüencia, o crescimento
Avaliaram-se a altura (cm) e o diâmetro do caule (mm); de-
e a produção (Bovi et al., 2002).
pois de colhido, o material vegetal foi separado em raízes, caule
A deficiência de N nas plantas de umbuzeiro ocasiona, às
e folhas, lavado em água corrente e destilada, secado em es-
folhas mais velhas, perda gradual da tonalidade verde-escu-
tufa a 70 ºC até peso constante e a matéria seca correspon-
ro, passando para verde-pálido, com posterior amarelecimen-
dente a cada uma das partes, foi pesada (g planta-1) e moída;
to, distribuído de maneira uniforme. Com a intensificação da
em seguida, foram determinados os teores dos nutrientes no
deficiência toda a planta se torna amarelecida, apresenta um
caule e nas folhas e calculada, ainda, a relação de massa par-
crescimento reduzido, as folhas perdem o brilho e ocorre que-
te aérea/raiz.
da prematura das mesmas (Carvalho & Neves, 2004).
Determina-se, a partir do extrato nítrico-perclórico, os teo-
Fritz (1976), citado por Santos (1999), define o nível críti-
res de P por colorimetria; Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn por es-
co, ou concentração crítica de um nutriente na planta ou no
pectrofotometria de absorção atômica; K e Na por fotometria
solo, como sendo a concentração abaixo da qual existe pro-
de chama; S por turbidimetria do sulfato de bário e N total
babilidade de resposta da planta à sua adição no solo.
pelo método semimicro Kjeldahl. Os teores de B, após diges-
O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, a nu-
tão por via seca, foram determinados por colorimetria (méto-
trição mineral e o nível crítico foliar de N em mudas de umbu-
do da curcumina) (Malavolta et al., 1997). A partir dos teores
zeiro cultivadas em um Latossolo Vermelho distroférrico, em
dos nutrientes e com base na matéria seca das plantas, cal-
função da adubação nitrogenada.
culou-se o acúmulo dos elementos na parte aérea das mudas
de umbuzeiro (somatório do acúmulo no caule e nas folhas).
MATERIAL E MÉTODOS Os dados obtidos foram submetidos a análise de variân-
cia, mediante significância do teste F e, quando significati-
O experimento, realizado em casa de vegetação do Depar- vos, submetidos também a análise de regressão. Realizaram-
tamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de La- se as análises de variância e de regressão com o auxílio do
vras, MG, definida geograficamente pelas coordenadas de 21º programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2000).
Obteve-se a faixa crítica foliar de N em mudas de umbuzei- com um crescimento maior, entretanto, nas doses mais altas
ro estimando-se a dose de N aplicada ao solo que proporci- aplicadas ao solo, as plantas apresentaram menor crescimen-
onou a produção de 90% da matéria seca das mudas de um- to, retratando comportamento de resposta quadrático (Figu-
buzeiro e aquela acima do ponto de máxima eficiência física ra 1).
que proporcionou redução de 10% na produção (Faquin et Obteve-se, na dose estimada de 272 mg dm-3 de N, a má-
al., 1995); em seguida, essas doses foram substituídas na equa- xima altura (49,68 cm) das mudas do umbuzeiro (Figura 1A).
ção de regressão para os teores foliares N obtendo-se, as- O diâmetro do caule não sofreu influência das doses de N
sim, a faixa crítica deste nutriente. aplicadas ao solo não se detectando diferenças significativas.
O diâmetro médio do caule foi de 5,71 mm. Malavolta et al.
(1997) relatam que plantas bem nutridas em N apresentam
RESULTADOS E DISCUSSÃO elevado crescimento e produção e seu excesso pode ocasio-
nar estiolamento; no caso do umbuzeiro, as plantas aduba-
das com N cresceram verticalmente (altura) mas o aumento
Crescimento em espessura do caule foi reduzido. É importante salientar que
Quando se aplicou N ao solo, as plantas responderam sig- se realizou no solo utilizado no experimento, a calagem, o que
nificativamente em altura e acúmulo de matéria seca de raiz, favoreceu provavelmente a mineralização da matéria orgânica
caule, folha e total; entretanto, não se detectaram diferenças natural do solo (Faquin, 2001).
para as variáveis diâmetro do caule e relação parte aérea/raiz Para a matéria seca das folhas e do caule (Figura 1C) as
(Figura 1). doses estimadas de 294 e 286 mg dm-3 de N, respectivamente,
Quando o fornecimento de N para a planta é abaixo do seu foram as que possibilitaram, às mudas de umbuzeiro, atingir
nível de exigência, o crescimento é retardado (Marschner, suas máximas produções. Apesar do diâmetro do caule não
1995). Constatou-se, para as mudas de umbuzeiro, que nas ter mostrando diferença significativa, a matéria seca dessa
menores doses de N aplicadas ao solo as plantas apresenta- parte foi estatisticamente diferente, em virtude do crescimen-
ram crescimento reduzido e amarelecimento das folhas mais to em altura das plantas.
velhas, sintomas idênticos aos descritos por Carvalho & A matéria seca da raiz (Figura 1D) apresentou sua máxima
Neves (2004) para umbuzeiros deficientes em nitrogênio. produção física (8,52 g planta-1) com a dose calculada de 281
Quando se elevaram as doses de N, as mudas responderam mg dm-3 de N.
A. B. y = ymed = 5,71ns
y =33,235 + 0,120883x – 0,000222x 2
6,5
55 R2 = 0,83**
Diâmetro do caule (mm)
50
6,0
45
Altura (cm)
40 5,5
35
a b
30 5,0
MSC(o) y = 1,524+0,0103x – 0,000018x2 R2 = 0,75** MST(o) y =6,375+0,059116x–0,0000103x 2 R2 = 0,84**
MSF(--) y = 1,328+0,012965x – 0,000022x2 R2 = 0,90** MSR(--) y =3,523+0,035854x–0,000063x 2 R2 = 0,84**
C. D. 16
3,5
14
Matéria Seca (g planta -1 )
Matéra Seca (g planta-1 )
3,0
12
2,5 10
8
2,0
6
1,5 4
c d
1,0 2
0 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600
N (mg dm ) -3 N (mg dm -3 )
Figura 1. Altura (A), diâmetro do caule (B), matéria seca de caule-MSC e matéria seca de folhas-MSF (C), matéria seca de raízes-MSR e matéria seca total-MST
(D) de mudas de umbuzeiro, em função de doses de nitrogênio
Figure 1. Height (A), stem diameter (B), dry matter of stem-MSC and dry matter of leaf-MSF (C), dry matter of root-MSR and total dry matter-MST (D) of ‘umbu’
seedlings, as a function of nitrogen doses
A dose estimada de 286 mg dm-3 de N proporcionou a pro- mente entre os tratamentos estudados (Figura 2A; Figura 2B;
dução de matéria seca total de 14,86 g planta-1 de umbuzeiro Figura 2C).
(Figura 1D). sendo que já na dose de 166 mg dm-3 de N foram Os teores foliares de P, K, Mg e S não foram influenciados
obtidos 90% da máxima produção física (13,37 g planta-1). pelas doses de N aplicadas ao solo; portanto, os teores foli-
A relação percentual entre as três partes estudadas (maté- ares de P, K, Mg e S não foram influenciados pelas doses de
ria seca de raiz, caule e folhas) na dose de máxima produção N aplicadas ao solo, sendo seus teores médios, em g kg-1, de
de matéria seca total (286 mg dm-3 de N) foi de 58,1% para o 1,68, 9,90, 2,21 e 1,77, respectivamente.
sistema radicular; 20,2% para o caule e 21,7% para as folhas Os teores de P, K e Mg no caule das mudas do umbuzeiro
destacando-se que, mesmo bem nutrido em N, o umbuzeiro não sofreram influência das doses de N, não havendo dife-
concentra compostos orgânicos no sistema radicular, cujo rença significativa nos seus teores entre as plantas, indepen-
comportamento pode ser explicado por ser o umbuzeiro uma dentemente do tratamento. Os teores médios detectados no
planta adaptada a sobreviver e produzir em ambientes de caule foram de 0,94 g kg-1 para o P; 11,25 g kg-1 para o K; e
estresse hídrico. Nas raízes do umbuzeiro estão localizados 1,40 g kg-1 para o Mg.
os xilopódios, que são os órgãos de reserva de água, com- Os teores de Ca nas folhas das mudas responderam linear
postos orgânicos e nutrientes (Mendes, 1990). e positivamente à adubação nitrogenada sendo que, na dose
A relação parte aérea/raiz não diferiu significativamente de 0 mg dm-3 de N, o teor de Ca foi de 26,79 g kg-1, passando
(y = ymed = 0,77ns), indicando que a relação citada anterior- para 32,97 g kg-1 na máxima dose de N testada (Figura 2B);
mente se manteve mais ou menos constante, independente- no caso dos teores de Ca no caule, a resposta foi quadrática
mente da dose de N, sendo a média geral de 0,77, o que con- inversa sendo os teores reduziram até a dose estimada de 440
firma a maior produção de raízes em relação à parte aérea, pelas mg dm-3 de N; o máximo teor de Ca no caule (15,66 g kg-1) foi
mudas de umbuzeiro. obtido na menor dose de N.
De forma geral, todas as medidas de matéria seca estuda- As doses de N aplicadas ao solo influenciaram significati-
das apresentaram comportamento muito semelhante, com seus vamente os teores de N, tanto nas folhas quanto no caule
pontos de máxima eficiência física entre 284 e 294 mg dm -3 das mudas de umbuzeiro. Como ilustrado na Figura 2A, com
de N. o aumento das doses de N o teor foliar deste elemento res-
pondeu de forma quadrática, tendo seu máximo teor (29,49 g
Teores de macro e micronutrientes kg-1) atingido na dose de N estimada de 425 mg dm-3. Como
Para os macronutrientes, apenas os teores foliares de N e relatado por Corrêa (1999), além da expansão foliar o aumento
Ca e os teores de N, Ca e S no caule diferiram significativa- do suprimento de N no solo promoveu aumento na absorção
A. B.
o Folha y = 19,3523 + 0,04767x – 0,000056x 2 o Folha y = 26,7930 + 0,011028x
30 R2 = 0,96** R2 = 0,60**
35
a e
25 28
20
Ca (g kg-1 )
21
□ Caule y = 5,4080+ 0,03735x – 0,000042x 2 R2 = 0,70**
15 R2 = 0,98** 14
10 7
5 0
C. D.
0,8 □ Caule y = 0,5628 - 0,000699x 100
c d
R2 = 0,88**
0,6 80
Mn (mg kg-1 )
0,4 60
S (g kg-1 )
Figura 2. Teores de nitrogênio (A), cálcio (B), enxofre (C) e manganês (D) em mudas de umbuzeiros em função de doses de N
Figure 2. Content of nitrogen (A), calcium (B), sulfur (C) and manganese (D) in ‘umbu’ seedlings as a function of doses of N
deste nutriente pelo umbuzeiro, resultando em um aumento volta et al. (1997), o excesso de N-NO3- pode promover redu-
do teor de N nas folhas. ção na absorção de SO42- por algumas plantas, pela inibição
O aumento dos teores foliares de N (Figura 2A) e o acú- competitiva.
mulo de matéria seca seguiram funções quadráticas (Figura Tanto nas folhas quanto no caule das mudas de umbuzei-
1D); este comportamento pode ser explicado, segundo Tol- ro, os teores de B, Cu, Fe e Zn não diferiram estatisticamente
ley-Henry & Raper (1986), pelo fato de, com o fornecimento entre os tratamentos. Os teores médios, respectivamente para
em excesso de N, a planta apresenta declínio na atividade fo- folhas e caule, foram de 30,10 e 13,45 mg kg-1 para o B; 4,76 e
tossintética, de modo que tal atividade pode atingir níveis
4,18 mg kg-1 para o Cu; 182,27 e 13,12 mg kg-1 para o Fe; e
abaixo daqueles adequados à demanda da respiração das plan-
10,90 e 6,41 mg kg-1 para o Zn.
tas; com isto, começa a haver degradação de compostos orgâ-
Silva et al. (1984), estudando plantas adultas de umbuzei-
nicos nitrogenados, que passam a ser usados como fonte de
energia, levando ao acúmulo de amônio e à redução no cres- ro em campo, encontraram os seguintes teores foliares médios:
cimento e produção e, por último, intensificando o efeito de N = 29,0 g kg-1, P = 2,3 g kg-1, K = 10 g kg-1, Ca = 17,9 g kg-1,
concentração. Mg = 3,1 g kg-1, S = 3,2 g kg-1, Fe = 110 mg kg-1, Cu = 6 mg
No caule, os teores de N foram aumentados até a dose kg-1, Mn = 32 mg kg-1, Zn = 18 mg kg-1 e B = 68 mg kg-1.
estimada de 444 mg dm-3 de N, decaindo a partir dessa dose, O estádio vegetativo da planta é fator que deve ser consi-
caracterizando uma resposta quadrática; na referida dose o derado quando da comparação de resultados da análise quí-
teor de N foi de 13,71 g kg-1. mica, pois os teores de determinado nutriente em certa parte
Inversamente ao observado para os teores de N no caule, da planta, em épocas e idades distintas, podem apresentar di-
os teores de S foram menores nos tratamentos em que se ferenças significativas (Marschner, 1995). Os resultados en-
aplicaram as maiores doses de N (Figura 2C). Segundo Mala- contrados por Silva et al. (1984) foram obtidos de umbuzeiros
A. B.
y = 0,0324 + 0,00058x – 0,0000009x 2 y = 0,0032 + 0,000039x – 0,00000007x 2
0,14 0,009
a R2 = 0,93** b R2 = 0,90**
0,12 0,008
P (g planta -1 )
0,007
N (g planta-1 )
0,10
0,08 0,006
0,06 0,005
0,04 0,004
0,02 0,003
Ca (g planta-1 )
0,05 0,09
0,04 0,07
0,03 0,05
E. F.
0,011 y = 0,004433 + 0,000039x – 0,00000007x2 0,01 y = 0,003283 + 0,00002x – 0,00000004x 2
e R2 = 0,81**
R2 = 0,83** f
0,01
0,009
Mg (g planta-1 )
S (g planta-1 )
0,01
0,007
0,00
0,005
0,00
0,003 0,00
0 100 200 300 400 500 600 0 100 200 300 400 500 600
N (mg dm -3 ) N (mg dm -3 )
Figura 3. Acúmulo de macronutrientes na parte aérea de mudas de umbuzeiro, em função de doses de N
Cu (mg planta-1 )
tendo uma média de 15,76 mg kg-1; já os teores foliares de
Mn (Figura 2D) nas mudas de umbuzeiro aumentaram no sen- 0,02
tido do aumento das doses de N aplicadas ao solo até a dose
estimada de 374 mg dm-3 de N; nesta dose, o teor de Mn foi 0,01
de 88,90 mg kg-1.
0
Acúmulo de macro e micronutrientes na parte aérea
B.
Os acúmulos de todos os nutrientes, exceto do Fe, foram 0,4 y = 0,033304 + 0,001724x – 0,000003x 2
influenciados pelas doses de N aplicadas ao solo. O Fe acu- 0,3 b R2 = 0,97**
mulado pelas mudas de umbuzeiro foi, em média, de 0,398 mg
24
substrato, nutrição, sombreamento e fertilização. In: Gon-
çalves, J. L. M.; Benedeti, V. (ed.). Nutrição e fertilização flo-
21
restal. Piracicaba: IPEF, 2000. p. 309-350.
Gondim, T. M. S.; Silva, H.; Silva, A. Q.; Cardoso, E. A. Perío-
18 do de ocorrência de formação de xilopódios em plantas de
0 100 200 300 400 500 600
umbu (Spondias tuberosa Arr. Cam.) propagadas sexual-
N (mg dm -3 ) mente e assexuadamente. A. Revista Brasileira de Fruticul-
Figura 5. Nível crítico foliar de N em mudas de umbuzeiro tura, Cruz das Almas, v. 13, n. 2, p. 33-38, 1991.
Malavolta, E.; Vitti, G. C.; Oliveira, S. A. Avaliação do estado
Figure 5. Critical level of N in leaf of ‘umbu’ seedlings nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2. ed. Pira-
cicaba-SP: POTAFOS, 1997. 319 p.
Marschner, H. Mineral nutrition of higher plants. 2. ed. San
Diego: Academic Press, 1995. 889 p.
Nas folhas do umbuzeiro na fase de muda, teores inferio- Mendes, B. F. Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) impor-
res a 25,72 g kg-1 de N podem ser considerados baixos e aci- tante fruteira do semi-árido. Mossoró-RN: ESAM, 1990. 67 p.
ma de 29,48 g kg-1 de N, altos, o que pode indicar deficiência Nascimento, C. E. de S.; Santos, C. A. F.; Oliveira, V. R. de. Pro-
ou excesso deste nutriente, respectivamente. dução de mudas enxertadas de umbuzeiro (Spondias tube-
rosa Arruda). Petrolina: EMBRAPA-CPATSA, 2000. 13 p.
Embrapa Semi-árido. Circular técnica ; n. 48
Neves, O. S. C. Nutrição mineral e crescimento de mudas de
CONCLUSÕES umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.), em solução nu-
tritica, em função de níveis de salinidade. Lavras, UFLA.
A dose estimada de 286 mg dm-3 de N foi a que proporci- 2003. 70 p. (Dissertação de Mestrado)
onou a maior produção de matéria seca pelas mudas de um- Neves, O. S. C.; Carvalho, J. G.; Hojo, R. H. Nível ótimo de sa-
turação por bases para mudas de umbuzeiro cultivadas em
buzeiro.
Latossolo Vermelho distroférrico. In: Reunião Brasileira de
Na dose de maior produção de matéria seca, a ordem de
Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, 26.; Reunião Bra-
acúmulo dos macronutrientes foi N > Ca > K > Mg > P > S. sileira sobre Micorrizas, 10.; Simpósio Brasileiro de Micro-
A faixa crítica dos teores de N nas folhas de mudas de biologia do Solo, 8.; Reunião Brasileira da FERTIBIO, 2004,
umbuzeiro foi de 25,72 a 29,48 g kg-1. Lages. Anais... Lages, SC, 2004, CD-Rom.
Santos, H. Q. Níveis críticos de fósforo no solo e na planta Silva, H.; Silva, A. Q. da; Roque, M. L.; Malavolta, E. Compo-
para gramíneas forrageiras tropicais, em diferentes idades. sição mineral do umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.).
Viçosa: UFV. 1999. 80 p. (Dissertação de Mestrado) In: Congresso Brasileiro de Fruticultura, 7., 1983, Florianó-
Silva, H.; Silva, A. Q.; Oliveira, A. R.; Cavalcante, F. B. Algu- polis. Anais... Florianópolis: SBF/EMPASC, 1984. v. 4,
mas informações pomológicas do umbuzeiro da Paraíba. II. p.1129-1134.
Características tecnológicas. In: Congresso Brasileiro de Tolley-Henry, L.; Raper, C. D. Utilization of ammonium as a ni-
Fruticultura, 9., 1987, Campinas, SP. Resumos... Campinas: trogen source. Plant Physiology, Maryland, v. 82, n. 1, p.
SBF, 1987. v. 1. p. 691-696. 54-60, 1986.