Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Instrumento: Violão
Data: 02/08/23
Hora: 10h
Dia: Sábado
Série harmônica
Acordes
Tríades e tétrades
Resumo dos intervalos
Experimento do Monocórdio
Na tentativa de entender como os sons se comportam, Pitágoras, como um
matemático, percebeu que que uma corda ao ser tangida, não só vibrava em
toda sua extensão mas, também formava ondas menores que subdividam-na em
nós proporcionais à sua extensão completa.
Monocórdio desenhado por Robbert Fludd na página 90 do livro Utriusque Cosmi, “Maioris
scilicet et Minoris, Metaphysica, Physica, Atque Technica Historia”, publicado em 1617.
Naturalmente, àquela época, as descobertas acústicas eram muito associadas ao misticismo e
à religiosidade inerentes à cultura europeia.
O resultado desse experimento é a Lei das Cordas de Pitágoras, que diz que a
frequência de vibração de uma corda é inversamente proporcional ao
comprimento da mesma. A partir dessa constatação, obtivemos as bases para a
consolidação das escalas musicais modernas.
1º Harmônico – A Fundamental
A onda fundamental de uma série harmônica representa o som mais expressivo.
É a onda cuja frequência indica a nota que está sendo tocada.
2º Harmônico
O Segundo harmônico dessa série é formado pela subdivisão da corda em duas
partes de mesmo comprimento que vibram simultaneamente.
3º Harmônico
Ao dividir a corda em três partes, obteremos o primeiro harmônico diferente de
Dó. Será a nota Sol, que, não por coincidência é o terceiro intervalo
mais consonante. O intervalo formado entre a nota Dó e Sol é de 5ª Justa.
É importante destacar aqui que se agruparmos duas das três partes e vibrarmos
em toda sua extensão, obteremos uma nota Sol uma oitava mais grave. Isso
porque, a fração 2/3 é o dobro de 1/3.
4º Harmônico
O quarto harmônico, resultado da vibração da quarta parte da corda,
logicamente será uma nota Dó porque essa divisão da corda é, logicamente, a
metade da metade da corda. Temos aqui, portanto, uma nova 8ª Justa.
Essa nova nota Dó, contudo, será uma oitava mais aguda que a nota Dó obtida
pela divisão da corda em duas partes.
5º Harmônico
Dividindo a corda em cinco partes, obteremos um novo harmônico que soará a
nota Mi. por conseguinte, o intervalo formado entre a nota Dó e Mi também será
consonante, uma Terça Maior.
6º Harmônico
Seguindo a lógica estabelecida, ao dividir a corda em seis partes, cada parte
vibrará na nota Sol uma oitava mais aguda que o sol produzido pela terça parte
da corda. Isso, porque cada sexta parte tem o dobro do comprimento da terça
parte da corda.
7º Harmônico
Todas as notas geradas pela série harmônica de Dó até aqui são naturais à
escala de Dó maior, entretanto, dividindo a corda em sete partes, obteremos a
nota Sib. O intervalo formado entre Dó e Sib é de Sétima menor, se trata,
portanto, do primeiro harmônico dissonante dessa série.
8º Harmônico
Para o oitavo harmônico temos, adivinha, uma nova nota Dó, essa, por analogia,
será ainda mais aguda que as anteriores.
9º Harmônico
A partir deste ponto, a quantidade de harmônicos coincidirá com o intervalo
observado entre a fundamental e a nota obtida, a saber, a divisão em nove
partes da corda produzirá vibração em Ré, que é a nona maior de Dó.
10º Harmônico
Obtido pelo fracionamento da corda em dez partes iguais, o décimo
harmônico vibra em Mi, que, afinal, é a terça composta maior de Dó ou
Décima maior.
11º Harmônico
No décimo primeiro Harmônico obteremos mais um acidente em relação à
escala de Dó maior, será a nota Fá#, que, de fato, representa distância de
décima primeira em relação à nota Dó, só que, nesse caso, esse intervalo é
aumentado. O intervalo formado entre Dó e Fá# é de décima primeira
aumentada.
12º Harmônico
O Décimo segundo harmônico vibrará a nota Sol, isso porque o
denominador dessa fração é múltiplo par de 1/3, que também
correspondente à nota sol.
O intervalo formado entre a nota Dó, correspondente à vibração da corda
inteira e a nota Sol, de acordo com o que já apresentamos, é de quinta justa
composta, ou décima segunda justa.
13º Harmônico
Como já se deve imaginar, o intervalo de décima terceira em relação a Dó é
Lá. Dessa forma, como há coincidência entre intervalos e harmônicos até
aqui, cada parte da corda dividida em 13, soará a nota Lá.
14 º Harmônico
O décimo quarto harmônico corresponderá à nota Sib, pois, como já
sabemos, 1/14 é múltiplo par de 1/7 que vibra a nota Sib também.
15 Harmônico
Esta subdivisão da corda possui características excepcionais, pois, como se
sabe, a partir do nono harmônico há coincidência entre as notas obtidas pela
subdivisão com o intervalo que elas formam com a nota principal. A partir da
divisão em quinze partes, entretanto, esse macete passa a não valer mais.
Contudo, podemos observar que nessa escala há duas notas Si, uma natural
e outra bemol. Como na série harmônica formada a partir da nota Dó temos
a incidência de dois harmônicos que soam Sib e apenas um em Si e em uma
subdivisão muito pequena, na prática, os harmônicos mais representativos
são os seguintes:
Essas notas formam o modo Lídio B7, que é um dos mais usados no Jazz e
bossa nova. Isso porque, apesar de ser uma escala com dissonâncias bem
marcantes, ele soa de forma suave em uma ambiguidade interessantíssima
para um trabalho artístico.
Vale relembrar aqui que todo esse trabalho baseia-se unicamente na série
harmônica de Dó. Cada nota possuirá uma série harmônica distinta e com
harmônicos que sigam a proporção apresentada nesse material.
Acordes
Como estudar a formação de acordes?
Agora vamos entender o que são, de fato, tríades e tétrades? Na ultima aula,
falamos sobre o assunto, com esse material você poderá revisitar o assunto
quando quiser.
Tríade maior
Partindo da tônica, a nota fundamental, a primeira nota que vai ser
sobreposta é a terça da tônica. Depois, sobrepomos a terça da terça, ou seja,
a quinta da tônica.
Tríade menor
Agora, vamos usar a nota Ré como tônica. Nesse sentido, a primeira nota
que vamos sobrepor é o Fá, pois ele é a terça do Ré. Desse modo, a próxima
nota a ser sobreposta é o Lá, ou seja, a terça da terça ou quinta da tônica.
Tríade diminuta
Do mesmo modo, a escala maior natural gera a formação de acordes com
quinta diminuta.
Tríade aumentada
Para entendermos a formação de acordes de tríades com a quinta
aumentada, podemos usar a escala de Dó, com uma altercação...
Por exemplo, tendo como tônica a nota Dó, a primeira sobreposição será a
nota Mi, sendo a terça em relação ao Dó. A próxima nota que vamos
acrescentar é o Sol#, terça do Mi e quinta de Dó.
Assim, temos um intervalo de dois tons da tônica (Dó) para a terça (Mi). Da
mesma forma, esse intervalo de dois tons se repete da terça (Mi) para a
quinta (Sol#).
Para cada um dos quatro tipos de tríades, podemos acrescentar dois tipos
de sétima para torná-las uma tétrade: a maior e a menor. Também é possível
utilizar a sétima diminuta, porém esse será um intervalo que deve ser
acrescentado exclusivamente na tríade diminuta.
Sétima maior
Agora, vamos acrescentar a sétima maior às tríades. Precisamos entender
que a sétima maior se localiza meio-tom abaixo da oitava. Para isso, vamos
voltar à escala maior de Dó.
Tríade maior + sétima maior: Dó (tônica) - Mi (terça maior) - Sol (quinta justa)
- Si (sétima maior). Acorde de C7M;
Tríade aumentada + sétima maior: Dó (tônica) - Mi (terça maior) - Sol#
(quinta aumentada) - Si (sétima maior). Acorde de C7M(5+);
Sétima menor
A sétima menor está localizada um tom abaixo da oitava. Portanto, partindo
da nota Dó, ela será o Si bemol. Nesse sentido, ela também é a sétima
menor da tônica e a terça menor da quinta. Por conta disso, teremos as
seguintes tétrades:
Tríade maior + sétima menor: Dó (tônica) - Mi (terça maior) - Sol (quinta justa)
- Si bemol (sétima menor). Acorde de C7;
Sétima diminuta
A sétima diminuta se encontra um tom e meio abaixo da oitava. Portanto,
apenas a tríade diminuta pode se tornar uma tétrade com sétima diminuta.
Confira: