DISPOSIÇÃO DAS SALAS DE AULA
DAS DISCIPLINAS DE EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Tendo em conta as exigências que uma
sociedade mais atenta e esclarecida tem
vindo a impor, surge a necessidade de
pensar outros modelos escolares pois “o
modelo escolar fixo, fechado na sala, com
determinada política e currículo, com um
professor para um grupo de aluno, tudo vai
estar em mudança, em revolução”(Nóvoa,
2015). Segundo António Nóvoa, a escola do
futuro “vai ser uma escola sem quadro
negro, sem currículo estruturado, sem um
professor apenas para vários alunos, uma
escola que vai mudar nas próximas décadas,
é uma revolução que está em curso em
várias partes do mundo”( 2015). É neste
contexto que emerge esta investigação,
tendo como objetivo estudar a disposição
das salas de aula de EV e de ET e o seu
impacto no processo ensino-aprendizagem.
Utilizando uma metodologia de inquérito por
sondagem/questionário estruturado
fechado, procuramos, inicialmente, saber de
que forma estão, atualmente, organizadas
estas salas e qual a preferência de
professores e alunos, relativamente ao
layout do espaço de sala de aula.
METODOLOGIA
Método: quantitativo
Recolha de dados: inquérito por
questionário estruturado
Estrutura do questionário: 6 questões de
escolha múltipla, 3 de resposta obrigatória,
1 secção.
Divulgação: digital via email e redes sociais
Resultados: 83 respostas recebidas - 62
consideradas válidas
OBJETIVOS DE ESTUDO
Conhecer a atual disposição das salas de
aula nas disciplinas de EV, de ET Artes
Visuais e outras disciplinas;
Perceber qual a disposição que mais
agrada a professores;
VISUAL E EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
ANÁLISE DE DADOS
Das 62 respostas válidas, tendo em conta
que há professores que lecionam várias
disciplinas: 37 professores EV / 17
professores ET / 16 professores Artes
Visuais / 18 outras disciplinas
Gráfico : Análise de dados do inquérito por
sondagem/questionário estruturado fechado.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O conhecimento da criança e do(a) jovem
constrói-se a partir da exploração do
espaço, objetos, da interação com os
outros, pelo que é fundamental que estes
sejam organizados de forma a desafiarem a
criança e o(a) jovem a nível cognitivo,
afetivo, linguístico, social, motor, porque “o
espaço nunca é neutro”(Forneiro, 1998),
assim, “será preciso que os espaços estejam
dispostos em função das necessidades das
crianças, tornando possível, junto à sua
atividade autónoma, a ação compartilhada
em grupo” (Zabalza , 1998, p.262).
A Educação Artística pode, e deve, ser um
espaço, por excelência, para a
aprendizagem das relações em
comunidade, para a capacidade de
comunicação diversa, para a troca de ideias,
para explorar a criatividade individual em
meio coletivo. Desta forma, podem estas
disciplinas estar na vanguarda da alteração
da forma como percecionamos a sala de
aula e como esta faz parte do ambiente de
formação e aprendizagem de social,
comunicacional, criativo e colaborativo.
Apesar das evidências recolhidas estas
sugerem que os professores desejam
mudar a disposição da sala de aula, mas
que é preciso compreender as razões
e as dificuldades dessa mudança, bem
como o papel do educador na
transformação do espaço escolar (Silva et
al., 2016,p.26). O educador(a) não pode
conformar-se com o meio tal como lhe é
oferecido, deve comprometer-se com ele,
deve incidir, transformar, personalizar o
espaço onde desenvolve a sua tarefa, torná-
lo seu, projetar-se, fazendo deste espaço
um lugar onde a criança encontre o
ambiente necessário para desenvolver-se
(Zabalza, 2005, p.235). Mais importa
aprofundar os conceitos de trabalho em
grupo ou em colaboração, entre cooperação
e colaboração no ensino, entre trabalho
combinado e culturas colaborativas
(Ferreira, 2013), bem como as várias
perspetivas de aplicação de modelos de
ensino que explorem estas vertentes.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- Ferreira, Maria.R. (2013).Para futuro, estudo sobre
trabalho colaborativo na escola e no ensino. Diferenças
trabalho de grupo e trabalho colaborativo, entre
colaboração e cooperação.
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/30753/1/Tra
balho%20Colaborativo%20-%20Um%20Desafio%20-
%20Maria%20Ros%C3%A1rio%20Ferreira.pdf
- Nóvoa, A. S. (2015, maio 21). Sampaio da Nóvoa pede
«revolução nas escolas». Observador.
https://observador.pt/2015/05/21/sampaio-da-novoa-
pede-revolucao-nas-escolas/
- Forneiro, L. (1998). A Organização dos Espaços na
Educação Infantil. In M. Zabalza,
Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. Artmed.
- Zabalza, M.A. (1998). Qualidade em Educação Infantil.
Porto Alegre. Artes Médicas.
- Silva, I. L, I. (coord.); Marques, L., Mata, L., Rosa, M.
(2016). Orientações curriculares para a Educação Pré-
Escolar. Ministério da Educação/Direção-Geral da
Educação
AUTORES
MESTRADO DE ENSINO DE EDUCAÇÃO VISUAL E
TECNOLÓGICA DO 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO
Autor: Daniela Fernandes | nº6524 |1ºano
Co-autor: Carla Pereira