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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUPLEMENTO
IMPRENSA_ NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art. 2. São revogadas todas .as normas aprovadas pelo
Decreto n.º 12/82, de 23 de Junho, que contradam o presente
AVISO Decreto.
A matéria a publicar no ccBoJetim da República» Art. 3. Aos requisitos higio-sanitários e de gestão de quali-
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, dade que regem as actividades de manuseamento, proces-
uma por cada assunto, donde conste, além das samento, exportação e importação de produtós da pesca.
indicações necessárias para esse efeito, o averbamento aplicam-se as normas aprovadas pelo Decreto n.º 17/2001,
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no de 12 de Junho, que aprova o Regulamento de Inspecção
"Boletim da República.» e Garantia de Qualidade dos Produtos da Pesca.
•••••••••••••••••••••••••••••••• Art. 4. O presente Decreto entra em vigor 180 dias, após
SUMÁRIO a sua publicação. ·
Conselho de Ministros: Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 25 de Abril
de 2006.
Decreto n.° 15/2006:
Publique-se.
Aprova o Regulamento sobre os Requisitos Higiénico-Sanitários
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.
de Produção, Transporte. Comercialização, Inspecção e Fisca-
lização de Géneros Alimentícios, e revoga todas as normas
aprovadas pelo Decreto n.º 12/82. de 23 de Junho.
6. As regras referidas nos números 2, 4 e S deste artigo 2. O presente artigo não prejudica os princípios e normas
serão fixados por referêncía a Normas de Qualidade \'.Ígentes do Código de Publicidade ao que for aplicável aos géneros
no País no âmbito da Política de Qualidade. · alimentícios.
ARTIGO 5 CAPÍTULODI
(Substâncias proibidas)
Penalidades e responsabllldade criminal
A presença de substâncias cuja utilização não seja permitida
na preparação de um género alimentar é proibida nos locais ARTIG08 .
onde se produza, annazenagem, manipule, comercialize ou (Penalidades)
haja consumo público desse mesmo género.
l. Sem preJutzo de outras medidas previstas em demais
CAPÍTULO II legislação aplicável, a violação às disposições do presente
Regulamento é 'punível com aplicação das seguintes medidas:
Rotulagem e publicidade
advertência, retirada/apreensão e/ou destruição de alimento,
ARTIG06 multa, suspensão .ou encerramento do estabelecimento. ·
. (Elementos do rótulo) 2. Atendendo a natureza da infracção, sendo aplicável a pena
1. Os alimentos e bebidas embalados, para a comercia- de multa, entidade competente de fiscalização pode aplicar
lização deverão. obedecer às regras de rotulagem fixados no a pena de ·advertência registada.
presente Regulamento e demais .regras que regem a mesma 3. As penalidades referidas nos números anteriores são
matéria. definidas nos artigos seguintes do presente Regulamento.
2. Para além do indicado no número anterior, os rótulos ARTIG09
deverão mencionar em caracteres perfeitamente legíveis e em
(Punição)
língua portuguesa os seguintes elementos:
a) Nome ou marca do Produto; 1. Todo aquele que produzir, vender ou expuser à venda,
b) Nome ou denominação da empresa produtora; bem como adquirir, armazenar para fins comerciais ou con-
sumo público géneros alimentares infringindo as normas
e) Indicação da sede da empresa produtora; · acometidas nos artigos 2, 3, 4, 5 e 7 do presente Regulamento
á) Indicação dos.estabelecimentos de produção; ou qualquer requisito regulamentar de carácter geral desti-
e} Indicação do conteúdo nutritivo; nadas à salvaguarda das condições higiénico-sanitários cuja
/) Indicação dos ingredientes por ordem decrescente de infracção não se encontre expressamente punida, incorrerá
quantidades presentes, referidas a peso ou volume; na pena de multa de 40 salários mínimos, sem prejuízo da
pena mais grave que couber n_os termos da legislação em
g) Indicação dos aditivos; vigor e do que vem estatuído nos números seguintes.
li) Indicação do peso líquido contido na embalagem; 2. Todo aquele que comercializar ou expor para consumo
i) Indícação de «corado artificialmente» quando se trata público géneros alimentares sem a rotulagem obrigatória
de géneros alimentícios a que se refere o artigo 2 incorrerá na pena de multa de 40 salários mínimos, acrescida
do presente Regulamento; de selagem dos respecti vos géneros alimentares, recolha da
j) Indicação da data de fabricação; amostra para análises e imposição do prazo para a inserção
k) Indicação do prazo de validade para o consumo humano; do r6tulo, sem prejuízo da pena mais grave que couber nos
termos da legislação em vigor.
l) Número do lote.
3. Todo aquele que comercializar ou expor para consumo
3. Os nomes científicos inscritos no rótulo devem ser acom- público géneros alimentares com rótulo irregular incorrerá
panhados, sempre que possível, da denominação comum numa pena .correspondente a 10%, por cada elemento em
correspondente. falta, relativamente ao valor total que seria cobrado na situa-
4. O Ministério da Saúde, no prazo de 60 dias, após apro- ção dos n. 05 l e 2 do presente artigo, acrescida da retirada
vação pelo Conselho de Ministros do presente Regulamento, dos respectivos géneros alimentares, recolha de amostra para
publicará a lista de géneros alimentícios que não carecem análise e imposição do prazo para sua regularização, se pena
da indicação da data de fabrico e/ou o prazo de validade mais grave não couber nos termos da legislação em vigor.
assim como dos que, além das indicações referidas no nú- 4. Todo aquele que comercializar ou expor para consumo
mero l do presente artigo, deverão conter outros elementos. público géneros alimentares fora do prazo incorrerá numa
ARTIGO 7 pena de multa correspondente ao triplo da totalidade dois
(Publicidade de alimentos) produto/s em causa, retirada e consequente destruição, sem
prejuízo da pena mais grave que couber nos termos da
1. É proibidà a publicidade de géneros alímentares nos demais legislação em vigor. A destruição será antecedida
meios de comunicação social através de rótulos ou por qual- da verificação física dos géneros alimentares respectivos e na
quer outra forma, incluindo a apresentação, que: presença do infractor.
a) Adapte denominações ou termos susceptíveis de enga- 5. A não correcção das irregularidades supervenientes da
nar o consumidor, quanto à verdadeira natureza aplicação dos números 2 e 3 deste artigo, nos termos dos
do género alimentício a que se refere; prazos que tiverem sido fixados, implicará a duplicação sucessiva
b) Utilize frases publicitárias ou desenhos que possam do valor da multa, sem prejuízo das outras medidas anteriores.
iludir a boa fé ou induzir em erro os compradores/ 6. Todo aquele que fizer desaparecer total ou parcialmente
/consumidores quanto à natureza, conteúdo ou qua- os géneros alimentares confiscados nos termos do número 4
lidades nutritivas do alimento; deste artigo, incorrerá numa pena de muita correspondente
e) Atribua propriedades medicamentosas e/ou terapêu- ao dobro do valor da multa aplicada a entidade oú pessoa
ticas aos produtos alimentares. que tenha sido constituído fiel depositário.
222-:-{4) I SÉRIE - NÚMERO 25
1. Cabe às inspecções conjuntas dos Ministérios da Saúde (Apreensão de produtos e remissão ao Ministério Público)
e da Indústria e Comércio proceder à fiscalização das
Sem prejuízo de outras medidas previstas em demais
condições higiénico-sanitários em todos os estabelecimentos
legislação, quando· se tratar de géneros alimentares falsifi-
da produção, transporte, armazenagem e comercialização
cados, avariados ou corruptos, os agentes de fiscalização
de géneros alimentares.
competentes, numa acção conjugada com o n.º l do artigo 13
2. Sem prejuízo ao disposto no número anterior, o Minis- do presente Regulamento; deverão remeter os respectivos
tério da Saúde garante que as condições higiénico-sanitários
autos à polícia para o procedimento previsto no artigo 16,
em todos os estabelecimentos da produção, transporte, arma-
da Lei n." 8/82, de 23 de Junho.
zenagem e comercialização de géneros alimentares estejam
estritamente salvaguardadas em toda a cadeia referida nos ARTIGO 15
termos do presente Regulamento. (Colaboração policial, administrativa e do públíco)
3. Sempre que possível são privilegiadas e/ou promovidas
Os agentes de inspecção e fiscalização poderão, no exer-
fiscalizações multi-sectoriais ou conjuntas, envolvendo outros
cício das suas funções, solicitar a colaboração das autoridades.
sectores, tendo em vista facilitar a actividade dos agentes
económicos produtores e comerciais. policiais ou administrativas e do público em geral.
4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, em caso ARTIGO 16
de especial gravidade e quando haja perigo evidente para (Dever de colaboração dos agentes económicos)
a saúde pública, os agentes de fiscalização de outras enti-
dades intervenientes deverão tomar as providências cautelares I. São deveres da entidade proprietária ou responsável
necessárias. pela administração e direcção dos estabelecimentos do comér-
cio e da indústria transformadora de géneros alimentares para
ARTIGO 12
fins comerciais ou humanitária:
(Colheita e anállse das amostras '
e exames especializadoa) a) Declarar por escrito aos órgãos de fiscalização ou às
autoridades de Administração Pública mais pró-
1. Os agentes de fiscalização do Ministério da Saúde devem
xima, da existência de géneros alimentares falsi-
proceder à recolha das amostras em todos os estabelecimentos
ficados, avariados ou corruptos com a índicação
de venda, de produção e/ou outros locais onde se manipule
das respectivas quant_idades, características e do
géneros alimentares abrangidos pelo presente Regulamento
e/ou requísitar exames e análises especializados dos mesmos. local onde se encontram, antes de qualquer inter-
venção oficial ou denúncia;
2. Os exames e as anáiises especializados das amostras,
serão realizados em laboratórios reconhecidos no âmbito do b) Retirar os géneros alimentares referidos na alínea
Sistema Nacional da Qualidade, sendo dada primazia aos anterior da disposição pública, não devendo aliená-
laboratórios autorizados pelo Ministério da Saúde. -los a qualquer título.
22 DE JUNHO DE 2006 222-(5)