Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALUNO: ________________________________________________________________________________
TURMA: ________________________________________________________________________________
BLOCO 1
LÍNGUA PORTUGUESA
SETEMBRO / 2022
1
Avaliação de Língua Portuguesa 9º ano – 3º bimestre – BLOCO 1
TEXTO 1
3. (D15.2) Na oração “Eu já tentei isso, mas a mãe natureza não tem Wi-Fi”, a conjunção destacada
indica
(A) adição.
(B) oposição.
(C) explicação.
(D) alternância.
4. (D17.2) O sinal de exclamação no final da frase usada pelo homem reforça uma
(A) dúvida.
(B) surpresa.
(C) indiferença.
(D) empolgação.
TEXTO 2
Eu não quero saber da sua vida
Reclama-se de invasão de privacidade, mas quem tem vida privada hoje em dia? Quando foi a
última vez que você comeu em um bom restaurante, viu uma bela obra de arte ou foi para uma balada sem
tirar uma foto e postar on-line?
2
Um tipo de privacidade muito desrespeitada é a dos desinteressados, que não se comovem com a
vida de seus vizinhos, não leem a revista "Caras", não assistem a big brothers, domingões, caldeirões e
mal conseguem guardar os nomes dos atores e diretores dos filmes que veem. [...]
É praticamente impossível entrar em uma rede social e não ficar sobrecarregado com o volume de
imagens e dados demasiadamente pessoais. A necessidade que alguns têm de falar do seu desejo por
uma roupa nova, de sua higiene pessoal, de seu mau humor quando serviços e ou serviçais falham parece
patológica. [...]
Tudo o que deveria ser guardado para si parece material de divulgação. O que é essa compulsão
por dividir? Esse ataque coletivo de ansiedade cujo único antídoto parece ser compartilhar ainda mais?
Psicólogos dizem que um dos motivos principais para a troca de informações é o contato
emocional, que demanda um esforço razoável para administrar a opinião do outro e tentar impressioná-lo.
Quando isso é feito o tempo todo, é fácil provocar situações embaraçosas precisamente entre as pessoas
que mais queremos impressionar. [...]
5. (D8.2) No primeiro parágrafo, que estratégia o autor utiliza para atrair o leitor?
(A) Dados estatísticos.
(B) Situações fictícias.
(C) Questionamentos.
(D) Citações.
6. (D8.2) Ao citar a fala dos psicólogos, que tipo de argumento foi empregado no último parágrafo?
(A) Causa e consequência.
(B) Exemplificação.
(C) Comprovação.
(D) Autoridade.
TEXTO 3
3
Fábio Bahia. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/430304939403804110/?nic_v3=1ayonWMTl Acesso em:
09.09.22.
9. (D17.2) Em “... te digo: me fez também chover!”, os dois-pontos foram usados para
(A) finalizar um esclarecimento.
(B) concluir uma explicação.
(C) iniciar uma enumeração.
(D) introduzir uma fala.
TEXTO 4
Ana Terra
Ana sentia-se animada, com vontade de viver. Sabia que, por piores que fossem as coisas que
estavam por vir, não podiam ser tão horríveis como as que já tinha sofrido. Esse pensamento dava-lhe
uma grande coragem. E ali deitada no chão, a olhar para as estrelas, ela se sentia agora tomada por uma
resignação que chegava quase a ser indiferença.
Tinha dentro de si uma espécie de vazio: sabia que nunca mais teria vontade de rir nem de
chorar. Queria viver, isso queria, e em grande parte por causa de Pedrinho, que afinal de contas não
tinha pedido a ninguém para vir ao mundo. Mas queria viver também de raiva, de birra. A sorte andava
sempre virada contra ela, pois Ana estava agora decidida a contrariar o destino. Ficaria louca de pensar
no dia em que deixara Sorocaba para vir morar no Continente. Vezes sem conta tinha chorado de tristeza
e de saudade daqueles cafundós.
VERÍSSIMO, Érico. Ana Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. pp. 70-71. Fragmento.
10. (D3.2) A palavra destacada em “... ela se sentia agora tomada por uma resignação...” indica que
Ana
(A) desistiu da viagem.
(B) mudava as situações.
(C) aceitava sua situação.
(D) abandonou sua família.
11. (D15.2) No trecho “... nunca mais teria vontade de rir nem de chorar.”, a palavra em destaque
(A) indica a comparação dos fatos.
(B) adiciona uma ideia negativa.
(C) explica a ideia anterior.
(D) marca uma oposição.
TEXTO 5
O reinado do celular
De alto a baixo da pirâmide social, quase todas as pessoas que eu conheço possuem celular. É
realmente um grande quebra-galho. Quando estamos na rua e precisamos dar um recado, é só sacar o
aparelhinho da bolsa e resolver a questão, caso não dê pra esperar chegar em casa. Pra isso — e só pra
isso — serve o telefone móvel, na minha inocente opinião.
Ao contrário da maioria das mulheres, nunca fui fanática por telefone, incluindo o fixo. Uso com
muito comedimento para resolver assuntos de trabalho, combinar encontros, cumprimentar alguém,
essas coisas relativamente rápidas. Fazer visita por telefone é algo para o qual não tenho a menor
paciência. Por celular, muito menos. Considero-o um excelente resolvedor de pendências e nada mais.
Logo, você pode imaginar meu espanto ao constatar como essa engenhoca se transformou no
símbolo da neurose urbana. Outro dia fui assistir a um show. Minutos antes de começar, o lobby do teatro
estava repleto de pessoas falando ao celular. "Vou ter que desligar, o espetáculo vai começar agora". Era
4
como se todos estivessem se despedindo antes de embarcar para a lua. Ao término do show, as luzes do
teatro mal tinham acendido quando todos voltaram a ligar seus celulares e instantaneamente se puseram
a discar. Para quem? Para quê? Para contar sobre o show para os amigos, para saber o saldo no banco,
para o tele-horóscopo?? Nunca vi tamanha urgência em se comunicar à distância. Conversar entre si,
com o sujeito ao lado, quase ninguém conversava.
[...]
MEDEIROS, Martha. In:____. Montanha Russa; Coisas da vida; Feliz por nada. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013. p. 369-370.
12. (D19.2) No trecho “Pra isso — e só pra isso — serve o telefone móvel...”, qual o sentido sugerido a
partir da repetição da expressão “pra isso”?
(A) Marcar uma continuidade.
(B) Estabelecer contraste.
(C) Fazer uma correção.
(D) Reforçar uma ideia.
13. (D19.2) Em “Para quem? Para quê? Para contar sobre o show para os amigos, para saber o saldo
no banco, para o tele-horóscopo??”, a repetição da palavra destacada reforça
(A) o período em que a narradora observa a eficiência da comunicação.
(B) o momento em que a narradora percebe a utilidade do celular.
(C) a indignação da narradora com o uso exagerado do celular.
(D) a facilidade que o celular trouxe para a comunicação.
5
AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO – 3º BIMESTRE
ALUNO: ________________________________________________________________________________
TURMA: ________________________________________________________________________________
BLOCO 2
LÍNGUA PORTUGUESA
SETEMBRO / 2022
6
Avaliação de Língua Portuguesa 9º ano – 3º bimestre – BLOCO 2
TEXTO 1
Entre o otimismo e o pessimismo
Em tempos bicudos como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode nos ajudar a
enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais positivos mesmo diante das
adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de encontrar meios para sobreviver à crise como de
criar alternativas para sair dela, independentemente dos acontecimentos ao seu redor.
Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo de seu discurso.
Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem falar sobre o futuro. Os pessimistas
insistem em ponderar como deveria ter sido. Os otimistas ocupam-se em discorrer como poderá vir a ser.
Ao mesmo tempo em que um pessimista culpa o passado pelo presente, o otimista encontra nele os
elementos para alavancar o futuro. É o jogo dos tempos, e cada um é mais hábil a seu jeito. [...]
E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a realidade, mas que
acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria, no crescimento. [...]
2. (9AL2.4-B) No trecho “... o otimista encontra nele os elementos...”, o pronome destacado se refere a
(A) presente.
(B) passado.
(C) otimista.
(D) jeito.
TEXTO 3
7
Leia o texto a seguir e responda às questões de 4 a 7.
TEXTO 2
A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-
da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da
escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá
Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao
médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada o que fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985, p. 24.
4. (9AL2.4-B) Em “... um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu...”, o pronome destacado retoma
a palavra
(A) céu.
(B) tapete.
(C) dragão.
(D) menino.
5. (9L2.1-B) No trecho “... mas na semana seguinte ele veio contando que caíra...”, a expressão
destacada indica
(A) o momento em que o menino chegou à casa.
(B) a participação do personagem principal.
(C) quando a mãe o colocou de castigo.
(D) a passagem do tempo na história.
TEXTO 3
8
8. (9L2.7-C) O humor, desse texto, é provocado
(A) pela entrega do boletim à professora.
(B) pelo garoto não entender a dica do colega.
(C) pela assinatura da mãe do garoto no boletim.
(D) pelo receio de o garoto mostrar o boletim para a mãe.
TEXTO 4
Lenda das Cataratas
Os índios caingangues, que habitavam as margens do rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era
governado por M’boi — um deus com forma de serpente e filho de Tupã. Igobi, o cacique da tribo, tinha
uma filha, Naipi, tão bonita que as águas dos rios paravam quando a jovem índia nele se mirava. Devido
à sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus M’boi, passando a viver somente para seu culto.
Havia, porém, entre os caingangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá, que se apaixonou ao
ver Naipi. No dia da festa de consagração da jovem índia, enquanto o pajé e os caciques bebiam cauim
(bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa
que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Ao saber da fuga de Naipi e Tarobá, M’boi ficou furioso. Penetrou as entranhas da terra,
retorcendo o seu corpo e produzindo uma enorme fenda que formou as cataratas. Envolvidos pelas
águas dessa imensa cachoeira, a piroga (embarcação indígena a remo) e os fugitivos caíram de uma
grande altura desaparecendo para sempre.
Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas
águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a
garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro vingativo vigia
eternamente as duas vítimas.
Disponível em: https://grupocataratas.com/lenda_das_cataratas/. Acesso em: 08.09.22.
11. (9AL2.4-A) Em “Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira...”, a expressão destacada retoma
(A) entranhas.
(B) rio Iguaçu.
(C) cataratas.
(D) piroga.
12. (9L2.1-B) Identifique o trecho que indica quando aconteceu o conflito na história.
(A) “... vigia eternamente as duas vítimas.”.
(B) “No dia da festa de consagração da jovem índia...”.
(C) “Havia, porém, entre os caingangues, um jovem guerreiro...”.
(D) “... caíram de uma grande altura desaparecendo para sempre.”.
13. (9AL2.4-A) A expressão destacada em “... onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas
vítimas.” faz referência a
(A) Igobi.
(B) Tupã.
(C) M’boi.
(D) Tarobá.