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TURMA: ________________________________________________________________________________
BLOCO 1
LÍNGUA PORTUGUESA
SETEMBRO / 2023
1
Simulado Areias 1 - Língua Portuguesa - 9º ano – BLOCO 1
TEXTO 1
2. (9AL2.4- C) No verso “Escrevi teu nome no papel” o pronome destacado faz referência ao
(A) leitor.
(B) papel.
(C) eu lírico.
(D) ser amado.
TEXTO 2
2
4. (9L2.2-A) O texto I é parecido com o texto II porque eles
(A) falam sobre a beleza do ser amado.
(B) mostram o amor não correspondido.
(C) usam elementos da natureza para se expressar.
(D) formam a mesma imagem utilizando as palavras.
TEXTO 3
Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais
rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer
terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do
que eu estou falando. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora.
Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua.
Elas seriam mais ou menos assim:
DA BOLA - A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve.
No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu
irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar uma pedra, lata ou outro
objeto contundente, recomenda-se jogar de sapatos. [...]
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. São Paulo: Ática, 2002 (fragmento).
TEXTO 4
A Menina
Primeiro dia de aula. A menina escreveu seu nome completo na primeira página do caderno
escolar, depois seu endereço, depois "Porto Alegre", depois "Rio Grande do Sul", depois "Brasil",
"América do Sul", "Terra", "Sistema Solar", "Via Láctea" e "Universo". A menina sentada ao seu lado
olhou, viu o que ela tinha escrito, e disse: "Faltou o CEP." Ficaram inimigas para o resto da vida.
Ela era apaixonada pelo Marcos, o Marcos não lhe dava bola. Um dia, no recreio, uma bola
chutada pelo Marcos bateu na sua coxa. Ele abanou de longe, gritou "Desculpa", depois foi difícil tomar
banho de chuveiro sem molhar a coxa e apagar a marca da bola. Ela teve que ficar com a perna dobrada
para fora do box, a mãe não entendeu o chão todo molhado, mas o que é que mãe entende de paixão?
Quem mais sofria com a paixão da menina pelo Marcos era o seu irmão menor, o Fiapo. Tinha
dias em que ela chegava da escola e pegava o Fiapo num abraço tão apertado que ele começava a
espernear e a gritar "Mãe!".
Sua melhor amiga era a Rute, que anunciou que teria três filhos, Suzana, Sueli e Sukarno.
― "Sukarno"?!
― Li o nome no jornal.
― Mas por que "Sukarno"?!
― Não tem nome de homem que começa com "Su".
E a Rute nem queria ouvir falar em não ter filho homem, o que resolveria o problema. Não
transigiria.
[...]
3
Disponível em: https://cutt.ly/y3oGAfk. Acesso em: 07.02.23
8. (D3) A expressão destacada em “... o Marcos não lhe dava bola.”, significa
(A) Não dar atenção a ela.
(B) Não passar a bola para ela.
(C) Não entender que ela queria jogar.
(D) Não saber que ela estava apaixonada.
11. (D17) Em “... espernear e a gritar "Mãe!".”, o ponto de exclamação reforça o sentido de
(A) alegria.
(B) surpresa.
(C) desespero.
(D) contentamento.
TEXTO 5
Ai! Se sesse…
13. (9L2.1-J) A repetição de sons parecidos no final dos versos do poema serve para
(A) dificultar a leitura do texto.
(B) tornar o texto mais expressivo.
(C) complicar o entendimento do texto.
(D) mostrar que as pessoas falam errado.
4
SIMULADO AREIAS 1 - LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO
ALUNO: ________________________________________________________________________________
TURMA: ________________________________________________________________________________
BLOCO 2
LÍNGUA PORTUGUESA
SETEMBRO / 2023
5
Simulado Areias 1 - Língua Portuguesa - 9º ano – BLOCO 2
TEXTO 1
Minha vocação
Uma das atividades que mais deliciam os adultos é perguntar aos pimpolhos o que vão ser quando
crescer.
Entre meus amigos de infância, a resposta-padrão era médico ou advogado. Algum, mais
aventureiro, respondia: "Vou dirigir caminhão!"
Minha resposta era a mais esquisita — Escritor.
Tinha me apaixonado pela ideia de ser escritor, embora não soubesse bem de que se tratava.
— O que faz um escritor? — perguntava minha mãe.
— Escreve! — eu respondia, cheio de razão.
Ao longo da adolescência, a crise explodia nos almoços de domingo:
— Vou prestar bioquímica — avisava meu irmão mais velho.
Mamãe também não sabia o que era, mas parecia algo respeitável. Chegava minha vez:
— Quero ser escritor.
— De que vai viver?
Essa era a questão. Segundo todas as informações, artistas em geral passavam fome.
— O certo é você ter uma profissão e escrever nas horas vagas - aconselhava meu pai.
Eu teimava, dizendo que o dinheiro não era importante. Mas a satisfação.
— Quero ver a satisfação quando não tiver com que pagar o aluguel!
O almoço tornava-se um caos. Mamãe perguntava onde se estuda para ser escritor? Eu me calava.
Médicos, advogados e engenheiros estudam em faculdades. Agora... escritores? Como alguém se
tornava um?
Tentava seguir o conselho de Monteiro Lobato: ler bastante. Para escrever bem, é preciso ler muito.
Eu me afundava nos livros.
Um amigo da escola me aconselhou: "Só com bastante experiência de vida. Como você vai falar
sobre a vida dos outros, se não passar por tudo?"
Disponível em: https://cutt.ly/k3o8dZ9. Acesso em: 07.02.23
2. (D3) A expressão destacada em “Eu me afundava nos livros.”, indica que o narrador
(A) escrevia muitos livros.
(B) lia sobre a vida dos outros.
(C) passava muito tempo lendo.
(D) deitava-se no meio dos livros.
6
Leia o texto para responder às questões de 5 a 7.
TEXTO 2
Paralisia do sono
Barbara saltitava entre cervos pelos mais verdejantes campos que seus olhos já foram capazes de
testemunhar. O sol lhe sorria pétalas, o vento lhe entregava bússolas, e as vozes lhe entoavam cálidas.
Houve risos ao redor. Houve sons em ré maior.
Na verdade, tinha medo de cervos. Mas o ambiente lhe concedia segurança. E não apenas isso. No
instante seguinte, sentiu o toque leve e apaixonado. Os dedos dele em sua mão. Virou-se e contemplou os
olhos radiantes do homem que amava. Sua presença pulsava segurança. Nada, em lugar algum, poderia
ameaçá-la. Ele prometeu-lhe amor e, quando fosse pouco, lhe daria o mundo, estrelas e chocolates.
6. (9L2.1-B) Em “No instante seguinte, sentiu o toque leve...”, a expressão destacada indica
(A) As características do narrador.
(B) A passagem do tempo na história.
(C) A indicação do espaço da narrativa.
(D) As diferentes fases do sono de Bárbara.
TEXTO 3
Choque cultural
Todos ficaram preocupados quando o Márcio e a Bete começaram a namorar, porque cedo ou
tarde haveria um choque cultural. Márcio era louco por futebol, Bete só sabia que futebol se jogava com os
pés, ou aquilo era basquete? Avisaram a Bete que para acompanhar o Márcio era preciso acompanhar a
sua paixão, e ela disse que não esquentassem, iria todos os dias com o Márcio ao Beira-Mar, se ele
quisesse.
― Beira-Rio, Bete...
Naquele domingo mesmo, Bete estava com Márcio no Beira-Rio, pronta para torcer ao seu lado, e
quase provocou uma síncope em Márcio quando tirou o casaco do abrigo.
― O que é isso?!
Estava com a camiseta do Grêmio, em marcante contraste com o vermelho que Márcio e todos a
sua volta vestiam. Desculpou-se. Disse que pensara que se pudesse escolher uma camiseta que
combinasse com a roupa e...
― Está bem, está bem ― interrompeu o Márcio. ― Agora veste o casaco outra vez.
― Certo ― disse Bete, obedecendo. E em seguida gritou “Inter!”, depois virou-se para o Márcio e
disse:
― O nosso é o Inter, não é?
― É, é.
― Inter! Olha, eu acho que foi gol!
― O jogo ainda não começou. Os times estão entrando em campo.
[...]
Márcio olhou para Bete. O que fora?
7
― O juiz apita?! ― perguntou Bete, com os olhos arregalados.
― É, o juiz sopra um apito. Aquilo que ele tem pendurado no pescoço é um apito.
― Ah.
Bete sentiu-se aliviada. Por alguns instantes, a ideia de um homem que apitava, sabia-se lá por que
mecanismo insólito, quando lhe acenavam uma bandeira, parecia sintetizar toda a estranheza daquele
ambiente em que se metera, por amor. Ele não apitava. Soprava um apito. Era diferente.
Mas Bete notou, pela cara do Márcio quando ela disse “Ah”, que estava tudo acabado.
9. (9L2.1-D) A parte destacada no trecho “― Está bem, está bem ― interrompeu o Márcio”, indica
(A) A voz do narrador.
(B) O conflito da narrativa.
(C) O desfecho da narrativa.
(D) A fala de um personagem.
TEXTO 4
"Não me lembro mais qual foi nosso começo.
Sei que não começamos pelo começo.
Já era amor antes de ser."
Clarice Lispector
TEXTO 5
Relógio
As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêm
Não em vão
8
As horas
Vão e vêm
Não em vão
13. (9L2.1-J) O autor utilizou a repetição de palavras iguais ou parecidas, no poema, para
(A) destacar as horas perdidas.
(B) imitar o ritmo de um relógio.
(C) indicar que as horas não mudam.
(D) mostrar que o relógio está parando.