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QUESTÃO 1
Leia os textos a seguir e responda à questão.
Texto 1
A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões
da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola
um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta
vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá
Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao
médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio deJaneiro:José Olympio, 1985, p. 24.
Texto 2
Poeta à vista
Não sei como pôr para fora Uma palavra aqui,
essas ideias malucas outra palavra ali...
que me sacodem a cabeça. Parece que achei o caminho!
E coisa muito esquisita, Epa! Mas isso tem cara de verso!
parece assombração: Será que eu sou poeta?
palavras que nascem feitas
sem nenhuma explicação. E agora? Que vergonha!
Só me faltava mais essa...
Contar aos pais Outro segredo bem trancado
não adianta... Vão dizer: no fundo do coração.
“E tudo imaginação!”
Falar com a turma... não sei. Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões.
6 ed., São Paulo: Moderna, 1992.
Pode virar gozação.
O jeito é tentar guardar
esse caso para mim mesmo
e colocar no papel
os recados da emoção.
A partir da compreensão dos textos lidos, podemos concluir que um dos itens a seguir NÃO corresponde
às ideias dos dois textos. Assinale-o.
(A) A poesia é uma forma de desprender-se da realidade, de viajar por meio da palavra.
(B) Ambos os textos tratam do nascimento de um poeta, embora Paulo (texto 1) ainda não tenha
consciência disso.
(C) Os dois garotos sentem vergonha por se descobrirem poetas.
(D) A poesia é associada pelas pessoas a maluquices, a ideias esquisitas.
QUESTÃO 2
Texto 3
O porco voador
FILADÉLFIA — Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos. A Federal Aviation Administration,
FAA, investiga como um porco — isso mesmo, um porco — de 135 Kg conseguiu embarcar na primeira
classe de um Boeing 757. E mais, nele viajou por seis horas. Segundo os relatos, o animal foi embarcado
no dia 17 de outubro, no voo 107 sem escalas, da companhia USAirways que saiu de Filadélfia para
Seattle. A bordo, além do suíno, suas duas proprietárias e outros 198 humanos.
O voo, noturno, transcorreu tranquilo durante o percurso, com a maioria dos passageiros
dormindo. A paz acabou no pouso em Seattle.
A FAA afirma que a confusão começou quando o Boeing 757 já taxiava na pista. Neste momento, o
porco, estressado mesmo sem ter viajado na classe econômica, ficou descontrolado e começou a correr
pelos corredores. Perseguido pela tripulação, defecou em vários pontos, tentou invadir a cabine de
comando e acabou escondendo-se na cozinha onde foi cercado. O encrenqueiro foi expulso — por um
elevador de carga — pelas donas.
De acordo com um jornal da Filadélfia, o porco embarcou no avião normalmente. Pelas escadas.
Descrito como um animal de serviço — tipo guia de cegos — com peso declarado de apenas 5,8 quilos,
teve até direito a bilhete próprio adquirido no balcão.
As aeromoças teriam tentado prendê-lo num compartimento na traseira, mas estava bloqueado.
Instalaram o porco, então, entre as poltronas 1A e 1C da primeira classe.
[...] (JB/ 2007)
“A federação Aviation Administration, FAA, investiga como um porco - isso mesmo, um porco de 135
kg...”, o segmento isso mesmo, um porco é justificado porque
QUESTÃO 3
Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital, essa charge faz uma crítica a respeito da
(A) dificuldade na distribuição de computadores nas áreas rurais.
(B) capacidade das tecnologias em aproximar realidades distantes.
(C) escolha das prioridades no atendimento às reais necessidades da população.
(D) ausência de políticas públicas para o acesso da população a computadores.
QUESTÃO 4
“Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca,
como também o ‘vacilão’.”
“Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão’ e ‘é merrmo’ para um amigo pode até
doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.”
“Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção carioca.”
“Chamar um quase desconhecido de ‘querido’ é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem
quem ainda não se conhece direito.”
“O ‘ele é um querido’ é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”
SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).
Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o variado repertório
linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações específicas de uso social. A
respeito desse repertório, atesta-se o(a)
QUESTÃO 5
A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de
outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência criticada
na tirinha sobre esse processo é a
QUESTÃO 6
Leia o poema:
Ai se sêsse
O poema foi construído com formas do português não padrão, tais como “juntim”, “nois”, “tarvês”. Essas
formas legitimam-se na construção do texto, pois
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QUESTÃO 8
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a
partir de onde os pés pisam.
Toso ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são
seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar
social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em
que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o
animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.
(BOFF, Leonardo. A águia a e galinha. 4 ed. RJ: Sextante, 1999)
A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de:
QUESTÃO 9
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de
interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma
atitude
QUESTÃO 10
Leia o texto :
Segundo o texto, com as tecnologias de informação e comunicação, a prática do bullying ganha novas
nuances de perversidade e é potencializada pelo fato de