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6º ano – Produção

Questão 9
Identifique o grau de formalidade da linguagem nas situações a seguir, numerando-as de 1 a 3, sendo 1 o
menor grau e 3 o maior.
1 Informal 2 Pouco formal 3 Mais formal
( ) Um jornal apresentado na televisão.
( ) Uma conversa entre amigos.
( ) Transmissão de uma informação a uma pessoa mais velha.
A) 3-2-1
B) 2-3-1
C) 3-1-2
D) 1-2-3
GABARITO: C

Questão 10
Atualmente, vemos o largo uso do podcast para difundir conteúdo de interesse das organizações. Esse
formato (podcast) é essencialmente:
A) Sonoro
B) Visual
C) Audiovisual
D) Imagético
GABARITO: A

9º ano - Português
TEXTO 1
Leia para responder as questões de 1 e 2.

“João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história”.
                                       Carlos Drummond de Andrade

Questão 1
Em “João amava Teresa que amava Raimundo...”, a oração destacada classifica-se como:
A) Oração subordinada substantiva objetiva direta
B) Oração subordinada adjetiva restritiva
C) Oração subordinada adjetiva explicativa
D) Oração subordinada adverbial final
GABARITO: B

Leia os versos a seguir:


“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.”

Questão 2 Os termos em destaque são respectivamente


A) conjunção integrante, pronome relativo, conjunção coordenada explicativa
B) conjunção coordenada explicativas, conjunção integrante, pronome relativo
C) pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo,
D) pronome relativo, conjunção explicativa, pronome relativo
GABARITO: C

TEXTO 2

GERAÇÃO DO CELULAR
Inaê Soares da Silva

O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasileiros e tem ocupado
quase a metade das horas vagas da população. Especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas.
Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra; na verdade,
ficam vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no trabalho. As pessoas
precisam aprender ter mais contato com o mundo real.
As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou no celular diante
de jogos quando poderiam usar esse tempo para uma boa leitura de bons livros ou para uma conversa
com os amigos. Adultos chegam do trabalho e vão direto conferir as últimas atualizações dos aplicativos
de relacionamentos; até idosos estão aderindo à nova tecnologia. A cultura da população está mudando e
isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato com as
pessoas, mas está ocorrendo o contrário. O que veio para aproximar, acabou afastando. As redes sociais
estão tornando as pessoas antissociais. A comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas
atitudes humanas, como o “bom dia” ou “por favor”, são raros.
Temos que incentivar crianças, adolescentes e até mesmo adultos a se desconectarem do mundo
virtual para se conectarem ao mundo real. Deixar o celular desligado quando estiver em família, curtir um
passeio sem tantas selfies e dar preferência ao bate-papo olho-no-olho são situações que fortalecerão o
relacionamento e o amor.
Da Silva, Inaê Soares. Escola João Moreira Barroso. Setembro de 2017 (Adaptado). Professor Maurício Araújo
Questão 03
De acordo com a autora, qual é o comportamento atual dos usuários do celular em relação aos aplicativos
de relacionamento?
A) Os usuários usam o celular excessivamente.
B) Eles estão passando todo o seu tempo livre nas redes sociais.
C) Os usuários usam todos os dias o celular, mas conseguem limitar o tempo que passam nas redes
sociais.
D) Usam as redes sociais apenas para se relacionar amorosamente.
Gabarito: A

Questão 04
Para diminuir os problemas ocasionados pelo celular, a autora propõe uma solução. Qual?
A) “As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras.”
B) “A comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes humanas, como o “bom dia”, “por
favor”, são raros.”
C) “O que veio para aproximar, acabou afastando.”
D) “Temos que incentivar às crianças, aos adolescentes e até aos adultos a se desconectarem do mundo
virtual para se conectarem com o mundo real.”
Gabarito: D

Questão 5
No período “Embora lhe desaprovassem o comportamento, receberam-no com respeito.”, podemos afirmar
que ocorre uma oração:
A) coordenada explicativa
B) subordinada adverbial concessiva
C) subordinada adverbial conformativa
D) coordenada adversativa
Gabarito: B

9º ano - Literatura
O excerto a seguir foi retirado de um conto de Clarice Lispector. Leia-o com atenção para
responder à questão 6. 

A mensagem
A princípio, quando a moça disse que sentia angústia, o rapaz se surpreendeu tanto que corou e
mudou rapidamente de assunto para disfarçar o aceleramento do coração.
Mas há muito tempo – desde que era jovem – ele passara afoitamente do simplismo infantil de falar dos
acontecimentos em termos de “coincidência”. Ou melhor – evoluindo muito e não acreditando nunca mais
– ele considerava a expressão “coincidência” um novo truque de palavras e um renovado ludibrio.
Assim, engolida emocionalmente a alegria involuntária que a verdadeiramente espantosa
coincidência dela também sentir angústia lhe provocara – ele se viu falando com ela na própria angústia, e
logo com uma moça! ele que de coração de mulher só recebera o beijo de mãe.
Viu-se conversando com ela, escondendo com secura o maravilhamento de enfim poder falar sobre
coisas que realmente importavam; e logo com uma moça! Conversavam também sobre livros, mal podiam
esconder a urgência que tinham de pôr em dia tudo em que nunca antes haviam falado. Mesmo assim,
jamais certas palavras eram pronunciadas entre ambos. Desta vez não porque a expressão fosse mais
uma armadilha de que os outros dispõem para enganar os moços. Mas por vergonha. Porque nem tudo
ele teria coragem de dizer, mesmo que ela, por sentir angústia, fosse pessoa de confiança. Nem em
missão ele falaria jamais, embora essa expressão tão perfeita, que ele por assim dizer criara, lhe ardesse
na boca, ansiosa por ser dita.
Naturalmente, o fato dela também sofrer simplificara o modo de se tratar uma moça, conferindo-lhe
um caráter masculino. Ele passou a tratá-la como camarada.
Ela mesma também passou a ostentar com modéstia aureolada a própria angústia [...]. Híbridos –
ainda sem terem escolhido um modo pessoal de andar, e sem terem ainda uma caligrafia definitiva, cada
dia a copiarem os pontos de aula com letra diferente – híbridos eles se procuravam, mal disfarçando a
gravidade. Uma vez ou outra, ele ainda sentia aquela incrédula aceitação de coincidência: ele tão original
ter encontrado alguém que falava sua língua! Aos poucos compactuaram. Bastava ela dizer, como numa
senha, “passei ontem uma tarde ruim”, e ele sabia com austeridade que ela sofria como ele sofria. Havia
tristeza, orgulho e audácia entre ambos.
Até que também a palavra angústia foi secando, mostrando como a linguagem falada mentia. 
(Eles queriam um dia escrever.) A palavra angústia passou a tomar aquele tom que os outros usavam, e
passou a ser um motivo de leve hostilidade entre ambos. Quando ele sofria, achava uma gafe ela falar em
angústia. “Eu já superei essa palavra”, ele sempre superava tudo antes dela, só depois é que a moça o
alcançava.
E aos poucos ela se cansou de ser aos olhos dele a única mulher angustiada. Apesar disso lhe
conferir um caráter intelectual, ela também era alerta a essa espécie de equívocos. Pois ambos queriam,
acima de tudo, ser autênticos. [...]

LISPECTOR, Clarice. A mensagem. In A felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 120. (Fragmento). 

Questão 6
Percebe-se uma transformação na relação entre os personagens, no penúltimo parágrafo do
trecho. Releia-o e, em seguida, marque a alternativa que contém uma afirmação correta a seu respeito. 

“Até que também a palavra angústia foi secando, mostrando como a linguagem falada mentia. (Eles
queriam um dia escrever.) A palavra angústia passou a tomar aquele tom que os outros usavam, e passou
a ser um motivo de leve hostilidade entre ambos. Quando ele sofria, achava uma gafe ela falar em
angústia. ‘Eu já superei essa palavra’, ele sempre superava tudo antes dela, só depois é que a moça o
alcançava.”
a) A palavra que em “que a moça o alcançava” é um pronome relativo que retoma o substantivo depois.
b)  A oração subordinada adjetiva “que os outros usavam” contribui para descrever uma mudança na
relação entre os personagens, já que, em contraposição aos outros, os dois passaram a se tornar cada
vez mais íntimos um do outro.
c) A oração subordinada adjetiva “que os outros usavam” é explicativa, uma vez que especifica qual era o
tom que a palavra angústia havia assumido entre os personagens.
d) A oração subordinada adjetiva restritiva “que os outros usavam” contribui para explicitar que a
palavra angústia havia deixado de ser um motivo de identificação entre os personagens.

Gabarito: D

O excerto a seguir, também retirado do conto “A mensagem”, retrata o único momento do


conto em que há narrativa de ações. Depois de um momento de estranhamento entre os
personagens diante de uma casa velha, eles se despedem e a menina entra em um ônibus.  Leia o
trecho com atenção para responder à questão 7.

[...]
Num sobressalto, fascinado, o rapaz viu-a correr como uma doida para não perder o ônibus,
intrigado viu-a subir no ônibus como um macaco de saia curta.
Alguma coisa incômoda o desequilibrara. O que era? Um momento de grande desconfiança o
tomava. Mas o que era?! Urgentemente, inquietantemente: o que era? Ele a vira correr toda ágil mesmo
que o coração de moça, ele bem adivinhava, estivesse pálido. E vira-a, toda cheia de impotente amor pela
humanidade, subir como um macaco no ônibus – e viu-a depois sentar-se quieta e comportada,
recompondo a blusa enquanto esperava que o ônibus andasse... Seria isso? Mas o que poderia haver
nisso que o enchia de desconfiada atenção? Talvez o fato dela ter corrido à toa, pois o ônibus ainda não ia
partir, havia pois tempo... Ela nem precisava ter corrido... Mas o que havia nisso tudo que fazia com que
ele erguesse as orelhas em escuta angustiada, numa surdez de quem jamais ouvirá a explicação? 
Ele tinha acabado de nascer um homem. Mas, mal assumira o seu nascimento, e estava
assumindo aquele peso no peito: mal assumira a sua glória, e uma experiência insondável dava-lhe a
primeira futura ruga. [...] Estaria ele tendo o primeiro medo de que alguma coisa fosse impossível? A moça
era um zero naquele ônibus parado, e, no entanto, homem que agora ele era, o rapaz de súbito precisava
se inclinar para aquele nada, para aquela moça. E nem ao menos inclinar-se para conceder... Mas,
atolado no seu reino de homem, ele precisava dela.
[...]

LISPECTOR, Clarice. A mensagem. In A felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 120. (Fragmento).

Questão 7
A respeito do trecho extraído e do gênero conto psicológico, marque a alternativa correta.
a) Pode-se dizer que o tempo cronológico é fundamental para a construção do sentido do texto, uma vez
que os acontecimentos mais importantes ocorrem na forma de experiências internas.
b) Pode-se dizer que a narrativa se constrói dando ênfase ao tempo psicológico, uma vez que a ação
externa se resume a apenas um acontecimento: a garota sobe no ônibus.
c) Pode-se dizer que, ao afirmar que a “moça era um zero”, o narrador explicita a insignificância dela para
o rapaz.
d) Pode-se dizer que o rapaz, ao ver a garota correndo em direção ao ônibus, desconfia dela, uma vez
que não havia motivo para que ela se apressasse.

Gabarito: B

Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector:

“Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de
circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com
suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma
aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que
pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo
de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio,
colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era
fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que
havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse
grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos
primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As
pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e
escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a
cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava
entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela
teve medo do Inferno.”
(LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)

Questão 8
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de revelação quando
desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no Jardim Botânico. Neste momento, várias
imagens vão configurando um universo de sensações inesperadas em contato com uma natureza que
sempre esteve no mesmo lugar. Por que agora a percepção desse mundo se tornou diferente?

A) porque a personagem consegue perceber uma verdade que estava escondida dentro dela mesmo.
B) porque a autora conduz a personagem a um conto-de-fadas onde apenas cabe a mentira de suas
aspirações pessoais.
C) porque a autora enfatiza a condição alienada da personagem.
D) porque a personagem vive um momento psicótico que pode levá-la a tirar a própria vida.
Gabarito: A
Questão 9
O narrador, ao descrever as percepções da personagem e sequenciar três sentenças conclusivas
de um estado de espírito (A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não
era o que pensávamos), o verbo “ser” funciona como:
a) uma valorização da morte dentro dos padrões habituais.
b) um maneira de percepção privilegiada do circuito natural dos fenômenos.
c) um modo de conclusão falida e frustrante em relação ao sentido da vida.
d) uma natural condição de não se aceitar o fim das coisas.
e) uma impressão equivocada quanto ao sentido prático dos fenômenos.
Gabarito: B

Questão 10
Nas sentenças “Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado.
Como repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante”, o
travessão encerra uma relação íntima com a natureza ao mesmo tempo assustadora, uma vez que ela:
a) elimina qualquer possibilidade de compreensão do seu papel naquele contexto.
b) estabelece uma distância do seu universo doméstico, o que torna improvável qualquer relação futura
com a humanidade.
c) imprime aos poucos na sua personalidade uma repulsa por qualquer fenômeno que possa vir tirá-la do
seu acomodamento.
d) consegue reunir em seu imaginário opostos que afirmam uma nova fase em sua vida.e)
Gabarito: D

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