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Soja

Uma nova Praga.


Identificação de danos em soja (Glycine max ) de : Spissistilus
sp.
Família: MEMBRACIDAE
Ordem: HOMOPTERA
Espécies relatadas

NOMES COMUNS
Spissistilus Caldwell 1949
- BÚFALO-DA-SOJA.
Spissistilus femorata Fairmaire 1846 (Ceresa)
- TRÊS CORNOS.
Spissistilus festina Say 1830 (Membracis)
- FUNIL-DA-SOJA.
Spissistilus franciscana Stål 1859 (Ceresa)

Spissistilus occidentalis Funkhouser 1915 (Ceresa)

Spissistilus rotundata Stål 1869 (Stictocephala)

Spissistilus uniformis Fairmaire 1846 (Ceresa)


Este informe tem objetivo de alertar e divulgar a classe agronômica e técnica,
quanto ao surgimento deste inseto nas lavouras, causando danos e soja. Os
dados e descrição inseridos neste informativo, foram baseados nas observações
práticas à campo e pesquisa bibliográfica. Pretende-se também despertar o
interresse dos órgãos de pesquisa e principalmente os produtores, para maiores
estudos e testes de controle.
FOTO1

F
OTO2

FOTO3
Fotos 1,2,3. NINFAS

DESCRIÇÃO:
É um inseto de coloração marromesverdeada quando adulto com face triangular
apresentando três cantos, sendo os superiores bem desenvolvidos e
semelhantes ao percevejo marrom da soja, Euchistos eros , e o inferior menor
um pouco. Possui quando adulto 6,0 - 7,0 mm de comprimento, três pares de
patas bem resistêntes e que se prendem com eficiência nas plantas. As ninfas
apresentam coloração marrom-esverdeada , que se confunde ao solo. Se
localizam no colo da planta, após eclodirem dos ovos colocados no solo.
Quando adulto possui asas que também servem de proteção, faz vôos curtos e
tem hábito de saltar. É muito ágil tem grande poder de disseminação para novas
áreas.

HOSPEDEIROS :
Possuem muitas espécies relatadas com danos nos Estados Unidos, Canadá e Europa culturas
como a alfafa, amendoim, soja, forrageiras e também gramíneas . Na fazenda foi encontrado
danos em soja e presença no milho.

CICLO DE VIDA
A postura é feita no solo muito próximo a região do colo da planta, estima-se que o tempo
de incubação gira em torno de 5-8 dias , devido a elevada temperatura do solo. Após a
eclosão a ninfa passa por ínstares ainda não detalhadamente quantificados, porém
estimando entre 4-5 ínstares, perfazendo a fase jovem em aproximadamente 2 a 3
semanas. Os adultos alados, migram para outros campos fazendo a postura. Estima-se que
se não controlado podem ocorrer de 3 a 4 gerações no ciclo da cultura. Observa-se que os
danos são causados principalmente pelas ninfas de segundo ínstar pra frente.

FOTO4
FOTO5

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O ciclo de vida encontrado nas referências, sugere o tempo entre as fases, em condições
ambientais mais amenas. No clima tropical estas fases ocorrem em menor tempo, tornando sua
reinfestação mais rápida.

DANOS
Os danos causados são divididos em: DANOS DAS NINFAS: As ninfas apresentam danos
quando começam a se alimentar, estima-se que a partir do segundo ou terceiro ínstar.
Ocorrem nas hastes da soja, com o aparelho bucal SUGADOR, introduz o estilete nos
caules da soja sugando a seiva. Observa-se danos em soja com caules novos(V3-Vn) e
também na fase preprodutiva(R1-R6) em caules secundários, pecíolos das folhas e ramos
mais jovens. Atinge a periferia do caule, com perfurações contínuas e bem próximas umas
das outras. Causando um dano semelhante a um anelamento da casca da planta.
Atinge o floema e o principal dano se dá ao interferir na translocação de seiva para a raiz
causando perda de energia, entrada de microorganismos e a morte antes da maturação
fisiológica. É de grande importância a correta identificação do dano, pode ser confundido
com os danos do Tamanduá-da-soja, Sternechus subsignatus, e também danos tardios de
Lagarta - elasmo e rosca, Elasmopalpus lignosellus e Agrotis ipsilon.
FOTO7

FOTO8
Fotos 7 e 8. Danos causados pelas ninfas nas hastes principais da soja. A soja apresenta
capacidade de cicatrizar os ferimentos e não perder totalmente a transolação de seiva.
DANOS DOS ADULTOS.
Agem principalmente como desfolhantes. Possuem um aparelho bucal bem desenvolvido,
embora sugador com um estilete muito resistente e capaz de causar danos em vários
estádios da planta, se observa que é causador de desfolha também. Agindo com desfolha
semenlhante às cigarrinhas, ceresa sp.

CONTROLE

Não existem produtos registrados para o controle deste inseto, pode-se obter sucesso com
produtos utilizados para o controle de percevejos, tamanduá-da-soja e cigarrinhas. As
ninfas são alvos difíceis, o controle dos adultos é mais fácil, indica-se trabalhar com baterias
de controle.
Aspecto geral do dano na lavoura, morte em reboleiras, antes da maturação.
Fonte:Universidade da Georgia

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