BRASIL

JORNAL Preço para o Rio: Cr$ 30,00

1990 Ano C — N° 97
SA 1990 Rio de Janeiro — Sábado, 14 de julho de
© JORNAL DO BRASIL Fernanda Mayrink

Ônibus sobe
empo
l> ^Ajm^^fcn^^^.- ,jm *:m
No Rio e em Niterói, _ iEJP# ilte:
céu nublado na madru- H? M:; • 1 43949% e a
L 1,OHW
gada e manhã, passan-
do a bom. Temperatura
em declínio. Máxima e acaba
mínima de ontem: 24,1° greve
e 14,3° em Bangu. Mar Os ônibus voltaram a circular ontem no
calmo e visibilidade boa. Foto do
satélite, mapa e tempo no mundo, Rio e a partir de hoje os preços das passa-
Na maio-
Cidade, pág. 2. gens terão aumento de 43,49%.
ria das linhas, a tarifa sobe de CrS 12,
R. I. hasanello
cobrados desde 3 de março, para Cr$ 17.
Motoristas e trocadores, que reivindica-
vam reajuste de 90%, só receberão 44%.
Em Brasília, o Ministério da Econo-
mia espera as planilhas de custos das
empresas, para apurar se o aumento foi
repassado para as passagens, o que a
Medida Provisória 193 proíbe; se foi, o
contra o au-
governo federal recorrerá
mento. Hoje também aumentam (40%)
do metrô — mesmo em
as passagens
desde o dia 6 —, dos aerobarcos e
^mmmm'fSS^MI^^SÊÊÊKÊBÊÊÊÊBÊ^ aiMae—W—imm greve
dos bondes de Santa Teresa; amanhã,
conseguir lugar para viajar sobem as barcas (Cidade, página 3)
Com poucos ônibus rodando durante todo o dia, foi difícil

^W^jH Mínimo ganha

traz do I
Paraguai
Policia 27,1% e vai a

es-
? A viajante executiva exige estilo 4.904,76
moda. Roupa que não amassa Cr$
pecialda
e mantém a boa figura, bagagem prati- O novo salário mínimo é de Cr$
ca que não pese e acessorios de boa 0 seqüestros 4.904,76, em vigor a partir de Io de
è desenvolvido
qualidade. Tudo isso D de
estilistas como coleção especial. A última julho. O valor fixado anteriormente,
pelos
A polícia carioca prendeu três inte- As negociações para resolver o pessoalmente a Assunção. Cr$ 3.857,76, sofreu correção de
exigência foi contornada com a ida 27,14%, baseada em índice estimado
grantes da principal quadrilha de
se- impasse criado com a detenção da Pes-
? Os jardins ao Paraguai do Superintendente pela Fipe (Fundação Instituto de
do Museu de qüestradores que agia na cidade, de- quinta-feira à noite dos nove poli- Polícia Federal em Foz do Iguaçu, quisas Econômicas). A greve de funcio-
rte Moderna pois de uma atribulada operação em ciais cariocas, os três seqüestradores
delegado Wilson Perpétuo. nários do IBGE impediu a realização do
voltam a serio- Assunção, no Paraguai, marcada por e uma equipe de reportagem da Rede A operação Cone-Sul, como foi cálculo pelo índice da Cesta Básica.
cal de música e incidentes diplomáticos. Policiais da Globo demoraram praticamente o foi O secretário de Política Econômica,
chamada a incursão ao Paraguai,
lazer amanhã, Divisão de Repressão a Entorpecen- dia todo. Nas conversas com o Ita- a Antônio Kandir, explicou que a dife-
desencadeada depois que polícia
quando o saxo- tes, afinal, conseguiram trazer para o rença entre o índice estimado e a va-
marati, as autoridades paraguaias na no Rio qua-
fonista Leo Rio Nilo Cunha da Silva, o Profes- prendeu quarta-feira
de riação de preços efetivamente ocorrida1
Gandelman concordavam em libertar os policiais tro pessoas envolvidas no esquema só será reposta no salário de setembro,
sor, apontado como o articulador do
(foto) apresen- e os seqüestradores desde que a Poli- fuga dos seqüestradores. Elas provi- descontados os 27,14% concedidos on-
seqüestro do publicitário Roberto tem. Em agosto, como determina a Lei
ta o espetáculo cia Federal admitisse que tinha co- denciavam passaportes falsos para
Solar, com en- Medina, Alberto Salustiano Borges, e Alberto viajas- 8.030, o salário mínimo será obrigato-
nhecimento prévio da operação e que Nilo, Chocolate
o Chocolate, e o guarda peniten- riamente reajustado em 6,09%. (Pág. 4)
trada franca.
que o delegado Romeu Tuma
fosse sem para Madri. (Cidade, págs. 1 e 5)
Maior número ciário Alberto Magalhães Galvão.
de cariocas po- Brindisi, Itália — AFP
derá conhecer
um trabalho
que Leo define Sem subsídio,
"síntese " muitas
como perfeita das suas
linguagens musicais.
agricultor

Perfil do consumidor faz

? Gugu Liberato. 31 anos, animador de
televisão e empresário cujos negócios mo-
vimentam USS 4 milhões, não é consumi-
dor atinado com o estilo y uppie que muitos
lhe atribuem: importa jeans e cuecas, não
freqüenta motel, lê gibi, adora mousse,
curte Fagncr, Joana e Simone, acha Tom
Cruise bonito e tem uma heroina: sua mãe.
I"
B sM^
*M* ;'; y- x
1 /Jim
/;;s' ,;' £
protesto
Cinco mil agricultores e 200 dirigentes
rurais de Paracatu (MG) transformaram
em protesto a festa a que o presidente
Collor, desde a véspera, decidira não ir,
"Não havia
por causa do mau tempo.
clima no céu nem na terra", ironizou
assessor do governo. Causou a manifesta-
ção o veto da ministra Zélia Cardoso de
Mello ao pedido de subsídio para o setor,
defendido pelo ministro Antônio Cabre-
ra. O presidente da Organização das
!
Cooperativas Brasileiras, Roberto Rodri-
"os
gues, prevê que produtos básicos su- a roupa do corpo,
co^oupa corpo.'comcmoramm a Italia
comemoraram a chegada à
mirão da mesa do consumidor". (Pág. 3) t ,,ue flcixttrum o^pais com

? Dirigida por Moacyr Góes, a peça A
escola dos bufòcs. do autor belga Michel de
Ghelderode, em cartaz no Espaço III, traz
ao panorama teatral do Rio pesquisa de
linguagem nova e despojada.
whimi 11 nan——
e Moto
Carro
Pedidos para
importações
aumentam 40%
Os pedidos para emissão de guias de
importação aumentaram 40% nos pri-
meiros dias de julho em comparação
com as médias do mês em outros anos.
O secretário adjunto do Ministério da
Economia, João Cunha, disse haver
"solicitações de matérias-primas a pro-
dutos finais, mas não de automóveis".
| Acrescentou que o governo estuda mu-
danças no draw-back'— entrada de
mercadorias vinculada à exportação fu-
tura — por não ser mais possível con-
ceder isenção tarifária. O prazo mínimo
externas,
para pagamento das compras
de 90 dias, deve ser mantido. (Pág. 13)
Idéias
livros
PRA'1 fcLfclHtr
? Ao contrário do seu olímpico irmão n.a
Um importado que pode »r tr,azido
Thomas, o escritor alemão Heinrich vai aos EUA é o mais
bagagem de quem
Mann ostentava um temperamento tu-
novo videogame da NEC. Lançado recen-
multuoso, responsável por uma vida
temente, o Turbo Express cabe na mão e
onde se sucederam as paixões e o fundo custa US$ 249, aproximadamente o preço
envolvimento com as causas sociais. de um Master System no Brasil.
Exemplo desse comprometimento é A
e Os supermercados da Barra continuam
pequena cidade, de 1909. Divertido
movimentado, o romance põe em cena oferecendo os menores preços. As cervejas
numerosos figurantes, mas na verdade Kaiser e Malt 90 custam CrS 21 no Paes
Mendonça e CrS 36 na Sendas. No Carre-
o grande personagem é o povo da
four, compra-se Leite Moça a CrS 45 e no
pequena cidade italiana onde se passa
a história — uma gente que se distin- CB. a CrS 74.
estoque
gue pela vocação para a convivência A Finish agora tem uma ponta de
democrática, ou seja, para unir-se sem e vende móveis avulsos ou
no Casashopping
abdicar dos conflitos e diferenças. fora de linha a atraentes. (Página 16)
preços
Albaneses
que
ugiram vao
/'
a Itália
para
Mais de 4 mil albaneses, que há qua-
se duas semanas ocupavam embaixadas
em Tirana, chegaram à Itália em quatro
navios, comemorando a liberdade aos
"Itália, Itália". A maioria le-
gritos de
vava apenas a roupa do corpo, e alguns
carregavam seus pertences em sacos de
plástico e caixas de papelão. Um grupo
de 545, da Embaixada da França, se-
guiu em outro barco para Marselha.
Na URSS, o presidente Mikhail Gor-
do
bachev encerrou o 28° Congresso"está
PCUS, afirmando que o partido
"a ninguém será
vivo" e que permitido
destruir a perestroika". (Págs. 8 e 9)

? Em setembro ou outubro, com preços
na faixa de CrS 500 mil a CrS SOO mil,
estarão ú venda no Brasil os carros Lada,
fabricados na União Soviética. O carro-
chefe será o Samara 1.500 (foto), que faz
16,9 quilômetros com um litro de gasolina.
CANTO DO RIO
? O animador cultural Perfeito Fortuna, carioca
de Bonsucesso, fundou o alternativo Circo Voa-
dor, na Lapa, mas gosta mesmo é do luxo do
Teatro Municipal. Prefere comprar jornais numa
banca do Baixo Leblon e elege o chope do Bar
Luiz como o melhor da cidade. Apesar da violên-
cia, diz que continua amando o Rio, qye compara
a "um ninho cercado pela montanha e o mar".
(Cidade, página 4)
atrito por
? Desde que tiveram um
causa do programa SOS Rodovias,
Ecclestone
destinado à recuperação das rodovias
federais, foi a primeira vez que os dois
se arma para % apareceram em público juntos. A oca-
sião era uma reunião, em São Paulo,
matar F-Indy com empresários da indústria eletroe-
e
A conversa entre o todo-poderoso da letrônica, de base e de máquinas
Fórmula 1, Bernie Ecclestone, e o dono equipamentos — e tanto o ministro da
do autódromo onde são disputadas as Infra-Estrutura, Ozires Silva, como o
500 Milhas de Indianápolis, Tony secretário dos Transportes, Marcelo
George, foi além da inclusão da famosa
Ribeiro, fizeram questão de exibir, por
prova americana no calendário da F-l.
Eles planejam verdadeira revolução no meio de abraços e sorrisos, que tudo
automobilismo — um supercampeona- estava em paz entre eles. Ribeiro des-
to mundial, com quatro ou cinco pro- mentiu que vá deixar o governo por ter
vas de 500 milhas em circuitos ovais, tido vetada por Ozires sua idéia de reali-
além das normais em circuitos mistos.
O projeto apavora os dirigentes da zar o SOS Rodovias sem concorrência
do progra-
Cart, organizadora do campeonato da pública, e anunciou que parte
F-Indy, que temem o fim da categoria, ma poderá ser iniciada já. (Página 3)
objetivo final de Ecclestone. (Página 17)
A
2 ? Io caderno ? sábado, 14/7/90
Coluna do Castello
Para repor a será
credibilidade
ministra Zélia Car-
A doso de Mello dra-
matizou a disposição do
governo de derrubar a 'p\
inflação aludindo a ajus-
tes sem precedentes, a
brutal corte de investi-
mentos e a redução de
despesas até o limite do
inexeqüível. Mas elimi-
Sir
nou assim qualquer dúvida de que o gover-
no do presidente Collor usará todos os re-
cursos para alcançar sua meta de colocar a
inflação nos limites assimiláveis pela estru-
tura da economia do país. Embora tenha
previsto superávit nas contas oficiais de
1,22%, inferior à previsão inicial de 2%,
não deixou dúvida de que o elenco de provi-
dências em curso é suficiente para que
o governo atravesse o ano com uma mudan-
ça concreta nas expectativas de suplantar a
deterioração financeira. Na eleição de 1989,
o eleitorado foi posto diante de duas pro-
postas, a de enfrentar os problemas segundo
inspirações da esquerda ou às práticas da
direita. A opção foi clara e é pela direi-
ta que os problemas estão equacionados e
com perspectiva de solução na medida em
que essa vertente do pensamento político
entende que esteja a solução real.
A presença da ministra da Economia
na rede nacional de televisão parece ter
cumprido o objetivo de alterar as expectati-
vas geradas pelas contestações ao Plano
Collor e alimentadas pelos recentes debates
sobre política salarial. O presidente e sua
equipe não se deixaram envolver por prog-
nósticos sombrios, que emitem atestados
de óbito do seu programa antiinflacio-
nário, e procuraram demonstrar à nação
que não recuarão diante de qualquer difi-
culdade para dar o seu recado. Há plena
consciência no governo do custo social do
seu programa, que começa por impor con-
gelamento dos vencimentos dos servidores
até janeiro, depois de ter posto em disponi-
bilidade ou demitido cerca de 200 mil fun-
cionários públicos. Houve algum ganho fis-
cal, mas os cortes de investimentos parecem
representar o meio mais eficaz para que o
governo chegue a sua previsão de superávit
orçamentário.
Claro que o recado político foi dado
com competência e os candidatos que estão
se lançando à campanha devem medir a
receptividade para aliciamento eleitoral pelo
caminho do combate a uma política que, até
o dia 3 de outubro, possa estar dando pro-
vas de eficiência, sem embargo dos custos
que seriam provisórios na medida em que
persistir a credibilidade na ação do presi-
dente da República. A eleição será um dos
meios para medir esse grau de confiança do
povo numa política originária do seu voto
dado um ano antes. A população haverá de
julgar entre uma política que promete com-
pensações salariais imediatas, ainda que
com risco de acelerar a inflação, e outra que
propõe sacrifícios concretos mas que acene
com melhoria efetiva na base de resultados
já demonstrados na guerra contra a in-
fiação. Essa, sem dúvida, é a nova pro-
posta eleitoral do governo Collor, na base
da qual seus correligionários deverão con-
duzir-se na campanha que, a partir de agos-
to, chegará à televisão.
Na Paraíba
Segundo o senador Humberto Luce-
na. ainda é possível ao PMDB da Pa-
raíba e seus associados enfrentar o fa-
voritismo eleitoral de Wilson Braga e
derrotá-lo na disputa pelo governo estadual.
O candidato, como se sabe, é o ex-prefeito
de Campina Grande Ronaldo Cunha Lima,
homem jovem e com boa imagem pública,
diz. Seu companheiro de chapa, como can-
didato ao Senado, é o deputado Antônio
Mariz. As pesquisas de opinião, em abril,
davam Braga com 43% e Cunha Lima
com 28%. Já em maio, a situação mu-
dou. Braga continuava na frente, com 43%,
e Cunha Lima atrás, mas subindo para
37%. Uma terceira candidatura, a do depu-
tado João Agripino, colocada pelo governa-
dor Buriti, não tem crescido. Considera-se
possível a composição de Buriti com a cha-
pa do PMDB.
"Dá
para ganhar", diz o senador Lu-
cena, acrescentando que, do Piauí à Bahia,
situa-se na Paraíba a melhor perspectiva
eleitoral do seu partido.
ACM, com humildade
Por telefone, diz-me Antônio Carlos
"com
Magalhães que, a ajuda de Deus
e com muita humildade", deverá eleger-se
governador no primeiro turno. Estranhou
que publicasse telex do deputado Joaci
Goes e informou que pretende expor proxi-
mamente fatos que afetariam a carreira po-
lítica do dirigente do PSDB baiano.
Sarney espera em Brasília
No seu sítio de São José do Pericu-
mã, o ex-presidente José Sarney aguarda o
julgamento do Tribunal Eleitoral do Pará,
para decidir se irá à disputa eleitoral no
Amapá, ou não. Ele está confiante no êxito
da tese do PMDB desse estado, mas não se
movimentará enquanto o tribunal não deci-
dir. *
Carlos Castello Branco
n
'Gabinete
paralelo'
lançado
BRASÍLIA — O candidato derrotado do
PT nas eleições presidenciais, deputado Luís
Inácio Lula da Silva, anunciará neste domin-
go, às 1 lh, no auditório do Palácio do Comér-
cio, o início dos trabalhos do gabinete parale-
Io, uma espécie de governo informal com o
dividir o poder com o PSB
qual o PT pretende "acompanhar
e o PDT, visando e fiscalizar a
atuação do governo, propondo políticas alter-
nativas à adotada pelo presidente Collor". A
inauguração do gabinete paralelo será o fecho
da 7' Convenção Nacional do partido, que se
realiza hoje e amanhã, em Brasília.
O gabinete paralelo funcionará em, São
Paulo e terá a participação de 15 coordenado-
res de áreas, repetindo praticamente toda a
estrutura ministerial do governo Fernando
Collor de Mello. Ao decidir partir para a
experiência, única no mundo entre os países
que adotam o sistema presidencialista, PT,
PDT e PSB foram buscar inspiração nas expe-
riências de alguns países europeus que adotam
o sistema parlamentarista, como a Inglaterra,
que possui o shadow cabinet.
Ministros — Alguns dos nomes que
integrarão o ministério desse primeiro gabinete
paralelo da América do Sul ainda são manti-
dos em sigilo. Foram divulgados até agora os
nomes dos responsáveis pelas áreas da Educa-
ção — Cristóvam Buarque, ex-reitor da UnB;
Trabalho e Previdência Social — deputado
Paulo Paim (PT-RS); Economia — Walter
Barelli, ex-diretor do Dieese; Reforma Consti-
tucional — senador José Paulo Bisol (PSB-
RS); Ciência de Tecnologia — cientista Luís
Pinguelli Rosa; Cultura — sociólogo Antonio
Maluf alcança
e maior índice
SÃO PAULO — O candidato do PDS
ao governo de São Paulo, Paulo Maluf,
lidera a corrida eleitoral no estado, segundo
pesquisa divulgada pela empresa Sensus Mer-
cado & Opinião, que entrevistou 2.500 eleito-
res. Maluf alcançou 35,3% das intenções de
voto, enquanto o seu maior adversário, o
candidato do PSDB, Mário Covas, conquis-
tou o segundo lugar com 27,2%. O pemede-
bista Luiz Antonio Fleury Filho — candidato
do governador Orestes Quércia —, ocupa o
terceiro lugar com 6,7%, praticamente empa-
tado com o candidato do PT, Plínio de Ar-
ruda Sampaio, que obteve 6,6% das intenções
de voto. O ex-vice-governador Almino Afon-
so, do PDT, aparece em quarto lugar com
2%, pouco acima de Adhemar de Barros Fi-
lho, do PRP, com 1,9%.
Promovida pelo instituto contratado pelo
PSDB para acompanhar a evolução da cam-
panha eleitoral e, em particular, do desenho
do senador Mário Covas, a pesquisa realizada
entre os dias 28 de junho e 1 de julho aponta
Paulo Maluf como o candidato com maior
percentual de rejeição, com 25,3%. Plínio de
Arruda Sampaio aparece em segundo lugar
com 11,5%. Adhemar de Barros Filho possui
's v
I
COPACABANA: Rua Barata Ribeiro, 370 Loja F- (021) 235-3900
IPANEMA: Rua Visconde de Pirajá, 156 • (021) 267-8196
Brasil JORNAL DO BRASIL
do PT
Táticas de campanha
neste domingo Gilberto Alves — S/12/89
Candidato paulista
Zaca Feitosa — 09/03/90
faz do marketing
sua arma principal
Márcio Chaer
PAULO — Os publicitários subs-
SÂO tituiram, definitivamente, os velhos
coordenadores "Do políticos na campanha elei-
toral paulista. jeito que a coisa está,
vão acabar elegendo um diretor de criação
para o governo do estado", brinca Cláudio
Frederico, chefe do setor de propaganda do
candidato tucano Mário Covas. A verdade é
que se a criatividade na propaganda eleitoral
enfeita a campanha, acaba por tornar a
embalagem mais importante que o produto.
Campeão das pesquisas no estado (39% Covas: cartolas coloridas
das preferências, numa aferição do Ibope), o Zaca Feitosa — 23/11/89
pedessista Paulo Maluf importou do Rio de
Janeiro a mesma Artplan que fez a campa-
nha de Collor no ano passado. Uma das
táticas da campanha será a de veicular o
mínimo possível a imagem física do candi-
dato e fazer com que ele circule o máximo.
Barelli: no 'gabinete paralelo' "O Maluf é simpático no contato
pessoal",
avalia Nélson Luís Souto Jorge, publicitário
Cândido; Comunicações — deputada Cristina da Artplan. Jorge nega que as feições estig-
Tavares (PDT-PE); Agricultura e Reforma matizadas do candidato estimulem seu alto
Agrária — José Gomes da Silva, ex-presidente índice de rejeição. "Ele já é um rosto fami-
do Incra; Justiça — Márcio Thomaz Bastos, liar à população", explica o publicitário.
ex-presidente da OAB. O nome Maluf tornou-se marca registra-
Para o lançamento oficial do gabinete pa- da no Manual da Vitória distribuído entre
ralelo, o PT convocará, inclusive, correspon- todos os candidatos e simpatizantes do PDS.
dentes estrangeiros, que participarão de uma Esse manual padroniza as imagens, cores,
entrevista coletiva com o deputado Luís Iná- dizeres e até a qualidade do material de
cio Lula da Silva — que deverá ser reconduzi- campanha no estado. O slogan da campa-
do à direção nacional do partido. nha Desta vez vai dar Maluf foi colhido .das
ruas, onde há quase uma convicção do favo-
ritismo do candidato. É dele o artefato mais Plinio:a campanha maispobre
Plínio:a mais pobre •t"
original, até agora, na campanha: uma si-
favoritismo mulação da raspadinha, a loteria instantâ- nessa imagem que os propagandistas petis-
nea. No cartão, com duas frases visíveis tas apostam. O material de campanha do f
("Não jogue na ilusão! Raspe na certeza!"), partido, até agora, é bem pobre. Um proble-
ao se raspar um retângulo cinza surge o ma que os petistas pretendem resolver com a
de rejeição slogan malufista. importação do médico ginecologista baiano I
Sobriedade — Os publicitários do Cândido Vacareza para a tesouraria da cam- *
Arquivo "Ele vai ajudar no duro
segundo colocado nas pesquisas, Mário Co- panha. parto finan-
vas, planejam explorar a sobriedade do can- ceiro da campanha", ironiza um assessor do
didato para contrastar com o excesso de partido.
marketing dos concorrentes. Para isso, con- O lanterninha da campanha continua
tratou-se a PC Art Computação Gráfica, a sendo o candidato do governador Orestes
produtora do jornalista Paulo Markun, para Quércia, Luís Antonio Fleury Filho. Com a
a realização dos programas no horário gra- mesma marca das obras do governador
tuito e duas outras produtoras para vinhe- (Tempo Novo), Fleury vai enfrentar seus
tas: a Nada, do radialista Osmar Santos, e a adversários com um agressivo slogan: São
Manduri, de Mimito Gomes. Os programas Paulo merece respeito, numa insinuação ao
de rádio serão dirigidos por Élvio Mencari- fato de os dois principais candidatos da
ni. campanha — Maluf e Covas — estarem
Uma das peças da campanha do PSDB é disputando "como prêmio de consolação" o
um engenhoso chapéu em cartolina, que governo do estado, depois de terem sido
funde a figura de um tucano com a do mapa derrotados na disputa para a Presidência da
de São Paulo, nas cores do partido — azul e República.
amarelo. O candidato ao Senado, Franco Além do entusiasmado apoio de Quércia,
Montoro — favorito na disputa da vaga —, Fleury terá outro poderoso instrumento pa-
resolveu resgatar o mesmo logotipo de sua ra melhorar sua situação: quase I hora diá-
campanha de 1982, quando se elegeu gover- ria no programa eleitoral gratuito. Um dos
recursos para ocupar esse tempo será o pró-
nador paulista: o seu nome grafado com a
Maluf mantém liderança mesma tipologia que tornou famoso o sindi- prio Fleury, nas ruas de São Paulo, entrevis-
cato dos trabalhadores poloneses, o Solida- tando populares sobre os temas mais preo-
7,8%, Mário Covas alcança 7,3% e Luiz An- riedade. cupantes do eleitorado. Nesta semana, o
tonio Fleury Filho, 6,2%. O candidato do Parto difícil — O PT, em São Paulo, candidato gravou longos trechos na fila de
PDT, Almino Afonso é o menos repudiado
sai com sua face mais moderada — o depu- desempregados da Delegacia Regional do
pelos eleitores, com um índice de rejeição de tado federal Plínio de Arruda Sampaio. E é Trabalho paulistana.
apenas 5,6%.
SELO KOSHER
A total liberdade O Rabinado do Rio de Janeiro está oferecendo à
comunidade israelita uma série de produtos alimentí-
cios com um selo de identificação kosher. Os alimen-
de viajar, agora tos recebem o selo kosher sob a supervisão do
Rabino-chefe )acob Israel Blumenfeld. Os seguintes
também começa produtos — já estão à venda com o selo kosher:
Millac chocolatado
Cristal Diet — chocolatado dietético
em Ipanema.' Pudim Nutrícia — sabores chocolate, morango,
caramelo, baunilha e côco
Pudim Dietil — sabores chocolate, morango
e baunilha
Dietil líquido — adoçante
Sojalac — leite de soja em pó
Em breve, mais 50 produtos da Arisco, Lacta, Refina-
ções de Milho do Brasil e outras fábricas também
estarão disponíveis com o selo kosher. Os produtos
podem ser encontrados nos seguintes locais:
Mercearia Kitov — Rua Voluntários da Pátria,
46/loja C- Tel.:286-4067
Supermercados Sendas - Rua José Linhares, 295
— Leblon
Rua Barão de Itambi, 50 — Botafogo
Rua Uruguai, 329 — Tijuca
Rua Paulo Alves, 42 — Ingá, Niterói
Av. Castelo Branco, 6062 — São Paulo
Comidas Congeladas — Tel.: 234-8314 e 255-0142
(sob encomenda)
Leite Chalav Israel — Tel.: 225-3507
Quando você quer sair de férias, fica até CHOPIN
assustado com a quantidade de pacotes turísticos
existentes no mercado e nem sabe para onde ir
ou mesmo como ir? ARTHUR MOREIRA UMA
Sábado • 14 de julho às 22h.
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de Copacabana, agora está inaugurando uma nova Convidado especial do Festival de Chopin 1990 na Áustria,
Arthur Moreira Lima interpreta e explica o melhor da obra
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do genial compositor para uma platéia exclusiva.
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 JORNAL DO BRASIL Brasil sábado, 14/7/90 ? Io caderno 3
?

Veto de Zélia a subsídios desagrada agricultores

João Bosco Rabelo
BRASÍLIA — A revisão do orça-
mcnto divulgada anteontem pela mi-
nistra da Economia, Zélia Cardoso
de Mello, frustrou os cerca de cinco
mil agricultores e mais de 200 diri-
gentes rurais que aguardaram em vão
pelo presidente Fernando Collor on-
tem, na cidade mineira de Paracatu,
para o inicio da colheita da primeira
safra de feijão de seu governo. Com o
veto de Zélia aos Cr$ 40 bilhões de-
fendidos pelo ministro Antônio Ca-
brera, para cobrir a diferença entre os
débitos dos produtores, corrigidos
pelo IPC integral do mês de março,
da ordem de 84%, e os preços mini-
mos agrícolas, atualizados em 41%,
os agricultores já prevêem a falta de
alimentos na mesa do consumidor es-
te ano.
"Quem
planta juro alto, colhe
anistia", comemorava na noite de
quinta-feira o presidente da Organi-
zação das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Roberto Rodrigues. Em ape-
nas duas horas, a comemoração pre-
cipitada do presidente da OCB era
transformada em uma imensa frus-
tração. A confirmação de que Collor
cancelara a visita fez com que a frase
da noite anterior, típica de quem se
habituou ao paternalismo do Estado,
fosse substituída por uma previsão
sombria: "Os produtos básicos vão
sumir da mesa ao consumidor."
Ao final da manhã de ontem, o
clima era desolador: as chuvas conde-
naram as primeiras 200 sacas de fci-
jão separadas para a visita de Collor
e a ausência do presidente cancelara o
churrasco para o qual foram abatidos
20 bois. "O Brasil exporta imposto e
importa subsídio", protestou Rodri-
gues, já prevendo que o governo terá
de importar para suprir o mercado
interno.
Queda-de-braço — A ausência
de Collor foi o primeiro desfecho de
uma queda-de-braço entre a ministra
Rodrigues (D), presidente
da Economia, Zélia Cardoso de Mel-
lo, e o ministro da Agricultura, Antô-
nio Cabrera, vencida pela primeira.
Os Cr$ 40 bilhões defendidos por
Cabrera e vetados por Zélia não en-
traram na revisão do orçamento di-
vulgada anteontem pelo Ministério
da Economia, numa decisão que
acompanha a perspectiva concreta de
recessão, que os dirigentes rurais cal-
culam atravessar este ano. "Pela pri-
meira vez, a agricultura brasileira te-
rá de semear uma safra dentro de um
processo recessivo", queixou-se o
presidente da seção gaúcha da OCB,
Adelarda Cunha.
Se não cancelasse a programação,
o presidente Fernando Collor pode-
ria ter uma recepção hostil por parte
dos cinco mil agricultores que o
aguardavam em Entre-Ribeiros, uma
área plantada de 18 mil hectares, a 85
quilômetros de Paracatu, onde foram
produzidas 360 mil sacas de feijão.
Collor não tinha a fórmula para sal-
var os produtores do pagamento de
pais exporta
orim imposto e importa
porta
seus débitos corrigidos pela inflação
de março, como eles esperavam.
"Avisei ao ministro
Antônio Cabrera
que a recepção poderia ser fria", ad-
mitiu o presidente da OCB, Roberto
Rodrigues. O ministro da Agricultura
também não foi. "Não havia clima
no céu, nem na terra", ironizou um
assessor do governo.
Dias tenebrosos — O contra-
ataque a Zélia, no entanto, não vai
demorar. Ontem mesmo, o presidente
da Confederação Nacional da Agri-
cultura (CNA), Pio Guerra, convo-
cou entrevista coletiva para atacar
duramente a posição defendida pela
ministra, ao mesmo tempo em que
elogiava o empenho do ministro Ca-
brera na defesa dos produtores ru-
rais. Guerra previu dias tenebrosos
para o setor agrícola, repetindo uma
argumentação que não chegou a con-
vencer a área econômica do governo,
empenhada em impor um figurino de
austeridade ás contas públicas.
Contrariados pela primeira vez
Gilberto Alves — Paracatu. MG
^'s^
num pedido de anistia, ainda que
parcial, os produtores vão insistir
com o presidente Collor na adoção de
uma fórmula capaz de dividir os pre-
juízos. Segundo ela, o Banco do Bra-
sil, o Tesouro e a Agricultura arca-
riam com a diferença. O lobby será
acompanhado de um diagnóstico:
30% dos produtores, distribuídos pe-
lo Centro-Oeste, Sul e Sudeste, não
têm condições de pagar o débito cor-
rígido em 84%. Como inadimplentes,
não terão acesso a novo crédito.
__ Em conseqüência, haverá a redu-
ção imediata do plantio, principal-
mente de soja, milho, arroz e café,
este último a longo prazo. Uma pre-
visão que não chega a assustar a
equipe econômica do governo, con-
vencida de que os agricultores con-
tam com recursos próprios para hon-
rar seus compromissos bancários,
sem interromper os investimentos no
plantio e em projetos tecnológicos.
Deputado
quer paridade
na composição do Conin
Cláudia Bensimon blica do governo Sarney, Saulo Ramos,
serviu de base para sua redação.
No texto, Noronha insinua que a
No que depender do deputado Mau-
rício Fruet (PSDB-PR), as entidades ci- emenda de Fruet, aprovada pelo Con-
vis do setor de informática e o governo gresso, foi fruto de lobbies das indústrias
terão igual número de representantes no do setor. Receitou, portanto, que a pari-
Conselho Nacional de Informática e Au- dade dos membros do conselho não fosse
tomação (Conin), ao contrário do que mantida, de modo que, com maior pre-
estabelece o decreto que regulamenta a sença dos representantes do governo,
composição do conselho, divulgado na prevalescessem as opiniões do presidente
última quarta-feira. Segundo o deputado
da República na condução da política do
Fruet, ao garantir 12 cadeiras para o
Executivo e apenas oito para as entida- setor e não a de "arraigados defensores
des civis, o decreto desrespeita o Artigo da reserva de mercado".
39 da Lei de Informática, que recebeu
emenda de sua autoria justamente para Luclano Andrade —10/03/8
"equilíbrio" na tomada
garantir um de
decisões do Conin. "A assessoria jurídica
do PSDB está analisando as medidas
judiciais cabíveis", diz Fruet, anuncian-
do que pretende acionar o presidente
Collor junto ao Supremo Tribunal Fede-
ral (STF).
__ A nova composição do Conin — ór-
gâo máximo na condução da política de
informática, subordinado diretamente à
Presidência da República — traz novida-
des, entre elas a perspectiva de deixar
sem representatividade algumas das as-
W > •
sociações empresariais do setor. Isto por- I:
/
que a escolha dos novos membros será
feita por Collor, a partir de listas tríplices
de candidatos, que deverão pleitear par-
ticipação respondendo edital de convo-
cação, publicado 15 dias após a edição
do decreto.
Para o deputado, o decreto resulta de
uma interpretação errada da legislação.
Ao que tudo indica, um parecer elabora-
do pelo assessor jurídico da Secretaria de
Desenvolvimento Regional da Presidên-
cia da República, Raymundo Noronha,
Fruet: briga por equilíbrio
ex-assessor do consultor-geral da Repú-

Ozires solução rápida dívida Banco Central vende

quer para
SÃO PAULO — O ministro da In- em andamento. Não estamos prevendo Murilo Menon —13/12/08
fra-Estrutura, Ozires Silva, vai comuni- nenhum novo investimento este ano",
car nesta segunra-feira ao ministro inte- disse Ozires, admitindo que seu ministé- em Brasília
jatinho
rino da Economia, Eduardo Teixeira — rio terá dificuldade para pagar as dividas
Zélia Cardoso de Mello estará na Euro- este ano devido ao corte de 39% nos BRASÍLIA — O Banco Central BB, através de licitação pública. Se-
vendeu ontem, através de licitação
pa — que há necessidade de o governo investimentos do governo em 1990, gundo o BB, as quatro casas, todas
regulamentar de vez a questão dos rea- anunciado pela ministra da Economia. pública, o Leatjet de sua proprieda- localizadas no Lago Sul, área nobre
justes dos débitos das estatais com forne- De acordo com Marcelo Ribeiro, algu- de, por Cr$ 165.111.200. A única de Brasília, e antes ocupadas por
cedores privados. Também vai anunciar mas obras do SOS Rodoviais, que tem empresa a fazer a proposta foi a diretores e funcionários do primei-
a disposição de sua pasta de não iniciar custo total estimado em USS 450 mi- Brata-Brasília Táxi Aéreo Ltda, de ro escalão do banco, vão ser nova-
nova obra antes de estabelecer um pro- Ihões, podem ser iniciadas imediatamen- do empresário Wagner
propriedade mente colocadas à venda. A data da
grama de pagamento das dividas do go- te: "Dos 15 mil quilômetros totais, 5 mil Canhedo, dono também da empre-
verno. referem-se a obras já contratadas", escla- nova licitação ainda não foi marca-
sa de ônibus Viplan, em Brasília. O da.
Esse foi o resultado da reunião que receu.
v/!' Learjet, com capacidade para sete
Ozires, acompanhado de secretários de O restante, segundo o secretário, de- 4 O preço mínimo de cada casa,
seu ministério, teve ontem com empresá- penderá do"Seregime de concorrência a ser passageiros e dois tripulantes, per-
rios das indústrias eletroeletrônica, de tencia ao Banco Central há nove atualizado pelo BTNF do dia 12 de
adotado. for pelo processo de con-
base e de máquinas e equipamentos. Ozi- corrência tradicional, a demora é de cer- anos. Na avaliação feita no dia 12 julho, variava de Cr$ 22,7 milhões a
res procurou deixar claro que considera ca de 70 dias", afirmou Ribeiro. Durante de junho, o preço mínimo do Lear- Cr$ 45,6 milhões. Com a venda das
superado o episódio da revogação do a reunião, representantes da indústria de
decreto que tratava da recuperação de jet fora fixado em Cr$ 156,8 mi- mansões o BB esperava arrecadar,
base lembraram que o orçamento do se-
estradas (SOS Rodovias), preparado pe- tor de transporte prevê a aplicação, este lhões. no mínimo, Cr$ 136,6 milhões. O .
lo secretário de Transportes do Ministé- ano, de recursos superiores a USS 2 bi- Se o Banco Central conseguiu se BB não tem uma explicação para a
rio da Infra-Estrutura, Marcelo Ribeiro, lhões, já disponíveis, independente do desfazer de um símbolo da mordo-
também presente ao encontro em São ausência de interessados nas man-
cortes anunciados pelo governo. Desse
Paulo. Abraçando o ministro, Ribeiro total, perto de USS 850 milhões referem- mia utilizado nos governos anterio- sões, mas o motivo pode ser a exi-
desmentiu os boatos de que deixaria o se a obras rodoviárias, USS 418 milhões res, o mesmo não se pode dizer do gência do pagamento em cruzeiros
governo. a ferrovias de carga, USS 400 milhões à Banco do Brasil. Ninguém apaçe- e o aperto na liquidez da economia,
"Nossa
preocupação agora é pagar as infra-estrutura portuária e USS 427 mi- ceu ontem para comprar as. quatro segundo um assessor da presidência
dividas e completar as obras que temos lhões ao Fundo da Marinha Mercante. Ozires: "Não haverá investimentos novos este ano mansões colocadas à venda pelo do banco.

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de 27,14% e vai a Cr$ 4.904,76

Mínimo tem corrcçao

BRASÍLIA — O governo corrigiu
cm 27,14% o valor do salário mínimo,
que, vigorando a partir de 1° de julho,
passa de CrS 3.857,76 para CrS 4.904,76,
anunciou ontem o secretário de Política
Econômica, Antônio Kandir. O mesmo
percentual corrige o valor das aposen-
tadorias, que têm reajuste vinculado à
variação do salário mínimo. Esse per-
ccntual foi estabelecido com base em
estimativa do IPC, índice apurado pela
Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), porque o IBGE, devido à
greve de funcionários, não pôde con-
cluir a pesquisa para o cálculo do índi-
ce da cesta básica (ICB).
A diferença entre o índice estimado
e a variação de preços efetivamente ocor-
rida somente será reposta no salário de
setembro. Em agosto, como determina a
lei, o salário mínimo é obrigatoriamente
reajustado cm 6,09% c passa a CrS
5.203,45. O secretário Antônio Kandir
disse que, mesmo estimado, o percentual
de reajuste encontrado não deixa de con-
siderar os aumentos dos aluguéis. Os
27,14% encontrados tomam como base a
variação dos preços ocorrida entre a
quarta semana de março e a segunda
semana de junho.
A Lei 8.030 determina um cálculo
diferente: o salário mínimo de julho
deveria corresponder à variação dos pre-
ços médios entre 30 de março e 30 de
junho, para famílias com renda entre
um e dois salários mínimos. O resulta-
do apurado constituiria o primeiro ín-
dice da cesta básica, criado pelo gover-
no para corrigir o valor do salário
mínimo.
do governo, garantiu
A preocupação"esconder
Kandir, não de o índice".
Ele disse que o IBGE, no reajuste de
setembro, considerará a variação mé-
dia dos preços no período de 15 de julho
e 15 de agosto, comparada com a da
quarta semana de março. O resultado
desta conta será um percentual de ajuste
que incluirá os 15 dias de junho que não
foram considerados agora.
Em setembro, portanto, ao calcular
o novo ICB, o governo descontará os
27,14% concedidos agora e repassará a
diferença para o salário. A correção do MG — Fotos de Murilo Menon
salário mínimo será mensal, como de-
termina a lei. Assim, em julho, o rea-
juste foi dado com base em índice esti-
mado; em agosto, haverá correção de
6,09% e em setembro, será considerada
a variação média dos preços da cesta
básica entre os meses de julho e agos-
to. Em outubro, haverá nova correção
em 6,09% e em novembro, novamente a
média dos preços dos dois meses ante-
riores determinará o aumento, e assim
sucessivamente.
Esse é o terceiro aumento do salário
mínimo desde a posse do presidente
Fermnando Collor. O primeiro reajus-
te foi ainda pelo IPC de fevereiro, de
<'^^^Bit:fflr^ffifaftMilil^fflr" "<• *¦ %%v*."-> ''% %i llillyi
72,78%, concedido em março, que rea- > 'm- :i
justou os salários em geral. Conforme
a lei aprovada no Congresso, o salário
mínimo ganhou o segundo reajuste, de
5%, relativos ao ganho real do trimes-
tre anterior, fixando o mínimo em CrS
3.857,76. O novo aumento, de 27,14%,
será publicado por portaria no Diário
Oficial de segunda-feira. Ana Guerra lidera a luta de servidores como o gari da Silva

Metalúrgicos ameaçam não acatar Sindicalista incomoda coronéis

Sebastião Navarro Vieira Filho, o na Câmara Municipal. Foi a gota d'á-

decisão do TST
Francisco Luiz Noel
VOLTA REDONDA, RJ — O pre-
sidente do Sindicato dos Metalúrgicos de
Volta Redonda (filiado à Central Única
dos Trabalhadores, CUT), Wagner Bar-
celos, afirmou que os 22 mil funcionários
da Companhia Siderúrgica Nacional
— Dizendo ser um "fanático torce-
(CSN) — em greve desde quarta-feira
não acatarão qualquer decisão tomada
pelo Tribunal Superior do Trabalho
(TST), se a companhia insistir em nego-
ciar o dissídio com a Confederação Na-
cional dos Trabalhadores Metalúrgicos
(CNTM), ligada à Central Geral dos
Trabalhadores (CGT). Caso a CNTM,
presidida por Luis Antônio de Medeiros,
não abra mão cm favor do sindicato,
ameaçou Barcelos, a greve continuará
por tempo indeterminado.
A entrada da CNTM nas negociações
entre a CSN e o Sindicato dos Metalúr-
gicos é conseqüência da decisão da com-
panhia de não negociar o dissídio, com
data base em Io de maio, no TRT do
Rio, como pretendia o sindicato. Embo-
ra os sindicalistas tenham tentado as ne-
gociações no TRT, a companhia instau-
rou o dissídio no TST sob o argumento
de que tem funcionários também em ou-
tros dois estados. Pela lei, nesses casos, o
direito de negociação é das confedera-
ções. Em Minas Gerais, a CSN tem es-
trações de ferro (Congonhas), manganês
(Conselheiro Lafaiete) e calcáreo (Ar-
cos); em Santa Catarina, há uma mina de
carvão, cm Criciúma.
"Acredito
que ele (Medeiros, arquii-
nimigo da CUT) vai entender nossa si-
tuação", disse Wagner Barcelos, acusan-
do o presidente da CSN, Roberto
"um
Procópio Lima Netto, de fazer jogo
sórdido" contra o sindicato. Barcelos re-
velou que a CUT vem negociando com
"setores da CGT" a assinatura de pro-
curação para o sindicato representar os
trabalhadores da CSN no TST. A pri-
meira audiência de conciliação é na se-
gunda-feira, em Brasília. A procuração,
salientou, é a única saída jurídica para o
impasse, pois, pela primeira vez em sua
Psicóloga organiza
a prefeito, ex-deputado federal pelo PDS
e mantêm
greve greve em Poços
Volta Redonda — R.T.Fasanello
e recebe ameaças
Ricardo Kotscho
DE CALDAS, MG —
POÇOS Óculos de professora, baixinha,
gestos delicados e voz mansa, brincan-
do com os dois filhos pequenos na sala
de visitas da sua casa sempre bem arru-
mada, ninguém pode imaginar que
aquela figura típica de dona de casa do
interior é a pessoa mais temida e odia-
da pelos velhos coronéis do Sul de Mi-
nas Gerais. Mas, basta a psicóloga Ana
Maria Quintans Guerra de Oliveira, 35
anos, paraibana de Campina Grande,
presidente do Sindicato dos Servidores
Municipais, sair às ruas de Poços de
Caldas para se entender o motivo de
tanto alvoroço por causa de uma mu-
lher.
Por onde passa, Ana Guerra, como
a chamam os amigos, ou Ana Paraíba,
o apelido que ganhou dos antigos caci-
ques, é parada por humildes servidores,
ouve suas queixas e promete que vai
"brigar até o fim", a frase repetida
todos os dias desde que assumiu o
comando do sindicato, em 1988. A si-
tuação mais dramática entre os 3 mil
funcionários municipais da cidade é a
dos 160 garis, que recebem CrS
4.241,00 por mês, um dos mais baixos
salários do país.
:Jpf| João Batista da Silva, 60 anos, há
14 varrendo as ruas de Poços de Cal-
Os metalúrgicos prometem abafar o alto-forno número 3 das, quase deixa cair o cachimbo quan-
do vê Ana chegando. Solteiro, ele con-
história, a CSN estaria negociando salá- da aciaria, aproximadamente nove mil
rios sem ter como interlocutor o Sindica- toneladas de gusa estão sendo desviadas ta que, no mês passado, pagou CrS
1.500 de aluguel por um quarto e CrS
to dos Metalúrgicos. pelos trabalhadores aos chamados poços
Apesar de ter anunciado que iria aba- secos, para serem aproveitadas só depois 3.500 de comida na pensão. "Recebi o
far o principal forno da siderúrgica — o do fim da greve. Como esse gusa não salário, fiquei sem nada e já comecei o
número 3, que produz sete mil toneladas pode ser armazenado indefinidamente o mês devendo...Como é que fica quem
de gusa por dia —, a "O direção da CSN sindicato dos metalúrgicos decidiria on- "A cul-
tem família?", queixa-se o gari.
recuou da intenção. conselho da tem à noite se tomaria a iniciativa de
companhia é abafar o forno, mas eles abafar o alto-forno 3 — operação que pa é nossa mesmo. Eu que votei nele,
fazem o que querem lá dentro", disse o pode avariar o forno quando ele for nesse prefeito que nunca prestou".
pressidente da CSN. Com a paralisação religado ao fim da greve.
que se notabilizou pelos discursos em
defesa dos governos militares, atribui a
mobilização dos servidores, que entra-
ram em greve no começo de junho para
contra os baixos salários, a
protestar
um "mote de campanha política or-
questrada pelo PT" e não quer mais
nem conversa com Ana Guerra, a
quem acusa de ser militante do partido.
dor" do Plano Collor, o prefeito conce-
deu um aumento de apenas 10%, em
maio, junto com um abono de CrS
1.200, o que levou o sindicato a se
decidir pela greve — algo inimaginável
nesta cidade de 120 mil habitantes an-
tes da chegada de Ana Guerra, que
estudou com Dom Hélder Câmara, em
Olinda, e aportou em Poços de Caldas
no início dos anos 80 para trabalhar
em programas comunitários na perife-
ria.
Estância hidromineral que cons-
truiu sua riqueza nos tempos dos cassi-
nos e das grandes fazendas de café.
Poços viveu de prefeitos nomeados até
1985, quando foi eleito Adnei Pereira
de Moraes, do PMDB, hoje no PSDB.
Nesta época, Ana Guerra foi trabalhar
na Divisão de Bem- Estar Social da
Prefeitura, onde desenvolveu um tra-
balho de mobilização comunitária em
16 bairros. Com a eleição de Navarro
Filho, do PFL, em 1989, começou o
confronto entre o sindicato e a Prefei-
tura, que esquentou na campanha sala-
rial deste ano, quando Ana Guerra
chegou a ser ameaçada de morte.
Depois de levar à paralisação 95%
dos servidores municipais na greve ge-
"só aí
ral de março do ano passado —
o prefeito se deu conta de que o sindi-
cato existia" —, Ana Guerra promo-
veu, em abril, o enterro simbólico do
vereador José Isaías de Araújo, o Qui-
nha, também do PFL, pelas constantes
críticas feitas por ele ao funcionalismo,
gua. No plenário da Câmara, dia 2 de
junho, após mais uma ríspida discus-
são, Quinlia foi direto ao assunto:
"Não me responsabilizo
por mais nada
que pode acontecer com você. Sou
crente, mas não posso mais segurar
meus oito filhos".
Durante uma entrevista de Ana
Guerra no programa Conversa com o
povo, na Rádio Cultura, uma ouvinte
de nome Maria Elvídia telefonou para
dizer que o melhor lugar para a líder
sindical é o cemitério. Maria Elvídia é
filha de Quinlia e começou-se"Sou a temer
pelo destino de Ana Guerra. uma
mulher muito só. Aqui em Poços tenho
apenas o marido, dois filhos, o gato e o
cachorro", diz a presidente do sindica-
to, que foi à polícia para registrar quei-
xa contra o vereador.
"Sindicato é coisa do PT. Até o
final do meu mandato, não tem mais
sindicato aqui ou eu não me chamo
Navarro", costuma dizer o prefeito.
"Lixeiros,
jardineiros, varredores, vi-
gias ganham 19 cruzeiros por uma hora
de trabalho duro. Isto c escravidão
branca", rebatem os panfletos distri-
buídos pelo sindicato.
Proibida de trabalhar na Prefeitura,
embora tenha garantido seu emprego
movendo uma ação na Justiça, Ana
Guerra foi colocada em disponibilida-
de remunerada. Por falta de tempo,
fechou seu consultório e trabalha ago-
ra em tempo integral no sindicato.
"Chegamos a um ponto em que o tra-
balhador não tem mais o que perder e
o jeito vai ser parar de novo", afirma,
enquanto caminha sozinha pela rua pa-
ra marcar mais uma reunião com os
garis, que mais parecem indigentes com
seus surrados jalecos, chinelos de dedo
ou sapatos sem meias se arrastando no
rigoroso inverno de Poços de Caldas,
nesta época do ano invadida por bem
agasalhados turistas.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA GOVERNO

SECRETARIA DA CIÊNC3A E CONCORRÊNCIA
DAS MUDANÇAS
TECNOLOGIA PÚBLICA N° 15/90
«ESTADO DO CEARA
PROGRAMA DE APOIO AO
DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO
E TECNOLÓGICO — PADCT
AVISO ORIGINARIA DA SETEC0
O Grupo Técnico do SUBPROGRAMA DE PLANEJA- A Comissão Central de Concorrências torna público para o conhecimento dos
MENTO E GESTÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA — PGCT/ interessados que procederá ao recebimento de documentação e proposta de preços,
PADCT divulgará em setembro próximo novo Edital e objetiva
pelo presente AVISO estimular as instituições de Ensino Supe- no dia 09 de agosto de 1990, às 16:00 (dezesseis) horas, na rua Silva Paulet,
A 0
melhor rior, Instituições de P&D, Associações e Sociedades Técnico- 324 - Aldeota, para EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRAGAGEM DA BARRA E
Científicas a se prepararem antecipadamente para participa- CANAL DE ACESSO DO PORTO DE CAM0CIM-CEARÁ.
ção, através da elaboração de PLANOS DIRETORES INSTI-
TUCIONAIS EM PGCT. Maiores informações e cópia do Edital poderão ser obtidas na sede da SETEC0,
INFORMAÇÕES: O Documento de Detalhamento deste no Centro Administrativo Virgílio Távora - Cambeba, de segunda à sexta-feira, no
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sábado.
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te do Hotel. ? A feijoada é servida em buffet com to- vel, como profissional de
dos os acompanhamentos tradicionais e ainda frango
informática e líder da FLU-
grelhado e contra filé na chapa. ? Aperitivo com caipi- 0 INFORME SINDICAL
rinha e batidas de coco e limão. ? Sobremesas com PEME, convidam para o
doces caseiros e frutas. G Apenas 590,00 por pessoa
e criança até 10 anos só paga 50%. ? Experimente lançamento de sua candi- Se negociar as relações de trabalho faz você vai encontrar, por exemplo, todos os de-
também o buffet de domingo do Hotel. ? São 8 varie-
datura a DEPUTADO ES- parte do seu trabalho, então você precisa ler o talhes dos bastidores de uma negociação
dades de saladas, 2 pratos quentes, doces, tortas e fru- Informe Sindical. exemplar.
tas. Lj O preço é o mesmo: 590,00 por pessoa e crian- TADUAL, na próxima quar- 0 Informe Sindical é um boletim quinze- Vai conhecer, antecipadamente, os resul-
ça até 10 anos só paga 50%. nal da Agência JB que traz as mais completas tados de um congresso ou de uma eleição sin-
ta-feira, 18 de julho, à análises, projeções e noticiário sobre as re- dical. E até das últimas tendências do setor lá
? ?? lações trabalhistas e suas diferentes formas de fora você vai ficar por dentro.
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sas quanto a dirigentes sindi- Ligue para (021) 580-67',2 e
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No Informe Sindical assinatura.
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Porque, quando, como e onde ir. AGÊNCIA JB

t '
JORNAL DO BRASIL
Amazonia, comuns
tem impedido queimadas na Amazônia,
cfmva forte tem,
A chuva
Aeronáutica
Ibamafiscalizar
para
BRASÍLIA — O Ibama (Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Re-
cursos Naturais Renováveis) assina- ação de fazendeiros e pequenos agri-
rá, nesta segunda-feira, protocolo de
intenções e convênio com o Ministé-
rio da Aeronáutica, para fiscalização
de queimadas na Região Amazônica.
Esse protocolo foi possível graças à
intervenção direta do presidente Fer-
nando Collor que pediu á Aeronáuti-
ca que cedesse helicópteros para faci-
litar o trabalho dos fiscais. O
convênio será assinado pelo secretá-
rio do Meio Ambiente, José Lutzen-
berger, pela presidente do Ibama, so-
cióloga Tânia Munhoz, e pelo
tenente-brigadeiro Márcio Drumond,
comandante-geral do Ar, que repre-
senta o ministro Sócrates Monteiro,
em visita oficial à Itália.
As queimadas na Região Amazô-
nica ainda não mereceram, este ano,
qualquer destaque nas páginas dos
jornais norte-americanos, os mais cri-
ticos da atividade predatória na re-
gião. E por um motivo simples: os
principais estados da Amazônia, on-
de as queimadas são freqüentes nesta
nesta época
comuns^nesta no ano
epocano
cede
época, enfrentam um período atípico,
com chuvas intensas, que impedem a
cultores que costumam tocar fogo na
"São Pedro está
floresta derrubada.
nos ajudando", festeja a química in-
dustrial Roseana Trein, diretora do
Departamento de Controle e Fiscali-
zação do Ibama.
Sem verbas suplementares, o Iba-
ma conta com apenas Cr$ 127 mi-
lhões para a Operação Amazônia, de
combate às queimadas, iniciada no
Dia Internacional do Meio Ambien-
te, 5 de junho, com a montagem de
155 postos fixos de fiscalização, cada
um com quatro pessoas, em média, e
ainda equipes volantes. O Ibama fir-
mou convênio com os governos dos
nove estados que integram a Amazô-
nia Legal para que seus órgãos am-
bientais também participem da ope-
ração, transferindo ainda
funcionários lotados em Brasília para
os estados mais atingidos pelas quei-
madas: Rondônia, Pará, Mato Gros-
so e Maranhão.
ISraSll
José Roberto Serra
Conselho isenta
helicópteros
queimada
Paralelamente à Operação Amazô-
nia, o Ibama vem fiscalizando madei-
reiras, projetos agropecuários e side-
rúrgicas, multando os infratores.
"Somente uma empresa madeireira
de Marabá recebeu uma multa de Cr$
135 milhões", revelou Roseana Trein.
A empresa promoveu desmatamentos
irregularides e transportava madeira
em tora sem as respectivas guias. Fis-
cais do Ibama aplicaram ainda Cr$
216 mil de multas no Acre, Cr$ 8.503
em Tucuruí e Cr$ 767 mil em Rondô-
nia.
"Até agora, constatamos apenas
pequenos focos de queimadas no To-
cantins e em Mato Grosso feitas por
fazendeiros para limpeza de pastos e
em áreas de cerrado", disse Roseana
"Não houve
Trein. queimadas signi-
ficativas em região de floresta tropi-
cal." Nessa primeira fase da Opera-
ção Amazônia, o Ibama não está
atuando em três estados da Amazô-
nia Legal: Amazonas, Roraima e
Amapá, nas regiões acima da linha
do Equador, onde o período chuvoso
ainda prossegue.
médicos de culpa
seis mortes
por
BELO HORIZONTE — O Conse-
lho Regional de Medicina de Minas Ge-
rais concluiu que não houve erro, negli-
gência ou imperícia médica dos
profissionais do Posto Médico de Urgên-
cia (PMU), do lnamps, nas seis mortes
ocorridas por falta de internação no pe-
ríodo de 24 de abril a 2 de maio passado.
Em relatório de seis páginas, aprovado
pelo plenário do conselho e divulgado
ontem, o conselheiro Roberto Junqueira
de Alvarenga diz que não há motivos
para instalação de processo ético profis-
sional. Por ordem do ministro da Saúde,
Alceni Guerra, o PMU foi fechado, após
a sucessão de mortes.
O relator do CRM alega que, desde
1985, diretores do PMU vinham denun-
ciando as precárias condições do posto.
Já naquela época, de acordo com o rela-
tório, eles diziam que "os serviços pres-
tados pelo PMU refletem a situação em
que se encontra a política nacional de
saúde, caracterizada pela ausência de
qualquer estrutura administrativa e fun-
cional das instituições voltadas para as
principais necessidades da população".
Segundo Alvarenga, as sugestões
apresentadas em 1985 nunca foram aca-
tadas. "A verdade é que o sistema públi-
co de saúde vem há vários anos decaindo
de maneira a colocar em pânico a pró-
pria classe médica", afirmou o relator,
"profundamente ofendido"
que se disse
por saber que os leigos não confiam nos
de médicos feitos por outros
julgamentos
médicos. "Nós, médicos, quando julga-
mos nossos colegas, julgamos com im-
parcialidade", garantiu Alvarenga.
"O dia em
que as autoridades consti-
tuídas tiverem a saúde como uma das
, metas prioritárias, temos a certeza de que
encontrarão na classe médica o grande
aliado", escreveu Alvarenga em seu rela-
tório. Além de inocentar os profissionais
de saúde, o médico diz também que o
"não tem culpa
povo pelo descalabro do
aí está".
que
|—| Ao comentar as criticas às demis-
— sões nos hospitais cariocas, o mi-
nistro da Saúde, Alceni Guerra, classifi-
cou como "preguiça" a atitude de
médicos que, segundo ele, "julgam-se no
direito de não trabalhar porque perde-
ram um vínculo", lembrando que foram
dispensados 53 médicos que tinham até
quatro empregos. Irônico, citou a Santa
Casa de Porto Alegre que, com 20 fun-
cionários, faz o mesmo serviço do Setor
de Transplantes Renais no Rio com seus
167 funcionários.
Espírito usa tecnologia
Antena parabólica
faz meteorologista
processar médium
PAULO — Um espírito que
SÃO afasta vendavais e provoca chu-
vas com a ajuda dé antena parabólica
e computadores está sendo processa-
do pela Sociedade Brasileira de Me-
teorologia. É a segunda disputa judi-
ciai em três anos envolvendo a
entidade de classe e o Cacique Cobra
Coral, incorporado pela médium Ade-
laide Scritori. No primeiro processo,
movido em 1988, os meteorologistas
alegavam que o espírito exercia ilegal-
mente a profissão — mas o parecer do
Conselho Regional de Engenheiros e
Arquitetos de São Paulo (Crea) favo-
receu o Cacique.
Este ano, a Sociedade descobriu
que a médium Adelaide instalou uma
antena parabólica no local onde rece-
be o Cacique Cobra Coral. Foi o sufi-
ciente para que os meteorologistas pe-
dissem a reabertura do processo, sob a
alegação de que um espírito não preci-
sa de aparato tecnológico para provo-
car alterações no tempo. A antena
parabólica, que colhe informações so-
bre condições climáticas diretamente
de satélites internacionais, faz parte de
um equipamento de alta tecnologia
que está instalado na sede da Funda-
ção Cacique Cobra Coral, em Guaru-
lhos, na Grande São Paulo.
Ali, todos os dias, a médium Ade-
laide recebe mensagens de governos de
diversos estados do Brasil e de 17
países, à procura de ajuda contra as
más condições do tempo que atrapa-
lham as colheitas ou provocam bor-
rascas, maremotos, secas e outras ca-
tástrofes. A médium recebe o espírito
do Cacique há 27 anos, mas seus po-
deres só foram reconhecidos interna-
cionalmente durante o rigoroso inver-
no europeu de 1987, quando a
temperatura chegou a 30 graus negati-
vos. Depois de assinado um convênio
entre a Fundação e o governo inglês, a
temperatura pulou para 1 grau positi-
vo, num prazo de 48 horas. O Cacique
se transformou em manchete nos
ingleses.
"Devejornais
grandes
existir alguém muito esper-
to por trás dessa Fundação", especula
o diretor da Sociedade Brasileira de
Meteorologia, Luís Carlos Austin.
"Esse bando de espertalhões está
que-
rendo levar a meteorologia de volta à
fase pré-científica." Como exemplo,
Austin cita a intervenção da médium
Adelaide Scritori, que atendeu ao pe-
dido da Defesa Civil carioca e evitou
uma chuva de granizo prevista pelo
Serviço Meteorológico para uma tar-
"No Rio
de do último verão carioca.
de Janeiro, nãrf existem aparelhos ou
profissionais capazes de prever uma
tempestade de granizo", garante Aus-
tin. "Se a Defesa Civil procurou Ade-
laide, o fez por fé, e não por necessi-
dade."
Espirito ecológico — Exis-
tem convênios documentados entre a
Fundação e diversos ministérios e go-
vernos de estados, como o Rio de
Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
A base dos acordos entre eles é sempre
a mesma: para atender aos pedidos de
socorro, que chegam via fac-símile,
telex ou computador, o Cacique exige,
como permuta simbólica, que os bene-
ficiados demonstrem preocupações
ecológicas.
Em 1989, a médium Adelaide pre-
viu a grande geada que destruiria as
plantações de laranja do Sul da Flóri-
da", nos Estados Unidos, mas os ame-
ricanos não se interessaram. Só restou
a alternativa de transmitir a informa-
ção aos citricultores paulistas, que
acreditaram e suspenderam imediata-
mente a exportação de laranjas, espe-
rando que a geada destruísse a produ-
"Eles
ção americana. ganharam muito
dinheiro com isso e hoje são nossos
patrocinadores", conta Osmar.
A antena parabólica, que custou
USS 12 mil e se transformou no cen-
tro da nova disputa entre a Fundação
e a Sociedade Brasileira de Meteoro-
logia, foi presente de um citricultor
para a médium Adelaide Scritori.
"Agora, a
qualquer momento, tere-
mos informações mais completas so-
bre as condições do tempo no mundo
todo", diz Santos. "Isso só pode nos
ajudar. Por que o Cacique recusaria a
ajuda da tecnologia?". A Fundação
está empenhada também na constru-
ção de um heliponto, que pretende
oferecer ao governo estadual como
base de apoio em eventuais desastres
aéreos no Aeroporto Internacional de
Guarulhos.
A médium Adelaide, uma mulher
de meia idade, morena, com 1.80m,
que não tira fotos nem dá entrevistas,
distribuiu a seus assessores mais pró-
ximos o currículo de seu mentor há
apenas três anos, quando ele foi pro-
cessado. Em sua última encarnação,
Cobra Coral foi um grande chefe in-
digena norte-americano, conta. Em
existências anteriores, viveu no corpo
do presidente Abraão Lincoln e do
cientista Galileu "OGalilei, perseguido
pela Inquisição. Cacique disse que
a humanidade não evoluiu em nada,
durante todos esses séculos", diz Os-
mar Santos. "Afinal, os meteorolo-
gistas continuam a pedir a um espíri-
to para mostrar seu diploma."

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 Saúde JORNAL DO BRASEL
6 ? Io caderno ? sábado, 14/7/90

Holandeses pesquisam
Descoberta sobre herpes
Informe JB
ocorrência de Aids em
candidatura do presidente José vice-governador do Rio chamou a aten-
A Sarney ao Senado pelo Amapá, ção da platéia durante a estréia da ópera viabiliza sua múmia do antigo Egito E:
prevenção
La Bohème, de Puccini, no Teatro Muni-
como se sabe. ainda vai dar o que WASHINGTON — Cientistas norte-a- disseminado da família dos herpesvírus, Amsterdã — Pesquisadores holandeses estão
cipal do Rio, quinta-feira.
falar. mericanos descobriram que o vírus do que causam, também, doenças como o analisando os restos mumificados de antigos egíp-
Francisco Amaral e senhora rece-
A questão do domicílio eleitoral biam o ex-prefeito Saturnino Braga e herpes labial invade o organismo ligando- herpes genital, catapora, herpes zoster, cios e de seus animais de estimação para verificar
depende de como o TRE do Pará e, senhora. se a uma proteína denominada fator de mononucleose e uma infecção cerebral fa- se eles sofriam de Aids ou de doenças semelhantes.
TSE vão interpre- crescimento do fibroblasto e penetrando tal. Os herpesvírus podem ficar adormeci- Alguns cientistas acreditam que a Aids é uma
posteriormente, o "na ? nas células humanas através de um recep- dos no organismo durante vários anos. doença muito mais antiga do que se imagina, o que
tar a expressão forma da lei" A propósito: Saturnino é um apai- tor para essa proteína. A descoberta, di- A equipe de Hajjar, além de pesquisar motivou a pesquisa na Universidade de litretch,
prevista na Constituição. xonado por óperas e costuma exercitar vulgada na revista Science, abre a possibi- medicamentos, está envolvida, agora, na na Holanda. Os arqueólogos Rutger Perizonius e
Se entenderem que a lei já existe, sua voz de tenor em casa, vestido a lidade de desenvolvimento de tentativa de descobrir se outros herpesví- Jaap Goldsmith vão examinar as múmias de dois
tratando-se portanto do Código caráter. medicamentos — cremes, eventualmente rus, como o simplex 2, responsável pelo cidadãos egípcios, que morreram há 5 mil anos, e
Para isto, quando gosta mesmo do — à base do receptor do fator de cresci- herpes genital, usam a mesma porta de de gatos e macacos mortos há 2.500 anos. Os
Eleitoral, Sarney não poderá con-
personagem, pede a roupa emprestada mento do fibroblasto (o fibroblasto é uma entrada ou uma semelhante. Ele acredita egípcios tinham o hábito de mumificar seus ani-
correr ao Senado pelo Amapá, por- célula do tecido conjuntivo que forma que sim, pois essa via de entrada é coeren-
no Municipal. mais de estimação, o que está ajudando os pesqui-
que ele exige transferência de domi- certas fibras do corpo, como tendões e te com a manifestação da doença, pois o sadores.
cílio 101 dias antes das eleições, além Lobby tecidos de sustentação) e que funciona- herpes simplex 1 se instala justamente nos
de estar morando no local há 90 riam como armadilhas que eliminassem o nervos. Amostras de múmias foram também enviadas
O ministro da Agricultura, Antônio
vírus do herpes labial antes de ele invadir/" David Hajjar, que também é professor pelo Museu Britânico, o Museu de História Natu-
dias, totalizando seis meses. Cabrera, recebeu ontem 1.185 telex per- "Esperamos
as células. de bioquímica, observou também que as ral de Londres e o Museu de Turim.
Sarney transferiu domicílio dia guntando se — diante da confirmação Antes da descoberta do doutor David células dos vasos sangüíneos têm recepto- que nosso trabalho esclareça alguns aspectos ainda
24 de junho; pela lei, deveria ter da ministra da Economia, Zélia Cardoso Hajjar, da faculdade de medicina da Uni- res para o fator de crescimento do fibro- obscuros sobre a evolução da Aids", disse Rutger
transferido dia 24 de março. de Mello, de que os cofres do Tesouro versidade de Corneli, em Nova Iorque, os blasto, fato que corrobora sua hipótese de Perizonius. O cientistas está interessado em anali-
Mas se interpretarem como uma permanecerão fechados ao subsídio rei- pesquisadores não sabiam como o vírus que haja uma relação entre infecção por sar restos dos gatos, porque muitos felinos estão
agricultores no valor de herpes simplex tipo 1 entrava nas células. herpesvírus e perda de elasticidade nas
lei ainda a ser feita, o ex-presidente vindicado pelos — "a hoje infectados com um vírus semelhante ao da
USS 800 milhões Agricultura ain- Esse vírus causa o herpes labial, doença artérias. Pesquisas anteriores comprova- Aids. A Síndrome da Deficiência Imunológica Ad-
poderá disputar a vaga sem proble- da era prioridade no governo Collor".
mas. que se manifesta por bolhas doloridas que ram que a infecção pelo vírus do herpes quirida foi detectada, pela primeira vez, em 1980,
Mas Cabrera não considerava a evoluem para feridas e que atinge cerca de simplex 1 faz com que o revestimento do embora recentemente tenham sido encontrados
Pedras no caminho derrota na queda-de-braço com a minis- 98 milhões de pessoas só nos Estados vaso sangüíneo fique mais vulnerável à vestígios do vírus nos tecidos retirados de um
tra uma Unidos. formação de coágulos e reduz a elimina-
Do ex-ministro Mailson da Nóbre- perda pessoal: marinheiro inglês morto em 1959. Alguns cientis-
— O setor agrícola representa 30% O herpes simplex do tipo 1 é vírus mais ção do colesterol.
ga, sobre a declaração da ministra Zélia tas acreditam que a doença tenha se originado da
Cardoso de Mello de que o déficit públi- do PIB e 18 milhões de votos. E vai ficar África, a partir de um vírus que afetava original-
co acabou: comprometido com a medida. mente os macacos. É possível, porém, que a Aids
Pressupõe-se com isto um forte •••• •••• Old Friends Jazz Band seja muito mais antiga.
Na ESG . t •
arrocho salarial. Em reduzir a pó o salá- •• • com o show
rio do setor público. E, para isto, não O presidente Fernando Collor de • • • "Tributo
basta apenas vontade política e mão de Mello faz sua primeira visita à Escola • • • a Louis Armstrong"
Insulina — Para regularizar a oferta interna de insulina,
ferro. Existem barreiras constitucionais. Superior de Guerra, no Rio, no próximo 1 •• • Julho 12 a 14,19 a 21, às 23 h. a Central de Medicamentos (Ceme) adquriu do Laboratório
E exemplifica: dia 28, um sábado. «• • •••• ••••
Reservas: 322-2200, ramal 8479 Biobrás um lote de 29 mil caixas do produto, comendo 50
No caso do salário dos funciona- Vai aproveitar para conhecer a par- Estacionamento gratuito e com segurança. frascos em embalagem. Desse total, cinco mil caixas da
rios do Banco do Brasil e do Banco te histórica da Fortaleza de São João, na no . DFin . insulina NPH 100 serão usadas na manutenção do tratamen-
HOTEL INTER CONTINENTAL RIO to do diabético e distribuídas às secretarias estaduais de
Central: um é o gatilho do outro. E Urca. J21KUI Av. Prefeito Mendes de Moraes, 222 - São Conrado
mais: o Judiciário, pela nova Constitui- Saúde. As outras 24 mil caixas serão distribuídas até o mês de
dezembro aos órgãos de saúde do governo federal.
ção, fixa seu próprio salário e os funcio- Rio City
nários do Executivo podem pedir isono- A Lastri Editorial, empresa do Gru- Rubéola— Em apenas um mês foram diagnosticados 52
mia. casos de rubéola na cidade de João Monlevade, no Vale do
po Lastri, que faturou US$ 20 milhões ei Aço, a 119 quilômetros de Belo Horizonte, fazendo com que a
Optou em 1989, está distribuindo, gratuitamen- h BEI
MERCEDES-BENZ Secretaria Municipal de Saúde admita a ocorrência de um
semana, 300 mil exem-
O presidente do PT, Luís Inácio te. a partir desta surto. A incidência começou a ser percebida na Escola Efigê-
plares do São Paulo City Life, um guia nia Mota e já atingiu quatro mulheres grávidas, que estão
Lula da Silva, explicou em Belo Hori- fazendo exames laboratoriais para confirmação da doença.
à reelei- turístico e cultural da cidade.
zonte por que não é candidato
a Câmara: O investimento é de USS 1 milhão,
ção para
Eu não preciso da Câmara para dos quais USS 500 mil serão destinados
Life, cujo lançamento já "W
ter uma tribuna. Em qualquer cidade ao guia Rio City
onde vou sou ouvido, basta um cami- está confirmado para o final do ano.
nhão de som, um microfone e uma pra- Pra não esquecer
ça. O grupo Tortura Nunca Mais inau-
O ex-candidato da Frente Brasil Po- hoje 57 logradouros na Zona Oeste
gura m
TEMPORE
pular â presidência está entusiasmado do Rio com nome de mortos e desapare-
com sua popularidade, constatada nas cidos durante o regime militar. Às 14h, GALERIA DE ARTE
viagens que tem feito. um ônibus sairá da Cinelândia.
Ele fez questão de dizer, mais uma II LEILÃO
Completam-se, assim, 200 inaugu- IMPORTAÇAO DIRETA ARTE
vez, que não nega o Congresso, mas quer
"transformar em estrutura rações em dois anos. OBJETOS de
se dedicar a Quadros. /brreianus. Iòikips. Martins. Frutas. Cristais.
A meta é chegar a 450, que é o ATRAVÉS DA CONCESSIONÁRIA Unmas. tívrs Ari Ndiilvou e An Dt\ o
partidária a fossa eleitoral" demonstra- número de vítimas da ditadura no Esta-
da pelo PT nas eleições do ano passado.
do do Rio.
Verde Importação & Vendas: INTERCAR Importação & LEILÃO — HOJE
Abstenção Av. Atlântica, 1536-B Mercedes- Benz
Assistência Técnica: DIAS: 13 E 14 DE JULHO
A Aeronáutica vai emprestar cinco Tels.: (021) 295-1398 e R. da Passagem,175 AS 21:15 HORAS
O presidente do TSE, ministro Syd- Concessionário de Automóveis LOCAL: Shooptof tMutiM d» B*rn
helicópteros para que o Ibama faça a 275-1943 Tel.: (021)295-1882 A». Armam» LamMnh. n» *0S • Lo» 103 HHlHULiüKm
fiscalização das queimadas na Amazô- ney Sanches, acredita que será muito Im m Tljw* • Tal.: MS-1SU uecoend FUELCO
nia. grande a abstenção nas próximas elei- Ao Udo ao ntuunnt» U Mota. d
ções.
Sem pressa Não só pela quantidade de candida-
O presidente do Citibank, John tos mas também, principalmente, pela
Rced, quinta-feira, quando foi visitar a desilusão dos eleitores com a política. CANCELARAM 0
ministra Zélia Cardoso de Mello, suge- Sanches calcula que o número deve- Mercedes Benz FHEE JAZZ
riu que começassem imediatamente as rá ser maior
que o da última eleição Em represália, vendo
negociações da dívida externa para que deixaram de votar
presidencial, quando todos os meus discos
num prazo rapidíssimo, de até 15 dias, 11,94% dos eleitores. CONCESSIONÁRIA
tudo estivesse acertado. URGENTE
Ao que a ministra respondeu tran- Livro de cabeceira DIRETA, CATÁLOGOS, TEL 257-695
IMPORTAÇÃO
qüila: A leitura atual do presidente Collor PEDRO PAULO
— O senhor é muito otimista. Nós E IUMA
é o livro Plano Collor — Avaliações e LISTA E
DE IPREÇOS DE FÁBRICA
efetivamente queremos chegar a um
Perspectivas, uma coletânea de artigos
acordo, mas vamos cumprir o nosso cro- ORIENTAÇÃO TÉCNICA.
sobre o plano econômico que revelam a COMPETENTE Carro e Moto
nocrama. Parada obrigatória no JB.
? opinião de 46 conceituados profissionais
Tradução: o governo não tem pres- organizada pelo professor Clóvis Faro, CONCESSIONÁRIA MERCEDES BENZ
sa. da Fundação Getúlio Vargas. SHOW-ROOM ASSISTÊNCIA TÉCNICA JB
Caça Deve estar gostando. Presenteou Av. Prado Júnior, 145 R. Min. Raul Fernandes, 43
O candidato tucano ao governo de um exemplar aos repórteres argentinos Tel.: (021) 275-0997 Esq. c/Assunção — Botafogo
Tel : (021) 266-4481/286-8094
São Paulo, senador Mário Covas, nas Oscar Cardoso e Antônio Ambrosini, do
últimas duas semanas, jogou todo o seu diário Clarín, que o entrevistaram alguns
charme para cima dos pemedebistas do dias antes da viagem a Buenos Aires. Avenida Brasil, 500 - CEP 20949 - Caixa Postal 23100 - —São Cristóvão —- CEP 20922
interior do estado. JORNAL DO BRASIL Rio de Janeiro — Tel.: (021) 585-4422 • Telex (021) 23 690 (021) 23 262 (0.1)-I 5r>8
Dos 38 prefeitos quercistas, 21 estão Definição
derretendo-se em simpatias com o tuca- Do presidente do PDT em Minas, Bahia — Max Center — Av. Antônio Carlos Magalhães, n° 846. Preços dc Venda Avulsa em Banca
Áreas de Comercialização Salas 154 a 158 — telefones: (071) 359-9733 (mesa) 359-2979 Com Classificados
no. José Maria Rabelo, sobre a coligação 359-2986
E hoje Covas prossegue sua caça: PDT-PSDB no estado, para a eleição de Rio de Janeiro: Noticiário (021) 585-4566 Boa Estados 30 Dia util Domingo
Classificados (021) 580-4049 Pernambuco — Rua Aurora. 325, 4o and., s/ —418 420 00 50 00
das oito cidades do interior paulista que governador: — —
Vista Recife Pernambuco — CEP 50050 telefone: (081)
São Paulo (011)284-8133 — MG-ES-SP " 4^rc> 6300
vai visitar, quatro prefeituras são do — É a coligação do brega com o Brasilia (061) 223-5888 231-5060 telex: (081) 1 247 MSPH-BA 75 00 MOO
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Classificados por telefone 90 00 '00 00
PMDB. chique. RiodeJaneiro (021) 580-5522 Acre. Alagoas. Amazonas, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso.
Rabelo garante não se importar de Outras Praças (021) 800-4613 Mato Grosso do Sul, Pará. Paraná. Piaui. Rondônia, Santa PA-HO HR '05 0° 113 00
De volta
Avisos Religiosos e Fúnebres Catarina. MAHAUS '05 00 "3°°~
Um téte-à-tête político na frisa do representar o lado brega da união. Correspondentes no exterior
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Ontem, o cx-prcsidcntc José Augusto Montenegro, diretor do está articulando reunião para Brasília — Setor Comercial Sul (SCS) Quadra 1, Bloco K, Sport Press, UP1. AL-MT-MS-SC-RS-BA-SE-PR-CiO 60 00 '5 00
Ibope, entre outros. terça-feira, às 15h, no Palácio da Edifício Denasa. 2o andar — CEP 70302 — telefone: (061) Serviços especiais
Sarney fez um roteiro paulista. 223-5888 — telex: (061) 1 OU Times. Washington Post, Los Angeles MA-CE-PI-RN-PB-PC-AM-BO-AG-RRPA 75 00 86 00
Passou o dia visitando os amigos Almoçavam ontem no Lake's Cidade, com secretários c cn- BVRJ, The New York DEMAIS ESTADOS 75 00 66 00
tidades civis, para o prefeito São Paulo — Avenida Paulista, 1 294, 17" andar — CEP 01310 Times. Le Monde, El Pais, L Express.
que tem cm São Paulo. Baby Becf, em Brasília, o minis- — S. Paulo, SP — telefone: (011) 284-8133 (PBX) — telex: (011)
O PMDB da Bahia queixou-se tro da Agricultura, Antônio Ca- Marcello Alencar expor a gravi- 21 061.(011) 23 038 Atendimento a Assinantes © JORNAL DO BRASIL S A 1990
ontem âo TSE contra o TRE brera, e o secretário nacional de dade da aprovação do projeto do Minas Gerais — Av. Afonso Pena. 1 500, 7o andar — CEP Telefone: (021) 585-4183 Os textos, fotografias e demais criações intolec-
baiano, que não tomou providên- Meio Ambiente, José Lutzcnber- governo estadual que propõe 30130— B. Horizonte. MG — telefone: (03!) 273-2955 — telex: sexta, das 7h ás 17h tuais publicados neste exemplar não podem ser
mudanças na transferência do (031) 1 262 Dc segunda a utilizados, reproduzidos.'apropriados ou esto-
cias para retirar da TV Bahia ger. Em mesas separadas. R. G. do Sul — Rua José de Alencar, 207 — s 501 e 502 — Sábados, domingos e feriados, das 7h às 1 Ih cados em sistema de banco de dados ou proces-
spots de propaganda eleitoral do A vida de João Saldanha será 1CMS ao município. A perda se- so similar, em qualquer forma ou meio —
candidato ao governo pelo PFL, apresentada cm documentário po- rá de 6% da receita. Menino Deus — CEP 90640 — Porto Alegre. RS — telefones: Exemplares atrasados JB' mecânico, eletrônico,— microfilmarem, fotocó-
(0512) 33-3036 (Publicidade), 33-3588 (Redação). 33-3118 (Ad- Dc segunda a sexta das lOh às I7h pia. yravaçào. etc. sem autorização escrita
Antônio Carlos Magalhães. Ia Rede Manchete, amanhã, às A recém-criada Music Marke-
ministraçào) — telex: (0512) 1 017 Telefone: (021) 585-4377 dos titulares dos direitos autorais.
O deputado federal Fábio 21h. ting promove quinta-feira, no
A Sociedade Pestalozzi do Centro Cultural Banco do Brasil, Segunda/Domingo Executiva (Segunda/Sexta-Feira)
Feldmann (PSDB-SP), no fim do
mês passado, requercu ao Emfa Rio amarga três meses sem rece- seu primeiro evento, o show Músi- Entrega Trimestral Trimestral
informações sobre a suposta uti- ber as verbas da LBA. Como se ca Ilustrada. O patrocínio musi- Domiciliar 2 Preço 3 Preço Preço 2 Preço 3
Preço Preço A vista t Parcelas A vista A vista Parcelas A vista Parcelas
lizaçSo da base militar da Serra não bastasse, a Justiça eleitoral cal é um mercado de USS 2 mi- A viata A vista Parcelas
do Cachimbo, no Pará, para tes- acaba de requisitar uma de suas Ihões por dia no mundo intei-
tes nucleares. Como resposta, re- funcionárias para trabalhar até ro. 1861,00 993 70 3564.00 1324,90
Rio de Janeiro 1987.30
cebeu esta semana telegrama a- outubro por conta da instituição 9 A convenção do PDT de Ma- 2821,50 1490,60 53->6.00
Minas Gerais/Espirito Santo/Sào Paulo
conselhando-o a fazer novo filantrópica. caé. no Estado do Rio. foi anula-
requerimento à Aeronautica. O show do saxofonista l.eo da esta semana pelo TRE por- Goiânia/Sai vador/Maceiô/Cuiabâ
CurtiiDa/Fiorianôpohs
A agência Cultura Brasileira Gandelman amanhã, às 17h, no que. marcada para a parte da Porto Alegre/Campe Grande
Marketing e Idéias promove dia MAM, vai marcar a pré-estréia manhã, só foi realizada à noi- • * Brasilia
18, no Banco de Desenvolvimento do Microbar, que. a partir do dia te com 200 pessoas, em vez das necite/Foria'e*a/Terezina
de Minas Gerais, cm Belo Hori- 13 de agosto, vai funcionar como 2.600 previstas. Natal/Joào Peàsoa/Sâo Luís 10603 30
zonle, o seminário Comunicação cantina no Galpão das Artes, que O projeto da Linha Vermelha, Camaçari-BA
13733.30
e marketing na política, com o terá 38 oficinas. essencial para desafogar o trãnsi- Manaus 4641.50
O secretário de Governo do to da Avenida Brasil, no Rio, pa- 6036,10 6589 80 3481.40 12485.90
jornalista Ricardo Kotscho, do Parâ/Rondônia
47.2,50 2484 30 8910,00 3312.20
JORNAL DO BRASIL, e Carlos município do Rio. Otávio Leite. rou. Parou por que? • «ostal em todo o território nacional 6213.20 9975.68 4362 80 —
DE CRÉDITO: BRADESCO, NACIONAL, CREDICARD, DINERS. OUROCARD e C HASE CARD
OBSERVAÇÃO Nou^ . teifieo dc Brasilia CARTÕES * OBS.: Assinatura Semestral á vista (INTERIOR), incluído desconto de 15 u
Ancclmo Gois. com sucursais Tnmcstral (Sábado c Domingo) Cr$ 1.622.40
Semestral (Sábado c Domingo) CrS 3.244.80 Validade da Promoção: de 1° 7 a 317.
 Ciência/Meio Ambiente sábado, 14/7/90 ? 1° caderno ? 7
JORNAL DO BRASIL

une
Comissão antinuclear
brasileiros e argentinos
PORTO ALEGRE — discussão sobre a questão nuclear. No painel de
Cientistas e ecologistas brasi- SBPC ontem, Roberto Rivarola, presidente da AFA, ape-
leiros e argentinos querem, sar da crítica à construção de usinas como Ezeiza
através de uma ação conjuga- — de reprocessamento de material para a produção
da, penetrar no nevoeiro do de plutônio — e Pilicaniyeu"o — para enríquecimen-
controle militar na questão to de urânio —, defendeu '.troleuso da energia nuclear
do parlamento".
nuclear e criar, efetivamente, para fins pacíficos e com cc
mecanismos de controle para O deputado federal Fábio Feldman (PMDB) lem-
impedir a produção de armas brou que justamente este eufemismo que fala em
a
s "fins
nucleares. Uma reunião, na pacíficos" foi aprovado no texto constitucio-
manhã de ontem em Porto nal brasileiro e, nem por isso, o problema da
"alarman-
1990 energia nuclear no Brasil deixou de ser
Alegre, definiu uma comissão
bilateral de cientistas e ecologistas que fará duas te".
reuniões anuais e levará aos dois governos a pro- O cientista Luiz Pinguelli Rosa, coordenador do
posta de fiscalizar os programas nucleares do Brasil
painel, levantou alguns casos até agora mal expli-
e Argentina. O objetivo final é impedir a constru- cados, como a construção de poços com 320 metros
çào da bomba atômica no Brasil e — ou — Argen- de profundidade na"que base militar da Serra do Ca-
tina. É, porém, um caminho árduo a percorrer. chimbo, no Pará, podem se destinar a expe-
No debate da tarde de ontem, na 42a Reunião
riências de explosões nucleares". Há ainda o proje-
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciên- to da construção de um submarino nuclear
cia (SBPC), sobre a questão nuclear, o representan- brasileiro e dois programas para a construção de
te da seção argentina da entidade ambientalista reatores, a cargo do Ministério da Aeronáutica, um
Greenpeace, Juan Schrõder, cobrou posições mais deles para lançamento de satélites.
da Argentina (AFA)
claras da Associação de Física "O
Fábio Feldman acredita que a força desse movi-
c, depois, fez uma revelação: diplomata norte-
americano Richard Kennedy esteve no último dia 2 mento pode gerar a criação de comissões perma-
itentes no parlamento dos dois países, com assesso-
de julho em Buenos Aires para propor ao ministro
das Relações Exteriores, Domingo Cavallo, a assi- ria técnica da comunidade científica. E, no caso do
Brasil, desembocar na reforma constitucional de
natura de um acordo com os Estados Unidos para
1993, varrendo o eufemismo do texto que falta em
o controle de armas nucleares. Mas a resposta do "fins
pacíficos". Entretanto, terão que acontecer
ministro argentino foi negativa, dizendo que se o algumas desmistificações públicas dos defensores
Brasil fizer a bomba atômica, a Argentina fará o desse pacifismo movido a energia nuclear. Schrõder
mesmo. O presidente Meném afirmou, depois, que
cita o caso de Júlio César Araoz, um ex-deputado
não assinaria qualquer acordo". "um
peronista que chegou a defender projeto de
Há, na verdade, algumas discordâncias entre uma bomba nuclear para fins pacíficos". Araoz,
entidades brasileiras e argentinas envolvidas na agora, é secretário de Energia do governo Meném.
Candotti critica política oficial
Irônico, o presidente da SBPC, professor do que cobra o que bem entende de quem
Ennio Candotti definiu o desempenho do se- compra". Por enquanto, entende que as condi-
"a um
cretário nacional de Ciência e Tecnologia, José
"o ções se assemelham paciente à beira do
Goldemberg, como de um competente colapso, mas que não morreu".
bombeiro apagando focos de incêncio sem ata-
Já o secretário-geral da SBPC, Fernando
car as causas do fogo". Com mordacidade,
"ele não tem Galembeck, comentou que o orçamento atual
observou que planejamento a de US$ 600 milhões para desenvolvimento de
longo prazo, nem está usando o assessoramen- "é insuficiente e não
to técnico que a comunidade científica poderia e
projetos pesquisas per-
mite salto nenhum um de mo-
lhe dar para enfrentar as pressões de outras para patamar
áreas da administração e da economia em ge- dernidade no futuro do ano 2000". Ele desta-
cou que a integração entre delegações e
ral".
palestrantes latino-americanos e brasileiros e a
Candotti anunciou que, em 1991, a 43a
Reunião da SBPC será no Rio de Janeiro.
consciência da necessidade de ações conjuntas,
"foi um dos
Encerrando os trabalhos deste ano, ele fez uma pontos mais marcantes desse en-
contro".
avaliação do encontro que, segundo seus orga-
nizadores, teve 5 mil participantes que agita- Ennio Candotti destacou também o apro-
ram o campus urbano da Universidade Federal fundamento da consciência da defesa do patri-
"O impor- "um território
do Rio Grande do Sul (UFRGS). mônio genético da Amazônia —
tante nesta edição da reunião foi o caráter de interesse de toda a humanidade e sobretudo
sobretudo científico interdisciplinar, que possi- de nossos países" — propondo a intensificação
bilitou o intercâmbio entre as mais diversas do estudo científico e social na região.
áreas". "a constatação de
Acrescentou ainda que
Depois de reconhecer unanimidade no in- que o Brasil ocupa o 88° lugar mundial em
conformismo dos participantes às medidas go- nível de educação e ensino precisa ser alvo de
vernamentais restritivas aos recursos para ciên- um plano imediato de reordenação para po-
cia e tecnologia, Candotti enfatizou que o risco dermos atingir o século que se aproxima em
maior é o Brasil tornar-se só consumidor da melhores condições". E destacou:
"Lamenta-
tecnologia desenvolvida noutros países.
"Se
velmente, vemos que as medidas oficiais neste
isto acontecer, estaremos sujeitos a um merca- sentido são bastante precárias".
Genética exige leis atualizadas
Ao destacar que o desenvolvimento científico mentar questões como a propriedade da informa-
na área da genética deve ser delimitado pela ética, o ção genética e o direito ser informado com
professor Francisco Salzano defendeu ontem a ne- antecipação sobre a incidência futura de uma doen-
cessidade de adaptação da legislação brasileira aos ça genética.
progressos obtidos pela ciência. Neste sentido, a Os cientistas já podem detectar, desde o nasci-
advogada gaúcha Mônica Sartori Scarparo con- mento de uma criança, se ao atingir a idade adulta
cluiu ontem um trabalho cujo objetivo final é o
ela terá alguma doença rara, como a doen-
estabelecimento de projetos de lei que estabeleçam "A genética é
ça de Huttington. questão quanto ao direito
parâmetros para a atuação da engenharia genética, da pessoa saber, ou não, antecipadamente, que terá
abordando situações como a das mães de aluguel e essa doença. São questões que os cientistas e a
a caracterização jurídica de ser humano e do em-
sociedade precisam definir", observou Salzano.
brião congelado.
No simpósio Ética e nova genética, Francisco As preocupações do geneticista gaúcho são res-
Salzano, pesquisador e geneticista da UFRGS, dis- pondidas, em boa parte, pela advogada Mônica
se que participou, no Chile, na reunião que criou o Sartori Scarparo, que cm Vertentes interdisciplina-
Programa Latino Americano de Genoma Humano res para regramento ila fertilização artificial visa
(PLAGH). O programa, que se insere num esforço estabelecer limites éticos e jurídicos que não impe-
mundial para mapear todo o código genético hu- çam o avanço da ciência, mas que protejam os
mano num prazo de 15 anos, também vai regula- direitos e a dignidade das pessoas.
Sexualidade lidera a
preferência
O psiquiatra Açami Tiba, da PUC de São Pau- atrás foi regido pelos cromossomos dos pais, mas
lo, traçou ontem um paralelo entre as diferenças esse da adolescência tem como referência o como
culturais que afastam ou aproximam homens e somos", disse, arrancando risos da platéia, para
mulheres como parceiros sexuais. No último dia de completar em seguida: "Meninos c meninas passam
trabalhos da reunião da SBPC. a conferência Se- a reproduzir com muita força a maneira pela qual
xualidade hoje liderou a preferência de médicos, foram educados, em todos os aspectos".
psicólogos, biólogos e educadores, que ocuparam Tiba comentou também as modificações nas
os l .800 lugares do Salão de Atos da Universidade relações sexuais determinadas por "fatores do mo-
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tiba mento, como a Aids". Segundo ele, com base em
conduziu a conferência na forma de sliow. interpre-
observações de pacientes cm seu consultório, os
tando gestos e tipos de comportamentos de crian- rapazes estão iniciando a vida sexual mais tarde
ças, adolescentes, pais e professores. "por temor da Aids". Em compensação, as meni-
O confercncista classificou a adolescência como nas estão mantendo relações com seus parceiros
"com muita freqüência incentivadas
o "segundo parto", gestado a partir do momento precocemente
em que a criança sai do útero da mãe e "cai na pelos namorados, que não desejam trocas para
família". O segundo parto identificado por Tiba se evitar doenças". Tiba disse que os pais até aceitam
inicia por volta dos 10 anos. ou a partir do ingresso sexo entre adolescentes, mas a gravidez continua
na 5a série do Io grau. "O parto biológico de anos sendo tratada como tabu.
Canadá ajuda
a
preservar
mata atlântica
SÃO PAULO — O governo ca-
nadense e a fundação americana The
Nature Conservancy (TNC) vão
doar US$ 77 mil dólares à Fundação
SOS Mata Atlântica a serem aplica-
dos em quatro projetos ambientais
na região do estuário de Iguape-Ca-
nanéia, localizado na divisa de São
Paulo com o Paraná. Essa região é
considerada prioritária nos traba-
lhos da SOS por abrigar cerca de
20% da mata atlântica ainda con-
servada do país. A Organização das
Nações Unidas (ONU) considera o
local um dos mais importantes vivei-
ros naturais marinhos do Atlântico
Sul.,
É a segunda vez que o governo
canadense, que executa uma política
internacional de apoio à preservação
do meio ambiente, ajuda a SOS Ma-
ta Atlântica. Graças à ajuda ante-
rior a fundação conseguiu restaurar
um sobrado no povoado de Ariri,
município de Cananéia, transforma-
do agora em centro de educação
ambiental. Dessa vez, a Embaixada
do Canadá vai doar mais US$ 52 mil
dólares. Com parte desse dinheiro
— US$ 16 mil —, será executada a
segunda etapa do projeto de educa-
ção ambiental: a produção de mate-
rial didático, principalmente para as
escolas rurais e para o centro do
povoado de Ariri.
Outros USS 16 mil serão empre-
gados na segunda fase do projeto de
ostreicultura (cultura de ostras), ini-
ciado pela SOS há um ano e meio. A
fundação já desenvolveu tecnologia
acessível aos caiçaras do local para a
criação e engorda de ostras. "A idéia
é que eles deixem de ser apenas-cole-
tores e passem a ser também produ-
tores", explica Clayton Ferreira Li-
no, diretor de Ciência e Áreas
Protegidas da SOS Mata Atlântica.
O terceiro projeto ainda vai co-
meçar e pretende criar uma alterna-
tiva para as 200 famílias da região
que vivem da extração de uma ma-
deira leve, usada principalmente na
produção de lápis: a caixeta. Como
quase toda a madeira restante na
região está em parques e estações
ecológicas, a SOS desenvolverá tec-
nologia para a produção de mudas e
montará viveiros para que essas pes-
soas passem a produzir sua própria
caixeta, em vez de depredar o meio
ambiente.
Já os USS 25 mil doados pela
TNC (importante fundação ameri-
cana de preservação ambiental, pro-
prietária de cerca de um milhão de
hectares nos Estados Unidos trans-
formados em parque ecológicos) se-
rão repassados pela SOS à Secreta-
ria Estadual do Meio Ambiente para
ajudar na criação do parque da
Ilha do Cardoso, também na divisa
com o Paraná. A secretaria pretende
montar o parque em três anos e a
SOS comprometeu-se a repassar
nesse período um total de US$ 60
mil.
Investimentos
na Serra do Mar
O Parque Estadual da Serra do
Mar ganha a partir de hoje um centro
de visitação e educação ambiental e
uma trilha ecológica. No Núcleo Pi-
cinguaba, uma pequena vila de pesca-
dores no município de Ubatuba, a
233 quilômetros da capital paulista, a
Secretaria Estadual do Meio Am-
biente criou o Centro de Educação e
Programação Ambiental (Cepac).
Ali, em plena Serra do Mar, foram
construídos um auditório, uma bi-
bliotcca e uma sala de exposição que
terá mostra permanente das pesqui-
sas em andamento no núcleo e onde
estarão expostos painéis explicativos,
coleções de insetos, répteis, conchas e
espécimes de madeiras.
O Núcleo Picinguaba é uma área
de aproximadamante 8.000 hectares
(8 milhões de metros quadrados) e
representa um ponto estratégico: une
o Parque Estadual da Serra do Mar,
ao Norte de São Paulo, ao Parque
Nacional da Bocaina e Área de Pro-
teção Ambiental do Cairuçu, duas
importantes reservas florestais do
Rio. A outra vantagem apresentada
pela localização do Núcleo Picingua-
ba é que ele é o único ponto do
Parque Estadual da Serra do Mar que
atinge a orla marítima. Em seus limi-
tes, abriga sete praias, a última, a Vila
de Picinguaba, na divisa do Rio e São
Paulo. "È uma faixa de grande valor
ecológico", lembra o secretário do
Meio Ambiente, Jorge Wilheim.
Discriminação
é ameaça ao
José Rezende Jr.
BRASÍLIA — A falta de perspectivas sociais e
econômicas para as mulheres, principalmente nos
em desenvolvimento, ser desastrosa
países pode
para o futuro do planeta. A tese é defendida pelo
Relatório sobre a Situação da População Mundial
em 1989, divulgado pelo Fundo das Nações
De acordo com o relato- pais
para População (Funap).
rio, em muitos países as alternativas das mulheres
ainda se resumem a casar e ter muitos filhos,
porque é o que se espera delas.
Se um grande percentual das mulheres do mun-
do não conseguir reduzir sua dependência dos fí-
lhos para obter posição social e não assumir
papel na sociedade igual ao dos homens, as taxas
de fecundidade continuarão elevadas e a população
mundial poderá triplicar no prazo de um século,
alerta o Funap.
Projeção otimista da Organização das Nações
Unidas (ONU) estima que dos atuais 5,2 bilhões de
pessoas, a população mundial chegará a 6,25 bi-
lhões no final do século e alcançará 8,5 bilhões em
2025. Para que a projetada redução da taxa de
fecundidada ocorra, no entanto, é necessário que o
índice de mulheres que usam métodos anticoncep-
cionais suba dos atuais 45% para 58% no ano 2000
e para 71% no ano 2025. Se isso não acontecer,
população continuará a crescer cada vez mais e, de
acordo com projeção menos otimista da ONU,
poderá chegar a 10 bilhões em 2025.
O relatório lembra que muitos danos ao meio
ambiente podem ser associados à combinação "A
pobreza e crescimento rápido da população.
fim de sobreviver, cada vez mais pessoas dos países
em desenvolvimento são obrigadas a desencadear
um ataque feroz ao ambiente onde vivem. Ao
fazê-lo, esgotam os recursos que poderiam susten-
elas e a suas famílias no futuro", alerta.
tar a"Em
muitas sociedades, a mulher jovem ainda
São Paulo esconde
de
seu transplante
um mês
pulmão por *¦ Arlovaldo
Arlovaldo Santos
SÃO PAULO
— O primeiro
transplante de pul-
mão realizado no
estado de São
Paulo foi mantido
em absoluto segre-
do por quase um
mês, entre os cor-
redores da Hospi-
tal São Paulo, da
Escola Paulista de
Medicina. Somen- ÜP!5
te ontem, a menos
de 24 horas de re-
ccber alta, o pa-
ciente Francisco Jacob, recuperado
Jacob, um funcio-
nário público de 50 anos que recebeu um novo
pulmão esquerdo, foi apresentado à imprensa. Em
excelentes condições, Jacob já fala e se movimenta
com desenvoltura. Não sabe o nome, endereço ou
história do doador do órgão que salvou sua vida.
"Só sei
que foi alguém abençoado por Deus", diz
emocionado.
Francisco foi internado em março com fibrose
intersticial, uma doença que ataca o interstício,
região localizada entre os alvéolos e vasos capilares
dos pulmões. De caráter irreversível e com causa
ainda desconhecida, a enfermidade dificulta os mo-
vimentos respiratórios e faz os pulmões diminuírem
de tamanho. Jacob respirava apenas através de
aparelhos e esperou durante três meses por um
doador. O doador do pulmão foi uma mulher de 34
anos, que teve morte cerebral comprovada depois
de sofrer uma hemorragia cerebral maciça.
dos Santos,
tor clinico do hospital, Manuel Lopes
não divulgou o nome da doadora por motivos
éticos. Não existem transplantes de pulmão inter-
vivos — devem ser realizados após comprovação
da morte cerebral do doador. A cirurgia de trans-
plante demora seis horas, e o pulmão do paciente já
morto é mantido em movimento através de apare-
lhos de respiração.
Avanço — Este é o quarto transplante do
realizado no Brasil — os outros três
gênero
feitos em Porto Alegre. Durante três anos, uma
equipe do Hospital São Paulo pesquisou as técnicas
de transplante de pulmão primeiro em animais e
depois em cadáveres. A técnica de transplante está
bastante desenvolvida nos EUA e Canadá — neste
pais, um paciente operado há cinco anos está vivo
até hoje.
"O sucesso dessa cirurgia é importante
as pessoas doentes deixem de ter medo de se sub-
meter a transplantes", disse o diretor clínico do
hospital, Manuel Lopes dos Santos. Esse sentimen-
to, o medo, tomou conta de Francisco Jacob quan-
do soube que seria submetido a um transplante a
"Fiquei
qualquer momento. tão nervoso, mas de-
pois deixei tudo nas mãos dos médicos e Deus", ele
conta, com voz forte. Jacob, um soldador do De-
parlamento Estradas e Rodagem (DER), morador
da cidade Pedro de Toledo, no interior de São
Paulo, hoje acredita que o medo que"Eu sentiu foi
inútil, e sente-se forte para recomeçar.
agora começa uma nova etapa na minha vida.
Tudo vai mudar: a alimentação, os hábitos, e até o
medo de infecçôes ou de ter uma gripe vai crescer",
ele diz. "No entanto, eu já posso andar de novo. E
acho que vou chegar lá".
das mulheres
da Terra
futuro
está apanhada numa teia de valores tradicionais
que atribuem um valor muito elevado a ter filhos e
quase não valorizam qualquer outra coisa que ela
possa fazer. A sua posição social depende do seu
êxito como mãe e de pouco mais", constata o
estudo.
O relatório verificou ainda que o fato de terem
expectativas em relação às filhas leva os
Unidas poucas
pobres a investir mais nos filhos homens. Em
Bangladesh, por exemplo, o Funap apurou que são
dados 16% mais alimentos aos meninos com menos
que cinco anos do que às meninas da mesma idade.
No Terceiro Mundo como um todo, em 1985, 78%
dos garotos estavam na escola primária, contra
apenas 65% das garotas. No segundo grau, a pro-
um
porção era de 48% contra 37%.
O Fundo das Nações Unidas para População
Mundial constatou também que as mulheresnão
podem possuir terras na Colômbia, Nepal, Quênia,
Etiópia, Panamá, Chile, Iraque e Egito, enquanto
as novas leis de reforma agraria proíbem que mu-
lheres divorciadas sejam detentoras de terras na
Zâmbia, Etiópia e Nepal. O Funap apurou ainda
que em países como Brasil e Chile os núcleos
familiares chefiados por mulheres são mais pobres
os chefiados por homens.
que "Em
1980, no Brasil, a mulher média emprega-
da tinha um terço mais de instrução que o homem
a
médio, mas ganhava um terço do salário deste",
aponta o relatório.
"agentes de
O estudo chama as mulheres de
a "investirem nas
mudança" e exorta os governos
de mulheres", o que inclui conceder a elas acesso igual
às terras, ao crédito e ao emprego compensador,
bem como estabelecer seus direitos pessoais e poli-
ticos, além de acesso ao planejamento familiar.
O Funap recomenda o aumento da ajuda inter-
nacional destinada a programas de planejamento
familiar de USS 500 bilhões de dólares por ano
para USS 2,5 bilhões até o ano 2000.
Agricultor ignora
advertências e usa
mal os agrotóxicos
Santos „ ,
RECIFE — Cerca de 90% dos pequenos agri-
cultores e lavradores pernambucanos desconhecem
o significado dos rótulos de advertência dos reci-
pientes de agrotóxicos, 25,7% deles estão contami-
nados pelo mau uso de defensivos agrícolas — em
algumas áreas esse percentual chega a 62,5% — e,
entre os prejudicados, pelo menos 12% são crian-
ças ou adolescentes.
Os produtos são vendidos indiscriminadamente,
apesar de a legislação determinar que só podem ser
vendidos com apresentação de receituário assinado
por pessoa habilitada. Os agricultores também não
têm métodos para aplicar os agrotóxicos: muitas
vezes, utilizando as próprias mãos, misturam vários
deles e os atiram nas lavouras, por achar que,
assim, o combate às pragas é mais eficiente.
Eles também não costumam seguir os prazos
mínimos estipulados entre a aplicação do agrotóxi-
co e a colheita — que pode ser de 10 a 30 dias — e,
sem que saibam, estendem à população um risco
que ficaria restrito apenas ao campo. E o que é
pior: hortaliças, verduras e frutas são comercializa-
das sem exames de contaminação por agrotóxicos
porque o estado não tem laboratório de análise
apropriado.
Essas informações constam de relatório prepa-
rado pela Funacentro (Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança do Trabalho), órgão do
Ministério do Trabalho, após fazer exames de san-
gue em agricultores de quatro municípios, consta-
tar o alto grau de intoxicação em seus organismos,
e fazer entrevistas com todos os examinados: 281
no total, em Vitória de Santo Antão, Pesqueira,
O dire- Camocim de São Félix e Bezerros. A primeira
cidade fica na região açucareira e as três restantes
zona de transição entre a Mata (onde
no Agreste,
ficam os canaviais) e o Sertão.
Foi por conta desse diagnóstico que 10 órgãos
federais, estaduais e sindicatos deflagraram quinta-
feira a campanha Agrotóxicos, uma responsabilida-
de de todos, destinada a reduzir os danos provoca-
dos pelo mau uso desses produtos. Serão distribuí-
dos milhares de folhetos e cartilhas.
foram "A situação é tão
grave que em municípios
como Vitória de Santo Antão, a 50 quilômetros do
Recife, 62,5% dos agricultores examinados esta-
vam intoxicados", diz o agrônomo Adeilson Luna,
coordenador do setor rural da Funacentro em Per-
nambuco. "E o pior é que encontráramos nos
exames de sangue índices de atuação de colinestera-
se de até 37,5%, o que indica um alto grau de
para que intoxicação", acrescenta a médica Misamar Teixei-
ra, também da Funacentro. A colinesterase é uma
enzima que atua sobre uma outra substância que
existe no sangue, a acetilcolina, que"Oconduz os
estímulos nervosos para os músculos. normal é
que o índice de atuação de colinesterase seja de
100%. Abaixo de 75% já é grave", diz ela. Por
conta dessas intoxicações, os agricultores são ata-
cados por males como tonturas, desorientação (fi-
cam como se estivessem bêbados), contrações mus-
culares involuntárias, dormência nos lábios, na
língua, nos braços e nas pernas, vômitos e perda de
sei que apetite. Alguns têm lesões irreversíveis no fígado.
"Eles se confundem, dizem
que estão doentes,
fracos, tomar fortificantes, nunca ima-
precisando
ginam que estão intoxicados pelos produtos que
utilizam para combater as pragas", diz a médica.

Robô — Um novo robô, projetado pelo Institu- Hoje está sendo inaugurado o novo Posto Mengão. Um visual inteiramente
tp Espanhol de Automoção Industrial, será capaz novo, bombas eletrônicas e frentistas treinados para oferecer a você o má-
de fazer consertos nas galerias subterrâneas das
cidades européias, evitando que seja preciso fazer ximo de rapidez, eficiência e cortesia.
buracos nas ruas. Todavia, antes que o robô entre
em funcionamento, será preciso aperfeiçoar a in- ESSO STOP & SHOP
fraestrutura das cidades. No futuro, dizem os técni- A mais moderna loja de conveniência, aberta 24 horas, para você fazer suas
cos espanhóis, o sistema de galerias subterrâneas compras de última hora.
conterá um único duto, envolvendo as tubulações
de água, gás, eletricidade e telefonia. O robô, equi- LAVAMATIC
pado com braços e camaras de televisão, deslizará Uma máquina craque que lava seu carro em apenas 3 minutos.
pendurado num trilho no alto da tubulação c pode-
rá fazer reparos sem intervenção humana. O proje- PROMOÇÃO ESSO STOP & SHOP
to faz parte do programa Eureka da Comunidade Durante os próximos 30 dias, o Posto ESSO Mengão vai contar com muita
Européia.
alegria, música e distribuição de brindes.
Baleias — A Comissão Internacional de Caça Além disso, você poderá participar de uma sensacional Promoção.
as Baleias resolveu manter a suspensão a caça Basta fazer alguma compra na ESSO STOP & SHOP ou usar o LAVAMATIC,
indiscriminada por tempo indeterminado. A comis- preencher o cupom e torcer. Os prêmios serão. 1 TV stereo, 1 Aparelha-
são rejeitou os pedidos feitos pelo Japão, União
Soviética, Noruega e Islândia que queriam retor- gem de som e 2 Walk Machines. O sorteio será no próprio Posto, dia 12/08,
mar a matança das baleias, suspensa desde 1982. às 17 horas. Participe! A ESSO está torcendo por você!
Esses países, no entanto, nunca deixaram de matar
baleias, seja por desconhecimento da moratória, SÓ ESTÁ FALTANDO VOCÊ NESTA FESTA!
seja a titulo de efetuar pesquisas cientificas. Várias POSTO MENGÃO. Em frente ao Estádio de Remo (jEsso)
espécies encontram-se à beira da extthçâo, como a
baleia azul, o maior animal do mundo. UK TMe da Lagoa.
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P caderno ? sábado, 14/7/90 ' " " """"""""
navio Expresso Grécia, os refugiados comemoram o fim de duas semanas de ocupação das embaixadas
em
Albaneses
BRINDISI, Itália — Quase duas semanas de-
pois de se refugiarem nas embaixadas em Tirana,
mais de 4 mil albaneses atravessaram o Adriático
em quatro ferries italianos e desembarcaram ontem
no porto de Brindisi, alguns gritando
"Itália, Itá-
lia" e acenando com camisas e lençóis brancos. Por
exigência das autoridades, que temiam uma corrida
de novos candidatos a emigrantes na hora do em-
barque, a retirada dos albaneses, na grande maioria
refugiados das embaixadas da Alemanha Ociden-
tal, Itália c França, foi feita à noite através do
da
porto de Durazzo, a uma hora de distância
capital. Um quinto navio, com 545 refugiados da
embaixada francesa, seguiu para Marselha.
Na Alemanha Ocidental, que se prepara para
receber cerca de 3.200 albaneses, a reação à chega-
da dos imigrantes é ambígua. Enquanto o Star, alugado pelo governo francês. A Hungria
"da melhorgoverno
manei-
de Bonn prometeu cuidar deles
o
ra possivel", jornal Bild, um dos principais do
"Os albaneses estão chc-
pais, lançou a pergunta:
gando: vitória para a liberdade ou problema para
nós?" Em Atenas, onde chegaram num vôo prove-
niente de Brindisi, alguns dos 29 albaneses que
ocupavam a embaixada grega cm Tirana saltaram
do avião segurando crucifixos de madeira e se
•« benzendo à maneira da igreja ortodoxa.
Limpeza — Ontem à tarde, após a saida dos
albaneses, Alemanha, Itália e França anunciaram
que vão fechar temporariamente suas representa-
"para limpeza e reparos".
ções na capital albanesa,
Segundo um diplomata italiano em Brindisi, no
entanto, a medida visa impedir uma nova ocupação
de refugiados.
O Expresso Grécia entrou às 9h (hora local) no
porto de Brindisi, com a bandeira das Nações
Unidas. Transportava 950 albaneses, a maioria
apenas com a roupa do corpo. Uns poucos carrega-
vam seus pertences em sacos de plástico e caixas de
papelão, e um jovem, que vestia apenas
calça de
brim e chapéu de palha, recebeu de presente uma
camisa nova.
í- O primeiro a desembarcar foi Patrizia, uma menj-
na nascida há cinco dias na embaixada alemã. Enro-
lada num lençol, ela desceu carregada num cesto de
Si
yí Mmam pão e foi recebida por uma ambulância. No atropelo
que se seguiu, equipes de televisão atrapalhavam os
Estudantes exigem
libertação de seu
na Romênia
líder
BUCARESTE — Mais de 50 mil pessoas parti-
ciparam na capital romena de manifestação para
protestar contra a detenção de estudantes durantea
os confrontos com mineiros em junho e exigir
libertação do líder estudantil Marian Muntcanu.
em faixas c cartazes
Os estudantes denunciaram"encarceramento
o "estimulo à atrocidade""Sangue
co dos
inocentes", ironizando: para os estudan-
tes, agradecimentos para os mineiros".
Nos dias 13 a 15 de junho, mineiros foram
convocados pelo presidente Ion Iliescu para repri-
Vi mir as manifestações na Praça da Universidade
(> ocupada pelos estudantes. Depois da intervenção
dos mineiros, que resultou na morte de seis pessoas,
"uma
Iliescu agradeceu-lhes por terem frustrado
tentativa de golpe fascista".
Foram detidas então 184 pessoas. Ontem, de-
pois da passeata, Iliescu disse que o caso está
entregue a Justiça e que já foi nomeada uma comis-
são parlamentar para investigar os acontecimentos
de junho.
Ingleses querem
ministro de
que
Thatcher renuncie
LONDRES — Sessenta e oito por cento dos
ingleses acham que o ministro do Comércio e
Indústria, Nicholas Ridlcy, deve renunciar por
í-v V haver declarado à revista The Spectator que a
Alemanha unida quer tomar conta da Europa,
segundo revelou uma pesquisa de opinião divul-
gada ontem pelo jornal Today. A pesquisa mos-
trou também que, apesar da desaprovação da
maioria aos comentários de Ridley, muitos entre-
vistados — o jornal não dá a pcrccntagcm —
consideram perigosa a liderança dos alemães.
Um porta-voz do governo informou, no en-
tanto, que a primeira-ministra Margaret Thatcher
não vai pedir a Ridley que renuncie e qualquer
passo nesse sentido deverá ser de iniciativa do
de atacar a
próprio ministro. Ridley, que além "cãczinhos
Alemanha chamou os franceses de de
estimação" dos alemães, se retratou diante do
mal-estar e indignação causados na Grã-Bretanha e
na Alemanha por suas declarações. Para a impren-
sa londrina, a saida de Ridley do governo é
__ questão de dias, talvez de horas.
festa chegam
Brindisi. Itália — Floutors
||
^ outros esperam emigrar para os Estados Unidos e
^ Atenas de avião. Alguns saltaram "Pela
Mãe quer vida nova para seu bebi
enfermeiros da Cruz Vermelha, que em suas maças
desembarcavam os passageiros doentes.
Os outros barcos italianos, o Appia, o Cefalonia e
o Jonis, chegaram cm seguida, com mais de 3 mil
refugiados. Segundo o prefeito de Brindisi, Giuscppc
Mazzitello, a operação foi um sucesso. Houve apenas
um momento de tensão em Durazzo, quando uni
grupo de albaneses tentou invadir os barcos. Os
refugiados saíram de Tirana cm ônibus especiais, e
cm vários pontos do trajeto para Durazzo havia
soldados de prontidão. Segundo tripulantes dos bar-
cos italianos, muitos não se alimentavam há três dias
a
e primeira coisa foi comida.
que pediram
Cerca de 3.200 albaneses imediatamente segui-
ram de trem a Alemanha Ocidental. Apesar de
para
Tchecoslováquia
Cuba culpa
invasão de
pela
HAVANA — O governo de Cuba acusou a
Tchecoslováquia dc haver provocado a entrada dc
14 cubanos cm sua representação diplomática cm
Havana. Em nota, lida pela tevê e qualificada como
duríssima pelos diplomatas ocidentais, o governo
de Fidcl Castro informou que não concederá salvo- para
condutos para que os refugiados deixem o pais.
Horas depois, cm Praga, a chancelaria tchcca con-
cubano solicitar a saída forçar os intrusos a abandonar o recinto".
vocou o embaixador para
dos cubanos.
Para agravar ainda mais a crise entre os dois
países, outros cinco dissidentes cubanos invadiram
a casa do embaixador tchcco cm Havana, Jau
Domok, c tentaram forçá-lo a levá-los para a sede
da embaixada, onde pretendiam se juntar aos 14
refugiados que lá se encontram. Segundo a agência
oficial cubana, Prensa Latina, o diplomata pediu
ao governo dc Havana que desalojasse os intrusos
dc sua residência. Não houve qualquer informação
sobre o destino dos cinco.
A chancelaria cubana comunicou a Jan Domok
Mk êigify m êiè
|—j Dez mil comerciáríos de Berlim Oriental
'—' — mais 50 mil cm três outras cidades —
protestaram contra os planos do primeiro-mi-
nistro Lothar dc Maizicrc dc privatizar as
grandes lojas dc departamentos HO c Kon-
JORNAL DO BRASIL
v ;
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/
t
I
I
à Itália
. . ...
enfraquecidos, pareciam animados. Muitos acena-
vam das janelas, gritando "Adeus, Itália, e obriga-
do". Logo após cruzar a fronteira da Suíça, eles
vão ser divididos cm grupos c enviados para várias
cidades alemãs. Duas mulheres deram à luz na
estação do porto de Brindisi. v;t
.$í
Oitocentos refugiados da embaixada italiana
foram levados para um acampamento especial, a 10
quilômetros de Brindisi. Muitos vão ficar na ltalia,
Canadá. Os 29 refugiados da embaixada da Grécia,
dos quais 20 são de origem grega, seguiram para
no aeroporto |
i.l
segurando crucifixos de madeira. primeira
vez cm 40 anos estou etn casa", disse uma mulher
dc nome Irene. Os 545 da embaixada da França
seguiram para Marselha no mavio maltês Orienl
anunciou que os 40 albaneses da embaixada húnga-
ra serão transportados de avião, neste final dc
semana, para Budapeste.
Reservas — O êxodo de albaneses para a
Alemanha Ocidental faz lembrar o de milhares de
alcmàcs-orientais que no ano passado ocuparam as
missões diplomáticas dc Bonn cm Praga e outras
capitais do Leste europeu, c mais tarde chegaram
ao país cm trens da liberdade. Eles foram recebidos
com entusiasmo, música e demonstrações de sim-
patia. A situação dos albaneses é diferente. Bonn
assumiu a responsabilidade de recebê-los, mas pou-
cos alemães têm por eles afinidade ou simpatia.
Muitos até encaram com reserva sua chegada.
O jornal Bild, que incentivou os alemães-orien-
tais a buscar a liberdade, expressou essas restrições.
"A Alemanha um dia será um lar para eles? Nc-
nhum albanês fala alemão, muitos sequer sabem ler
ou escrever. Não estão acostumados a nosso ritmo
dc trabalho. No inicio, desempregados, vão viver as
custas do governo, c levarão anos para se adaptar a
nosso mundo dc alta tecnologia c mais tempo ainda
para se integrar á sociedade alemã".
Com as reformas no Leste europeu, c a consc-
quente liberdade de viajar, centenas dc milhares dc
poloneses, soviéticos c romenos emigraram para a
Alemanha Ocidental. Além desses, existe no pais
um grande número de turcos que entram como
trabalhadores convidados, c vivem cm guetos.
embaixada
que a invasão à sua casa foi um resultado da
atitude da embaixada tchcca que, segundo a nota,
"extrapola suas
prerrogativas de imunidade diplo-
mática ao acolher cidadãos cubanos cm sua sede .
Segundo a Prensa Latina, ao solicitar ajuda cubana
retirar os refugiados de sua residência, o
embaixador "atribui a si a faculdade de determinar
quando as autoridades do pais devem intervir para
Em discurso no Parlamento, na noite de quinta-
feira, o presidente cubano, Fidcl Castro, disse que o
"cm seu ódio c
presidente americano, Georgc Bush,
impotência ante a Cuba" exigiu que a União Sovic-
tica suspenda toda ajuda à ilha. Fidcl Castro rcíe-
ria-se á posição dc Bush durante a reunião dos sete
países ricos, cm Fluston. O presidente americano se
opôs a proposta da França c Alemanha Ocidental
de fornecer ajuda econômica imediatamente á
URSS, alegando que primeiro Moscou terá que
cessar o envio dc aproximadamente USS 5 bilhões
anuais a Havana.
Berlim Oriontal — AP
suw. Elas são acusadas pelo governo de se
terem prevalecido dc seu virtual monopólio
. dc-
. os preços
para aumentarem abusivamente
pois da unificação mondaria com a Alemã-
nha Ocidental.
8 ? Io caderno u sábado, 14/7/90 ? 2a Edição Internacional JORNAL DO BRASIL
Brindisi, Itália —AFP

!'

/í bordado navio Expresso Grécia, os refugiados comemoram o fim de duas semanas de ocupação das embaixadas
Albaneses em
BRINDISI, Itália — Quase duas semanas depois
dc se refugiarem nas embaixadas cm Tirana, mais dc
4 mil albaneses atravessaram o Adriático cm quatro
ferries italianos e desembarcaram ontem no porto dc
Brindisi, alguns gritando "Itália, Itália" c acenando
com camisas c lençóis brancos. Por exigência das
autoridades, que temiam uma corrida de novos can-
didatos a emigrantes na hora do embarque, a retirada
dos albaneses, na grande maioria refugiados das
embaixadas da Alemanha Ocidental, Itália e França,
foi feita à noite através do porto de Durazzo, a uma
1 Em casa — Oitoccntos refugiados da embaixa-
hora dc distância da capital. Um quinto navio, com
545 refugiados da embaixada francesa, seguiu para
Marselha.
Em Tirana, dc acordo com um informe da agên-
cia oficial albanesa Ata captado cm Belgrado, capital
da Iugoslávia, cerca dc 100.000 pessoas participaram
dc uma manifestação dc apoio ao lider albanês Ra-
miz Alia c à sua política de democratização do
Partido do Trabalho (PC). Segundo a rádio Tirana,
monitorada em Londres pela BBC, "milhares c mi-
lhares" dc pessoas aderiram aos protestos. Xhelil
Gjoni, membro do Politiburo, declarou na manifes-
tação que o governo "não se abalou com com os
degenerados que viraram as costas para o país",
acrescentando que "todos os esforços estão sendo
feitos para promover reformas na economia".
Ambigüidade — Na Alemanha Ocidental,
que se prepara para receber cerca dc 3.200 albaneses,
a reação á chegada dos imigrantes é ambígua. En-
o dc Bonn prometeu cuidar deles
"da melhorgoverno
quanto
maneira possível", o jornal Bild, um dos
"Os albaneses
principais do país, lançou a pergunta:
estão chegando: vitória para a liberdade ou problema
para nós?" Em Atenas, onde chegaram num vôo
proveniente de Brindisi, alguns dos 29 albaneses que
ocupavam a embaixada grega cm Tirana saltaram do
avião segurando crucifixos dc madeira c se benzendo
â maneira da igreja ortodoxa.
Ontem à tarde, após a saída dos albaneses. Ale-
manha, Itália c França anunciaram que vão fechar
temporariamente suas representações na capital alba-
nesa, "para limpeza c reparos". Segundo um diplo-
mata italiano cm Brindisi, no entanto, a medida visa
impedir uma nova ocupação dc refugiados.
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do". Logo após cruzar a fronteira da Suiça, eles vão . w-
ser divididos cm grupos c enviados para várias cida-
des alemãs. Duas mulheres deram á luz na estação do
porto dc Brindisi.
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da italiana foram levados para um acampamento
especial, a 10 quilômetros de Brindisi. Muitos vão y'i'S
ficar na Itália, outros esperam emigrar para os Esta-
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com a roupa do corpo. Uns poucos carregavam seus simpatia. Muitos até encaram com reserva sua che-
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um jovem, que vestia apenas calça dc hrim c chapéu gada.
O jornal Bild, que incentivou os alemães-orientais
dc palha, recebeu dc presente uma camisa nova.
Os outros barcos italianos, o Appia, o Cefalonia c a buscar a liberdade, expressou essas restrições. "A
o Jonis, chegaram cm seguida, com mais de 3 mil Alemanha um dia será um lar para cies? Nenhum
refugiados. Segundo o prefeito de Brindisi, Giuseppe albanês fala alemão, muitos sequer sabem ler ou
Mazzitcllo, a operação foi um sucesso. I louve apenas escrever. Não estão acostumados a nosso ritmo dc
um momento de tensão cm Durazzo, quando um trabalho. No início, desempregados, vão viver ;i'<
grupo dc albaneses tentou invadir os barcos. Os custas do governo, c levarão anos para se adaptai a
refugiados saíram dc Tirana cm ônibus especiais, e nosso mundo dc alta tecnologia e mais tempo ainda
cm vários pontos do trajeto para Durazzo havia para se integrar à sociedade alemã".

Estudantes exigem
Cuba culpa Tchecoslováquia
libertação de seu

lider na Romênia invasão de embaixada

BUCARESTE — Mais dc 50 mil pessoas parti-
ciparam na capital romena dc manifestação para
protestar contra a detenção dc estudantes durante
os confrontos com mineiros cm junho e exigir a
libertação do líder estudantil Marian Munteanu.
cm faixas c cartazes
Os estudantes denunciaram"cncarccramcnto
o "estimulo à atrocidade""Sangue
eo dos
inocentes", ironizando: para os estudan-
tes, agradecimentos para os mineiros".
Nos dias 13 a 15 de junho, mineiros foram
convocados pelo presidente Ion lliescu para repri-
mir as manifestações na Praça da Universidade
ocupada pelos estudantes. Depois da intervenção
dos mineiros, que resultou na morte de seis pessoas,
"uma
lliescu agradeceu-lhes por terem frustrado
tentativa dc golpe fascista".
Foram detidas então 184 pessoas. Ontem, dc-
pois da passeata, lliescu disse que o caso está
entregue a Justiça e que já foi nomeada uma comis-
são parlamentar para investigar os acontecimentos
de junho.
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que
Thatcher renuncie
LONDRES — Sessenta c oito por cento dos
ingleses acham que o ministro do Comércio c
Indústria, Nichoías Ridley, deve renunciar por
haver declarado à revista The Spcctator que a
Alemanha unida quer tomar conta da Europa,
segundo revelou uma pesquisa de opinião divul-
gada ontem pelo jornal Today. A pesquisa mos-
trou também que, apesar da desaprovação da
maioria aos comentários dc Ridley, muitos entre-
vistados — o jornal não dá a percentagem —
consideram perigosa a liderança dos alemães.
Um porta-voz do governo informou, no cn-
tanto, que a primeira-ministra Margaret Thatchcr
não vai pedir a Ridley que renuncie e qualquer
passo nesse sentido deverá ser dc iniciativa do
próprio ministro. Ridley, que além de atacar a
Alemanha chamou os franceses de "cãezinhos de
estimação" dos alemães, se retratou diante do
mal-estar e indignação causados na Grã-Bretanha c
na Alemanha por suas declarações. Para a impren-
sa londrina, a saída dc Ridley do governo é
questão dc dias, talvez dc horas.
pela
HAVANA — O governo dc Cuba acusou a
Tchecoslováquia dc haver provocado a entrada de
14 cubanos cm sua representação diplomática cm
Havana. Em nota, lida pela tevê e qualificada como mática ao acolher cidadãos cubanos em sua sede".
duríssima pelos diplomatas ocidentais, o governo
de Fidel Castro informou que não concederá salvo-
condutos para que os refugiados deixem o país.
Horas depois, cm Praga, a chancelaria tchcca con-
vocou o embaixador cubano para solicitar a saída
dos cubanos.
Para agravar ainda mais a crise entre os dois
países, outros cinco dissidentes cubanos invadiram impotência ante a Cuba" exigiu que a União Sovié-
a casa do embaixador tcheco em Havana, Jan
Domok, e tentaram forçá-lo a levá-los para a sede
da embaixada, onde pretendiam se juntar aos 14
refugiados que lá se encontram. Segundo a agência
oficial cubana, Prensa Latina, o diplomata pediu
ao governo dc Havana que desalojasse os intrusos
de sua residência. Não houve qualquer informação
sobre o destino dos cinco.
A chancelaria cubana comunicou a Jan Domok
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'— — mais 50 mil em três outras cidades —
protestaram contra os planos do primeiro-mi-
nistro Lothar dc Maizicre de privatizar as
grandes lojas dc departamentos HO c Kon-
que a invasão á sua casa foi um resultado da
atitude da embaixada tchcca que, segundo a nota,
"extrapola suas
prerrogativas de imunidade diplo-
Segundo a Prensa Latina, ao solicitar ajuda cubana
para retirar os refugiados dc sua residência, o
embaixador "atribui a si a faculdade dc determinar
quando as autoridades do país devem intervir para
forçar os intrusos a abandonar o recinto".
Em discurso no Parlamento, na noite de quinta-
feira, o presidente cubano, Fidel Castro, disse que o
presidente americano, Georgc Bush, "cm seu ódio c
tica suspenda toda ajuda à ilha. Fidel Castro refe-
ria-se á posição dc Bush durante a reunião dos sete
países ricos, cm Huston. O presidente americano se
opôs a proposta da França c Alemanha Ocidental
de fornecer ajuda econômica imediatamente à
URSS, alegando que primeiro Moscou terá que
cessar o envio dc aproximadamente US5 5 bilhões
anuais a Havana.
Borlim Oriontal — AP
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terem prevalecido de seu virtual monopólio
para aumentarem abusivamente os preços dc-
pois da unificação monetária com a Alcma-
nha Ocidental
JORNAL DO BRASIL Internacional sábado, 14/7/90 ? Io caderno ? 9

Gorbachev encerra congresso e

"está
afirma PCUS vivo
que Moscou — Reuters
MOSCOU — Acabou. Após 12 dias
de acirrados debates e disputas entre |||L
conservadores e reformistas, o 28° Con-
gresso do Partido Comunista da União lift
Soviética (PCUS) foi encerrado ontem,
com mais de 4.500 delegados cantando a
Internacional, o hino socialista, depois
que o presidente da URSS, Mikail Gor- -tpf
bachev, reeleito secretário-geral do parti- j|pf
do, declarou ao plenário que "a ninguém
será permitido destruir a perestroika."
Em seu discurso final, Gorbachev,
que pouco antes conseguira incluir im-
portantes aliados no renovado e amplia-
do Comitê Central, ofereceu uma "am-
"outras forças
pia coalizão" às "aqueles
democráticas", ressaltando que
que acharam que este seria o último
Congresso e que testemunhariam o fune-
ral do partido calcularam mal". Numa *'
demonstração do "desprezo" que disse mm jMrngSS
— em entrevista à TV americana CBS —
sentir pelos que estão deixando o parti-
do, Gorbachev declarou"O solenemente,
sob ruidosos aplausos: Partido Co-
munista da União Soviética vive e irá
viver."
O último dia do Congresso, que du-
rou 48 horas além do previsto, começou
com a distribuição de um comunicado
em que os prefeitos das duas principais
cidades do país — o de Moscou, Gavril
Popov, e de Leningrado, Anatoly Sob-
chak — anunciaram sua saída do parti-
do. Eles seguiram o caminho adotado na
véspera por Boris Yeltsin, presidente da Adeus aos
pesadelos
Federação Russa (a maior e mais impor-
tante das 15 repúblicas da URSS), que wm Pressão
|b ftsica, moral e intekc-
Prcssio física, intekc- cias
cias de Moscou e do Moskovskaya
desencadeou a debandada de ultra-refor- insuportavel, detí-
tual ài beira do insuportável, deci- Pravda
Pravda fizeram circular entre os dele-
"rostos claramente
mistas formalizada na decisão da Plata- sões
soes gravíssimas,
gravfesimas, darameote gados. Horrorizado com "a grosseria
gados.
forma Democrática de formar uma nova
organização independente. preocupados com os destinos do pais e que
que se manifestou" em maitos debates
Aposentadoria — Além do ra- temendo alguma eventual desgraça", desgrafa", ee com as "tentativas de transformar
transform»r o
cha, o primeiro em mais de 70 anos, o 28° retfricas e poli-
batafhas retóricas
confrontos e batalhas poli- congresso em tribunal",
congresso tribunal1', Gorbachev
Pra Congresso marcou também a aposenta- tic as. Os 12 dias do 28°
ticas. 28" Congresso dodo confess*
confessa qne
que perdeu o sono e ganhou
gaubou
doria do líder ortodoxo Yegor Ligachev, ' sovtetico "foram únicos
PC soviético unkos em minha
minha pesadelos: "Praticamente não
pesadelos: nao tenho
um dos principais críticos das reformas vida", confiou Mikhail Gorbachev ao ao dormido,
de Gorbachev, que não conseguiu eleger- dormido, e quando consigo,
consign, as bata-
se para o Comitê Central. Na quarta-fei- proCsskmais de Nott-
jornalzinho que profissionais Nott- (has continuant em meus
lhas continuam nieus sonhos."
sonbos."
ra ele perdera a eleição para o recém-
criado cargo de vice-secretário-geral para
o moderado Vladimir Ivashko, e ontem
anunciou sua decisão de voltar para a tar um avanço de conservadores e refor- Gorbachev — o que permitiu a entrada
Sibéria, sua terra natal. "Terei muito mistas extremados, Gorbachev voltou a de reformistas como Leonid Abalkin,
tempo à disposição e penso em escrever jogar um papel importante na votação de
você
um livro sobre política, especialmente principal assessor econômico do presi-
ontem para o Comitê Central — o prin- dente, Alexander Vlasov, ex-primeiro-
sobre os últimos cinco anos", disse Liga- cipal organismo político do partido. Ini- ministro russo, c do historiador Roy
chev. cialmente, o órgão seria ampliado dos Medvedev.
O retiro de Ligachev é reflexo do 250 integrantes atuais para 396, mas, ao Logo após o final do Congresso, o
surgimento de uma nova geração de con- final da votação, 412 candidatos recebe- recém-eleito Comitê Central, majorita-
servadores moderados, ou pragmáticos, ram mais que os 50% de votos necessá- riamente centrista, reuniu-se para definir
encabeçada por Ivashko e o chefe do PC rios para serem eleitos. Os delegados, a composição do novo Politburo (órgão
russo, Ivan Polozkov. A principal carac- então, votaram pelo afastamento dos 16 executivo), o que só deve ser decidido
terística de ambos é o forte apego ao menos votados, dos quais 14 eram alia- hoje. Pelas reformas aprovadas no Con-
vender aparato do partido, onde desfrutam de dos próximos do presidente soviético. gresso, cabe ao CC estabelecer o número
bom trânsito, e a resistência a reformas "Se vocês fizerem isto, tudo
que al- total de integrantes do Politburo, am-,
que possam reduzir seus privilégios. Co- cançamos nestes dias será arruinado", pliado com a inclusão dos chefes do PC
mo segundo de Gorbachev, de quem re- afirmou Gorbachev, defendendo a inclu-
cebeu apoio para ser eleito e a quem nas 15 repúblicas, e indicar especialistas
são no Comitê Central de todos os que em setores como ideologia, agricultura c
prometeu fidelidade, Ivashko responderá tivessem alcançado o mínimo de votos
pela rotina do PCUS, sendo, portanto, economia. Só podem ser escolhidos inte-
peça fundamental em sua reestrutura- necessário. Após 30 minutos de debates, grantes do próprio CC, para o qual não
ção. nos quais o secretário-geral interveio foram reeleitos seis dos 12 membros pie-
Assim como na eleição de Ivashko, duas vezes, os delegados aceitaram, por nos do antigo Politburo e quatro de seus
mais. quando aliou-se aos moderados para evi- 2.583 votos contra 1.316, a proposta de sete ex-suplentes.

Moscou rejeita Reformistas se dividem

pressão de ricos
O presidente Mikhail Gorbachev dis-
se que a União Soviética ficará satisfeita
em receber ajuda econômica do Oci-
dente, mas rejeitará qualquer pré-con-
dição política para merecê-la. O reca-
do do líder soviético é uma resposta
aos sete países ricos que, reunidos em
Houston, condicionaram o auxílio à
URSS a três pontos: suspensão da aju-
da soviética a Cuba, aceleração das re-
formas econômicas rumo à economia de
mercado e redução dos gastos militares.
"Estamos
prontos para cooperar e
agradeceremos toda e qualquer assis-
tência. Mas não agimos como pedintes
e sim como parceiros. Não vamos que-
rer nada de graça", informou Gorba-
chev em seu discurso de encerramento
do 28° Congresso do Partido Comunis-
ta Soviético. "Gostaria de reiterar que
tentativas de impor condições para es-
ta cooperação estarão excluídas. Ela (a
cooperação) deve se desenvolver apenas
em bases de igualdade e vantagem mú-
tua", acrescentou.
Numa atitude sem precedentes, o se-
',uiHmM*MaMj»Kattn*MuL^^ cretário-geral da Otan (aliança militar
^ - ; ' " ¦' '""^Z'! i/t.n„b<,e<-<»..< Ji:u, .*i»l^^hium,,iMM^^^MhuMMMA^M»mmM<:t,a*u,^l^~*L.-«u^?Hu,M
ocidental), Manfred Woerner, chegou
ontem a Moscou para uma visita oficial.
Woerner, que se encontrará hoje com
Gorbachev e com o chanceler Eduard
Shevardnadze, é o primeiro líder da or-
eanização a visitar a União Soviética
desde sua criação em 1949.
Um raclia no racha. Um dia depois de
Vladimir Shostakovsky ter anunciado
a intenção dos militantes reformistas
da Plataforma Democrática (PD) de for-
marem um novo partido, 61 de seus
integrantes divulgaram uma mensagem
pedindo a seus companheiros que não
deixem o PCUS. O texto, lido no plená-
rio por Vladimir Polozhkov, delegado do
PC da Ucrânia, afirma que "houve al-
guns passos à "a
esquerda" no 28° Congres-
so, e destaca esmagadora vitória" de
Gorbachev na eleição para secretário-ge-
ral como prova de que "houve uma
aproximação entre o setor radical refor-
mista e o centro do partido".
Segundo o documento, os reformis-
tas podem agora "lutar pela divisão"
ou "para conseguir uma democratiza-
ção ainda mais ampla do partido", e
afirma que os 61 integrantes da Plata-
forma que o assinam escolheram a se-
gunda opção.
O racha na Plataforma Democrática
foi revelado depois que os prefeitos de
Moscou, Gavril Popov, e Leningrado,
Anatoly Sobchak, divulgaram uma de-
claração anunciando sua decisão de dei-
xar o partido. No comunicado, os dois
afirmam que o 28° Congresso "mostrou
uma completa incapacidade para ofere-
cer ao país um programa real de transi-
ção a uma nova sociedade", e, como
fizera na véspera o presidente da Rússia,
Boris Yeltsin, citam a responsabilidade
de seus cargos para deixar o partido a
fim de "ajudar a criar um sistema multi-
partidário".
Os divisionistas da Plataforma ha-
viam pedido que os militantes do par-
tido só abandonassem o PCUS depois
que a nova agremiação estivesse for-
mada. Ontem, Vladimir Lysenko, um
dos líderes da PD, afirmou que a con-
vocação para formar o novo partido,
"de
progresso social, democrático e par-
lamentar", foi respondida por 25 delega-
dos do Congresso.
Lysenko informou que já há conta-
tos com outros partidos para a compo-
sição de um bloco intitulado Rússia
Democrática. Os principais aliados dos
comunistas dissidentes seriam os social-
democratas, os Democratas Livres e o
partido Democrata da Rússia, criados
recentemente.
Em seu discurso no encerramento do
Congresso, Gorbachev disse "estender
a mão a todos os que estão a favor da
democracia e do socialismo", declaran-
do-se "disposto a colaborar com eles",
num aparente movimento de conciliação.
Ao mesmo tempo, porém, rebateu as
ao passado do
críticas dos reformistas "aqueles
partido, afirmando que que exi-
giram que o partido se arrependesse e
que praticamente o acusaram de ser uma
organização criminosa, simplesmente
buscam eliminá-lo da vida política e, des-
ta maneira, aplicam um golpe cm tudo
que (o PCUS) fez pela renovação da
sociedade".

I
Polônia adota o mais ambicioso

de do I
Leste
plano privatização
VARSÓVIA — A câmara baixa do onde sua aprovação é garantida, pois lá sas poderão ser privatizadas ou liquida-
Parlamento polonês aprovou um plano o Solidariedade do primeiro-ministro das no primeiro ano. A meta seria vender
de privatização da economia de alcance Tadeusz Mazowiecki elegeu 99 dos 100 em 12 meses 40 companhias e liquidar de
inédito no Leste europeu. Um Ministério parlamentares. 200 a 300, que empregam 50.000 traba-
da Transformação da Propriedade foi Dada a amplitude do setor estatal e a lhadores.
criado para encaminhar o processo de carência de capitais no país, o governo "Creio
que esta lei é a mais importan-
privatização do setor estatal, que abarca começará o processo de privatização de te jamais aprovada pelo Parlamento da
quase 80% da indústria e dos serviços e suas 7.600 empresas com a emissão de Polônia. Ela é a base do novo sistema
quase 20% da terra cultivável. cupons de privatização a serem distribuí- econômico do país", festejou ontem o
Depois de seis meses de arrocho anti- dos à população, para posterior aquisi- ministro das Finanças. A idéia do forne-
infiacionário e recessão, a Polônia passa ção de ações das empresas. Os trabalha- cimento de cupons de privatização a to-
a uma segunda fase — de reestruturação dores das empresas, que sob o regime da a população adulta surgiu por causa
econômica — do plano de recuperação e socialista chegaram a julgar-se proprietá- do temor de que só investidores estran-
conversão à economia de mercado traça- rios delas, poderão adquirir até 20% das geiros ou integrantes da antiga rtomenk-
do pelo ministro das Finanças, Leszek ações, pela metade do preço. Estrangei- latura comunista dispusessem de capital
Balcerowicz. Falando na quinta-feira du- ros poderão comprar até 10% das ações para adquirir as empresas.
rante o debate que antecedeu a votação sem necessidade de autorização governa- O plano de recuperação econômica
no Sejm, ele disse que a idéia é privatizar mental. iniciado em janeiro reduziu a inflação
a economia mais rapidamente que qual-
As empresas a serem privatizadas — dos 1.000% a que chegou em 1989 a
quer outro país. 3,4% no mês passado, mas diminuiu em
A legislação foi aprovada por 328 a começar pelas lucrativas, adiantou Bal-
— terão suas ações postas à 30% os salários reais e elevou a 570.000
votos a dois, com 39 abstenções — o que cérowicz da força de trabalho) o número de
deixa clara a adesão dos antigos comu- venda em prazo de dois anos. Não fica- (4,2%
nistas e seus aliados, que ainda contro- ram estabelecidas ainda as etapas, mas desempregados, num pais que em dezem-
Iam 65% do Sejm. O plano de privatiza- um relatório governamental divulgado bro tinha apenas 9.000 pessoas sem tra-
ção será submetido no dia 19 ao Senado, em junho adiantava que até 340 empre- balho permanente.
10 ? 1° caderno ? sábado, 14/7/90

Lan
DO BRASIL MARCOS SÁ CORRÊA — Editor
JORNAL
Fundado era 1891
FLÀVIO PINHEIRO— Editor Executivo
M. f. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Presidente

Diretora ROBERTO POMPEU DE TOLEDO — Editor Executivo

MARIA REGINA DO NASCIMENTO BRITO

Loucademia de Polícia

c vinte anos depois do fim da Guerra do sos inúteis de policiais que vivem sonhando com a
Cento Paraguai, um grupo de brasileiros volta a inva- glória, mas tropeçam na realidade.
Neste episódio bisonho da invasão do Paraguai
dir aquele país, não para lutar no campo de batalha, trabalhar
repetiu-se o mesmo esquema. Incapaz de
mas para realizar uma operação clandestina sob to- silêncio, condição sine qua non para o sucesso de
em
dos os aspectos desastrada. Trata-se da polícia civil séria, tratou a polícia,
qualquer operação policial
do Rio que, tentando prender suspeitos do seqüestro antes de mais nada, de se cercar de repórteres prontos
do publicitário Roberto Medina, entrou ilegalmente a registrar gloriei cjue inevitavelmente não se matéria-
•1
em Assunção, disposta a tudo para reverter (ainda Uma W
Claro lizou. Isso só tem um nome: exibicionismo. '<
que em desespero) sua situação de descrédito. polícia que se preza age em silêncio, sem chamar a n
errado, as coisas começam a operação apre-
que deu tudo porque que atenção, e só depois de completada <&•
tortas acabam inevitavelmente tortas. Seria cômico, senta os resultados.
se não fosse sério. Não há como deixar de registrar o ridículo dessa I
As informações iniciais davam conta de que a e depois sai em busca de
polícia que primeiro se exibe I
polícia federal brasileira já pedira
à polícia federal resultados. Falta-lhe, portanto, a inteligência mínima
os suspeitos, opera- compreender o fenômeno do combate à crimi- m
paraguaia para vigiar e prender para
em função mesmo da ¦;í|
ção que a polícia civil fluminense quase cortou ao nalidade. Além disso, a polícia,
vez do Rio, discreção e da inteligência, deveria saber que ela m
meio. Não é a primeira que policiais
desejosos de conquistar louros da vitória, acabam por própria, agindo ém defesa da lei, não pode cometer tl
mundo conhece atos ilegais. Entrar de qualquer maneira em residên-
produzir efeito contrário. Aqui todo sob tortura, mães ou
m
m
as célebres batidas, a morros e a outros esconderios cias, extrair confissões prender
de criminosos, que, realizadas sem o devido sigilo, até mesmo invadir países estrangeiros (com jornalis- 'V®
acabam dando em nada. tas a tiracolo para trombetear a ilegalidade urbi et
Cartas
orbí) — tudo isso caracteriza uma falta de compostu-
Durante anos a população se acostumou ao Aí começou o grande drama Com- dc ordem acadêmica e não, como se I
ra que só desabona a polícia do Rio. atender à reforma administrativa
mesmo resultado das batidas: os peixes graúdos fo- Seguro de saúde lurb x Banerj. Depois da vistoriafeita quis,
A situação da segurança é muito grave para que ora em curso na sociedade brasileira.
gem (avisados com antecedência) e a polícia
exibe a
sua solução seja entregue a policiais exibicionistas. Possuo um plano de seguridade pelo inspetor do Banerj, em 28/6/90, José Carlos de Oliveira — Rio de Ja- w
Grandes apara- hospitalar e fiquei estarrecido ao rece- fui informado por ele de que necessita- neiro.
prisão de um ou dois pés-de-chinelo. Ao invés de prender os meliantes, a polícia contribui ber o novo carne, que reajusta as men- ria de alguns dias para a autorização e I
nada. Mas uma coisa é clima de vale-tudo que só salidades 47,7% acima da BTN, sob a que a parte mecânica do conserto só Indústria farmacêutica
tos se movimentam para para a formação de um
comum a todas estas operações custosas e espalhafa- serve para excitar ainda mais os meliantes. Os fracas- alegação de que, por suas estatísticas, poderia ser autorizada depois que a Quanto às informações divulgadas Ê-
se tornaram um espetáculo ' as despesas hospitalares aumentaram lanternagem estivesse concluída, por- no JB dc 28/6/90 na matéria ^"Glaxo
tosas: o exibicionismo policial. Um batalhão de jor- sos da polícia fluminense naquelas proporções, abaixo inclusive que teria que haver uma segunda con- acredita em apoio a pesquisas*, enten- s
;'
nalistas, avisados com antecedência, registra os pas- mundial. da FGV que é de 50%. sideração. Brlgid0 demos que o medicamento não deve m
A seguridade privada só está _ocu- ser encarado como mercadoria comum I
pando o espaço por causa da falência ou supérflua, assim como o descobri- ¦i. !*•
da assistência médica estatal. Mas não dor de um bem para a saúde não M
Sinais Nítidos será por muito ternpo, pois a cada deveria ser beneficiado com dinheiro, 'é- ¦
emissão de carne, a tendência é dimi- mas antes dc tudo com o reconheci-
de brasileiros nasceram e cresceram excesso de gastos do Estado em relação à receita. Mas nuir o número de segurados, pela in- mento cientifico mundial, porque pes- > >A'i\
o déficit costumeiro decorria de um longo e quase viabilidade de acompanhar aumentos — quisadores sérios (...) não se utilizam
Geraçõescom a sensação de que o Brasil seria um país tão brutais. (...) Icck S. Hcrson Rio de seus altos conhecimentos simples-
ingovernável, sendo o Estado incapaz de se submeter cristalizado processo de demanda dos diversos setores dc Janeiro. mente para enriquecer. A indústria
aos mais elementares princípios da organização ad- da sociedade, por favores e benefícios do próprio farmacêutica também deveria dar sua
"o Brasil não tem Poluição em Petrópolis constribuição social aos povos e não
A frase — governo Estado. O economista Pérsio Árida, depois de deixar
ministrativa. Convidamos os profissionais da somente visualizar o lucro como obje-
passou a ser expressão corrente, sinônimo da falta o governo passado, chegou a calcular que a soma das Feema para visitarem Petrópolis no tivo final. (...)
de solução. demandas de incentivos, créditos e outros favores horário comercial, cm dia de, calor e Quanto a declaração do presidente 6"
Neste mesmo dia falei o Sr. Mário, do laboratório Pflug, não é verdadei-
Em conseqüência, instalou-se nos agentes econo- eqüivalia a dois PIBs. Como não era possível dobrar nas horas de rush, para eles próprios do setor sinistros do Banerj, e fui ra, ou
o PIB, a sociedade era oprimida pela brutal inflação. verificarem os altos índices de polui- informado,de depois dc muitos rodeios, pelo menos completa, pois sabe-
|
micos a mesma sensação de que a economia jamais ção na Rua do Imperador e adjacên- de que a demora se devia ao fato de a mos que não somos modernos ainda um pais í
seria administrável. A inflação faz parte da cultura Legitimado nas urnas, pode o governo Collor cias. moderno e os países (...) só
Tornou-se insuportável a qualida- Comlurb não ter mais seguro desde a reconhecer patentes após
inflacionária brasileira, dizem sociólogos, psicólogos fazer o que seus antecessores ensaiaram mas abando- passaram
11 /6/90. Falei por telefone com a Dra. terem alcançado o domínio tecnológi-
naram no meio do caminho, sucumbindo às pressões de dc vida nessa cidade, cm conse- Ana
e economistas, diante das resistências dos agentes da mistura do barulho do Maria, da presidência do Banerj, co naquele setor. Dr. Júlio César Go-
qüência resolver e investi- mes dc Oliveira, presidente, Conselho
econômicos a renunciar aos truques inflacionários, políticas várias, em especial dos segmentos
empresa- trânsito, trepidações, gases tóxicos, fu- que oficou de tentar Fui depois contatado Regional de Farmácia do Estado do Rio
depois de 25 anos de indexação automática de preços riais protegidos pelos cartórios e reservas de mercado. maça negra, lixo espalhado pelas ruas, gar problema.
dos canais, pelo Sr. Yolando, que informou-me de Janeiro.
e salários à inflação passada. O tempo foi passando e algumas decisões e números poeira, cheiro dc esgotos o seguro tinha sido renovado pro-
atropelos e confusão geral, que repre- que e até o dia 4/7 já estaria Violência da cidade
Muitas teorias e opiniões supérfluas sobre a eco- apresentados pelo governo Collor à sociedade já sentam uma degradação acelerada dc visoriamente, tudo autorizado. Entretanto, no dia 4, Todas as manhãs o Rio acorda
nomia e a sociedade brasileira puderam fazer sucesso configuravam um desenho de um novo país. um centro urbano outrora nobre e fui surpreendido com a notícia de sob o impacto da violência. (...) Esta
mesmo quando careciam de fundamento prático e Na verdade, a operação de rescaldo do incêndio bem organizado. As crianças e os ido- o seguro havia sido renovado, mas que não não declarada que há anos se
sos são os que mais sofrem! guerra
teórico — simplesmente porque faltava ao Brasil algo infiacionário demorou mais do que esperava o pró- pago, sem o que seria impossível auto- trava em nosso estado, em particular
Como resolver o problema? Tirar rizar a oficina a realizar o conserto. na cidade do Rio de Janeiro, não dife-
essencial em qualquer nação ou sociedade organiza- prio governo, devido à resistência de empresários
em os caminhões e ônibus do Centro? Or- rencia suas vítimas — homem ou mu-
Até hoje nada foi resolvido, (...)
da: governo. Um governo, austero, eficiente, com baixar os preços que previam a continuidade do ganizar o trânsito? Despoluir os canais estou sem carro todo este tempo e lher, velho ou criança, preto ou bran
unidade e disposição para fazer as tarefas que a e os esgotos? Multar todos aqueles que nada foi feito
processo hiperinflacionário. Mas nenhum país sai
de
desobedecem a legislação ambiental, para me ressarcir dos co. Qualquer um. dea espectador qualquer
a
sociedade clama, por meios diversos e de forma índices mensais de 85% para menos de dois dígitos prejuízos que a falta do carro está
inclusive a prefeitura municipal? So- causando. Este último fato obrigou- protagonista de mais um ato de vio-
me momento, pode passar
difusa. com uni ajustamento indolor, como ressaltou a mi- luções existem — é só agir. Johannes me a retirá-lo da oficina — com a lência neste circo de horrores. (...)
O reencontro da sociedade brasileira com as nistra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, com Stcin — Petrópolis (RJ). autorização do Sr. Mário, do Banerj O momento é de clamar por justi
urnas para a escolha direta de seu presidente da rara coragem. — no estado em que se encontra. (...) ça, exigir que a lei seja cumprida c
Tricampeões nunca permitir que cada um faça a sua
República permitiu a recuperação da credibilidade do José Janezio da Silva Filho — Rio dc
O governo acionou então novos instrumentos Gostaria de saber a razão por que Janeiro. própria. Todos estão convocados a re
— como instituição — no Brasil. A socieda-
governo
para fazer a sociedade compreender a necessidade
da a imprensa brasileira convencionou, fletir sobre estas questões, visando im
de ficou favoravelmente surpreendida com o ritmo do na disputa da Copa do Mundo, consi- , Consórcio de TV pedir o assassinato cm massa, que na-
derrubada da inflação. Ela está ocorrendo, mas com derar tricampeões as seleções do Bra- da soluciona c que é ainda pior, pois
governo Collor: tão logo tomou posse, o presidente um custo social (em termos de recessão e desemprego sil, Itália e Alemanha. Até onde enten- Fui contemplado com um televisor abre as portas para o crime de cnco
reduziu, com uma penada, mais de 50% no número em setores mais desaquecidos) bem maior do que a I do, os termos bi, tri, tetra... em consórcio da Sharp. No dia 17/5/ menda. (...)
de ministérios; determinou o enxugamento geral da correspondem a títulos conquistados 90 entreguei a documentaçãoo bem, e aguar- Gostaria que o JB ampliasse as
sociedade brasileira deveria pagar, se cada um não de discussões
máquina administrativa; e baixou o mais ambicioso e de consecutivamente. A Alemanha ven- dei 30 dias para receber a respeito, e promovesse
completo plano de estabilização econômica já posto quisesse defender o seu próprio privilégio antes ccu os torneios de 54, 74 e 90. Foi três acordo com carta da SharpApós que infor- campanhas com o objetivo dc reduzir
50 dias
pensar no país como um todo. A sociedade quis vezes campeã, mas não pode ser consi- mava sobre a premiação. liguei a violência, ou pelo menos, despertar
em prática no país e no mundo. derada tricampeã. A mesma coisa sem prêmio nem satisfação, para nas pessoas a mesma indignação que
assim. I acontece com o Brasil. Foi bi em 58 e a Sharp reclamando e fui informado sinto por esta lamentável situação em
As reações de sempre logo se fizeram notar. A cm 20/7/
controversa intervenção na poupança financeira ar- A firmeza do governo, no entanto, transmite a 62, mas por que tri em 70, se entre dc que o bem seria entregue existência de que nos encontramos. Sérgio T. Fcr-
ranhou a confiança popular, nas instituições financei- confiança de que os sacrifícios desta vez serão com- essas brilhantes conquistas houve a 90, cm função da não Gostaria reira — Rio de Janeiro.
malfadada Copa de 66? televisores disponíveis. que a
ras e nas aplicações em moeda nacional. Muito se pensados: o país poderá construir uma economia Creio que a origem dessa confusão Sharp me respondesse por que não se Faixas apagadas
falou, a propósito, como se o processo hiperinfiacio- mais forte; exposta — a partir da liberalização do está cm 70, quando um forte apelo de programa para cumprir o compromis- Na qualidade dc contribuinte, ve-
comércio exterior — à dura competição da concor- marketing político e esportivo passou so assumido com fabrica o cliente, uma vez nho usar o espaço cedido pelo JB para
nário anterior não fosse o mais violento exercício de \ a considerar a vitória da seleção na- que ela é quem os bens que indagar — ao governador ou ao pre-
desgaste diário da credibilidade da moeda nacional, rência externa, que conduz à busca freqüente da negocia em consórcio. Renato Colone- leito, não sei — a quem compete pin-
quela Copa como o tricampeonato
ao dia. E a eficiência, da inovação tecnológica e da redução de mundial, ufanismo importante para a se Rio de Janeiro.
— tar as faixas dc pedestres e de proteção
que perdia valor à base de dois por cento nos sinais luminosos do Centro da
mais contundente injustiça social. custos; e livre das artimanhas do perverso processo época. O interessante é que (...) essa
infiacionário. terminologia (...) não é utilizada nos Museu de Astronomia cidade, além das faixas divisórias das
A raiz do caso infiacionário brasileiro era o de rolamento da Avenida Bra-
campeonatos regionais. O Bangu foi A matéria "Demissões ordenadas pistas sil.
camepão cm 1933 e 66. Se ganhar o
pelo governo federal põem em risco Gastando todo o tempo em dis-
titulo de 91, por acaso será considera- pesquisas sobre a história da ciência
inócuas, e numa lavagem de
Milionários do tricampeão carioca? E como seria no pais", no JORNAL DO BRASIL cussõcs sua incom-
Cultos denominada a próxima vitória de Fia- de 3/7/90, pode dar a impressão que roupa suja que só expõem hranço e
racionalismo (e até de marxismo), não podia mesmo mengo ou Fluminense, que já foram (...) as demissões e disponibilidades petência, os Srs. Moreira
geológicos vêm abalando, desde há campeões mais de 20 vezes? Até 94 foram comandadas pelo CNPq. Na Marcello Alencar esqueceram que o
Movimentos tempo, o que já foi um tranqüilo hori- dar conta das inquietações espirituais de uma época corrigida. Waltcr do Rio de Janeiro errou ao esco-
algum essa falha pode ser verdade, o diretor do Museu, Sr. Pe- povo
crepuscular como a nossa — fim de século, fim de Santos Jr. — Rio de Janeiro. Ihê-los, mas não merece ser punido até
zonte religioso do povo brasileiro. As velhas estatísti- dro Wilson Leitão Filho, teve partici- o fim de seus mandatos. José Roberto
milênio. direta nos cortes, sugerindo, de
cas indicavam uma percentagem esmagadora de cató- pação — Rio de Janeiro.
A tarefa dos novos profetas, entretanto, foi faci- João Saldanha forma desacautelada e persccutória, Bezerra
licos. Mais tarde, os cultos de origem africana Li com espanto, na edição dc 13/7/ critérios muito discutíveis, tendo em Médicos e hospitais
ousaram assumir a sua identidade. litada por complacências de outra espécie. O ex-presi- 90 desse jornal, que João Saldanha, vista a especificidade dos trabalhos de Solidária com a ingente luta do
Nos anos 60, a Igreja católica entrou num perío- dente José Sarney, por exemplo, que sempre fez "responsável
por uma coluna diária pesquisa cm História da"critérios" Ciência. Além ministro Alccni Guerra por um bom
profissão de fé católica, é exemplo típico de compor- do jornal O Globo, demitiu-se, por dc ler estabelecido os para serviço de saúde à população, e con-
do de sofrimento com as divergências entre uma linha telex, por não admitir o sistema de os cortes através de oficio cm 15/6/90 traria às atitudes impatrióticas de cer-
tamento político que, atrás de vantagens imediatas
que se dizia progressista e uma outra que era alcunha- pagamento de diárias, "a que
o submete- (n° 119/90), usou dc subterfúgios para tas facções na área médica, quero, en-
da de conservadora. A dissonância diminuiu com o (como o mandato de cinco anos), abriu as comportas ria, como dizia, procurar o chefe evitar que protegidos seus fossem atin- tretanto, trazer meu depoimento
vigoroso movimento comandado pelo papa João no que se refere a concessões de rádio e de TV, para pedir dinheiro até para o sabonc- gidos. (...) Para realizar esta operação muito animador a respeito do Hospi-
multiplicando o raio de alcance dos novos messias. te". produziu documento com data retroa- tal dc Ipanema, do Inamps, seção
Paulo II na direção dos próprios alicerces da teologia Tal "informação" é desprovida de tiva que atendia a seu objetivo: elimi- Emergência, pelo que constatei: higie-
católica. Tão grande tem sido a avidez desses credos de fundamento, da primeira á última pa- nar desafetos. . ne impecável, pronto e excelente aten-
conquistar poder e influência, que suas atividades já João Saldanha não se demitiu Brigido dimento, tanto dos profissionais quan-
Cultos orientais surgiram, no mesmo período, lavra.
ameaçam resvalar para o terreno da crônica policial. do Globo. Foi demitido, por motivos to dos funcionários, todos dc
como reflexo da intensa dialética de culturas que que não vem ao caso expor. Nunca fez incomum solicitude. Um voto de espe-
talvez seja o traço mais característico da nossa época. Cabe às autoridades competentes investigar a origem algum contra o sistema de ciai agradecimento ao Dr. João Fcr-
protesto
Em muitos casos, não passaram de um modismo. de fortunas obtidas com excessiva rapidez, e acompa- pagamento dos funcionários do jornal, nando Saraiva, da Ortopedia e ao Sr.
nhar a expansão desses impérios onde o fanatismo nem se desligou da empresa durante a Paulo Roberto, gessista. Aíla dc Oli-
Experiências mais sérias nunca deixaram de ser esta- Copa de 74. Saiu três meses depois veira Gomes— Rio de Janeiro.
tisticamente insignificantes. desempenha um papel tão evidente.
desse acontecimento, em 30 de setem- ?
Nada disso se compara com o movimento de Mas às crenças tradicionais também caberia um bro de 1974, como se verifica nos re- Torno público meus elogios e
massa agora representado por algumas seitas que, exame de consciência quanto ao tipo de atuação que gistros desta empresa. Evandro Carlos agradecimentos aos médicos oftalmo-
vinha sendo adotada. A Igreja católica na Argentina, de Andrade, diretor de redação de O logistas Dr. Reynaldo dc Abrahão,
sob o rótulo genérico do cristianismo, comandam "opção Globo — Rio dc Janeiro. Dr. Otávio e Dr. Lázaro, do Hospital
uma verdadeira blitzkrieg aos cultos estabelecidos. por exemplo, declara-se disposta a fazer uma k Universitário do Fundão, pelo zelo no
Sinais visíveis de fanatismo poderiam ser atribuídos preferencial pelos pobres" para conter o avanço
das Batida e prejuízo tratamento de uma úlcera de córnea.
ao fervor de movimentos ainda na sua gênese. Mas seitas, alegando ter mostrado, até agora, excessiva No dia 15/6/90 meu carro estava (...) Pude observar, durante o meu pe-
estacionado em frente a minha casa O desmonte da pesquisa em Histó- ríodo de tratamento, o carinho dispen-
essas novas seitas revelam também tendência a exlo- intimidade com os fiéis de classe média. foi, portanto, obra da sado pelos médicos a todos os outros
(Rua Conselheiro Paranaguá, Vila Isa- ria da Ciência e não do governo fe- pacientes. (...) Esther Guimarães Per-
rar de maneira abusiva a noção de milagre — e, Alguém precisaria informar aos religiosos argen- bel) quando foi abalroado pelo cami- própria direção,
Houve, sim, um aproveitamento pétua — Rio de Janeiro.
tinos que posturas muito centradas em análises cias- nhão da Comlurb, n° 3210-06, placa deral.
através desse apelo à credulidade popular, a acumu- aviltando, inclusive, reco-
sistas foram tentadas ad nauseam no Brasil, o que de YX-3987, que ficou sem freios. Após o da situação tanto
larem fortunas com a mesma rapidez com que fazem acidente, o fiscal da empresa, Sr. Cie- mendações do Conselho Delibe- At corta» «erâo selecionada» para publica-
adeptos. modo algum perturbou a expansão das seitas; muito ber Batista Vianna, vistoriou meu car- rativo doCientífico CNPq quanto do Conselho ção no todo ou em parto entre as que
ro, constatou as graves avarias, (...) e Técnico do MAST. (...) As tiverem a«»inatura, nome completo e legí-
O campo estava, sob mais de um aspecto, aberto pelo contrário. A crise espiritual da nossa época Se- recomendações de reorganização da vel e endereço que permita confirmação
desenvolve-se em terrenos mais profundos que o da disse-me que procurasse a Banerj
a explorações desse tipo: um oerto comodismo das pesquisa no MAST, feitas por esses
análise sociológica ou ideológica. E pede remédios guradora, para que fosse providencia- conselhos, tinham em mira nhietivos prévia.
religiões tradicionais, a que se somava a tentação de do o conserto.
escorregar para um sociologismo fácil, imbuído de igualmente profundos.
JORNAL DO BRASIL
t^oSo&vs Q
Contrafábula
A lebre e a
Não se sabe muito bem por que, tendo
em vista as óbvias diferenças existentes
entre os dois animais, certo dia a lebre e a
tartaruga resolveram apostar uma corri-
da. A distância a ser percorrida era a que
separa a Avenida Brasil do Leblon.
A cotação das apostas na Bolsa de
Londres atingiu um índice nunca antes
sonhado, nem mesmo durante a Copa,
quando as possibilidades do Dunga fa-
zer gol eram cotadas a 1.000 por 2. No
caso da corrida entre a lebre e a tartaru-
ga, o nível alcançado foi de 100.000 por
1, sendo que o 1 era a própria tartaruga,
uma vez que até seus parentes, como o
cágado, apostaram na lebre.
Na hora da partida, lá estava a tarta-
ruga toda preparada, com seu novo cas-
co em fibra de vidro, muito mais leve. A
lebre, que tinha passado a noite toda
festejando a vitória antecipada, ainda
estava dormindo. O juiz deu então o
sinal e lá se foi a tartaruga.
Horas depois, alguns amigos da lebre
foram avisá-la que a tartaruga já estava
na altura da Praça Mauá. A lebre deu
RELIGIÃO
Dom Eugênio de Araújo Sales
seqüência à divulgação das
EmDiretrizes dadas pelo Papa,
na oportunidade das visitas ad li-
mina Apostolorum, aos fiéis no
Brasil, vejamos, hoje, mais alguns
dos seus tópicos. Elas foram,
transmitidas nos discursos aos|
Bispos dos Regionais Leste 2 e
Oeste 1 e 2, nos dias 9 e 23 de
junho último.
Aos Pastores das sete Arquidioceses de Mariana,
Diamantina, Belo Horizonte, Uberaba, Pouso Alegre,
Juiz de Fora e Vitória, e das 24 Dioceses mineiras e
capixabas, tomou como tema central: "A fragilidade
do matrimônio e a instabilidade das famílias consti-
tuem verdadeiros desafios pastorais para a Igreja no
Brasil."
Uma das características do atual Pontífice é a preo-
cupação para com a Família, sua importância, defesa e
promoção dos laços matrimoniais. Serve de exemplo a
Exortação Apostólica Familiaris Consortio. A leitura e
as orientações de tão valioso documento a serem pos-
tas cm prática levou João Paulo II ao seguinte apelo
em seu discurso aos Bispos do Regional Leste 2:
"Seja-me
permitido insistir manifestando-lhes um vivo
desejo e um insistente pedido: desejo e peço que te-
nham sempre presente (...) o conteúdo bem atual da-
quele Documento" (n° 2). Nessa mesma oportunidade,
faz também referência à homília na missa celebrada no
As novas
Clemente Rosas
O advento do Parlamentarismo... tem que encontrar algumas
condições para que possa ser implementado com sucesso. Uma delas
é uma burocracia profissionalizada, competente, eficiente, cuja marca
principal seja o mérito. Não foram extintas as assessorias de segurança e informa-
A revitalização da Sudcne como órgão coordenador do nosso
desenvolvimento é, portanto, urgente.
... me sentirei eternamente comprometido com os técnicos desta
Casa... A esses técnicos honestos... que mantém ainda acesa em seus
corações a esperança de ver a Sudene retornar aos seus áureos
tempos... os meus agradecimentos.
Fernando Collor
o conjunto de medidas adotado pelo Governo Col-
Se lor, em seu primeiro dia, deixou a esquerda perplexa,
como havia antecipado o Presidente, ao menos a implemen-
tação de uma delas — a Reforma Administrativa — traz
nova fase de perplexidade. E, para os esquerdistas de boa-fé,
que, surpreendidos com o cárater socialdcmocrático da política
fiscal anunciada, e a coerência e aparente inspiração ética do
Plano, propuseram naquele momento
"apoio
uma atitude de condicionado e
expectativa vigilante", soa como uma w^mm
bofetada no rosto. Os executores da
Pois a tarefa de "colocação em dis-
"reforma "
ponibilidade" de servidores, a que se
tem limitado, na prática, a tão ansiada
Reforma Administrativa, parece não um dano irremediável
obedecer a nenhum critério técnico, nem
moral. No caso da Sudene, que conhece- à Sudene e às
mos de perto, os princípios informadores
foram, ao que tudo indica, bem diversos: pessoas honestas
uma mescla de motivações políticas e
obscuras idiossincrasias. que saem
Como conseqüência, algumas das ca- na instituição
beças mais brilhantes, alguns dos técni-
cos mais dedicados, alguns dos espíritos
mais operosos da instituição foram escorraçados. Uma seção
inteira foi simplesmente aniquilada: a Comissão de Estudos
Constitucionais, que teve participação direta na concepção e
formulação de alguns dos dispositivos da nossa Carta Magna,
de interesse para o Nordeste, como os artigos 159,165 e 35,41
e 42 das Disposições Transitórias, e poderia, se devidamente
acionada, continuar velando pelo interesse regional na ela-
boração de toda a legislação complementar pendente. (Seu
último trabalho, ironicamente, havia sido uma avaliação
construtiva dos impactos do Plano Collor na economia
nordestina). Além disso, a grande maioria dos anistiados e
reintegrados em 1986 foi atingida pelo novo expurgo.
E verdade que tanto a direção interina da autarquia
quanto a liderança sindical, numa atitude questionável, opuse
ram resistência à discussão de critérios gerais e impessoais para
Até as eleições de 3 de outubro o JORNAL DO BRASIL não publicará, nas suas páginas de opinião, artigos de autoria de candidatos a qualquer dos
cargos em disputa. Mesmo os colaboradores habituais, sendo candidatos, estarão temporariamente afastados.
Opinião
tartaruga
um bocejo, tomou um chuveiro frio pra
espantar a ressaca e começou a se vestir
com esmero, sem se apressar. Todos os
que tinham apostado nela vibraram de
confiança e só pra esnobar a lebre disse:
Vou dar uma descansadinha. Só me
acordem quando ela estiver na Avenida
Rio Branco.
Assim fizeram: chegada a hora, a le-
bre fez seus cálculos e zuniu em direção
ao Túnel Rebouças. A multidão aplau-
dia à sua passagem. Só que a lebre,
como animal que é, não tinha contado
com o imprevisível: uma trombada na
entrada do túnel, na hora de maior mo-
vimento, e uma batida da polícia na
Lagoa, que revistou a lebre à procura de
seqüestradores. Quando chegou no Le-
blon, a tartaruga já tinha ganho e estava
embarcando pra Nova Iorque com o
dinheiro das apostas.
Foi então que a lebre deu realmente a
maior corrida da sua vida pra escapar à
sanha dos seus apostadores.
Moral: às vezes, na hora do rush, é me-
lhor ir pelo Aterro.
O evangelho
Aterro do Flamengo, por ocasião de sua chegada no
Rio de Janeiro, em Io de julho de 1980.
Ele aborda dois aspectos da influência da Família
na vida nacional. O primeiro, de modo positivo, diz
"A literatura brasileira, o testemunho dos historia-
ele:
dores e as pesquisas sobre a antropologia e a cultura de
sua Nação põem no devido relevo a presença e a
influência da família na formação do povo brasileiro."
A outra observação, esta negativa, põe em evidência
a desagregação dos lares, que tanto nos aflige e atinge
o tecido social e moral do Brasil.
"Se eu tivesse
Declara, assim, o Papa: que mencio-
nar, embora sucintamente, alguns graves problemas
que ameaçam a família brasileira, citaria, em primeiro
lugar, a extrema fragilidade dos casamentos, de que
resultam as inumeráveis separações dos casais (...). O
influxo negativo dos mass media, invadidos por pro-
gramas que não só ridicularizam valores familiares
como a unidade, a fidelidade e a perenidade do casa-
mento, chegando até a preconizar o contrário (...), uma
legislação, relativa ao divórcio, considerada muito per-
missiva infelizmente. Ora, tudo isto conduz a uma
dissolução das famílias" (n° 4).
Acrescem as causas resultantes das condições infra-
humanas de moradias, alimentação, saúde e instrução.
"Outro
problema grave no vosso País, que
E ajunta:
concerne à família, é o número enorme de crianças de
rua" (idem).
Importa tornar claro que o bem-estar da sociedade
deriva e depende da saúde da família.
"tem o dever de conclamar as famílias,
A Igreja
cassações
o enxugamento do efetivo. E isso teria levado o Secretário de
Desenvolvimento Regional a chamar a si a responsabilidade
"degolas". Mas é difícil crer
pelas que ele tenha trabalhado
inteiramente às cegas. Não teria por onde começar.
"dedos-duros"?
Quem teriam sido, portanto, os novos
ções? De uma maneira ou de outra, o velho sistema parece
ter funcionado, ao menos em sentido inverso: para excluir
da lista os amigos e os próximos. Alterações na ordem
alfabética das relações encorajam tal suspeita.
Por outro lado, qual o critério para considerar "desne-
cessários" cargos em uma entidade cujos objetivos e cuja
missão estão indefinidos? Sem reunir o seu Conselho, sem
administrar incentivos, sem planejar, submetida a um co-
mando sem autoridade técnica, designado por critérios mesqui-
nhamente partidários, a Sudene é uma morta-viva. Se, como tal
situação faz supor, não há lugar para o desenvolvimento
regional no projeto deste Governo para o Brasil, teria sido mais
correto fechá-la integralmente. Assim, todos seriam colocados
em disponibilidade, num tratamento equãnime, e o majestoso
prédio poderia ser vendido, com vanta-
—— gem para o Tesouro Nacional.
Agindo como agiram, os executores
da "reforma" causam um dano irreme-
diável á instituição e ás pessoas honestas
causaram que saem ou ficam. Para os que Saem, a
situação é pior do que em 1964. A pecha
de "subversivo", embora de vaga concei-
tuação, tinha um nítido substrato politi-
co. Por isso, podia ser ostentada como
um galardão. O rótulo de "desnecessá-
rio" é mais insidioso: pode implicar ocio-
sidade, incompetência, desídia. E o que é
ou ficam
pior: não oferece base para contestação.
Esse aspecto moral da situação criada
é tão devastador quanto a ameaça de
agonia lenta, com a redução dos salários.
E até a possibilidade de reconvocação fica comprometida. O
afastamento ignominioso fará com que, salvo em caso de
extrema necessidade, os bons profissionais atingidos se recusem
a voltar. A menos que haja uma nova reparação pública, como
a que se deu com a anistia e a reintegração dos cassados, há
quatro anos.
Para os que ficam, a situação não é melhor. Não obstante a
lisura de suas condutas, ou o poder das sombrias divindades
que os salvaram da proscrição, sobre eles pesará sempre a eiva
da hiprocrisia, o agravo da subserviência ou da cumplicidade.
* Técnico da Sudene, contratado em 1963, demitido por razões políticas
em 1964, reintegrado em 1986, desde 1988 à disposição do Governo do
Estado do Pernambuco, e agora posto em disponibilidade.
-|—jüüaP—nP—i
"A operação de compra dos 4 milhões de dólares no Banco Central, ao
câmbio comercial, foi feita em nome de Carlos Alberto Soares Guimarães,
funcionário de Medina, em rubrica especial para tratamento de saúde no
exterior." — dos jornais.
ÇUATR.0 MILHÃO
DA DÓLAR?
MAS AZEMHOR
ESTAR VENDENDO
SAÚDE í
da família
enquanto 'Igrejas domésticas' a retomar e levar avante
sua função específica na evangelização" (n° 5).
Nem sempre é fácil o caminho indicado por Cristo.
"Exorto-vos,
Por isso, declara João Paulo II: portanto,
caríssimos Irmãos no Episcopado e, por meio de vós,
exorto a todos os Bispos do Brasil a proclamarem
"evangelho da
incessantemente, com vigor e clareza, o
família". Evangelho exigente e até severo em muitas de
suas páginas, especialmente nas que se referem à uni-
dade e indissolubilidade, à fidelidade e à perenidade do
vínculo matrimonial, aos deveres mútuos dos cônjuges
— em particular ao que se refere ao respeito à Moral
conjugai, contida de forma abrangente na Encíclica
Humanae vitae — e aos que regem as relações entre
pais e filhos" (idem).
Os Regionais Oeste 1 e Oeste 2 abrangem os Esta-
dos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com duas
Arquidioceses e 11 Dioceses sufragâneas.
Recebidos conjuntamente, os Arcebispos e Bispos
"Da formação das no-
ouvem um discurso intitulado:
vas gerações para a vida cristã depende o futuro da
Igreja e da sociedade no Brasil."
Relembra o Pontífice que, na oportunidade das
visitas ad limina, são abordados as "maiores questões e
desafios na vida da Igreja de vosso País" (n° 2). A
importância "da formação cristã dos jovens" (ibidem)
está aí incluída.
Nessa fase da vida surgem muitas interrogações, c
"de
como resolver e enfrentar essas perguntas essen-
ciais, depende, em grande parte, o seu futuro" (Ibi-
Salários manipulados
Antonio Lumbreras Júnior
lastimável presenciar um governo eleito pelos descami-
E sados sonegar-lhes o salário digno prometido na cam-
panha política. Assim ocorre porque, segundo os economis-
tas oficiais, menor salário significa menor inflação. Se maior
salário significa maior inflação, logo, menor salário. Trata-se
de uma lógica surrealista, uma vez que menor salário significa
maior salário, e vice-versa. Esta mistificação barata encontra
sua mais perfeita expressão nas maquiavélicas regras salariais
delineadas na Medida Provisória 193. Cabe notar que essa
MP prevalecerá sobre a recém-aprovada lei salarial, cm
virtude do prévio compromisso de vetá-la assumido pelo
presidente da República e da impossibilidade de o Congresso
Nacional revogar tal veto na véspera das
eleições, sendo a oposição minoritária.
Uma análise preliminar não permite
desvendar o caráter perverso da atual poli-
tica salarial que, ora impõe perdas à classe
trabalhadora, quando recompõe o salário, pretende recuperar
segundo sua média no ano anterior à data-
as perdas salariais,
base, ora lhe possibilita ganhos, quando
proíbe reajustes de preços derivados desta
recomposição. Nesta última deliberação
boicotar projetos
encontra-se a chave da questão, já que a
realidade dela fará letra morta, uma vez
os
que preços estão liberados e as principais
empresas os majoram com base nos custos, oriundos do CongíCSSO tivo. O resultado final se traduz em dupla
graças ao forte poder de mercado que os-
tentam. Mesmo se assim não fosse, tal obje-
tivo defrontaria com um obstáculo intransponível
empresas lucrativas, cujos salários
prazo, pois pouco
participação significativa nos custos, estão incapacitadas de
absorver, via menores lucros, acréscimos salariais expressi-
vos. Indispensável se faz uma redistribuição dos lucros inte-
rempresas, através de aumentos e de diminuições de preços
que impliquem num aumento médio igual a zero, de forma
na média, e não em cada caso individual, a recuperação
que,
das perdas não seja transferida para os preços. Esta nova
posição de equilíbrio somente seria factível sob a égide de um
generalizado controle de preços, oposto ao que hoje se obser-
va.
Posto que os preços aumentarão em decorrência da citada
recuperação das perdas salariais, torna-se necessário que os
salários também o façam na mesma proporção, com vistas a
resguardar seu poder aquisitivo. Porém, assim nao ocorrerá,
porque a introdução da livre negociação numa conjuntura
sábado, 14/7/90 ? Io caderno ? 11
ÊNGANO,
DR. IBRAMIM;
ESTOU VENDENDO
DOENÇA!
dem). Conclui-se, naturalmente, dessa assertiva "a im-
portância dos pais como autênticos
mestres-educadores (...), no entanto, passam eles, e
toda a instituição da Família, por uma crise profunda,
especialmente desde a implantação do divórcio em
'1977.
Não há quem não veja toda a vasta gama de
conseqüências que daí se derivam" (n° 3). A série de
males decorrentes do divórcio e "o permissivismo di-
vulgado pela Imprensa, especialmente pela Televisão,
são a causa do empobrecimento humano da juventude,
jogada sem dúvida num vazio desesperador" (Idem).
Diante do problema, a primeira atitude pastoral é a
amizade, o acolhimento ao jovem. Além dessa disponi-
bilidade, saber dar uma resposta satisfatória aos ques-
tionamentos próprios da idade. É fundamental o anún-
cio de Cristo, de forma clara e vigorosa. Aí se incluem
a importância da vida sacramentai, como também a
prática freqüente da Confissão, da Comunhão Eucarís-
tica, da oração litúrgica e pessoal.
Significam um alerta a muitos educadores essas
"Seria muito
palavras do Papa. grave que o cristianis-
mo se reduzisse para os jovens num engajamento da
luta social e política e num moralismo baseado em
denúncias ou contestações" (n° 5).
Toda a Pastoral da Juventude deve nortear-se por
esta Instrução Pontifícia, e, quando dela vier a discre-
par, ser, de imediato, reformulada.
Essas diretrizes, ricas em conteúdo, constituem uma
dádiva à vida da Igreja no Brasil. Os rumos são claros;
resta-nos segui-los.
* Cardeai-arcebispo do Rio de Janoiro
recessiva impede os salários de acompanhar pari passu a
inflação, cm especial nos segmentos menos organizados que
abrigam os descamisados. Pior ainda é que esta perda será
bastante agravada pela periodicidade anual (ou semestral, se
prevista em acordos coletivos) dos reajustes salariais prescrita
pela MP 193. Como a inflação ascendente já alcança dois
dígitos, pode-se inferir com absoluta segurança que, muito
breve, a recuperação das perdas se transformará em perda da
recuperação.
Em resumo, o governo não pretende recuperar as perdas
salariais, mas simplesmente boicotar os projetos neste sentido
oriundos do Congresso Nacional, além de induzir a Justiça
Trabalhista numa direção equivocada. Merece registro a
desenvoltura com que os tecnocratas manipulam salários. É
de conhecimento público o empenho do governo objetivando
impedir que a inflação do bimestre março/
abril próximo passado (166,89%) fosse re-
passada para os salários, não só argumen-
O governo não tando contra presumíveis perdas salariais,
como também comprometendo a indepen-
dência dos poderes mediante medidas pro-
visórias capciosas. Agora, ao engendrar
uma fórmula para recuperação dessas per-
das, o mesmo governo incorpora nos cálcu-
mas apenas
los a inflação daquele período. Ressalve-se
que não há qualquer benevolência nesta
atitude, já que na referida fórmula, meca-
neste sentido nismos mais sutis anulam este aspecto posi-
subestimativa das perdas salariais (calcula-
das de acordo com o salário médio, que
no curto antes foi rebaixado pelo governo) e em duplo retorno dessas
tenham (repassadas imediatamente para os preços, os quais,
perdas
por sua vez, somente redundarão em aumentos salariais ao
cabo de seis meses, no mínimo).
Nunca é demais enfatizar uma questão fundamental até
agora negligenciada pelos neófitos que elaboram os planos
do governo. Enquanto a ciência econômica for empregada
visando ludibriar o povo, não haverá solução duradoura para
os graves problemas enfrentados pelo país, pois há muito se
sabe ser impossível enganar o povo durante todo o tempo,
sobretudo quando isso significa imputar somente á classe
trabalhadora os sacrifícios indispensáveis à estabilização eco-
nômica. Quando substituem relações sociais por relações
matemáticas, os pianos só funcionam no papel, onde os
conflitos reais facilmente se resolvem pela simples negação da
sua existência.
' Economista
 12 ? Io caderno ? sábado, 14/7/90
Rio de Janeiro
Gorasil Renault Machado, 80 cárdio. Português, comercian-
anos, de insuficiência respira- te, casado com Maria da Silva
tória aguda e cirrose hepática. Peralta Soares, morava em Ja-
Mineiro, aposentado, casado, carepaguá (Zona Oeste) e ti-
morava em Botafogo (Zona nha três filhos. Foi sepulta-
Sul) e foi sepultado ontem no do ontem no Cemitério do Ca-
Cemitério de São João Batista, ju.
em Botafogo. Luis Soares Lima, 71 anos, de
José Francisco da Costa, 92 parada cardiorrespiratória, no
anos, de caquexia neoplásica e Hospital Santa Rita. Alagoa-
cardioesclerose, no Hospital no, aposentado, casado, mora-
Nossa Senhora da Saúde. Pa- va em Madureira (Zona Su-
raibano, estivador, casado burbana) e foi sepultado
com Isaura Teixeira Costa, ontem no Cemitério do Jardim
morava no Caju (Zona Por- da Saudade, em Jacarepaguá.
tuária) e foi sepultado ontem Henriqueta Maria Soares Ro-
no Cemitério de São Francisco sário, 84 anos, de diabetes, em
Xavier, no Caju. casa, em Jacarepaguá. Baiana,
Ângela dos Santos, 84 anos, de dona de casa, viúva, foi sepul-
insuficiência cardíaca conges- tada ontem no Cemitério do
tiva. Fluminense, dona de ca- Jardim da Saudade.
sa, viúva de Delfim Augusto Uranos de Paula Barbosa, 80
Santos, morava em Parada de anos, de enfisema pulmonar,
Lucas e tinha uma filha. Foi em casa, no bairro de Jardim
sepultada ontem no Cemitério América. Mineiro, aposenta-
do Caju. do, casado, tinha seis filhos e
Adalberto Gomes da Silva, 47 foi sepultado ontem no Cerni-
anos, de parada cardiorrespi- tério do Jardim da Saudade.
ratória, anemia e gastroenteri- Antônio Marques, 58 anos, de
te, na Casa de Saúde Nossa parada cardiorrespiratória, no
Senhora das Graças, em Rea- Hospital do Inamps, em Itape-
lengo (Zona Oeste). Paraiba- runa. Fluminense, contador,
no, sapateiro, casado, foi se- casado, morava na Ilha do
pultado ontem no Cemitério Governador e tinha dois fi-
do Caju. lhos. Foi sepultado ontem no
Antônio Ribeiro Soares, 57 Cemitério do Jardim da Sau-
anos, de infarto agudo do mio- dade.
;i'»V
l+j
¦ m
PM evitar
íil; quer que
'brasiguaios'
invadam
I Identificados
Mato Grosso do Sul
m ruas
i CAMPO GRANDE — Duzentos policiais militares estão
de prontidão na fronteira com o Paraguai, entre os municípios
de Mundo Novo e Navirai, Sul do estado, para tentar impedir a
W entrada em Mato Grosso do Sul de 1.400 famílias de trabalha-
dores rurais brasileiros que vivem em províncias paraguaias
como arrendatários — os "brasiguaios". O aumento dos im-
postos para estrangeiros que trabalham no campo pelo governo
do Paraguai, segundo o serviço de informação da PM, está
motivando o retorno dos colonos, a maioria paranaense e
catarinense.
Ontem, a polícia de Mato Grosso do Sul impediu que 400
famílias de "brasiguaios" entrasse na fazenda Urtigão, no
a município de Tacuru, ocupada desde a madrugada de quinta-
feira por sem-terra da região e oriundos do Paraguai. Com a
í« invasão frustrada, os "brasiguaios" acamparam às margens
M;
da estrada que dá acesso a Urtigão e prometem resistir, apesar
' B »' 7 do intenso frio (abaixo de 10 graus). As 1.400 famílias que
vVv, ameaçam entrar no estado estão acampadas na cidade para-
w guaia de Salto Del Guairá, próximo à fronteira com Mundo
Novo, onde, em 1985, mais de sete mil "brasiguaios" ocupa-
ram uma área urbana e forçaram o governo federal a desapro-
v aço, barras de ferro, parede de concreto, mais barras de ferro e a
v priar 16"novo
mil hectares no município de Iguatemi, criando o
projeto horizonte".
A mobilização dos colonos brasileiros que vivem no Para-
guai foi descoberta pelo setor de informação da PM de Mato
Grosso do Sul, mas o reforço policial enviado à fronteira não
está conseguindo impedir o retorno em massa dos sem-terra. O
secretário estadual de assuntos fundiários, Aparício Rodrigues,
enviou telex ontem ao presidente Fernando Collor de Mello e
ao ministro das Relações Exteriores, Francisco Resek, pedindo
"Não
providências para conter novas invasões. podemos impe-
dir o retorno destes brasileiros mas cabe ao governo federal
' dar terra a essa gente", disse Aparício.
fl
Ü Os 200 policiais deslocados para a fronteira estão distribuí-
dos próximos ás fazendas Nova Califórnia, Floresta Negra,
Santo Antonio e São José, distantes pouco mais de 120km de
Salto Del Guairá. Segundo o comandante da PM, coronel
Carlos Moreira Soares, os "brasiguaios" pretendem ocupar
estas quatro fazendas nas próximas horas. O retorno dos
colonos está sendo coordenado pelo Movimento Nacional dos
Trabalhadores Rurais Sem-terra, que está preparando também
um documento ao ministro Antônio Cabrera, da Agricultura,
denunciando a situação dos colonos já cadastrados pelo
Incra que aguardam, alguns até há seis anos, a distribuição dos
lotes em projetos de colonização provisórios.
M° DE L0URDES ÔODOY SOARES DE MOURA
(LURDINHA)
Ladeira de Godoy, Dário Oddo. senhora e filhos.
Celina M. Godoy S. de Moura o filhos, mãe. genro, filhas e
netos agradecem as manifestações recebidas e convidam para
a Missa de 7o Dia. que será celebrada em intenção de sua
tFrancisca
alma. no dia 16 de julho, às 11 00 hs na Capela Santa Inez. á
R. Mary Pessoa — Gávea
OSWALDO GONÇALVES
DAS NEVES
(1 ANO DE SAUDADE)
Família convida para a missa da inesquecível
alma de seu querido esposo - pai - sogro e avô.
Dia 16/07/90 na Igreja de N. S. Boa Morte. R.
t Rosário c/Av. Rio Branco, às 10 horas.
A quem não puder comparecer, junte-se a nós
•• l em pensamento.
OSWALDO CAPPELLI
(MISSA DE 7° DIA)
Esposa, Filhos e Família convidam parentes
e amigos para a Missa de 7o Dia a realizar-se
— 2a feira às 9:30hs. na
t no dia 16/julho
Igreja N.S. da Conceição e Boa Morte. R. do
Rosário, esq. c/Miguel Couto — Centro. (A famí-
lia dispensa cumprimentos após a Missa).
Avisos Religiosos
e Fúnebres
Recebemos seu anúncio na Av. Brasil. 500. De
domingo à 6a até 20:00h. aos sábados e feria-
dos 17:OOh. Tels: 585-4350 — 585-4326 —
585-4356. Após este horário atendemos nos
Tels: 585-4320 e 585-4476 ou no horário co
mercial nas lojas de
CLASSIFICADOS
Para outras informações, consulte o seu
JORNAL DO*BRAS£L
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V ' | Militar e Civil reunindo 500 homens, cerca de 60 veículos e
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O cofre-forte foi arrombado com maçaricos
oito
do assalto ao BC
SALVADOR — A Polícia Federal já identificou oito sus-
peitos do assalto ao Banco Central, ocorrido no domingo, nesta
capital. Alguns deles foram reconhecidos, através de fotos, pelos
vigilantes da Sedil e Transguarda que estavam de serviço no
prédio do banco no dia do assalto. Os retratos falados já estão
prontos e o delegado da Polícia Federal Silvan Frenzel, que
preside o inquérito, já os apresentou aos vigilantes. A quadrilha,
formada por 12 homens, levou Cr$ 1,115 bilhão do cofre-forte
do BC, depois de passar quase 10 horas no banco.
Nenhum suspeito foi preso até agora e a polícia acredita que
o bando é formado por assaltantes da Bahia e de outros estados.
O local do assalto ainda está interditado, mas a polícia liberou
fotos do cofre-forte arrombado para a imprensa. As fotos
mostram um buraco de 40 centímetros de diâmetro na porta do
cofre, arrombada com maçaricos. Com espessura de 40 centí-
metros, a porta é formada por cinco camadas: uma chapa de
última chapa de aço. Como a parede do cofre é de concreto,
com 80 centímetros de espessura, os assaltantes não tentaram
furá-la.
Cuidados — Para evitar que as cédulas de Cr$ 5 mil
roubadas do BC passem por suas caixas, a rede de supermerca-
dos Paes Mendonça — a maior da Bahia, com quase 100 lojas
na capital e região metropolitana — afixou nas máquinas
registradoras o aviso de cancelamento das notas, com seus
números e séries, divulgado pelo Banco Central e publicado nos
jornais. Até então, só os gerentes dispunham da listagem, o que
não foi suficiente para evitar que cinco cédulas roubadas
passassem pelos caixas. Elas só foram descobertas quando
depositadas num banco.
Ladrão de
papagaio
'Lourinha'
Seqüestro de
por homens encapuzados
tira alegria de bairro
BELO HORIZONTE — O bairro de Jaraguá, nesta
capital, está triste há uma semana com o desaparecimen-
to da fêmea de um casal de
que fazia a alegria
de quem passava em frente papagaios
a Mercearia Misa, na Aveni-
da Isabel Bueno. Ao estilo dos mais ousados seqüestros
de empresários, dois homens encapuzados, em um Fiat
bege com placas encobertas, levaram a fêmea Lourinha.
Desolado, seu companheiro, o papagaio Louro, não
falou mais, não quer comer e o dono da mercearia,
Misael Alvarenga Filho, não se conforma.
Louro e Lourinha, há cinco anos, passavam os dias
soltos num poleiro defronte à mercearia e só eram
recolhidos à noite, quando a loja ia fechar. Acostumadas
com gente, as aves faziam uma algazarra constante e
alegravam as pessoas que esperavam ônibus no ponto
"Eram a alegria
perto da mercearia. da meninada", diz
Misael.
As 18h30 de sábado, o Fiat parou ao poleiro
dos papagaios, um homem saltou e junto jogou um pano
sobre as aves. Esperto, Louro voou e começou a gritar,
mas Lourinha foi levada. Segundo Misael, toda a opera-
çào durou apenas alguns segundos. "Quando vi a confu-
são e saí da mercearia, ja tinham sumido", conta o
comerciante, que se vangloria de ter conseguido que os
papagaios se acasalassem fora do habitai. Lourinha che-
gou a botar quatro ovos em fevereiro.
O gerente de um supermercado
Marcelo
Neves de Oliveira, viu quando os doispróximo,
homens levaram
Lourinha. "Eu
gritei: estão levando os papagaios do
Misael. Mas acharam que eu estava brincando", disse
Marcelo, chateado com o desaparecimento da fêmea.
"Ela era uma
gracinha e todo mundo brincava com eles.
Agora, o Louro parou de falar", lamentou.
— Misael conta
_ Gargalhadas que o Louro tinha
ciúmes da companheira e sempre que alguém tentava
brincar com ela era bicado. Em seguida, os papagaios
soltavam gargalhadas. "Era uma diversão para o pes-
soai. Agora, o Louro está numa paixão que faz dó", diz
o comerciante, que já teve as aves apreendidas pela
MARIA
ALICE DA SILVA
Palmares Administradora de Imóveis
ca o falecimento de sua diretora
da Silva Telles. O sepultamento será realizado, hoje
às 10 horas, no Cemitério São João
Salvador — Glldo Lima
4|Hj
Qs caixas conferem notas de CrS 5 mil
suspeitos
em Salvador
Nas feiras da Bahia, também é grande a preocupação com as
cédulas roubadas. Por não terem a lista com as séries e números
das notas invalidadas pelo Banco Central, os feirantes não estão
aceitando cédulas de Cr$ 5 mil para pagamento de compras.
Pequenos comerciantes, donos de bancas de jornais e camelôs
também estão tomando a mesma atitude.
"A orientação
geral dada aos caixas é de checar cada nota de
CrS 5 mil. Sc alguma cédula roubada for detectada, a ordem é
chamar a segurança e encaminhar o cliente à delegacia mais
próxima", explicou a gerente de vendas do Paes Mendonça,
Cecília Prado. Se alguma nota passar despercebida, o supermer-
cado assumirá o prejuízo e nada cobrará dos caixas.
A população de Salvador parece acostumada à nova rotina.
No Hipermercado Paes Mendonça do Iguatemi, por exemplo, o
geólogo Roberto Siqueira Silva, esperou pacientemente que o
caixa conferisse sua nota de CrS 5 mil. "Estou tranqüilo. Acabei
de tirar dinheiro do banco e eles não iriam me dar notas
roubadas", disse o geólogo.
O gerente do hipermercado, Noé Daltro Lopes, garantiu que
as filas estão fluindo normalmente, apesar da conferência. "A
crise econômica diminuiu as vendas e ainda não chegamos no
final do mês, quando as filas são maiores", explicou. Ele acha
"Quando o caso
que a nova prática não vai durar muito tempo.
sair do noticiário, vai haver relaxamento na conferência das
notas."
Noé Lopes notou que os clientes não estão aceitando notas
de CrS 5 mil. "Todos preferem dinheiro trocado, porque nin-
guém quer ficar no prejuízo", explicou. Pela caixa de Regina
Célia, no hipermercado Paes Mendonça, por exemplo, ontem só
"E legal",
passou uma nota de CrS 5 mil. garantiu ela.
ousa no estilo
/~M£P.£EAg.tA~l
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Polícia Florestal, há dois anos, mas conseguiu a libera-
ção quando demonstrou que elas ficavam totalmente
soltas sobre o poleiro e eram bem tratadas.
"A tentativa
foi de roubar o casal. Antes tivessem
conseguido, porque ao menos eles teriam ficado juntos.
Agora, ela fica apaixonada de lá e ele daqui", lamenta
Misael. Para ele, quiseram levar os papagaios para
vender: "Preferia ter sido assaltado a ver o casal separa-
do." Segundo o comerciante, muitas pessoas já tentaram
comprar as aves, mas duvida que aficcionados tivessem
coragem de roubá-los."Quem gosta de aves tem carinho
com todas e respeita em qualquer lugar."
O comerciante imagina que os ladrões se inspiraram
nos seqüestros que têm acontecido no país. E, falando
sério, disse que se o ladrão quiser, pode telefonar, que
ele paga resgate. "Para mim, ela não tem preço. Dou até
CrS 100 mil se quiserem devolvê-la."
MARIA ALICE
TELLES
Abner Muniz Telles, Almerio Muniz Telles, Myriam Muniz
Ltda comuni- Telles Ferreira, Antonio Carlos Ferreira, Marcela Telles Ferrei-
ra e Felipe Telles Ferreira consternados, comunicam o faleci-
Dra. Maria Alice mento de sua esposa, mãe, sogra e avó e participam seu;
sepultamento hoje às 10h no Cemitério S. João Batista onde
o corpo esta sendo velado. Nesta oportunidade agradecemos
Batista. aos parentes e amigos bem como a toda equipe médica e de
enfermagem do Hospital Adventista Silvestre.
JORNAL DO BRASIL
'Polícia
da
periferia'
combate matadores de
aluguel em São Paulo
SÂO PAULO — A Secretaria de Segurança Pública
colocou nas ruas a peça principal de sua estratégia na
guerra contra os justiceiros, matadores de aluguel que operam
nas regiões pobres da Região Metropolitana. Trata-se da
policia da periferia, uma força-tarefa conjunta das policias
armamento pesado. "A polícia da periferia atuará em duas
direções: uma voltada para o policiamento ostensivo e pre-
ventivo e outra para o investigatório", explica o secretário
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, autor da idéia, depois
que os grupos de extermínio assassinaram em meados de abril
23 pessoas nas favelas de Diadema e outras quatro em
Embu, dois dos mais violentos municípios da Grande São
Paulo.
I
A nova corporação vai centrar fogo contra os justiceiros
nessas regiões. Ainda em fase experimental, atuará em seis
áreas: Zona Leste da capital, ABCD paulista, Osasco, Guaru-
lhos, Franco da Rocha e Mogi das Cruzes — aue abrigam
violentos bolsões de miséria. A reunião das policias Civil e
Militar é uma experiência inédita. J
O policiamento ostensivo e preventivo está a cargo dos
240 policiais militares, que a bordo de 24 caminhonetes
Veraneio são responsáveis pela vigilância dos locais mais
visados pelos matadores, como favelas, salões de festas, mar-
gens de rios, represas, lagoas e terrenos baldios. Os policiais
contam ainda com o apoio de 20 viaturas da Rota (Rondas
Ostensivas Tobias Aguiar) e oito de policiamento com
cães. Estes policiais foram escolhidos a dedo. Desde sua
admissão, vêm recebendo diariamente uma hora de ins-
trução sobre direito, relações humanas, pronto-socorro e
emprego defensivo do armamento reforçado que recebem —
ml
além dos tradicionais cassetetes e revólveres, usam metralha-
doras e carabinas calibre 12.
As investigações dos crimes cometidos por justiceiros se-
rão feitas por 250 policiais civis. As equipes da Policia
Civil que integram a policia da periferia circularão em 12
Opalas, equipados com rádio e armamento pesado.
X
Comerciantes saem às kí:
v>;f '
para protestar i
&
contra a violência
SÃO paulo — Para protestar contra o crescente íll
aumento da violência em Ferraz de Vasconcelos,
município da Grande São Paulo, moradores e comer-
ciantes pararam ontem a cidade por uma hora. Em-
punhando faixas e cartazes, os cerca de 1.000 mani-
festantes percorreram as ruas principais da cidade e
acabaram se concentrando na Praça da Independèn-
cia (ponto cential do município), onde o prefeito
Ângelo Castelo leu documento encaminhado a Secre-
taria Estadual de Segurança Pública, solicitando au-
mento do efetivo da PM na cidade e maior número, de
viaturas policiais. Durante o protesto, as cerca de 300
casas comerciais da cidade mantiveram suas portas
fechadas.
"Não .vi
é mais possível viver aqui com tranqüilida-
de. A cidade vive hoje uma violência nunca antes ílfr
registrada", desabafou o vereador José Geraldo Bru- h.
netti (PSB), enquanto reclamava da precariedade do
patrulhamento local, que só conta com um viatura da
PM para atender os chamados de um município de 25
quilômetros quadrados, onde moram 140 mil pes-
soas. Apesar de entender o aumento de casos regis-
trados como um efeito do desemprego, Brunetti,
afirma que só com policiamento ostensivo a situação
poderá se amenizar. Ontem, Brunetti divulgou esta-
'V.
tística que registra média diária de três roubos a ;U
residências e um de carro.
I
Malária — Foram registrados em Belo Horizonte, nos
últimos 15 dias, três casos de morte de pescadores que con-
traíram malária no estado de Mato Grosso. A regional da
Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam)
não tem a notificação total das mortes no mês, mas acredita
que esse número retrate um índice elevado para o período e
atribui as mortes ao tratamento tardio dos doentes. Em
Minas, foram apurados, até o mês de maio, 300 casos de
malária, a grande maioria importada, principalmente das
regiões Norte e Centro-Oeste. A notificação dos casos não é
obrigatória, mas o setor de Estatística da Sucam supõe que o
índice não está muito defasado em relação à realidade, já
que a própria Sucam cuida do tratamento dos infectados.
Recruta — A Polícia Civil da Bahia está à procura de
um recruta do Exército que matou com um tiro no peito o
operário Raimundo Nonato Neri dos Santos, de 25 anos, '/iVf
durante comício do candidato a governador pela coligação •M'-
Nova Bahia (PRN-PSC-PTR), Luís Pedro Irujo, no Largo do
M-
Papagaio, na noite de quarta-feira. A delegada Maria Eugê- pi
nia Nery, da 3a Circunscrição Policial, já descobriu que o Ux'
criminoso serve como recruta no 19° Batalhão de Caçadores e ;ü
mora na área de Itapagipe. Ela já ouviu cinco testemunhas do wi
crime — quatro delas amigas da vítima —, que se dizem
capazes de reconhecer o autor do disparo.
,;v
Lobisomem — O que poder ser um enorme urso, que
desceu dos Andes e entrou pela floresta Amazônica, está
sendo confundido com um lobisomem pelos moradores do
município de Manoel Urbano, na fronteira do Acre com
o Peru, que estão em pânico. Há duas semanas, quando o
estranho animal teria sido visto pela primeira vez na mata por
um seringueiro, que os moradores da pequena cidade, às
margens do Rio Purus, se trancam em casa ao anoitecer e
dizem ouvir horripilantes uivos do urso, ou, para eles, do
lobisomem. A situação chegou a tal ponto que o prefeito da
cidade pediu socorro à secretaria de Segurança Pública, já
que o delegado da cidade fez uma diligência pela floresta e foi
incapaz de desvendar o mistério e caçar o animal.
Cambistas — A prisão dos cambistas Geraldo dos
Santos, Nelson Coimbra Passos e Fernando dos Santos em
Salvador fez com que a polícia baiana encontrasse pistas que
podem levar, a qualquer momento, à prisão do proprietário
da gráfica que imprimiu ingressos falsos para os shows de
Elba Ramalho e da banda Engenheiros do Hawaí. A polícia
apurou que foram recebidos na bilheteria da concha acústica
do Teatro Castro Alves, onde foi realizado o show recente-
mente, mais de dois mil ingressos falsificados, causando aos
promotores do espetáculo e ao teatro, de propriedade do go-
verno estadual, uma perda superior a CrS 1,2 milhão.
DA SILVA TELLES
JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 14/7/90 ? Io caderno p 13

Pedidos de de importação cresceram 40 % este mês

guia
SÃO PAULO — A solicitação de em 90 dias. "O pagamento a prazo
guias dc importação cresceu 40% nos permite ao governo fazer previsões
em compara- Liberação da economia
Informe Economico primeiros dias de julho, sobre o fluxo das remessas ao exterior
ção às médias históricas, mas o go- e isso é fundamental a
para preserva-
verno está atribuindo o aumento a ção das reservas", justificou. brasileira aumentará
e executivos declaram-se ca-
Empresários
uma demanda reprimida, que come- Curto prazo — O chefe do De-
da vez mais desapontados com os eco- çou a ser atendida logo depois da de Operações com Reser- comércio com o Japão
partamento
nomistas, sobretudo daqueles que se dedicam liberação das operações de comércio vas Internacionais do Banco Central,
"cenários macroeco-
a produzir os chamados exterior, iniciada no princípio do Emílio Garófalo, que participou on- Darci Higobassi
"Estamos esperando uma redu-
nômicos". Os brasileiros comuns também têm mês. tem com Cunha do seminário A nova
ção dos pedidos de guias, que ficaram política do comércio exterior, promo- SÀO PAULO — O comércio bilateral Brasil-Japâo pode ser
partilhado desse sentimento, pois, afinal, são os muito acima do padrão histórico", vido em São Paulo Agência Di- incrementado a partir da liberação da economia brasileira, segun-
maiores interessados em que a economia fun- pela
adiantou o secretário-adjunto do Mi- nheiro Vivo, previu um aumento do do revelam os dados mais recentes da Japan Externai Trade
cione. Mas empresários e executivos, além do nistério da Economia, João Cunha, spread (margem de risco cobrada por Organization (Jetro), organização oficial do comércio exterior do
interesse geral, têm interesses específicos. Ou esclarecendo que não há concentra- Japão. De acordo com a Jetro, o Brasil, que vem aumentando a
operações financeiras) dos bancos es- cada ano o superávit na balança comercial com o Japão (chegou a
seja, eles pagam os economistas para que pro- ção de importações cm itens cspecifi- trangeiros sobre linhas de crédito de
cos. "Os importadores estão trazendo quase USS 2 bilhões em 1989), importou US$ 1,3 bilhão no ano
duzam os tais cenários que vão orientar toma- curto prazo concedidas ao Brasil para passado, o que significou um acréscimo de 31 %.
das de decisão. E muitos começam a desconfiar desde matérias-primas até produtos financimanento dc exportações e im- Isso, segundo a Jetro, tem um pequeno efeito para o comércio
finais e só nos surpreendemos com a portações. exterior japonês, representando apenas 0,5% das exportações
que estão jogando dinheiro fora. ausência de pedidos para importação Segundo Garófalo, esta seria uma daquele país. Os Estados Unidos, que são os maiores clientes do
Quem tem acesso a documentos e con- de carros", disse Cunha, que evitou conseqüência do rebaixamento da Japão, compram o equivalente a 33,9% das vendas japonesas. A
sultorias produzidas por economistas de alto revelar a previsão do governo dos classificação brasileira pelas institui- Jetro informa que os manufaturados, que totalizam 91,1% das
verifica os cenários mostram-se valores das compras externas cm ju- americanas, na últi- operações de importação realizadas pelo Brasil, apresentaram um
prestígio que ções financeiras "A incremento de 26,7% em comparação com 1988. As máquinas e
errados com preocupante freqüência. Nas lho. Cunha: pedidos variados ma quarta-feira. impressão é que os equipamentos representaram 74,9% das importações.
mesas de empresários e executivos acumu- O secretário afirmou também que esses créditos são um bom negócio O levantamento da organização japonesa mostra que as
estudos marcavam desas- o governo estuda modificações na sis- possível a concessão dc isenção tari- para os bancos estrangeiros e acho exportações brasileiras mantiveram-se nos patamares de 1988:
lam-sc que grandes de bilhões em 1989, contra US$ 2,95 bilhões no ano anterior.
temática dc draw-back (entrada fária para essas operações, e não pre- que o rebaixamento do Brasil pode USS 3
três para ontem — a hiperiníTação, por O superávit brasileiro, de US$ 1,689 bilhão, foi bem inferior ao de
mercadorias no país, vinculada a ex- tende reduzir os prazos mínimos para significar, no máximo, um spread
exemplo, no tempo de Maílson da Nóbrega 1988, de USS 1,952 bilhão. Em comparação com outros anos,
portação futura), já que não é mais saldar as importações, hoje fixados maior", afirmou. essa posição é bem vantajosa para o Brasil, se for lembrado que
c, mais recentemente, as previsões de que as
em 1986, ano do Plano Cruzado, as exportações para o Japão
empresas iam morrer à míngua sem dinheiro, chegaram a USS 1,874 bilhão, com um superávit de USS 901
depois que iam se afogar no excesso de cru- O resultado desta situação, segun- anualmente por aquele país. Neste milhões.
zciros, que os preços, o ouro e o dólar iam URSS não tem do Willian Longstrcct, consultor ame- ano, os soviéticos importaram 4,5 mi- O quadro da evolução das exportações brasileiras no período
ricano do Banco Stotler, instituição lhões de toneladas de soja para abas- 1985-1989 identifica que a área de matérias-primas foi a que mais
explodir neste mês, que haveria uma maxi- cresceu, saindo dos USS 937 milhões, em 1985, para USS 1,925
como comprar recém-instalada no país com capital tecer o consumo interno. Ou seja, cer-
desvalorização, c assim por diante. da Stotler Commodity, principal cor- ca dc 70% da soja consumida pelos bilhão no ano passado. Os produtos manufaturados praticamente
Enfim, repetiram-se os anúncios segundo retora dc dos Estados Unidos, é soviéticos é argentina ou brasileira. ficaram nos mesmos níveis. Em 1985, eles totalizaram USS 510
"definitivamente soja do Brasil grãos milhões; no ano passado, chegaram a USS 561 milhões. No ano
os quais o Plano Collor está que as vendas dc soja do Brasil para a A escassez de recursos dos soviéti-
PAULO — As relações co- União Soviética, e também da Argen- passado, informa a Jetro, os manufaturados foram prejudicados
liquidado". E o governo fazendo coisas: se- — cos se reflete ainda no mercado de pela queda dos negócios.
SÃO merciais entre o Brasil e a União tina que se encontra na mesma ouro internacional. Para se ter uma O levantamento da Jetro sinaliza alguns indicadores de como
gurando a inflação, demitindo funcionários e situação de inadimplência perante a
Soviética estão vivendo um impasse. idéia, a União Soviética (uma das estão se comportando as exportações de produtos brasileiros na
cortando gastos, começando a abrir a econo- Os motivos não são políticos, como comunidade financeira internacional área de alimentos. Um deles é o atraente mercado que deverá ser
— maiores produtoras de ouro do mun-
mia, etc. Não um mar de rosas, mas longe ocorria até há alguns anos, mas pura- apresentaram uma forte retração do) está vendendo toneladas do metal incrementado no segmento de suco de laranja, que cresceu 10,4%
dos desastres previstos — e previstos sempre mente econômicos. Grande compra- na comparação entre este ano e o através da Arábia Saudita, no merca- em 1989, chegando aos USS 25 milhões. Essas cifras deixam o
com solene empáfia e farta matemática. dor de soja em grãos e farelo do Bra- passado. Em 1989, Brasil e Argentina do internacional, com o objetivo dc Brasil como o principal vendedor do produto para o mercado
sil, a União Soviética, hoje, não exportaram 5,9 milhões dc toneladas fazer dinheiro. O rublo, sua moeda japonês, detendo uma fatia dc 55,6%.
No caso, a tragédia máxima seria que os possui crédito na comunidade finan- dc soja cm grãos e farelo. Em I990, O Brasil continua como segundo maior exportador dc cacau
local, não tem cotação nem convcrsi-
economistas do governo errassem tão espeta- ceira internacional c está literalmente este volume caiu para 3,6 milhões de bilidade internacional, restando à para o Japão, apesar de os USS 23 milhões em I98() terem
cularmentc quanto tem errado muitos econo- quebrada para conseguir adquirir os toneladas embarcadas para aquele União Soviética vender ouro para significado uma queda dc 13,2% cm relação a 1988. Ainda na
produtos dc que necessita. O Brasil, pais. conseguir dólares para continuar suas área de alimentos, os brasileiros detêm o segundo lugar no
mistas de fora do governo. Consumo — Para se ter uma ranking dos fornecedores de soja para o Japão, com umas
por sua vez, também não tem como operações no mercado internacional.
Na verdade, há sinais de que a era dos constituir uma linha dc financiamento idcía da importância do Brasil e da participação de 6,6%. Os brasileiros continuam a ser os maiores
economistas pode estar chegando ao fim Argentina no consumo de soja da Essa estratégia provocou uma queda vendedores de café para o Japão, com um aumento de 9,7% em
especial para o governo soviético de
modo a manter as tradicionais ven- União Soviética, Longstrcct revela as de US$ 5 no preço do ouro na Bolsa comparação com 1988. O Brasil detém uma fatia de 24,8% do
também nos países ricos. Nos Estados Uni- mercado de café que é importado pelo Japão. Uma curiosidade: o
das de soja brasileira. compras totais do produto feitas de Nova Iorque.
dos, por exemplo, reduziram-se nos últimos Brasil vendeu 44,7% a mais dc carne eqüina, com um total de
anos os salários e as ofertas de emprego, USS 3,3 milhões.
antes abundantes, a economistas recém-for-
mados. Têm dado errado aquelas operações
que eles inventaram para ganhar dinheiro
sem se produzir um parafuso sequer. D
Década de 90 vai acirrar disputas comerciais
No Brasil, os economistas ainda conti- As reformas políticas e econômicas mundo sc divida nesses três blocos. A americana pode levar as forças políticas
nuam na moda. Mas a continuar assim, cor- da União Soviética e do Leste Europeu abertura do Leste Europeu e países daquele país a medidas protecionistas.
rem o risco de serem as primeiras vítimas da vão dar fim a guerra fria que será substi- emergentes, como Tchecolosváquia e Para o economista americano, a criação América. Latina — O secretário geral da Aladi (Associa-
tuída, na década de 90, por conflitos Hungria, vão atrair o capital intcrnacio- de novos blocos de países, além das três ção Latino-Amcricana de Integração), Jorge Luis Ordonez, disse
recessão, se é que ela, tantas vezes prevista e ontem em Montevidéu que as mudanças ocorridas na Europa do
comerciais e econômicos entre as três nal, enquanto a reunificação da Alemã- grandes potências, torna-se improvável.
negada, vai mesmo acontecer. grandes potências, Estados Unidos, Ja- nha faz desaparecer uma das maiores Isso porque, disse ele, os países asiáticos Leste desviaram a atenção dos países industrializadas cm relação
à Latina, enfrentará uma "seca" em matéria de
pão e Europa unificada. Dentro dessse fontes dc financiamento para a América tão cedo não vão querer ingressar em um América que
Catastrofismo cooperação internacional. Para ele, contudo, se a os países
quadro, traçado pelo economista Frcd Latina. A Alemanha Ocidental deverá bloco com a liderança do Japão, enquan-
Dc um executivo dc um banco de negócios,
Bergsten, diretor do Instituto de Econo- nos próximos anos investir cerca dc USS to os latinos americanos dificilmente for- latino-americanos "ordenarem suas economias", num prazo de
especulando sobre as razões pelas quais os econo- cinco a seis anos os investimentos retomarão.
mistas dc fora do governo tendem para o catas- mia Internacional sediado cm Washing- 60 a USS 70 bilhões no lado oriental. mariam uma integração econômica sig-
ton, a América Latina corre o risco de Essa situação, prevê Simonsen, pro- nificativa. Equador — A companhia estatal Petróleo do Equador
trofismo: ficar fora dos investimentos intcrnacio- vocará uma enorme elevação das taxas
— Ê uma atitude dc defesa. Se você anuncia Tais noticias não são boas para o assumiu o controle do consórcio que há 17 anos mantinha com a
nais. E o Brasil terá de optar entre perse- de juros devido a disputa de capitais. Brasil, observou Bergsten. Com o térmi- empresa americana Texaco Petroleum na exploração de óleo. A
um cenário bom, o cliente investe, animado, c se novos negócios bilaterais com os Além disso, a década de 90 assistirá à no da guerra fria, os Estados Unidos e a
ferra. Sc você anuncia o desastre, quando ele não guir Petroequador explorava, de acordo com o contrato entre as duas
Estados Unidos ou, juntamente com a união monetária européia, que obrigará Europa reduziriam seus interesses pelo companhias, 230 poços, o que representa 75% da produção
ocorre o empresário fica tão feliz que nem se Argentina, liderar novo arranjo com a os países a se corrdcnarcm reciproca- Brasil. Além disso, a concorrência eco-
lembra de reclamar do consultor que o previra. petrolífera do país. O Equador gastava mais dc USS 500 mil por
América Latina para negociar com os mente. Quando essa moeda única se fir- nómica crescente passa a exigir maior dia com a operação do consórcio.
Difícil americanos, disse ele. mar, disse ele, passará a ter aspecto do- esforço do pais para competir de forma
O ex-ministro Mário Henrique Si- minante no sistema monetário eficaz. As nações com sucesso econômico Colômbia — Os governos da União Soviética c da Suécia
O ex-ministro ter os salários do fun- — vão financiar grande parte da construção da central hidrclctrica
Maílson da Nóbrega cionalismo congelados monsen um dos debatedores do cn- internacional. Assim, o fim da guerra fria seriam mais procuradas como parceiras e
não ficou entusiasma- por mais tempo." contro dc cerca de 300 empresários no trará problemas de coordenação monc- de Urra 1, no norte da Colômbia, que evitará racionamento de
os Estados Unidos se voltariam para
do com o anúncio do Maílson aplaude a Hotel Shcraton, promovido pelo Comitê tária. energia a partir dc 1997. A construção começará no primeiro tri-
fim do déficit decisão do governo de Cooperação Empresarial e Centro de Polarização — Com o declínio da países como a Coréia. No entanto, argu- mestre de 1991. A URSS garantirá os equipamentos, avaliados
"Infelizmente, público.
ainda Collor dc controlar o Economia Mundial, ambos da Fundação guerra fria, argumentou Bergsten, os Es- mentou, sc o Brasil sc recuperar da crise, em USS 85 milhões, c a Suécia, 85% das obras civis.
estamos longe desta déficit, mas adverte Gctúlio Vargas — vislumbra uma série lados Unidos ficarão menos solícitos poderia ser procurado c apoiado de di-
boa notícia", lamenta que isso depende de dc dificuldades na década de 90 caso o com seus aliados e qualquer recessão versas formas.
Maílson. Para ele, o su- muitas outras coisas: a
perávit do governo fc- ressão
'ica da opinião pú- Dívida externa pode ser reduzida Títulos
deral cm junho só foi G para que o gover- Arquivo—13/02/88 protestados
obtido porque os fun- no controle suas con- Ja existe uma ~~ O embaixador
mecanismos para redução da divida, observou ainda que
cionários públicos não tas e uma reforma consciência dos disse ele. nada indica que haja colapso das ex- em São Paulo caíram
receberam a parcela do constitucional. Na vi- banqueiros cs- portações por falta de crédito, não exis-
13° salário e porque são de Maílson, a atual trangeiros da A estimativa do Banco Central para
necessidade dc os desembolsos do país esse ano com tindo o propósito de um,rompimento 26,7% no mês
passado
não foi concedido ne- Constituição, ao impor amortizações nas linhas dc crédito de curto prazo. A
nhum tipo de reajuste. gastos obrigatórios, reduzirem a dí- e juros junto a entidades intenção do evitar SÃO PAULO — O número dc títulos protestados caiu
internacionais (Banco Interamericano governo brasileiro é
"F: inimaginável vida externa 26,7% em junho, cm relação ao mesmo mês do ano passado.
que o impede o controle do
brasileira, asse- de Desenvolvimento, Banco Mundial e que tais créditos sejam compulsórios,
governo acredite na governo sobre suas Fundo Monetário Internacional) e uma conforme acordo em vigor assinado Em valores reais, o total de CrS 807 milhões protestados no
possibilidade dc man- contas. gurou ontem o dos débitos atrasados com o Clu-
com o comitê de bancos credores em período significou uma queda de 37,5%, cm comparação com
embaixador ex- parte 1988. de 1989. Os dados são da Associação Comercial de São
be de Paris ( agências governamentais) junho
Opção traordinário pa- Durante debate após palestra do Paulo, que detectou crescimento dos valores protestados no
ra a dívida ex- a : chega a USS 4 bilhões, caso não entrem
Dc um grande banqueiro, morto de vontade estado cm segmentos específicos da economia como as indús-
dc trocar o Rio por Mônaco: terna, Jório Jório üaiuiler financiamentos novos, revelou Jório economista Fred Bergsten, o diretor trias editorial e gráfica (aumento dc 173%). papel e papelão
Dauster, que evitou comentar a dc- para a América Latina e o Caribe do
— Boa parte dos meus amigos, assustados com a Dauster Magalhães da Silva, argumen- International Finance Corporation (88,6%), e material dc transporte (85,4%). No comércio, o
onda dc scqiicstros no Rio, optou pelo avião e tando que "nenhum deles vai admitir claração da ministra dc que os credo- Mitchell Alland, afirmou ramo de bazares liderou o crescimento de protestos, com
isso porque perderiam seus empregos". res externos, oficiais ou privados, não (IFC), que
pelo telefone. Passam pelo menos dois terços da contarão cm 1990 com pagamento mui- os japoneses ainda esperam por um aumento dc 154% e no setor de serviços, os segmentos de
semana cm São Paulo e só desembarcam no Rio Revelou também que o governo francês resultado do Plano Collor e uma me- reparação, publicidade c turismo foram os que tiveram mais
muito bem escoltados. tem novas idéias sobre redução de dívi- to acima de USS 1 bilhão. lhor definição da política sobre os invés- títulos protestados no período, com expansões, respectiva-
da externa, que serão discutidas com a Desembolsos — A parcela que timentos estrangeiros, para voltarem a
ministra da Economia, Zélia Cardoso vence este ano junto ao BID é de USS investir no mente, de 123,3%, 104,9% e 100,7%.
Convicção país. Se o plano obtiver su- "O crescimento do valor
de Mello, em sua visita a Paris, quando 220 milhões, enquanto o desembolso cesso, disse ele ontem logo após regres- médio dos protestos cm segmen-
Desabafo de um banqueiro dc médio porte, tos específicos pode não ser relevante nos casos cm que os
ás voltas com um caixa à mingua: se encontrará com diretores do Clube para o Banco Mundial eleva-se a USS sar do Japão, os re-
Não tenho mais dúvidas. O aperto monc- de Paris. 1.2 bilhão e com o FMI chega a USS tornar a curto japoneses Aspoderão níveis de inadimplência eram baixos, mas serve de alerta",
Jório Dauster, 950 prazo. grandes disse Romeu Trussardi Filho, presidente da Associação Co-
tário dc hoje é o dobro do que aconteceu cm 1981. que participou dos milhões. Estava também previsto empresas japonesas, contou ele, revela-
debates com empresários que compa- pelo Banco Central o desembolso da ram interesse em sc instalar no Brasil mcrcial. Os dados gerais mostram que o setor industrial leve
A coisa está pretíssima. reccram á palestra do economista ame- ordem de USS 1 bilhão para resgate variação praticamente nula de protestos cm junho, cm rela-
aqui produzir e exportar nas áreas
ricano Frcd Bergsten, lembrou que Mé- dc bônus e mais uma parcela para para automobilística e de telecomunicações. ção ao mesmo mês do ano passado; no comércio houve
Diferenças xico, Venezuela, Filipinas c Costa Rica pagamento de parte do débito atrasa- Alland revelou
Do presidente dc um banco estrangeiro, crc- que os empréstimos do queda de 10,7%, enquanto na área dc serviços ocorreu
conseguiram diminuir seus débitos ex- do com o Clube de Paris desde março IFC ao Brasil esse ano somam USS 200 aumento dc 19,3%. No mês. as pessoas jurídicas tiveram
dor do Brasil: ternos, através de instrumentos diferen- dc 1983, explicou o embaixador. Ca-
O governo Sarney xingava o FMI, recla- elevando para USS 630 milhões 8.924 títulos protestados cm São Paulo, as firmas individuais.
tes. O encontro da ministra Zélia Car- so o Brasil estivesse honrando todos milhões, 674 e as pessoas físicas, 9.244, o que significou quedas
mava, denunciava, mas pagou, na maior parte do doso com a direção do Clube de Paris os débitos com os credores externos, a carteira da instituição com o país, o
tempo. O governo Collor é simpático, elogia, não será uma negociação, mas apenas o desembolso chegaria a USS 15 bi- que constitui 15% do seu orçamento respectivas de 32,5%, 45,3% e 23,6%. cm relação ao número
manifesta estar de acordo c não paga um centavo. uma conversa sobre a possibilidade e os lhões. total. de títulos levados a protesto em junho de 1989.

Carlos Alberto Sardcnberg, com sucursais

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Lote 124.519 72.000 75,00 UnIf d/IPTU e ISS (CrS) 552.80
Mercado de Opções-Opções de compra 1.925.800 130,00 4,79 2 Tavfl da Expedt. tCrS) 95.90 135.00 135.00 142.26 155*4
^55.^ e»#.i.op 2.000 1.: 1.300,00 18,18 -8,09
Total Geral fwtoUbmTiÍ" 620.700 140,00 1 a) Cr$ 1.928,00 por dependente até o limite de cinco MVRlCrS) 52766 SLSS
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52,50 1.08 4 dependentes. finlArlo Mlnlmo (CrSt 3.874.05 3.674,05 3.674.05 125*! 3857J6
Das 81 ações do IBV, 38 subiram,35 caíram, duas permanecera F(ml»uipp 1.013.100
470.000 6,56 6,50 - 1 b) Cri 23.139,00 por aposentados, pensionistas e tranfe- Mln Rnf. JCrSl 1.181.59 1.181,59 1181,59 1759J7 __
estáveis e seis não foram negociadas. it 2.600 26. 33.000,00 33.000,00 0,96 1 ridos para reserva remunerada a partir do mês que
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Pard de Minas pp 8,55 Corrêa Ribeiro pp Maxion AS 304.400 3 9.800.00 Ativo: IBV-12 TRIBUTACAO — 1)A partlr de 01/07189.toram o rendlmento real das apllCBfies com prazo Interior a 30 dlastemlR • 'i''
Mendes Jr PA 59.100 3 560.00 0.63
0 725,00 0,18 Abt. Max. Min. Fech. Osc.(%) na tome de 35%. A partlr de 16103190. exilnlas as operafdes ao porlador; possoas jurldlcas Irlbuladas^
Mendes Jr PB 102.600 0 110,00 18,47 219.754 220.159 212.342 212.596 com base no lucro real est6o isentas do IR na fonte.
Metiaa PP 1.000.000 0 59,00 6.69 VALOR Crt VAR. VAR- **"• I
Mercado à vista Microlab PP 3.300 0 399.96 0,59 PIA(%) JSHlSl SSSCU
Mineracao Amapa PP 1.384.800 0 1.210.00 mOICAPOH / IMPICK
Mineracao Part PP 9.000 0 660.00 BTN FISCAL Qg-Jul-90 48,2057 0.42 °l42 °'42
Moddata PP 95.000 IQ 506,99 -0.20 Bolsa de Mercadorias de
Monteiro Aranha PP 100.000 506,99 BTN FISCAL 50.0497 0.42 2,11 4,26
Montreal PP-€- 10.720.000 16,96 !'00 16,90 -2.02 -6.51 BTN FISCAL 1B-Jul-90 50,2588 ND ND "
Muller PP 2.259.400 3,55 3,55 São Paulo ..
Multitel PN 30.000 ?1.01 ) 1 21,01 0.05 BTN BM&F-AGQ/90 54,20 0,28 i£6
2600 181.00 1B3.62 166.00 165.00 2.31 332.81 38.700 2.300.00 2.300,00 2.300.00 2.300.00 -17.86 209.06 Contr merid algodão BTN BM&F-SET/90 60.1° °l25 ~3 69
000 7.00 7.60 8,00 7.00 -0.79 204,97 NaotonaiPt-E- 27560.000 27.50 27.99 28,99 27,90 1,97 861.23 Mês Fech US$ COMERCIAL COMPRA 12/07 65.674 ^
56.200 64.00 67.28 68.00 64,00 -1.15 656.64
14,20 -1.06 2.069.64
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13,90 14.74 15.40 15,00 1.66 147.17 Out 1.960 VENDA 65.895 ^U4 ^63 7&> —
100 13,00 13.04 14.20 190.00 -2.70 380,34 OrionPPB- 18.070.000 1.860 USS COMERCIAL 66.36 ^
KM*iPPB- 200 190,00 190.00 190,00
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PeftrebrasON 237.500 169,50 193.31 196,99 192.00 1,28 506.63 Para Mlnaa PP 11.500 000 6.20 6.20 6.20 6,20 -8.56 -1,59
350,28 Mar
200,44 USS COMERCIAL VENDA 66.48 0^9 M5 8jJ4
Petrobras PP 10.300 135,00 143.12 148,00 135.00 5.76 336.42 Paraibuna PP 1.617.500 160,00 165.93 180,00 165.00 2.81 357,63 Tot:29 mercxalmo COMPRA 12/07 85.944 —
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Suzano PP 100 239,00 239,00 239.00 Pérsico PP 2000.000 27.10 27.10 27,10 27.10 -0,89 -1,78 288,60 1.901 PARAI F-LO COMPRA 84J50 —
Wllt>DMN-« 5500 35.00 35,00 35.00 35,00 0.00
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Vale Rio Doce ON -R 2.400 21,00 21.00 21.00 21.00 0.00
Pettenati PP 34.010.000 4.52 5.23 5,80 5.59 2.034 POLAR BM&F AGQ/90 Ii£> 2i2 '
Vale Rio Doce PP 7.158.500 35.91 37.03 38.00 35,96 -1.40 699.33
25.50 1.58 752.73 Pirelli OP 250.000 2.150,00 2.160.00 2.200.00 2.150.00 12,22 5,37 332.87 DGZ 1.978
340,26 merc;estável
Vale Rio Doce OP 27.200 24.10 25.45 26.00 113.00 2,68 279.57 Plrelll PP 200.800 1.700.00 1.739.45 1.740,00 1.740.00 Tot:98 real:5 POLAR BM&F SET/90 81.00 1.19 £12
Vid.S.Marina OP 36 500 113.00 113.00 113.00 Polialden PP 20.500 6000,00 5.000.00 5 000.00 5.000.00 0.15 609,65 380,72 SINO - SPOT IFEC.) 980.00 0.62
Prometal PP 2.636 600 256.00 267.31 270.00 260.00 3,32 1.141,18 RMItF- SPOT [FEC 960.00 0.62 136 1^6 ~
Aqtm mtoctadM am Mm tf. IOOO 7.000.00 -6,42 386.45 Pronor PA 800.000 14.50 14.63 15.00 14.50 280,75
AboXtal PA 1 000 7.000,00 7 000,00 7.000,00 242.70 Propasa PP 4.200 110.00 110.00 110.00 110.00 220.00 Câmbio Turismo BMSP - SPOT IFEC.) 981.50 0.72 141 IH i- I
Aconorte PA 10000 2.500.00 2.500.00 2.500.00 2.500,00 5.74 132.09 Propasa Prt. PP 15.100 110,00 110,00 110,00 110.00 BBF - SPOT (FEC 980,00 162 <U6 W~
Acofl Vlllares PP 40 505 000 84.00 116,95 89.33 91.50 130,00 84,00 150.000 200,00 205,33 210.00 210,00 4,04 127,82 Vamla
Adubos Trevo PP 200 000 115,00 130.00 3,05
-0,18
556.90
357.97 Randon PN -R 3000 000 850.00 650,00 850.00 850.00 0,00 Compra OURO BM&F-AGO/9Q 1 060.00 <L!!3 ^22 ¦
Agroceres PP 78100 670.00 675,61 700.00 680,00 100.000 115.50 115.50 3.700.00 115.50 115.50 -2,41 560,06 214.88 (Cr$) <Cr») my-RJ 10139 -2.02 !£22 2M4 —
2.010000 20.30 20.98 21.00 21.00 5,01 246,82 Refripar PP 89.000 3700,00 3.700.00 3.700.00 83,00 87.00
Amadeo Rosai PP 2.100 000 440,00 9,20 10,00 9,20 17.45 267.02 Rheem PP 15.000 34 000 34.000.00 34.000.00 34.000.00 -1.20 366.01 Dólar 62,3880 IBOVESPA 22907 ^96 12J8 3002 Zl
Arthur Lango PP 440.00 440,00 EST 360.03 Ripasa PP Suiço 55,9340
A vi pai OP E- 300 000
15.700 950,00
440.00
1000,89 1.049,00 950.00 -6,48 512,42 taotaPP 31 000 9.200,00 9.200,00 9.200,00 9.200,00 460,00 Franco Franco Francôs 14,1100 15,7381 QTN FISCAL CIRC.1519 16(07 399.3683 ND ND 222
•
Azevedo PP 40 000 1.600,00 1.725,00 1.850.00 1.850.00 4.55 222.47 Sorgen PP 500.000 55.00 55.M 55,00 55,00 -1.90 1.78 329,16 47,4539 52,9294 Preço obtido atravós de amostra
BJürmonia OM 5.500.000 5.00 12.717.30 5.95 . 6.00 6,00 -8.60 673.07 Sharp PA -R 6 795 800 55.00 56,20 57.50 56.00 -23,85 170.57 Marco Alem&o 140,9148 157.1742 Fonte: Andima, Banco Central, BM&F, BMSP, BBF, BVRJ, Bovespa
B.America Sul PP 165800 12.500.00 13.400,00 12.500,00 -4,06 417.81 Sharp PA 27.700 42.00 42.00 42.00 42.00 0,00 Libra
B.Brasil ON 19500,00 18600,00 0.65 362.62 Sibra PC 10.000 1.800.00 1.800,00 1.800,00 1.800.00 200.58 Iene 0,5277 0,5886
B Brasil PP 541 400 18.200,00 18903,14 120.00 120.00 120,00 EST 338.46 Si d Inlof mítica PA 1.319.900 35.00 36,26 39.50 37.00 -2,50 123,82
B Nordeste PS 100.000 120.00 1.750.00 1.750.00 1.750,00 -0,09 89,89 230.82 Sid.Guaira PP 20.000 1.100,00 1.100.00 1.100.00 1.100,00 EST 263,49 Indicadores Diários
Bahoma PP E- 3.000 1.750.00 321.00 320,00 4,13 150.66 101.500 350.00 350,00 350.00 350.00 20.69 438,00
Banor| PP 200 000 320,00 320.70
430 000 250,00 254.65 255,00 256,00 ¦0,55 359.63
Simesc PP
Sondotecnica PA E- 30.000 40,00 40.00 40,00 40,00 1,87 568.45 9,65 632.51 Dez 14,40 Fev 37,50 Abr 65,00 Jun 89,00
Banespa OS 296,90 305,00
7.137.000 290.00 299,99 300.00 280,00 0,01 535,12 296.89 Sondo técnica PB E- 1DO.COO 36,00 36,00 36,00 36,00 -4,14 530.26 Seguro Ouro — O Banco do Bra- Ações Jan 27.00 Mar 69,00 Mal 68,00 Jul 89,00
Banespa PP Supergasbras PP 24.139.200 48.50 51,86 54.50 50.00 Dia Há um
Barbara PP 227.400 280,00
23 600 19000.00 21.627.12 22.000,00 22 000,00 13,83 294.61 1.062.300 140,00 140,00 140,00 140,00 -3.80 201.69 sil lançou ontem mais um produto no índices Ontem Cotação do primeiro dia útil de cada mês
Belgo Mineira OP 13.600,00 13.917,30 14.010.00 13600,00 4,01 239,35 TacnoMloPP 4000 851.00 851,00 851.00 851.00 -5.45 143,66 desta vez destinado às empre- ant. mês
Belgo Mineira PP 106.100 185.52 Teka Tecelagem PP mercado, 23.364 14.045 • ' Ouro.;
Belprato PP E- 3.000.000 30,00 31,12 88,00
32.00 32,00 2.44
88,00 1.15 514,68 Telebras PN 30710.000 370.00 379.12 384,00 370.00 -3.28 -3,18
546.96
468,39 sas, especialmente as de pequeno e médio Bovespa 22.907
10.139 10.348 6.309
Beta PA 150000 88,00 120,00 12.07 124.04 Telebras PP 164.570.700 375,00 390,78 406,00 377,00 BVRJ
Bic.Caloi PB 3.250.000 120,00 420.00 124.16 130.00 420.00 228.26 Telerj ON 22.500 400.00 400.17 401.00 401.00 -0,21 666,95
615.47 portes. —Trata-se do seguro ourodestinado
empre- IBA 946.602.25 247.376,32 147.720,72 (Cr$-llngote por gramai) Venda
•V Biobras PA 36000 420,00 482.78 420,00 520.00 470.01 •4.13 1.161.92 Telerj PN 10.000 400,00 400,00 400,00 400.00 2.56 4.43 112.45 sarial um de seguro Taxa Anbid prefixada Compra
Bombril PP 4.760.000 470,00 1350,00 -3,57 264.02 Transbrasil PP 1.784.400 81.00 83.72 85,00 84.00 164,74 plano 970.00 975,00
Bradosco PS E- E- 341200 t.350,00 1350.00 1.350,00 358.15 Triches PP 48.000 2.550.00 2.552,08 2.600.00 2.550,00 0,33 296,74 à cobertura de bens de empresas a efetiva % sobre Banco do Brasil(250grs)
Bradesco Inv. OS 300 1.515,00 1.515.00 1515,00 1.515.00 Trombinl PP 581.000 140,00 144,81 165,00 164,99 Data prazo volume Goldmine(250grs) 975,00 980,00
1.515.00 1.515.00
600 1.515,00 1.515.00 4.700.00 4.510.00 1.42 573.31 0,26 297.67 -4.14 395,82 cargo da BB Corretora de Seguros, com ao ano 972.00 977,00
Bradesco Inv. PS E- 245 600 4.200,00 4.471.75 Uoar Cartwn OP 15 388.900 78,00 79,60 81.00 79.40 12/07 32 360,49 100 0urinvest(250grs)
Brahma OP
Brahma PP 2 234 500 4.350,00 4.554,42 4.600,00 4.600.00 •9.10 2,29 601.09 Llnlpar PA 190 400 123.00 123.53 124.00 123.00 0.79 458,65 350,76 a garantia do Banco do Brasil. Satra(1000grs) 975,00 980,00
Brasperola PA E- 220000 48,00 48,18 50,00 48,00 206.88 UniparPB 100.377.900 136.00 139.79 142,00 137,50 De acordo com o BB, o seguro ouro Bozano Simonsert(1000grs)
3,40
10 000 3,40 3,40 33,00 31.80 •1.18 151,61 3,40 21.43 88,49 107.000.000 1.21 1.24 1.29 1.21 -2.36 508,19 Compra Vanda
Cat.Leopoldina PA E- 42 009 600 30,00 31,94 VaocNPP
Verolme PP 166.100 145.00 154,78 160,00 160.00 6.78 205.52 empresarial permite a cobertura de uma Ontem
66,36 66,48 Fundidoras nafornecedoras e custodiantes cre-
Cbv-ind.Mecanlca PP t.800 000 30,00 30,56 31.00 31.00 -12.06 •0,59
247,85 Vilejack PB 354.060.100 0.59 0.63 0.66 0.62 61,76 extensa variedade de sinistros, entre eles Comercial
84,50 85,50 denciados Bolsa Mercantil e de Futuros.
Celulose Irani OP E- 502.500 66.M 69,59 21,54
73.00 68,00 -0.19 633,38
21.80 21,80 564.16 VotecPP 5.400.000 4.20 4,47 4,80 4,46 2.76 184,71 raio, explosão, desmorona- Paralelo
Cemlg ON 180 793 000 21.50 29,79 30.10 29,00 -1.29 503,63 18.822.000 205,01 212.65 218,00 205,01 -1,50 528,50 incêndio,
Cemig PP 279.715.700 29,00 377.67 389.99 -4.29 203.53 4.81 mento parcial ou total da construção,
Cevai PP 815000 360.00 119.22 389,99 ZM PP 250.000 5.45 5.45 5.45 5.45
Cibran PP E- 972000 101.00 120.00 120,00 10.67 249.89
509,07 tempestade, impactos de veículos, entre Bolsa Mercantil e de Futuros
Cica PP E- 3.000 8.000.00 8.000.00 8000,00 8.000.00 149,79 outros, a custos bastante reduzidos. O
Climax PB 2.610.000 20,00 957.66 20.00 20,00 20.00 278,07 Volumo Qoral volume Part.
Colap PP 61000 951.00 15.00 960.00 966.00 Empresas em Situação Especial contrato é bastante simples e sua vigên- contratos num. de contratos
Conpart PP 4.000 000 15,00 498.00 15,00 15.00 107,18 da negócios negociados (Mil Cr$) i%)
Const Betor {>8 140000 496,00 498,00 498,00 0,00 cia ocorre 24 horas após a assinatura em aberto 42.407 6.508.576 70,18
73 600 34.700,00 34.894.42 35 000,00 34 800.00 335,76 Ouro 125.561 14.46
Copene PA 200 000 44,00 44,00 6300.00 44,00 44.X 246,02 apólice. A cobrança pode ser feita auto- BTN 27.778 4.817 1.340.718
306.713 3.31
Corrêa Ribeiro PP 2 400 5.500,00 5.966.67 750.00 5 500.00 369,71 3,70 3,45 -1,66 151.61 maticamente em conta-corrente. Câmbio 7.256 837 100,00
Cruzeiro Sul PP 11000 700.00 701,36 750,00 129,82 Brumadinho PP ?flnsfi0 000 3.31 3,56 6,58 385,74 1 160.595 56.111 9.274.582
Doc^Pfi 200 000 36,00 36,00 1.300.00 36.00 36,00 388,76 C.Brasília PP 2.399.900 21.00 21.37 22.00 21.00 Total
Dova PP 100 000 1.300,00 1.300,00 1.300.00 Ferragens Haga PP 3.000.000 14,80 14,80 14.80 14.80 EST 92,50 M
Duratex PP

M
W Bolsa de Valores de Sâo Paulo AM. Mh.
jruáom ^ tUL HK Mid. M4x.lteh.0~ QM.
•I
iiv Resumo daa Operações 300,00 295.00
.W Qtd* Vol. «m
J B Duarte ON *ED 'ES 242.500 5,91 5.91 5.91 5.91 Sadia Concor* PN * 22.327.700 I UU JW,W 300,00 tW.WV 295.00
2X145 000 M145.000.X 145 000.00145 OOO.Xrm
OOO.(viX 145o rwi
(mil) CrS (mil) C M A Mlner PP * 38 000 410,00 410,00 410.00 40.000.00 410.00 410,00 J H Santos PP 9.000 500.06 500.06 500,06 500,06 Samitri OP * r, nnn
Cacique PP' *C02 8.000 40.000.00 67.000,00 39.500,01 39.875,00 69.000,00 67.000,00 39.500,0! 105.000 50.00 50,00 50,00 50.00 Santaconstnn PP 2.500100 37.00 37.00 37.00 37.00 37.00
6.007.011 1.464.292 68.067,77 Schlosser PP' *
v Lote Padrão
30.517 117 Caemi Metal PP *
PN
121.000 68.400,00
5000 000 2.50 511.00 2.50 2,58 511.00 2.70 2.70 Karsten PP *C48 1.000 000 1.850.00 1.850,00 1.850,00 1.850,00 16,00
7.000.000 16.00 16,00idj.16.00 16,00 .wO.000,00 Sehbe Part PP 200.000 81.00 81.00 81.00 81.00 81.00 +14.0
35,00 35,00 35.00 -2.7
Concordatârias Caetano Bran 300 511.00 371,00 511.00 511.00 Kepler Weber PP' Sharp PNB' 51 400 35,00 35.00 56.83 58,00 56,99 + 3.6
84.406 10.634 Calfat PP *C02* 1.000 000 371.00 89.00 371.00 371.00 371,00 Klabin PP 'C31 lo.ouuiou.uuu.uu iou.uuu.uu iwi.vw,»™
7.600.00 7.600.00 t Sharp PPA' 253.495 600 55.00 1 900.X 1.993.75 55.00 20X.X
Direitos e Recibos 2.084 Cambuci PP * 5.000 89,00 89.00 89,00 31.00 89.00 La Ponto Par PN' 66 700 7.600,00 7.600.00 7.600.00 100.00 100.00 100,00 -4.7 Sibra PPC' * 320 OX 1900,0000 1 200.00 1.200,00 2.000.X
Mercado a termo 4.000 Cbc Cartucho PP 'C07 6.030.400 30.00 30.00 31.01 31.02 69.00 Lacesa PP'C*14 8000 100.00 100.00 11.000.00 11.000.00 11.000.00 -0.0 Sid Informal ON 000 1 200 1 200,00 1 200.00 34,50
379.190 42.724 Cbv Ind Mec PP*ED 69,84 70,00 Lacta PP 8 700 11.000,00 11.000,00 Sid Informat PPA* 4262X 34,50 34.50 34.50 34,M
Opções de Compra 507 Celul Irani 'OPC62 3.240.800 69.99 60,00 29,50 30,01 30,50 6 800,00 30.00 Lanlf Sehbe PP * 16000 249.99 249.99 2.912,25 249.99 249.99 249.99
2.900,00 Sid.Aconorte PPA' 10 000 2.700,00 2 700.00 2.700,00 2.700.00 2.700.00 +?¦3A 9.0
Fracionário 11 Cemig PP* 239 450.000 30.50 6.800,00 • Light ON 'INT * 20 400 2.950,00 2.900,00 2.950,00 Sid.Guaira PP'*C07 237 300 1.100,00 81 000,00 100.00 1 165,07 1 000.00 200.00 1 200,00
1.520.362 Cesp PN * 400 6.800,00 6 800,00 6.800,00 Lo|as Amerk: PN *C10 1X420 000,X420.000.X420.0X.00420 OM.X420.0X.X + 5.0 14 000 8 000,00 8 714.29 9 9 000.M » 16,8
total Geral 6.505.137 12.530.000 390,00 384,00 386,40 395.00 393.00 1X.0X 28.X 28,X 28.X 28,00 28,X Sid.Palns PP 2 249,95 2 250.X 2 250.OT + 2.2
23.313 Cevai PP *
Cevai PN *C70 40.000 380,00 380,00 380.00 380,00 380.00 -0,0 Lojas Horing PP
Luxma PP "C20 400.000 110,00 110,00 124,99 130,00 120,00 ++ 9.0 Sid.Riogrand PP ** 1X100 2.200.x 2.200.X
1.500,00 1 400.00 1.476,34 1.500.00 11.400,00 /
índice Bovespa Médio Cia Herlng "ED PP 76 000 10999Í99 10.99999 10.999.99 11.000.00 10.999,99 232,03 232,00 + 1.1 4.9 Sid.Riogrand PN 18 600 200.00 -4.0
índice Bovespa Fechamento 22.907 (-1,9%) Cibran PP*C04 32 000 68.00 66.00 92.25 101.00 101,00 / MagnsaNa OP *CO* 1.000 600 221,00 221.00 232,03
176.00 178,46 180,00 180,00 Sifco PP 'INT 600.000 1.240,00 1.200,00
350,00 350,00
1.216,67 1.240.00 350,00
351.15 300,00
índice Bovespa Máximo 23.578 Cica PP 226 100 8 000.00 8.000,00 8.000,00 8.000,00 8.000.00 + 2.5/ Magnesita PPA'* C05
Maio Gaito *PP
38.800.100 178,00
96 000 60,00 60,00 350,00 60,00 60,00 60,00 -7.6 Simesc PP'
Solorrico PP' *
520.000
1000 19.000,00 19 000,00 19.000.00 19000,00 19.000,00 +? 5.5 2.7
Cim Aralu PNA* 100 9 100.00 9.100.00 9.100.00 9.100.00 9.100.00 1.000.000 350,00 350,00 350,00 350,00 00000190.000,00190 000,01 190.000,01190.000,01
muice Bovespa Mínimo..
índice DUVC3HO 22.677 Cim Aratu PNB' 2 000 9 000.00 ' 9000.00 9 000,00 9.000.00 9 000,00 -0.1/ Manah PP *
ON 100 650,00 650.00 650,00 650,00 I Souza
Staroup
Cruz
PP * *
OP 100190
4 0X.OX 120,00 1.500,00 120.X 121.72 128,X 1 500.00 128.00 + 6.6
Das 67 ações do BOVESPA,19 subiram,30 cairam,16 permaneceram Clm Itau ON' VOOO 5.990.00 5.990,00 5.990.00 5.990,00 5.990.00 + 2.3 Manah Manah PN' *C07 2.410.000 310,00 300,00 309,96 310,00 300,00 -3.2
Sudamoris ON 210.000 1 500,00 1 500,00 1.500.00
Cim Itau PN' 500 000 4.300,00 4.300.00 4.389,34 4.400,00 25,00 4.400.00
23,00 + 3,0 Indl PP * 1.750.000 56,00 59,00 59,00 59,00 59,00 -14,2 Suzano PP * 49 600 240 000,00240.000,00 241.350,81 245 000.00 240.000.00
estáveis e duas não foram negociadas. Ciquine Petr PNA* 2SO.000 23.00 23.00 24,57 22,00 +3,7 Mannesmann Mangels 72.480.000 70,00 80,02 66,73 70,00 60,02 10.000 8x.x eoo.x 5.798,14 ex.x aro.x 5.800.00 eoo.x
Ciqulne Petr PNB* 2.966.200 21,00 20.50 21.17 22,00 OP 'uu.uuu «»a, ¦»!»¦
43,00ia/ 40,00 42,31 26X.X 2.8X.X + 5,6 43,00
—¦ — 40,00 -3,6 Tam PP* 16 100 5.500.00 5.500,00 5.800,00 """ + + 10,2 5.4
Clímax PPB* "C01 96065200 20,00 20,00 20.89 871.01 871.00 + 24,4 Marisoi PP * PP * 21,00 21,00 Mannesmann 17.700.000
50 OX 2.BX.M 2.8X.X 2.8X.X -4,0
TebaPP'
Tecei S Jose PP * 24.220.000 75.00 75.X 75,00 ™~ 75,00 75.00
59,00
Cobfasma * PP 120.100 871,01 871.00 671.01 -0.5 Marvln OP * 15 0X 0X 120.X 120.X 120.X 120.01 120.X Tecei S Jose PN * 59,00
274.600 59.00 850.00 900.12 901.00 901,00 59.00 59.00
Oscilações do Mercado Oscilações do Bovespa Cotap PP 7.866.000 970.00 920.00 941,80
I.wvw -0.0 Marvtn PP * 2.100.000 90,00 120,00 90,00 96,05 97,00 120,00 95.00 + 3.2 Teka PP 'C06*C05 762.200 850,00 400.00 400,00 400,00 400,00 -2.4
ColdexPP** 10.000 1.1XXJ.UU i.uou.uu 9.157.61 9250,00 9.200.00 + 22 Marvin ON ** 1.834.600 OUU 120,00 ,cv.w 120,00 120,00 I OP 50 000 400,00
0*c. Fechi Osc. Pech. Confab PP * 337.100 9.000.00 9.000,00
46,00 45,00 430.00 430.00 +12.5 45,00 45,00 + MatecOP * 100 33 450.x 33450,00 33.450,X 3329.5X.X 450.X 33.450.00 + •0,0 0.1 Telebras
Telebras PP ' C 05 440.279.300 405.00 369.00 390.11 405.00 369,00 -8.2
(X) (Crt mil (%) (Crt mil Conforja PP 125 000 45.00 420.00 421.31 2.3 3.1X 29.500.X 29.5X.X 29.5X.X 29.5X.X Telebras ON ' INT 3.000 350.00 350,00 350,00 350,00 350,00 r1«4
•0,5
Const Beter PPA* 458J 420,00 Matec PP 100 9 500,00 9.500,00 9.500,00 9.500.00 9.500,00 -1.0 'INT 1.065.000 400,00 380,00 396,78 400.00 380.00 ..rfy
V ações)
Matorsa Altaa Const Betef*C08 PPB* 730U.U000UU *iv,w 470,00 460,00—467.53 - ¦— 480,00 480,00 ++ 2.1 6.8 Maxion PNA* 2.000 490.X 490.X 490.X 490.00 490,X Telebras PN
' I NT 7.000 370.00 370,00 370,00 370,00 370.00
500 15500.00 15.600.00 15500.00 15.500,00 16.500,00 + 10,0 Mendes Jr PPA* 725.X 725.X 725.X -0.0 •0.6 Telerj ON 850.000 1.190,00 1.190,00 1.195,89 11200,01 11.200.01 3.4 1.200,01 1.200.01 +
Copene pnb 66.6 25 000.00 Olvebra pp 9,3 470,00 Cônsul PP
Continental* PP' 30 000 300.00 1.550.00 300,00 329.90 330.00 330.00 Mendes Jr PPB* 20.000,iUUU 725.X 725.X 1.890,00 1.890,00 1.890,00 -1.3 Telesp PN *'INT
I Bahema pp 44,0 1 800.00 Luxma pp 9.0 120.00 Copas PP 1 100 1 550.00 1.560,00 1.550.00 1 550.00 + 66.6 Merc S Paulo*C07ON '(90 900 1.890,00 1.890,00
5 600140.000,00140.000,00140.071,43141.000,00141.000.00 Tibras ON
PNA*
100 11.200,01 11200,01 11200.01 10000,02 10 000.02
100 10.000.02 10.000,02 10.000,02
36.3 4 500.00 Estrela pp 7,3 132.00 Copene PNB* 100 25000,00 25000,00 26.000,00 25.000.00 25.000,00 -0,8 Mesbla PP 3X.OO 3X,X Tibras 11.000,01 11.000,01 11 000,01 11.000,01 11.000.01
Real Cons on
35.7 3.00 Azevedo pp 5.2 1 000,00 Copene PPA* * 666 400 36 000.00 34.300.00 34.773.67 35.000.00 34.700.00 + 11.2 Met Barbara PP ** 1 697Í5X 299.99
10.5X 2.900.X 2.9X.X
299,99 299,90
2900.X 2.9X.OO 2.9X.X Tibras PNB* 'C37
PP
100
2.420.000 80,00 800.00 80,00 2.938,89
80,20 3 000.00 82,00 82.00
Trutana pp Eluma pp 4.0 2.810,00 Cor Ribeiro PP * 75 000 44.50 44.50 44,50 44.50 44.50 / Met Gerdau PP* 12.00 12.00 12.02 13,00 13.00 + 30.0 Transbrasil * 7 200 3.000,00 2 2.800,00
Fertisul op 33.9 75,00
Malorn Bakaa Cor Ribeiro ON 10 000 40.00 40,00 40,00 40,00 40,00 Met Wlest PN *C43 6 600 000 37.914.89 38.000.X 37.500.X Triches PP 1 1X 20.00 20.X 20.X 150.00 20.00 20,X •0.0
I Maior** Baixas 14,2 60,02 CorbettaPN** OUU UUU
44.800.000 2,95 2,95
-,— 2.95 2,95 + 13,4 Metal Leve *C51 PP 70 5X 38.0X.X 37.5X.X 97,00 96,89 105,00 100.00 + 5.2 Trol ON" * 030 100 145,00 140.X 145.28 145,00 •0.0
Estrela op 30.0 70.00 Mannesmann op 214 700 1.300.00 1.300.00 1.369.89 1.400.00 1.400,00 + 7.6 Metisa PP *C07 2.485000 97,00 Trombini PP 4 25000.00 25 000.00
5.60 Telebras pp 8.2 369,00 Cosigua PP * 8.200 1.000,00 1.000,00 1.048.79 1.100,01 1.100.01 + 10,0 Microlab PP 100 55.M 55,30 213,06 56.X 55.» 56,X + 2,3 Trorion OP' 10.000 25.000,00 25.000,00 25.000.00 25.000.00
J.B. Duarte op 29,0 Varig pp 7,8 23 500,00 Cosigua PN *C06 + 5.2 Minuano PP * "C06 5.160.100 luu 209.99 209.99 215.00 215.00 Trorlon PP' 500 25.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000.00 18000,00 18.000.00
J.B Duarto dir 20.0
15,0 17
0.24
000.00 FNV ppa 7,6 240.00 Cruzeiro *C01
Curt PP *
Sul PP 17.000 5.800.00 5.300.00 5.504.12
75.000 140.00 140,00 140,00 6.000,00140,00 6.000,00
140,00 Moinho Flum OP 'C07 6.200 90.000.00 90.000,00 90.193,55 95.000,00 95.000.00 + 3.2 Trorion ON'* 42 000 18.000,00 18 000.00 18.000.00 18000,00
42.000 18.000,00 18.000,00 18000,00 18.000,00
Embarco pn 6.6 7 000,00 8.000.000 1.20 1.400.00 1.20 1,20 1.20 1.400,00 + 7.6 1,20 + 20,0 Moinho Sant OP *C07 5 000120.000,00120.000,00120.000.00120.000,00120.000,00 Trorlon PN 3,00 3.00 + 35.7
Mannosmann op 14.2 60.02 Tupy pn Czarina "C04 PN 76300 1 400.00 1.400.00 1.400,00 Moinho Sant PP*C03 14.000 60.000.00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000.00 Trufana PP" 1500 000 3,00 3,00 3.00
2.» 230
D H ¦ PP *114 1 149100 1 370.00 1.370.00 1.370.00 1.370.00 1.370.00 -3.7I Montreal OP *C03 100 14 00 14,00 14,00 14,00 14.00 Trufana PN' 10.x0.000 2Í20 2.20 7 200.00 7 000,00
Duratex OP '114 1.360.00 1.250.00 1.343.72 1.400.00 1.300,00 Montreal PP * 1.850.100 17.00 35,00 17.X 17.X 35,00 35,00 17.X 17.X Tupy PN' 620 000 7.200.00 7.000,00 7.032.26 (15,00 X,00
Duratex PP 16419 500 8,00 44.500 35.00 35.00 Ucar Cartwn OP * 4 326. IX 78.00 75,X 79,99 90X.M
¦Mfisppxoe 8.700.000 8.00 450,00 450.00 450.00 450,00 + 12.5 Montreal ON *
Montreal PN 295 300 16,00 16,00 37.25 16,00 16,00 37.00 16.00 -5.1 Uni banco ON' 40IX 9.0X.OO 90X.X 9.000.X 9 0X.00 -OJO.
Mercado á vista Ecil PP *ED 'C06 20 000 450,00
ZUUUU
55300 1 350,00 1.350,00 1.353.82 1.370.00
— 1.350.00 + 2.2 Moto Pecas PPA* 23.813.200 38.00 325,00 37.00 38.00 Unibanco PNA' 24 100 6 500,00 6 500.00 6 500,00 6 500,00 6.500,00 •0.0
.»¦ Economico* PP 185000 1.311.00 11.000.00 1.311.00 1.345.68 11.000.00 1.600.00 1.311.00 + 4.7 Mulbtêxtil PP *C25 19500 325.00 325.00 325.00 325,00 + 3,1 Unibanco PNB* 700 5.000,00 5.000,00 5 000,00 5.000.00 5.000,00
11.50 10,00 -9,0
Edisa PN 700 11000 00 11.000.00 11.000.00 + 4.0 49 6X 2.3X.00 2.3X.X 2.300,X 2.300.X 2.300,00 + -3.7 4.5 Unipar ON' 2 363 600 11.50 10,00 10,09 142.X 138.00 M.O -2.1
El etrobras PNB" 189 5000 13000.00 13.000.00 13.000.00 13.000,00 13.000.00 26,36 27.00 26.X Unipar PPB'C51 89.807.4X 141.00 1 23 1.25 35.X 140.44
* 54,00 53,00 +1,9 Eletrobras *PPB'C06 2.800.00 2.801.22 12,000,00 2.810.00 2.810.00 ++ 4,0 Nakata PP *C05 18 374.0X 26.00 26.X
662 300 37.00 110.00 37.X 37.00 37,00 37.00 VaocNPP* 17.300.600 1.25 1 1.28 1.28 + 1.9
Aoo AAona Pf 5 072 000 54.00 53,00 53.30 88,33 90.00 85.00 -5.5 Eluma PP * 81.500 2.600.01 12.000.00 9.0 Nogam PPB* * Vale R Doce OP '*C07 90 000 26.000.00 26.000,00 26 000,00 26000,00 26.000.00
Acos VIII PP *C52 *C14 128 200 000 90,00 85.00 100,00 Embraco ON * 1000 12 000,00 12.000.00 17.000.00 12.000,00 Nord Brasil PN -C07 230.000 120,00 laMUU 110,43 120.X 110.X
Vale R Doce PP C* 07 6489 600 37.000,00 36.100,00 36.896.75 37.600,00 36.100.00 + -2.1.
Adubos Trevo PP 160.100 100,00 100,00 100.00 100,00 -9,0 Embraco PN * 1500 17.000.00 17.000.X 17.000,00 30.050,00 30.000,00 17.000.00 +7.1 -15,0
Nordofl Mrt OP 50.500 7.5X00 7.500.X 7.764.89 7.8X.06 7.8X.04 + 4.0 Varga Freios PN 350 000 3.000.00 3.000.00 3.000.00 3 000.00 3.000.00 3.4
Agrale PP' *C08 1 200 12.000,00 12 000,00 12.000,00 12.000.00 12.000,00 Embraer PN * 107.900 30.050,00 30.000.00 30.004.65 400,00 400,00 + 5 2 1.500.000 30,00 30.00 30,00 30,00 30.00 + 9.3 Varlg PP *C21 *C06 156.000 25.000.00 23 500,00 24.214.74 25000,00 23.500.00 -7.0
Agrocores PP*ED 102 000 700.00 700,00 704,16 75.000,00 730.00 710.00 + 1.4 Engevix PP * 27 000 400,00 400,00 400,00 1 950.00 1.950.00 + + 2.0 Olvebra PP* 'C42 800 470.00 470.00 470.00 470.00 470.00 + 322 Vidr Smarina OP 34 300113.000.00110.000.00112.205.54113 000,00 110.000.00 + 3.1
Albarus OP * 13.700 75.000,00 75.000.00 75.000.00 75.000,00 + / Ericsson OP 12200 1.950,00 1.950.00 1.950,00 2.6 Orlon PP * 12.000.000 1620 16.00 16.02 1620 16.00 I Vilejack PPB' 2.584 000.000 4.01 0.65
0,654,x ncn0,66 0,69 0.65
Alparflalas PN * 103 200 6.350.00 6.349,99 6.396.94 6.420.00 6.420,00 + 13.3 1.1 Ericsson PP'*C03 5.635.000 1.950.00 1.900.00 1.947.32 1.950.00 1.950.00 -30,0
70.00 Orlon ON * 93.100 2500 25.X 25.X 25.X 25.X I PP * 4.X1.2X 4,01 9.8X.X 9800.X 4,10 1.800,00 4,10 + 2.2
Amadeo Rossi PP"COo 135.200 16,00 16,00 16,26 17.00 17.00 + 3.7 Estrela OP *CC3 78.000 100,00 70,00 128.60 99.23 100.00 132.00 + 7.3 Orlon PN * 21.800 11.00 11.X 11.00 11.00 ".00 +
Votec 557.4X 98X.OO 9800.X + 3.1
America Sul PP * 40 223 500 6.50 6.40 5.46 6.50 5.50 4.6 Eaí'«ia PP * .K)IO itAJ
111.078.700 l4iifc
121,00 121.00 1 132.00 60.000 3.2X00 3.2X.X 3 2X.X 3200,00 3 200.00 0,1 WagPW* 100 000 35,50 210,00 35.50 35.50 35.50 210,00 + -3.2 35,50 4,4
America Sul ON * 131.795 000 8.50 8.50 8,80 9.01 9.00 ++13,1 Eternlt ON " 282.500 3.000,00 3.000,00 3.000.00 3.000.00
3.000.00 32.00 + 6,6 Omiex PP 2.625.9X 740.X 740.X 750.19 850,00 850,X + 14,8 Wetzel Met PP' * 216.00 215.49 217.00
499.863 700 4.00 3,90 4.06 4,40 4.30 + 2.3 1.450.000 32.00 32.00 32.00 32.00 Oxiteno PNA* *tM •1.0 Whlt Martin» OP 48.035.000 130,00 /
Amorica Sul PN 4 200 8.504.01 8.504.01 6697.34 6.700.00 8.700.00 rriuin 12.852.800 260,00 240.X 249.82 255.00 240.00 -7,6 Papel Mmae PP *C12 5971 700 3.000.00 2.900,00 2.915.62 3.000,00 2.900.00 + 1.9
6,22 ZanMOP* *C48 357.6X 130.00 130,00 130.00 130,00
4,50 4.75 5,00 4,80 -2.0
Ahtarc Plaul PNA** 100 170 000.00170.000.00170 000,00170.000,00170 000.00 -5.5 FNVPPA'CO0 *C06 38 400 80.00 80,00 80.00 80,00 80.00 / Para Demlnas *PP 2.900 000 6.10 6.10 170,00 6,14 6,25 170.00 + 3,0 Zivi PP 15.2x.0x s.ro
Antarct Nord PN Fab C Renaux PP 32.00 32.00 470.00 32.00 + 3.2 Paraibuna PP * 2.501.000 170,00 170.00 170.00
Antarctic Pb *C09
PNA* 19 800 8.999,99 8 999.99 8 999.99 8.999.99 8.999,99
600 000 600.00 eoo.oo 600.ro eoo.oo eoo.oo Fator PP "C03 *000 100 32.00 32.00 494.20
5 000 530,00 470.00 1.410.10 1.440,X 530.00 / Paraibuna PN 900.000 150,00 150.00 150,00 850.00 150,00 150,00 +-11.4 2.0
Aquatec PP -3,6 Fech Brasil PP* 1.030.0X 1.440.00 12.000.00 1.399,98 1399,98 ¦0.7 Paranapanema OP'* 84 000 «wwu 850,00 850.00 850.00 850.00 -3.0
AVacruz PPB* * 36 200 185 000.00183.000.00184.345.30185.000.00183.000,00 I Ferbasa PP 13.428.57 14.000.00 14.000.00 / Paranapanema "C07 PP 218.143.800 1.040,00 1.025.00 1.063,64 1.090,00 1.032.00 -1.4
Arttiur Lange OP * 59.400 9.00 9.00 9,00 9.00 9,00 Ferro Bras PP' * 700 12.000,00 152,01 150.X -1.3 Paul F Luz"C04 OP 4.869.000 720,00 660.00 5.000.00 716,55 720,00 700,00 Concordatârias
Arthur Lange* PP 50.100 8,60 8,60 8.60 8,60 8.60
450,00 Ferro Ligas PP* 7.159 800 151.00 145.X 150.X 5,00 5.00 75.00 5,00 Peixe PP 300 5.000,00 5.000.00 85,00 5.000.00 5.000.00 Psch. Oac.
Avipal OP * 785 500 450,00 450,00 450,00 450,00 Fertibras PP'C02 4.000000 5,00 5.00 75,00 + 33,9 Per Columbia* PP * 3 000 85,00 85.00 27.10 85,00 85.00 + 0.3
Azevedo PP * 42.200 1 000,00 1 000,00 1.000,00 1000.00 1.000,00 + 5.2 Fertisul OP 'C02 100 75,00 75.00 52.50 75.00 52.50 52,50 + 5.0 Pérsico PP *C57 zuuuuuu
2.000 000 27.10 27.10 27.10 27.10
Batomi PP * 10000 1.800,00 1.800.00 1.800,00 1.800.00 1.800.00 1-44,0 Fertisul PP 396 900 48.00 48,00 110,00 1 642 900190.0X,001X.0X.X 193 025.23195.000.00190.0X.03 -12 100,00 100,00 100.00 -9.0
Bamerlnd Br ON * 82 300 1 270.00 1.270.00 1.270,00 1.270.00 1.270,00 ++ 4.5 Fertza PP' 705UO.^400 HAJ 112,99 I lí,=" 110.00• í u . WW 111.70 113,00
5.051.00 5rnr.nn051-®> Petrobras PP *
Petrobras ON*C02 30.000106.000.00108.000,00108.000,00106 000,00108.000.00 1.0 AmelcoPP* * 50.000 100,00 100.00 3,40 3,58 3,70 3.40 + -8.1
Bamerind Seg ON * 22 300 1.865,00 1865.00 1 865,00 1.865.00 1.865,00 2.4 Finobrasa PPA*ES 10.000 5.051,00 5.051.00 5.051,00 40 000 4.650,00 4.650.00 4.650,00 4.650,00 4.650.00 .++ 2.0 Brumadinho PP 30.313500 3,60 22.00 2.3/
Bamerind Sog PN *C06 9 500 1 860,00 1860.00 1.860.00 4.000.00 1860,00 1 860,00 + 3,0 Forja Taurus PP' * 2.370.000 IDOU 115.00 110.00 116,21 120.X 115.X Petropar PP 'C02 2.498,X 2.500.01 2.5X.01 Cal Brasília PP * 100.100 21.50 21,50 22,00 22.00 15.00 15.00
PP
Bandeirantes *C60 100 4.000,00 4 000.00 4 000,00 4 000,00 Francês Bras ON 6X 280.000.00 270.000.X 278.333.33 3X.0OO.X3OO.OX.X + +6.0 11.1 Petroquisa PP* 2580X 2.450.X
5.70
2.450,00
5.30 5.44 5.70 5.30 -11.8 Cecasa PPA* 24000 15,00 15,00 15.00
9,70 9.70 9,70
Benespa PP * 33.299.700 305,00 295,00 303,69 310,00 295,00 -3.2 Frangosul PP ** 4800 700,00 700,00 700.00 700.00 700.00 Pettenati PP'C93 15100 000 2.200.00 2.150.X -22 Jaragua Fabr PP' 100 9.70 9,70
Banespa ON * 1.864.200 270.00 270.00 270.00 270.00 ++ 3.8 Frigobras PN * 1 000 000 220.00 220,00 220,00 220,00 220,00 + Pirelli OP *C93 1 177 5X 2.150.X 2.150.X 2.172.M 1.737.85 1.736.00 1.738.X -3.4 Qulmlslnos PPB* 30.000 55,00 55.00 55,00 55,00 55,00
Banespa PN *C10 12.200 250.01 250.01 7.000,00 250.01 250.01 250.01 3.3 Fundirossi PP 4 900 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 20,0 Pirelli PP 308 9X 1.738.00 1.7X.X 1.962.92 2 000.00
Baptista Sll PP 6000 7.000,00 7.000.00 7.000.00 7.000,00 398.000 16,00 16,00 599,96 16,00 16,00 600,00 16,00 Pirelli Pneu OP ''CC0303 124 200 2 0X00 1.850.00 1.899.25 2.0X.00
1899.99 1 680.X 1.9X.OO 1.900.X
Belgo Mineir OP'* 975.400 20.000,00 19.500,00 14.141,80 20000.00 20.000,00 Gradiente PP ** 207.000 599,50 509.50 600,00 ¦ 0,0 Pirelli Pneu PP* '
14271X 5.3X.M 5.1X.X ++ 2.0
Bolgo Mineir* PP 540 900 14.000,00 14.000,00 14.500.01 14.150,00 + -9.0 1.0 Gradiente ON 600 400,00 4X.X 4X.X 400,00 400,00 Polialden PP 13000 5 3X.X 5.1X.X 5.146.15 3.250,00 3.250.X -3.7 4,8 Termo 30 Dias
Bomge ON * 62 500 10.00 10,00 10,00 10.00 10,00 Granoleo PP" * UU 500,00
12lií.U000 OUU.IAJ WW.uu 5X00 ww.v- 500.00 500,00 3.100,00 500,00 Polipropilen PNA* 10.0X 3.250.X 3.250.X 3.250.X 2.600,00 2.600,00 2.600.00 + 12.5
Bomge PN * 1.411400 10.01 10,00 20,00 10,00 10.01 10,00 / Gurgel Motor PP*C46 18000 3.300,00 3.100,00 3.233,33 3.300.00 Polipropilen PPA* 25 000 2.600,00 2.600,00 ftUuu Pech. Ooc.
Benzene* PP 100 20,00 20,00 20,00 20,00 -5.2 Harcutaa PP 7.000 000 6,00 130,00 6.00 6,00 6,00 6,00 Progresso PN* 'INT 200 000 9,00 9.00 9,00 9.00 9.00
260,90 265,00 255,00 + 28,5 -5.5 *
Beac PNA* 200.000 90,00 90.00 90,00 90,00 90,00 ¦0,2 IguMU Ca#a PPA* 3 407.500 140,00 150.00 139,92 140.X 13000 Prometal PP 3341 000 260.00 250.00 140.00 140,12 180,00 180,00 -4.7
1627.500 93,00 125,00 90,00 91.97 93,00 125,00 90.ro -3.8 600000 150,00 92,00 150,00 150,00 150.00 + 1.0 3.009 000 140,00 200.00 3.390.0X 3.390 0X 3.390 OX 0.0
Beta PPA'
1866 000 125,00 470,00 487.77 125,00 125,00 Iguaçu Cale PPB' 300 000 92.00 35,00 92,00 92.X 92.X 10000
IU-UUU 200.00 200,00
•— 200,00 200,00 Arno PP 'C04'C06 100 3 ' 30OOX 3.390.0X
4.0X.0X 440.70 435,05 436.46 440.70 435,05 0.0
Blc Caloi PPB*
Bombril PP ** 22.994.900 461,00 461.00 461,00 461.00 461,00 -5.8
500,00 500,00 470,00 Inbrac PP' *
Ind Vlllares PN 4.940.600 35,00 400.00 36,80 37.50 37.00 +5.7 RealON** 12X 3 800.X 3.8X.X 3.800,X 3.8X.OO 3.8M.X + 5.5 Telebras PP
Bombril PN *ED 100 Inds Romi PN' 150 000 400,00 w.ju 400.00 4X.X 4X00 -0,0 Real PN «500 4.000,00 4 000,00 4.000.00 4.000,00 4.000.00 + 36.3
50.600 1.300,00 1.300,00 11.300.00 1.300.00 1.300,00 1.217 000 UUU ra.au 59,50 59,50 12.000,00 59.79
- 12.000,0159,99 59,99 Real Cons ON * 200 4 500.X 4.5X.X 4.500.X 4.5X.OO 4.5X.X
Bradosco ON *ED
Bradesco PN *ED 3.305.100 1 380,00 1.350.00 350.30 1380,00 1.350.00 +-2.1 Inepar PP" *
lochpe ON * 300 12.000.01 12.000.00 12.000,00 / Real Cons PNF' * 2000 7 999.99 7.996.99 8.0X.00 8.0X.X 8.0X.X + 14.2/
1.500 1515,01 1.515.01 41.515.01 1.515.01 1.515.01 0.2 4 500 23.501,00 23 501.00 23.944,56 24.000,00 24.000.00 •0.0 + 3.8 Real De Inv ON * 200 8 000.01 8.0X.01 8.0X.01 8.0X.01 8.0X.01 9.5 Opções de compra
Bradesco Inv*C10
PN 4350.00 4.350,00 + lochpe PN 'C06 2 623 800 550 00 549,99 135.0X.X 135 000.X 135.0X.X 550,00 550.00 549,99 Real De Inv PN 800 8 0X.ro 8000.00 8 0X.X 8.0X.X 8.0X.00 ++28,9
Brahma OP "CIO
Brahma PP*C65 10
10.000 4 350.00 4350.00 4 350,00
178 800 4.500.00 4.500.00 576.64 4699.96 4.500.00 -2.622 Ipiranga Pet PP
Itacotomy*P PNA' 100135 000.00135.0X.X 1 650,00 1.650,00 1.650,00 Real Part ON' 500 4 000.01 4.000,01 4.000.01 4.000,01 4.000,01 + 142 Tttuk) Vano. P.lurc. Qtd*. Abs. Min. u. Mad. UIL Oie.
; .V 500.00 19018.58 19300.00 18.500.00
1.571.400 19.000,00 1814.000.00 100 1 650,00 1 650,00 I Real Part PNA' IOOO 4 0XX 4.0X.X 4.0X.X 4.OX.OO 40X.X
~I Brasil PP *
Brasil ON * 46 900 14.000,00 14 000.00 14 000,00 14.000.00 -5.8 Itap PP
Itaubanco ON'* 300 300 3 000,00 33.000,00 000,00 3 000,00 3.000,00 3 000.00 + 20.0 Real Part PNB' VOX 4000 4.0X.X 4.0X.X 4.M0.X 40X.X + 142 PET PP Ago 220 00 20.0002.000,00 2 000.00 2 000.00 2 000.00 2 000,00
235.M 235.X 2J5.X 235X
Brasinca PP *C08 20.900 8000,00 8 000,00 8000,00 87 000.00 8 000.00 Itaubanco PN* 3.000,00
4 021900 3.000.00 23.000,00 23 000.00 23 000,00 23 0CO.OO + 2.2 3.000.00 3.000,00 Rofrípar PP'* 12 030 000 115,00 115,X 117,54 120.00 115.X PMAPP Ago 10X 2OWOOO 235.x 1 00.00 90.00 125,00 108.41 110.00
142 000 7500,00 7 100,00 247,89 500.00 7.100,00 + -5.3 2 800 23 000.00 193X.X 19.491,33 195X.01 19.5X.M + 2.6 Rheem PP 71 600 3 500.X 3.5X.X 3500.X 3.500,00 3.5X.X -1.6 PMAPP Ago 1 200 00 89 390 000 81,94 75.00
Braamotor PP * 8000.00 8 000,00 3.8 Itausa ON * 1153X 1930000 Rio Guahyba*C28PP' 58 600 41.30 41.30 41.30 41,30 41.30 -1.4 TEL PP Ago 370 81.500 OX 90.X 75.X 110.00
Bfasmotor PN 19000 8.000.00 8.000ÜO 000.00 47.50 47.50 Itausa PN * 486.75 515.00 """ 515.00 """" + 7.2 Ripasa PP 00 goo 34.000.X 33.000.00 33.976.51 34.0X,00 34.0X.X TEL PP Ago 450 00 5 000 000 20.00 20.00 20,00 20,00 20.00
Brasperola PPA*'CC2 600 000 47,50 405.00 47,50 47.50 405,00 405.00 Itautec PN 4964 500 47999 470.X 5,60 5,89 5.97 5.60 •29,0 Saòe PP *C20 * 2X 000 85.X 85.X 85,X 85,00 65.X VAL PP Ago 44 OX 1.2B00X3 OX.X2.5X.W3 5X 00 2 894.X5 327.X
Btinq Mimo PP 45000 406,00 405,00 J B Duarto OP'ES13 60 000 000 597
".r C Fcfartni 09** * 3000 3712.00 712,00 3712.00 3712.00 3.712.00
4.500.00 4.500,00 J B Duarte PP 399.500.000 3,40 3,00 3.11 3,40 320 -3.0 Sadia Concor ON 500 000 554.X 564.X 554.X 554.00 554.X
C Fabflnt PP 30 000 4.500 00 500.00 4.500.00

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JORNAL DO BRASIL
Tesouro regulamenta
BRASÍLIA — A primeira emissão dos dos
rprti(1rarfn<! de
Certificados Ae Privatização (CPs),
(CPsl. que
aue
ocorrerá na próxima segunda-feira, foi regu-
lamentada ontem pelo Departamento do Te-
souro Nacional. Os CPs destinam-se a facili-
tar o processo de desestatização na
economia, ao mesmo tempo em que, pelo
seu caráter compulsório, serão um instru-
mento de política monetária para o governo.
De acordo com as normas divulgadas, para
adquirir o valor fixado para a primeira das
12 parcelas em que se divide o pagamento
dos certificados, as instituições financeiras
poderão autorizar o Banco Central a debitar
o seu valor diretamente na conta das suas
reservas depositadas. O mesmo procedimen-
to poderá ser repetido ao longo do ano nas
11 aquisições obrigatórias subseqüentes. A
previsão é que se arrecade US$ 5 bilhões
com o total dos certificados; o lote desta
segunda-feira representa cerca de US$ 416
milhões.
Esta sistemática, segundo explicou Wag-
ner Resende de Oliveira, coordenador admi-
nistrativo da Dívida Pública do Tesouro,
Voltam mercados
futuros de opção
e de índices
sAo PAULO — Depois de suspensos
há quase um ano voltaram a se negocia-
dos ontem os mercados futuros de índice e
opções de ações, apontados como os
grandes facilitadores do Caso Nahas, es-
cândalo que abalou as bolsas de valores
do Rio e de São Paulo em junho do ano
passado. Os mercados voltam a funcionar
com condições contratuais praticamente
idênticas as anteriores, pois a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), que exa-
minou o sistema em busca das falhas que
Nahas, determinou
permitiram o Caso"Vasculharam
o mer-
poucas mudanças.
cado e não acharam nada relevante", co-
memorava ontem o presidente da Bolsa
Mercantil e de Futuros (BM&F), Luís
Masagão Ribeiro.
A boa aceitação dos dois mercados foi
surpreendente. Masagão, em entrevista às
llh, dizia que a expectativa da bolsa era
que o futuro de índice Bovespa atingisse
entre cinco e dez mil contratos ainda em
outubro desse ano. Só que a BM&F fe-
chou apenas ontem 8.060 contratos, o que
mostra que os negócios renasceram ontem
com mais força do que esperava Masagão.
O mesmo se pode dizer das negocia-
ções de opções de ações na Bovespa.
Cláudio Tavares, operador de bolsa da
Corretora Dhoria & Atherino, dizia on-
tem que o volume tinha surpreendido a
todos, que não esperavam uma volta tão
vigorosa desses mercados. No total, a Bo-
vespa negociou nas opções CrS 42,7 mi-
lhões, em um total de 559 operações e Cr$
379 milhões em títulos.
Fernando Carramaschi, vice-presiden-
te da Bovespa, disse que as regras altera-
das nos contratos vão dar mais segurança
"Agora as instituições
aos investidores.
precisam dizer para as corretoras quem
são os seus clientes", informou ele, garan-
tíndo que essa regra vai dar mais seguran-
ça a quem opera nesses mercados.
Mudaram também os limites de con-
contração para cada investidor. Agora,
cada participante não pode ter mais do
que 1% de cada série e 3% das opções de
uma determinada ação. No total, cada
investidor não pode ficar com mais do que
20% de todo o mercado. Essas foram
regras baixadas pela CVM, mas desde que
o mercado descobriu os laranjas (pessoas
que operam em nome de outra pessoa)
esse tipo de exigência perdeu um pouco
sua eficiência.
Mercado externo
Bolsa — As ações tiveram alta ontem na
Bolsa de Londres, com a repercussão da boa
abertura em Wall Street, que acabou termi-
nando o dia com um novo recorde no índice
Dow Jones, de 2.980,20 pontos. O índice lon-
drino Financial Times de 100 ações teve valo-
rizaçâo de 11,7 pontos (0,5%), fechando a
2.382,2. Em Frankfurt, também houve valori-
zação, de 15,11 pontos (0,8%), no índice Dax
de 30 ações, que fechou a 1.931,33. Paris e
Zurique também tiveram altas, de 23,16 pon-
tos (fechando a 1.998,34) e de 3,8 (1.231 pon-
tos). A Bolsa de Tóquio registrou ligeira valo-
rização, de 69,05, com o índice Nikkei
fechando a 32.644,37.
Dólar — O dólar teve ontem em Tóquio
queda expressiva, que o situou no menor nível
D0VIDAS I
«E
A iSH
•J^^COUEGMCURSO .
*C*TAMANI1AR£
m .
Marinha - Exercito - Aeronautica
também poderá ser utilizada pelas institui-
institui-
còes financeiras sem reserva bancaria (corre-
(corre-
ções
toras e distribuidoras) assim como todas as
demais entidades obrigadas a^ comprar os
CPs, desde que celebrem convênio com um
da seguinte
banco. Este acordo funcionaria
maneira: a corretora ou a entidade de previ-
dência privada depositariam no banco o va-
lor corresponde ao total da aquisição devida. serão mais obrigados a adquirir os CPs as instituções nas quais a
Este banco, por sua vez, autorizaria ao Ban-
co Central a debitar de sua conta também o
total da parcela da instituição com a qual
tem convênio.
A outra forma de aquisição prevista pelo
comunicado poderá ser feita com um cheque
administrativo. A instituição ou entidade se
dirigem ao Departamento de Administração
Financeira do Banco Central, em qualquer
uma de suas 10 representações regionais em
todo o país para efetuar o pagamento. Como
recibo, o BC fornecerá um comprovante no
mesmo valor da parcela paga, ou seja, quem
adquirir Cr$ 100 milhões nesta primeira par-
cela terá o mesmo valor em CPs para adqui-
rir as ações das empresas a serem privatiza-
das em leilões.
Bolsas
fecham
com baixa de 2%
no Rio e em SP
O primeiro dia do mercado de opções
ficou dentro da expectativa dos especialistas
de bolsa. Foram fechados poucos negócios,
comparado com o total: no Rio, o volume
financeiro foi de Cr$ 577 milhões, dos quais
apenas Cr$ 55,4 milhões no mercado de op-
ções, ou seja, um pouco menos do que 10%.
Foram abertas opções apenas de Vale do Rio
Doce e Telebrás. O IBV fechou com ligeira
queda de 2% e o índice Bovespa, baixou
1.96%. Na semana, o mercado paulista subiu
12,85% e a Bolsa do Rio, 12,19%.
O principal motivo apontado para o fraco
volume do mercado de opções (onde se nego-
cia direitos futuros sobre ações e não títulos) é
a ausência de grandes especuladores. Isto é
bom para a bolsa funcionar sem manipula-
ções, mas, de outro, tirou os principais parcei-
ros deste tipo de negócio. Agora, quem está
operando são especialmente administradores
de carteiras.
Administradores —
"Vendendo a sé-
rie C da Vale do Rio Doce, por exemplo, de
CrS 40, estamos obtendo uma taxa de cerca de
23%", conta Gilberto Zalfa, diretor da corre-
tora Prosper, um dos maiores especialista nes-
te mercado. As fundações e fundos de pensão,
que também costumavam operar bastante
com este tipo de negócio, estão sumidas por
conta da obrigatoriedade da compra dos Cer-
tificados de Privatização, os CPs.
Como estes investidores institucionais ain-
da não sabem quanto terão que destinar para
a compra destes títulos, qualquer operação
agora está sendo estudada com todo cuidado.
Quem acompanha a bolsa de perto tem perce-
bido que a tendência é realmente
"Alguns
de alta, mas
continua bem seletiva. papéis estão
cotados a cerca de 10% do valor patrimonial.
Mas é preciso saber as perspectivas de cada
empresa", ensina Gil Deschatre, diretor da
Deschatre & Almeida Associados.
Ele levantou o comportamento do índice
Bovespa, defiacionando pelo dólar comercial,
nos últimos seis meses. E chegou a conclusão
de que os preços de hoje ainda estão bem
distantes dos que eram vistos em janeiro. A
média do índice Bovespa naquele mês ficou
em torno de 45 mil pontos, em abril caiu para
13,2 mil e agora em julho está por volta de 22
mil. Ontem, praticamente todas as ações de
grande liquidez fecharam em queda ou prati-
camente estáveis. Telebrás preferencial ao
portador, por exemplo, cedeu 3,19%, cotada
a CrS 377 o lote de mil.
O vice-prcsidente executivo da Internatio-
? nal Finanee Corporation (1FC), institui-
ção do Banco Mundial que cuida da parte de
investimentos no setor privado, estará visitando
a Bolsa de Valores do Rio na segunda-feira, dia
16, às llh. Ele visitará o pregão e os novos
serviços automatizados da BVRJ.
em quatro meses. A cotação foi de 147,42
ienes, com baixa em relação à véspera de 1,48.
A desvalorização foi atribuída à posição do
banco central americano (FED) de reduzir os
juros. O mesmo motivo levou o dólar a ceder
nos mercados europeus. Foi cotado a 1,6430
marco alemão (1,6525), 1,3935 franco suíço
(1,4020) e teve queda em relação à libra, que
comprou US$ 1,8055, contra US$ 1,7995 da
véspera.
Ouro — O ouro subiu ontem nos merca-
dos internacionais. A onça-troy foi cotada em
Londres a USS 364,50, com alta*de USS 4,93
em relação à cotação anterior. Em Zurique a
valorização foi de USS 12, com fechamento a
USS 363,50, e em Hong-Kong, de USS 5,60,
fechando a USS 359,05.
V"
Economia sábado, 14/7/90 ? Io caderno ? 15
emissão de CPs na segunda-feira
'
Rp&ra *ra TifirCL (Iduisicão
aquisiçaoWÊÊÊ&ÈBHttSÊMKÊÈL^±. WÈÊÈÊBÊÊ£ÊÊBÊÊÊK!Ê!*%^
O para 1 _ : â?mÊÊÊÊ^9ÊSw V>j
está mais flexível
BRASÍLIA — Os pequenos bancos comerciais oficiais estão
excluídos da obrigatoriedade de adquirir certificados de privatiza-
ção. Ontem, o Banco Central, através da resolução 1.730, flexibi- m
lizou as regras para a aquisição desses certificados. Agora, não
União, os estados ou os municípios participarem com um mínimo
de 95% do capital social. Entre essas instituições estão o Banco de
Brasília (BRB), o Credireal e os bancos estaduais do Maranhão,
Ceará, Goiás e outros.
A flexibilização feita pelo BC beneficiou também as entidades
fechadas e abertas de previdência privada, as seguradoras e as
sociedades de capitalização. De acordo com o chefe-adjunto do
Departamento de Normas de Mercado de Capitais, Sérgio Darcy,
foram estendidas para essas entidades as mesmas prerrogativas
oferecidas antes às instituições financeiras: se não houver ofereci-
mento de ações no prazo de 120 dias após o pagamento de cada 1
parcela, será interrompida a aquisição de novos certificados.
Para as seguradoras, sociedades de capitalização e entidades I
abertas de previdência privada, a obrigatoriedade de adquirir
certificados de privatização, em montante equivalente a 10% de m
suas reservas bancárias, diz respeito somente aos recursos de suas I
reservas técnicas não comprometidas, existentes em 31 de dezem- .
bro do ano passado. ,:ç ia
§
A.
|—| Pela primeira vez na história, o quinta-feira, o Dow Jones, que mede os mm
Governo não mudará — índice Dow Jones, da Bolsa de Va- 30 principais títulos industriais, batera
lores de Nova Iorque, ultrapassou on- seu recorde anterior, de 15 de junho I
este mês regras tem os três mil pontos, ainda que por numa I
para (2.935,89), fechando a 2.969,80, "Este
menos de 30 minutos, encerrando a ses- valorização de 37,13 pontos.
reajuste de aluguel são com um novo recorde de fechamen- acontecimento vai trazer muita gente
Brasília — O governo não lará qualquer modifi- to, de 2.980,20pontos, com valorização
para o mercado. E realmente positivo",
cação nas regras de reajuste dos aluguéis este mês. Esta de 10,40. O motivo da alta foi a declara-
disse Dale Tills, gerente da corretora
é a tendência entre os técnicos que cuidam do assunto ção na quinta-feira de Alan Greenspan,
no Ministério da Economia. Por este entendimento se Charles Schwab. Ontem, as ações em
mantêm, portanto, inalterados os percentuais de ajus- presidente do FED (banco central ame- alta (928) superaram as que estiveram
ricano), de que o governo esta va dispôs-
tes para os contratos que vencem em agosto. Os que em baixa (613), com 473 títulos manten-
to a reduzir as taxas de juros para con-
têm claúsula semestral serão reajustados em 144,1 % — do-se estáveis, num volume total de ne-
correspondente a variação do BTN nos meses de feve- ter a restrição ao crédito dos bancos
reiro e março, acrescida da correção monetária zero privados. Ontem, o FED de fato atuou, gócios de 215 milhões de ações. A alta
fixada para o meses de abril a julho. Os contratos com injetando dinheiro no sistema bancário, na semana foi de 75,25pontos. Na foto,
correção quadrimestral, que mede a variação de abril a e com isso baixando os juros interban- a comemoração dos corretores da Bolsa
julho, não terão aumento porque o índice definido cários de 8,25% para 8%. Na própria Mercantil de Chicago.
para estes meses é igual a zero.
Para chegar a estes percentuais basta seguir o que >..
diz a Lei 8.030/90 em combinação com a Portaria 229, ,Vi
editada há dois meses. No artigo sétimo desta Lei está
1
dito que os reajustes dos aluguéis devem ser iguais ao
índice prefixado para a meta de inflação estimada pelo
governo. E a Portaria da ministra da Economia, Zélia
Cardoso de Mello, fixou a meta de inflação em zero
por tempo indeterminado.
As novas normas para os contratos de aluguéis já
sofreram diversas adaptações. Os técnicos do Ministé-
rio da Economia reconhecem que é difícil fixar uma
regra geral para os reajustes dos aluguéis, por se tratar mm
de um universo onde existem contratos atualizados ou
EM OFERTA SOB MEDIDA i ¦
defasados. Está se formando um consenso no sentido
de ser permitido que os acordos novos tenham cláusula
de reajuste livremente pactuada entre proprietários e
inquilinos. E, para estes, só valeriam as correções IJUltitlUkJ
semestrais. Os contratos antigos ficariam inalterados,
porque qualquer modificação não pode ser imposta I
¦*>*£
pelo governo, dependendo de modificação na legisla- $
ção em vigor. $
Alternativas — No momento, duas alternativas
estão sendo consideradas no Ministério da Economia. I
A primeira prevê que as novas regras, adotadas através
de medida provisória, passem a vigorar para os reajus-
tes que vencem em setembro. Nesta hipótese, ainda :(¦ '
seria considerada uma inflação pré-plano, ou seja, a
variação do BTN de 41,28%, porque para os outros
meses continua valendo o índice zero. Alguns técnicos,
de outro lado, ponderam que as novas regras deveriam Adonispromove venda de ternos
ser praticadas somente a partir dos contratos que
vencem em outubro, porque não se teria mais resíduos
inflacionários pré-plano para serem repassados aos
aluguéis. com preços sob medida para vo-
Até lá, mesmo para os reajustes semestrais, o índice K
de correção será igual a zero, seguindo-se a orientação
M ¦
da Lei 8.030 e da Portaria 299. No caso dos contratos
que ainda sustentam cláusulas de reajuste anual, o cê. Verdadeiras obras-primas em
efeito sob a inflação persistirá por alguns meses. Os
4
técnicos não estão preocupados com estes casos, por-
que, como argumentam, são em número insignificante.
modelagem e acabamento que só
8
SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOEIA /•• •
f.
AOS OFTALMOLOGISTAS .'• V
a confecção própria pode oferecer.
II
E A POPULAÇÃO íf*•
Em Assembléia realizada no aia 10 de julho Vf
de 1 990, na sede da SBO. ficou decidido por ü ¦
unanimidade, que todos os oftalmologistas
-pedirão descredenciamento dos convênios,
Aceitamos todos jli;
que não pagando a tabela de honorários ml- \
nimos da AMB e à quisa de retaliação, des-
credenciaram colegas que seguindo as dire- r>'r y os cartões de crê-
trizes da Associação Médica Brasileira, estão
cobrando seus honorários diretamente ao dito. E, principal-
cliente. {.'ri '
Rio de Janeiro. 11 de julho de 1990 ¦ m: Íií:
mente, o melhor
p/Dr. Oswaldo Moura Brasil
PRESIDENTE
cartão: o ADONIS CARD,
que você abre na hora e tem até 40 dias para
começar a pagar.
mm
CAMISA E GRAVATA GRÁTIS
T/mioAfíé.
I,
Nenhum outro intensivo prepara você pa-
ra Marinha, Exército e Aeronáutica como o
Tamandaré. São 1500 exercícios de concur-
sos anteriores. ___
Wdo: ȟeagosw
AExSllS
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Méien Rua Oldegard Sapucaia, 9. Tel.: 594-8197 NITERÓI
Madurelra: Praça Armando Cruz, 120 SL.
(Shopping Tem-Tudo). Tel.: 450-1084
 JORNAL DO BRASIL
" nlCadem0 DSa
7
7V \
PRAItLbIKA í.
Tasso Marcolo

Móveis a Promoções
IMPORTADOS j
têm
ponta
de estoque
Pontas de estoque não são privilé-
gio do comércio de roupas. A prova
está na Finish, que oferece no segundo
andar de sua loja, no Casa Shopping,
mesas, camas, poltronas e cadeiras, em
perfeito estado, a preços atraentes.
"Abrimos a
ponta de estoque, há dois
meses, com mercadorias únicas, desça-
sadas ou que saíram de linha", explica
Cintia Vainer, sócia de Denise Palmier
na loja, inaugurada há dois anos.
Entre as peças, há cadeiras pretas,
no estilo Mackintosh, a Cr$.8.900. Pa-
ra quem é adepto da decoração mais
clássica, uma boa opção são as cadei-
ras em mogno no estilo inglês a CrS
13.900 — as laqueadas saem pelo mes-
•#X- j« || mo preço. As mesas laterais, em mog-
no, mármore e cristal, estão por CrS
12.900, enquanto as mesas de centro —
nos mesmos materiais — custam CrS
19.900. As poltronas forradas de jac-
quard, também a CrS 19.900, podem
fazer o conjunto.
Finish vende móveis baratos em sua ponta de estoque
Outra vantagem da ponta de esto-
que: o cliente pode parcelar as compras
acima de CrS 40.000 em duas vezes sem
"Essa semana, vendemos uma
juros.
cama de casal, em mármore e resina de
poliéster, por CrS 65.000, quando o
preço normal é CrS 220.000", conta
Cintia, mostrando outras peças que fa-
zem sucesso: mesa em mogno com oito
cadeiras estofadas em gobelin, a CrS
Frio — A Alfaias — atacado de
cama, mesa e banho, em Ipanema
— está com ofertas de cobertores
para quem ainda não se preparou
para o inverno. Há cobertores
Termocel a CrS 3.444 (casal) e CrS
2.604 (solteiro) e mantas Scavone,
antialérgicas, a Cr$ 2.891 (casal) e
CrS 2.620 (solteiro). Para os be-
bês, uma boa opção são os cober-
tores Pognato, de 85 cm x 1,10 cm,
a CrS 896. Esses preços valem pa-
ra pagamento à vista. A Alfaias;
fica na Rua Visconde de Pirajá
550/sobreloja 312. Tel: 511-2942,,,,
Boa Ação — Uma panela ve- r
lha pode dar um bom caldo par£ I
os consumidores da Mesbla. Ü
68.800. Para acompanhar, pode-se le- cliente que levar uma panela anti-
var o console, também em mogno, a ga ganha desconto de 25% na I
CrS 19.900. Os de resina são mais ca- compra de qualquer produto da
ros, CrS 29.900. marca T-Fal. Todo o dinheiro ar-
A Finish, assim como sua ponta de
recadado com a venda do alumí-
estoque, ficam no bloco H do Casa nio será destinado à Casa do He-,
Shopping, na Barra da Tijuca. O horá-
mofílico. Mas é bom correr,
rio de funcionamento é de segunda à
sexta-feira, de lOh às 22h. Aos sába- porque a promoção vale apenas
até hoje nas lojas do Rio de Janei-
dos, fica aberta até as 20h. (Carina I
Caldas) ro, Belo Horizonte e Vitória.

As vantagens não param por ai: o Lançamento As diferenças nos preços

Videogame da Turbo Express aceita os cartuchos de P.Mendon^a Candour S*nd«« CB
memória (traduzindo: os joguinhos) de Produtos
A Gessy Lever, maior fabricante (CrS) (CrS) (Cri) (Cr<)
NEC custa outros modelos de video-games da ? de produtos de higiene e limpeza
Arroz tipo 2 kg 33.00 32.00 36.30 42.80
NEC. E as seis baterias do videogame do país, colocou no mercado a versão Feijao preto kg tlpo 99.0° 12122 22^2 118,00—
— líquida do detergente Orno, que já pode
só US$ 249 garantem diversão por três horas ser encontrado nos supermercados de Contra(il6 kg 368,00 395,00 295.00 295,00
haja trânsito ruim e escola liberal. O Oleodesoja liza 46,00 4^0 4W0 ASA/I/ 1
todo o país em embalagens plásticas de llf^r
u^-jyi—JisL ^^
custa nos Estados Unidos USS Lelte Longa Vlda Parmalat 54,50 55,00
Carina Caldas produto um litro. O produto foi lançado para
249 e, por esse preço, pode ser trazido testes no mercado paulista em abril do Talharlm Frescarini 500g 7JfiO 80,20 107,00 90,60
na bagagem dos turistas brasileiros. ano passado e, segundo Ronald Rodri- RequeijSo PoqosdeCajdas^^^^^_112^7C^__<_^_'l26,10 Férias — O Hotel Porto Aqua-
tal brincar com um videoga- Pelo dólar turismo, ele sai a CrS gues, diretor da em- Azeite Gallo 500 ml 219.00 312,00 322'°° I— rius, em Angra dos Reis, está ofe-
Queme dentro do carro, em meio a 21.663 — preço similar ao Master presa, atende neces- liii|g 58,00 recendo preços especiais para ju-
System fabricado aqui. sidades de um Cremede lelte Nestl6 8W» 69,00 108,00 lho. Quanto mais tempo o,
um monstruoso engarrafamento, ou no segmento restrito de 59,00 45,00 69,60 74.00
Lelte moca Nestl6 hóspede ficar, maior é o desconto.
recreio do colégio? Não é apenas um O Turbo Express aceita também consumidores: o das Nescau 500 4'
headphone e a NEC oferece mais de donas de casa que 89,00 69,00 106.40 99,90 Para um período de sete a 14 dias.
sonho de modernidade. A NEC lan- Marrom fllacft Clca lata 147,00 224,00 151.30 164,00 a diária por pessoa fica em CrS
precisam economi-
çou nos Estados Unidos o Turbo Ex- 60 títulos de jogos, por preços que zar tempo com a la- Champignon Luca 180g 267,00 207,00 2.200, com café da manhã incluí- v.:
press Handheld, um videogame de 16 variam de USS 30 a USS 70. Mas tem vagem de roupas. Palmlto300g 169,00 119,00 353,00 263,00 do. Para uma permanência de dois
!
"Esse é um seg- Diet Coke 2 79,00 98.00 137,00
bits que cabe na mão — tamanho de um charme extra: ele pode se transfor- a seis dias, paga-se CrS 4.100 por
mar numa pequena televisão a cores. mento emergente de Cerveja 600 ml
18,5 cm por 10,5 cm — e pode ser mercado, mas ainda
2VM 25£0 33.70 36.00
Papal hlg. Neve (c/4) WOO 89,00 108,00 79,80 pessoa, com todas as refeições in-
levado para qualquer lugar. Outro de- Para isso, basta comprar uma espécie cluídas — ou CrS 3.300 com café e
pequeno. Ele deve Sabonete Plele 26,00 25,00 I—
talhe: ele tem visor de cristal líquido, de adaptador (TV tuner), vendido por representar entrepP] Noutrox 230 ml mais uma refeição. Esses preços'
210,00 192,00 173,00
semelhante ao de uma calculadora, só cerca de USS 99, para ser acoplado ao 3% a 4% do merca- Veja Multiuso 500 ml 59,00 43,00 — não incluem os 10% de taxa de
videogame. A diversão, assim, ganha do total de deter-
que com capacidade gráfica e geração afirmou Sabao Omo 80Q 95,00 114'°° 2L22— serviço mas, quem pagar á vista,,
novas opções. gentes",
de 256 cores simultâneas. Rodrigues. Segundo ODD 500 ml 26,00 20,00 28£0 terá desconto nesse valor. O hotel
Comtort 500 ml 59,00 7430 •— aceita todos os cartões de crédito •r
ele, o Orno líquido é da Barra da Tijuca, Sondas
Massarani e cômodo, mantém Obs: Preços coletados ontem no Carrelour e Paes Mendonça
de uso mais prático de Botafogo e CB da Praça Saens Pefia. ou divide o pagamento em duas
as mesmas características do detergente
em pó e sua fórmula foi desenvolvida parcelas. Reservas pelos telefones, $
Palms) contra os CrS 353 (Comesa) 521-9989 (Rio) e 0243-651766
para utilização tanto na máquina de
lavar como no tanque. A embalagem Compras na cobrados pelas Sendas. (Angra).
de plástico traz uma inovação: uma Quem gosta de reunir a família
a
tampa que permite à dona de casa para uma macarronada no domingo Jóias — AH. Stern está ofere-
dosar a quantidade de produto neces- Barra ficam pode economizar até 44,5%. E que o cendo serviços gratuitos de limpe-
sí'| za e polimento de jóias, assim co-
¦ í sária para a lavagem. Paes Mendonça oferece o pacote de
-t\í O Orno líquido custa mais caro do 500 gramas do talharim Frescarini mo aperto de garras e fechos,
que seu correspondente em pó, entre mais baratas por CrS 74,80, produto que nas Sen- feitos por profissionais especiali-
CrS 160 e CrS 170, enquanto o custo das é encontrado por CrS 107. E, para zados. A promoção vale para to-
para o consumidor da mesma quanti- Não é à-toa que os supermercados a sobremesa, a melhor opção é o Car- das as filiais da joalheria no país
dade do produto tradicional é de CrS da Barra da Tijuca a cada dia atraem refour. Lá, a dona de casa encontra o até o final de julho. E quem com-
135 a CrS 140. um maior número de consumidores. leite Moça, o creme de leite Nestlé e o
Mesmo gastando mais cruzeiros com prar uma aliança de diamantes na
Trocar os óculos de grau com Nescau (500 g) mais baratos. O pri- H. Stern, de 15 de julho a 31 de
? filtro solar pelas lentes transpa- a gasolina, as donas de casa acabam meiro com uma diferença de preço de agosto, poderá entregá-la durante
rentes é algo do passado. A partir da lucrando no preço. De uma lista de 24 64,4% (CrS 45) em relação aos super- um jantar a dois (cortesia da joa-
próxima segunda-feira, o modelo de itens, o Carrefour e o Paes Mendonça mercados fora da Barra; o creme de
lheria) no restaurante Valcntino's,
armação mais vendido pela fabrica de oferecem 20 mercadorias com os me- leite 56,5% (CrS 69) e o Nescau
óculos Panther estará a venda em uma nores preços. Enquanto isso, nas Sen- no Rio Sheraton Hotel.
efrr tV*x 53,6% (CrS 69) mais baratos.
nova versão que tem adaptado um par das de Botafogo, apenas três produtos
de lentes de sol móveis. Dependendo Promopeças — A Volkswa-
eram vendidos a preços convidativos O supermercado Sendas de
mentação, com encosto e suporte para os da claridade do ambiente, a pessoa po- e, no CB da Praça Saens Pena, na |—i
'— São Conrado (Estrada da Gá- gen está fazendo até o final deste
íi BarraShopping PÉS- de usar ou não os filtros solares sobre Tijuca, duas mercadorias estavam mês uma promoção especial de
Para aumentar o conforto e a como- as lentes de receituário. Para isso basta vea, 187) inicia hoje uma promoção autopeças. São mais de 50 itens,
didade de seus usuários, uma recepcio- abaixar ou levantar as lentes de sol, mais baratas. com 22 eletrodomésticos. Lá, o con-
cria espaço com desconto médio de 30%, co-
nista está à disposição, no local, ofere- o ÇR-39, um
que são fabricadas comoculistas Para compensar a distância, o sumidor encontra um videocassete mo pára-lamas, embreagens, ve-
cendo uma fralda descartável por criança material aprovado por e usa- consumidor pode aproveitar para fa-
CCE do tipo VBC por CrS 26.900 à Ias, correias, válvulas de admissão
bebês e a utilização de produtos de higiene do em todo o mundo. zer um bom estoque de cerveja. A
para O novo modelo poderá ser encon- vista ou parcelado em quatro presta- e descarga, rolamentos, entre ou;
infantil, como óleo e creme. Gs serviços Kaiser e a Malt 90 são vendidas no
Levar os bebês para passear no Bar- são gratuitos e funcionam de segunda- trado em seis cores e dois tamanhos Paes Mendonça por CrS 21, enquanto ções de CrS 9.113. Outra dica é o tros. Algumas oficinas autoriza-
diferentes. O preço para o consumidor nas Sendas a marca mais barata custa fogão Continental de quatro bocas das têm ainda uma lista de peças
raShopping está mais fácil. Desde o últi- feira a sábado, de lOh às 22h, ou seja, no deverá ficar em torno de CrS 5 mil. CrS 36. Uma diferença de 71,4%,
mo dia 9 está funcionando o Barra Baby horário integral de funcionamento do "Na hora de comparar os preços é bom que que sai à vista por CrS 16.900 ou em que são instaladas gratuitamente.
— serviço inédito nos shoppings cario- shopping. Ainda com o objetivo de me-
lembrar que estes óculos valem por na Diet Coke chega a 73%, já que o quatro parcelas de CrS 5.725. E Como a Disnave, que de segunda
cas. Trata-se de um espaço de 40 m2, lhorar o atendimento a seus cliente, o dois", lembra Miguel Ridzi, gerente Paes Mendonça vende os dois litros a quem ainda não comprou um freezer a sexta-feira não cobra mão-de-o-
destinado ao atendimento das mães e Barrashopping lançou, também no dia 9, comercial da Palladio Indústria Ótica CrS 79 e o CB a CrS 137. A maior pode realizar esse sonho de consumo. bra na troca de 20 itens, como
crianças até três anos de idade. Decorado o Barra Fone (325-3233), através do qual Ltda. — empresa que fabrica as marcas diferença de preço ficou por conta do O modelo Prosdócimo Classic de
com motivos infantis, o Barra Baby con- poderão ser obtidas informações sobre Panther, Bugre e René Tardy no Brasil. palmito: 196%. A marca mais barata 260 litros custa CrS 35.600 à vista ou pastilhas de freio, filtro de com-
ta com seis trocadores de fraldas comple- lojas e produtos. O telefone atende tam- Para o mês que vem a Palladio prepara do vidro de 300 era vendida prestações de CrS 12.060. A bustível, articuladores e palhetas
gramas quatro
' tos, um esquentador de mamadeira, além bém a reclamações e sugestões dos con- o lançamento de mais cinco modelos CrS 119 of promoção vai até o dia 31 de julho. do limpador de pára-brisa.
diferentes de óculos. no Carrefour por (King
de quatro cadeiras especiais para ama- sumidores. (Carina Caldas)
: Ií

Ticket Combustível
pode
«_
usado em
ser
Nairo Almeri
BELO HORIZONTE — Após três
semanas de lançamento pelos grupos
A
: i:• Ticket e Verdi, o sistema Ticket Com-
bustível (válido apenas para o pagamen-
: to de combustíveis e lubrificantes em
postos de abastecimento) já conta com
at 28 empresas conveniadas, sendo 22 em
•'J São Paulo, duas cm Porto Alegre, duas
' "* 'i? "em Curitiba, uma em Belo Horizonte e
outra em Campinas e 650 postos de ga-
.• • .Vr»' solina credenciados, sendo 45 no Estado
do Rio e 200 em São Paulo. A meta dos
grupos é chegar no final do ano com,
a dife-
pelo menos, 500 convênios com empresas
e 1.500 postos credenciados, revelou on-
^'•íf tem o diretor de Vendas da Rodoticket,
Heitor Moreira Ribeiro Filho.
O sistema Ticket Combustível, lançado
anteriormente no México pelo grupo Ac-
| |
cor, da França, e controlador de 59% do
capital social do grupo Ticket Serviços,
garante ao proprietário do posto de abas-
¦ . "o.
madeirol
COZINHAS i ARMARIOS COM ARTE
' Olha o seu novo carro usado pertinho
Cozinha em Fóc^ica;;
e Cc)mpens^do d|^alidadcj,^^ _
l
284-7540 ••
Fábrica
crescer 200%
Liserve por
ganha prêmio
1 » t• «i . • . UnlUn nn>> 1 O uintiiroc
viaturas, rrxm
com pnuinpc
equipes de
RECIFE — Pela primeira vez o Prê- e pessoal, coincidiu com a contratação presas de médio porte. Hoje, estas em- balho, por 18
do judoca Aurélio Miguel, como garoto- presas representam 40% dos mais de supervisão.
650 mio Qualidade Brasil, representado por "O
postos propaganda. Nas emissoras de televisão, 300 clientes da Liserve, e uma central
atendidos por que atrapalha o crescimento de
uma estatueta de bronze e criado há 10 muitas empresas de vigilância é a falta
tecimento o reembolso dos valores expres- anos pela International Exporter's Ser- rádio e jornais locais, o campeão olímpi- mais de 1.500 vigilantes na prestação do
nos
co nacional vem pregando, "medalha últimos telecomputadorizada de alarmes, im- de profissionalismo
sos nos tiquetes até o quinto dia útil após a vice — uma instituição italiana de con- ano. A Liserve também serviço e no tratamento do cliente", diz
sua apresentação. Heitor Moreira disse sultoria, com atuação em 19 países —, é 12 meses, que a Liserve é de plantada este
aplicou, desde janeiro, mais de CrS 50 o proprietário da Liserve, Agostinho
que entre as empresas que já firmaram oferecido a uma empresa brasileira de ouro em segurança".
convênios com o sistema estão em maior milhões na compra de 10 carros-fortes, Gomes, que sempre teve a preocupação
segurança: a Liserve Serviços de Vigi- Além de ser o maior anunciante en- especialmente Merce- em "separar a atividade operacional de
número as dos setores de serviços urbanos lância, uma das maiores do Nordeste, tre as empresas de segurança do Nor- des-Benz projetados pela
e indústrias, seguidas pelas transportado- o trabalho de transporte segurança da atividade de administra-
recebe, este ano, o Oscar do meio em- deste, a Liserve é também a única a de valores para da empresa. çâo da empresa de segurança". Crítico
ras de cargas de médio e longo curso. presarial, por acumular nos últimos 12 concentrar esforços no marketing insti- centralizam to-
Os postos de abastecimento creden- Investimento de porte a Liserve vem severo dos diretores que
meses um crescimento de mais de tucional, através da promoção de even- das as responsabilidades, Agostinho
ciados estão localizados ao longo da re- 200%, graças a um trabalho diferencia- tos. Só este ano, a Liserve já financiou fazendo desde a sua criação, há oito Gomes reserva para si apenas a tarefa
gião litorânea, divididos quase igualmen- do de organização e marketing, em um 50 grandes shows e apresentações artís- anos, na seleção e formação de pessoal, administrativa, delegando a execução
te entre os centros urbanos e grandes segmento tradicionalmente conhecido ticas, em Recife, numa atitude também responsáveis por mais de 10% do seue das operações aos outros cinco direto-
rodovias, como as BR-101 e BR-116. No faturamento. Só em testes de aptidão
Estado do Rio, dos 45 postos credencia- pelas administrações amadoras de ex- pioneira neste segmento de mercado, levantamento, res da empresa. Esta visão organizado-
policiais e oficiais reformados. até então distante do incentivo cultural. que inclui até a vida con- nal reflete-se até nas instalações físicas
dos, 40 estão na capital. Para esta arrancada isolada, em um "Através dessas estratégias promo- jugal do candidato, os psicólogos e téc-
Para atingir as metas de 1.500 postos mercado que limitou-se, em Pernambu- nicos de recursos humanos gastam 10 da Liserve, que tem quatro prédios das ati-
credenciados e 500 empresas conveniadas, cionais, nós popularizamos a segurança como vigilante, rentes para o desenvolvimento
co, a um crescimento de apenas 10%, no dias. Se for aprovado
aqui no estado", diz o proprietário da ele será submetido a mais 20 dias de vidades administrativas, operacionais,
até o final do ano, os controladores do mesmo períódo, a Liserve vem investin-
sistema Ticket Combustível farão uma além de trei-
do pesado em publicidade, um custo que Liserve, o advogado Agostinho Gomes,
treinamento e, a partir da contratação, "Nossae seleção,
de recrutamento
é fugir
campanha de marketing junto aos frotistas de 35 anos, lembrando que as campa- namento. preocupação
que transportam cargas na rodovia que já representa mais de 10% do fatura- nhas publicitárias abriram o mercado a cursos de reciclagem semestrais. To- desta imagem da empresa de segurança,
mento mensal da empresa (mantido sob
liga São Paulo a Porto Velho. O primeiro
sigilo absoluto). Não é á toa que todo de vigilância patrimonial, restrito a dos os vigilantes são ainda acompanha- como um quartel, sob todos os aspec-
passo será a Festa do Caminhoneiro, reali- este crescimento, em número de clientes grandes bancos e indústrias, para em- dos, diariamente, em
seus locais de tra- tos", conclui Agostinho Gomes.
zada anualmente em Guaratinguetá (SP).
pagar mais
Você não precisa sair da Zona Sul nem sonhos, Carro e Moto
caro para levar na hora o carro dos seuso trabalhoque Ório ito JB.
só não é Zero km porque alguém teve fica tão de
amaciar por você. Ea Auto Modelo Sul per-
w to que, de repente, você vem até a pé. Rua Jardim
Botânico, 705 e 726 - leis. 239-6*191 / 294-5882.
de você.
JB
RS| Auto Modelo Sul,
K^Jlj wmÊmmÊmÊÊÊmmmÊÊÊggmmm Preços ao sul do mercado
 sábado, 14/7/90 ? 1° caderno ? 17
JORNAL DO BRASIL Esportes/Turfe

o automobilismo mundial
revolucionar
Uma'trama? j
para
%
filiada a Fisa e que organiza as 500 Milhas _ (
Manoel Francisco Brito única prova do campeonato de lndy que não
Correspondente está sob o controle da Cart, apesar de contar %
— A visita de pontos para o campeonato. A briga entre a
'TonyMEADOWLANDS, Eua família George, a Usac e a Cart dura já 11
George, dono do autódromo de Indianá- anos.
polis, ao sul da França, na semana passada, Paciente trabalho — Ela começou no
atendendo a um convite especial de Bernie Ec- instante mesmo
clestone, o todo-poderoso dono da Fórmula-1, que Roger Penske, Rick Gaites .BMP'
t
e Pat Patrick, os mais importantes donos de
provocou calafrios na espinha dos dirigentes daa escuderia da Fórmula-Indy, sob o argumento
Cart (Championship Auto Racing Teams), de que a Usac não queria expandir a categoria e
entidade norte-americana, que organiza o cam- muito menos fazê-la dar dinheiro, fundaram a
se
peonato de Fórmula-Indy. O encontro não 500 Cart. Isto foi em 1979 e, ao longo de um
resumiu apenas a um simples roubo da prova
Milhas de Indianápolis pela Fórmula-1._ Em controle paciente trabalho, a Cart foi amealhando o t.
'•r
região de de outras provas da lndy. A exceção
longos passeios de barco pela costa na continuou sendo as 500 milhas de Indianápolis,
Paul Ricard, Bernie e George deram inicio a um corrida deu origem a categoria e que é de
se for concretizado, vai causar que I
processo que, longe a mais famosa e importante do mundo.
uma revolução no automobilismo mundial.
Nas conversas, que juntaram dois desconhe- Em 1984, sentindo-se isolados, os George e a I
cidos com um inimigo comum — a Cart —, Usac tentaram impedir que carros de equipes l;
foram lançadas as sementes para a criacão de filiadas a Cart entrassem nas 500 milhas. Uma $
um supercampeonato de monopostos, saneio- ordem judicial barrou o plano e, desde então, as
nado pela Fisa e, possivelmente, dentro do re- feridas entre os dois lados nunca mais cicatriza- 1 •
ram. Elas só não foram aprofundadas porque a í'
gulamento da Fórmula-1, que além de suas então $
H\¦¦
'-r
corridas habituais, em circuitos mistos, faria presidente do autódromo de Indianápolis,
quatro ou cinco provas de 500 milhas em circui- Mary George, resolveu não prosseguir nesta
2a i'
tos ovais. A mais importante delas seria índia- queda de braço. Seu filho Tony, porém, nunca
nápolis — que licenciaria a construção de mais escondeu que tinha a Cart atravessada na gar-
autódromos com o mesmo traçado que o seu ganta e que contava com a Fisa e a F-l para i:-
para a realização das outras—corridas. cuspi-la.
Se isto vier a acontecer e a possibilidade é A reação de Tony e Ecclestone começou a se 1
longe de ser remota, garante um dirigente da concretizar em abril deste ano, quando o pri-
Cart — a Fórmula-Indy e seu campeonato, do meiro sucedeu sua mãe na presidência de índia- 1
jeito que ele é feito hoje, estaria praticamente nápolis. Daí às conversas em Paul Ricard, foi $|t
condenada à morte. Algo, aliás, tão bemvindo um pulo. Ambos juntaram a fome com a vonta- ti•»
para Ecclestone — preocupado com a expansão de de comer. Pelo que circulou do encontro dos
internacional da única categoria em condições dois entre os dirigentes do automobilismo nor- t:- ¦
de competir com a Fórmula-1 no cenário mun- te-amcricano, a jurtção entre Indianápolis e a
dial — quanto para Tony George, cuja familia F-l poderia se dar de duas maneiras. Uma, com í
há anos se envolve em disputas, nem sempre a inclusão de Indianápolis e de mais três provas í ,
elegantes, com a Cart. de 500 milhas em ovais — uma delas no Brasil I ¦I
A ordem oficial dos dirigentes da lndy é não — no campeonato de Fórmula-1. O Lyle Alexa jamais imaginara M
tocar no assunto. E, principalmente, não_ falar 1—' ter policial
[—1
uma oportunidade igual à que viveu Michael Andretti na frente
Isto significaria que alguns países como Por-
nada sobre a possível internacionalização da tugal e Espanha, perderiam seus GPs para dar na quinta-feira, à noite: entregar, pessoal- 1'
sua categoria, que tenta fechar contratos para espaço as provas em ovais. A outra seria fazer Com a boataria sobre o encontro entre Ber- Penske-Marlboro. Para resolver essa situação, &;¦
realizar provas no Brasil, Japão e Austrália. um campeonato mundial de corridas de 500 mente, um tiquete de estacionamento a um nie Ecclestone e Tony George circulando mais seus mecânicos, ontem à noite, iriam ajustar o tf,
— no caso, ao ho- rápido do que os carros pelo Autódromo de carro da mesma maneira que o de Mears, um im
Esta atitude contrasta com a facilidade que, até milhas, separado da Fórmula-1, mas para o piloto de Formula lndy "O
há um mês, funcionários da entidade tratavam landês Arie Luyendyk. E Alexa acabou ten- Meadowlands, a primeira sessão de treinos para dos companheiros de equipe do brasileiro.
as equipes que participam desta categoria —
da questão, garantindo a realização eminente qual automaticamente convidais. Se o do mais motivo ainda de satisfação. De re-
definir o grid de largada da prova de amanhã carro do Rick andou bem melhor que o meu e o
destas corridas e até mesmo ignorando os aler- estariam
certo, a conseqüência maij imedia- oitava etapa do Campeonato de F lndy — do Sullivan. Ele -estava com amortecedores e
processo der
tas de que Ecclestone tinha força suficiente na ta dele seria a transferência das equipes mais pente, ele se viu no meio de vários astros do transcorreu sem maiores novidades. O tempo suspensão acertados de maneira mais dura e,
política do automobilismo mundial para impe- fortes da lndy, como a Penske, a Newman-Haas autmobilismo mundial, que naquele mo- mais rápido ficou nas mãos do campeão de pole portanto, vamos copiá-lo", garantiu o piloto.
dir esta expansão. e a Kraco-Galles. Numa situação dessas, Ec- mentoparticipavam, em frente ao restauran- positions nesta temporada, Michael Andretti. Michael Andretti, por sua vez, se disse sur-
As seis colocacões seguintes ficaram nas com seu tempo, conseguido numa volta
Razão da existência — Ao"Nós que pare- clestone resolveria dois problemas. te Reins, no centro de Nova Iorque, de uma mãos dos pilotos que tradicionalmente, junto em preso
ce, Ecclestone vai rir por último. fomos Mataria a Cart — Com a presença dos festa promocional da equipe Marlboro, com que seu motor explodiu, espalhou "Foióleo pela
com Michael, têm ocupado as primeiras filas um acidente. ater-
avisados para continuar trabalhando normal- norte-americanos, ele teria penetração num ano. Ontem, a pista e quase provocou
mente sobre as corridas no exterior. Mas com a mercado automobilístico importante, mas que o objetivo de chamar a atenção para o nas largadas das corridas deste
rorizante. Eu bati no muro e não tinha
segunda posição ficou com Rick Mears. Na quase
maior discreção", íonfidencia uma pessoa liga- sempre escapou da Fórmula-1: o da América do Grande Prêmio de Fórmula lndy que será segunda fila estão Mario Andretti e Bobby nenhum controle
sobre o carro. Felizmente,
da aos esforços da lndy para fazer provas no Norte. De quebra, mataria a Cart. Por tudo realizado amanhã, no circuito de Meadow- Rahal. Na terceira saem Émerson Fittipaldi e tudo isso aconteceu no momento em que eu
Brasil e Austrália. A cautela tem sua razão de isso, a entidade que organiza a lndy resolveu Al Unser Jr. Logo atrás, colocou-se Danny estava completando a volta." Seus mecânicos W'
ser. Se a Cart perder as 500 Milhas de Indiana- ficar na trincheira, quietinha, e depositar espe- lands. Assim, Alexa teve a oportunidade de
Sullivan. O grid será definido no treino de hoje trocaram o motor da Lola, que ele "Nós qualificou #¦
polis, corrida em torno da qual, nos últimos dez ranças nos problemas técnicos e desavenças fi- estar lado a lado com Didier Theys (E, em à tarde. como extremamente bem ajustada. real- f-
anos, ela ergueu seu campeonato, ela simples- nanceiras, que venham a impedir esta estranha "Meu carro estava saindo muito de frente", mente descobrimos como fazer as Lolas anda-
mente perde a razão de sua existência. Ecclesto- aliança entre Ecclestone, a Usac e George. A pé), Danny Sullivan, Émerson Fittipaldi e
Rick Mears. contou Émerson sobre o desempenho de seu rem mais rápido", disse o piloto. (M.F.B.)
ne encontrou o calcanhar de Aquiles dos norte- questão técnica é de fato complicada.
americanos. Mais leves e menos resistentes, os Fórmula-!
Toda esta história começou há alguns anos,
com o afluxo de pilotos estrangeiros e não têm condições de enfrentar a incrível veloci-
quando, a dade e dureza de uma prova como as 500 milhas na Ford
F
patrocinadores do porte de uma Marlboro, Garcia é mais rápido
Fórmula-Indy começou a gerar mais atenção, num oval. "A solução seria fazer carros mais Paulo
São Paulo — Murilo Menon
mundial, e em conseqüência mais di- pesados", diz um dirigente da Cart. "Mas, neste ' "¦"'"H""'" «8WS»v v... ¦'-< mmáSLrx-.,
inclusive SÃO PAULO — O piloto goiano Paulo Garcia, da
nheiro. Os dirigentes da Cart, cujo campeonato caso, eles teriam que copiar nosso regulamento
não é sancionado pela Fisa, acalentaram o so- e isto seria, no mínimo, uma humilhação, fácil- equipe Arisco, fez o melhor tempo ontem, no primeiro
nho de ver sua categoria roubar da Fórmula-1 o menteinimigos derrotada na justiça". Por isso mesmo, os dia de treinos oficiais para a prova de abertura do
título do campeonato mais importante do mun- dois da lndy pensaram na possibilida- Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford, que será
T
:í> de de fazer um campeonato de 500 milhas sepa- realizada amanhã, às 1 lh30, no circuito de Interlagos.
do no automobilismo. O sonho começou a ser Fórmula-1, que empregaria bólidos
posto cm prática no ano passado. rado da Garcia marcou Im45s72, apenas três centésimos de
com especificações diferentes. segundo à frente de Walter Garcia, da Texaco/Bom-
Ecclestone esperneou e ameaçou retirar a
sanção da Fisa a eventos automobilísticos em Quanto ao problema financeiro, as conver- bnl.
qualquer país que viesse a sediar a lndy. A Cart sas entre George e Ecclestone estão juntando Paulo e Walter, que devem brigar pela pole position
se armou para enfrentar esta luta legalmente, duas visões completamente diferentes no auto- nos treinos classificatórios de hoje, a partir das 1 lh30,
mas na verdade nunca imaginou que o dono da mobilismo. O segundo vê o esporte apenas co- tiveram participação discreta na temporada passada. O
F-l pudesse realmente impedi-la de "Ninguém correr em mo um veículo para fazer dinheiro, enquanto o
primeiro, junto com a Usac, acredita que a goiano — substituto na Arisco de Rubens Barrichello,
pistas fora da América do Norte.
precisa da Fisa para correr de carro", argumen- comercialização excessiva faz mal ao espírito que participa do Europeu de F Opel — disputou as três
tavam seus dirigentes, com base em sua própria esportivo das corridas de automóveis. últimas provas e seu melhor resultado foi um sétimo
experiência. No máximo, eles achavam que Ec- Se eles conseguiram chegar a bom termo ou lugar em Goiânia. O paulista participou das 11 corri-
clestone poderia, quando muito, incomodar não, vai demorar um pouco para descobrir. das, mas raramente conseguiu chegar entre os 10 pri-
seus planos. "Você não faz um negócio desses da noite para meiros. A surpresa de ontem foi o novato Bruno
O que eles não conseguiam imaginar era que o dia", atesta o mesmo dirigente, especulando Minelli, empresário de moda, que conseguiu o quarto
seu inimigo iria um dia se aliar a outro de seus se esses planos demorariam dois anos para ser tempo.
inimigos, Tony George. Além de ser membro da concretizado. Mas o prazo, neste momento, Os pilotos gostaram do novo traçado da pista (será
família dona do circuito de Indianápolis, é ain- pouco importa para a Cart. O fato é que ela, a estréia da categoria no percurso inaugurado pela F 1
da membro do conselho diretor do Automóvel que se achava imbatível, encontrou uma reação em março) mas acharam que ele ficou um pouco O estreante 3runo Minelli (D) surpreendeu com o quarto tempo
Clube dos Estados Unidos (Usac), entidade a altura e, agora, treme'de medo.
travado, sem curvas de alta e impedindo velocidades
maiores. Ontem, reclamaram um pouco da sujeira e do
óleo que havia na pista. Mas, com o decorrer dos Os tempos de ontem
Tempos de ontem treinos, realizados em quatro sessões de uma hora
cada, a aderência melhorou e os carros subiram de 1. Paulo Garcia (Arisco) 1m46s72
Piloto Equip® M6dia Tempo rendimento. O terceiro melhor tempo foi do veterano 2. Walter Garcia (Texaco/Bom Bril) 1m46s75
horftria Djalma Fogaça, da Equipe TNT7TAG e campeão em 3. Djalma Fogaça (TAG/TNT) 1m47s21
(Km/h) 1988. E a boa surpresa ao dia foi o estreante Bruno 4. Bruno Minelli (Samello/Bruno Minelli) 1m47s66
1) Michael Andretti Lola/Newman 38s297 ....'. 183 Minelli, empresário do setor de confecções, que ficou 5. Ginno Fontes (Formulários Central) 1m47s87
2) Rick Mears Penske/Penzoil 38s509 181,9 em quarto. 6. Marcelo Ventre (Vega) 1m48s23
3) Mario Andretti Lola/Newman 38s696 181,7 Hoje, serão realizados treinos livres a partir das 7. Urubatan Helou (Brasspress/Amazon Express) 1m48s24
•4) Bobby Rahal Lola/Kraco 38s699 181,6 8h30 e tomada oficial de tempos, entre 1 lh30 e 12h30. 8. Walter Borghoff (Blaupunkt/Arteb) 1m48s89
Os promotores — Ford do Brasil, Bombril e Texaco — 9. Marcelo Carneiro (Auto Capital/Copnauto) 1m48s95 X
5) tmerson Fittipaldi... Penske/Marlboro 39s112 181 10. Gualter Salles (Arisco) 1m49s32 Paulo Garcia
6) At Unser Jr Lola/Kraco 39s187 180,9 esperam a participação de 26 carros na corrida de
amanhã.

Hoje na Gávea
1 • pén» t> 1 MOm -1JOO (ORMU)
crt >O.OOO,CK)
TMIXATA/0UPIA4XATA
-mimo oomw ouço -1 m"
Gamo-Rei, J. Rkardo
Requerida, J.M. Silva
Gozaçào, F Pereira F*
4II Magnífico, J. Pinto
La Pintura. L.A. Alves
Guru Lider. C. Lavor
$ fpáraoia 14 Horas—1.MO (MAMA)
Crt 11-QfW.ftft
TMXATA/DUMJ^CXATA
"MÉmOALTin—1174"
1 Miss Blancbe, E.S. Rodrigues
Z AlcatrAo. J. Pinto
Joeikxj, J. Ricardo
Zappyng Boy, J.M. Silva
I klt-' . 5 Imperador Ftafl J. Maltoi
6 Duque Prince, M.A. Santos
9BpdrMAa14MONl—1jOOO(<MAMA)
ot loaoocM»
TMXATA/DUPU4XATA
•MtaocMSiMK-iaTrouMncAr)
Xangó, Nào corre
M Ethotogfc. M. Andrade
Ouvidor Mor, J. Pinto
Jazz Queen, J.M. Silva
Chapinô, ES. Gomes
Brava Celeste, L.A. Alves
• *xK Henak. E O. Ferreira
4-páNO te 1 • Nm -1 MO (QRAMA)
Crt B4.00fl.00
TMDUTA/DUMJttXATA
MAMAM—1976"
(MtetOOOCONCUMOMTHNTtX)
índio Malandro, M. Garcia
Lecanto, M. Pinto
FidgetFeetR Marques
Quorris. J.M. Silva
1> twzl Autoritário. M A. Santos
Cachalapi, J. Queiroz
' m' Marrio, ES. Gomes
Esportivo. A. Ramos
íi Flash The Cash. J. Ricardo
10 Escov&o, J. Pinto
11 HappyTour.C. Lavor
12 Intercontinental, M. Ca/doso
V\' . 9* pára* às 1 SKJOm -1400 (QAAMA)
Crt tHjQOO/M?
TMKXATA/DUPlA-flXATA
-n*HO CAMAUA MUMCtPAL
•' • '*ívV DtnmsArout"
Leadership, J F. Rets
*,v Liveoza. F Pereira F*
vj| Falafel. J.M. Silva
* • ffiji
Esporte na TV Conta-giros
Lamire, M. Pinto 54 4 TMXATA/DUPUUDCATA Olobo Christian — Depois de marcar o melhor Hakkinen, respectivamente primeiro e segundo
Intluential, J Ricardo 58 5 •nêmo uniwc— i»»r 13h Olobo Esporta — Otreino do Fluminensee tempos de ontem, com Im30s29 e Im30s72.
Faulad, Juarez Garcia 58 6 GokJ Word, J.M. Silva tempo na primeira série classificatória, o brasi-
Nk»Time. L.A. Alvos S4 7 tlng Hoovon, A. Souza....» reportagens do o amistoso entre Vasco e Opel — Os brasileiros Rubens Barrichello e
56 1 Krilisch. E.S. Gom« 56 8 Paisain, M. Penafiel Vitdria de Guimaraes leiro Christian Fittipaldi teve problemas no seu
54 2 Hemurcinos, J. Ricardo Ralt Mugen e ficou com a oitava posição no Gil de Ferran fizeram, respectivamente, o se-
fpfc*oàa16horw-1400 (MAMA) 13h35 ¦•porta SO — Resumo do esporte na se-
54 3 Crt >00400,00 Legrix, L. Esteves
mana; um perfil de AlemSo; as especula- gundo e o terceiro tempos na primeira sessão de
56 4 TmXATA/DUPlA-fXATA CheffrCe, M.B. Santos .
Buleares, M.A. Santos grid para a 10? etapa do Campeonato Inglês de treinos para a quinta etapa do Campeonato
54 5 "fi-Ayffcof^TWPf oi qdes sobre o futuro t6cnico da selepdo bra-
56 6 IWMÕTOUl-fl-lt) Doing Well, Juarez Garcia
Haduani, L.A. Alves sileira de futebol; homenagem ao jornalista Fórmula 3, hoje, no circuito de Silverstone, na Europeu de Fórmula Opel, que será realizada
IDOMOMMÍIIA M IJftAO
Habiaga. C.G. Netto 10 Keke Rosberg,
56 4 " Chá Frito. M. AlmeWa C. Valgaa jo8o Saldanha; retrospectiva do Torneio de Inglaterra. Ele marcou Im30s94. Como a corri- amanhã, em Silverstone, na Inglaterra. Barri-
Roland Garros, W. Gonçalves 54 1 Wimbledon de T6nis; Copa do Mundo de chello marcou Im34s51, e Ferran Im34s77. Eles
Nartaja, J. Queiroz 52 2 r»te«à>17MO»-1.400 (AMU.VA*) da terá apenas 15 voltas, Christian tem poucas
55 1 Crt 7040040 Tiro; Jogos da Amizade e GP da Inglaterra
56 2 Betonnage. J Aurélio 52 3 nMDUTAnWLMXATA de Fbrmula 1 chances de conseguir uma boa colocação. Os estão empatados em terceiro lugar no campeo-
54 3 High Fieíd. J. Pinto 52 6 «PWtaflOAMOONA»—1trr nato. O líder é o italiano Vicenzo Sospiri.
58 4 Caiach LarK M.B. Santos 52 5 10rteu Negro. E.D. Rocha 53 2 18h45 Slnal Varda — boletim do GP da Inglaterra favoritos são os finlandeses Mika Saio e Mika
51 5 T»*éTM>èo 16M0n—l-ttOflMAMA) Hourot W. OonçatvM 53 3 de Fbrmula 1
51 6 Crt *040040 Domo a» Jour, M. Almoidâ 55 A Manchata
TMKXATA/DUHA€XATA L'Arco Baleno, O.M. Silva 57 5
-mkMOTOMKA-im" Falth Womaii. LA. Alvos 55 t 12h Manchata Esportlva, 1* tampo — os trei-
Lady Kiss. C. Lavor 56 .1 " Falknov. J. Ricardo 57 6 nos dos finalistas do Campeonato Estadual
Odalisca Olga, J. Malta 56 2 10-fÉnli lltm- 1.<00|MA) do Rio: Vasco, Fluminense e Botafogo; uma
53 1 Bietorussia, ES. Gomes 56 5 Crt 70400^0
52 2 Alemona. M. Cardoso 56 7 TfMXATAmmMXATA homenagem ao jornalista Jo3o Saldanha
57 3 Recooocida. J.M. Silva 56 9 18h50 Qrld da largatia — boletim do GP da Ingla¬
54 4 Houjaira. W. Gonçalves 56 10 Rio Rico, J. Ricardo 57
55 5 " Dame de Soiròe. J.F. Reis 56 3 Hutotot. J. Pinto 57 terra de Fbrmula 1
50 6 Marleen, J. Aurélio 56 8 Montíoeili. L Estovoo 57 Manchata Kaportlva, a* tampo
55 7 " Gkxy Baby. J. Ricardo 56 4 < Protonòonlo, J S Gom«« 57 18h55
Guapa Morena. L.A. Alves 56 6 Malcriado, L Gonaçvoo 57 Baodalrantaa FEUOM
f* páreo às 17 horas—1400 (OMMA) Q Tupè. Nâo corro
" Tussot 57 16h Futabol — Campeonato Paulista: Braganti-
Crt 7040040 J. MaHa 57 no x Botafogo
Corcovado
54 1 Indicações Raalca
18h30 IL
58 2 20h Automoblla CAPO
58 3 Outras sugestões do Capo
58 4 SBT
58 5 1° Páreo: Gamo-Rei ¦ Guru Líder ¦ Requerida 19h45 SBT Eaportaa Feijoada Self-Service 850, (por pessoa)
58 6 2o Páreo: Zappyng Boy ¦ Josilou ¦ Duque Prince
58 7 3° Páreo: Chapinô ¦ Jazz Queen ¦ Henak
58 8 Espaguete ao Alho e Óleo c/Camarões 1,100, (duas ill)
58 9 4o Páreo: Flash The Cash ¦ Intercontinental ¦ Marrio
54 10 5° Páreo: Lamire ¦ Intluential ¦ Nice Time
58 11 Truta na Brasa com Arroz de Passas 7S0,
58 12 6o Páreo: Roland Garros ¦ Habiaga ¦ Nartaja de Soirée
7° Páreo: Glory Baby ¦ Guapa Morena ¦ Dame JB Apicius Pargo na Brasa com Arroz Alia Grega 850,
8o Páreo: Chá Frito ¦ Hemurcinus ¦ Keke Rosberg
9o Páreo: Dame de Jour ¦ Houret ¦ L'Arco Baleno As crônicas com sabor especial. Paella de Lagosta e Camarões,,,. 3,100, (duas pessoas)
""" Qo
58 1
10°Mreo: Tussot ¦ Hublot ¦ Malcriado
—
56 2 Acumulada: 2°4(Zappyng Boy), 7°8(Glory Baby), e 9°3(Dame VISC. PIRAJÁ, 276 Reservas: 267-8747 ar-condicionado
54 3 de Jour)
 JORNAL DO BRASIL
Automobilismo
Io caderno ? sábado, 14/7/90

na frente 110 1° diajk

sai
MacLaren Moreno, mais um^,
H2B22?
modificado. A pista será alongada e as
Ruth de Aquino curvas de alta velocidade, reduzidas. vez fora da prova
Correspondente "O tempo aumentará bastante", co-
— mentou Senna. Roberto Moreno, da Eurobrun, eri-
SILVERSTONE, Inglaterra frentou em Silverstone algo que já está
Quase que a desmentir o favoritismo
da Quanto aos pneus, segundo o pi- se tornando rotina nessa temporada:
Ferrari em Silverstone, as duas MeLa- loto, o fato de o carro estar mais equili-
não conseguiu passar pela pré-classifi-
ren, de Ayrton Senna e Gerhard Berger,e brado do que durante os treinos possi- cação. Este ano, só em Phoenix e em
saíram à frente na tomada de tempos bilita que sejam dadas voltas sem tanto
"Por isso, o resulta- Imola ele chegou a correr. E em Imola
obtiveram, respectivamente, o primeiro desgaste de pneus. não passou da primeira volta, com pro-
e o segundo tempo nos treinos que defi- do foi melhor do que a gente esperava,
blemas no acelerador, depois de ter en-
nem o grid provisório. Senna fez uma tanto com pneus de corrida quanto de
volta espetacular com pneus de classificação. Mas a temperatura muito trado poeira no motor.
segunda
classificação, virando em Im08s071, elevada na parte da tarde vai ser crucial. Apesar disso, ele não parecia tão
embora seu companheiro Berger tenha Existe uma diferença nítida de tempo desanimado quanto em outras corridas.
chegado a uma velocidade maior por volta entre compostos de pneus. Se Ontem, pelo menos, conseguiu acertar
276,85 km/h na reta maior. Mesmo as- der para usar o composto mais mole, razoavelmente o carro para pistas rápi-
sim, Senna — em busca de sua 47a pole você tem vantagem. Tem que ver se das. "Mudamos tudo. Mexemos em
— não está convencido de que a mare você agüenta, se mantém o ritmo. A mola, amortecedor, altura. Tive que
virou para seu lado. diferença de tempo é grande o suficiente brigar um pouco com o chefe da eqúipe
"É muito cedo para que esse resul- para você considerar fortemente a pos- mas meu engenheiro me apoiou." file
tado desminta o favoritismo da Fer- sibilidade de escolher pneus macios." usou o início da pré-classificação para
rari. Nós estamos juntos, com dois a O brasileiro acredita que esta cor- isso e deixou o melhor jogo de pneus
três décimos de segundo de diferença rida é, para a McLaren, menos critica para o fim. Só que o motor quebrou."to-
na tomada de tempo. Na prática, isso do que a de Paul Ricard. Por causa Moreno vem conversando com
não é diferença. A gente tem que me- do desenho da pista, da textura do das as equipes" nas quais vê possibjji-
lhorar para manter a liderança. E uma asfalto em relação aos"São pneus e da per- dade de correr no próximo ano. Casado
nas cur-
questão de equilíbrio do carro veloci- formance do motor. coisas assim com Célia, pai de Andressa, de dois
vas. Em pista de curvas de alta que sugerem uma tendência de melho- anos e quatro meses, morando num
dade como Silverstone, é fundamental o rar um pouquinho as coisas para nós. apartamento em Mônaco, o piloto bra-
equilíbrio do chassi. A gente tem certa Eu acho que Paul Ricard,era, até agora sileiro — que fez uma corrida de F 1 em
dificuldade nisso, o que favorece a Fer- no campeonato, a corrida mais difícil 1982, na Holanda, e depois voltou à
rari. Por outro lado, o motor aqui e para nós." categoria em 1987, pela AGS — só
muito importante. Felizmente, o motor Senna tem se"Hámostrado incomumen- correu até hoje em oito GPs. Mas diz
Honda melhorou muito nas duas últi-
te tranqüilo. momentos em que que não se arrepende de nada do.que
mas corridas. E compensa um pouco o aproveitar o embalo psico-
problema no equilíbrio", explicou Sen-
você precisa
ir em tempo%btidopor Senna (E) entusiasmou ^hefe o chefe da MacLaren, Ron Dennis fez.
em lógico, estar ligado, pronto para O
Oprimeiro
p^i^mp^tido par "Não teria dispensado a América
na, que fez a pole no ano passado
Silverstone. frente. Nesta situação, numa pista de em 1987 para voltar à Europa e ganhar
alta velocidade como essa, eu tenho um dinheiro que não era suficiente para
Ele se disse satisfeito com o resul- e
tado porque pôde experimentar o carro procurado bastante manter o domínio Treinos de ontem comprar um carro", disse Moreno, "Foiqueo
o controle. Acho que estou conseguin-
adequadamente pela manhã e fazer vá- correu na Indy em 1985 e 1986.
do fazer isso demais, de certa forma 16° Ivan Capelli Itália Leyton House 1 m 10 s 691 desafio de algo diferente que me
rias modificações para melhorar o acer- está até me atrapalhando. Hoje (on- 1" Ayrton Swtna Brasil McLaren 1m08s071
to. "Quando a gente esteve aqui há uns 2°Gerhard Berger Áustria McLaren 1m08s246 17° Martin Donelly Inglaterra... Lotus 1 m 10s786 atraiu." Ele correu ano passado pela
tem), estava um pouco mais acelerado e
dias, o carro não estava bom. E a gente 3o Nigel Mansell Inglaterra... Ferrari 1 m08s336 18° Stefano Modena Itália Brabham 1m11s070 Coloni, antes de ir para a Eurobrun.
melhorar o equilíbrio nas curvas." não dei chance para diminuir o ritmo." 19° MaurícioOugalmlnBrasil Leyton House 1 m 11 s 167 Até hoje, só conseguiu um ponto na F
pôde ao contrato, se existe ou 4o Riccardo Patrese Itália Williams 1m08s677 Dallara 1 m 11 s413
Ele andou com dois jogos de pneus de Quanto 5°Thierry Boutsen Bélgica Williams 1m09s102 20° Emanuelle Pirro Itália 1, ao chegar em sexto lugar em 1987, na
classificação à tarde e considerou boas não um final definição, Sen- Barilla Itália Minardi 1 m 11 s498
especialmente
prazo para
mostrar-se seguro e saiu 6° Alain Prost França Ferrari 1 m 0 9 s 110 21" Paolo Alboreto Itália Arrows 1 m 11 s 5 6 2 Austrália.
suas duas voltas rápidas, na procurou 7° Jean Alesi França Tyrrell 1 m 09s 147 22» Michele Ele pretende respeitar o contrato
"Agora, a tangente na questão de datas. de Cesaris ..Itália Dallara 1 m 11 s705
a segunda. gente tem muito pela
"Não 8o Aguri Suzuki JapSo Larrousse 1 m09s243 23° AndréaBrabham Austrália.... Brabham 1 m11 s741 com a Eurobrun até o fim do ano,
trabalho pela frente, principalmente tenho preocupação com o con- m09s560 24° Davld
trato. Não tem tempo definido, está 9o Eric Bernard França Larrousse 1 embora acredite que a equipe não curti-
com pneus de corrida, para ter um carro Larlni Itália Ligier 1 m 11 s94 2
sem con- mas eu o vejo como um desafio IO NelsonPiquet Brasil Benetton 1m09s684 25° Nicola Grouillard ....França Osella 1 m12s179 priu grande parte do que prometeu,
constante e tentar uma corrida aberto,
11° Alessandro Nannini. Itália Benetton 1 m09s782 26° Olivier com US$
como um patrocinador árabe"Bnin
tratempos." para conseguir o melhor acordo possí- 12° Satoru Nakajima JapSo Tyrrell 1 m09s937 27° Philippe Alliot França Ligier 1 m 12s483 15 milhões e o motor VI2. está
— Os treinos cronome- vel, em todos os sentidos, tanto técnico 28° Gabriele Tarquini.... Itália AGS 1 m 12 s 5 0 6
Recorde como for, eu te- 13" Alex Caffi Itália Arrows 1 m 10s480 pagando tudo do bolso dele", disse
de hoje são a última chance de como comercial. Seja 29° J. J. Lehto Finlândia.... Onyx... 1 m 12s712
trados
nho a certeza e a convicção de que vou 14° Derek Warwick Inglaterra... Lotus 1 m 10 s 5 5 2 Moreno, certo de que a Eurobrun não
estabelecer um recorde de pista que não m 10s568 30° Gregor Foitek Suiça Onyx 1 m 13s413 sobrevive a esta temporada. {R.A.)
mais ser igualado ou superado conseguir um bom acordo", disse o 15° Pierluigi Martini Itália Minardi 1
poderá campeão.
em Silverstone, já que o traçado será
Gugelmin treina
Piauet não desanima com 10° tempo
Prost e Mansell cautelosos T- Silversl Silverstone, Inglaterra — APAP nocarro reserva
Para quem esperava que as Ferrari quente do que agora), esperava mais O tricampeão Nelson Piquet, com o "Os treinos HKpl
de Alain Prost e Nigel Mansell voas- dos treinos cronometrados. Tanto
ele sétimo tempo nos treinos livres pela ^ foram bons
nao
de ontem ajuda- Prost correram com o motor manhã e o 10° no oficial, estava leve-
sem na frente, os treinos quanto
dessa vez mente desapontado com o acerto do para nos. Os
ram a reformular a expectativa."ONão que novo, 037, mas ainda não é corrida. A mas certo de hoje e ama- carros nao estao
haja exatamente problemas. motor que a Ferrari o usará na carro, que,
é, para Hoc- nhã, a Benetton dará um jeito nisso.
de Nigel não estava na sua performance previsão possivelmente, "O carro não está mal, mas também aqui como esta- j^L,^-' },M
máxima", admitiu o chefe da equipe ita- kenheim, na Alemanha. bom como eu vam em Paul
^
, *
liana, Cesare Fiorio, que acredita, no O professore Prost insiste em não ainda não está quero",
hoje. aceitar sua equipe é favorita no disse Piquet, que só usará o motor
entanto, que isso se resolve Quanto que "Como
a Prost, errou uma marcha, colocando a GP inglês. "as vocês podem ver", novo no aquecimento, amanhã pela ma-
McLaren andaram muito nhã, e durante a corrida. ^
primeira em vez da segunda na última comentou, gelmin, da Ley-Ley- ' ^
chicane. bem e as Williams têm grandes chances". Piquet, que fez à tarde o tempo de ton House. Ele ,
; i
*vv flP®
acha que os CuJ|^:®
Nenhum dos dois se disse satisfeito Fiorio, de qualquer maneira, "não foram ruins'. Im09s761 — um segundo e dois décimos teve um proble- Gugehmn
com seu carro. Mansell, que nos testes resultados de ontem atrás de Senna, o pole até agora , ma na bomba de gasolina e, no seu
"Estamos a "Ele é muito
em Silverstone fez um belíssimo tem- pouco mais de dois décimos atribui esse desacerto temporário ao"Nós fato carro, a coisa complica.
virando em Im07s89 (estava menos de segundo do pole", disse Fiorio. (R.A.) de não ter treinado em Silverstone.
po, bem pensado", ironizou Gugelmin.
Silverstone, Inglaterra — Reuter acertamos o carro em uma hora e meia. "No meu carro,
Não treinamos aqui. O tempo é muito para mexer na bomba
a corrida a de gasolina é preciso tirar o motor."
curto para ver tudo, mas até ao carro
Por isso, ele teve que recorrer
gente melhora", disse às pressas, dirigin- os
do-se para o briefmg rotineiro com reserva, que não estava tão bom.
engenheiros, na molorhome da Benetton. O outro problema aconteceu com os
De qualquer forma, a estratégia de "Eles não estão
Piquet, ontem, foi muito mais conhe- pneus de classificação.
cer o desempenho do carro na pista do chegando ao fim da volta. Com sete
"Nós oitavos da volta, na chicane, os pneus
que fazer um tempo excelente.
encontramos tempo para tentar um jogo acabam", afirmou Gugelmin. A pista è
de pneus de classificação pela manhã, muito difícil para a Leyton, admitiu o
mas como ainda tínhamos trabalho a brasileiro. Na sua opinião, ficar entre
fazer no acerto do carro, decidimos usar os cinco primeiros porque falta potên-
um jogo de pneus de corrida logo no cia, mais do que em Paul Ricard, por
início dos treinos cronometrados, à tar- causa das características da pista.
de." "Aqui em Silverstone, a gente precisaria
Quando conseguiram melhorar o ¦ de uns 50 cavalos a mais para poder
acerto, os pneus de corrida já tinham
passado do limite de eficiência e, por estar entre os cinco mais rápidos."
isso, Piquet trocou para os pneus "Essa
de Gugelmin, que correrá — como na;
tipo E, na tomada de tempo. França — com o chassi mais novo (que
volta poderia ter sido mais rápida, mas também é mais rígido), afirmou que a,
eu fui bloqueado por outro carro, de tal
maneira que achei melhor voltar para os equipe deverá mexer na asa, mas espe-
e tentar novamente. culpou de treinos pelo desempenho ruim
ruirn cialmente na inclinação e na altura do
pneus de corrida Piquet
Piquefculpou falta
Não fui mais rápido mas, de maneira carro. A Leyton já descobriu porque o
estou satisfeito com o progresso nos treinos do aca- não foi possível extrair dos carros todo motor de Gugelmin parou na França.
geral, po grid provisório, "Mas,
que estamos alcançando", disse o brasi- bou ficando sem gasolina no fim da seu potencial nessa pista. muitos pelo da- Segundo o piloto,
a bomba de óleo
sessão. O diretor comercial da Benet- menos, conseguimos coletar e o motor ficou sem
leiro. de se- tinha se soltado
O companheiro de equipe de Piquet, ton, Flavio Briatore, confirmou que o dos que nos ajudarão no fim lubrificante. {R.A.)
Alessandro Nannini, que fez o 11° tem- acerto ainda não é o melhor e, por isso, mana", acrescentou Briatore. (/?./!.)
cuuseu cobre marca de cigarro, proibida na
Tempo esquenta
Ferrari vai ajudar Minardi e causa surpresa
especialista inglês, que convive com a F 1 Benetton^
A primeira vez que Giancarlo Mi- Semanário Quem trouxe guarda-chuva para Sil-
nardi diretor da equipe italiana que há quase duas décadas, o V 12 da Ferrari patrocina verstone, achando que estava sendo és-
leva seu nome. se aproximou de Cesare é um motor que, por ser grande, é muito perto, acabou apelando para a
roupa
difícil de ser acomodado num carro, Magnata inglês
Fiorio, o chefão da Ferrari, para ten- mais fresca e para lenços que enxugam
tar negociar o potente motor de 12 principalmente com os baixos limites de promove jornal o suor da face. O tempo não dá o menor
cilindros foi no início de outubro, em peso estabelecidos pela Fisa. Ele acha sinal de que vá chover. O céu está azul,
Jerez de la Frontera, Espanha. Fiorio que a transação tem tudo para não dar com a Fórmula 1
.com sol quente e temperatura a 24
achou que era piada, mas Minardi, en- certo. A Minardi, pondera, teria de con-
tusiasmado com o 5o lugar obtido por tratar um excelente especialista em de- Maxwell, o polêmico graus centígrados.
um de seus pilotos, Pierluigi Martini, sign, da estirpe de John Barnard (ex-Fer- Robert magnata da imprensa britâ- A expressão geral é de absoluta in-
no GP anterior, de Portugal, insistiu. rari e atual Benetton), para projetar um nica, não poderia perder a chance credulidade. Os jornalistas buscam um
Há cerca de dois meses começaram a carro de acordo com o motor.
de aparecer e dar publicidade a seu lugar perto dos ventiladores, a cerveja
sério as negociações, sempre com a máxi- A história da Ferrari e da Minardi Fosters — que patrocina o GP — está
ma discrição, para afastar concorrentes. não começou ontem. Já em 1978 a equi- mais novo produto: o jornal sema- sendo consumida aos litros, as mulhe-
—
Renato Capucci, assistente de Jai- pe de Maranello fornecera um motor V nal The European. O semanário res recorrem a shorts, minissaias e mini-
me Manca, diretor esportivo da Minar- 6 para sua rival italiana equipar seus que se proclama o primeiro jornal blusas para enfrentar o calor. Ontem, à
di, conta que a equipe está nas nuvens, carros de Fórmula 2. Mas este acordo nacional da Europa — é o novo tarde, a Honda ofereceu um churrasco de
"muito feliz", mas ao mesmo tempo
assinado no fim da semana passada em
patrocinador da equipe de Nelson galinha com saque na motorhome. O sa-
consciente da nova responsabilidade. Modena, sede da Ferrari, é inédito na quê foi ignorado, e o que se bebeu mes-
Afinal, não dará mais, em 1991, para Fórmula 1. Embora a Honda tenha Piquet, a Benetton. Esta é a' pri-
mo foi cerveja, refrigerante, suco e água.
colocar a culpa no motor. A história concordado em ceder um motor de 10 meira vez que um jornal importan-
das fórmulas registra apenas uma vi- cilindros para a Tyrrel no fim desta Para um pais onde o tempo tem qua-
tória de um carro da Minardi: em 1981, te patrocina uma equipe de Fór- se tanta importância quanto a monar-
temporada, os carros da McLaren se- mula 1.
numa corrida de F 2, com "Vai Michele Al- râo equipados no próximo ano com um quia e chega a tirar do sério os discre-
boreto e um motor BMW. ser bom
motor Honda mais potente, de 12 cilin- O patrocínio cobre todos os se- tos locutores de televisão — pouco antes
para nós e para a Ferrari testar o mes- dros. O acordo entre a Ferrari e a Mi- te Grandes Prêmios restantes na do verão, o pessoal da meteorologia fa-
mo motor em"Nós outras condições", afir-
usamos pneus Pirei- nardi é inédito no sentido de que pela Europa: Inglaterra, Alemanha, zia suas previsões à sombra das árvores
ma Capucci.
li, o chassis é totalmente outro, por primeira vez uma equipe concede a outra Hungria, Bélgica, Itália, Portugal e *Jn<i .. . ¦ -i - no parque, de paletó e bermuda, só para
um motor exatamente idêntico ao que é está
esta nas chocar —, uma temperatura alta assim
isso dará para tirar conclusões valio- utilizado por seus próprios pilotos. Espanha. Os carros de Piquet e At£m Itnncas.
Além das bancas, jornal o iornal de Maxwell pistas
sas no ano que vem", acrescenta. Ao "Estamos vendo aí, com a Honda e a num dos eventos esportivos mais impor-
final de 1991, as duas equipes decidirão Nannini, já em Silverstone, carre- "o toque internacional, a cor e tantes é assunto para qualquer conversa.
Ferrari, uma nova tendência no auto- da Benetton, Flavio Briatore, ras- do
se o contrato será ou não mantido. De gam em posições bastante visíveis, garam elogios mútuos. Maxwell a diversificação
de temas de The Mas uma superstição os ingleses têm:
cifras, ninguém fala. mobilismo. Os grandes fabricantes de
motores não estão mais interessados em na frente e nas laterais, o logotipo aproveitando para dizer que seu European". Uma jogada envolven- querem deixar as coisas do jeito que
Especialistas em automobilismo não de The European. muitos dólares, só que ninguém estão, sem falar muito, porque até do-
compartilham do otimismo de Capucci. manter a todo custo o monopólio da jornal atrai jovens entusiastas do do mingo pode acontecer de tudo. O verão
Acham que a Minardi não tem condições tecnologia e isso é bom para as equipes Maxwell e o diretor comercial automobilismo e Briatore elogian- diz quantos. (R.A.)
de tirar proveito de uni motor potente menores", diz Capucci, cheio de esperan- inglês pode voltar ao normal. (R.A.)
como o Ferrari V 12. Na opinião de um ça. (R.A.) 4
Vv\ ,¦
|;ft; JORNAL DO BRASIL
•'Ü Esportes sábado, 14/7/90 1" caderno
? ? 19
—
serpa rdiiivj
Ricardo Serpa—12/7/90
Hlcarao
; (j
No ciclismo.
; >;/•. Basquete URSS e vai
Wanderley perde para

tenta o bi disputar torneio de consolação

SÃO PAULO — Wanderley Maga-
Ihães, ciclista brasileiro que mais tem
se destacado no exterior, chegou on-
tem para defender o título na 46" Pro-
va Ciclística 9 de Julho. Wanderley, 23
pnos, já correu a 9 de Julho oito vezes,
?endo vice-campeão em 1988 e ganha-
dor no ano passado, quando iniciou a
melhor fase de sua carreira. Patroci-
nado pela Caloi, regressou da Bélgica,
j onde mora seis meses por ano, para ser
a principal arma da equipe na prova.
Sua importância é tão grande que, dos
$ 12 competidores da Caloi, quatro fo-
ram escalados só para acompanhar
•i Wanderley durante o percurso, com o
K
objetivo de protegê-lo do vento late-
ral, da resistência do ar frontal e es-
í coltá-lo até seu sprint final.
Em sua quarta temporada interna-
cional, Wanderley é um dos mais cobi-
çados ciclistas da Europa. Já recebeu
convites para participar de equipes pro-
5 fissionais, mas recusou todos, pensando
em conquistar uma medalha olímpica em
Barcelona, dentro de dois anos. "O pro-
|
fjssionalismo na Europa é tentador, mas
me impediria de competir nos Jogos
•V Olímpicos, no Pan-Ámericano e no
Mundial". Um exemplo da importância
¦ direita (ela fraturou o dedo durante os
do ciclismo profissional europeu é a pre-
miação de USS 2 milhões (cerca de Cr$
1.7 bilhão pelo câmbio paralelo), com
USS 400 mil (Cr$ 35 milhões) para o
vencedor, que a Volta da França oferece
/ este
il 11» ano.
„ O principal objetivo de Wanderley
nesta temporada será tentar uma me-
dalha no Campeonato Mundial de Es-
trada. dia 1° de setembro, no Japão,
onde enfrentará os 200 melhores ciclis-
tas do mundo. Wanderley viajará ao
Mundial com a equipe belga pela qual
compete na Europa, levando dois me-
cânicos e dois massagistas.
Divulgação
KOTA KINABALU, Malásia — A
seleção brasileira feminina de basquete
entrou em quadra, ontem, pela segunda
rodada da fase eliminatória do Campeo-
nato Mundial, ciente de que só a vitória
sobre a União Soviética interessava para
pensar ainda na classificação à próxima
etapa. A consciência de sua situação dra-
mática na competição não adiantou mui-
to e o Brasil teve que se render á força
das soviéticas — favoritas no grupo B e
na própria competição — e amargar a
^ derrota por 95 a 67.
IF life ¦JB
Com duas derrotas, o Brasil está des-
classificado, já que, no outro jogo, o
Canadá venceu o Japão por 75 a 69 e
garantiu, com a URSS, as vagas do gru-
po. As brasileiras disputarão, numa es-
pécie de torneio de consolação, da nona
a 16* e última colocação do campeonato.
Hoje, às 17h (horário do Rio), as brasi-
leiras enfrentam as japonesas, num jogo
que serve apenas para cumprir tabela.
Na partida de ontem, a técnica Maria
Helena Cardoso sabia do poder da
União Soviética, um time alto — média Rute entrou no time
de l,90m —, forte e ao mesmo tempo de para tentar deter soviéticas
muita técnica.
Assim, Maria Helena não titubeou e RESULTADOS JOGOS DE HOJE
pôs em a
quadra pivô Ruth, apesar da
jogadora ter retirado o gesso da mão Qrupo A Grupo A
Austrália 96 x 27 Malásia Malásia x Itália
Itália 67 x 63 Bulgária
treinamentos, no Brasil) na véspera da Austrália x Bulgária
competição. Com Ruth, iniciaram a par-
tida Paula, Hortência, Simone e Janete, Qrupo B
embora formassem um quinteto al- URSS 95 x 67 Brasil Grupo B
que, Brasil x Japão
to, não conseguiram deter as soviéticas. Canadá 75 x 69 Japão
O placar do primeiro tempo — 46 a 36 — URSSx Canadá
já indicava que dificilmente o Brasil ven- Grupo C
ceriaojogo. Tchecoslováquia 67 x 60 Co-
réia do Sul Grupo C
O segundo tempo só veio a reforçar Coréia do Sul x Senegal
esta certeza. A superioridade do adversá- Estados Unidos 106 x 36 Se-
negai EUA x Tchecoslováquia
rio era tamanha, que Maria Helena até
aproveitou para testar algumas novatas,
como a pivô Yngrid, de apenas 15 anos, Qrupo D Grupo D
Cuba 75 x 68 Iugoslávia
mas que com seus l,97m e 102 quilos, Cuba x Zaire
está sendo preparada para ser a melhor China 69 x 50 Zaire Iugoslávia x China
Fábio
Fdbio não
nao chegou às
as finais de carabina deitado do
jogadora pais.

Placar JB Apenas uma brasileira

IATISMO
Campeonato Mundial de Flnn
(Port Carras, Grécia)
Quinta regata:
1° Klko Villalonga (Esp);
Classificação geral:
1o Eric Nergenthaler (Mex) 34,7 pontos
GOLFE
29° Aberto de Petrópolls
IV Taça Kaiser
Scratch:
1° Plínio Pinheiro Guimarães 72;
2° Erik Andersson 73;
3o Mário Gonzalez Filho 74
Categoria 0-9 stroke play:
1° Paulo Goulart (8) 67;
Categoria 10-15 stroke play:
1o Miguel Monteiro (13) 70
Categoria 16-22 stroke play:
1° Alfredo Rlcclulli Filho (17) 70
Clássico de Boston
(EUA)
Primeira volta: 1o Mike Smith (EUA) 65
HIPISMO
Brasileiro de Salto — Mirins
(Juiz de Fora, Minas Gerais)
Prova CBH:
1° Sâo Paulo;
2° Brasília,
Rio Grande do Sul e Paraná
Copa das Nações
(Oberanven, Luxemburgo)
Classificação final:
1° Alemanha Ocidental;
2° EUA;
6° Brasil
Judô — A Confederação Brasileira!
de Judô (CBJ) definiu a lista de atletas!
que participará dos Jogos da Amizade,
a partir do dia 21, em Seattle (EUA).
Foram convocados seis judocas, com
destaque para o peso meio-médio Eze-
quicl Paraguassu, um dos atletas que
rompeu com a confederação em repú-
dio à administração de Joaquim Mame-
de,' presidente da entidade. Além dele,
foram chamados: Shigueto Yamasaki
(ligeiro), Mário Antônio Costa (meio-
leve), Sérgio Oliveira (leve), Daniel
DerÁquilla (médio) e José Mário Tran-
quilini (pesado).
Vôlei — A seleção feminina de vôlei
viaja, segunda-feira, para Seattle. O
Brasil, integrante da chave B com Esta-
dos Unidos, União Soviética e Canadá,
estréia nos Jogos da Amizade dia 21,
contra o Canadá, dia 22 joga com a
União Soviética e dia 23 contra os Esta-
cíos Unidos. Somente duas equipes de
"<da chave
passam â fase seguinte. Fa-
-n parte do grupo A: Peru, Japão,
Cuba e China. A seleção é formada por
Kerly, Ana Richa, Ana Volponi, Ana
Moser, Denise, Tina, Fernanda, Ana
Flávia, Márcia Fu, Fátima, Cilene e
Ida.
Motocross — A terceira etapa do
Campeonato Estadual de Motocross do
Rio será, neste domingo, âs lOh, no
quilômetro 4 da estrada Teresópolis-
Friburgo, no Condomínio Green Vai-
Iey. Eduardo Saçaki, campeão do Holy-
wood Supercross do ano passado, con-
firmou sua presença.
Seminário — A Associação dos
Amigos do Rio Limpo promove, no dia
19, ás 20h, no Sesc-Tijuca (rua Barão de
Mesquita. 539), o seminário O empresá-
rio e o esporte amador. Com a presença
de empresários, técnicos e atletas, o
evento discutirá a necessidade de apoio
ao esporte amador.
Tênis —IO ex-tenista Thomaz Koch
será o técnico da equipe feminina que
participará da Federation Cup, de 22 a
29 de julho, nos Estados Unidos. Três
jogadoras já foram indicadas pelo novo
treinador: Andréa Vieira, Cláudia Cha-
balgoity e Luciana Corsato, as meiho-
res brasileiras no ranking internacional.
> — poderão detectar o uso de co-
chega à final
Não houve surpresas entre os ven-
cedores das provas de ontem da Copa
do Mundo de Tiro Olímpico, realizada
na Vila Militar, Zona Oeste do Rio. Na
prova de carabina deitado, com alvo a
50 metros, o italiano Massimo Pirin-
delli confirmou seu favoritismo ao con-
quistar o primeiro lugar, totalizando
696,8 pontos. Em segundo ficou o di-
namarquês Jens Harskov (695,8), a
frente do cubano Arnaldo Rodriguez,
com 694,4.
Nesta prova, o iugoslavo Rajmond
Debevec, um dos melhores atiradores
do mundo, surpreendeu a todos não se
classificando entre os oito finalistas. A
presença de Debevec era considerada
certa, sobretudo após seu desempenho,
no dia anterior, quando vencera, com
facilidade, a prova de carabina de ar.
Os brasileiros não foram bem ontem,
com exceção de Victoria Egger, que se
classificou para a final da prova de
carabina de ar, alvo a 10 metros, e
ficou em sexto com 458,1 pontos. A
vencedora desta prova foi a americana
Karen Monez, com 491,7 pontos, se-
guida de Mirjana Horvat, da Iugoslá-
via, com 488,1 pontos e Tami De An-
Rosset elimina
do torneio de
GSTAAD, Suíça — O espanhol
Emílio Sanchez, segundo cabeça de
chave, foi surpreendido pelo suíço
Marc Rosset, 28° do ranking, e der-
rotado por 6/4, 3/6 e 6/3, em duas
horas de jogo. Rosset, de 19 anos,
fará uma das semifinais de hoje do
Aberto da Suíça contra outro espa-
nhol, Sergi Bruguera, que ontem
desclassificou o cabeça-de-chave
número quatro, o soviético Andrei
Chesnokov, por 6/2 e 6/3.
A outra semifinal será entre o ar-
gentino Martin Jaite, terceiro pré-
classificado, contra o haitiano Ro-
nald Agenor. Jaite venceu o ameri-
cano Jim Courier por 3/6, 7/6 (7/.5)
e 6/4, em dura partida que levou
duas horas e 36 minutos. Já Agenor
derrotou o alemâo-ocidental Carl
Uwe-Steeb por 3/6,6/2 e 6/2.
Bastad — O uruguaio Marcelo
Filipinni é um dos semifinalistas do
Aberto da Suécia. Ele derrotou o
Tênis adere ao
Londres — A Federação In-
ternacional de Tênis (IFT) anun-
ciou ontem que começará a reali-
zar exames antidopings oficiais
em competições como os quatro
torneios do Grand Slam (Roland
Garros, Wimbledon, US Open e
Austrália), a Copa Davis e a Fe-
deration Cup (o campeonato
mundial feminino). O jogador fia-
grado usando substâncias proibi-
das será suspenso por nove meses.
Se for reincidente, a suspensão
será de dois anos e, se ele reincidir
novamente, será banido do espor-
te.
Os testes que serão usados pela
IFT — os mesmos utilizados nos
Jogos Olímpicos de Seul, em 1988
no tiro
geles, dos Estados Unidos, também
com 488,1.
A prova de pistola esporte, para
damas, com alvo a 25 metros, reservou
as maiores emoções da Copa até agora.
A iugoslava Jasna Sekaric e a grega
Aghi Kassoumi terminaram empatadas
a prova principal — deixando o tercei-
ro lugar para a sueca Britt Marie Ellis
— e foram para o lie-break, onde só
decidiram o titulo na terceira série de
cinco tiros, e mesmo assim por uma
diferença de apenas um ponto. Vitória
de Jasna Sekaric, que totalizou 826
pontos, contra 825 de Aghi Kassoumi.
A competição prossegue hoje, com
mais duas provas: ás 8h30 começa a
disputa da carabina 3x20 tiros, femini-
na, com alvo a 50m, e depois a pistola
de ar, masculino, com alvo a 10m,
prova com o maior número de partici-
pantes (44) na Copa. As brasileiras que
irão competir na carabina são Victoria
Egger, Ângela Maria Master e Lúcia
Bosco. Na pistola de ar, o Brasil será
representado por Gabriel Grumberg,
Alejandro Stissin, Wilson Scheidelantel
e Márcio Garritano.
Sanchez
Gstaad
finlandês Aki Rahunen por 6/1 e
6/3. Os outros classificados para as
semifinais são os suecos Lars Jons-
son e Magnus Larsson e o austra-
liano Richard Fromberg. No femi-
nino, as semifinalistas são a tcheca
Radka Zrubakova, a búlgara Elena
Pampoulova, a italiana Sandra Cec-
chini e a suíça Csilla Bartos.
Os resultados de ontem foram:
masculino — Marcelo Felipini
(Uru.) 6/1,6/3 Aki Rahunen (Fin.);
Lars Jonsson (Sue.) 6/1, 6/3 Veli
Palohelmo (Fin.); Magnus Larsson
(Sue.) 6/3, 4/6 e 6/3 Goran Prpic
(Iug.); Richard Fromberg (Aus.) 7/
5, 6/3 Diego Perez (Uru.). Feminino
— Radka Zrubakova
(Tch.) 6/2,
6/4 Sandra Dopfer (Aut.); Elena
Pampoulova (Bul.) 7/5, 6/4 Merce-
dez Paz (Arg.); Sandra Cecchini
(Ita.) 6/3, 3/6, 7/5 Sabine Appel-
mans (Bel.); Csilla Bartos 6/0, 6/7,
6/2 Sabine Hack (RFA).
antidoping
caína, heroína, anfetaminas e dro-
gas que melhoram a performance
esportiva, como os esteróides ana-
bólicos. Fontes da federação de
tênis disseram esperar muita aju-
da da Associação de Tenistas Pro-
fissionais (ATP) e a Associação
Internacional de Tênis Feminino
(Wita) para que os testes se espa-
lhem por todos os torneios.
Segundo o porta-voz da IFT,
Ian Barnes, a principal razão para
realização de exames antidopings
oficiais foi a inclusão do tênis co-
mo esporte olímpico. "Sendo um
esporte olímpico, o tênis tem que
cumprir algumas leis do Comitê
Olímpico Internacional e uma de-
Ias é a obrigatoriedade de exames
antidopings."
Juvenil ganha
seis medalhas no
Sul-americano
BOGOTÁ — A equipe brasileira
começou bem no Campeonato Sul-A-
mericano Juvenil Feminino e Mascu-
lino de Atletismo, disputado a partir
de ontem, na capital colombiana. No
lançamento de disco, a dobradinha
do primeiro e segundo lugares foi
brasileira. A lançadora de disco Eli-
zângela Adriano ganhou a
primeira
medalha de ouro para o pais, regis-
trando 48,18m, seguida de Alessan-
dra Rodrigues, com 44,40m.
O Brasil conquistou sua segunda
medalha de ouro com o fundista
Robson Semolini, que registrou tam-
bém novo recorde regional para a
prova de 10 mil metros, com 31m04s.
Sete segundos depois, foi a vez do
colombiano José Ramirez cruzar a
linha de chegada, em segundo, segui-
do de Leonel Medina, da Venezuela,
com31m42s.
Além de Semolini, Elizângela e
Alessandra, o Brasil conquistou mais
duas. medalhas de prata, com Jairo
Venâncio, no salto em altura, com
2m07, Luís Vanderlei, no arremesso
de peso, com 13,95m, e bronze, na
mesma prova, com Luís Maorquim,
com 12,90m. Os resultados brasilei-
ros confirmaram o favoritismo do
país, que luta por seu bicampeonato
na competição.
Para Semolini, a vitória foi um
dos maiores triunfos de sua vida de
atleta, como juvenil. "Essa foi uma
vitória muito grande", limitou-se a
comentar o brasileiro. Cerca de 320
atletas de 11 países estão disputando
a competição, que servirá para sele-
cionar os melhores juvenis da Améri-
ca do Sul para o Mundial de Sofia, na
Bulgária, previsto para 8 de agosto.
As provas do Sul-Americano serão
disputadas até domingo, na pista sin-
tética do estádio El Campin, ao norte
da cidade.
ATE
f
IUMA WCBAO
VocSque Você que acompanhou os o$ jogos
|
e outra
jtro nas delicias do Restaurante CASAN0VA,
dasdas passagens RIO • ROMA • RIO.
Desta vez não
n3o tem prorrogação.
prorroga^io. Nâo
Desta
Venha sabado às as 21:00 horas torcer e saborear o que há
Venha
Afinal
W M
k
£ m. a
1-^fV /
\\ \ //
//
Caças interceptam
da
delegação
SEATTLE. Estados Unidos — Um
grupo de atletas e passageiros soviéti-
cos que voavam para Seattle, lugar
onde serão disputados, a partir do dia
21, os Jogos da Amizade, foram recebi-
dos de forma pouco amistosa, ontem,
pela defesa aérea norte-americana. Os
três aviões que levavam os soviéticos
foram interceptados por dois caças por-
que chegaram um dia antes da data
prevista.
O Ilyushin-62 de passageiros, que
transportava visitantes para os Jogos,
e dois caças soviéticos SU-27 que o
acompanhavam, deixaram a União So-
viética sexta-feira, dia que se conver-
teu em quinta quando o avião cruzou o
Cavalero vence
circuito OSP
Roberto Cavalero venceu ontem a
segunda etapa do circuito da Organi-
zação de Surfistas Profissionais
(OSP), disputada na Prainha. Essa
foi a primeira competição profissio-
nal vencida por Cavalero, que fez a
final, de bom nível técnico, com Eral-
do Gueiros, vencendo-o por 80.1 a
63.6. Pedro Müller e Rodrigo Resen-
de foram os terceiros colocados.
Não faltaram dificuldades para os
surfistas nessa etapa. Sem patrocina-
dor para o circuito — boa parte dos
empresários ligados ao esporte fugi-
ram devido aos efeitos do Plano Col-
lor — eles puderam apenas manter a
premiação, conseguida, no entanto,
às custas das inscrições. O objetivo da
competição, denominada etapa técni-
ca peíos surfistas, era preparar os
atietas para a quarta etapa do Brasi-
£|
BAM
QUE
SEM PtNAlTI!
jc^os da copa, com um olho no Telão/Fotótica
Tel2o/Fot6tica {
CASANOVA, chegou a hora de saber quem é6 oganhi o ganhador
RIO.
Nao tem pênalti.
p^natti. A decisão
decisao ée por sorteio.
ha de melhor no CASANOVA.
Afinal de contas,
contas,
QUEM TEM BOCA
VAIA ROMA.
VAIAR0MA-
X/miwfd)/
**MJ#M0ll»3WO«n
*»MJomoii»3W,»JI
fwrAína» Cenw
vôo
soviética
Meridiano de Greenwich, pela diferen-
ça de 11 horas no fuso horário entre os
dois países. Chegaram, portanto, um
dia antes do marcado.
Os aviões foram localizados por ra-
dar, alcançados pelos caças quando es-
tavam no noroeste do Alaska, e escol-
tados até a base aérea de Elmendorf,
próxima a Anchorage. Não receberam
qualquer comunicado para prosseguir
viagem até Seattle. Somente median-
te a intercessão do Departamento de
Defesa, os passageiros puderam seguir,
ainda escoltados, até Seattle. Entre eles
estavam o piloto Igor Volk e o diretor
do Instituto Gromov de Investigações
de Vôos, Konstantin Vasilchenko.
etapa do
na Prainha
leiro, que terá início terça-feira, em
Garopaba, Santa Catarina.
A recessão bateu forte à porta do
surfe, além da dificuldade para orga-
nizar os circuitos, vários surfistas
perderam seus empregos. Após a
quarta prova do Brasileiro, os atletas
vão se reunir para aprovar o calendá-
rio estadual. Com a entrada de Sérgio
Parrá para a OSP, como diretor téc-
nico, eles esperam o apoio de vários
empresários para o segundo semestre.
Apesar da vitória de Cavalero, Pe-
dro Muller continua na liderança do
circuito, com 1.730, seguido de Eraldo
Gueiros, com 1470, e Roberto Cavale-
ro, com 1.400. Depois do Brasileiro em
Garopaba, cerca de 20 surfistas brasi-
leiros vão disputar a fase européia da
Associação de Surfistas Profissionais
(ASP).
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sorteio, i
CASANOVA. !
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 se enfurece com Mazinho
Diretoria do Vasco nc'nc'DT
Carlos Mesquita — 05/05/87 1 O 1 1 1
de
Mazinho vai ter que se explicar. A dire- uma multa pesada e uma sonora broncafoi o Lorpo de oaldanna
toria do Vasco passou o dia de ontem a Eurico Miranda é o jogador dizer que
espera do lateral-esquerdo. Pura perda de próprio presidente Antônio Soares Calçadae
tempo. Enquanto seu irmão Itamar insistia quem autorizou sua inesperada viagem Lecce.
'
em dizer que ele dormia ou que_saíra com a seu encontrou com os dirigentes do • ' só chega na terça
Gene- -
namorada, o jogador da seíeção brasileira Afinal, foi esse dirigente quem, em ai o •<. •' : \ 5.1 .
¦'" ; , ' < •
almoçava na Italia com os dirigentes do bra, fechou o negócio. Talvez esteja
Lecce e o empresário Giovani Branchini maior aborrecimento de Eurico Miranda. IX ou na
o aue até agora não sabe nada se o quinta-feira
para acertar o —contrato de três anos com2,3 Ele jura foi realmente vendido, apesar de
clube italiano seu passe custará US$ jogador "Não custava avisar. ROMA — O corpo do jornalista João Saldanha será
milhões. Só que, antes de embarcar no Bra- todas as evidências. embarcado para o Rio de Janeiro, na terça, ou na
sil para seu passeio, Mazinho não avisou Quero uma desculpa muito convincente",
ninguém. E deixou muita gente de mau decretou o vice-presidente. quinta-feira, dependendo das providências burocráti-
Mas Eurico Miranda vai ter que aguar- cas por parte das autoridades da Itália. Segundo a lei
humor em São Januário.
"Eu volta de Mazinho dissipar desse pais, o atestado de óbito só é concedido entre 48
gostaria de saber o que aconteceu dar pela dúvidas. Simplesmente para
e 72 horas após o falecimento. Saldanha morreu an-
com aquele rapaz", berrava o vice-presiden- todas suas porque
e,
te de futebol Eurico Miranda, que, acostu- Mazinho não anunciou quando viajaria teontem, nessa cidade, de edema pulmonar agudo, às
mado a conhecer um Mazinho tímido e muito menos, quando voltaria ao Brasil. 19h45 (hora italiana).
dono de atitudes bastante precavidas, ja- Especula-se em São Januário que hoje ele já Após o atestado, será possível preparar o embarque
mais iria imaginar que ele pudesse fazer desembarque por aqui, mas o mais provável os corpo de João Saldanha, o que deve acontecer na
uma viagem desse tipo sem sequer comuni- é amanhã. O lateral-esquerdo vai realizar do
cá-lo. O supervisor Paulo Angioni também exames médicos, assinar contrato e conhe- segunda-feira. De Roma, há vôos para o Brasil, às
Só acreditou o lateral cer as dependências do seu novo clube. Só terças e quintas, com saídas às 21h30h (horário italia-
estava surpreso. que
estava na Itália quando notou que ele não depois disse tudo ele retorna ao emprego no) e chegadas às 6 horas (horário brasileiro). O
apareceu para treinar, ontem manhã, para decidir se joga ou não a decisão ao caixão, de madeira, simples, que trará o corpo do
"Ele nunca pela
falta. Estou Campeonato Estadual antes de se apresen-
em. São Januário. jornalista, não terá cruz ou qualquer sinal religioso,
perdido com essa situação", admitiu. tar em definitivo ao Lecce. Enquanto isso, a vai ter se explicar aos dirigentes conforme a sua vontade, e da família.
Quando voltar, Mazinho que
A única saída para Mazinho não ganhar diretoria do Vasco espera.
Telê Santana e Leão
Amistoso hoje é dar ritmo "Por
para
Frederico Rozarlo — 24/11/89 não eu?" batem boca cargo
Hoje é dia de festa portuguesa em São Ja- que pelo
nuário. Os portões do estádio estarão abertos reivindique", justifica o técnico que
Até Paulo Emílio de técnico da seleção
para os torcedores que resolverem acordar cedo seguiu o modelo rubro-negro.
e matar a fome de bola. Vasco e Vitória de é candidato ao Com seu espírito democrático,
Guimarães fazem às lOh um cordial amistoso, SÃO PAULO — As relações já pouco amistosas entre os
Paulo Emílio teoriza uma seleção técnicos Leão e Telê Santana azedaram de vez. Inconfor-
sem nenhuma seriedade e com finalidade de dar lugar de Lazaroni
ritmo de jogo aos dois times, sem disputarem brasileira diferente da que se viu até mado com declarações de Telê (num jornal de São Paulo
uma partida oficial há mais de três meses. Será a 24 horas após pregar hu- hoje. Na sua concepção, não deve- afirmou que não o indicaria como sucessor de Sebastião
chance de os vascaínos reverem a equipe cam- ria haver apenas uma, mas várias Lazaroni, caso tivesse tal poder), Leão convocou uma entrevis-
Exatas mildade, o técnico Paulo Emí- "Esse senhor,
peã brasileira e da Taça Guanabara e de conhe- cabeças dirigindo a equipe brasilei- ta coletiva para manifestar seu desagrado. que
lio esqueceu seu próprio discurso. "Como em vários tem idade para ser meu pai, vem me atingindo pessoalmente ao
cerem o jovem meio-campo N'Dinga, 23 anos, Sem falsa modéstia reivindicou um ra. países da Eu-
nascido no Zaire e nova revelação do futebol dizer que me veta como treinador da seleção. Ele afirmou que
direito que, devido a seu currículo, ropa, aqui deveríamos ter um su- gostaria de ver qualquer outro dirigindo o Brasil menos eu.
lusitano.
O amistoso surgiu a pedido dos portugueses de técnico da seleção
julga ter: o"Por pervisor-geral e vários técnicos que, Fiquei perplexo ao ler essas declarações na imprensa", recla-
que, como no ano passado, treinam no Brasil brasileira. que não eu?". Não em conjunto, chegariam à conclu- mou o atual técnico da Portuguesa brandindo exemplares de
para a disputa do campeonato nacional e da se trata de um escancarado ofereci- são do time ideal," explica o treina- jornais.
Copa da Uefa. Alcir Portella primeiro era favo- mento à CBF, mas uma queixa ao dor que fala do assunto com muito Telê, por sua vez, afirmou não ter lido sua própria entrevis-
rável a que tudo não passasse de um simples eterno esquecimento de seu nome a prazer. ta, mas fez questão de repetir a resposta que deu ao "Não
jornalista
treinamento, mas, após conversar com o super- que queria saber se indicaria Leão para a seleção. sou
cada oportunidade que surge. Enquanto sua hora não chega,
foi convencido a jogar
visor Paulo Angioni, "Seria "Acho injusto eu ninguém para vetar quem quer que seja. Acho que ele tem
com camisas oficiais. melhor um simples jamais ter sido Paulo Emílio pensa na conquista várias qualidades para o cargo, como liderança, conhecimento
coletivo, mas como não houve jeito...", confor- £ lembrado", resmunga. do título, o que representaria mais e ter sido jogador. Mas não seria meu técnico ideal porque
mou-se o treinador, que vai aproveitar a partida V Paulo Emílio fala com orgulho um ponto no currículo. Preocupa- discordamos em vários conceitos sobre o futebol. Assim, se
para acertar detalhes táticos para o primeiro Quiiionez e defesa serão testados dos vários títulos conquistados no do em entrosar mais ainda o time, tivesse que apontar um técnico para a seleção não seria ele".
jogo da decisão, dia 22, contra o Fluminense. Nordeste, do bicampeonato da Ta- programou um jogo treino para ho- Leão se sente prejudicado pelas palavras do colega "por estar
A comissão técnica terá a oportunidade de Botafogo, América, Portuguesa e São Bento e
ver se Luís Carlos Winck recuperou a forma ça Guanabara, em 1975/76 por Flu- Laranjeiras, con-
je pela manhã nas "Quanto passando por um momento delicado de sua carreira. Mesmo
que, em Portugal, na companhia de Marinho minense e Vasco, sem falar da re- tra o Mesquita. mais o em 1982 quando, apesar do apoio da imprensa, ele não me con-
após grave contusão sofrida na perna durante a Peres, conseguiu sucesso como técnico. Junto "Pouca
excursão nos Estados Unidos. Da mesma ma- dele, os zagueiros Bene (ex-América), Jorge cente Taça Rio. gente no pessoal se movimentar, melhor", vocou para a Copa da Espanha, não falei nada. Infelizmente,
neira, poderá notar se a dupla de zagueiros — (Santa Cruz), os apoiadores William (ex-Goiâ- Brasil tem o meu currículo". Para explica o técnico, que deverá fazer pensei que as pessoas adquirissem preparo, inteligência e res-
a
Célio e Quiiionez — já fala a mesma língua e se nia) e João Batista (ex-Portuguesa), e os atacan- Paulo Emílio, assim como ele, ou- várias alterações durante o amisto- peito com o passar do tempo, mas esse senhor faltou com
Cássio, sucessor de Mazinho, tem condições tes Chiquinho (ex-Flamengo) e Caio Júnior (ex- tros técnicos são injustiçados pelo so. Carlos André e Ronaldo Alfre- ética profissional, com o respeito a um companheiro de traba-
para executar a função. Em resumo, Alcir des- Grêmio). critério da CBF. Ele cita Jair Perei- do são duas das principais opções lho e com o futebol brasileiro", acrescentou. Telê, que di-
cobrirá se a defesa ainda tem os mesmos bura- Vasco — Acácio, Luis Carlos Winck, Célio, do treinador. Amanhã, folga, e na rige o Palmeiras, lamentou que o ex-goleiro não queira ser seu
ra, do Flamengo, outro que recen-
cos. Quiiionez e Cássio; Zé do Carmo, Boiadeiro, temente fez auto-propraganda.
"O segunda, viagem para Friburgo, amigo. Disse que vários técnicos que passaram pela seleção
O time do Vitória de Guimarães tem, além William e Bismarck; Tita e Sorato. Vitória de eram piores do que Leão e que se ele for mesmo"Seconvocado
Guimarães — Madureira, Nando, Bene (Jorge), Jair tem vários títulos, inclusive em onde a equipe ficará durante toda a
do africano N'Dinga, uma extensa legião de semana. pela CBF ficará à disposição para colaborar. ele está
brasileiros. A começar pelo treinador, Paulo Germano e Fonseca; N'Dinga, Suero, William e seleções amadoras. É certo que ele
João Batista; Chiquinho e Caio Júnior. magoado comigo, só posso lamentar".
Autuori, 34 anos, um ex-preparador físico de

Estaduais — A diretoria da CBF se considerou incompe-

Pouco deve mudar
até o da
final
Depois de passar os últimos meses so-
nhando com reforços para seu time, a torci-
da do Flamengo pode começar a se confor-
mar. Afora uma reviravolta de última hora,
as próximas fases da Copa do Brasil e o
Campeonato Brasileiro deverão ser dispu-
tados com equipe pouco diferente da que fez
fraca campanha no Campeonato Estadual.
Os únicos reforços já estão na Gávea há
tempos — o lateral-direito Zanata e o za-
gueiro Vitor Hugo. No mais, os rubro-ne-
gros vão tentar a sorte com Júnior no meio
campo, Renato e Gaúcho no ataque e um
novo camisa 10 — Zinho.
A formação foi testada pelo técnico Jair
Pereira em coletivo ontem de manhã. Alcin-
do passou a ocupar a ponta esquerda, Djal-
ma foi barrado e Zinho passou para o meio.
"Esta é a melhor formação para o Flamen-
"Alcindo está
go", constatou o treinador.
em grande fase e não pode sair do time". Em
JOÃO SAUDADE pouco mais de uma hora, a equipe venceu os
reservas por 2 a 1, mostrando pelo menos
uma característica positiva — todos corre-
Otimismo do
ser o trunfo do
A auto-confiança e o excesso de oti-
mismo do Bahia são os trunfos do Bo-
tafogo para o jogo de amanhã, que decide a
sorte de ambos na Copa do Brasil. Com a
derrota de 1 a 0 em Feira de Santana, o
Botafogo precisa vencer por dois gols de
diferença para passar à próxima fase. As
manchetes de alguns jornais "abaianos, que
estamparam frases do tipo derrota do
libero de Lazaroni" — referência a Mauro
/ Galvão, que falhou no gol da derrota de
c
quinta-feira —, e algumas declarações de
St** dirigentes do Bahia e da Federação Baiana
mexeram com os brios do time e, segundo o
técnico Joel Martins, podem motivar seus
jogadores.
"Não sei ao certo
quem foi, mas vá-
rios dirigentes locais deram entrevistas sobre
Homenagem dos seus amigos da MPM Propaganda. as obras da Fonte Nova, que seriam apres-
no Fia
temporada
ram o tempo inteiro. O ponta-direita Rena-
to, que pensava em não jogar, mudou de
idéia e amanhã estará em campo.
O gerente de futebol, Francisco Horta,
disfarça no seu invariável entusiasmo a falta
de reforços. "Não deverá haver negócio com
São Paulo e Palmeiras", avisou ele, pratica-
mente enterrando as chances de Gilmar,
Nelsinho, Raí e Paulinho Carioca irem para
a Gávea. Horta tentou troca com o São
Paulo, mas não houve acordo. Mesma coisa
"Conseguimos três
aconteceu no Palmeiras.
reforços esta semana", alardeou o gerente,
referindo-se às renovações de Renato, Zé
Carlos e Júnior.
O único reforço ainda possível é o ponta-
de-lança Hugo, 22 anos, do Vitória. Os diri-
gentes rubro-negros assistiram a vídeo com
lances do jogador e ficaram entusiasmados.
O problema, porém, é o de sempre — di-
nheiro. O Vitória quer Cr$ 18 milhões e o
Flamengo só paga Cr$ 14 milhões.
Bahia
pode
Botafogo
sadas para a realização do jogo contra o
Flamengo (provável adversário da próxima
fase). Ou seja, eles nem contam o jogo de
domingo, já fazem planos para a próxima
fase. Deixa eles", advertiu o supervisor Ed-
son Bentes.
O capitão Mauro Galvão lamentou a
falta de sorte no lance do gol — acabou
tropeçando na bola —, mas não estra-
nhou a postura da imprensa baiana.
"De-
pois do que aconteceu na Copa América,
isso não é nada demais." Joel Martins, além
de reclamar da arbitragem, que, segundo ele,
não coibiu a violência do Bahia, disse que o
Botafogo não jogou bem. Ele, contudo, deve
manter o time. "Vou definir tudo no treino
de amanhã (hoje) à tarde, em Marechal
Hermes."
tente para julgar o recurso impetrado pelo Botafogo, que
não aceita a decisão do Conselho Arbitrai de mudar o regula-
mento do Campeonato Estadual. A proposta de realizar um
triangular na final foi vetada pelo conselho diretor alvinegro. A
decisão volta ao Tribunal da Federação, considerado suspeito
pelo clube. O Botafogo promete ir à justiça comum, se
preciso. A atitude se contrapõe à reunião do Arbitrai, marcada
para terça-feira onde se estudará a possibilidade do triangular
ter dois turnos.
Gascoigne — O clube inglês Tottenham Hotspur recu-
sou oferta dò Genoa, da Itália, de US$ 9,6 milhões por
Paul Gascoigne, destaque da seleção inglesa na Copa da Itália.
Outro clube italiano interessado no meio-campo é a Juventus,
de Turim. Gascoigne está cotado em USS 24 milhões, mais USS
5 milhões do que o valor do próprio Tottenham.
Lineker — Outro jogador do Tottenham que interessa a
um clube italiano é o atacante Lineker, artilheiro inglês no
Mundial, com quatro gols. Segundo a imprensa italiana, o
Torino, clube do brasileiro Müller que sagrou-se campeão da
segunda divisão na última temporada, ofereceu US$ 5 milhões
e mais o passe do iugoslavo Haris Okoro. A diretoria do Totte-
nham, no entanto, negou que tenha recebido a proposla.
Francescoli — O uruguaio Enzo Francescoli foi vendi-
do pelo Olympique, de Marselha, para o Cagliari, clube re-
cém-promovido para a primeira divisão do Campeonato Italia-
no. Antes de jogar a última temporada pelo Olympique,
Francescoli esteve por três anos em outro clube francês, o
Racing, de Paris. No Cagliari, o jogador, de 28 anos, atuará ao
lado de Herrera e Fonseca, seus companheiros de seleção
uruguaia.
Soviéticos — O Olympiakos, de Pireo, contratou os
soviéticos Oleg Protasov e Valeri Smarov. Por um contrato de
quatro anos, o clube grego pagou USS 4 milhões. Protasov, 26
anos, jogava pelo Dinamo, de Kiev, e atuou pela sele-
ção 63 vezes, marcando 30 gols. Smarov era do Spartak, de
Moscou. A transferência atendeu às solicitações de Oleg
Blochin, ex-jogador soviético, que inicia carreira como técnico
no Olympiakos.
Doping — O Tribunal de Apelações da Uefa ratificou a
suspensão, por 15 meses, do jogador belga Patrick Schroo-
ten, do Antuérpia, das competições patrocinadas pela entidade
devido ao uso indevido de anfetaminas. A presença da substân-
cia foi detectada no seu teste antidoping na partida contra
o Colônia, da Alemanha, pelas semifinais da Copa da Uefa.
Patrick ainda foi multado em USS 35 mil.
Ruggeri — O zagueiro Oscar Ruggeri, do Real Madrid e
da seleção argentina, será operado na segunda-feira de uma
osteopatia de púbis. O médico Pedro Guillen, responsável pela
cirurgia, anteriormente operou o também argentino Calderon
pelo mesmo problema. Durante a Copa da Itália, Ruggeri teve
seu desempenho prejudicado pela osteopatia.
Alemanha — O futebol alemão poderá ter, já no ano que
vem, apenas uma primeira divisão reunindo clubes ocidentais e
orientais. A revelação foi feita por Hermann Neuberger, presi-
dente da Federação de Futebol da Alemanha Ocidental.

¦ Até enquanto durar

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Olho da Rua
Heloísa Tolipan
O Departamento de Circulação
Viária da Secretaria de Transportes
do Estado não providenciou o con-
serto do sinal no perigoso cruzamen-
to das avenidas Cidade de Lima e
Professor Pereira Reis, no Santo
Cristo, que está com defeito há uma
semana. Nenhum guarda de trânsito
fica de plantão no local nas horas de
maior movimento. E a segurança
dos motoristas?
Um ônibus da Fundação Leão
XIII esteve segunda-feira no Jardim
de Alá, na divisa de Ipanema e Le-
blon, retirando os mendigos que esta-
vam morando ali.
Há pelo menos dois meses, a
Comlurb intimou o Metrô a provi-
denciar a limpeza do terreno da es-
quina das ruas Machado de Assis e
Catete, no bairro do Catete, que está
cheio de entulho e lixo. Só que o
Metrô não fez a limpeza. E aí, Com-
lurb?
Falta água, há quatro meses, no
prédio 6.496, da Avenida Santa Cruz,
em Senador Camará. A Cedae há
tempos abriu um buraco para fazer
um conserto, mas os operários não
aparecem.
Em frente ao prédio 39, da Rua
Mariz e Barros, na Tijuca, há um
bueiro sem tampa e cheio de terra.
O terreno atrás da delegacia, que
fica no número 1.322, da Avenida dos
Democráticos, em Bonsucesso, está
sendo demarcado para a construção
de barracos.
Ontem, às 15h, sete carros esta-
vam com todos os pneus em cima do
calçadão da Avenida Atlântica, em
frente ao número 2.536, em Copaca-
bana.
Na Rua Francisco Sá, esquina de
Nossa Senhora de Copacabana, há
uma poça d'água. A calçada é mais
baixa que o meio-fio e, sempre que
chove, a água fica empoçada, atrain-
do mosquitos.
? Notas para esta coluna pelo telefone
585-4693 (das 14h As 16h).
Queixas do Povo
Pedro Afonso de Mendonça Li-
ma reclama que catadores de papel
ocuparam a esquina da Rua do Car-
mo com 7 de Setembro, no Centro.
Segundo ele, 10 a 15 pessoas estão
morando sob as marquises, toman-
do as calçadas com papelões e ferro-
velho, e todo dia há uma mulher
deitada na rua com uma criança e
um cachorro, enrolados num cober-
tor.
Carmem Diácovo, da Coordenadoria
de Assistência Especial da Fundação
Leão XIII, informou que a partir de
segunda-feira será intensificado o tra-
balho para recolher mendigos e deso-
cupados no Centro. Ela disse que na
quinta-feira uma equipe já esteve na
Rua do Carmo.
Cristina Caólo, de Madureira,
queixa-se de que em 21 de maio pa-
gou uma conta de luz com valor
errado devido a equivoco da Light
no registro de consumo. Diz que
reclamou na agência da empresa em
Madureira, recebendo o protocolo
557331 e a promessa de que lhe en-
viariam um cheque nominal em 20
de junho com a restituição do que
foi cobrado a mais. Até hoje o che-
que não apareceu.
Leonídio Barros, assessor de impren-
sa da Light, entrou em contato com a
agência de Madureira e foi informado
de que no dia 20 de julho Cristina
Caólo poderá receber o cheque na
agência, levando o protocolo.
Maria Clara Gebara de Macedo,
de Laranjeiras, reclama que as esca-
darias das ruas Cardoso Júnior e Be-
lisário Távora estão sempre cheias
de lixo.
Denise Maia, da assessoria de im-
prensa da Comlurb, avisa que garis
do 4° Distrito de Limpeza farão hoje
uma faxina nesses locais.
Maria José Peçanha, do Engenho
Novo, diz que há mais de um ano o
hidrômetro do prédio 732 da Rua
Vaz Toledo está com defeito, o que
impede a leitura correta do consumo
de água. Segundo ela, várias vezes se
pediu o conserto à Cedae, que pro-
mete resolver o caso mas não cum-
pre.
Cláudio Paya, assessor de imprensa
da Cedae, disse que na segunda-feira
um novo hidrômetro será instalado no
edifício.
? No/as para esta coluna: Avenida
Brasil, 500, 6o andar. CEP 20949.
I raguaios, na cidade de Salto do Guaí-
¦ Em 3 de julho de 1899, o JOR-
NAL DO BRASIL publicou a seguin-
te queixa: "O sr. Antônio de Souza
Banhadas, queixou-se-nos de que al-
guns cyclistas que costumam ir ae.
jardim da praça da Republica maltra-
taram-no hontem com palavras."
U1CUIXI6
Prisões
Policiais
geram
Depois de se livrar de um incidente
internacional por atuar sem autorização
no Paraguai, a polícia do Rio de Janeiro
conseguiu formalizar ontem a prisão de
três dos principais acusados de integrar
quadrilhas que vêm realizando seqües-
tros no estado. Nilo Cunha da Silva, o
Professor, suspeito de ser o mais impor-
tante articulaaor dos seqüestros, Alberto
Salustiano Borges, o Chocolate, e Aloísio
Magalhães Gaívão tinham sido detidos
pelos policiais brasileiros, em Assunção,
na quinta-feira.
Todo o grupo que participava da
operação, secreta, batizada de Cone Sul,
incluindo uma equipe da TV Globo, aca-
bou preso pela policia do Paraguai, ain-
da na quinta-feira, quando tentava dei-
xar o aeroporto de Assunção, num
jatinho fretado pela Secretaria de Polícia
Civil do Rio e que fora deixado prepara-
do para a viagem de regresso. Depois de
horas de negociações, que envolveram
diplomatas brasileiros e um enviado es-
pecial da Polícia Federal a Assunção, o
'Operação
Os presos na
i BRASÍLIA — A operação montada diretor-geral do Departamento de Poli-
? Alberto Salustiano Borges, o Cho-
colate (foto à esquerda), foi reconhe-
cido por uma testemunha como um
dos seqüestradores do empresário
Isaac Schinazi. É ligado a Nilo Cu-
nha da Silva, com quem costumava se
encontrar na casa do corretor de
imóveis Joacyr Gomes de Santana.
Muito amigo de Chocolate, Joacyr é
suspeito de fazer a lavagem dos dóla-
res obtidos em seqüestros cometidos
pela quadrilha de Nilo e Salustiano.
Heraldo exulta
Entusiasmado com o resultado da
ação policial em Assunção que resultou na
prisão de três acusados de seqüestros, o
secretário de Policia Civil, Heraldo Go-
mes, afirmou ontem que "ninguém está
livre dos braços da lei. Os braços da Poli-
cia do Rio de Janeiro são muito longos,
vão até o Paraguai". Ele salientou a rapi-
dez da operação, dizendo que só na quar-
ta-feira, após intenso trabalho de investi-
gação, a polícia ficou sabendo que Nilo
Cunha da Silva, o Professor, Alberto Sa-
lustiano Borges, o Chocolate, e Aloisio
Magalhães Galvão estavam na capital pa-
raguaia e embarcariam ontem, às 16h,
para Madri.
Segundo Heraldo Gomes, isso foi pos-
sível porque mantendo constante vigilân-
cia sobre parentes e amigos dos procura-
dos, a policia chegou ao advogado Alfredo
Nobre de Lima, que confessou ter ligaçõs
com Professor e Chocolate, revelou a pre-
sença deles em Assunção e disse que junto
estava Aloisio Galvão. O advogado apon-
tou o angolano João Pedro Neves Dias
como a pessoa encarregada de comprar as
passagens e falsificar o passaporte para
C
Dois incidentes
Paraguai prendeu
dois paranaenses
antes de cariocas
prisão dos nove policiais do
A Rio, quinta-feira à noite, em
Assunção, é o segundo incidente en-
volvendo a polícia brasileira e a poli-
cia paraguaia, em menos de uma se-
mana. No dia 8, dois policiais civis do
Paraná foram presos por policiais pa-
ra, vizinha da paranaense Guaíra, a
670 quilômetros de Curitiba. O inci-
dente só foi resolvido depois de uma
conversa entre o governador do Para-
ná, Álvaro Dias, e o presidente do
Paraguai, Andrés Rodriguez.
Os policiais Guido Andrade e Au-
gusto Tedeschi, do Grupo de Diligên-
JORNAL
•
JM
incidente diplomático
governo do Paraguai finalmente resolveu
liberar o grupo, no fim da tarde de on-
tem.
Os três acusados de seqüestros foram
legalmente presos pela Policia do Rio de
Janeiro por volta das 20h de ontem, logo
depois que o jatinho fretado chegou à
cidade paranaense de Foz do Iguaçu, na
fronteira com o Paraguai. Ao final das
negociações, em Assunção, os suspeitos
foram entregues pela polícia paraguaia à
guarda do superintendente ao Departa-
mento de Polícia Federal em Foz do
Iguaçu, Wilson Perpétuo, na qualidade
de representante da Inteipol. Assim que
entrou em território brasileiro, Perpétuo
entregou-os formalmente aos três poli-
ciais cariocas que tinham vindo de As-
sunção no mesmo avião e, até o fim da
noite, ainda não tinham seguido viagem
para o Rio.
A polícia do Rio, que encontrou tem-
po para convidar uma equipe da TV
Globo para participar da operação, não
Cone Sul'
? Aloísio Magalhães Galvão, guarda
penitenciário, faz parte da quadrilha
de seqüestradores chefiada por Élcio
Merêncio dos Santos. Trabalhou co-
mo chefe do setor de classificação do
Instituto Penal Vieira Ferreira Neto,
em Niterói, quando o diretor da unida-
de era o advogado Alfredo Nobre de
Lima. O advogado foi preso quinta-fei-
ra, acusado de falsificar documentos
para que Nilo Cunha, Alberto Salus-
tiano e Aloísio Galvão viajassem.
com operação
Chocolate, que viajaria com o nome falso
de Edilson Duarte Soares.
João Pedro foi preso e confirmou tudo.
Mas sabia apenas onde achar Chocolate,
que havia telefonado há dias, dizendo que
estava hospedado no quarto 15 do Hotel
Alvoredo, na Rua Fernando, próximo à
Rodoviária. Contou a hora do vôo para
Madri e que um tal Silva — que foi quem
falsificou o passaporte — cobrou USS 500
mil.
"Não havia tempo
para burocracia",
disse Heraldo Gomes. "Alugamos o avião
da TAM, pago com cheque do delegado
Elson Campeio, que será ressarcido. Os
policiais, chefiados pelo inspetor Nélio
Machado, foram desarmados, com a ins-
trução de, chegando a Assunção, localizar,
identificar e apontar os seqüestradores pa-
ra a polícia paraguaia." O secretário ale-
gou que a presença dos policiais era im-
portante, porque eles conheciam os
procurados, que podiam estar disfarçados
e escapar". Segundo Heraldo Gomes, "is-
so mostra que a Polícia do Rio é-compe-
tente".
em
cias Especiais (GDE), tentavam pren-
der Juscelino Nogueira, com quem
trocavam tiros na cidade paraguaia,
quando a polícia local os prendeu.
Eles foram liberados no mesmo dia,
mas seu prisioneiro acabou fugindo.
O delegado-geral da Policia Civil do
Paraná, José Maria Corrêa, afirmou
que os policiais paraguaios facilita-
ram a fuga de Juscelino. "Houve uma
simulação de tentativa de fuga, ape-
nas", disse ele.
Os dois policiais integram equipes
especiais que investigam quatro se-
qüestros ocorridos na Região No-
roeste do Paraná, nos últimos dois
meses. Eles estavam em Guaíra,
quando souberam que Juscelino, um
dos suspeitos dos seqüestros e acusa-
do de ter matado o delegado Incercio
Herrea, no ano passado, estaria es-
condido em Salto do Guaíra, do ou-
tro lado do Lago de Itaipu.
DO BRASIL
JJ
no Paraguai
e voltam
fez nenhuma comunicação formal nem
ás autoridades paraguaias nem ao gover-
no brasileiro. Os policiais da Divisão de
Repressão a Entorpecentes, encarregada
de apurar os seqüestros, descobriram o
paradeiro dos tres suspeitos ao prender,
no Rio, quarta-feira, pessoas en-
volvidas no esquema quatro
de fuga.
Assim que souberam que os foragi-
dos estavam no Paraguai, os policiais
decidiram que não havia tempo para
cumprir os trâmites legais. Nove agentes
foram escolhidos para a viagem e embar-
caram na madrugada de quinta-feira,
acompanhados de um repórter e dois
técnicos da TV Globo. Mas o grupo teve
que se dividir e policiais cederam seus
lugares no avião fretado pela Secretaria
de Polícia Civil para que a equipe da TV
Globo fosse registrar a operação. O táxi
aéreo tinha capacidade para apenas oito
passageiros e foi usado por cinco poli-
ciais e a equipe de televisão. Os outros
quatro policiais foram em avião de car-
? Nilo Cunha da Silva, de 39 anos,
conhecido como Professor ou Nilo
Romano (foto à direita), é apontado
pela polícia como responsável pelo
planejamento de todos os seqüestros
no Rio. E citado nos depoimentos de
todos os seqüestradores deti-
os. Foi reconhecido, em fotografia,
3uase
pelo assaltante e seqüestrador Clóvis
José da Silva, o Nilton, preso semana
passada por policiais da Divisão An-
ti-Seqüestros.
Polícia já pegou
22 envolvidos
Até ontem, a polícia já tinha pren-
dido 22 pessoas acusadas de terem
participado dos 30 seqüestros ocorri-
dos no Grande Rio este ano. Pelas
contas da própria polícia, entretanto,
ainda falta prender cerca de 20 ban-
didos envolvidos nesses crimes. Entre
eles, Mauro Luís Gonçalves de Oli-
veira, o Maurinho Branco, que deve
estar com boa parte dos dólares e
cruzeiros pagos em troca da liberdade
do publicitário Roberto Medina. Pe-
los cálculos da polícia, Maurinho tem
em seu poder cerca de Cr$ 6 milhões e
USS 900 mil. Além da parte que lhe
coube na divisão do resgate, Mauri-
nho Branco ficou com o dinheiro
que seria de Nazareno Barbosa Tava-
res e José Cornélio Rodrigues Ferrei-
ra, o Prêa, que foram presos antes da
partilha.
7 dias
Apesar de não poderem agir legal-
mente em território paraguaio como
policiais, eles foram à cidade vizinha
e encontraram Juscelino e outro ho-
mem. Iniciou-se um tiroteio, inter-
rompido minutos depois pela polícia
paraguaia. Informado da prisão dos
policiais brasileiros, o governador Al-
varo Dias tentou um contato com
autoridades paraguaias, mas a situa-
ção só foi resolvida quando ele falou
diretamente com o presidente.
Com a chegada de agentes da Po-
licia Federal brasileira, os dois inte-
grantes do GDE foram liberados.
Como tinham mandado de prisão
contra Juscelino, as autoridades pa-
raguaias concordaram em liberar os
prisioneiros. Mas, na hora em que
iam ser soltos, houve um tumulto e
Juscelino e seu companheiro fugi-
ram.
Não pode ser vendido separadamente
Aumento de
k impostos
^ Pág.3
^
com 3 suspeitos de seqüestros
reira até Foz do Iguaçu, de onde segui- A embaixada do Brasil em Assunção
ram de táxi até Assunção. também foi mobilizada graças a um avi-
A confissão dos quatro presos no Rio so da TV Globo. Logo na .manhã de
permitiu a imediata localização dos sus- ontem, os diplomatas ao consulado ini-
peitos em Assunção. Segundo o secretá- ciaram gestões junto ao governo para-
rio de Polícia Civil, delegado Heraldo guaio para localizar os brasileiros. Os
Gomes, seus agentes estavam desarma- três suspeitos de seqüestros tinham pas-
dos e não chegaram a dar voz de prisão a sado a noite numa cadeia; os cinco poli-
ciais ficaram numa sala do Clube dos
Nilo, Chocolate e Aloisio, mas convence-
ram-nos a acompanhá-los para o cárcere Oficiais do quartel; e a equipe da TV
no Rio. O delegado Elson Campeio, di- Globo e os tripulantes do jatinho pernoi-
retor da Divisão de Repressão a Entor- taram no hotel de trânsito de oficiais da
pecentes, coordenou do Rio a operação. polícia paraguaia.
Com um cheque pessoal, ele pagou CrS De início, os funcionários paraguaios
1,2 milhão pelo aluguel do jatinho da
se mostraram indignados com o que con-
TAM e será reembolsado, segundo o sideravam uma invasão de seu território.
secretário.
Depois, o tom mudou e os paraguaios
Os quatro policiais que foram de car- diziam que os agentes brasileiros esta-
ro não chegaram a se envolver no inci-
vam lá na condição de convidados. Só às
dente diplomático e voltaram ao Rio 17h de ontem, porém, depois de uma
mais cedo. Os outros cinco e a equipe da
TV Globo foram levados para o quartel- reunião no Ministério do Interior é que
central da polícia em Assunção logo de- os brasileiros foram liberados para a via-
pois de presos no aeroporto. gem de volta.
'1 *
Brasília não foi informada
pela Polícia Civil do Rio de Janeiro cia Federal (DPF), Romeu Tuma, fosse
para a captura de seqüestradores em pessoalmente à Assunção; que a Polícia
Assunção, no Paraguai, foi decidida Federal reconhecesse oficialmente que
sem que nenhuma autoridade federal tinha conhecimento antecipado da ope-
fosse informada. O governo só tomou ração; e que o repórter e o cinegrafista
conhecimento do imbroglio através de da Globo assinassem um documento
telefonema da Central Globo de Jorna- declarando que não haviam sofrido
lismo, que acordou o porta-voz da Pre- maus-tratos. O Itamaraty aceitou as
sidência da República, Cláudio Hum- três condições.
berto, às 23h30 de quinta-feira, para Ontem pela manhã, o presidente do
pedir que o Itamaraty fosse acionado Paraguai, Andrés Rodriguez, tele/onou
para liberar o repórter e o cinegrafista para o governador do Paraná, Álvaro
detidos junto com policiais e seqüestra- Dias, para insistir num ponto conside-
dores. O presidente Collor só foi avisa- rado crucial: a de Romeu Tu-
do na manhã seguinte e ficou irritado ma em Assunção.presença Álvaro Dias transmi-
com a atitude desastrada e desrespeito- tiu o recado a Tuma,
sa da Polícia do Rio. que entrou em
contato com o Palácio do Planalto. O
Mesmo tendo poupado o sono do
presidente Collor determinou que o di-
presidente, Cláudio Humberto, na mes- retor-geral do DPF embarcasse para a
ma noite, telefonou para o diplomata capital
Pedro Luís Rodrigues, que estava em dada uma paraguaia. Como já tinha agen-
viagem a Belém, cm compa-
Assunção desligando-se da embaixada nhia do ministro da Justiça, Bernardo
brasileira para assumir o cargo de sub- Cabral, e dependia de autorização do
secretário de Imprensa em Brasília. Itamaraty
Ainda na noite de quinta e madrugada na sua frente, para viajar, Tuma despachou
em caráter de urgência, o
de sexta-feira, começaram em Assunção Superintendente da Polícia Federal em
as tensas negociações entre os diploma- Foz do Iguaçu, o delegado Wilson Per-
tas brasileiras e o governo paraguaio.
pétuo, que embarcou com sua equipe
As autoridades paraguaias estavam para Assunção no vôo de I3h30.
revoltadas com os policiais brasileiros, O incidente apanhou o ministro da
que, segundo elas, violaram a soberania Justiça, Bernardo Cabral, e o diretor-
do país e agiram como se estivessem no do Departamento de Polícia Fe-
Brasil: invadiram um hotel fortemente geralderal (DPF), Romeu Tuma, em meio a
armados, prenderam os seqüestradores uma crise com o do Rio,
e rumaram para o aeroporto, onde o Moreira Franco, governador recusa a colabora-
avião fretado os aguardava para a via- que
ção da Polícia Federal no combate à
gem de volta. Não satisfeitos, os poli- onda de seqüestros. Tuma estranhou a
ciais brasileiros ainda desacataram os
colegas paraguaios. desastrada operação da policia civil do
Rio em Assunção e lembrou que tudo
Ontem, o governo paraguaio infor-
mou ao Itamaraty que liberaria jorna- poderia ter sido evitado com um sim-
listas, policiais e seqüestradores brasi- pies telefonema do governo fluminense
leiros com três condições: que o ao DPF.
Cabral afasta intervenção
BRASÍLIA — Apesar de uma pro- têm a devida prudência para entenderem o
posta nesse sentido estar sendo examinada que significa cooperação, colaboração,
pelo presidente Fernando Collor, o minis- ajuda e integração, já que o propósito do
tro da Justiça, Bernardo Cabral, afastou Ministério da Justiça e dos órgãos que o
qualquer possibilidade de intervenção no integram é apenas contribuir para que o
Rio de Janeiro sem pedido do governo
crime organizado não transforme qual-
estadual e aprovação do Congresso. Ca-
bral garantiu que "em nenhum momento quer capital do país em sede de seqües-
tros". E rebateu declaração de Moreira
o presidente da República ou o ministro Franco acusando-o de favorecer o crime
da Justiça pensaram em invadir a autono-
ao taxar a polícia do Rio de omissa.
mia estadual", mas criticou o governador "Eu não chamei a
Moreira Franco por recusar a ajuda da polícia do Rio de
Policia Federal para o combate aos se- omissa. Apenas, ao responder a declara-
qüestros e condenou a ação da polícia do ção do governador de que não se combate
Rio no Paraguai. seqüestro com marketing, acrescentei que
"Não só os também não se combate com a omissão.
parlamentares fluminenses Se a carapuça lhe ajustou tão bem, a
mas o povo em geral, quando soube que a
Polícia Federal iria colaborar com o esta- interpretação é dele, uma vez que a omis-
do, aplaudiu a decisão através de telefone- são a que me referia dizia respeito à socie-
mas, telex e telegramas, apresentando até dade como um todo", afirmou o ministro.
Quanto ao fato de o estado de defesa não
sugestões de projetos de lei. Mas o gover-
nador não quer, paciência. Ele declarou estar ainda regulamentado, garantiu que
que pode enfrentar o problema sozinho, mesmo assim o Congresso Nacional liave-
rá de encontrar formas para tomar a dcci-
com suas polícias Civil e Militar. Então, a
Polícia Federal se retira e fica aguardando são em caráter urgente, se necessário. "A
convocação", disse o ministro. vida humana está acima de filigranas juri-
Cabral criticou"autoridades que não dicas", disse.
Policiais retornam ao Rio
Os cinco policiais da Divisão de e Vladimir Melo Brasil. Soube-se que
Repressão a Entorpecentes que fo- eles deixaram o Rio de Janeiro na
ram com quatro colegas a Assunção madrugada de quinta-feira em dire-
para prender três brasileiros acusados ção a Foz de Iguaçu, com os colegas
de seqüestros chegaram ontem â noi- Fernando Rodrigues dos Santos,
te ao Rio, procedentes de Foz do Luiz Américo Rodrigues de Souza,
Iguaçu (PR), em um avião de carreira Paulo Sérgio de Oliveira Santos e
que pousou no Aeroporto Interna- Nélio Machado, inspetor que chefia-
cional. Eles tiveram que fugir do Pa- va o grupo. Foram em um avião da
raguai para não serem presos pela Vasp, no vôo 136.
polícia local. Levados por colegas em A Secretaria de Polícia Civil não
dois Opalas para a sede da DRE, sabia o que aconteceu em Assunção
tiveram que fazer um relato da opera- até a noite de ontem. O certo, porém,
ção aos superiores, embora estives- é que os cinco policiais, ao verem os
sem cansados e apreensivos. O portão colegas presos pela polícia paraguaia,
da DRE foi fechado e não se permiti- embarcaram às pressas no carro que
alugaram à agência Hertz e deixaram
ram entrevistas ou fotografias.
Os policiais que chegaram do Pa- a capital, partindo para Ciudad dei
raguai são Sérgio Luiz Rocha da Sil- Leste e atravessando a Ponte da Ami-
va, Rogério Barranco, Sidnei Jorge zade para Foz de Iguaçu, onde pega-
da Silva Paranhos, Édson Elias Neto ram o avião para o Rio.
Mais seqüestros na página 5
 ' A
' *
JORNAL DO BRASIL WM?
2 o Cidade o sábado, 14/7/90
H:-
I .
Tempo Grace May Domingues ¦1 *
t Grace
Instituto dt> Pesquisas Espaclaia Instituto Nacional de Meteorologia Observatório Nacional
NAS CAPITAIS INVERNO NO RIO
nascente ,.6h33min '
O 6o Distrito de Meteoro-MS Omni* C*Mim poente... I7h23min %*•
máx. min. , ' fu,
Belém logia prevê nebulosidade na 31,2 23,4 - •• -\,'l •
Observatório Nacional
Boa Visla madrugada e na manhã pas- I.
Macapá sando a bom durante o dia. A m
Manaus nascente .23h40min
Porto Velho temperatura poderá entrar wj poente... ,IOh39min f
*~ "~y?" a máxima ficar
—^ m£t*f Rio Branco em declínio
emdeclmio e
e^amfaima^ ficar r ff/\ ® ft-?.),
Miracema entre 23° e 24°. A mínima p uvÀ Y
Aracaju
desta madrugada já terá sido S^IJ|\^ fl ¦
Fortaleza n
M João Pessoa mais baixa entre 12° e 13°. - ? »5
^'.T ^Maccid Maceió O O ServiçoServigo Meteorológico
Meteorologico da Marinha con- con- cm* nmgunu
\ Natal S I •
¦¦¦¦EJIK^Hi^Hkfr | /\ ^|§|yg#l Recife
JJjJ* ^'® firma o tempo bom e a nebulosidade variavel,
variável, jsaxn %
^— ^cutoM# B I
i \ ooUMa > \ Salvador
Salvador 24*o 22^0 f§ ceu meio encoberto. Os ventos sopram de
com céu de P^gSl
f São Luis sudeste e nordeste com velocidade variável, |^^S|
Teresina {.(•'' -
|| J /5&m* cty°? ||_ • . -^*<^fe> I""!"3
Brasília fj-jj it fraca a moderada, entre 10 e 15 nós. nos. As ondas
ondas iWBI L, mm
^ formadas por estes ventos têm tem lm e l,5m 1,5m ee m
Alta Pressão Polar
^IL |y».nd. Campo Grande
CampoGrande in 12^8 ft iR!f® fesfl %}
") 1 niiiii«iiTi BCT /""""\ •—nvmmmm&mM Cuiabá Culabi 28.9 15.0 intervalos regulares segundos. 21 a29/7
de 4 e 5 segundos.
regularesde4e 29/7a6/8
|-| Goiânia F< ' ' •
»lf S^4.
Belo Horizonte !„•;! 11 A visibilidade vai ser boa durante todo o
0 dia
dia Diretoria
Dirftona de Hidrogratin
Hidrogratia e Navegação
Navegacfto P
I *m «¦«•. MA **»¦ . São Paulo :! I e seu limite máximo
maximo serásera de 20 quilômetros. IKH ¦'
WKkfflJFim^W quilometros. MARES
-t -_JL .T ftti oc—*ona" -^yVs Vitória
Vil6ria 21,4 l8-4 S A Feema informa que queas as praias do Pepino,
Pepino, prUrll^^^
W^KSwtMr*^^^r | ^; • m
WHmmtriiEr XIX I HitMty*" 1 > JBMSi* / Curitiba
£"ri!ib» , .
••••
JJ || Vidigal, Arpoador, do Diabo e do Leme estão
estao 06h41min
06h4imin o,9m
^ Florianópolis l8hS8min
"hs».nin o.8m /
I t W/ A'•. Porto
aSSX? Alegre 204 iu> em toda a sua extensão
suaextensao livres da poluição
polui?ao en-
en- '
^VrJKm J° vlv"
-^P-, lUf cbUYM Sil^k 1
• - •'1 1 ' quanto São Conrado, Leblon, Ipanema e Co-
Ko^djUblon, Co- 14h26mjn
.^min o,5m vitM k
__ U% ¦ '¦
pacabana têm restrições. 23hOOmin
' EFE. UPI
AP. 7JV- * -•»'
NO MUNDO, ONTEM ^v
v
I Temperaturas amenas e céu
ceu claro no Rio
Rio f & ,';H

A imagem da AméricaAmerica do Sul Sul demais regiões. formagao de

regioes. Houve formação de
de Nuvens Nuvens isoladas de uma baixa trai estao cobertas pelas nuvens das
tral estão das J no™i««**J Pmjm} ii
%. .
baixas mas o Equador, o
o lunAnfuy" ^
'm obtida pefó
pefo satélite
satelite Goes-7 mostra
mostra geada, o que significa uma baixa pressão tropical foram vistas no in-
baixa pressao in- pressões
pressoes '
algumas novidades. As baixas pres- pres- até minima nacional foi mar-
0°. A mínima
ate 0o. terior do continente,
mar- terior sobre a região
regiao Peru, a Bolívia,
Bolivia, o Paraguai e o Chi-
Chi- fy /« a. Nova mm / Tóquio T6quio
com 8o.
8°. Norte, ter chuvas, le têm
tem o tempo bom. No caso dos
dos c*'ro oceano OCEANO it. •
soes^ubpolares entraram em dissi-
sões/áubpolares dissi- cada em Porto Alegre, Norte, que poderá
podera prin-
prin- I ¦
litorâneos,
litoraneos, a influência
influencia é
e da
da PACÍFICO
PAC F,co
Mi Da^ao e restam poucas nuvens no
pa^ão no regiao Nordeste, há
Na região ha muita cipalmente
cipalmente no Amazonas e Rorai-
Rorai- países
paises
'extremo
extremo Sul do continente. A possi- nebulosidade da frente fria que se se ma. pressao subtropical do Oceano
alta pressão Oceano 'i( •.it
possi- ma. A nebulosidade das baixas baixas Ifcuota*—v | S Jvr r~\ ;
forma^ao de uma nova
bilidade de formação nova encontra no litoral, mas foi prolon- press6es tropicais está dominante
esta dominante Pacífico,
Pacifico, enquanto no interior pre-
pre- I mod* OCEANO y __V^
yl'v pressões valece a massa Iociano \L ociano
J*n*Woc«*NO Indico
Indico 1/j
improvavel e oo
frente fria parece improvável gada no interior por uma baixa baixa na Vene- polar.
polar. J }
na fronteira do Brasil com a Vene- ATLÂNTICO
ATLANT,C°L/j„h.»..burao
tempo vai permanecer bon> bom. na re- re- pressao tropical.
pressão Apesar das chu-
chu- zuela A alta pressãopressao tropical do Ocea-
Ocea-
zuela, toda encoberta, e em parte pacífico
MC(FICOl •%u^nAlrm.
i giao Sul.
gião Sul. vas, a temperatura permanece está- esta- '
f f
. . rnlAmhia parte Acre Atlantico tem seu espaço
no Atlântico espa?o reduzi-
reduzi- N J •/fs
com a fronteira da Colômbia. Acre
A massa de dearar polar que se seen-en- elevada. O
vel eeelevada litoral Norte do
Ohtoral do e do e se encontra fora do ângulo
angulo de
de CMadt ComSçtM mix-min. ^
f Rond6nia têm
e Rondônia tem o0 tempo bom, li- li- f > ,
m} contra no Brasil modificou a tem- tem- Rio Grande do Norte até ate o Mara-
Mara- 5 , , visao do satélite.
visão satelite. Uma pequena pequena cua* cond^M ma.min. Havana nublado 31ji 2424 om* &*<&- nfa-mh.
Havana nubiado
não
aas nuvens, mas nao ao ec
vres das do declí-1- Amsterdã
Amsurda claro dam :s u Johannes- Montevidcu
Montevidéu claro
ciaro 20 s Hv':>
" das regiões
regioes Sul, 1J"v'wlv eve
Sudeste nhão
">
nhao ée uma exceção, y ¦>
exce?ao, com o0 céu
ceu .vres , jpmnpratlira nue foi influen- parte*.r desta massa de ar está esta situada
situada
hyfe& peratura
57 y , . ' nio da
aa temperatura, que 101 influen-
miiuen x J .• . Atenas claro
claro 34 22 burgo
burgo claro 14
claro 14 33 Moscou nublado nubiado 20 II
frv. Gentro-Oeste. As máximas
maximas e mini-
mini- claro. O bom tempo também tambem bene- n10 no jsjorte do continente, o que per-
n0 Norte Berlim claro
claro 22 12 Lima
Lima nubladonubiado 1818 1414 Nairobi nublado
nubiado 23 8 I *
wit do Amapá, ciada pela massa de ar polar.
Amapa, ciada polar. do Amapá
Amapa ao Rio
Rio Bnueias claro
Bruxelas ciaro 26 i6 Lisboa
usboa NovaDdw claro
claro 2929 1717 NovaDdhi
ciaro dam 3427 lit-
mas entraram em declínio,
declinio, que foi
foi ficia o litoral do Pará
Para e n mitiu o céu
ceu claro nublado 19 16
i; i n , ,, 1* ., 1 m ,a 1 » j do ¦ *. Buenos Buenos Airesclait) 18 9
Airesclaro Londres
Londrcs claro 27 1515 Nova Iorque
claro 27 lon^uc nubiado
mais acentuado no Sul do que nas nas já
ja na região
regiao Norte.
Norte. A A Colômbia
Colombia e a América
America Cen-
Cen- Grande Norte.
Norte. nubiado
Cairo nublado 35 21 Los
LosAngclcs nubiado 3636 2525 Paris
Angeles nublado daro
claro 29 15 I
Vy Chicago Chicago nublado nubiado 23 15 Madri
Madri daro
daro 37 37 2020 Roma claro
claro 25 18 'S!
_ ' ^ . 1 ' '" Copcnhaguc
Copenhague nublado
nubiado 20 14 México
Mcxico nubiado Toquio chuvas
nublado 2424 1313 Tóquio chuvas 23 18 k\
Gracc May Domingues n»
dc Grace Radio JORNAL DO BRASIL AM (940 KHZ) às
ni Rádio &s 7^7,8819 norns d»
e 9 horas nunha ec às
d> manha as I8h50
18h50 de scguiKi> » sábado,
dc segunda Gcnebra Genebra -claro -ciaro 28 ii Miami nubiado 3939 2424 Viena
vicna ciaro 12 2s
claro
^ Acompanhe lambem
Acompanhc prcvisao do tempo de
tambem a> previsão Miami nublado
'>£
•vt ^ m ¦
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|i Serviço
Servigo Horoscopo
Aulo—Socorro Gafanhoto, 273-5495; Auto— Auto— Realengo: Farmácia
Farmacia Capitólio,
Capitolio, Rua Marechal
Marechal ra. Avenida Fernando Matos, 162, tel. 399- §:
r { Divisao de Qualidade de Vida, 234-8501; e Auto—Socorro
Divisão
WPfinriimmiHnf Velores, 293-9035 e 293-9085.
Divisao de Vetores,
Divisão 293-9085. Socorro Socorro Forcar,Fercar, tel. 208-1706 e 208-0828; ee Andrea, 282, tel. 331-6900 (dia e noite).
Soares Andréa, noite). 5522 e 399-8822. ARIES
Jj Aula—Socorro Auto—Socorro Santos, tel. 284-9094 e 264- 264- Farmacia Vitória,
Bonsuccsso: Farmácia Vitoria, Praça
Praga das Na- Na- Urgencias clinicas e oriopedicas • Laranjeiras, 21 de marijo a 20 de abril I¦
t' Comissuo
Comissão de Defesa do Consumidor
tie Defcsu Consumklor Telefones úteis liteis 9031.toes, • ções, 160, tel. 260-6346 (até (ate 23h).
23h). Clinica Enio Serra, Rua Soares Cabral, 36, tel. A Lua enfatiza suas emopSes, tornando- Y)l<
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(Câmara Praga (S)/i „ „ r ¦, ,™ Meier: Méier: Farmácia
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de lOh àsas 16h.
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254-9834. Jacarepaguá,
Jacarepagua, 7.912, tel. 392-1888 (dia e noite).
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- .p Secretaria Municipal dc
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(direto) e 233- ¦¦¦¦ Anibal de Mendonca 135 tel 51 1-0995 $\yW\
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ini iS; m(direto)
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-45-5860, 265-8444,
.65-8444, 285-7443 e 284-3391;284-339ICu- Ca- beiro,
beiro, 646, tel. 255-3209 e noite).
noite). 131, tel. 264-3647. que seus objetlvos e profissio-
224-0989.
"4-°989-de de lOhàs
1011 as I6h.
l6h- S rioca, tel. 257-2221,
25?-pi, 257-0999, 257-2569 e 256- 256- Leblon:
LMm. Farmácia
Farmkia Piauí,
piauii
(dia
Avenida Ataulfo
Atau|fo de
de iv' Emergências
EmerginCiaS Pronlos-socorro^ na|s se]am atlng|dos.pessoais Ansledade. M '
$ 0409; Chave
de • q,5q' 9- //»• do Méier, tel. 261-4461
'isf/; e 594-
Paiva,
(Superintendencia Municipal de
SMTU (Superintendência 9279; e Grande Rio, tel. 352-2866. Paiva, 1.283, tel. 274-7322
274-7322(dia (dia e noite).
noite). V Ji Prontos—socorros cardíacos - Lagoa,
Promos—socorroscardiucos- Lagou, i'nlfnoPtel. 235-7469,
sala408, GfiMBOS
Centro Espec -
Transportes Urbanos): Rua Fonseca Teles, Teles, Barra Barra da Farmacia Piaui, Estrada da
tlu Tijuca: Farmácia da Prontocor, Rua Professor Saldanha, 26, tel. tel. 21 de maioa20dejunho
j: 121, 13" andar, São Cristovao. Tel.: 284-5588,
Sao Cristovào. 284-5588, Barra. Barra. 1.636, bloco E, loja E, Art Centcr, Center, tel.
tel. 286-4142; Tijuca, Prontocor, Rua São Sao Francis-
Francis- Dia de muita combatividade. curiosidade W\
iso e '
de9h
deyh asàs I7h.
17h. 399-8322 399-8322 (dia e noite) noite) co Xavier, 26, tel. 264-1712; Bolafogo,Botafogo, Pró— Pro— para ajudar amigos e participar de %
./ Feema (Rio): Disque Meio Ambiente, 204- 204- IjSZ® Atendimento no Grande Rio. 24 ho- ho- Cascathirti:
Cascadura: Farmácia
Farmacia Max, Rua Sidônio Sidonio Paes,
Paes, Cardíaco.
Cardiaco. Rua Dona Mariana, 219, tel. 286-
286- ¦ A publicagSo destas informagfies 6 atividades soclais e comunit^rias. Ansia 7;'f
polui?ao acidental, 295-6046;
0099 e 204-0999; poluição 295-6046; ras'dia: Auto—Socorro Botelho, tel. 580-9079: 580-9079; 19. 19, tel. 269-6448 (dia e noite). noite). 4242 e 246-6060; Barra da Tijuca, Cárdio Cardio Bar- Bar- gratuita e leita a crit6rio da redaqflo. . pelo futuro, deixando de viver com so-
briedade e reallsmo cada minuto do seu
momento atual. Evite a solldSo. I
S _ J „• __ V. 21 de Junho a 21 de )ulho
¦<j{ lotVLciUX XllIlO Uma (ase mais ativa, Impulslva e indivi-
—•— . 4
{.' —— ¦ duaijsta, vivendo situapdes novas e mo- ft :
mi rARtrmn
GARFIELD nAuiq JIMJIM DAVIS DAVlb ASAcrnnPAC
COBRAS
COBRAS VERiSSIMO mentos de muita excitapSo e dramatici-
. fy, dade. Assuntos ligados k famllia exigem
CESTOVA^) ESTAVA C PEV ERIATER
PEVERIATER' Ottfi &/AMpeR*2.A sua atengfto total. Fase de apertar o }
/*| IW/iSTIGPvDO?
f^ASTlG^DO? n-^HAi AOto
FtfisHA, PPHO <sue tssra"
WE esrá" cinto e cortar despesas sup6rfluas.
V ( ÓTIMO!
dTinAO! X
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^T~rC\ ^-0^4 -foHK WAWA H32A EU ME?
mv\ ve&ova V HCPA &) w mx) J
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<0r^ "i,. X D-'yifW s *y^
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1/ :SfU. *y. ^ ve - Nao se culpe por estar mudando a cada
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TCHAP. MtWHA*
MIWHA9 fPÓFWAí?
f¥OFP\Pf? ^ dia, pulando vertiginosamente do mais
^ 'TbKK>^w f Y&' 7<»1 PfiSl T-/^JAo\ alto astral ao pessimlsmo e d exata auto-inibi-
kJL\ ' s J i i(Jr^ —- —'xvi. Vi g§o. A oposipao Sol-Saturno, hoje '
' ¦ '; .* IBBi ^ V„/HT bwafl J /T\ A tarde, traz insatls(a?8o pessoal e um
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Pf^A'ZER DE EM-
EM- pi'pflac'Mc, romp.' cjoDRp E E ASSIW QUE^)PARE(
ASSIM QUEJ PARE< NA.O VEOO COMO
COMO)ll ESTP^ EM CiTIMA PORQUE EU CON- das' medos e insegurangas. partes
.¦ •'t TT?EGAF{ A COBIÇADA
,TT?ESAF{ COBI^ADA PENA
PENA
PARABÉNS, BOMB! SOU8E
que VOCÊVOc£ TAMBÉM fO UM X O CASO
Cft&O "SC-EGO#!? NÃ.O
^C-EGONif POSSA PERDER/ SITU A9S0.. POR
posSAPERHER/ TEl PRA VOC.g A mais tensas do dia sfto a manha e a
•PF^ETA QUE TAMBEM 6' 6' . QUE A TRlSTEZft? SITlJACAO DELE&, tarde. A noite pode ser radiante.
M PPETA AO ÊNCANAPOR
&NCANAUOR bom PEM,
BOM EMM DANCA DE CHUVA-i
PAmgA PE
PANÇA GWWj CHUVEIRO
\qu^j
CHUVfl! (CHUVElRo\ SERÁ'
SERA' APRE- )V\N-
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TF^lBO! EMA BOMBAS"
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CECLARO V ZTV (PAniCa.)
PAniçA./ —,| \\ A X-P 'everelro a 20 de margo
A 20 decobre
> O ÍNDIO UO
o INDIO VO Mês!
M§5! dos^ outro^co^sas^qi^e^|6 vocfi »»1
Nao \'
p.

I A.
 JORNAL, DO BRASIL
Ônibus
Os rodoviários terminaram ontem a
greve iniciada quarta-feira. Conseguiram
a metade do reajuste salarial que reivin-
dicavam — 44% em vez de 90% — e
o
V.\\ para a população sobrou o aumento das
passagens — em —, média, 43,49% no mu-
nicípio do Rio embora a Medida
Provisória 193 do governo federal proíba
esse tipo de repasse. Os novos salários e
tarifas vigoram a partir de hoje.
Nas principais linhas do Rio, a passa-
gem sobe 41,7%: de Cr$ 12 (cobrada
desde 3 de março) para CrS 17. A tarifa
mais barata, das linhas Estrada de Fer-
ro-Castelo e Hospital dos Servidores-La-
pa, passou de CrS 8,20 para CrS 11,50
(aumento de 40,2%). A mais cara, da
linha Santa Cruz-Largo de São Francis-
co, aumentou 41,66%: de CrS 48 para
. ;v
CrS 68.
Motoristas e cobradores queriam
equiparação com os colegas de São Pau-
3$ lo, que ganham CrS 34.954 e CrS 20.176,
respectivamente. Mas tiveram de conten-
tar-se com o que foi acertado entre os
donos das empresas e as secretarias esta-
dual e municipal de Transportes: moto-
rista passa a ganhar CrS 26.414 e cobra-
dor, CrS 14.608,80.
Muitos ônibus já circulavam pelas
ruas do Rio quando cerca de 220 rodo-
viários iniciaram às lOh uma assembléia
para decidir os rumos da greve. Embora
não tenham faltado oradores exaltados,
dispostos a manter a paralisação, em 20
minutos foram discutidas todas as pro-
postas e se decidiu pela volta ao traba-
Metrô e barcas mais caros
Os preços das passagens do metrô, Paquetá, de CrS 17 para CrS 27, de
mesmo em greve, dos aerobarcos e dos segunda a sexta-feira (58,82%) e de CrS
bondes de Santa Teresa aumentaram 55 para CrS 90, aos sábados, domin-
40% a partir de hoje. Domingo, aumen- gos e feriados (63,63%); e Mangaratiba-
ta o preço das passagens das barcas. As Ilha Grande-Angra dos Reis, de CrS 26
passagens do metrô voltam a acompa- para CrS 40 para moradores (53,85%) e
nhar a tarifa modal do município do de CrS 150 para CrS 250 para turistas
Rio, passando de CrS 15 para CrS 21 o (66,66%).
preço do bilhete unitário. O duplo pas-
sa de CrS 27 para CrS 37, o de 12 viagens das
de CrS 150 para CrS 210 e o mensal de compensar
CrS 450 para CrS 630. Os bilhetes de custos de manutenção e 63,79% nos
integração metrô-ônibus e metrô-bar-
cas custam agora CrS 35 e os de metrô-
trem, CrS 25.
A tarifa das barcas que fazem o tra- riais. A última vez em que os preços
jeto Rio-Niterói passam amanhã de CrS das barcas foram aumentados foi em 15
11 para CrS 17, representado aumento de de março. Os aerobarcos passaram de
54,54%; Praça Quinze-Ribeira, de CrS CrS 120 para CrS 170. E os bondes de
16 para CrS 25 (56,25%); Praça Quinze- Santa Teresa de CrS 11 para CrS 17.
• f
Metroviários mantêm greve
V|':
Em assembléia realizada ontem à tar-
de, os metroviários do Rio decidiram
manter a greve, iniciada há 9 dias. Eles
recusaram a proposta feita quinta-feira à
noite pela direção do Metrô, que ofere-
ceu abono de 50% sobre o salário-base,
auxílio-alimentação e salário-família a
partir de julho, como forma de antecipa-
ção do dissídio coletivo que será julgado
em agosto, pelo Tribunal Superior do
Trabalho. A decisão de voltar ao traba-
lho com as roletas abertas aos usuários,
tomada em assembléia anterior, foi des-
cartada, temporariamente, para não pre-
judicar o avanço das negociações com a
empresa.
O Sindicato dos Metroviários infor-
mou, por carta, a decisão da assembléia
à direção do Metrô. Na segunda-feira, os
grevistas realizam nova reunião, às 16h,
quando a greve poderá ser suspensa se a
empresa concordar com a proposta do
sindicato, aprovada ontem. Eles querem
(!/
abono salarial de 60%, que deverá ser
descontado apenas quando for julgado o
I
Portaria
autoriza
2 roletas
O presidente da Superin-
tendência Municipal de Trans-
portes Urbanos (SMTU), An-
tônio Maia, assinou portaria
autorizando a instalação de
duas roletas nos ônibus, uma
delas mais próxima da porta
de trás, para dificultar a ação
de assaltantes e caloteiros
(passageiros que descem sem
pagar). A primeira roleta vai
impedir o retorno do passagei-
ro, obrigando-o a passar pelo
trocador.
A roleta auxiliar terá no
máximo 92,5 centímetros de
altura e ficará a 25 centímetros
de distância do último degrau
da porta de embarque. A role-
ta do trocador será instalada
no meio do ônibus; no lugar
'.flf que ela ocupa atualmente, ha-
verá mais um banco de pas-
K' sageiros. O novo sistema é fa-
¦V* cultativo e foi instalado em um
¦ti ônibus da Viação Capricho-
sos, linha 774 (Jardim Améri-
ca-Madureira), que está pron-
?>] to para circular.
DUVIDAS SOBRE
ASSINATURAS?
' IV
LIGUE ASSINANTE:
JB
mm Ib
sábado, 14/7/90 o Cidade o 3
volta a circular e sobe 43%
passagem
Fernando Lemos
lho. Mesmo afirmando que "o novo sa-
lário não representa uma vitória", o
presidente do sindicato do"osmunicípio, m
Luiz Martins, admitiu que 44% são União pode vetar
a única saída numa hora em que todos os
trabalhadores estão sofrendo arrocho sa- aumento de tarifa
¦-2*-
larial".
Bem cedo se formaram filas nos pon- 1 Se ficar provado que a majo-:>2
tos das zonas Norte, Oeste e da Leopol- ração das passagens de ônibus se. -jj
dina, com muita gente reclamando do deveu ao reajuste salarial de mo- ' -sj
trânsito tumultuado. Às 7h, a empresa toristas e trocadores, o que con- ^
Redentor já tinha 30% de sua frota, uma traria a Medida Provisória 193, o ^
das maiores do município, circulando em
governo federal recorrerá aoTJF >;
Jacarepaguá. Mas na Zona Sul os ônibus contra o aumento. A informação
só começaram a aparecer às 1 lh. Várias foi dada ontem, em Brasília, pelo ** >
firmas continuaram usando os esquemas
chefe do Departamento de Abas-
de emergência adotados durante a greve: tecimento e Preços do Ministério
Kombis, camionetas e até caminhões pe- da Economia, Edgar Pereira. Ele
gavam empregados nas proximidades
espera receber as planilhas de
das estações ferroviárias, principalmente custos das empresas, para anali-
Central, Cascadura e Madureira.
Manteve-se a permissão de estaciona- sar o acordo entre empresas e ú
mento em todas as áreas do Centro, que rodoviários. Para coonestar o re- ' 1
sofreu com os engarrafamentos. Em No- passe, o presidente executivo do ; •
va Iguaçu, foi grande a correria para Sindicato dos Proprietários das
pegar um lugar nos ônibus lotados, mas Empresas de Ônibus, Eurico Ga- M
não houve tumultos. Em Nilópolis as lhardi, havia sugerido, quinta-fei-
filas eram gigantescas e muitos ônibus ra, um artificio que definiu como
"solução calhorda": "mascarar
saíam com pessoas penduradas nas por-
tas. Na Avenida Brasil, a situação só se os gastos com pessoal e reajustar
normalizou às 12h, quando os ônibus já as passagens através de aumentos
circulavam a intervalos regulares. Em dos insumos que entram na plani-
Niterói, principalmente na Praça Arari- lha de custos". A lei não proíbe o
bóia, o movimento foi intenso desde as repasse de gastos com insumos.
6h e houve retenções do tráfego na pon-
te. Em Madureira, como em todo o subúrbio, foi grande a correria para arranjar lugar nos ônibus lotados
Vacina contra
Marcello aumentará impostos
meningite será
se Moreira reduzir o ICMS
[< na terça-feira
Os impostos municipais no Rio de dentes a CrS 5,2 bilhões no câmbio A segunda etapa da vacinação contra
Janeiro serão aumentados, se a Assem- ST * comercial). a meningite começa na próxima terça-fei-
A Conerj informou que o reajuste bléia Legislativa aprovar o projeto do Na hipótese de os impostos virem a ra. Ao contrário da primeira fase, que
governador Moreira Franco que esta- durou duas semanas, desta vez serão ape-
passagens das barcas servirá para ser aumentados, fatalmente serão atin-
o aumento de belece novos parâmetros de distruição o> xjfiammf. ¦< •/ nas 10 dias úteis, até o dia 30. Estarão
da arrecadação do ICMS - Imposto de a. mM.. gidos o IPTU (Imposto Predial e Terri- funcionando, das 8 às 17h, 140 postos —
conservação, torial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre
entre março e e nesse índi- Circulação de Mercadorias e Serviços. os mesmos da primeira fase. Todas as
junho que, Serviços), justamente as principais fon- crianças de seis meses a nove anos de
ce, não estão incluídos aumentos Sala- A ameaça foi feita, ontem, pelo prefeito tes de arrecadação do municípios e as
Marcello Alencar, 64 anos, que ainda idade que tomaram a primeira dose em
que atingem o maior número de contri- maio—1.541.134 — devem ser vacinadas-
não se conformou com a tentativa do
buintes. novamente.
governo estadual de repassar para cida- "Não me restará outra alternativa", O coordenador das Ações de Saúde'
des do interior do estado parte do da Secretaria Municipal de Saúde, Fer-
ICMS até então ficava com a capi- lamenta o prefeito, para quem a tentati-
•tal. que va do governo de alterar a distribuição nando Maia, explicou que o período de
do ICMS é totalmente equivocada. A vacinação foi reduzido após avaliação da'
Pelos cálculos do prefeito, o Rio de primeira etapa, quando 80% das crianças-
Janeiro perderá perto de CrS 500 mi- questão está em pauta na Assembléia foram imunizadas na primeira semana'."
Legislativa do Estado, que está em re-
dissídio da categoria. Em maio, o Tribu- lhões por mês em arrecadação. Recur- Segundo Maia, a empresa Becton-Dic-
sos suficientes, por exemplo, para co- cesso e foi convocada extraordinaria- kinson forneceu certificado de garantia de
nal Regional do Trabalho concedeu re- mente, no final desta semana.
posição salarial de 166% aos metroviá- brir as despesas de manutenção da rede todas as agulhas, que foram trocadas de-
rios mas a empresa não concordou com hospitalar do município. A polêmica questão do ICMS, que o vido aos acidentes ocorridos na primeira
o índice, recorrendo ao TST. Na segun- Marcello, que está coordenando prefeito insiste em classificar como uma fase da campanha, quando três crianças
"manobra
da-feira pela manhã, a direção do sindi- uma campanha junto com os segmentos política", é defendida pelo tiveram problemas em conseqüência da
cato vai explicar os motivos da greve ao representativos da cidade para evitar Palácio Guanabara como a "maneira quebra de agulhas.
Procurador Regional do Trabalho, Car- que a Assembléia aprove o projeto, faz
mais eficiente" de distribuir melhor os Os pais devem levar seus filhos aos
los Eduardo Barbosa. Marcello: manobra eleitoreira recursos públicos e evitar desequilíbrios mesmos postos em que foi dada a primei-
questão de afirmar que a alteração no financeiros no Estado. No entender do ra dose e não podem esquecer de apresen-
O presidente do sindicato, Rosalvo sistema de distribuição do ICMS não
Costa, disse que "a proposta de abono "uma manobra para redistribuí-los aos municípios mais governador, são essas diferenças que tar a senha ou comprovante que rccebe:
passa de política de carentes do interior. Os últimos dados ram na ocasião, do contrário as crianças'
de 50% não é suficiente para compensar Moreira". provocam o esvaziamento econômico
"Trata-se de uma medida da Secretaria Municipal da Fazenda do interior e os incontroláveis exôdos não serão vacinadas. Aquelas que foram
as perdas salariais até que o TST julgue o puramen- vacinadas no dia 21 de julho, após ò
reajuste, mas representa a abertura das mostram que o Rio vem sofrendo uma internos que acabam trazendo proble-
te eleitoreira. A cabeça do Moreira não encerramento da primeira fase, no Hospi-
negociações com a empresa". Por isto, o é branca à toa. Ele gasta muitos neurô- queda de arrecadação de 20% ao mês. mas para a metrópole do Rio de Janei-
Tamanha queda de receita é provo- ro. tal Municipal Jesus, em Vila Isabel, e no,,
sindicato acredita que será possível nego- nios fazendo maquinações o dia todo. Hospital Estadual Rocha Faria, em Cam-
ciar o pagamento dos 60% definidos na cada, no entender dos técnicos da Pre- O prefeito, como era de se esperar,
Isso saiu de um laboratório de inten- feitura carioca, pela recessão, que já po Grande, só podem tomar a nova dose,,
assembléia. O sindicato quer ainda que a não concorda com tal argumento. Para no dia 9 de agosto, nos mesmos locais.
empresa se comprometa a não descontar ções ocultas", desabafou Marcello. está provocando estragos na economia ele, se a cidade do Rio de Janeiro res-
Arrecadação — A irritação não
Crianças com febre ou estado de
os dias parados e que aceite a reintegra- do carioca. A ponto de o prefeito Mar- ponde por 80% da economia do Estado infecção aguda não devem ser vacina-
ção dos 260 funcionários demitidos na está ligada apenas às conseqüências po- cello Alencar ter mandado rever todo o e sustenta 75% da máquina administra- das. Para esclarecer dúvidas, equipes
greve anterior, em maio. Esses funcioná- líticas do projeto de Moreira Franco programa de investimentos do Rio que, tiva fluminense "nada mais justo que especializadas vão ficar de plantão noS
rios continuam trabalhando por força de que, em tese, pretende tirar os CrS 500 há três meses, ostentava o atraente su- receba uma parcela maior na partilha postos, e o telefone 273-0846 também
medida liminar concedida pela Justiça. milhões da cidade do Rio de Janeiro perávit de US$ 313 milhões (correspon- do ICMS". estará à disposição.
OAB apela
II
à Alerj
EMPRESAS SUGEREM ENGODO" por
servidores i
Este Sindicato, surpreendido com distorções publicadas pela imprensa, em
A OAB-RJ quer que o pre-
data de ontem, sob o título acima, atribuindo ao Diretor Executivo Dr. ¦ sidente da Assembléia Legislai
tiva, deputado Gilberto Ro-
Eurico Galhardi declarações e comentários sobre o reajustamento de tarifas
drigues, convoque os parla-,
de ônibus neste Município que não correspondem à posição dos empresários mentares para sessão
de ônibus permissionários desse serviço público, ratifica as declarações do MM extraordinária a fim de aprèr
referido dirigente, que foram as seguintes: ciar o veto do governador Mof
reira Franco ao projeto quq
Io — Há acentuada diferença entre os custos reais do transporte
por ônibus NAO SE PERCA
concede aumento salarial de
oferecido à população e a tarifa de CrS 12,00 que vigora há 4 meses; 103% aos funcionários do Tri-
bunal de Justiça. Os serven-
2o — Essa diferença resulta de aumentos de março último para cá em óleo
tuários estão em greve desdó
diesel, pneus, veículos e peças de reposição; os salários dos rodoviários são 28 de junho, suspendendo o'
NOS
ainda os estabelecidos na primeira quinzena de março e^que estão bem abaixo andamento de milhares de'
dos salários da categoria em várias capitais; processos.
Para o presidente da OAB-i
3o — As empresas de ônibus, trafegando com prejuízos, não têm como CLASSIFICADOS. RJ, Cândido de Oliveira Bis-
arcar com quaisquer reajustes, necessitando de tarifas que assegurem a neto, "essa situação gera um"
clima de mais insegurança e;
manutenção dos serviços e evitem o seu colapso; mais injustiça", além de "au-
4o — As atuais autoridade*s do Estado do Rio de Janeiro e desta Capital, Consulte mentar o descrédito da popu-
responsáveis pela fixação de tarifas, que sempre agiram com honradez e Iação nos mecanismos institu-
a Consultan cionais, trazendo revolta e
critério no estabelecimento de novos preços para as passagens, saberão perplexidade". Também fez
encontrar, dentro da lei e do interesse público, soluções críticas ao presidente do Tri-
que ponham fim à e descubra bunal de Justiça, desembarga-
paralisação dos serviços que tantos prejuízos vêm trazendo à população; dor Pedro Américo Rios Gon-;
5o — A greve verificada no setor foi à revelia e contra a vontade dos a melhor opção ''Ele causa-
çalves:
empresários, que por todos os modos tentaram colocar veículos na rua, o intranqüilidade entre os advo-'
que gados quando prefere o tor-
nos acarretou mais prejuízos, com riscos de vida para os motoristas e em imóveis.
tuoso caminho de declarar á!
cobradores que nos atenderam e com depredações e incêndios de amplo greve ilegal, sem que tenha!
conhecimento público; qualquer competência para is-"
so." O presidente da OAB-RJ ,
6o — Outrossim, ao encontrarem as autoridades do Estado do Rio de CONSULTAN teme com o impasse, as;-
Janeiro e deste Município, dentro de sua competência constitucional, as I? Imtiwis ¦ tensõesque,cheguem a "limites;
condições legais que lhes permitiram autorizar os reajustes mínimos necessá- inaceitáveis".
rios nesta grave emergência, tiveram em vista não o interesse de nossas "Si
empresas, mas a preservação de serviço de cunho essencial e
que por isso não
pode e não deve ser interrompido.
Rio de Janeiro, 14 de julho de 1990
B|
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE
caderno que faz parte I
PASSAGEIROS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO O
cultura do pais. I
|| da
SETRANSPARJ
4 o Cidade o sábado, 14/7/90
«> ^;i,
Empresário
o dono de Jacarepaguá
0'cmpresário José Ferreira Lessa está
reivindicando na Justiça a propriedade
de todas as terras de Jacarepaguá, Barra
da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e
Grumari. Esta semana, o advogado do
empresário, José Alfredo Savedra, impe-
trou uma medida cautelar para garantir
os direitos de seu cliente na 9a Vara
Federal do Rio de Janeiro. E avisa à
União, estado, município e a quem ocu-
pe indevidamente as terras que vai tomar
"as medidas cabíveis." Segundo Savedra,
a lei permite que elas sejam reivindicadas
"verdadeiro dono"
pelo que, a principio,
não tem interesse em despejar ninguém.
Na ação, José Ferreira Lessa alega
que comprou todas as terras dos herdei-
ros do comendador Antônio de Souza
Ribeiro, proprietário das fazendas União
e Amil de Jacarepaguá, que englobavam
os atuais bairros de Barra, Jacarepaguá,
Grumari e Recreio dos Bandeirantes. Os
documentos do espólio do comendador,
que morreu em 1903, ocupam atualmen-
te uma sala de 30 metros quadrados. Os
registros começam em 1594 e vão até os
dias de hoje.
Nos documentos apresentados pelo
advogado, consta que, no século 16, as
terras da Barra c adjacências faziam par-
Barra da Tijuca é disputada
Não é a primeira vez que alguém se
proclama legítimo proprietário da Bar-
ra da Tijuca. Em abril do ano passado,
o libanês naturalizado brasileiro Moha-
mad Ismail El Samad ganhou na Justiça
o direito de tornar definitiva a escritura va-se que quem herdou as terras foi sua
de uma área de 20 milhões de metros
quadrados na área mais valorizada da
Barra da Tijuca, onde estão os luxuosos
condomínios Atlântico Sul e Nova Ipa-
nema, e alguns dos maiores shoppings e
supermercados da cidade — Barras-
hopping, Makro, Carrefour e Freeway.
Se a decisão da Justiça for ratificada, os
atuais proprietários podem se tornar
simples posseiros das arcas.
A ação de Mohamed barrou as pre-
tensões do chinês Tjong Aiong Oei,
proprietário da Empresa Saneadora e
Territorial Agrícola (Esta), que também
se diz proprietário da área. A intrincada verdade as terras pertenciam ao Viscon-
história de grilagem nas terras da Barra
da Tijuca já dura mais de três séculos.
Em 1668, o então governador da ses-
maria, Salvador Corrêa de Sá e Benevi-
MEC vai ajudar
a fiscalizar
BRASÍLIA — Funcionários do Mi-
nistério da Educação, de preferência entre
os colocados em disponibilidade e que
tenham o mínimo de conhecimento sobre
fiscalização, poderão ajudar a Sunab a
combater o aumento das mensalidades es-
colares. O oferecimento foi feito pelo mi-
nistro Carlos Chiarelli, diante do grande
número de denúncias sobre aumento.
O ministro esteve reunido com a supe-
rintendente da Sunab, Maria Alice Cunha
Fernandes, e com o diretor-geral da Poli-
cia Federal, Romeu Tuma, quinta-feira à
noite. "Nossa intenção é fortalecer a Su-
nab, para tornar a fiscalização mais rigo-
rosa", disse o ministro.
Chiarelli se confessou supreso com o
número de denúncias que chega diaria-
mente à Sunab. Só no Rio de janeiro,1^nos
últimos 10 dias, a delegacia da superinten-
dência recebeu 1.320 queixas contra o des-
E
Cláudio Paiva
' ^ "'¦
^
diz é paisagem que a gente pode avistar des-
que
te de uma sesmaria doada pela Coroa
portuguesa aos irmãos de Sá. Em 1843, a
família perdeu a grande extensão de terra
para a marquesa de Jacarepaguá, benefi-
ciada pelo Decreto 290, assinado por
Dom Pedro II. A marquesa também per-
deu sua fazenda para José Bernardino de
Sá, o barão Villa Nova do Minho, por
causa de uma hipoteca não cumprida.
Maria Joaquina, a única filha do ba-
rão, casou com o comendador Antônio
de Souza Ribeiro. O comendador, que
morreu no início deste século, tinha dois
filhos: Antônio de Souza Ribeiro Júnior
e Isidoro de Souza Ribeiro. Antônio,
filho mais velho, passou adiante os 50%
que tinha direito na herança. Os direitos
foram comprados por seis pessoas, su-
cessivamente, até irem parar nas mãos do
empresário José Ferreira Lessa. Ele tam-
bém comprou os direitos de sucessão das
netas de Isidoro. O valor das duas tran-
sações não foi revelado. No espólio, tam-
bém estão incluídas propriedades em
Macaé e Rio das Ostras e no Centro do
Rio. Segundo Savedra, uma ação reivin-
dicando a propriedade do terreno onde
foi construído o gasômetro já foi ganha e
está em fase de execução.
des, instituiu um morgado (propriedade
que não se pode alienar ou vender) para
sua família. As normas eram rígidas: a
sucessão ocorria por linha direta mas-
culina. Mas, até pouco tempo, acredita-
prima, Vitoria, que as teria deixado pa-
ra o Mosteiro de São Bento. Em 1891,
as terras foram vendidas para a Com-,
panhia Central de Jacarepaguá, que as
revendeu três meses depois para o Ban-
co de Crédito Móvel. Em 1958, a área
foi adquirida por Tjong Aiong Oei.
O libanês naturalizado entrou na
disputa em 1981, quando comprou o
espólio de Abílio Soares de Souza, pon-
ta de uma cadeia sucessória que começa-
va na época de concessão das semanas.
Ele alegou que o testamento de Vitória
de Sá nunca foi apresentado e que na
de de Asseca, filho mais velho de Salva-,
dor Corrêa de Sá. As terras chegaram ás
mãos de Mohamad depois de dezenas de
operações de compra e venda.
Sunab
escolas
respeito à Lei 8.039, que congelou as men-
salidades em valores de março. Só 231
foram investigadas, porque a Sunab tra-
balha com poucos fiscais. Mas a superin-
tendente não soube informar quantas es-
colas foram autuadas. "Só temos 538
fiscais, para atender a todo o país", recla-
ma Maria Alice.
Para evitar constrangimento aos alu-
nos, a Sunab mudou seu esquema de tra-
balho. A partir de agora, alunos ou pais
que fizerem denúncia não terão a identida-
de revelada. "O reclamante precisa levar o
carnê para comprovar a majoração de pre-
ços, mas seu nome ficará em sigilo", escla-
rece Maria Alice. O diretor-geral da Polícia
Federal também ofereceu sua
"Se algum fiscal da Sunab forcolaboração.
desrespeita-
do ou impedido de trabalhar, a Polícia
Federal interferirá, decretando a prisão
imediata do responsável", avisa Tuma.
CANTO
Para o animador
um ninho
Heloísa Tolipan
"O Rio de Janeiro
parece um ninho
cercado pela montanha e o mar. E a
se ninho é a mais bonita do mundo." A
frase é do carioca, artista-empresário-
animador cultural Perfeito Antônio
Fortuna Serra Lopes, 40 anos, promo-
ter no Rio de eventos culturais inova-
dores. Com o incentivo de artistas inte-
grantes do inquieto grupo teatral
Asdrúbal Trouxe o Trombone — que
mexeu com o teatro brasileiro na déca-
da de 70 —, Fortuna idealizou, no
verão de 82, um Circo Voador, na
Lapa, com estruturas metálicas cober-
tas por uma lona azul-escuro, que há
oito anos é um picadeiro de vanguarda.
Nas domingueiras dançantes do circo
nasceram grupos de rock e movimentos
populares de gente da zonas Sul e Nor-
te.
Perfeito Fortuna conhece bem a ci-
dade onde sempre morou. Ele passou a
infância e adolescência zanzando pelos
bairros de Bonsucesso, Leopoldina,
Ramos e Ilha do Governador. Nasceu
na Rua Nova Jerusalém, em Bonsuces-
so, "no pé do morro perto das favelas
Passeio Público
Melhor paisagem — "O relevo do Rio
é fascinante. Adoro olhar o Morro
Dois Irmãos e a Pedra da Gávea.
Acho que deveriam inventar o Rio by
night, um grande projeto para ilumi-
nar os contornos dos morros da cida-
de, como já foi feito com o Pão de
Açúcar. Realça a beleza do Rio."
Bairro — "Jardim Botânico. É um
bairro cercado por florestas, que me
proporcionam uma sensação de tran-
qüilidade."
Rua do Rio — "Nova Jerusalém, em
Bonsucesso. Foi nessa rua que eu nas-
ci e, depois de 40 anos, o nome Nova
Jerusalém está novamente associado à
minha vida em um trabalho incrível
que eu estou desenvolvendo junto
com a Cooperativa Extrativista da
Amazônia, formada pela Associação
dos Moradores da Vila do Céu do
Mapiá. Ali, estamos fundando uma
comunidade-modelo e ajudando os
povos da floresta." "Começar
Dica para o turista — o dia
tomando um suco no Balada, na
Ataulfo de Paiva, 620, no. Leblon.
Depois, subir até o Corcovado, pas-
sando pela Floresta da Tijuca. Se o
dia estiver bonito, seguir até Grumari,
dar um mergulho na praia e comer
peixe. Na volta, passar pela Academia
da Cachaça, na Rua Conde Bernadot-
ti. 26. no Leblon. E, à noite, passear
pelo Centro "A da cidade."
OfT-Rio — Amazônia. Acabo de
chegar de uma viagem de 15 dias e
atualmente é a minha grande pai-
xão."
Pôr-do-sol — "O do Arpoador. Na
década de 70, passava as tardes vendo
o pôr-do-sol do alto da pedra. Em 82,
quando o Circo Voador se instalou
ali, todos os dias viajava vendo aquele
céu todo vermelho e o sol se escon-
dendo atrás do Morro Dois Irmãos."
Praia — "Grumari e Barra da Tijuca.
Praia para mim é parar o carro, saltar
e ficar andando na areia. Uma longa
caminhada..."
"O do Centro
Prédio mais bonito —
Empresarial Rio, na Praia de Botafo-
go. Gosto desse prédio, porque o pro-
jeto de construção previu a preserva-
ção de várias palmeiras imperiais que
existiam naquele terreno. Elas estão
DO
Perfeito
cultural,
cercado
pela
da Baixa do Sapateiro e Nova Holan-
da", como gosta de definir. Na época,
seu pai "era um pré-hippy", que traba-
lhava como artesão fabricando bolsas
de couro, que o filho vendia nas ruas da
Zona Norte. Aos sete anos, para ajudar
no orçamento doméstico, depois das
aulas na Escola Bahia, na Avenida
Brasil, Perfeito trabalhava como aju-
dante de pedreiro. Nos finais de sema-
na, participava do coro e do grupo de
teatro da Igreja Nossa Senhora dos
Navegantes. "A minha relação com a
religião e o teatro sempre foi muito
forte", diz.
Ariano, místico, agitado, aos 13
anos Perfeito foi trabalhar como boy
numa empresa de ônibus. Com o seu
jeito extrovertido e sempre demostran-
do liderança, conquistou o patrão, que
o convidou a fazer a primeira viagem
de sua vida: conhecer Minais Gerais
num Cadillac rabo de peixe. Aos 16
anos, Perfeito estudava, trabalhava e
dirigia peças teàtrais, como Vida e mor-
te Severina e A paixão de Cristo, na
Igreja de São Geraldo. Com o grupo de
jovens dessa igreja, Perfeito Fortuna foi
preso no dia 13 de dezembro de 68,
durante a ditadura militar. Passou um
*** >*rv»'.^X-v.
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£-
Ipanema
Ipanema ~,
'* ¦ /!& <$&&&**&*'-''¦ Copumbmn*
:; . ;. - Arpoador
Arpoador:; ,;;;
em perfeita harmonia com a arquite-
tura do prédio."
Saudade — "Dos tempos de criança,
quando eu tomava banho de mar na
praia do Jardim Guanabara, na Ilha
do Governador. Era um lugar ainda
não destruído pela poluição."
Rio chique — "O Copacabana Palace
Hotel, na Avenida Atlântica, em Co-
pacabana. É um lugar que tem cias-
se."
Passeio — "Jogar futebol no campo
da casa do Chico Buarque, no time do
Polyteama."
— "Adega
Restaurante do Valentim,
na Rua da Passagem, em Botafogo,
para matar as saudades da comida
portuguesa (Perfeito Fortuna é des-
cendente de portugueses)."
Manjar dos deuses — "Adoro comida
japonesa. E pelo menos uma vez por
mês gosto de comer o sushi do restau-
rante Tanaka, na Rua São João Batis-
ta, em Botafogo."
Sorveteria — "Babuska, na Rua Rai-
nha Guilhermina, no Leblon."
Melhor papo — "Sérgio Cabral. Tem
a cara do Rio e é muito bom conver-
sar com ele."
"Não
—
Programa de indio gosto des-
sa palavra. Mas vou levá-la ao pé da
JORNAL. DO BRASIL
F
Fortuna
o Rio lembra
montanha e o mar
mês na Vila Militar, onde ficou na projeto do engenheiro Márcio Calvão,
mesma cela que Caetano Veloso, Gil- Perfeito Fortuna armou um rirco de
berto Gil e Ferreira Gullar. "Foi ali que tubo de ferro no Arpoador. Dois meses
eu aprendi a ter dignidade para enfren- depois, o circo se fixou na Lapa. "É um
tar as adversidades da vida. Naquela espaço democrático, onde em meio a
época, eu era apenas um suburbano apresentações de novos grupos musi-
que queria fazer teatro, ainda tinha cais, nasceu o projeto de uma creche
muita estrada para rodar e estava nu-
para crianças e até uma horta caseira
ma prisão", lembra. nos jardins do circo", define.
Formado pela Escola de Teatro da
Mas a vida cultural do Rio precisa-
Uni-Rio, na década de 70, o hippy
Perfeito Fortuna conheceu Luís Fer- va de muito mais. E, então, os três
amigos — Maurício Setti, arquiteto,
nando Guimarães, Evandro Mesquita,
Márcio Calvão, engenheiro, e Perfeito
Hamilton Pereira, Patrícia Travassos e
Regina Casé. Aí nasceu o Asdrúbal Fortuna — agitaram um novo centro
cultural: a Fundição Progresso, uma
Trouxe o Trombone, que modificou
todo o texto de O Inspetor Geral, de área construída no início do século na
Lapa, com 12 mil metros quadrados.
Gogol, e estourou em 77 com a peça
Trate-me Leão, uma nova linguagem Para viabilizar o projeto, os três conse-
teatral, que mostrava as inquietações guiram patrocínio das maiores empre-
da juventude daqueles anos. Perfeito sas do país.
"E assim eu vou tocando a minha
Fortuna saiu da Zona Norte e passou a
freqüentar o Posto 9, em Ipanema, vida. Cheio de força. Curto demais esta
point da juventude dourada, e as noites cidade, que tem tudo o que eu preciso:
agitadas do Baixo Leblon.
a floresta, os amigos e a vida cultural. É
Depois de dar cursos de teatro na claro que a violência está em cada es-
Ueij e no Parque Lage em 1982, com o quina. Isso me preocupa, mas continuo
aval de Dona Zoé Chagas Freitas, mu- gostando daqui", diz Perfeito Fortuna,
lher do então governador do Rio, o que em seu Passeio Público mostra as
apoio dos amigos do Asdrúbal e o suas preferências na cidade.
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da Guanabara
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letra: é ficar à beira de um rio, de Utopia — "Ver a Baía de Guanabara
tanga, comendo peixe fresco, colhen- totalmente despoluída."
do frutas e morando numa oca. Este é Clube — "Vasco."
um belo programa feito pelos ín- Teatro — "Teatro Municipal do Rio
dios." de Janeiro."
"O Roxy, na Rua Bolívar,
Rio que funciona — "O metrô. É um Cinema —
ótimo transporte, quando os metro- em Copacabana. E super confortá-
viários não estão em greve." vel."
"Museu de Arte Moderna,
Rio que não funciona — "A educação Museu —
dos cariocas na praia. Apesar das la- no Aterro "Odo Flamengo."
tas de lixo que a Comlurb instalou, Hotel — Glória, na Rua do Rus-
tem gente incapaz de se levantar para sei. Nunca fiquei hospedado, mas já
no lugar certo. Eles despe- fui lá várias vezes."
jogar papel "A do Baixo Le-
jam tudo"Asna areia." Banca de jornal —
Lixo — batidas das Polícias Mili- blon, na Avenida Ataulfo de Paiva. A
tar e Civil nas ruas do Rio. Os poli- qualquer hora a gente compra o que
ciais não têm o menor tato para tratar quer."
as pessoas comuns." Programa preferido —
"Atualmente,
Luxo — "A natureza no Rio de Janci- ficar em casa." — "Bar
ro, que apesar de ser tão agredida Melhor chope Luiz, na Rua
da cidade."
ainda consegue sobreviver e ser bela." da Carioca, Centro
— "O Maracanã."
Mulher carioca — "A atriz Patrícia Cara do Rio"Já
— fui assaltado uma vez
Travassos. Sempre sabe onde a gente Assalto
achar de tudo no Rio: das liqüi- cm Vila Rosaly, na Baixada Flumi-
pode
dações aos lugares onde se pode cui- nense."— "A
dar da saúde." Feira feira-livre, aos sábados,
Na agenda — "O Encontro Mundial no Jardim Botânico. Curto ir e com-
de Samba e Capoeira, que vai aconte- prar de tudo." "Evandro Mesqui-
cer no Rio, de 13 a 19 de agosto, nas Homem carioca —
praias, no Circo Voador e numa série ta."
de outros lugares." Canto do Rio — "O Circo Voador."
 JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 o Cidade o 5

Eris diz dólar de volta a Medina

BRASÍLIA — O Banco Central é
que procurou a família Medina para
recuperar os dólares (US$ 1,5 milhão)
que não foram entregues aos seqüestra-
dores do publicitário Roberto Medina,
presidente da Artplan. A informação é
do presidente do banco, Ibrahim Eris.
Ele contou que o BC enviou oficio à
família solicitando uma declaração"Te-de
havia sido de resgate.
quanto pago
mos uma declaração dos Medina dizen-
do que US$ 2,5 milhões foram utiliza-
dos e que US$ 1,5 milhão serão
devolvidos", disse Ibrahim Eris.
O presidente do Banco Central ga-
rante que "não há nenhuma irregulari-
dade na transação". Ontem, no Rio, o
deputado Rubem Medina, irmão de
Roberto, disse que na próxima semana
os dólares que não foram usados serão
devolvidos. Medina fez, no entanto, um
"A famí-
reparo às declarações de Eris:
lia comunicou espontaneamente ao
Banco Central o valor do resgate e a
quantia a ser devolvida. Não houve
nenhum pedido específico", afirmou o
deputado.
A família adquiriu US$ 4 milhões no
Citybank à taxa de câmbio oficial (30%
mais baixa que no paralelo), numa ope-
ração autorizada pelo Banco Central,
cm duas parcelas: a primeira de US$ 2.5
v\
Seqüestradores
Até a noite de ontem, os seqüestrado-
res do alemão Wolfgang Rudolf Prinz.
de 47 anos, não tinham feito contatos
com seus parentes ou com a Aumund do
Brasil Equipamentos Industriais Ltda.,
empresa multinacional da qual ele é dirc-
tor-geral. Wolfgang, que mora em São
Paulo, foi seqüestrado ás 8h30 de quinta-
feira, quando chegava á filial da indús-
tria no Rio, na Rua Miguel Ângelo, 355,
no subúrbio de Maria da Graça.
Ontem, uma mulher jovem, que disse
ser casada com Wolfgang, tentou entrar
no apartamento 403 do Hotel Residência
Marapendi, na Avenida Sernambetiba,
5.706, Barra da Tijuca, onde o executivo
passa a semana. Porém, como não tinha
autorização para entrar, foi barrada pe-
los seguranças.
"A
gente não sabia que o moço se-
qüestrado era o dono do apartamento
Temperamento
SÃO PAULO — Os vizinhos de
Wolfgang Rudolf Prinz discutiam o se-
¦vty qüestro, ontem, com grande apreensão.
"Ele é um homem implacável,
difícil de
,(>
!tS ser dobrado. Nós ficamos preocupados
'|v com a possibilidade de ele reagir e não
aceitar pagar resgate. Embora seja tran-
qüilo, risonho e elegante, é um homem
de cabeça dura", disse o arquiteto Dinar-
te Bonetti Júnior, que construiu a man-
são de Wolfgang e é seu amigo e vizinho.
O seqüestro se tornou o.assunto mais
discutido na área onde se situa a residên-
cia, a 5a Seção do condomínio Parque
•>]
Petrópolis, em Mairiporã (Grande São
Paulo), que recebeu visitantes de fisiono-
mia preocupada, evitando contato com
kv jornalistas, e muitos curiosos.
i
W Dinarte Júnior contou que Wolfgang
nunca teve "a imagem de seqücstráwr e
construiu com algum sacrifício a mansão
cm que mora. A casa, em estilo alemão,
que pediu
José Varela —15/3/90 verno Collor. Assim, se a família fosse
devolver ontem US$ 1,5 milhão que
sobraram, receberia Cr$ 99.540.000 pe-
lo câmbio oficial, com um ganho de
17,70% em relação ao que gastou no
dia 18 de junho — acima da inflação no
período, que foi de 10,77%, considera-
da a variação do BTN fiscal. Enquanto
isso, a cotação do dólar no mercado
paralelo manteve-se praticamente está-
vel.
"Não recebemos
nada de graça. Ti-
vemos que comprar os dólares para o
resgate e obtivemos a autorização para
fazê-lo pelo câmbio oficial. E é por esse
mesmo câmbio, na cotação do dia em
que devolvermos os dólares não usados,
que vamos receber de novo os cruzei-
ros. Teremos uma remuneração, como
ocorreria se tivéssemos empregado o
dinheiro em alguma aplicação financei-
Ibrahim Eris: transação normal ra", explicou o deputado Rubem Medi-
na.
milhões, no dia 12 de junho, e outra de Ibrahim Eris, no entanto, manifes-
US$ 1,5 milhão, no dia 18. Pela taxa tou ontem a sua posição pessoal contrá-
oficial do dia 12, a família gastou Cr$ ria ao envolvimento do governo na libe-
139,1 milhões para comprar a primeira ração de dólares para pagamento de
parcela. Pela taxa do dia 18, desembol- resgate a seqüestradores, mas ressalvou
sou mais Cr$ 84.570.000. No total, fo- que a legislação em vigor abre brechas
"Existe uma auto-
ram Cr$ 223.670.000. para que isso ocorra:
Nas últimas semanas houve uma rização expressa para que o Conselho
boa valorização do dólar oficial em ra- Monetário Nacional possa fazer esse
zão da nova política industrial do go- tipo de liberação." A caçamba do caminhão-basculante ficou presa entre o asfalto e a passarela da Santa
de alemão não fazem contato
403 e eu disse que ela só poderia entrar Carlos Carneiro, gerente industrial da
trazendo uma autorização do marido e a Aumund do Brasil, no Rio, e Eduardo
certidão de casamento", disse o seguran- Lima, gerente de projetos, passaram toda
ça Elísio Teixeira, mais conhecido pelos a madrugada de ontem na empresa, na
moradores como Benê. Ele contou que a expectativa de receber um telefonema
mulher passou duas vezes em frente ao
dos seqüestradores, mas saíram às 8h
hotel. Depois, estacionou o Santana
sem qualquer novidade.
Quantum, cinza-claro, que dirigia e disse
que queria pegar uns objetos no aparta- Durante o dia, quem aguardava na
mento. "Depois, ela disse que ia trocar, firma possíveis contatos era o gerente de
com a ajuda de um chaveiro, o tambor compras, Valdo Antônio. Os gerentes
da fechadura. Eu não deixei e ela ficou devem se revezar em plantões na empresa
de voltar mais tarde, com os documen- no fim de semana. Acácio Severiano, o
tos", disse Bené. vigia que estava na portaria na hora do
seqüestro, contou, ontem, que só repa-
Funcionários da Aumund do Brasil
informaram que Iara, mulher de Wolf- rou que algo errado acontecia quando
um dos seis criminosos quebrou o vidro
gang, está no Rio desde quinta-feira á
noite, mas não revelaram onde ela está da recepção e lhe disse que não fizesse
hospedada. Ela teria vindo de Bariloche, nada. "Não deu nem para ver a cara do
onde passava as ferias com o filho do homem", disse ele. O perito Cleber Viei-
casal, e está muito apreensiva com a falta ra, do Instituto de Criminalística Carlos
de contatos dos seqüestradores. José Éboli, esteve na fábrica, à tarde.
de Wolfgang preocupa vizinhos
com cerca de 1.000 metros quadrados de passear na Alameda Pernambuco com
área construída, avaliada hoje em apro- dois enormes cães pastores-alemães e
ximadamente CrS 10 milhões, levou cin- nunca andou com seguranças. A man-
co anos para ser acabada. "Ele até teve são, porém, é guardada por quatro ho-
dificuldades financeiras no inicio e só mens da empresa GB Segurança, arma-
conseguiu acabar a primeira etapa há dos e equipados com walkie-talkie. Dois
cerca de quatro anos", disse o arquiteto. deles ficam em guaritas. Os seguranças
Segundo Dinarte Júnior, quando o
fotografaram até carros e jornalistas que
Wolfgang o procurou, há seis anos, "da- fizeram plantão em frente à casa.
va a sensação de ser um alemão mudan-
Na Delegacia Especial Anti-Seqües-
do de ares e à procura de dinheiro".
tro (Deas), o delegado Nélson Silveira
Apesar das dificuldades, o empresá- Guimarães negou que os telefones da
no construiu a mais bela mansão da mansão estejam controlados, mas disse
Alameda Pernambuco, no Parque Petró- que seus homens acompanham com
polis. A casa, conhecida pelos os mora- atenção especial o caso. Guimarães lem-
dores da região como Capelinha, foi brou que, legalmente, a polícia paulista
construída com capricho e sofisticação. não pode entrar no caso e a Divisão
No Parque Petrópolis, moram cerca de Anti-Seqüestros do Rio não solicitou co-
50 famílias que, como Wolfgang, vieram laboração. Ele advertiu, porém, que um
da Alemanha nas últimas duas décadas. simples telefonema dos seqüestradores
"o caso
Outro vizinho de Prinz, Oldemar Li- para São Paulo fará com que
ma, contou que o hobby do executivo era passe a ser nosso também".
Ladrão que matou
padre è preso
em Campo Grande
Sérgio Guilherme Santos de Carva-
lho, de 19 anos, o Rato, assassino do
padre espanhol Máximo Sada Rodeies,
foi preso ontem à tarde por policiais da
35a DP, em Campo Grande (Zona Oes-
te). Ele confessou ter matado o religioso,
que tinha 70 anos e trabalhava na paró-
quia Nossa Senhora do Desterro, duran-
te assalto à casa de Suzeli Rodrigues, 24
anos, na Estrada da Cachamorra, quin-
ta-feira, por volta das 17h 15.
O cardeal-arcebispo dom Eugênio
Sales rezou missa de corpo presente on-
tem de manhã, na paróquia Nossa Se-
nhora do Desterro, assistida por cerca de
800 fiéis da comunidade. "A violência já
atingiu todas as classes, inclusive a Igre-
ja. A raiz do problema está na destruição
dos valores morais. A perda do padre
Máximo Rodeies é mais um sintoma da
grave realidade por que passa o Rio de
Janeiro", disse o cardeal. O enterro foi às
16h.
O delegado da 35a DP, Rudá Iguate-
mi Villanova, encarregado das investiga-
ções, disse que Sérgio revelou os nomes
de quatro envolvidos no assalto. Um
deles é Josias Sílvio de Araújo, de 18
anos, preso junto com o assassino no
Centro de Campo Grande. Suzeli já fez o
reconhecimento dos dois. Ela contou que
os assaltantes entraram em sua casa pou-
co depois de ter saído para buscar o
padre na igreja. Quando chegaram, o
religioso viu um estranho saindo da casa
e chamou pelos pedreiros que estão fa-
zendo uma obra. Em vez dos operários,
saiu Sérgio com um videocassete debaixo
do braço. Segundo Suzeli, houve uma
rápida discussão entre os dois. Em segui-
da, o padre empurrou o rapaz e foi ba-
leado. O religioso morreu antes de che-
gar ao Hospital Rocha Faria.
João Cerqueira
Analista
que
fraudou guia
está na prisão
Policiais da Delegacia de Defrauda-
ções e do Departamento de Segurança
do Detran prenderam a analista de siste-
mas da Petromisa (subsidiária de Petro-
brás recém-extinta pelo governo) Juraci
Márcia Glória Monteiro de Moura, 33
anos, que trabalhava para uma qua-
drilha especializada em falsificar guias de
documentos de arrecadação de impostos
municipais, estaduais e federais.
Juraci, que foi seguida durante 15
dias, confessou que há seis meses autenti-
cava documentos dentro da Petromisa,
no quarto andar do edifício 583 da Ave-
nida Presidente Vargas. Ela fez mais de
500 autenticações, pelas quais disse ter
recebido cerca de CrS 400 mil (5%
do valor das autenticações.) Juraci traba-
lhava para os zangões (falsos despachan-
tes) Acácio de Souza Braga e Jorge Ra-
fael da Silva, e utilizava um micro-
computador para falsificar as guias.
Juraci ficará presa na Polinter e po-
derá ser condenada a pena de até oito
anos de prisão.
A quadrilha é uma das que agem no
calçada em frente ao prédio da Secretaria
Municipal de Fazenda, na Avenida Pre-
sidente Vargas, onde, no mês passa-
do, um repórter do JORNAL DO BRA-
SIL comprou por CrS 600 uma guia
de taxa de expediente com autenticação
falsificada de um zangão identificado
como Élcio.
"Nós vínhamos investigando a ação
dessas quadrilhas desde março, mas só
depois da série de reportagens do JOR-
NAL DO BRASIL conseguimos reunir
elementos e chegar a uma das qua-
drilhas, com a prisão dessa moça", disse
o delegado Bismarck Santana, titular da
Delegacia de Defraudações, que coorde-
nou a operação.
Basculante sob
fecha
passarela
rua por 4 horas
Por falha no sistema de acionamento,
a caçamba de um caminhão-basculante
subiu sozinha, ontem à tarde, e ficou
imprensada entre o asfalto e a passarela
de pedestres, em frente à Universidade
Santa Úrsula, na Rua Pinheiro Macha-
do, em Laranjeiras. A passarela teve de
ser interditada por mais de quatro horas,
porque a base de concreto deslocou mais
de 60 centímetros de um dos pilares de
sustentação.
Com a interdição da passarela e o
fechamento do Túnel Santa Bárbara, no
sentido Centro-Zona Sul, o tráfego ficou
congestionado. Quem tentava seguir pa-
ra a Zona Sul pelo Santa Bárbara era
obrigado a retornar pelo Catumbi, pe-
gando a pista sobre o Viaduto São Se-
bastião, na entrada do túnel, e seguindo
pela Rua do Riachuelo.
Quem ia para o Centro tinha de con-
tornar o trecho embaixo da passarela,
pelo estacionamento do Centro Empre-
sarial, e seguir pela Rua Farani, para
pegar novamente a Rua Pinheiro Ma-
chado. Se o transito já era tumultuado,
com grande número de carros circulan-
do, ficou ainda mais confuso. Os reflexos
do engarrafamento acabaram atingindo
até a Avenida Presidente Vargas, no
Centro, e a Praia de Botafogo.
Houve confusão, durante mais de
quatro horas, desde a interdição da Rua
Pinheiro Machado, às 14h, até sua libe-
ração, às 18h. O motorista do caminhão,
Jorge José da Silva, de 39 anos, contou
que o sistema de acionamento falhou e,
com a aceleração do carro, a caçamba
subiu rapidamente, quando passava sob
a passarela. O caminhão é de Jorge, mo-
torista autônomo que, depois de fazer
um carreto no Caju, seguia para a casa
do pai, no Leme.

Local do cativeiro de Jordan é descoberto

A polícia descobriu ontem o sítio em
o empresário Bruno Jordan foi man-
que
tido em cativeiro, na Barra de Guarati-
ba. A informação sobre o sitio foi feita
pelos irmãos Robson e Claudomiro Fer-
reira, de 30 e 39 anos, respectivamente,
envolvidos no seqüestro. Os dois foram
presos na noite de quinta-feira, na Fave-
ia do Mangueiral, em Santa Cruz, por
policiais da Delegacia de Repressão a
Entorpecentes-Oeste (DRE-Oeste). Em
Arraial do Cabo, na Região dos Lagos,
foi preso ontem Benjamin de Freitas Ou-
vidos, de 24 anos, acusado de participa-
çào no seqüestro do publicitário Roberto
Medina.
Com Robson, que é fugitivo do Desi-
pe (Departamento do Sistema Penal),
foram apreendidos CrS 450 mil e do-
Contato com família
Argalji é suspenso
A expectativa era de que o em-
presário Moisés Argalji, seqüestra-
do dia 2 na Penha Circular, fosse
libertado ontem. Mas ela se dissi-
pou às 10h30, quando o advogado
da família, Roberto Feldman, des-
ceu à portaria do prédio onde mora
o pai de Moisés, Samuel Argalji, na
Avenida Epitácio Pessoa, para di-
y de raspão no braço direito,
rí zer aos repórteres que os seqüestra-
dores não faziam contato desde ter-
ça-feira e que não havia qualquer
•• 8! novidade no caso.
"Mandaram
a gente enviar o di-
nheiro, mas pedimos uma prova de
vida", disse o advogado, sem reve-
lar o valor do resgate pedido. Con-
tou que o pai de Moisés está "mui-
to acabado e à base de sedativos".
Logo depois, Feldman saiu de car-
ro e não voltou até as 18h30. A
movimentação de carros entrando e
saindo do prédio foi grande duran-
te a tarde. As 17h50 chegou Marcos
Argalji, irmão de Samuel, que esta-
va muito irritado e reclamou'da
presença dos repórteres, recusando-
se a dar declarações.
Ricardo Serpa
cumentos falsos, em nome de Ricardo
>c
Araújo Viana. A polícia agora procura
jj Eliane Rosa de Souza, namorada de
Robson, que, segundo a polícia, tem
em seu nome todos os bens comprados
por Robson com sua parte no resgate.
Os caseiros Delino da Silva Moreira,
de 54 anos e Cândido de Oliveira, de 53,
foram ontem á DRE-Oeste fazer o re-
conhecimento dos presos. Eles conta-
ram que não viram o empresário no
sítio, mas perceberam um movimento
diferente na casa. Delino e Cândido
disseram que foram proibidos por Clau-
domiro de chegar perto da casa e viam
muitos carros entrando e saindo, durante
mfâfálm > o período em que Bruno Jordan teria
Robson disse onde Jordan ficou estado no sítio.
'Gordo'
Nélson confirma que empregou
José Carlos de Carvalho, o Carli- tranqüilo. É uma coisa que acontece.
nhos Gordo, prestou serviços ao go- E impossível e antidemocrático pedir
verno do Estado e recebeu salário atestado de bons antecedentes a to-
durante dois meses, em folhas suple- dos os moradores das favelas, que
mentares da Fundação Leão XIII. eventualmente prestam serviços ao
Carlinlws Gordo, o maior ladrão de Estado", justificou o secretário. "São
carros do país e que até ontem cum- contingências", lamentou. Nélson
pria pena em regime de prisão-alber- Moreira Franco disse não saber se
gue, ganhou CrS 8.500 mensais em Carlinhos Gordo freqüentava o Palá-
1988, a época das enchentes que asso- cio Guanabara junto com Nazareno,
laram o Rio. conforme revelação do criminoso, em
Ontem à tarde, o juiz da Vara de depoimento ao delegado Elson Cam-
Execuções Penais, Adilson Bevilac- pelo, diretor da Divisão de Repressão
qua, suspendeu o regime de prisão-al- a Entorpecentes. "Como vou saber?
bergue. Detido em casa, Carlinhos Não sou porteiro do palácio", irri-
Gordo foi levado para a Polinter, on- tou-se.
de aguardará que o Desipe o transfira A folha suplementar de prestação
para um presídio. Quem confirmou a de serviços do Estado, á qual Carli-
contratação do criminoso foi Nélson nhos Gordo pertenceu, tinha 250 no-
Moreira Franco, irmão do governa- mes de pessoas de comunidades ca-
dor Moreira Franco e secretario-che- rentes, indicadas para ajudar no
fe da Coordenação de Desenvolvi- atendimento à população afetada pe-
mento Social (CDS). Ias inundações. Nélson Moreira
Para Nélson Moreira Franco, o Franco afirmou não acreditar que
Estado "está vulnerável a esse tipo de haja outros nomes de criminosos en-
problema. É impossível fazer uma volvidos em trabalhos comunitários.
triagem das pessoas boas e más. Co- "Aconteceu
uma vez com o Carlinhos
mo vou saber de quem se trata, lidan- Gordo. Ele nunca mais prestou outros
do com dezenas de pessoas em fave-
serviços ao Estado. Nós consultamos
Ias?", argumentou. "Eu estou as folhas de controle", garantiu.
Juiz baleado — O
juiz da Ia Vara Cível de Ma-
caé, Júlio César de Aboim
Pitanga, baleado na perna es-
querda quarta-feira à noite,
foi removido em um avião
Bandeirantes da Aeronáutica
para uma clínica particular
da Zona Sul do Rio. Júlio
César Pitanga foi ferido no
bairro de Barra de Macaé,
num tiroteio em que morre-
ram o detetive Paulo Vieira
Marques e o vendedor de
frutas Carlos Quirino da
Costa, o Carlinhos Milhão.
Outro policial civil baleado
na quarta-feira, o inspetor
Jorge Antônio da Costa,
morreu na madrugada de on-
tem. O juiz está sendo apon-
tado como o responsável pe-
lo tiroteio, no qual saíram
feridos também o ladrão de
automóveis Adão Carlos Pe-
reira da Silva, o Carlinhos
Ferro-Vcllio, o oficial de jus-
tiça Cláudio Pinto Mendes e
Adinaldo Machado de Oli-
veira. Por exigência do juiz,
Carlinhos Ferro- Velho, balea-
do no ombro esquerdo e nas
costas, viajou com ele para o
Rio e ficará na mesma casa
de saúde. Cláudio Pinto
Mendes, que levou um tiro
recebeu alta ontem no hospi-
tal e foi levado para a 130a
DP, em Macaé, onde está
preso, incomunicável. O dele-
gado Willis Pereira de Souza
enviou para a Divisão de Ar-
mas e Explosivos da Secreta-
ria de Polícia Civil as duas
metralhadoras, a escopeta, o
fuzil automático, as duas pis-
tolas e os três revólveres que
foram encontrados no Passat
branco do juiz logo após o
tiroteio. As investigações es-
tão sendo acompanhadas pe-
lo promotor Alberto Lírio do
Vale.
INFORMATIVO
>CEMI
ANO IX — número 105 — Rio de Janeiro. 1 4 de julho de 1990
A importância da município, coisa que não acontece em
parte alguma do Brasil. Por ironia, isso
fossa séptica ocorre exatamente na cidade considerada
A Lei Orgânica carioca exige que o a capital turística e o portão de entrada
projeto de edificação, para obter a licen- de visitantes estrangeiros no país. A proi-
ça de obra junto à Prefeitura, esteja em bição fica mais inexplicável ainda diante
local ligado à rede de esgoto da rua que, do compromisso, há mais de um ano, de
por sua vez, precisa estar conectada a revogá-la por parte do prefeito Marcelo
uma das três seguintes alternativas: lagoa Alencar.
de decantação, estação de tratamento ou Mais de 30% das cartas e tele-
interceptor oceânico. gramas recebidos pela central de
atendimento
Acontece que só 20 por cento da ci-
dade, geralmente na Zona Sul, contam "vindicando o do Banco Central, rei-
desbloqueio de cruza-
com uma dessas três destinações finais dos novos retidos pelo governo, são
de esgoto. A conseqüência ê que 80 por de pessoas que, em 16 de março,
cento dos projetos de edificações que estavam com o dinheiro comprome-
são encaminhados à Prefeitura não rece- tido com a construção ou reforma
bem a licença de obra. São quase mil de moradia própria.
moradias que deixam de ter a construção Só pode abater o Fundo de Garantia
licenciada mensalmente, o que, a médio do Tempo de Serviço (FGTS) da presta-
prazo, diminuirá o emprego na constru- ção da casa própria o mutuário que fez o
ção civil, reduzirá a arrecadação de im- pedido ao agente financeiro antes de 15
postos, sobretudo para o município (ISS, de março último ou o que já vem tendo
IPTU etc.), além de agravar a crise habi- este abatimento e quer renovar o pedido.
tacional na cidade, em especial nas zonas Continua suspensa a utilização do FGTS
mais carentes do município, a situação é para amortização ou quitação do saldo
insustentável principalmente para as mi- devedor.
cros, pequenas e médias construtoras. A Associação Brasileira das Ad-
A solução é que a fossa séptica seja ministradoras de Imóveis (Abadi)
considerada tratamento sanitário ade- informa que, no Pais, cerca de 50
quado de esgoto para efeito de cumpri- mil imóveis residenciais de aluguel
mento da Lei Orgânica. A fossa séptica é estão fechados: os proprietários
tradicional não apenas no Brasil, mas em esperam mudanças na legislação
do inquilinato para voltar a ofere-
países desenvolvidos, como nos Estados
Unidos, por exemplo, onde a técnica res- cê-los no mercado de locação. No
Rio, existem mais de 5 mil imóveis
ponde por 40 por cento do esgotamento
sanitário desocupados. Esses números po-
dem crescer, caso o governo con-
NOTAS cretize a idéia de só permitir os
¦ Um exemplo que ilustra bem a difi- reajustes dos aluguéis a cada seis
culdade de se investir no Rio é a proibi- meses, ao invés de quatro, como
ção de se construir hotel-residência no vem sendo até agora.
ADEMI —Associação dos Dirigentes de Empresas do Merca-
do Imobiliário Avenida Portugal, 466 — Urca — CEP 22291 —
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Negocbs dc ocasico no lugar certo.
Rio de Janeiro — Sábado, 14 de julho de 1990 N&o pode ser vendido separadamente
JORNAL DO BRASIL

Carro e Moto
Fotos de J.C. Brasil

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^s versões mais simples dos modelos Lada são as equipadas com motores 1.2 (à direita) e 1.6. Eles vieram rodando desde o Chile, de onde saíram zero quilômetro
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Carros

soviéticos

rodam em
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São Paulo

Carlos Pereira de Souza

passagem de um carro soviético
pela Avenida Paulista, coração
financeiro de São Paulo, chama ¦ '" •
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A traseira do Samara tem semelhança com a do Gol A a atenção até das pessoas que
não acompanham de perto o assunto aiito- Carro-chefe da Lada no Brasil, o Samara custará entre Cr$ 600 mil e Cr$ 700
YfS
móvel. Isso ficou evidente durante o trajeto
a bordo de um Samara branco com motor
de 1,5 litro de capacidade volumétrica (1.500
centímetros cúbicos de cilindrada), modelo
escolhido pelos dirigentes da Lada para ser o
carro-chefe de vendas da empresa no Brasil,
que custará entre Cr$ 600 mil e Cr$ 700 mil.
A primeira comprovação do interesse
despertado ocorreu quando os modelos fo-
ram fotografados no jardim existente no jjj^^
térreo do prédio onde está em montagem o
escritório da Lada — o prédio aparece na
novela Rainha da Sucata, da Rede Globo,
como a sede-fantasia da Do Carmo Veículos.
Rapidamente dezenas de pessoas cercaram
os carros, para examiná-los mais de perto.
Os comentários, na maioria dos casos, eram
elogiosos. Muitos manifestaram a intenção
de comprar um dos automóveis assim que
for possível.
No tráfego pesado da Avenida Paulista o
Samara correspondeu, com desempenho
bem próximo ao dos carros nacionais. Com
4.500 quilômetros rodados, já apresentou
alguns ruídos, semelhantes aos registrados
em modelos brasileiros depois de algum
tempo de uso. O painel é prático e o câmbio
muito eficiente, com marchas sincronizadas,
o que facilita o engate. Equipamento que
despertou a atenção é o limpador de faróis,
só visto no Brasil em importados do tipo
Mercedes-Benz.

Detalhe do blocante do diferencial no jipe Niva Mais Lada na página 3 O jipe Niva apresenta dianteira muito resistente

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Há mais de três anos consecutivos, o Gol é o carro preferido pelos brasileiros
Gol continua
A 11 . F •
Apollo estréia conseguindo a sétima colocação
ranking dos modelos
mais vendidos no país
reviravol-
O ? sofreu grande
ta em junho, conseqüên-
cia da greve dos metalúrgicos das
montadoras, que reduziu drasti-
camente a produção. O Gol, da
Volkswagen, manteve a liderança
habitual, mas teve como vice-líder
a perua Parati, também da Volks-
wagen. O Uno, da Fiat, ficou em
terceiro lugar, enquanto o Apol-
lo, da Volkswagen, estreante no
mercado brasileiro, conseguiu o
sétimo lugar, com a venda de
1.398 unidades.
De janeiro a junho, o Gol con-
seguiu 39.875 unidades vendidas,
com participação de 18,7% no
mercado de automóveis, seguido
pelo Monza, com 24.488 unida-
des e participação de 11,5%. Em
terceiro está o Uno (16.692 uni-
dades), que superou o Verona, da
Ford (16.301 unidades) e o Es-
cort, também da Ford (15.882
unidades), além do Kadett, da
General Motors (15.842 unida-
des).
W\ J Alterações — A Volkswagen
1 vendeu em junho 5.071 unidades
A do Gol, o modelo preferido do
público brasileiro há mais de três
anos consecutivos. Esse resulta-
Em sua primeira aparição no
ranking dos modelos mais
vendidos o Apollo conseguiu
ser o sétimo colocado
È fluído de freio no cilindro mestre, nível e densidade do
Várias
f O diretor de
8
M. GM renova
Opala e a Caravan, da Ge-
H neral Motors do Brasil, es-
$ tão sendo equipados com tan-
65
que de combustível em plástico
poliuretano de alta densidade,
em substituição ao de chapa de
aço. O componente foi desen-
volvido pela montadora junto
ao fornecedor Soplast, que con-
ta com assistência técnica da
empresa belga Solvey. O novo
? Está sendo lançada no mercado brasi-
leira a chave de roda dobrável, ao preço de
20 BTN (Cr$ 964,11). O produto, segundo
o fabricante, a Gerobrás Indústria e Co-
mércio, de São Paulo, é a solução para as
dificuldades que surgem na hora de trocar
. vt
O segmento, uma
Os caminhões farão manutenção do pavimento das ruas
? sábado, 14/7/90
líder
1^ ^ ^
do, apesar da queda na produção,
fez com que as vendas no atacado
— para a rede de revendedores —
sofressem redução de 48,4%. Em
maio, por exemplo, as vendas do
modelo chegaram a 9.833 unida-
des.
A perua Parati foi a grande
surpresa do ranking, ficando em
segundo lugar com a venda de
3.215 unidades e 11,8% de parti-
cipação no mercado. No primeiro
semestre do ano, ela ocupou a
sétima colocação. O Uno, por sua
vez, com a venda de 3.002 unida-
Mw/NJn/tMo/M PwflcWí
An/Jwi/tO
1) Gol 5.071 39.875 18,7%
2) Parati 3.215 14.428 6,7%
3) Uno 3.002 16.692 7,8%
4) Verona 2.082 16.301 7,6%
5) Monza 1.946 24.488 11,5%
6) Escort 1.721 15.882 7,4%
7) Apollo 1.398 1.398 0,8%
8) Santana 1.307 10.820 5,0%'
9) Pernio 1.295 7.509 3,5%
10) Kadett 1.016 15.842 7,4%
.-WMSCvU . \v.\^ "^"Vj
>• f ">'¦?
equipamento
tanque atende à legislação brasi-
leira sobre emissões, sem prejuí-
zo da autonomia dos modelos.
Para permitir a evaporação
do sistema do tanque de com-
bustível, seria necessário espaço
de mais ou menos 10% de seu
volume. Se isso fosse feito com o
antigo tanque, a capacidade se
reduziria de 84 para 76 litros.
Como o tanque de plástico ofe-.
pneu furado, como porcas muito presas.
Devido ao seu exclusivo sistema, a nova
chave de roda duplica de tamanho, do-
brando automaticamente a força aplicada
na hora de apertar as porcas. Maiores
informações pelo telefone (011) 522-9955.
Divulgação
des e participação de 11%, conti-
nua evoluindo. Mês a mês o mo-
delo vem se aproximando do
segundo colocado no semestre, o
Monza. Com o lançamento da
versão popular do Uno S, com
motor de 994 centímetros cúbicos
de cilindrada, a Fiat acredita que
poderá aumentar a participação
do modelo.
O Apollo, novo carro médio
da Volkswagen, aumentará a
competição por uma vaga no ran-
king dos 10 modelos mais vendi-
dos. Neste mês, a previsão é de
que as vendas do carro se aproxi-
mem de três mil unidades. A Ge-
neral Motors, pelo fato de ter
sido a montadora mais afetada
pela greve, teve o Monza classifi-
cado em quinto lugar, enquanto o
Kadett, que vinha se colocando
entre os cinco primeiros, despen-
cou para o décimo lugar.
Em junho a Volkswagen teve
quatro modelos entre os dez mais
vendidos — Gol (Io), Parati (2o),
Apollo (7o) e Santana (8o); a
Ford, dois — Verona (4o) e Es-
cort (6o); a General Motors, dois
— Monza (5o) e Kadett (10o); a
Fiat, dois — Uno (3o) e Prêmio
(9o). (C.P.S.)
% )> \v_
v<
IF^
rece maior volume dentro do
mesmo espaço, agora a capaci-
dade dos modelos foi aumenta-
da para 92 litros. Isso permitiu a
manutenção da autonomia de
84 litros, mais oito litros de es-
paço reserva para o sistema eva-
O componente tam-
ém tem menores possibilidades
Sorativo.
de rompimento em caso de im-
pacto do veículo.
Começa
quinta-feira, em
Santos, litoral de
São Paulo, o III
Santos Motor
Show, que mos-
trará carros an-
tigos e os últimos
lançamentos da m
indústria auto-
mobilística, além L«m.
de modelos fora-
de-série. Nesse
novidade será o
Quiron, cons- Chave dobrável
truido em fibra-
de-vidro, sobre o
chassi do Fusca. Mas a maior atração
mesmo é a Camper, luxuosa minivan fabri-
cada pela Envemo e montada sobre o chassi
do jipe Engesa-4, que já está à venda.
A General Motors do Brasil está en-
tregando 20 caminhões 14.000 à Prefeitura
de São Paulo, para o serviço de manuten-
ção do pavimento das ruas da capital
paulista. Eles são veículos especiais, com
cabine dupla e quatro portas, desenvolvi-
dos para atividades que exigem o trans-
JORNAL DO BRASIL
es de problemas na estrada
§ Férias seguras
Manutenção assegura uma viagem tranqüila
de cair ignição, estado dos ca-
na estrada tos de alta tensão e das
velas de ignição, estado
para as me-
Antes recidas via- e limpeza do elemento
gens de férias, não se do filtro de ar, regula- M
pode deixar de fazer gem da rotação da mar-
cuidadosa revisão do cha lenta e nível de CO
veículo a ser utilizado. (monóxido de carbono)
Mais problemático em marcha lenta;
até do que as rodovias Sistema elétrico, si-
em péssimo estado de nalização e acessórios de
segurança — funciona-
conservação, pode ser
o automóvel, caso a mento dos faróis (alto e
m baixo), faróis principais
#f manutenção periódica
não esteja rigorosa- e auxiliares, lanternas
mente em dia. dianteiras e traseiras,
O motorista pode luzes indicadoras de di-
optar pela revisão em reção, luz do pare, luzes
concessionária autori- do pisca-alerta, funcio-
namento do limpador
zada ou procurar um
mecânico,de sua con- do pára-brisa e estado
das palhetas, desemba-
fiança. Às vezes, a
economia obtida com çador do vidro traseiro,
a eliminação de uma carga do extintor de in-
cêndio, existência e
revisão pode resultar
em problemas mecâ- condições do triângulo
nicos e, em alguns ca- de segurança, funciona-
mento dos cintos de se-
sos, até na necessida-
de de recorrer a um gurança, instrumentos,
reboque. Sem falar no buzina, luzes do painel
e controles;
perigo de envolvimento em acidentes.
Campanha — Por este mês ser de férias, a Fiat Suspensão, direção e freios (com o veiculo suspenso) —
amortecedores, quanto à ação, vazamentos ou danos,
Automóveis está promovendo a campanha de revisão
Fiat Pensa Em Você, em todas as 300 concessionárias estado das buchas de borracha dos braços da suspensão,
barra estabilizadora e amortecedores, desgaste das pasti-
espalhadas pelo país. Pelo preço de Cr$ 6.499, o proprie-
tário de um Fiat pode ter mais de 40 itens verificados, lhas e lonas de freios, tubulações flexíveis do freio,
cilindros dos freios das rodas, quanto a funcionamento e
substituir peças como velas, filtros, óleo do motor e junta
da tampa de válvulas. A promoção inclui limpeza e vazamentos, estado e regulagem dos cabos do freio de
regulagem do carburador e outros itens. O serviço vale estacionamento, estado, pressão e condições de desgaste
dos pneus, incluindo o sobressalente;
como revisão programada, se o veículo tiver atingido
uma das quilometragens previstas, e dá direito no livreto Precauções — Ronaldo Berg, gerente de assistên-
de revisões. cia técnica de produto da Volkswagen, alerta que, mes-
Já o gerente de serviços técnicos da Ford, Geraldo mo estando o carro devidamente revisado, sempre é bom
Siqueira, sugere ampla lista de itens que devem ser ter em mãos um kit de peças e ferramentas adequadas
checados numa oficina antes de viajar: para pequenos serviços que o motorista pode fazer:
Compartimento do motor — nivel do óleo, do com- Peças sobressalentes — correias, velas, platinado e
bustível no sistema de partida a frio (veículos a álcool), condensador (para veículos sem ignição eletrônica), lâm-
m de água no reservatório do limpador de pára-brisa, do
m padas (faróis, lanternas e luz do freio), fusíveis e bobina/
módulo;
eletrólito da bateria e estado dos cabos, terminais e Ferramentas e materiais — alicate, chaves de fenda
bornes da bateria; (de diferentes tamanhos), chave Phillips, chaves fixas/es-
Sistema de arrefecimento — nível do líquido de arre- trela de seis e 19 milímetros, chave inglesa até uma
ferimento no radiador e vaso de expansão, estado das polegada, farolete e cordão de luz, canivete, arame (mais
mangueiras do radiador e estado e tensão das correia do ou menos um metro de comprimento), fio elétrico (mais
ventilador e da bomba d'água; ou menos dois metros de comprimento), fita isolante e
Sistema de ignição e alimentação — avanço inicial da fita crepe. (C.P.S.)
" * < ^ ' •>". ' ¦ ' ' ' • • / . '• ' *. . , •:/
Dilmar Cavalher
? vendas da Wil-
son King S/A, Mar-
ceio Coelho (foto),
recebeu da Volks-
wagen o troféu Vo-
lante de Ouro de
1989, como prêmio
ao excelente desem-
penho da concessio-
nária, localizada à
Rua Bento Lisboa,
106, Rio. A entrega
foi feita durante o
coquetel de lança-
mento do novo mo-
delo da Volkswa-
gen, o Apollo.
_Divulgaçao_
porte de equipes O Veteram Car Clud do Brasil realiza- 1,5 quilômetros se todos fossem colocados
em linha reta.
de trabalho, fer- rá dia 21, em comemoração ao 99° aniver-
W- ramentas, equi- A isso tudo somam-se dois mil contatos,
sário de Tcrcsópolis, o oitavo Rali Rio- encapsulamentos e elementos de ligação.
pamentos e ma- Teresópolis, com apoio do DNER. A
t e r i a i s. A Antecipando-se à tendência de expansão da
montadora tam- concentração será às 9 horas, em frente ao eletrônica embarcada nos carros de hoje,
bém está forne- Restaurante Rio's, no Aterro do Flamen- que implica maior chicotaria, o Multiplex
cendo esse tipo go. As inscrições podem ser feitas no local tem apenas quatro fios, mais finos e leves,
de caminhão pa-
ra companhias ou pelo telefone 281-6393. substituindo 80 fios do sistema atualmente
de eletrificação, A divisão automotiva da Siemens AG. em uso.
telecomunica- da Alemanha, de- Divulgação
ções, mineração, senvolveu sistema BB
sondagens geo- revolucionário de
lógicas, sanea- chicotes, o Multi-
mento e serviços plex, com sinais
facilita o trabalho de manutenção elétricos (como
em geral. sensores e inter-
ruptores), digitali- f^^T"'TTlr
? As montadoras estão produzindo, em
média, apenas 5% de veículos movidos a zados e transmiti-
álcool, enquanto os com motor a gasolina dos na forma de
chegam a 95%. Em junho, embora a produ- códigos a seus re-
ção tenha caido 41,7% em relação a maio ceptores. Com is-
— devido à greve dos metalúrgicos — as so, obtém-se subs-
vendas de carros a álcool atingiram 8,10%. tancial redução do s.'
Se os consumidores continuarem recusando número de fios,
os veículos a álcool, até o final do ano as que chegam a mil
indústrias serão forçadas a suspender sua num automóvel de
produção. hoje e totalizam Siemens fabrica o chicote do futuro

JORNAL DO BRASIL
mensagem Os soviéticos
estão invadindo o Brasil,
A estampada nos últimos
meses em out-doors es-
palhados pelo país para anunciar
a venda de um relógio, está pres-
tes a se tornar verdadeira, na prá-
tica, mas no mercado de automó-
veis. Mais rápidos do que os
japoneses, que também cobiçam
o mercado brasileiro, os soviéti-
cos criaram uma empresa, a Lada
do Brasil, e pretendem vender em
nosso país de 30 mil a 40 mil
modelos por ano. Os carros, em-
bora não ofereçam design arroja-
do nem moderno, aparentam ser
resistentes-^ econômicos, além de
ter preço competitivo, na faixa de
Cr$ 500 mil a Cr$ 800 mil, incluí-
das todas as taxas de importação
e impostos nacionais.
As vendas dos carros soviéti-
cos, entre eles o Lada Samara, o
jipe Niva 4x4, e os Lada 1.200 e
1.600, estão programadas para
começar em setembro ou outu-
bro, segundo estimativa do geren-
te de marketing da Lada do Bra-
sil, Fábio de Araújo Prado.
"A
Mecânica será
conservada
informa que os carros
Prado soviéticos não sofrerão
qualquer alteração mecânica,
uma vez que a gasolina consumi-
da na União Soviética também é
de qualidade inferior, como no
Brasil. Além disso, segundo ele,
as condições precárias das estra-
das são semelhantes nos dois pai-
ses. Os Lada 1.200, 1.500 e 1.600
serão destinados principalmente
ao mercado de táxis, como ocorre
no Chile e em outros países ^da
América Latina. Essas versões
são ainda mais simples e seus pre-
ços ficarão na faixa de CrS 500
mil.
Já o jipe Niva 4x4, com motor
1.6 (1.570 centímetros cúbicos de
cilindrada), é veículo para todo
tipo de terreno. Em seu tamanho,
pequeno, não tem similar no mer-
cado brasileiro. Com cinco mar-
chas à frente e tração nas quatro
rodas, poderá ser utilizado nas
áreas urbana e rural. Sua veloci-
dade máxima é de 130 quilôme-
tros por hora e alcança 100 quilô-
metros por hora, saindo do zero,
no tempo de 23 segundos. O con-
sumo é um pouco mais baixo: faz
9,3 quilômetros por litro, à mé-
dia de 90 quilômetros por hora, e,
7,6 quilômetros por litro, a 120
quilômetros por hora. Seu preço
será CrS 800 mil. O jipe original
tem volante grande e ultrapassa-
do e, por isso, será substituído no
Brasil por um mais moderno, na-
cional.
Os veículos soviéticos terão ga-
rantia de um ano, sem limite de
quilometragem. Rodin acredita
que os Lada não concorrerão di-
retamente com as montadoras
instaladas no Brasil, lembrando
que os carros completarão o mer-
cado e tornarão possível às pes-
soas com menor poder aquisitivo
a compra de um zero quilômetro.
(C.P.S.)
&&aPB8BSj^K Mfc
vara aafrente,
vode ser dobrado para
O banco traseiro pode
disputa
Lada se apressa e pretende vender a brasileiros de 30 mil a 40 mil carros por ano
|M— ill ,--.^-«fe^WV-'
¦¦IH^ jmmBM lina, à velocidade
O Samara tern vainel bem equipaao
primeira partida de carros tem
mais de mil unidades, o suficiente
para darmos a arrancada no
país", acredita. A Lada é a princi- bém a 90 quilômetros por hora. A
pai montadora da União Soviéti- mecânica utilizada emprega a tec-
ca, com produção de um milhão
de unidades por ano. Sua partici-
pação no mercado soviético atin-
ge 50%.
Os carros soviéticos são consi- interior, mas o porta-malas é pe-
derados de boa qualidade, se ca-
racterizando pela durabilidade,
M presas, Martin Rodin, prevê que,
; -:; . flu^HKv _
.^^^^^|^^^^M(^--Ui:-.^cy.v^^B^fflj^HP^^^^^^Bffito^fe'-s--.v--:->:^^^K^B
O Samara está equipado com motor Audil Volkswagen
Autonomia
lanternas traseiras
As são largas e bem visí-
veis e os pára-choques
envolventes, integrados à
carroçaria. Apesar do peque-
no espaço do porta-malas, o
carro carrega bolsa de ferra-
mentas muito prática, fixada
na parte interna da lataria
onde fica a placa. O Samara é
prático e resistente. Avalia-
do durante uma hora na capi-
tal paulista, demonstrou ter
bom câmbio, do tipo sincro-
nizado, como são os dos car-
ros da General Motors do
Brasil. Os soviéticos ideali-
zaram esse carro sem preocu-
pação com a velocidade: a
máxima é de 155 quilômetros
horários (na versão 1.3, 148
quilômetros por hora). Sua
autonomia é surpreendente,
considerando o tanque com
capacidade para 42 litros, e
m |R Ij'r-sixMjl^^B^^^^gBL^.'.
espaço do bagageiro
frente, aumentando o espaco
sábado, 14/7/90 ? Carro e Moto ? 3
o mercado brasileiro
Bra^l-
^ ^ deJ^.
preço acessível,
segurança, de-
sempenho satisfa-
tório e reduzido
consumo de com-
bustível. O Sama-
ra 1.500, por
exemplo, com
traseira seme-
lhante à do Gol
produzido pela
Volkswagen bra-
sileira, faz, segun-
do o fabricante,
16,9 quilômetros
^¦M""'v ""! - -•- -
por litro de gaso- jj^^KfjH <«$* ^gMM
média de 90 qui-
lômetros horários. Na versão com
¦^^^^Hhm^JP|||^JMBMJJJJJJ|- ? ^BBBpbBBW|P V
motor 1.3, o consumo médio é de jjjH^jjjr-
17,5 quilômetros por litro, tam-
nologia Audi/Volkswagen, da
Alemanha. Equipado com câmbio
de cinco marchas, o modelo tem cx'v 's £ •£ !>. . ij> >¦$?, <^><"j >¦*. <": s- o>yv ipssw '< v jsp ^ <"¦ $&
fácil acesso ao
'•$ ^A)?* '''wis Ik S^I'c%'^---n'v(</>1^Z^' >
quatro portas e ^'")WV > ^)Cf f^^'^*- S'VJV " ^<'->^.•5 /; io^' ,' --^ X__> V v;V- t -"*'*?& %?<s£ >'• •' '' 'V ' - . „ '/ < / >
queno se comparado ao do Gol
brasileiro. (C.P.S.) O Samara tem quatro portas, com facilidade de acesso dos passageiros ao interior
Objetivo é atingir classe média
meta da Lada é vender seus além do principal modelo, o Sama- senvolvimento". Além disso,
A carros à classe média brasi- ra, nas versões 1.300 e 1.500, e do segundo ele, esses países têm como
leira, que nos últimos anos tem sido jipe utilitário Niva 4x4. A partir de característica as estradas de longo
alijada do mercado consumidor de 1991, outros dois modelos também percurso, terreno irregular e acen-
deverão ser importados. No futuro, tuadas diferenças regionais de tem-
veículos novos. Com investimentos
caberá a Kamaz importar cami-
poderão chegar a US$ 70 mi- peraturas, como na União Soviéti- »>•
Sueíões, também foi criada a Kamaz nhões e, talvez, ônibus. Todas as ca, onde variam de 40 graus fi
do Brasil, para importação e venda importações serão feitas diretamen- negativos a 50 positivos. %
de caminhões produzidos na União te da Lada soviética. A empresa Os quatro carros em demonstra-
1
Soviética. Só na instalação das em- brasileira contará com o suporte da ção em São Paulo — um Samara,. Èjí
•;i
presas e criação da infra-estrutura central de armazenamento e distri- os Lada 1.200 e 1.600 e um jipe
Niva — já estiveram no Rio e vie-
para o projeto, além da campanha buição mantida na Zona Livre de
publicitária, serão investidos US$ 7 Colon, no Panamá, ponto de trans- ram rodando do Chile, de onde
milhões. O presidente das duas em- bordo das exportações soviéticas saíram zero quilômetro. Hoje, cada |
'è ¦
v> >
para a América Latina. No Panamá um já acumula quilometragem su-
ainda este ano, podem ser vendidas a Lada tem inventário estimado em perior a quatro mil quilômetros.
no país de 15 mil a 20 mil unidades US$ 75 milhões, incluindo peças e Eles foram trazidos por motoristas
chilenos da Lada, que estão em fé-
de seis modelos, além de peças de veículos.
reposição para formação dos esto- rias no Brasil. A Lada também se
O mercado latino-americano ab-
utiliza de mecânica Fiat, graças a
ques da rede de concessionárias em sorve 250 mil veículos Lada por
organização. ano, justificando a tese de Rodin de acordo de cooperação tecnológica.
"são Os motores, porém, a exemplo do
Na primeira etapa estarão dis- que os carros da marca perfei-
tamente adequados para as condi- carro inteiro, são montados na fá-
poníveis os carros Lada 1.200,
1.500 e 1.600, que não têm nome, ções encontradas em países em de- brica soviética. (C.P.S.)
^
surpreende
chega a 700 quilômetros se a
média ficar mesmo nos 16,9
quilômetros por litro. Na
versão 1.3 a autonomia pode
chegar a 750 quilômetros.
Ao abrir o tampão do mo-
tor, logo se identifica a me-
cânica Audi/Volkswagen, tão
conhecida dos brasileiros. O
teto é do tipo pré-moldado, o
que só recentemente come- BK*53B4
çou a ser utilizado pela in-
dústria automobilística bra- '"*¦ « v.v ^A %' -• <• % •¦ •> /&$&ViirftfWiifi'4'^^iriT - jtewp|Mp^f^ I
sileira. Esse teto, por ser
prensado na lataria, é produ-
zido com maior rapidez e efi-
ciência, além de oferecer me-
lhor espaço interno, pois
dispensa os antigos forros. O
Samara, fabricado com mo-
tores de 1.300 e 1.500 centíme-
tros cúbicos de cilindrada,
custará no Brasil de Cr$ 600
mil a CrS 700 mil. (C.P.S.) A traseira do jipe Niva tem semelhança com a da Variant, produzida pela Volkswagen
Lada Samara Lada 1.200 e 1.600 Niva 4x4
Motor — 1.5, com 1.500 Motor — 1.2 e 1.6, com 1.200 c Largura — 1.620 milímetros Motor — 1.6, com 1.570
centímetros cúbicos de cilin 1.570 centímetros cúbicos de ci- Altura— 1.446 milímetros e 1.435 centímetros cúbicos dc cilin
lindrada, quatro cilindros milímetros drada, quatro cilindros
drada, quatro cilindros Taxa de compressão — 8,5:1
— — Peso — 995 quilos c 1.030 quilos Taxa de compressão —
Taxa de compressão Potência máxima 58,5 e 75,5
cavalos (em ordem de mar cha) 8.5:1
9,9:1 — Tanque de combustível — 39 litros
Carburadores
Potência máxima — 75 ca- Cimbio — Cinco marchas
Duplo corpo Potência máxima — 75,5
Velocidades máximas — 140 c 152 cavalos
valos Suspensão — Dianteira indepen- quilômetros horários — Duplo corpo
Carburador — Duplo corpo dente e traseira rígida Consumo — 13,8 quilômetros por Carburador
Freios — A disco na dianteira e a — Cinco marchas
Câmbio — Cinco marchas tambor na traseira litro e 13,5 quilômetros por litro à Câmbio
— Dianteira in-
Suspensão — Dianteira tipo Comprimento — 4.130 milímetros velocidade média de 90 quilôme- Suspensão
McPherson e traseira inde- e 4.145 milímetros tros horários dependente e traseira rígida
Freios — A disco na
pen dente 'dianteira e a tambor
-*S|^^S,|BE^{wjpB^^i Freios — A disco na
dianteira e a tambor na traseira
Comprimento —
na traseira
Comprimento — 3.720 milímetros
4.006 milímetros Largura — 1.680
Largura — 1.650 milímetros
milímetros Altura — 1.640 mi-
Altura — 1.402 milí- límetros
metros Peso — 1.150 quilos
Peso — 915 quilos I111
(em ordem de mar-
(em ordem de mar- cha)
cha) Tanque de combustí-
Tanque de combustí- vel — 45 litros
vel —43 litros
Velocidade máxima
Velocidade máxima ""'" ^'" — 130 quilômetros
— 155 quilômetros
horários horários
Consumo — 16,9 Consumo — 9,3 qui-
lômetros por litro à
quilômetros por li-
tro à velocidade mé- velocidade média de
dia de 90 quilôme- 90 quilômetros ho-
tros horários farol vem com
Ofarol
O ' limpador, como em carros de luxo rários
4 ? Carro e Moto ? sábado, 14/7/90 JORNAL DO BRASIL
Fotos de Renato Velasco

V elho Mercedes

mostra serviço

Caminhão de carga trabalha há oito anos

sem problemas com transmissão automática
oito anos roda pelas ruas e milo, de 35 anos, que trabalha na
avenidas de Jacarepaguá, empresa há oito meses, com João
H
Há no Rio, fazendo entrega de Raimundo Louzeiro, de 28 anos, co-
bebidas a bares e restauran- mo auxiliar. Camilo, apesar de con-
tes, um caminhão Mercedes-Benz duzir pela primeira vez o caminhão
equipado com transmissão automáti- com transmissão automática, não es-
ca Allison. Ele é utilizado com sucesso tranhou o equipamento e até o elo-
"Fica
pela Rio de Janeiro Refrescos, que giou: mais fácil nosso trabalho
tem franquia da Coca-Cola para fa- e a gente se cansa menos".
bricação, engarrafamento e distribui- Diariamente, às seis horas da ma-
ção de seus produtos. A partir de nhã, o velho caminhão com o câmbio
agora, devido à natural renovação da automático, que acusa no velocímetro
frota da empresa, que reúne 350 ca- a rodagem de 380 mil quilômetros, sai
minhões, existe a intenção de comprar carregado para a entrega de bebida
algumas unidades com o dispositivo, no Rio. A volta à garagem só ocorre à
usado com freqüência em veículos co- noite, depois de várias viagens. Até
merciais nos Estados Unidos e na Eu- hoje, segundo o encarregado da mini-
'¦m^ss^mm
ropa. oficina da Rio de Janeiro Refrescos, *
wd*jMmn'$?;im*>*&'- I 3 i^#*-*^
Carro e Moto acom- ha oito anos em tempo integral com absoluta eficiência
O velho Mercedes-Benz transporta carga há eficiencia
panhou, durante algu- motor, por evitar que o motorista dê Garcia de Melo, comenta que, antes sociou-se com a Sifco no Brasil, da
mas horas, o desloca-
rotação errada com mudanças de do Plano Collor, havia a intenção da General Motors do Brasil. Dessa fu-
mento do caminhão
marchas, o que ocorre quando o câm- empresa de comprar 50 caminhões são surgiu a Transallison, a fabrican-
1313, com capacidade
bio é manual — diz Caldas, que ga- equipados com a transmissão auto- te. Já as vendas, serviço de assistência
para 13 toneladas, pia- B^^^V?9!ni9^^^^HHpF t>e^°
rante haver diteputa entre os motoris- mática. Agora os planos estão sendo técnica e treinamento cabem à subsi-
ca VL-5425, que fazia a
tas para usar o, veículo. revistos. Mas como a idade média da diária brasileira da Allison Transmis-
entrega de oito tonela-
Vantagens 4- Embora já tenha si- frota é de sete anos, existe a necessi- sion.
das de bebidas, o equi- Produção — O gerente de serviço
do envolvido em pequenos acidentes, dade de renovação. Além dos 350 ca-
valente a 320 caixas de da Allison, Paulo Roberto Gerardi,
o velho caminhão só parou de traba- minhões, a empresa tem outros 420
24 garrafas cada uma, automóveis. Na frota de caminhões, informa que no ano passado foram
lhar uma vez, para reparos mecâni-
totalizando quase 8 mil
cos. Para se ter idéia das vantagens do existem veículos das marcas Volkswa- produzidas no país 190 transmissões.
vasilhames. O veículo Para 1990, a previsão é de 400 unida-
câmbio automático, um caminhão gen, Mercedes-Benz, General Motors,
rodou normalmente, Volvo e Scania, com predominância des e a meta para 1991, segundo ele, é
com câmbio manual sofre reparos no
apesar do tráfego con- dos primeiros. chegar à produção de quatro mil uni-
motor, em média, a cada três anos.
fuso, tornando mais A transmissão usada pelo cami- dades. Atualmente, as grandes mon-
eficiente o desempenho adavtou-se ao Também precisa trocar embreagem e
nhão da Rio de Janeiro Refrescos foi tadoras de veículos comerciais fazem
da equipe de entrega. O plator de três a seis meses, em média. testes com o equipamento, para lan-
importada dos Estados Unidos, pois
motorista, por exem- Como o Mercedes-Benz equipado
com a transmissão MT 643, de quatro
na época não era produzido no país. çá-lo como opcional. A Volvo, por
pio, sem a necessidade da troca de Luís Carlos Caldas, o veículo não Desde o ano passado, porém, a trans- exemplo, já tem a transmissão auto-
marchas, pode, além de ter mais aten- apresentou qualquer problema na marchas, não tem;embreagem, só nes- mática como opcional. No Rio de
missão automática é montada em So-
ção no trânsito, auxiliar na conferên- transmissão, nem no motor. se item houve ecpnomia de 20 a 30 rocaba, no interior de São Paulo. A Janeiro, a comercialização da trans-
cia e nas entregas. — Só temos feito manutenção sim- jogos. Allison, divisão da General Motors missão é feita pela Tracbel, que res-
Sem problemas — O Caminhão foi pies. Comprovamos, na prática, que O coordenador da frota da Rio de Corporation, maior fabricante mun- ponde também pelo fornecimento de
dirigido pelo motorista Haroldo Ca- esse sistema aumenta a vida útil do Janeiro Refrescos, Carlos Roberto dial de transmissões automáticas, as- peças e assistência técnica. (C.P.S.)

Divulgação

O da liberdade
preço j
Jogo do mercado porá à prova a capacidade da indústria automobilística
a principal causa de o setor não encontrar relativamente mais se desenvolveu, conquis-
Nisio Martins * soluções que o permitissem voltar a crescer e tando maior espaço e representatividade po- .
anúncio da liberação dos preços desenvolver sua produção. lítica. Período no qual constantemente recor-
dos automóveis é o mais impor- Para se ter idcia do quanto custou à in- reu à convocação de greves como forma de
tante sinal emitido pelo governo dústria automobilística o aprisionamento do lutar por maiores salários e melhores condi- .
1
O de que o Brasil começa a entrar livre mercado, a Volkswagen, por exemplo — ções de trabalho. E que agora, com a libera-
maior montadora do pais, com quase 40% ção do mercado, tera de se conscientizar de
em nova realidade econômica, na qual o
sistema cartorial e arbitrário até então exis- do mercado depois de sucessivamente que as montadoras e as indústrias de auto-
Saveiro tente dará lugar à capacidade e eficiência registrar prejuízos em seus balanços, só veio peças deixaram de ser adversários para se
a obter lucro em 1988, graças à receita das tornar parceiros com interesses comuns e que
profissionais como principais responsáveis aplicações financeiras e não em função das a paralisação da produção poderá trazer gra-
pelo desempenho das empresas no país. Isto vendas de automóveis. Além disso, durante ves conseqüências para os trabalhadores.
porque, ao ser responsável por cerca de 12% — de 1985 (Santana Quantum,
5âe BerrK3r<lo-Junho 1990 do produto industrial nacional e, direta e quatro anos Primeiro, porque, com o mercado mais
indiretamente, pelo sustento de 14 milhões de da Volkswagen) até 1989 (Kadett, da General competitivo, não será fácil repassar para os
brasileiros, o comportamento da indústria Motors) — não houve o lançamento de ne- preços dos automóveis qualquer reajuste sa-
automobilística tem se credenciado como um nhum modelo novo no mercado. larial que ultrapasse a produtividade real das
dos principais termômetros da economia. Hoje, conquistada a liberdade, a decisão empresas. Segundo, porque a utilização da
Em função da complexidade que caracte- de se realizar um reajuste nos preços de greve como instrumento de requisição poderá
A produção da 100.000a unidade da Saveiro foi festejada na fábrica automóveis deixa de ser um desgastante pro- ocasionar perda de mercado para a monta-
riza as interações dos vários segmentos que
cesso junto ao governo e passa a ser respon- dora, trazendo como ela o fantasma do de-
atuam na indústria automobilística, faremos sável em grande parte pelo desempenho da
a seguir a análise individual de dois destes semprego. E por último, porque estando
acusou aumento de 43,6%, elevando sua montadora no mercado. Qualquer subdimen-
segmentos, como forma de dimensionar as sionamento na política de preços da monta- pressionadas pela abertura do mercado á
participação de 27,1%, para 31,7%. Nos mudanças que esta nova realidade econômica importação de automóveis e à perspectiva de
Comemoração seis primeiros meses de 1990, a participa- dora terá como conseqüência o comprometi- novas empresas se instalarem no país, a des-
trará para o setor. mento dos recursos necessários para manter
ção média do modelo atingiu 30%. Montadoras — Na última década vá- gastante relação dos últimos anos com os
Satisfação — Montada na fábrica da competitividade no mercado.
rios foram os fatores que atuaram para pro- Assim como qualquer aumento superdi-
sindicatos poderá fazer com que as montado-
Volkswagen em São Bernardo do Campo, longar e aprofundar a crise vivida pelas mon- ras acelerem o processo de automatização de
na região industrial do ABC paulista, a Savei- mensionado de preços poderá representar a suas linhas de produção.
tadoras, tais como a queda do poder
ro satisfaz a 94% dos proprietários entre- perda de participação no mercado. Quer seja Por fim, gostaríamos de lembrar que toda
aquisitivo da população, que levou o merca- pelo fato de as outras montadoras instaladas
vistados pela montadora, segundo pesquisa do interno a cair do patamar de um milhão no país não acompanharem o aumento, quer liberdade tem seu preço e que a recem con-
divulgada pelo presidente da empresa, Mi- para menos de 700 mil unidades anuais, a seja pela maior atratividade que este aumen- quistada pela indústria automobilística terá
"A como primeira conseqüência a necessidade de
guel Carlos Barone. grande maioria dos prática de uma política cambial irreal, que to dará à importação de automóveis ou à
Volkswagen proprietários de Saveiro optaria pelo mes- prejudicou o acesso ao mercado externo, e o implantação de uma nova montadora no uma mudança de mentalidade dos vários seg-
mo modelo por ocasião da compra de um fortalecimento do movimento sindical, que Como aliás demonstra o aumento de- mentos que a compõem, em função do alto
pais.
Montadora produz novo comercial leve", disse ele. fez com que as inúmeras greves registradas terminado pela Autolatina esta semana, em grau de interdependência que passam a ter
comprometessem o nível de produção, oca- média de 11%, bem abaixo di anteriormente em uma economia de livre mercado. Sendo
Em 17 itens pesquisados pela Volkswa-
sionando graves conseqüências para a indús- solicitado ao CIP — Conselho Interministe- que da velocidade com que estes segmentos se
em São Bernardo cem mil gen, a Saveiro bateu os concorrentes — tria, seja em função da perda da produtivida- rial de Preços. conscientizem dessa nova realidade depende-
Chevy, da General Motors, Pampa, da de em escala, seja pela acentuação da Sindicato dos metalúrgicos — Pos- rá a sobrevivência de algumas empresas do
unidades da Saveiro Ford, e Fiorino, da Fiat — nos seguintes: defasagem tecnológica em relação aos auto- sivelmente o segmento da industria automo- setor.
veículo como um todo, qualidade geral, móveis produzidos nos países desenvolvidos. bilística que sofrerá a maior mudança em sua * Mestre em Administração de Empresas pela COP-
em 1982 pela Volkswagen, segurança, aparência interior, aparência/ Contudo, certamente foi a excessiva inter- forma de atuar. Isto porque, durante a última PEAD e diretor de Planejamento e Marketing da
a pick-up Saveiro atingiu a marca estilo externo, preço de compra, estabilida- venção do Estado no mercado de automóveis década, o movimento sindical foi o setor que agência Cadillac
de 100 mil unidades produzidas de, eficiência de freios, maciez ao rodar, Divulgação
Lançada
no país. Apesar de ser utilitário ausência de problemas, capacidade volu- |—| Em homenagem ao 160 aniversário
comercial leve (transporte de mercadorias métrica, robustez e serviço prestado pela 1—1 da Ponte Rio-Niterói, o Veteran Cor
na capacidade máxima de 550 quilos), rede autorizada. Club do Brasil promoveu carreata com
também é utilizada, em larga escala, como A Saveiro é produzida atualmente nas a participação de 30 automóveis anti-
substituta do automóvel, para uso pessoal, versões CL e GL, a álcool e a gasolina. gos, iniciada com a concentração em
recreativo ou es- Os motores dis- frente ao prédio do Ministério da Fa-
portivo. Am Predofio VemfM atacado Export*?*} poniveis são o zenda, no Centro do Rio. A travessia
No período de 198* 3.624 2.885 1 AE-1.600 (Alta da Baía da Guanabara teve o apoio do
1987 a 1989, o 1989 4.774 9.323 111 Economicidade DNER, que forneceu batedores e rebo-
•
segmento de 1984 9.778 9.894 150 de 1.600 centí- ques. Na praça do pedágio, o presiden
pick-ups deriva- 1985 11.674 11.585 130 metros cúbicos te do Veteran Car. Antonio Pinho, e os
das de automó- 1986 144)28 134)84 937 de cilindrada) e demais diretores prestaram homenagea-
veis registrou 1987 1&286 11.945 3JI79 SM ram o diretor da Ponte, Roberto Silvara.
AP-1.800 (Alta
crescimento de 1988 15.767 13.916 2JS31 Entre outros modelos, participaram da
Performance de
23% nas vendas 1989 19X67 17.156 1.938 carreata um De Soto 1947, um caminhão
1990 8J69 6X10 56 1.800 centíme- Ford 1929, um Chrysler 1926, um Ford
no atacado. Já a Total 100X47 91X98 9.433 tros cúbicos de 1941, um La Salie 1940, um Chevrolet
Saveiro, segundo cilindrada). -> 1951, 1951, um Cadillac 1949, um Gordini
a Volkswagen, D 0 restâado d» 1990 abrangi o período do janeiro a maio
(C.P.S.) 1964, um Ford 1951, uma Porsche 1964 e
um DKW1965.
 sábado, 14/7/90 ? Carro e Moto ? 5
JORNAL DO BRASIL

»
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Uno CS „ 627.070,75 594.378,17 Spazlo CL/QL — 201.000.00 241.000,00 218 000.00 188.000,00
Uno 1.6 848.689,79 8 05.534,80 Spazlo CLS/Top — — 282.000.00 258 000,00 241.000,00 220 000,00 "
Prflmio S 2p 605.302,72 672.132.59 OOQl CS — — 282.000,00 241.000,00
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Prflmio SL 1.6 4p ^_^_702844;57__ 664.341,11 UnoCS •— 502.000,00 484.000,00 428 000,00 410 000,00 381.000.00 381.000,00 343 000,00 338.000,00
Pr6mio CSL 1.6 4p 800.154.49 759.162,84
ElbaS 675.111,61 638.438.78 Uno 1.5 770.000,00 720 000,00 641.000.00 813.000,00 578.000.00 540.000.00 — — — —
Elba CSL 1.6 2p 798.399,42 754 989.23 P^m'o 641.000.00 565.000,00 460 000,00 448.000,00 400.000,00 375.000,00 361.000,00 343.000,00 —
Elba CSL 1-.6 4p 846.318,03 803.311.39 Prflmlo CS 1300 690.000.00 641.000,00 484.000,00 460.000,00 416.000,00 399.000.00 375.000,00 338.000,00 —
Pick up 1.3 516.457.78 491.956,34 Prftmlo CS 1500 770.000.00 720.000.00 540.000,00 513.000,00 456.000,00 434.000,00 —
Pick-up 1.5 548.319.33 522.305.79 ElbaS 589.000,00 565.000,00 540.000,00 S13.000.00 502.000.00 464.000,00 — _
Pick up 1.6 IX 587.071.43 561.283.31 Elba CS 641.000,00 613.000.00 589.000,00 526.000.00 475.000.00 452.000,00* —- —
FurgSo 1.3 535.641.92 510.273,93 Panorama — 000,00 291.000.00
Furgao 1.5 569.030.91 381.000.00 361.000,00 320
542.080.59 Panorama CL -- 393.000.00 361.000.00 338 000.00 303 000,00
Fuffloneta 458.548.48 438.796.04 Pick UP City 271.000,00 263.000.00 228 000,00 208 000,00
Chevette SL 514.376,15 484.362,34 Furgao Florlno 526.000,00 484 000,00 480.000,00 434.000.00 399.000.00 ^jl.000,00 282.000.00 256.000,00 241.000,00 216.000.00
Chevette SL/E 576 889,63 543.645,32 Alfa Romeo TI-4 460 000,00 434.000,00
Maraj6 SL 870.915.82 827.389,51
Marajft SL/E 1.832.752.72 979.629,34
Monza SL 2p 1.8 986.890.71 843.824.56 Chevotle — — 393.000.00 380.000,00 355 000,00 338.000,00
Monza 4p 1.8 923.249,58 859.216,88 Chevette SL 648.000,00 613.000,00 594.000.00 558.000,00 518.000,00 502.000.00 475.000.00 448.000,00 410.000,00 361.000.00 '•
Monza SL 2p 2.0 939.495,13 894.616,21 Chevette SE •— 513.000,00 484.000,00 434.000.00 410.000,00 — _ .
Monza SL4p 2.0 957.167,25 911.622.69 Chevette Hatch SL — 540.000,00 484.000,00 465.000,00 434.000,00 _ _
Monza SL/E 1.8 1.876.308.08 997.765.62 Chevette Hatch SE — •
Monza SL/E 4p 1.8 1.898.792,27 1.010.691.17 Mara[6 SL 678.000,00 648.000.00 619.000,00 589.000,00 526.000,00 502.000,00 475 000.00 452.000.00 428.000,00 415.000,00 '
Monza SL/E 2p 2.0 1.917.025.86 1.866.393,75 Mara|6 SE — — — 540 000,00 513.000,00 — —
Monz* — — — 589 000.00 515.000,00 460 000.00 434.000,00 '
Monza SL/E 4p. 2.0 1.149.894,85 1.089.430,31 Monza — __ __
Monza Classic 2p 2.0 1.686.312,40 1.637.249,67 Monza SL/E 1.188.000,00 1.110.000,00 1.053.000.00 988.000,00 796.000.00 760.000,00 600.000.00 641.000.00 589 000.00 540.000.00 '
Monza Classic 4p 2.0 1.719.200,95 1.669.491.80 Monza ClaMlc 1.444.000,00 1.387.000.00 1.206 000,00~ 1.048.000,00 1.005.000,oT" 940.000,~ 897.000,00 872.000,00 — —
Opala SL4c 824.385.04 780.146,57 Monza Claaalc4P 1.463.000,00 1.434.000.00 1.233.000.00 1.213.000,00 953.000,00 872 000,00 770.000,00 690 000,00 — _
Opala SL 6c 718.403,85 709.361,85 °Pal«L 980.000,00 925.000,00 897.000,00 854.000,00 690.000,00 641.000,00 502.000.00 465.000.00 434 000.00 410.000.00
Comodoro 4c 1.813.568.98 968.482.83 Opala L 6C 1.053.000,00 1.005.000,00 959.000.00 925.000,00 744.000,00 720.000.00 589.000,00 540 000,00 526 000.00 464.000.00
Comodoro 6c 1.133.781.38 1.070.181,52 Opala Comod 4C 1.130.000,00 1.091.000,00 953.000.00 897.000.00 784 000,00 720 000,00" 687.000.00 589.000.00 540 000.00 513.000.00 '
Opala Comod 4c 4P 1.190.000,00 1.144.000,00 986.000,00 935.000,00 796.000,00 770.000.00 890.000.00 651.000.00 613.000.00 540.000.00
Diplomata 4c 1.245.163.14 1.226.631,55 Opala Comod 6C 1.267.000,00 1.202.000,00 1.005.000.00 953.000,00 865000,00 851.000,00 720.000.00 690 000.00 641.000.00 565 000.00
Diplomata 6c 1.869.621.14 1.787.002,22 Opala Comod 6C 4P 1.285 000,00 1.217.000,00 1.049.000,00 1,017.000,00 953.000,00 909.000,00 784.000,00 744.000.00 672 000,00 613 000,00
Caravan SL 4c 914.018,38 872 782li3" Opala Dlplo 4C 4P 1.314.000,00 1.253.000,00 1.110.000,00 1.053,000,00 925.000,00 851.000,00 641.000.00 589.000.00 513 000.00 475.000,00
Caravan SL 6c 773.791,26 764.353~ Opala Dlplo 6C 1,327.000,00 1.285 000,00 1.206.000,00 1.110.000,00 1.005 000.00 925.000,00 690.000.00 686.000.00 641.000.00 589.000,00
Caravan Comodoro 4c 1.267.787.16 1.226.089,71 Opala Diplo 6C 4P 1.345.000,00 1.314.000,00 1.234.000,00 1.151.000,00 1.053.000,00 1.025.000,00 796.000,00 784.000,00 720.000,00 690 000,00
Caravan Comodoro 6c 1.321.234,47 1.254.158.34 CaraVan L 6C — — ' 781.000,00 712.000,00 641.000,00 617.000.00 576000.00 515 000,00 463 000,00 I
Caravan Diplomata 4c 1.354.042,53 1.333.726,01 Caravan Comod 4c 1.151,000,00 1.053.000,00 977.000,00 897.000,00 810.000,00 784.000,00 690 000.00 857.000,00 589 000.00 540.000.00
Caravan Diplomata 6c 1.904.243,76 1.007.713,48 Caravan Comod 6c 1.246 000.00 1.206.000,00 1.053.000,00 953 000.00 851.000.00 805.000,00 744.000.00 687.000.00 617.000.00 565,000.00
Caravan Olplo 4c 1,340.000.00 1.234.000.00 1.113 000,00 1053 000,00 897.000,00 851.000,00 796.000,00 744 000.00 670 000.00 630 000.00
Chevy 500 SL 507.489.03 490.838.84 Caravan Olplo 8c 1.367.000.00 1.267.000.00 1.255.000,00 1.234.000,00 925.000,00 877.000,00 831.000,00 796.000.00 730 000,00 686 000.00
Chevy 500 SL/E 579.268,52 560.350.08 Veraneio — _ •
Bonanza 1.086.396.51 1.695.937.26 Chovy 800 SL MVQOO.OO 813 000,00 589.000,00 513.000,00 434.000,00 393.000.00 338 000.00 303 000,00 271000.00 241 000.00
Bonanza SL 2.102.845,01 1.974.707,33
A-20 com caqamba 1.609.632,57
C-20 com ca^amba 1.651.540,81
C-20 c/cap. chassi longo 1.687.105,61
C-20 c/cac. cab, dupla 2.147.432.10 Escort L3p 744.000,00 641.000,00 540.000,00 456.000,00 381.000,00
D-20 diesel c/cag. 2.073.207.47 Escort GL3p 820.000,00 744.000,00 657.000,00 589.000,00 484.000,00
D-20 diesel cap, ch. longo 2.105.977.48 Escort Ghia 3p 1.053.000,00 820.000,00 690.000,00 641.000,00 565.000,00
D-20 diesel cap, cab, dupla 2.685,794,77 Escort XR-3 1.313.000,00 1.151.000,00 851.000,00 613.000,00 626.000,00
Kadett SL 770.169,84 735.024,39
Kadett SL/E 881.541.08 839.851.54 Escort GL 5P 820.000,00 690.000,00 630.000,00 589.000,00 513.000,00
*«&* Kadett GS 1.540.093,68
í *V;:> Kaden Turim 2p 957.350,05 916.621,95 Corcel GL/LDO 410.000,00 375.000,00
Monza Classic 2.0 SE 500 EF 2p 2.610.815,38 — Belina 720.000,00 657.000,00 540.000,00 475.000.00 434.000,00 '
Monza Classic 2.0 SE 500 EF 4p 2.650.500.82 Belina GLX/GL 851.000,00 702.000,00 630.000,00 513.000,00 —
Veraneio S 4p 2.237.069,25 2.100 751,76
Belina Ghia 1.025.000,00 925.000,00 784.000,00 672.000,00 540.000,00
Escort L3p 728 161,72 680 009,29 Del Rey GL 770.000,00 690.000,00 589.000,00 526.000,00 —
Escort GL3p 795.725,61 743.377.58 Del Rey GLX 851.000,00 760.000,00 613.000,00 565.000,00 — "
Escort XR-3 1.414.819.74 1.363.413,79 Del Rey Ghia 925.000,00 770.000,00 657.000,00 589.000,00 513.000,00 '1
Escort 848 551,64 810.914,72 Del Rey Ghia 4p 831.000,00 720.000,00 641.000,00 589.000,00 565.000,00
Escort Conversivel 1.8 2.108.196,08 2 071.305.73 Pampa 744.000,00 540.000,00 502.000,00 465.000,00 —
Del Rey L 2p 829.775.89 784.757,61 Pampa GL 820.000,00 641.000,00 578.000,00 540.000,00 — -
Del Rey GL 2p 930.331.53 879.589.10
Del Rey GLX 2p 1.060.826.28 1.003 404,14 F-1000 1.313.000,00 1.173.000,00 1.053.000,00 877.000,00 —
Del Rey Ghia 2p 1.215.423.02 1.149.554,15 F-1000 Diesel 1.519.000,00 — 1.313.000,00 — 851.000,00 —
1.130.000,00 — 977.000,00 —
Del Rey L4p 882.264,08 834 479,57
Del Rey Ghia 4p 1 314.937.91 1.243.148,28
Belina 909.847,27 860.739.50
Belina GLX 1.177.824.67 1.113 575.23 Fusca _____ 375.000,00 361.000,00 338.000,00 320.000.00'
Belina Ghia 1.346.670.45 1 273.865,41 Gol BX/C 465.000,00 434.000,00 410.000.00 375.000.00.
Pampa L 4x2 652.467.13 626.531.85 Gol S/CL 770.000.00 720.000,00 670.000.00 130.000.00 513.000.00 483.000.00 —
PampaL4x4 652.836,53 426,876,74 Gol LS/GL 796.000.00 744.000,00 720.000.00 670.000.00 589.000.00 540.000,00 452.000.00 415.000,00 381.000,00 333.000,00
Pampa GL 4x2 744.113,73 715.224,27 Gol GT/GTS 1.053.000,00 1.005.000,00 925.000,00 897.000,00 810.000.00 770.000,00 690.000,00 663.000,00 565.000,00 484.000,00
Pampa GL 4x4 768 005.49 679 135.47 Voyage S/CL 851.000,00 796.000.00 720.000.00 690.000,00 641.000,00 613.000.00 540.000,00 484.000.00 434.000,00 410.000.00
Pampa Ghia 4x2 792.716,30 780 754,47 Voyage LS/GL 897.000,00 820.000,00 730.000,00 703.000,00 670.000,00 641.000.00 613.000,00 565.000,00 513.000,00 484.000,00
F-1000 1 149.415,78 912 102,39 Voyage Super/GLS 953.000,00 872.000.00 770.000,00 744.000,00 720.000,00 690.000,00 589.000,00 578.000.00 483.000.00 452.000.00
F-1000 - 1.798.319,30 Voyage LS4p _ 565.000,00 513.000,00 460.000,00 434.000,00
Verona LX 833.612.25 795 960,24 Parati S/CL 851.000,00 796.000,00 720.000,00 690.000,00 672.000,00 641.000,00 565.000,00 540.000,00 513.000,00 484.000,00
Verona GLX 1.025 655,88 1 023 094,61 Parati LS/GL 897.000,00 854.000,00 744 000.00 720.000,00 641.000,00 578.000,00 540.000,00 513.000.00 502.000.00 -484.000,00
Parati GLS 1.151.000.00 1.053.000,00 897.000,00 872.000,00 796.000,00 770.000,00 641.000.00 589.000.00 540.000.00 484.000,00
Tocantins Lona LE 821.604,61 Passat LS/GL Village 744.000,00 720.000.00 690.000,00 670.000,00 641.000.00 613.000.00 540.000.00 484 000.00 410.000.00 381.000.00
Tocantins Lona Plus 856.522,48 Passat TS/GTS 897.000,00 820.000.00 744.000,00 690.000,00 641.000,00 630.000,00 578.000,00 502.000,00 460.000.00 434.000,00
Tocantins TR LE 934.574,11 - Santana CS/CL 977.000,00 825.000.00 866.000,00 851.000.00 796.000.00 720.000.00 641.000,00 613.000.00 540.000,00 513.000.00
Tocantins TR Plus 973.878.99 — Santana CG/GL 1.005.000,00 953.000,00 897.000,00 864.000,00 831.000,00 820.000.00 670.000,00 641.000,00 589.000.00 540.000.00
Carajfls LE 1.329.934,48 - Santana CD/GLS 977.000,00 953.000.00 925.000.00 886.000,00 820.000.00 744.000,00 651.000,00 630.000.00 565.000.00 526.000,00
Carats VIP 1.407.765.31 - Santana CS/CL 4P 953.000.00 897.000,00 844.000.00 798.000.00 770.000.00 730.000.00 686.000.00 641.000.00 589.000,00 526.000,00
CatajAs LE 4p 1.412.106.76 — Santana CG/GL 4P 1.005.000,00 977.000,00 953.000.00 897.000,00 672.000,00 820.000,00 690.000,00 641.000,00 613.000,00 540.000.00
Carai&s VIP4p 1.505.882 08 Santana CD/GLS 4P 1.053.000,00 988.000,00 925.000,00 886.000,00 851.000.00 744.000,00 690.000.00 641.000,00 540.000,00
58.VOOO.OO
Quantum CS/CL 1.081.000,00 1.053.000,00 940.000,00 851.000,00 770.000,00 727.000,00 690.000,00 670.000,00 — —
Gol CL 562.688,68 517.012,06 Quantum CG/GL 1.206000,00 1.151.000,00 953.000,00 909.000.00 872.000,00 784.000.00 770.000.00 690.000,00 —
Gol GL 625.787,31 573.663,98 Quantum GLS 1.386.000.00 1.313.000,00 1.110.000,00 1.053.000.00 953.000.00 925.000,00 —
Gol GTS 1 1.153.912,29 1.033 880,78 Saveiro S/CL 720.000,00 670.000,00 613.000,00 540.000,00 513.000,00 484.000.00 475.000,00 460.000,00 452.000,00 434.000,00
Gol GTI 1.705.024,20 Saveiro LS/GL 770.000,00 720.000,00 641.000,00 600.000,00 540.000.00 509.000,00 484.000.00 474.000,00 460.000.00 452.000.00
Voyage CL 640.516,72 588 558.45 Kombi STD 720.000,00 690.000,00 641.000,00 613.000.00 484.000.00 460.000,00 434.000,00 393.000,00 381.000,00 361.000.00
Voyage GL 718.632.36 640.716.23
Voyage GLS 1.8 ,1 025.359,67 990.976,78
Parati CL 739.149,18 679.106.86
Parati GL 864 613.10 793 783,19
Parati GLS 1.8 CG 125 170.000,00 140.000,00 120.000,00 100.000,00 80.000,00
1.142.918,91 1 104.500,47 ML 125 180.000,00 155.000,00 125.000,00 110.000,00 100.000,00
Santana Executivo 2.545 537,60 XLS 125 170.000,00 150.000,00 130.000,00 110.000,00
Santana CL 900131.91 827.002.08 SLS 125 DUTY 180.000,00 —
Santana CL4P 927.683.34 852 235,19 XLX 250R 255.000,00 240.000,00 190.000,00 170.000,00 150.000,00
Santana 2000 CL 1 025.778.27 942 221,23 XLX 350R 310.000,00 280.000,00 270.000,00 —
Santana 2000 4P 1.066.743,97 980.023,17 CB 450 TR/DX 300.000,00 270.000,00 250.000,00 200.000,00 170.000,00
Santana 2000 GLS 4P 1.581.425,12 1.452.422.13
Santana 2000 GL 1.326.779.89 1.219 339.96 SXT 16.5 137.000,00 120.000,00 110.000,00 100.000,00 90.000,00
Quantum CL 990.586.97 909.948.78 Elefant 16.5 170.000,00 140.000,00 135.000,00 120.000,00 100.000,00
Quantum 2000 CL 1.120.534,39 1.029.662,84 SXT 27.5 170.000,00 137.000,00 125.000,00 115.000,00 —
Quantum 2000 GL 1.419.253.21 1 304.401.00 Eletant 27.5 175.000,00 150.000,00 140.000,00 125.000,00
Quantum 2000 GLS 1.733.472.41 1.591.947.84 DAKAR 30.Q 200.000,00 185.000,00 170.000,00 150.000,00 —
Saveiro CL 509.767.83 492.528,10
Saveiro GL 580.661,37 561.040,74 RX 125 50.000,00
RDZ 125 170.000,00 160.000,00 150.000,00 120.000,00 —
Gol Furgao 495.426.91 467.559.25 RD 135 210.000,00 200.000,00 170.000,00 128.000,00 —
Kombi Standard 700.983,22 643.898.27 RD 135 215.000,00 205.000,00 160.000.00 150.000,00 —
Kombi Picape 489.318,65 470.173.07 DT 160 250.000,00 220.000,00 200.000,00 160.000,00 170.000,00
Kombi Furgao 543.884.64 525.475,61 RD 350 370.000,00 300.000,00 227.000.00 200.000,00 —
Apollo GL 1.014.864,00 1.014 864,00 600.000,00
Apollo GLS 1.250.334,00 1.250 334.00
PX 200 310.000.00 285.000,00 270.000,00 250.000.00 —
PX 200 GT 300.000.00 270.000,00 250.000,00 210.000,00 —
CG 125 TODAY 280.073.16 SST 13.5 253.000.00 PX20 Elestart 390.000,00 380.000,00 350.000,00 310.000,00 —
Vh CG 125 CARGO 296.877,54 Elefantre 16.5 293.000,00
XLS 125 DUTY 350.091.45 SXT 27.5 299.000,00
CBX 150 AERO 417.263,47 Eletant 27.5 302.000,00
NX 150 458.242.26 Dakar ES 30.0 324.000,00
XLX 250 516.495.59 Eletantre ES 30.0 374.000.00
XLX 350 656.601.39 SXT 27.5 274.000,00
CB 450 DX 696.664.70 ? Os preços de carros e motos são colhidos diretamente das montadoras. As tabelas com as cotações dos
CBR450SR 1.032.465.02 usados espelham preços médios, no Rio de Janeiro, para veículos considerados em bom estado geral. Não
RD 135Z 299.751.00 computam, porém, opcionais e acessórios além dos originais de cada modelo. Os modelos não cotados não
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estavam disponíveis no mercado, nesta semana.
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 JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 ? Carro e Moto ? 7

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CHEVETTE SLE NOVAÇO " 87 PRATA 580.000 VOYAGE S BONITAÇO 85 BEGE 575.000
CHEVETTE SL 1.6 LINDAÇO 84 BRANCA 420.000 VOYAGE S NOVAÇO 84 AZUL 540.000
ÇHEVY 500 SL ZERAÇA 90 PRETA 840.000 GOL CL 89 BEGE 799.000
:CHEVY 500 SL ZERAÇA 90 PRATA 835.000 GOL GTS 1.8 COMPLETAÇO 87 PRATA 890.000
¦MONZA SL 1.8 89 PRETA 1.099.000 GOL GT 1.8 86 VERMELHA 690.000
ÒLASSIC SE 2.0 COMPLETAÇO 88 PRATA 1.300.000 GOL LS 86 VERDE 599.000
MONZA SLE 2.0 EQUIPADAÇO 87 PRATA 899.000 GOL 85 CINZA 499.000
MONZA SLE 2.0 BONITAÇO 87 CINZA 870.000 GOL 84 CINZA 435.000
MONZA SLE 2.0 87 VERMELHA 850.000 ESCORT GHIA COMPLETAÇO 87 VERDE 899.000
MONZA SLE 1.8 COMPLETAÇO 86 DOURADA 799.000 ESCORT GL NOVAÇO 87 CINZA 820.000
MONZA SLE 1.8 4P C/AR 86 DOURADA 785.000 ESCORT GL BONITAÇO 87 VERMELHA 800.000
MONZA SLE 1.8 86 VERMELHA 730.000 ESCORT XR3 COMPLETAÇO 86 AZUL 745.000
MONZA SLE 1.8 86 PRATA 735.000 ESCORT XR3 COMPLETAÇO 86 AZUL 699.000
MONZA SL4P BONITAÇO 86 DOURADA 725.000 ESCORT GL NOVAÇO 86 PRATA 685.000
MONZA SLE 1.8 COMPLETAÇO 85 VERMELHA 740.000 ESCORT LUXO 86 PRATA 600.000
MONZA SLE 1.8 4P COMPLETAÇO 85 BEGE 699.000 BELINA GHIA COMPLETAÇA 87 DOURADA 850.000
MONZA SLE 1.8 85 PRETA 690.000 BELINA LUXO 85 OURO 550.000
MONZA L 1.8 85 PRATA 650.000 DEL REY GHIA COMPLETAÇO 86 MARROM 699.000
MONZA SLE 4P C/AR BONITAÇO 84 VERMELHA 620.000 DEL REY 84 VERDE 480.000
MONZA SLE 4P BONITÃO 84 DOURADA 580.000 DEL REY 82 PRETA 420.000
MONZA HATCH SLE 83 AZUL 450.000 UNO CS NOVAÇA 86 CINZA 550.000
CARAVAN DIPLOMATA BONITAÇA 88 MARROM 1.200.000 UNO S BONITAÇA 85 BEGE 499.000
;CARAVAN DIPLOMATA COMPLETAÇA 88 AZUL 1.150.000 PRÊMIO CS BONITAÇA 86 BEGE 560.000
CARAVAN COMODORO COMPLETA 85 PRETA » 750.000
SANTANA GLS COMPLETAÇO 89 CINZA 1.500.000 o o
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SANTANA GL COMPLETO 87 VERMELHA 890.000
CHEVY 500 84 MARROM 370.000
SANTANA CS 87 CINZA 790.000
CHEVETTE 1.6 85 BEGE 390.000
Í3ANTANA CG BONITÃO 86 CINZA 750.000
VOYAGE S 84 CINZA 435.000
SANTANA CS 86 CINZA 780.000
GOL 85 VERDE 370.000
SANTANA CG NOVAÇO 85 PRATA 740.000
DEL REY 82 BEGE 358.000
SANTANA CS 85 CINZA 670.000
DIPLOMATA BONITAÇO COMPLETO 88 AZUL 780.000
PARATI CL ZERAÇA 89 CINZA 1.099.000
CARAVAN COMODORO COMPLETA 85 PRETA 545.000
PARATI GL GASOLINA NOVAÇA 87 AZUL 830.000
COMODORO 4 PORTAS 87 BRANCA 590.000
PARATI S 86 VERDE 599.000
FIAT 147 C 86 CINZA 370.000
PARATI S 86 VERDE 650.000
FIAT 147 C 84 BEGE 280.000
PARATI S 86 VERDE 630.000
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85 BRANCO 459.890 CHEVETTE SL 81 MARROM 207.600,

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85 VERDE 469.820, CHEVETTE 83 MARROM 369.800,
UNO CS
85 BRANCO 475.850, CHEVETTE 83 AZUL 375.800,
UNOS
85 VERDE 445.890, CHEVETTE SL GAS 83 PRETA 399.800,
UNOS
85 VERDE 449.500, CHEVETTE STD 83 BRANCA 385.500,
UNOS
86 BRANCO 450.890, CHEVETTE SL 84 PRETA 390.500,
UNO CS
86 VERMELHO 529.300, CHEVETTE 85 BRANCA 459.800,
UNO CS
87 VERMELHO 559.890, CHEVETTE 84 AZUL 399.800,
UNOS 4
88 BEGE 640.850, CHEVETTE SL 85 BRANCA 469.990,
UNO CS
88 BRANCA 599.850, CHEVETTE STD 85 BRANCA 440.800,
UNOS
88 AZUL 720.870, CHEVETTE SE EQUIP. 87 PRATA 575.800,
UNO 1.5 R C/AR
85 VERMELHO 459.890, CHEVETTE SL NOVÍSSIMO 89 BEGE 679.900,
PRÊMIOS
86 BEGE 525.800, ESCORT GHIA 84 DOURADA 550.900,
PRÊMIO CS
86 CINZA 539.500, ESCORT XR3 86 AZUL MINERAL 620.500,
PRÊMIO CS
86 BEGE 510.900, ESCORT L NOVÍSSIMO 86 BEGE MET. 570.500,
PRÊMIOS
86 VERMELHO 550.890, ESCORT L 86 PRETA 570.900,
PRÊMIO CS C/VIDRO ELÉTRICO
86 VERMELHO 499.890, ESCORT XR3 COMP. 87 AZUL 895.900,
PRÊMIO CS '
88 AZUL 650.990, ESCORT XR3 COMP. 88 BRANCA 990.500
PRÊMIO S
88 VERMELHO 659.700, ESCORT XR3 COMP. 88 BRANCA 939.800
PRÊMIOS
89 PRETA 930.000, FIAT 147 GAS. 80 BEGE 165.800
PRÊMIO CSL GAS.
87 VERMELHO 670.990, VOYAGE GLS 1.8 88 CINZA 839.590,
ELBAS
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Rio de Janeiro — Sábado, 14 de julho de 1990

Renan Cepedá
Cepeda

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solar

de Leo

Gandelman
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O músico amanhã, às

17h, nos do MAM

jardins Gandelman enche de sons os jardins do Museu de Arte Moderna, amanhã, no final da tarde
Leo Gandelman

Mareia Cezimbra
em punho,
para maior conforto ao
ar livre, o carioca po-
derá ter amanhã mais
CADEIRAS um domingo de música
e prazer, grátis, com o espetáculo
Solar, do saxofonista Leo Gandel-
man, às 17h, nos jardins do Museu
de Arte Moderna (MAM). Depois
de assinar a produção dos LPs Vir-
gem, de Marina, e Plural, de Gal
Costa, o compositor, arranjador e
tecladista de 33 anos aproveita o
espaço da série Música no MAM
para apresentar ao grande público
o seu terceiro LP, Solar, recém
lançado pela PolyGram. Trata-se
de uma síntese "quase perfeita"
de todas as linguagens musicais
de Leo Gandelman: "Este traba-
lho chegou mais perto de tudo o
que eu queria dizer, embora eu
goste muito dos outros dois discos
e de trabalhar com outros artis-
tas", diz o saxofonista.
Tão próximo assim do ideal de
Leo Gandelman, Solar poderá ul-
trapassar facilmente o estouro in-
ternacional do segundo LP, Oci-
dente, o primeiro com a gravadora
Polygram, do ano passado. Apesar
de vendas razoáveis de 20 mil có-
pieis nos Estados Unidos, Ocidente
entrou na lista dos dez mais toca-
dos em rádios americanas com
programas de música progressiva
em 1989 e, no fim do ano, colocou o
nome do brasileiro ao lado de seus
próprios mitos, em listas dos 100
mais tocados do mundo. Não é à
toa que Solar já tem lançamento
marcado para setembro nos mer-
cados americano, japonês e euro-
peu. O alvo do artista, porém, é
mesmo o Brasil. "O sucesso no ex-
terior para mim será sempre uma
conseqüência do meu trabalho
aqui. A minha pontaria está vira-
da para o Brasil."
Por se sentir muito feliz aqui,
ao solar o sax para brasileiros, que
este espetáculo único do MAM
tem dimensões de grande realiza-
ção para Leo Gandelman. "Acho
que o sonho de qualquer artista é
tado nos jardins, que Leo e a ban-
da formada por Renato Neto nos
teclados, Fernando de Souza no
baixo, Cláudio Infante na bateria
e Alexandre Carvalho na guitarra
vão tocar as 12 faixas do LP, que
aumentam para 14 nos CDs e nas
fitas cassetes.
Não há, na opinião do músico
de formação clássica, uma faixa
sequer do LP escolhida intencio-
nalmente para trabalho em rá-
dios. Uma delas, porém, Castigo,
de Dolores Duran, já é sucesso,
depois de incluída na trilha da no-
vela Pantanal, da Rede Manchete.
Outra, a faixa-título Solar, repre-
senta a expressão maior de um
tocar em show aberto, gratuito, músico. "O momento de solar é o
para a multidão. Estou muito feliz momento de liberdade, de criação
com este show no MAM. O Rio é do músico. O solo é um espaço
tão carente de espaços para músi- livre, mas cada nota tem uma ra-
ca e o MAM voltará a ser, com zão de ser. Solar também é a ener-
este projeto do Música no MAM do gia do sol", explica. Há a melhor
BANERJ, o centro cultural im- de todas, segundo a crítica, a par-
portante que foi para a cidade, em ceria com Carlinhos Brown Hip
artes plásticas, cinema, música e hop de Candial, feita para a Gal
dança. Além disso, adoro o Centro cantar em Plural. A cantora-ídolo
da cidade. Acho lindo o Aterro." É de Leo Gandelman, que a acompa-
neste cenário, com um palco mon- nhou em discos e shows de 1980 a
1982, tem uma participação vocal Apesar da carreira ascendente
nesta faixa, sobre a percussão do no exterior, Leo Gandelman co-
grupo baiano Raizes do Pelô, gra- menta que toda a sua inspiração
vada na Bahia. Oswaldinho do está mesmo no Brasil: César Ca-
Acordeon está na faixa Furuvudé, margo Mariano, Azymuth, Egber-
titulo-onomatopéia do saxofone to Gismonti, Hermeto Pascoal e
de Leo Gandelman. Wagner Tiso. "Eles me inspiram
A maioria das 12 faixas são de
para botar para fora idéias minhas
Leo Gandelman em parceria com que, mais tarde, podem inspirar
o tecladista William Magalhães.
outras gerações. Já existe uma
Na realidade, são 11 músicas, por-
nova geração que traz a marca de
que a décima segunda é a vinheta
que abria a programação dos even-
um trabalho próprio, singular, co-
tos Tucano Artes, no ano passado, mo Márcio Montarroyos, Ricardo
no Rio — uma série de videos e Silveira, Vitor Biglioni e o grupo
shows produzida pela Dueto, a paulista Zonazul. São trabalhos
mesma empresa que organizava o muito importantes para acabar
Free Jazz Festival, cancelado este com esta massificação. A arte tem
ano pela patrocinadora, a Compa- que ser cada vez mais democrati-
nhia de Cigarros Souza Cruz. De- zada, segmentada, regionalizada",
pois de duas apresentações no diz Leo. E, embora considere o es-
Free Jazz — no Rio em 1987, em
São Paulo em 1988 — Leo Gandel- paço para a música instrumental
no Brasil "uma área enorme, mas
man considerou lastimável o can-
celamento do evento: "Estou su- no deserto de Saara", Leo Gandel-
perchateado como público e como man não nega o seu lugar privile-
músico. Já ouvi muita coisa boa giado: "Quem consegue trabalhar
no Free Jazz. É um festival que com suas próprias idéias e viver
movimenta muito o panorama disso já pode se considerar um fe-
musical brasileiro." lizardono Brasil."

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)iI"¦ T
Compositores )|•5r
F LT entre nós
Eisenstein i;
ii
Livros, cartazes, cursos e filmes trazem ti
|
de volta o gênio do cineasta russo brigam
por
Susana Schild íV
ISENSTEINIANOS, forma-
listas soviéticos, cinéfilos do D
Dat I
inveterados e afins: dias me- causa
lhores chegaram e anun-
ciam uma quinzena onde o gênio do Novos gravadores podem
cineasta russo Sergei Eisenstein,
um dos mais importantes teóricos baixar venda'de discos
do cinema, será celebrado por um xw
multi-evento que inclui a publica- produção dos gravadores Dat mais
çâo de dois livros, exposição de car- I
Jube Shiver Jr baratos nos impunham essa medi-j' vt
tazes, cursos e, obviamente, exibi- Los Angeles Times da."
ção de filmes. A festa eisensteiniana
foi detonada pela publicação de O OVA IORQUE — O es- A Sony, primeira e até aqui'
sentido do filme e A forma do filme, perado aconteceu: certos única empresa a produzir os gra-!
espécie de bíblia dos estudiosos da spnr * Wm, de que os chamadas digi- vadores Dats mais baratos, lan->
linguagem e teoria de cinema. Com '¦ * '_ N tal áudio tapes (Dat) — çou-os oficialmente, nos Estados
algumas décadas de atraso — o pri- j&k' Unidos, no dia 17 de junho. Os
fitas cassete que reproduzem com
meiro foi escrito em 1942 e o segundo a mesma qualidade sonora de um dois modelos postos no comércio
em 1949 — os dois livros chegam fi- compact disc, já disponíveis no — um a US$ 900 e outro a US$ 950
nalmente ao público brasileiro atra- I
mercado americano — poderão (cerca de CrS 76.000 e CrS 83.000,'
vés da Jorge Zahar Editor, com tra- provocar consideráveis prejuízos respectivamente) — são altamente i!
dução de Teresa Ottoni e sofisticados. Reproduzem o som dé í
apresentação e notas do critico José aos seus direitos autorais, compo-
sitores populares americanos en- CDs e discos comuns com a mais: I
Carlos Avellar. O lançamento ocor- traram com uma ação, num tribu- absoluta fidelidade. E as fitas usa-!
rerá no próximo dia 19 na livraria do ergei Eisenstein (E) foi um aos mais \ portantes teóricos das, menores que as cassete tradi-;. I'
Cineclube Estação Botafogo. O Fes- do cinema. Como filme Greve (acima), e 1924, começa nal de Manhattan, para evitar que
a Sony ponha no mercado grava- cionais, custam entre USS12 e USS !:¦.
tival Eisenstein, no entanto, já co- amanhã o ciclo no MAM 15 (entre CrS 1.000 e CrS 1.300). Três.
meça amanhã, com exibição de A dores fabricados exclusivamente
para aquele tipo de fita. ou quatro vezes mais que as casse-
greve, de 1924, no MAM, às 18h30, exibidos os "preferidos de Eisens- da segunda parte, pois problemas te, é verdade, mas praticamente a t.
acompanhada da inauguração de tein", filmes de autores citados em com a censura cancelaram o projeto A ação — um texto de 24 págl- mesma coisa que os CDs. 1
Uma exposição de desenhos do ei- seus escritos, como O lírio partido, definitivamente em setembro de nas assinado por cinco composito-
neasta. de D.W.Griffith, A terra, de Dovjen- 1946.0 Estação apresentará a versão res — tem pelo menos um ilustre A luta dos compositores e edi-
A montagem do Festival Eisens- ko e Dr.Mabuse, o jogador, de Fritz completa do filme, Inclusive a parte nome entre esses cinco: Sammy tores contra os Dats é feroz. Eles
tein é mais simples que as teorias Lang. a cores. Cahn, 77 anos, ganhador de quatro estão certos de que, a partir de
"das atrações" do diretor e concen- Oscars de melhor canção e letrista agora, em lugar de comprar seus
A preocupação e o sentido estéti- No dia 19, é a vez do lançamento
tra-se em dois pólos: a cinemateca na livraria do Estação dos livros O de sucessos como Ali the way, Be discos e CDs, o consumidor vai y.
'i
do MAM e o Estação Botafogo. No cò de Eisenstein (1898/1948) se mani- my love, Love and marriage e Th- preferir fazer suas próprias grava-;
MAM serão exibidas obras-primas festavam inicialmente em desenhos, sentido do fime, coletânea de artigos
que exercitou ao longo de sua vida e escritos durante a Segunda Guerra, ree coins in the fountain. Acham ções de material pedido emprestai
como Encouraçado Potemkin (1925), eles que, sendo capaz de reproduzir do a um amigo. Isso significaria;
Outubro (1927), Os cavaleiros de fer- adaptou às suas necessidades artis- que além de abordar a questão da
ticas. JJo saguão da Cinemateca do montagem — a mola mestra do pen- com absoluta fidelidade discos uma infração às leis do copyright e
ro (1938), e ainda filmes de exibição samento eisensteiniano — alertam convencionais e CDs, o Dat aca- um prejuízo a eles, compositores ej
mais rara, como as várias utiliza- MAM estarão expostos 34 desenhos,
25 realizados na juventude, quatro para a preservação de filmes da des- bará diminuindo suas vendas. editores. Algumas soluções che-
ções do material de Que Viva Méxi- feitos para teatro, e cinco para Ivan, truição pelo nazi-fascismo. A forma Mas os cinco, na verdade, não garam a ser propostas pela Asso-!
co, reorganizadas por terceiros em O ciação. Uma delas, supunha-se, te-;
projeto mexicano de Eisenstein o terrível. Estas obras faziam parte do filme é uma coletânea de 12 en- são apenas cinco. Eles contam com
(1958), entre outras versões. Tam- de uma coleção mais ampla de re- saios, a maioria escrita em 1929 e o apoio da Associação Nacional ria resolvido a questão em fins
bém na Cinemateca do MAM serão produções em fac-simile lançadas baseados em suas experiências com dos Editores de Música, entidade do ano passado: um circuito es-
em edição de luxo pela União Sovié- as filmagens de A greve, O encoura- que representa nada menos de pecial acrescentado ao gravadoí,
tica em 1968. As demais peças do çado Potemkin e Outubro. A última 40.000 compositores e outros pro- (e conhecido como serial copy ma-
acervo foram destruídas em um in- etapa do Festival Eisenstein começa fissionais do setor e que há quatro nagemente system) que, se possibi-
cêndio em 1978. em 24 de julho, com o curso O senti- anos vem lutando contra a implan- litava a feitura de cópias de CDs,;
Na outra pólo do Festival Eisens- do e a forma do filme, a cargo de tação do Dat no mercado america- impossibilitava reproduções de
tein — o Estação Botafogo —, a festa José Carlos Avellar. O curso prosse- no. Segundo a Associação, antes uma fita Dat para outra. No mês
começa segunda-feira, com a exibi- gue até o dia 29 de agosto, às segun- mesmo de se popularizar (só agora passado, porém, os compositores
ção de outra obra-prima: Ivan, o ter- das e quartas na sala 2 do Estação a Sony começa a fabricar gravado- chegaram à conclusão de que isso
Ivan, o terrível, o último rivel, último filme de Eisenstein, Botafogo. As inscrições podem ser não seria o bastante e que o grava-;,
Coluna filme do cineasta e o feitas na livraria do Estação (preço res a preços acessíveis ao grande
concebido como trilogia, e o único público), o Dat já havia causado, à dor Dat popular era mesmo uma1,
único a cor, estará no em que utilizou a cor. As filmagens CrS 4.000) e dão direito a 20% de des- ameaça. ;•
Botafogo conto na compra dos livros. indústria americana de discos,
começaram em 1945 e não passaram »
Esotérica prejuízos da ordem de US$ 6,5 bi- Enquanto isso, outra empresa,r
lhões por ano (cerca de Cr$ 550 a Philips, prepara-se para lançar o;
Inl 'rnu- bilhões ao câmbio paralelo). seu próprio gravador Dat a preços>
Encontro dos "Preferíamos, em vez da ação, mais baratos. Com a vantagem de; •51
negociar uma solução equltativa oferecer ao comprador os dois sis-
Magos
Depois do sucesso em eventos como a Feira Eso- ¦ para as duas partes", disse Edward temas de gravação, o cassete con-'
¦ JB P. Murphy, presidente da Associa- vencional e o modernissimo Dat.
térica do Riocentro e a Feira Mística do Plaza
Shopping, a Academia de Cultura Arcana esti çáo. "Mas acabamos por concluir Sammy Cahn e seus parceiros, $
organirando agora o Encontro dos Magoi. Norim 0B wiwmoyptSi que a importação em massa e a claro, estão a postos.
Mais do que um grande evento esotérico^ ela pro- it
mete uma grande festa, que acontecerá no Pia* Informe JB
netirio da Gávea, em «gosta
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sábado, 14/7/90
2 o CADERNO B o
V entre
Eisenstein
Susana Schild
ISENSTEINIANOS, forma-
listas soviéticos, cinéfilos
Inveterados e afins: dias me-
E lhores chegaram e anun-
ciam uma quinzena onde o gênio do
cineasta russo Sergel Eisenstein,
um dos mais importantes teóricos
do cinema, será celebrado por um
multi-evento que inclui a publica-
ção de dois livros, exposição de car-
tazes, cursos e, obviamente, exibi-
ção de filmes. A festa eisensteiniana
foi detonada pela publicação de O
sentido do filme e A forma do filme,
espécie de bíblia dos estudiosos da
linguagem e teoria de cinema. Com
algumas décadas de atraso — o prl-
meiro foi escrito em 1942 e o segundo
em 1949 — os dois livros chegam fi-
nalmente ao público brasileiro atra-
vés da Jorge Zahar Editor, com tra-
dução de Teresa Ottoni e
apresentação e notas do critico José
Carlos Avellar. O lançamento ocor-
rerá no próximo dia 19 na livraria do
Cineclube Estação Botafogo. O Fes-
tival Eisenstein, no entanto, já co-
meça amanhã, com exibição de A
greve, de 1924, no MAM, às 18h30,
acompanhada da inauguração de
uma exposição de desenhos do cl-
neasta.
A montagem do Festival Eisens-
tein é mais simples que as teorias
"das atrações" do diretor e concen-
tra-se em dois pólos: a cinemateca
do MAM e o Estação Botafogo. No
MAM serão exibidas obras-primas
como Encouraçado Potemkin (1925),
Outubro (1927), Os cavaleiros defer-
ro (1938), e ainda filmes de exibição
mais rara, como as várias utiliza-
ções do material de Que Viva Méxi-
co, reorganizadas por terceiros em O
projeto mexicano de Eisenstein
(1958), entre outras versões. Tam-
bém na Cinemateca do MAM serão
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Coluna
Esotérica
| Encontro dos
Magos
Depois do sucesso em eventa como a Feira Eso-
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organizando agora o Encontro dos Mago*.
Mais do que um grande evento esotérica ela pro-
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V E
Livros, cartazes, cursos e filmes trazem
de volta o gênio do cineasta russo
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ísenstein (E) foi um dos mais;
do cinema. Com o filme Greve (acima),
amanhã o ciclo no MAM
exibidos os "preferidos de Eisens-
tein", filmes de autores citados em
seus escritos, como O lírio partido,
de D.W.Griffith, A terra, de Dovjen-
ko e Dr.Mabuse, o jogador, de Fritz
Qr.;0iMit
Lang.
A preocupação e o sentido estéti-
cò de Eisenstein (1898/1948) se mani-
festavam inicialmente em desenhos,
que exercitou ao longo de sua vida e
adaptou às suas necessidades artis-
ticas. No saguão da Cinemateca do
MAM estarão expostos 34 desenhos,
25 realizados na juventude, quatro
feitos para teatro, e cinco para Ivan,
o terrível. Estas obras faziam parte
de uma coleção mais ampla de re-
produções em fac-simile lançadas
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tica em 1968. As demais peças do
acervo foram destruídas em um in-
cêndio em 1978.
Na outra pólo do Festival Eisens-
tein — o Estação Botafogo —, a festa
começa segunda-feira, com a exibi-
ção de outra obra-prima: Ivan, o ter-
Ivan, o terrível, o último rivel, último filme de Eisenstein,
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Botafogo começaram em 1945 e não passaram
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PROGRAMA
MOZART - A Flauta Mágica (Abertura)
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e 1924, começa
da segunda parte, pois problemas
com a censura cancelaram o projeto
definitivamente em setembro de
1946. O Estação apresentará a versão
completa do filme, inclusive a parte
a cores.
No dia 19, é a vez do lançamento
na livraria do Estação dos livros O
sentido do fime, coletânea de artigos
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que além de abordar a questão da
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truição pelo nazi-fascismo. A forma
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saios, a maioria escrita em 1929 e
baseados em suas experiências com
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çado Potemkin e Outubro. A última
etapa do Festival Eisenstein começa
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das e quartas na sala 2 do Estação
Botafogo. As inscrições podem ser
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' MAURO RASI (AUTOR) |
. rio
JORNAL DO BRASIL;
|Compositores
brigam
por
causa do Dat
D
\ Novos gravadores podem
baixar venda de discos
produção dos gravadores Dat mais
Jube Shiver Jr baratos nos impunham essa medi-;'
Los Angeles Times da."
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A Sony, primeira e até aqui
, OVA IORQUE — O es- única empresa a produzir os gra-!
perado aconteceu: certos vadores Dats mais baratos, lan-|
de que os chamadas digi-
N tal áudio tapes (Dat) — çou-os oficialmente, nos Estados
fitas cassete que reproduzem com Unidos, no dia 17 de junho. Os
a mesma qualidade sonora de um dois modelos postos no comércio
— um a US$ 900 e outro a US$ 950
compact disc, já disponíveis no
mercado americano — poderão (cerca de CrS 76.000 e CrS 83.000,'
provocar consideráveis prejuízos respectivamente) — são altamente
aos seus direitos autorais, compo- sofisticados. Reproduzem o som dé
Bitores populares americanos en- CDs e discos comuns com a mais:
traram com uma ação, num tribu- absoluta fidelidade. E as fitas usa-1
das, menores que as cassete tradi-;.
nal de Manhattan, para evitar que
a Sony ponha no mercado grava- cionais, custam entre US$ 12 e USS
dores fabricados exclusivamente 15 (entre CrS 1.000 e Cr$ 1.300). Três.
para aquele tipo de fita. ou quatro vezes mais que as casse-
A ação — um texto de 24 pági-
te, é verdade, mas praticamente a
mesma coisa que os CDs.
nas assinado por cinco composito-
res — tem pelo menos um ilustre A luta dos compositores e edi-
tores contra os Dats é feroz. Eles
nome entre esses cinco: Sammy
Cahn, 77 anos, ganhador de quatro estão certos de que, a partir de
agora, em lugar de comprar seus
Oscars de melhor canção e letrista
de sucessos como Ali the way, Be discos e CDs, o consumidor vai
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ree coins in the fountain. Acham ções de material pedido empresta-,
eles que, sendo capaz de reproduzir do a um amigo. Isso significaria;
uma infração às leis do copyright e
| com absoluta fidelidade discos
convencionais e CDs, o Dat aca- um prejuízo a eles, compositores ej
editores. Algumas soluçõeB chej
bará diminuindo suas vendas.
Mas os cinco, na verdade, não garam a ser propostas pela Asso-i
I são apenas cinco. Eles contam com ciação. Uma delas, supunha-se, te-
o apoio da Associação Nacional ria resolvido a questão em fins
do ano passado: um circuito es-
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no. Segundo a Associação, antes
mesmo de se popularizar (só agora passado, porém, os compositores
a Sony começa a fabricar gravado- chegaram à conclusão de que isso
res a preços acessíveis ao grande não seria o bastante e que o grava-;',
público), o Dat já havia causado, à dor Dat popular era mesmo uma1,
indústria americana de discos, ameaça.
i
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lhões por ano (cerca de Cr$ 550 a Philips, prepara-se para lançar o:
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 JORNAL L ?
DO BRASIL

Rio de Janeiro — Sábado, 14 de julho de 1990

Cepeda
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solar

deLeo

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Gandelman
^p^v ^aSpf^R ,<- • <¦^¦^^^ySBBBMMBBMjj^BBMBMWMWBMMii^^^^gif^im ?1
O músico toca amanhã, às

de
da tarde
no final datar
17h, nos jardins
do iWi4 A/L eriche de sons osjardins do Museu de Arte Moderna, amanhd, nofinal
Gandelman ctuhc^í^õn^^õrd^i^TM^^^^ÃriTWo^er^Tarnanhà,
Leo (-ja)Uiciman
J^C0

Mareia Cezimbra
em punho,
para maior conforto ao
ar livre, o carioca po-
derá ter amanhã mais
CADEIRAS um domingo de música
e prazer, grátis, com o espetáculo
Solar, do saxofonista Leo Gandel-
man, às 17h, nos jardins do Museu
de Arte Moderna (MAM). Depois
de assinar a produção dos LPs Vir-
gem, de Marina, e Plural, de Gal
Costa, o compositor, arranjador e
tecladista de 33 anos aproveita o
espaço da série Música no MAM
para apresentar ao grande público
o seu terceiro LP, Solar, recém
lançado pela PolyGram. Trata-se
de uma síntese "quase perfeita"
de todas as linguagens musicais
de Leo Gandelman: "Este traba-
lho chegou mais perto de tudo o
que eu queria dizer, embora eu
goste muito dos outros dois discos
e de trabalhar com outros artis-
tas", diz o saxofonista.
Tão próximo assim do ideal de
Leo Gandelman, Solar poderá ul-
trapassar facilmente o estouro in-
ternacional do segundo LP, Oci-
dente, o primeiro com a gravadora
Polygram, do ano passado. Apesar
de vendas razoáveis de 20 mil có-
pias nos Estados Unidos, Ocidente
entrou na lista dos dez mais toca-
dos em rádios americanas com
programas de música progressiva
em 1989 e, no fim do ano, colocou o
nome do brasileiro ao lado de seus
próprios mitos, em listas dos 100
mais tocados do mundo. Não é à
toa que Solar já tem lançamento
marcado para setembro nos mer-
cados americano, japonês e euro-
porém, é
peu. O alvo do artista,
mesmo o Brasil. "O sucesso no ex-
terior para mim será sempre uma
conseqüência do meu trabalho
aqui. A minha pontaria está vira-
da para o Brasil."
Por se sentir muito feliz aqui,
ao solar o sax para brasileiros, que
este espetáculo único do MAM
tem dimensões de grande realiza-
"Acho
ção para Leo Gandelman.
que o sonho de qualquer artista é
tado nos jardins, que Leo e a ban-
da formada por Renato Neto nos
teclados, Fernando de Souza no
baixo, Cláudio Infante na bateria
e Alexandre Carvalho na guitarra
vão tocar as 12 faixas do LP, que
aumentam para 14 nos CDs e nas
fitas cassetes.
Não há, na opinião do músico
de formação clássica, uma faixa
sequer do LP escolhida intencio-
nalmente para trabalho em rá-
dios. Uma delas, porém. Castigo,
de Dolores Duran, já é sucesso,
depois de Incluída na trilha da no-
vela Pantanal, da Rede Manchete.
Outra, a faixa-título Solar, repre-
senta a expressão maior de um
tocar em show aberto, gratuito, músico. "O momento de solar é o
para a multidão. Estou muito feliz momento de liberdade, de criação
com este show no MAM. O Rio é do músico. O solo é um espaço
tão carente de espaços para músi- livre, mas cada nota tem uma ra-
ca e o MAM voltará a ser, com zão de ser. Solar também é a ener-
este projeto do Música no MAM do gia do sol", explica. Há a melhor
BANERJ, o centro cultural im- de todas, segundo a crítica, a par-
ceria com Carlinhos Brown Hip
portante que foi para a cidade, em
artes plásticas, cinema, música e hop de Candial, feita para a Gal
dança. Além disso, adoro o Centro cantar em Plural. A cantora-ídolo
de Leo Gandelman, que a acompa-
da cidade. Acho lindo o Aterro." É
neste cenário, com um palco mon- nhou em discos e shows de 1980 a
1982, tem uma participação vocal
nesta faixa, sobre a percussão do
grupo baiano Raízes do Pelô, gra-
vada na Bahia. Oswaldinho do
Acordeon está na faixa Furuvudè,
título-onomatopéia do saxofone
de Leo Gandelman.
A maioria das 12 faixas são de
Leo Gandelman em parceria com
o tecladista William Magalhães.
Na realidade, são 11 músicas, por-
que a décima segunda é a vinheta
que abria a programação dos even-
tos Tucano Artes, no ano passado,
no Rio — uma série de videos e
shows produzida pela Dueto, a
mesma empresa que organizava o
Free Jazz Festival, cancelado este
ano pela patrocinadora, a Compa-
nhia de Cigarros Souza Cruz. De-
pois de duas apresentações no
Free Jazz — no Rio em 1987, em
São Paulo em 1988 — Leo Gandel-
man considerou lastimável o can-
celamento do evento: "Estou su-
perchateado como público e como
músico. Já ouvi muita coisa boa
no Free Jazz. É um festival que
movimenta muito o panorama
musical brasileiro."
Apesar da carreira ascendente
no exterior, Leo Gandelman co-
menta que toda a sua inspiração
está mesmo no Brasil: César Ca-
margo Mariano, Azymuth, Egber-
to Gismonti, Hermeto Pascoal e
Wagner Tiso. "Eles me inspiram
para botar para fora idéias minhas
que, mais tarde, podem inspirar
outras gerações. Já existe uma
nova geração que traz a marca de
um trabalho próprio, singular, co-
mo Márcio Montarroyos, Ricardo
Silveira, Vitor Biglioni e o grupo
paulista Zonazul. São trabalhos
muito importantes para acabar
com esta massificação. A arte tem
que ser cada vez mais democrati-
zada, segmentada, regionalizada",
diz Leo. E, embora considere o es-
a música instrumental
paço para "uma
no Brasil área enorme, mas
no desei'to de Saara", Leo Gandel-
man não nega o seu lugar privile-
"Quem consegue trabalhar
giado:
com suas próprias idéias e viver
disso já pode se considerar um fe-
lizardo no Brasil."

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sábado, 14/7/90
2 o CADERNO B o
h entre
Eisenstein
Susana Schild
ISENSTEINIANOS, forma-
listas soviéticos, cinéfilos
inveterados e afins: dias me-
Eilbores chegaram e anun-
ciam uma quinzena onde o gênio do
cineasta russo Sergei Eisenstein,
um dos mais importantes teóricos
do cinema, será celebrado por um
multi-evento que inclui a publica-
ção de dois livros, exposiçfio de car-
tazes, cursos e, obviamente, exibi-
ção de filmes. A festa eieensteiniana
foi detonada pela publicação de O
sentido do filme e A forma do filme,
espécie de bíblia dos estudiosos da
linguagem e teoria de cinema. Com
algumas décadas de atraso — o pri-
meiro foi escrito em 1942 e o segundo
em 1949 — os dois livros chegam fi-
nalmente ao público brasileiro atra-
vés da Jorge Zahar Editor, com tra-
duçâo de Teresa Ottoni e
apresentação e notas do critico José
Carlos Avellar. O lançamento ocor-
rerá no próximo dia 19 na livraria do
Cineclube Estação Botafogo. O Fes-
tival Eisenstein, no entanto, já co-
meça amanhã, com exibição de A
greve, de 1924, no MAM, às 18h30,
acompanhada da inauguração de
Uma exposição de desenhos do ci-
neasta.
A montagem do Festival Eisens-
tein é mais simples que as teorias
"das atrações" do diretor e concen-
tra-se em dois pólos: a cinemateca
do MAM e o Estação Botafogo. No
MAM serão exibidas obras-primas
como Encouraçado Potemkin (1925),
Outubro (1927), Os cavaleiros de fer-
ro (1938), e ainda filmes de exibição
mais rara, como as várias utiliza-
ções do material de Que Viva Méxi-
co, reorganizadas por terceiros em O
projeto mexicano de Eisenstein
(1958), entre outras versões. Tam-
bém na Cinemateca do MAM serão
Coluna
Esotérica
I Encontro dos
[ Magos
Dtpois do sucesso em eventos como a Feira Eso-
térica do Riocentro e a Feira Mística do Plaza
Shopping, a Academia de Cultura Arcana está
organiiando agora o Encontro dos Magot.
Mais do que um grande evento aotéricok ela pro-
mete uma grande festa, que acontecerá no Pia*
netirio da Gávea, em agotta
Rira isso, a Academia de Cultura Arcana está
convidando profissionais ligados ao esoterismo
para participarem, realizando palestras, cônsul*
tas e debates ou, ainda, colocando seus standt
Entre em contato através do tel.: 266*0833.
Noite de palestras
e autógrafos
H»ía próxima 2 f -feira, a partir das 20:00h, Guv
Kavo Alberto C Pinto e Maria Flavia de Monsa*
seus livros na Casa de
[ÍTa: estarão autografandoRelâmpagos:
kupultura Laura Alvim. 88 Hai-Kais
Da Alquimia da Vida* Astrologia e Tradiçácv
jtjrespectivamente.
Acompanhados de Junito Brandão, que fará p*
letra sobre O Simbolismo do Solsticio de lnver-
ra*wiuiom(iUrfcatapeiiodtiu»obnt.En-
trada franca.
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V E
Livros, cartazes, cursos e filmes trazem
de volta o gênio do cineasta russo
HI' v Jube Shiver Jr
isenstein (E) foi um dos mais í portantes teóricos
do cinema. Com o filme Greve (acima), e 1924, começa
amanhã o ciclo no MAM
exibidos os "preferidos de Eisens-
tein", filmes de autores citados em
seus escritos, como O lírio partido,
de D.W.Griffith, A terra, de Dovjen-
ko e Dr.Mabuse, o jogador, de Fritz
Lang.
A preocupação e o sentido estéti-
có de Eisenstein (1898/1948) se mani-
festavam inicialmente em desenhos,
que exercitou ao longo de sua vida e
adaptou às suas necessidades artis-
ticas. No saguão da Cinemateca do
MAM estarão expostos 34 desenhos,
25 realizados na juventude, quatro
feitos para teatro, e cinco para Ivan,
o terrível. Estas obras faziam parte
de uma coleção mais ampla de re-
produções em fac-simile lançadas
em edição de luxo pela União Sovié-
tica em 1968. As demais peças do
acervo foram destruídas em um in-
cêndio em 1978.
Na outra pólo do Festival Eisens-
tein — o Estação Botafogo —, a festa
começa segunda-feira, com a exibi-
ção de outra obra-prima: Ivan, o ter-
Ivan, o terrível, o último rivel, último filme de Eisenstein,
filme do cineasta e o concebido como trilogia, e o único
único a cor, estará no em que utilizou a cor. As filmagens
Botafogo começaram em 1945 e não passaram
¦ ¦
B
B O NO SHERATON PEQUENOS DETALHES SIGNIFICAM MUITO
ORQUESTRASINFÔNICA BRASILEIRA
Diretor Musical ¦ Regente Titular: ISMC KARAB1CHEVSKY
APRESENTA
'W
CONCERTO PARA
TEATRO MUNICIPAL
Domingo, 15 de julho, às 10:30 horas
PROGRAMA
MOZART - A Flauta Mágica (Abertura)
MOZART - Sinfonia n.° 4Q (1? Movimento)
BIZET - Carmen (Suíte n.° 1)
J. STRAUSS JR. - Valsa do Imperador
J. STRAUSS JR. - Pizzlcato Polka
RAVEL - Bolero
Regente:
ISAAC KARABTCHEVSKY
Patrocínio
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¦ ENTRADA FRANCA ¦ NO SHERATON ITT Sheraton
M
GALPÃO DAS ARTES
<v -
«»swíi«
museu de arte moderna
nós
da segunda parte, pois problemas
com a censura cancelaram o projeto
definitivamente em setembro de
1946.0 Estação apresentará a versão
completa do filme, inclusive a parte
a cores.
No dia 19, é a vez do lançamento
na livraria do Estação dos livros O
sentido do fime, coletânea de artigos
escritos durante a Segunda Guerra,
que além de abordar a questão da
montagem — a mola mestra do pen-
samento eisensteiniano — alertam
para a preservação de filmes da des-
truição pelo nazi-fascismo. A forma
do filme é uma coletânea de 12 en-
saios, a maioria escrita em 1929 e
baseados em suas experiências com
as filmagens de A greve, O encoura-
çado Potemkin e Outubro. A última
etapa do Festival Eisenstein começa
em 24 de julho, com o curso O senti-
do e a forma do filme, a cargo de
José Carlos Avellar. O curso prosse-
gue até o dia 29 de agosto, às segun-
das e quartas na sala 2 do Estação
Botafogo. As inscrições podem ser
feitas na livraria do Estação (preço
Cr$ 4.000) e dão direito a 20% de des-
conto na compra dos livros.
JB
Queijos,
e Alegria.
Música
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O Sheraton.
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JORNAL DO BRASIL'»
!'
Compositores >h,
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m
I
I
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brigam
por ífi
¦d'.
fe
causa do Dat
¦|;
Novos gravadores podem
baixar venda'de discos
produção dos gravadores Dat mais
baratos nos impunham essa medi-j'
Los Angeles Times da." !¦
A Sony, primeira e até aqui'
OVA IORQUE — O es-
perado aconteceu: certos única empresa a produzir os gra-|
de que os chamadas digi- vadores Dats mais baratos, lanj
N tal áudio tapes (Dat) — çou-os oficialmente, nos Estados
fitas cassete que reproduzem com Unidos, no dia 17 de junho. Os
a mesma qualidade sonora de um dois modelos postos no comércio
compact disc, já disponíveis no — um a US$ 900 e outro a US$ 950 \n
mercado americano — poderão (cerca de Cr$ 76.000 e Cr$ 83.000;
provocar consideráveis prejuízos respectivamente) — são altamente
aos seus direitos autorais, compo- sofisticados. Reproduzem o som de
sitores populares americanos en- CDs e discos comuns com a mais <y-
absoluta fidelidade. E as fitas usa-! U'
traram com uma ação, num tribu-
nal de Manhattan, para evitar que das, menores que as cassete tradi-;. I:
a Sony ponha no mercado grava- cionais, custam entre US$ 12 e US$. •fi-
dores fabricados exclusivamente 15 (entre Cr$ 1.000 e Cr$ 1.300). Três
para aquele tipo de fita. ou quatro vezes mais que as casse-
A ação — um texto de 24 pági-
te, é verdade, mas praticamente a
mesma coisa que os CDs.
nas assinado por cinco composito-
res — tem pelo menos um ilustre A luta dos compositores e edi-
nome entre esses cinco: Sammy tores contra os Dats é feroz. Eles
estão certos de que, a partir de
Cahn, 77 anos, ganhador de quatro
Oscars de melhor canção e letrista agora, em lugar de comprar seus
de sucessos como Ali the way, Be discos e CDs, o consumidor vai
my love, Love and marriage e Th- preferir fazer suas próprias grava-;
ree coins in the fountain. Acham ções de material pedido empresta-*
eles que, sendo capaz de reproduzir do a um amigo. Isso significaria,'
com absoluta fidelidade discos uma infração às leis do copyright e
convencionais e CDs, o Dat aca- um prejuízo a eles, compositores ej
bará diminuindo suas vendas. editores. Algumas soluções che-
Mas os cinco, na verdade, não garam a ser propostas pela Asso-i'
são apenas cinco. Eles contam com ciação. Uma delas, supunha-se, te-|
o apoio da Associação Nacional ria resolvido a questão em fina
do ano passado: um circuito es-
dos Editores de Música, entidade
que representa nada menos de pecial acrescentado ao gravador;
40.000 compositores e outros pro- (e conhecido como serial copy ma-
fissionais do setor e que há quatro nagemente system) que, se possibi-
anos vem lutando contra a implan- litava a feitura de cópias de CDs;
tação do Dat no mercado america- impossibilitava reproduções de
no. Segundo a Associação, antes uma fita Dat para outra. No mês
mesmo de se popularizar (só agora passado, porém, os compositores
a Sony começa a fabricar gravado- chegaram à conclusão de que isso
não seria o bastante e que o grava-;',
res a preços acessíveis ao grande
público), o Dat já havia causado, à dor Dat popular era mesmo uma1,
indústria americana de discos, ameaça. [
í
prejuízos da ordem de US$ 6,5 bi- Enquanto isso, outra empresa,r
lhões por ano (cerca de Cr$ 550 a Philips, prepara-se para lançar oj
bilhões ao câmbio paralelo). seu próprio gravador Dat a preços.-
"Preferíamos, em vez da ação, mais baratos. Com a vantagem de;
negociar uma solução equitativa oferecer ao comprador os dois ais^
para as duas partes", disse Edward temas de gravação, o cassete con-'
P. Murphy, presidente da Associa- vencional e o moderníssimo Dat.
'^,
ção. "Mas acabamos por concluir Sammy Cahn e seus parceiros,
que a importação em massa e a claro, estão a postos.
f
Ditirambo Produções Artísticas apresenta v*
. Companhia de EncenaçSoTeatral
{*
Vinho,
ZáscQ&m
J
bji
de Michel de Ghelderode
eaccnafão MoacyrGóes
cenário Hâio EkhtaBcr
figurino* SsmddAhnatM
máác» M4rt»Va*4e Mdto
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ESPAÇO III
Av. *Hbom lt«hd,449
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de 4* a Sábado: *1:3*
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 JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 o CADERNO B o 3

Comparação Poder de fogo Vôo alto Som e luz

A ministra Zélia Car-
doso de Mello não pode
se queixar, muito pelo
contrário, do artigo so-
bre a política econômica
do governo Collor publi-
cado recentemente pelo
jornal inglês The Guar-
dian, assinado por Ri-
chard Gott.
O articulista afirma
que Zélia é a cara da
atriz Ingrid Bergman.
¦ ¦ ¦
Quem casa
O high-society de Brasi-
lia está em alvoroço com
% realização, sábado que
vem, dia 21, do casamen-
to de Ana Cristina Ku-
bistchek Barbará e Pau-
lo Octávlo Pereira.
O que não quer dizer
muita coisa, já que o ca-
sal pretende unir-se em
cerimônia restrita ape-
nas à família e aos ami-
gos mais Íntimos, entre
eles certamente o presi-
dente Fernando Collor.
***
A cerimônia terá co-
mo cenário a residência
da mãe da noiva, a depu-
tada Márcia Kubitschek.
Pró-Collor
Adesivo pró-Collor que
passou a enfeitar o vidro
trazeiro de vários carros
em São Paulo:
"De braços Czt não se
faz Crf.
Dureza
O esfriamento das re-
lações comerciais entre a
União Soviética e Cuba
está interferindo no con-
forto e nos hábitos do ca-
pitalismo europeu.
Sem receber da URSS
há meses material de
embalagem para os cha-
rutos que fabrica, Cuba
reduziu sua produção e
capacidade de exportar.
Estão começando a
faltar bons charutos nas
tabacarias da Europa.
* ? *
Só para o final de
agosto é que está previs-
ta a chegada ao porto de
Le Havre de um navio
com o carregamento de 1
milhão e meio de charu-
tos cubanos Monte Cris-
to.
É de assustar, pelo poder de fogo
japonês, a relação dos maiores bancos
do mundo publicada pela revista
Newsweek.
Entre os 10 primeiros, os japoneses
aparecem nada menos de sete vezes,
sendo que ocupam os seis primeiros
lugares.
Pela ordem, Dai-Ishi Kangyo, Su-
mitomo, Fuji Bank, Mitsubishi, San-
wa Bank e Industrial Bank of Japan.
Só no sétimo lugar é que figura um
banco ocidental, o Cédit Agricole
francês, seguido da Banque Nationale
de Paris e do Citicorp americano.
Em 10°, estão lá de novo os japone-
seB, com o Tokai.
***
O Banco do Brasil ocupa uma mo-
destissima 72a colocação.
¦ ¦ ¦
Pelo sim, pelo não
O ator José de Abreu ficou tão en-
cantado com o canto das sereias da
Ilha de Fernando de Noronha que
mudou-se para lá de mala e cuia.
Por via das dúvidas, levou a mu-
lher.
Em paz
O ministro da Agricultura, Antd-
nio Cabrera, não esconde de ninguém
que vai pegar pesado no cálculo do
imposto territorial rural sobre terras
improdutivas.
O aumento não será inferior a
600%.
* **
A providência recebe de imediato o
aplauso do presidente da Sociedade
Nacional de Agricultura, Octávio de
Mello Alvarenga:
— £ o melhor caminho para se che-
gar a uma reforma agrária sem guer-
ra.
¦ ¦ ¦
Fim de linha
Está desfeito um dos pares constan-
tes mais festejados do cenário social
carioca.
A bonita Rô Pinto e o cardiologista
Carlos Scher.
m m m
'Sex
symbor
A iugoslava Monica Seles, 16
anos, revelação do ano, vencedora
de Roland Garros, está a um passo
de se tornar o novo sex-symbol do
tênis internacional.
Monica acaba de aparecer nas pá-
ginas da revista italiana 11 Piacere
por enquanto vestida, para a noite,
de longos e luvas, sofisticadissima.
Até porque, as pernas, ágeis e
bem torneadas, ela já as exibe com
sucesso há algum tempo nas qua-
dras.
Engana-se redonda-
mente quem pensa que o
ex-jogador Pelé abando-
nou os planos de candi-
datar-se a presidente nas
eleições de 1994.
Em conversa com ami-
gos ainda recentemente
na Itália, Pelé não des-
cartou a hipótese de co-
locar-se à disposição da
diretoria da CBF para
técnico da Seleção Bra-
sileira.
Mesmo porque, segun-
do mostram os calendá-
rios da política e do füte-
boi, pouco mais de cinco
meses separarão, em 94,
a Copa do Mundo e as
eleições. ¦k + +
Se o Brasil, pelas
mãos de Pelé, viesse a
ganhar o Mundial, o an-
tigo craque acha que en-
traria na disputa pela
presidência com um ca-
cife do tamanho de um
bonde.
Bruaá
O Itamaraty está
acompanhando atenta-
mente o bruaá de pedi-
dos de asilo em embaixa-
das estrangeiras em
Cuba.
Havana está a maior
zorra.
Bom teatro
Trocando por uns tem-
pos a música erudita e o
balé pela produção tea-
trai, o empresário Wal-
ter SantOB acaba de che-
gar de Nova Iorque
trazendo na bagagem os
direitos da peça A Walk
In The Woods, de Lee
Blessing.
O espetáculo, grande
sucesso de bilheteria no
momento em Nova Ior-
que e Londres, será mon-
tado no Brasil até o final
do ano. * * *
A primeira produção
para o teatro de Santos,
Love Letters, está com a
estréia marcada no Rio
para setembro.
¦ ¦ ¦
Loucura
Deu a louca no merca-
do paralelo de vinhos
importados.
Uma caixa de Château
d'Yquem está custando
Cr$ 980 mil.
Dá mais de 10 mil dóla-
res.
Zozimo
Ronaldo Zanon
Grupotrepidantè n^ãmbãdãd^RoxyRMer: Yonita Salles
Pinto, Lúcia Barreto, Kiki Garavaglia e filha, Roberta
i' wiiiinMB?nm1rret0
Mesa
de dois
No sempre repleto
restaurante Antiqua-
HBiag rius, uma mesa chama-
^ va particularmente a
atenção no jantar de
BKgM ~\-4.
quarta-feira.
s' m • S
Dividiam-na a atriz
Claudia Raya e o depu-
tado Renan Calheiros.
' *
flH Na pauta, a campa-
nha eleitoral de Ca-
lheiros para governa-
mmSÈm dor de Alagoas.
. cooperação econômica da Alemanha Ocidental,
Bom
m 1 mL M programa
O pianista Miguel
m|H|
- IBBm Proença, de volta de
bem sucedidas excur-
sões pelo Brasil e Euro-
Na estréia da ópera La Bohômê, nõ
Teatro Municipal, o agora candidato pa, tocará na segunda-
a deputado Fernando Bicudo e a feira o concerto para
piano de Schumann
bailarina Ana Botafogo
com a Orquestra Sinfô-
nica Brasileira.
No Teatro Munici-
Tudo azul
Dentro de 10 dias no máximo, o ex-presidente pai, sob a regência do
José Sarney terá registrada, sem problemas, a sua maestro Isaac Karabit-
candidatura a senador pelo Amapá: chevsky.
Tão logo isso aconteça, Sarney iniciará a cam- O programa inclui
panha mudando-se para a residência que alugou
também a Sinfonia
em Macapá. Trágica, de Schubert.
Zozimo Barrozo do Amaral e Fred Suter
Os franceses estão botando pra quebrar na
promoção da grande festa comemorativa, hoje,
do 14 Juiilet.
Além da grande parada militar que descerá o
Champs-Elysées na presença do presidente
François Mitterrand, está previsto um grande
espetáculo de luz, e sobretudo som, protagoniza-
do no novo arco da DéfenBe pelo músico Jean-
Michel Jarre.
Pretendem os franceses apresentar o maior
espetáculo do gênero jamais visto em qualquer
época — basta dizer que o arco da Défense ga-
nhou uma estrutura metálica, a título de palco,
da altura de um prédio de 30 andares — superior
em féerie até ás festas que marcaram no ano
passado a passagem do bicentenário da Revolu-
ção Francesa.
***
O motivo é um só: deixar embasbacados ob
turistas que procuram este ano a França para
passar férias.
O governo francês estima que ao longo de todo
este ano o pais receba cerca de 60 milhões de
turistas.
É mais do que a população da França — 53
milhões de pessoas.
Pró-Rio
O Banco Nacional se despediu de alguns cru-
zeirinhos e vai cuidar da reforma do painel de
Ivan Freitas que cobre a parede cega da Escola
de Música, na Lapa.
i4s obras de restauração vão levar no mínimo
três meses.
RODA-VIVA
A deputada Márcia Kubitschek acompanhará o
presidente Fernando Collor no encontro marcado
para o próximo dia 20 com o presidente da Venezue-
la, Carlos Andrés Perez.
Yara e Roberto Andrade, depois de uma longa
temporada no exterior, reaparecerão em breve no
Rio.
O governador interino de Pernambuco, Carlos
Wilson, deverá sair candidato á prefeitura de Recife
em 1992.
Completamente recuperada da cirurgia a que se
submeteu, retornará no dia 31 a Stuttgart a bailari-
na brasileira Márcia Haydée.
O chanceler e Sra. Francisco Rezek receberão na
terça-feira para um almoço de despedidas no Itama-
raty o embaixador do Uruguai e Sra. Roberto Vivo.
Chegará a Brasília no dia 19 o ministro de
Jürgen Warnke.
Esperada no Rio no principio de agosto, para uma
série de apresentações, a grande pianista cubana
Alicia de Larocha.
A Associação Brasileira de Críticos de Arte dis-
tinguiu com o prêmio Mário Pedrosa a artista
plástica Ana Maria Maiolino.
Mesa de cinco na noite do Rio: Mirtia Gallotti,
Carmem e Tony Mayrink Veiga, lide e Jean-Louis
de Lacerda Soares.
Marcada para o dia 9 de agosto a posse de
Ariano Suassuna na ABL. Será saudado pelo aca-
dêmico Marcos Vilaça.
Será em beneficio da ABBR o recital que o pianis-
ta Edson Elias dará em agosto na Sala Cecilia
Meireles. Como patronesBe de honra, D. Leda Collor
de Mello.
O advogado paulista Bento de Barros Ribeiro é
agora sócio do escritório de advocacia de Fernando
Veloso e Adalberto Ribeiro.
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4 O CADERNO B o

tempos da ópera
Novos

José Carlos Barbosa fala dos para o Teatro Municipal do Rio

Mauro Trindade
inédito relaciona-
mento entre os prinoi-
pais teatros de ópera
UMU da América Latina irá
produzir para 1992 uma ópera, em
homenagem ao 5o centenário do
descobrimento da América,
anunciou o presidente do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro, Jo-
sé Carlos Barbosa. O administra-
dor ainda garantiu que em se-
tembro as principais obras de
reforma e restauração do Teatro
estarão completas.
A despeito das dificuldades
econômicas sofridas pelo Teatro
durante 1990, seu presidente está
otimista quanto às suas realiza-
"Feliz-
ções até o final do ano.
mente não cancelamos nenhum
programa. Apenas adiamos cer-
tas montagens, caso desta La
Bohème, atualmente em cartaz."
Também está prevista para a pró-
xima temporada uma montagem
internacional de .As bodas de Fi-
garo, em comemoração ao bicen-
tenário da morte de Mozart.
Diante das dificuldades en-
frentadas pela maioria dos gran-
des teatros do mundo, José Car-
los Barbosa considera
satisfatória a atuação do Munici-
pai carioca.
"O problema de pro-
tem atingido a todos",
gramação
lembra. Atualmente, dos 26 tea-
tros aptos a realizarem a produ-
ção de uma ópera na América La-
tina, somente seis deles mantêm
uma constante programação.
O rumo para a sobrevivência
dos descapitalizados teatros lati-
no-americanos aponta para a
cooperação uni ou multilateral.
Esta experiência foi posta à pro-
va no ano passado, com Eugene
Oneguin, entre o Municipal do
Rio e o de Santiago do Chile, que
criou os cenários utilizados na
montagem carioca. "Os grandes
teatros da Europa estão vivendo
planos
as mesmas dificuldades e já não é
nenhuma novidade a criação de
um top para o cachê dos artis-
tas", conta Barbosa. Com isso, a
remuneração do primeiro time de
cantores internacionais alcança
atualmente, no máximo, um teto
de 25 a 30 mil marcos alemães, à
exceção dos tenorés Pavarotti e
Plácido Domingo, cujos cachês
podem chegar a 50 mil marcos.
Como forma de viabilizar a
montagem de uma ópera, a solu-
ção encotrada pelos diretores dos.
teatros é o intercâmbio cultural.
Na 3a Reunião do Circuito Lati-
no-Americano de Teatros, reali-
zada este mês em Caracas, foi
acertada a produção em conjunto
de As bodas de Figaro, com um
elenco internacional, além de ou-
tro elenco de apoio. Os cenários e
figurinos serão feitos em conjun-
to com a Casa de Cultura Ecuato-
riana, do Equador, e o Teatro Te-
resa Carreflo, da Venezuela.
"Este é o primeiro passo. O
segundo será a nova ópera que
será criada para 1992, pela passa-
gem dos 500 anos de descoberta da
América. A Espanha pretende
realizar projeto semelhante, en-
tretanto nesta reunião decidimos
que seria interessante uma ópera
nossa e não de europeus. Depois
de muita discussão, chegamos a
conclusão que o tema deveria ser
comum a todos os paises latino-
americanos. Escolhemos a divida
externa", revela José Carlos Bar-
bosa.
Já foram convidados para es-
crever a obra o músico brasileiro
Egberto Gismonti, numa suges-
tão do próprio José Carlos, e o
escritor venezuelano Rosé Igná-
cio Cabrujas. "Só falei por telefo-
ne com Gismonti, que tomou um
susto", brinca. As linhas gerais
da ópera já foram traçadas: "Vai
ser alguma coisa entre A ascen-
ção e queda de Mahagony, de
Brecht, e O processo, de Kafka".
Wl^mm
:^HpPRMWg|_.
jmS"
^^l|ggjj^B)j
|H
Quanto às reformas do Teatro
Municipal, seu presidente acredi-
ta que estejam prontas até se-
tembro. "É claro que estas obras
causam certo desconforto no pú-
blico, artistas e funcionários,
mas foi uma escolha. Ou isso, ou
manter o teatro fechado. Decidi-
Luiz Morler Ópera/ CRÍTICA. ? 'La Bohème'
' 11 ."'\s^^^^^Ktv . % V-
^^^||f||lf{p Apenas mediana
r^?^^^[... •?/ v t ;TSgSgSj^^^Mpy
Luiz Paulo Horta
f*^jt^ IB \ 1 jovem maestro Silvio Barba-
Bohème que inaugura
a temporada de ópera
A do Teatro Municipal
começou, quinta-feira, num
clima que parecia resumir to-
HnSH
das as trapalhadas desse pri-
meiro semestre. O nervosis-
mo estalava nas cordas dos
violinos e nas gargantas dos
|~W0'" cantores. Os técnicos da mon-
tagem, retidos pela greve dos
ônibus, chegaram à última
hora, porque a Kombi que foi
buscá-los teve um pneu fura-
do. O fog londrino de quarta-
feira parecia grudado ao apa-
relho vocal do tenor Antonio
Lotti, que passou todo o pri-
meiro ato rouquejando. A Mi-
mi de Luiza Moura, afinadi-
nha, mostrava um fio de voz.
Inácio de Nonno, escalado à
(O última hora para fazer Rodol-
presidente fo, tem ótima presença cêni-
do
tMunicipal, ca, mas sua voz não é a mais
adequada para o papel. A ge-
José Carlos ladeira do primeiro ato foi
Barbosa,
tão grande que quando a exu-
^g^BB |garante que berante Adélia Issa entrou, já
em setembro no segundo ato, para cantar a
terminam as Valsa da Musetta, fez figura
(
I obras do de profissional no meio de
Teatro uma escolinha de canto. De-
pois, melhorou. A montagem
mos a primeira." Como um admi- é, mesmo, muito bonita; e
nistrador da escassez, José Car- La Bohème tem charmes que
los Barbosa compreende as dificilmente deixam de pro-
criticas que o barítono Nélson
"Para duzir efeito. A animação do
Portella fez ao Teatro. nós segundo ato contagiou todo
foi apenas um episódio passagei-
com seu caráter de
mundo,
ro. Para ele poderia ser um epilo-
festa de rua. A orquestra
go", encerra.
cresceu, beneficiando-se de
alguns reforços recentes. O
to é um estudioso das partitu-
ras; respeita o original. Mas a
regência é a profissão de mú-
sico que exige mais amadure-
cimento. Faltou pulso para
arrancar essa Bohème do me-
diano. Nos papéis secundá-
rios, o Schaunard de Luis
Orefice não se fazia ouvir. Já
o Colline de Licio Bruno saiu-
se bastante bem. O tenor, pe-
ça essencial, ia soltando a
voz (talvez os problemas do Io
ato viessem mais do nervosis-
mo que do fog). O 3o ato é uma
paisagem de sonho, entre a
neve, nos limites de Paris. A
múáica é desolada e comoven-
te. Puccini trabalha essa Bo-
hème como uma peça de ouri-
vesaria; e quando falham as
vozes, há sempre um "colchão
protetor" das violas e violi-
nos, que dobram a linha me-
lódica. Assim foi-se chegando
perto do fim, os papéis princi-
pais cantando direitinho. Do
2o ato para a frente, ninguém
pode dizer que a ópera fez
vergonha. O que estava ali era
o embrião (ou mais que isso)
da "temporada nacional" que
tantos reivindicam — ópera
feita com a "prata da casa",
para formar repertório e can-
tores. Nada mais de acordo
com a ministra Zélia. Acon-
tece que a ópera vive de emo-
ções fortes, e Aprile Millo es-
aqui há bem pouco
teve
tempo. Ah, que saudades.

Divulgação/ Isabel Augusta

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Sty >fy<Kl .J' Jgu^HHHpF^,,'' -'¦¦»«,-a»^wa«*J| ..twyr y {-iff I^^HmMMH^Mra^H^rJBHK^^HKH^BlH^^^^^BVRl^ 1 Mi,

&¦ fttj- ¦mtIMWI^^i i^f" in - -' -jT :'"v. ^—WWI 'i"1 ,|i"1J |^M|| iMHH 11' ll^^^MMk.

Em A escola José Roberto Serra

dos bufões, o
diretor
Moacyr Góes
volta ao
bufões da arte passado para
mostrar a
atualidade
do teatro
O diretor Moacyr Góes confirma a contemporaneidade do teatro

Macksen Luiz
século 16, quando se
passa a ação de A esco-
la de bufões, do autor
NO belga Michel de Ghel-
derode, em cena no Espaço III, a
atividade dos bufões estava em
declínio. Varridos pelos ares re-
nascentistas, a bufa horda de fan-
farrões arrastava a sua decadên-
cia por conventos em ruínas,
num "clima de porão" com
"sombras vespertinas". É assim,
pelo menos, que Ghelderode cap-
ta, em Flandres, esses seres dis-
formes, grotescos, quase repug-
nantes, como verdadeiras
paródias humanas. Mas por que o
diretor Moacyr Góes foi buscar
em seres tão tristes os compar-
sas para discutir a representação
teatral? As figuras dos bufões
carregam em si formas seculares
de representação, são memórias
da transitoriedade do teatro,
aqueles que transformam em far-
sa os tristes jogos da vida. A
teatralidade, nas encenações de
Góes, é um objetivo cênico em si.
Em A escola dos bufões esse obje-
tivo é procurado como um meio
de atingir a questão essencial do
espetáculo:, a capacidade revela-
dora da arte. A grande arte, como
define o autor, tem compromisso
intrínseco com o ato de viver. É
na bufonaria e no ridículo de
homens estropiados pelo lado
mais feio da existência que se
ocultam os meios de reinventar a
vida. A aparência traz em si a
. possibilidade de reconversão do
..feio em bonito. Por meio de aná-
temas — "para o leproso, um bei-
jo/ para o diabo, obras piedosas/
para os sábios, a fogueira" — os
bufões vivem os opostos para
chegar à sua função: o cruel pra-
zer da farsa.
. A direção de Moacyr Góes tra-
balha para explorar os limites da
teatralidade. A sua construção
cênica é toda centrada no próprio
processo de reavaliar as formas
teatrais naquilo que têm de espe-
cífico como linguagem. Essa sua
elaboração remete o espectador
a uma relação diferente com o
fato cênico. Em A escola de bu-
fões, a área de representação do
Espaço III é mais uma vez redefi-
nida. Agora, em desenho de Hélio
Eichbauer o cenário propõe uma
tensão adicional à montagem.
Com rigor construtivista, Eich-
bauer abre no palco brechas e fa-
lhas, em forma de alçapões, que o
diretor aproveita para ocupar
com os atores em intensa movi-
mentação acrobática. Ma'is uma
vez, o espetáculo cria, pelos opos-
tos, uma definição de linguagem.
A platéia é jogada num estado de
tensão extremo diante de atores
igualmente tensionados pelo ris-
co da atuação. A maior farsa está
representada por uma coreogra-
fia que, além de definir-se no ges-
to bufão (desengonçado, torto,
fora de prumo), também decom-
põe-se num movimento amplo,
quase poético. O cenário seco,
carregado de significados (à cruz
da esquerda se contrapõe a Nau
dos Loucos, uma caravela presa à
do lado esquerdo), enche-
parede,"anatomias
se de perversas" que
repêlem a comodidade e o confor-
to. Incômodo o cenário, angus-
tiante a movimentação dos ato-
res, a platéia é provocada para
sentir a tensão. O trabalho corpo-
ral de Deborah Colker é bem
mais do que um exercício de pre-
paração ,de atores, mas uma sig-
nificativa elaboração coreográfi-
ca com autonomia criativa.
Toda a tensão decorrente da
montagem projeta imagens pode-
rosas, como as extraordinárias
danças do mestre Foliai e do be-
dei Galgttt, num dos momentos
mais fortes do teatro carioca nas
últimas temporadas. A música de
Mário Vaz de Mello é outro dos
elementos que compõem esse
quadro de "maligno prazer". Ori-
ginalmente composta para o es-
petáculo, a música tem um cará-
ter dramático bastante definido
— a sua inserção na banda dos
bufões, antecedida apenas pelos
instrumentos de percussão dá o
tom exato do "penoso apostolado
que é divertir os humanos". Os
figurinos e a maquiagem assu-
mem um alto padrão de sofistica-
ção visual. Mas fica sob a respon-
sabilidade do diretor Moacyr
Góes a orquestração de toda essa
cuidadosa produção. Um cena
emblemática da sua requintada
procura do equilíbrio instável en-
tre a emoção de pensar a função
da arte através de velhas e triste
figuras bufonas é aquela em que,
os atores dirigidos à platéia
apontam para a máscaras como
simulacro, "coleção de efíges".
Na montagem de Góes, e paro-
diando o autor, "a grande mími-
ca dispensa o franzir de rostos".
É exatamente essa despojada
idéia de que o teatro tem que ser
visto por dentro, que confere a
Escola de bufões o papel de discu-
tir a questão da contemporanei-
dade do ato teatral.
Moacyr Góes rege uma sinfo-
nia cruel, que trata todo o tempo
de questões de vida, mas com a
pompa fúnebre de mortes anun-
ciadas. Os executantes dessa sin-
fonia são atores que demonstram
uma disponibilidade admirável
para a proposta do diretor. Não se
trata apenas de um esforço fisico
notável, mas de uma capacidade
de concentração sobre persona-
gens que se expressam pelo cor-
poridade. Todo o elenco de apoio,
são bufões perfeitos que ocupam
o palco com uma presença envol-
vente e algo repulsiva. Realizam
com precisão as exigências cor-
porais e vocais, numa unidade cê-
nica de ação poética. Leon Góes,
cómo Galgüt, mostra, mais uma
vez, as qualidades de ator para
dominar a sua expressão de cor-
po. Sua figura, cinica e onipre-
sente, tem uma atuação cataliza-
dora. Floriano Peixoto, um
Florial forte, realiza duas cenas
de impacto: a da dança e sua pri-
meira entrada. Apesar de toda a
unidade de interpretação desse
elenco bem preparado, nota-se
um certa falta de autoridade in-
terpretativa que, nem de longe,
compromete a montagem.
A escola dos bufões traz ao
panorama teatral do Rio uma
pesquisa de linguagem que se
despoja do espontaneismo para se
fundamentar numa base teórica
sólida. A participaçãp da drama-
turg (responsável pelo apóio teó-
rico à montagem) Betti Rabetti
foi essencial para que A escola de
bufões consiga reter, na sua pou-
co mais de uma hora, a transito-
riedade do ato teatral, exatamen- O elenco do
te por demonstrar que o efêmero espetáculo. 1
pode sustentar o permanente. Os que ocupa o%
bufões, metáforas de uma forma Espaço IIII
de teatro tão ingênua, servem de revela f
pretexto para discutir a grande através do\
arte, aquela que se liga à vida
pelos laços do palco. corpo uma |
expressão"
Cotação: ? ? ? requintada i

•. JORNAL DO BRASIL
PERFIL DO CONSUMIDOR/ Gugu Liberato
j
Mais
Apoenan Rodrigues
PAULO — Dono de
um complexo de co-
municação e produtos,
SÃO que vão da exportação
de pasta e suco de ba-
nana a bolos industrializados, o
apresentador e empresário pau-
lista Augusto Liberato, o Gugu,
aos 31 anos, movimenta um ca-
-;j pitai de US$ 4 milhões. É uma
<) quantia três vezes maior do que
a norma yuppie americana, que
, estabelece aos agitadores finan-
ceiros de 30 anos, o patamar de
um milhão de dólares para o
, início de uma polpuda fortuna.
Bem-sucedido na área econômi-
ca, Gugu acaba de receber o re-
conhecimento internacional
também na área artística. Dois
de seus quatro programas —
Corrida maluca e Passa & re-
passa — transmitidos pelo SBT,
acabam de receber o Grande
prêmio mundial da televisão,
. oferecido pela Nippon Televi-
sion Network (NTV). "Concor-
remos com 15 emissoras de todo
: o mundo", orgulha-se o apre-
sentador que calcou sua fama
em cima da insólita dança do
passarinho. Como consumidor,
ele está mais para a avidez das
novidades de Miami do que para
os prosaicos produtos nacio-
nais.
Loja — "Só faço roupas com o
alfaiate Hélio Auricchio, de São
Paulo, aquele dos publicitá-
. rios."
Shopping — Os de Miami e o
Iguatemi, ém São Paulo.
Jeans — "Qualquer um america-
no."
Acessórios — Traz dos Estados
Unidos.
Sapato — Sutoris.
Jóia ou bijuteria — Jóia.
Cueca — Hang Ten, americana.
Roupa de dormir — pijama.
Mulher elegante
Companhia aérea — Lufthansa.
V
«o* Remédio — "Todos. Se acordo de
madrugada e não tem um remé-
dio para azia, por exemplo, fico
louco."
Mania — "Nunca calçar meias
de pés trocados."
Telenovela — Roque Santeiro.
Cabeleireiro — Jassa (o mesmo de
Sílvio Santos, em São Paulo).
Wella ou L'Oréal — Jura que não
tinge o cabelo, só usa um produ-
to de nome Sun in. "É para dar
brilho quando bate o sol."
Sabonete — Phebo.
Xampu — "Troco muito. Prefiro
os americanos baratos porque
tiram melhor a gordura."
Perfume — Boss.
Desodorante — "Qualquer um an-
tiperspirante jato seco."
Sunga de praia — Não usa.
O DEL MARE VENDE
.8
SEU PEIXE
/f!°\ Sugestões para o fim de semana:
Pcnne a matriciana - 450,
Gnocchi ao funghi - 480,
Fusili com brócolis - 420,
:-§Qp& • seu filho ao zoológico e participe do sorteio. Se
Spaghetti ao áleo e óleo - 520,
__»Vy' _-' . (c/camarão e pimentão)
Lulas e camarões fritos - 850,
(c/arroz de passas)
Truta na brasa - 850,
(e/ molho de alcaparras)
Pargo na brasa - 850,
(c/ molho de uva)
Lulas na brasa - 890,
(e/ arroz de brocolis)
PROMOÇÃO PARA AS CRIANÇAS:
£%»,£ > ;,V -<'-i' V • ¦ v.Vv >£* Filet infantil - 250,
(c/ fritas ou arroz)
dej^fcre Spaghetti ao sugo -180,
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O VERDADEIRO
SABOR R,la i>itu| R^fe rn. 3 7-Ipanema
DEI. MARE Reservas pelo'lèlelonr: 239-1842
Manobreirc>s"no Local
"
: {¦
I?
sábado, 14/7/90 o CADERNO B o 5
Maria Lúcia Dahl
'yuppie'
Passos, /w
passado
J e passatempo
que I homem do
São Paulo — Ariovaldo Santos
Santos s i n t e c o
O 0 raspa o
chão com sua má-
Bp^ssgi quina do tempo,
removendo o pas-
sacio nebuloso para
revelar o presente
brilhante nos veios
coloridos da ma-
deira.
Vejo as marcas
registradas por an-
Atriz e símbolo sexual tigos passos que
entraram pelo hall
espalhando velhas
Ideologia — "Você não pode mu- intimidades atra-
dar o mundo, mas pode melho- vés do corredor.
rá-lo." Num segundo, a
Pecado — Tentação. máquina do tempo
Defeito — "Sou muito irrequie- transforma-os em
to." poeira vermelha'
Virtude— "Saber ouvir." que se perde no ar.
Admiração — Sílvio Santos. Respiro o cheiro forte do sinteco como uma
Ator — José Wilker. anestesista ao contrário, que me joga, bruscamen-
Atriz — Cristiana Oliveira. te, no presente, e olho as guelras efêmeras dos
Apresentador de TV — Sílvio San- peixes- dourados, que se movem, sincopadas, em
volta das bolhas de oxigênio do aquário.
tos. A tartaruga pensa que se protege do tempo me-
Mito — Charles Chaplin. tamorfoseando-se em pedra recolhida dentro do
Símbolo sexual — Cristiana Oli- casco.
veira. "Tempo... Há lá tempo",
pergunta Machado de
Pessoa irresistível — "Não tem. A Assis. "Se o pusesse em cima de uma grelha como
gente resiste a tudo." São Lourenço, três minutos seriam três meses. O
Mulher bonita — Nani Venâncio. tempo está na cabeça de cada um."
Homem bonito — Tom Cruise. Não sei o nome das flores brancas que surgiram
Mulher elegante — Hebe Camar- hoje de manhã no jardim substituindo outras mur-
^B|^, ^^^K|s^,t chas, que até ontem à noite formavam uma guir-
go. landa no vaso do portão.
Homem elegante — Fernando Uma barata agoniza em estertores, nocauteada
Collor de Mello. pelo amoníaco do sinteco, tornando-se pasto ime-
Quem levaria para uma ilha deser- diato a um exército disciplinado de formigas, que
ta? — "Minha cachorra poodle a arrastam para o formigueiro garantindo seu fu-
Lilica." turo.
"Seguro morreu de velho."
Quem deixaria numa ilha deserta?
— "Os invejosos." Será que formiga envelhece?
Signo — Áries. O marido da Clarisse disse que, durante a guerra,
os poloneses amarravam um torrão de açúcar num
Influência — Sílvio Santos. barbante, e cada membro da família tinha direito a
Cidade — São Paulo. uma lambida.
País — Brasil. "No Brasil não existe noção de tempo
por que
Partido político — "Não tenho." vocês não têm inverno. Tudo aqui é tropical, aben-
Político brasileiro — "Não te- çoado e eterno."
nho." Você sabia que os velhos salmões vão morrer nos
Gugu gosta
srosta do restaurante Suntory, onde come sukyaki
sukyaki*"" rios gelados pra servirem de alimento aos filhotes
no inverno? — pergunta a TVE, a Seleções falada.
Camiseta — Bem larga, sem mar- Doce — Qualquer mousse. A barata ainda acena lentamente a pata cabelu-
ca especial. Fruta — Romã. da clamando aos céus enquanto é conduzida a uma
Camisinha — Jontex. "Comprei despensa variada e subterrânea.
uma no Paraguai que o vende- Carne — Frango. Eu tinha medo de ficar presa na despensa escura
dor dizia ser musical. Quando Suco de banana ou de laranja? — da minha infância em meio a caixas de farinha de
"Banana, claro." trigo, latas de arroz e leite condensado, olhando o
abri não tocou música nenhu-
ma." Dieta — "Já fiz várias. Atual- mosaico frio dos azulejos do chão.
mente estou numa de consumir Talvez seja pra não ficar presa ao passado que
Passarinho ou gavião — Passari- não consigo armazenar nada e nem tenho despensa.
nho. muito leite por causa da minha "Cantavas? Pois dance agora!"
Motel — Não freqüenta. gastrite." Vou perguntar ao marido da Clarisse por que é
Carro — Santana. Restaurante — Suntory (sofisti- Esporte que a formiga brasileira armazena comida se aqui
Álcool ou gasolina — Álcool. cado restaurante japonês nos não tem inverno.
Aparelho de som — Gradiente. Jardins, em São Paulo). Cigarra é mais confiante... Talvez pelo fato de
Político estrangeiro — Mikhail ter asas e chegar com elas mais perto de Deus.
Vídeo — Mitsubishi. Restaurante que detesta — "Os su- Gorbachov. "Quem tem asa pra
Televisor — Mitsubishi. que casa?" — perguntava o
jos." Candidato a governador — "Não bacurau nos verões das estórias de babá pra se
Geladeira — Brastemp. Bar — Não freqüenta. tenho." arrependerem no inverno.
Emissora de televisão — SBT. "Bacu, bacu, bacu... Amanhã eu vou...!"
Cigarro — Não fuma. Motivo de orgulho — "Ter recebi-
Instrumento musical — Piano. Babá era o La Fontaine tropical.
"Mas não toco." Esporte — Jet ski. "Sou um ás." do o prêmio da televisão japone-
Será que as cigarras morrem mesmo durante o
Filme — Karen me deixa louca. sa." inverno?
Cantor — Fagner. "É um filme bárbaro Motivo de arrependimento — "A
Cantora — Simone e Joanna. com a Bar- Bem-te-vi canta o ano inteiro. Talvez porque
bra Streisand." gente nunca deve se arrepender sejam mais atentos e vejam bem as quatro esta-
Música — Muito estranho, do
Dal to. Peça de teatro — "Faz tempo que de nada." ções.
não vou." Tara — Por perfume. As lagartixas se escondem de dia pra aparecerem
Ritmo —"MPB." Psicanalista — "Nunca fiz análi- à noite, cabeça tensa, olhos arregalados, precisando
Sonho maluco — Dar a volta ao se, mas gostaria de fazer." urgente de uma sessão de shiatsu.
Cada uma tem seu ponto na parede, feito guarda-
mundo. Artifício de sedução — "Um bom
Coleção — Moedas. papo."
dor de carro, e brigam umas com as outras por ele.
Gibi — Todos. A casa é grande. Tem inseto para todos.
Um luxo — "Ficar hospedado "A natureza aqui
perpetuamente em festa é um
Livro — Feliz ano velho, de Mar- num hotel das ilhas do Hawai."
ceio Rubens Paiva. "Me marcou seio de mãe a transbordar carinhos."
Um lixo — "A fome." Mamãe tinha pavor de baratas e subia na cama
muito." Programa de sábado à noite — aos gritos, transformando-se em caricatura se al-
Revista — Veja. "Assistir ao Viva a noite." guma aparecesse por perto.
Heroina — "Minha mãe." Coisa que mais o aborrece — "Fa- Cada um inventa um bicho que encarna o seu
Carro horror pra dar trabalho a Freud e Groddeck que
Cor — Azul. zer contas e balanços."
Flor — Do Campo. Tatuagem— "Não tenho." explicam tudo mais tarde.
Extravagância — "Ir a Las Vegas O meu é minhoca, mas hoje consegui passar
Bebida — Vinho espumante. Investimento — Imóveis e empre- algum tempo observando uma que dançava como
com dinheiro. Às vezes arrisco sas.
Prato predileto — Sukyaki. nos cassinos, mas perco." uma serpente encantada ao som da flauta diabólica
Prato que detesta — Bacalhoada. Relógio — H. Stern. de uma aranha que manipulava-a de cima de sua
Hobby — Ler gibi. Frase — "Não me inveje, traba- teia transformando-a em marionete.
Sanduíche — Cachorro-quente. Religião — Católica. lhe."
Fofo está sorteando centenas de ursinhos de pe-
lúcia para a garotada. E para ganhar é fácil. Leve
ele for sorteado, vocês levam um novo amiguinho
''', rbtulo de amaciante Fofo que
^B^^OlO'.^I!--' if" ll^'Il|\
Kr^je*(5J>^r ,J^WM1'' m;"l,m vocfilevar,voc£trocaporum fftll
4 JBWl^^,,^ fc^^aHK#^Mli brinde-surpresa. Bom diver-
,,
O MISTÉRIO DE
IRMA VAI»
DE CHARLES lUDLAM
DIREÇÃO: MARÍUAPÊRA
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TEATRO CASA GRANDE
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As crônicas com sabor especial.
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LHER E O AMANTE (The cook. the thief. his Shopping 2 (Av. Suburbana, 5.474 — 592-9430): 300,00. Duração: 1 h10. Até amanhã. ]
wife and her /over), de Peter Greenaway. Com 14h, 15h50,17h40. América (Rua Conde de Bon- Sônia Guedes e outros. Teatro Copacabana, Av.
fim, 334 — 264-4246): 14h, 15h50. 17h40, N.S. de Copacabana, 291 (257-0881). De 4* a Adultos interpretam crianças que vivem uma rela- •
Hçlen Mirren, Richard Bohringer, Michael 19h30, 21 h20. Sábado náo haverá a última sessão. sáb., às 21 h. Dom., às 19h. Ingressos a CrS ção de violência e intolerância no playground. j
Gambon e Alan Howard. Art-Fashion Mall 1 Madureira-3 (Rua João Vicente, 15 — 593-2146), 600,00 (4" e 5»), CrS 700,00 (6* e dom.) e CrS KIRILOV — Baseado no romance Os Possessos, '
(Estrada da Gávea, 899 — 322-1258): 15h30, Olaria (Rua Uranos, 1.474-230-2666): 2", 3" e 800,00 (sáb., feriados e véspera de feriados). de Dostoievski. Criação e direção de Lau Santos. ''
17h40,19h50, 22h. (18 anos). Continuação. 6", ás 15h30,17h20,19h10, 21 h. 4*. 5a. sábado e Todas as 6fls jovens de 10 a 18 anos pagam CrS Com Lau Santos e Marisa Naspolini. Aliança Fran-
Ladrão e sua mulher, submissa e maltratada, domingo, a partir das 13h40. Art-Méier (Rua Silva Chico Mário 500,00. Duração: 2h. cesa de Botafogo, Rua Muniz Barreto, 730 (286-
freqüentam restaurante onde ela conhece outro Rabelo, 20 — 249-4544): 15h30, 17h20, 19h10, Pai e filho escrevem, paralelamente, textos com 4248). 5a e sáb., às 21 h. Ingressos a CrS 350,00 e
homem. Os dois tornam-se amantes, em fre- 21 h. Pálido (Campo Grande): 15h, 16h45, visões antagônicas sobre a mulher e a mãe. CrS 200,00 (classe e alunos da Aliança). Último
quentes encontros no banheiro do restaurante. 18h30, 20h15. (Livre).
Marcos Souza, 19 anos, filho do can- —
A PARTILHA Texto e direção de Miguel dia.
lngtaterra/Holanda/1989. „ tor, arranjador, compositor e violonista minei- Falabella. Com Susana Vieira, Patrícia Travas-
CINEMA PARADISO (Cinema Paradiso). de WARLOCK — O DEMÔNIO (Wariock). de Ste- ro Chico Mário — que morreu de Aids em março sos, Aríete Sales e Thereza Piffer. Teatro Van- personagem luta para provar que o homem é
Giuseppe Tornatore. Com Philippe Noiret, Jac- ve Minar. Com Julian Sands, Lori Singer. Richard —, nucci, Rua Marquês de São Vicente, 52/3° capaz de fugir da supremacia de Deus.
ques Perrin, Salvatore Cascio e Mario Leonardi. E. Grant e Mary Woronov. Lido-1 (Praia do Fia- Otecladista de 1988 faz seu primeiro show solo, Tributo a LE DÊCLIC DU DESTIN — Texto de Antonio
Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281 — 295- mengo, 72 - 285-0642): 19h40, 21h30. (10 Chico Mário, hoje, às 21h30, no Avatar (Rua General Dioní- (274-7246). De 4* a 6', ás 21 h30. Sáb., às 20h Skarmeta. Direção de Larry Tremblay e Danielle
2889): 15h, 17h.10, 19h20, 21H30. Barra-1 e 22h; dom.', ás 19h. Ingressos a Cr$ 700,00
anos). sio, 47, Humaitá). Acompanhado pelo sax de Zé Al, o tecla- (4a, 5* e dom) e Cr$ 800,00 (6a, sáb., véspera Lapointe. Com o grupo Laboratoire Gestuel. Teatro
(Av. das Américas, 4.666 — 325-6487): LUA DE CRISTAL (Brasileiro), de Tizuka Yama- dista vai mostrar 11 músicas suas que vêm sendo compostas de feriado e feriado). Duração: 1 h30. O espetá- Cacilda Becker, Rua do Catete, 338 (265-9933).
19h30, 21h40. Tijuca-Paiace 2 (Rua Conde de saki. Com Xuxa, Sérgio Mallandro, Rubens Corrêa, culo começa rigorosamente no horário.O valor De 4" a sáb., às 21 h. Ingressos a CrS 300,00 e CrS
Bonfim, 214 — 228-4610): 17h20, 19h30, Júlia Lemmertz e Marilu Bueno. Art-Copacabana há dois anos. Uma delas, Memória, feita em homenagem ás do ingresso não será devolvido aos retardatá- 200,00 (classe). Último dia.
21h40. (Livre). Continuação. (Av. Copacabana, 759 — 235-4895), Campo vitimas da Aids e apresentada, pela primeira vez, no Proje- rios.. Um estudo sob;è a condição dos corpos na socie-
A morte de um projecionista de cinema, num Grande (Rua Campo Grande, 880 — 394-4452), to Nacional de Nomes, realizado na data de aniversário do Nesta comédia dramática em que quatro irmãs dade moderna.
vilarejo da Sicilia, traz velhas recordações a um Largo do Machado 2 (Largo do Machado, 29 — compartilham o passado, a lembrança teatro do
bem sucedido cineasta. Oscar de melhor filme 205-6842): 14h, 15h40, 17h20, 19h, 20h40. Art- pai, 22 de agosto de 1988, no Teatro João Caetano. de Tcheckov se expressa através de um humor,
A MACACA — Escrito, dirigido e interpretado por
estrangeiro. França/ltália/1989. Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578): A primeira vez que Marcos subiu num palco foi em 87, no Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro. Teatro I, do
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS com alguma crueldade, mas tocando profundos Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de
(Deàd poeís society), de Peter Weir. Com Ro- 14h, 15h40,17h20, 19h, 20h40. 6' não haverá a Teatro João Caetano, durante o show Venceremos, em sentimentos. Março, 66 (216-0237). De 4a a 6a. às 19h: sáb., ás
bln Williams, Robert Sean Leonard, Ethan última sessão. Art-Madureira 1 (Shopping Center beneficio de seu pai, que precisava arrecadar fundos para QUADRANTE — Escrito, dirigido e interpreta- 21 h: dom., às 18h e 20h30. Ingressos a CrS 250,00
Hawke e Josh Charles. Veneza (Av. Pasteur, deJWadureira — 390-1827): 14h, 15h40, 17h20, do por Paulo Autran. Teatro Laura Alvim, Av. (de 4a a 6a e dom) e CrS 300,00 (sáb.). Duração:
184 — 295-8349): de 2* a 6*. ás 16h50. 19h, 20h40. Sábado não haverá a última sessão. comprar AZT. Nessa época, Marcos pensou em se apresen- Vieira Souto, 176 (247-6946). De 4a a sáb., às h30. Até dia 29 de julho.
19h10, 21h30. Sábado, ás 14h30, 16h50, Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea, 899 — tar só com composições suas mas, a pedido de pai, tocou 21 h; dom., às 20h30. Ingressos a Cr$ 400,00 Esquetes de humor sobre o dinheiro, o trabalho, a
19h10. Domingo, às 14h30, 16h50, 19h10, 322-1258), Art-Casashopping 3 (Av. Alvorada, Guerra Peixe: "Interpretei apenas uma de minhas músicas, (4a e 5a) e Cr$ 500,00 (6a a dom.). Duração:
amizade, o afeto e a memória, com música e chopp
21 h30. Tijuca-Palace 1 (Rua Conde de Bonfim, Via 11, 2.150 — 325-0746): 14h, 15h40, 17h20, 1 h10. Até dia 29 de julho.
214 — 228-4610): 19h10, 21h30. (10 anos). 19h. Pathé (Cinelândia — 220-3135): de 2" a 6*, Tango brasileiro." Depois disso, Marcos participou do lan- Colagem de textos interpretados por Paulo Au de graça. o
Continuação. ás 12h, 13h40, 15h20, 17h, 18h40, 20h20, 22h.
Sábado e domingo, a partir das 13h40. Paratodos çamento de Dança do mar, projeto de Chico Mário bancado tran durante 40 anos de carreira. O ator resume O MISTÉRIO DE IRMA VAP — Texto de Char- •:
Pôra. Com Marco
Numa escola conservadora, professor de litera- pelo Banco do NordeBte e realizado na Sala Cecília Meire- em pouco mais de uma hora a técnica de um les Ludlan. Direção de Marllia
tura estimula o inconformismo dos alunos, mas (Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281 -3628): 14h40, les. Nessa apresentação, to- O profissional com pleno domínio de seus meios Nanini e Ney Latorraca. Teatro Casa Grande, Av.
essa nova postura cria inúmeros conflitos. Os- 16h20, 18h, 19h40, 21h20. Ramos (Rua Leopol- expressivos. A sua interpretação de Meu tio, Afrânio de Melo Franco. 290 (239-4045). De 5a a «T
car de melhor roteiro original. EUA/1989. dina Rego, 52 — 230-1889): 4a, 5a, sábado e cou músicas do disco e uma lauretê é brilhante. sáb., às 21h30; dom., ás 19h. Ingressos a CrS ¦> .*
BAGDAD CAFE (Bagdad Cafe), de Percy domingo, às 14h, 15h40, 17h20, 19h, 20h40. 2a, composição de sua autoria i|f| § ELAS POR ELA — Roteiro de Marllia Pára. 800,00 (5a), CrS 1.000,00 (de 6a e dom.) e CrS **
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Pounder, Jack Palance e Christine Kaufmann. INIMIGOS, UMA HISTÓRIA DE AMOR (Ene- Piazzola, Bandoneon. *|| , <5c Direção
Pôra e Sandra Pêra. Com Marllia Pêra e grande anos pagam CrS 700,00. Até dia 12 de agosto.
Jóia (Av. Copacabana, 680 — 255-7121): mies. a love story), de Paul Mazursky. Com Ron Wm* Teatro Ginástico, Rua Graça Aranha, Comédia que envolve suspense, terror e mistério e 'n 1
14h50, 16h30, 18h10. 19h50, 21h30. (Livre). Silver, Anjelica Huston, Lena Olin e Margaret So-
Com o espetáculo que es- oc elenco.
187 4» e 5», às 19h; 6* e sáb.. às acontece no final do séc. 19, na Inglaterra. '*•
72 — tá mostrando no Avatar, ele (210-1382).'
Continuação. phie Stein. Lido-2 (Praia do Flamengo, 21 h; dom., às 19h. Ingressos de 4a e 5a a CrS MUSICAOS/O PRAZER SUBVERTE — Texto e 1
Albmã hospeda-se num motel, em pleno deser- 285-0642): 15h. 17h10,19h20, 21h30. (Livre). pretende percorrer o Brasil 1.000.00 (setor A), CrS 600,00 (setor B); de 6 direção de Helvécio Júnior. Coreografias de Mar- "v.
to americano, e sua presença muda a vida de MUITO MAIS QUE UM CRIME (Music box), divulgando a música do pai: e sáb., CrS 1.500,00 (setor A) e CrS 600,00 cellus Ferreira. Com Giki Bondiorno, Miguel Mu-
todos os habitantes do local. Alemanha/1988. "É como se fosse uma mis- (setor B); dom., CrS 1.200,00 (setor A) e CrS drik Glei Pélias e outros. Teatro Villa Lobos, Sala
MINHA VIDA DE CACHORRO (Mylifeasa de Costa-Gavras. Com Jessica Lange, Armin começa rigoro- Monteiro Lobato. Av. Princesa Isabel, 440 (275- ,
dog), de Lass Hallstróm. Com Anton Glanze- Mueller-Stahl, Frederic Forrest e Dorçald Moffat. são e não vou descansar en- 600,00 (setor B). O espetáculo
lius, Manfred Semer e Anki Lidén. Estação Art-Casashopping 3 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 quanto não cumpri-la", co- samente no horário. Duração: 1 h30. 6695). De 5a a sáb., ás 21h30; dom., às 20h. *
Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 — 265- — 325-0746), Art-Fashion Mall 2 (Estrada da menta Marcos, que pretende Musical. Interpretação de 50 canções que fize Ingressos a CrS 250,00 (5a) e CrS 300,00 (6a a •>
4653): 15h30, 19h40. Até quarta. (10 anos). Gávea, 899 — 322-1258): 21 h. Ricamar (Av. Co- ram sucesso entre 1920 e 1970. Marllia Pôra dom.). Até dia 29 de julho.
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distância, usando para isso seu especial senso SUSIE E OS BAKER BOYS (The fabulous Baker Tempo, este uma homena- mas a encarnar teatralmente cada uma das 35 Alan Ayckbourn. Direção de Bibi Ferreira. Com 'u *v
de humor. Suécia/1987. Boys), de Steve Kloves. Com Jeff Bridges, Michel- gem a Charlie Chaplin. intérpretes que encarna. Sylvia Bandeira, Rubens de Falco, Tânia Loureiro e
le Pfeiffer, Beau Bridges e Ellie Raab. Art-Fashion Apesar da pouca idade, A ESCOLA DE BUFO ES — Texto de Michel outros. Participação especial de Jonas Bloch. Tea- *V
Mall 4 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258): de Marcos não esconde que o de Ghelderode. Tradução de André Praça Tel tro Princesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186 (275-
2" a 6", às 16h, 18h. 20h, 22h. Sábado e domingo, les. Direção de Moacyr Góes. Com Leon Góes, 3346). De 4a a6a, às 21 h30: sáb., ás 20h e 22h30: ^
f ESTRÉIAS a partir das 14h. (Livre). show tem sabor de saudade: dom., ás 18h30 e 21 h. Ingressos a CrS 600,00 (4"
DE VOLTA PARA O FUTURO — PARTE III "É um show de homenagem. Floriano Peixoto e outros. Teatro Vil/a-Lobos, e 5a), CrS 700,00 (6a e dom) e CrS 800,00 (sáb. e •-
Dois irmãos, pianistas de bar, contratam uma bela Espaço III. Av. Princesa Isabel, 440 (275 véspera de feriado). Duração: 1 h50. Até dia 29 de V
(Back to the future part ///). de Robert Zemeckis. mulher como cantora, que muda o rumo de suas Me inspiro com as coisas que 6695). De 4a a sáb., às 21h30; dom., às 20h.
Com Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Mary carreiras e de suas vidas. EUA/1989. acontecem a minha volta. Ingressos a CrS 400,00 (4a, 5a e dom.), CrS julho.
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Em suas alucinantes viagens através do passado e — se com ela.
do futuro, a máquina do tempo vai, desta vez, até o gueiro, 35
ta. (14 anos).
265-4653): 17h20, 21 h30. Até quar- iliiua ouuuin
fazer trilha sonora jJUIU para fil- Marcos . Souza . . Guerreiro indígena, inconformado com a opressão que acaba sendo confundido
Velho Oeste. EUA/1990. mes: "Para mim, as duas apresenta hOje UO dos brancos, lidera seu povo contra eles. PARALELOS 92 — Texto de Juan Margallo eft
DOIS TIRAS INFERNAIS (Downtown). de Ri- BATMAN E ROBIN. A DUPLA DINÂMICA coisas que mais se comple- Avatar C0171 TriDUtO 3, O ANALISTA DE BAGÊ/METIDAS PROVISÔ- grupo Petra Martinez. Direção de Juan Margallo. Com o
chard Benjamin. Com Anthony Edwards, Forest (Batman), de Leslie H. Martinson. Com Adam RIAS — Texto de Luis Fernando Veríssimo. Adap- 179 (220-0259). Uroc. Teatro GlauceRocha, Av. Rio Branco,*' i.
tam são música e imagem." Chico Mário 4a a sáb., às 21 h e dom., às'" >
Whitaker, Penelope Ann Miller e Joe Pantoliano. West. Burt Ward, Lee Meriwether. César Romero e tação e direção de Cláudio Cunha. Com Cláudio 20h. Ingressos a CrSDe 300,00 e CrS 200,00 (classe): ^
Art-Casashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 Burgess Meredith. Tijuca-Palace 1 (Rua Conde de Cunha, Luciana Sargentelli e Cláudia Pellegrino. Até amanhà. ¦ )
— 325-0746): 15h30, 17h20, 19h10, 21 h. Paiá- Bonfim, 214 — 228-4610): 15h, Mb. Lido-1 Teatro João Caetano, Praça Tiradentes, s/n° (221 -
cio-1 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541): 13h40, (Praia do Flamengo, 72 — 285-0642): 15h30, 0305). De 5' a sáb., ás 21 h; dom., às 19h. Até PEQUENA HISTORIA DA VIDAHenriques. INTEIRA — r
15h30, 17h20. 19h10, 21h. Ópera-1 (Praia de 17h30. (Livre). amanhã. Texto e direção de Cláudia Souto Com
Botafogo, 340 — 552-4945), Tijuca-2 (Rua Con- BERNARDO E BIANCA (The rescuers). desenho Lenir Frazão. Teatro da Aliança Francesa de Copa-
de de Bonfim, 422 — 264-5246): 14h10, 16h, O CASO QUE EU TIVE QUANDO ME SEPA- cabana, Rua Duvivier, 43 (541-9497). De 5a a"
17h50, 19h40, 21 h30. Copacabana (Av. Copaca- animado de Wolfgang Reitherman, John Louns- Tracey Walter. Estação 1 (Rua Voluntários da Pá- Olga James. Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar, RÉI DE VOCÊ — Texto de William Gibson. Dire- sáb., às 21h30. dom., às 20h. Ingressos a CrS,.
bery e Art Stevens. Produção de Walt Disney. «ria, 88 — 286-6149): 16h. (14 anos). s/n°): 18h30. ção de Domingos de Oliveira. Com Priscilla Ro- 300,00, CRS 150,00 (classe artística) e CrS 100,00nJ.
bana, 801 — 255-0953), Leblon-2 (Av. Ataulfo de Ôpera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 552-4945), e Bernardo Jablonski. Teatro Sesc da (alunos da Aliança). Duração: 1h. Até dia 29 de,
Paiva, 391 — 239-5048), São Luiz 1 (Rua do Studio-Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 — Vice-presidente de financeira encontra mulher lou- Adaptação do musical da Broadway numa versão zenbaum
Catete, 307 — 285-2296): 19h40, 21h30. (10 247-8900), Tijuca-Palace 2 (Rua Conde de Bon- quissima, que muda completamente sua vida. modernizada da Carmen de Bizet, ambientado num Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539 (208-5332). julho.
anos). bairro negro americano, na década de 50. EUA/ 6a e sáb., às 21 h; dom., às 20h30. Ingressos a CrS Em lugar imaginário, um ser animado experimenta^r.
fim, 214 — 228-4610): 14h, 15h40. Barra-2 (Av. EUA/1986. 1954. 350,00. Duração: 1 h40.
Dois tiras — um durão e o outro careta — traba- das Américas, 4.666 — 325-6487): 14h. (Livre). AMOR NA SALA ESCURA — Hoje: O amor aos Um homem, após a separação da mulher, vive A PROMESSA
seus próprios limites. r..
lham juntos numa área barra-pesada da Filadélfia e ORFEU (Orphée), de Jean Cocteau. Com Jean 20 anos (Uamour à vingt ans), de François Truf- relação amorosa com uma bailarina. — Texto de Friedrich Durrenmatt,
são* obrigados a conviver com suas diferenças. Marais, Maria Casarès, François Périer e Marie faut, Renzo Rosselini, Shintaro Ishihara, Mareei IPRÉ-ESTRÉIAS Direção de Ivan Albuquerque. Com Rubens Cor-'7\
EUA/1989. Déa. Estação 2 (Rua Voluntários da Pátria, 88 — Ophuls e Andrzej Wajda. Com Jean-Pierre Léaud, NOS TELHADOS DE NOVA YORK (Rooftops), COMÉDIA DOS SEXOS — Texto de Gugu Oli- rèa, Ivan de Albuquerque, Carmen Silva e outros.' . -
DEU A LOUCA NOS MONSTROS (The mons- 286-6149): de 5" a 2", às 19h. h.
21 3» e 4', ás Marie France Pisier, Eleonora Rossi-Drago e Bar- de Robert Wise. Com Jason Gedrick, Troy Beyer, mecha e Petersen. Direção de Gugu Olimecha. Teatro II, Centro Cultural Banco do Brasil. Rua ;
ter squad), de Fred Dekker. Com André Gower, 19h. Até quarta. bara Lass. Estação 1 (Rua Voluntários da Pátria, 88 Eddie Vélez e Tisha Campbell. Hoje, às 21 h, no Com Eduardo Tornaghi, Rogério Cardoso, Agnes Primeiro de Março, 66 (216-0237). 4a, 6" e dom., ,
Robby Giger, Stephen Macht e Duncan Regehr. — 286-6149): 18h. (14 anos). Art-Madureira 1, Shopping Center de Madureira. Fontoura e outros. Teatro Barra Shopping, Av. das às 19h; 5a e sáb., às 21 h. Ingressos a CrS 250,00.
Studio-Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194): O CAMPO DOS SONHOS (Field of dreams). dB Américas, 4.666 (325-5844). 5a e 6a, às 21 h; sáb., Duração: 1 h50. Não é permitida a entrada após o.v.
14h50,16h30. 18h10. 19h50, 21h30. Studio-Co- Phil Alden Robinson. Com Kevin Costner, Amy Filme dividido em cinco episódios contando histó- (Livre). dom., às 20h. Ingressos a CrS 700,00 início do espetáculo. Até dia 29 de julho. ,
pacabana (Rua Raul Pompêia, 102 — 247-8900): Madigan, James Earl Jones e Burt Lancaster. Cãn- rias de amor entre jovens. França/1962. Musical. História de jovens sem família, que criam às 20hCrSe 22h;
dido Mendes (Rua Joana Angélica, 63 — 267- um mundo particular no alto de edifícios residen- (5»), 800,00 (6" e dom.) e CrS 900,00 (sáb.). A odisséia de um velho comissário de polícia em •
1 7h40,19h20, 21 h. (14 anos). AMOR NA SALA ESCURA — Hoje: Querelie ciais abandonados em Nova Iorque. EUA/1989. Duração: 1h30. busca de um criminoso protegido pelo acaso.
Drácula chega a Nova Iorque para recuperar antigo 7295): 18h, 20h, 22h. Até amanhã. (Livre).
URSINHOS CARINHOSOS II (Care bears movie Jeanne (Querelle), de Rainer Werner Fassbinder. Com UM MORTO MUITO LOUCO (Weekendat Ber- Comédia. Dois casais tentam gerar filhos na espe- O PROTAGONISTA — Texto de Luiz Agustoni.' -
amuleto, mas encontra um grupo de adoradores de Moreau, Brad Davis e Franco Nero. Esta- de Ted Kotcheff. Com Andrew McCarthy, rança preencherem de suas vidas.
monstros dispostos a acabar com sua terrível mal- II: a new generation), desenho animado de Dale ção 1 (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286- nie's), Jonathan Silverman, Catherine Mary Stewart e UMA ESTÓRIA DE BORBOLETAS — Texto de Holtz, Thelma Reston e outros. Teatro Clara Nu-
Adaptação de Cecil Thiré. Com Cecil Thiré, Vera >
dição. EUA/1987. Schott. Cândido Mendes (Rua Joana Angélica, 63 6149): 20h. (18 anos). Terry Kiser. Hoje, à meia-noite, no Art-Fashion Caio Fernando Abreu. Direção de Gilberto Gaw- nes, Rua Marquês de São Vicente, 52 (274-9696).-^ L
— 267-7295): de 4a a 6a, às 16h. Sábado e
domingo, às 14h e 16h. (Livre). A violência, o homossexualismo e a morte que Mall2, Estrada da Gávea, 899. (Livre). ronski. Com Ricardo Balt e Fernando Eiras. Merca- De 4" a 6a, ás 21 h30; Sáb., às 20h e 22h30 e dom.,
I CONTINUAÇÕES SPLENDOR (Splendor), de Ettore Scola. Com Brest, rondam o cais. Adaptação do romance Querelle de Ação, romance e morte acontecem quando dois do São José das Artes. Rua das Laranjeiras, 90 às 18h30 e 20h30. Ingressos a CrS 600,00 (de 4a a -
Marcello Mastroianni, Massimo Troisi e Marina de Jean Genet. Alemanha/1982. empregados de uma grande companhia vão passar (205-3837). De 4* a sáb., às 21 h30: dom., às 20h. 6a) e CrS 700,00 (sáb. e dom.). Duração: 1 h40. r
NAO MEXA COM A MINHA FILHA (Keep your o fim-de-semana com o patrão. EUA/1990. Ingressos a CrS 400,00 (4a e 5a) e CrS 500,00 (de O jogo de sedução de um grande ator é desmasca-
ha*íitis off my daughter). de Stan Dragoti. Com Vlady. Centro Cultural Banco do Brasil (Rua 1o de AMOR NA SALA ESCURA — Hoje: Betty Blue UMA LINDA MULHER woman), de 6a a dom.) e CrS 300,00 Duração: 1h. A
Março, 66): 16h30, 18h30, 20h30. Alé amanhã. (Betty Blue — 37,2° le matin), de Jean-Jacques Garry Marshall. Com Richard (Pretty (classe). rado pelas personagens de sua vida real. .. •
Toi(IV Danza, Catherine Hicks. Wallace Shawn e Beineix. Com Beatrice Dalle, Jean-Hughes Angla- Ralph Bellamy e Laura San Giacomo. Hoje, à peça
Gere, Julia Roberts, começa rigorosamente no horário.
Diek 0'Neill. Star-ipanema (Rua Visconde de Pi- (Livre). RODRIGUEANAS — Textos de Nelson Rodri-
rajS* 371 — 521-4690), Star-Copacabana (Rua de, Consuelo de Haviland e Gérard Darmon. Esta- meia-noite, no Leblon-1, Av. Ataulfo de Paiva, 391 ENFIM, SO (SOLIDÃO A COMÉDIA) — Texto gues adaptados por Douglas Dwightt e Liliana,,,,,
ção 1 (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286- e às 21h30, no Palácio-2, Rua do Passeio, 40, de Vicente Pereira. Direção de Jorge Fernando. Direção de Alice Carvalho. Com o grupo.
Batata Ribeiro, 502/C). Art-Fashion Mall 3 {Estra- mEXTRAS 6149): 22h. (18 anos). Com Vicente Pereira. Teatro do Posto Seis, Rua Neves. Companhia Vadia. Teatro da UFF, Rua Miguel de
daijda Gávea, 899 - 322-1258): 14h, 16h, 18h, CARAVAGGIO (Caravagglo). de Derek Jarman. Veneza, Av. Pasteur, 184 e América, Rua Conde de Francisco Sá, 51 (287-7496). 5»se 6as, às 21 h30: Frias, 9 (717-8080, r. 300). De 5a a sáb., às 21 h: •
20fy 22h. Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via Com Nigel Terry, Sean Bean, Garry Cooper e Dex- O romance neurótico entre uma moça meio doida e Bonfim, 334. (10 anos). sáb.. às 21 h e 22h30: dom., às 20h. Ingressos a CrS dom., às 18h e 21 h. Ingressos a CrS 200,00. Dura- ^
11» 2.150 — 325-0746), Art-Madureira 2 (Shop- ter Fletcher. Hoje, à meia-noite, no Estação Pais- um frustrado escritor. França/1986. Magnata contrata prostituta para passar uma se- 300,00 (5*. 6a e dom.) e CrS 400,00 (dom.). ção: 1 h15. Até amanhã.
pirljg Center de Madureira — 390-1827), Bruni-Ti• sandu. Rua Senador Vergueiro, 35. (14 anos). PERNALONGA E SEUS COMPANHEIROS — dois e serve
mana com ele, mas o encontro é revelador para os Duração: 1h10.
jucá (Rua Conde de Bonfim, 370 — 254-8975): ambos reformularem suas vidas. TRÊS SOLTEIRONAS BALANÇANDO O-,
15ft,17h, 19h, 21 h. (Livre). As memórias do pintor Michelangelo da Caravag- Hoje: Gelo quebrado (Cracked ice), de Frank EUA/1990. para EU POUPO. TU POUPAS, ELLE "TUMA"! — RAMBO — Texto de Zilda Cardoso. Direção de_,
gio (1573-1610) e os escândalos com seus qua- Tashlin, O cavaleiro solitário e Gaguinho (The lone Texto de
CREIZIPIPOL — MUITO DOIDOS (Crazy péo- de Lima. Com Solange Theodoro, Jorge Cherques, Abílio Beto de Castro. Direção de Paulo Afonso Fernandes e Berta Loran. Com Berta Loran,
Jl/BTIÇA CEGA (Internai affairs). de Mike Fig- dros que retratavam jovens modelos masculinos. stranger and Porky), de Bob Clampett, Procura-se pie), de Tony Bill. Com Dudley Moore, Daryl Han- Suely Franco, Lilian Fernandes e Gerson Brener. \
gis.'Com Richard Gere, Andy Garcia, NancyTravis Inglaterra/1986. fantasma (Ghost wanted), de Chuck Jones, O nah. Paul Reiser e J. T. Walsh. Hoje, á meia-noite, Márcia Dorneles e outros. Teatro Tereza Rachel, Teatro da Praia, Rua Francisco Sá, 88 (267-7749).
e Caurie Metcalf. Odeon (Praça Mahatma Gindhi, TOTALMENTE SELVAGEM (Something wild), toureiro tímido (Picador Porky), de Norm McCabe no Leblon-2, Av. Ataulfo de Paiva, 391 e Largo do Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). De 4a a 4', 5a e sáb., às 21 h30; 6", às 22h: dom., ás 18h30'
2 220-3835), Tijuca-1 (Rua Conde de Bonfim, de Jonathan Demme. Com Jeff Daniels, Melanie e Bob Clampett, Concerto complicado (Corny Machado 2, Largo do Machado, 29. (Livre). 6a, às 21 h30: sáb.. às 21 h30: dom., às 19h. Ingres- e 21 h. Ingressos 500,00 (4° e 5a), CrS 600,00 (6a "c^
422-264-5246): 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, Griffith, Ray Liotta e Tracey Walter. Hoje, à meia- concert), de Bob Clampett, O grande golpe de Publicitário diz apenas a verdade em suas propa- sosCrSa 600,00 CrS 450,00 (4a e 5"), CrS 500,00 (6» e dom.) e dòm) e CrS 700,00 (sáb ). Censura: 16 anos.
21 Jl30. São Luiz 2 (Rua do Catete, 307 — 285- noite, no Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, Gaguinho (Porky's big feat), de Frank Tashlin, gandas e é internado num asilo, mas transforma o e (sáb.). Duração: 1 h15. UM E OUTRO — Textos de Fernando Pessoa e
22SÍ6), Roxy (Av. Copacabana, 945 — 236-6245), 63. (14 anos). Coelho cobaia (What's cooking, doe?), de Bob sanatório numa atuante agência de publicidade. Industrial bem sucedido tem seu capital confisca- Manuel Bandeira. Direção de Miguel Falabella.1'»
fíio-Sul (Rua Marquês de São Vicente, 52 — Camplett, Vida com penas (Life with feathers), de do, o que complica sua vida familiar e sua cabeça. Com ítalo Rossi e Cláudio Botelho. Teatro Cândi- "*-•
274-4532): 14h. 16h, 18h, 20h, 22h. Madureira-1 Vice-presidente de financeira encontra mulher lou- Barry Buzzard e Robert McKimson, Fogo no coe- EUA/1989.
(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 450-1338): de 2a quíssima, que muda completamente sua vida. Iho (Rabbit fire), de Chcuck OLHA QUEM ESTA FALANDO (Look whos FICA COMIGO ESTA NOITE — Texto de Flávio do Mendes, Rua Joana Angélica, 63e dom., (267-7295).*
às 19h;
EUA/1986. Jones e Perfume de Amy Heckerning. Com John Travolta, de Souza. Direção de Jorge Fernando. Com Debo- De 5a a sáb., ás 21 h30: 5», ás 17h
a 6J, às 15h, 1 7h. 19h. 21 h. Sábado e domingo, a destruidor (Who scent you?), de Chuck Jones. tafking), Kirstie Alley, Olympia Dukakis, George Segai e a ra Bloch e Luiz Fernando Guimarães. Teatro dos Ingressos de 5a a dom., a CrS 500,00; vesperal de;^.
partir das 13h. Norte Shopping 2 (Av. Suburbana, Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar, s/n°): voz de Bruce Willis. Hoje, à meia-noite, no Art- Quatro, Rua Marquês de São Vicente, 52/2° (274- quinta, a CrS 400,00. Duração: 1 h10. O espetácuid'<-\
5 474 — 592-9430): 19h30, 21h30. Ôpera-2 rigorosamente no horário e não será per-, * ^
(Praia de Botafogo, 340 — 552-4945): 17h30, mMOSTRAS 16h30. Fashion Mall 1. Estrada da Gávea, 899. (Livre). 9895). 5a e 6a, às 21 h30; sáb.. ás 20h e 22h: dom., começa mitida a entrada após o início. Até dia 5 de agosto, t."•
19h30. 21 h30. Barra-2 (Av. das Américas, 4.666 AMOR NA SALA ESCURA — Hoje: Totalmente A ESCOLHA DO PÚBLICO — Hoje: Carmen Comédia. Mãe solteira procura um pai para seu às 19h. Ingressos a CrS 700,00 (5a, 6a e dom.) e
- 325-6487): 15h30. 17h30, 19h30, 21-h30. (14 selvagem (Something wild), de Jonathan Demme. Jones (Carmen Jones), de Otto Preminger. Com filho, um bebê com vontade própria que quer CrS 800,00 (sáb., feriado e véspera de feriado). Poesia, falada e cantada, como ponto de união
anos). Com Jeff Daniels, Melanie Griffith, Ray Liotta e Harry Belafonte, Dorothy Dandridge, Pearl Baileye participar da escolha. EUA/1989. Duração: 1h20. O espetáculo começa rigorosa- entre Bandeira e Pessoa. "',v'

MSHOPPINGS
ART-CASASHOPPING 1 — Dois tiras internais:
15h30,17h20. 19h10, 21 h. (10anos).
ART-CASASHOPPING 2 — Não mexa com a
minha filha\ 15h, 17h, 19h, 21 h. (Livre).
ART-CASASHOPPING 3 — Lua de cristal: 14h.
15h40, 17h20. 19h. (Livre). Muito mais que um
crime: 21 h. (14 anos).
ART-FASHION MALL 1—0 cozinheiro, o ia-
drão, sua mulher e o amante'. 15h30, 17h40,
19h60, 22h. (18 anos).
ART-FASHION MALL 2 — Lua de cristal: 14h,
15h40, 17h20, 19h. (Livre). Muito mais que um
crime: 21 h. (Manos).
ART-FASHION MALL 3 — Não mexa com a
minha filha: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. íLivre).
ART-FASHION MALL 4 - Susie e os Baker
Boys: de 2a a 6a, às 16h, 18h, 20h, 22h. Sábado e
domingo, a partir das 14h. (Livre).
BARRA-1 — Uma escola atrapalhada: 14h,
15h50, 17h40. (Livre). Cinema Paradiso: 19h30,
21 h40. (Livre).
BARRA-2 — Bernardo e Bianca: 14h. (Livre).
Justiça cega: 15h30, 17h30, 19h30, 21h30. (14
anos).
BARRA-3 — De volta para o futuro — Parte III'
13h30,15h30, 17h30. 19h30. 21h30. (Livre).
NORTE SHOPPING 1 — De volta para o luturo
— Parte III: 13h30. 15h30, 17h30, 19h30, 21 h30.
(Livre).
NORTE SHOPPING 2 — Uma escola atrapalha-
da: 14h, 15h50, 17h40. (Livre). Justiça cega:
19h30,21h30. (14anos).
RIO-SUL — Justiça cega: 14h, 16h. 18h, 20h,
22h. (14 anos).
15h50,17h40. (Livre). Dois tiras infernais: 19h40, 15h50,17h40. (Livre). Dois tiras infernais: 19h40, BRUNI-TIJUCA — Não mexa com a minha filha: 15h, 17h, 19h, 21 h. Sábado e domingo, a partir,. .
21h30. (10 anos). 21h30. (10 anos). 15h, 17h. 19h, 21 h. (Livre). das 13h. (14 anos). a ,
STAR-IPANEMA — Não mexa com a minha SAO LUIZ lustiça cega: 14h, 16h, 18h, 20h. CARIOCA — De volta para o futuro — Parte III: MADUREIRA-2 — De volta para o futuro —
filha: 14h, 16h, 18h. 20h, 22h. (Livre). 22h. (14 anos). 13h30,15h30,17h30,19h30. 21h30. (Livre). Parte III: 13h30, 15h30. 17h30, 19h30. 21h30.
STUDIO-CATETE — Deu a louca nos monstros: TIJUCA-1 lustiça cega: 13h30,15h30,17h30, (Livre). > j
19h30, 21 h30. (14 anos). MADUREIRA-3 — Uma escola atrapalhada: 2a,
mCOPACABANA a BOTAFOGO 14h50,16h30.18h10,19h50, 21 h30. (14 anos). 3a e 6a. às 15h30, 17h20. 19h10, 21 h. 4a, 5",
ART-COPACABANA — Lua de cristal: 14h, BOTAFOGO — A moça do véu preto: 14h30, TIJUCA-2 — Dois tiras infernais: 14h10, 16b, sábado e domingo, a partir das 13h40. (Livre).
15h40,17h20, 19h, 20h40. (Livre). 17h35,19h15. (18 anos). UCENTRO 17h50,19h40, 21 h30. (10 anos).
CINEMA-1 — Cinema Paradiso: 15h, 17h10, ESTAÇÃO 1 — Ver a programação em Mostras. CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL — TIJUCA-PALACE 1 — Batman e Robin. a dupla a CAMPO GRANDE .
19h20, 21 h30. (Livre). ESTAÇÃO 2 — Orfeu: de 5» a 2a, às 19h, 21 h. 3a Splendor. 16h30.18h30. 20h30. (Livre). dinâmica: 15h, 17h. (Livre). Sociedade dos poetas
CAMPO GRANDE — Lua de cristal: 14h, 15h40.
CONDOR COPACABANA — De volta para o CINEMATECA DO MAM — Ver a programação mortos: 19h10, 21 h30. (10 anos). 17h20,19h, 20H40. (Livre).
futuro — Parte III: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (Li-
e4a, às 19h. TIJUCA-PALACE 2 — Bernardo e Bianca: 14h,
ESTAÇÃO 3 — Saló — 120 Dias de Sodoma: em Mostras. PALÁCIO — Uma escola atrapalhada: 15h,
vre). METRO BOAVISTA — De volta para o futuro — 15h40. (Livre). Cinema Paradiso: 17h20, 19h30.
16h45,18h30, 20h15. (Livre).
19h30,21 h30. (18 anos). 21h40. (Livre).
COPACABANA — Uma escola atrapalhada: 14h, Parte III: 13h30. 15h30, 17h30, 19h30, 21h30.
15h50, 17h40. (Livre). Dois tiras infernais: 19h40, ÔPERA-1 — Dois tiras infernais: 14h10, 16h, (Livre).
21h30. (10 anos). 17h50,19h40, 21 ti30. (10 anos). MMÉIER MNITERÓI
ODEON — Justiça cega: 13h30, 15h30, 17h30, ART-MÉIER — Uma escofa atrapalhada: 15h30, ARTE-UFF — Hoje: As aventuras de Mr. Hulot no
JÓIA — Bagdad Cafe: 14h50, 16h30, 18h10, ÓPERA-2 — Bernardo e Bianca: 14h, 15h40. 19h30, 21 h30. (14 anos). tráfego louco: 15h30,17h20, 19h10, 21 h. (Livre).
17h20,19h10,21 h.
19h50, 21 h30. (Livre). (Livre). Justiça cega: 17h30, 19h30. 21h30. (14
anos). PALACIO-1 — Dois tiras infernais: 13h40,15h30, BRUNI-MÉIER — (Livre). Delícias do amor livre: 15h, CENTER — Bernardo e Bianca: 14h, 15h40. (Li- iw
RICAMAR — Muito mais que um crime: 14h40, 17h20,19b10,21 h. (10 anos). 16h30.18h, 19h30, 21 h. (18anos). vre). Bagdad Cafe: 17h40,19h20, 21 h. (Livre). *
17h, 19h20, 21 h40. (14 anos). VENEZA — Sociedade dos poetas mortos: de 2a a PALACIO-2 — Uma escola atrapalhada: 13h40, PARATODOS — Lua de cristal: 14h40, 16h20, CENTRAL — Uma escola atrapalhada: 14h,
ROXY — Justiça cega: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. 6a, às 16h50, 19h10, 21h30. Sábado, às 14h30, 15h30, 17h20. 19h10, 21 h. Sábado não haverá a 18h, 19h40, 21 h20. 15h50, 17h40,19h30, 21h20. (Livre).
(14 anos). 16h50, 19h10. Domingo, às 14h30. 16h50, última sessão. (Livre). (Livre).
19h10,21 h30. (10 anos). CINEMA-1 — Não mexa com a minha filha: 15h,
STAR-COPACABANA — Não mexa com a mi- PATHÊ — Lua de cristal: de 2a a 6a, às 12h, 17h, 19h, 21 h. (Livre).
nha filha: 14h. 16h, 18h, 20h. 22h. (Livre). 13h40,15h20,17h, 18h40, 20h20, 22h. Sábado e m RAMOS E OLARIA ICARAl — De volta para o futuro — Parte l/l:
'STUDIO-COPACABANA — Bernardo e Bianca: M CA TETE E FLAMENGO domingo, a partir das 13h40. (Livre). —
. RAMOS Lua de cristal: 4a. 5a, sábado e do- 21 h30. (Livre).
ESTAÇÃO PAISSANDU — Minha vida de ca- REX — Dentro de Marylin: de 2a a 6", às 13h, 6a, mingo, às 14h. 15h40,17h20,19h. 20h40.2a, 3a e 13h30.15h30,17h30,19h30,
14h, 15h40. (Livre). Deu a louca nos monstros:
chorro: 15h30, 19h40. (10 anos). Cotton Club: a partir das 15h40. (Livre). NITERÓI — Dois tiras infernais: 14h10, 16h,
17h40,19h20, 21 h. (14 anos). 15h50, 18h45. Sábado e domingo, às 14h30. 17h50,19h40, 21h30. anos).
17h20, 21 h30. (14 anos). 17h20.19h05. (18 anos). OLARIA — Uma escola atrapalhada: 2a, 3a e 6a, NITERÓI SHOPPING (101 — Kung fu. duelo de -
LARGO DO MACHADO 1 — De volta para o VITÓRIA — Cama cativa do prazer, de 2a a 6a, às àsdomingo,
15h30, 17h20, 19h10, 21 h. 4a, 5a, sábado e
m IPANEMA E LEBLON a partir das 13h40. (Livre). campeões: 14h30, 16h 10, 17h50, 19h30, 21h10.
futuro —Parte III: 14h. 16h, 18h. 20h, 22h. (Li- 13h30, 15h, 16h30, 18h, 19h30, 21 h. Sábado a (10 anos).
CÂNDIDO MENDES — Ursinhos carinhosos II: vre). domingo, a partir das 15h. (18 anos). NITERÓI SHOPPING 2 — Lua de cristal: 14h,
de 4a a 6a, às 16h. Sábado e domingo, às 14h e KMADUREIRA E
LARGO DO MACHADO 2 — Lua de cristal: 14h, 15h40. 17h20,19h, 20h40. (Livre). v:
16h. (Livre). O campo dos sonhos: 18h, 20h, 22h. 15h40,17h20,19h, 20h40. (Livre). ÊÊ TIJUCA JACAREPAGUÁ
(Livre).
LAGOA DRIVE-IN — Muito mais que um crime:
LIDO-1 — Batman e Robin. a dupla dinâmica: AMÉRICA — Uma escola atrapalhada: 14h, ART-MADUREIRA 1 — Lua de cristal: 14h, mSÃO GONÇALO
15h30, 17h30. (Livre). Wariock — O demônio: 15h50,17h40,19h30, 21h20. Sábado não haverá 15h40, 17h20, 19h, 20h40. Sábado não haverá a STAR SAO GONÇALO — Lua de cristal: 14h. v•
20h30, 22h30. (14 anos). 19h40, 21 h30. (10 anos). a última sessão. (Livre). última sessão. (Livre). 15h40,17h20,19h. 20h40. (Livre). <éj
2 — Não mexa com a minha TAMOIO — O sobrevivente: 14h30, 17h50,
LEBLON-1 — De volta para o futuro — Parte III: LIDO-2 — Inimigos, uma história de amor: 15h, ART-TIJUCA — Lua de cristal: 14h. 15h40, ART-MADUREIRA
13h30,15h30. 17h30,19h30. 21h30. (Livre) 17h10. 19h20, 21 h30. (Livre) 17h20,19h, 20h40. 6" não haverá a última sessão. filha: 15h, 17h, 19h, 21 h. (Livre). 21h10. (14 anos). Deu a louca nos monstros: .
LEBLON-2 — Uma escola atrapalhada: 14h. SÂO LUIZ 1 — Uma escola atrapalhada: 14h, (Livre). MADUREIRA-1 — Justiça cega: de 2a a 6a. às 16h20. 19h40. (14 anos).
 JORNAL DO BRASIL
CENSURA LIVRE
Férias...
Antes
do
que
Roni Filgueiras
que não ia
chegar. Mas, final-
mente, eles estão de
PARECIA férias. E fica a per-
gunta: onde levar o garoto pa-
ra se divertir? Nestes dias
frios de julho, as opções se
multiplicam. Um festival de
sorvetes num parque de diver-
sões, uma peça de teatro, um
filme, festa na rua ou um bai-
linho com palhaço e lambada.
As misturas são inusitadas,
mas podem agradar. O mistè-
rio do bolo é a estréia de hoje,
às 16h, no Teatro da Aliança
Francesa de Copacabana.
Uma princesa louca por bolos
ordena ao séquito de cozi-
nheiros que preparem saboro-
sos bolos para a festa de 100
anos do reino. Os bolos miste-
riosamente solam. Quem foi o
responsável? Esse é o misté-
rio que a princesa e seu mago
tentam desvendar. O final é
inesperado e engraçado. A di-
reção é do mimico Josué Soa-
res, as músicas, de Luli e Lu-
cina (a dupla que compôs Vira
vira homem e Bandoleiros,
consagradas na voz de Ney
Matogrosso). O pessoal da
Cia. Triângulo de Teatro de
Bonecos é responsável pela
manipulação do elenco de es-
puma.
y^BtUET
\í* RECOMENDA
tf-
VERÔNICA SABINO/ONTEM DE NOVO —
Show da cantora. 5", às 18h30; 6a, às 12h30 e
18h30; sáb., às 21 h o dom., às 20h. Teatro João
Theotônio, Centro Cultural Cândido Mendes.
Rua da Assembléia, 10/subsolo (224-8622,
r.236). Ingressos a CrS 400,00 e CrS 300,00 (às
12h30).
CAUBY PEIXOTO/SUPERSTAR — Show do
cantor e banda. De 3J a sáb., ás 18h30. Teatro
Rival, Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). Ingressos
a Cr$ 350,00.
TANGOS ETRAGÉDIAS — Show da dupla. 6U e
sáb., ás 24h; de dom. a 4», ás 21h30. Teatro
Cândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63 (267-
7295). Ingressos a CrS 400,00. Até dia 18 de
julho.
MR.JAZZ — Show com a Cia. de Dança Fim de
Século e a Rio Jazz Orchostra. De 4" a 6a, ás 21 h;
sáb., às 20h e 22h30; dom., ás 19h. Teatro Villa•
Lobos. Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). In-
gressos a CrS 500,00 (da 5" a dom.) e CrS 600,00
(6a e sáb.). Até dia 15 de julho.
BETO BARBOSA — Show de lambada com o
cantor. De 5" a dom., âs 21 h. Canecào. Rua Ven-
ceslau Braz, 215 (295-3044). Ingressos a CrS
1.000,00 e CrS 1.500,00.
DEZ ANOS DE JOANA — Show da cantora. De
5*1 a dom., às 19h. Teatro Suam, Praça das Nações,
247 (270-7082). Ingressos a CrS 400,00.
TEATRO IPANEMA — Show com as bandas
Ultimo Reduto, Bel e Espelho e Cia. As 21 h. Rua
Prudente de Morais, 824 (247-9794). Ingressos a
CrS 300,00.
UMA MULHER CHAMADA TOMMY — Show
da cantora. 6-' e sáb., às 22h; dom., às 21 h. Casa de
Cultura Laura Alvim. Av. Vieira Souto, 176 (267-
1647). Ingressos a CrS 300,00.
MARCOS SOUZA — Show do tecladista. Às
21 h30. Avatar, Rua Gal. Dionlsio, 47 (266-1289).
Ingressos a CrS 300,00.
CIRCO VOADOR — Show de lambada com o
cantor Djalma OLiveira e o grupo Terra. As 22h.
Arcos da Lapa, s/n°. Ingressos a CrS 300,00.
ADOTE WELL — Show do cantor e do grupo
Seguro de Vida. As 18h30. Teatro Ziembinski. Rua
Urbano Duarte, 30. Metrô São Francisco Xavier
(228-3071). Ingressos a CrS 200,00.
RAIMUNDO NICIOLI E KIM RIBEIRO — Show
de flauta a violão. As 21h30 e dom., ás 20h.
Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Humaitá, 163
(266-0896).
a PAGODES E GAFIEIRAS
FORRÓ DO LEBLON — 3U, Johnny Clay Show;
4" e dom., a Banda Regue da Bahia Brilho do Som.
5°, Zé da Onça e Sua Gente. A partir das 22h, na
Rua Bartolomeu Mitre. 630. Ingressos de 3» a 5J:
CrS 50,00 (homens); mulheres não pagam. De 6a a
dom. CrS 70.00 (homens) e CrS 30.00 (mulheres).
ELITE CLUBE — Programação: 6" e sáb . às 23h,
e dom., ás 21 h, conjunto Turma da Gafieira. Rua
Frei Caneca, 4 (232-3217). Ingressos a CrS 60,00,
homem e CrS 50,00, mulher (5») e CrS 30,00,
mulher e CrS 40,00, homem (de 6J a dom.).
ESTUDANTINA MUSICAL — Programação:
apresentação da orquestra de Agostinho Silva. 5a,
ás 22h. Orquestra Reverson. 6-' e sáb., às 23h. Pça!
Tiradentes, 79 (232-1149). Ingressos a CrS 150,00
e mesas a CrS 200,00.
PAGODE DO NOEL — Todos os sábados, a
partir de 14h, com o grupo Suingue. Centro Cultu-
ral Noel Rosa. Av. 28 de Setembro, 109. Entrada
franca.
1 REVISTAS
A VEDETE DO SUBÚRBIO — Texto de José
Maria Rodrigues e Ronaldo Grivet. Direção
José Maria Rodrigues Com Gina Teixeira, de C.
Maia, Carlos Eduardo e outros. Teatro Sesc de
Madureira. Rua Ewbank da Câmara, 90 (350-
9433). 6a e sáb., às 21 h; dom., às 20h. Ingressos a
CrS 300,00. Até dia 29 de julho.
É MOLE OU QUER MAIS ? - Texto direção
de Brigitte Blair. Com Clovis Gierkens, e Patrícia
Blair e grande elenco. Teatro Brigite
Senador Dantas. 13 (220-5033) De 5'Blair II Rua
a dom , às
21 h Ingressos a CrS 300.00
FOLIA TROPICAL — Roteiro de Rogéria, Fábio
Pillar e Franncis Mayer. Direção
Com Rogéria, Marlene Casanova e degrande Fábio Pillar.
Teatro A/aska, Av. Copacabana, 1.241 elenco.
9842). 6" e sáb., ás 21h30; dom., às 19h. Ingres-(247-
sos a CrS 400,00. O espetáculo começa
mente no horário. Até dia 29 de julho. rigorosa-
NOITE DOS LEOPARDOS — Show erótico com
O travesti Eloina e modelos masculinos.
Alasca. Av Copacabana, 1241 (247-9842) Teatro
dom., às 21 h30, 6a e sáb., 24h. Ingressos a 5"CrSe
400.00 (5") e CrS 450,00 (de 6a a dom.)
SEXY BOYS — Texto e direção de Brigitte Blair
Show de rapazes sensuais. Apresentação de Mar-
Iene Casanova Teatro Brigitte Blair II. Rua Sena
tarde
nunca
O Parque Playtoy da Barra
(Av. Alvorada, 2150) progra- Vf,
mou para este mês o Festival
de Sorvete, aproveitando para
inaugurar sua pista de mini-
bugres. Quem comprar o in-
gresso ganhará um picolé na
hora. O eclético Cineclube Es-
tação Botafogo ataca de novo
11.
II. "*¦*
de curtas de animação. São
Os canadenses animados II— Wk.
H|: Tfer
A vez das crianças pequenas:
nove filminhos recomendados BMfe
para os pimpolhos a partir de «¦ ii -
dois anos. Em se tratando de
animação, os americanos do
extremo Norte são imbatí- ~~
veis. Já estava demorando. A ^—1—. -Wfe. . ¦-
lambada infantil promete r~^
barrar em entusiasmo a dos
adultos. O palhaço Melancia
pegou da coqueluche lamba-
deira, misturou alguns núme-
ros circenses e criou o show O
palhaço Melancia no festival \
tbI,
da lambada. Serão três horas
de suor e lágrimas de risos no
Country Club de Caça e Pesca
(Av. Sernambetiba, 4270 —
325-2195), a partir das 17h de
domingo. Outro ritmo regio-
nal vai animar a Festa do boi,
promovida pelo grupo Tear: é
o forró. Dança, contadores de
histórias e várias oficinas
(colagem, desenho, pintura, pflk|l ?OTH. ,
barro, brincadeiras e jogos)
são os programas de amanhã, H- r. i <¦
a partir das 9h, na Rua Artur /' 338 1 ' ' • >' • ' IsrosffiPi®
Menezes — Maracanã. E de -.L——
graça. \ ¦
dor Dantas, 13 (220-5033). 5», 6a e dom., ás
18h30; sáb., à? 24h. Ingressos a CrS 350,00.
ME ENGANA QUE EU GOSTO — Texto e dire-
çào de Brigitte Blair. Com Luis Valentim, Gigi Saint
Cyr, Jorge Rosa Júnior e outros. Teatro Brigitte
Blair I. Rua Miguel Lemos, 51 H (521 -2955). De
5a a dom., ás 21 h30; Ingressos a CrS 400,00.
E VIVA A VIDA — Texto e direção de Walter
Costa. Com Mauro Rosas, Pamela Costa, Bianca
Blonde e outros. Teatro Brigitte Blair II. Rua Sena-
dor Dantas. 13 (220-5033). 5"s e 6»s, às 24h: sáb.,
às 18h15. Ingressos a Cr$ 500,00.
KIRIAKI NA SUCATA E CIA — Texto de Fer-
nando Reski. Direção de Edson Farr. Com Kiriaki,
Lorna Washington, Danger Júnior e outros. Centro
de Artes Calouste Gu/benkian, Praça Benedito Hi-
pólito, 125 — Praça Onze. 6»s e sâb„ ás 21 h.
Ingressos a CrS 350,00. Até dia 28 de julho.
tt HUMOR
JUCA CHAVES/VERGONHA - Show do hu-
morista. Golden fíoom do Copacabana Palace, Av.
N. Sra. de Copacabana, 291 (255-7070). 5", às
22h30, 6a e sáb., ás 23h; Ingressos
a CrS 999,00
(5") e CrS 1.499,00 (6a e sáb). Até dia 21 de
julho.
DERCY GONÇALVES/BURLESQUE — Show
da humorista. Texto e direção de Dercy Gonçalves.
- Teatro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135).
De 5a a sáb., às 21 h; dom., às 19h. Ingressos
450,00 (5* e dom.) e CrS 500,00 (6a e sáb.).a Até CrS
dia 29 de julho.
SÉRGIO RABELLO E O CONCERTO DES-
CONCERTANTE — Apresentação do humorista
Sérgio Rabello. Teatro da Lagoa. Av. Borges de
Medeiros, 1426 (274-7999). 6» e sáb., ás 21h30;
dom., ás 20h. Ingressos de 6» e dom., a CrS
500,00; sáb. a CrS 600,00. Até dia 29 de julho.
JOÃO KLEBER/RIR...O MELHOR INVESTI-
MENTO — Show do humorista. Direção Chi-
co Anysio. Teatro da Cidade. Av. Epitácio dePessoa
1664 (247-3292). De 6° e sáb., às 21h30; dom.,
às 20h30. Ingressos a CrS 600,00 (16 anos).
AGILDO RIBEIRO — Show do humorista. Texto
de Agildo Ribeiro e Gugu Olimecha. 6° e sáb., ás
21h30; dom., às 20h. Teatro Cawell, Rua
bargador Isidro, 10 (238-6000). IngressosDesem- a CrS
700,00.
ANDRÉ LUCAS/COM LICENÇA ESTOU
CHEGANDO — Show do humorista.
direção de Chico Anísio. As 22h. Cuco's. Texto e
do Dendê. 1246 (393-8032). Ingressos Estrada a CrS
500,00.
ANKITO/QUEM 0...NA MINHA MULHER —
Texto e direção de Ankito. 6» e sáb., ás
ás 20h. Teatro do Sesc de Niterói, 21Ruah e dom.,
Padre
Anchiota, 56 (719- 9119). Ingressos a CrS 300,00.
Upara dançar
NOITES CARIOCAS — Duas pistas de dança
com ritmos tropicais e rock, crepérie, restaurante e
lanchonete. 6a e sáb., a partir de 22h. Morro da
Urca. Ingressos a CrS 500,00.
BABILÔNIA — Discoteca a cargo de Tony d'Car-
Io e Robson Vidal. De 4a a dom., às 22h30. Ingres-
sos a CrS 250,00 (mulher) e 300,00 (homem).
Matinê, sáb. e dom., âs 16h. Av. Afrânio de Melo
Franco, 296 (239-4835) Ingressos a CrS 200,00.
BALI BAR — Apresentação de vídeos e música
para dançar com o discotecário Anwar. De 5a a
dom., às 22h. Dom., o discotecário Fernando Cos-
ta. Estrada da Barra da Tijuca, 1636 (399-3460).
Ingressos a CrS 300,00.
PSICOSE — Música mecânica e vídeos. Discote-
ca a cargo de Walter. De 4a a dom., a das 22h
e vesp. de dom., às 16h. Rua Mariz e partir
Barras, 1050
(284-1796). Ingressos a CrS 200,00, homem e Cr?
130,00, mulher (de 4a a 6a e dom.) e CrS 220,0C,
homem e CrS 150,00, mulher (sáb.); vesperal de
dom., a CrS 120,00.
CARINHOSO — Música para dançar com a ban-
da da casa e o conjunto da cantora Dora. Diaria-
mente a partir, das 22h. De 2a a sáb., às 24h, o
cantor Pedrinho Rodrigues. Rua Vise. de Pirajá, 22
(287-0302). Couvert de dom. a 5a a CrS 300,00 e
6a, sáb. e véspera de feriado a CrS 500,00.
HELP — Discoteca a cargo de Tom, André e Adão.
Av. Atlântica. 4332 (521-1296). Diariamente a
partir das 22h. Ingressos a CrS 450,00.
ZODÍACO — Música de fita para dançar. Av.
Sernambetiba, 1996 (399-0375). Consumação de
dom. a 5a a CrS 195,00; 6a, sáb. e véspera de
feriado a CrS 390,00.
ZOOM — Lambada com Naum e o Brilho da Lua.
Todas as 4as., a partir das 22h. Discoteca com
Gustavo de Caux e Aires Diógenes. De 4a a dom.,
ás 22h e vesp. dom., às 16h e 20h. Lgo. de S.
Conrado, 20 (322-4179). Ingressos a CrS 150,00
(homem) e CrS 120,00 (mulher).
LEON S DISCO — Discoteca e música ao vivo,
com o discotecário Edinho. De 5a a dom., às 21 h; e
vesp. sáb. e dom., ás 15h. Travessa Almerinda
Freitas, 42 (359-0277). Ingressos 5a a CrS 2,00; 6a
a CrS 20.00 (homem) e CrS 10,00 (mulher); sáb. a
CrS 25,00 (homem) e CrS 15,00 (mulher); dom. a
CrS 10,00; vesp. de sáb. e dom. a CrS 8,00.
VINÍCIUS — Música ao vivo para dançar, a partir
das 22h, com a Bigband e os cantores Regina
Falcão, Cássia e José Carlos. Av Copacabana,
1144 (267-1497). Couvert de dom a 5a a CrS
110.00, 6a. sáb e véspera de feriado a CrS 170,00
ROTEIRO
-<f¦.
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'Sir
jaHK* ' de Eduardo Martini. Teatro Clara Nunes. Rua Mar- Veltri e Paulo César. Direção de Jorge Luiz Rodri-
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—-—is O mistério
\3 \fl do bolo
\? estréia hoje,
r às 16h, na
Aliança
Francesa de
Copacabana
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Será
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ilusão? faz
f mM9f\ mostra desenhos
de
t 4
animados
canadenses
no Estação
SOBRE AS ONDAS — Música ao vivo para
dançar, diariamente a partir das 21 h, com a banda
de Beto Godoy e o quinteto de Miguel Nobre e a
cantora Cacy. Av. Atlântica, 3432 (521-1296).
Couvert de dom. a 5a a CrS 120,00 e 6a, sáb. e
véspera de feriado a CrS 190,00. Consumação 6a,
sáb. e véspera de feriado a CrS 120,00.
COLUMBUS — Discoteca a cargo de Amândio
da Hora e Nino Cario. Diariamente, a partir das
22h. Matinê, dom., a partir das 16h. Rua Raul
Pompéia, 94 (521 -0279). Ingressos a CrS 400,00
(de 2a a 5°) e CrS 500,00 (6a, sáb. e véspera de
feriado) e matinê a CrS 140,00.
MR MERENGUE — Diariamente, a partir de 22h,
lambada, salsa e merengue. A cargo de Luiz Fer-
nando. Rua Raul Pompéia, 94 (521-0279). In-
gressos a CrS 400.00 (de dom. a 5a) e CrS 500,00
(6a, sáb. e véspera de feriado. Matinê de dom
16h, a CrS 140.00.
MBARES
MOREIRA DA SILVA — Show do cantor. De 4a
a sáb., âs 23h. Couvert a CrS 500,00 (4a e 5a) e CrS
600,00 (6a e sáb.). Jaumanio. Av. Rainha Eliza-
beth, 769 (227-2447).
EDUARDO CONDE — Show do cantor e banda.
De 4a a sáb., ás 22h. Couvert a CrS 500,00
e
5a) e CrS 600,00 (6a e sáb.). Consumação a(4aCrS
500,00. Após o show Mistura Dancing. Mistura
Up. Rua Garcia D'Ávila, 15 (267-6596).
RICARDO SILVEIRA — Show do guitarrista e
banda. 5a, ás 22h; 6a e sáb., âs 23h; dom., ás 21 h.
Couvert a CrS 550,00 (5a e dom) e CrS 650,00 (6a
e sáb.). Rio Jazz Club, Rua Gustavo Sampaio, s/n°
(541 -9046). Até dia 22 de julho.
CARLOS COLLA — Show do cantor e composi-
tor. De 4a a sáb., ás 23h. Couvert a CrS 700,00 (4a
e 5a) e CrS 800,00 (6a e sáb). Un-Deux-Trois.
Bartolomeu Mitre, 123 (239-0198). Até dia 14 de
julho.
BENITO DE PAULA/FAZENDO PAIXÃO —
Show do cantor e banda Tempero. 4a e 5a, às
21 h30; 6a e sáb., às 22h30; dom., às 20h. Ingres-
sos a CrS 400,00 (4a, 5a e dom) e CrS 500,00 (6a e
sáb). Asa Branca, Av. Mem de Sá, 17 (242-7066).
DANILO CAYMMI E PAULO MALAGUTTI —
Show do cantor e do tecladista. De 5a a sáb., ás
23h. Couvert a CrS 350,00 (5a) e CrS 500,00 (6a e
sáb.). Vinícius Piano Bar, Rua Vinícius de Moraes,
39 (287-1497). Até dia 14 de julho.
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Hoje DANILO CA YMMl no
• Diariamente: Rosane Sabença e banda
Rua Vinícius de Morais. 39 - Ipanema - Te!.: 287-1497
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NANA CAYMMI — Show da cantora e banda.
De 4a a sáb.. às 22h30. Couvert a CrS 500,00 (4a e de Caio de Andrade. Direção de João Gomes liévre et Iadestortue).
5a) e CrS 650,00 (6a, sáb. e véspera de feriado).
Música ao vivo depois do show. Peopfe, Av. Bar-
tolomeu Mitre, 370 (294-0547).
TRIBUTO A LOUIS ARMSTRONG — Show do
grupo Old Friend Jazz Band. De 5a a sáb., às 23h.
Couvert a CrS 500,00. Jakui, Av. Prefeito Mendes
de Morais, 222 (322-2200). Até dia 21 de julho.
LUIS CARLOS VINHAS — Show do
3a a sáb., a partir de 21 h. Couvert a CrS pianista.
250,00 (325-5844). Sáb., dom. e feriados, ás 16h. Ingres- 3292). Cidade,
2a a 5a) e CrS 350,00 (6a e sáb.). Consumação(dea
CrS 250,00 (de 2a a 5a) e CrS 350,00 e sáb.).
Piano bar do São Conrado Palace Hotel,(6a Av Nie-
meyer, 776 (322-0911).
CASARÃO — Show com o tecladista Ed Lincoln
e banda. De 4a a sáb., a partir de 21 h; dom., a partir
de 17h. Couvert a CrS 500,00. Av. Quintino Boca-
yuva, 679 (710-0505). Praia de Charitas — Nite-
rói.
RUY FARIA/ TEMPO LIVRE - Show do cantor.
6» e sáb., ás 23h. Couvert a CrS 400.00 e consu-
mação a CrS 200,00. Duerê, Estrada Caetano
Monteiro, 1,882 (710-3435) — Niterói.
TRIVOLY — Show dos cantores Tatiana, Denise.
Luis Camilo e Roberta. 6a e sáb., ás 22h; dom., ás de Frei Luís. Maiores de 60 anos não pagam. Lar
20h. Couvert a CrS 180,00 (6a e sáb.) e CrS 130,00 MEIA VOLTA VOU VER — Texto e direção de M CIRCO
(dom.). Rua Bulhões Marcial, 125 (391 -4238).
MÔNACO — Show da cantora Lana Bittencourt.
De 5a a sáb., âs 23h. Couvert a CrS 400,00. Rua
Miguel Lemos, 18b (521-0195).
BÚFFALO GRILL — Música ao vivo, a
20h. Show de Deli (voz). Jotan (violão) e partir
Fernan-
do (piano). Couvert de dom. a 5a, a CrS 200,00; de CEClLIA — Baseado em textos de Cecília Meire- cadeira lateral a CrSCadeiras
6a e sáb., a CrS 300,00. Rua Rita Ludolf, 47
(274-4848).
OLD VIC — Show com o cantor Wil Botelho. De
4a a dom., a partir de 21 h30. Couvert a CrS 60,00.
Av. N. Sra. Copacabana, 7 (275-4099).
L'AGE D'OR — Show do Grupo Geribanda. To- JB
dos os sábados, a partir de 23h. Couvert a CrS
150,00. Estrada da Barra da Tijuca, 3.130 (399-
7866).
BACO — Show do cantor e violonista Renato
Vargas. Diariamente, âs 22h30. Couvert a CrS
50,00. Av. Ataulfo de paiva, 1.235 (294-0047).
SOBRE AS ONDAS — Diariamente, a partir- de
21 h a banda de Miguel Nobre, com os cantores
Roberto San e Cacy, revezando-se com a banda de
Beto Godoy. Couvert a CrS 330,00 (de dom. a 5a)
e CrS 550,00 (6o, sáb. e véspera de feriado). Av.
Atlântica, 3.432 (521-1296).
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sábado, 14/7/90 o CADERNO B o 7
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O MISTÉRIO DO BOLO — Texto de Leila Carva-'" Ingressos a CrS 200,00. A criança que levar uma
lho e Josué Soares. Adaptação da obra homônima, de Cecília Meireles terá 40f% de desconto.
do grupo Trampolim. Teatro da Aliança Francesa Opoesia CIRCO MÁGICO DE PROVOLONE. GOIA- '
de Copacabana, Rua Duvivier, 43 (541-9497). BADA
Sáb., às 16h 0 17h30; dom., âs 16h. Ingressos a HenriqueE GUARANÁ — Texto e direção de Cario*
CrS 250,00. Casanova. Teatro Tereza Rachei Rua
O CAVALINHO PINOTE — Texto e direção de dom., Siqueira Campos, 143 (235-1113). Sáb., At 17h; • • •
João Damasceno. Centro de Artes Calouste Gul- O IMPERADOR ás 16h. Ingressos a CrS 350,00. Até dia 29.
benkian, Rua Benedito Hipólito, 125 (221-6213) Carlos Aquino. DAS ESTRELAS — Texto d*
— próximo à Pça. XI. Sáb. e dom., às 17h. Ingres- Direção de Hugo Sandes. Teatro
sos a Cr$ 200,00. Quem trouxer este anúncio, terá do Colégio Estadual Pedro Alvares Cabral, Rua
República
20% de desconto. Até dia 5 de agosto. do Peru, 104, Sáb. e dom., ás 17h. >'
Ingressos
O MÁGICO DE OZ — Texto de Cláudia Torres e desenho dea CrS 100,00. A criança que levar uni
cometa terá 30% de desconto no in-
Leão Marcos Leibovich. Direção de Leão Marcos
Leibovich. Com o grupo Censura Livre. Teatro da gresso.
Hebriica, Rua das Laranjeiras, 346 (245-8044). REBECA, A BRUXINHA ENCANTADA — Tex-
Hoje e amanhã, ás 16h30. Ingressos a Cr» 500,00 e to e direção de Limachem Cherem. Teatro Óperon,
CrS 350,00 (sócios levando este anúncio). Rua Sargento João Lopes, 315 (393-9454). Sáb.
TARÔ-BEQUÊ — Texto de Márcio Souza. Dire- epanhante dom., ás 17h30. Ingressos a CrS 200,00. Acom-
não paga. Quem levar um desenho da
ção de Waldez Ludwig. Teatro Posto 6, Rua Fran- bruxinha terá desconto de CrS 50,00.
cisco Sé, 51 (287-7496). Sáb. e dom., és 18h.
Ingressos a CrS 200,00. Até dia 29 de julho. CINDERELA — ESSA HISTÓRIA VAI MEXER
COPÉLIA — Texto de Marília Gama Monteiro. COM VOCÊ — Texto e direção de Márcio Menta.
Direção de Lúcia Coelho. Espaço Versátil Ballet Com o grupo Tem Que Dar Certo. Teatro Sesc ,
Dalal Achcar, Estrada da Gávea, 899 — São Con- dom., Madureira, Rua Ewbank da Câmara, 90. Sáb. e
rado Fashion Mall. Sáb. e dom., ás 16h e 17h. de ás 16h. Ingressos a CrS 150,00. Até dia 29 ' '
Ingressos a CrS 350,00. julho. -<.i
CINDERELA — Musical de José Wilker. Direção O CANTO DA NATUREZA — Texto de Infis
ques de São Vicente, 53 (274-9696). Sáb., às 17h; gues. Com o grupo D'Artes. Teatro Sesc Engenho '
e dom., ás 16h. Ingressos a CrS 350,00.0 espetá- de Dentro, Rua Amaro Cavalcante, 1.661 (249-
culo começa rigorosamente no horário. 1391). Sáb. e dom., âs 17h. Ingressos a CrS •,
O PATINHO FEIO — Texto de Maria Clara Ma- 150,00. Até dia 29.
chado. Direção de Toninho Lopes. Teatro Tablado, OS TRÊS —MUSOUITEIROS E A PRINCESA
Av. Lineu de Paula Machado, 795 (294-7847). REBELDE Texto e direção de Jorge Rosa Jr. '
Sáb. e dom., ás 17h. Ingressos a CrS 200,00. Até Teatro Brigitte Blair 1, Rua Miguel Lemos, 51-H
agosto. (521-2955). Sáb. e dom., âs 16h. Ingressos a CrS 1
A ROUPA NOVA DO REI — Texto de Hans desconto. 300,00. Quem trouxer este anúncio, terá 20% de
Christian Andersen. Adaptação e direção de Leo-
nardo Simões. Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias, O SOLDADINHO DE CHUMBO NO MUNDO '
9 (717-8080). Sáb. e dom., âs 16h. Ingressos a CrS DOS SON HOS — Texto e direção de Jorge Rosa
250,00. Jr. Teatro Brigitte Blair 1, Rua Miguel Lemos.
CLARABÔIA — POR ONDE SE ESCAPA — 51-H (521-2955). Sáb. e dom., âs 17h. Ingressos
Texto de Oscar Marques. Direção de Ivana Leblon. de a CrS 300,00. Quem trouxer este anúncio, terá 20% ",
Teatro Benjamin Constant, Av. Pasteur, 350 desconto.
3448). Sáb. e dom., às 17h30. Ingressos (295- a CrS O CHAPEUZINHO VERMELHO - Texto e di- '
250,00. Assinantes do JORNAL DO BRASIL terão reção de Jorge Rosa Jr. Teatro Brigitte Blair /.Rua
20% de desconto. Miguel Lemos, 61 -H (521 -2955). Sáb. e dom., às
18h. Ingressos a CrS 300,00. Quem trouxer este-*
A VOLTA DO CAMALEÃO ALFACE — Texto anúncio,
de Maria Clara Machado. Direção de Vivaldo Fran- terá 20% de desconto.
co e Gilson de Barros. Teatro Barrashopping, Av. NUNCA DIGA NAO A SUA IMAGINAÇÃO — .
das Américas, 4.666 (325-5844). Sáb. e dom., âs Texto de Tiago Gonçalves. Direção de Jota Diniz.'». »
17h30. Ingressos a CrS 300,00. Até dia 26 de Teatro Cawell, Rua Desembargador Isidro, 10
agosto. (238-6000). Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS 4
A CASA DE CHOCOLATE — Texto de Nazi 250,00. Até dia 29 de julho. ~
Rocha. Direção e adaptação de Vivien Rocha. Tea- DEU BODE... NA CASA DA ONÇA — Texto e
tro de Bolso Aurimar Rocha, Av. Ataulfo de Paiva, direção de Carlos Adib. Teatro Grande Otelo, Rua '' '
269 (294-1998). Neste mês, aos sáb., dom. Clerimundo de Melo, 847 (269-8132). Sáb. e '
feriados, às 16h e 17h30. Ingressos a CrS 500,00.é dom., às 16h. Ingressos a CrS 150.00. Até dia 29.
Quem lever este anúncio, terá 20% de desconto. MEU JARDIM. MINHA FLORESTA - Texto e
UMA PITADA DE SORTE — Texto de Alice direção de Chico Francis. Teatro César Fabbri, Av.
Reis. Direção de Dudu Sandroni. Teatro Cândido Engenheiro Richard, 83 (577-2365). Sáb. e dom.,
Mendes, Rua Joana Angélica, 63 (267-7098). às 16h. Ingressos a CrS 200,00. Quem levar um.,„
Sáb. e dom., âs 17h. Ingressos a CrS 250,00. O desenho de índio terá 20% de desconto. Até dia 29
espetáculo começa rigorosamente no horário. Não de julho.
será permitida a entrada após o inicio.
OS DESENHOS ANIMADOS — Texto de Dione M CINEMA "
Camargo. Direção de Paulo Afonso de Lima. Com OS CANADENSES ANIMADOS II — A VEZ
Flávia Monteiro. Tessy Callado e elenco. Teatro DAS CRIANÇAS PEQUENAS — Coletânea de
Sesc Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539 (208- curtas da Filmoteca do Canadá. Seri ilusão? (Ilu-
5332). Sáb. e dom,, ás 17h. Ingressos a CrS sion?), Duelo (Duel-Duo), Metamorfoses (Meta-
250,00. A criança que levar um agasalho, terá 30% morphoses), Tchou-tchou, Penas de outono (Fine ;
de desconto. feathers), Quarteto de gatos (Catuor), O céu é azul
A MÁGICA AVENTURA AFRICANA - Texto création (The sky is blue), A criação dos pássaros (La
oiseaux) e A lebre e a tartaruga (La
Estação 3 (Rua Voluntários da
Rego. Teatro Sesc São João de Meriti, Av. Auto- Pátria, 88 — 286-6149):
móvel Clube, 66 (756-4616). Sáb. e dom., ás 16h. 17h30. (Livre). hoje e amanhã, âs 16h e •
Ingressos a CrS 200,00. Até dia 29.
TISTU O MENINO DO DEDO VERDE —Texto
de Maurice Druon. Tradução e adaptação de Oscar Ml SHOW
Felipe e Neyde Mendonça. Direção de Ivan Merli- Show DANIEL AZULAY — PINTANDO O SETE —
no. Teatro Barrashopping, Av. das Américas, 4.666 tro da com o desenhista e seus personagens. Tea-
De Av. Epitácio Pessoa, 1.664
Sáb. e dom., ás 17h30. Ingressos (247-
sos a CrS 500,00. Acompanhantes com duas ou 200,00. a CrS
mais crianças têm 40% de desconto. O espetáculo
começa rigorosamente no horário.
BRINCANDO DE VIDA — Musical. Texto e dire- tÊEXTRAS
ção de Mongol. Teatro Vannucci, Rua Marquês de MUNDO DOS DESAFIOS — Gincana de jogos:. ..
S. Vicente, 52 (239-8545). Sáb. e dom., às 16h. batalha naval, jogo da velha, cama de gato, entre (
Ingressos a CrS 300,00. Quem trouxer 1 Kg de outros. De 2" a sáb., das 11 h âs 20h. Norteshop-
alimento não perecível, pagará CrS 200,00. Maio- oing, Av. Suburbana, 5.474 — Del Castilho.
res de 60 anos não pagam. Até
dia 28 de julho.
APENAS UM CONTO DE FADAS — Musical JARDIM ZOOLÓGICO — 2.400 animais entre
de Eduardo Tolentino. Direção de Fernando Carre- répteis, aves e mamíferos. Parque da Quinta da
ra. Teatro Vannucci, Rua Marquês de S. Vicente, Boa Vista, s/n° (254-2024). De 3a a 6', das 9h ás
52 (239-8545). Sáb. e dom., às 17h30. Ingressos 16h30; sáb. e dom., das 9h às 17h30. ingressos a
a CrS 300,00. Quem trouxer 1Kg de alimento não CrS 150,00. Entrada franca para criança
até um ^ <
perecível, pagará CrS 200,00. Em beneficio do metro de altura.
Helvécio Alves Jr. Teatro Villa-Lobos - Sala Mon-
teiro Lobato, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). GRAN BARTHOLO CIRCUS — Atrações inter-
De 5a a sáb., às 17h30; dom., âs 16h30. Ingressos nacionais como o Fabuloso African Show e o
a CrS 250,00. Adulto, acompanhado de três ou Show dos Pombos Austríacos. De 3" a 6\ ás 21 h;
5», às 17h30 e 20h; sáb., ás 15h. 17h30 e 20h:
mais crianças, não paga. Não será a dom.,
entrada após o início do espetáculo. Atépermitida
de
dia 29. ás 10h, 15h, 1 7h30 e 20h. Praça Onze. Tels:
242-8228/8691.
populares a CrS 250,00;
500,00 (adulto) e CrS 300,00
les. Adaptação de Carlos Augusto Nazareth. Dire- (criança); cadeira central
ção de Alice Koenow. Teatro Galeria. Rua Senador CrS 400,00 (criança); camarote a CrS 700,00 (adulto) e
Vergueiro, 93 (225-8846). Sáb. e dom., ás 17h 4.000,00. de 4 lugares a CrS
PRE-ESTREIA 50%c« DE DESCONTO
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com um recurso a mais.
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ROTEIRO

— da emissora: 292-0012 SUPERCANAL

a CANAL 2—TV Educativa. Telefone
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8h REENCONTRO — Mensagem reli- 15h LANTERNA MÁGICA — Cinema de 1ESPN TJHF 48
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giosa com o Pastor Fanini animação para a televisão
8h30 TELECURSO 1o GRAU — Educati- 16h CIRANDA— Musical. Hoje: a canto- 6h30 GINÁSTICA —— Treinamentomovimen- básico
vo ra Rita Peixoto, a banda Torah Torah, 7h AERÚBICA Corpos em
9h45 TELECURSO 2o GRAU — Educati- o compositor Benito de Paula e o pia- to
7h30 ESPORTES AQUÁTICOS
VO nista Guto
11 h QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 17h SPORT MOTOR — Programa sobre 8h30 SÉRIE VARIEDADES
ESPORTES JOVENS
— Educativo máquinas e motor. Apresentação de 9h BASEBALL ESPN — LIGA SÊ-
— Documentá- Jorge Helal 10h
11 h30 ESTAÇÃO CIÊNCIA —Agenda NIOR
rio científico 17h30 CADERNO 2 nacional de
13h CORRIDA DE HIDROAVIÕES
violência 12h I LOVE YOU — Aulas de inglês com espetáculos
— 14h GOLFE — Turnê PGA Sêniors
Márcia Krengiel 18h30 ARTE DE VER, ARTE DE OUVIR
bando de matutos. Mais bruto e menos talentoso que 12h30 FRANCE EXPRESS Revista sobre — Programa cultural 16h BOLICHE PBA
Rogério Durst Boorman, Hill faz um espetáculo tenso, agressivo e
DE VIO- 18h FESTIVAL OLÍMPICO AMERICA-
atualidades e cultura da França 19h30 MEMÓRIA BRASILEIRA NO 1990 — Atletismo, mergulho>e
descerebrado que não pode deixar de agradar aos estô- — —
LÕES Musical. Hoje: André Gerais-
é a tônica da noite. E poderia ser magos mais fortes. Em Quando explode a vingança, a 13h IMAGENS DA ITÁLIA Revista vôlei
o sobre atualidades e cultura da Itália sati 20h JORNAL DO ESPORTE .
pior se a Globo não tivesse substituído violência é apenas um de muitos exageros, dos quais o 13h30 TOME CIÊNCIA — Noticias e repor- 20h30 NAÇÕES UNIDAS — Informativo da 20h30 SEMANA ILUSTRADA DE MOTO-
trabalhismo linha-dura de Sindicato da vio- diretor Sérgio Leone tanto gostava. A história de dois tagens sobre ciência e tecnologia no ONU RES *
VIOLÊNCIA lência, com Charles Bronson, pelo humor bandidos que acabam revolucionários mexicanos é só Brasil e exterior. Hoje: a tecnologia na 21 h REDE BRASIL—SÁBADO —Nòti- 21 h AUTOMOBILISMO — Saturday
exorcizado de Maxie, com Glenn Close antes da faina. desculpa
para o cineasta fazer uma folia de humor e política industrial ciârio Night Thunder
Mas restam três gostosos exemplares de crueza e bru- pirotecnia. Um filme tâo intraduzível quanto seu titu- 14h REAL IDADE — Programa dedicado 21h30 TELECINE BRASIL — Mostra Ma- 22h FESTIVAL OLÍMPICO AMERICA-
talidade. A Globo mostra O confronto final (Southern sucker. aos idosos. Apresentação de Lúcia rieta Severo NO 1990 —Atletismo, mergulho, há-
confort, EUA, 1981), de Walter Hill, e Quando explode lo em inglês, Duck you Abreu 22h30 SÁBADO ABERTO — Revista cultu- 24h quei e ginástica olímpica
Já em No mundo de 2020 a grande violência acon- BOLETIM DO BASEBALL
cl vingança (Giú la testa, Itália, 1971), —de Sã-o Sérgio tece contra o originalíssimo romance de Harry Harri- 14h30 EDUCAÇÃO EM REVISTA— Pro- ral, música e entrevistas
— 0h30 GO.LFE — Ppr dentro da Turnô PGA :-
Leone. E na Bandeirantes tem a reprise por mais que a
grama dedicado professores do 1o 0h30 ANDRÉ PREVIN IN CONCERT
afirmem que é inédito — de No mundo de 2020 (Soylent son. A concepção visual do filme até que é fiel ao grau. Hoje: gravidez na adolescência !• Sinfonia de Prokofiav -
futuro repelente e superpopuloso no qual velhos sâo mRAISHF
green, EUA, 1973), de Richard Fleischer.
— inédito noB cinemas é uma carniça e jovens são alimentados com uma pastilha Telefona da emisaora: 529-2857 7h30 TELEGIORNALE
O confronto final
a trama de Amargo pesa- bem estranha..Mas a direção de Richard Fleischer é tf CANAL 4 —TV Globo 8h EUROPA EUROPA —Variedades
releitura de Walter Hill para
tão incoerente o rosto de Charlton Heston é 6h10 TELECURSO 2° GRAU — Educati- Barsotti, Othon Bastos e Paulo Gou- 9h15 TEMI DEL CÁLCIO — Futebol
'lart
delo (Deliverance, 1972), de John Boorman. Durante quanto VO 9h30 POPINTERNAZIONALE
um Mas se a história e o angustiado herói não
uma incursão pelos cafundós doB Estados Unidos, pétreo.
de um funcionam, salva-se uma grande idéia. 7h30 GLOBO CIÊNCIA — Informações 18h45 SINAL VERDE — Boletim da Fórmu- 10h30 L'INSPECTORE —Noticiário DERRICK
grupo de soldados enfrenta a violência absurda Divulgação sobre ciência e tecnologia. Hoje: O la-1 11h30 TG1 ESPECIAL
que 6 música? 18h50 MICO PRETO — Novela de Marcllio 12h30 DAILLIETE —CALICI
8h XOU DA XUXA — Infantil. Apresen- Moraes, Leonor Bassères e Euclydes 13h45 ITALIA 90 Melhores momentos da
tação de Xuxa Marinho. Com Luiz Gustavo, José Copa
13h GLOBO ESPORTE — Esportivo lo- Wilker, Louise Cardoso e Tato gabus 14h CLÁUDIO VILLA
cal 19h45 RJ TV — Noticiário local 14h30 CINEMA — Filme: La mia signora
POPINTERNAZIONALE
13h10 JORNAL HOJE — Noticiário, agenda 20h JORNAL NACIONAL — Noticiário 16h 17h AFFARI Dl FAMIGLIA — — Teatro
cultural e entrevistas nacional e internacional 18h15 L'ITALIA D'AMERICA Noticário
13h35 ESPORTE 90— Esportivo 20h35 RAINHA DA SUCATA — Novela de 18h30 ASPETTANDO MEZZOGIORNO —
14h05 PRIMO CRUZADO — Seriado. Epi- Silvio de Abreu. Com Regina Duarte, Entrevistas
sódio: As do golfe Tony Ramos, Daniel Filho, Glória Me- 19h MUSICA
14h30 A GATA E O RATO — Seriado. Epi- nezes e Antônio Fagundes 19h30 TELEGIORNALE
sódio: Trama no rádio 21 h30 SUPERCINE — Filme: Maxie 20h SABATO DELLO ZECCHINO — In-
15h20 TIRO CERTO — Seriado. Episódio: 23h20 SESSÃO DE GALA — Filme: O con- fantil
De São Francisco, com amor fronto final 21 h MUSICA
-
16h10 O HOMEM DA MAFIA Seriado. 1 h15 CORUJÃO I — Filme: A cidade dos 21 h30 TELEGIORNALE
Episódio: Encontro com um anjo desiludidos 22h SABATO DELLO ZECCHINO
16h55 VÍDEO SHOW — Os melhores mo- 3h10 CORUJÃO II — Filme: Quando ex- 23h CINEMA — Filme: Siamo donne
mentos da TV. Hoje: a autora da próxi- plode a vingança FTV2VÍ SHF a
ma novela das seis. Glória Perez, o 5h45 S.W.A.T. — Seriado. Episódio: O ble-
cantor Beto Barbosa, erros de Desejo fe 7h DO YOU REMEMBER7
17h50 GENTE FINA — Novela de Luiz Car- — 8h LANÇAMENTOS TVM
los Fusco e Marilu Saldanha. Com 6h30 AVENTURA SUBMARINA Se- 9h ROCKHOUR
Hugo Carvana, Nívea Maria, Sandra riado. Episódio: Conteúdo perigoso 10h CLIPS NACIONAIS E INTERNA-
CIONAIS
Telefone da emissora: 285-0033 12h BLACKTENDENCY
M CANAL 6 — TV Manchete 13h WEA ESPECIAL
7h30 PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA 18h50 GRID DE LARGADA — Boletim da 14h BMG ARIOLA ESPECIAL <"
8h COMETA ALEGRIA — Infantil. F-1 15h EMI ODEON ESPECIAL
Apresentação de Cinthya e Patrick 18h55 MANCHETE ESPORTIVA —2° 16h CBS ESPECIAL
12h MANCHETE ESPORTIVA — 1° TEMPO 17h POLYGRAM ESPECIAL
TEMPO —Esportivo 19h10 RIO EM MANCHETE — Noticiário 18h BLACKTENDENCY
12h30 JORNAL DA MANCHETE — EDI- 19h30 KANANGA DO JAPÃO — Reprise 19h TOP CLIPS
ÇAO DA TARDE — Noticiário nacio- da novela de Wilson Aguiar F° 21 ESPECIAIS
nal e internacional 2Qh30 JORNAL— DA MANCHETE — 1» 22h ROCKHOUR
23h LANÇAMENTOS TVM
13h CIN EMANIA — Programa sobre ci- EDIÇÃO Noticiário YOU REMEMBER?
nema. Apresentação de Wilson Cunha. 24h DO
21 h30 PANTANAL — Novela de Benedito 1h NIGHT BEAT
Hoje: Tom Cruise. Faca de dois gumes Ruy Barbosa. Com Cláudio Marzo,
e Dick Tracy Cristiana de Oliveira, Marcos Winter,
14h VESPERAL DE SÁBADO — Filme: Nathália Timberg e Paulo Gorgulho m CNN SHF 5
Um verão inesquecível 22h30 SALA VIP — Filme: Rebeldia indo- 6h30 SHOWBIZ TODAY |
16h MILK SHAKE — Musical. Apresen- 7h DAYBREAK —Noticiário ,
mável 7h30 INTERNATIONAL CORRESPON-
tação de Angélica
de São Sérgio Leone 18h SHOP SHOW — Musical com Paris 0h30 SESSÃO EXTRA — Filme: A bela e o DENTS
hoburn (à esg.) e Steiger estão em Quando explode a vingança, renegado (legendado) 8h DAYBREAK
Express 9h DAYBREAK
OS FILIVLES dor local. Mas não acham graça quando são caçados por 542-2132 9h30 THE BIG STORY
um bando de caipiras armados e ensandecidos. M CANAL 7— TV Bandeirantes Telefone da emissora: 10h NEWS UPDATE —Noticiário
MAXIE Edson 10h30 MONEYWEEK — Resumo financei-'
TV Globo — 21h30 7h BOA VONTADE — Religioso de auditório. Apresentação de ro »
A BELA E O RENEGADO 7h30 PALAVRA DE FÉ — Religioso Curi
TV Manchete — 0h30 11 h NEWS UPDATE —Noticiário
Comédia (Maxie) de Paul Aaron. Com Glenn Close, Mandy 8h30 NOVA DIMENSÃO — Religioso 20h JORNAL DO RIO —Noticiário local 11 h30 STYLE WITH ELSA KLENSCH —
J
Patinkin, Ruth Gordon, Bernard Hughes e Valerie Curtin. Pro- Faroeste (Ride vaquero) de John Farrow. Com Robert Taylor, 9h INFORME IMOBILIÁRIO — Infor- 20h10 JORNAL BANDEIRANTES — Noti- Moda
duçâo americana de 85. Cor (90m). Ava Gardner, Anthony Quinn e Howard Keel. Produção ameri- mativo sobre a área imobiliária. Apre- ciário nacional e internacional 12h NEWS UPDATE
Homem (Patinkin) acha estranho quando o fantasma sua de cana de 53. Cor (90m). sentação de Léo Meirelles 20h30 BRASIL RURAL — Musical regional. 13h NEWSDAY — Noticiário
uma despudorada atriz dos anos 20 encarna em Pistoleiro (Taylor) enfrenta seu irmão fora-da-lei 9h30 NITERÓI REVISTA — Noticiário Apresentação de Rogério Marcico 13h30 EVANS & NOVAK — Entrevistas
Glenn Close, (Quinn) quando se apaixona por bela rancheira (Gard- 10h BANDEIRANTES MOVIE USA — 21h30 DALLAS — Seriado 14h NEWSDAY — Noticiário
pacata esposa (Close). Mas acaba gostando. como mulher ner). De novo. Mas desta vez com legendas. Programa sobre cinema 22h30 SÁBADO A NOITE NO CINEMA — 14h30 NEWSMAKER — A personalidade;
antes da fama, não chega a convencer 10h30 TV PETRÔPOLIS — Noticiário Filme: No mundo de 2020 da semana <
sensual. Mas Mandy Patinkin e Ruth Gordon conseguem 11 h O MUNDO FASCINANTE DE — Filme: Quando o 15h NEWS UPDATE—
segurar a escada para que a atriz dê um ou outro pulinho QUANDO O AMOR É CRUEL 0h30 VlDEO CLUBE 16h30 YOUR MONEY Resumo financei-,
TV Bandeirantes — 0h30 DUAS RODAS — Automobilístico amor é cruel ro »
cômico. 11 h30 ESTADO DE ALERTA
Drama (Vincompresso) de Luigi Comencini. Com Anthony 12h ESPORTE TOTAL — Esportivo 2h30 LIGA MUNDIAL DE VÔLEI — Jo- 17h NEWS UPDATE
REBELDIA INDOMÁVEL Quayle, John Sharp, Rino Benini e Giorgia Moll. Produção 13h CLUBE DO BOLINHA — Programa go: Brasil/Holanda x URSS!Itália 17h30 THE FUTURE WATCH
TV Manchete —22h30 italiana de 66. Cor (105m)" 18h NEWSWATCH — Noticiário
Telefone da emissora: 580-1536 20h THE CAPITAL GANG — A semana
Drama (Cool hand Luke) de Stuart Rosenberg. ComMartin. Paul Cônsul inglês na Itália (Quayle) despreza seu filho mais Kl CANAL 9—TV Corcovado em discussão
Newman, Gcorge Kennedy, Lou Antonio e Strother velho mas felizmente descobre seu erro quando o garoto 7h40 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL AO SERTÃO — Musical 20h30 SPORTS SATURDAY — Esportivo
Produção americana de 67. Cor (126m). sofre um horrendo acidente. — Educativo 14h SAMBA DE PRIMEIRA — Musical. 21 h PRIMENEWS —Noticiário
— Apresentação de Jorge Perlingeiro 22h30 THISWEEKIN JAPAN —
Presidiário (Newman) consegue fama de indestrutível 8h POSSO CRER NO AMANHA — Apresen- 23h CNN EVENING NEWS Noticiário
mas acaba tendo um final trágico. Aliás, também trági- CIDADE DOS DESILUDIDOS Religioso 16h30 TV THOTAL Variedades.
THE CAPITAL GANG
TV Globo — lhl5 tação de Nanni de Souza Oh
ca é a programação da Manchete, que promete sempre os 8h30 O ALERTA — Religioso 0h30 SPORTS TONIGHT — Esportivo
mesmos filmes. E nem sempre exibe. Se passar é mera Drama (Two weetcs in another town) de Vincente Minnelli. 9h ESCOLA BlBUCA DO AR — Reli- 17h30 DUPLA GENIAL—Seriado
— e entre- 1 h NEWSNIGHT—Noticiário
Com Kirk Douglas, Cyd Cliarisse, Edward G. Robinson, Gcorge 18h30 REALCE Música, esportes EVANS 8. NOVAK
reprise. Se não passar é apenas rotina. gioso vistas. Apresentação de Ricardo Bo- 1 h30
Hamilton e Claire Trevor. Produção americana de 62. Cor 9h15 POÇO DE JACÔ — Seriado 2h NEWS UPDATE
NO MUNDO DE 2080 (107m). 9h30 MANHA DE ALEGRIA—Religioso cão e outros 3h INTERNATIONAL CORRESPON-
10h RENASCER — Religioso 20h AUTOMOBILE — Automobilístico. DENTS
TV Bandeirantes — 22h30 Decadente astro americano (Douglas) vai até Roma em Apresentação de Paulo Santana Jr. SPORTS LATENIGHT — Esportivo
busca de uma chance num filme. Uma prova que identi- 10h30 VINDE A CRISTO —Religioso — 3h30
Ficção cientifica (Soylent green) de Richard Fleischer. Com e personagem nem sempre é qualida- 11 h NOÉ MARTINS E VOCÊ PARTICI- 21 h GENTE DO RIO Entrevistas. Apre- 4h NEWSNIGHT
Charlton Heston, Edutard G. Robinson, Leigh Taylor-Young e ficação entre autor PANTE — Religioso sentação de Marisa Urban e João Ro- 5h LARRY KING WEEKEND
Cliuck Connors. Produção americana de 73. Cor (97m). de. Decadente, Minnelli dirigiu este drama de qualquer 11 h30 PLÁCIDO RIBEIRO —DA CIDADE berto Kelli 6h SPORTS REVIEW — Esportivo
maneira. O resultado cansa.
Num futuro superpopuloso, policial (Heston) descobre
algo muito errado no alimento sintético dado às pes- M CANAL 11 — TV S Telefone da emissora; 580-0313
QUANDO EXPLODE A VINGANÇA (0 Super Canal funciona por assinaturas, nas ,
soas. TV Globo — 3hl0 6h30 EDUCATIVO 19h23 TJ RIO — Noticiário local e entrevis- ondas UHF e SHF. Contatos pelo telefone:;;
(Giú la testa) de Sérgio Leone. Com Rod Steiger, 7h30 PICA PAU —Infantil tas 205-8612) J
O CONFRONTO FINAL Faroeste 19h38 ECONOMIA POPULAR/PERGUN-
James Coburn, Romolo Valli, Maria Monti, Rik Battaglia e 8h BOZO — Infantil. Apresentação do
TV Globo — 23h20 Franco Graziosi. Produção americana de 71. Cor (150m). palhaço Bozo TE AO TAMER — Informativo eco-
Keith Car- 10h30 DO, RÉ. Ml. FA, SOL, LA, SI — nômico (As sextas, sábados e domingos, a colu-
Violência (Southern confort) de Walter Hill. Com Bandoleiro mexicano (Steiger) e dinamitador irlandês 19h40 PRIMEIRA FILA — Boletim da Fór- na Televisão apresenta a programação
radine, Powers Boothe, Fred Ward, T.K. Carter e Peter Coyote. Infantil. Apresentação de Mariane da TV Búzios. Os programas só podem
Produção americana de 81. Cor (106m). (Coburn) se unem para um ousado assalto mas acabam 12h55 CHAPOLIN —Seriado mula-1 ser captados na Armação de Búzios, Ca-
Grupo de recrutas em treinamento nos pântanos da lutando ao lado das forças revolucionárias de Pancho 13h30 BATMAN — Seriado 19h45 SBT ESPORTES — Esportivo bo Frio, Arraial do Cabo, São Pedro da
Louisiana resolve, de farra, roubar a canoa de um mora- Villa. 14h DUCKTALES — Desenho 20h TJ BRASIL — Noticiário nacional e Aldeia e Rio das Ostras)
14h30 SHOW MARAVILHA — Infantil. internacional
Apresentação de Mara 20h30 LUTA LIVRE DE MULHERES — M CANAL 10/25/ TV BÚZIOS
17h30 CHAVES —Seriado infantil Esportivo 16h AUTOMOBILE — Automobi-
18h A FORÇA DO AMOR — Reprise da 21 h30 VIVA A NOITE — Programa de audi- llstico. Apresentação de Paulo
novela tório. Apresentação de Gugu Liberato Sant'Anna
v<ü7£f£70£T JESBEBEI 18h30 MEUS FILHOS, MINHA VIDA — 23h30 COMANDO DA MADRUGADA — 18h30 REALCE — Programa jovem
Reprise da novela de Crayton Sarsy e Jornalístico. Apresentação de Goulart com entrevistas. Apresentação
Henrique Lobo de Andrade de Ricardo Bocào, Patrícia Bar-
ros e Antônio Ricardo
% 19h30 ECOLOGIANDO —Jornalismo
Teatro Ziembinski, Rua Urbano Duarte, 22. Metrô M CANAL 13 — TV Rio Telefone da emissora: 293-0012 ecológico
BALLET CONTEMPORÂNEO DO RIO DE JA- JORNAL DO BRASIL 20h VIBRAÇÃO — Musical e es-
NEIRO — Apresentação da Cia, Direção de Fábio São Francisco Xavier. Ingressos a CrS 300,00 e CrS 11 h30 JUERP ATUALIDADES — Religio- 18h REPÓRTER SEM MEDO — Noti-
200,00 (para classe). portes de ação. Apresentação de
de Mollo. De 5a a sáb.. às 21 h e dom . às 19h. MAM 940 KHz ESTÉREO SO ciário Cesinha Chaves
11 h40 VINDE A CRISTO — Religioso 18h30 REPÓRTER RIO —Jornalístico 1h30 TVE-RIO — Retransmissâo da
JBI — Jornal do Braiil Informa — As 8h30, 12h REPÓRTER RIO — Noticiário 19h TÚNEL DO TEMPO — Seriado programação do Rio
—
ARTHUR BRASIL — Recital do pianista. No 12h30,18h30 e 23h30.;
Repórter JB — Informativo ás horas certas.
12h06 SÁBADO ESPECIAL
JOSÉ CUNHA — Variedades 20h PERDIDOS NO ESPAÇO — Seria- 2h30 PROGRAMAÇÃO DA MA-
DRUGADA
programa peças de Mozart, Beethoven, Villa-Lo- Arte Final: Jazz Brasil—— Das 22h às 23h30. 16h REPÓRTER RIO — Noticiário do
bos e Schumann. As 18h. Sala Cecília Meireles, O Melhor do Brasil — Das 11 h às 12h30. 21 h SESSAOKUNGFU Telefone da emissora: (0246) 23-1502
^E3ÜIBBBEr~ 16h06 RIO SHOW — ELIANA PITTMAN 23h REPÓRTER RjO
Largo da Lapa. 47 (232-4779). Entrada franca. Panorama do Disco— Das 19h às 20h. — Variedades
Lotação Esgotada Das 23h50 à 0h30.
LA BOHÊME — Ópera de Giacomo Puccini. Di- O SOM DA REVOLUÇÃO — Espetáculos musi- Noturno — De 0h30 à 1 h56.
reçào de Marga Niec. Direção da Orquestra Sinfô- cais sobre a Revolução Francesa. Direção de ComCar-
nica do Teatro Municipal: Silvio Barbato. Partici- los Sandroni. Regência de Júlio Moretzsohn.
pação do Coro Infantil do Teatro Municipal e da o barítono Felipe de Abreu e o Coral Voz e Cia. UFM ESTÉREO 99.7 MHz
Banda do Corpo de Bombeiros do Estado. Com Sáb. e dom., às 16h. Centro Cultural Banco do - Pinturas de
Maria Luiza de Mooura, Adélia Issa, Mazias de Brasil. Teatro II. Rua Primeiro de Março, 66. Entra- 20 horas - Reprodução digital (CDs e DATs): La 4 ARTISTAS - 4 TENDÊNCIAS
Oliveira, Ignacio de Nono e outros. Às 18h. Teatro da franca. Traviata, Ópera em três atos. de Verdi (Cctrubas, Dallier. Ivan Jaf. Ramisia e Mauricio Magalhaes
Municipal, Praça Marechal Floriano, s/n° (262- Domingo. Milnes, Carlos Kleiber - ADD - 27:28, Atelier Artlivre. Rua Teixeira de Melo. 31/G Das
3935). Ingressos a CrS 9.000.00 (frisas e camaro- DUO CESARINA RISO E MÁRCIO MONTAR- 56:50 e 25:15); Prelúdio, de A/da'Caminha e Ao 10h às 19h. Até dia 28.
tes). CrS 1.500.00 (platéia o balcão nobre). CrS ROYS — Recital da pianista e do trempetista. De Pé da fogueira, para violino e piano, de Flausino Centro Cul-
1.000,00 (balcão simples), CrS 500,00 (galeria). 6a a dom., às 21 h. Espaço Versátil Dalal Achcar, Vale (Szering, Maillols - AAD - 3:30); Petroushka ANTONIO PETICOV — Posters4.666. e esculturas. ARMANDO REVERÚN — 1oPinturas
Estudantes e maiores de 65 anos pagam CrS São Conrado Fashion Mall, 2o piso. Ingressos a • versão original, de 1911, de Strawinsky (Stra- ISRAEL AOS 42 — Coletiva de pintores israelen- Barrashopping, Av. das Américas, Das 10h tural Banco do Brasil. Rua de Março. 66 Das
300,00 (galeria). CrS 500.00. winsky - AAD - 34:18); Álbum para a juventude. ses. Hebraica-Rio, Rua das Laranjeiras, 346/4° às 22h. Até dia 4 10h às 22h. Até dia 29
n°s 19 a 32, de Schumann (Weissenberg - AAD - andar. Das 10h ás 22h. Até amanhã. ARMANDO REVERÔN A LUZ DE VICTORI-
23:10); Concerto n° 4. em Sol maior, para flauta e OLHAR VAN GOGH — Coletiva com obras de BORDALO PINHEIRO — Caricaturas. Casa de
NO DE LOS RIOS — Mostra fotográfica. Centro
orquestra, de François Devienne (Sebenyi, Fil. 25 artistas. Escola de Artes Visuais, Rua Jardim Rui Barbosa. Rua São Clemente. 134. Das 12h às Cultural Banco do Brasil, Rua 1J de Março, 66
Sandor - AAD - 20:04); Francesca da Rimini 17h. Até dia 4.
QÍIEJCTC7 Hoje. às 14h, na Casa de Cultura Laura Alvim. Av. Gyor, ¦ Fantasia sinfônica, de Tchaikowsky' (Orq. Cleve- Botânico, 414. Das 10h às 17h. Até amanhã.
TEATRO MUNICIPAL: 80 ANOSCarmen, DE OPERA Das 10h às 22h Até dia 29.
Vieira Souto, 176. land, Chailly - DDD - 22:54). AMILCAR DE CASTRO — Esculturas e pinturas. — Figurinos das óperas Turandot, Nabu- JOVENS FOTÓGRAFOS — ColetivaVisuais. de fotogra
VlDEOS NO CENTRO CULTURAL BANCO Thomas Cohn Arte Contemporânea. Rua Barão da Ataulfo de Paiva.
co e Alda. Rio Design Center. AvUltimo fias organizada pela Escola de Artes Casa
DO BRASIL — As 10h30: Batman (dublado em Torre, 185/A. Das 15h às 18h Até dia 20 270/subsolo. Das 10h às 22h. dia. França Brasil, Rua Visconde de Itaborai, 78 Das
português). As 16h: Nona17h30 Sinfonia de Beethoven M CIDADE — 108,9 MHz MARIA POLO — Pinturas. Galeria Bolsa de Arte, 10h às 20h. Até dia 29.
VlDEOS NO MAGNETOSCÔPIO — Exibição por Arturo Toscanini. Às e 20h: Casanova e Rua Teixeira de Melo, 53/H. Das 11h às 14h. Até ROLAND URBINATI — Pinturas. Casa de Cultu-
do Krajcberg. o poeta dos vestígios, de Walter a revolução, do Brasil. Rua 1°Hoje,de Março.
de Ettore Scola. no Centro Saudade Cidade — As 7h. dia 21 ra Laura Alvim. Av Vieira Souto. 176. Das 16h às INGEBORG ENDRESS DREYER — Pinturas
Saltes Jr. Hoje. às 21 h e 1 h30, no Magnetoscópio. Cultural Banco 66. Telefone da Cidade — As 9h.
PINTURA SOBRE PAPEL — Exposição com 44
19h. Até amanhã. Museu do Ingá. Rua Presidente Pedreira. 78
Rua Siqueira Campos. 143/sala 30 (235-5348). Entrada franca. As Mais Pedidas — Às 11 h. obras de 12 artistas alemães. Museu Nacional de ALEJANDRO MONTOYA — Angélica, Desenhos. Galeria
63. Das
Niterói. Das 14h às 1 8h. Até dia 29.
Saudade Cidade — Às 14h. Cândido Mendes. Rua Joana
Até segunda. VlDEO-SHOW — Exibição do vídeo Black Sab- Sucesso da Cidade — Às 18h. Belas Artes. Av Rio Branco. 199. Das 15h ás 18h. 16h às 20h. Até dia 16. VALERIA SALGUEIRO — Desenhos e aquarelas
—
VlDEOS NO MAGNETOSCÔPIO — Exibição bath. Hoje. às 18h, 20h, 22h, no Cândido Mendes. Festa da Cidade — As 22h. Até dia 22 Oficina de Arte Museu do Ingá. Rua Presidente Pedreira. 78
de Performance: the living art. de Richard Dwyer & Rua Joana Angélica, 63. MIRIAN GARNIER — Esculturas. Galeria Traço e SUELY MANDEL - Pinturas. Niterói. Das 14h às 18h Até dia 29
Ralph Vittuccio. Hoje, às 19h e 23h, no Magna- Ponto, Rua Visconde de Pirajá, 207/11 5. Das 10h Maria Teresa Vieira. Rua da Carioca, 85. Das 10h ¦
toscópio, Rua Siqueira Campos. 143/sala 30 VlDEOS NO GARAGE — Exibiçãois video dos vídeos às 18h. Até dia 20. DIÔ — Desenhos. Museu do Ingá. Rua Presidente
(235-5348). Até dia 23. Sex Pistols (Live). The Clash (This Clash) UFM105 — 105,1 MHz __ às 18h. Até dia 23.
HELENICE DORNELLES FIALHO — Pinturas. Pedreira. 78 — Niterói. Das 14h ás 18h Até dia
D R I. (Live at the Ritz). Hoje. às 17h e 20h. no CRISTINA PAPE — Objetos tridimensionais Ga- Centro Cultural Paschoal Carlos Magno. Campo 29.
NÜCLEO ATLANTIC DE VlDEO/MOSTRA IN- eGarage Programação Musical —Às 5h binete de Arte Orlando Bessa. Av Ataulfo de Pai-
FANTIL — Exibição de Salve o ursinho panda. Video Club. Rua Ceará, 154. As Mais Pedidas da Semana—— As 8h va, 135/215. Das 11 h às 1 3h30. Até dia 28. de São Bento — Icarai Das 10h às 14h. Até dia MEMÓRIA URBANA CARIOCA: UMAalunos VI-
Vale a Pena Ouvir de Novo às 12h. CARTIER-BRESSON & SEBASTIÃO SALGA-
22.
Atlântica SAO FOTOGRÁFICA — Fotografias dos Casa
I A programação publicada no Roteiro está sujeita a alterações de última hora. Ê aconselhável confirmar Paradõo 105 — As 1 3h DO — Fotografias. Fundação Casa França-Brasii. II EXPO-PARA — Cerâmica marajoara. da Faculdade de Comunicação da UERJ78 Das
horários e programas por telefone, Black Beat — Às 14h — Rua Visconde de Itaborai, 78. Das 10h às 20h. Até Rio Hotel. Av Atlântica, 2.964 Das 12h à meia- França-Brasil. Rua Visconde de Itaborai.
I As críticas publicadas no Roteiro obedecem às seguintes cotações: • Ruim -k Razoável ? ? Bom ? ? Programação Musical Às16h. comerciais. dia 29 noite. Até dia 23. 10h às 20h. Até dia 29
? Ótimo ? ? ? * Excepcional Sem Parar — Às 22h. sem intervalos
JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 o CADERNO B o 9
C O 3VI I D A
Por causa de perfeições conge-
uma traineira, ladas. Eta dias
surgiu um restau- perplexos! Ainda
rante na Barra. bem que sobram
Por preguiças algumas comilan-
a
perplexos alheias, surgiram ças decentes.
RenanCepeda
Renan Cepeda
Biquinha, ou se benze com a Água Benta — e se encontra
Danusia Barbara com as raízes etílicas nacionais.
Lógico que para rebater a pura, ou a batida, tem
desinteressante, o edifício Condado de tapioquinhas, biscoitinhos de queijo, croquetinhos de su-
Cascais, na Avenida Armando Lombardi 800, não coalho à milanesa, pato-
tinha jeito de sucesso, principalmente como cen- rubim, torta de palmito, queijo brasileiríssimos. Ou para forrar
BAIXINHO, tro gastronômico. Mas com sete restaurantes no Ias ao vinagrete, petiscos
um arrumadinho com carne de
mesmo lugar, nâo há quem passe na Barra com fome que nâo ainda melhor o estômago
acabe ali — bebendo chopp com bockwurst, pinga com jabá charque, ou um escondidinho, ou um frango com batata
ou tagliatelli com grappa. No Cascais só nâo tem mesmo é baroa. Na sobremesa, bolo- de rolo, ou doce de cupuaçu.
cqmida lusitana, como convém aos paradoxos totais. Academia da Cachaça Edifício Condado de Cascais, loja
Peixe fresco 26. Tel: Terça a sábado daa
O barco partiu de An- Renan Cepeda 17 horas até o último ffe-
gra e foi aportar na Aveni- guês. Domingo a partir das
da Armando Lombardi faz 13 h. Petiscos, em torno de
pouco tempo. Carlos, So- HBP.. CrS 190; arrumadinho, Cr$
nia e Márcia, os donos da 360; escondidinho CrS 320;
casa, têm uma traineira sobremesas em torno de
de verdade na Baía de Se- CrS 150.
petiba. E sempre tiraram Chopp pra leão
muito mais peixe do que A bota do nome tem
ja.mais podiam consumir. dois litros — e tem gente
A idéia do restaurante que bebe. Mas ainda tem
veio dai: do produto fres- copo maior — de cinco li-
quinho que tinham em tros — que é para leão
abundância e das excelen- mesmo. Rolf Fay e Charlie
tes peixadas que faziam Hess abriram a casa há
em casa para os amigos. dois anos, num estilo bem
Toalhinhas brancas, alemão, e vão fazendo seu
quadros de marinhas na germânico sucesso com
parede (convenientemen- Zwiebelrostbraten mit
tè' pintadas por um almi- grat kartofféln unp salat
rante de verdade), o Trai- (contrafllé ao molho com
neira tem um ambiente batata sauté e salada) e
amável e um serviço ne- Márcia, Sônia e os pratos do Traineira Zigeunerkottlet mit
cessariamente lento — a mischge muese und salz-
cardápio tem aperiti- kartofféln (costeleta com legumes) — fora os salsichões, os
comida tem de ser feita na hora. O
vos em quantidade (camarão ao bafo, bolinho de aipim chucrutes e o apfelstrudél de lei.
com camarão, empadas, pastéis, mexilhões ao vinagrete Bota de Chopp — Edifício Condado de Cascais, 65 B. Barra
etc) e, como pratos principais, muquecas, caldeiradas, da Tijuca. Tel: 399-6288. De terça a domingo das 12h até o
poixes, lula, polvos, bacalhau e tudo quanto a traineira — último freguês. Tira gostos, em torno de CrS 160; pratos
a de verdade — pegue no mar. É mais um lugar em que a quentes, em torno de CrS 600; sobremesas em torno de CrS
comida do mar pode ser provada sem susto e com gosto. 120.
— Barra Saladas & massas
¦ Traineira Edifício Condado de Cascais, loja 65, No Condado ainda há o Saladas Etc. (tel: 399-5011) com
da Tijuca. Tel: 399-9335. De terça à sexta das 17h até o 20 tipos de saladas, quiches, empadões e algumas sobre-
último freguês. Sábado e domingo das llh até o último mesas. De terça a sábado das 12h às 23h, domingo das 12h
freguês. Moquecas, Cr$ 750 a CrS 1.300; peixes, em torno de às 20h. E os três italianos: Ettore (tel: 399-8939), de terça a
CrS 900; doces caseiros, CrS 120. domingo das lOh às 1 da manhã. Tagliatelle (tel: 399-5599),
Pingas acadêmicas de terça a quinta das lOh à meia-noite; sexta, sábado e
Irmã da outra do Leblon, esta Academia tem seu domingo das lOh às duas da manhã. Pomodoro (tel: 399-
encanto especial — para começar 350 tipos de cachaça 7020). Segunda, quarta, quinta e domingo das 12h à meia- No Bota de Chopp, a bebida pode vir numa bota de dois litros
liiros ou num caneco de cinco litros
diferente. Você toma uma Providência, ou bebe direto da noite; sexta e sábado das 12h às duas da manhã.

— modéstias!-
mos — são os profissionais
Modestos do gelo. Tem uma marca
^88888e88888888s^k^ji.^ ' mn .' in-'uf de congelados que se chama Mais
que Perfeito. Outra, menos caboti-
'jar :- na, se entitula só Sabor Perfeito.
Finalmente, sincera e tentadora,
tem o Sabor de Pecado. Qualquer
dia aparece uma qüe vai-se cha-
mar, inevitavelmente, Mais que
Pecado. Esperem.
Enquanto isso, as que já exis-
tem fazem bonito, facilitando a vi-
da de quem não pode ou está com
preguiça de ir para a cozinha. Anda
pela praça, por exemplo, um bravo
cavalheiro chamado (o dono da Sa-
bor Perfeito) Fernando, que conge-
la quitutes na ilha do Governador.
"A freguesia é ótima", ele garante,
instalado exatamente no bairro da
Freguesia. O que dele apareceu no
teste foi um empadão de camarão,
Yonc Azevedo e Paulo Brandão fazem bons congelados, com preços em conta catupiry e champignon, com o
cong-elado
queijo discreto e o bichinho do mar
abundante e gostoso — sumiu logo.
A frigideira de camarão e o lombi-
nho assado no vinho moscatel tam-
bém estavam agradabilissimos. E
antes, Fernando Bravo fazia o quê?
''Ganhava a vida com linhas cruza-
das no telefone".
O Mais que Perfeito faz honra
ao nome. Como qualquer banco in-
glês, ele construiu sua sede própria
num edifício exclusivo. Como
qualquer multinacional, ele tem
um executivo com mestrado na
França. Como qualquer indústria
de alta tecnologia, ele tem equipa-
mentos meio assustadores que
congelam até a inflação. Yone Aze-
vedo (a chef) e Paulo Brandão (o
executivo) são os autores deste
pretérito gastronômico, cujos me-
lhores pratos são uma trança de
camarão que fica na lembrança e
um rocambole de laranja perfeito.
Já o Riva — Rivaldo Paes Bar-
reto — garante que o Sabor é de
Pecado. Você come suas panque-
quinhas e reza 20 ave-marias; lan-
cha umas mini-esfihas de carne e
repete 10 salve-rainhas; no jantar,
experimenta sua comida dietética
e adormece levinho, tendo dito an-
tes 15 pai-nossos. O único pecado
real do Riva é atender o estranho
gosto do brasileiro, que gosta mais
de açúcar do que formiga — as so-
bremesas são um pouco ao estilo
lambada. Mas os salgados...
Sabor Perfeito — Praia da
Guanabara 1.093, Freguesia, Ilha
do Governador. Tel.: 396-7272.
Mais que Perfeito — Rua Ita-
piru 1.480, Rio Comprido. Tel.: 293-
3694, 293-7881 e 273-5596.
Sabor de Pecado — Ladeira
do Faria 21, Centro. Tel.: 233-2810 e
263-2154. Todos entregam a domici-
lio e estão com ofertas especiais.

¦¦ < <' 'V ; ' " > w.. ,-. ". ~r> ^,r<. - < ' , \

IqueeLan À mesa como convém

Luisa Com uma pincelada BOCA NO TROMBONE
de humor. Será que os garçons do Fio-
rentino, em Brasília, nos últl- Esperei pouco. Veio-me o bicho
SBIskIS mos tempos, nào gostam de com um manto de queijo que o co--
Agora mulher? Freqüentadora assi- bria, com pudicicia, do umbigo ao
' as 18 também sopa quentinha com
saladas e 4 pratos quentes, dua do restaurante, a econo-
Massacres Jfc J nariz. Mandei que a coisa voltasse às
no almoço e jantar. De 3? a domingo. JB mista Hellen Sampaio obser- I STTl /ssJf cozinhas.
vou que, desde a posse do yT^Wjll My f jm Apicius
Av. Semambetlba, 1976 • Barra Delas regressou, pouco depois,
Tel.: 399-5135 presidente Collor, as mulhe- recoberta por um gratinado mui dig-
res vêm sendo maltratadas. O
caso mais flagrante aconteceu o Eterno Retorno — no.
há poucos dias quando Hellen tt pensei (confesso, com Comecei, então, a imprecar, a ge-
resolveu comer uns pasteizi- ! al- mer, a invocar castigos, até que o
nhos (Cr$ 400 a porção) com EE gum Sr. X. me interrompeu para contar-
algumas amigas e teve dificuldade em ser atendida. pedantismo). Mas
NÃO IXI PARA DEPOIS
DEIXE Curiosamente, quando um amigo se aproximou da mesa, os me o que contei acima. Mas o baru-
garçons acorreram atenciosos. Quando o amigo se despe- a culpa foi do Sr. lho tinha atraído, felizmente, o Al-
O QUE VOCÊ PODE FAZER diu, os insultos voltaram. A conta chegou errada, cobrando X. que vendo co- lis, que me disse:
CrS 2.000. Elas reclamaram. Mas os garçons alegaram que o mo eu bufava, di- — É que o cozinheiro vem do Ni-
HOJE E AMANHÃ. extra de queijos e presunto fora consumo do amigo. Elas zia-me: no's. E tem muita personalidade.
disseram que era impossível: como bom judeu o amigo não \0
comia presunto e queijo lhe dava uma alergia louca. Ainda Gordo Api- Respondi-lhe, leitor, o que terias
assim nâo foram bem tratadas. cius! Não mudas! respondido, se isto te acontecesse.
A psicóloga Angela Miranda foi comer uma pizza no Há alguns anos atrás, reclamavas, O melhor, porém, era o que vinha Jurou providências. Veio a galinha
Pizza Palace, em Ipanema. Uma imensa barata pousou no neste mesmo lugar, dos mesmos pra- do sitio que Allis tem: marrequinhos desta vez simples e boa. Na medi-
prato. Diante da reclamação, o garçom alegou que o res- tos. Tudo igualzinho. e uma galinha da Angola séria. Foi o da que pode estar bem um pobre
taurante nâo se responsabilizava por objetos voadores e que encomendamos. Mas me disse o
cobrou pela pizza. A conta chegou com acréscimo de 12",, Como assim? Indaguei-lhe, animal que, além de degolado, foi
pelo serviço. aflitissimo, pois essa história do Sr. X. "Ainda ontem estive aqui e submetido a vários tratamentos
No Baby-Beef da Barra, Anita Bernstein está agitando me serviram a galinha com curry. cruéis, que nada têm a ver com sua
Eterno Retorno é um pesadelo cru- Sabia a curry só. Bem prefiro os
um chá inglês à tarde para ninguém botar defeito. Inaugu- delissimo. índole póstuma — se é que tal índole
ra breve. marrecos." Encomendou-os. Pedi a existe. Do mesmo modo, o marreco
Na mercearia Kotobuki, em Laranjeiras, há um serviço Estávamos no Allis (na rua Teófi- galinha, mas a recomendei extrema- do Sr. X. estava bom — por jovem e
de sushis e sashimis em quentinhas para os clientes leva- lo Ottoni, 22). A casa, que era o anti- mente simples.
rem para casa. comedido. Mas tinham-lhe arranca-
O Mouraria, na rua da Matriz, em Botafogo, continua go A Gaivota — reabriu suas portas Com curry? — Me ofereceram. do todas as peles. Que peles não são,
com seu festival do Bom Bacalhau. Sexta-feira quem esta- com ar novo, chope muitíssimo bem ao que me dizem, muito apreciadas
servido, banheiros exemplares, mui- Ou gratinadas?
va por lá era o ex-governador do Amazonas, Gilberto Mes- Simples, pelo amor do deus das pelos fregueses.
trinho. tas luzes e até espelhos. Do ar de
A ABBS (Associação Brasileira de Sommeliers) promo- antes — algo triste — nada sobra. É galinhas, que é um deus que fica em A conclusão é que é um desperdí-
ve em setembro uma viagem à Europa para degustação de um restaurante saudável do Centro Angola, de onde envia castigos ter- cio o Allis gastar tais preciosidades
vinhos franceses, italianos, alemães e portugueses. Dânio com, entre outras virtudes, os óti- riveis a todos que estragam as belas galinholas e marrequinhos como
Braga à frente, tel: 285-0497. mos frios e queijos que Allis Bornho- carnes de suas súditas esplêndidas.
Há um ótimo patê dinamarquês servido morno no Ce- ninguém no Rio, acho, os tem — só
fen serve. Além disso, como hors- Esta que servem está assada?
leiro. Parabéns para Dona Rosa Herz. d'oeuvre servia umas fatias frias de para transformá-los em artigo de
O Vice-Rey, na Barra, está com um festival de cama- Está. consumo banal. Cuide o bom senhor
rões por CrS 720. Com direito à lareira acesa nos dias frios. berinjela com amêndoas que esta-
A Churrascaria Palace lançou em seu rodízio o cipolino, vam excelentes e abriam o apetite. Quero-a, então, assada. E só. melhor de seus bichos!
cebola e pimentão envolvidos em bacon e passados na
FEIJOADA NO SABADO, brasa.
A barwoman Rose Clemente, do Clube Gourmet, e o Quinta-feira próxima, n'A DES-
BRUNCH NO DOMINGO. maitre Jorge César Azevedo, do Enotria, foram eleitos os GARRADA, a fadista Maria Alei-
melhores do ano. A entrega dos prêmios será dia 24 no Uma das mais notáveis figura na (f) promove o tradicional jantar
Fim de semana completo é no Sheraton. Hoje tem Hotel Intercontinental. comemorativo ao Dia Internacio-
aquela feijoada no capricho, com carnes seleciona- Estamos em tempo de cassis: a Mil Frutas está com um da sociedade litero-sócio-ar-
.das, torresminhos e caipirinha. sorvete perfeito (tel: 284-7478) e Laurent Suaudeau inven- tistico-badalativa da paró- nal do Amigo, com muita alegria,
Amanhã tem brunch. Frutas, frios e saladas varia- tou um dulce pato com a frutinha vermelha (tel.: 266-3131). quia. Tom Jobim (f) faz do cozinha típica, brindes, sorteios.
das. E todo dia tem um visual que só você venda PLATAFORMA I seu reduto Reserve já. Barão da Torre, 667.
Venha para a feijoada e volte para o brunch. inexpugnável. Seu prato pre- Tel.: 239-5746. (Sieiro Netto).
O estacionamento é grátis. TERRACOTA: SEGREDO DO SUCESSO ferido: maminha de alcatra,
com fritas palha e farofa à Vi-
ainda a pessoal FESTIVAL DE PAELLAS
[Convide os amigos. Junte a familia. Ou TERRACOTAj nicius de Morais. Sempre cer-
I amada. Vá conhecer (ou rever) o novíssimo cado por amigos. Pessoas bo- NO EL PESCADOR
jno Leblon. Entre outras muitas opções: aos sábados, Carne nitas e inteligentes. Bate papos longos com Você chega, desfruta de ambiente gostoso, informal e
Iseca com abóbora e aos domingos Osso Buco. Ambos! Alberico Campana, que nada sabe sobre música. elegante. Escolhe entre 20 variedades diferentes,
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jpor 450,00. Ainda na pauta: Spaguete à amizade perfeita, serena, fiel e permanente. Adalber-
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 —— Fotos de R. T. Fasanello *

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No café da manhã,
v'^V.'/;' vx-fc' ¦fe?S£' «rtilJ^::j-J^»MF «::s::' ¦ alL A^?rMWf, |t.||h hora de calça
comprida. De
malha (MaxiPull),
com camiseta
(Mônaco) e
mm mocassim (Mezzo
-! :¦' »¦ffisaBfcEgCiBcB« Punto). Pérolas (H.
' «£* Stern); brinco
. JLg* rw$in&!t<*~
"VT^
fmL """'"^ ; ~ (Marco Sabino) e o
Hflli^^HHillKHNiM ' wSj/Smi^^ toque de onça, no
''Wr "^ . ' lenço (Franfcie e
- W ,. ; ^H?" Amaury)
-~ ®*??5^s^^ppnF
fg1^
' ¦ "
p^* -^ &»* *W vSP^? ^
jP™^^"^liB^t^M^^.' .. ¦ ¦,':''' '¦ ¦'" ¦ ¦
Sob um
blazer
formal,
poderá
estar a
camisa pólo
(Libera) e a
saia de
seda
estampada
(Mônaco),
com cinto
de croco
(Carmem ¦ v • =jJ H
Bolsas)
M

|
j$r

A viajante profissional merece

a atenção de uma moda especial

ve de transportes (com uma
lesa Rodrigues mala pequena, qualquer ôni-
bus do aeroporto resolve um
e viagem pouco do problema de locomo- ¦;• . . ; • •'• ¦ •>.-,• • :< •¦ •-'
são companhei- ção). ».
ras. Uma con- Portanto, há um clima de Para dormir no ar
Moda clusão estra- moda entre as maiores viajan- condicionado do
nha, mas que faz tes contemporâneas. Por elas, quarto e relaxar
Impecável,
mesmo sentido, se pensarmos nas ne- os hotéis preparam suítes cor- depois de um dia
sentada o cessidades profissionais de de-rosa e as companhias aé- ... tumultuado, o
quem trabalha com moda. Ou reas colocam flores no serviço macio legging e
dia inteiro suéter de angorá
com turismo. Ou quem viaja
ao telefone. de bordo. E para este estilo de cinza
muito, a trabalho e ainda tem (Aspargus)
De vida, há uma maneira de ves-
saia-calça que fazer boa figura, sem car- tir especial, porque nenhum
e suéter de regar baús, em vez de malas. estilista ignora que a executi-
linha Estilistas vivem pelo mundo, va faz parte do maior grupo
em busca de inspiração para consumidor de moda.
listrada
suas coleções. Mas por incri- iiM^i^|ll|^MMI^|||M||||||||]|rM1f|r^irf?S???y^^xyyvy/'^v''^ J •> ^ ^ x. v % "• s *¦' '
(Libera); As bases de uma mala ver-
vel que pareça, não são as pes- y" ¦ / </'
jóias sátil seriam: roupas de malha /
soas mais sensatas na hora de
simples (H. (que não amassam); camisa ' : xW
Stern) arrumar a mala: há uma ânsia uma saia de
de vestir a roupa certa, no mo- pólo (esportiva): camisas de tecido
mento preciso, que leva a sem- couro preto;com
recheadas papel de seda
pre exagerar na quantidade de amassados); con-
(para evitar
peças. Sem falar na bagagem de linha. Um escarpin
de volta, cheia de compras juntos
de salto; algo em
inevitáveis. Não é raro uma ou sapatilha
seda pura (para os infalíveis
IgSICiiiTAUANO destas malas carregar 30 pares
coquetéis) e o legging com ca-
IMPORTADO PELO BRASIL de sapatos novinhos.
confortável pa-
Melhor modelo é a viajante miseta, roupa
JEANS COM COURO executiva. Se o seu parceiro rea as poucas horas passadas
(couro hidrofugado. lavá- masculino, companheiro de no hotel. Os acessórios devem
( vel. sem alteração de sua reuniões em salões fechados seguir as tendências do mo-
PRMIÍGIO textura)
Com preços inigualáveis e (muitas vezes, nem vêm a pai- mento, que agora pedem len-
qualidade de exportação, j sagem da cidade onde estão), ços de pescoço, colares deb ^¦^BHB||^^K ff' JBH^H
REUNITÁ vezes resolve o vestuário com ternos pérolas, pulseiras de balan-
(pronta entrega d pag 3 e .;';. e camisas sociais (resta-lhe o gandãs dourados (para a noite,
venda no varejo)
Tel.: 235-1787 j
:í% Rua Barata Ribeiro 502 CJ. 5 v^gs problema da passadoria), a nunca para gesticular em reu-
E
DECENTE i&y (esquina com Sta Ciar») ?4|y^ mulher vive às voltas com niões) e cintos de boa qualida-
tailleurs, saias de couro, sapa- de, de preferência em croco. E
tos formais e informais, bolsas lembre-se: se for um seminá-
práticas, secadores de cabelo. rio ou feira, o motivo da via- i»" ^H^HB^^ki|^H|{H|^^^^^B
E ainda tem que comprimir na
"Para gem, deve haver um bom bla-
Viagem menor mala possível.
ELEGANTE. zer com lapela para o
ELE( não perder tempo, esperando indispensável crachá.
na esteira de bagagem, e ir
direto para o hotel, descansar Nas fotos, Carla S. Lima, ¦¦* ¦ M ^K r?SE
20% DE DESCONTO. June embelezada Ronald Pi-
Porque, antes das reuniões", diz por
Promoção na Loja Ipanema. Farrell, da cadeia de hotéis mentel, e o estilo executiva/ |
Marriott. E também para evi- viajante. As fotos foram feitas |
e tar o transtorno de arrastar na ala executiva do Hotel Rio- |
como
uma malona pesada pela cida- Othon, na Av. Atlântica. Pro- I
de, quando enfrentar uma gre- dução de Rita Moreno.
AriAOA/PABini Tailleur dia e noite,
onde ir. em seda, com
estampa de lenços
(Mônaco); escarpin
Onde encontrar: Aspargus: R. Visconde Bolsas: sao Conrado Fashion Mall, sobre- (MiniShop): bolsa
Mezzo Punto: São Conrado Fashion Kelly (Frankie e
de Pirajá, esq. de Maria Quitcria; H. loja; Amaury). Mala de
fSÍ Stern: Shopping Rio-Sul; Marco Sabi- Mall, sobreloja; Frankie e Amaury: R.
no: R. Visconde de Pirajá, 351, sobre- Visconde de Pirajá, 351; Maxipull: R. mão (Carmem)
RIO: RUA VISCONDE DE PIRAJA. 272 loja; Libera: BarraShopping; Mônaco: Barata Ribeiro, 391 s/002; MiniShop: R.
BRASÍLIA: CLS 309 BLOCO A LOJA 45 Av. N. S. de Copacabana, 420; Carmem Visconde de Pirajá, 550
PONTA DE LUXO M0V1E.AV. COPACABANA,680 • S0BREL0JA 235-3535

s
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Rio de Janeiro, 14 de julho de 1990 — N° 198 Não pode ser vendido separadamente

JORNAL DO BRASIL

Idéias

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Em um romance do inicio
do século o escritor alemão
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[einrich Mann criou a sua utopia:
uma pequena cidade onde
todos estavam preparados para a
convivência democrática
n Paginas 6 a 9
À DIMOCRACIIT

.'«¦ JTÍk :¦ C
 ! VIDA CULTURAL
elaboração da série ficou a
A primeira cargo de Paulo Geiger.
De autoria de Robert M.
'Judaica' Seltzer, dois volumes
intitulados Povo judeu,
pensamento judaico
brasileira contêm uma história
analítica dos judeus, desde
om um total de 4.500 os primórdios, e ao mesmo
f - páginas, distribuídas tempo uma síntese da sua
em 10 volumes contribuição no campo das
encadernados, acaba de ser idéias e das crenças.
lançada a Biblioteca Conhecimento judaico,
enciclopédica judaica, igualmente distribuído em
primeiro empreendimento dois volumes, escritos por
editorial brasileiro nessa Nathan Ausubel, é uma <
área. A Judaica é pequena enciclopédia na
publicada por A. Koogan qual os assuntos são
Editor (leia-se Abraão apresentados em forma de
Koogan, conhecido editor verbetes, em ordem
de literatura, livros de alfabética. Já publicada
medicina e obras de nos EUA, Inglaterra e
referência, fundador das Israel, onde obteve boa
editoras Delta e receptividade da crítica,
Guanabara). A coleção é História de Israel, de
composta por obras de Howard M. Sacher, ocupa
diferentes autores, e
outros dois volumes da
concebida de modo a cobrir coletânea. Os restantes
toda a temática judaica, são: O Talmude essencial,
em seus aspectos mais de Adin Steinsaltz; Um
gerais, proporcionando a tesouro do folclore judaico,
qualquer leitor uma visão compilado por Nathan
abrangente da história, da Ausubel; Cabala, de
cultura e do pensamento Gershom Scholem (o maior
do povo judeu. A especialista em
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o movimento e seus
mestres, de Harry
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240.3666.
edição
esta história:
primeiro volume
Mil, o da
por um dos maiores
Privada. Esta
Companhia Das Letras
Encontro
e 25 a 28 deste mês terá lugar
T*> em Brasília um Encontro Na-
Associação Nacional de Escritores e
^ Correia Pinto, edição da Massao
a UnB. O Encontro se realizará no
Teatro Nacional e discutirá, entre
outros temas, o mercado editorial
brasileiro, as relações entre mídia e
literatura, os livros para o público
infantil e juvenil e a criação literá-
ria no Brasil Central. Paralelamen-
te ao Encontro haverá ama feira
de livros, a cargo da Câmara do Li-
vro do Brasil Central.
Festa do equinódo
écimo-quinto romance da es-
D cocesa Rosamunde Pilcher, 65
anos, September teve os seus di-
reitos de tradução no Brasil ad-
quiridos pela Bertrand. Lançado
em março último nos EUA o ro-
mance já vendeu 600 mil cópias e
liderou por dois meses a lista de
best sellers da Publishers weekly,
cedendo lugar apenas para The
stand (A dança da morte), de Ste-
phen King. O romance passa-se
durante a festa com a qual os es-
coceses celebram a chegada de se-
tembro. Nessa ocasião, casamen-
tos são propostos ou-desfeitos,
segredos familiares expostos, feli-
cidade e tragédia dão-se as mãos
na passagem do equinócio. Rosa-
munde Pilcher é autora ainda de
The shell seekers, que também se-
rá publicado pela Bertrand. Al-
* Redator: Ney Reis
guns personagens de The shell
seekers são retomados em Sep-
tember, embora este não seja a
continuação daquele.
"Historia
da da Vida
a 1 ? edição esgotou
coleção História
a 2* edição. Traduzida
historiadores contemporâneos:
história precisa entrar na
Autógrafos
___ ia 16, às 20 horas, na Casa de
B B Cultura Laura Alvim,
autógrafos de Relâmpagos,
poemas de Gustavo Alberto
Ohno. Dia 17, no mesmo local e
hora, lançamento de O que eles
pensam, entrevistas com
escritores, de André Pestana,
Edições Tagore.
Cartas
Obras de Salinger
ouve um equívoco de Idéias
Livros de 7.7.1990 na nota ínti-
tulada J.D. no Brasil, que acompa-
nha o brilhante artigo de Bruno Li-
berati sobre o livro de Ian Hamilton,
quando se afirma que a Editora do
Autor desapareceu e que as obras de
Salinger aqui traduzidas estão esgo-
tadas. Na verdade, a Editora do Au-
tor continua a existir legalmente e
mantém sob contrato de vigência
plena as edições de O apanhador no
campo de centeio, Nove estórias e
Franny e Zooey. Os livros em ques-
tão têm sido periodicamente reedi-
tados. O apanhador já teve nove
edições e Nove estórias duas. Walter
Pereira Acosta, diretor da Editora do
Autor, Rio de Janeiro.
Idéias
Livros
Editor: José Castello
Editor Assistente: Mario Pontes
Diagramador:
Antoninho de Paula
Privada".
rapidinhoV
da Vida Privada,
emll países,
Georges
sua vida privada.
14/7/90 ? JORNAL DO BRASIL
 SACA
0
O Japão
entre duas
guerras
A evolução da sociedade japonesa
moderna vista através das peripécias de
uma família de psiquiatras
¦ Um hospício no Japão, de Morio
Kita. Tradução de Gilda Stuart.
Marco Zero, 410 p., Cri 2.300,00.
Sérgio Sá Leitão
editora Marco Zero resol-
veu apostar 110 melhor da
A literatura japonesa con-
temporânea. Ao publicar Um hospício
no Japão, de Morio Kita, e anunciar
para a primavera de 1991 o lançamen-
to de sua continuação, A queda da
Casa de Nire, abre um pouco mais as
janelas do nosso restrito mercado pa-
ra um país onde a ficção moderna está
em pleno florescimento. Não é uma
aposta fácil, mas o esforço pode ser
recompensador, ao menos no quesito
cultura. O autor que agora se traduz é
importante e vincula-se à tradição do
romance total japonês: nada de litera-
tura fantástica ou delírios budistas de
consumo imediato, portanto.
Um hospício no Japão, que teve 2
milhões de exemplares vendidos nas
livrarias japonesas, narra ao mesmo
tempo a saga de uma família, proprie-
tária de um hospital psiquiátrico nos
arredores de Tóquio, e a própria con-
solidação do Japão moderno. A narra-
tiva é detonada em 1918, quando o
hospital está em seu apogeu, e termi-
na em 1941, com o bombardeio a Pearl
Harbour e o inicio da deterioração da
era Meiji, iniciada quando o país, na
segunda metade do século XIX, abriu
seus portos ao mundo e saiu do isola-
mento.
O pano de fundo histórico, à seme-
lhança dos melhores romances do gê-
nero no Ocidente, funciona como pia-
no essencial. Trata-se da ascensão e
queda do militarismo japonês, que
conduz o país a invadir a China e a
entrar na n Guerra Mundial. A lin-
guagem de Kita é
outra atração:
despojamento,
ordem direta e
humor incontido
são as suas mar-
Os livros de Kita
cas.
O caminho en-
são um grande
contrado pelo au-
tor para conduzir sucesso no Japão;
sua revelação é o
'Um
da construção pa- hospício' já
ralela, onde dois
vendeu mais de
universos narra-
tivos distintos — ciam os homens
dois milhões de
um particular,
centrado em dois
cópias
protagonistas,
pai e filho adoti-
vo; outro uni ver-
JORNAL DO BRASIL ? 14/7/90
sal, centrado em fatos históricos e
acidentes naturais — estão a todo iijis-
tante chocando-se e penetrando-se.
Corrosivo, Kita vale-se do hospício
traçar uma panorama da forma-
para
ção do Japão de hoje, processo que
termina transparecendo nas páginas
do romance a partir dos defeitos, vir-
tudes e idiossincrasias dos persona-
no plano familiar e profissional.
gens
Não à toa, este renomado psiquiatra,
filho de um poeta que também se
aventurou pela psiquiatria e que ins-
pira um dos personagens da obra, é
muitas vezes comparado a Thomas
Mann e Charles Dickens. Uma compa-
ração que se justifica, apesar dos pe-
sares.
Ele mesmo admite que Os Budden-
brook, crônica familiar que marcou o
início da carreira do autor alemão, e o
clássico A montanha mágica, escrito
no começo dos anos 20, são influências
seminais de Um hospício no Japão e
do conjunto da sua vasta produção
literária. "Até o ginásio, não tinha
interesse particular pela literatura",
contou o autor à revista Intersect em
1985, quando o livro foi publicado nos
EUA. "Depois do primeiro contato
com Mann, porém, a literatura me
sensibilizou ao ponto da entrega total
à ficção". Sobre a comparação, Kita
sai pela tangente e comete um peque-
no exercício de modéstia irônica:
"Meu trabalho é muitas vezes compa-
rado ao de Mann, mas ele é um escri-
tor muito inteligente, enquanto eu
sou apenas um idiota". Quanto a Dic-
kens, "as palavras nos aproximam".
Os dois merecem.
As comparações, entretanto, ser-
vem apenas para fazer o perfil desse
autor até agora desconhecido entre
nós. O singular em Um hospício no
Japão, de qualquer modo, supera as
expectativas.
Trata-se de um
livro que apre-
senta de modo
magistral o fluir
da história, as
transformações
individuais e co-
letivas, os mo-
mentos cruéis e
doces, quase to-
dos cômicos se
vistos à distân-
cia, que viven-
presos nas ma-
lhas da tradição.
É sem dúvida
uma narrativa
incomum. Tho-
- - >-V. - -
mas Mann dizia que não se deve ler os cado pelo mestre adotivo, Tetsukichi
livros bons, pois, afinal de contas, há é gloomy, introspectivo, lacônico e
os ótimos. Eis um adjetivo pertinente absolutamente sem charme; uma fal-
a esta saga. ta de atrativo que, segundo o autor,
"soa tão falsa para um personagem de
Em 1918, o hospital fundado pelo
alter ego do avô do escritor, Kiichiro ficção que realça o realismo do livro".
Nire, está no auge de sua prosperida- Sendo o oposto do pai, torna-se um
de. Ao longo das páginas seguintes, a excelente símbolo da transição japo-
narrativa nos conduz à miséria da
nesa. As diferanças entre os dois per-
guerra, em uma história de ascensão e sonagens-Japão, em torno dos quais
queda, de expansão e retração, apre-
sentando paralelos claros com o real gira a roda de fortuna e do afeto,
consagrado pela historiografia. Há torna-se clara no assunto psiquiatria:
uma embalagem
que torna mais
fascinante essa '7/vyv-;,, :•
relação entre es- s! :
paço e tempo: a
simetria perfeita
do caráter e da -
carreira dos dois .
'
¦
:
> : ..'¦ <• ' : v. '
; ¦
homens que pro-
tagonizam a
ação, Nire e seu
filho adotivo,
igualmente psi-
quiatra. Aquele,
uma autêntica
miscelânea fake
modelada em
apenas um indi-
víduo: um exem-
pio de energia, de
vulgaridade," de
privacidade a
qualquer preço e
do sólido e rústi-
co coração do ex-
pansionismo
Meiji. O filho,
sua sombra, seu
oposto, o perfeito
yin do potentado
yang que erigiu o
clã transformis-
ta.
Nire é uma fi-
gura complexa,
um self made ja-
pa, à imagem e
semelhança dos
empreendedores
da era Meiji, e, no
fim das contas,
do próprio pais de Morio Kita tem uma extensa obra romanesca
hoje, salvo um sobre o Japão moderno e se confessa
outro realce pop.
influenciado pela literatura de Charles
Quase tudo, en-
Dickens e Thomas Mann
tão, fake — seu
nome, criação
própria: as ridículas colunas e torres um tem aversão a conceitos ociden-
que incluiu como adornos do hospital:
tais; o outro é preparado para pene-
os métodos de tratamento nada orto- trar nas sombras do inconsciente à
doxos. E o rio deságua em chamativos
maneira ocidental.
relógios de ouro — em outras pala-
Curioso: o pai é um médico muito
vras, o que um habitante do Village
chamaria de "outrageous braggart". superior, apesar dos seus métodos es-
Sua estraordinária vitalidade e efi- tranhos; e o filho, uma promessa que
ciência, outra face da moeda Meiji, vê não chega a se realizar no segundo
a energia fugir de suas veias, de um volume. Este esbarra na paz, mas reve-
modo semelhante, aliás, ao que acon- la a continuação da saga guerra aden-
tecia do o espírito da época da guerra, tro, em uma nova sucessão d& ventos
do qual entretanto o Japão se liberta- levam — e não trazem de volta. O
ria a seguir na sua extraordinária re- que
filho-Japão só atinge o orgasmo nos
cuperação. É um homem que usa o
anos 50, mas esta é outra história. A
estetoscópio para examinar a mente
dos pacientes; um disfarce, na verda- saga, construída com memoráveis des-
crições de identidades e de situações,
de, para o seu agudo senso de observa-
tem quadros que transcendem a ficção.
ção. Depois do avô Nire e do pai Tetsu, a
O homem que descreve os trata-
mentos, à medida que Kita monta o luta continua, protagonizada pelo pró-
seu complexo e arrebatador quebra- prio autor, também especialista em
cabeças, é o alter ego do pai do escri- soutsu — ou comportamento maníaco-
depressivo. A dupla dinâmica Nire-
tor. Nascido na vila seguinte à de Kii-
chiro Nire, adotado por sua grande Tetsu construiu seu império; o prota-
potencialidade acadêmica, levado pa- gonista narra como isso aconteceu. E
ra Tóquio aos 15 anos de idade e edu- narra magistralmente.
Idéias/LI VRO S
 FILOSOFIA
Um douto
tratado
ignorância
Wanderley Guilherme dos Santos
critica os dogmatismos que dominam o
pensamento atual e sugere aos
intelectuais uma postura mais humilde
na busca do conhecimento
¦ Discurso sobre o objeto: uma poética do social, de
Wanderley Guilherme dos Santos. Companhia das Letras-
SECSP, 110 p., Cr$540,00.
Luiz Felipe Baeta Neves
ordem social é cubista."
4 6 Pro-
A posições como esta poderiam
indicar que se está diante de
um atirador de trouvailles, interessado em ca-
tivar pelo espanto. O que poderia ser verdadei-
ro não fosse o autor, Wanderley Guilherme dos
Santos, notoriamente rigoroso em suas análi-
ses. O que o autor de Política e poder: crônica
do autoritarismo brasileiro e outras obras so-
bre a realidade do país nos oferece agora é um
livro paradoxal, um conciso tratado sobre... a
ignorância, no qual rigor e surpresa se entre-
cruzam provocadoramente.
Em princípio é tarefa absurda a de analisar
uma súmula teórica sobre o nada, ou pior, so-
bre o oposto, o inimigo mortal da própria teo-
ria. Nada e contrário — à teoria, à ciência, ao
conhecimento, à humanidade mesma. Assim
nos acostumamos a chamar a ignorância, por
contraposição à razão, à previsibilidade, ao
sistema, à inteligência. O Discurso sobre o ob-
jeto nos alerta para o caráter transitório dos
saberes e para a importância esmagadora das
representações na efetiva implantação das
ações humanas: "O conteúdo cognitivo de
qualquer ação social humana é ridiculamente
íntimo, seu valor de verdade majoritariamente
ignorado, quando reconhecido é minimamente
compreendido, e quando reconhecido e com-
preendido só ocasionalmente respeitado."
Não sendo uma apologia da ignorância, a
argumentação de Wanderley Guilherme é um
antídoto para qualquer exacerbação do cienti-
ficismo, do iluminismo e de outros males que
assolam a vida acadêmica e que, tantas vezes,
são veladas armas de poder dos que detêm o
saber consagrado. Os monopolistas dogmáticos
do saber peocuram, imaculados, juntar ciência
e moral como par indivorciável. Mas eles deve-
riam saber, adverte o autor do Discurso, que
"informação não
é conhecimento, conheci-
mento não é sabedoria e sabedoria nada diz à
virtude. A sahedoria se funda no ceticismo, o
ceticismo na precariedade do conhecimento, o
conhecimento na finitude das informações. A
moral não possui fundamento algum, e a arit-
mética é irrelevante como regra de conduta."
Idéias/LIVROS
O mundo social pro- Na verdade, não há Universo. O que há para a
"pluriverso" so-
posto pelo Discurso poética deste Discurso é um
inclui a variedade, a ciai, onde coexistem o parcial, o contraditório
imprevisibilidade, a e o simplesmente inexplicável. E é neste senti-
contingênoia, o acaso. do — da pluralidade, do disparatado — que "a
Sem fazer o elogio do ordem social é cubista".
irracionalismo, resis- Aos que considerarem as afirmações acima,
te às auto-celebrações resumidas do Discurso, bem elaboradas mas
de uma Razão consti- não inovadoras, sugiro que atentem para as
"teoria do interesse", de uso
tuída fora das humil- passagens sobre a
des — mas riquíssimas corrente como explicação da ordem social. Es-
— dimensões huma- tão no Capítulo 4, do qual destaco a aguda e
da nas. Este é um des- radicalmente criativa observação sobre fins e
concertante manifes- meios na gênese da vida social. Partindo de
to contra as reduções uma afirmação de Adam Smith. Wanderley
e as prisões em que Guilherme demonstra que "a única possibili-
habitualmente se en- dade de alguém tornar-se um fim para si mes-
carcera o virtual, o
mo é ser tratado instrumentalmente pelos ou-
inesperado, o aleató- tros", o que constitui a perversa dialética "que
rio. Investe contra a revela o segredo da ordem mercantil. O que
ontologia dogmática e
naturalista, que pro- limita a expansão de qualquer ego aquisitivo",
clama o mundo social
"pura objetividade,
sujeito a leis, mesmo
que probabilísticas,
ou a esquemas nitida-
mente classificató-
rios".
Essa definição se
articula, fundamen- s'v '.a*? ;
talmente, ao princí-
pio da razão suficien-
te. Esse princípio
implica em uma teo-
ria da causalidade pe-
la qual, dados apenas certos elementos, somen-
te certos outros elementos podem advir. Essa
restritíssima razão causai é esperta, pois esta-
belece linhas de sucessão depois dos fatos ocor-
ridos, e brande uma capacidade de precisão a
posteriori... Não que o autor impugne a causa-
lidade em si; apenas é preciso que ela possa
incluir a virtualidade. Exemplificando com a
passagem do feudalismo para o capitalismo
(tema que assola maniacamente os cursos uni-
versitários marxistas de história), Wandeley
Guilherme mostra que só por retroação se pode
afirmar que o feudalismo continha em germe o
capitalismo. E acrescenta: "assim como conti-
nha dezenas de mundos possíveis, inclusive ele
próprio". Isto muda tudo, pois substitui neces-
sidades por possibilidades, ou arrogância por
respeito à finitude e ao limitado alcance do
saber.
Wanderley Guilherme se insurge contra esse
universo da continuidade restrita, que requer Wanderley Guilherme dos Santos pensa
uma permanente necessidade de regredir, de que no universo social coexistem o parcial,
lançar mão de outras causas, cada vez mais o contraditório e aquilo que é simplesmente
recuadas, e que só pode ser interrompida por inexplicável
algo que está "fora da série causai, causa das
causas, razão das razões, ou seja, Deus". Con-
traditório destino para uma teoria que se pre-
tende filha dileta da Razão e da História! Ele o autor continua, "é a capacidade de outro ego
não aceita esse universo da integridade, que tomá-lo como meio, não como fim. Destruir
sua capacidade de tratar-me como meio impli-
postula uma correspondência do conhecimento caria a impossibilidade de realizar-se como su-
ao objeto conhecido e que prega a integridade
da teoria, proclamando que suas partes são jeita autônomo." Aparentemente simples e
inseparáveis do seu monolítico todo. Diz não a cândida, esta é uma descrição magnífica do
cinismo constitutivo de uma ordem social. É
esse "integrismo" epistemológico. amigo das
totalidades suntuosas que imaginam com- uma descrição que retira o interesse (e sua
teoria) do moralismo e da escatologia, para
preender e planejar o mundo pelos macrocon-
ceitos e salvar a sociedade pela pedagogia e a mostrar como ele está sempre tecendo o equilí-
brio social.
revolução.
Discurso sobre o objeto é um belíssimo dis-
curso... sobre o discurso. Não porque tome o
discurso por seu objeto, mas porque é um tra-
tado cioso da sua escrita. O espírito inebriante
Informação não é do livro está na forma da sua linguagem, feita
de uma língua que anda quase esquecida em seu
conhecimento, apuro, mas igualmente em suas mudanças de
tons. Isto explica a necessidade de citá-lo, pois
conhecimento não é é quase impossível transpor o texto para uma
linguagem crítica sem perder o seu sabor. Em
sabedoria, qualquer paisagem cultural, este seria um li-
vro raro; entre nós, é um transgressor nato.
a sabedoria nada Não desmerece o saber acumulado: basta ver as
observações-provocações sobre Marx, Vico, au-
tem para dizer à virtude
tores gregos etc.. É um livro de construções
aforísticas. em uma terra de filosofias "analí-
y
14/7 90 ? JORNAL DO BRASIL
ticas" e "conceituais". Um ensaio de tom pes- "explosão" da
indeterminação subjetiva, ou seja, o de que não plural, segue-se a inevitável
soai, e mesmo de autobiografia intelectual, existe razão a priori para que o número de teoria. Mas, creio que essa posição não deve ser
que apesar disso não abandona a cena nem os representações que a consciência humana se tomada como um antiteoricismo do autor, ou
temas públicos. Que cobre um vasto arco de pode apresentar sobre os mesmos objetos (...) como uma apologia anacrônica do ecletismo
questões fundamentais para a filosofia e a teo- seja finito." onde "tudo vale".
ria social, embora seja um livro de pouco mais Essa subjetividade inúmera não se reduz O universo teórico parcial e plural proposto
"correspondente mate-
de 100 páginas. Sobretudo, um livro escrito por àquilo que seria seu por Wanderley Guilherme permite entrever duas
alguém que, já consagrado, poderia — se cora- rial". O que implica — aceito este anti-redu- conseqüências de excepcional significado para a
gem"Oslhe faltasse — abrir mão de tantos riscos. cionismo — não apenas em uma luta contra o cena intelectual. A primeira seria uma radical
seres humanos são desiguais perante a objetivismo dogmático, mas ainda em uma re- rejeição de filiações teóricas (e políticas) absolu-
ignorância, visto que a ignorância é ubíqua, visão das práticas dominantes nas teorias das tizadoras: "Sou marxista!'' ou "Sou funcionalis-
múltipla, porém heterogênea, e este vero fato ideologias e na sociologia do conhecimento. ta!" — gritados como lemas identificatórios que
os irmana na ignorância de como se distribuem Ambas, em suas versões mais consumidas, aca- se justificam apenas por sua própria enunciação,
as diversas modalidades de ignorância por en- bam por postular uma estrita determinação do como os das torcidas nos estádios de futebol. A
tre os semelhantes. O saber é democratizável; a "realmente" o segunda conseqüência possível seria uma nova
pensamento pelo que produzi-
ignorância, não." A ignorância é inarredável; ria. Como se a história não incluísse senão as posição, e de muito maior relevo, que seria atri-
não sendo um vazio, uma deformação ou um condições econômicas e sociais que, soberanas, buída ao teórico. Uma vez suspensos os juízos
"epifenômenos superestrutu- apriorísticos e totalizadores, ele teria que de-
desvio do saber não pode ser erradicada. A produziriam os
ignorância não é democratizável, penso, espe- rais", tão secundários quanto previsíveis. Mas monstrar um conhecimento mais generalizado
cialmente porque é um universo em expansão não se confunda a pluralidade de representa- de diversas (outras) teorias. E mais: teria que ser
do virtual — do que sequer se sabe que existe. ções com algo como a imortalidade da alma: capaz de escolher bem os seus conceitos entre
"outros"; teria
Não pode ser compar- que ser
tilhado ou dividido ágil e sensível para
porque pertence, so- propor novas articula-
bretudo, ao futuro e ções e justificá-las.
ao segredo; não é um Para Wanderley
corpo ou um tesouro Guilherme "várias
que possa ser tomado perspectivas são indis-
como um bem a ser pensáveis, e não suces-
desmembrado. sivamente, mas simul-
Se não é democrati- taneamente". Como no
zável, a igorância po- cubismo, "a ordem, ar-
de ter um importante ticulada porque desar-
efeito democratizador ticulada, projeta o
ao impedir qualquer mesmo em diferentes
fechamento de siste- planos de significação,
mas, inclusive o siste- de lógica, de antece-
ma político. De fato, dentes é de conseqüen-
como imaginar um tes, e cada parte do to-
sistema que tudo sabe do adquire e exprime a
e tudo pode — como racionalidade do plano
nos autoritarismos — em que se instaura. A
se ontologicamente o ordem social é cubis-
mundo social inclui ta." Esta é sem dúvida
necessariamente a uma surpreendente e
abertura, o não-sabi- saborosa visão do so-
do, a surpresa, a ma- ciai, que não diz res-
gia? Ou, como imagi- peito somente ao espa-
nar um "fim das ço social. Determina
ideologias"? Não há também uma concep-
"fim das ideologias" ção do tempo social,
"fim da que não é nem uma su-
porque não há
história"; não há so- cessão de etapas estan-
luções finais, porque a ques, nem uma evolu-
sociedade e a teoria ção continua da
são essencialmente gênese: é uma articu-
parciais e parcial- lação conjuntural de
mente cognosciveis. tempos e ritmos histó-
As totalidades totali- ricos setoriais e dispa-
res.
tárias estão em cho- A "ordem social cu-
que. bista" requer mais do
As relações entre "Se a subjetividade é livre, a representação é
saber e ignorância tem um encanto especial que o saber do que se candidata a conhecê-la.
perecível." Requer sua ignorância e... sua sabedoria: "Esta é
para a antropologia, cujo interesse permanen- a fundamental sabedoria (...) compreender, não
te é o estudo da alteridade e das formas não Distante dos hiperdeterminismos que nas
consagradas de conhecimento. Mas o Discurso últimas décadas dominaram a teoria social, a que é ignorante, mas por que razão o é. (...) o
epistemologia deste Discurso sublinha a im- sujeito de conhecimento do social é mais sábio
radicaliza as relativizações da antropologia do que os demais sábios porque ignora mais, e ele
tradicional, ao lembrar que o conhecimento da portância daquilo que tanto se evitava: a con-
ignorância não pode ser confundido nem com a tingência — não como lamentável acidente do ignora mais porque sabe (...) uma coisa a mais —
olímpico curso da história, mas como princípio ele sabe porque não sabe." O "sujeito do conheci-
ilusão de que todos os (nossos) outros são co- mento", aquilo ou aquele que falaria de uma
ambição de tratar o des-
nhecíveis, nem com a "forma necessário para que o social seja inteligível.
conhecido como uma singular" do que Não que a contingência deva — penso — ser
"centro posição de saber se torna mais humilde e corajo-
vista daqui por diante como um novo so, porque mais complexo e rico: passa a ser
se sabe. Um certo hiper-racionalismo, apoio- "sujeito do conhecimento e da ignorância", esta
gista de um triunfo da Razão Consciente e hegemônico" de onde toda a análise iria deri-
var. A contingência não é uma nova rainha que agora incluída e aceita como par inseparável.
fruto de más leituras da psicanálise também O espaço do jornal impõe que este comentá-
fica em situação delicada. Porque as vicissitu- depôs os vilões — estrutura, sistema, organiza-
"lou- ção — apenas para repeti-los sob novos nomes. rio se encerre. Fique claro, porém, que nem de
des humanas não são mero resultado da longe ele toca em tudo que é tratado e subver-
cura", ou que nome tenha a irrazão e a incons- O que o livro propõe são novas alianças entre
acaso e necessidade; entre subjetividade e res- tido no Discurso de Wanderley Guilherme, cer-
ciência. Aqui, o que está no centro das coisas é tamente o mais importante livro de reflexão de
uma permanente e constitutiva limitação da trição; entre finitude e infinitude sociais.
Inimigo do número um, o pluriverso de Wan- autor brasileiro publicado este ano. E é, con-
razão humana. fessemos, um comentário parcial, porque seria
Apontando para a infinitude, a ontologia (há ' deley Guilherme rejeita a unicidade da teoria
social: "Todas as teorias sociais relevantes, impossível tentar qualquer isenção diante des-
quanto tempo não se lia esta palavra, interdi- se apaixonado tratado sobre o social, cuja sa-
tada pela --ciência materialista" entre nós!) até agora têm sido, ao mesmo tempo, convin-
bedoria é fruto de uma lenta decantação que só
social de Wanderley Guilherme não se desloca centes e frustrantes. Todas são persuasivas
com respeito a algum processo específico do a maestria proporciona.
para mundos extraterrenos. Ao contrário, esta Luiz Felipe Baêta Neves, professor na FGV e na UFRJ, é autor de
infinitude é do reino dos homens e guia seus real (...) e desastradas quando aplicadas a ou-
"Submeto tros segmentos da realidade." Aqui, a teoria se vários livros, dos quais o mais recente é As máscaras da
passos: que, radicalmente, o com- fatalidade totalitária.
portamento humano se rege pelo princípio da curva diante da realidade. Como a realidade é
'7 Idéias/LIVROS
JORNAL DO BRASIL ? 14 90 5
 ! ROMANCE

O territo

pequeno

Quatro anos depois,

Em um alegre e Heinrich publicou um ou-
tro romance, Die kleine
cinematográfico Stadt (A pequena cidade),
e este parecia o inverso
do anterior. Não que o au-
romance do início do tor abandonasse o seu te-
ma preferido, a democra-
século o escritor alemão cia. Agora, porém, ele a
mostrava em sua efetivi-
mostrou dade, sob o céu da Itália
Heinrích Mann
(o país das suas afinida-
des eletivas, do mesmo
homens podem
que os modo que a França era o
das afinidades intelec-
chegar à conciliação sem tuais), e apresentava
aquela nova história co-
mo um espelho no qual os
ter que
primeiro alemães do seu tempo de-
viam mirar-se, perceber
desvencilhar-se de suas as próprias deficiências e
descobrir o caminho para
diferenças superá-las.
Em O Anjo Azul Hein-
rich havia exposto com
veemência e amargura
tudo aquilo que o aborre-
cia em sua gente; em A
pequena cidade celebra-
va o objeto do seu amor e
m A pequena cidade, de Heinrich Mann. Tradução de a matéria dos seus so-
Luíza Ribeiro. Rocco, 378 p., CrS 2.100,00. nhos. O romance de Unrat
Mario Pontes era a denúncia do obscu-
rantismo, do autoritaris-
mo e da hipocrisia dos
einrich Mann amava apaixonadamente o bem-pensantes na socie-
seu pais. No entanto, aos olhos de muitos dade pós-bismarkeana; a
H 1 alemães ele era quase um estrangeiro; pa- colorida e trepidante co-
ra alguns mais exacerbados em sua xenofobia, um média dramática da pe-
traidor a ser excluído da comunidade nacional. O que quena cidade exaltava a
fazia dele um "mau alemão" era o seu não menos conduta democrática, a
apaixonado amor pela democracia. E este era um divergência e a concilia-
sentimento fora de lugar em um pais onde, na época ção. E era também uma
da juventude do escritor, o conceito de democracia declaração de que a arte
habitualmente associava-se à falta de patriotismo. não apenas expressa o que
Nos anos de Hitler, que correspondem aos da sua de melhor os homens tra-
velhice, as coisas eram ainda piores: a simples sus- zem dentro de si, mas
também um instrumento
peita de que alguém professasse a idéia democrática
capaz de reuni-los em um
podia levá-lo a um campo de concentração ou de
extermínio. Como Heinrich Mann jamais abriu mão plano situado para lá das
das suas convicções políticas, teve de viver a maior suas divisões e impulsos Heinrich Marin (E) e Thomas Mann numa festa em
destrutivos. Muniaue. no ano de 1920, pouco
Munique, vouco tempo devois da
temvo depois
parte de sua existência (1871/1950) em desconfortável reconciliação, após o desentendimento motivado pelas
conflito com o país que o viu nascer. Como O Anjo Azul, A
As marcas desse conflito estão visíveis em cada pequena cidade foi um posições opostas sobre a I Guerra Mundial
episódio significativo de sua biografia, mesmo fracasso de livraria. As
aqueles de ordem pessoal e afetiva. E também estão dificuldades começaram
presentes no conjunto de sua obra literária, uma antes mesmo do romance ser publicado, com a ção e gestos de solidariedade estavam longe de signi-
obra extensa e cheia de altos e baixos, composta de devolução do manuscrito por sucessivos editores. ficar que os dois fossem um exemplo de amor frater-
mais de sessenta títulos, que abrangem do conto ao Aquele que finalmente o aceitou, impôs como cláu- nal. Ao contrário, tiveram sérios desentendimentos
romance, da novela à peça para teatro, do ensaio ao sula contratural à exclusão da palavra democracia e, por um longo período, nem sequer se cumprimen-
artigo para jornal. dos cartazes e comunicados de imprensa sobre o tavam.
Foi pelo romance que Heinrich Mann lançou-se, livro. A recepção foi hostil, a crítica desfavorável. Desde a infância as relações entre ambos foram
muito cedo, à luta literária e política. E foi pelo O irmão mais moço de Heinrich, Thomas — que espinhosas, mas a ruptura veio como mais um doa
romance que a celebridade primeiro o alcançou, embora já tivesse escrito Os Buddenbrook e Sua frutos envenenados da I Guerra Mundial. Sempre
dentro e fora da Alemanha. A colisão entre o radi- Alteza Real ainda era menos célebre do que ele — positivo e participante, Heinrich juntou-se aos ra-
cal liberalismo do mais velho dos Mann e o atraso foi um dos poucos a elogiar o romance e a anunciá- ros intelectuais alemães que, na primeira hora,
da sociedade que o rodeava manifesta-se em toda a lo como um vento novo e saudável na pesada at- firmaram posição contra aquela guerra e a denun-
sua inteireza no mais conhecido dos seus romances, mosfera da Alemanha wilhelmiana. ciaram profeticamente como uma aventura suici-
Professor Unrat oder das Endè eines Tyrannen Não foi esta a primeira nem a última vez que da. Thomas ficou do outro lado.
(Professor Unrat ou A queda de um tirano), de 1905, Thomas Mann exaltou publicamente as qualidades Sob a influência de idéias nacionalistas que pou-
que depois de ter inspirado o mitológico filme O literárias do irmão. Ele o fez em várias circunstân- co mais tarde iria repudiar, o autor de Tonio Krô•
Anjo Azul passou a ser publicado com este título cias, e em mais de uma ocasião saiu a defendê-lo ger viu na guerra um movimento de afirmação da
(no Brasil, apareceu pela Paz e Terra em 1985). quando o atacavam. Mas esses protestos de admira- cultura alemã em face da "decadente" civilização

Idéias/LIVROS 6 14/7/90 ? JORNAL DO BRASIL

rio da democracia

ras ambíguas, soluções dualistas. Na sua pressa e

da Europa Ocidental. Em
uma série de ensaios es- impetuosidade, Heinrich muitas vezes não passava
critos nos meses seguin- do preto e branco; um paradoxo, pois afinal o mani-
tes ao trágico agosto de queísmo não era um traço do seu caráter.
1914 revisitou velhos mi- Esse contraste entre os irmãos Mann se eviden-
tos e trouxe à cena figu- cia de modo particular no confronto das obras em
j|| ,
ras históricas, para com
eles argumentar que a que um e outro tomaram o mesmo ponto de partida.
guerra correspondia a Ao escrever, por exemplo, Morte em Veneza, Tho-
uma aspiração coletiva e mas estava retomando o tema da decadência, ex-
que seria o instrumento piorado por Heinrich anos antes em O Anjo Azul.
pelo qual a Alemanha Mas enquanto Heinrich atirava-se impiedosamente
consolidaria a unidade al- sobre o seu personagem a fim de arrancar-lhe as
cançada apenas quarenta máscaras e mostrá-lo em toda a negatividade, Tho-
e cinco anos antes. Hein- mas pintava von Aschenbach como uma figura que
rich, pelo contrário, era "rejuvenescimento cos-
caia no ridículo com o seu
taxativamente pacifista. mético", mas ao mesmo tempo era digna de admi-
"A guerra", escrevia, ração, pelo talento e a tentativa final de encontrar
"não é coisa que mereça no amor um sentido para a vida. O professor Unrat
entusiasmo, não civiliza, era um símbolo imutável da Alemanha província-
não faz com que nada seja na, não admitia interpretações; von Aschenbach
verdadeiro ou justo. Nem tinha uma dimensão quase universal, podia ser
torna os homens mais 'visto, entre outras coisas, como a imagem do su-
fraternos." percivilizado europeu que se enfara e precipita-se
Mas Thomas foi em tardiamente na paixão. O inverso ocorre com A
frente com a sua condena- pequena cidade, que retoma com as cores da palhe-
ção aos intelectuais que, ta popular o pro-
envolvidos pela política, blema da democra-
punham de lado o que a cia, tratado por
cultura oficial apresenta- Thomas, em Sua
va como os supremos inte- Alteza Real, numa Heinrich
resses do país. Heinrich, clave que ele mes-
mo reconheceria Mann tinha
sentindo-se pessoalmente
ofendido por uma alusão como ingênua: a adoração pela
de Thomas, respondeu-lhe da conversão da
com um célebre ensaio so- aristocracia à Itália e foi lá
bre Émile Zola e a sua igualdade social.
participação no caso W} No final dos que situou a
Dreyfus. O rompimento anos 20 Thomas
consumou-se. Foi neces- i|x Mann recebeu fi- pequena
sário o fim desastroso da nalmente o seu so- cidade onde
guerra, que um dia Tho- nhado Prêmio No-
mas havia saudado como a bel, cuja todos os
festa do povo alemão, para motivação mais
imediata foi o mo- habitantes
que os irmãos de reconci-
liassem. numental romance estavam
A montanha mági-
A essa altura, porém, ca, publicado em
Thomas — apesar de sua 1924. Ironicamen- predispostos
desorientação no decor- *&•' mm te, esse romance, à convivência
rer da guerra — já era o Tho-
Heinrich Mann e sua última
ultima mulher, Nelly Kroger,em que projetava
autor de Morte em Vene- alcodlatra e
alcoólatra mas para o Olimpo democrática
iqiq
1939. mn.
Ela era uma vessoa
pessoa moblematica,
problemática,
za e tinha seu nome fre- suicidar-se na Califórnia. enquanto deixava
neurótica, que acabou por
qüentemente menciona- Mas a nenhuma outra ele amou tanto Heinrich definiti-
do como o de um sério vãmente na som-
candidato ao Prêmio No- bra da encosta, era
bel. Mergulhado na poli- um livro no qual o autor fazia uma sutil autocrítica
tica até a raiz dos cabelos, Heinrich eclipsara-se obra de Heinrich Mann eram produto, antes de mais
nada, do seu temperamento tumultuoso. Ele estava das ilusões que havia alimentado durante a guerra
parcialmente como escritor. Fazia anos que não sempre disposto a sacrificar a literatura ás paixões e descrevia como pouco a pouco se aproximara das
produzia um novo romance com peso eqüivalente Tho-
e A cidade. O único que o envolviam e à generosidade das idéias que o posições do irmão. Outra ironia; de Heinrich,
ao de O Anjo Azul pequena mas extraíra o seu melhor material para a compo-
romance importante desse meio tempo, Der Unter- motivavam. Produzia em excesso, não burilava os
seus textos, não tinha a vocação da ourivesaria sição da figura mais lúcida de A motanha mágica, o
tan (O súdito) tivera sua publicação em folhetins italiano Settembrini, um intelectual racionalista,
suspensa no início da guerra, por ser considerado literária. No desenvolvimento de suas histórias dei-
Seu aparecimento xava passar lapsos que aos olhos do irmão eram radical em seu liberalismo, que faz a cabeça do
ofensivo à pessoa do Imperador. jovem herói Hans Castorp.
logo após a renúncia do Kaiser provocou mal-estar, pecados imperdoáveis.
Thomas, ao contrário, era um perfeccionista. Na- Tem-se dito que Heinrich Mann, no que concerne
foi recebido como uma deselegância, uma vingança à sua visão de mundo e suas opções estéticas, per-
contra o vencido. Os irmãos se reconciliaram, sim, da escrevia sem prévio amadurecimento e cuidadosa
Thomas pesquisa. A literatura era a sua prioridade absoluta. tencia mais ao século passado do que ao século
mas no plano da literatura a fama de atual, que seria antes de tudo um epígno dos fran-
começava a ofuscar a de Heinrich. O que afinal se De temperamento olímpico, passava a imagem da
serenidade, seguia o modelo dos clássicos e perseguia ceses, a começar por Émile Zola, objeto de calorosa
tratava de uma injustiça do destino, pois Heinrich admiração. E de fato, à sua identificação com os
o sonho de ser reconhecido como o Goethe da Alemã-
era um verdadeiro artista.
nha moderna. Os painéis sociais que saíam de sua franceses do fim do século XIX ele deve em parte o
Verdadeiro artista, mas desigual como realiza-
dor. As irregularidades no gráfico qualitativo da pena eram ricos de matizes, linhas cruzadas, metáfo-

Idéias/LIVROS
JORNAL DO BRASIL ? 14/7/90

- .'«TV -* <" -•>

 mérito, reconhecido pela melhor crítica, de ter sido
em seu país o introdutor do romance de preocupa-
Ch^am os cantores
ções sociais indisfarçáveis. Mas ai parece terminar
a influência, pois do ponto de vista do estilo, da Debaixo do estalar violento
forma, Heinrich Mann estava longe de ser um natu- dos chicotes ouviu-se a
ralista ou mesmo um realista tout court. diligência entrar fazendo
É verdade que em suas ficções o grotesco está grande barulho. Os dois
sempre presente, mas não há nelas a mais leve carabineiros deixaram-se
sombra do determinismo que preenchia a espinha escorregar dos cavalos e
dorsal da literatura naturalista. Estilisticamente, levantaram os tricórnios para
os primeiros romances de Heinrich Mann parecem enxugar as cabeças. A
coleções de gravuras que retratam mundos obscu- diligência parou. Dentro
ros, e não por acaso ele foi um dos pioneiros da encontravam-se oito pessoas, e
prosa expressionista. Mas quando escrreveu A pe- uma até desceu da boléia: um
quena cidade já estava de olho em outra novidade. homem baixo com perfil de
O romance de 1909 é uma precoce e audaciosa tenta- César, gestos largos e
tiva de transpor para a literatura a técnica da indefinidos. Duas freiras
montagem cinematográfica — e a montagem, tal precipitaram-se pisando os pés
como viria a ser praticada por Griffith e Pudovkin, rrj dos outros. Saiu então um belo e
mal ensaiava os primeiros passados. pálido jovem que olhou
Contudo, a transposição da dinâmica do cinema indiferente à sua volta.
— Nello — exclamou uma voz
para a narrativa literária não era a única inovação feminina —, ajude-me a sair.
presente em A pequena cidade. Em pleno esteticis- —Eu a ajúdo — disse um
mo da belle époque Heinrich Mann estava se entre- vtí.ho franzino, e ele estendeu a
gando a mais uma solitária experiência, propondo- mão enrugada onde faiscava
se a construir um romance coletivo. Assim, anteci- um brilhante. O advogado
pava-se também àquilo que só iria ser feito anos notou:
depois, principalmente pelos escritores que, no em- —Mas são eles, os
balo da revolução russa, associavam radicalismo comediantes. Eu, como
político a vanguardismo estético, mistura que o presidente do Comitê, devo
stalinismo iria proibir em seus laboratórios. cumprimentá-lo.
A pequena cidade, definitivamente, nada tem a
ver com o romance realista do século XIX. Não se
estrutura em tor-
no dos dramas de
um herói proble- Os ânimos chegam ao auge da exaltação quando o teatro, nos bastidores, nas alcovas das casas. E
'O mático e nem "devassos" visitantes, so- mesmo quando estão sozinhos, monologam como se
Em Anjo padre, para hostilizar os
mesmo tem um me com a chave da torre onde se guarda a mais dialogassem com alguém. As conversas não se arre-
Azul' Heinrich personagem prin- preciosa relíquia do lugar, um velho cântaro de dondam; a palavra passa de um para outro, circular,
cipal, com histó- madeira que mil anos atrás era usado em cerimô- quase simultânea, revelando as características de
Mann atacou o ria pregressa, psi- nias pagãs e foi trazido como troféu ao término de cada um, seus interesses, ambigüidades, virtudes e
cologia delineada, remota guerra com uma cidade vizinha. defeitos. Comédias e dramas despontam, desvanes-
que detestava; objetivos a alcan-
Noventa e nove por cento do romance são consti- cem-se, são retomados mais adiante sem grandes
'Apequena çar e obstáculos a exigências de coerência narrativa.
em tuídos por diálogos entre os figurantes. Eles con-
vencer. De fato, A
sam interminavelmente nos cafés onde se reúnem Com essa construção fragmentária e caótica o
cidade' exaltou pequena cidade é
um romance sem para beber vinho e falar mal dos adversários. Con- romancista persegue o seu objetivo, o de por em
o que amava protagonistas. versam na igreja, nas praças que eventualmente se cena uma comunidade inteira. Uma comunidade
Seu personagem é transformam em campo de batalha, nas galerias do que se desune, se une e volta a desunir-se, não em
o povo da locali-
dade, todo ele en-
volvido em uma série de ações que se desenrolam no
curso de pouco mais de uma semana.
Tais ações, é verdade, de certo modo polarizam- <3^
se em torno de duas figuras emblemáticas: Dom MaSpersepida
A comediante! Não
fii—Acomediante! Ndoa a
Taddeo, o pároco local, que luta desesperadamente
I / / , deixem escapar—urrava da
para manter a ascendência da Igreja sobre a comu- / /l^, \ escada do Dumo a mulher de
escadadoDumoamviherde
nidade; e o advogado Belotti, lider republicano e /J J Pipistrelli,
o empregado da
laico, que se bateu ao lado de Garibaldi pela unifi- ?/ / I (( Pipistrelli,
1 fX I • / S. igreja.
iffreja. E
Eperseguidapelas
perseguida pelas
cação da Itália e, naturalmente, aproveita-se de mulheres, a atriz Itália
Itdlia corria a
J® }
toda fraqueza do padre para minar o seu poder. / fv pequenos passos, gritando como
Temos pela frente, portanto, uma versão avant um pavão enquanto
la lètre da dupla que Giovanni Guarescchi iria lan- atravessava a praça.
praga. O
çar meio século depois, na Itália bipartida pela boticário Acquistapace foi ao
guerra fria. Um Dom Camillo e um Peppone menos encontro
encontrodeladela com seus
setts passos
engraçados do que seus descendentes, mas decerto pesados, apesar de ouvir
mais maleáveis e mais predispostos a dar-se as f nJ c*iamaTem~n0 chamarem-no de cima com voz
mãos de verdade e não apenas de brincadeira. Por ^ perturbada.
onde se vê que Heinrich Mann era muito mais Ele apanhou Itália. As
conciliador do que se poderia inferir de sua lingua- mulheres não retrocederam.
naoreirocederam.
sem radical. Bloqueavam o Café Ao
O que tira a cidadezinha da pasmaceira e desen-, Progresso. O jovem Severino
cadeia toda a confusão subseqüente é a chegada de Salvatori foi elegantemente ao
um grupo de cantores romanos. Eles vêm apresen- encontro delas e sussurrou-lhes
C Pf encontro propostas indecorosas...
tar-se na estréia da ópera de um músico local, Será que eu merecia que
ocasião em que será reaberto o teatro, fechado há
mais de quarenta anos. A presença da pequena me matassem? — gemia Itália
no banco de couro do Café,
troupe desperta e acirra as divisões da população. onde o Sr. Giocondi, com
Devotos e ultramontanos identificam o teatro com olhares jocosos de viés para os
as artes do Demônio, e tendo à frente Dom Taddeo espectadores, abria-lhe a blusa.
vão fazer o possível e o impossível para que o O comerciante Mancafede
espetáculo não se realize. Sinos repicam vinte e também se refugiara no Café;
quatro horas por dia, sabota-se o fornecimento de torcia as mãos secas.
energia elétrica, fazem-se manifestações nas ruas.
'
Idéias/LIVROS 8 14 7 90 ? JORNAL DO BRASIL

função das classes em que se divide, mas de crenças
mal enraizadas, interesses momentâneos, motiva-
ções aleatórias. Não há explicações causais para o
comportamento incerto dos habitantes da pequena
cidade. Razões econômicas e sociais perdem-se no
reticulado do plano de fundo. Não é de admirar que
Heinrich Mann, tido por comunista, fosse um dos
alvos preferidos do Linkskurve, a revista dos inte-
lectuais alemães adeptos do realismo socialista.
0 que afinal democratiza a cidade é a arte — a
música, em especial. A vontade de ir ao teatro abre
brechas nas fileiras partidárias, alguns fiéis segui-
dores de Dom Taddeo o abandonam no meio da
refrega, pois não querem perder a oportunidade de
m A Srta. Itália! Ajudem-na o
T precipitaram sobre ele. o padre
' =Bq)
' mulheres a seguraram:
^
JORNAL DO BRASIL ? 14/7/90
Batalha campal
A Sra. Pipistrelli balançava
sua muleta sobre o maestro,
caído no chão, mas a pequena
Rina livrou-o da arma e, pálida
de raiva e de amor, afugentou a
velha. Ha confusão de pernas,
Caletto com os garotos andavam
de galinhas epuxavam os pés
em que se apoiavam tanto os
amigos como os inimigos da
liberdade. Nello e Savezzo
continuavam lutando. O
açougueiro atirou-se urrando,
com enormes punhos
sanguinolentos, para cima do
advogado. O comerciante
Mancafede uivava:
—Eu fui assassinado!
Ele tinha um frango na
nuca. Os barbeiros Macola e
Druso batiam-se cegamente com
seus afiadores de couro, os
frangos esvoaçavam, cada vez
mais agitados com a confusão.
Galileu Belotti torceu o pescoço
de um. Então a velha Lúcia dos
Frangos caiu em cima dele com
seu cacarejo mais alto do que o
das galinhas. Ele salvou-se
entrando com os outros no Café
Ao Santo Agapito.
ouvir o célebre tenor que os visita e encantar os
olhos com a figura sensual da primadona. O próprio
castelão do município bandeia-se para a facção do
advogado e, no teatro, mistura-se alegremente a
negociantes, carroceiros, artesãos, lavradores e
empegadas domésticas, todos provisoriamente uni-
dos pelo fascínio da música.
Apaixonado pelo palco e profundo conhecedor dos
bastidores (grande parte de O Anjo Azul se passa no
camarim de uma cantora de cabaré), é no interior do
teatro da pequena cidade que Heinrich Mann cons-
trói algumas cenas mais mais complexas de seu
romance. Enquanto o espetáculo não começa, o seu
ouvido vai captando as dezenas de conversas que se
Salva das chamas
salvar-se!—Os comerciantes
estavam puxando a mangueira
para a escada: os trabalhadores
corriam levando baldes d'água.
Então um vulto negro passou por
eles, corria ou engatinhava, não
se sabia, pois estava lá em cima
na fumaça.
Dom Taddeo! Ah Dom
Taddeo! — Um grito e todo o povo
ergueu o olhar para a janela da
qual ele retirava a comediante.
Por Deus—disseram os
homens.
—Ele está perdido'— disseram
as mulheres. ,s
—Más se a comediante chegar
viva aqui embaixo eu a mato.
Ai está ele. Müagret—Dom
Taddeo caíra em pé contra o
muro, muito perto da porta de
onde trouxera a comediante
Quando as rtiãos aplaudiram e se
fechou os olhos, Itália, de camisa,
gritava no meio do pátio. As
—Caia nos pés ddet Se de
tivesse morrido, ai de você!
Ela parecia esgotada;
obedientemente, caiu
diante dele.
9 Idéias/LIVROS
cruzam na platéia, ocupada por gente de todas at
camadas sociais. Depois, no intervalo, o narrador
recomeça o exercício, agora para registrar as reações
de cada espectador em face da música e dos aconteci-
mentos representados pelos atores. Algo que lembra
os movimentos da câmera de Ingmar Bergman na
abertura de A flauta mágica, e que, com vigor seme-
lhante, afirma a universalidade da música.
Mas a presença dos comediantes provoca mais do
que confusões e desastres contraponteados por mo-
mentos de'lirismo e prazer estético. Revela tam-
bém os pequenos mistérios da cidade, descongela os
seus dramas e os encaminha para um desfecho.
Casamentos se desfazem ou se refazem. Pessoas
estagnadas readquirem o dinamismo. Uma jovem
abandona sua longa reclusão e se reintegra ao mun-
do. Outra sucumbe à tragédia numa sucessão de
episódios que parodiam românticos enredos operis-
ticos. Dom Taddeo é assaltado pelo desejo, chega
próximo à loucura, porém se salva da tentação
praticando um ato de coragem e humanidade que o
redime aos olhos dos adversários e abre o caminho,
para a conciliação dos habitantes.
Para os leitores da época, deve ter sido uma
grande surpresa a descoberta de que A pequena
cidade fora escrita pelo mesmo autor que, poucos
anos antes, parecia comprazer-se em mergulhar nos
obscuros subterrâneos onde só cresciam cogumelos
venenosos como o tirânico e ridículo professor Un-
rat. Agora, neste romance passado sob o límpido
céu da Itália, na-
da é exclusiva-
mente sombrio.
Nada tem apenas Quando se
um lado, tudo é
dual, cada ser hu- desiludiu com
mano carrega um
a política,
arco-íris dentro
de si. Ninguém é Mann escreveu
bom vinte e qua-
tro horas por dia; que um regime
ninguém nasceu
para ser mau a justo seria
vida inteira. Os impossível
justos volta e
meia praticam
ações reprová-
veis; os maus de
vez em quando são capazes de sacrificar-se despren-
didamente pelo próximo.
Heinrich Mann morreu na Califórnia, exilado,
pobre e quase obscuro. Em 1933 tivera de fugir da
Alemanha com a roupa do corpo, um guarda-chuva
e alguns francos no bolso. Em 1940, após quase dez
anos de intensa atividade jornalística e política,
escapou da França de Pétain cruzando a pé os mon-
tes Pirineus, juntamente com alguns amigos que
também buscavam refúgio da onda nazista.
Em sua temporada francesa havia prometido que
não voltaria a escrever ficção, justificando-se com
a afirmação de que a tragédia européia havia se *
tornado o grande romance da época, e com ela a suá
criatividade não poderia competir. Heinrich, po-
rém, tinha energia demais para viver como aposen-
tado: quando chegou aos EUA havia completado
uma nova trilogia, desta vez sobre Henrique IV, que
reinara a França em uma época de intolerância.
Antes de morrer produziu mais um romance. Mas
em nenhuma das obras que escreveu depois de 1909
encontrou motivação para recriar o clima de ale-
gria e otimismo que envolve A pequena cidade. Na
época em que a sombra de Hitler começava a proje-
tar-se ameaçadoramente sobre a frágil República
de Weimar, ele havia registrado que "nenhum regi-
me fundado na verdade e na justiça é capaz de durar
pelo menos um dia". Onde quer que estivesse Hein-"
rich continuava sua luta de sempre, mas por puro
imperativo moral. A experiência do século havia-
lhe ensinado que a utopia, infelizmente, pertence
apenas à esfera da literatura.
 MITOLOGIA

Cada uma das Idades

Os deuses
na mente
dos
gregos
Pensador francês analisa
diferentes
aspectos da rela-
ção entre os homens e os
mitos da Grécia antiga
¦ Mito e pensamento entre os gregos, de Jean-Pierre
Vernant. Tradução de Haiganuch Sarian. Paz e Terra, 402 p.,
Cr$ 2.160,00
Junito Brandão
< ÍTT istória da carochinha, maravi-
lhoso pagão, manifestações
XI demoníacas" eram algumas
das etiquetas com que se rotulava o mito,
salvo uma ou outra exceção, até o século XIX.
A partir de Freud e Jung, o que os gregos
denominavam mythos, mito, "o dito", por ve-
zes contraposto a lógos, "razão, verdade", to-
mou outras direções e passou a configurar as
projeções de nosso inconsciente. Nem sempre,
diga-se logo, tem sido ele abordado sob este
enfoque, mas, de qualquer forma, após as obras
formidáveis de J. G. Frazer, Martin Nilsson,
í Georges Dumézil, Festugière, Mircea Eliade e
Károly Kerényi, só para citar alguns, o mito
vem sendo analisado com seriedade em suas
múltiplas facetas e adquiriu direito de cidade
numa vasta área da cultura humana.
No momento, Jean-Pierre Vernant, Mareei
Detienne e Jean Shinoda Bolen são os "atlas"
que sustentam em seus ombros a abóbada era-
vejada de símbolos da mitologia grega.
Mito e pensamento entre os gregos é uma
miscelânea constante de sete estudos de exten-
são variável e de temática diversificada. O todo
homogêneo de que fala o autor no prefácio
refere-se naturalmente á linha de pesquisa no
âmbito da psicologia histórica, que é a meta
visada pelo estudioso francês. Como seria difí-
cil fazer no espaço de uma página de jornal a
apreciação da obra como um todo, em função
da variedade dos assuntos tratados, farei uma
síntese, com alguns comentários, de cada uma
das partes.
O livro se inicia com um ensaio de análise
estrutural do mito hesiódico das raças. To-
mando por guia a Victor Goldschmidt —, como
nós também o fizemos no Vol. I de Mitologia
grega —, Vernant aborda o mito das Cinco
Idades, numa estrutura tal, que cada uma delas
parece suceder-se segundo uma ordem de deca-
dência progressiva. De inicio, a humanidade
vivia paradisiacamente, muito próxima dos
deuses, mas se foi degenerando até atingir a
idade do ferro, em que Hesiodo lamenta viver.
Até vergonha e & justiça abandonaram a terra.
Muito significativo tudo isto...
está "aparentada" com
um metal, cujo nome
toma e cuja hierarquia
se dispõe do mais ao
menos precioso: ouro,
prata, bronze e ferro.
Curioso é que o poeta
tenha intercalado en-
tre as duas últimas a
idade dos heróis, que
não possui correspon-
dente metálico. O mo-
tivo desse enxerto é
amplamente discutido
pelo autor. Muito ori-
ginal é a análise elabo-
rada em que as Idades
se agrupam duas a duas
em aspectos antitéti-
cos, mostrando Ver-
nant que igualmente a
idade de ferro se desdo-
bra em dois tipos rigo-
rosamente opostos.
Após a morte, preocu-
pação fundamental da
paidèia (cultura) gre-
ga, cada idade terá o
seu destino, consentâ-
neo com seu comporta-
mento nesta vida. A
grande conclusão é que ^^omet^u,
as raças ou idades se
opõem como a Dike 'o
(Justiça) contrasta
com a Hybris (Violên-
cia). Assim, a carência
da justiça e do trabalho
só pode gerar a violên-
cia. Isto já se dizia no m~tesdoque
Prometeu, o artesão que lidava
lida va com o fogo e o barro
barroee entrou em
enfrou'em
século Vin a.C. conflito com Zeus, é tema de um dos profundos ensaios de
Grandemente ins- Vernant em seu livro sobre os mitos gregos
trutiva, para se com-
preender bem o pensa-
mento do estruturalista francês, é a resposta é aparente. Centro religioso do lar dos olímpi-
que logo a seguir ele dá às críticas azedas de cos, Héstia está inteira entre os mortais, como
Defradas, que acusava seu colega de haver pas- centro religioso do lar dos homens. Hermes,
"vive entre os homens", é o mensageiro
sado do estruturalismo ao cronologismo. que
O segundo tema abre um longo espaço para dos deuses, o traço de união entre o céu e a
Aspectos míticos da memória e do tempo. Va- terra. Como deixa claro o autor, é impossível
mos apontar-lhe-apenas um dos "aspectos"
ampliar a análise de Héstia-Hermes, pois o
mais interessantes: o da inquietação perma- espaço doméstico é domínio da mulher; o espa-
nente dos helenos, a escatologia, isto é, o des-
ço de fora, o exterior, pertence ao homem, mas
tino que aguardava as almas na outra vida. é a sizígia do mundo de dentro com o de fora
Com um impressionante conhecimento da reli- "A
que irá estabelecer a harmonia do todo.
gião grega, o autor põe como eixo de sua pes- deusa imobiliza o espaço em torno de um cen-
quisa a deusa Mnemósina, personificação da tro fixo e o deus torna-o indefinidamente mó-
Memória. É fácil explicar o fenômeno. Para os vel em todas as duas partes."
gregos, as exéquias, os jogos fúnebres, as liba- Um dos subtítulos deste longo estudo é uma
ções sobre, os túmulos tinham por objetivo visão do Espaço e organização política na Gré-
manter acesa a memória do morto. Falecido cia antiga, em que se comenta o ideal político
que não é lembrado, ou que esquece a si mesmo, da isonomia, provocado pelas transformações
torna-se morto anônimo, talvez a pior das con- intelectuais por que passou a Hélade no século
denações para a crença oficial vigente na pólis VI a.C. A isonomia há de abrir espaço com
grega. Clístenes para uma visão geométrica e portan-
Em A organização do espaço Vernant sur- to democrática da pólis. E aqui a idéia mestra
preende o leitor, apresentando o par antitético da Política de Aristóteles: "A pólis, que é plu-
Héstia-Hermes. A deusa da lareira, sabe-se pelo ral, deve ser organizada pela educação comum
mito, é a mais sedentária dos imortais. Her- e una." Uma educação a que todos tenham
mes, "o companheiro dos homens", é o menos acesso. Quando chegaremos lá?
olímpico dos deuses. A dicotomia, no entanto,
O trabalho e o pensamento técnico, é um
enfoque do tekhnites, do "artesão" Prometeu,
de sua arte em lidar com o fogo e o barro e de
seu conflito com Zeus. O mitólogo, todavia, vai
mais longe e mostra que o deus filantropo ex-
pressa, como símbolo, uma concepção muito
elaborada do técnico como função social. Sig-
nificativa é a dicotomia que faz o escritor en-
tre póiesis, "o fazer", como operação de ordem
instrumental, e prâksis, práxis, "o agir", que
exclui todas as operações técnicas profissio-
Jean-Pierre nais, agindo o ser humano por si mesmo, sem
Vernant é produzir nada de exterior à sua própria ativi-
um dos maiores dade.
especialistas Na quinta pesquisa, Figuração do invisível e
franceses em categoria psicológica do duplo: o Kolossós, o
cultura grega estudioso francês focaliza um tema que procu-

Idéias/LIVROS 10 14/7/90 ? JORNAL DO BRASIL

 mHj FICÇÃO CIENTÍFICA

ramos desenvolver bem mais amplamente no

Dicionário mitico-etimológico (verbetes Êido-
lon e Escatologia), a saber, o esforço que reali- Catástrofe total
zaram os gregos para traduzir em forma visível
o que passou a pertencer ao domínio do invisi- fim da humanidade
vel. Se todo morto, sepultado segundo o rito, se Autor brasileiro estréia com romance sobre o
torna êidolon, imagem, réplica do falecido, sob
"corpo astral ou insubstancial", Evolução lembra mais Aniara, do sueco Karl
forma de que ¦ Projeto Evolução, de Henrique Blondahl (1960), onde os sobreviventes de uma
fazer com alguém que morreu longe da pátria
ou cujo corpo não foi encontrado? Ergue-se-lhe
Villibor Flory. Edições HVF- guerra nuclear morrem devido a uma pane no
um cenotáfio, um túmulo vazio, e representa-
Brasiliense, 276 p.. Cri 990,00. computador de sua espaçonave. Escrevendo
se o morto sob a forma de kolossós,
"colosso", em 1989, Flory pode acrescentar a esse enredo
Jorge Luiz Calife básico todo um conhecimento recente dos as-
que, a princípio, não se refere à estatura. Tra- trofísicos sobre os buracos negros, além da
ta-se, as mais das vezes, de uma èstátua-pilas- cerca de 15 anos, Susan Sontag pas-
tra, colocada dentro, sobre ou ao lado do ceno- sou os olhos em alguns livros de ficção preocupação causada pela epidemia da Aids, o
táfio. O kolossós não visa a substituir os traços Há científica e fulminou o gênero com um que dá um charme atual a sua história de
ensaio sobre a estética da catástrofe. Para ela a catástrofe e tragédia.
físicos do desaparecido. Não é uma imagem, Projeto Evolução é um livro bem escrito,
mas um duplo, como o próprio morto é um FC é um produto do medo que as pessoas têm da
tecnologia. Deriva suas tramas de um fascínio com embasamento científico razoavelmente
duplo do vivo. Sua finalidade é dupla: atrair a correto. Aqui e ali o autor comete pequenos
psiquwe vagante e anônima e transformar o mórbido das massas pelos desastres e a idéia do
extinto em êidolon, que, em certas circunstán- apocalipse. Os teóricos do gênero, como Brian deslizes, perdoáveis em um primeiro romance.
A transformação de mísseis nucleares em na-
cias, pode tornar-se visível aos vivos. Aldiss e Kingsley Amis, ficaram indignados com exemplo, soa inverossímil. A
a charmosa ensaísta. Reduzir toda a FC a uma ves espaciais, por
Em Aspectos da pessoa na religião grega, o
literatura do apocalipse
pesquisador elabora uma síntese magnífica da demonstrava pouco co-
integração Estado-Religião, para reduzir daí os
aspectos da pessoa. É que, ao contrário dos dias nhecimento. Clássicos
de hoje, em que se vive individualmente, o como A cidade e as es-
grego vivia coletivamente, enraizado simulta- trelas, de Clarke, ou Eu
neamente nos deuses e na pólis. Robô, de Asimov, são
épicos cuja ação se pas-
A coletânea se fecha com ampla exposição acer- sa num futuro distante,
ca da Formação do pensamento positivo na Grécia onde o aperfeiçoamento
arcaica. Partindo dos pré-socráticos, com base na da tecnologia eliminou
obra póstuma de Cornford, The origins of greek toda a possibilidade de
philosophical thouth, o autor mostra o embate uma catástrofe. A críti-
entre o mythos (mito) e o lógos (razão). Estampa os ca de Susan Sontag se
progressos da filosofia pari passu com o desenvol- aplica apenas a um dos
vimento do pensamento grego. E numa homena- muitos temas explora-
gem suprema a esse povo extraordinariamente in- dos por autores de FC: o
ventivo escreveu: fim do mundo, do qual
"O aparecimento
faz parte um ciclo que
do lógos introduzi- começa corti A guerra
ria portanto na dos mundos, de H.G.
história uma des- Hesíodo ligou Wells, e vem desembo-
continuidade radi- car agora em Projeto
cal. Viajante sem cada era
Evolução, o primeiro
bagagem, a filoso- um romance do jovem (22
fia viria ao mundo grega a anos) brasileiro Henri-
sem passado, sem metal, menos que Villibor Flory.
pais, sem família; Quando um escritor
seria um começo a que chamou encara o futuro, pode
absoluto." Nasci- fazê-lo de modo otimis-
"a idade dos
da no Oriente, ta ou pessimista. No ca-
física jônia", na so da incipiente FC bra-
expressão de Ram- heróis
sileira chega a ocorrer
noux, citado pelo uma dose de determi-
autor, é a Marato- nismo geográfico. Auto- corrida espacial dos anos 60 mostrou qne um
na da vida espiri- res baseados no Rio, como Fausto Cunha, sao míssil nuclear adaptado consegue, no máximo,
tual helênica. , mais líricos, talvez pela convivência diária com carregar duas pessoas até uma órbita baixa. A
Obra indispensável a todo estudioso da Helaae, o mar, a floresta e as montanhas. Já o pessoal de
Mito e pensamento entre os gregos foi traduzido idéia da humanidade manipulada por uma
São Paulo costuma ter uma visão mais sombria,
pela professora Haiganuch Sarian (da
USP), de grande conspiração também é pouco convin-
como é o caso de Flory, cujas histórias parecem cente neste final do século 20, onde a explosão
cuja competência não se pode duvidar. Existem, no surgir de alguma elocubr&ç&o fà,talist&, à. sorri-
aten- assumida- dos meios de comunicação eletrônicos arranca
entanto, alguns pontos que mereciam mais bra das chaminés de Cubatão. Flory é
segredos até dos regimes mais fechados.
ção por parte da Editora. A revisão foi descurada, mente dark. Seu Projeto Evolução tem uma Uma coisa é certa, Flory jamais será acusa-
trama calcada em vários clássicos da ficção
salvo a do grego. De outro lado, é inútil citar do de escrever literatura escapista; suas histó-
sem científica apocalíptica. A diferença é que Flory rias deixam o leitor deprimido demais para
palavras gregas isoladas ou em expressões é mais pessimista e sua visão de futuro
nao
transiliterá-las e traduzi-las. Pois bem^ a obra a isso. No universo de Flory as pessoas são dè-
foram deixa qualquer perspectiva de redenção para masiadamente mesquinhas e egoístas, cada
contém inúmeros vocábulos gregos que não humanidade. . , se- nma. as voltas com seu inferno particular. E
e
transliterados por vezes nem mesmo traduzidos, Projeto Evolução começa pelo meio do
aparece a nem os extraterrenos se salvam. Em Projeto
sobretudo quando se repetem. Quando culo 21.0 vírus da Aids sofreu novas mutações Evolução os ET viajam pelo Universo aprovei-
está à francesa, como e está cada vez mais incontrolável. Como esta des-
transliteração, muitas vezes tando a paralisação do tempo dentro dos bura-
arché, Chãos, Apaté, Phüotés... em vez de arkhé, graça pouca é bobagem, um buraco negro cos negros. A eles pouco importa que seu me-
textos em em curso de colisão com o Sol. O choque pro-
Kháos, Apáte, Philótes. Pior são alguns todo de viagem interestelar resulte na
voca uma explosão que desintegra o Sistema destruição de incontáveis mundos, estrelas e
grego, sem cuja tradução pode ficar comprometido Solar. Apenas um pequeno grupo de pessoas vidas. Essa visão negra do futuro parece estar
o contexto para quem desconhece a língua grega. escapa em três grandes naves espaciais, masa sucesso. Segundo o autor, sua coleta-
um final nao fazendo
Temos de nos convencer de que, exceto para tragédia as persegue pelo espaço. No
nea de contos Só sei que não vou por ai,
pequeno grupo, grego no Brasil é infelizmente gre sobra quase ninguém para contar a história. em 1989, esgotou-se em 20 dias. Pro-
publicada
go mesmo! Sem a tradução clara e
repetida das Susan Sontag rolaria de satisfação. Os entu- Evolução sai com uma tiragem de 5 mil
siastas do gênero vão se sentir em territono jeto
e textos citados na língua e excepcional para um livro de fie-
palavras, expressões como familiar. Em O choque dos mundos, de Balmer
exemplares,
Homero, a leitura de obra tão importante Clarke ção científica brasileiro, a já tem contrato
(1935), e Canções da Terra distante, de ser na URSS. Flory promete
esta passa a ser privilégio de iniciados (1985), a Terra também é destruída por os
um para publicado
do livro, algo que o
romances escrever uma continuação
cataclisma cósmico. Mas nesses leitor vai achar difícil. Afinal sobraram tão
Junito Brandão é professor de Pós-Grad.açáodeU^ que fogem acabam fundando uma
sociedade
Literatura Grega e de Língua e melhor em planetas paradisíacos. Projeto poucos personagens.
Publicou recentemente Mitologia grega (3 vols.),
Idéias/LIVROS
íi
JORNAL DO BRASIL ? 14/7/90
 ; LANÇAMENTOS
HISTORIA
POLfnCA
DA
REPÚBLICA
JOSÉ
ROBERTO
DO
AMARAL
LAPA
-¦*-1
1
História política da República,
org. José Roberto do Amaral La-
pa. Papirus, 214 p„ CrJ 900,00. Co-
letânea de ensaios inéditos sobre
os cem anos da República brasi-
leira. Embora predomine a abor-
dagem política de movimentos e
personagens, são estudadas 'im-
bém a economia, a historiog afia
e as fontes para a história do re-
gime político.
Blake versus Claude, Ricardo
Daunt. Mercado Aberto, 56 p., CrS
450,00. Através de cartas, um cri-
tico e um ficcionista discutem
métodos e práticas da literatura.
Mas por baixo da cordialidade e
da admiração pelo poeta Blake,
insinua-se uma história de amor
e traição, que enreda suas vidas
numa trama criminal sinistra.
O grande ladrão, Renato Moder-
nell. Sulina, 48 p., CrS 420,00. Mi-
nibiografia de Amleto Gino Me-
neghetti, famoso ladrão
ítalo-brasileiro (1878-1976), co-
sifcecido em São Paulo como 'Ga-
to dos Telhados'. Arrombador
exímio, era tido como uma espé-
cie de Robin Hood, que não come-
tia violência e só roubava dos que
tinham em demasia.
Morte na Politécnica, Adinoel
Motta Maia. UFBa, 178 p., CrS
650,00. Romance policial ambien-
tado em Salvador e tendo como
cenário a Escola Politécnica da
Universidade local, onde ocorre
um crime misterioso, a princípio
confundido com suicídio. Quem
acaba por resolver o enigma é um
velho professor apaixonado por
literatura detetivesca.
Quem matou Pierrot? Alice P.
Maryan. Catédra, 116 p., CrS
450,00. Reconstituição de um dos
casos mais enigmáticos da crôni-
ca policial brasileira, até hoje
considerado um crime perfeito: o
desaparecimento da atriz france-
sa de revista Marie Yvone Cour-
tanger, vítima da organização in-
ternacional de lenocício
conhecida como Zwig-Migdal.
S Flamboyant em chama, Thich
Nhât Hanh, trad. Giselle Machli-
ne de Oliveira e Silva, ilust. Inez
Cabral de Melo. Vozes, 68 p., Cr$
770,00. Relato ficcional sobre a
guerra do Vietnã, escrito por um
monge budista nascido naquele
país e há muitos anos radicado na
França. Hanh é autor de 66 livros,
três dos quais já publicados no
Brasil.
Os homens da Bíblia, André
Chouraqui, trad. Eduardo Bran-
dão. Companhia das Letras, 342
p., CrS 1.260,00. Poeta, historiador
e*tradutor da Bíblia para o fran-
cês, o autor descreve pormenori-
zadamente o modo cotidiano de
viver das figuras do Antigo Tes-
tamento, suas relações com a
terra, sua maneira de encarar o
tempo e suas idéias religiosas.
As primeiras civilizações, Pierre
O QUE ELES LÊEM
Mateus Kacowicz
Diretor da Xenon Editora, Rio:
The greek myths, de
Robert Graves. É um livro
que me fascinou e pretendo
editá-lo no Brasil. Ali está
a gênese de tudo que
acontece hoje no planeta.
Os mitos gregos funcionam
como precursores dos
grandes momentos que a
Humanidade tem vivido,
para o bem e para o mal.
Angeli
cartunista, São Paulo:
On the road, de Jack
Kerouac, Pé na estrada, na
tradução brasileira. É um
clássico da geração beat e
um marco de rebeldia.
Estou gostando de reler, até
porque na revista Chiclete
com Banana estamos
lançando uma textos sobre
os beats, escritos pelo poeta
Cláudio Willer.
Tessy Calado
Atriz, Rio:
Shifting point, de Peter
Brook, leitura
indispensável para qualquer
ator; A comédia humana,
de Balzac; e Memórias de
Aldenham House, de
Antonio Callado, que
recomendo não por ser meu
pai, mas pelo sentimento de
latinidade que o livro
contém.
O QUE RECOMENDAM
Rubens Figueiredo
Escritor, Rio:
A espinha dorsal do
tempo, de Bráulio Tavares,
o melhor livro de contos
que li nos últimos tempos.
Só foi editado em Portugal.
E Um outro Varela, de
Leonardo Fróes, excelente
biografia de Fagundes
Varela, poeta romântico do
século 19, pouco conhecido
pela nova geração.
Mauro Rasi
Diretor e autor teatral, Rio:
Declínio e queda do
Império Romano, de
Edward Gibbon, que me dá IB H*' .wjKc :
a certeza de que a
civilização
norte-americana é o
Império Romano revivido
— tese que se reforça em
Império, de Gore Vidal. E
Muito barulho por nada, de
Shakespeare, que também
tem algo a ver com isto.
Maria Delia Costa
Atriz e hoteleira, Rio:
O teatro brasileiro
moderno, de Décio de
Almeida Prado. É uma obra
indispensável para todos os
que desejam conhecer a
evolução deste gênero de
arte a nível nacional, bem
como os problemas e
perspectivas do teatro
brasileiro contemporâneo.
Lévêque, trad. Antonio José Pin-
to Ribeiro. Edições 70, 232 p., Cr$
1.804,00. Nesta abertura de uma
obra que se desdobrará em vários
volumes, a cargo de diferentes
autores, o historiador francês es-
tuda as sociedades imperiais da
era do bronze, principalmene as
que floresceram no Egito a partir
de 4000 aC.
¦ Alfabetizarão: leitura do mundo,
leitura da palavra, Paulo Freire e
Donaldo Macedo, trad. Lólio
; OS MAIS VENDIDOS NO RIO
Esl* Tr,TC!C~~J -X. Chima Semanas
semana semana na lista
alquimista, Paulo Coelho. Rocco, 248 p. Guiado por um sonho recorren-
te, "alma
jovem pastor encontra um alquimista que lhe ensina como penetrar
10 do mundo". 25
na
0 sorriso do lagarto, Jo&o Ubaldo Ribeiro. Nova Fronteira, 390 p. Aconte-
cimentos insolitos denunciam a presenca do Demonio na tranqiiila ilha
2 de Itaparica. 32
Boca do Inferno, Ana Miranda. Companhia das Letras, 536 p. Romance
ambientado na Bahia do s§culo 17, tendo como
3Gregdrio de Matos. herbi o poeta barroco 46
0 necociador, Frederick Forsyht. Record, 396 p. Texano, magnata do
petroleo e fan&tico religioso, reiine adeptos ultraconservadores para
4
desestabilizar acordo de paz EUA-URSS. 38
A casa da Russia, John Le Carr6. Record, 398 p. Neste novo romance, o
autor ingles sugere que a glasnost chegou para todos, menos para os
5 espides. 24
0 general em seu labirinto, Gabriel Garcia Mirquez. Record, 286 p. O
romancista colombiano acompanha os ultimos dias de Bolivar, o liber-
6 tador da America Hisp&nica. 44
erotica em tradufao, organizac&o e tradug&o de Jos§ Paulo Paes.
Companhia das Letras, 170 p. Uma antologia bilingiie da poesia erdtica
7Poesia
desde a Gr6cia antiga at6 o sfeculo atual. 1
A comedia human*, Honors de Balzac. Globo, 556 p. Volume 5 do grande
painel ficcional do seculo XIX, contendo os romances Ursula
8Eugenia Grandet, Pierrette e O cura de Tours.Mirouet, ¦ 2
0 encantamento, Hermann Broch. Rocco, 343 p. Critica ficcional & genese
do. nazismo, representando a Alemanha no universo de uma pequena
9cidade alpina. 10 15
j fk ¦ Tudos, Arnaldo Antunes. Iluminuras, 82 p. Segundo livro de poemas do
111 roqueiro dos Titas, em versos livres, metrificados e caligramas. O
EsU NAO FICCAO Cl,iralnaStmm"
semap* Mmana lista
e de vexame, Roberto Freire. Guanabara, 238 p. O tema da liberdade
no amor abordado segundo a somaterapia, prdtica baseada na obra de
IAme
Wllhelm Reich. 21
a pr6pria mesa, Ricardo Semler. Best Seller, 276 p. Retrato
autobiogrdfico de ex-roqueiro, aos 28 anos um bem-sucedido empresirio
2Virando
em SHo Paulo. 21
de um Mago, Paulo Coelho. Rocco, 246 p. A vivencia de um homem
que se dedica ao ocultismo do Caminho de Santiago em busca dos
3Diario
mistferios da Magia. 9
0 melhor do mau humor, Ruy Castro. Companhia das Letras, 208 p.
Jornalista reune frases de personalidades famosas para mostrar o quan-
4 to pode ser engragada a ranzinzice. 24
da vida privada: do Imperio Romano ao ano mil, org. Paul Veyne.
Companhia das Letras, 640 p. A vida em Roma e na Franca medieval
5Historia
reconstituida atrav6s dos atos e gestos informais. 4
Anna de Assis: hiatoria de um tr&gico amor, Judith Ribeiro de Assis e
Jeferson de Andrade. Codecri, 296 p. A filha de Anna e Dilermando depSe
6 sobre a tragfedia de sua m3,e e Euclides da Cunha. 1
0 pai, Dirce de Assis Cavalcanti. Casa Maria Editorial, 112 p. Relato
autobiogrdfico da filha do segundo casamento de Dilermando de Assis,
7 conhecido como o homem que matou Euclides da Cunha 3
Relato autobiografico, Akira Kurosawa. Estac&o Liberdade, 294 p. Discreto
relato do cineasta japones sobre sua vida e obra at6 1950, ano em que
8 filmou Rashomon e conquistou o Ocidente. O
01ea Benario: a historia de uma mulher corajosa, Ruth Werner. Alfa-Omega,
304 p. Biografia romanceada a partir de um conto escrito para Olga por
9 uma companheira de campo de concentragao. 18
basico de filosofia, Hilton Japiassu e Danilo Marcondes. Jorge
Zahar Editor, 268 p. Um guia acessivel, contendo verbetes sobre
fil6sofos e conceitos de filosofia da Antigiiidade aos nossos dias.os
WDicionario O
Fontes: Livrarias Argumento, Bookmakers, Dazibao (Centro e Ipanema),
Eu & Voce, Ponto de Encontro, Repiiblica, Riomarket, Siciliano, Tau¬
rus, Timbre (Ipanema e Gdvea), Unilivros e Xanam.
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Lourenço de Oliveira. Paz e Ter- *é
mostra que a filosofia não uma do que ele é hoje tão insustentá-
ra, 168 p., Cr$ 960,00. Publicado ciência nem a exposição poética vel como era no século passado
ginalmente em inglês, este livro de estados de alma; a filosofia
quando Marx o lançou.
descreve a experiência pedagógi- organiza conceitos e é um conhe- ¦ J. L. Moreno: o psicodramaturgo,
cimento irredutível àquele for- coordenação de Moysés Aguiar.
ca dos autores e critica as didáti-
mulado pela ciência. Casa do Psicólogo, 180 p., Cr$
cas tradicionais empregadas tan-
to no Brasil como nos EUA e na ¦ A mais-valia revisitada, Benja- 750,00. Dez autores brasileiros e
min Aguiar de Medeiros. Ber- dois argentinos contribuem para
África ex-portuguesa.
trand Brasil, 108 p., CrS 840,00. esta coletânea de ensaios em ho-
¦ Por um conhecimento filosófico, Estudioso de economia, o autor
Gilles-Gaston Granger, trad. menagem ao centenário de nasci-
examina, à luz da teoria da infor- mento de Jacob Levy Moreno
Constança Marcondes César. Pa- mação, da ergonomia e das leis
(1889/1974), conhecido como o pai
pirus, 288 p„ Cr$ 1.300,00. Profes- básicas da termodinâmica, o con- do psicodrama, da sociometria e
sor do College de France, o autor ceito de mais-valia, demonstran- da psicanálise de grupo.
 .TfYRNAL DO
DO BRASIL
JORNAL
7 4 de julho de: 1990
Rio.de Janeiro — Sábado,
Suplemento especial
José Roberto Serra
Josfe

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valorize a arte.
como 0 Boticario JSfci
\feja adiante

O Boticário
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2 o sabado, 14/7/90 JORNAL DO BRASH.

~"fW^ tt
ão deve ter sido tantes momentos da teledra- Com esta idéia na cabeça, gem, eu acho. Mas é um perso-
l/^^J muito difícil adivi- maturgia brasileira, como Beto Marília encontrou-se com Cae- nagem que canta. À medida
nhar que aquela Rockfeller, Bandeira 2 e a po- tano Veloso, que lhe soprou: que a peça vai se passando, do
"Ouça carnaval para a dor de cotove-
garotinha de quatro anos, em pular Super Manuela. No cine- Araci de Almeida can-
tando Camisa amarela, de Ary lo, da repressão ao nacionalis-
seu papel de estréia como uma ma não foi diferente. Numa
mo, vou adquirindo um ou ou-
das filhas de Medéia, se se dúzia de longas-metragens seu Barroso." Sugestão aceita, a
tro trejeito delas."
tornaria atriz. Afinal, Marília . nome brilhou nos letreiros. No artista começou uma pesquisa
Nesta incessante relação
Pêra era neta e sobrinha de trágico e agressivo Pixote: a lei sobre a vida e o repertório das
com tantas personalidades, ao
artistas, e seus pais, o come- do mais fraco, no seminal O rei grandes cantoras brasileiras, mesmo tempo frágeis e pode-
da noite (ambos de Hector Ba- com o auxílio do estudioso em
diante Manoel Pêra e a atriz rosas, Marília descobriu "mui-
Dinorah Marzullo, desde cedo benco), na produção under- música popular Homero Fer- ta glória e sofrimento. O crítico
lhe projetaram nas fortes luzes ground americana Mixed blood, reira, que lhe trouxe diversas José Possi Neto, quando escre-
"A
da ribalta. montagem era de Paul Morrisay, e no como- fitas cassetes para escutar. veu sobre a peça, fala um pou-
de Henriette co disso. A vida
Morineau. Qua- das cantoras é
se tudo o que mais exposta que
aprendi de tea- a das atrizes,
tro, aprendi com porque nós va-
ela. E com Dul- riamos constan-
cina de Moraes", temente de per-
relembra Marí- vV:y. '.t^BSB5iMP^BBI^^^W^^B^^M^KCM^^^^^^^^^^^^BI^^3B6a»33fc^P%M^afa8 sonagens. As
lia. cantoras, ao con-
Depois disso, trário, têm que
ela já participou manter um mes-
como atriz de mo personagem
quase 30 peças, por toda vida. Is-
entre elas, as pre- so é uma fatali-
miadas Apareceu dade. Quase to-
a Margarida, de '*f$ das sofreram
Roberto Athay- ¦BHBBfe
mKKfm
¦BHBBfe * ' •
• • <v> *- ' • • • . *;•¦';• • 'M
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T&s* .-•
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de, Fala baixo se #£**•' ;.--|^'s vj'- ¦' , ;' ;;* s- ^jjgM
Enquanto os
não eu grito, de
expressivos olhos
Leilah Assump- v"¦. ~^ < '... x•, : ¦' ' ' ¦ ' A ' ", \ . ":>-:";..-r. *
" . negros de Marí-
•' :'' ' ; . -. :
. . %:_% - . ' ' , ¦ ' ¦ ' ¦ ¦ .
•x. x ;, -' : ;. : ;. ' : " • '
v-:
:V .', . . • : ¦: /'C',/;;;; Ox.. x¦ ,:y V.x .• . ;:. .:,„ :x--: :,.:•x/:• y:v''x,; ./": ..,,,. • " _ •- • •f . • ¦ • ,.s-,,
x.. , , s ¦ ... •¦ ;
ção, O exercício, lia Pêra passeiam
de John Carlino, ^ Ox- ' s'-'• /./;-xv\ \< O • ¦
pelo camarim,
e Brincando em sua voz revela a
cima daquilo, de :•:¦ . v:::.::::::::::::;::a::ra^x3SSS%jg5fig9w>!s£8l^
emoção de viver
Dario Fo e tamanho papel:
Franca Rame, "Tudo
me parece
que Marília levou para Nova vente Bar esperança, o últitno ELAS POR ELA começava a um teatro de revista. Ou um
Iorque, durante o Festival La- que fecha, de Hugo Carvana, nascer. programa de auditório. ELAS
tino de 1985. está presente a marca sensível e Escolhidas as 35 cantoras POR ELA não tem uma histó-
O talento desta carioca do laboriosa da artista maior. homenageadas, Marília Pêra ria. Pelo contrário, é um traba-
Catumbi, bairro próximo ao Foi graças a uma frustração começou a amarrar as canções lho de atriz que tem que can-
centro do Rio e tâo íntimo da de Marília que nasceu este num roteiro coeso. "Fomos tar. Isto é muito importante,
vida das cantoras que Marília ELAS POR ELA. A atriz con- cercando as músicas com todo porque a música é mágica. A
encarna em ELAS POR ELA, "em música é muito mais mágica
ta que 1987 tinha feito a o aparato cênico e gestual ne-
acabou por se espraiar no cine- Estrela Dalva no Rio e fiquei cessário para representar uma que o teatro, porque emociona
ma e na TV. A primeira tele- mais e são as músicas que mais
triste por não ter a oportunida- peça", explica. Aos poucos, as nos fazem recordar. A peça
novela de que participou foi a de de levá-la a São Paulo e características tão próprias de tem provocado gargalhadas e
hoje quase esquecida Rosinha outras cidades do Brasil. O que cada uma delas incorporaram- lágrimas também. A cada
do sobrado, há 25 anos. De lá faria? — pensei. Já que tinha se pela pesquisa e intuição. Um apresentação aprendo um pou-
para cá viveu toda a sorte de feito a Dalva de Oliveira, lem- trabalho de cantora ou atriz?
"Eu interpreto co mais. Nada em mim é resol-
papéis televisivos, em impor- brei das outras cantoras". um persona- vido."

JORNAL DO BRASIL
Números
nquanto se delicia
com a atuação de
E Marília Pêra, o espec-
tador nem pode imaginar a
enorme produção que cerca o
superespetáculo ELAS POR
ELA. Foi necessária uma rara
conjunção de talentos, esforços
e investimentos para que cada
detalhe estivesse acertado com a
perfeição de um relógio suiço.
Os custos desta montagem al-
cançam os US$ 300.000, cifra
muito acima da média das pro-
duções nacionais.
Entretanto os gas-
tos materiais não
podem ser compa-
rados com o dis-
pêndio de trabalho
e dedicação da
produção e do
elenco, diante de
cada problema e
dificuldade que ti-
veram de superar.
Antes de estrear
em São Paulo, em
março do ano pas-
sado, ELAS POR
ELA foi preparada
durante quase
quatro meses, com
centenas de horas
de ensaios em que
cada momento de
atuação foi cuida-
dosamente burila-
do. O público pau-
lista soube
compreender e
prestigiar o espetá-
culo que ficou por
15 meses em cartaz, em 285
apresentações assistidas por
250.000 pessoas.
"Esta montagem carioca é
um pouco diferente da paulis-
ta", explica Marília Pêra. Du-
rante a longa temporada em São
Paulo, a atriz pediu a seus fãs
que deixassem no teatro mensa-
gens escritas sobre o que acha-
ram da peça. Milhares de cartas,
bilhetes e recados terminaram
formando um arquivo que. con-
sultado, terminou por influen-
ciar a nova montagem. Marília
pede que, aqui no Rio, quem for
vê-la, também escreva suas im-
pressões sobre a peça, que serão
Y. ilVS
p@L">
E L
APRODUÇÃO
de um
apreciadas sem censuras ou res-
"Muita coisa foi mexida
trições.
em função da crítica do públi-
co", completa a atriz.
Estas opiniões estão sendo le-
vadas tão a sério que, quem es-
crever, concorre a uma assinatu-
ra do JORNAL DO BRASIL.
E, durante cada apresentação
da peça, Marília Pêra conversa
com o público, além de oferecer
para alguma pessoa da platéia
um estojo com produtos d'0
Boticário, bem no clima de pro-
gramas de auditório que a mon-
tagem soube reencontrar. O tra-
tamento dispensado à audiência
é tão cuidadoso que foi criada
uma central telefônica de aten-
dimento ao espectador. Através
dos telefones 220-8394, 220-
6053 e 210-1382 qualquer um
pode tirar suas dúvidas quanto
a horários, preços e outras in-,
formações. Além disso, o inte-
ressado pode receber antecipa-
damente seu ingresso. E,
melhor, eles são entregues na
porta de casa.
Cerca de 40 pessoas com-
põem a equipe de ELAS POR
ELA. Além da própria Marília,
atuam na peça o coro formado
A
sucesso
popular
por Esperança Pêra, Luiz Mon-
tagna e Ricardo Graça Mello,
os bailarinos Ricardo Heinlik e
Keila Fuke, e as crianças Amo-
ra Nascimento e Nina Morena.
A direção está a cargo do co-
nhecido ator e diretor teatral
André Valle, em conjunto com
Beta Leporace, Marília Pêra e
Sandra Cristina Marzullo Pêra.
A direção musical é de Luiz
Gonzaga Jr., o Gonzaguinha,
que contou com os arranjos de
Jota Moraes. A trilha sonora é
assinada por alguns dos melho-
res intérpretes de nossa música,
como Rafael Rabello (violão de
7 cordas), Marinho Boffa (tecla-
do de cordas), Paschoal Meirel-
les (bateria), Jamil Joanes (con-
trabaixo), Jaime Além (violão),
Alceu (cavaquinho), Mingo e
Ricardo Pontes (percussão) e
Jota Moraes (teclados).
Para que a interpretação das
canções realizada por Marília
Pêra não fosse prejudicada pe-
la má qualidade técnica dos
equipamentos, foi contratada
uma empresa de sonorização
espacializada em grandes show
de rock, o que garante ao espe-
táculo uma absoluta pureza de
sábado, 14/7/90 o 3
som. Com a intensa movimen-
tação em cena, seria impossível
para o elenco transitar entre
cabos e amplifícadores. A so-
lução foi a adoção de microfo-
nes sem fio e Marília, que se
submete a uma extenuante
ação, utiliza um microfone em-
butido em seu cabelo, com um
transmissor a pilha escondido
sobre suas costas. Antenas ins-
taladas em toda extensão do
palco garantem ao público
uma eficiente recepção de tudo
que Marília disser ou cantar.
Ao mesmo tem-
po em que o pú-
blico ouve a emo-
cionante sucessão
de músicas e can-
toras encarnadas
por Marília Pêra,
a atriz realiza na-
da menos que 54
trocas de roupas,
num total de 20
figurinos compos-
tos por Cláudio
Tovar, fora os
adereços que mui-
tiplicam a varie-
dade de vestimen-
tas, que descre-
vem quase um sé-
culo de nossa mú-
sica.
Esta vertiginosa
sucessão de ima-
gens é banhada
pela sofisticada
luz concebida por
Maneco Quinde-
ré. O superaparato de ilumina-
ção montado no Teatro Ginás-
tico inclui 40 refletores de
2.000 watts, controlados por
computador, que realizam 230
diferentes configurações e 12
efeitos especiais.
Finalmente, quem assistir a
esta extraordinária produção,
recebe como brinde um pro-
grama oferecido por O Boticá-
rio, com todas as músicas can-
tadas no espetáculo e um
delicado lenço de papel, suave-
mente perfumado. Apenas um
último detalhe para o maior
prazer dos fãs de Marília Pêra
e da peça ELAS POR ELA.
4 o sábado, 14/7/90 JORNAL DO BRASIL

São 35 vozes que emocionam o Brasil desde o início do século. Marília Pêra reinterpreta todas elas

no espetáculo. Conheça aqui a trajetória de cada uma

BLOCO 1/TEATRO DE REVISTA Ari Gomes - 1/8/74

t ADEMILDE FONSECA t ARACY DE ALMEIDA

Ademilde Fonseca é quase um sinô-
nimo de chorinho, ritmo do qual ela é
a cantora maior. Pernambucana de Vitó-
ria de Santo An tão (1921), foi criada em
Natal (RN), onde manteve intensa relação
com os grupos musicais da região. Em sua
discografia estão alguns dos maiores su-
cessos da MPB de todos os tempos, entre
eles, Tico-tico no fubá e Brasileirinho, além
de saborosas interpretações de Apanhei-te,
cavaquinho, Urubu malandro e Rato, rato.
PEDACINHOS DOCÊU
Wa/c/ir Azevedo/Miguel S/mão
Sei que me amas
com tanto fervor.
Há em teus lábios
Mil frases de amor.
Entretanto preciso ouvir
A voz da razão
Para saber se errei
Sim ou não
És para mim um formoso troféu
Vejo em ti pedacinhos do céu
Porém preciso refletir
Mais um pouquinho
Para não desiludir
Ao meu dorido coração
Que ainda sente a emoção
de uma ingratidão.
I ARACY CORTES
Ela foi o começo de tudo. Um dia
Zilda de Carvalho Espíndola (1906) re-
solveu deixar o nome e a família no bairro
do Catumbi, centro do Rio, para fugir com
um circo e se tornar Aracy Cortes, a primei-
ra grande cantora do teatro de revista bra-
sileiro. Nos anos 20 e 30 reinou absoluta no
Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes,
onde lançou compositores como Ary Bar-
roso e Benedito Lacerda. Com uma presen-
ça debochada e voz insinuante, Aracy Cor-
tes deixou a música em 1943, no auge do
sucesso, para retornar dez anos depois.
Após abandonar novamente a carreira,
voltou em 1965, numa apresentação com
Clementina de Jesus. A canção Ai Yóyô,
que lançou na revista de 1928 Miss Brasil,
e que é cantada neste ELAS POR ELA,
marcaria toda sua vida.
TEM FRANCESA NO MORRO
Assis Valente
Done muá si vu plê lonêr de dansê
aveque muá.
Danse yoyô.danse yayá.
Se vu irequenrê macumbê
Entrê na virada e lini por sambá
Danse yoyô, danse yayá.
Vieu. petite francesa
dansê le classique
em cime da mesa.
Quande le danse comece
On danse ici. on danse acolá
Danse yoyô. danse yayá.
Si vu nê vê pas dansê.
Pardon mon cherri. adiê,
je me vá.
Tem francesa no morrô.
^ ^ • • •' ¦
Não era à tôa que Noel Rosa se des-
pencava de Vila Isabel até o subúrbio
do Encantado. Era lá que se encontra-
va com uma menina que se tornaria uma de
suas intérpretes favoritas, a cantora Aracy
Telles de Almeida (1914-1988), ou simples-
mente Aracy de Almeida. Aracy de Almeida
sempre esteve intimamente ligada ao rádio.
Em seus últimos anos ficou mais conhecida
como jurada na televisão e, poucos anos
antes de sua morte, realizou um memorável
show no Teatro Carlos Gomes.
SÉCULO DO PROGRESSO
Noel Rosa
A noite estava estrelada
quando a roda se formou.
> Fonstca ficou famosa pela rapidez com que entoa chorinhos A lua veio atrasada
e o samba começou.
Um tiro à curta distância
Al YOYÔ num espaço forte ecoou,
Henrique Vogeler/Luis PeixotoIMarques Porto mas ninguém deu importância
e o samba continuou.
Ai. yoyô Você me chamou. O Yoyô de Yayá. Entretanto ali bem perto
eu nasci pra sofrer Ai. yoyô. Chorei toda a noite, pensei
morria de um tiro certo
Fui cantá pra você Tenha pena de mim. Nos beijos de amor que um valente muito sério.
Meus olhinho fechô eu te dei. Professor dos desacatos
do Bonfim
E quando os óio eu abri Meu Sinhô Yoyô. meu benzinho. do ensinava aos pacatos
Quis gritar, quis fugir. pode inté se zangar. meu coração
Se ele um dia souber o rumo do cemitério.
Mas você. eu não Me leva pra casa Chegou alguém apressado
sei porquê. que você é que é Me deixa mais não. naquele samba animado
que cantando assim dizia:
No século do progresso
o revorve teve ingresso
¦ l;:IÍl pra acabar com a valentia.
m I CARMEM MIRANDA
'
: A mais famosa cantora brasileira no
i:y ^aãfü exterior era portuguesa. Maria do Car-
•mo Miranda da Cunha, nossa Carmem
llllli Miranda, nasceu em Marco de Canave-
i,: m%m ses, norte de Portugal, em 1909. Aos dois
anos veio com a família para o Brasil, onde
foi balconista e chapeleira, antes de conse-
guir uma chance na Rádio Sociedade,
quando tinha 20 anos de idade. A partir
daí, suas gravações e apresentações radio-
fônicas eram cercadas de uma fama cres-
cente, que acabou projetando-a para o ci-
nema. Primeiro realizou musicais pela
Cinédia e depois em Hollywood. A figura
kitsch, de turbantes exóticos, tamancos al-
tíssimos e olhares maliciosos tornou-se um
ícone da latinidade exarcebada.
CHICA-CHICA BUM
Ganem
O meu ganzá faz Chica-Chica Bum
pra eu cantar o Chica-Chica Bum
Com a canção do Chica-Chica Bum
meu coração faz Chica-Chica Bum.
E vem a saudade da Bahia
onde o samba Tem
ganjerê também muita batucada.
É brasileiro o Chica-Chica Bum
com o pandeiro fazendo o Chica
1111 Bum.
E pra terminar o Chica-Chica Bum
vocês devem cantar
Chica-Chica Bum
Cãrmam Miranda cantou no Cassino da Urca e estourou em musicais de Hollywood Chica-Chica Bum

v-.'—A ~7 '--V •*
 sábado, 14/7/90 o 5
JORNAL DO BRASIL

BLOCO 2/AS CANTORAS DO RADIO

BELEZA
nunca falta uma"Eleengraçadinha
perguntando: hoje não vem?"
Já não chegam essas mágoas tão DALVA DE OLIVEIRA
| LINDA BATISTA minhas
É difícil acreditar que uma cantora Dalva de Oliveira (1917-1972) enfren- COM
A chorar nossa separação
tou todas as dificuldades para poder can-
que durante mais de 25 anos foi aplau- Ainda vêm estas aves daninhas
dida e cortejada, tenha terminado a vida Beliscando o meu coração. tar. Filha de um carpinteiro dublê de sa-
tão esquecida e abandonada como Linda xofonista, Vicentina de Paula Oliveira, seu
nome verdadeiro, acompanhava o conjun- ARTE
Batista (1919-1988). Ainda criança, Fio- |
rinda Grandino de Oliveira compôs sua to amador do pai. Quando o pai morreu,
foi para um colégio interno em Rio Claro,
primeira música, significativamente cha-
mada Tão sozinha. Aos 12 anos já cantava cidade onde nasceu. Três anos depois,
uma infecção nos olhos a impediu de
profissionalmente e, em 1937, era a Rai-
nha do Rádio. Realizou um casamento prosseguir na escola. Seguiu com a mãe
frustrado e continuou sua carreira sempre para a capital paulista, onde trabalhou de
com grande sucesso, nas rádios e no cine- babá, arrumadeira e cozinheira de hotel.
ma. Afastou-se da música na década de 60. Só voltou à música numa excursão a Mi-
nas Gerais como crooner de um grupo
VINGANÇA musical. Dali cantou em rádios mineiras e
Lupicinio Rodrigues
depois nas cariocas, trampolim para seus
Eu gostei tanto, tanto UUjjgW'* shows no Cassino da Urca.
quando me contaram v'-
que lhe encontraram m TEUS CIÚMES
chorando e bebendo na mesa de um Aldo Cabral/Lacy Martins
bar. Condeno os teus ciúmes
E que quando os amigos do peito '
l£i£
m&fa s
*y®&T$> ' ^lifHBi^^^^HHHiil que mataram o nosso amor.
por mim perguntaram ¦fi'Am 'i
um soluço cortou sua voz. ^^^¦Ks&x- v \«P\
| . \- Razão dos meus queixumes.
não lhe deixou falar. ^«s causa cruel desta dor.
Mas eu gostei tanto, tanto Condeno os teus ciúmes
quando me contaram que me crucificaram
que tive mesmo e me dilaceraram o coração.
eterna dimensão.
que fazer esforço da minha solidão.
pra ninguém notar. Olhando meu passado
O remorso talvez seja a causa do muito triste vejo então.
seu desespero o livro desfolhado
Você deve estar consciente do que
praticou que só me foi ilusão.
Foi me fazer passar esta vergonha e lembro o nosso amor.
ANGELA maria
1I Angela MARIA um sonho encantador.
com um companheiro
E a vergonha é a herança maior que daquele tempo lindo
O Rio parava quando Ângela Angel*
que eu julgava infindo.
meu pai me deixou. Maria cantava Babalu na Rádio Ridio Na- Na minha vida incalma.
Mas enquanto houver força em meu
Cunba, ma-
Afaelira Maria da Cunha,
cional. Abelira no embaçado espelho de minh'alma
peito. eu vejo os teus ciúmes.
eu não quero mais nada. (RJ) de 1928, teve
caense (RI) de mudar
tevedemudar
Só vingança, vingança, vingança A revólver ferindo
de nome para que o pai, sevcro severo pas-
pas¬ meu coração, e assim me destruindo
aos santos clamar.
Você há de rolar como as pedras tor protestante, não nao soubesse que a sempre teus ciúmes
que rolam na estrada filha queria cantar. Entre os hinos vêm me perseguindo.
sem ter nunca um cantinho de seu religjosos e os microfones das rádios,
religiosos radios, I
pra poder descansar. Angela Maria trabalhou como tecela
f&brica de lâm-
e, mais tarde, numa fábrica laan- t LANA BITTENCOURT
padas. Depois de bater
baler à
a porta de A estudante Irlan Figueiredo Passos,
| NORANEY
muitos programas de calouros, con- nascida no Rio de Janeiro em 1931, não
Certos talentos têm de esperar. Foi o
caso de Nora Ney (Iracema de Souza Fer- gmva$ao do
seguiu se firmar com a gravação estava nem ai para as aulas de sua facul-
samba Não voci, de Paulo
Nao tenho você,
reira, carioca de 1922) que só estreou dade de Filosofia. O que queria era can-
Marques e Ari Moreira, que bateu. bateu
realmente aos 29 anos na Rádio Tupi com tar. Virou Lana Bittencourt e começou a
o nome artístico de Nora May. Sua chan- recordes de venda
todos os rccordes vendada da época.
ipoca.
se apresentar nas rádios cariocas, primeiro
ce viria durantes as férias da cantora Aracy d&cada de 50 sua fama era tanta
Na década
Getuiio Vargas, seu sen passo para a gravação de seu disco de
de Almeida, que substituiu no programa preskfente Getúlio
que o presidente estréia, com dois sambas. Com sua versa-
Viva o samba. Depois de abandonar o re- fa incondicional,
incondidosa!, a apelidou
apeHdou de Sapo-
tilidade e natural habilidade para línguas,
—
pertório inglês influência de seu início de ti, "por sua cor e a voz, doces como Lana gravou em diversos idiomas, sempre
carreira, quando era irrestrita admiradora osapoti". com grande sucesso.
de Frank Sinatra —, e mudar para o pseu-
dônimo com que se tornou conhecida, de- ORGULHO
PARABÉNS PRA VOCÊ (HAJA 0 QUE HOUVER)
senvolveu um estilo próprio e cheio de per- RochalNelson Wedekind
Waktir Bocha/Nelson Wedekmd
embora. eu
maridaste embora, Wilson Batista!Roberto Martins
sonalidade, com interpretações antológicas Tu me mandaste
irei;
irei, , Bate, se queres bater, será pra mim
de Menino grande, Aves daninhas e a pun- levarei um prazer
Mas comigo tambémtamb§nvlevarei
gente Ninguém me ama. o orgulho de não n§o mais voltar.
vdltar. ajoelhar-me no chão. pedindo
AVES DANINHAS Mesmo que a vida se tome perdão de um mal que não fiz. '
cruel. De você só quero isto, que você hT~'" I
Lupicinio Rodrigues saiba que eu existo,
se transforme numa taça tapa de
Eu não quero falar com ninguém fel, e o mal que vem de você me fará
Eu prefiro ir para casa dormir este trapo tu nãonao mais verás.
ver£s. feliz.
Se eu vou conversar com alguém Eu seguirei como o meu desa- Xingue, maltrate, eu sou sua. pode
As perguntas vão se repetir. mor jogar-me na rua,
Quando estou em paz com meu com a alma partida de dor e coitadinho daquele que se
bem procurando esquecer. intrometer.
Ninguém por ele vem perguntar Deus sabe bem Eu vou dizer e repito, você é o meu
Mas sabendo que estamos brigados n6s dois infinito,
Esses malvados querem me torturar. quem errou de nós
e dará urn castigo depois
dar6 um haja o que houver cantarei parabéns
Se eu vou a uma festa sozinha, merecer. ' v. ¦ pra você.
procurando esquecer o meu bem. o castigo a quem merecer.

I ELZA SOARES
Elza Soares é a voz do morro. Nascida
em 1937, foi criada na favela de Água
Santa, subúrbio do Rio de Janeiro. Ex-la-
vadeira e operária numa fábrica de sabão,
a cantora animou bailes, foi crooner de
orquestras e de inferninhos na Zona Sul
carioca. Foi na boate Texas, em Copaca-
bana, que conheceu o compositor Aluísio
de Oliveira, que a convidou para gravar.
Logo em seu primeiro disco estourou com
a música Se acaso você chegasse, de Lupis-
cínio Rodrigues e Felisberto Martins. Fa-
mosa por sua voz rouca cheia de rompan-
tes, a cantora também se notabilizou por
seu casamento com o craque futebolístico
Garrincha.
BEIJA-ME
Roberto Martins/Mario Rossi
Beija-me. deixa o teu rosto
coladinho ao meu.
Beija-me. eu dou a vida pelo beijo
teu. Beija-me.
quero sentir o teu perfume.
Beija-me. com todo o teu
amor senão eu morro de ciúme.
Ai. ai. ai. que coisa boa. o beijinho
do meu bem. dito
assim parece à toa o feitiço que ele
tem.
Ai. ai. ai. que coi=a louca, que
gostinho divinal.
quando eu ponho a minha boca
nestes lábios de coral.
Beija-me. beija-me. beija-me.
CHIQUINHA GONZAGA
Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwi-
ges Neves Gonzaga, carioca, 1847-1935)
foi uma mulher anos-luz à frente de seu
tempo. Compositora brilhante, musicista
e foliã incansável, legou-nos uma das mais
importantes obras musicais já realizadas
no Brasil, com um vasto catálogo de obras
que-inclui valsas, mazurcas, polcas, tan-
gos, maxixes, lundus, quadrilhas, barcaro-
Ias, habaneras, choros, serenatas e até al-
gumas músicas sacras. Foi a primeira
maestrina brasileira e realizava extraordi-
nários concertos, como um com 100 vio-
lões. Ao mesmo tempo, sua independência
e firmeza de caráter espantavam seus con-
temporâneos, que viram a garota de apé-
nas 18 anos abandonar o marido. Uma
das maiores, senão a maior compositora
brasileira de todos os tempos, tem algu-
mas de suas obras até hoje cantadas, caso
de Ô abre alas.
ô ABRE-ALAS
Chiquinha Gonzaga
O abre-alas
que eu quero passar
O abre-alas
que eu quero passar
Eu sou da Lira
não posso negar.
. ô abre-alas
que eu quero passar
Rosas de Ouro
é quem vai ganhar.
BLOCO 3/ DANDO A VOLTA POR CIMA
| ISAUR1NHA GARCIA
Isaurinha Garcia (1923) começou na
música ao lado do cantor Vassourinha,
mas foi um anúncio de Sapóleo Radium
que chamou a atenção da gravadora Co-
lumbia, que a convidou para um disco.
Em 1938 foi para a Rádio Record, onde
permaneceu por 32 anos. Ligada a sua
São Paulo natal, de onde nunca saiu, aca-
bou por fazer sucesso em todo o país.
MENSAGEM
Cícero Nunes/Aldo Cabral
Quando o carteiro chegou
e o meu nome gritou
com uma carta na mão.
Ante tristeza tão rude
nem sei como pude
chegar ao portão.
Lendo o envelope bonito
no seu subscrito
eu reconheci,
a mesma caligrafia
que me disse um dia
estou farto de ti.
Porém não tive coragem
de abrir a mensagem,
W Ji*1 porque na incerteza
Jj
eu meditava e dizia:
Será de alegria?
Será de tristeza?
Quanta verdade tristonha
ou mentira risonha
uma carta nos traz
e assim pensando rasguei
tua carta e queimei
1
Plyj Soares tem seu sucesso Bciji-mi interpretado por Marilia Pêra para não sofrer mais.
BLOCO 4/ O CARNAVAL
I DIRCINHA BATISTA I EMILINHA BORBA
Vestir-se com a casca de uma banana
Dircinha Batista subiu pela primeira vez
em um palco em 1928, quanto tinha apenas nanica pode não ser um escândalo nos
6 anos de idade. Paulistana filha de um dias de hoje, mas Emilinha Borba alucina-
ventríloquo e humorista, gravou seu disco va multidões ao cantar os rebolativos ver-
de estréia com oito anos. Irmã da também sos de Chiquita Bacana. A carioca Emília
cantora Linda Batista, participou de diver- Savana da Silva Rocha (1923) dividiu sua
sos filmes nacionais e, a partir de 1960, infância entre o Morro da Mangueira e
atuou como repórter e apresentadora da Jacarepaguá, onde divertia as coleguinhas
TV Tupi. Aposentou-se cerca de 10 anos de escola com suas imitações de Carmem
depois, após mais de 40 anos de carreira. Miranda. E seria a própria Carmem Mi-
randa que a levaria para cantar no lendá-
rio Cassino da Urca, onde ficou até 1944.
¦PPT
t MARLENE VAI COM JEITO
Qualquer macaca de auditório sabe João de Barro
quem é Marlcne (1924), mas poucas co- Vai. com jeito vai.
nhecem Vitória Bonaiutti, uma menina de
Se não um dia.
São Paulo que em 1937, com apenas 14 a casa cai.
anos, espevitou a Rádio Bandeirantes que- menina.
rendo cantar, carreira. A partir dos anos Vai, com jeito vai.
40, dominou o cenário musical brasileiro, Se não um dia.
a casa cai.
quando conviveu e cantou com todos os menina.
grandes músicos de seu tempo. Se alguém lhe convidar
pra tomar banho em Paquetá.
LATA D'ÁGUA pra um piquenique na Barra da
Luis Antônio/ Jota Júnior Tijuca
ou pra fazer um programa no Joá
Lata d'água na cabeça, menina, vai com jeito, vai.
lá vai Maria,
lá vai Maria.
Sobe o morro e não se cansa,
pela mão leva a criança,
BggT- lá vai Maria, (bis)
ircinha estreou com seis anos
IRrcimM^streoi^omseis
 - >\ 2T,i • ~ V .** * - T* " ^

sábado. 14/7/90 o 7
JORNAL DO BRASIL

I BETH CARVALHO I RITA LEE EMOÇÃO

Rita Lee Jones (1947) sempre foi um
Zona Sul também dá samba. Quem
caso sério na música brasileira. A pau-
prova é a carioca Elizabeth Santos Leal de listana de Higianópolis criada em Vila
Carvalho (1946), ou simplesmente Beth
Mariana se especializou em virar do aves- COM
Carvalho, nascida na Gamboa e criada na
so os rótulos e definições que quiseram lhe
Zona Sul do Rio de Janeiro. A cantora
decalcar. Em 1966, funda o grupo Os
estourou em 1968, no III Festival Interna-
mutantes e torna-se a estranha musa da
cional da Canção, com a inesquecível An-
modernidade, assustando ouvidos acomo- ARTE
dança. No inicio da década de 70, gravou o
dados com a voz de seus 19 irreverentes
samba-enredo Rio Grande do Sid na festa
anos. Tutti Frutti, sua banda seguinte,
do preto forro, da Unidos de São Carlos. representa um período de energi esquecida
Foi uma escolha irreversível pelo samba,
por nosso rock'n roll. A partir da década
que despreza modismos e privilegia a mais de 80, a roqueira se une ao guitarrista
autêntica música do morro, da qual Beth é
Roberto de Carvalho e inicia um novo
intérprete sem igual. Em sua vasta disco- i?4r período musical, com composições mais
grafia encontram-se antológicas gravações :''P leves e românticas.
de 1.800 colinas, Folhas secas e a comovente -
As rosas não falam. ,x>x. PERIGOSA
•yv"'', ;>? Vv" 9 s Rita Lee/Nelson Mova/Roberto de Carvalho
COISINHA DO PAI m-r? 0mm
Jorge Aragão/A/mir/Luis Carlos m v-~- Sei que eu sou um pouco de fogo
WjIm bonita e gostosa. posso prender
ô coisinha tão bonitinha do pai. Eu sei que você você meu escravo.
Eu disse me olha e Eu faço você
ô coisinha tão bonitinha do pai... me quer. feliz e sem medo.
Eu sou uma fera Eu vou fazer
de pele macia você ficar louco,
Cuidado, garoto, muito louco,
eu sou perigosa. muito louco,
it i',- mmmhhhmHHHHHI Eu posso te dar dentro de mim.
B«th Carvalho: do festival ao samba

BLOCO 5/ A DOR DE COTOVELO

O Boticário

///
*..
8 o sábado, 14/7/90
I NANA CAYMMI
Nana Caymmi (1941) é filha do mar:
forte, intempestiva e emocionante. Como
seu pai, Dorival Caymmi, sua mãe, a can-
tor/Stella Maris, e os irmãos compositores
e instrumentistas Danilo e Dori, tinha de
seguir uma vida musical. Bem que tentou
mudar, ao exilar-se na Venezuela com seu
marido por cinco anos. Mas nada a afas-
tou de seu destino, nem a chuva de vaias
que tentaram lhe encobrir a voz rouca e
burilada, durante o I Festival Internacional
da Canção. A carioca Dinair Tostes tinha
nascido (em 1941) para cantar, o que fez de
forma original, com um repertório que in-
clui o que há de melhor em nossa música.
SE QUERES SABER
Peter Pan
Se queres saber se eu te amo ainda.
Procure entender a minha mágoa
infinda.
Olha bem nos meus olhos, quando
eu falo contigo.
e vê quantas coisas eles dizem que
eu não digo...
I ELIZETH CARDOSO
De todos os elogios e definições le-
gados às grandes cantoras, nenhum foi
mais justo que o dado a Elizeth Cardo-
so (Rio de Janeiro, 1920): divina. Sim-
pies, discreta e elegante, Elizete Moreira
Cardoso foi oceano pacifico que transbor-
dou talento e personalidade, impressa em
sua voz de contralto arranhada de prus-
sianos erres. Fez de tudo para ganhar a
vida, foi dançarina, vendedora de charu-
tos, costureira, manicure e artista de circo,
enquanto esperava oportunidades para
cantar. Quando conseguiu, ganhamos uma
cantora plena, capaz de sussurrar ao micro-
fone a melodia mais sofrida com uma im-
pressionante dignidade. Faleceu no ano
passado.
A FLORE O ESPINHO
Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito/Alcides
Caminha
Tire o seu sorriso do caminho
que eu quero passar com a minha
dor...
I ALAÍDE COSTA
Relembrar a carreira de Alaíde Cos-
ta (Rio de Janeiro, 1935) é rever um
pouco do que há de melhor em nossa
música. Da menina de 13 anos vence-
dora de um concurso de rádio, até a
enxuta cantora de Sabe você ?, muitos
palcos e microfones povoaram a vida desta
artista. Seu timbre inusitado caiu como
uma luva para as delicadas canções da
bossa-nova, basta ouvir sua interpreta-
ção da dolorida Onde está xocê?, de Oscar
Castro Neves e Luverci Fiorini.
ONDE ESTA VOCÊ
Oscar Castro Neves
Hoje a noite
não tem luar.
Vem depressa pra me encontrar...
JORNAL DO BRASIL
1-; L A
I MAYSA
Fossa, dor e desencanto têm um no-
me: Maysa. A talentosa mocinha pau-
lista (São Paulo, 1936) parecia ter seu
futuro mais próximo das colunas sociais
que musicais. Descendente de tradicional
família capixaba, ex-aluna de colégio de
freiras e casada com o milionário André
Matarazzo, Maysa limitava-se a compor e
a cantar em festas íntimas para a alta socie-
dade. Num destes saraus, Maísa Figueira
Monjardim foi convidada por um produtor
para gravar um disco, que acabou se tor-
nando um enorme sucesso de vendas. Em
pouco tempo tinha seu próprio programa
na TV Record. Enquanto colecionava su-
' cessos, sua vida pessoal tornava-se cada vez
?wy@r / j mais transtornada. Sua imagem pública fi-
cou marcada como uma personagem de-
pressiva e carregada de agressividade. Mas
a morte da cantora, em trágico acidente na
ponte Rio-Niterói, em 1977, não turvou
sua herança musical, onde brilham emocio-
nantes interpretações de Meu mundo caiu,
Ouça, Meditação e Morrer de amor, canta-
da por Marília Pêra num dolorido momen-
to de ELAS POR ELA.
MORRER DE AMOR
jjj José Cid/Mário Maranhão/Tivas
Nana Caymvni: uma vinheta de S# quww wbtr estd no repert6rio de BIAS POffl KLA
Andei sozinha, cheia de mágoas,
pelas estradas de caminhos sem fim.
Tão sem ninguém que pensei até
em morrer, em morrer...
I sylviatellÊs
Tristeza e melancolia parecem ser mar-
cas registradas de Sylvia Telles (Maricá,
1934-1961). Com 23 anos, a cantora de
voz intimista nos oferece sua Caricia, pri-
||§llWffl||S|M meiro LP, com Chove lá fora, de Tito
Madi, a Canção da volta, de Antônio Ma-
ria e Se todos fossem iguais a você, de
Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Em
seus discos, gravados no Brasil e nos Esta-
dos Unidos, está o melhor da bossa-nova.
Demais, de Tom e do seu marido Aluysio
de Oliveira, é relembrada por Marília Pé-
ra, num dos mais bonitos momentos deste
ELAS POR ELA.
§PBB DEMAIS
Aluisio de Oliveira/Tom Jobim
'2$
m *-
*a*ssgg§£s5:^H *¦ ^' Todos acham que eu falo demais.
hsMSV mm ¦K& E que ando bebendo demais,
que essa vida agitada
não serve pra nada
andar por aí,
mm ;\ bar em bar. bar em bar.
Dizem até que ando rindo demais
i JH K|||ji e que conto anedota demais.
que não largo o cigarro
e dirijo o meu carro correndo
chegando no mesmo lugar.
II IBi SI I Ninguém sabe é que isso acontece
m m m wBk ill I porque
H§g||| :v^?S Bii9 vou passar minha vida esquecendo
você
e a razão porque vivo estes dias
banais
é porque ando triste, ando triste
. - y : iwiiM! lw$$isttiPi f _'s I t' x. - - \. s demais.
m % E é por isso que eu falo demais.
jx E é por isso que eu bebo demais.
ta*mss£Z^ yx,«w -, v 8 .- F E é a razão porque vivo esta vida
i f li fl Tltlf iWirifi ir.iii f agitada demais
é porque meu amor por você é
imenso
O meu amor por você é tão grande
é porque meu amor por você
Maysa está representada no bloco sobre a dor de cotovelo é enorme demais.
 ! * - V. #

JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 o 9

I DÓRIS MONTEIRO IHR( I DOLORES DURAN

Entre as muitas descobertas realizadas
pelo radialista Renato Murce em seu céle-
bre programa Papel Carbono, da Rádio
Nacional, estava uma menina de 15 anos
que costumava cantar fados em programas
infantis. A garota Adelina Dóris Monteiro,
carioca de 1934, começava uma carreira
apinhada de populares sucessos. Cantou
em boates, estrelou o filme Agulha no pa-
lheiro, de Alex Viany, e gravou músicas
como Se você se importasse, de Peter Pan,
Mudando de conversa, Maurício Tapajós e
Hermínio Belo de Carvalho, Dô-rè-mi, de
Fernando César, e Coqueiro verde, de Ro-
berto e Erasmo Carlos.
Dóris: revelada em tapai Mtbono
Nem a morte prematura ofuscou o bri-
lho de sua voz. Doiores Duran, pseudo-
nimo de Adiléia Silva da Rocha (Rio de
Janeiro, 1930-1959), é autora de algumas
das melhores composições de nossa MPB.
Sua primeira aparição pública foi aos 10
JH H anos, em programa de calouros infantis.
Cantora de qualidade, hoje é muito mais
conhecida por suas músicas, como Por
causa de você, que escreveu com Tom
Jobim. TEM
FIM DE CASO
Doiores Duran
Eu desconfio que nosso caso está
na hora de acabar
CULTURA

BLOCO 6/ANOS DOURADOS

NO AR
PARE O CASAMENTO
I WANDERLEA Milano/Luiz Keller
Wanderléa Salim (1946) sempre foi a Antes de continuar a cerimônia Morta de tristeza eu sei que vou
Ternurinha, carinhoso apelido que ganhou deste ficar.
durante o período da Jovem Guarda, quan- casamento, se alguém souber de Por favor, pare agora. A Rádio Jornal
algo Senhor Juiz. pare agora.
do conviveu com Roberto e Erasmo Car- que impeça este matrimônio que Senhor Juiz. este casamento
los. A mineira de Governador Valadares já fale agora Será pra mim todo meu tormento do Brasil AM
encantava em 1956, exibindo seus 10 anos Por favor, pare agora. Não faça isso. peço por favor
em programas infantis. Com minissaias jus- Senhor Juiz. pare agora. Pois a minha alegria vive deste
Senhor Juiz. eu quero saber amor. tem uma progra-
tas e seus longos e alourados cabelos, apai- Sem este amor o que eu vou fazer Por favor, pare agora.
xonava multidões de fãs com seu sucesso Pois se o senhor, este homem casar Senhor Juiz. pare agora.
mação sintoniza-
Pare o casamento, de Milano e Luiz Keller,
que Marília Pêra revive em ELAS POR da com tudo o
ELA.

que acontece na

vida cultural da

cidade.

Programe essa.

Tem JB no ar.
P5<'.

RÁDIO JB
tornou'se Ternurinha
Wanctaírl^i se^dbia em programas infantis na cidade mineira de Governador Valadares. Na Jovem sumia, tornou-se Ternurfnlw . f' "
AM940STEREO
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10 o sábado, 14/7/90
EVINHA
Talvez o Trio Esperança não seja mui-
to conhecido nos dias de hoje, mas Evinha
(Eva Correia José Maria, carioca de 1951)
até fioje lembrada pela difusão da Cantiga
por Luciana, de Paulinho Tapajós e Ed-
mundo Souto, lançada no IV Festival In-
ternacional da Canção. A cantora suave
iniciou a carreira ao lado dos irmãos Má-
rio e Regina em 1961, com o Trio Espe-
rança, apresentando-se em programas de
rádio. Imediatamente convidado para in-
tegrar o elenco da gravadora Odeon,
o conjunto familiar destacou-se com os
kits Meu bem lollipop, Festa do Bolinha e
A 'a hora do almoço.
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IPI
Evlnha, a da Cantiga por Luciana
I CELLY CAMPELLO
Num tempo em que as lambretas arre-
piavam as avenidas com garotos gomalina-
dos e mocinhas de rabo de cavalo, ela era a
primeira e única estrela do rock'n'roll. Seu
nome: Célia Campeio Gomes Chacon. mais
conhecida como Celly Campeio (1942),
uma paulistana capaz de alucinar festinhas
hi-fi e arrasar corações cantando versões
aportuguesadas dos sucessos de Paul Anka
e H. Earnhart. Menina prodígio, dirigiu um
programa de rádio com 12 anos e gravou o
primeiro disco aos 15. A cantora foi porta-
voz do comportamento de toda uma gera-
çào, enfeitada de Lacinhos cor-de-rosa, Es-
túpido cupido e Banho de lua, algumas
de suas músicas mais conhecidas. Celly foi
o broto legal.
,
JORNAL DO BRASIL
BLOCO 7/OS ANOS DE CHUMBO
NARA LEÃO
A musa da bossa-nova, das suaves can-
ções que falavam de amor e poesia, tam-
bém foi a corajosa intérprete do histórico
show Opinião, que enfrentava diretamente
o Golpe de 1964. Nara Lofego Leão (Vitó-
ria, 1942-1989) começou em shows uni ver-
sitários e se lançou profissionalmente em
1963, no espetáculo Pobre menina rica. Um
ano depois, a pequena figura de voz delica-
da reagia à repressão política com mú-
sicas de protesto de intensa agressividade.
Ajudou a lançar toda uma safra de novos
^
compositores, entre eles, Chico Buarque,
Caetano Veloso e Gilberto Gil.
OPINIÃO
Zé Keti
*'
Podem me prender Nara Lo4o: a ™ bossa nova aiudou a ^ uo ^
Podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do morro eu não saio não | GAL COSTA
Se não tem água. Seu nome é Gal Costa (Salvador,
eu furo um poço.
Se não tem carne, 1945), segundo o batismo que o empresá-
eu compro um osso rio Guilherme Araújo deu a Maria da
'* <&: >f e ponho na sopa. Graça Pena Burgos, que aos 15 anos já
E deixa andar, impressionava com sua voz de afinados
deixa andar.
Fale de mim quem quiser falar agudos. Em 1964 participou do espetáculo
Aqui eu não pago aluguel Nós, por exemplo, ao lado de Gilberto Gil,
Se eu morrer amanhã seo doutor Maria Bethânia e Tom Zé, que, com Cae-
Estou pertinho do céu. tano Veloso, viriam a formar o grupo
E deixa andar, baiano de maior expressão no Tropicalis-
deixa andar.
mo, movimento carnavalizante da cultura
brasileira que sàcudiu o final dos anos 60.
Na década seguinte, abandonou a imagem
hippie e conquistou novas platéias com
um estilo mais elegante, mas sempre com
ta^ ' o mesmo talento e riqueza vocal.
»*~ * » *' BLOCO 8/A PÁTRIA MÃE GENTIL
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* <„* * * *\* «,* ¦ I EUS REGINA
V * » V* Elis Regina Carvalho da Costa (Porto-A-
- legre. 1945-1982) é, sem dúvida, uma das
maiores cantoras que o Brasil já conheceu.
Com apenas 11 anos, já se apresentava em
programas infantis de rádio e, em 1961, gra-
vava Vira a brotolàndia, seu LP de estréia,
embalado por rocks e calipsos. Três anos
depois transferiu-se para o Rio de Janeiro, sC-"v
onde se apresentou na TV Rio e em vitorio- j
sas noites na boate Bottle's, no mitológico
Beco das Garrafas. Com a interpretação de
Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Mo-
raes. no I Festival de Música Popular Brasi-
leira. tornou-se conhecida em todo o país.
Em sua discografia estão registradas subs-
tanciais gravações do que há de melhor em
nossa música popular, em quase 20 discos
que variam desde rascantes tonalidades de
Falso brilhante até a suavidade de Elis.
AQUARELA BRASILEIRA
Ary Barroso
Oh. e essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brilhar
Oi. esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil. Brasil Ell* Reglna: aos 11 anos. participava de programas infantis de radio
JORNAL DO BRASIL sábado, 14/7/90 o 11

com romantismo
Maria
| MARIA BETHÂNIA
Não bastasse ser Maria Bethânia Viana
Teles Veloso, ainda é irmã de Caetano
Veloso. Baiana de Santo Amaro da Purifi-
cação (1946), se mudou com a família
para Salvador, onde passou a freqüentar a
vida boêmia e cultural da cidade. Logo
estava no elenco de Boca de Ouro, peça de
Nélson Rodrigues. Entretanto foi no espe-
táculo Opinião, substituindo Nara Leão,
que a cantora de voz ao mesmo tempo
doce e intensa conseguiu grande sucesso
com sua interpretação de Carcará, de
João do Vale e José Cândido. Participou
ativamente do movimento tropicalista e é
responsável por algumas das mais belas
gravações da MPB. Há alguns anos de-
senvolve um repertório eminentemente ro-
mântico, com uma presença marcante e
interpretação dramática e poderosa.
1 CLARA NUNES
Nasceu mineira uma das maiores sam-
bistas que o Rio de Janeiro já viu. Clara
Nunes (1943-1983) era de Paraopeba, de
onde saiu para viver em Belo Horizonte.
Pobre e órfã, teve de trabalhar numa fá-
brica de tecidos, enquanto terminava o
curso normal. Suas primeiras chances de
cantar profissionalmente só vieram nos
anos 60, numa rádio mineira e, mais tarde
no Rio, onde gravou o LP A vo: adorável
de Clara Nunes. Menos de 10 anos depois,
seu disco Alvorecer ganhava o primei-
ro lugar em todas as paradas de suces-
so nacionais.
| CLEMENTINA DE JESUS
Clementina de Jesus (1902-1987) só
estreou quando muita artista pára de can-
tar. Durante o show, Rosa de Ouro, pro-
duzido em 1964 por Hermínio Bello de
Carvalho, Clementina revelou ao público
esquecidas músicas de trabalho, corimás,
jongos e modas que conhecia desde sua
infância em Valença, interior do Rio de
Janeiro. Filha de um violeiro e capoeiris-
ta, Quelé (como também era conhecida)
sempre esteve envolvida com a música,
seja como pastorinha em blocos carnava-
lescos ou em rodas de samba. Sua voz
grave e poderosa terminou conhecida até isco Alvorecer
no exterior. Clara Nunãã conquistou definitivamente o sucesso com os

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Ivone Lara f- *
| DONA IVONE LARA j
Dona Ivone Lara da Costa (1922) é Sonho meu.
Sonho meu.
destas compositoras e cantoras que só Vai buscar quem mora longe JORNAL DO BRASIL
precisaram de um samba para entrar na Sonho meu.
história musical brasileira. O poético Sonho Vai matar essa saudade
meu ficou para sempre marcado na memó- Sonho meu.
ria popular como um hino oficioso da anis- Com a tua liberdade.
Sonho meu.
tia aos exilados políticos. Carioca da gema, No meu céu a estreia guia se perdeu
Ivone Lara è uma das mais importantes A madrugada fria
personalidades da Escola de Samba Impé- só me traz melancolia
rio Serrano. Sonho meu.
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