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Métodos dos modelos de

simulação
Os métodos baseiam-se em simulações ambientais computadorizadas,
geralmente com uso de softwares. O objetivo é com recursos estatísticos
informatizados prever a dinâmica das interações ambientais importantes para o
diagnóstico ambiental. A ferramenta busca prever, baseado em dados reais,
uma previsão aproximada da situação de um dado projeto ambiental. Se você
gosta de informática e matemática é um método que gostará de trabalhar!

O Modelo de Simulação Ambiental visa conhecer as causas e os efeitos das


atividades desejadas. É um conjunto de ferramentas importantes para projetos
multifacetados e que não necessariamente precisam ser aplicados antes do
início do projeto. De modo geral, a simulação permite obter dados qualitativos e
quantitativos, oferecer resultados de medidas de magnitude e dar maior
compreensão sobre a importância do impacto ambiental. Os resultados
também permitem a tomada de decisões mais adequadas. Mas, antes de
continuar lendo, vamos ficar atento aos conceitos:

Critério de Valor

Define se o impacto é positivo ou negativo. O critério, portanto, definirá se a


ação estudada será melhor ou poderá causar algum dano a qualidade do fator
ambiental.

Critério de Ordem

Identifica se o impacto ambiental é direto ou indireto. Você lembra a


diferença? Basicamente o direto é causado pela associação causa e efeito.
O impacto indireto surge como reação secundária. Se preferir, pesquisa na
internet sobre o tema e achará muitos exemplos!
Critério de Espaço
Nos diz a respeito do espaço geográfico afetado pelo impacto ambiental.
Pode ser local quando o impacto é apenas nas imediações; impacto
regional quando ultrapassa as imediações do espaço da atividade e ainda
pode ser classificado como impacto estratégico, na qual a ação tem grande
proporção, até mesmo internacional.

Critério de Tempo

Verifica o prazo para o impacto ambiental surgir, ou seja, definirá se o


impacto acontecerá a curto, médio ou longo prazo.

Critério de Dinâmica

Indica a duração do impacto após a realização da atividade da organização.


Esse tempo pode ser temporário, quando existe por um tempo específico. O
tempo pode ser ainda cíclico quando não é de forma constante, ou
permanente que é quando o impacto segue ininterrupto.

E o que seriam os dados quantitativos?

Os dados quantitativos envolvem uma gama de números afim de projetar


dessa forma parâmetros do valor da alteração ambiental. Os dados fornecem a
magnitude do impacto ambiental. Mas e agora, o que seria a magnitude?

A magnitude refere-se à abrangência de forma geral do impacto ambiental.


Essa medida também inclui os dados qualitativos. A magnitude é calculada
baseada em fatores como intensidade, periodicidade entre outros fatores, que
podem variar conforme o ramo do empreendimento. Por exemplo em uma
Avaliação de Impacto Ambiental pode aparecer dados sobre a magnitude do
impacto tais como: sem impacto (zero), insignificante (um), baixo grau (dois),
médio grau (três), alto grau (quatro) e muito alto (cinco). Também pode-se usar
cores para identificação, como branco ao invés de 0 e assim por diante.

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Importante
A simulação é muito utilizada para previsões de emissões atmosféricas e de
efluentes no meio ambiente. Um estudo conduzido em Araucária, no Paraná,
apresentou dados projetados da poluição atmosférica na cidade com o modelo
AERMOD (elaborado pela American Meteorology Society, Environmental
Protection Agency, Regulatory Model). O objetivo do trabalho foi analisar o
impacto ambiental provocado pela modernização de uma refinaria de petróleo
em Araucária. Para saber mais procure o artigo “Simulação das emissões
atmosféricas sobre o município de Araucária com uso do modelo AERMOD”
faça uma busca na internet.

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E como tenho acesso aos modelos computacionais de simulação de impacto


ambiental?

Felizmente o acesso a informação e a tecnologia de forma gratuita tem


ganhado peso na última década. Provavelmente você deve utilizar-se de
aplicativos gratuitos, por exemplo. Em relação ao meio ambiente, questão
imprescindível ao interesse de todos, essa questão é importante.

No site do Ministério do Meio ambiente há a seguinte declaração:

“Os softwares livres vêm se firmando como alternativas em relação aos


softwares comerciais em várias áreas de aplicação. O Governo brasileiro
incentiva o uso desses softwares tendo definido...”

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Saiba mais

Portanto, se você pode pesquisar sobre software de impacto ambiental


perceberá que há inúmeros modelos pagos, muitas vezes caros, oferecidos por
empresas. Mas em contrapartida também há o incentivo e desenvolvimento de
modelos gratuitos.
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O site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)


disponibiliza modelos de acesso livre. Vamos conhecer alguns deles?

Software ARAquá: provê informações sobre a possibilidade de contaminação


dos recursos hídricos com agrotóxicos, por meio de concentrações estimadas.
O programa se encaixa na realidade do proprietário, pois leva em conta as
condições do clima, situações especiais, condição do solo, dentre outras
características. Foi utilizado em um estudo nas Bacias Hidrográficas do Norte
de Minas e do Submédio São Francisco que revelou os principais impactos da
poluição dessas bacias, tais como redução da qualidade da água, dos peixes e
outros graves problemas. Para conhecer melhor o projeto busque o artigo:
“Diagnóstico Ambiental das Fontes Pontuais de Poluição das Águas nas Bacias
Hidrográficas do Norte de Minas e do Submédio São Francisco”.

Software AGROSCRE - Apoio à Avaliação de Tendências de Transporte de


Princípios Ativos de Agrotóxicos: O modelo disponibiliza o potencial de
contaminação do solo por agrotóxicos. Baseia-se pelas características de
porosidade, lixiviação e outros dados do terreno.

A empresa Volkswagen disponibiliza para conhecimento em seu site o


programa que utiliza: SoFi. O SoFi tem inúmeras funções além de auxiliar nas
previsões de emissões de gases poluentes. A empresa detalha a maneira
como utiliza o programa e suas vantagens, vale a pena ler! Pesquise por
“Softwares de Gestão Ambiental Volkswagen” e conheça a ferramenta!

É pertinente lembrar que o uso métodos de simulação requer profissionais


habilitados e experientes para lidar com os programas. Dessa forma, se reduz
a indução ao erro por leitura das informações de forma equivocada. Ressalta-
se também que muitos não são considerados softwares fáceis, além de
requererem aparelhos com algumas características mínimas, que podem gerar
gastos.
As vantagens de utilização das simulações computadorizadas são os dados
sobre a dinâmica ambiental de forma completa, fornecido a gama de possíveis
interpretações e cálculos permitidos, a fomentação ao estudo da
interdisciplinaridade, e a relevância dada aos dados qualitativos e quantitativos.
É interessante notar que pode ser um método rápido e organizado, desde que
bem conduzido.

Referências
BARBON, Amarildo; GOMES, Júlio. Simulação das emissões atmosféricas
sobre o município de Araucária com uso do modelo AERMOD. Engenharia
Sanitaria e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p.129-140, jun. 2010.
FapUNIFESP (SciELO). DOI: 10.1590/s1413-41522010000200005. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
41522010000200005>. Acesso em: 18 fev. 2016.

BRASIL. EMBRAPA. (Org.). Diagnóstico Ambiental das Fontes Pontuais de


Poluição das Águas nas Bacias Hidrográficas do Norte de Minas e do
Submédio São Francisco. Jaguariúna: Embrapa, 2004. Disponível em:
<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPMA/5789/1/boletim_23.pdf
>. Acesso em: 18 fev. 2016.

EMBRAPA (Org.). Softwares - Embrapa Meio Ambiente. Disponível em:


<http://www.cnpma.embrapa.br/servicos/index.php3?
it=ps&sec=softw&func=softw>. Acesso em: 18 fev. 2016.

Ministério do Meio Ambiente (Org.). Software Livre. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/geoprocessamento/software-
livre>. Acesso em: 18 fev. 2016.

OLIVEIRA, Isabel Silva Dutra de; MONTAÑO, Marcelo; SOUZA, Marcelo


Pereira de. Strategic Environmental Assessment to Improve Infrastructure
Impact Assessments in Brazil. Journal Of Environmental Protection, Ribeirão
Preto, v. 04, n. 10, p.1189-1196, 2013. Scientific Research Publishing, Inc,.
DOI: 10.4236/jep.2013.410136. Disponível em:
<http://www.scirp.org/journal/PaperDownload.aspx?DOI=10.4236/jep.2013.410
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SILVA, E. Avaliação qualitativa de impactos florestais do reflorestamento


no Brasil. Viçosa, MG: UFV, 1994. 309 p. (Doutorado em Ciência Florestal) –
Universidade Federal de Viçosa, 1994.

SOFTWARES de Gestão Ambiental. Disponível em:


<http://www.vwbr.com.br/ImprensaVW/page/Softwares-de-Gestao-
Ambiental.aspx>. Acesso em: 18 fev. 2016.

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