Você está na página 1de 5

ANA

—Anda! Vamos procurar coisas na arca...

Ana recomeça a mexer no fundo da arca.

Manuel está de pé, a seu lado. Ana tira um chapéue

coloca-o na cabeça de Manuel.

Depois tira um velho xaile de renda branca e põe-no

na sua própria cabeça.

21

ANA

ANA

-Fica-me bem, fica-me bem? (Olha em volta:)Não

há por aqui um espelho?

MANUEL

(Sorrindo)

-Pareces uma noiva...

Manuel acaba por debruçar-se também sobre a arca.Ana continua a vasculhar e ergue-se com
um lenço vermelho na mão.

ANA- E isto? O que é isto?

ANA

—Anda! Vamos procurar coisas na arca...

Ana recomeça a mexer no fundo da arca.

Manuel está de pé, a seu lado. Ana tira um chapéue

coloca-o na cabeça de Manuel.

Depois tira um velho xaile de renda branca e põe-no

na sua própria cabeça.

21

ANA

ANA

-Fica-me bem, fica-me bem? (Olha em volta:)Não

há por aqui um espelho?


MANUEL

(Sorrindo)

-Pareces uma noiva...

Manuel acaba por debruçar-se também sobre a arca.Ana continua a vasculhar e ergue-se com
um lenço vermelho na mão.

ANA- E isto? O que é isto?

MANUEL

— Existem, existem! Se eu te contasse...

Manuel torna a pegar no lenço.

ANA

Os Piratas - Teatro

ANA

— Não acredito...

一 Acredito, juro!

Manuel faz uma pausa.

O vento atira furiosamente a chuva contra a janela.

MANUEL

(Virando-se para Ana)-E depois não te ris de mim?

25

MANUEL

— Não sei se existem ou não existem... É uma histó ria tão estranha... Às vezes acho que foi um
sonho, ou tras vezes... Não sei... Foi no dia do naufrágio... Nunca contei isto a ninguém... Até a
mim me custa a acre.ditar...

ANA

— Conta, conta!

MANUEL

- Não... Não sei... Tu não acreditavas, ANA

ANA

(Fae um gestes jurando com a mao sobre a sargan

=Nao, juro! Conta, conta...


Ana forsa Manuel e sentar-se sobre a arca e senla a seu lado, dando the o braço. Manuel pousa
o le vermelho nos jocthos e olha o vazio

ANA

Cena2

Conta, contal

MANUBI

一 Não sei se foi um sonho ou nâo.. Foi no di d haufrágio do "Dover". Nessa noite eu não
consegm dormis.. Não me saiam da cabeça os gritos dos man nheiros a pedir ajuda.. Chovia
muito e havia ti da..

As luzes apagam-se lentamente

O vento, a chuva, a ronca.

Um relâmpago atravessa o céu

Acendem-se tentamente as luzes no tespaço do quaro"

Nolle:Penumbra, sombras

A chava e o rutdo do mat, ao longe, ouvem se agera

distantemente

Manuel está detado na cama, em pljama, de othas

abertos e com as mãos sob a cabeça.

Silènclo

O vento agita levemente as cortinas da janeta

Do escuro, ouve se uma vos (vinda das sombras, do

"espaço das escadas")

-Manuel.

(Num murmúro)

ANA

(Fae um gestes jurando com a mao sobre a sargan

=Nao, juro! Conta, conta...

Ana forsa Manuel e sentar-se sobre a arca e senla a seu lado, dando the o braço. Manuel pousa
o le vermelho nos jocthos e olha o vazio

ANA

Cena2
Conta, contal

MANUBI

一 Não sei se foi um sonho ou nâo.. Foi no di d haufrágio do "Dover". Nessa noite eu não
consegm dormis.. Não me saiam da cabeça os gritos dos man nheiros a pedir ajuda.. Chovia
muito e havia ti da..

As luzes apagam-se lentamente

O vento, a chuva, a ronca.

Um relâmpago atravessa o céu

Acendem-se tentamente as luzes no tespaço do quaro"

Nolle:Penumbra, sombras

A chava e o rutdo do mat, ao longe, ouvem se agera

distantemente

Manuel está detado na cama, em pljama, de othas

abertos e com as mãos sob a cabeça.

Silènclo

O vento agita levemente as cortinas da janeta

Do escuro, ouve se uma vos (vinda das sombras, do

"espaço das escadas")

-Manuel.

(Num murmúro)

MANUEL

(Sem compreender)

- Mas... Eu... Estou acordado ou estou a dormir?

Os Piratas-Teatro

MANUEL

(Muito assustado)

33

— Piratas? Onde?

-Estás acordado, meu tolo! Vem!(A mão puxa por

Manuel com mais firmeza:) Depressa...

MANUEL
(Aflito)

- Diz-me o que é que aconteceu à minha mãe!

Ao longe, a ronca e o mar.

MANUEL

(Mais alto, detendo-se mais uma vez)— O que aconteceu à minha mãe?

VOZ

— É um barco pirata! Vão assaltar a ilha e levar as mulheres! Tens que salvar a tua mãe! (A mão
torna a puxar por Manuel:) Vem depressa!

- Aqui... Estão agora a ancorar... Anda depressa,

vem!

Enquanto Manuel é arrastado para o escuro, o mare

a ronca, como a tempestade, são cada vez mais nítidos.

Manuel liberta-se, por momentos, da mão que o levae tenta pegar na sua capa, que está nas
costas da cadeira.A cadeira cai e a capa também. Manuel, assustado,deita alguns livros ao
chão.

Acaba por regressar apressadamente em direção às

escadas (ao escuro).

MANUEL

(Num grito abafado)

—Piratas! A minha mãe!

Manuel mergulha no escuro, agarrando-se às escadas.

Você também pode gostar