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Esta coleção foi dividida em dois volumes e reúne os vários

contos gays publicados por A P Wilson na amazon Brasil


ao longo dos últimos cinco anos. Todas as histórias
passaram por revisão de enredo e personagens, reescrita
de cenas e melhora textual. Esperamos que o leitor tenha
uma experiência satisfatória.
SUMÁRIO
Jockstrap do João
Sacanagem com o pastor
Policial Gomes
Aliviei meu professor
Negócio de família
Mais que amigos
Flagrei meu primo batendo punheta
Meu primo safadinho
Tentação do professor
Meu primo militar
O gostoso da academia
Misterioso perfil fake
Segredo entre primos
Tesão entre parceiros
O filho do pastor
A P Wilson
Jockstrap do João
PARTE UM

Meu pau está babando, literalmente. Eu observo o gozo escorrendo por


ele, fazendo a curva das veias até molhar meus dedos. Eu ofego engolindo em
seco, e agitando-o, convido João a sugar outra vez. Ele está conferindo os
arredores, e após alguns segundos retorna e abaixa-se, aproximando a boca. Eu
me estico todo contra a parede, sentindo a sucção contínua e aflita, e lá fora o
barulho prossegue intenso, acompanhado por gargalhadas.
Observando o movimento através de uma brecha na porta do vestiário,
sinto suas mãos deslizando por minhas pernas, puxando-me mais para si, e
conforme ele mama, ofego acariciando seus ombros, deixando-o sentir meu
latejar. Vez por outra eu mordisco os lábios fitando o teto, e ele suga com
destreza. Eu o faço foder meu pau com os lábios, posso senti-lo indo e vindo,
e engulo em seco.
— Vou gozar — anuncio quando ele se afasta, e observo que punheta o
próprio membro — Vem, abre a boca. Me deixa terminar dentro dela — Aponto
meu membro e o observo sorrir, voltando a abocanhar, dando-me o prazer de
acelerar e esguichar em sua língua.
Tudo começou meses antes, em uma tarde de piscina em seu prédio. Já
trocávamos olhares há algum tempo, ele era irmão da minha namorada, e
desde as primeiras visitas ficamos atraídos um pelo outro. Dava-nos bem,
tanto que dormir no apê era comum, e sempre que eu estava por lá ficava a
reparar naquelas curvas suadas quando passava de um lado para outro
retornando da academia.
Ele já havia percebido que eu retribuía ao desejo, e tudo desandou quando
naquela tarde ficamos sozinhos. Estávamos bebendo, a irmã tinha ido atender
alguém na portaria, e bastante animados, ficamos lado a lado entornando
latinhas. Não havia ninguém por ali, poucos usavam o espaço durante a
semana, e foi então que senti a mão dele vir boba por debaixo d’água,
apalpando minha coxa, e então a elevação. A princípio fiquei surpreso, não tive
reação, fingi não estar notando, mas após alguns segundos fixei-o com um
sorriso e conduzi a minha para a dele. Nada falávamos, apenas massageávamos
os volumes. Vendo que ninguém apareceria, ele deu de costas sob a água, e
puxando-me pelos braços, fez imprensá-los contra a margem. Eu ofeguei com
minha vara preenchendo sua divisão, a bebida falava alto, e quando comecei a
roçar, ouvimos o ruído da irmã e precisamos interromper.
Naquela noite eu dormi no apartamento, e mesmo embriagados, eu e
Michele fodemos bastante. Só que durante a madrugada eu despertei e
lembrei-me do ocorrido na piscina. Remexendo meu celular, percebi que João
estava online, e para provocar, certifiquei-me de que minha namorada dormia,
então procurei uma foto na galeria e enviei para ele.
Minutos após João visualizou a nude. Como nada respondeu, eu digitei:
“Quer ver?”
Ele enviou emoticon com carinha safada:
“Claro”.
Esta era nossa oportunidade, melhor não haveria. Olhei para minha
namorada que suspirava profundamente, então digitei:
“Beleza. Eu vou aí”.
Michele não percebeu quando deixei a cama. Ajeitando a samba-canção,
recostei a porta do quarto e fui rapidamente ao banheiro. Na volta, tornei a
conferi-la, e certo de que estava imersa, passei adiante. Para minha alegria João
já me aguardava rente à porta, somente o abajur clareava o interior do recinto,
e tomando-me pela mão, ele fez-me entrar recostando-a. Eu sorri de sua
pressa.
“E aí safado? Gostou de mais cedo?”
“Sim. Mas pode ser melhor, não acha?”.
Ele sentou-se na cama e puxou meus quadris, trocamos sorrisos aflitos, e
ajudando-o a abaixar a peça, balancei a extensão no ar, convidando-o a
experimentá-la. Meu pau estava meio bomba, a cabeça rosada ficara inchada, e
eu sabia que ele apreciaria daquele jeito.
Eu ofeguei.
“Experimenta logo, tenho que voltar”.
E João inclinou os lábios para ele. Estava sem camisa, sugava aflito, com
fome, sentindo meu sabor diluir na língua, enquanto eu fixava suas curvas. Ele
era bem malhado, braços fortes, tórax trincado, e temeroso puxei meu pau e
passei a guardar. Ele limpou os lábios.
“O que houve?”
“Chega. Michele pode acordar, tenho que voltar para cama”.
“Espere aí” — ele me segurou — “Ela está dormindo”.
“É melhor não João” — eu sorri vendo-o ajeitar a samba-canção estufada.
Dei uma pegada na dele e senti o quanto estava duro. — “A gente dá um jeito
depois. Eu juro”.

PARTE DOIS

Passara-se dois dias desde aquela madrugada, e já no fim do turno, eu


recebi uma mensagem enquanto atendia um dos últimos clientes da loja. O
remetente era João, e no texto perguntava se eu estava a fim de fazer algo ao
fim do expediente. Ele trabalhava em um escritório de cobranças ali perto, e eu
em uma concessionária. Quando vi a mensagem, não pensei duas vezes antes
de responder.
“Uma bebida?”.
O dia terminou, eu dirigi-me ao prédio no centro e lá estava ele,
aguardando no estacionamento. Observei sua fisionomia um momento mais,
ele parecia ator de filme pornô, e quando parei ao seu lado, esbocei um largo
sorriso.
— João?
— Então você veio? — ele inclinou-se conferindo o interior do veículo, e
eu destravei as portas para que entrasse.
— Você pediu uma carona. O que houve? O carro quebrou?
— Michele pegou emprestado — ele disse encarando-me com sorrisos
enquanto colocava o cinto, a noite começava a cair e fazia calor — E então,
vamos nessa?
— É claro. Para onde?
— Se pegarmos a marginal, encontramos um parque a poucos metros
daqui.
— Um parque?
— Vai por mim. Você vai gostar do local.

Meu pau estava duraço, eu sabia que esse “fazer algo após o expediente”
não era uma simples cerveja. Com ele a marcar a calça, e João demonstrar-se
visivelmente animado, coloquei uma música e não demoramos a fazer uma
curva para o local. Era um parque próximo a um córrego. Não era muito
frequentado, e com a noite caindo, foi fácil ocultar o carro entre alguns
arbustos. Mal o fiz, observei João removendo o cinto de segurança e virando
em minha direção, a procura do meu zíper. Eu sorri ouvindo a música no som.
— O que está fazendo maluco?
— Você não quer?
— Claro que quero.
Eu o auxiliei e ele puxou meu pau para o relento, enrijecendo com a mão.
Conferindo os arredores, abaixei a calça e João se inclinara, abocanhando no
escuro. Já havia estrelas no céu, luminárias cintilavam sobre o córrego afastado,
e sentindo-o engolir, eu pressionava minhas mãos no volante, conferindo os
arredores.
Céus, que delícia de boquete.
Procurei minha voz.
— Está gostando?
— Tá louco? Seu pau é uma delícia, safado.
— Você acha é? — eu questionei e o vi abaixando a calça para punhetar o
próprio membro. Em seguida voltou a colocar na boca.
— Não tenho dúvidas.
— Então mata essa vontade vai.
Ele continuou sugando, enquanto eu relaxei no banco. Eu deslizava
minhas mãos por seu pescoço, sentindo o pontilhado de suor, e abri a janela
para entrar um vento fresco. Estávamos ardendo, e como era uma região
escura entre a mata, me senti a vontade para praticar aquilo em sigilo.
Eu senti sua boca ir e vir. Enquanto ele mamava, eu puxava seus cabelos
observando os faróis distantes. Vez por outra revirava os olhos quando engolia
mais fundo, e voltava sugando com desejo, punhetando, foi quando eu gemi e
sob a sensibilidade da próstata, expeli o primeiro jato de leite.
João tentou se afastar sentindo a leitada, mas no calor do tesão eu o
imobilizei. Batendo punheta fui fazendo mais leite sair, sujando seu rosto, e
quando finalmente o soltei, apenas esbocei um sorriso.
Ele retrucou todo molhado.
— Podia ter avisado né?
— Foi mal, eu não aguentei.
Ele pegou uma folha de papel toalha no porta luvas, e enquanto se
limpava, eu fixava o pau ainda endurecido. Ajeitei-me para também chupá-lo.
— Me diz uma coisa, tá a fim de fazer algo mais quente?
Sorri segurando sua pica, e então curvei os lábios.
— Você que manda.
— Michele vai viajar na próxima semana — eu disse sentindo o sabor, ele
jogava os papeis molhados de gozo pela janela — Topa dormir comigo? —
fixei seu olhar — Podemos aproveitar do apartamento.

PARTE TRÊS

Ela já havia me avisado daquela viagem há meses, porém, quando falou,


eu não imaginei que poderia ser uma ocasião tão propícia para algo assim.
Estávamos no aeroporto quando a beijei demoradamente.
— Eu não entendo porque passar o fim de semana tão longe. Já estou
com saudades — disse liberando-a do meu abraço, e Michele esboçou um
sorriso.
— É só um fim de semana amor. Logo estarei de volta.
Eu abracei-a, forte como um urso. Era menor que eu.
— Não vou largar o celular.
— Conversamos logo, logo. Eu prometo.
Então a esperei embarcar, e conferindo as horas, rumei para o prédio. No
caminho só conseguia imaginar que loucura estava fazendo, mas quando
estacionei e subi para o décimo andar, mal deixei o elevador e percebi João me
aguardando na porta. Ele vestia apenas bermuda.
— E aí? Deu tudo certo? — disse vindo em minha direção, suas curvas
evidentes.
— Completamente — respondi fixando seu tanquinho, então olhei ao
redor — E aí? Vamos entrar?
— Está com pressa é? — disse num sorriso, tocando meu ombro.
— Você não imagina o quanto — dei uma pegada na minha calça, e ele
viu a silhueta marcando.

Quando trancamos a porta, meu pau já estava louco para escapar pelo
zíper e o de João visivelmente igual. O irmão da minha namorada tinha uma
cintura perfeita, uma bunda chamativa, e jogando as chaves de lado, deixei-o
tomar-me pela mão, e entramos no quarto.
— Calma, vai devagar — eu sorri igualmente aflito, com ele a desabotoar
minha calça. Estava por trás, com o nariz fungando em meu pescoço, e pude
sentir sua mala contra minha bunda.
— Você quer mesmo que eu vá devagar? — ele sorriu.
— Não — virei-me a procurar seus lábios — Eu quero ouvir você
gemendo feito puta.

Nossas línguas se enroscaram. Eu ofeguei desfazendo o laço de sua


bermuda, e caindo com ele sobre o colchão de molas, começamos a nos
entrelaçar. Minhas mãos passeavam por seu corpo, as dele pelo mau, e
conforme o uniforme da concessionária foi sendo removido, eu sentia nossa
pele deslizando. Ele era depilado, eu tinha pentelhos no peitoral, e sob o cheiro
da lascívia, ajoelhei-me puxando sua bermuda. Foi quando ouvimos o celular
tocar, era meu patrão.
— Você vai atender?
— Pode ser importante — eu disse fitando suas coxas, e então vi aquela
Jockstrap safada que estava usando.
— Deixa para depois.
— Não posso — engoli em seco, sentindo minha vara latejar. Ele abaixou
minha cueca — Vai lá, coloca na boca.
Então João abocanhou meu pau, enquanto eu atendia a ligação.
— Alô? Seu Rodrigo? Algum problema?
— Carlos? Você tem um minuto?
Ela queria discutir algo sobre o fechamento de caixa, eu era um dos
responsáveis pela parte financeira, mas o momento não era nada propício.
— Seu Rodrigo — tentei disfarçar o ofegar sob a sucção, mas fui forçado
a me ajeitar deixando João mamar deliciosamente — Eu... estou um pouco
ocupado, não podemos deixar para amanhã?
— É coisa rápida Carlos... eu só queria entender por que... — e danou a
falar sem parar.
Enquanto meu chefe falava de valores e números que não fechavam, eu
sentia a boca do João ir e vir na minha vara curvilínea. Mordiscava os lábios e
ofegava, tentando controlar os ruídos, mas o irmão da minha namorada
chupava muito bem.
— Sim seu Rodrigo — eu ofeguei — deve ter sido alguma nota da sexta-
feira.
Puts, como ele chupava pra caralho. Fui sentindo a sucção e suas
massagens em minhas bolas. Ele lambia meu pau, roçava o nariz em meus
pentelhos, e enquanto meu patrão reclamava, não resisti e dei um gemido. Ele
imediatamente se interrompeu.
— Carlos? Tudo bem por aí?
— Eu... só estou em um lugar em que a ligação fica instável seu Roberto,
nós podemos...
Fui interrompido. João tirou a boca do meu pau e tomou o telefone, eu o
observei desligar.
— O que está fazendo seu maluco? É o meu patrão.
— Isso não é hora de encher o saco — ele disse e eu retribuí com um
sorriso, o coração acelerado — Vem, fode comigo.
Jogando o aparelho de lado, ouvimos a nova ligação que o fazia vibrar
sobre o criado mudo, mas com a boca colada à dele, sentindo meu pau roçar
sua Jockstrap, mudei as posições e agora era eu quem estava por cima. O
irmão da minha namorada ofegava consumindo minha boca, aquele peitoral
delicioso roçava o meu, e pressionando suas pernas até a altura do peitoral,
pude ver seu rabo lisinho abrindo-se para mim.
— Puts. Que delícia.
— Curtiu?
— Deve ser uma delícia foder alguém com isso — sorri puxando as
laterais da Jockstrap, então comecei a massagear o orifício dele. O safado já era
arrombado, e bem arrombado — Vou meter nesse cu até ele engasgar.
João sorriu.
— Me deixa lubrificar.
Ele puxou um frasco de gel que estava sobre o criado e começou a deixar
o canal umedecido. Meu coração acelerava vendo enfiar o dedo, e o pau dele
parecia querer rasgar a peça. Eu engoli em seco, vendo o celular tocar
novamente.
— Não devíamos estar fazendo isso — disse punhetando minha vara, ela
estava babando de tesão — Mas já que aconteceu, agora é relaxar.
— Vem. Enfia essa rola em mim.

Ele veio para mais perto, e o contraste dos nossos corpos foi perfeito.
Minhas pernas peludas roçavam às dele, e puxando-o para meus quadris, em
instante estava com metade do pau atolado. Ofegando, eu o conduzia para
dentro, e João envolveu as pernas ao redor dos meus quadris. Procurei por
seus lábios.
João ofegava enquanto eu experimentava sua boca e encaixava até o limite.
Ele me pressionava contra o canal, e meu pré-gozo vazava deliciosamente. A
cama rangeu quando comecei a botar pressão, ele estava vermelho, segurando-
me pela bunda, e fixando seus olhos comecei a meter.
Oh que orifício quente.
Minhas mãos abriam bem sua bunda para que eu pudesse meter sem
dificuldade, a Jockstrap estava ficando molhada, e após algum tempo no vai e
vem, forçando-o contra os lençóis, precisei removê-la, pois também queria
sentir seu pau. Eu o coloquei na boca.
Céus.
Ele gemia enquanto eu mamava. Ele tinha um pau largo, e eu fiquei ali,
sentindo o cogumelo o formato do corpo. Chupei a rola dele bombando em
minha boca, estava molhada de pré-gozo e quente. A Jockstrap fora parar no
chão, meu membro latejava, e com ele puxando-me novamente para os lábios
tornei a encaixar.
Eu envolvia as pernas dele ao redor de mim, como se ele fosse minha
puta, e mando “V” naquela bunda carnuda, podia ouvir o ruído das molas
indo e vindo sob o pressionar dos meus quadris. Minha vara latejava, a dele era
estimulada por minha barriga, e nosso suor brilhava sob a claridade do abajur.
Meu celular tocou novamente, eu o coloquei de quatro e encaixei por trás,
e sob o som do aparelho fui metendo loucamente, observando-o se masturbar.
Os lençóis já estavam amassados e respingados de suor, o cheiro de gozo
perfumava o ar, e sentindo meu pau latejar em sua cavidade e meus pentelhos
arranhando sua bunda, forcei-o ouvindo os gemidos e enfiei com toda força,
imobilizando seu rabo um minuto, enchendo-o da mais quente porra. Puta que
pariu, nunca vi tanta porra escorrendo por uma bunda.

PARTE FINAL

Quando terminou ficamos em silêncio a fixar o teto. Deitados lado a lado,


de barriga para cima enquanto o suor secava, acariciávamos o peitoral
pontilhado de suor. Ele gozara na mão, ela estava grudenta, e mortos de
vontade de fazermos de novo, eu não via a hora de me recuperar. Todavia meu
pau estava ardendo, eu meti demais, e se fosse para repetir a loucura,
inverteríamos a posição. Seria minha vez de usar a Jockstrap, seria a minha vez
de sentir seu pau em minha bunda.
A P Wilson
Sacanagem com o pastor
Este é o relato de como passei a chupar o meu pastor, na realidade, de
como passei a satisfazê-lo semanalmente. Tudo começa quando nos mudamos
para a casa ao lado da igreja, meus pais já eram frequentadores, e quando
precisamos encontrar outro aluguel, demos a sorte de conseguir justamente
aquela casinha que ficava no lote vizinho. Meus pais eram obreiros do templo,
e justamente por isso eu vivia envolvido nos projetos do lugar.
Lembro-me que desde cedo eu já fazia alguma coisa, fosse cantar nos
grupos ou participar do teatro, eu sempre estava ativo em algo, por isso
sempre estava por ali, fosse para o que precisar.
O pastor Renato na época ainda estava construindo o templo maior, então
durante a tarde quando eu voltava da faculdade, era comum almoçar e logo
após ir fazer-lhe companhia na construção.
Naquele dia não foi diferente, ao chegar e almoçar, troquei de roupas e
imediatamente fui para a igreja.
Para chegar mais rápido no terreno eu passava por um corredor que havia
entre os muros dos lotes, saindo exatamente onde eu queria. Eu sempre me
movia por este corredor com passos de gato, já que era estreito e cheio de
entulhos, e por vezes quando chegava à construção, surpreendia o pastor
tranquilamente a assoviar enquanto rebocava alguma parede.
Desta vez, ao entrar no terreno, eu observei a pilha de tijolos posta em
uma lateral, e próximo a ela o cimento recém-feito refletindo o sol. A pá que
ele comumente usava estava posta de lado, o que significava que o pastor
Renato estivera por ali há alguns minutos, porém, o silêncio na construção me
surpreendia, já que ele sempre estava a cantarolar enquanto trabalhava.
Então, curioso, eu segui desviando-me dos materiais de construção e
parando à entrada do lugar, o procurei com o olhar. Ele só podia estar
rebocando algum dos cômodos mais ao fundo, e por isso eu não ouvia ruídos,
assim, com o intuito de surpreendê-lo, fui caminhando vagarosamente a
procurá-lo por ali, mas não o encontrava em lugar algum, até que passando
próximo ao local onde estava parado o carrinho com a massa cinzenta, percebi
um baixo ruído vindo de um cômodo destinado ao banheiro.
Estranhando aquilo, eu caminhei cautelosamente até lá, e conferindo os
arredores para ter certeza de que ninguém me via, busquei por alguma fissura
entre os tijolos por onde eu pudesse espionar, e quando coloquei o olho nela,
engoli em seco.
Pelo que eu podia observar não havia apenas uma silhueta do outro lado, e
sim duas. Não era possível ver direito, mas pelas roupas sujas que se
destacavam na imagem, aquele que estava de costas só podia ser o pastor, e à
frente dele, havia alguém abaixado, e gemia enquanto ele movia os quadris.
Meu coração estava disparado, eu olhei ao redor para certificar-me de que
ninguém chegava de surpresa e então voltei à fissura. Agora, para minha
alegria, observei o pastor reposicionar o rapaz que estava à frente, e
desfazendo a fivela do cinto, abaixar a calça um pouco mais, deixando a bunda
visível. É claro que eu sabia o que estava acontecendo, e dentro do short meu
pau dava sinais de vida.
A adrenalina era grande, e quando ouvi um ofegar mais alto e o pastor a
se afastar balançando o membro, entendi que a “brincadeira” havia terminado.
No susto, imediatamente me afastei da fissura e ocultei-me num
corredorzinho, e minutos após percebi o rapaz que deixava o banheiro,
sorridente a conversar com o pastor Renato enquanto ajeitava a bermuda. Para
minha surpresa, vi que aquela era o líder de jovens.

A imagem dos dois não me saiu da cabeça, no início senti repulsa pelo
meu pastor, mas conforme os dias foram passando, recordar-me daquilo me
deixava excitado. Confesso que ele já era arquétipo das minhas masturbações,
mas depois do episódio o pastor Renato tornara-se um fetiche.
Passado alguns dias eu voltei a frequentar a construção, ele com seu jeito
brincalhão já veio perguntando o que havia acontecido pois eu tinha sumido, e
eu, procurando desconversar, dizia que eram os trabalhos da faculdade que
haviam se acumulado. Agora, porém, enquanto conversava com ele, reparava
em seu corpo de uma forma mais especial, perguntando-me o que era
necessário fazer para conseguir fazê-lo me levar ao banheiro também.
Enquanto ele rebocava as paredes, assoviando, eu fixava sua mala por mais
tempo, reparando em como o volume enchia bem as calças rasgadas, e em
como seus braços expostos eram delineados. De propósito, curvava-me para
pegar algo no chão apenas para ele reparar na minha bunda durinha, mas ele
parecia não prestar atenção, até que um dia para minha alegria, estávamos em
um dos corredores apertados, e na hora de passar por mim a fim de pegar
algumas ferramentas, o senti roçar em meu corpo.
Eu ergui o rosto e me virei para ele, com um olhar zombeteiro o pastor
Renato me encarou.
— Edu, você poderia me fazer um favor? — retrucou com as mãos sujas
de cimento. Ele estava rebocando a parte destinada à coleta de dízimos.
— Um favor? O que é?
— No carrinho que está próximo à caixa de água tem uma mochila. Você
se importa de ir lá e trazê-la para mim?
Eu engoli em seco. Mas com um sorriso, deixei alguns fios que estavam
em minhas mãos e fui até lá.
Ao sair da construção senti o sol incomodar meus olhos, era três da tarde,
e encontrando a mochila, peguei-a sentindo o peso e levei para ele.
Ao entrar novamente na construção, fui passando pelos corredores a
procurá-lo, até dar com o último quartinho, onde ele estava parado frente a um
vão onde seria uma janela. Este dava de frente para um muro alto.
— Ótimo, você é demais — ele agradeceu e eu olhei ao redor, e então
para ele enquanto remexia a mochila. Tirou de dentro dela um fio de nylon
que foi usando para marcar algo na parede, e em seguida virou-se para mim —
E agora, porque não segura pra mim essa ponta aqui, enquanto eu pego um
martelo? — ele havia pregado um prego na ponta contraria e esticado a linha.
E a fim de auxiliá-lo fiz assim como pediu, agachando-me. Foi nesse momento
que senti que minha bermuda cedeu um pouco, e minha divisão ficou meio
que exposta, eu não usava cuecas.
O pastor Renato voltou com o prego em mãos. Ele olhou para mim assim
que chegou, notou a bermuda um pouco cedida e a divisão, neste instante o
percebi ficar diferente, passando a mão no zíper da calça, enquanto se ajeitava
para pregar o tal prego.
O correto agora era eu me retirar do espaço a fim de que ele entrasse e
tivesse liberdade para trabalhar, porém achei estranho o pastor posicionar-se à
minha frente, e curvado ante a ele, mantive-me a segurar a linha. Eu estava
numa posição como se proposital para ficar à altura de sua elevação, e somente
agora, enquanto ele pregava o tal prego, eu percebi que seu zíper estava aberto.
Tentei disfarçar, mas a posição me fazia ver alguns pentelhos escapando, e uma
silhueta perdida na escuridão do tecido. Foi quando ele abaixou os olhos e me
fitou a espionar, esboçando um sorrisinho faceiro.
— O que houve?
Disfarcei, sentindo-me corar.
— Nada — disse com voz constrangida, e então ele continuou.
Ele estava demorando mais que o comum, e a determinado momento
surpreendi-me com sua mão descendo um momento, desfazendo o botão da
calça, que em conjunto com o zíper já aberto, fez ceder um pouco.
Olhei para ele, ele olhou para mim, e foi como se nossos olhares
conversassem. Nada falávamos, apenas ouvíamos o zunido da cidade, e o
pastor Renato voltou a trabalhar.
Meu coração batia acelerado, eu fiquei observando seus pentelhos
escapando pelo zíper da calça, e então ele deu um passo para mais próximo de
mim. A abertura ficou bem próxima a meu rosto, e trêmulo, criei coragem e a
busquei com os dedos. Enquanto abria as laterais do tecido, ergui os olhos e
observei o pastor Renato fingindo não sentir nada, então, com os dedos, pincei
o volume para fora.
O pau dele estava endurecendo e tinha uma coloração morena. Enquanto
ele continuava a enrolar a linha no prego, eu criei coragem e movi a cobertura
para apreciar a cabeça, então novamente ergui os olhos, e ele continuava a
encarar a parte alta da parede. Me aproximei, senti o cheiro, e de mal jeito
coloquei na boca.
Foi gostoso e estranho sentir o sabor do pau amolecido do meu pastor.
Aos poucos ia endurecendo, e agora, ocupava toda minha boca. Eu sugava
sentindo o gosto salgado se desfazendo em minha saliva, até que enfim
começou a ficar doce. A cabeçona era arroxeada, e quando percebi que ele
nada falaria, ajeitei-me melhor em um tijolo, e voltei a abocanhar, tentando
engolir tudo.
E o pastor Renato apenas respirava fundo ajeitando a linha na parede. Eu
o mamava com os olhos virados em sua direção, mas ele não abaixava o rosto
para me fixar, e quando finalmente tomou alguma atitude, foi a de trazer as
mãos à calça a fim de abaixá-la um pouco mais e puxar minha cabeça para
mais junto.
Eu apoiei-me melhor em seus quadris, e sentindo seus pentelhos roçando
meu nariz, passei a mover meus lábios com maior vontade. Ele engolia em
seco, passou a segurar-me pela cabeça e dando um passo para frente, fez-me
recostar na parede.
Continuei sentado no tijolo, agora o pastor movia os quadris dando
estocadinhas em minha boca, até que sentindo o membro latejar, parou e
apreciei o jato quente em minha língua. Fiquei imóvel apreciando a goza jorrar,
colando em meus dentes. Sua respiração estava vacilante, e meu rosto com a
marca de seus dedos sujos de cimento. Seu pinto latejava comigo a lambê-lo,
até que começou a amolecer. Afastando-se, o pastor o limpou no jeans e
guardou.
Depois daquele dia, sempre que eu apareço na construção ele acaba dando
um jeito de abrir o zíper e deixar-me ver o que está perdido lá dentro. Eu o
chupo até ele gozar, e então voltamos a conversar como se nada tivesse
acontecido.
A P Wilson
Policial Gomes
Toda semana a mesma rotina, pegar a escala da noite e ser chamado para
atender as denúncias de tráfico no morro. É uma situação que já saiu de
controle, as esquinas tomadas por jovens em suas festinhas regadas a álcool,
sexo e drogas. Se eles ao menos não atrapalhassem a vida dos cidadãos que se
julgam de bem, eu ligaria o foda-se e deixaria que se matassem da forma que
achassem mais conveniente, porém, garantir a ordem é minha função, e por
isto estou outra vez a caminho do lugar, desta, sozinho, já que meu parceiro de
ronda acabou pegando um resfriado e não veio trabalhar.
Para mim já é tranquilo subir o morro na viatura escura, os donos do lugar
reconhecem a placa e sabem que o milico que vem subindo é de paz.
Paz entre aspas, pois quando se trata de “boas relações” entre a polícia e a
bandidagem, esta “paz” é comprada, e não nego ganhar por debaixo dos
panos para fazer vistas grossas a seus negócios, porém quando se trata de
festas como a de hoje, onde há menores, eles bem sabem que não tenho como
deixar passar batido, pois a comunidade faz as denúncias e preciso mostrar
serviço. Nesta noite, entretanto, pretendo ser mais “complacente” com os
bagunceiros, isso dependendo de como vai terminar. Ter o meu parceiro
afastado contribuiu para me deixar mais “a vontade”, entende? E nesta noite o
papai também quer se divertir.
Quando a viatura vira a esquina, os grupinhos vão abrindo caminho para a
passagem do camburão. Alguns estão chapados e isto os encoraja a desafiar a
autoridade, fazendo gestos obscenos e lançando piadinhas para a viatura. Sei
que toda aquela “euforia” dar-se pela perca da razão, se não estivessem tão
drogados, pensariam duas vezes antes de provocar a polícia.
Ignorando a todos, ponho-me a buscar pela silhueta responsável pelo
movimento, perdida entre as várias faces que boforejam no ar. Sei que ele está
por ali, em algum lugar a me observar, e que alguém já o avisou da minha
chegada, então, basta estacionar e aguardá-lo se aproximar, e como de praxe,
Luan não demora.
— Gomes? — Ouço sua voz de longe, e quem está no caminho se afasta.
Sou capaz de farejar o lucro da revenda pesando em seus bolsos, mas nada
digo, apenas ajeito os óculos escuros com o braço tatuado apoiado à janela do
veículo. Ele para ao meu lado com aquele sorrisinho capenga de maloqueiro pé
de chinelo, olha ao redor, então volta a mim, conferindo quem mais está na
viatura — Gomes, Gomes, Gomes... Meu milico favorito. Posso saber o que
faz por aqui a esta hora? — segue-se uma pausa, então ele prossegue — Bem,
acho que o dia do nosso acerto ainda não chegou, estou errado?
Eu fito sua feição por um instante, com expressão de poucos amigos,
então desvio o olhar reparando no movimento.
— Houve uma denúncia Luan — faço uma pausa e volto a ele,
observando o marginal ficar sem jeito — Uma denúncia dos comerciantes —
fito-o um minuto mais, e ele tenta se explicar. Eu, porém, o interrompo —
Qual é a tua em? Por acaso tá querendo me foder? O que conversamos da
última vez que estive aqui? Sobre não revender para os pivetes? — O traficante
é moreno, seu bigodinho emoldura o sorrisinho forçado que me deixa irritado.
Às vezes tenho vontade de socar-lhe apenas por diversão, apenas para ver o
sangue escorrer em minha mão, mas é tão magricela que desmaiaria no
primeiro golpe, antes mesmo que eu pudesse sentir algum prazer.
— Pivetes? — ele franze o cenho olhando ao redor, agindo com desdém,
o que me deixa puto — Onde? Aqui todo mundo é maior seu polícia. Ao
menos, é o que dizem. — dá-me um leve golpe no ombro, bem acima da
tatuagem, e sem desviar meu olhar, o deixo sem graça — Tá bem, tá bem. O
que quer que eu faça cara? Que exija a identidade dos moleques para deixar
subir? Isso é patético.
— Você deveria dar seu jeito, foi o nosso combinado — retruco
impassível, respirando fundo — Sabe bem que essa porra sempre acaba
pegando pro meu lado, a supervisoria fica em cima.
Luan respira fundo, voltando a observar o movimento. Ele espera que eu
diga algo, mas apenas mantenho silêncio. Então, sentindo o odor da droga que
usam por ali, ele volta a mim.
— Vou tentar controlar da próxima vez, okay?
— Da próxima vez? Luan, você está me achando com cara de idiota?
— Idiota? Jamais seu polícia. — Ele engole em seco, e então ofega,
esmorecendo os ombros — Mas diz aí, isso vai me custar algo? — Eu olho
para o movimento e então volto a ele, tirando os óculos escuros. Luan me
interrompe, afastando-se — Porra Gomes, da um desconto velho. As vendas
por aqui caíram bastante desde a pacificação, você sabe, convive com isso o dia
todo. Sem falar no fornecedor que está esperando receber a parte dele. Faz
duas semanas que não pinta mercadoria nova por aqui Gomes, o cara tá
fazendo pressão.
— Fazendo pressão? Por que não vão se foder você e seu fornecedor do
caralho? — eu praguejo abrindo a porta da viatura, ele se afasta — O que me
importa suas vendas Luan? Seus negócios? Eu sou o gerente dessa porra aqui?
— o traficante me encara, umedecendo os lábios, então respira fundo. — Mas
relaxa aí, desta vez vai passar batido, eles não cobraram nada. — completo
ajeitando minha farda, ele sorri aliviado.
— Porra Gomes. Você é legalzão mesmo cara. Sempre fortalecendo a
parceria.
— Fortalecendo a parceria porra nenhuma seu marginal — falo ríspido
empurrando-o contra o camburão, é gostoso observar marginais encolhendo-
se diante da autoridade. — Não esqueça que está falando com a lei, não com
um colega seu — coloco o dedo em sua cara, observando-o sem jeito — e, se
eu disse que “eles” não cobraram nada, me refiro aos milicos de cima.
Há um momento de silêncio, e ele resmunga.
— Então você vai querer algo em troca, é isso? — meneia a cabeça,
olhando para a confusão quando me afasto ajeitando o cinto — Já era de se
esperar, puta que o pariu Gomes. — reclama, ajeitando a gola que amassei.
— Esta noite vou querer outro daqueles favores Luan, você sabe como é.
Noite fria.
— Outro daqueles favores? — ele franze o cenho indignado — Gomes? —
olha ao redor, então torna a mim — Qual é a tua cara? Tá me a achando com
cara de puta?
— Negócios são negócios Luan, de uma forma ou de outra, são negócio.
— passo o braço ao redor de seu pescoço e o puxo para mim. Ele se sente
amuado com a proximidade, minha farda é escura e tem o logo da caveira. —
Sabe com é — prossigo sussurrando — eu alivio teu lado, tu alivia o meu, e
todo mundo sai feliz.
Há um momento de silêncio quando o solto, ele respira fundo observando
o movimento. Ele não sabe o que dizer, sabe que não pode recusar aos
convites da polícia, e por isso eu ajeito minha boina.
— Vamos lá. Uma horinha afastado dessa zona não vai fazer você ficar
mais pobre — resmungo, conduzindo-o para o camburão.
Dou partida no veículo e ele está nervoso. Sentado ao meu lado, coloca o
cinto de segurança. Sei que no fundo gosta de nossos “passeios”. Por mais que
negue, é algo que não consegue disfarçar.
Conferindo o trajeto, observa-me descer por vielas sombrias, conduzindo
o veículo para uma parte afastada do movimento, uma região deserta, longe de
barracos ou transeuntes. Percebo que ele está suando frio, vendo-me passar
por becos, principalmente agora, ao alcançarmos o matagal que conduz aos
fundos de um galpão desativado. Observo o amontoado de ferragens velhas ao
chegarmos, paredes cinzentas caindo aos pedaços nos rodeiam, e quando
enfim estaciono, ele engole em seco. Não estamos muito longe da balburdia,
podemos ouvir o som que vem da festa, mas a escuridão nos oculta.
— A noite está fria, não acha? — viro-me afrouxando o cinto e ele
umedece os lábios, gesticulando positivamente com a cabeça, enquanto afasta
os olhos do meu gesto. Sei que está nervoso, seu temor deve ser intenso, nunca
se sabe o que a polícia realmente quer, e isso desperta meu tesão. Ele é a caça,
eu o caçador. — Conta para mim uma coisa Luan, qual desculpa você deu pros
seus aviõezinhos da última vez que nos viram sumir juntos?
O rapaz fecha a cara ajeitando a correntinha de prata envolta ao pescoço.
Eu fixo seu olhar, ajeitando-me com um sorriso, então o vejo ofegar.
— Aviões não fazem perguntas. Aviões obedecem comandos.
— Obedecem comandos? — sorrio, então me aproximo deixando-o
sentir meu calor. A pele dele está morna, e tocando seu pescoço, sussurro ao
seu ouvido, fazendo-o se arrepiar: — Então vamos fazer o seguinte
comandante. Esta noite você é o aviãozinho e eu dito as regras, tudo bem? —
pressiono sua pele com força e ele geme, sentindo a musculatura estalar — E é
bom que me faça voar.
Puxo-o e faço sua boca encontra a minha. Seus lábios são fartos e seu
bigodinho espeta acima do meu conforme o degusto com volúpia. Com Luan
o contato é rude, ele tenta se esquivar, por isso o provo como a uma refeição
viva, deslizando minha língua aflitamente contra sua vontade, e quando ele
consegue enfim me empurrar, afastando-se, recupera o fôlego limpando o
rosto babado. Sempre o deixo melado.
— Porra Gomes. Beijo não. — diz irritado secando-se na gola da camisa
— Beijo é muito íntimo.
— Como assim, beijo não? — eu o encaro, ele terminando de se limpar
— Quem manda aqui sou eu noiado. Você está contestando minhas ordens?
— tomo seu braço com força e aperto, ele geme.
— Não... não é isso cara — ele se livra e ajeita a correntinha — Mas, com
beijo.... Sei lá... — olha ao redor, certificando-se de que não há ninguém por ali
— Com beijo fica parecendo que somos viados.
Franzo o cenho e não consigo evitar um sorriso. Luan é uma resenha com
aquele bigodinho fino.
— Parecendo que somos viados? — meneio a cabeça, então volto a ele —
Luan? Mas você “É” viado! — desdenho dando tapinhas em seu pescoço, e ele
não olha para mim — E agora deixa de ser mimizento, okay? Vem, vamos para
trás de uma vez.

Novamente o pego com força e imobilizo por baixo, entre minhas pernas.
Luan pensa que me engana, pensa que consegue disfarçar seus desejos por
macho, mas o pau endurecendo sob a bermuda sempre o denuncia. Eu o
mantenho abaixo do meu corpo, mostrando quem manda, e aproximando meu
rosto, outra vez tomo sua boca.
Os lábios fartos e morenos recebem minhas sugadas quentes. Ele nega-os
por um momento, mas vai cedendo-o aos poucos, e quando percebo, sua
língua já desliza junto à minha, deixando a hesitação para demonstrar o que
realmente quer, toda vez é assim. Então lhe dou mais da minha língua,
pressionando seu corpo magricela contra o estofado, e ele geme sob o mover
dos meus quadris, deslizando suas mãos por meu pescoço, descendo para a
cintura.
Luan tem uma bunda gostosinha, a primeira vez que tive o prazer de fodê-
la surgiu de um devaneio, quando arriscando as coisas, propus-lhe o favor
sexual como troca para não prendê-lo. Para minha sorte o traficante aceitou, e
desde então virou minha putinha.
Estou duro, ele também. Gemendo o marginal toca meu cinto e sou
surpreendido por sua mão pressionando entre minhas pernas. Sou forçado a
segurá-lo, o rapaz treme.
— O que houve? — ele questiona olhando além do vidro fume da viatura. A
noite está escura e não há luar.
— Você está com pressa? — retruco e ele engole em seco, a respiração e o
coração agitados, a mão segurando meu volume. Então, como costumeiro,
percebe-me erguer o corpo e me sentar, retirando o coldre com a pistola,
lançando-os no banco da frente. Sei que ele não é louco de tentar uma
besteira, mas ainda assim, não dá para arriscar. Livro-me também das botas,
vendo-o ajeitar-se a desfazer o botão da bermuda estampada.
— Já disse que não podemos demorar — ele resmunga, demonstrando
estar temeroso que alguém apareça.
— E não vamos.
Viro-me de lado, descartando a boina e as algemas. Enquanto vou abrindo
os botões da farda, vejo Luan conferir a escuridão enquanto retira a camisa de
forma apressada. Ele a coloca de lado e posso ver suas curvas morenas cheias
de tatuagens. Passa então a abaixar o bermudão junto à cueca frouxa, tirando-
os pelos pés, ficando apenas de sandálias brancas;
Eu desvio o olhar abrindo meu zíper. Abaixo a calça e livro-me dela junto
à cueca, deixando apenas o pau duro ao relento. Meu peitoral reflete as
luzinhas do painel enquanto me masturbo, e ao lado, o pau dele cintila moreno
feito chocolate. Minha boca saliva com o belo par de bolas que tem. Ofego.
— Vem aqui. Brinca com ele um pouquinho — ordeno tomando-o pelo
pescoço, e o malandro curva-se para chupar. Seus cabelos são crespos, e
deslizo minhas mãos por eles enquanto Luan posiciona-se melhor. Sinto sua
língua umedecendo-me, vejo sua bunda durinha inclinada para cima e deslizo
minhas mãos por ela, acariciando a divisão com o dedo do meio.
An.
Ele geme quando pressiono seu anel e eu sorrio.
— O que houve? Vai dizer que não gostou?
Ele afasta a boca um instante, olhando ao redor. Sei que gosta quando
deslizo meu dedo em seu anelzinho, o jeito como fico massageando com saliva
enquanto chupa. Ele, porém, não admite.
— Vai te fuder. — volta a se inclinar, meu membro sendo acolhido com
mais desejo.
Luan gosta de ter um pau duro em sua boca, do contrário, toda vez eu
precisaria forçá-lo a chupar. Enquanto degusta, continuo dando-lhe
pressionadas no orifício, ajeitando-me melhor, sentindo a curva arredondada
daquela bunda durinha que logo, logo fingiremos ser uma boceta. Seu orifício
pisca molhadinho, meu dedo entra no buraquinho e movo-o entre a
musculatura quente, então retiro, umedeço e penetro novamente. Não fui o
primeiro a arrombá-lo, mas o malandro não sabe que reparei.
— Isso, assim puto — sinto sua boca descer e subir, sugando a extensão,
salivando nela conforme desliza a língua, apreciando o sabor, como um
bezerrinho — Isso, assim... mama... mama gostoso. — Está alucinante. Ele me
faz latejar quando chupa as extremidades, engolindo o pré-gozo, misturando-o
a saliva — Isso... isso.
Lá fora o vento sopra incessante, está tarde e nos vidros da viatura
formam-se gotinhas devido ao calor dos corpos. Ainda em sua missão, Luan
boqueteia a extensão dando-me o prazer de suas leves massagens em meus
ovos, vez por outra sinto seu bigodinho espetando minha virilha, e então ele
suga uma última vez e se senta, procurando se limpar.
— Minha nossa, que boca gostosa em? — Eu ofego tirando o dedo de
seu orifício.
Ele está sem jeito, posso ouvir o ruído do vento e observo sua mão
movendo o pau duro. Deve ser frustrante pagar de machão no morro, e dentro
de um camburão ficar assim por outro homem.
Ele nada diz, e ainda se masturbando, outra vez se inclina buscando minha
ereção.
— Não, espera um minuto — eu o faço parar. O zunido do rádio da
polícia misturando-se à minha voz. O comandante anuncia algum assalto na
zona oeste — Quero que se ajoelhe e abra as pernas, como da última vez.
Ele olha para o contraste entre minha mão e meu pau, porém não discute.
Observo com excitação seu membro balançar quando dá de costas, o cacho de
ovos pendendo, e aproximando-me, acaricio aquelas curvas morenas e dedo
seu orifício enquanto apoia a barriga no recosto da poltrona.
— Ai — ele comprime a musculatura quando aproximando-me, tento
enfiar a cabeça molhada com saliva, estou ofegante ao seu pescoço. — Vai
com calma Gomes — engole em seco e eu sorrio, fazendo-o abrir as pernas
um pouco mais, para que eu lubrifique melhor — Essa porra dói pra caralho.
— É só relaxar. Da última vez doeu porque você resistiu.
Ele está trêmulo. Tocando seu membro, masturba-se um pouco olhando
para o matagal, então, aproximo minha boca e cuspo no canal quentinho,
espalhando com meu dedo. De todos os noiados que já levei para aquele
galpão, Luan é o único que aguentou as estocadas sem chorar, por causa disto,
tornou-se a primeira opção em minha lista de candidatos.
— Hoje vou botar sem camisinha, e você vai aguentar tudinho, okay?
Luan cerra os dentes com a cabeça deslizando na entrada, então
resmunga:
— Por que não para de falar e anda logo com isso?
Ele geme apoiando-se no recosto da poltrona. A bunda está arrebitada e
observo meu pau deslizando deliciosamente para dentro de seu orifício. Estou
encaixado até a metade, é apertadinho, e tomando-o pelos quadris, posiciono-
me melhor, então ofego em seu pescoço puxando-o para mim, o maloqueiro
cerra os dentes e faz careta, sentando-se em meu pau.
Luan tem uma bunda gostosa. Nossos corpos contrastam e dou-lhe um
tapinha enquanto se ajeita, fazendo-o se mover vagarosamente. Ele tenta
relaxar, mas quando folga o orifício sente meu membro entrar deliciosamente,
sugado pelo anelzinho. Estou suando na virilha e ele na bunda, o rádio da
polícia continua chiando, e apoiando minhas mãos a seus quadris, puxo seu
corpo um pouco mais, observando o encaixar perfeito, mantendo a posição
enquanto olhamos para frente.
Posicionando-me melhor, e recostado, conduzo seus movimentos de vai e
vem, sentindo a musculatura quente de seu canal. Luan está ofegante, deixo
que ele mova em seu ritmo, e sinto meu membro cada vez mais molhado e
latejante.
— Isso puto, isso. Me dá prazer — ofego ao seu ouvido, apertando suas
coxas, ajeitando suas pernas.
Fazia tempo que não o pegava daquele jeito, das últimas me limitei a ser
boqueteado, pois não podíamos demorar muito. Fecho os olhos e lembro-me
dele chupando no banheiro do bar, e de sua boca ficando toda suja de porra.
Luan quica gostosinho. Ele ajeita o corpo e suas pernas estão trêmulas. A
noite está fria e os grilos cantam lá fora, então ele para um momento e eu o
ajudo a se reposicionar. Meu pau ainda atolado em seu orifício.
— Continua, estou quase lá...
E o maloqueiro gesticula com a cabeça, então retoma, tudo pelos
negócios. Penso de fazer uma pausa a fim de colocá-lo por baixo, porém está
muito bom, seu orifício está muito apertadinho e quente, e quando percebo ele
está quicando mais rápido.
Primeiro meu ofegar fica mais forte, deslizando minhas mãos por suas
coxas. Segundo o suor corre mais abundante, molhando meu peitoral. E
terceiro cerro os dentes e sinto o esguicho lavar seu rabo. Minha próstata está
contraindo deliciosamente conforme Luan sobe e desce por minha vara, seu
cuzinho está ficando cheio de porra, e com o movimento de vai e vem, o gozo
vaza, escorrendo por meu membro, molhando minha virilha. Posso senti-lo
melando meus ovos, pingando no banco da viatura.
Luan está ofegante, ele gosta quando eu jorro dentro dele, e por isso, se
masturba olhando ao redor, enquanto o pressiono contra a ereção. Deixo-o
aproveitar, rebolando em meu pau, ouvindo o ruído do rádio da polícia
enquanto latejo em seu orifício. Ele busca pelo prazer, e quando ouço o
gemido ficar mais intenso e observo sua cabeça vir para trás, aprecio o jato
longo traça o escuro da viatura, acertando o banco.
Deslizo minhas mãos por suas pernas, e tocando sua ereção sinto meus
dedos molharem de porra. Luan também gozou, sinto a sujeira nos seus
dedos, e assim, após alguns instantes apreciando a substância grudenta, resta-
me anunciar que a brincadeira terminou.

Horas depois estamos de volta à festa. Quando paro a viatura os


aviõezinhos o observam descer, mas nada dizem, apenas o recepcionam e o
rapaz dá-lhes uma desculpa qualquer, ajeitando a bermuda e buscando saber o
que aconteceu de errado. Luan não olha para mim uma segunda vez, está
envergonhado, e não me importa o que pense sobre meu procedimento;
errado por errado, tudo na noite do morro é errado.
Assim, colocando os óculos escuros e ajeitando a farda, faço uma
manobra com a viatura e vou deixando as imediações lentamente, observando
o marginal e seu grupinho pelo retrovisor do veículo, imaginando como estará
o orifício dele após ter levado uma hora de vara. Luan certamente vai passar a
noite dilatado, mas só de imaginar aquele cuzinho assado, me sinto excitar
novamente.
A P Wilson
Aliviei meu professor
PARTE UM

Enquanto fazíamos o trabalho de neurologia, a discussão recomeçou.


Desde que o semestre iniciara, bate-boca na turma entre o professor Maciel e
algum aluno era a coisa mais comum de se acontecer. Desta vez, o motivo era
o horário marcado para encerramento da atividade, e como alguns colegas
chegaram atrasados, logo começou a contestação.
— Vou recolher as atividades às 09h30min em ponto, nenhum segundo a
mais, nenhum a menos.
Eu o observei fechar a expressão e caminhar de volta à sua mesa. Era alto,
braços fortes, e mesmo usando um cavanhaque para tentar parecer mais velho,
todos sabiam que não tinha mais que 26 anos.
O que me fascinava no rapaz, além de sua inteligência sedutora, era o
jeitinho “arrochado” de se vestir, tanto que suas calças apertadas comumente
marcavam o relevo, sem falar na perfeita divisão do bumbum.
O professor Maciel dava-nos aulas desde o início do semestre, ele sempre
teve um jeitinho debochado de lidar com a turma, e por causa disto, muitos na
sala não iam com sua cara. Eu, todavia, que sempre me relacionei bem com
todo tipo de pessoa, apenas achava aquilo um toque extra em seu jeitinho
sedutor.
A mim mesmo o professor Maciel vez por outra dava umas tiradas bem
elaboradas, e não as levando a sério, eu apenas sorria, adorando observar seu
jeito rude se desfazendo em um sorrisinho.
Eu acreditava que por ser um jovem dando aulas para outros jovens em
uma turma da faculdade, agia daquela forma apenas para tentar demonstrar
seriedade, todavia, com o tempo fui percebendo que ele era meio
estressadinho por algum outro motivo além deste.
O chato de tudo é que durante os intervalos, eu era obrigado a ouvir meus
amigos criticando a postura explosiva dele, e por mais que eu tentasse
amenizar as coisas, minutos depois o professor Maciel vinha com outra, o que
em nada ajudava.
Foi quando o João Paulo, um dos colegas que se sentava perto da porta,
começou a zombar dele junto aos amigos:
— Isso ali é falta de dar “umazinha”. Deve ser estressado porque não
anda tendo com quem se aliviar.
Ouvir aquilo de alguma forma me fez sentir-se arrepiado, e olhando-o
uma vez mais pelo vidro da porta (estava tendo uma atividade na sala, e
éramos liberados para o intervalo conforme fossemos terminando), observei-o
encarando a classe. Maciel estava de perfil, aquela roupa justa era
deliciosamente emoldurada por suas curvas, e observando sua mão apoiada no
queixo, reparei na aliança de compromisso que trazia no dedo.
Eu já havia percebido que o professor usava aquela aliança desde o início
do ano, e mesmo nutrindo tesão por ele, nunca me questionei sobre ter ou não
um relacionamento, foi quando resolvi pesquisar.
Entrando em seu perfil no instagram, vi muitas fotos dele com a família,
mas em todas elas, estava sozinho, nunca havia alguém que pudesse parecer
uma namorada, ou namorado. Fucei o facebook, outras redes sociais, mas nada
encontrei. Então, sempre ao terminar da aula, era inevitável deitar na cama e
ficar pensando nele. Eu repassava em mente os acontecidos durante a manhã,
e o que João Paulo dissera ecoava em minha memória apenas para me fazer
excitar: “Isso ali é falta de dar ‘umazinha’”. É claro que eu não me controlava,
e deslizando minha mão para dentro da bermuda, abaixava a cueca e me
acabava pensando nele.
E assim os dias foram passando. Nas aulas ele explicava sobre os sistemas
do corpo humano, e sua inteligência sobre anatomia e fisiologia me deixava
cada vez mais gamado.
Quando de costas, não conseguia desviar os olhos da silhueta de seu
bumbum chamativo, e quando de frente, aproveitava de sua distração com
alguma pergunta da classe, para analisar a mala proeminente que se amoldava.
Mas então, em uma destas “apreciadas” ele me pegou.
Maciel falava sobre sistema circulatório, e como o sangue influência as
sensações corporais. Ele usava uma calça branca nesta aula, e por causa disto,
eu não conseguia desviar meus olhos da silhueta. Caminhava de um lado para
o outro, gesticulando com os braços, respondendo perguntas e dando de
costas apenas para apontar algo no quadro.
Então, a determinado momento, quando se virou para a fileira em que eu
estava, senti um choque quando seus olhos puseram-se sobre mim e ele
percebeu-me encarando a região.
Fiquei muito sem graça, e ele procurou não demonstrar que percebera,
todavia, notei que se perdera em seu raciocínio, e por isso adiantara o
intervalo.
Pobre professor Maciel. Alguma coisa o fazia ser tão estressadinho, e
depois do que João Paulo falara, eu não conseguia parar de fantasiá-lo.
Naquele restante de manhã a aula seguira normalmente. Eu não ergui
meus olhos outra vez em sua direção, mas procurei disfarçar meu desejo
riscando desenhos em meu caderno, e somente quando o sino ecoou, e que
trocamos rápidos olhares.
— Bom fim de semana professor.
Eu disse sorridente e ele me encarou, pensei que soltaria alguma piadinha
rude como naturalmente fazia, porém, ajeitando alguns livros, ele apenas me
desejou o mesmo.

Isso ali é falta de dar “umazinha”.


Despertei-me na segunda-feira com o corpo em chamas. Eu acabara de ter
um sonho molhado com Maciel, e o desejo de experimentá-lo ainda me
deixava de pau duro. Tentei me masturbar, mas eu estava atrasado, então,
acessei seu perfil no instagram e contentei-me em estimular minha imaginação
a caminho da aula.
Eu sempre fui um cara tímido, nunca fui de namorar ou ficar, mas com
Maciel as coisas estavam ficando diferentes, acho que por causa do jeitinho
rude dele, sentia-me tentado a provocar.
Então naquela segunda-feira ele aplicou uma atividade, e sentando-se em
sua mesa, ficou a observar a classe respondendo silenciosamente.
Diferente dos outros professores, Maciel adorava dar atividade surpresas,
e eu curtia sua didática, já que assim, podíamos avaliar se estávamos indo bem
ou não para as provas. Neste dia a garota que se sentava à minha frente faltara,
e assim, o local onde eu ficava estava livre para sua visualização.
Respondendo as questões sobre sistema circulatório, de repente a frase do
João Paulo voltou à minha memória, a recordação do sonho, da mala dele
estufando a calça branca. Eu não ergui a cabeça para observá-lo, comecei a
sentir meu corpo arrepiar, e dentro da minha bermuda, a silhueta começou a
enrijecer incontroladamente.
Meu coração acelerou, comecei a suar. A bermuda era curta e tinha o
tecido fino, e assim, a mala começou a emoldurar-se a ela. Engoli em seco,
tentei me ajeitar, mas isso pareceu apenas chamar sua atenção. Então
educadamente Maciel perguntou:
— Kauã, algum problema?
Ergui a cabeça e o fixei. Sua expressão era sempre enigmática, e aquele
cavanhaque sedutoramente desenhado atraía meus olhos. Meu pau latejava na
bermuda, estava rígido para a lateral, e eu engoli em seco, esboçando um
sorriso constrangido.
— Na questão 4, é para marcar V e F?
Como esperado Maciel respirou fundo e revirou os olhos. Ele sequer
respondeu, sabendo que eu estava de zoação, foi quando achei a expressão
dele a coisa mais fofa do mundo, e sem saber o que estava me dando, esbocei
outro sorriso e relaxei melhor na cadeira, abrindo minhas pernas um pouco,
ficando “a vontade”.
Maciel passou o olhar pela classe, e então, senti um arrepio ao perceber
que ele olhava novamente para mim. Seus olhos analisavam meu jeitinho
tímido, curvado sobre o teste a marcar as alternativas corretas. E então,
olhando um pouco mais para baixo, pôde ver o vão abaixo da mesa, onde
minhas pernas estavam acomodadas, a mala marcando o tecido azul.
Engoli em seco imaginando o que se passava por sua cabeça, a adrenalina
correndo por minhas veias, agitando minhas têmporas, e quando dei por mim,
ergui os olhos e nos encaramos.
Maciel então disfarçou, fitou meu rosto, e como quem está tranquilo,
esbocei aquele sorriso tímido que ele gostava.
Depois que isto aconteceu, ele se levantou e o observei caminhar para
próximo da porta. Meu coração ainda estava agitado observando-o ajeitar a
calça, e aos poucos, conforme eu ia respondendo as últimas questões, fui
sentindo a ereção murchar.
Ele ficou distante, na porta a observar o movimento na sala, e quando
anunciou que iria recolher os trabalhos em dez minutos, ergui-me ajeitando a
bermuda e caminhei até ele, entregando o meu.
Fixei seu rosto e esbocei um sorriso. Ele não demonstrava o que estava
pensando, e então retruquei:
— Tomara que esteja tudo correto.
Ele me encarou e foi rude.
— Se não estiver, você estuda da próxima vez.
Deu de costas e seguiu para sua mesa.
Senti o desejo circular loucamente por meu sangue, e me virei
observando-o colocar o papel junto aos demais. O bumbum dele era tão
viciante, a curva daqueles braços. Resolvi provocar.
— Maciel — caminhei de volta a ele, a caneta em mãos. Quando o
professor se virou, por pouco não se esbarrou comigo, bem próximo ao seu
corpo — Deixe-me só acertar um detalhe — Não esperei que permitisse ou
não, passei à sua frente e me curvei ante a atividade. Meu bumbum ficou
empinado, marcando na bermuda azul.
— Ei? Você não pode alterar nada após entregar! — ele tentou me
impedir, e senti um arrepio subir por meu braço quando imobilizou minha
mão. Fitei-o nos olhos e mordisquei os lábios. Esbocei meu sorriso tímido e
provocativo.
— Era só uma palavra errada — disse afastando minha mão lentamente.
Seu corpo muito próximo ao meu, tanto que pude sentir seu perfume
adocicado.
— Uma palavra errada? — ele retrucou rudemente, devolvendo-me a
caneta — Não tem isso de palavras erradas, e agora, pare de lero-lero e vai lá
para fora. Não vou dar outro intervalo hoje.
O professor Maciel estava tirando minha concentração. Tínhamos duas
aulas com ele por semana, sem falar que nos esbarrávamos constantemente
pelas escadarias da faculdade. Ele tornara-se para mim um fetiche ambulante, e
o dia em que eu não o via, era como se não tivesse sido a mesma coisa.

As discussões em sala continuavam, e no intervalo, principalmente as


garotas reclamavam de sua arrogância. Quanto mais eu ouvia falarem mal dele,
mais eu me sentia cativado, rendido ao desejo de fazê-lo melhorar. Meu
interior contraía só de imaginar-me com ele em algum lugar discreto, beijando
aquela boca carnuda, ouvindo-o ofegar suas palavras difíceis ao meu ouvido.
Então resolvi fazer algo, mesmo que de forma indireta.
Maciel tinha uma rotina. De tanto observá-lo eu já o havia decorado. Ele
sempre chegava à sala minutos antes do sinal tocar, porém, antes disto, vinha
da sala dos professores, subia pela escadaria do elevador e usava o banheiro
que dava de frente para ela (o menos movimentado do prédio). Decidi que a
partir de agora, esta também seria minha rotina.
Naquela quarta-feira eu cheguei mais cedo, e conferindo as horas, subi
apressado a escadaria e entrei naquele banheiro. Alguns estudantes entraram e
saíram, e então, na hora exata, ouvi a voz dele no corredor, a falar com algum
colega. Esta era minha chance.
Abrindo a portinha do reservado onde eu estava escondido, coloquei
minha mochila de lado, e afrouxando minha bermuda, abaixei-a até os joelhos,
ficando com a bunda nua, virada para o centro do banheiro. De frente a este
reservado, estava o mictório que o professor Maciel gostava de usar, pois era à
lateral, o que o deixava um pouco mais a vontade.
Peguei no meu pau, apontei para o sanitário e aguardei. Contei até cinco
respirando fundo, e quando ouvi seu ruído ajeitando-se logo atrás, no
mictório, esperei ouvir o jato de urina e então liberei o meu.
No reservado o zunido do jato contra o sanitário foi forte, o que chamou
sua atenção. Então, observando os vultos pela cerâmica à minha frente,
percebi que Maciel fisgara a isca. Enquanto urinava, o professor tinha a cabeça
virada para trás, em direção ao reservado onde eu estava, e naquela posição era
possível ver com perfeição a minha bunda branquela, com a camiseta roçando
a parte superior dela. Segurei o sorriso.
Minha urina continuava a sair, eu sentia frio na minha bunda, e pelo
reflexo na cerâmica, observei Maciel olhar para ela uma segunda vez, tentando
concentrar-se em seu próprio alívio.
Como terminei primeiro que ele, balancei meu membro preguiçosamente,
e então guardei-o na cueca, levantando a bermuda.
Ao virar-me ajeitando a mochila, dei de cara com o professor ainda no
mictório, fingindo não ter reparado. Imediatamente exclamei:
— Maciel? — ajeitando a bermuda, percebi-o se virar, e caminhando para
a pia logo ali, abri a torneira. Meu coração estava acelerado, um sorriso faceiro
nos lábios, então, observando-o pelo espelho, percebi que estava vermelho,
olhando novamente para o mictório.
— E aí Kauã?!
Fiz uma pausa na pia, fingindo ajeitar os cabelos. Meus olhos o fitavam
pelo reflexo do espelho, e eu sabia por que não deixava o mictório de uma vez.
Então fiz questão de ficar um pouco mais, enrolando, vendo alguns alunos
entrarem em busca do reservado. Maciel estava sem jeito, e finalmente olhou
para mim.
— Algum problema?
Eu gaguejei, meneando a cabeça a esboçar o meu sorriso tímido. Ele me
fixava, eu podia perceber que estava sendo ríspido de propósito, então, de
propósito abaixei meus olhos e fitei sua mão.
— Ah. Não. É só que... — alguns caras entraram fazendo bagunça, e tive
que disfarçar, já que seguiram para os mictórios logo ao lado — Eu... eu o vejo
na sala.

Ele demorou a chegar. Perguntei-me quanto tempo levou para se


recuperar, e se conseguiu bater uma ali mesmo. Imaginar a cena me excitava,
então o percebi aproximar-se da sua mesa, e apoiar os livros sobre ela,
ignorando minha presença. Seu pescoço estava vermelho, ele lavara o rosto.
— Unidade 10, página 234. Quero que façam um resumo e entreguem em
meia hora.
Como de costume um trabalho impossível. As garotas começaram a
reclamar, e eu apenas mordisquei os lábios, desviando os olhos de seu corpo
em direção ao meu caderno.
Maciel estava novamente com uma calça justa que marcava a mala, ele
sentou-se e fingiu não me ver, corrigindo algo aplicado na aula passada. Tudo
o que eu queria dele era um olhar, um contato visual para saber se ele tinha
gostado de ver minha bunda ou não, entretanto o professor era osso duro de
roer.

Naquela semana repeti minha ousadia outras vezes. Chegava cedo, ia para
aquele banheiro, e sempre que estava perto dele entrar, eu abria a porta do
reservado, e descia minha bermuda até os joelhos. Algumas vezes, quem me
viu assim foram caras de outras turmas, todavia nada disseram, e isso não me
importava, já que o foco ali era o professor Maciel.
Em casa eu perguntava-me se ele percebera minhas intenções, e sentindo-
me cada vez mais ousado, adorava provocá-lo, curtindo todas as suas
postagens no instagram. Na rede social ele não era tão popular, por isso, não
perceber que eu o estava stalkeando era impossível.
Foi aí que chegou a semana anterior às provas.

Toda turma estava em um estresse só, assim como ele. Maciel revisava a
matéria, mas constantemente se perdia no que falava. Eu ficava com dó dele,
porque perder-se no assunto que tanto gostava era como dar um tiro no pé.
Meu professor de neurologia estava indo de mal a pior, até quem não batia
boca acabou tendo que ir à coordenação reclamar.
Neste dia, após discutir com uma das garotas que não estava
compreendendo nada do conteúdo, ele simplesmente surtou e deixou a sala
irritado.
Os murmúrios começaram após sua saída, e todo mundo, sem exceção,
passou a comentar o quanto ele estava ainda mais insuportável.
Eu fixei o caminho que ele tomou, saiu da sala para respirar, deixando
seus livros para trás e matéria no quadro.
Uma colega tentava puxar-me para o assunto, a fim de que a exemplo dos
demais, eu também falasse mal do rapaz, no entanto, pedindo-lhe desculpas,
apenas ergui-me e resolvi por ir procurá-lo.
Para minha surpresa encontrei Maciel na curva do corredor, sentado em
uma cadeira, sozinho a respirar fundo. Ele estava curvado sobre as pernas,
cotovelo nos joelhos e dedos entre os cabelos aloirados. Quando me deparei
com ele, imediatamente estagnei em meio ao corredor, e ele, erguendo os
olhos, viu-me parado ali. Não esperei que falasse, sentei ao seu lado.
— Professor, está tudo bem com você?
Ele me fixou, senti que se preparava para dar-me uma tirada, todavia
paralisou quando sentiu minha mão tocar sua coxa. A ação o anestesiou, e ele
engoliu em seco, fixando minha face. Esboçando um sorriso de canto, desviei
os olhos rapidamente e olhei para as laterais, percebendo que ninguém estava
por ali, então voltei a ele.
— Quero que saiba, que mesmo estando muito estressado ultimamente,
continua sendo o professor que eu mais gosto.
Ele umedeceu os lábios, não sabia o que falar, e eu permaneci com minha
mão em sua coxa. Ele desarmou.
— Eles não entendem que precisam se esforçar por si próprios, ficam
esperando tudo mastigado, são um bando de filhinhos de papai. — desabafou,
esquecendo-se de que eu mesmo era um filhinho de papai. Relevei, sentindo
minha mão aquecer em sua coxa, tão próxima a seu volume.
— Nem todo mundo está preparado para ser brilhante professor — olhei
para seus olhos, estava visivelmente frustrado — Estrelas são mais raras que
idiotas.
Ele sorriu, sua coxa ficando quente onde minha mão estava.
— Isso não é uma verdade.
— Ah, você entendeu o que quis dizer — flertei.
Houve um momento de quietude, ele conferiu que ninguém caminhava
por ali, então voltou a mim.
— Fico feliz que pense assim Kauã — retrucou, e senti sua mão
encontrar a minha, massageando-a — Infelizmente nem todo aluno é como
você.
Fixei seus olhos uma vez mais. Ele tinha um lindo traço facial, destacado
pela gola polo que usava. Como estava sendo “acessível” pela primeira vez (ele
já era acessível comigo, mas desta, estava um pouco mais), olhei ao redor e
tornei a ele, levantando-me.
— Quer saber de uma coisa? Vem comigo. — sorri puxando-o, ele vacilou
— Você não pode se dar por vencido professor. É mais inteligente que
qualquer um naquela sala e sabe que tanto faz se irem bem ou mal, você é mais
que a nota que eles tirem.
Maciel sorriu sentindo minha mão segurando a sua com firmeza, então se
ergueu. Ele iria soltar-me, todavia o puxei novamente.
— Ei cara. O que está fazendo? — retrucou baixinho, apontando a região
contrária, onde ficava a sala. Voltei a sorrir para ele.
— O quê? Ah, não. Você não vai voltar lá com essa cara vermelha, vai? —
ele umedeceu os lábios, respirando fundo. Sua têmpora latejava — Vamos ao
menos passar uma água neste rosto. É o mínimo a fazer, antes de enfrentar
aquelas cobrinhas.

Mas, um pouco mais que isto aconteceu. Ao entrarmos no banheiro, eu o


vi seguir até a pia, e então, conferindo o corredor, recostei a porta suavemente.
Maciel que estava com a torneira aberta a umedecer o rosto, virou-se para mim
confuso, observando-me se aproximar. Ele vacilou.
— Kauã? Por que você...
Não o deixei completar. Estávamos sozinhos e eu sabia que o sinal do
intervalo tocaria a qualquer momento. Esta era minha oportunidade, eu não a
perderia.
Recostando-se a pia com espanto, Maciel sentiu quando forcei meu corpo
contra o dele e conduzi meus lábios aos seus. Ele estava tão chocado que não
resistiu, sentiu meus lábios tocarem-no, e trêmulo, cedeu sua língua, puxado
meu corpo com força, deslizando suas mãos por minha cintura, beijando-me
vorazmente. Eu estava sem ar, sentindo seu cavanhaque espetar-me, o calor de
seu peitoral pressionando-me, e a maciez de seus lábios quentes indo e vindo.
Ficamos assim por alguns segundos, trocando saliva, amassos, então ele me
afastou.
— Kauã? Céus. O que diabos está fazendo?
Eu sorri, limpando minha boca.
— Tudo o que você quiser.
— Tudo o que...
Então o tomei pela mão. Ele tentou resistir, mas o puxei com força.
Entramos no reservado.
— Alguém pode chegar, você está louco?
— A porta está fechada professor. Todo estudante sabe que uma porta
fechada, é porque o banheiro está inacessível.
Beijei-o novamente, calando sua boca, puxando seu corpo contra o meu,
enquanto tateava sua calça. Ele me imprensara contra a parede, deslizando as
mãos por minhas curvas, repuxando minha bermuda, e com o coração
acelerado, engoliu em seco e se afastou.
— Não. Alguém da limpeza pode chegar — retrucou vacilante, olhando
pelos vãos da portinha.
— A gente faz silêncio.
— Kauã... não. Kauã...
— Maciel — eu franzi o cenho erguendo-me a altura dos seus olhos,
desabotoando sua calça com pressa — Já fomos longe demais para parar
agora, não acha?
Nossos olhos dançaram trêmulos, e ele engoliu em seco, gesticulando
positivamente com a cabeça. Sentei-me no sanitário enquanto ele abaixava o
elástico da cueca, e o vi estimular o membro rapidamente enquanto eu puxava
o meu para fora. Respirando aflito, ele acariciou meus lábios, e comigo fitando
seus olhos, conduziu a extensão para mais próximo.
O abocanhei. O pau do meu professor era deliciosamente cabeçudo.
Tinha um gosto suave, cheirava a morango. Deslizando meu nariz por sua
virilha, enquanto ele erguia a camisa polo, sorri não conseguindo deixar de
questionar.
— Você tem cheiro de morango. Por quê?
— É creme — ele sorriu, e fiquei a imaginá-lo saindo do banho, e
besuntando o corpo com o produto — Mas deixe de conversa e vai logo,
temos que voltar.
E eu tornei a seu membro. Era roliço e quente, apontava para a esquerda e
estava volteado por veias. Enquanto eu o boqueteava, babando absurdamente
em sua ereção, meu professor ofegava, dando leves estocadinhas enquanto
olhava pelas fissuras da porta. Eu lambia seu pré-gozo, e ele tremia, então pedi
erguendo-me a apalpá-lo:
— Vem, fode meu cu — Dei de costas e abaixei minha bermuda.
— Não — ele me interrompeu tremendo, estava super avermelhado —
Agora não — ofegou virando-me de frente, a masturbar-se — Precisamos de
mais tempo, e agora não dá.
Então o sinal lá fora soou. Senti-me tremer olhando para sua feição, e
temi, pois agora toda a universidade estaria no pátio em segundos.
— Vem, temos que sair.
— Não — eu o impedi, seu pau latejando enquanto tentava guardá-lo na
cueca — Vamos ficar um pouco mais.
— Kauã?!
Abri a porta do reservado e saí rapidamente. Procurei o balde onde
descartavam os papéis toalhas e empurrei para a porta de ferro, só então voltei.
— O que você fez? — ele questionou comigo a trancar-nos novamente.
Estava com o pau oculto.
— Assim ninguém vem aqui.
— Você é maluco.
— Sim.
Eu sentei no vaso e ele voltou a tirá-lo para fora, dando-me de mamar. Eu
o degustava gulosamente, e ele deslizava os dedos por meus cabelos. Eu não
sairia dali enquanto não sentisse o jato na minha boca, enquanto não
experimentasse o leite do meu professor. E forçando um pouco mais, até a
garganta, ele ofegou afastando-se um instante.
— Chega Kauã, estou quase gozando.
— Tudo bem — engoli em seco, meu pau duríssimo na minha mão.
Então, estirando a língua, o deixei aproximar o membro, e acelerando nele,
senti o primeiro jato no meu nariz.
O professor Maciel estava tão nervoso que não conseguia apontar para
dentro da minha boca. Se eu não o abocanhasse, teria lançado todo seu gozo
na minha cara, mas então sorriu, sentindo-me sugar seu alívio.
Quando terminamos, ele ficou um momento ainda desnudo, limpando-se
com um papel higiênico. Parecia sem graça, e eu, ainda pura excitação,
estimulava meu membro em busca de prazer.
Eu sussurrei:
— Vai na frente. Eu vou para a sala após o intervalo.
Ele gaguejou.
— Sim. Eu... você está certo. — abriu a porta vacilante, dirigindo-se à pia
para se lavar, então voltou — Kauã...
Ergui meus olhos, meu pau latejando em minhas mãos. Eu estava quase
gozando.
— Oi?!
— Deixa teu Whatsapp no cantinho do trabalho. Vou mandar uma
mensagem mais tarde.
Sorri.
— Só se você prometer me mandar nudes.
Ele engoliu em seco, adorava meu jeito descontraído.
— Se você quiser, podemos fazer mais que trocar fotos.
— É claro que eu quero — retruquei, e contendo a respiração, jorrei.
Maciel ficou um momento ali vendo o gozo escorrer por meu pau
respingando na virilha. Eu sentia que estava louco para limpá-lo com a boca,
mas não podíamos nos enrolar.
— Vai professor — eu disse, e ele ficou desnorteado. Não sabia se entrava
no reservado, ou deixava o banheiro — Mais tarde a gente combina algo
apropriado.
Ele sorriu.

PARTE DOIS

Meu professor de Neurologia. O pau dele não saía dos meus


pensamentos, o gosto da boca dele me fazia sufocar em minha cama. Depois
que trocamos carícia no banheiro, voltou à sala renovado, e sequer bateu boca
novamente. Eu fiquei feliz por vê-lo mais tranquilo, e sentia-me mais tranquilo
por tê-lo conseguido agradar. Agora, tudo em que eu pensava era fazer amor
com ele, senti-lo de forma mais leve, sem pressa, na cama. Foi quando recebi
sua mensagem:
“Kauã? Está aí?”
É claro que eu estava. Eu e meu coração ansioso no desejo de
conversarmos outra vez.
“Sim professor. Você está bem?”
Ele postou emoticon sorrindo, então digitou:
“Aquilo na faculdade foi uma loucura. Podíamos ter sido pegos”.
“E não daria em nada. Eu que forcei, não?”
Ele enviou emoticon gozador, então digitou:
“Obrigado. Você não tem noção do quanto eu estava precisando de uma
loucura dessas”.
Sorri.
“Pensei que você tivesse com quem fazer esse tipo de loucura. Sempre o
vejo de aliança”.
Ele postou um novo emoticon com olhar sem graça, então completou.
“É para afastar as garotas. Eu... elas meio que não percebem que eu...”.
Não continuou. Senti-me sem jeito.
“Que você curte rapazes?”
Ele postou emoticon sem graça.
“Sim”.
Ora, ora, o que tínhamos ali. Como imaginei, por mais que Maciel tivesse
seus 26 anos, ainda era “imaturo” em questão de relacionamentos. Isso
explicava muita coisa, isso explicava porque não gostava de casaisinhos
sentados juntos em sala. Não sabia como lidar.
“Não fique constrangido. Não são todos que sabem como lidar”.
Ele sorriu.
“Eu estive pensando...”.
“Aceito” — Antes que ele prosseguisse, eu respondi. Meu tesão por meu
professor era tão grande, que sequer precisava completar a frase para que eu
compreendesse — “É só dizer a hora e o lugar”.
Ele enviou um emoticon sorridente, e eu não contive minha emoção.
Meus lábios não se fechavam, eu não conseguia evitar o sorriso largo e
abobalhado.
“Isso não vai atrapalhar seus estudos? Entraremos em semana de prova”.
“Eu tenho a tarde livre. E tenho me dedicado desde o início do semestre”.
“Okay. Moro sozinho em um prédio na zona oeste. Vem para cá”.
E por que eu não iria? Eu tinha conseguido aquilo que qualquer aluno
acharia impossível. Era fim de semana, e por mais que as provas começassem
na segunda, para mim, foder com meu professor era mais importante que tirar
boas notas. Umedeci os lábios.
“Manda a localidade. Eu chego aí em menos de uma hora”.

Quando cheguei, o porteiro já estava avisado. Ele apenas interfonou para


o décimo andar e ouviu as instruções passadas pelo “Seu Maciel”, em seguida,
deixando a guarita, acompanhou-me ao elevador.
Observar os números correrem pelo visor me deixou cada vez mais
ansioso. Em minhas mãos, o celular tremia, e quando a porta metálica abriu,
observei a silhueta parada em uma das portas no fim do corredor. Engoli em
seco.
Aquela era a primeira vez que eu entrava na intimidade de um professor, e
o lugar onde Maciel morava era bastante limpo. Ele me aguardava vestindo
apenas shortinho de praticar esportes, e quando vi seu peitoral desnudo, e as
tatuagens que se espalhavam por ele, senti-me excitar. Entrei e ele fechou a
porta.
— Oi — eu disse trêmulo, sem jeito, olhando ao redor. De repente foi
como se aquilo fosse surreal, e o senti aproximar-se, pressionando meu ombro.
Era como estar em um sonho molhado.
— Oi — ele respondeu sem ar, e meu coração acelerou quando inclinou
os lábios e deu-me um selinho — Como você está? — indicou-me a sala, e eu
segui para lá, sentando-me no sofá.
— Bem — gaguejei. Sem dúvidas o professor Maciel tinha um bom gosto
para decoração — Eu acho.
— Acha? — ele sorriu, indo até a cozinha para trazer algumas bebidas, foi
quando percebi os vários papéis sobre a mesa.
— Modo de falar — Sorri colocando o celular de lado, e ele se acomodou
à minha frente. Os olhos brilhavam, e o sorriso era incontido. Eu completei:
— Você estava corrigindo trabalhos?
Ele sorriu.
— Sim. Eu... Meio que uso os fins de semana para isto.
— Espere um momento — retruquei, sentindo-me repreensivo — Você
traz trabalho para casa? Professor?
Ele sorriu sem jeito. Eu adorava seu sorriso.
— Meio que é a minha vida — disse e umedeceu os lábios — Não há
muito que fazer.
— Nada disso — retruquei colocando o copo de lado, então cheguei para
mais perto dele — Antes de dar aulas, você é o Maciel. Precisa saber dividir as
coisas. Talvez por isso viva estressado.
— Então você também me acha estressado?
— Não muito — sorri acariciando seu ombro, ele reagiu com um sorriso
— Apenas se dedica demais — sorri, meu coração já não se aguentando.
Então fui direto — Mas por que não deixamos de conversar e vamos logo
para o seu quarto? — engoli em seco e ele sorriu acariciando minhas mãos —
Me desculpa professor, talvez eu pareça apressado, mas...
Não me deixou completar. Senti-o puxando-me para o local.

Agora Maciel estava entre minhas pernas. Eu sentia a rigidez de seu


membro e a maciez de seus lençóis. Ele acariciava a lateral do meu rosto, e lá
fora o sol estava quente, a tarde passava e a claridade iluminava nosso contato.
Eu o desejava como nunca desejei ninguém, e percebendo isso, ele beijava
minha pele docemente, acariciando as curvas do meu pescoço com o nariz.
Ainda era um sonho estar deitado abaixo do meu professor, sentindo sua
ereção. Apreciava seu perfume, o peso de seus quadris, o calor de seu tórax.
Não sabia o que dizer, faltava-me palavras, então apenas deixei que meu corpo
falasse por si só.
Ele me virou de costas, abaixando minha cueca lentamente. Em seguida,
senti-o posicionar-se melhor, e abaixando o peso do corpo, repousou a ereção
ao centro da minha bunda, deslizando-a por ela, beijando meus ombros.
Meu orifício piscava, eu desejava loucamente ser penetrado por ele, mas
minha boca pedia a primeira atenção, queria sentir novamente o seu sabor.
Ofeguei.
— Maciel — me virei, tateando seus braços, sentindo seu respirar —
Vamos fazer um “69”?
Ele se afastou, vendo-me apreciar a dureza de seu membro.
— “69”?
— Sim — encarei-o, ele sorriu — Eu por baixo, você por cima. Vai ser
gostoso.
A língua dele percorreu meu membro, enquanto a minha boca sugava o
seu. Eu o chupava por baixo, ele me chupava por cima, e ambos degustávamos
o sabor da vara um do outro. Enquanto me dava prazer, eu sentia meu
professor deslizando seus dedos por minha bunda, e sabia que ele a desejava
mais que um boquete, todavia continuei deixando que experimentasse meu
pau, afundando o seu em minha saliva.
Estava adorando a sensação de seus lábios sugando, e quando passei a
cheirar seus testículos, surpreendi-me com sua língua desviando da ereção, e
fazendo o caminho para entre minhas pernas. Com um arrepio, senti meu
professor umedecendo meu canal.
Eu nada disse, ajeitei-me melhor e deixei que o explorasse como queria.
Enquanto isso, me dedicava a apreciar o gozo fino que produzia.
Ele colocava um dos dedos em meu orifício, eu o sentia piscar, e ele
penetrava vagarosamente pela musculatura. Contraía e ele ofegava, acariciando
minha bunda, forçando os quadris um pouco mais, para fazer seu pau foder
minha boca mais fundo.
“Delícia. Que delícia”. Eu pensava enquanto ele continuava a umedecer
minha cavidade e massagear, e chupando o caldo que escorria por seu
membro, deslizava a língua por seus ovos docemente. Ele estava depiladinho.
— Vem professor, está na hora.

O pau dele agora era meu, o corpo dele também. Eu sentia que Maciel se
posicionava entre minhas pernas, e penetrava meu orifício porque gostava de
mim, e não apenas por tesão. Ele me acariciava enquanto me fazia gemer, e eu
revirava os olhos, sentindo a espessura que estava acolhendo. Mantendo
minhas mãos apoiadas em seus ombros, abraçava-o com força, e sentia Maciel
ajeitar-me para estocar. Ele então entrou docemente, mais gentil que meu
último namorado, e fixando meus olhos, fez-me cerrar os dentes sob o estalar
da cama e o ruído de seus quadris indo e vindo.
Estávamos suados, meu canal lubrificado e sensível aos seus centímetros
prazerosos. Ele fodia como se a existência dependesse daquilo, e eu ofegava
com as pernas deslizando por suas pernas, recebendo as aulas de educação
sexual. Cerrando meus dentes, mas de prazer, esboçava um largo sorriso,
relembrando-me das aulas, do beijo e do boquete na cabine no banheiro. Ele
apertava minha bunda.
— Safado.
Eu estava indo às alturas, a tarde estava indo embora, lançando os brilhos
alaranjados do pôr do sol sobre as paredes. Olhando rapidamente para o chão,
vi nossas roupas caídas uma sobre a outra, minha a bermuda enrolada em sua
bermuda, nossas cuecas emboladas sobre o criado mudo, e o corpo dele
cintilando suor.
— Kauã, eu vou gozar — Maciel ofegava ao meu ouvido, deliciosamente.
— Goza Professor. Goza. — E eu acariciava suas costas largas,
aconchegando o nariz em seu pescoço.
E o professor acelerara, ininterruptamente, indo fundo em minha bunda,
puxando-a com os dedos, aproveitando-a, mordendo os lábios ao expelir seu
jorro quente e cheio de vida que me faz revirar os olhos. Seu jorro branco,
abundante e pegajoso, seu jorro caudaloso que escorreu para os lençóis,
molhado, e completamente prazeroso.

PARTE FINAL

As provas correram tranquilamente (ao menos para quem estudou). Com


a conclusão do semestre, cheguei ao consenso de que não dava para continuar
na mesma instituição que Maciel, porque durante as aulas, era quase impossível
me concentrar. Assim, no ano seguinte, pedi transferência para uma faculdade
mais perto de casa, e pensei que assim seria melhor.
Maciel continua trabalhando no campus onde tudo começou. Estamos
transando desde então, e ele continua estressadinho com seus alunos. Quando
estamos juntos não o deixo falar de trabalho, o jeitinho apimentado na cama
me leva às alturas, e estou tentando convencê-lo a viajar comigo nas férias do
meio de ano.
Quero que venha comigo para uma das praias no nordeste. Que lá, longe
de todos os conhecidos, possamos ficar juntos como namorados.
Ele está meio hesitante por não ser acostumado a se divertir, mas com
muita insistência, sei que em nossa próxima transa aceitará o convite.
Eu sou dele, ele é meu, e agora, já não fica tão carente por não dar
“Umazinha”.
A P Wilson
Negócio de família
Meus pais morreram cedo, em um acidente de carro quando eu tinha
apenas doze anos. Desde então, fui criado por meu tio e seus filhos mais
velhos — o Luciano, que atualmente tem 28 anos, e o Ricardo, de 33. Nossa
família sempre foi bastante unida, e quando meu tio também viera a falecer,
Luciano e Ricardo revezaram-se para cuidar de mim (trágico, não?). Lembro-
me de ouvi-los conversar na sala enquanto pensavam que eu estava dormindo,
nunca entendi do que se tratava, mas percebia que envolvia certa preocupação
com o emprego.
Meus primos nunca explicaram direito com o que trabalhavam. Sei que
eram autônomos, pois sempre estavam em casa quando eu saía mais cedo do
colégio. Eles diziam que eu só compreenderia o trabalho da família quando
tivesse idade, mas que até lá, eu nunca deveria ir ao barraco que há no lote dos
fundos, pois era lá que guardavam seus materiais.
O barraco não era rebocado, havia um muro que separava os terrenos e ao
redor dele empilhavam-se entulhos, o matagal cobria tudo. Era um ambiente
verdadeiramente decadente, nada atrativo, e eu só conseguia pensar em uma
coisa: meus primos mexiam com o refino de drogas. Talvez fosse uma fábrica
clandestina como a que explodiram semanas antes na rua abaixo da nossa, e
isso me deixava temeroso, já que a qualquer momento a polícia poderia baixar
ali também, e todo mundo ser presos. E assim, com tantas perguntas sem
respostas, decidi que nas vésperas dos meus 18 anos, eu não podia continuar
alheio ao negócio da família.
Então naquela noite eu estava decidido em acabar com o mistério.
Fingindo estar cansado, deitei mais cedo e esperei que ficasse tarde. Os grilos
cantavam e tudo estava escuro quando ouvi os dois saírem trancando a porta.
Era uma noite ventosa e de luar, e quando finalmente estive sozinho na casa,
respirei fundo calçando minhas sandálias e deixei a cama, escapando pela
janela da cozinha, e indo direto para o muro aos fundos, curiar pelas frestas o
barraco distante no lote vizinho.
Infelizmente as chuvas das últimas semanas fizeram o matagal crescer
bastante e tornara impossível a visualização do outro lado. Apenas a fraca
claridade de lâmpadas escapava das janelas distantes, e isso me fez engolir em
seco, observando a escuridão.
Todavia, eu precisava tirar aquela dúvida de uma vez por todas, não podia
dar-me por vencido, e quando tive certeza que eles haviam entrado e não
sairiam agora, dei um jeito de escalar o muro (eles trancavam o portão
enferrujado que dividia os lotes), e pulando, segui na ponta dos pés até a lateral
oculta no breu.
Quebrar as regras era arriscado, principalmente porque ao aterrissar no
matagal tropecei em algumas latas velhas cheias de água. Eu sabia que se meu
primo mais velho — o Ricardo — descobrisse que eu os desobedecera e
pulara o muro, ia dar-me uma surra como nunca levei, mas ainda assim, eu
precisava saber a verdade sobre o lugar.
Caminhei ocultando-me atrás do capim. Ao redor, os grilos cantavam me
observando e a lua clareava o trajeto. Assustei-me quando vi o gato preto
deixando a área, subindo em um tambor enferrujado. Respirei fundo
meneando a cabeça, e fixando os pontos de luz que deixavam as minúsculas
fissuras nas paredes sem reboco, tornei a caminhar.
Então, contornei a casa, tinha que ficar em um local que eles não me
ouvissem, e cauteloso, percebi que estavam em uma sala bem ali. A claridade
que escapava pelos vãos da janela fechada riscava o matagal.
Pensei tentar ver algo pela reentrância da janela, mas seria arriscado, assim,
colocando o olho em uma das fissuras iluminadas na parede, prendi a
respiração e senti um frio no baixo ventre ao visualizar o primeiro.
Era Ricardo, o mais velho. Eu não pude ver o que fazia, pois estava de
costas, todavia, reparei que estava trajando apena uma cueca de elástico grosso.
Não compreendi porque estava praticamente desnudo em uma noite tão fria,
mas, como morávamos apenas homens, vê-los assim era supercomum.
Questionei-me então se não teria tirado as roupas para vestir algo “mais
apropriado” para o local. Aquela ideia de que mexiam com o refino de drogas
não me saía da cabeça, principalmente após de ter visto no jornal a fábrica
clandestina que fora fechada a poucos metros dali. Engolindo em seco,
temendo por meus primos, me ajeitei melhor, quieto a observar.
Agora Ricardo ficara de frente. Ele era mais forte que Luciano, tinha o
tórax dividido em gomos e o peitoral estufado. Era moreno como todos na
casa, na pele desnuda se espalhavam tatuagens, entre elas o nome da mãe,
falecida anos antes do pai. Era um homem chamativo, tinha o rosto barbeado,
e uma trilha de pentelhos que descia belamente rumo à cueca.
Despertei do meu devaneio quando ouvi a voz de Luciano propagando-se
à lateral, então desviei os olhos de sobre Ricardo. Ajeitando-me, senti um
tremor quando o rapaz entrou no meu campo de visão, e engolindo em seco,
arregalei os olhos quando o vi. Lu estava completamente despido. Eu já havia
visto meu primo sem roupa outras vezes, entretanto, não como agora.
Lu estava de costas para a fissura na parede, parado de frente para
Ricardo. Eu podia ver sua bunda redonda e perfeitinha, assim como a trilha de
suas costas e as tatuagens espalhadas por ela.
Luciano não parecia ter vergonha de ficar pelado frente a Ricardo, eles
conversavam algo que eu não entendia, e quando enfim se virou pegando algo
caído no chão, senti meu coração disparar ao se erguer, revelando a chamativa
extensão que pendia livremente entre suas pernas.
O pau do meu primo estava meio bomba. Era lindo, eu nunca o tinha
reparado tão detalhadamente. Moreno claro, com um cabeção cor de vinho,
balançava conforme Luciano caminhava pelo barraco. Ele tinha uma penca de
bolas grandes, e enquanto conversava com Ricardo — novamente parado à
minha frente —, o percebi tomar a silhueta e começar a excitá-la
vagarosamente.
Talvez estivessem de zuação um com o outro. Talvez, para eles, fosse
normal ficar sem roupas ali, e engolindo em seco, senti o coração congelar
quando Ricardo também abaixou a sua. Ele chutou a cueca para um canto e eu
os ouvi falando algo. Conversavam e estimulavam os membros olhando ao
redor, e o de Ricardo parecia mais grosso que o de Luciano.
Não sabia o que se passava por minha cabeça naquele momento, mas
simplesmente não conseguia parar de olhar, e quando dei por mim, estava
praticamente com o rosto colado na parede tentando comparar as extensões
endurecidas.
O pau do Ricardo — o mais velho — estava mais duro que o de Luciano.
Pude perceber a coloração da cabeça quando se aproximou da parede, e por
centímetros não se esbarrou nela. Eu não consegui continuar visualizando o
ambiente depois que ele dirigiu-se para a região, apenas ouvi um ruído do
outro lado, e a fissura por onde os observava fora bloqueada. Certamente não
fizeram de propósito, certamente estavam tirando algum móvel de lugar. Mas
seja lá o que estivesse acontecendo, acabara por me forçar a rodear o barraco.
Sentindo um desconforto na barriga, fui caminhando lentamente pelo
mato alto, procurando nas paredes alguma nova fissura que me pudesse
facilitar a visualização. Cruzava algumas ferragens quando vi uma luz ser acesa,
parei um minuto, e pela janelinha no topo da parede, deduzi ser ali o banheiro.
Com esperado, entre os tijolos, vários pontinhos cintilaram, e assim, cauteloso,
recostei-me e aproximei os olhos, podendo visualizar Luciano do outro lado,
parado frente ao sanitário.
Luciano estava com o pau um pouco duro, e em sua mão livre trazia
sabonete e barbeador. Franzi o cenho e o vi apoiar os objetos sobre a pequena
pia, molhar a extensão, e ainda de frente para o sanitário, ensaboá-la e passar a
se raspar. Agora eu entendia porque Luciano era mais lisinho que Ricardo, ele
se depilava.
Luciano raspou os pelos escuros que havia ao redor do pau, e enquanto
fazia o mesmo com as bolas, observei Ricardo entrar no ambiente trazendo
um pano vermelho e um estampado. O vento que soprava o mato, e o sibilar
dos grilos me impediam de entender o diálogo, mas Ricardo mostrava ao Lu
os dois tecidos, a fim de que ele escolhe-se um.
Chutei que Luciano escolheria o estampado, e conhecendo meu primo,
acertei. Então, com a saída de Ricardo — vi sua bunda, e o pau mole
balançando entre as pernas —, observei Luciano se masturbar para deixar o
membro mais duro, e assim, terminar de se depilar.
Ele o lavou na pia, dando descarga no sanitário a fim de sumir com os
pentelhos. Olhou ao redor, abaixou-se para pegar a toalha que caíra no chão, e
desligando as luzes, seguiu para onde Ricardo estava.
Tive que procurar um novo buraco para espiar. Algo se mexeu no matagal
e após conferir que era apenas o gato, tornei à parede. A nova fissura estava
localizada perto de uma janela enferrujada, mas tive o cuidado de não ser
percebido ali. Quando coloquei os olhos novamente atentando-me ao
movimento, ouvi o ruído de batidas em metal, e olhando com mais atenção,
senti o coração querer sair pela boca. O vento continuava a zumbir.
Lá dentro, novamente vi Ricardo, ele se aproximava da porta.
— Estou indo, não precisa derrubar — Disse, e esta era a primeira coisa
que falava em tom audível. Estranhei aquilo. Afinal, com quem ele falava? Seria
um comparsa? Eles arriscavam demais em incluir um terceiro em algo tão
arriscado.
Foi então que mudei de fissura, e vi a silhueta morena entrar com garrafas
de cerveja. Eles sorriram e se cumprimentaram, tranquilamente, como se fosse
supernatural encontrar os amigos sem roupas e abraçá-los tão intimamente.
O moreno que entrara eu conhecia apenas de vista, geralmente os amigos
dos meus primos viviam em nossa casa, mas aquele em especial, quase não
aparecia. Então vi Luciano caminhar até ele, e assim como Ricardo o fez,
Luciano também o abraçou. Tive uma estranha impressão de ver o rapaz
deslizando a mão grande pelo pinto do meu primo, mas então meneei a
cabeça, perguntando-me quando se vestiriam. Foi então vi o objeto nas mãos
de Luciano.
Enquanto o moreno conversava com Ricardo, tirando-o do meu campo
de visão, Luciano aproximou-se da janela fechada ajustando aquilo que
compreendi ser uma câmera fotográfica. Não sei se fixava meus olhos em suas
mãos ajustando o objeto, ou no membro balançando livremente entre suas
pernas, agora, tão próximo à fissura. O que sei, é que quando dei por mim,
senti que estava excitado ao observá-lo.
Engoli em seco. Eu não podia ficar excitado, aquele era meu primo, então
meus pensamentos foram interrompidos. Agora, aproximando-se da fissura vi
o moreno novamente, que, a exemplo de Luciano e Ricardo, também estava
sem roupas. Tinha o membro quase do tamanho do deles, mas o que chamava
a atenção mesmo era sua bunda grande. Tentei ver seu rosto, mas ele era alto,
ficara de costas, fora do campo visual.
O rapaz pediu para usar o banheiro. Ricardo apontou a porta, e Luciano
saiu da frente indo para outra parte do barraco. Ouvi quando falou algo sobre
uma poltrona, e guiando-me por seus diálogos, encontrei outra fissura,
curvando-me a ela. Então eu vi o que fora colocado no caminho que a pouco,
interrompera a visão.
As paredes estavam cobertas pelo tecido que meu primo escolhera. Frente
a uma das cortinas, havia uma poltrona estampada, que outrora estivera em
nossa sala. Um tapete vermelho forrava o chão, havia um espelho grande no
qual pude ver a silhueta de Luciano ajeitando a câmera, e então, quando ele se
moveu, o vi de perfil, colocando-a em um suporte. Meus olhos fixaram-se na
bunda durinha que tinha.
Luciano. Por que observar seu corpo desnudo me deixava assim? De pau
duro? Será porque era o primo que eu mais admirava? — Meneei a cabeça.
Agora Luciano apertava um botão da câmera, ele saiu da frente e
segundos após, um clarão iluminou a sala.
Ricardo então retornou ao ambiente, ele tomava cerveja e colocou a
garrafa de lado. O vi caminhar até Luciano, conferir algo na câmera, então se
sentou na poltrona, todo a vontade. Pude ver o contraste de seu corpo
bronzeado, de seu pau caído sobre a coxa, e o estampado do tecido. Eles
estavam conversando algo, então Luciano caminhou novamente em direção à
janela, e quando seu vulto se desfez, vi o amigo reaparecer.
Meu coração acelerou e eu me espantei. O rapaz estava trajando uma
espécie de máscara, e sua cueca, era completamente aberta na parte traseira.
Ricardo riu do rapaz tentando ajustá-la, e Luciano apareceu para ajudá-lo.
Então, quando pensei que já havia visto mais do que deveria, congelei ao
observar Ricardo enrijecendo o pau numa nova punheta, e curvando-se à
frente, seu amigo pôs-se a “testar” a “reentrância” da máscara.
Céus. Eu estava entendendo o que estava acontecendo ali? Será que meus primos...
Não precisou respostas. Ouvi Luciano chamá-los para começar logo, pois
estava ficando tarde, e gesticulando com a cabeça, Ricardo fez o amigo afastar
os lábios, e ajeitou-se na poltrona.
Estimulando o pau, Luciano mexeu na câmera, e após dar um sinal de
Okay, os trabalhos começaram.
Eu não consegui me mover do lugar quando a atração começou, havia
encontrado a fissura perfeita para assistir de camarote, e com o vento a soprar
meu rosto, apoiei-me no muro e observei meus primos iniciarem relações
sexuais com o amigo. Eu continuava sem saber seu nome, ninguém
mencionou, entretanto não precisava, era claro quer eram sócios.
Piscando uma luzinha vermelha, a câmera estava filmando a safadeza, e
assim como ela, eu mantinha-me atento a tudo o que faziam.
A filmagem começou com o rapaz chupando a rola do meu primo mais
velho. Fiquei boquiaberto observando que Ricardo estava bem a vontade na
poltrona, conduzindo o rapaz na sucção enquanto fazia cara de satisfação,
rindo para Luciano.
O moreno chupava bem, engolia toda a extensão, sugava, e então cuspia,
lambendo, estimulando. Enquanto isto, Luciano estava parado à lateral se
masturbando, e quando se aproximou, o rapaz deixou o pau do Ricardo, e
passou a mamá-lo também.
A câmera continuou a filmar, e enquanto Luciano era mamado pelo amigo
mascarado, lembrei-me de certa vez que encontrei algo semelhante abaixo da
cama do Ricardo. Ele havia chegado cansado de seu “trabalho” e a largara ali.
Brigou comigo quando questionei sobre o que era, e a única coisa que
respondeu foi sobre “pertencer a uma loja onde trabalhava”.
Como nunca percebi? Como só agora pude ligar as coisas?
Ricardo levantara-se da poltrona. Agora, achando uma posição melhor,
deu o pau ao amigo que passou a chupá-los há um só tempo. Eu via a boca do
rapaz esticada, e os dois paus disputando espaço dentro dela, a língua
passeando pelas duas cabeçonas inchadas, e a lubrificação escorrendo pelo
queixo.
Sem dúvida o pau do Ricardo era o mais babão, talvez por ser o mais
velho, entretanto, o pau do Luciano era o que mais me atraia.
O moreno se afastou, e tirando os dois paus da boca, sorriu tomando um
gole de cerveja e voltou a buscar Ricardo. Desta vez, porém, seguindo
orientações, foi Luciano quem o deu de mamar, enquanto Ricardo ajoelhara-se
a abrir sua bunda, passando a linguá-la.
O vento estava frio, senti algumas gotinhas de chuva caindo em meus
braços, entretanto, mesmo me molhando eu precisava ficar ali, ver o fim. Eu
precisava observar Luciano respirando ofegante enquanto era chupado,
precisava observar o sorriso safado no rosto de Ricardo, e então, o amigo cada
vez mais empinado, sentindo Ricardo massagear seu orifício. Afastei-me um
momento para recuperar o fôlego, estava completamente suado.
Céus. O que eu estava fazendo? O que eles estavam fazendo?
Devia passar das duas da madrugada, o vento zumbia no lote, fazendo
meu estômago revirar. Eu já havia visto alguns filmes pornôs esquecidos por
Ricardo no aparelho de DVD, mas daí imaginar que meus primos eram atores,
céus.
Trêmulo, voltei à fissura. Agora o colega estava de joelhos na poltrona,
ajeitando-se, e vindo por trás, foi Ricardo quem o penetrou. Ricardo que me
parecera sempre o primo mais correto, o mais responsável. Logo ele, o primo
que impunha respeito, que falava dar um duro danado para sustentar a casa.
Eu nunca, em meus pensamentos mais sombrios, imaginaria que “dar o duro”
era gravar filmes pornôs, dando suas estocadas firmes na bunda do colega.
Quando Ricardo fez uma pausa, tirando o pau molhado de dentro do
rapaz, foi a vez de Luciano pegá-lo. Obsevei meu primo depiladinho arregaçar
as pernas do colega passivo, e abrindo sua divisão, dá-lhe prazer com a vara
cabeçuda, enfiando com força, o dedo na boca do rapaz.
Meu canal piscava, eu não queria que estivesse assim, mas vendo Luciano
foder o rapaz, não resisti e tirei meu pau para fora, acompanhando a cena,
jorrando em minha mão. Sentindo a goza escorrer pelos dedos, permaneci
com o olho na fissura um momento mais, atento ao desenrolar.
Agora meu primo mais velho deslizava a mão pelas costas de Luciano, até
sua bunda, dando um tapinha firme, e quando Luciano tirou o membro de
dentro do colega, eles se livraram das camisinhas e aproximaram-se,
preparando-o para o aguardado banho de porra.
Vi Luciano acolher as bolas para acelerar no pau. Vi Ricardo massagear os
mamilos e esquentar seu vai e vem. Então, quando os dois passaram a gemer
como dois ursos, e o terceiro colocou a língua para fora, os jatos cruzaram no
ar de encontro ao rosto dele, que foi sendo molhado pela porra branquinha,
que acertava suas bochechas, deixando-o todo lambuzado.
Eu arfei na escuridão, meus primos terminavam de ejacular, e batendo as
picas moles na cara do colega, engoliram em seco, sorrindo um para o outro.

Eu estava atônito. Em uma noite muitas mentiras foram derrubadas,


muitas histórias desconstruídas, e muitas estranhezas fizeram sentido. Agora
eu entendia porque não recebíamos visitas de outros parentes, porque nossa
casa era afastada das demais, porque a maldita casa no lote dos fundos era
proibida.
Agora eu entendia de onde vinha o dinheiro que bancava nossa
sobrevivência, e por um momento não soube como reagir a tudo.
Voltei para casa, deitei-me e tentei dormir. O sono não veio. Ouvi o som
do portão que dividia os lotes ser aberto e fechado (o colega que participava
das gravações devia estar indo embora). Estavam sussurrando, e após
atravessarem o quintal, as vozes cessaram. Ouvi a porta da sala abrir, e então
meus primos entrarem, conversando baixinho.
Passava das três da madrugada. Ricardo foi tomar banho enquanto
Luciano veio ao meu quarto certificar-se de que estava tudo bem. Ele parou
um momento observando-me, pude sentir aquele cheiro de homem suado,
todavia não me mexi.
Deste dia em diante passei a ficar completamente atento a qualquer ruído
suspeito. Eu queria a todo custo descobrir até onde aquilo ia, estava passando
da hora deles me contarem, de Ricardo e Luciano revelarem qual era o
verdadeiro Negócio de família.
A P Wilson
Mais que amigos
Desde que se mudou para o condomínio, uma relação mais que especial se
desenvolveu entre eu e um dos meus colegas de porta. Iago na época tinha
seus dezenove anos, e mesmo que a princípio tenhamos nos estranhado, isso
não nos impediu de virarmos bons amigos. Passamos a ser bastante unidos
para tudo, praticávamos futebol juntos, curtíamos videogames aos fins de
semana, e se tinha algum role onde queríamos ir a sós, convencíamos nossas
namoradas de que eram encontros só para caras. Por isso, pela parceria, nossa
amizade foi tomando contorno cada vez mais íntimo, ultrapassando as
barreiras do “simplesmente amigos” para ir mais além, o que aconteceu em
uma noite de bebedeira. Eu e Iago éramos mais que amigos, eu e Iago éramos
“parceiros”. O que era dele era meu, o que era meu era dele, e foi assim que
tudo se desenrolou desde o primeiro encontro no elevador.

Naquela tarde, de forma descarada, parei frente à porta de seu dormitório


e conferi o corredor para certificar-me de que realmente estávamos sozinhos.
Os demais permaneceram na piscina, e atento aos zunidos no corredor, entrei
fechando a porta e caminhei até onde estava.
— Bruno? — Iago se virou surpreso assim que me projetei ao acesso do
banheiro. Parado a observá-lo sob a ducha, deixei meus olhos passearem por
seu corpo nu, então esbocei um sorriso, que ele imediatamente retribuiu. — O
que faz aqui? Os demais já estão subindo?
Controlei meu sorriso, e fixei seu olhar. Ele ensaboava o peitoral.
— Eu... estou apertado e o banheiro do meu quarto está com defeito —
Busquei por minha voz, conferindo outra vez a porta recostada. Ele retrucou:
— Apertado? — sorriu, deslizando o sabonete pelo peitoral — E, para
fazer o quê? O 1 ou o 2?
— O 1, é claro — zombei, observando a espuma escorrer por suas
ondulações.
— Ora. Então entre logo — ele disse zombeteiro, dando de costas a
molhar-se no jato de água.
Eu respirei fundo, olhando para a chamativa curva de sua bunda e me
aproximei. Entrei no banheiro, parei frente ao sanitário, e abaixando minha
sunga, coloquei o membro para fora a fim de aliviar. Às costas pressenti
quando Iago virou a cabeça, observou minha bunda desnuda, e sorrindo
enxaguou o rosto, seguindo para uma zombaria:
— E essa bundinha aí?
Me virei para ele com um sorriso desdenhoso, Iago adorava fazer
menções a ela. Ao menos quando estávamos a sós.
— Nossa, para de me zicar seu viadinho.
Ele meneou a cabeça, assuando o nariz.
— Se quer que pare de te zicar, então pare de andar por aí assim. Por que
não veste uma bermuda?
— Vestir uma bermuda? — retruquei olhando para a porta, guardando o
membro. — O dia está quente e estamos em um camping. Não vou andar por
aí vestido só porque você é um tarado.
Dei de costas fazendo-lhe um sinal com o dedo do meio, mas antes de
deixar o recinto, ouvi sua voz ecoando outra vez. Eu esperava por aquilo.
— Ei, espere um minuto.
Parei com um sorriso incontido, me virando novamente. Sabia que ele não
me deixaria sair assim, não depois dos olhares que trocamos toda a manhã.
— Que foi? Eu preciso descer. Estão todos me esperando.
— Estão é? — ele deu um passo para fora do chuveiro e eu apreciei a
beleza de seu corpo nu se aproximando. Vendo a água escorrer por suas
curvas, observei a mão tocando meu membro, e ainda olhando para meus
olhos, ele retrucou: — Vem cá. Alivia pra mim. Passei o dia inteiro duro.
Sorri sentindo meu coração acelerado. Eu estava querendo aquilo, fazia
dias que não nos tocávamos. Eu estava desejoso pelo corpo dele.
— Só se você gozar na minha boca, como da última vez (Eu o havia
aliviado no carro, quando fomos ao supermercado comprar cervejas).
Então, sorridente, meu brother olhou para alem de mim, para a quietude
do quarto, murmurando em seguida.
— Tira sua sunga de uma vez e entra aqui.
Tirei minha sunga e entrei na ducha, observando-o fechar a porta do
banheiro. Eu estava apenas com a sunga vermelha, então, quando descartei-a
no tapete junto às peças dele, apenas senti a água beijando minha bunda.
Observei com tesão a imponência do corpo atlético diante de mim, aquele
peitoral largo e bem dividido, as veias salientes em seu pescoço. O pau dele
estava endurecendo, era moreno claro e apontava para o alto. Quando o tomei
nas mãos, senti a inclinação e a temperatura, deslizei a cobertura, fiz o cabeção
rosado saltar molhado, então comecei a movimentar, exatamente como ele
gostava, vagarosamente.
— Realmente está bem duro — eu retruquei, desviando os olhos um
momento para sua face. Iago apreciava minha mão amiga, e seu sorriso cretino
misturava-se ao meu.
Ele olhou para minha bunda, e brincou apertando os mamilos. Retribuí
com um sorriso sacana, olhando novamente para o pau dele. Então questionei:
— Vocês fizeram esta madrugada?
Ele trouxe a mão para ajeitar meus cabelos, deixando-me endurecê-lo
apenas no vai e vem da minha mão. Fiquei ali, indo e vindo em seu bastão,
movendo a ereção, vendo-a enrijecida abaixo da água.
— Sim. Por quê? Você ouviu algo?
— Eu... bem, sim. Os quartos são muito próximos.
Ele sorriu umedecendo os lábios, seu pau latejava.
— Eu já desconfiava. Estávamos bebendo.
— Bebendo? — zombei, abaixando meus olhos para apreciar a silhueta
outra vez — Podia ter dado um jeito de ir ao meu quarto, eu estava sozinho.
Senti-me constrangido com o que falei, então ele rompeu o hiato,
voltando a olhar em meus olhos esverdeados. Iago engolia em seco.
— Bruno. Não tem como eu ir ao seu quarto toda noite, alguém pode
desconfiar de nós dois. — murmurou, eu ficando sem graça. Aquele era um
passeio entre amigos.
— Então devíamos dar o fora por um tempo. Vamos pegar uns cavalos
e...
Ele sorriu tocando meus lábios, e eu calei, movendo seu membro,
ouvindo-o gemer e mordiscar a boca.
— Não dá — ele retrucou sem ar, sentindo a sensibilidade da punheta —
Não aqui. Não com ela aqui.
Franzi o cenho.
— Então goza logo. Tenho que descer — franzi o cenho irritado,
tentando disfarçar meu ciúme ao apertar seu pau. Foi quando ofegante, Iago
engoliu em seco parando minha mão. Eu quase o machucara.
— Vai com calma Bruno — senti seu membro escapar todo molhado,
então me ergui lavando os dedos — O que há com você? — Ofegou olhando
para a porta, então fez uma pausa — Isso tudo é vontade de levar no cu?
— Você sabe sim — eu protestei e em seguida fiquei sem graça,
disfarçando o mau jeito, minhas mãos trêmulas na expectativa. Foi quando ele
chegou para mais perto.
— Aqui não dá — tocou meus lábios, fazendo-me engolir em seco —
Mas se quiser, posso foder sua boca. — sussurrou olhando para a porta.
Eu não sabia o que dizer, a proximidade dele me afetava. Acariciando meu
pescoço, senti suas mãos grandes envolvendo meu membro. Eu estava duro, e
o toque dele me fazia latejar. Eu gaguejei.
— Tudo bem, vamos lá.

Saí enrolado em uma toalha e ele veio atrás. Sentei-me na cama e fiquei
esperando. Nossos amigos não subiriam ali agora, ainda era quatro horas da
tarde, e todos estavam na piscina.
Quando olhei novamente para Iago, o vi desfazendo o laço da toalha, ela
deslizou por suas pernas fortes. Agora seu membro estava livre novamente,
duro, e as gotinhas de água escorriam por sua pele bronzeada, cintilando a
tarde ensolarada quando passou frente à janela que dava para o campo.
Puxando as cortinas, conferiu o movimento lá embaixo e voltou para onde eu
estava. Sorri com ele fazendo-me deitar.
— Bruno — disse jogando minha toalha no chão, puxando alguns
travesseiros — Você sabe que o que temos é brotheragem, não sabe?
— É claro que sim — engoli em seco, seu corpo projetando-se sobre o
meu. Eu sentia raiva de mim mesmo por não dizer de uma vez que estava
ficando a fim dele de verdade.
— Perfeito — apontou para a cabeceira.
Quando Iago subiu para sobre mim, pondo-se à altura do meu queixo,
acariciei suas pernas grossas e aproximei os lábios. Sentindo a cabeça de sua
ereção deslizando por eles, eu abri a boca e deixei que a conduzisse para
dentro dela, encaixando até a profundidade que eu conseguia acolher.
Estava morno e docinho, o meladinho saía da ponta, e quando desceu um
pouco do peso sobre o meu nariz, senti seus pentelhos roçando minha pele.
Bombando devagar, ele começou a dar-me de mamar. Eu fiquei sugando
o cabeção inchado enquanto ele acariciava meus cabelos, olhando fixamente
em meus olhos. Eu tentava engolir o máximo que conseguia e a água em seu
corpo escorria para o meu, secando aos poucos no lençol. Eu o acariciava.
— Isso, mama, mama.
Já estava muito maior que quando eu entrei no banheiro, minha mão mal
fechava reposicionando seu membro e ele perguntou se eu também pensava
nele quando transava com minha ex-namorada. Eu respondi que sim, e
sorrindo, ele disse pra que eu continuasse mamando, que logo iria sentir seu
prazer, do jeito que eu gostava. Só que desta vez, não queria que eu deixasse
cair no chão.
— Então, você vai querer que eu beba? — zombei com um sorriso,
tirando-o da boca para dar uma masturbada contra meu rosto.
— Vai dizer que não gosta? — ele desdenhou deslizando-o na minha cara,
enfiando-o novamente em meus lábios. O suguei com pressão.
Continuamos a chupeta, eu observando a beleza de seus olhos, e ele
calado, olhando-me com aquele ar de safado. Foi então que teve uma ideia.
— Espera um minuto. Tem uma coisa que podemos fazer.
Então senti meu brother afastar o membro e ofeguei na falta de seu sabor;
Quando se levantou da cama, observei seu pau balançando pelo quarto e me
ajeitei. Ele foi até a mochila, remexeu algumas roupas, bolsos, e então voltou
com algo em mãos. Fiquei curioso com ele a subir novamente para junto de
mim.
— O que é isso?
— Não reconhece — ele umedeceu os lábios, rasgando o serrilhado com
a ponta dos dentes — Ana me deu noite passada. É um chocolate (Ana é sua
namorada).
Fiquei surpreso com aquilo, e sorridente, o vi espremer o pacotinho e o
achocolatado derretido vazar. Então meu brother conduziu o pacotinho ao
membro, pressionou e passou a lambuzá-lo com o chocolate, principalmente a
cabeça, que era bem grande e rosada. O contraste dela com a cor amarronzada
do doce deixou seu membro parecendo uma trufa recheada, e me ajeitando
com um sorriso, o senti tocar meus lábios melando-os, e em seguida,
introduzir seu pinto novamente. Me engasguei com o sabor, e deslizei a língua
pela cabeça inchada. Ele gemeu.
— Ei, vai com calma Bruno — Disse entre dentes e eu sorri. Seu corpo
projetando-se belamente sobre o meu, fazendo-me puxá-lo pela bunda,
ajeitando-me no travesseiro. Ele latejou. — Assim vou gozar rápido.
— Ao menos assim não corremos riscos. — balbuciei com seu pau em
minha boca, com dificuldade, devido à circunferência ocupando meus lábios.
Tentei tirar um momento, para respirar, mas ele não deixou, eu sentia o
volume roçando minha língua.
— Não. Continua. Está quase vindo.
Ele ajeitou as pernas e passou a mover o quadril quando sentiu minha
língua volteando a cabeça circular, e eu sentia a extensão gostosa indo e vindo
entre meus lábios, deslizando em minha língua em estocadas leves. Ele movia
ofegante, e eu observava seu tórax encaixar e desencaixar enquanto acariciava
suas curvas. Iago era lindo, nunca me imaginei apaixonado por um cara.
Tomando minhas mãos, ele a deslizava por sua pele, sentindo minhas
carícias, então ofeguei.
“Iago”.
Tentei falar, seu pau inundando minha boca com o pré-gozo.
“Iago”
— Não. Não fala nada. Fica mamando. Está vindo.
Obedeci diante de seu tremor, relaxando o corpo. Ele forçou um pouco
mais contra meu rosto, e seus ovos roçaram meu queixo. Senti suas coxas
tocando minhas bochechas, seus pentelhos aparados em meu nariz. O jeito
como movia me deixava engasgado. Ele continuava metendo sua piroca na
minha boca, e eu massageava sua bunda com força. Minha saliva escorria pelo
queixo.
Ele estava respirando ofegante, segurando minha cabeça contra a virilha, e
quando revirou os olhos tentei empurrá-lo para dar espaço, mas não pude,
apenas senti o jato quente, e num segundo ele encheu minha boca de porra.
Foi gosmento, intenso e molhado. Eu não pude me mover, fiquei parado
sentindo-o jorrar, deixando-o gemer, sentindo a boca encher de gozo morno
misturado com minha saliva. Iago continuava com seu corpo projetado sobre
o meu, o membro latejava expelindo o sêmen, e eu o apertei pelos quadris,
sugando tudo. Deixei que jorrasse até a última gotinha, e quando finalmente se
afastou, sorriu ao ver sua porra vazar sujando minha bochecha.
Ele retrucou:
— E aí? Gostou? — sentou-se de lado puxando a toalha para limpar o
pau; e eu, com a boca ainda cheia porra, tentei dizer algo, mas quando cedi os
lábios, ela escorreu — Não. Não fala — ele zombou calando-me, impedindo-
me de sujar tudo — Vai. Corre no banheiro e cospe no vaso. Depois volta
aqui.
Eu o obedeci. Desci da cama, e rapidamente fui ao banheiro, cuspindo
tudo no vaso. Minha boca ficou com seu sabor, seu leite era gostoso, e quando
voltei tentando me limpar, ele se aproximou, e nossos olhos conversaram. Eu
vi seu membro mole balançando entre as pernas enquanto o meu ainda estava
duro, e com um gesto positivo de cabeça, ele foi conduzindo-nos à parede; Ali,
conferindo a quietude do campo para além da janela, assustei-me com ele
grudando nossos lábios.
Foi um beijo delicioso, com gosto de goza. Ficou beijando minha boca e
buscou por meu pau. Enquanto me masturbava, eu sentia o prazer de sua
língua, e num gemido, tomei sua mão e o ajudei. Extasiado, ofeguei tremulo e
não demorei lançar meu jato contra a mão dele, Iago abaixou os olhos e sorriu
observando a sujeira. Eu sorri.
— Precisamos de outro banho.

Minutos após vestíamos nossas roupas. Fiquei fixando-o, ele ficava muito
bem naquelas roupas frouxas. Foi quando retruquei:
— Iago — olhei para ele abotoar a bermuda, enquanto eu secava meus
cabelos — Vamos dar um jeito de ficarmos só nos dois esta noite?
Iago me encarou e esboçou um sorriso, então, passando por mim a pegar
seu relógio de pulso, deu-me um beliscão e foi passar desodorante. Ele parecia
gostar de ver-me ali, nu, implorando para dar para ele, ardendo sob o sol que
entrava pela janela.
— Já disse que aqui não dá — retrucou — Seja compreensível. Alguém
pode nos pegar.
— Mas Iago...
— Olha — ele então me interrompeu, entrando no banheiro para pegar
as roupas molhadas. — Se tudo der certo, na volta você dorme na minha casa
— entregou-me a minha sunga, e eu pus-me a vesti-la — Prometo que lá a
gente dorme junto. Aqui não dá. Okay?
Eu ofeguei olhando para seu rosto, ele penteando os cabelos. Então,
dando de costas, indicou a porta.
— Mas agora vamos Bruno. As garotas já devem estar perguntando por
que estamos demorando tanto.

Dias depois eu dormi em seus braços, na sala do apartamento dos seus


pais. Estávamos sozinhos, deitados no sofá, era tarde da noite, e quando
acordei, ele estava encostadinho em mim, tanto que senti seu cacete
endurecendo.
Eu havia acordado, mas não me mexi, ele passava a mão na minha perna,
subia e descia, até que subindo um pouco mais, senti quando a enfiou dentro
do meu short, começando a acariciar meu pau.
Logo sua mão estava me endurecendo, ele já estava duro, e quando dei por
mim, colocava o meu para fora. Foi quando me mexi.
— Iago?
— Então você está acordado?
Ele sorriu, fingindo não ter percebido. Eu retruquei.
— Sim. O que está fazendo?
Ele procurou meu ouvido, e puxando-me contra seu membro duro
retrucou:
— Vamos subir. Hoje temos a casa só para nós dois.
Esbocei um sorriso e despertei por completo, observando os controles do
videogame no chão.
— Sim. Vamos.
Ele tomou minha mão e eu imediatamente o segui.
Ajeitando minha bermuda, observava aquele homem lindo subir à minha
frente usando só um shortinho fino, meu pau a endurecer.
Chegando lá, ele colocou-me para dentro e então entrou trancando a
porta. O vi terminar de tirar a bermuda e seus lábios tocaram meu ouvido:
— Hoje você tira seu atraso? Okay?
Eu concordei, e tirando minha cueca, o vi posicionar-se de quatro na
cama, abrindo a divisão. Meu coração acelerou, eu senti tanta falta daquilo.
Então, aproximando a cabeça do membro de sua entradinha, toquei-o e ele
gemeu, deixando-me penetrar.
Estava gostoso, e lá fora os grilos cantavam. O abajur estava ligado, e a
claridade iluminava o quarto. Foi quando dando-me um tubo de lubrificante, o
preparei melhor, e sussurrando ao seu ouvido, passei a enfiar mais gostoso.
— Ai, vai com calma.
— Tudo bem — murmurei apreciando aquela maciez deliciosa.
Então alcancei seu interior, minha virilha roçando sua bunda durinha.
— É isso. Agora fode. — respondeu mordendo os lábios.
Mordisquei os meus, era gostoso sentir meu pau engolido pelo orifício do
meu brother, e então, quando ele começou a ofegar, movi-me mais forte
tapando sua boca, até sentir o jato esporrar no buraco escuro e molhado. Foi
delicioso, e eu sorri.
Então caímos lado a lado, seu pau ainda duro. E como sempre fazíamos,
pus-me a aliviá-lo com minha mão, até que gozou. Então ficamos juntos,
trocando carícias e conversando sobre jogos de futebol, até adormecermos.
A P Wilson
Flagrei meu primo batendo punheta
PARTE UM

Eu coloquei a cabeça no corredor e fiquei quieto observando o


movimento. Meus tios estavam de saída e a casa ficaria livre, somente para nós
dois, todavia, John pensaria que eu estivesse dormindo, e quando passasse
frente ao meu quarto e visse a porta trancada, nada estranharia. Aquele era o
plano perfeito, não tinha como dar errado. Já há alguns dias eu observava seus
passos, ocultava-me atrás da porta e esperava ele passar, e após conferir a
quietude, eu ia até a porta de seu quarto e o espionava pelo buraco da
fechadura, porém, o máximo que conseguia visualizar eram seus movimentos
de costas, sentado frente ao computador, até ele ofegar jogando a cabeça para
trás e então se limpar.
Como minha fixação por ver meu primo se masturbando começou? Bem,
acredito que fora na piscina de casa. Certa tarde eu desci para me refrescar e
ele estava lá. John passava as tardes sozinho, por isso a piscina era seu lugar
costumeiro, e naquele dia, quando cheguei mais cedo de um passeio pela
cidade, observei-o silencioso em uma espreguiçadeira sob o sol, os olhos fitos
ao céu, e a mão dentro da sunga coladinha. Parei curioso com a cena, e fiquei
em silêncio observando-o massagear a silhueta enrijecida sob o tecido, até que
me percebendo parado a certa distância, ergueu o corpo de supetão, e
assustado, sentou-se ajeitando o elástico. A silhueta marcava o tecido.
— Matheus? — ele disse irritado, olhando para mim enquanto puxava
uma toalha — O que você está fazendo aí? — gaguejou sem jeito, cobrindo-se,
e fingindo nada ter visto, eu me aproximei.
— Vim tomar banho de piscina. A tarde está quente.
— Mas, você não estava com meus pais? — ele olhou para o casarão,
temeroso de que mais alguém tivesse chegado sem avisar — Onde estão? —
retrucou levantando-se, ajeitando a toalha ao redor da cintura. Era impossível
não perceber o volume ainda marcando, e ele tentava agir discretamente, eu
disfarçava.
— Foram resolver problemas da empresa — respondi passando por ele,
colocando minha toalha de lado, e me aproximei da piscina retirando minha
regata — Meu tio pagou um Uber para mim.
John era mais velho, uns dez anos de diferença. Nos encontrávamos
geralmente no jantar, já que pela manhã ele estava na faculdade. Aos fins de
semana, quando não saía para a casa de algum amigo, esbarrávamos no
corredor, já que nossos quartos ficavam porta com porta.
Fingindo não ligar para o que acabara de flagrar, eu apenas me posicionei
na margem molhada da piscina, e observando a cintilância da água azulada,
com cuidado molhei meu pé, então mergulhei.
As ondinhas se espalharam por todos os lados conforme meu corpo
tocava o fundo, virando-me, observei a silhueta tremula de John na superfície,
até que dando de costas, ele se retirou.
Esta foi última cena que presenciei. Dele ajeitando a toalha conforme
subia para o casarão, mas a cena anterior, de sua mão dentro da sunga, fora o
suficiente para me deixar reflexivo por dias.

Daquele momento em diante a imagem do meu primo não saiu da minha


cabeça. Eu nunca tinha visto John com “aqueles” olhos, mas a silhueta na
sunga era tão inchada, e sua mão massageando-a deixou-me completamente
curioso. Era impossível esquecer a modelagem, e toda vez que ele passeava
pelo casarão apenas de short curto, eu ficava reparando na elevação, tentando
espioná-lo algumas vezes, mas sem sucesso.
A impossibilidade fora tomando minha mente, eu sempre estava de olhos
fixos em suas bermudas recheadas quando deitado no sofá, ou na sunga
coladinha quando descansava na piscina, até que certa vez, aproveitando-me
de que entrara no banho, segui até seu quarto e pus-me a tentar desbloquear
seu celular. A senha do meu primo era difícil de descobrir, o que me deixava
frustrado. Tentei desbloquear o aparelho de todo jeito, tudo o que eu queria
era achar alguma foto íntima dele, mas nada consegui. Então, desistindo,
coloquei o aparelho no mesmo lugar e ensaiando deixar o ambiente, travei na
porta ao ouvir seus assovios. John deixava o banheiro.
Eu estava perdido. Se meu primo me visse no quarto dele, eu não saberia
como me explicar. Estava ali de visita, era no mínimo uma falta de respeito
invadir um ambiente particular.
Engolindo em seco, olhei para um lado e outro. Pensei na desculpa que
daria, e trêmulo, ouvi quando da escadaria meu tio surgiu chamando por seu
nome. Foram meus segundos de salvação.
Fitei os arredores, a escrivaninha onde estava o celular, o guarda-roupa,
porém, foi o vão silencioso abaixo da cama que chamou minha atenção. Não
pensei duas vezes, não havia para onde correr, e sem demorar, corri para lá.
Curvando-me, esgueirei para baixo como um gato, afastando algumas de suas
meias, ocultando-me no prazo exato em que meu tio parou frente a frente com
ele. John estava na porta.
— John?! — ele retrucou, observando-o entrar com as roupas sujas em
mãos. Enquanto eu conferia o ambiente, observava os tênis espalhados, em
contraste com os pés molhados de John, que se virou. — o boleto da sua
faculdade não chegou.
John fez uma pausa, penteando os cabelos com os dedos. Em seguida
retrucou:
— Ora pai, se o senhor quiser posso pegar mais tarde — disse tomando o
desodorante, em seguida ouvi o zunido do spray contra as axilas. O odor
adocicado perfumou o ar. — Eu só vou me arrumar e estou indo encontrar
alguns amigos. Posso passar pelo campus — ele cursava engenharia.
— Perfeito — meu tio retrucou olhando para a janela, como se
incomodado com os raios de sol que entravam por ela. Tornou a ele: — Você
não vem para o jantar?
— Não mesmo. Vou chegar tarde. Esta noite será a festa de um amigo,
então...
— Hum — meu tio resmungou, passando o olhar pelo ambiente
bagunçado. Por um momento temi ter sido visto e me encolhi um pouco mais.
Ele prosseguiu: — Okay. Apenas não faça barulho ao chegar. Da última vez
quase derrubou a garagem.
— A culpa não foi minha — John resmungou, caminhando até o guarda-
roupa — O portão é que estava com defeito.
— E você bêbado — meu tio o corrigiu, dando um passo para fora —
Além disto, lembre-se que amanhã seus avós estarão aqui — concluiu
observando-o outra vez, e vi John acenar e então meu tio sair recostando a
porta.
A silhueta dos sapatos sociais sumiu do meu campo de visão, e no lugar
dela, a porta fechada se projetou. Senti um nó no estômago quando vi John
trancá-la com a chave, então, voltando, fez-me ficar imóvel observando-o se
agachar ante uma gaveta.
Era uma tarde quente, o sol iluminava o quarto, e eu estava suando. Ao
redor, os tênis caros do meu primo se espalhavam jogados pelos cantos, havia
camisetas amassadas, algumas calças caídas próximo à cama. Eu observava os
pés dos móveis, as rodinhas da cadeira giratória, e então a silhueta de sua
bunda modelada na toalha branca.
Eu prendia minha respiração, temendo ser descoberto por ele. Meus olhos
estavam fixos em suas curvas, emolduradas no tecido claro. Ele remexia a
gaveta, e percebi a claridade do sol riscando suas costas largas. Ficou ali alguns
minutos, escolhendo uma e outra roupa, então se levantou.
Respirei aliviado, estava mais seguro, e da região inferior via apenas sua
sombra, pés e pernas peludas, foi quando para meu tremor, observei na
confusão de imagens o nó da toalha sendo desfeito, e o tecido deslizando para
a cerâmica. Novas figuras riscaram o chão, e entre elas aquela sombra maior
que só podia ser a de seu pênis, balançando como um pêndulo, de um lado
para o outro conforme John se movia. Era um traço invejável.
Engatinhei um pouco para frente, tentei ver a imagem real para cima dos
joelhos, mas a localização me impedia, então, apenas acompanhei meu primo
dar novamente de costas e seguir ao guarda-roupa, abrindo algumas portas. Na
ponta dos pés, John remexia a parte alta, pegara algo e trouxera para a
poltrona, então, novamente tornou à escrivaninha, tomou a cueca e passou a se
vestir.
Com o coração acelerado observei o ritual: primeiro meu primo calçou a
perna direita, em seguida vestiu a esquerda, e puxando o elástico para cima, fez
sumir as silhuetas projetada pela claridade. Eu respirei fundo, temia que ele
pudesse ouvir meus ruídos, e então o observei vestindo a bermuda.
Quando John a ergueu até os quadris, abaixou-se rente à escrivaninha e
tomou um par de tênis. O vi cheirando uma meia que estava dentro deles, e
certo de que estava limpa, caminhou até a cama onde se sentou.
Meu coração bateu acelerado quando o percebi vindo em minha direção, e
então, observando seus pés tão pertinho, tremi sob o ruído das molas. Ele
sentara-se bem acima de onde eu estava, podia ver seus calcanhares, suas mãos
manipulando as meias, e o colchão afundava roçando meu corpo, conforme
ele se movia à borda. Aquilo tudo era muito arriscado, se ele apenas abaixasse
a cabeça me descobriria, por isso encolhi-me ao máximo, ficando longe de
suas mãos, observando apenas a barra dos lençóis e o vai e vem de seus dedos
fazendo o laço nos cadarços, então John se levantou outra vez.
Pude respirar aliviado, ele se afastara. O observei vestindo a camiseta
regata, e caminhando novamente à escrivaninha, percebi o zunido de zíper.
Pela sombra projetada no chão deduzi que estivesse fechando a bermuda,
então ele guardou objetos dentro da mochila e tomou o celular. Ouvi o ruído
das chaves do carro deslizando em suas mãos, então ele saiu.

PARTE DOIS

Mas sua mão massageando dentro da sunga não me saía da cabeça, a


sombra do membro projetada no chão do quarto, o volume marcando as
bermudas. Eu só queria ver o pinto do meu primo uma vez na vida, só por
curiosidade. Queria saber como era, se era realmente grande e grosso. Queria
ver se tinha veias salientes, se era inclinado ou não, por isso, desde que
descobri que debaixo de sua cama poderia ser meu “esconderijo secreto”, não
deixei de planejar. Foi assim que a viagem dos meus tios chegou, e sem
dúvidas, eu não poderia perder uma oportunidade tão perfeita como aquela.
Era fazer naquela noite, ou não teria outra chance.

Passei o fim da tarde no meu quarto, e quando a noite caiu, pus-me a


preparar tudo. Coloquei roupas leves e em seguida, com o coração acelerado,
recostei a porta e escondi-me no escuro do corredor, atento aos movimentos
da sala. Como a noite estava quieta, pude ver a sombra de John na sala de TV.
Ele estava deitado no sofá, desatento assistindo um programa de esportes
radicais, era a hora de arriscar.
Deixei a escadaria, segui para a porta de seu quarto, e adentrei a escuridão.
Tudo estava silencioso, e apenas a claridade vinda do rádio relógio projetava-se
no ambiente. Eu caminhei cauteloso até sua cama, e quando ia curvando-me,
senti algumas de suas roupas sob minha mão. Com um nó na garganta olhei
para trás, o coração acelerado, nada se movera no corredor.
Então, certo de que meu primo continuava lá embaixo, afastei as roupas e
debrucei-me, engatinhando outra vez para aquele espaço empoeirado e
apertado.
Não era qualquer um que conseguiria se enfiar ali. O colchão roçava no
meu corpo, era o espaço exato para minha silhueta magricela, e controlando a
tensão, agora era só esperar, e esperar com paciência, já que ele demorou.
Demorou tanto que quase desisti. Não sei se eu estava ansioso demais, ou
as horas corriam vagarosamente, o fato é que quando John finalmente subiu a
escadaria, eu estava deixando o vão escuro, e sob seus passos, voltei a me
ocultar.
Então ele veio pelo corredor acendendo as luzes. Percebi que parou frente
a meu quarto por uns minutos, e após conferir que eu já havia deitado,
prosseguiu em direção ao banheiro.
Meu estômago deu um nó ao vê-lo passando direto, minha garganta
comprimiu e senti minha visão embaçada quando minutos depois retornou. A
escuridão estava lá fora, e levou alguns segundos até minhas vistas se
acostumarem à claridade quando acendeu a lâmpada. Quando isso finalmente
aconteceu, o vi retirando os tênis, e observando seus pés desnudos, senti a
noite ficar mais quente.
John agora estava ali, bem perto de mim como naquela tarde. Ele sequer
desconfiava que eu estivesse abaixo de sua cama, a espioná-lo, e por isso foi
retirando a camiseta e jogando na poltrona. Com a respiração entrecortada
fiquei a observá-lo caminhar. Seu corpo não me era completamente visível, e
pude ver seu tórax rapidamente quando passou frente ao espelho.
Ocultei-me melhor. John caminhou ao guarda-roupa, remexeu alguns
objetos, retirou outros, e jogando os cadernos de lado veio em direção ao
colchão. Temeroso, eu mantive minha boca cerrada e os olhos fixos aos seus
passos. Ele parou ali, recolheu algumas coisas jogadas, pendurou a toalha
molhada, e então voltou ao guarda-roupa.
Passado alguns segundos mexeu no celular, caminhou ao computador, e
curvando-se, fez-me ver seus dedos pressionarem o botão da CPU.
Retomando a postura, deu de costas e deixou o aposento. Engoli em seco.
O que eu estava fazendo? — de repente a consciência começou a me
incomodar, eu senti desconforto no baixo ventre — Isso era no mínimo
nojento, um primo querer ver o outro se masturbando, um primo querer
assistir o outro gozando.
Era nojento, sim. Mas por algum motivo imaginar a cena me deixava de
pau duro. Se eu quisesse desistir aquele era o momento, em que ele fora à
cozinha beber água, todavia, não o fiz, meu temor me congelara abaixo da
cama, e quando dei por mim, o ouvi voltando. John estava em uma ligação.
— O Matheus? — o ouvi retrucar — Sim, já está dormindo — falava
com meu tio. Ele certamente ligara para saber se estávamos bem, já que John
não era muito de fazer sala para visitas. — Não. Não precisa se preocupar. Ele
disse que estava de boa.
Então me encolhi o mais fundo que pude quando ele entrou. Fiquei bem
rente à parede, morrendo de medo que me descobrisse ali. O celular ainda
estava em suas mãos, meu tio dava-lhe outras instruções, e fechando a porta,
ele apagou a luz e caminhou à escrivaninha, sentando-se frente a ela todo a
vontade. Ouvi a cadeira gemer.
— Pode deixar. Eu pergunto sim. — ele mexeu no teclado, ouvi o zunido
das teclas sendo pressionadas no digitar do login — Não. Eu não esqueço.
Amanhã uns amigos vão vir para cá, e ele deve se enturmar. — relaxou.
Meu coração batia acelerado e minha boca estava seca. As coxas grossas
do meu primo estavam tão pertinho, bem diante de mim, acomodadas na
cadeira giratória. Por ter desligado as luzes, e o corredor também estar escuro
(ele conferiu toda a casa antes de vir para o quarto), senti-me mais protegido
para tentar visualizar melhor, e agora, com ele a colocar uma música em seus
fones de ouvido, pude mexer-me para vê-lo de outra posição, sentindo minhas
mãos tremerem contra o chão, enquanto ele digitava algo no Google.
Não consegui ver sua expressão, estava com os olhos fixos à tela,
escolhendo músicas de Rap. Infelizmente na posição em que estava, ficava
difícil de eu ver o que mais acessava, mas ele digitava, utilizava o mouse,
digitava outra vez, e meus olhos passeavam pelas curvas largas de suas costas,
e então pelas coxas na cadeira. Fiquei ali observando-o por longos minutos.
Ele sorria, digitava algo, e com o cair da noite, pensando que nada demais
aconteceria, desanimei. Até que finalmente o vi ajeitando-se e engoli em seco,
cruzando os dedos.
Para minha alegria agora o braço do meu primo descia um pouco, e de
forma boba, vi seus dedos deslizarem para dentro da bermuda. Vi os pés
descalços ajeitarem-se no chão, e ele continuava a clicar no mouse, a mão ainda
lá dentro, até que a retirou um minuto, apenas para afrouxar o laço da
vestimenta. Iria acontecer?
Eu me ajeitei e meus olhos mantiveram-se fixos à cena. Seus dedos
penetrando o tecido, descendo-o vagarosamente. Engoli em seco vendo sua
cueca azul surgir, ele manteve a mão dentro dela algum tempo e então o vi
abaixando-a também, até o centro das coxas, e agora, apoiando-me para
encontrar uma visão privilegiada, senti a boca umedecer.
Foi como num filme pornô. Meu primo abriu as pernas, ajeitou-se melhor
na cadeira, e vi em câmera lenta sua mão seguir para o meio das coxas, e dali
erguer a silhueta dura que se projetou ante o umbigo, paralisei.
Era grande. Estava banhado pela claridade azulada que vinha dos botões
na CPU, e no pisca-pisca das luzes, parecia saltitar.
Era grosso. Firmei meus olhos com maior atenção. A minha posição era
desconfortável, entretanto, observar com clareza sua mão deslizando pelo
membro não tinha preço, o pisca-pisca instigando-o ao momento.
Era como um brinquedo. O pau do meu primo era grande, grosso, e
mapeado por veias, como um pinto de borracha cabeçudo. Sua mão fechada
envolvia a circunferência completamente, e eu o apreciava agitando-a
vagarosamente, como se preparando uma mamadeira.
Entre um clique e outro, John tirava a mão para digitar algo no teclado, ela
saía molhada, e não demorando, ele voltava a estimular.
Eu sentia meu corpo pegando fogo, estava suado e trêmulo. E, mesmo na
má posição, coloquei minha mão dentro da cueca e ajeitei meu pau, movendo-
o contra a cerâmica, observando-o massagear o dele.
John estava usando seu relógio de prata, e conforme movia o braço para
estimular a ereção, o objeto corria pelo pulso, indo e vindo, fazendo ruídos, até
que ele fez uma pausa e o retirou.
A fim de ficar mais a vontade, ele curvou-se rapidamente retirando o
restante da bermuda, e quando se ergueu, empurrando a cueca com o pé, vi
seu pau latejando livremente.
Que delícia. Pude visualizá-lo melhor e com mais detalhes enquanto se
ajeitava. Sob a claridade da CPU, vi que era depiladinho e tinha bolas grandes.
Então, para minha surpresa, quando sua felação estava ficando cada vez mais
gostosa, ele fez uma pausa, e colocando os fones de lado, se levantou. Eu me
encolhi.
Céus. O que acontecera?
Travei, meu coração batendo a mil e meu corpo desconcertado. Vi meu
primo deixar a cadeira e vir em direção à cama, o pau balançava, e quando
parou rente ao colchão, curvando-se, me encolhi. Eu estava fodido.
Imaginando tudo o que iria acontecer agora, fechei os olhos, não sabia
como reagir, e após alguns segundos, quando nada ouvi, tive coragem de abri-
los novamente e voltar a espionar.
John estava apenas remexendo seus tênis. Os pés grandes eram marcados
pelos tendões e destacavam as unhas bem feitas. Meu primo calçava 43, parecia
ter nadadeiras e por isso zoávamos dele dizendo que tinha pés de pato.
Percebi então que ali, curvado, encontrou uma meia dentro do tênis.
Tomou-a, analisou e deu de costas, voltando à cadeira. Ufa. Foi por pouco.
Então John tornou a ficar a vontade, as pernas abertas, a bunda suada
colando no couro da cadeira, e o pisca-pisca da CPU revelando a silhueta.
Com o membro enrijecido novamente em mão acessou outro site pornô, e
não demorei a ouvir gemidos no fone de ouvido, e o vai e vem recomeçar.
John punhetava com delicadeza, sua mão tinha as medidas perfeitas para
estimular o pau avermelhado.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Ele batia fazendo pausas, era lindo de ver, e eu o observava aumentar e
diminuir a velocidade naquele cacetão. O pau do meu primo estava muito
inchado, e ao menos a cabeça estava completamente molhada.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Junto ao zunido de sua felação, o ruído da cadeira também reverberava,
fazendo crec crec, recebendo o peso de seu corpo suado. Ele continuou.
Plec... Plec... Plec... Plec...
“Delícia, que delícia” — Eu pude ouvi-lo sussurrar.
Plec... Plec... Plec... Plec...
“Delícia. Vai delícia. Chupa ele”.
Fez uma nova pausa. Olhava para a tela enquanto deslizava o polegar pela
cabeçona cintilante. Então, após alguns segundos, diante da cena que mudava,
voltara a acolher o membro, acelerando, espalhando a cobertura farta em seu
vai e vem, deslizando o polegar pelo cabeção.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Eu estava fascinado com o tesão do meu primo. O movimento de
punheta fazia seu tórax trincar, e trêmulo, eu apenas tentava manter a posição
para não perder o ápice, pressionando meu membro contra a cerâmica,
observando seus bíceps torneados.
John continuava.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Era lindo. O pau do meu primo era lindo. Fiquei ali imaginando quantas
garotas já não haviam trepado naquela formosura, imaginando a possibilidade
de um dia batermos uma juntos, ou eu pegar na dele por alguns instantes.
Céus. Tudo o que eu mais queria era poder filmar aquele momento, só
para assistir depois. Sabia que era muito perigoso o que eu estava fazendo ali,
escondido, mas ainda assim precisava ir até o final. E para minha alegria, seja lá
o que John acessava, o estava deixando cada vez mais animado.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Oh.
Sua mão apertava o pau com mais força. O vi ofegar e a mão livre
procurar os mamilos.
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Plec... Plec... Plec... Plec...
Ele massageava a pontinha com os dedos, ofegava, acelerava, e então,
quando meus olhos enchiam-se com aquela cena picante, vi o jato esguichar
no ar. Santo Deus.
Uma, duas, três contrações e sua barriga já estava completamente molhada
de porra. A claridade da CPU mostrava os vultos do jorro riscando o ar, e era
tanta goza, que batia em seu peitoral e escorria para a virilha, mas ele, tomando
a meia que pegara no tênis, passou a apará-la, não deixando que molhasse mais
que a pele desnuda.
Oh.
John forçou a musculatura novamente, apertou o pau, e vi outro jato sair,
mais curto, escorrendo por seus dedos. Foi incrível vê-lo limpando-os na
barriga.
Fiquei ali trêmulo, observando meu primo gozar, e então, quando
terminou, sabia que o momento de eu deixar seu quarto era chegado. Me
preparei.
Bem, essa foi a primeira vez que vi John se masturbar pra valer. As meias
que usava para se secar geralmente ficavam completamente molhadas de porra,
e suas saidinhas para lavar a mão eram minhas deixas para dar o fora.
A P Wilson
Meu primo safadinho
Meu nome é Alan, sou universitário aqui em São Paulo e por causa dos
custos com a faculdade vim morar no apartamento do meu tio John. Tio John
é divorciado, até minha chegada morava sozinho, e sua rotina em nada mudou
com minha presença, já que trabalhando como administrador de um hospital
na cidade vizinha, vem para casa somente aos fins de semana. Este relato
aconteceu quando eu tive que ficar como “babá” dos meus primos por alguns
dias, para que minha tia (sua ex-esposa) viajasse para um evento fora da cidade.
Mas bem, vamos por partes.
Numa semana em que eu curtia um dos recessos da faculdade, tio John
ligou-me do hospital avisando que minha tia telefonara mais cedo pedindo
para que meus primos: Christopher (o mais velho) e Junior (O caçula)
passassem alguns dias aqui conosco. Os garotos moravam num bairro vizinho
ao nosso, porém minha tia precisaria viajar para resolver alguns problemas e
não queria deixá-los sozinhos (principalmente o menor). Eu não me
importaria de receber meus primos no apê se meu tio estivesse presente, como
comumente acontecia, mas ainda que com sua ausência, também não poderia
negar-lhe o favor, já que eu estava ali como “inquilino” e não podia me
esquecer disto. Assim sendo, sob recomendações recebidas, tive apenas que
esperar o Uber chegar e logo eles estavam ali.
Recebi-os na portaria, Junior com sua energia de sempre, e Christopher
bastante comunicativo. Ele havia mudado bastante desde a última vez que nos
esbarramos, e o que antes era o patinho feio da família, agora se tornara um
cara descolado e bastante interessante. O menor, do contrário, permanecia
igual, fazia muita bagunça e me deixava de cabeça quente. Christopher até
tentava controlá-lo, mas era em vão. O único momento em que o pestinha
dava trégua era quando eu o deixava jogar videogame na sala, tempo no qual
eu e meu primo aproveitávamos para conversar.
Quando a sós em meu quarto, Christopher contava-me sobre os
acontecimentos acadêmicos e seus planos para o futuro. Ele estava na
faculdade e agora se dedicava a procurar de um emprego. Falava de forma
animada e eu me perdia por vários minutos observando seu sorriso,
perguntando-me como mudara tanto e só agora eu reparara. Quando me
mudei para São Paulo, Christopher era apenas um adolescente mal humorado
e bastante irritante. Parecia não gostar de mim, fazia pirraças. Se eu ia à sua
casa buscá-los sob ordens do meu tio, sumia com as chaves do meu carro
apenas para não partimos, arrumava desculpas para implicar com minha
presença, sempre botando defeito em meu sotaque, fazendo piadas com minha
aparência (à época eu era bem magricela). Mas agora, sentados frente a frente
depois de algum tempo sem nos vermos, eu mantinha-me apenas em silêncio,
sorrindo vez por outra do que ele falava, refletindo sobre seu amadurecimento,
sobre a forma como ele me observava.
A semana foi passando, e finalmente o sábado chegou. O dia estava
abafado, e como nesta época o tempo fica muito seco aqui em São Paulo, tive
uma ideia: e se fossemos passar o dia em um clube da região?
Peguei o telefone e liguei para meu tio querendo saber sua opinião. Ele
adorou a ideia, principalmente porque acontecera algo no hospital e ele só viria
para casa no dia seguinte. Com a devida permissão, tomei o telefone e liguei
para alguns amigos que adoravam farra, e antes do meio-dia, tudo ficara
combinado.
Lá no clube correu tudo bem, o lugar era perfeito. Os dois estavam o
tempo todo comigo na água, e eu precisava me policiar, já que ao redor havia
mulheres bastante chamativas desfilando em seus biquínis minúsculos e
apertados. Eu permanecia o tempo todo com a galera, procurando controlar o
olhar, embora às vezes fosse difícil, e foi em uma destas “escapadinhas” que
tudo começou.
Estávamos todos envolvidos em um jogo que consistia em pegar a bola e
lançar no gol do campo adversário. Christopher participava, e Junior brincava
na piscina ao lado. Eu e ele pertencíamos a times opostos, e vez por outra
precisávamos nos esbarrar a fim de roubar a bola um do outro, ele sempre
sorridente, lutando comigo bastante animado. O rapaz era bom no mergulho,
ele sempre conseguia escorregar das minhas mãos e levar a bola até o gol, o
que conferia pontos ao seu time. Eu, irritado, ficava a desafiá-lo, e isto parecia
incentivar meu primo a cada vez mais tentar tirar a bola de mim, até que
comecei a perceber um padrão: ele sempre esperava a bola vir para o meu lado
para se movimentar, dando um jeito de driblar os demais apenas para travar
sua lutinha comigo. No início achei aquilo normal, era o jogo, estava divertido,
mas com o passar das rodadas fui percebendo que ele estava cada vez mais
dedicado a esta missão, como se o objetivo já não fosse o roubar a bola, e sim,
nosso contato físico.
Olhei ao redor, todos sorriam e o menor brincava com o filho de um dos
colegas perto das espreguiçadeiras, então olhei de volta para Christopher e
reparei que agora ele estava parado de costas ao centro da piscina, ajeitando
sua sunga listrada. Fitando-o por um momento contra o sol, o observei
melhor. Meu olhar de repente passou a deslizar pelas curvas de seu corpo com
maior atenção, percebendo um sinal próximo ao pescoço, percebendo como
ajeitava o elástico da sunga com cuidado. Ela tinha uma bunda empinada e
redondinha, sua cintura era curvilínea, e virando-se, fiquei constrangido
quando fitou-me esboçando seu sorriso. Sentindo-me paralisado com a cena,
eu meneei a cabeça afastando os pensamentos, acenei para ele, e ajeitando-me,
ouvi o pessoal se organizar para uma nova partida.
Todos em seus lugares. O time dele jogou a bola, alguns caras tocaram-na
entre si, alguém do meu time roubo-a e por fim, após um passe, o objeto rolou
para minha mão. Eu ergui a cabeça quando a recebi, e quando fitei a posição à
minha frente lá vinha o rapaz, nadando apressado para me confrontar. Engoli
em seco preparando-me para desviar dele e de outro jogador que vinha da
lateral, mas Christopher chegou primeiro, empurrando-me para um lado e
pegando a bola. Sorri com sua audácia, imediatamente mergulhando. Sentindo
meu coração acelerado nadei para junto dele puxando-o pelo pé antes que
atingisse o gol. Roubei a bola, fiz alguns dribles sentindo suas mãos buscarem
por minhas costas, tentando me imobilizar. Eu sorria, nossos peitorais
roçavam e meu coração batia acelerado tentando livrar-me de suas pegadas. Eu
erguia a bola para o alto, e sentia Christopher pular tentando alcançá-la.
Enquanto fazia isso, suas coxas roçavam minha sunga, eu sentia suas mãos
deslizarem por meu peitoral, seu peso desestabilizando-me, e dando um passo
em falso, acabei por tropeçar, afundando junto a ele.
Sorridente e zombeteiro, Christopher emergiu na água secando o rosto e
observou a bola rolar para próximo do gol. Eu o encarei removendo a água do
meu, e esboçando um sorriso, fiz menção de escapar para pegá-la, mas alguém
a capturou primeiro. Então, não sei o que deu nele, mas num impulso meu
primo lançou-se em minha direção, e com euforia zombeteira percebi quando
começamos a travar uma nova luta, nos afastando aos poucos dos demais.
O jogo prosseguia, e mesmo sem a posse da bola permanecemos a nos
divertir sozinhos à lateral da piscina, eu tentando a todo custo imobilizá-lo
contra as cerâmicas e ele empurrando-me, tentando se desvencilhar com
sorrisos, sentindo a pressão do meu peitoral. Água respingava por todo lado,
meu peitoral roçava suas costas e os colegas já estavam em uma nova partida.
Eu e o rapaz, porém, continuávamos em nossa guerra, até que respirando
fundo percebi que ninguém prestava atenção em nós dois. Foi um milésimo de
segundos até tudo acontecer, e quando dei por mim, Christopher dava um
passo em falso para trás, e eu roçava minha elevação à bunda dele. Com o
coração acelerado, eu olhei para frente observando Junior brincando com os
demais garotos, e umedecendo os lábios, olhei ao redor, notando que
estávamos numa área isolada. Então, sem pensar duas vezes, aproximei-me um
pouco mais imprensando meu primo contra a borda da piscina, e sob meu
volume, Christopher correspondeu dando uma leve empinada, sentindo a
silhueta encaixar-se perfeitamente à sua divisão. Fiquei um momento assim,
roçando, então me afastei.
— Christopher — engoli em seco, fitando sua feição sacana ao virar-se
para mim. Uma expressão ladina na face — Christopher, eu... — não sabia o
que falar, ele me encarava interessado, e eu me senti completamente perdido.
Aquilo era tão errado, e ao mesmo tempo tão... excitante. — Cris... você...
poderia ficar de olho no Junior enquanto vou ao banheiro?

Minha mente estava confusa. Christopher, o meu primo estava mexendo


com minha cabeça? Christopher, aquele primo irritante estava despertando
minha libido? Eu estivera com ele todos estes dias, observara seu
amadurecimento, constatara sua mudança de personalidade, mas, somente
agora caía na real de que aquele cara crescera.
Eu estava afastado dele, observando-o de longe, completamente confuso.
Trazendo uma latinha de cerveja aos lábios, mantinha-me silencioso em uma
cadeira do bar, buscando colocar os pensamentos no lugar, compreender o
que acabara de acontecer. O sorriso do meu primo me deixava confuso, a
recordação dele retribuindo quando o encoxei, a sensação do meu corpo
imprensando o dele contra as cerâmicas.
Enquanto tentava me recompor, um dos meus colegas se aproximou
sentando-se a me fazer companhia. Conversar com ele ajudara a fazer o tempo
passar, mas vez por outra, meu olhar se fixava novamente na água. Em
Christopher agora a tomar sol, nele parecendo me encarar discretamente,
enquanto eu fingia estar desatento.
***
A tarde se foi, e partimos de volta à cidade. Christopher viajou ao meu
lado, sentado no banco do passageiro e o irmão adormecera no banco traseiro.
Por mais que eu tentasse me concentrar na música que tocava, durante todo o
trajeto recordava nosso contato e sua reação. Meu coração batia acelerado, eu
estava com a boca seca e o movimento do carro me excitava. Precisava respirar
fundo para me controlar, ficar relaxado para que ele não percebesse a ereção
na bermuda, até que chegando ao prédio, coloquei-os para subir à frente, e
sozinho no veículo, aproveitei da falta de iluminação da garagem para me
aliviar.

A noite então passou e o domingo chegou. Como costumeiro, acordei


cedo, tomei banho e fui até a padaria comprar o lanche. Enquanto eu colocava
alguns pães sobre a mesa da cozinha, Junior chegou vindo do quarto. O garoto
estava vermelho de tanto tomar sol, e sentando-se, passou a se servir de
biscoitos e leite, enquanto eu voltava a pia a fim de organizar a bagunça.
Ficamos conversando por um longo período, observando o dia ficar mais
quente. A determinado momento, não resistindo ao calor, acabei por tirar a
camiseta colocando-a sobre o balcão, ficando apenas de bermuda. Junior me
perguntava várias coisas sobre videogame enquanto mastigava, e eu ia
respondendo enquanto limpava o fogão, até que voltando a pia, ouvi a voz de
Christopher ecoar as costas, e virando-me, dei de cara com ele entrando na
cozinha trajado apenas em sua samba-canção estampada.
Foi inevitável repará-lo e eu corei. Meu primo estava sem cueca, e seu
volume movia-se no tecido de seda. De repente me senti perdido sem saber
como agir, já que na noite anterior, passei quase que todo o tempo trancado no
quarto depois que voltamos. O pano sujo em minhas mãos não fazia sentido, e
apenas a imagem de seu corpo me saltava aos olhos. Ele deu-me bom dia com
um sorriso e seguiu até o irmão, bagunçou-lhe os cabelos, em seguida se
sentou.
Respirando fundo, meneei a cabeça tentando afastar os pensamentos,
voltei a pia. Por mais que eu conversasse com eles buscando naturalidade,
sentia um nó preso em minha garganta, atrapalhando minha voz. Eu lavava as
louças com as imagens erradas da piscina, buscando ocupar-me para não
deixar transparecer meu incomodo com sua presença. Christopher, porém,
parecia não perceber isso, pelo contrário, ele estava bastante à vontade a
conversar, como se nada houvesse acontecido entre nós, mesmo que eu o
sentisse fitando meu corpo o tempo todo pelas costas.

Passaram-se alguns minutos, eu terminei de guardar as louças, e Junior


terminara seu café. Levantando-se, limpou a boca e disse que queria jogar
videogame. Eu o acompanhei até a sala para colocar o jogo, e quando ele já
estava acomodado, afastei-me retornando ao quarto, foi quando ao projetar-
me no corredor, esbarrei com Christopher que vinha da cozinha.
— Alan? — ele me interrompeu e eu senti um calafrio, fixando seu
peitoral e então erguendo os olhos para o rosto divertido — Quais os planos
para hoje?
Eu gaguejei.
— Para hoje? Bem, eu... eu estava pretendendo ficar em casa. O clube me
deixou bastante cansado, e Junior está completamente vermelho — passei
adiante e ele sorriu.
— Ora. Podíamos ao menos almoçar fora, o que acha?
— Almoçar fora? Bem, acho melhor não. Eu já liguei encomendando algo
para comermos, ao menos de fome vocês não morrem — sorri — Aliás, seu
pai ligou esta manhã. Disse que chega de tarde, e, deve levá-los a algum lugar.
— Observei seus olhos fixarem os meus por um instante, e aquilo me
incomodava. Então, indicando minha porta, disse que iria descansar, e caso
precisassem de algo era só me chamar.

Quando a tarde caiu, almoçamos e então cada um voltou para seu lugar.
Eu para o meu quarto, onde estava estudando para uma prova, Junior para a
sala, a fim de jogar videogame, e Christopher para junto dele, deitando-se
entre as almofadas. O domingo estava muito quente, o quarto bastante
abafado, e retirando a bermuda, fiquei apenas de cueca, estirado na cama a ler
e responder algumas questões da apostila. Só que com o tempo fui ficando
com as vistas cansadas, e quando dei por mim estava cochilando sobre o
material, despertando apenas ao ouvir um ruído vindo do corredor.
Minha mente deu um estalo, entretanto, permaneci na mesma posição,
como se ainda estivesse a dormir. O livro que eu lia estava ao lado, a caneta
entrara para debaixo do travesseiro, e de barriga sobre os lençóis, sentia a brisa
acariciar minhas costas, vinda pela janela. Curioso com o silêncio repentino na
casa, pude reparar na porta, e então num vulto que se movera cautelosamente
do outro lado.
Christopher estava no corredor, silencioso a observar-me por uma
pequena fresta que fora aberta enquanto eu dormia. Fiquei questionando-me
há quanto tempo estava ali, se fora ele quem abrira a porta ou eu quem a
esquecera mal fechada, o fato é que, com tanta coisa em mente, senti quando
as lembranças retornaram e meu membro começou avolumar.
Eu respirei fundo, Christopher continuava do outro lado, e agora meu
membro inchava contra o colchão. Eu já não sabia o que estava fazendo, e
para me acalmar, virei de barriga para cima deslizando a mão pelo peitoral.
Percebi que ele se afastou dando alguns passos para trás, mas passado alguns
segundos retornou. Tornei a respirar levemente, segurando a tensão, e como
quem nada quer, deslizei a mão até a ereção.
Ele não saiu da porta, estava silencioso a observar, e eu me senti atiçado
com aquilo. Eu sabia o que ele queria ver, e no fundo estava adorando aquele
joguinho. Como quem nada quer, deslizei os dedos pela bordinha da cueca,
brinquei com os pentelhos que escapavam, e então penetrei a mão, puxando a
extensão para fora, passando a estimulá-la com o polegar. Meu pau já estava
latejando e molhadinho, eu sentia o pré-gozo deslizar deliciosamente grudando
em minha barriga. Minha respiração estava tensa, minhas costas suadas
colavam aos lençóis, e os olhos do meu primo mantinham-se sobre mim.
De olhos fechados, respirei fundo e tomei coragem de ajeitar-me melhor e
abaixar o elástico um pouco mais. Em silêncio, coloquei todo o meu pau para
fora, envolvi a base como a mão, e passei a estimulá-lo lentamente, apenas para
que ele não perdesse nenhum detalhe da rigidez, do formato, e do jeito
gostoso como eu abria e fechava o prepúcio. Eu estava adorando me exibir
para meu primo, em segredo, claro, só que aconteceu o que eu não previa: por
algum motivo Christopher encostou-se a porta, e ela cedeu.
— Cris? — Puxando um travesseiro para me proteger, ergui-me de
supetão e sentei no colchão — Céus Christopher, o que faz parado aí?
Cocei os olhos e meu primo buscou naturalidade ao sorrir, pedindo-me
desculpas, dando um passo para dentro. Eu engoli em seco com sua
proximidade e encarei o corredor por um momento, perguntando-me quanto
ao paradeiro do menor.
— O que houve? Cadê o Junior? — respirei fundo, ajeitando a cueca por
debaixo do travesseiro, então levantei de costas para ele, para que não
percebesse meu pau duro, e caminhei para próximo do criado mudo,
procurando pela bermuda.
— Ele está na sala, eu, só queria avisar que meu pai ligou e...
— Meu tio? — respirei fundo fitando meu celular no colchão. Se meu tio
tentara falar comigo, o aparelho não vibrou — Aff, eu, acabei pegando no
sono — meneie a cabeça e voltei a ele.
— Sim, eu vi. — Ele sorriu fitando-me um momento mais e houve
silêncio. Tive de rompê-lo, observando seu olhar fixo ao meu corpo.
— Mas, e então? O que ele disse?
— Ah, bem. Avisou que vai chegar somente a noite — Christopher
apontou para o corredor, e virando-se, fitou rapidamente o volume em minha
bermuda, em seguida sorriu umedecendo os lábios — E agora, bem, vou
voltar para a sala. Okay?
— Voltar para a sala? Não, espere um minuto.
Meu primo deixou o quarto e eu o segui, com o coração acelerado. O
rapaz retirara-se razoavelmente rápido sem dar-me tempo sequer de pensar, e
na loucura do meu gesto, congelei no corredor ao avistar Junior ainda no
videogame. Com minha chegada, ele se virou.
— Alan? Você não estava dormindo?
— Junior? — olhei para ele, e engolindo em seco, para Christopher, que
parado à lateral exibia um sorrisinho — Ann, eu... sim, eu... — respirei fundo e
então me recompus — Está tudo bem por aqui? — questionei fitando o
maior, então Junior voltou ao videogame.
— Tudo tranquilo, eu acho — Christopher sorriu e ajeitou-se no sofá —
O Junior é que está neste videogame há horas, e não deixa ninguém assistir
televisão. Aliás, não acha que deveria fazer uma pausa agora garoto?
— Cuida da sua vida Christopher — o menor resmungou empurrando-o
para o lado e eu os encarei. Em seguida olhei para o maior que me fitava, e
com o coração acelerado, esbocei um sorriso.
— É Christopher. Por que não cuida da sua vida e deixa seu irmão quieto?
— ele me fitou um instante arqueando a sobrancelha e discretamente ajeitei o
elástico da bermuda, seduzindo seu olhar — E agora, porque não vem aqui
comigo? Há uma coisa que preciso te perguntar.

***
— Você estava me espionando — Eu o acusei quando entramos na
cozinha, e buscando por um copo, recostei-me à pia enchendo-o de água.
Sorridente, meu primo ficara parado às costas, de braços cruzados, e percebi
que observava o corredor enquanto falava comigo.
— Eu espionando? É claro que não.
— Claro que estava. Confesse seu safado — me virei fitando-o com um
sorriso, e ajeitei a bermuda outra vez — Você estava do outro lado que eu vi.
O que queria em?
— Nada Alan. Quero diz, eu... tinha acabado de chegar. É sério cara —
desconversou e eu o encarei, colocando o copo de lado.
— A tá. Acabado de chegar? — umedeci os lábios — Pensa mesmo que
sou idiota?
— Idiota? Não Alan, minha nossa — ele olhou para o corredor, então
tornou a mim com aquele sorrisinho sacana — Afinal, porque acha isso em?
Então fui direto. Eu não tinha paciência para joguinhos.
— Você viu não foi? Quero dizer, me viu batendo uma — sussurrei
dando um passo para perto dele, um sorriso safado nos lábios, vendo-o
escapar para o outro lado do balcão.
— Batendo uma?! — sorriu olhando para a porta — Okay, eu confesso.
Vi alguma coisa, mas, foi só por um instante. — Ele zombou e eu segui a
direção do seu olhar rapidamente. Meu coração estava acelerado e umedeci os
lábios fixando sua feição cretina. Meu primo queria algo comigo, e eu sabia
bem o que ele queria. — Mas eu não tenho culpa de você ter esquecido a
porta aberta — resmungou e olhou para minha bermuda, então, erguendo os
olhos, fez feição faceira. Meneando a cabeça, pedi-lhe que ficasse ali por um
momento, e deixando a cozinha fui rapidamente até a sala conferir o que
Junior estava fazendo, então voltei.
— Vem comigo.
— Onde? — Christopher sorriu quando eu o tomei pelo braço, e juntos,
atravessamos o corredor. Entramos em meu quarto, eu fechei a porta e ele me
encarou, seguindo até minha cama — O que está fazendo?
— Você quer ou não? — eu sorri fixando-o nos olhos, e então ele fitou
minha mão na bermuda. — Eu estive pensando, já que o Junior está jogando lá na
sala, o que acha de tocarmos uma?
— Tocarmos uma? — Ele questionou, e eu nada falei. Olhamos novamente
para a porta.
— Sim. Você sabe: Eu, você... meu pau... seu pau. — sussurrei apertando o
volume e ele sorriu — O que acha?
— Arriscado — disse por fim, sentando-se na cama — Quero dizer, e se o
Junior ouvir?
— Ora, é só não fazermos barulho — olhei para a região.
— Mas Alan, Junior está do outro lado da parede.
— Qual é Christopher? Ele está no videogame, o volume está alto, e sequer está
prestando atenção na gente. — busquei pelo botão da bermuda e o desfiz,
permitindo-o ver a borda azul da minha cueca e os pentelhos escapando. —
Não quer aproveitar enquanto estou disposto? — zombei fazendo um movimento de
vai e vem, e ele sorriu.
Visivelmente excitado, meu primo olhou para a porta, e então para mim.
Gesticulou positivamente com a cabeça, e fez-me aproximar. Deixei que
tocasse meu elástico, respirei fundo com ele abrindo o velcro, e abaixando
minha cueca, vimos a silhueta pular para fora.
Meu pau amolecido já era notável, e duro, parecia um bastão. Eu estava
muito excitado, e como meu primo queria, sorri com a visão de sua boca
salivando. Eu perguntava-me se ele já havia chupado alguém, e meu membro
latejava louco para começar a foder aqueles lábios volumosos.
— E então? Você já mamou antes? — sussurrei voltando a observar a
porta, e punhetando, ajeitei-me melhor à sua frente.
— É óbvio.
— Sério? — sorri — E quem era?
— Um cara da faculdade. Dois na realidade.
— Dois? Que safado.
Aquilo me deixou ainda mais duro, imaginando a cena dele chupando um,
enquanto o outro comia seu rabão. Quem poderia imaginar que na família
havia um primo viadinho? Isso era divertido.
— E o que achou? Foi gostoso?
— Vai querer que eu chupe ou dê uma entrevista? — ele zombou tocando
minha ereção, abrindo a cobertura e aproximando-o do nariz — Você nunca
pagou boquete quando estava bêbado não?
— Pra falar a verdade, não. — respondi sorridente, fixando sua mão
mover meu pau, e agora seus lábios curvando-se para alcançá-lo. Eu ofeguei
quando meu primo lambeu a cabeça molhada e então abocanhou, gemi com a
sensação do membro afundando em sua saliva.
Christopher o penetrava na boca, centímetro a centímetro, e eu o sentia
sugar enquanto afundava. Meu pau já babava há algum tempo, e ele sentia o
sabor do meu pré-gozo diluir em sua saliva.
— Isso, assim...
Eu ofegava baixinho para o irmão não nos ouvir, sentindo o pau latejar
em contato com sua língua. Meu corpo estava trêmulo, as juntas estalavam, e
os pelos das pernas eriçavam. Christopher fazia o trabalho com muita cautela,
movendo os lábios para cima e para baixo, parando vez por outra para me
masturbar, cheirar meus ovos e provocá-los com o nariz. Eu estava adorando
tudo aquilo, sabia muito bem que ele gostava de pica, então, tomando meu
membro dos seus lábios dei leves batidinhas em seu rosto, e o fiz se levantar,
ajeitando-se de quatro sobre os lençóis.
— E você já recebeu leitinho lá dentro?
— Eu não sou virgem Alan — ele retrucou — se é o que está pensando.
Eu sorri. Se ele era virgem ou não, não era da minha conta, então,
curvando-me, retirei sua samba-canção, abri sua divisão e aproximei o nariz.
O orifício do meu primo estava bastante apertadinho, eu o observava
piscar para mim enquanto massageava com os dedos. Era rosadinho, e não
resistindo à tentação, aproximei a língua e passei a umedecê-lo. Eu mordiscava
as laterais da musculatura e brincava com os dedos em seu canal. Ofegava e o
observava ser ar, completamente rendido.
— Que delícia de entradinha em? — Exclamei afastando o rosto,
sentindo-o reagir ao toque. Eu agora estava ajeitando-me às suas costas, e
posicionando a ereção no canal, passei a deslizá-la estimulando o orifício.
— Ai Alan.
— Te machuquei? — sussurrei, olhando rapidamente para a porta.
— Não, mas tenta ir mais devagar.
— Okay.
Ele trouxe as mãos para trás e abriu a divisão, aquilo facilitou um pouco, e
cuspindo, eu botei a cabeça e fiz pressão, puxando seu quadril. Com ele
cerrando os dentes, senti a cabeça começar a encaixar, então soltei um pouco
do peso, e com os quadris fazendo pressão rente às costas dele, afundei e ouvi
Christopher gemer. Meu primo franziu os lençóis, apenas sentindo meu pau
deslizar em seu orifício. Procurando um jeito de fazê-lo encaixar sem tanto
desconforto, eu apreciava a entradinha sugando a extensão pontuda.
— Isso, relaxa.
— An.
— Calma, é só relaxar.
Eu o massageei e ele respirou fundo, apreciando o momento.
— E então, está gostando?
— Sim, estou. Agora, enfia o restante.
Sorri e ajeitei-me melhor. Puxando-o um pouco mais para mim, senti suas
pernas tremerem conforme o canal cedia, até que meus ovos roçaram sua
bunda.

Passaram-se alguns minutos, eu ofegante e ele trêmulo, e meu pau


latejando dentro de seu orifício quente. Meu primo ofegava, e eu estocava,
sentindo meus pentelhos aparados roçando sua bunda. Então sussurrei:
— E aí, era isso que você queria levar na piscina? — Ele sorriu e eu
continuei, observando-o se retorcer. Fazia vagarosamente, para ele se
acostumar com a grossura, e ele amassava os lençóis. Seu gemido era muito
divertido, ele tentava controlar, mas era impossível. Estava de quatro e eu só
queria entrar e sair, apreciando o quão fundo era possível ir. Enquanto enfiava
olhando para a porta, sussurrava de forma confidente, deslizando os dedos por
sua ereção, de forma a deixá-lo estimulado. Ofegando em seu pescoço,
comecei a movimentar um pouco mais, ajeitando os travesseiros para mantê-lo
empinado. Suas mãos salientes não deixavam os lençóis, e eu sentia o calor de
seus ombros quando encaixei meu nariz ao seu pescoço, e ofeguei.
— Você aguenta um pouco mais rápido?
— Sim, vai.
Eu não resisti, ele era muito safado. Lágrimas saíam de seus olhos
enquanto eu socava, mas ele não reclamava, apenas queria dar para seu primo
mais velho, chegando a esticar as laterais da bundinha para que facilitasse
minha penetração.
— Então toma.
Eu estoquei com vontade e ele cerrou os dentes. Estava bom demais
comer o filho mais velho do meu tio, o risco que corríamos aumentava a
adrenalina, e isto apenas deixava tudo mais gostoso.
Resolvi fodê-lo observando sua feição de puto, e virando-o de frente para
mim, encaixei novamente e sorri aproximando os lábios. Ele retribuiu
ofegando em meu rosto, sentindo-me buscar por seu ouvido, então ajeitei suas
pernas ao redor dos meus quadris e arfei.
— Diz a verdade. Você sempre teve tesão por mim, não é safado?
Ele sorriu, e eu engoli em seco movendo-me em seu interior. O pau do
meu primo estava molhado, e seu pré-gozo umedecia os pelos da minha
barriga, já o meu, latejava louco para gozar dentro dele.
— Você reparou foi?
— Claro que reparei. Você implicava demais.
— Desculpa, eu não conseguia controlar.
— Eu entendo.
Fizemos silêncio e apenas estoquei. Ele gemia e lá fora estava
escurecendo. Se eu não queria me expor ao risco do meu tio chegar e nos
pegar trepando, precisava gozar logo, assim, fiz silêncio e deixei-me bombar
intensamente, sentindo a gala aquecer, enquanto ele ofegava segurando-me
pela cintura, de olho na porta.
— Sua rola é muito grossa, puta que pariu.
— Seu cuzinho que é apertado. Nem vem.
Eu sorri junto a ele, e voltei a acomodar meu rosto. O quarto estava em
breu, e nossos corpos contrastavam sobre os lençóis umedecidos. Eu fitei a
janela e as estrelas começavam a surgir, o quarto estava um forno e nossos
corpos unidos. Mordisquei sua orelha e o puxei um pouco mais para mim,
coloquei mais pressão no vai e vem, ouvindo-o gemer. Então, quando fitei seu
olhar e ele retribuiu, revirei os olhos e gozei.

Minutos depois...

— Ei, o que vocês estavam fazendo trancados no quarto? — para meu


desconforto, Junior estava no corredor quando abri a porta, e assustado,
Christopher que estava às minhas costas ocultou-se tentando disfarçar. Ele
estava mais suado que eu, tanto que sua samba-canção colava na bunda.
— Nós? — desconversei, driblando o garoto para que não entrasse —
Bem, assistindo um filme. Por quê? Não conseguiu zerar seu jogo? — fechei a
porta e disfarcei seguindo até a cozinha, ele me acompanhou.
— Eu perdi — resmungou desanimado, olhando para trás, então entrou
sentando-se à mesa — Daí tive que começar tudo de novo.
— Sério? — retruquei molhando os lábios, recordando-me dos gemidos
do irmão — Que pena. Mas agora, o que acha de ir se arrumar? Seu pai está
quase chegando, sabia?
— Me arrumar? Mas já? — ele resmungou levantando-se, com feição de
descontentamento — Eu nem terminei de jogar cara.
— É? Então o que faz parado aí?
Ele respirou fundo, e pedindo-me só mais algum tempo se retirou. Eu
conferi o caminho por onde passou e após alguns instantes observei a porta
do meu quarto sendo aberta lentamente. Christopher colocou a cabeça para
fora e eu acenei positivamente para que saísse, ele deixou o recinto nervoso, e
com o caminho seguro, correu para o banheiro.
Se Junior ouviu alguma coisa ou não era difícil de saber, mas uma coisa era
certa, se eu pretendia comer Christopher novamente, teria que ser em outro
lugar e com mais cautela.
A P Wilson
Tentação do professor
Ele me achava o melhor professor, disse-me isto várias vezes ao longo do
semestre. Ali, no camping em meio a várias turmas, eu o observava dar seus
mergulhos demorados, parando do meu lado na piscina, a conversar
descontraidamente. Eu já havia percebido que ele tinha atração por mim, e
algumas pessoas já haviam comentado isso. Entretanto eu ignorava os boatos
em sala de aula, já que Fábio era meu aluno, um dos vários da turma de
fisioterapia.
— Ei Daniel, o que houve? Você já vai sair? — ele murmurou quando me
viu recolhendo os objetos.
— Está ficando tarde. Preciso me arrumar.
— Se arrumar? Mas, para quê? Estamos em um clube.
— Sim, mas nem tudo é lazer. Esta noite teremos uma palestra, você não
vem?
— Uma palestra? Acha mesmo que vou deixar de aproveitar meus dias de
folga para assistir palestras? — ele sorriu fitando-me, e eu ajeitei minha sunga
atraindo seu olhar. Ele prosseguiu após alguns instantes: — Vamos lá, está
escurecendo... vai dizer que esta piscina não é tentadora? — exclamou olhando
em meu rosto, e percebendo que ninguém nos reparava, assustei-me com
Fábio segurando-me pela perna e então me forçando em sua direção. Meu
corpo desequilibrou e caí para junto dele.
— Puts, o que você está fazendo? — retruquei emergindo — eu disse que
estou de saída.
— Nada disso, fica mais um pouco — ele zombou nadando para a outra
lateral, de onde ficou a me observar. Eu, porém, caminhei para a escada.
— Já disse que não posso — fui gentil, deixando a piscina a ajeitar a sunga
— Está ficando tarde e... eu prometi estar na palestra.
Dei de costas recolhendo meus pertences com um sorriso, e despedindo-
me dele, segui para o vestiário com mil pensamentos. Eu entrei, recostei a
porta e sentei-me por um instante no banco a separar algumas roupas. Pensava
sobre os boatos, sobre seus olhares, e erguendo os olhos percebi uma sombra
que se projetava no corredor, em seguida a porta cedeu.
— Daniel?
— Fábio? — ergui-me engolindo em seco, vendo-o entrar — O que
houve? Mudou de ideia quanto à palestra? — questionei caminhando até um
armário, percebendo que estávamos sozinhos.
— Você tem razão. A palestra pode ser interessante.
Eu o observei caminhar a uma lateral contrária, e enquanto ele remexia o
armário que havia ali, fiquei a apreciar suas curvas através do reflexo do
espelho. Era um cara lindo, uma interessante tatuagem marcava as costas, e
quando se virou, surpreendeu-me a desviar o olhar. Ele sorriu.
— O que houve? Do que está sorrindo? — questionei após alguns
segundos de silêncio.
— Não achei uma toalha, acredita? — ele retrucou caminhando até o
banco onde eu estava — Acho que me esqueci de colocá-la no armário, e... os
dormitórios ficam longe daqui. Você não teria alguma para me emprestar? —
fixou meus objetos.
Eu umedeci os lábios, então tornei a ele.
— Dias de descanso são sempre assim, uma coisa ou outra sempre fica
para trás — expliquei procurando alguma entre as minhas. Ele estava parado à
minha frente, a sunga bem recheada, a porta recostada, e havia barulho no
corredor.
— Mas e então, o que está achando do lugar? — questionei.
— Normal, eu acho. Só não gostei dos dormitórios — ele retrucou
conferindo os arredores, os vários boxes com as portas abertas. Ele tomou a
toalha e passando por mim, senti quando trouxe os dedos aos meus quadris, e
puxou o elástico da minha sunga. O atrito com a pele me fez virar
imediatamente.
— Fábio? — Franzi o cenho e ele sorriu alcançando o espelho.
— É um saco dormir com os caras da sala, sabia?
Apenas meneei a cabeça, encontrando minha toalha.
— E por quê? Eles conversam muito?
— Eles roncam muito, quase não dá para relaxar.
Trocamos olhares por um instante, e percebi no dele algo sugestivo em
minha direção. A forma como se recostava à pia, fitando-me, era
sedutoramente tentador. Resolvi provocar.
— Olha, se você quiser, pode dormir comigo.
— Com você? — ele sorriu debochado — Bem, não seria uma má ideia, a
menos que os coordenadores se incomodassem.
— Eles não precisam saber — disse em tom de brincadeira, então
completei — Basta colocarmos um colchão extra.
— Ou podemos dividir a sua cama — ele se aproximou, tocando meu
ombro. A carícia me deixara excitado.
— Você gosta bastante de conversinhas fiadas, não é mesmo? —
retruquei afastando-o, disfarçando o volume que despertara em minha sunga
— Não tem medo que alguém nos ouça e entenda de forma errada?
— De forma errada? E o que entenderiam de forma errada? Não estamos
falando apenas sobre dormir?
Fábio umedeceu os lábios e eu fiquei em silêncio. Ele olhava para mim e
eu para ele, até que sem jeito, tive que romper o hiato.
— Você é sempre tão descarado?
— Como assim?
— Esquece.
— Não. Vamos lá, fale.
— Você é quem precisa falar — eu sorri — Qual é a tua?
— A minha?
— Sim. Às vezes tenho impressão que quer falar algo, mas nunca fala.
Ele pensou um minuto com aquele sorriso debochado, olhou para a porta
e então para mim, e neste instante senti um arrepio subir pela espinha. Ele
umedeceu os lábios dando um passo para mais junto e eu me afastei.
— Bem, você tem certeza que quer saber?
— É claro — cruzei os braços — Manda.
Ele sorriu.
— Tudo bem, vamos lá. Na realidade, é uma pergunta que tenho já há
algum tempo.
— Uma pergunta? — fitei-o melhor. Então ele mordiscou os lábios.
— Você... ficaria com alunos?
— Como?!
— Ora, você sabe. Ficar.
Foi muito direito e senti-me arrepiado.
— Fábio? Você está maluco?
— E qual o problema? Foi apenas um questionamento.
— Um questionamento indevido.
— Você acha?
Houve outro momento de silêncio, meu coração pulsava agitado, então ele
lançou-se sobre mim. Eu, porém me desviei até a pia, e ele ficou de longe a me
observar com um sorriso.
— Daniel?
— O que foi?
— Você não respondeu a pergunta. Ficaria ou não ficaria?
Engoli em seco.
— Depende.
— De quê? — ele sorriu.
— Do lugar. Do aluno — Fitei-o um instante, ele conferiu a porta.
— Aqui, comigo.
— No banheiro, com você? — o observei se aproximar uma segunda vez,
deixando a toalha no banco — Você perdeu o juízo? A faculdade em peso está
nesse passeio.
— Ora, é só sermos rápidos — disse apertando a mala — Você já
percebeu que sou a fim de você, e acho que é recíproco.
Eu gaguejei.
— Se alguém ouvir este diálogo...
— Então saberão que dois caras adultos estão cheios de tesão — ele
sorriu olhando para a porta, e eu me esquivei. Voltei ao banco, e fingi procurar
algo na mochila. Ele manteve-se rente a pia, deslizando o dedo sobre a sunga.
Eu respirei fundo.
— Quer saber? É melhor mudarmos de conversa. Eu tenho que me
arrumar e você está atrapalhando.
— Atrapalhando? — ele novamente se aproximou, e senti uma corrente
elétrica quando tocou minha cintura — Tem certeza professor? — acariciou
minhas pernas, e eu afastei sua mão.
— Fábio, não faça isso. Alguém pode chegar.
— Ninguém vai chegar, relaxa.
— O banheiro é coletivo.
— Os boxes não — Umedeci os lábios, fixando a lateral para a qual ele
apontava — Tem certeza que não quer? Eu não vou insistir — Ele disse e eu
olhei para a porta, meu coração estava tão acelerado que me fazia suar. Ele
apontou os boxes. — O último, vou esperá-lo lá. Se não vier, será uma pena.
Eu já havia ficado com aluno antes, Fábio não era exceção. Fechando a
porta, puxei-o aflitamente, e enquanto minha língua deslizava para a dele,
invadindo sua boca, ele retribuiu com sorrisos, e pude sentir suas mãos
deslizando por minhas costelas, puxando-me para mais junto. Estávamos nos
amassando contra a parede do chuveiro, as mãos aflitas passeando pelas
curvas, e gemi quando ele apertou meu volume. Eu o imobilizei.
— O que está fazendo?
— O que você acha?
Engoli em seco fitando seu olhar, então gesticulei vacilante, deixando-o
abaixar o elástico. Ele fitou a curva endurecida, e com um sorriso inclinou-se.
Havíamos aberto a água para disfarçar os ruídos, e eu o sentia masturbar
meu pau. Fábio estava igualmente duro, movendo meu volume frente aos
olhos, então ele aproximou os lábios.
— Adoro um pau grande, sabia?
— Sim. Ele é grande porque eu sou grande.
— Eu vou apenas...
— Vai logo. Já fomos longe demais, então que se dane.
Ele sorriu e abocanhou.
Senti-me arrepiado. Meu coração batia acelerado, meu corpo estava
completamente tenso e agora, outro aluno mamava deliciosamente, sugando a
cabeça, diluindo o cloro da tarde na piscina. Eu recostei-me à parede, e ele
ficou assim um momento, indo e vindo com os lábios, silencioso a apreciar o
sabor, o formato, então eu bombei alguns instantes e Fábio engasgou. Ele se
levantou com a água molhando seu rosto.
— Céus. Você tem uma boca perfeita. — eu sorri punhetando. Era
impossível estar sob aquele nível de tensão e não me masturbar para aliviar a
dureza — Contente com o que fez? Eu perdi a cabeça por sua causa, olha só
— indiquei o membro rígido e ele sorriu.
— Assim você fica mais gostoso.
— Sim. Agora é melhor concluirmos de uma vez. Vamos juntos.
— Tudo bem — ele deu de costas, e o vi abaixando a sunga.
— O que está fazendo?
— Não vai querer concluir?
— Mas, por trás? — meu pau latejava na mão, pensei que iríamos apenas
masturbar — Aqui é arriscado.
— É só não fazermos ruídos. Pode vir, sou acostumado a dar em locais
assim.

***

Fábio deu de costas e apreciei sua bunda bem dividida. A sunga dele
estava nos pés, e trêmulo, eu não demorei a chegar para mais junto e curvar-
me ante a ele. O rapaz virou-se esperando por meu pau, mas recebeu minha
língua.
— Céus — ele gemeu deliciosamente, revirando os olhos comigo a abrir
sua divisão — Você é um puto — disse enquanto era linguado.
Minha vara pegava fogo, e umedecendo o caminho, passei a massageá-lo
com o dedo. Eu engolia em seco, linguava seu orifício, e com a boca
novamente ali, fui disperso pelo zunido da porta distante. Alguém entrava no
vestiário.
— Professor Daniel, você está aí?
Puts, era o diretor. Eu me ergui com o pau duraço, então gaguejei:
— Fique às minhas costas. Quieto.
A água caía sobre nós, e em instante o homem estava do outro lado.
Não demorou e a voz retrucou uma segunda vez:
— Professor Daniel?
— Diretor? Algum problema? — fingi estar colocando a cabeça para fora
da ducha, e umedeci os lábios — Eu estou sim. O que houve? — Gaguejei
virando-me para Fábio, seus olhos fixavam a sombra abaixo da porta, e com o
dedo indicador, pedi para que não fizesse ruídos.
— O senhor vai demorar a sair?
— Um pouco, acabei de entrar. Precisa de alguma coisa?
Houve um momento de quietude.
— Faremos uma reunião antes do jantar, pensei que gostaria de participar
— disse desconfiado, conferindo os arredores. Felizmente a porta era larga, e
as sombras ficavam confinadas ao espaço.
— Uma reunião? — retruquei sem saber como reagir, voltando a fixar
Fábio. Ele era uma tentação completamente nu às minhas costas. Seu pau
roçava em minha bunda, e o meu latejava.
— Sim. Para parabenizarmos alguns colegas que estão aniversariando.
— Entendo — eu ofeguei, então prossegui — Eu não pretendo demorar
aqui, devo sair em menos de dez minutos — Virei para Fábio e peguei em seu
pau, masturbando-o para que gozasse. Ele também pegara no meu.
— Então, podemos contar com sua presença? — o homem retrucou e
pude ver que tentava espionar, mas a porta impedia. Só seria capaz se olhasse
por cima dela, mas isso ele não faria.
— Ora, claro que sim. Em alguns instantes eu apareço.
Enquanto falava, Fábio deu costas outra vez. Com as mãos agitadas, abriu
sua divisão e empinou, puxando-me pelo quadril. Eu procurei seu ouvido.
— Está maluco?
— O chuveiro disfarça. Vamos.
Houve um momento de quietude enquanto o homem voltava a falar algo,
e quando percebi que caminhava até o espelho, atendi ao pedido do rapaz.
A voz do diretor prosseguia ao longe, enquanto eu ajeitava a cabeça
naquela entrada já alargada. Fábio já havia dado aquela bunda várias vezes.
— Safado.
— Você que é.
Ele sorriu, e lá fora a voz ecoou:
— E então, nos vemos já, tudo bem?
— Ora, claro diretor — forcei o rapaz contra a parede, e ele revirou os
olhos sentindo a cabeça penetrando — Eu desço em poucos instantes. Não
vou demorar.

Fábio empinava enquanto conduzia para dentro e para fora. De olhos


fechados e sorridente, sentia o movimento, então sussurrei ao seu ouvido:
— Está gostando safado? Era isso que você queria? Levar rola?
— Não está com pressa para ir à reunião com o diretor?
— Acho que não — sorri, enfiando um pouco mais fundo — Agora não.
Só quando acabar.
O perigo de alguém chegar era grande, mas precisávamos concluir aquilo.
Estávamos tensos já há algumas horas, e finalmente rolara.
— Delícia.
— Rebola vai — Sussurrei ofegante, ansioso com os movimentos que ele
fazia — Fode minha pica, fode.
A bunda do Fábio estava deliciosa, deslizando em minha ereção, e eu o
sentia estimular cada centímetro, até meus ovos. Ele ofegava apreciando a
grossura preenchendo-o, e eu ficava a observar nossa conexão. Fábio apoiava-
se na parede, movia a bunda com destreza, e fazendo-o ajeitar-se, passei a
enfiar sozinho.

An... An... An...


— Tá gostando safado? Quer leite, quer? Sua Putinha.
Ofegava sem parar de mover, excitado com a água sobre nós.
— Enfia um pouco mais fundo.
— Então diz o que está achando da minha vara, diz.
— Gostosa, Ahn... ela é muito gostosa.
Ele cerrava os dentes enquanto eu metia. Estava adorando a adrenalina, e
eu percebia por seu sorriso. A tatuagem nas costas destacava sua boa forma,
como aquele cara era gostoso.
— E se eu te comesse vez por outra? O que me diz?
— É só marcar — Ele sorriu revirando os olhos.
— Na sala, no vestiário. A gente se encontra no horário vago.
— Vou adorar seu safado. Fode vai.
Ele gemia e eu apertava sua bunda. Ofegando, umedecia os lábios dando
varadas, e ele sorria, fazendo-me imaginar quantas rolas aquele cu não
recebera. Quanto a ele ser acostumar a dar não havia dúvidas, e
demonstrando retribuir a seu desejo libidinoso, passei a meter como mais
vontade.

Oh...
Oh...
Oh...
— Geme baixo.
Ele ofegava juntamente comigo, quicando, e eu o ajeitava melhor. Seria
confortável comê-lo de quatro, mas o reservado era pequeno, e estávamos
arriscando muito. Então, abrindo sua bunda um pouco mais, passei a socar
roçando-o na parede, e logo senti meu pré-gozo escorrendo.
— Vou gozar.
— Goza. Goza logo.
Eu deslizava a mão por suas pernas, ele tinha um pau bem notável e estava
duro. Entrando e saindo, arrombando aquele passivo pelo qual eu era
fissionado, observava a sombra de suas bolas no chão, pesadas como o pau
dele.
— Tá vindo. Céus, Oh, oh.
— Goza. Goza.
E veio, um jato e outro.
Eu mordi os lábios no momento que esguichou e ele revirou os olhos,
recebendo as leitadas. Era tanta porra que pensei que não iria terminar nunca,
e quando comecei a amolecer com um largo sorriso abobalhado, afastei-me a
fim de me lavar, deixando-o aliviar o tesão enquanto me observava.
A P Wilson
Meu primo militar
PARTE UM

Porto Alegre. Dezembro de 2020.

Era uma noite de muita alegria aqui em casa, porque com as vésperas do
natal, muitos parentes vieram passar o fim de semana conosco. Irmãos que
mudaram para longe, primos e primas que não víamos há séculos, avôs e avós,
tios e tias. Dos quatro cantos do Brasil a gauchada se reunia para o festejo
familiar, e eu que adoro uma farra, não podia negar minha animação. Fazia
muito frio naquela data, e o movimento pelo casarão ajudava a aquecer.
Enquanto eu auxiliava meu pai no acender da lareira, ouvi quando ele
mencionou que meu primo Henrique estava chegando, vindo direto de
Brasília. Ele chegaria por volta das nove horas, e meu tio era quem iria buscá-
lo no aeroporto. Meu primo morou conosco durante muito tempo, mas teve
que mudar de cidade porque o batalhão solicitara a realocação de alguns
militares, e como ele era soldado, precisou atender ao chamado. Sua mudança
já iria datar de cinco anos, mas eu me recordo perfeitamente de como éramos
apegados.
Meus familiares estavam preparando um verdadeiro jantar, com carne
assada e muita cerveja, tudo que um bom gaúcho adora, e em meu interior a
ansiedade falava mais forte. Por vezes eu subi ao meu quarto para certificar-me
de que estava em minha melhor aparência, com a melhor roupa, e enquanto
degustava o chimarrão frente à janela, trazendo a bomba aos lábios, recordava
o passado, o sabor da boca dele, que por muitas vezes tive em sigilo.
Ah como meu primo mexia comigo. Lembro-me de fazermos viagens
para o interior na velha Rural Willys do meu tio. Enquanto o carro subia e
descia pelas estradas desniveladas, eu ia ao lado dele, oculto por malas a
aquecer sua ereção com minha mão. E por essas e outras lembranças que eu
ficava ali, olhando para o nada, delirando com a cuia em mãos, até que
despertado dos meus devaneios observei o carro chegando à frente de casa.
Eram dez horas e meu primo havia chegado. Aproximando-me da
escadaria, vi aquela festa de parentes movimentando-se para recebê-lo, e
quando abraçou meu pai erguendo os olhos rumo ao primeiro andar, viu-me
parado ali e imediatamente esboçou um largo sorriso.
— Otávio? É você?
Eu sorri e desci imediatamente, ajeitando meu suéter. Coloquei a cuia em
uma mesa ao lado da escadaria, e aproximando-me com o coração acelerado, o
abracei apertado.
— Primo! Céus. Como é bom revê-lo!
Eu sorri, e no contato dos corpos não demorei a aspirar seu perfume. Sua
roupa estava fria, mas como o abracei por dentro do casaco pude sentir seu
corpo malhado e quente pressionando contra o meu. Meu primo estava mais
velho, todavia o sorriso permanecia o mesmo, com igual cintilância no olhar.
Bronzeado e com os cabelos cortados no estilo social, exalava um perfume de
homem que me deixou inebriado, foi quando me afastei, respirando fundo.
— Quantos anos. Eu, pensei que não voltaria mais.
— Claro que voltaria — ele sorriu olhando ao redor, então tornou a mim,
massageando meus ombros — É só que a rotina em Brasília é mais puxada
que aqui, e ficar vindo com constância é impossível.
Eu sorri fitando seu olhar. Analisando-o com veneração, sentia um calor
descomunal na região em que sua mão estava, e minha respiração saía
ofegante. Foi quando meu pai chamou a todos para a área dos fundos, a fim de
começarmos os comes e bebes.

Ao som da sanfona acompanhada pelo violão, meus tios davam o tom


sonoro para o reencontro, enquanto eu mantinha-me na mesa a observar meu
primo interagindo com os demais. Como o movimento aquecera o ambiente,
ele acabou por tirar o casaco, e agora, subindo os punhos da camisa até o
antebraço, desfez os primeiros botões da gola e deixou visível parte do
peitoral.
Eu degustava a carne assada atento àquela figura máscula. Vez por outra
trocávamos olhares, e em meu corpo, ainda sentia a sensação do passado, de
nossos encontros sigilosos. Via perfeitamente aquela noite em que fodemos
pela primeira vez quando estávamos em um camping. Eu devia ter por volta de
dezenove anos e ele vinte e um, não fazia tanto tempo assim, e a sensação dele
me pegando pelas costas fora inesquecível. Estávamos embriagados.
Enquanto viajava em meu devaneio, minha mãe se aproximou secando as
mãos em um avental, curvando-se ao meu ouvido:
— Otávio, você arrumou o colchão para o seu primo?
— Claro que sim mãe. Ele vai ficar bem acomodado.
— Perfeito.
Ela retrucou. Sequer sabia do que um dia rolara entre nós dois, e a
confidencia era a melhor parte de toda a loucura.

PARTE DOIS

Deu três da manhã e alguns poucos que sobraram não resistiram ao frio e
foram se retirando. Cansado, eu ergui os olhos em direção ao meu primo, e
agora ele demonstrava também querer se deitar. Estava bêbado, e
aproximando-me da mesa onde se sentara, eu o convidei a subir, e o auxiliei,
pois como esperado, meu primo bebera até ficar de pileque. Apoiando-o em
meus ombros, convenci-o educadamente de seguir-me até o quarto, e ele fez
um gracejo meio tonto, mas não recusou, deixando-me ajudá-lo a caminhar
para a escada.
Cruzamos a sala que já estava com as luzes apagadas, e guiando-o no
escuro, subimos os degraus vagarosamente. Eu o ajudei a entrar no aposento e
então seguir até o banheiro. Enquanto ele urinava, eu retornei fechando a
porta e organizei o colchão no chão. Foi então que meu primo saiu
cambaleante, o cinto desfeito e o zíper aberto. Aproximando-se de mim a
massagear meu ombro, eu apreciei aquele cheiro de homem e indiquei o
colchão. Agradecendo, meu primo não pensou duas vezes antes de se jogar
nele.
Eu o fitei do alto, aquele macho delicioso bem ali, estirado nos lençóis
todinho para mim. Ele estava de olhos fechados e respirava fundo, o que me
fez curvar-se a auxiliá-lo com as botas. Vi seus pés grandes protegidos pelas
meias e ofeguei, então, após removê-las uma a uma, coloquei em um canto e
apaguei as luzes, voltando a ele. De pé à sua frente, analisando o ambiente um
momento, eu me curvei, vagarosamente, só que desta para ajeitar-me ao seu
lado, sob os cobertores. Quando sentiu o calor da minha proximidade, meu
primo ofegou com dificuldade e ouvi de seus lábios um sussurro decadente,
estendendo-me a mão.
— Primo? — Não houve respostas, então ele prosseguiu, — Vem aqui,
me ajuda a tirar estas roupas.
Com a respiração tensa eu fui, recordando-me outra e outra vez das noites
que dividimos o leito. Com as mãos vacilantes, cheguei para mais perto e
ajoelhado, tateei sua camisa, desfazendo o restante dos botões um a um,
sentindo suas mãos acariciarem as minhas enquanto eu o despia. Despresilhei
a fivela e afrouxei seu cinto um pouco mais, para que ficasse a vontade, ele
gemeu, e eu fiz uma pausa apreciando sua face.
Sob a claridade que perpassava a janela, pude apreciar seu rosto sonolento
diante de mim. Fitei com calma sua barba, o peitoral bem dividido, as curvas
dos mamilos, e o mover calmo do tórax. Sua respiração estava lenta, e
controlando a minha, tomei coragem para acariciar sua pele, ouvindo-o gemer
enquanto deslizava calmamente meus dedos por seu tórax, até tocar seu zíper.
Meu primo retrucou algo incompreensível, e para meu deleite, foi fácil
abaixar sua calça. Observei que ele estava de cueca branca, bem justinha e com
uma pequena umidade no tecido de algodão. Eu notei aquele volume
posicionado de lado, os ovos grandes enchendo-a, e fitei seu rosto, imaginando
como seria bom deleitar-me com ele outra vez. Minha respiração saía trêmula
imaginando o calor daquele corpo nu forçando contra o meu, e pondo-me de
pé, fui removendo minhas roupas observando seu vulto.
Fiquei apenas de cueca e meias. Meu primo continuava a cochilar com a
cabeça tombada para o lado, e curvando-me novamente com arrepios de frio,
eu não tardei a entrar para junto dele, abaixo dos cobertores. Foi quando sua
voz sussurrou embolada:
— Otávio? — houve uma pausa — A noite está fria.
Então eu cheguei para mais perto, ficando junto de seu peitoral, e senti
sua mão repousar em minha cintura, puxando-me para mais junto. Buscando
controlar a respiração, movi as pernas para mais próximo dele, e ofeguei senti-
me roçar o joelho em sua ereção.
Meu primo malhava bastante no quartel, suas coxas eram fortes e
musculosas. Excitado, deixei-me roçar por um instante mais naquelas curvas
quentes, sentindo a vara inchar. Então, como fazíamos no passado, me
aconcheguei melhor e enfiei a mão em sua peça íntima. Ofeguei sentindo o
calor de suas bolas. Eu estava muito extasiado com sua presença em minha
casa, e meu pau estava duro, enquanto o dele roçava minha mão. Após alguns
minutos naquela posição, já podia ouvir seu coração batendo diferenciado, e
com a voz trêmula procurei por seu ouvido e sussurrei:
— Primo? Você está se sentindo confortável?
Houve um momento de silêncio, então ele me puxou para mais junto,
retrucando um sonolento: “Sim”.
Com o fôlego entrecortado, criei coragem de abaixar seu elástico até as
coxas. Como ele nada falou, eu rocei meu nariz por sua pele castigada pelo sol,
sentindo sua colônia, descendo pelo peitoral, tórax, massageando sua ereção.
Eu era obcecado por aquele homem. Os sentimentos que eu tinha por ele
não haviam mudado, e agora, passado cinco anos de afastamento, tudo o que
eu queria era matar a saudade. Quando despertei do meu devaneio, minha mão
já estava ficando molhada, e acariciando seus quadris, senti a curva de sua
bunda.
Eu ergui os olhos e fitei sua fisionomia, mas ele permanecia de olhos
fechados. Respirei fundo e aproximei meus lábios, prosseguindo com minha
massagem em sua intimidade enquanto roçava a boca na boca dele. Seu pau
latejava em minha mão. Tentei me ajeitar para punhetar com maior destreza, e
senti seu pré-gozo umedecendo meus dedos.
Um instante de silêncio ocorreu quando a chuva engrossou, me ajoelhei e
ele murmurou algo enquanto eu afastava o cobertor. Tremendo de excitação,
eu sentia o calor de seus ovos, e com ousadia, criei coragem para deslizar os
lábios até a região. Ele gemeu percebendo-me acariciar sua virilha, estava
sonâmbulo, e esta noite eu o mamaria para matar a saudade. Não pensando
duas vezes, abaixei o restante de sua peça íntima, e finalmente abocanhei a
cabeçona.
O pau do meu primo estava latejando, babava em minha boca e emanava
calor. Era grosso, com pentelhos aparados, e a cabeça inchada. Ele era
inclinado para a direita, um pouco mais grosso na cabeça. Suas bolas estavam
duras e quentes, eram grandes e eu as massageava enquanto chupava.
Então fiquei ali sentindo a grossura, sugando aquela silhueta larga com
vigor, enquanto a chuva caía no quintal. Quando senti que estava bem
molhado, escorrendo pré-gozo e pronto para mim, removi minha peça íntima
e subi para sobre ele, posicionando a extensão.
Meu primo gemeu quando me sentiu colocá-lo no orifício. Sua ereção
latejava em minha mão e eu a pincelei no canal, sentindo a grossura da cabeça,
espalhando o pré-gozo para umedecer. Como seu pré-gozo escorria
intensamente, fui ficando molhado, até sentir-me relaxado o suficiente para
continuar. Então me ajeitei melhor e fui guiando a cabeça para dentro, com
dificuldade, mas quando relaxei apreciei o princípio da invasão.
Era um membro verdadeiramente cabeçudo, por isso senti como se uma
lança estivesse sendo fincada dentro de mim. Procurei relaxar e sentar-me
vagarosamente, ouvindo meu primo gemer. Senti sua respiração ofegante e
suas pernas se moveram no desejo de me encaixar, até que suas mãos tocaram
minha cintura. Daquele jeito meio embriagado ele pediu:
— Cavalga Otávio, cavalga.
E eu o obedeci. Ofegando, senti o membro pulsante me invadir, e passado
alguns minutos comecei a dá-lo prazer.
Oh...
Oh...
Oh...
Ele ofegava com dificuldade conforme eu movia minha bunda. Por estar
bêbado, eu não sabia se compreendia o que estava acontecendo, mas continuei
a cavalgá-lo, deslizando o orifício em seu pau, enquanto o meu babava em sua
barriga. Eu tremia de prazer naquela vastidão masculina. Apoiei as mãos em
seus quadris para ajeitar-me melhor, e revirando os olhos procurei por seus
lábios. Podia sentir meu orifício contrair forçando-o a me lubrificar com seu
pré-gozo, aquele pau era muito babão.
Ele começou a tencionar as coxas no reflexo de socar. Estava suando na
virilha e eu na bunda. Minha próstata começou a ficar sensível, eu senti como
se um turbilhão de porra fosse sair de mim, e ainda movendo em seu pau eu
jorrei.
Meu caldo respingou por sua barriga. Eu estava ofegante com seus
pentelhos irritando minhas curvas, tentando leitá-lo de uma vez, até que meu
primo começou a gemer intensamente, e não demorou meu orifício inundou
com seu gozo.
Céus, como estava quente.
Seu pau deslizava como sabonete. Os três primeiros jatos foram tão
abundantes que pareciam gel, os outros vieram bem finos e mais mansos, com
ele a respirar satisfeito, os pentelhos ensopados. Então, meu primo sorriu
engolindo em seco e eu tombei ao seu lado, satisfeito por aquela loucura.

PARTE TRÊS
Ouvi quando um carro de som passou na avenida anunciando venda de
ovos, e abrindo os olhos, despertei no quarto clareado pelo amanhecer.
Fitando a porta, observei por um segundo a chave prateada, e umedecendo os
lábios movi os dedos e os senti afundando entre os pelos do seu peitoral.
Imediatamente a lembrança da noite viera à memória, e erguendo os olhos,
fitei os do meu primo que já há algum tempo me encaravam silenciosamente.
Sem reação, eu apenas mantive silêncio, e engolindo em seco com ele agora a
erguer o cobertor para olhar nossos corpos abaixo dele, respirei fundo.
— Otávio? — ele sorriu, sussurrando para que ninguém nos ouvisse. Os
parentes já se moviam pelo corredor — Otávio Augustos, por que estamos
nus?
— Henrique, eu...
— Nós fodemos?
Olhei para as cuecas jogadas no canto, aquilo era óbvio, então exibi um
sorriso.
— Estávamos bêbados — fiz uma pausa, fixando sua feição. Os olhos
dele estavam ardendo.
Ele fez silêncio, então se ajeitou.
— Droga Otávio — respirou fundo e lá fora, uma tia passava brigando com
o filho — Você sabe que isso pode dar uma confusão se o restante da família
descobrir.
— Descobrir como? Antes fazíamos e nunca desconfiaram. — eu
umedeci os lábios, erguendo-me a seu exemplo. Ajoelhei-me no colchão, entre
suas pernas, o cobertor escorregou por minhas costas e ele pôde apreciar meu
corpo desnudo — Vai dizer que você não queria?
— Sim, eu queria, mas... não aqui.
— E para onde iríamos? Você volta para Brasília amanhã.
— Um motel... sei lá.
— É feriado de natal. Nenhum motel abre hoje.
Ele tentou dizer algo mais, porém eu o impedi, tocando seus lábios.
— Pare de recusar — franzi o cenho — Vamos apenas aproveitar.
Estamos afastados há cinco anos.
Eu o fitei um momento. Ele estava tão lindo com aquela barba, com
aquelas pequenas linhas de expressão na testa. Então apreciei um largo sorriso
emoldurar seus lábios.
— Tudo bem. Vem aqui, vamos matar a saudade das nossas loucuras.
— Sim. É o melhor a fazemos.
Retribuí ao seu beijo deixando-o domar meus lábios. Nada havia mudado
neste tempo de afastamento, nem a forma como a língua deslizava, nem o jeito
como sempre me colocava por baixo. Meu primo sempre me pegava como se
eu fosse um bicho do mato, abria minhas pernas com força e posicionava o
quadril entre elas, erguendo minha bunda. Eu ofeguei.
— Está dilatado — ele sorriu deslizando o dedo por meu orifício.
Metemos tanto durante a madrugada que o canal já não recusava sua
passagem.
— A noite foi intensa. Pena que não viu.
— Agora vou ver — ele sorriu, mordiscando meus lábios — Seu safado.
E ele entrou. Se aguardou um instante para que eu me acostumasse foi
bem pouco, pois de tão aflito por mim começou a mover imediatamente,
enquanto beijava minha boca. Como ele já havia me torado, acolher suas
estocadas não foi tão difícil, mas ardeu por estar sensível.
Ele acariciava minhas coxas conforme movia, forçando-me contra os
travesseiros, e eu retribuía a seu beijo, ouvindo a chuva recomeçar no quintal.
Adorava como ele movia os quadris e apertava minhas coxas, então, quando
ergueu o rosto eu sabia que viria seu prazer.
— Eu estava com saudades primo.
— Eu também estava Henrique.
E senti o jato grosso e quente molhando meu interior, e novamente
ensopando minha bunda. Era uma delícia o jeitão rústico do meu primo gozar,
uma delícia sua rola deslizando em meu orifício, e seu gozo leitoso escorrendo
para os lençóis.
A P Wilson
O gostoso da academia
PARTE UM

Eu tinha uma razão específica para ir todas as noites à academia com o


meu pai. Ele era policial militar e por isso, exercícios físicos eram fundamentais
em sua rotina. Para ele não havia tempo ruim, fizesse frio ou calor, lá estava,
malhando o corpo cheio de contornos, enquanto eu mantinha-me à distância,
sentado em um banco admirando seu colega de treino. Bruno era mais novo
que meu pai, eles trabalhavam juntos no batalhão, por isso, acabaram por fazer
amizade, e já há dois anos treinavam após o expediente. Desde a primeira vez
em que eu troquei olhares com o rapaz senti algo completamente diferente por
ele, e agora, eu já não conseguia disfarçar o interesse cada vez mais acentuado.
E Bruno sabia disto, já que em certa festa da corporação tivemos um lance
no banheiro, tudo em sigilo. Talvez por isso ele ficasse ali, a provocar-me
enquanto aquecia os músculos torneados. Acredito que meu pai não percebia
nossa proximidade, tanto que era comum recebermos o colega em nosso
apartamento.
Foi então que eles resolveram treinar as pernas em um exercício de pular
cordas. Meu pai estava ao seu lado, e eles riam enquanto praticavam. E eu
fiquei ali, no banco a fitar Bruno. Seu short azul estava frouxo, e mais frouxo a
silhueta solta dentro dele, que pulava para cima e para baixo seguindo o ritmo
em que se moviam. Eu sabia que o rapaz havia feito aquilo de propósito, vindo
com uma cueca frouxa para o treino, pois nos dias anteriores nunca vi seu
membro se movendo tanto enquanto pulava, o que me fazia questionar qual
seria o motivo para tanta “liberdade”.
— Eduardo, pega água pra gente?
A voz rígida do meu pai ecoou, e erguendo-me, eu senti os olhos do PM
me seguindo pelas costas, por isso, ajeitei o short para que marcasse minha
bunda. Não era a primeira vez que eu fazia aquilo, eu percebera que embora
pagasse de hétero, Bruno se atraía facilmente pelas curvas de um homem.
Então eu parei frente ao bebedouro, ali havia um largo espelho pelo qual
pude observá-los malhando lá atrás. Mordisquei os lábios enquanto a
garrafinha enchia, e fantasiei a possibilidade de ficarmos outra vez. Respirei
fundo, cheio de fetiches, e voltei a me ajeitar.
Tornei para onde estavam, os dois fizeram uma pausa com minha
chegada, e secando a testa, meu pai tomou sua garrafa e pôs-se a beber. Na
hora que Bruno foi pegar a dele, senti por uma fração de segundos que seus
dedos roçaram os meus de propósito, e fitando seu olhar comunicativo,
disfarcei.
— Obrigado Eduardo. Você é muito gentil.
— De nada soldado. Se precisar de algo, é só pedir — Respondi fixando-o
com a mesma intensidade.
— Pode ter certeza que peço sim — ele disse, e eu me peguei atiçado
quando levando a mão para entre as pernas, ele ajeitou a mala naturalmente.
Então eu dei de ombros e tornei ao banco. Por costume, me virei um
momento para certificar-me de que Bruno ainda estava a me olhar, e de fato,
seus olhos mantinham-se em minha direção enquanto se ajeitava no novo
equipamento.
Passaram-se alguns minutos, o exercício deles se encerrou, e com um
aceno, meu pai indicou estar indo para o vestiário. Minutos depois, quando
saíram sorridentes e com os cabelos molhados, reparei em como ficavam bem
com aquelas regatas que expunha a musculatura.
Meu pai retrucou:
— Vamos nessa?
Eu acenei positivamente e troquei olhares com o Bruno, observando-o
ajeitar a mochila. Caminhamos juntos para o estacionamento, meu pai e ele à
frente, e eu logo atrás, observando sua bunda perfeita delineada no tecido.
Meu coração batia de forma estranha, e quando chegamos à região mal
iluminada, um dos colegas do meu pai alcançou-nos deixando seu veículo.
— Roger? Ei Roger, que bom que ainda está por aqui cara.
— Maicon? Qual o problema? — ele cumprimentou o homem que
também trabalhava no batalhão. Desviando-me deles, resolvi por me
acomodar no carro, e sentando no banco traseiro, fiquei a ouvi-los dialogar
sobre o carro deste amigo ter dado pane. — Uma carona? — meu velho
retrucou olhando para Bruno, que ajeitando a mochila, abriu a porta, entrando
a sentar-se ao meu lado. Meu coração disparou.
— Bruno? O que houve? — eu questionei olhando para ele, um
sorrisinho safado na face.
— O carro do Maicon quebrou e seu pai vai dar uma carona para ele,
então, desta vez vou aqui atrás, com você.
Eu procurei agir naturalmente. Desde que começamos a frequentar aquela
academia, Bruno raramente vinha no banco traseiro, ele sempre acompanhava
meu pai no carona.
Enquanto observávamos os outros dois ainda conversando, eu senti
quando Bruno virou-se rapidamente para mim, e no escuro, pressionou minha
coxa com um leve sorriso. Fitei seu olhar sentindo um arrepio subir pela região
onde ele apertava com força. O PM tinha dedos largos.
— Você está bem?
— Eu? Ah, sim, apenas um pouco cansado. O dia no trabalho foi puxado
— eu umedeci os lábios, sentindo-me desajeitado com a mão dele ainda ali.
Então meu pai entrou no veículo, e disfarçando, Bruno afastou a mão,
ouvindo-o dar partida.
Nossa viagem começou. Para que o trajeto não ficasse num marasmo,
meu pai colocava músicas. Vez por outra perguntava algo para o Bruno, que se
ajeitava entre os dois bancos para responder, porém, na maior parte das vezes,
o rapaz mantinha-se recostado ao meu lado, fazendo-me sentir o coração
disparado enquanto observava a rua.
O trajeto para nosso bairro era ladeado por prédios, e a má iluminação
engolia a avenida. Eu ficava a observar o movimento enquanto recordava sua
pegada no banheiro do batalhão, o beijo com gosto de cerveja, e isso fazia
arrepios subirem por meu corpo. Foi então que eu pensei: o que aconteceria se
eu resolvesse provocar Bruno ali no escuro? Quero dizer, e se eu o provocasse
perto do meu pai? Como reagiria?
A adrenalina fazia meus lábios ressecarem, e como quem nada teme,
resolvi tentar. Agora, enquanto os três ainda dialogavam, mantive o olhar na
rua e discretamente aproximei minha mão de sua perna. Eu estava trêmulo
quando a toquei, e fingindo naturalidade, deslizei os dedos por sobre sua coxa.
Percebi que sob meu toque o PM fez silêncio um momento, olhou para mim,
mas nada falou.
Meu coração batia acelerado, eu não sabia o que aquilo significava, então
continuei com a mão ali e um sorrisinho incontido, sentindo a maciez de sua
pele. A coxa do Bruno estava quente, e para minha alegria ele voltara a
conversar naturalmente com meu pai, como se quisesse testar até onde eu era
capaz de chegar com minha ousadia. Assim, após alguns minutos que
pareceram eternos, tomei coragem de mover a mão um pouco mais para cima,
erguendo vagarosamente o tecido de seu short.
O rapaz nada falou e eu continuava a olhar para a rua, ouvindo-os
conversarem sorridentes. Ele vez por outra se reclinava para ouvir melhor,
momento de grande adrenalina para mim. Foi então que enquanto meu pai
falava sobre novas resoluções da corporação, Bruno percebeu que eu havia
travado, e senti quando trazendo sua mão para junto da minha, acariciou-a um
minuto, e conduziu até o destino final. No escuro pude senti-lo colocá-la por
sobre sua ereção e apertar, imobilizando meus dedos ao redor do volume e
então soltando, deixando-me prosseguir por conta própria.
Eu estava trêmulo. Bruno sorria enquanto conversava com Maicon, e eu
engolia em seco. Havíamos parado num sinal vermelho e para que não
corrêssemos o risco de sermos pegos, discretamente ele puxou a mochila para
sobre o colo.
Enquanto eu continuava a apertar seu relevo, senti quando ele trouxe a
mão novamente para junto da minha, e desta vez, erguendo o elástico do
short, fez-me colocá-la dentro dele. Eu quase tive um treco com a sensação da
envergadura pulsando em minha mão, e fazendo-me estimulá-lo discretamente,
Bruno recostou-se ao banco, deixando-me prosseguir sozinho.
Eu respirei fundo, me recompondo, e à frente meu pai pisou no
acelerador prosseguindo a viagem. Eu, com a respiração entrecortada,
estimulava a ereção do Bruno por debaixo da mochila. Ao poucos fui
percebendo que entre risos e falas, a voz do PM ia ficando presa na garganta, e
ele se ajeitava no banco com a sensação do latejar. Fiquei ali, estimulando a
cabeça do pau dele com movimentos circulares do dedo, e parei apenas
quando de supetão, meu pai se virou questionando se topávamos assistir ao
jogo de futebol em um bar que havia ali perto.

PARTE DOIS

Por pouco não fomos pegos. Não sei como consegui disfarçar no exato
momento em que meu pai se virou, o fato é que agora caminhávamos para um
bar, e eu ia atrás dos três, imaginando como seria tê-lo feito gozar na minha
mão. Bruno estava vermelho, e eu podia reparar na beleza que era aquele short
colando em sua bunda e as pequenas sardas pelos ombros, então sentamos em
uma mesa afastada, e logo meu pai chamou o garçom.
Eles pediram cervejas e petiscos. Quando as bebidas chegaram, todos se
serviram e puseram-se a comer sorridentes. Eu fixava Bruno, e vez por outra
ele retribuía discretamente, o que deixava meu interior desestabilizado.
Enquanto comíamos, eu observava meu pai e Maicon dialogando sobre o jogo
que começara há alguns minutos, e Bruno apenas mantinha silêncio, colocando
os petiscos de forma sugestiva nos lábios. Eu perguntava-me se alguém ali
reparava em como ele estava agindo, e olhando para meu pai, notei que o
velho estava mais interessado no jogo quê na cara safada que o Bruno fazia.
Foi então que tomando outro gole de cerveja, o rapaz se levantou.
— Alguém sabe que horas são?
Meu pai, que já estava na segunda latinha, virou-se para ele:
— Por que soldado? Tem algum compromisso fora do expediente?
Bruno sorriu, então se ajeitou.
— Na realidade, estou esperando uma ligação importante — disse
olhando ao redor, e eu fitei seu short franzido por um momento. Somente eu
reparara no volume posicionado de ladinho? — Você me empresta a chave
Roger? Penso ter esquecido o celular na mochila.
Meu pai tateou os bolsos enquanto mastigava alguns petiscos, e entregou-
as a ele. Bruno se virou para mim.
— Você não quer vir comigo Eduardo? Voltamos em dois pulos.
Eu olhei para meu pai que agora xingava por um gol contra, então
levantei-me e o acompanhei.

Estava ventando quando deixamos o bar e seguimos para o


estacionamento. O espaço ficava aos fundos do estabelecimento e era mal
iluminado. Ajeitando o short que entrava na bunda, Bruno ia à frente, e
quando chegamos ao veículo, percebi que ele conferia os arredores. Pensei em
romper o hiato, mas destravando a porta, foi Bruno a retrucar:
— Eduardo, acho que o celular está solto perto da mochila — fez uma
pausa, e olhou para mim com um sorrisinho sacana — Você não quer
procurá-lo para mim?
— Eu? — retribui ao sorriso, conferindo que estávamos sozinhos e em
uma região escura. Então, compreendendo o que ele pretendia, gesticulei
positivamente passando à sua frente. — Pode ser.
Agora, abrindo a porta um pouco mais, eu me ajoelhei no banco traseiro e
deslizei desajeitadamente para dentro do veículo, permitindo somente minha
bunda ficar para fora. Bruno mordiscou os lábios com a cena, eu de quatro
para ele.
— Isso. Vê se não está no bolso externo — ele respirou fundo e olhou
novamente para a entrada do estacionamento, em seguida chegou para mais
próximo e eu me arrepiei com sua imprensada. — É lá onde eu o coloco.
— No bolso externo? — revirei os olhos com a sensação do volume
contra minha divisão, então sorri empurrando a bunda um pouco para ele —
Tem certeza?
— Sim. No bolso menor.
Houve um momento de silêncio, e empinado a remexer sua mochila, eu
sentia Bruno roçar aquele volume quente ainda guardado no short. Trêmulo,
nada dizia, apenas deixava ele me estimular. Foi quando o rapaz procurou a
voz:
— E aí Eduardo, encontrou? — eu engoli em seco com ele agora a
procurar meu elástico, enfiando os dedos por dentro dele — Se não estiver no
bolso de fora, procura no de dentro;
— No de dentro? — gaguejei, a voz falhando — Okay.
Os olhos do amigo do meu pai fixaram a entrada do estacionamento
novamente, e ajudando-o a abaixar a traseira da minha bermuda, senti o vento
frio beijar a curva. Eu nada dizia, e quando ele passou a acariciar minha pele,
revirei os olhos quando trouxe o dedo molhado de saliva e passou a umedecer
meu orifício. Eu sorri.
— Bruno?
— Oi?
— Eu... acho que não está aqui.
— Puxa. Mas, nem no bolso maior? — ele mordiscou os lábios com
vozinha safada, e senti que agora pressionava a musculatura tentando penetrá-
la. Eu ofeguei
— Okay, eu... Oh... eu vou procurar melhor.
Então Bruno sorriu e fez silêncio sentindo o dedo brincar lá embaixo.
Com o vento frio a beijar nossa pele, ele massageava, fazendo uma pausa
apenas para substituí-lo pela ereção. Eu revirei os olhos quando ele a
aproximou.
Agora no lugar do dedo largo do policial, a cabeça do pau rosado roçava
minha musculatura, pressionando o orifício que retribuía com leves piscadelas.
Como o soldado era babão, eu podia sentir seu pré-gozo molhando a divisão, e
a sensação era deliciosa. Então ofeguei.
— Bruno!
— Oi? — questionou empurrando e eu cerrei os lábios.
— Ai... Nada — disse engolindo em seco, ajeitando-me melhor.
Agora, firmando-me nas pernas, inclinei sobre o banco e trouxe as mãos
para trás, a fim de abrir passagem para ele. Bruno viu que eu estava gostando, e
inclinando um pouco mais, levantou a regata até o queixo e mordiscou os
lábios. Eu gemi trêmulo com ele passando o pau pela musculatura até que
enfim fê-la desabrochar, então ofeguei quando a cabeça entrou.
Sob o estacionamento, o vento zumbia balançando as árvores. Eu podia
sentir o policial acariciando minhas curvas, e umedecia os lábios apreciando
seu pau quente penetrando a cavidade. Eu ia acabar gozando só com a fantasia
de ser possuído naquele local, porém, quando estava ficando gostoso, um casal
surgiu de repente e ele tirou, subindo a bermuda.
Eu me assustei e segui seu exemplo, entrando no carro. Bruno
acompanhou-me, e fechando a porta, ficamos em silêncio.
Agora o casal se aproximava do veículo. Eles surgiram de algum lugar na
avenida, e com uma criança de colo, caminhavam até seu carro destravando o
alarme. Discutiam fervorosamente, e a mulher deu a volta colocando a criança
na cadeirinha, então seguiu para o carona. Enquanto ainda colocavam o cinto
de segurança, senti a mão de Bruno outra vez tocar minha coxa, e percebendo
o homem dar partida, ele voltou a me olhar. Eu sorri com sua mão
massageando minha coxa.
— Quase fomos pegos.
— Isso deixa tudo mais gostoso.
Umedeci os lábios e ele sorriu. Estávamos conferindo os arredores para
certificar-se de que não seriamos novamente surpreendidos, e então o amigo
do meu pai içou o corpo para mim, roçando meus lábios e então meu ouvido.
— E aí? Você quer continuar procurando meu celular?
— Seu celular? — eu sorri de forma sacana, sentindo a respiração dele
varrer minha face — Estava pensando em algo melhor, se é que me entende.

O pau do Bruno estava tão duro, que puxando seu elástico, vi a ereção
saltar no ar como se fosse feita de borracha. Com a boca umedecendo, ajeitei a
mochila dele no soalho e inclinei-me a sentir o cheiro daquela vara cheia de
veias e com a cabeça desproporcional. Por mais que eu estivesse com a boca
salivando para mamá-lo, eu deslizei o nariz por ela primeiro, a fim de poder
sentir seu cheiro de homem, só então abocanhei.
Oh que delícia.
Bruno gemeu ajeitando-se no banco, e seu pau expeliu um saboroso jato
de pré-gozo em minha boca, umedecendo minha língua. Eu o espalhei pela
vara curva, e por mais que seu membro não fosse grande, era bem cabeçudo.
Estava depiladinho, e suas bolas duras o adornavam graciosamente. Tinha uma
veia saltada, e eu me ajeitei lambendo-a, pondo-me a apreciar aquele pinto
quente.
— Isso, assim... isso.
Ele gemia enquanto eu o guardava em meus lábios, espalhando o pré-
gozo que escorria graciosamente. Bruno estava suando, e conforme eu
estimulava sua ereção, mais sua virilha ficava úmida. Então, após alguns
segundos mamando o militar, eu me afastei limpando a boca.
— Ei, o que houve? Ouviu algo?
— Não — eu sorri, vendo-o apertar o pau enquanto conferia as
redondezas.
— Então por que parou?
— Quero que continue na minha bunda — disse abaixando o short,
livrando-me dele e da cueca — Quero sentir essa pica me enchendo de leite.
Ele fez uma pausa com um sorriso debochado, e apertando o volume,
notei outro jato de pré-gozo escorrer deliciosamente por seus dedos. Bruno
sem dúvidas era um pau babão.
— Tudo bem. Sobe aqui.

Eu estava tão sedento que Bruno teve que me interromper quando eu


tentei encaixá-lo. Olhei para sua mão, e agora ele remexia a mochila em busca
de uma camisinha. Caí na real por um instante, e somente após ele se proteger,
é que voltei a tomar sua vara, ajudando-o a conduzi-la. Foi uma delícia sentir a
cabeça entrando.
— Calma. Devagar
— Delícia.
Mordisquei os lábios e gesticulei positivamente para que prosseguisse. O
pau dele pulsava loucamente, e quando senti seus ovos roçando a divisão,
ofeguei e comecei a mover lentamente.
Bruno voltou a ofegar:
— Rebola nele vai.
— Assim? — engoli em seco, respirando fundo com ele a latejar.
— Sim — sorriu, segurando minha bunda que deslizava contra sua virilha
— Eu gozo rápido, valeu? Então, não ria de mim.

Bruno apoiou o nariz na curva do meu pescoço, e ficou a ofegar nele,


mantendo os olhos fixos na entrada do estacionamento. Em seu colo, eu
movia minha bunda naquela rola cabeçuda, ouvindo-o gemer e mordiscar os
lábios. Estávamos nervosos, alguém podia chegar, mas eu não pararia até sentir
o caldo quente daquele militar.
— Putinha.
— Oi?
— Você é uma putinha safada.
Eu sorri.
— Sim, eu sou mesmo.
Ele engoliu em seco, e deu-me um tapa.
— Então vai. Quica gostoso nessa vara, quica.
Fiz silêncio, e como pedido continuei a mover. Estava delicioso estimular
aquele pau cabeçudo, e o frio da noite ficara lá fora, porque dentro do carro,
somente o calor e o cheiro de foda predominava.
An... An... An...
Bruno gemia deliciosamente. Estava com a virilha toda suada, o peitoral
agitado, e aproximando a boca do meu ouvido murmurou:
— Vou gozar Eduardo.
— Goza gostoso, safado — Respondi com um sorriso, e percebendo
Bruno engolir em seco, pressionei a bunda com mais força e o senti ofegar. Eu
fiquei parado apreciando o látex enchendo, e somente quando ele demonstrou
estar satisfeito, desencaixei e pus-me a limpar a bagunça. Ficamos no carro um
tempo mais, batendo punheta, até que alcançando o ápice, eu também gozei.
Em seguida voltamos para o bar, e meu pai sequer questionara a demora.
A P Wilson
Misterioso perfil fake
PARTE UM

Um tal Luiz Ricardo me pediu amizade no facebook, e antes de adicioná-


lo, fui verificar de quem se tratava. Ao acessar o perfil, vendo fotos e vídeos,
fiquei rapidamente interessado: um cara de mais ou menos vinte e nove anos,
malhado e lindíssimo, que postava coisas principalmente sobre carros e
futebol. Analisando bem as paisagens, vi que eram surreais para um brasileiro,
e mesmo estando mais que na cara de que aquele se tratava de um perfil fake,
resolvi por aceitar.
Uma semana depois recebi uma mensagem dele por inbox. Dizia ter
vontade de me conhecer, que tinha me achado lindíssimo e que por isso me
mandara o convite. Eu que sou bastante educado, e na época tinha tempo de
sobra para dialogar, retribuí ao interesse dizendo que também o tinha achado
um gato, embora não acreditasse nas fotos que ele postava.
Luiz Ricardo então explicou que usava o perfil fake por motivos pessoais,
mas que no meu caso, poderia dar-me o número de celular, e assim
conversaríamos pelo Whatsapp.
Mensagem vai e mensagem vem, começamos a conversar por alguns dias,
e gostando do jeito que o rapaz conduzia o diálogo, senti-me começar a me
envolver por ele.
No início falávamos sobre faculdade, sobre música, mas aos poucos
assuntos como namoro foram sendo introduzidos. Confesso que por não
conhecê-lo, e por andar em uma seca danada desde meu último
relacionamento, fui eu quem começou a querer apimentar as coisas, e assim,
certa madrugada, introduzi assuntos sobre sexo.
Ao questioná-lo sobre virgindade, percebi que o rapaz ficou sem jeito,
então digitou e apagou várias vezes antes de enviar a palavra “não”, então foi a
vez dele perguntar:
“Por quê? Você ainda é?”
“Claro que não”. — Eu respondi sorridente. — “Mas fiquei curioso em
saber se você era, já que diferente dos outros caras, nunca toca em assuntos
picantes”.
Ele postou um emoticon constrangido.
“Ora. Eu nunca perguntei, porque sempre tive você como alguém sério.
Não pensei que gostaria de conversar coisas do tipo”.
Eu sorri. Durante as semanas em que conversamos, percebi que Luiz
Ricardo era um cara romântico, mas ainda assim mantinha um pé atrás por
nunca ter visto sua foto real, então, meio que estava com medo de me soltar
por inteiro.
Eu digitei:
“Ora. Pode parecer, mas não sou nenhum puritano”.
“Disso eu sei” — ele sorriu — “Suas fotos na praia são bastante
chamativas, mas... mesmo assim nunca me senti a vontade para entrar nestes
assuntos”.
Fiz uma pausa, então digitei:
“Eu entendi direito? Então, você não quer falar sobre isso?”
“Eu?” — ele sorriu — “Bem, não foi o que falei. Apenas disse que...”
Não o deixei completar. Estava uma noite quente, e por estar sem beijar a
meses, eu me sentia subir pelas paredes. Principalmente por ver as fotos do
cara por quem ele se passava.
“Você é uma pessoa tão instruída, porque não me conta algo picante da
sua vida? Uma experiência?”.
“Uma experiência? Sei lá. Você não ficaria constrangido de ouvi-las?”.
“Se eu fosse ficar constrangido, não perguntaria”.
“Okay. Então vamos fazer uma troca. Eu conto uma, e você conta outra.
Pode ser?”
Gostei da atitude, e digitei um positivo sim. Ele continuou:
“No ensino médio, trepei com uma garota na sala de aula. Ela fez uma
aposta com as amigas e perdeu, então a prenda era chupar o pau de um dos
caras da turma vizinha”.
“Espera um minuto, então você curte garotas?” — zombei enviando um
emoticon surpreso.
“Na realidade, sim” — ele sorriu — “Sou Bi. Curto as duas coisas”.
Sorrimos, e como imaginei Luiz Ricardo teve a técnica de me fazer ficar
imaginando a cena. Fiquei a fantasiar-me no lugar da tal garota, a fazer a tal
aposta e então a pagar o boquete para ele.
Prossegui:
“Então, você sabia da aposta?”
“Não” — ele digitou — “Só fiquei sabendo quando terminou. Tipo, essa
era a aposta. Ela só precisava chupar o cara se o cara aceitasse”.
“...e então rolou muito mais”. — eu que já estava me sentindo incendiado
com a história, completei. Precisava continuar a ouvi-lo relatar, criando aquela
fantasia no escuro.
“Bem, sim. Afinal, de boquete à penetração, que distância havia?
Estávamos sozinhos, era horário vago. Então foi só sentá-la no meu colo e
afastar a calcinha. Fizemos sentados em uma carteira do fundão, a saia dela
cobrindo tudo”.
Ofeguei e ele enviou emoticon sorridente. A foto no perfil de Luiz
Ricardo me levava às alturas, e na madrugada alta, só conseguia sentir-me
latejar, enquanto estimulava meu membro.
Ele digitou:
“Sua vez”.
“Bem. Meu primeiro boquete foi aos dezoito. Era um vizinho”.
Sorrimos juntos, houve uma pausa, então ele digitou:
“Agora me diz, qual a imagem que você faz de mim? Tipo, você já sabe
que não sou o cara das fotos. Então, que tipo de homem acha que sou?”
“Um homem legal” — eu digitei, porque essa era a verdade — “Legal,
culto e misterioso. Sei lá, você não me parece ter muitos relacionamentos”.
Ele sorriu.
“E de fato, sou mais na minha. Mas na realidade não é por falta de
candidatas (ou candidatos), e sim por escolha”.
“Escolha?” — aquilo foi interessante — “Sei não, está me parecendo
outra coisa”.
“Outra coisa? O que quer dizer?”
Enviei um emoticon zombeteiro. Ricardo já havia se acostumado com
meu jeito provocante, então prossegui:
“Sei lá. Talvez seja vergonha de ter um pau pequeno”.
“Ei?! O que uma coisa tem a ver com a outra?”
Sorri.
“Desculpe-me. Eu, não resisti”.
Ele sorriu, passou alguns instantes e então digitou:
“Não resistiu né? Sei” — umedeceu os lábios ajeitando-se na cama —
“Mas me diga você. Aconteceu algo hoje? Estou te achando muito
assanhadinho. Bastante pra falar a verdade”.
Senti-me desajeitado, ele era um fake que sempre me tratou
respeitosamente, mas, naquela noite eu estava tremendo de desejos.
“Estou com os hormônios agitados. Você não fica assim vez por outra?”
“Depende”.
“De quê?”
“De quando e quanto”.
Eu sorri. Ele era uma figura.
“Bastante e agora”.
Houve uma pausa, ele questionou:
“Bastante de que tipo?”
“Do tipo que precisa de uma ajudinha” — então completei — “Consegue
entender?”.
Ele fez uma pausa.
“Você está propondo treparmos? É isso?”
Esbocei um sorriso, meu coração acelerado.
“E seria uma má ideia?”
“Não se eu estivesse aí”.
“Uma pena não estar”.
“Mas posso chegar rapidinho, isso se quiser”.
Fiquei a imaginar quem poderia ser o cara fake. Será que realmente
conhecia minha casa ou estava blefando? Fiquei a pensar no quanto seria bom
ser verdade.
Então ele digitou:
“Ruan, tenho uma proposta para você, e... acho que pode gostar”.
“Proposta?” — umedeci os lábios — “A que se refere?”.
“Fotos” — ele digitou — “Você quer trocar fotos comigo? Quero dizer,
fotos mais ‘livres’”.
Eu controlei minha empolgação e me ajeitei. Estava sozinho, e a proposta
era tentadora.
“Livres de que tipo? Fala de nudes? E outra coisa, como vou saber que
não está me enrolando? Você não me parece muito honesto no quesito
imagens”.
Ele sorriu.
“Faço um bilhete com seu nome, e mando junto com elas”.
Meu coração queria sair pela boca, o tesão estava alto e trouxe um
travesseiro para entre as pernas. Era muito bom conversar com ele imaginando
seu corpo entrelaçado ao meu. Ao menos o corpo do fake, a imagem que eu
tinha em mente.
“Então manda uma. Se eu gostar, retribuo”.
Ele nada disse, visualizou e ficou off-line. Pensei que não voltaria, mas
para minha alegria, minutos depois a imagem carregou na tela.
Era uma selfie. Estava na cama, trajando apenas cueca escura e com as
pernas abertas. Um bilhete com meu nome repousava sobre a elevação, e uma
pequena parte da silhueta escapava pelo elástico. Senti reações.
“Uau. O que temos aqui?”.
“Gostou?”.
“Parece delicioso. Vai mandar outras como esta?”
Ele fez uma pausa. Sob a cômoda, os ponteiros do relógio tiquetaqueavam
e uma nova imagem carregou. Nesta, a cabeça rosada estava completamente
visível, era uma bela cabeça inchada, e estava molhadinha. Uma pérola de pré-
gozo cintilava na fissura e o elástico branco da cueca segurava a extensão
contra a barriga.
“Agora é você. Retribua de igual forma”.
Não pensei duas vezes. Acendi a luz, abaixei o pijama, e fotografei a
silhueta da minha bunda para ele. Estava com marca de sunga devido ao fim
de semana em um clube, e ao carregar do outro lado, ele imediatamente
digitou:
“Puts. Imaginava ser gostosa, mas não tanto”.
Eu sorri
“Vem sentir a textura. Deve ser deliciosa a sensação de suas mãos
apertando ela”.
“Apertando é?” — ele sorriu — “Tem uma coisa que eu gostaria de
apertar, mas enquanto introduzo devagarzinho”.
Não precisei pedir, após um segundo a nova imagem carregou na tela.
Aumentei a claridade do aparelho, precisava ver cada detalhe com perfeição,
principalmente agora que sua mão surgia, segurando a extensão.
Desta vez estava completa, e meu coração punhetava dentro do peito. Pela
situação e rigidez, o safadinho já estava se masturbando há algum tempo, tanto
que a silhueta estava toda molhada. Bem ao lado dela, o papel com meu nome
repousava com algumas gotas de pré-gozo.
“Como eu queria estar aí. Seria muito bom aliviá-lo com a boca”.
“Você chupa com frequência?”
“Não tanto como queria. Mas se topar, seria um prazer fazer isso com
você”.
Houve uma pausa, ele postou corações.
“Você é uma ótima pessoa Ruan. Merece um cara melhor que eu” — Eu
odiava quando do nada ele ficava dramático. Devia ser de algum signo de água
— “Mas confesso que me excita imaginar esse encontro. Do tipo que meu pau
treme só de pensar”.
“Espere aí? Então você bate punheta pensando em mim?”
“Sim” — ele zombou — “não posso negar que várias vezes”.
Meu coração batia de forma empolgada quando falava com ele, as horas
passavam, e eu sequer percebia. Sei que não devia me envolver tanto com
alguém desconhecido, mas eu sentia uma ligação tão forte, e meu desejo era
tão grande. Por isso eu segui para o espelho, tirei todo o pijama e me
fotografei exatamente como vim ao mundo. Eu queria que Luiz Ricardo
tivesse a satisfação de me ver por completo, e a melhor forma era aquela,
mostrando para ele todo o material. Do rosto aos pés, da cabeça à bunda
desnuda.
“Ei? Você ainda está aí?”
Digitei após alguns segundos, percebendo que ele visualizara a sequência
de imagens e não me dera um retorno. Ele ofegou.
“Caramba, você não tem ideia da sujeira que me fez fazer”.
“Sujeira?”.
“Vou mostrar”.
“Por favor”.
E ele mostrou. Uma imagem de seu membro completamente molhado.
Era bastante suculento, rijo com uma cabeça de dar água na boca. O gozo
escorria fazendo a curva das veias até as bolas. Era depilado, e o papel com
meu nome aparara metade do fluido.
“Tudo o que eu queria agora era limpar essa bagunça”.
“Quem sabe um dia não aconteça” — ele sorriu — “Mas até lá, podemos
continuar nossas brincadeiras pelo bate-papo. O que acha?”.
E assim foi durante dois meses. Quase que diariamente conversávamos
pelo whatsapp, cada vez de forma mais íntima e empolgada, introduzindo
áudios quando a velocidade das palavras já não era suficiente. Nas primeiras
semanas tive a impressão de que sempre disfarçava a voz para não ser
reconhecido, mas com o tempo a voz dele passou a me fazer tão bem, que
além das sacanagens que me levavam aos céus, seus conselhos também
passaram a ser muito importantes.
Nas madrugadas ele me mandava fotos da cueca que estava usando, dos
detalhes de seu corpo após a malhação, da pica, das bolas, da bunda, e em fogo
eu retribuía mandando posições mais comprometedoras, como ele sugeria,
nuzinho frente ao espelho, ou na cama, em posições que ele fantasiava.
Luiz Ricardo dizia que estava doido para me ensinar algumas lições, e eu,
seduzido por aquela voz, ofegava desejando que ele me tomasse com força.
Mas eis que nada é perfeito, e de um dia para o outro simplesmente parou
de responder, tampouco a ouvir meus áudios. Aquilo mexeu profundamente
comigo.

O terrível, no entanto, não era seu sumiço, e sim o desconhecimento das


razões. Eu confiava nele ao contar sobre minha vida, e agora não sabia se dera
o fora por algo que eu falei, por algo que acontecera a ele, ou se simplesmente
enjoara da conversa e conhecera contato melhor.
Uma semana passei nesta tortura, e duas sem qualquer retorno. Fiquei
numa deprê danada.
Trancado no quarto eu me culpava por ter me apaixonado por palavras,
fotos e áudios, e refletia que talvez essa história sobre ele ser “Bi”, funcionasse
apenas no secreto, no diálogo noturno, pois durante o dia em sua vida real,
devia ter assumindo algum relacionamento normativo.
Ele devia ter seguido em frente, e eu precisava fazer o mesmo. As aulas na
faculdade estavam retornando, e precisava tornar à realidade. Foi quando
respirei fundo e aceitei que havia acabado, e mesmo cativo a reler nossos
históricos e rever suas fotos e vídeos vez por outra, ergui a cabeça e segui em
frente, e então veio a descoberta que me virou do avesso.

PARTE DOIS

Éramos apenas eu e minha irmã na casa espaçosa. Morávamos juntos


desde o início da faculdade, e neste curto período acabei por fazer amizade
com seu namorado. Carlos frequentava nossa residência com frequência,
éramos acostumados a almoçar juntos aos fins de semana, assistir filmes. Ele
estudava em uma faculdade do outro lado da cidade, vez por outra dormia
conosco, então era alguém da família.
Desde o início das férias não nos víamos, ele havia viajado para a casa dos
pais e voltaria apenas nas próximas semanas. Estava no litoral, de onde
mandava fotos para minha irmã, mensagens dizendo que estava com saudades,
e naquela manhã eu finalmente encontrei tempo para vê-las junto a ela, já que
Carlos, por ser tímido, não tinha redes sociais.
Sentada ao meu lado Aline ia passando as imagens na tela do celular, e não
posso negar que ver meu “cunhado” só de sunga era inebriante. Foi então que
Aline deixou-me com o aparelho e foi à cozinha desligar o fogo de uma
panela, e eu fiquei ali a passar as imagens, até que percebi aquela que me fez
sentir um arrepio.
No princípio não acreditei no que meus olhos viam, era confuso demais
para aceitar, mas então, ampliando-a o zoom (com Aline longe eu podia
apreciar o volume do Carlos), notei os sinais que ele tinha próximo à virilha.
Quase tive um treco ao constatar que aqueles sinais de nascimento eram os
mesmos de Luiz Ricardo, ou melhor, quase tive um treco ao descobrir que
Luiz era na realidade Carlos, o namorado da minha irmã.
Minhas entranhas deram um nó sob a verdade, eu senti-me desnorteado e
tive dificuldade de assimilar. Afinal, o que diabos estava havendo? Eu estava
tendo um surto, ou a marca era muita coincidência?
Não quis aceitar, estava em choque. Precisei deixar Aline para trás, e
disfarçando, subi para o quarto, buscando desculpas aleatórias que
justificassem a coincidência, mas no fim, aquelas marcas não eram semelhantes
às de Luiz Ricardo, aquelas marcas eram as marcas dele, as do meu amante
virtual.
Já trêmulo e em fúria senti-me sujo e lancei-me na cama. Engoli em seco,
chorei e voltei ao computador, buscando novamente pelo histórico salvo no
email, pelas imagens, vídeos. Tentei negar a ligação entre os dois, e por mais
que eu quisesse recusar o que via, não havia como ser ilusão.
Todas as fotos íntimas de Luiz Ricardo eram exatamente às de Carlos na
praia: seus mamilos rosados, o tórax bem malhado, inclusive a posição do pau
na sunga, a curva. E se ainda me restavam dúvidas quanto à verdade, as
malditas marcas de nascimento entre as coxas davam o veredicto final.
Era ele. Todo este tempo o namorado da minha irmã fora meu amante.
Aquele membro que eu tanto desejei chupar, aquela bunda que me enchia de
tesão... tudo era dele. Absolutamente tudo.
Comecei a pirar, condenando-me carrascamente. Era tudo confuso, um
grande ponto de interrogação pairava sobre minha cabeça. Eu sentia ódio,
nojo e no fim necessidade de respostas. Tudo o que eu precisava era
confrontá-lo, não Luiz Ricardo que havia sumido sem se despedir, e sim Carlos
Henrique, que estava a quilômetros da cidade.

***

“Não adianta negar. Já descobri a brincadeira de mau gosto”.


Enviei a mensagem em seu número pessoal, e passei a noite esperando
que ficasse online. Luiz, ou melhor, Carlos, passava o dia na praia com os pais
e assim só estava online na madrugada. Tudo o que falava pelo perfil de Luiz
Ricardo, mesmo de forma maquiada, batia com sua rotina quando estava na
cidade, e eu me sentia um tapado por nunca fazer a ligação. Afinal, como eu
poderia imaginar o que estava acontecendo? Ele nunca demonstrara sua
verdadeira face quando nos visitava.
Fiquei esperando, mas como imaginei, somente quando a madrugada
chegou ele visualizou. Não respondeu de imediato, e aquilo me corroeu por
dentro.
Eu estava sentado de frente ao computador, o email aberto e suas fotos na
tela. Eu olhava para elas e não sabia o que sentir: repulsa, nojo, desejo. Talvez
ao fim daquela conversa precisasse de um psicólogo, um padre para me
confessar, um exorcista. Então, o aparelho vibrou.
“Desculpe”.
Tremi. Como ele podia ser tão sínico? Como pôde fazer isso comigo?
“Desculpe? É isso que tem a dizer?” — foi o que me veio no momento,
embora meu desejo fosse o de mandá-lo ir ao inferno — “Como pode agir de
forma tão calma diante do que fez? Eu estou muito decepcionado, confuso, mas... preciso
entender o motivo”.
Ele nada digitou. Visualizou e ficou quieto, devia estar em choque como
eu. Imaginei sua voz trêmula, ele umedecendo os lábios vagarosamente e
sentando-se na cama, buscando privacidade.
“Não foi sacaneá-lo, se é isto que está pensando”.
Eu o odiava. Como podia responder-me em frases tão curtas e imprecisas?
Resolvi agir na ofensiva, colocando-me por cima da situação.
“Não quis me sacanear?” — uma pausa, eu estava trêmulo de furor — “Você
criou um perfil fake, se passou por outra pessoa e ganhou minha confiança, então me fez
contar coisas íntimas, mostrar fotos íntimas...”
“Me desculpe-me, de verdade. Estou arrependido e você não entenderia meus motivos”.
“Não entenderia?” — senti vontade de esbofetear o desgraçado — “O que eu
não entenderia? Que você é um doente? Que compartilha das minhas fantasias eróticas? Dos
meus desejos imorais?”.
“Ruan, por favor...”
“As fotos. O que fez com elas?”
Aguardei a resposta, minhas entranhas dando um nó.
“Nada”.
Senti um choque, ele estava brincando comigo. O que “nada” poderia
significar?
“Eu não as mostrei a ninguém, eu as guardo para ver de vez em quando”.
Senti a fúria desabrochar dentro de mim.
“Chega. O que você fez... o que me fez fazer, é doentio. Eu devia contar tudo para
minha irmã agora mesmo, expor seu baixo caráter, mas, sei que ela venera você. Então vou
ignorá-lo, fingir que nunca aconteceu, que você é apenas um doente, e espero que faça o
mesmo”.
Encerrei nosso contato por ali e não aguardei respostas. Excluí seu
número e de manhã, quando estava na cozinha com uma puta dor de cabeça,
Aline sentou-se à minha frente a fim de tomar café.
— Ruan? Você está bem? Que olheiras enormes são essas?
Meu coração ainda estava angustiado, meu estomago embrulhado, e
erguendo a cabeça fui rude com ela.
— Tem notícias do Carlos? Quando ele chega de viagem?
Ela percebeu meu tom repreensivo e arqueou a sobrancelha.
— O Carlos? Acho que amanhã. O que houve?
— Eu não quero que se encontrem aqui quando eu estiver. Não quero vê-
lo.
— Como é? Ruan? O que houve?
— Aline, seu namorado é um idiota. Sei que você o ama, mas... é um
idiota. — travei quase contando a verdade. Então engoli em seco.
— Ei? Diga-me o houve. Eu não entendo, vocês se davam tão bem.
— Não importa o que houve, eu... só não quero me esbarrar com ele
pelos corredores. Espero que respeite isto.
PARTE TRÊS

Não é fácil superar algo assim. Quando se é um desconhecido, você


apenas bloqueia e segue em frente, na esperança de que as fotos não vazem.
Mas, e quando se trata de um conhecido? Alguém que convive em seu círculo
social? É complicado e confuso. Ainda que o envolvido nada faça, sempre
deixa aquela dúvida sobre suas reais intenções, e no meu caso, a conversa com
Carlos apenas piorara tudo, mas eu precisava prosseguir.
Os dias correram, o primeiro impacto da descoberta fora se tornando
mais ameno, e pelo visto Aline e ele haviam entrado em um acordo de que não
deveriam se encontrar lá em casa quando eu estivesse. Ela tentara descobrir o
que acontecera durante um mês, mas como ele também não dava o braço a
torcer, acabou acreditando em qualquer desculpa que contara.
As semanas correram, as provas da faculdade chegaram, e naquela reta
final eu não tinha cabeça para mais nada. Dia e noite trabalhava em meu TCC,
e só tive a rotina rompida quando em uma tarde, seguindo para o almoço junto
a algumas amigas, observei meu telefone vibrar. Era ele. Travei imediatamente.
— Ruan? Está tudo bem? — uma amiga questionou, observando minha
repentina palidez.
— Comigo? — gaguejei — Sim, eu... só tive uma queda de pressão. —
olhei ao redor, procurando-o por ali.
— E o celular? Não vai atender?
— O celular? — tornei a olhar para o objeto que vibrava — Eu... é claro.
Eu... vocês me dão licença um minuto?

Minhas entranhas deram um nó. Era como voltar semanas antes,


madrugadas quentes, áudios picantes. Minhas amigas repararam que eu não
estava normal, por isso observavam-me à distância. Era terrível se sentir
vigiado.
— Eu disse que não queria falar com você. Por que ligou?
Do outro lado eu pude ouvir sua respiração. Ele levou um momento até
responder, e eu senti arrepios quando sua voz tocou meu ouvido.
— Estou no campus. Precisamos conversar.
— Aqui? — um frio dominou meu baixo ventre — O que pensa estar
fazendo? Não há nada para conversarmos, você já sabe tudo o que penso.
Ele respirou fundo.
— Não adianta ignorarmos isso. Eu tentei falar com você outras vezes,
você se esquivou. Por favor, vamos conversar.
— Você é muito cara de pau não é? Eu estou muito ocupado, não tenho
tempo para joguinhos.
— Eu não estou fazendo joguinhos — fez uma pausa, então ofegou —
Precisamos conversar e você sabe. Sua irmã voltou a fazer perguntas, já não sei
se consigo sustentar as desculpas, e... se não aparecer no estacionamento até a
hora do almoço, terei que tomar atitudes bruscas pelo bem dela.
— Atitudes bruscas? — meu coração acelerou — Do quê está falando?
— De colocar um fim em nosso relacionamento. Ou você conversa
comigo, ou eu termino com sua irmã.

***

A escadaria da faculdade nunca pareceu tão longa, e seguir para o


estacionamento nunca pareceu tão aterrorizante. Quando olhei para próximo
das árvores, vi o sol cintilando nos vidros do polo prata, e parado ao lado de
fora ele me aguardava de braços cruzados, os olhos ocultos por óculos
escuros. Estava disperso, observando o movimento, e aprumou-se ao me ver
chegar.
Os cabelos penteados a gel davam um ar de homem sofisticado,
combinando com aquela camisa polo clara que se ajustava perfeitamente às
curvas chamativas. A bermuda combinava com ela, e o mocassim revelava vir
de uma família endinheirada. Carlos era um playboy, assim como Luiz Ricardo.
Ao atravessar os canteiros observando as folhas secas pela sarjeta, parei de
frente para ele e o observei retirar os óculos. Senti um forte impulso de dar-lhe
um golpe, mas ao ver seus olhos escuros e seu largo sorriso, senti-me
anestesiar. Ele estava com a barba bem feita, bem desenhada no rosto
quadricular, e a pele, minha nossa, não havia pele mais bem tratada.
— Você está bem? — Limpou a garganta, e eu vacilei.
— E tem como está? — fui rude, dando a volta para a porta do passageiro
— Agora vamos sair daqui. Quanto antes conversamos, antes eu me afasto de
você.
PARTE QUATRO

— Por que fez aquilo? Você tem noção do quanto foi desumano? —
questionei sem saber em quê pensar, apenas recordando o passado. Estávamos
em um café há algumas quadras da faculdade, e todo o tempo ele mantinha a
cabeça curvada, fixando a xícara de café. Eu observava seus dedos brincarem
com a borda dela, e ao mesmo tempo em que o acha sexy, sentia repulsa.
— Por que é tão difícil de entender?
— Difícil de entender? — fui rude uma segunda, meneando a cabeça com
desdém — E há como “entender” algo assim? Carlos, você está com o celular
cheio de fotos minhas. Você me ouvir contar sobre fantasias mais obscuras, o
que diabos estava pensando?
— Não foi por maldade Ruan — tornou a frisar, e eu respirei fundo —
Quando percebi, já tinha me envolvido.
— O fake, você já o utilizava para enganar outros caras?
— Confesso que não — Ele me interrompeu. Seu jeito sério e misterioso
era envolvente — Na realidade, eu o criei apenas para conversar você.
— Isso, isso é uma loucura.
— Não se você olhar por outro ângulo. Que droga — Ofegou, fazendo um
momento de silêncio quando uma garçonete se aproximou recolhendo copos
da mesa vizinha. — Eu apenas queria conhecer você melhor, eu... Desde as
primeiras vezes que visitei sua casa, não consigo tirá-lo da cabeça. — engoliu
em seco, sua fisionomia perturbada era envolvente. — Por favor, facilite as
coisas.
— Facilitar as coisas? Carlos, nada justifica algo assim, nada justifica os
rumos que deixou tomar. Nós éramos amigos, podíamos ter conversado
livremente qualquer assunto. Para quê criar um fake? Qual a necessidade disto?
— Por que não tenta me entender? Ainda não compreende o quanto isto
é complicado para mim também?
Eu estava confuso. Às vezes pensava estar compreendendo, mas em
outras sentia uma perturbação.
Ofeguei.
— Seja mais claro, vou tentar não julgá-lo.
— Não posso ser mais claro que isto — retrucou engolindo em seco,
conferiu os arredores, então me fixou — Eu sou apaixonado por sua irmã,
mas...
— Mas?
— Eu não consigo tirar você da cabeça — fiquei perplexo quando deu um
golpe na mesa, ele só podia estar perturbado.
— Ei? Controle-se.
— Ruan, desde os primeiros encontros eu não consigo esquecer seu
sorriso, seu jeito de ser, eu não consigo me esquecer nossas conversas na
madrugada, seus pedidos, suas... fotos.
— Agora chega — eu o fiz interromper olhando ao redor com assombro.
Aquilo estava mesmo acontecendo? — Carlos, você tem noção da insanidade
que está falando? Você perdeu o juízo? Você é namorado da minha irmã há
mais de cinco anos, que loucura é essa?
— E tem como controlar estas coisas? — ele praguejou e eu fiquei em
choque com seu cinismo — Você conseguiu controlar? Vai negar que não
estava gostando... que você queria que nós...
— Não, eu não queria. Se eu soubesse que era você, nunca teríamos
chegado àquele ponto.
Seu olhar em minha direção causava paralisia, e por mais que eu quisesse
fingir não ter sentido nada, era impossível mentir.
Respirando fundo, tomei minha mochila e me ergui.
— Acho que esta conversa precisa ser encerrada. Você perdeu o juízo
completamente, não tem a menor noção do problema que pode causar e... isso
precisa parar por aqui.
— E se eu quisesse continuar? — O observei erguer-se a imobilizar meu
braço. Arregalei os olhos com sua pegada, e alguns clientes fixava-nos à
distância.
— O que está fazendo? Me larga?
— Céus... — ele afrouxou a pegada — Ruan, perdoe-me por isso, foi sem
querer. Eu não queria assustá-lo, só estou tenso e... — olhou ao redor, o casal
que nos encarava desviou o olhar — podemos continuar esta conversa em
outro lugar?

PARTE FINAL

Entro no carro e a brisa cessa quando ele fecha a porta do motorista.


Ficamos em silêncio um minuto, observando as crianças que brincam em um
parquinho logo à frente. Meu coração está acelerado, sinto-me desconfortável,
e ao lado ele parece ansioso.
Quero correr, quero ficar, então finalmente ele rompe hiato:
— Estou gostando de você, e não adianta protestar contra isso, é um fogo
que me queima, uma perturbação dia e noite em minha cabeça. Sei que é
doentio, mas... esta é a pura verdade.
— Carlos, por favor. Isto é uma insanidade.
— Então me ajude a destruí-la — Ele se vira de supetão, tem a tez
franzida — Ruan, me ajude a acabar com isso, por favor.
— Ajudar? Mas, como eu poderia? Meu Deus, você está me aterrorizando.
E ele continua a me encarar como um bicho, seus olhos escuros fixos em
minha feição.
Penso na minha irmã, no quanto as coisas ficaram estranhas depois que
discuti com ela sobre a presença dele. Penso nas conversas que tivemos nas
madrugadas, em suas fotos e áudios, e em meus desejos.
Volto a olhar para a rua, para as crianças correndo alegremente, e neste
momento ele toca minha perna. Um arrepio sobe paralisando meu corpo.
— Carlos? — Eu fito seu olhar e gaguejo buscando minha voz.
— Só uma vez? — Penso um momento, sentindo-me ficar suado — E
então prometo que sumo do mapa se for preciso.

Há um fogo queimando dentro de mim que destrói meu bom senso.


Quando ele conduz o carro para o estacionamento frente à minha casa, e eu
desço observando os arredores, sinto como se as chamas se espalhassem por
meu corpo, seguindo para todos os lados da rua.
Eu o fito visivelmente agitado, a seguir-me pelas costas ajeitando a
bermuda, e ele sobe para a varanda a meu encalço, vendo-me destrancar a
porta e entrar à frente.
Meu coração está disparado, a presença dele ali me traz confusão. Então
ele para próximo ao sofá, observando os porta-retratos de família, afrouxando
o primeiro botão da gola polo.
— Estamos a sós?
— Sim — busco coragem para aquela insanidade. Eu preciso daquela
insanidade. — A Aline só volta amanhã, não precisa se preocupar.
Aquilo é literalmente uma loucura, eu sei, mas deixo Carlos deslizar suas
mãos grandes por meu corpo, como se fossemos amantes, ávidos pelo fogo
proibido. Ali há muito desejo, e também janelas ao redor. Ele me lança na
parede, sinto seu corpo comprimir o meu e sua língua invade minha boca. Não
consigo respirar, sentindo suas mãos erguerem minhas pernas, envolvendo-as
em seus quadris. Ele é tão alto, e forte.
— Carlos, me deixa fechar as cortinas — retruco sem ar, olhando ao
redor. Ele parece recobrar a noção, e então respira fundo.
— Você tem razão. Vai lá.
Então me afasto ofegante. Enquanto abaixo as persianas do quarto, o
observo retirar a carteira do bolso e outros objetos, jogando sobre minha
escrivaninha. Aos tropeços, tranco a porta e volto a ele ávido por seus beijos,
sendo conduzido até a cama, ajudando-o a retirar a camisa, expondo o peitoral
ao relento. Ele é muito malhado, tem poucos pelos e está bastante
avermelhado.
— As fotos, apague-as.
— Só se você apagar as minhas.
— Como sabe que eu não apaguei?
— Eu não sabia — Engulo em seco, não quero pensar na minha fraqueza
— E isto só prova que não sou o único insano aqui.
Ele me vira de costas, e eu sinto suas mãos puxando minha calça,
desnudando minha bunda. Meu coração quer sair pela boca, sinto arrepios e
estou aquecido com suas mãos aflitas voltando a percorrer meu corpo, em
busca dos botões da minha camisa. Carlos parece um animal faminto, ele vai
retirando peça por peça e jogando no chão, então passa para as suas, em
instante o contraste de nossos corpos nus revela a diferença de porte físico, ele
sobe para cima de mim.
— Carlos... isso precisa ser um segredo.
— Ruan, isso É um segredo.
Sinto sua boca calando à minha. O colchão acolhe minhas costas, e com
habilidade, ajudo-o a se posicionar entre minhas pernas. Eu sinto seu suor
molhando minha pele, sinto seu membro roçando minhas coxas, e fazendo
pressão contra meu corpo, ele ofegando ao meu pescoço.
An...
Estico-me nos lençóis conforme ele me beija. Fico a recordar seus áudios
enquanto ele me devora loucamente, mordiscando meus lábios, meu queixo.
Deslizo minhas mãos por seus ombros, puxo seus cabelos, então ele se ajoelha
e me deixa vê-lo masturbar o membro. Eu o interrompo no momento em que
tenta colocar em minha divisão.
— Não, espere — Uma rápida recusa me vem. Ficamos parados, e trêmulo
eu observo aquela perfeita silhueta que aponta para o alto. Carlos a sente
latejar na mão da aliança, e eu ofego vendo o pré-gozo escorrer — Eu quero
chupar, mas sem pressa.
— Tudo bem.
O pau do namorado da minha irmã é o pau mais lindo que já vi. Grande e
grosso, tem uma cabeça rosada de saltar os olhos. Quando ele o aproxima da
minha boca, eu ofego e vagarosamente abocanho, deslizando a língua ao redor.
Glop... Glop... Glop....
É um pau saboroso, e ele só consegue revirar os olhos enquanto dou
prazer fodendo com a boca. A visão da silhueta frente a frente é estonteante, e
agora que está molhada de saliva, fica ainda mais bela.
Eu o observo forçá-lo contra meus lábios, sinto o calor quando o bate
contra minhas narinas, e então Carlos enfia novamente em minha boca. Eu
ofego.
— Vem aqui — ele agora me coloca de costas — Me deixa ser seu
homem.

“Ah”. Estou trêmulo, pois faz meses que não sou penetrado. Fecho os
olhos e viajo naquela sensação, àquelas noites de luxúria virtual, apreciando o
desconforto e o prazer da invasão. “Enfia”. Ofego com meu corpo curvando-
se ante os lençóis, e sinto seu peitoral aproximando-se das minhas costas
quando o membro dele alarga minha entrada. “Oh”. O membro grosso do
Carlos está deslizando como uma lança, já sinto seu ovos se aproximando, e
revirando os olhos sinto seus pentelhos. Ele entrou até o limite, o pau do meu
amante está fincado até o fim da base, e puxando meus cabelos ele ofega em
meu pescoço e começa a meter.

AN... AN... AN... AN... AN... AN...


Vou à lua e amasso os travesseiros conforme ele mete. Estou sob seu
corpo e não há para onde correr, Carlos me envolve como um animal.
AN... AN... AN... AN... AN... AN...
Meu canal acolhe sua ereção com ardor. Sua virilha bate em minha bunda,
e ele tira tudo e torna a enfiar aquela rola grossa.
Oh.
O namorado da minha irmã tem o melhor pau do mundo.
Firmo meu corpo para não vacilar às estocadas, e seu nariz passeia por
minha pele, conforme me possui por trás.
AN... AN... AN... AN... AN... AN...
Ele mete com desejo, me fazendo revirar os olhos. Eu estou perdendo as
forças, com o orifício molhado de pré-gozo, firmando minhas pernas para
deixá-lo ir até o fim. Seu pau é tão babão, seu corpo é tão quente. Eu estou
completamente rendido àquela loucura.
AN... AN... AN... AN... AN... AN...
— Está gostando?
— Sim, você é uma delícia na cama.
— Então geme para mim como uma putinha. Geme para que eu nunca
me esqueça de como foi bom.
E ele enfia como mais força, fazendo-me quicar e retorcer como um gato
no cio. Eu engulo ofegante sentindo as penetradas, completamente sem ar
com meu corpo indo e vindo no compasso de seus movimentos. E Carlos não
se cansa, todavia se cala, deixando-me sentir seu tesão.
— Ruan... eu vou gozar.
— Goza.
Ele anuncia e eu me preparo. Estamos conectados há vários minutos, e a
forma como bate contra minha bunda é deliciosamente apaixonante. Ele geme
movendo seu pau inchado para dentro e para fora, seu hálito varre meu
pescoço, e levando a mão ao meu membro eu também busco por prazer. É
quando sinto os jatos quentes, Carlos tirou o membro de dentro de mim e bate
aceleradamente respingando gozo por todos os lados, e eu sinto o meu fluir
como um rio.

***

Há um longo momento de silêncio. Minha mão está molhada, meu pau


está amolecido, e desfalecido ao meu lado, Carlos fita o teto. Confiro o relógio
sobre a escrivaninha, não consigo imaginar no que pensa, mas eu apenas
aprecio a sensação de seu leite escorrendo por minha divisão, e também seu
cheiro de suor.
A tarde esta indo embora, passa das cinco e logo a noite chegará. É
quando ele se senta.
— Preciso ir embora — ouço sua voz romper o hiato, e ele encontra a
cueca caída no chão — Eu... tenho coisas a fazer, e... não posso ficar mais.
— Mas Já? Não prefere ficar para o jantar?
Ele não me olha. Apenas veste a bermuda, procurando pelo relógio.
— Não. Eu preciso ir para a casa, me sinto estranho.
Fico sem graça, compreendo o que quer dizer. Isso acontece com alguns
homens após gozarem, principalmente quando a sexualidade é mal resolvida.
— Você vai ficar bem?
— Acredito que sim — ele ofega e olha rapidamente em minha direção
— Mas não se preocupe, eu... prometo que as coisas não vão ficar ainda mais
estranhas — veste a camisa, e puxa seus objetos de sobre a escrivaninha,
seguindo para a porta — Apenas preciso assimilar algumas coisas, mas quero
que saiba que você não têm culpa de nada do que aconteceu aqui.
A P Wilson
Segredo entre primos
Chego ao apartamento cansado, e quando abro a porta, o observo deitado
completamente à vontade no sofá. Carlos Eduardo usa apenas um short curto
que marca a bunda, e desatento, mexe no celular. Ele é filho do meu tio, estou
em sua casa passando alguns meses, e percebo que desde minha chegada ele
age de forma provocativa quando estou por perto. Ao menos é o que sinto
quando estamos a sós, e neste momento ele ajeita os fones de ouvido
erguendo os olhos a me observar.
Umedecendo os lábios eu fecho a porta, e aproximando-me retiro a
camiseta, observando pela transparência seus olhos passearem por meu físico.
Há um brilho lascivo naquele olhar, e a silhueta de sua boca ganha maior
destaque quando a umedece. Já percebi que ele está atraído por mim, seria
impossível não reparar no dilatar de suas pupilas, principalmente quando estou
com o peitoral exposto.
Respirando fundo eu o cumprimento, e colocando as chaves de lado, paro
rente ao sofá.
— E aí? Sozinho?
— Sim. Os demais saíram após o almoço. Pensei que viria apenas ao
anoitecer, o que houve? — Ele retruca puxando uma almofada, ajeita o short e
desviando os olhos eu finjo não ter reparado seu volume marcando o tecido.
— Hoje a loja fechou mais cedo, por causa do jogo na TV.
— Parece que todos estão interessados em ver a final, mesmo que o Brasil
tenha sido desclassificado.
Eu sorrio massageando meus ombros. Estão tensos.
— Mas e a empregada? Também já foi?
— Saiu há pouco, mas deixou o jantar na geladeira.
— Perfeito — Gesticulo demonstrando cansaço — Então, acho que vou
tomar um banho — aponto para o quarto que dividimos — Foi um longo dia.
Carlos apenas dedica-se à faculdade, por isso passa mais tempo no
apartamento do que eu. Ele não consegue disfarçar o tesão que o consome,
assim como eu não o consigo, quando o surpreendo com poucas roupas.
Refletindo sobre isto, paro frente ao espelho fitando meu peitoral, para só
então, respirando fundo, desafivelar o cinto e fazer ceder o restante da calça.
Livrando-me dela, agacho ante uma das gavetas e ponho-me a remexê-la em
busca de uma peça limpa para vestir.
Meus pensamentos estão cheios de imagens. Confesso que desde que me
mudei para o apartamento, andei a me masturbar pensando nos olhares do
meu primo, por vezes durante o banho.
Quando estou buscando por uma toalha ouço a porta sendo empurrada, e
de supetão viro-me para ela.
— Edu?
— Eita. Foi mal Henrique — ele protege os olhos, e eu cubro minhas
curvas — Pensei que já houvesse entrado no banho, só vim pegar um caderno,
já estou de saída.
Sorrio sem graça, e com o cansaço se apossando das minhas curvas, ajeito
a toalha e aguardo sua saída, então sigo para a ducha. Sei que faz aquilo de
propósito, entrar sempre que estou desnudo, e isso mexe com meus nervosos.
Sentindo a água lavar minha pele, fico a pensar em seu jeito provocante.
Carlos Eduardo sabe onde aqueles joguinhos podem nos levar, e meneando a
cabeça, tento dispersar a tensão.

Naquela noite uma forte chuva vem sobre a cidade. Reunidos na sala,
estamos a assistir ao noticiário enquanto os trovões soam lá fora. No sofá ao
lado meu tio dorme tranquilamente, e no sofá vizinho, resta a mim e a
Eduardo dividirmos o espaço.
Com um cobertor longo estamos protegidos do frio. Meu primo está
acordado e presta atenção às matérias, e como suas pernas são longas, acaba
por ficar entrelaçadas às minhas. Estou apenas de samba-canção a exemplo
dele.
A sala está silenciosa, somente a voz da repórter pode ser ouvida, e
quando faço um movimento a fim de me espreguiçar, sinto quando o pé de
Eduardo desliza lentamente para o centro das minhas pernas, e num susto, o
percebo aconchegá-lo rente ao meu volume.
Constrangido eu prendo o fôlego. Não sei se sabe onde está tocando, mas
a meu exemplo permanece de olhos fixos à TV. Talvez pense tratar-se de uma
almofada, mas desconfio que saiba exatamente a diferença entre os relevos. Eu
nada digo, permaneço controlando a respiração, sentindo o calor de seus
dedos, e quando um trovão ecoa e meu tio acorda, somos forçados a ir para a
cama.
***

A manhã seguinte surge ensolarada. Eduardo acorda cedo, e após o café


retorna ao quarto, observando-me despertar com seu entra e sai. Empurrando
o travesseiro, eu esfrego os olhos e foco sua imagem trajando a samba-canção
da noite anterior. Ele está remexendo o guarda-roupa, e logo após a silhueta
do meu tio projeta-se à porta.
— Henrique? Você não está pronto?
— Pronto para quê? — Eu questiono confuso, erguendo-me a observar
Eduardo passar recolhendo os tênis. Percebo que esqueci minha meia gozada
ao lado do celular, e discretamente, busco ocultá-la.
— Para irmos ao clube de tênis. Eu avisei ontem no jantar.
— Ao clube?
Fixo meu primo abaixado rente à gaveta, sua bunda emoldura a samba-
canção. Parece fazer de propósito, me provocar, e de repente algo começa a vir
à minha memória.
— Ah sim, eu... me esqueci completamente tio. Ando tão cansado que
acabei me esquecendo do convite. — retruco afastando o cobertor, em busca
por meus chinelos. Percebo que há uma ereção matinal, então disfarço.
— Esqueceu? Não Henrique. Você não pode furar conosco outra vez —
meu tio resmunga seguindo até a janela, e observo meu primo vestindo uma
camiseta.
— Acho melhor deixarmos para a próxima.
— Qual é? Você não vai furar conosco outra vez. — ele diz franzindo o
cenho — Você não pode estar na capital só para trabalhar e estudar. Hoje
faremos um passeio entre os caras da família. Não voltaremos tão tarde, se
arrume de uma vez.

***

Não consigo controlar meus pensamentos, e a única coisa que vem à


minha mente é a recordação do pé dele roçando meu relevo. Carlos Eduardo
fica muito bem vestido naquelas roupas brancas, todos estamos trajando o
mesmo conjunto esportivo, mas Eduardo fica melhor nele, talvez pela bunda
grande que o preenche, ou pelo caimento que faz por suas curvas.
Acompanhando-os enquanto carrego a mochila com as raquetes, ajeito
meu boné e observo o movimento. Embora tenha chovido toda a madrugada,
o clube está lotado, com famílias sorridentes por todos os lados.
Seguimos até uma das quadras e meu tio ajeita as munhequeiras. Eu o
observo se alongar, e sentando-me em um banco à lateral, procuro pela garrafa
de água.
Enquanto sacio minha sede, volto os olhos aos dois, mas agora percebo
meu tio conversando com um colega que acabara de chegar. Eles estão
dialogando animados, e enquanto o fazem, Carlos vem em minha direção.
— E então Henrique? Acho que seremos apenas nós dois.
— Apenas nós dois? Por quê? — retruco ajeitando a mochila.
— Meu pai acabou saindo com o amigo — ele aponta para as silhuetas
que se afastam, e eu coço a cabeça.
— Puts. Bem, o único problema é que sou péssimo em tênis. Você sabe
bem.
Ele sorri zombeteiro, e sinto sua mão tocar meu ombro. Fico arrepiado.
— Não se preocupe primão, terei paciência com você. Se precisar, vou
bem devagarzinho.
Fixo seu olhar, ele está novamente dando em cima de mim. Eu engulo em
seco.
— Ir devagar? — sorrio afastando sua mão, então olho ao redor
levantando-me — Só espero que não me faça perder o fôlego, primão. —
pisco e dou um beliscão em sua cintura.

Meu tio está distante. Já se passaram algumas horas e sinto-me cansado de


correr de um lado para o outro, rebatendo as bolas mandadas por Eduardo.
Quando eu disse que sou péssimo, quis usar o sentido literal da palavra, pois
diferente deles eu nunca frequentei aulas de tênis. Carlos pelo contrário, pratica
o esporte desde sempre, e analisando seu condicionamento físico, observo o
placar marcar um novo ponto. Desisto, e erguendo as mãos faço o sinal de
rendição. Ele se aproxima.
— Qual é Henrique? Já parou?
— Eu disse que sou péssimo.
— Eu não achei você péssimo. Foi incrível, até melhor que o meu pai.
— Melhor que o seu pai? Conta outra. — meneio a cabeça buscando pela
garrafinha d’água, então dou um gole — Vocês praticam juntos há mais de
cinco anos, eu sou apenas um novato do interior.
— Deixa disto. Você marcou bons pontos — Ele aponta o placar e eu
volto a tomar água — De verdade, você é um bom jogador, vai por mim. —
ele afirma apertando meu ombro, e sinto aquela sensação outra vez. Eu fixo
seu olhar, a lascívia e o desejo nele. — Eu estava pensando, o que acha de
treinarmos sozinhos algum dia desses? Sei lá, quase ninguém utiliza a quadra
do prédio, é um bom lugar para ficarmos a vontade.
— Ficarmos a vontade é? — retruco com um sorriso, pegando o duplo
sentido, e também levo minha mão ao seu ombro. — Na realidade meu
problema é o tempo. A rotina tem me consumido, e os minutos que restam
são o suficiente para comer, dormir e fazer trabalhos — sorrio e afasto-me,
ajeitando a bermuda. Então completo: — Mas agora, por que não fazemos
algo útil?
— O que sugere?
— Sei lá. Podíamos tomar um banho, comer algo.
— Um banho seria perfeito — ele chega para mais junto e noto como
está suado — Vem. Eu mostro o caminho.

O local está movimentado e todas as duchas estão ocupadas. Eu olho ao


redor e o sigo até os armários, onde ele coloca algumas coisas. Carlos Eduardo
é acostumado com aquele ambiente cheio de homens, ele vai retirando a
camiseta e guardando junto à mochila.
— Este clube é sempre tão agitado?
— Piora nos feriados. É quase impossível caminhar.
— Há quanto tempo vocês o frequentam?
— Desde sempre. É o clube preferido do meu pai.
Ele dá de costas e o vejo afrouxando a bermuda. Curvando-se, deixa-me
ver suas curvas surgirem. Ele tem uma bunda linda, e prevejo uma ereção
involuntária, por isso procuro disfarçar.
— Henrique, eu estava pensando — ele prossegue guardando o short —
Já que o movimento está intenso, o que acha de dividirmos a próxima ducha
que vagar? — vira-se e me observa.
— Ora, por mim tudo bem — Sigo seu exemplo e também abaixo minha
bermuda, ele fixa a curva em minha boxer por um instante — Bom que
adiantamos as coisas, não acha?
A água cai sobre nossos corpos e eu o observo como um lobo faminto. O
cubículo é apertado, e sinto meu coração acelerado por estar tão próximo a
meu primo em situação tão favorável. Não sei o que deu em mim para aceitar
dividir a ducha, mas confesso que estou gostando de ver suas curvas desnudas
tão próximas às minhas, e meu volume amoldando na boxer molhada.
Alguns segundos passam, ele abre os olhos e fita-me. Eu sorrio sem jeito,
e dou um passo para mais junto, então, sem nada dizer, me posiciono ao seu
lado, deixando a ducha levar a espuma. Eduardo está gostando daquilo, de
observar a água lambendo minhas curvas e eu fixo as dele. Ele nada diz
enquanto me ensaboo, a água prossegue caindo sobre mim e para provocar,
deslizo o sabonete do tórax até a cueca, penetrando o elástico, deixando os
pentelhos à mostra. Ele sorri.
— Qual o problema?
— Como assim? — retruca, disfarçando o interesse em meu vai e vem na
silhueta oculta.
— Você sorriu sem motivo. — provoco movendo minha mão lá dentro,
lavando a cabeça rosada. Ele pode observar a ponta dela, então passo a lavar as
bolas.
— Ah, nada. Eu só estava pensando em coisas aleatórias. Esta semana foi
puxada na faculdade — dá de costas e volta a se ensaboar, eu observo aquela
bunda bem dividida próxima a mim — Só vim ao clube porque meu pai
insistiu. Eu preferia ter ficado em casa, assistindo um filme, sei lá.
— Ora. Podemos fazer isso quando voltarmos — eu coloco o sabonete
de lado e chego para mais perto. Eduardo pressente meu gesto, e
discretamente roço em sua divisão. Ele sorri.
— Seria perfeito primo — ele vira-se, então me afasto — Mas desta vez,
eu escolho o tema.

***

A punheta foi certa. Não sei como não esfolei o pau de tanto bater
pensando nele, e a cada dia, sinto que fica mais difícil controlar meu tesão.
Carlos Eduardo me provoca sempre que tem oportunidade, e eu já não
consigo pensar em outra coisa, a não ser em comer aquele safado.
Certa noite eu chego tarde e ele já está deitado. Quando entro e o vejo
estirado na cama, imediatamente sinto uma leve ereção. Meu primo usa apenas
samba-canção clara e quando me percebe, vira-se e eu preciso disfarçar.
— Henrique? Demorou a chegar. O que houve?
Eu ofego colocando a mochila de lado.
— O ônibus atrasou — retiro a camisa jogando sobre a cama — Pensei
em pegar um Uber, mas, precisava economizar — caminho até a cômoda,
procurando uma roupa limpa — E você? Tudo bem por aqui?
— Sim. Meu pai deitou mais cedo, resolvi vir também. — ajeita o
travesseiro e deixa-me apreciar a samba-canção franzindo pelas coxas — Deu
tudo certo com as provas?
— Nem tudo. Estive com dores nas costas, quase não consegui me
concentrar. Acho que vou tirar uma nota baixa. — coloco a toalha de lado e
passo a despir a bermuda. Seus olhos estão fixos em meu gesto.
— Dor nas costas? Será que foi por causa do jogo?
— Não. Não deve ter sido por isso — explico virando-me só de boxer.
Meu membro está meio bomba, e seus olhos o fixam um minuto — Talvez
alguma caixa pesada que peguei na empresa, ou apenas a falta de férias.
— Férias seria uma boa. Também ando bastante cansado. — O percebo
ajeitar-se enquanto me enrolo na toalha. Minha bunda marca o tecido, e
tirando a peça íntima, viro de frente ajeitando o nó, então caminho ao criado
mudo.
— Não vejo a hora de acabar este semestre para poder viajar.
— E para onde planeja ir?
— Para o litoral, pegar um bronzeado, relaxar na praia. Sei lá.
— Uma ótima escolha. Podíamos planejar algo juntos.
— Uma proposta interessante.
— Só se você quiser, é claro.
Eu me viro com um sorriso e o pego fixando meu corpo com desejo. Sei
que me lança aquele olhar de propósito, e eu já não sei se quero controlar meu
tesão. Eu poderia muito bem subir na cama dele agora, arrancar a toalha e
botá-lo para mamar, mas preciso manter a cabeça no lugar, ao menos aquela
que se oculta sob o tecido.
— Sei lá, podemos pensar em algo — sorrio fixando-o um instante, então
afrouxo a toalha. Por um momento deixo que veja a silhueta meio bomba. —
Se você for um bom primo, tudo é possível.
Meia hora depois estou de volta. Deixei a ducha trajando samba-canção, e
me deitei sem me cobrir. Ele ajeita-se na cama ao lado e desliga o abajur,
deixando o quarto no escuro. Nada falamos a partir daí, ele apenas respira
calmamente e eu observo o teto.
Em minha cama, muitas cenas passam ante meus olhos. Cenas daquele
dia, cenas do trabalho, cenas de nosso banho no clube. Após um longo
momento com fantasias viro-me e o observo ainda desperto. Eu procuro
minha voz.
— O que houve? Está sem sono? — Questiono baixo para meu tio não
ouvir, o quarto dele é do outro lado da parede.
— Estava pensando na praia. Podíamos ficar no hotel que fiquei uma vez,
garanto que é um bom lugar.
— Hotéis são caros — sorrio levando a mão para dentro da samba-
canção, ajeitando meu pau duro — Se for um lugar muito caro, é melhor
ficarmos em pousadas. É preciso economizar.
— Faz bastante tempo que não visito o litoral. Seria um bom destino. Ver
a queima de fogos na virada do ano.
— Então vamos pensar com cuidado. Até lá tudo vai dar certo.
Há um momento de silêncio, então ele prossegue:
— Em qual pousada você ficou na última viagem? — vira de lado, e eu
ajeito o lençol. Meu pau esta duraço abaixo dele, e ouvindo sua voz, fico
imaginando aquela boca carnuda sugando.
— Foi na casa de um amigo — esclareço — Na maior parte das vezes
viajamos em grupo.
— Em grupo?
— Sim. Em grupo ajuda a diminuir as despesas.
— Deve ser divertido.
— É sim — Eu sorrio — Os caras aprontam bastante.
— Você também deve aprontar. — Ele desdenha, e joga-me um
travesseiro. Sinto o objeto acertar meu volume, e tiro a mão de sobre ele.
— Apronto nada. Eu sou um anjo. — Gracejo secando a mão babada,
para então devolver o objeto. É quando gemo.
— Ai.
— Ei? O que houve? — ele se ajeita.
— O desconforto de mais cedo voltou.
— A dor nas costas? — tenta ver-me no escuro, então completa — Você
quer que eu faça uma massagem?
— Uma massagem? Oh, não. Acho que não precisa.
— Ah, fala sério Henrique. Não me custa nada, vamos lá.
Eu não chego a discutir. Para minha surpresa Eduardo deixa os cobertores
e sobe para minha cama. Sob a claridade da janela, eu fito sua silhueta
aproximando-se, então engulo em seco. Ele está oculto pelo breu, e meu pau
lateja.
— Edu, é sério, não precisa.
— Claro que precisa. Vem aqui, me deixa remover esta tensão.

De olhos fechados sinto suas mãos deslizando por meus ombros. Aprecio
seus dedos tocando cada curva, apertando levemente cada volta, e então
explorando as divisões das costelas. Estou de costas para ele, silencioso, e sinto
arrepios subindo pela região que toca. Estou eriçado, e Carlos Eduardo
mantém os dedos passeando por minhas curvas. Seu toque tem uma energia
lasciva, parecem carícias, e desperta cada ligação nervosa em minha pele,
principalmente agora que aproxima os lábios do meu ouvido, conforme desliza
as mãos para frente, rumo ao meu tórax. Ele acomoda-se à curva do meu
pescoço.
— E então? Está tudo bem aí? — sussurra e eu engulo em seco. Meu
pescoço arrepiado.
— Si... sim, eu... acho que estou — ofego com seus dedos apertando meus
quadris, e gemo baixinho. — Onde você aprendeu... essas massagens? São
muito boas.
— Nas partidas de tênis — ele desliza os dedos discretamente pelo
elástico da minha samba-canção, eu os sinto arranhando minha pele e eu olho
para o teto. Meu coração está acelerado, meu corpo está aquecendo, e Eduardo
continua respirando em meu pescoço.
— E você aprendeu algo mais? Digo, relativo a massagens? — ofego com
seus dedos descendo um pouco mais, penetrando a peça lentamente.
— Bem, algumas coisas, mas não sei se você iria gostar.
— É mesmo? — engulo em seco — E do que se trata?
Meu coração acelera, seus dedos arranhando meus pentelhos.
— Vem aqui. Eu vou mostrar.
Quando me viro e ele se aproxima, sinto sua boca tocando à minha e
imediatamente cedo. Nossos corpos se estreitam sob os lençóis e eu ouço a
cama ranger conforme meu primo solta o peso sobre mim. Ficamos assim por
um tempo, ele recostado ao meu peitoral e eu deslizando minha língua por sua
boca, é quando ele se afasta.
— Edu? O que está fazendo?
— Você não sabe? — sorri ao meu ouvido, deslizando as mãos por minha
samba-canção. Eu gaguejo, então o sinto cedê-la pelas laterais.
— Isso é loucura. Se alguém descobrir teremos problemas.
— Ninguém vai descobrir. É só fingirmos que nunca aconteceu.

Sei que é errado, todavia estou ardendo de desejo, e Eduardo demonstra o


mesmo conforme beija minha boca e puxa minha peça íntima. Não consigo
negar que quero aquilo, meu pau já saltou duro à sua frente e quando desperto
do meu devaneio, ele está o segurando. Eu gaguejo.
— Seu pai pode nos ouvir.
— Ele tem o sono pesado, relaxa.
— É melhor irmos para o tapete. Para evitar ruídos da cama.
— Tudo bem. Vamos.

Eu ajeito alguns travesseiros às minhas costas, e Eduardo está


concentrado em sua missão de chupar e masturbar meu pau. Ele também está
excitado, e conforme suga meu membro, eu deslizo as mãos por seus cabelos.
Temo pelas circunstâncias, por isso procuro controlar o ofegar, então ele
procura meu ouvido.
— E então, está gostoso?
— Muito bom. Faz semanas que quero isso.
— E por que não pediu antes?
— Eu não sabia como seria sua reação.
— Agora está sabendo — eu sorrio e ele ofega, voltando a curvar-se.

A boca dele esta aflita, eu a sinto enquanto tiro sua samba-canção. Grande
e inchado, seu pau salta ao relento, e mudando as posições, lentamente eu o
coloco por baixo.
O temor de que meu tio nos ouça me faz ficar em alerta, é quando
procuro seu ouvido.
— Edu. Precisamos lubrificar — retruco sentindo seu anel piscar em meu
dedo. Ele está umedecido de suor.
— Tudo bem, espere um minuto.

Eu não trepo há meses, talvez ele não saiba disso, e a ebulição hormonal
deixa qualquer um desajuizado. Quando percebo, já estou concluindo minha
massagem em seu orifício e forçando meu membro, com ele a ofegar
abraçando meu pescoço. Edu está ofegante, ajeito suas pernas ao redor dos
meus quadris e abro caminho, seu pau também está molhado. Ofegantes e
confidentes, eu o lambuzo com um pouco mais de creme, e de forma falha
nossas bocas voltam a se estreitar. Meu Deus, que tentação.
Enfio o dedo indicador e sob gemidos eu o movo lá dentro. O pote de
creme descansa ao lado, e tomando meu pau, vou substituindo vagarosamente.
Estamos nus, eu entre as pernas dele, e seu membro lateja em minha
barriga. Ele está adorando aquilo, respira aflito enquanto sente meu pau no
orifício, então procura meu ouvido.
— Vem.
— Tudo bem. Relaxa.
Dou-lhe um travesseiro para que possa controlar o gemido, e quando
outra vez troco o dedo pelo pau, comparo o tamanho das extremidades e
latejo.
A cabeça pontuda deve fazer um estrago para abrir caminho, porém eu
tenho confiança de que aquele creme lubrificou bastante. Eu confio que meu
primo não sentirá tanta dor, por isso trago a ereção, e começo a enfiar.

O cu do Eduardo realmente quer aquilo. Ele mordisca meu membro


enquanto penetro, e indo devagar, procuro controlar os ruídos. Eu o sinto
engolindo minha vara, meu primo tem uma boa dilatação, e nada falamos
enquanto desfrutamos aqueles primeiros momentos de tensão, até que estou
encaixado.
Ele ofega.
— Caralho de pau gostoso.
— Ele sequer começou a trabalhar.
Começo a mover, ajeitando suas pernas. É complicado mover e não fazer
ruídos, principalmente quando se está sentindo o gozo aquecer, e quando seu
parceiro geme igual uma putinha.
Ele procura meu ouvido.
— Ai Henrique! Que rola grossa.
— Aguenta Edu, está uma delícia.
Ele gesticular com a cabeça e procura meus lábios, nos beijamos um
momento e então resolvo por mudar as posições. Ele fica de quatro.
Sua bunda fica empinadinha para mim, volto a enfiar minha vara e ele
revira os olhos. Pressiono sua pele enquanto movimento, lembrando-me de
todas as cenas que há muito me excitam, de como Eduardo é uma putinha
louca por meu pau, e fazendo-o inclinar o rosto sobre os travesseiros, começo
a bombar com força.
Céus. Toda vez que eu meto ele amassa os lençóis, e eu mantenho-me em
seu interior enquanto o safado se masturba, e no calor do vai e vem, vou
sentindo minha gala aquecer.
Meu pau está duro como um arpão, o cu do meu primo está molhadinho,
e vou ao mundo da lua quando Eduardo tenta rebolar.
Aquilo está muito bom, e quando ele está gemendo loucamente com o
rosto afundado no travesseiro, eu busco seu ouvido.
— Vou gozar safado.
Ele gesticula com a cabeça e sinto seu orifício piscar enquanto meto. Meus
pentelhos irritam sua pele, ele está com a mão molhada de pré-gozo, e ouço os
ruídos de sua punheta enquanto movimento minha vara.
Está vindo, sinto o calor na próstata. Meu leite está ficando volumoso,
meu pau lateja inchado, e então, num ofegar, lanço o jato quente que inunda
sua cavidade, e ele revira os olhos sentindo-o escorrer por suas pernas. Céus,
como foi bom meter no cu do meu primo, e que delícia é senti-lo gozar
enquanto acaricio seu pau.

Na manhã seguinte acordamos um deitado ao lado do outro. Ao abrir


meus olhos e fitar o teto, sinto o frescor da manhã e toda a cena da madrugada
volta à minha mente. Viro de lado e o percebo com a bunda exposta, ele está
toda a vontade, e acariciando-a, o faço despertar e chego para mais junto,
fungando em seu pescoço. Ele sorri.
— Vamos de novo?
— Só se desta vez eu for o ativo?
Penso por um momento na proposta e meu orifício pisca. Eduardo é mais
safado do que eu imaginei.
A P Wilson
Tesão entre parceiros
PARTE UM

Eu me envolvi com malandragem muito cedo, à época essa era minha


turma. Sempre nas esquinas com a maloca, curtindo uma brisa sob as
marquises, fora apelidado de galã, pois sem dificuldades conseguia qualquer
menininha das redondezas, como ocorreu com a Mariana, garota com a qual
tive um relacionamento por dois anos. Só que éramos muito jovens, imaturos,
e devido aos B.O.s pelo bairro, logo me desentendi com o pai dela e fui
proibido de me aproximar da casa. Acabei por ir embora, morar com meus
tios em uma cidadezinha do interior, lugar onde outra vez me envolvi com
malandragem e acabei preso. Mas esta história ficara no passado, e após doze
anos de afastamento, acabei por repensar minha vida e mudar o curso,
decidindo que era hora de voltar e ver como as coisas estavam.
Para minha felicidade Mariana ainda morava naquela cidadezinha, e soube
por alguns parceiros onde era sua nova casa. O pai falecera, o irmão fora quem
ajudou a bancar as coisas, e segundo o que contavam, Mariana nunca se casou.
Conseguindo o telefone entrei em contato. Eu esperava que a garota fosse
ser rude, mas surpreendi-me com sua voz empolgada, e com ela querendo
saber notícias do meu paradeiro. A voz estava mudada, ficara voz de mulher, e
eu só conseguia imaginar o quanto podia estar diferente. Foi quando sugeri um
reencontro.
Mariana marcou um fim de semana para que eu fosse até sua casa, ela
agora morava na parte de cima, sozinha com o irmão. A mãe morava no andar
térreo, e do rapaz eu recordava pouca coisa.
Então o dia da visita chegou, eu estava ansioso, e quando parei o carro na
porta e vi a silhueta despontar na janela, meu coração acelerou. Só podia ser
ela.
— Davisson? É você?!
Fechei a porta do carro e olhei ao redor. Como costumeiro, havia curiosos
observando dos portões vizinhos, e até pressenti alguns murmúrios sobre me
reconhecerem.
Eu sorri para ela, e dando um passo em sua direção, não hesitei em
abraçá-la. Meu coração batia acelerado, o dela correspondia, e erguendo os
olhos vi na porta a silhueta grande da mãe surgir apoiada em uma bengala.
Olhei para a velha, ela não morria de amores por mim, mas foi cortês, e então
a garota me chamou para entrar.
Diferente de como era no passado, Mariana criara mais corpo, estava mais
cadeiruda, e os seios pareciam maiores. Ela era uma mulher.
Entramos, sentamos, conversamos muito sobre as coisas que aconteceram
neste intervalo de separação. Muitos amigos morreram, e os poucos que
restaram foram presos ou mudaram de cidade. Mas agora estávamos em outra
época, queríamos coisas novas, deixar o passado apenas como lembrança. Foi
quando questionei um pouco mais sobre sua família.
Eu me lembrava que Mariana tinha muitos tios, que sua casa vivia cheia, e
então uma coisa foi puxando outra até que ela contou-me sobre o irmão. Pelo
que dizia, Jonathan também estava mudado, tornara-se mais responsável após
a morte do pai, e neste dia estava na casa de uma tia, mas chegaria durante a
noite.
Almoçamos, tive que ouvir alguns sermões religiosos da mãe da garota,
mas por fim nos acertamos, e para evitar maiores constrangimentos Mariana
me chamou para o sobrado.
Estava escurecendo, o fim de tarde naquela região era encantador, e o sol
descia alaranjado para detrás das casas. Eu e ela ficamos na sacada, observando
a noite chegar, rindo sobre o passado e tomando cerveja. Os quadros de
futebol davam um tom acolhedor ao espaço, o irmão torcia pelo mesmo time,
e Mariana explicou que dividiam o sobrado já que a mãe era muito implicante
com horários.
Ao longe crianças brincavam pela rua, o céu ficava estrelado e quando
percebemos, eu e ela já estávamos no quarto, nus sobre a cama, nos amando
loucamente para matar a saudade das aventuras do passado, experimentando a
maturidade dos atributos que a vida nos dera.
Não sei se era a abstinência, mas ela estava mais gostosa do que me
lembrava. O jeito que gemia, a forma como deslizava, a pressão que fazia com
as coxas. Os cabelos estavam maiores e mais cacheados, e o jeito como se
derretia em minha língua era alucinante.
Botei de todas as formas, em todas as posições, saciando aquele desejo da
distância, do relacionamento interrompido. O fogo acumulado pelo tempo que
ela ficou sem homem e eu sem mulher, até que gozando desfaleci a seu lado, e
embriagados adormecemos.
Quando despertei na noite alta, senti minha cabeça latejar. Era muita
novidade para um dia, e virando-me de lado, vi que aquela morena linda estava
realmente adormecida junto a mim.
Erguendo-me, procurei por meus chinelos e resolvi deixar o quarto para
tomar algo. Eu não sabia onde ficava absolutamente nada na casa, mas ainda
assim meti as caras apalpando as paredes, imerso no escuro. Tropecei em
banquinhos, dei uma joelhada no braço do sofá, e quando finalmente alcancei
a cozinha, percebi uma claridade que vinha de um longo corredor contrário,
que dava para uma porta ao final.
Pensei ser aquele o banheiro, então caminhei até lá, e apertado, fui
puxando a cortina na expectativa pelo sanitário (alguns cômodos da casa não
tinham porta), então me assustei ao dar de frente com uma silhueta curvada de
costas ante uma gaveta da cômoda. Ele estava nu, eu senti um choque
percorrer todo meu corpo diante da visão e meus olhos arderam fixos à
imagem. O formato das coxas masculinas, os braços malhados remexendo as
gavetas e a bunda quadrada com marca de sunga. Pelos diabos, aquele era o
Jonathan?
Ele ergueu-se de supetão e eu senti meu rosto queimar. Envergonhado, eu
me afastei voltando à sala. Meu coração estava acelerado, e vi a cortina fechar
ocultando a imagem. Eu não sabia como reagir, a cabeça estava zonza e o
escuro me envolvia.
Parei rente ao sofá e procurei me situar, fixei a direção do quarto de
Mariana, tentei descobrir onde ficava o banheiro, até que os passos dele
ecoaram vindos pelo escuro. Senti um frio no baixo ventre.
— Davisson?
— Puts Jonathan, desculpe, eu... pensei ser a porta do banheiro.
Então ouvi um segundo ruído às costas:
— Davisson? — Me virei, Mariana estava ali. Vestia uma camisola fina, e
trocando olhares com o rapaz, apoiou a mão em meu ombro e sorriu. —
Então, enfim se reencontraram?
Gaguejei, tornando ao rapaz. Em seu rosto um largo sorriso demonstrava
diversão.
— Puts. Você me deu um susto.
A única coisa que consegui fazer foi permanecer constrangido.
— Eu... acho que posso dizer o mesmo — então corrigi, limpando a
garganta — Ou melhor, achei que fosse o banheiro e...
Ele sorriu, e fixando Mariana, eu engoli em seco.
— O banheiro fica mais ao centro do corredor — ela apontou para a
porta, e eu finalmente a visualizei. Expliquei que estava muito apertado, e por
isso eles me permitiram seguir ao local, e ali dentro eu respirei fundo sem
saber como reagir. Que constrangimento.
Naquela noite não pudemos conversar mais que isso. Ele havia acabado de
chegar, e como Mariana explicou, estava havendo picos de energia no bairro, o
que explicava a luz em meia fase. Estava tarde, e ciente de que naquele estado
de porre nada de coerente sairia de ninguém, decidimos por deixar a conversa
para o novo dia.
Quando amanheceu, novamente nos encontramos na cozinha. Mariana e
eu já estávamos tomando café quando Jonathan chegou, e caminhando até a
mesa, o rapaz esboçou um largo sorriso e se jogou em uma cadeira. Achei
impressionante o quanto ele estava diferente, e me vi sem jeito quando falou
sobre a noite anterior.
Jonathan dissera que a princípio pensou ser a irmã entrando de surpresa, e
eu só conseguia recordar o vulto desnudo rente à cômoda. Aquilo não me saía
da cabeça, as curvas masculinas, e conforme eles foram gargalhando e o
assunto mudando, Mariana passou a contar as coisas que aprontávamos no
passado, e eu ficava apenas a observar a feição divertida dos dois, o jeitão
despojado dele mastigando pão, as curvas do peitoral (ele estava sem
camiseta).
Acabamos por ter uma manhã agitada, e com poucas horas já parecíamos
amigos há séculos.

PARTE DOIS

Reestabelecemos o namoro. Era mais forte que nos dois, e por isso a
partir daquele dia eu comumente visitava Mariana. Nossas cidades eram
vizinhas, eu trabalhava como vigilante durante a semana, por isso só podia
encontrá-la aos sábados e domingos, mas sempre que chegava era uma festa.
Juntando os amigos, assávamos carne, abríamos latinhas de cervejas e
curtíamos boas músicas. Quando tinha jogo na TV havia sobe e desce o tempo
todo pela escada estreita, e no meio disto tudo Mariana sorria como nunca.
Jonathan acabara por tornara-se um grande parceiro. Sempre que eu
chegava já estava preparado para me acompanhar às compras, enquanto a irmã
fazia o almoço. Conversávamos sobre música nas idas e vindas dos
supermercados, ele também curtia Rap e colocava o som no último volume.
Eu contava sobre minhas aventuras e rixas pelo bairro, e Jonathan parecia
bastante curioso quanto a todos os acontecimentos da década anterior.
Ele tinha o costume de vez por outra dar-me cutucões, em brincadeiras
que passei a retribuir. Em várias delas vinha pelas costas enquanto eu guardava
os produtos no porta-malas e apertava minha cintura, noutras aproveitava-se
das grandes filas dos caixas para ficar comparando nossas tatuagens.
Em casa aproveitávamos da quietude para assistir filmes na TV a Gato,
principalmente quando Mariana saía para atender alguma cliente (ela era
manicure). Com as pernas abertas, eu ficava em um sofá e ele no outro,
sentindo a brisa que entrava pela porta da varanda, enquanto fumávamos
narguilé. Vez por outra eu deslizava os olhos pelas curvas do corpo dele, por
aquele peitoral proeminente, o bigodinho sob o nariz, a bermuda frouxa nos
quadris, e sem que eu notasse ele fazia o mesmo. Assim as coisas foram se
arrastando por dois longos meses.

Certa tarde, enquanto me preparava para ir embora, percebi que o


sobrado estava muito quieto. Mariana eu sabia que havia ido à vizinha fazer as
unhas, mas e quanto a Jonathan, que geralmente estava na sala a assistir
televisão? Estranhei o silêncio, e diferente de como agia, desta vez deixei o
banheiro sem fazer ruídos, e fui caminhando pela casa apenas de toalha, a fim
de procurá-lo pelos cômodos. Passei primeiro em seu quarto, ele não estava ali.
Procurei na cozinha, mas apenas a louça lavada decorava a pia. Na sala a
mesma quietude, exceto pelo zunido na TV sintonizada no programa
dominical, e então, no quarto em que eu dividia com a irmã, foi o local onde o
choque aconteceu.
Diferente do quarto dele, o de Mariana tinha porta. Ela sempre ficava
aberta, porém desta vez percebi que estava um pouco recostada. Sem fazer
ruídos aproximei-me de soslaio e procurei uma brecha para visualizar o que ele
fazia lá dentro. Parado próximo à minha mochila, vi Jonathan remexendo
algumas camisetas que separei para lavar. A princípio pensei que estava ali para
recolhê-las, já que Mariana passou a lavar minhas roupas durante a semana
(não que eu não tenha relutado com a ideia), mas mantendo-me um momento
em calmaria, vi o rapaz olhar rapidamente para a porta, e ainda achando que
eu estava no banho, tomar uma das peças (a camiseta do nosso time) e levá-la
ao nariz. A princípio franzi o cenho e tentei encontrar explicação para aquilo,
porém, remexendo as outras peças, o vi encontrar uma das minhas cuecas e
fiquei desconsertado como a exemplo da camiseta, também a levou ao nariz.
Um arrepio me envolveu e meu coração disparou. Senti-me desconsertado
e olhei para a porta do sobrado, então tornei a espionar. Jonathan continuava
com a peça, ele a cheirava e então massageava o membro oculto no short. Eu
o vi fazer isso por alguns minutos, e após o ecoar do portão enferrujado,
imediatamente recobrei o juízo e voltei ao banheiro, fingindo estar me
arrumando.

Mil pensamentos passavam por minha cabeça, mil teorias para o que vi,
mas nada, absolutamente nada fazia sentido, exceto o fato de que o irmão da
minha namorada estava cheirando minhas cuecas e se tocando.
Pensar naquilo me fez ficar de pau duro. A toalha marcou, e olhando a
silhueta no espelho da pia, engoli em seco, excitado com a situação. Lembrei-
me do flagrante daquela noite. Pensei em com o Jonathan tinha uma bunda
chamativa, como era atraente, e um questionamento puxou o outro: Afinal,
será que meu parceiro era gay?
Eu me apalpei, estava duro demais para controlar. Não era a primeira vez
que ficava duro pensando nele, não era a primeira vez que eu me aliviava para
esquecer a loucura daqueles desejos. Assim, naquele entardecer eu me
masturbei imaginando Jonathan me pagando um boquete. Era tão errado vê-lo
assim, tão errado, mas ao mesmo tempo tão estimulante, que quando percebi,
o jato de porra molhava a pia.
Este era um fato com o qual eu precisaria lidar, meu parceiro tinha tesão
em mim. De alguma forma, o irmão de Mariana acabara desenvolvendo tesão
pelo próprio cunhado.
Eu não sabia onde enfiar a cara, eu não sabia como sair do banheiro sem
demonstrar constrangimento, e me lavando, apenas ajeitei a toalha e abri a
porta, assustando-me ao deparar com ele parado ali.
— Jonathan? — limpei a garganta olhando para o corredor — O que
houve? Sua irmã já chegou?
Ele sorriu ajeitando o boné.
— Ela está lá embaixo. Já está de saída?
— Ah, sim. Só vou trocar de roupas.
— Mas volta sábado, certo? Para o jogo?
— Ah sim, eu... finalmente estarei livre para aproveitarmos melhor —
zombei, e percebi o quanto fixava meu corpo enquanto falávamos — Então...
deixa eu me apressar — dei-lhe espaço, e quando entrou no banheiro, eu segui
para o quarto.

A semana correu, as merecidas férias chegaram, e quando parei o carro


frente à residência vi os dois na sacada, descendo para me recepcionar. Meu
coração batia acelerado recordando-me da última visita, e quando chegaram,
foi Mariana a primeira a me abraçar e em seguida ele, com aquela recepção
empolgada. A pegada do Jonathan era forte, o jeito como pressionava meu
corpo e batia em minhas costas era diferente.
Naquele dia nada fizemos, estava escurecendo, e no domingo
aproveitando a manhã ensolarada, almoçamos e ficamos nos fundos do
quintal. Era um quintal espaçoso, cercado por muro e com árvores frutíferas.
Por ser deficiente de locomoção minha sogra raras vezes aparecia ali, ficando
mais no quarto ou na sala.
Vi nas mangueiras uma ótima oportunidade de descanso. Amarrei uma
rede ao tronco delas, e deitei-me a conversar por horas com Mariana. Jonathan
estava sentado numa cadeira à nossa frente, e comecei a sugerir a instalação de
um chuveiro em certo ponto do quintal, a fim de nos refrescarmos em dias
como aqueles. Os dois aprovaram a ideia, e naquela mesma semana colocamos
em prática meus conhecimentos de hidráulica, instalando as tubulações e
colocando uma ducha fria em um espaço próximo à base da caixa d’água.
Foi com o chuveiro que ganhamos maior liberdade de ficar no quintal
apenas com roupas de banho. Tomávamos sol nas espreguiçadeiras
improvisadas, e quando a sós, eu percebia os olhos do Jonathan em mim,
principalmente se eu estava me refrescando. Eu procurava agir naturalmente,
seguindo até lá sempre que Mariana estava ausente, apenas para que ele
apreciasse a água escorrendo por minhas ondulações, apenas para que
percebesse a marcação na sunga.
Quando as posições invertiam, era minha vez de ficar de longe a apreciá-
lo de costas, molhando as curvas chamativas. Seu corpo era atraente, o tecido
molhado da sunga entrando na bunda deixavam-me excitado. Meu parceiro
estava me fazendo endurecer, e por vezes eu tinha que colocar a camiseta
sobre a elevação para disfarçar, torcendo para que Mariana não aparecesse.

Então a última semana de férias chegou.


Ficamos sozinhos no lote. Eu o havia chamado para fazer-me companhia
no quintal, já que o dia estava quente e a irmã precisara levar minha sogra para
uma reunião de diabéticos. Então ficamos na região oculta usando apenas
sunga, bem à vontade a utilizar o chuveiro.
Jonathan falava coisas aleatórias sobre carros, viagens, e silencioso eu
comparava nossos atributos. Dividíamos a ducha algumas vezes, e chamando-o
para as árvores, sentei-me bem a vontade mantendo as pernas abertas
enquanto tomava uma cerveja gelada. Foi quando resolvi introduzir assuntos
sobre relacionamentos.
— E as namoradas Jhony? Não há ninguém que valha um casamento?
Ele sorriu animado. Estava na cadeira à frente, tomando uma latinha.
— Alguns rolos, nada significativo. — ele explicou e eu fiquei observando
sua feição desinibida — Tenho outros planos no momento, quem sabe me
mudar, e se no trajeto encontrar um bom partido...
— Um bom partido? — gargalhei e tomei outro gole — Mas esta de
“bons partidos” é bobagem. Se não se apressar, vai ficar para tio.
— Isso eu garanto que não — retirou os óculos e colocou a latinha lado.
Eu sorri.
— Mas e você Davisson? Aqui pra nós, essa história de pegador era real?
Umedeci os lábios, e conferi a entrada da casa. Não queria que Mariana
chegasse e nos ouvisse.
— Olha, não é querendo me gabar, mas sim. Até porque chovia garotas
na maloca, e chapados não escolhem.
— E ficava só nisso — ele sorriu — ou... faziam outros tipos de loucura?
— Loucuras? Como assim? — olhei para a entrada, e tornei a ele — Está
falando de... comer várias ao mesmo tempo?
Jonathan esboçou um sorriso largo, a conversa ficando interessante.
— Digamos que sim.
— Apenas uma vez, em trio — Eu me gabei e ele ajeitou-se animado —
Foi uma loucura.
— Posso imaginar — pontuou ajeitando a sunga, então retomou a postura
— Quero dizer, foder com duas ao mesmo tempo.
— Não. Não eram duas, era apenas uma.
— Como assim?
— Eu, ela e um amigo.
— Sério?
— Como disse, chapados não tem juízo.
Eu sorri animado e ele fez silêncio ante a revelação, então voltou a
entornar a latinha. É claro que eu estava mentindo só para ver sua reação.
Jonathan rompeu o silêncio.
— Deve ter sido uma experiência interessante — retrucou. A brisa beijava
nossas faces. Em seguida ergueu a cabeça e ficou analisando as folhagens, e eu
aproveitei para ajeitar minha mala. Ele fitou-me outra vez.
— O que houve?
— Olha lá — apontou para o alto da copa, uma manga entre as folhas
empoeiradas — É a primeira deste ano. Acho que vou subir para pegar.
Fixei a fruta e tornei a ele. Jonathan tinha um pescoço largo e atraente.
— Está muito alta. Não acha melhor derrubar com um pau?
— E correr o risco de cair no lote vizinho? Não mesmo.

Eu fiquei por perto, observando-o subir galho por galho. A curva de sua
bunda amoldava na sunga escura, e pude admirar suas bolas sob o tecido.
Jonathan era acostumado àquilo, ele pegou o fruto, e veio descendo até chegar
ao ponto que precisava pular no chão. Aproximando-me, eu o auxiliei,
deixando que se apoiasse em meu ombro. Foi quando o parceiro forçou o
corpo e escorregou.
Por um momento pensei que cairia, e para auxiliá-lo dei um passo extra,
mas no contato nossos corpos inevitavelmente roçaram um ao outro. Ele
estava parado entre mim e o tronco da árvore, e movendo a perna, rocei seu
volume. Imediatamente fixou meu olhar.
— Ei parceiro? Qual o problema? — exclamou arqueando a sobrancelha,
então fitou o contato — Tudo bem aí embaixo? — tentou dar um passo para
o lado, mas excitado eu não deixei. Pelo contrário, forcei meu corpo um pouco
mais contra o dele e Jonathan se assustou comigo procurando seus lábios.

A manga deslizou de sua mão, e quando a minha língua tocou a dele o


senti arrepiar. Com um passo em falso Jhony esbarrou na árvore, e
imobilizando-o pelos quadris, pude sentir o ofegar quente, e então ele deixou-
me apreciar seu desempenho.
Jonathan beijava bem. Eu sentia seu bigode espetando minha pele, e ele
roçava sua língua com malícia e desejo. Foi tomando liberdade para buscar
minha cintura, e eu me assustei quando sugando meus lábios, ele deu uma
pegada em meu volume. Eu me afastei.
— Jhony? — Procurei a voz tentando disfarçar o relevo, constrangido
com o que eu acabara de fazer — Foi mal parça. Eu não sei o que deu em
mim.
— Não sabe? — ele olhou para a entrada da casa, estava com o coração
acelerado, então franziu o cenho — Qual é Davisson? Você me beijou —
limpou-se.
— Sim, mas... puts... eu não fiz por querer.
— Claro que fez — calou minha voz. Eu o fixei com constrangimento.
— Não, eu só...
— Relaxa parceiro — ele tocou meu ombro, em seguida apontou o
sobrado — Vem comigo. Lá em cima a gente conversa.

Jonathan caminhou à frente e eu o segui, conferindo a retaguarda. Em


minha sunga a elevação estava notável, e na dele havia semelhante relevo.
Quando entramos na sala e ele fechou a porta, eu ofeguei:
— Jhony, foi mal por aqui. A Mariana não pode saber que...
— A Mariana vai demora a chegar. Temos tempo suficiente.
Senti-me confuso.
— Como?
— Você não quer? — Ele me encarou e indicou o quarto. Engoli em seco.
— Você está sugerindo...
— Vamos lá — passou à minha frente, e eu ofeguei — É só pra relaxar.

Seguimos apressados pelo largo corredor. Ele entrou à frente e eu em


seguida, abaixando a cortina. Enquanto Jonathan fechava a janela, eu me
livrava das bagunças que estavam sobre a cama, então ele retornou. Fixei seus
olhos um instante sentindo-me nervoso, e tocando meu pescoço, ele fez
nossos lábios se encontrarem. O irmão da minha namorada beijava muito
bem, e enquanto deslizávamos as línguas, o percebi roçar em meu elástico
ajudando-me a tirar o volume para fora. Em seguida sentou-se no colchão.
Oh.
Meu pau latejou em sua boca, molhado de pré-gozo. Ele engoliu o
cabeção e sentiu o calor das veias, dissolvendo o desejo na saliva. De olhos
fixos em mim, mamava e masturbava, e eu ia às alturas com os movimentos da
língua.
O quarto estava abafado, mal iluminado, e não havia ruídos no quintal.
Fiquei um longo momento parado, deixando-o apreciar a vara rígida, então me
afastei, deixando-o despir-se também. Um pau moreno e cabeçudo saltou à
minha frente.
— Você já chupou antes? — ele questionou enquanto se masturbava.
— Não — Confessei ajoelhando-me. Era diferente querer aquilo.
— É só fazer com calma.
— Tá legal.
Eu aproximei a boca e ele ofegou. Apreciei suas bolas e só depois engoli o
cabeção, sentindo a textura e cada veia inchada. Ele apoiava a mão em minha
cabeça enquanto conferia a porta, e eu engolia fundo, deslizando a língua, até
deixá-lo completamente molhado. Ele ofegou.
— Isso, assim.
Continuei por alguns minutos, então me afastei secando os lábios.
— O que houve?
— Me deixa comer seu cu.
— Tem certeza? — sorriu descaradamente.
— Você não quer? — punhetei meu pau, mostrando o quanto estava
duro.
— Tudo bem.

Enquanto eu estimulava, Jhony passava saliva na entrada. Ele estava de


quatro sobre a cama, e eu olhava ao redor, procurando algo para lubrificar. Foi
quando vi o pote de creme.
— Jonathan — ofeguei punhetando enquanto ele untava o caminho —
Ninguém pode saber.
— Claro que não — Ele ofegou e eu conferi a sala.
Em seguida meu parceiro posicionou-se melhor, abrindo o caminho, e
fascinado por seu orifício eu aproximei a pica.

— Oh. Devagar.
Enquanto entrava, eu apreciava sua expressão. Jhony estava bem
lubrificado, e meu pau não teve dificuldades de penetrar. Gemeu conforme os
centímetros entravam, e quando a tora encaixou e ele pôde sentir meus
pentelhos, eu o observei curvar-se para receber mais. Dei uma socada
profunda.
— Relaxa parça. Agora é com o pai.

Comecei a meter vagarosamente. A cama gemia sob seus joelhos, e eu


odiava os ruídos que fazia, mas nada havia a fazer. O contraste dos nossos
corpos era perfeito, de sua bunda engolindo minha rola, das tatuagens
espalhadas em suas costas.
Seu canal parecia engolir com fome, havia vigor e os gemidos de prazer
ecoavam como música. Ele estava gostando, por isso eu ia cada vez mais
fundo, ajeitando suas coxas, metendo por trás enquanto revirava os olhos.
Quando eu massageava seu pescoço, ele ficava arrepiado, então comecei a
ir mais rápido.
— Você quer pica malandro? É disso que você gosta?
— Quero filho da puta. Mete mais fundo.
— É assim que se fala, safado. Agora esquenta minha tora, esquenta.
E Jhony esquentava.

Jhony estava gemendo intensamente, sua bunda suada molhava minha


virilha, e lá fora a tarde estava indo embora. Estávamos naquela conexão há ao
menos meia hora, o rabo dele estava esfolado e eu continuava a meter,
percebendo-o masturbar-se. Foi quando anunciei:
— Vou gozar.
— Eu também.
Ele gesticulou e então veio. Um jato e outro, e então mais dois dentro do
orifício. Os primeiros foram intensos, estavam carregados de desejo, já os
demais menos volumosos. Quando olhei para as pernas do Jonathan vi que
estavam molhadas de porra, o safado gozara com minha rola em seu interior e
a mão estava toda grudenta. Eu sorri satisfeito por aquela loucura, e quando
ele tombou, deitei-me ao seu lado e ficamos ali a fitar o teto, entorpecidos pelo
prazer.
Depois daquela tarde fodemos outras vezes. Com o tempo trepar com ele
foi ficando arriscado, a rotina de trabalho passou a complicar nossos
encontros e logo Jonathan anunciou que estava de mudança. Com nosso
namoro ficando mais sério, ele acabou percebendo que Mariana precisava de
espaço, o que acentuou quando comentei que estávamos pretendendo nos
casar. Hoje somos grandes amigos, ele também se casou, e toda aquela tensão
ficou apenas na memória.
A P Wilson
O filho do pastor
PARTE UM

Eu olhei ao redor, e com o coração disparado certifiquei-me de que


ninguém me observava oculto no beco escurecido. Era tarde, já passava das
nove da noite, e somente a luz do escritório vazava pela janela, iluminando o
local insalubre. O estreito corredor que ficava entre o muro e a parede da
igreja não era um local acessível graças a algumas bagunças que se empilhavam
ali, porém, sabendo do que ocorria naquela salinha, dei um jeito para que
quando eu quisesse, pudesse penetrar o espaço a fim de curiar. Então, pelo
visto, mais uma vez aconteceria.
Estava ventando, o céu estava nublado e eu não poderia demorar, porque
o ensaio que ocorria no templo já estava quase no final. Respirando fundo eu
ajeitei a blusa de frio, conferi os arredores e caminhei até lá, como um gato
oculto pelo breu, e parando um instante, contei até três antes de procurar um
espaço no vitral.
Para minha alegria lá estava ele outra vez, sentado na cadeira giratória,
com o botão da calça desfeito, e aquele pau enorme endurecido na mão. O
filho do pastor rolava a página do computador e conforme clicava nas
fotografias, movia a mão pelo membro agitando a farta ereção, em seu prazer
solitário e proibido. Ele sequer sonhava que alguém o estivesse espionando, se
ao menos desconfiasse que um dos integrantes do grupo de jovens descobrira
sua diversão, não sei como reagiria.
Então eu fiquei ali, respirando com cautela enquanto ouvia a música que
vinha do templo, a observar aquela imagem que enchia meus olhos.
O pau dele era a coisa mais gostosa que eu já havia espionado, e a forma
como sua mão o estimulava me deixava inebriado.
Foi então que André começou a ir mais rápido, e ajeitando-se melhor,
mordeu os lábios olhando para a porta e deixou o jato esguichar no ar, e após
o primeiro, com contrações deliciosas, fez o restante da goza sair aos poucos,
fazendo-a escorrer pelo pau, umedecendo também os dedos. Foi quando me
afastei, e com um sorriso leviano voltei para a igreja.
Esta era minha tara secreta sempre que o via sozinho no escritório
pastoral, espioná-lo a se masturbar. Já não sei se meu motivo para ir à igreja
era realmente a espiritualidade, ou o desejo carnal que me fazia admirar aquele
cara, que desde o primeiro encontro não me saía da cabeça.
Vez por outra eu desconfiava que ele percebia meus olhares durante os
cultos, porém, como era líder do grupo de louvor, buscava disfarçar. Exceto
quando os cultos eram de oração, pois nestes, quando todos estavam de
joelhos e olhos fechados, André vinha sorrateiro ficar na lateral onde eu
estava. Ele parecia fazer de propósito pondo-se naquele acesso aos fundos da
igreja, onde poucos o podiam observar. Já eu, que ficava ali ajoelhado a
disfarçar, não conseguia deixar de repara no volume marcando sua calça. Certa
vez tive a estranha impressão de vê-lo enfiar a mão no bolso e reposicionar o
membro apenas para que eu percebesse a extensão ereta, todavia disfarcei,
vendo-o se afastar quando o círculo de oração se formara.

Então os dias foram passando, apenas aumentando meu tesão pelo filho
do pastor. Certa tarde haveria um ensaio, e eu cheguei cedo. Sentado em um
banco que ficava à margem das salinhas, eu aguardava a chegada do líder de
jovens, enquanto mexia no celular. Lá dentro alguém arrumava o som, e eu
ouvia músicas nos fones, despreocupadamente. Foi quando ao virar-me de
relance, percebi que vindo pela lateral, o André parou rente a mim ajeitando os
cabelos, e em seguida sentou-se completamente à vontade, bem ao meu lado,
massageando meu joelho com leves apertões. Estávamos sozinhos, e claro que
estranhei aquilo.
— Gustavo? Chegou cedo. O que houve?
— André? — Eu sorri sem graça sentindo sua mão quente ainda em meu
joelho. Eu usava um short curto, que cobria até o centro da coxa. Estar perto
dele tornava inevitável recordar dos cultos de oração, da sala pastoral, por isso
busquei naturalidade sorrindo descontraído. — Não gosto de atrasos. Depois
o Robinho fica muito irritado (Robinho era o líder de jovens).
— Tá certo — ele continuou com a mão parada ali, a acariciar, dando
leves apertões. Olhando ao redor, ele finalmente afastou-a apenas para enfiar
no bolso de onde tirou um celular. Naquela tarde o filho do pastor usava uma
calça escura de listras laterais, que eu imediatamente reparei quando chegou.
Era automático olhar para suas calças sempre que se aproximava, já que seu
volume sempre costumava causar um estufamento visível. Foi aí que ele
perguntou: — Você tem Whats? — me encarou e eu sorri. Ele prosseguiu: —
comprei este celular novo, e estou adicionando o pessoal da igreja.
Ele ligou o aparelho, e deslizando a mão pela tela eu o observei
desbloqueá-lo. Era um Galaxy, ele o havia comprado recentemente e todos
sabiam que mudara de número, pois tivera algum problema com o anterior.
— Tenho sim. Você quer anotar?
— Me fala aí, é sempre bom ter agendado.
Zombou e eu sorri. Então, observando-o deslizar os dedos grandes pelos
comandos da tela, passei o número, e ele o salvou, nomeando meu contato
como “Gusta”.
— Me manda uma mensagem mais tarde — eu disse e ele se levantou,
ficando parado a ajeitar a calça a altura dos meus olhos. Eu disfarcei, afinal,
como era um tecido fino, o relevo ficava mais evidente.
Ele murmurou:
— Ah, sim. Pode deixar. Depois do culto prometo enviar um smile.

Naquela noite o culto foi intenso, o louvor foi animado, e o pastor


ministrou algo sobre perdição. Eu, assim como vários outros jovens da igreja,
já estava acostumado a na hora da pregação ir para os bancos traseiros, e
escondidos ali, ficar mexendo no celular. Naquela região ninguém nos
importunava, nem líderes, nem obreiros.
Foi navegando pelo whats que percebi quando um novo número solicitou
contato, e abrindo a mensagem, esbocei um largo sorriso.

“Hey Gusta?! Desliga este celular e presta atenção no culto”.

Era o André. Ele estava sentado próximo à bateria, e ergueu a cabeça


rapidamente esboçando um sorrisinho discreto.

“Eu? Por que você não desliga o seu? Não tem medo do seu pai reparar?”

Ergui a cabeça e novamente o fitei. André estava disfarçando o aparelho


dentro da bíblia enquanto digitava. Ele enviou-me um emoticon gozador, e
então, desligando o aparelho, guardou-o a ajeitar-se discretamente.
Passado algumas horas o culto terminou, e como meus pais eram obreiros
eu tive que ficar esperando conferirem as ofertas e coisas do tipo, assim,
saindo para a área externa do templo a despedir-me dos demais jovens, olhei
para o céu e percebi que estava começando a chuviscar. Os dias estavam frios,
e a área onde eu estava era próxima ao corredor para os escritórios.
Enquanto eu aguardava meus pais, percebi a mulher do pastor passar
cumprimentando alguns últimos congregados que estavam por ali, e seguido a
ela, o André, junto a outros integrantes do grupo. Eles conversavam enquanto
meus pais fechavam os portões, André era sempre o responsável por ficar com
as chaves, e após recebê-las, cumprimentou meu pai que seguira para o carro,
deixando-me ali um momento mais. Foi quando dando de costas, caminhei à
lateral onde eu guardava a bicicleta, e enquanto destrancava o cadeado, senti
André aproximar-se pelas costas, beliscando a curva da minha cintura. Ele
adorava cutucar os caras, e alguns odiavam isto.
— Hey Gustavo, mais tarde posso chamá-lo no Whats?
Eu, sem jeito com sua mão afastando-se do meu quadril, apenas conferi a
escuridão dos arredores. Então, esboçando um sorriso, concordei, despedindo-
me dele.

Lá fora começou a chover forte, e desligando a televisão eu segui para


meu quarto e me aninhei aos cobertores. Na cama ao lado meu irmão dormia
tranquilamente (ele chegava tarde do trabalho), e como já passava das onze e
eu estava sem sono, tomei meu celular e desbloqueei a tela, querendo saber o
que todos faziam. Imediatamente quando o wi-fi conectou, vi as notificações
do Whatsapp. Ajeitando-me melhor, abri as conversas uma a uma, e a do
André estava entre elas. Ele havia enviado um emoticon sorridente,
exatamente como disse que faria, e após visualizar, eu respondi de igual forma.

“André? Ainda não foi dormir?”

Passou-se alguns instantes, ele finalmente visualizou e então respondeu:

“Hey, finalmente entrou né?”

Eu sorri. Ele parecia animado para dialogar.

“Sim. Eu estava assistindo TV”.

“Estava? Não está mais?”

Eu sorri, digitando rapidamente.


“Não mais. Eu me deitei, tenho curso logo cedo”.

Ele sorriu, e após alguns segundos enviou uma nova mensagem:

“Não acredito, mas tão cedo assim? São apenas onze da noite cara”.

“Pois é...”.

Houve uma pausa e ele postou um emoticon gozador, em seguida uma


nova mensagem.

“Eu também deveria ir dormir, mas estou sem sono”.

“Sério?” — fiquei curioso.

Aguardei uns instantes, o rapaz ficara off, e quando retornou, fez meu
coração disparar. Com as mãos trêmulas, conferi a cama do meu irmão e então
voltei à tela do celular. Precisei coçar os olhos para ter clareza de estava vendo
direito, e ampliei a imagem que me enviara.
Era uma foto. Uma foto dele deitado bem à vontade no sofá da sala,
apenas de samba-canção. Seguido a ela uma nova mensagem:

“Assistindo TV”.

A imagem era bem nítida, bastante para falar a verdade. Eu podia ver com
detalhes a televisão na estante, seus pés cruzados sobre o braço do sofá, as
pernas desnudas, e a samba-canção. A imagem começava exatamente na altura
do elástico, deixando-me ver que estava sem camiseta; Seus pentelhos faziam
um rastro que sumia para dentro dela, e ao centro, uma perceptível elevação.
Gaguejei.

“O que... está passando aí?” — olhei para meu irmão e tornei ao celular. A
respiração travando na garganta.

“Um filme que começou agora”.

Meu coração batia tão acelerado que eu arrepiava. Vez por outra virava a
cabeça novamente para observar se meu irmão realmente dormia, e como
roncava, eu voltava a me ater ao diálogo.

“E esta foto? Resolução perfeita.”

“Você acha?” — ele enviou um emoticon — “O vendedor disse que era o


melhor da loja”.

Eu digitei:

“Queria um celular como o seu. Sua câmera é melhor que a minha. A


resolução das imagens fica bastante nítida, as minhas ficam meio...
embaçadas”.

Ele era vidrado em tecnologia, e conversando por mensagens, era como se


eu pudesse observá-lo todo a vontade no sofá a conferir a telinha aguardando
minhas respostas. O André era bem popular, certamente estava me dando
atenção porque os demais estavam off-line, mas não importava, conversar com
ele estava sendo uma boa experiência.

“Sério? Que chato cara” — uma pausa, e seguido a ela um pedido — “Por
que não manda uma sua pra gente comparar?”.

Eu não acreditei no pedido, sentia meu coração acelerado, e trêmulo, me


pus a digitar rapidamente. Então, conferindo meu irmão que virara de lado,
ocultei-me abaixo dos cobertores.

“Uma foto?”

“Sim. Você não tem uma aí?”

Minha boca estava seca. O líder de louvor, filho do pastor, e cara bastante
popular estava me pedindo uma foto? Meu baixo ventre ficou gelado.

“Okay; Só um minuto”.

E ele aguardou um momento, parecia tranquilo, diferente de como eu agia.


Mas afinal, de que outra forma seria? Aquele era o André. Foi aí que digitou:
“O que houve, não achou?”

Do lado de cá eu sorri nervoso. Eu não queria mandar uma imagem


qualquer, queria fazer algo semelhante à dele, mas por causa da nitidez da
câmera, e do quarto escuro, estava impossível. Por fim consegui enviar uma,
sentindo borboletas saindo pela garganta.
Houve uma pausa. O filho do pastor esperou carregar e após alguns
minutos digitou:

“O que é isto? É você?”.

Eu sorri, os dedos trêmulos.

“Claro que sim. Na realidade, meu pijama”.

“Seu pijama?” — ele postou um emoticon de diabinho, então prosseguiu


— “Pijama bonitinho” — postou emoticon com carinha zombeteira e
completou — “Você tirou agora?”.

Esbocei um sorriso incontido, respirei rapidamente o ar frio, e voltei a me


ocultar abaixo dos cobertores.

“Sim? Por quê? A sua não foi?”

Uma pausa, meu coração a mil.

“Sim” — ele postou um emoticon envergonhado, e depois enviou uma


nova foto. Desta vez mostrando um pouco mais do corpo, do peitoral para
baixo.
Confesso que fora uma surpresa vê-lo sem camiseta. Por ser líder de
louvor e filho do pastor, André comumente não expunha o corpo, exceto uma
vez em um clube, o que me fez punhetar por semanas pensando nele. Daí
enviei uma nova imagem.
Nesta (diferente da anterior) eu estava com as pernas um pouco abertas, e
o flash conseguiu capturar as silhuetas com perfeição. Na imagem o rapaz
podia me ver deitado de barriga para cima, a curva das minhas coxas com o
short escorregando por elas e uma parte da minha barriga. Eu digitei:
“E então, o que achou?”

Como estava do outro lado eu não podia imaginar sua reação, e mantendo
silêncio, ouvi a chuva engrossar no telhado, esperando a resposta. A noite
estava ruidosa, e na cama vizinha meu irmão roncava, dando-me maior
liberdade. Foi quando uma nova imagem carregou.
Tremi. Era outra foto dele no sofá, porém estava sentado, as pernas
esticadas no tapete e a samba-canção um pouco mais baixa, de forma que eu
podia ver a trilha de pentelhos da virilha. Umedeci os lábios.

“Ficou ótima” — gaguejei no escuro, as entranhas dando um nó e um


sorriso incontido nos lábios — “Você usou o flash desta vez?” — queria
perguntar outras coisas, mas precisava agir na defensiva, afinal, vai que eu
estava criando coisas na minha cabeça?
Então ele digitou:

“Desta vez sim” — enviou emoticon sorridente, e uma nova mensagem


— “Por que não tenta tirar uma em local mais claro? Pra ver se o problema é
realmente a câmera?”.

Outra foto? Eu estava trêmulo, meus olhos fixos na elevação ao centro de


suas pernas, até que voltando à mensagem, tornei a ele:

“Tudo bem... espera um minuto”.

Meu maior receio era de que alguém fuçasse o celular do André e


descobrisse aquelas troca de imagens, ou que ele me sacaneasse, mostrando-as
a algum colega. A consciência de que o pastor poderia descobrir me fazia
sentir arrepios, mas a adrenalina de estar conversando com ele era bem maior.
Resolvi fazer algo semelhante.
Afastando os cobertores, busquei por meus chinelos e pus-me de pé.
Trêmulo, guardei o celular no elástico da cueca, conferi meu irmão, e em
passos cuidadosos caminhei para fora do quarto, recostando a porta, e
buscando pelo banheiro. Ao acender a luz e me trancar, tive que respirar fundo
e só então procurei pela conversa, me posicionando frente ao espelho, onde
cedi uns centímetros mais da frente do pijama, e me fotografei também sem
camiseta. Ele sorriu.
“Minha nossa. Onde você está?”

“No banheiro. Tive que levantar, então, aproveitei para tirar aqui. Não
posso acender a luz do quarto por causa do Lucas”.

Ele ficou um momento quieto, então digitou:

“Quer dizer que você não dorme sozinho?”

Eu sorri.

“Não. Esta casa é pequena, mas meu pai quer alugar uma maior. Daí vou
ter meu próprio quarto”.

André manteve-se misterioso do outro lado, e o observei digitar. Esperava


que fosse um comentário sobre a foto, todavia me veio um questionamento:

“E... como fica quando você quer, sei lá, bater punheta?”

Fui pego de surpresa com o questionamento e o emoticon de gozação. Sei


que André falou de zombaria, mas ainda assim aquilo mexeu comigo.
Trêmulo e conferindo a porta, digitei:

“Ora. Eu não bato punheta”.

Postei emoticon dando língua.

“Ah tá! Vai se fazer de santinho agora?” — Sorriu, e observei a linha de


emoticons gozadores que ele me mandou. — “Todo cara bate punheta
Gustavo, sendo da igreja ou não”.

Houve um momento de quietude, eu não sabia o que responder, então me


senti instigado a provocá-lo.

“O que eu quis dizer é que não bato punheta. Eu faço sexo.” — postei
emoticon com a língua para fora, e o imaginei do outro lado a esboçar aquela
largo sorriso. Em seguida digitou.
“Faz sexo? Eu duvido. A gente sequer ver você com namoradas”.

Fui pego no pulo, e não soube responder. Falei guiado pelo impulso do
momento, e, na ausência da resposta, foi ele quem enviou nova mensagem.

“O que houve? Você está aí?”

Gaguejei.

“Sim. Estou”.

“E por que ficou calado?”

Postei emoticon sorrindo.

“Não sei”.

Ouvindo o ruído da chuva no teto, esperei que visualizasse, e quando


aconteceu, senti um frio do baixo ventre, com ele novamente a digitar. Meu
coração batia acelerado, então li a nova linha questionando:

“Se eu te mostrar uma coisa, promete não contar a ninguém?”.

Engoli em seco, a mão trêmula no celular. Meu pinto estava duro, e eu já o


massageava há alguns minutos pensando nele.

“Uma coisa? Do que está falando?”.

E ele apertou o botão enviar. Olhei para a porta por um momento


enquanto a foto carregava, e foi impossível não sentir-me completamente
desestruturado ao voltar à telinha. Na imagem, André exibia o pau exposto na
mão. Estava segurando ele com a mão esquerda, deixando-o escapar pelo
elástico da samba canção. A cabeça rosada cintilava o flash, estava duro, e era
como se eu pudesse vê-lo pulsar.

“André?!” — fiquei perplexo (de uma forma positiva), e enviei emoticon


de macaquinhos cobrindo os olhos. Ele sorriu.
“O que houve? Vai contar para alguém?”

Gaguejei.

“Eu... acho que não”.

“Então manda uma”.

Não sabia como responder. Meu coração agitado fazia-me sentir calor.
O pau do filho do pastor era largo e tinha várias veias aparentes. Mesmo
sendo da minha idade — 19 anos — parecia maior que o meu.
Eu digitei:

“Você está batendo uma?” — engoli em seco, e conferi a porta — “Não


tem medo que alguém descubra essa conversa?”.

O rapaz postara apenas um emoticon gozador, e para provocar, carinhas


de anjo. Minha adrenalina me deixava de pernas bambas, eu tremia, e digitando
novamente, ele insistiu:

“Manda uma sua. De agora”.

“Tudo bem, espere aí”.

Só podia ser uma alucinação, eu e André trocando nudes. Posicionei-me


frente ao espelho e analisei meu corpo, eu era uma vergonha se comparado a
ele. Sentia-me desconfortável, mas depois de muito pensar enviei.

PARTE DOIS

Ele não enviou novas mensagens após a última foto, e mesmo conferindo
o celular de hora em hora, vi que não ficara online desde aquele momento.
Talvez tivera algum problema com o wi-fi — a chuva geralmente interfere nas
redes do interior —, ou a bateria descarregara. O fato é que André
permaneceu desconectado, e buscando esquecer o que aconteceu, dediquei-me
a meus afazeres.
Foquei-me no curso, em um trabalho em grupo, e só quando retornava
para casa é que passei frente à igreja, observando que ninguém estava por ali.
Meneei a cabeça, precisava fingir naturalidade. Tranquei-me, então troquei
de roupas, almocei e deitei, conferindo rapidamente o celular, dormindo
minutos após por um longo tempo, até o entardecer.

Por volta das cinco horas, quando despertei, limpei os olhos e lembrando-
me da noite, imediatamente liguei o aparelho. Para minha surpresa desta vez
ele estava online, e uma mensagem destacava na telinha:

“Gusta, você vai vir no ensaio desta noite?”

Eu me sentei sentindo arrepios subir por meus braços, olhei pela janela
conferindo o escurecer, e após coçar os olhos, digitei:

“Esta noite? Eu, não sabia que haveria ensaio hoje”.

Agi na naturalidade, embora minha vontade fosse bloqueá-lo. Mas,


precisei fingir estar bem, e visualizando, ele pôs-se a digitar.

“Foi marcado esta tarde, para a festa. Vem e me procura quando chegar.
Preciso falar com você.”

Senti meu baixo ventre remoer, mil coisas passaram por minha cabeça, e
não havia como o ignorar. Afinal, o que significa aquele “Preciso falar com
você?”. Será que o filho do pastor iria dizer algo sobre a troca de nudes? Fazer
alguma ameaça a fim de que eu não contasse a ninguém?
Céus, que loucura foi ter cedido àquela maluquice.

“André, eu... bem, você vai estar onde?”

“No escritório” — retrucou — “Quando chegar me manda uma


mensagem, pode ser?”.

“Pode sim, quero dizer, mando sim”.

Esperar as horas passar foi um desafio. Eu fiquei o tempo todo com o


celular na mão, pensando mil coisas sobre o que meus pais diriam se ele
resolvesse espalhar prints. Então, esta era uma coisa que eu precisava falar
assim que o visse, implorar para que excluísse o histórico, para que fosse um
segredo. Eu sabia que fora uma burrada, sim, uma burrada sem tamanho, por
isso à noite repararíamos.

Quando a hora enfim chegou, eu saí para a igreja sentindo um calor


descomunal. Eu estava trêmulo, e ao chegar precisei disfarçar o mau jeito ao
ver os demais que se aglomeravam no lugar. Ele estava certo, havia uma
reunião ali.
Confuso, procurei pelo líder perdido entre as garotas e pus-me a conversar
com ele, que me explicou ser aquele um ensaio fechado, apenas com o pessoal
escalado para a peça teatral, e que por isso eu não fora avisado.
Senti-me envergonhado, odiava quando isso acontecia. De certo o André
havia se confundido, e mesmo assim, sentindo borboletas no estômago, olhei
para o corredor que dava para os escritórios. As luzes estavam apagadas, a
escuridão era intimidadora, e tornando ao líder murmurei:
— Ah sim, eu... devo ter me confundido — engoli em seco, procurando
não demonstrar estar nervoso — Mas, você chegou a ver o André por aí? Eu...
bem, queria aproveitar para falar com ele.
Mais que imediatamente fomos interrompidos por uma garota que vinha
daquela região:
— Alguém falou no André? — Ela era do grupo de louvor, certamente
estivera com ele, e eu tive que disfarçar, já que sabia muito bem que tiveram
um lance no passado. Sorri e agi com naturalidade, ela apontou para a região,
contando-me tê-lo visto entrar na secretaria minutos antes. Eu recuperei a
postura e olhei para lá, e em seguida, ouvi o líder convocar os demais a seguir
para o templo. Ele era gentil, perguntou se eu não gostaria de assistir para dar
minha opinião, porém havia um compromisso me esperando, e se sobrasse
algum tempo, talvez eu dava uma passadinha.

Fiquei sozinho. Estava ventando, o escuro do corredor era traiçoeiro, e eu


olhava para o caminho que conduzia à porta da igreja com olhar assustado.
Eles a haviam fechado, sorriam lá dentro, e recuperando o fôlego, conferi as
imediações com cautela, e somente após ter certeza de que ninguém me
observava, apressei os passos.
Aquele mesmo caminho conduzia ao portão que unia os lotes, separando
igreja da casa pastoral. Passando frente às portinhas, avistei aquela onde a luz
estava acesa, mantinha-se recostada. Senti-me tremer ao aproximar-me dela, e
conferindo a retaguarda, bati duas vezes, ouvindo a voz dele ecoar lá de
dentro. Eu a fiz ceder.
— André?
Usava fones de ouvido, mas parecia em volume baixo já que me ouvira.
Ao perceber de quem se tratava, imediatamente os colocou de lado, pausando
o vídeo, e pôs-se de pé. Ele estava usando moletom, era mais alto que eu.
— Gustavo? — observei um sorriso formar-se nos lábios, então se
aproximou — Pensei que não viria. Por que não mandou mensagem? —
Caminhando até onde eu estava, apoiou a mão grande em meu ombro, e eu
arrepiei ante seu calor; Ele sorriu discretamente conferindo o corredor, e
conduziu-me para dentro. — Entra aqui. Está frio aí fora.
Eu estava muito nervoso, meu coração acelerado, e o André com aquele
sorrisão voltando ao computador.
Gaguejei.
— O pastor não está em casa?
— Meu pai? — disse olhando-me rapidamente. Na tela, o vídeo de um
cantor gospel mantinha-se pausado, ele certamente separava as próximas
canções para o grupo cantar — Eles foram visitar alguém da igreja. Vão
demorar um pouco.
Olhei ao redor, para as estantes, os quadros, e então voltei a ele,
percebendo aquele moletom que o deixava tão interessante.
— E então? O que você queria?
Ele sorriu, terminando de salvar algumas músicas que selecionara.
— Calma aí, está com pressa? — me interrompeu, percebendo meu
nervosismo. Em seguida deixou a mesa, e aproximando-se, conduziu-me até o
sofá — Você parece tenso. Está tudo bem?
Bem? Como eu poderia estar bem com ele fingindo naturalidade?
— Sim... eu acho. — Gaguejei — Um pouco decepcionado pelo ensaio na
realidade ser apenas do teatro, e não dos jovens.
Ele fixou-me um momento, e então sorriu. O sorriso do rapaz era
estonteante de tão cálido, e o olhar dele transmitia tentação. Foi quando
percebi que o vitral estava fechado, ele nunca ficava fechado.
— Eu sinceramente pensei que você estava na peça — agiu surpreso,
fazendo-me sentar. Era um sofá escuro, macio e espaçoso, e ele ajeitou-se ao
meu lado, repuxando a calça.
O corpo do André era uma tentação, a forma como o tecido se amoldava
às curvas, a cintura, aquele capuz caído às costas. Voltei a encarar seus olhos
amendoados.
— O Robinho não me escalou.
— O Robinho é um idiota. Você ficaria ótimo em um dos papéis.
Ele estava sendo gentil. Eu me derretia quando o filho do pastor era
gentil. Foi quando senti sua mão tocando meu joelho. Arrepiei.
— Queria falar com você sobre ontem à noite.
Meu coração acelerou, então eu estava certo.
— Eu... eu... — engoli em seco, procurando abaixar o volume da voz —
Relaxa André, eu não vou contar a ninguém.
O rapaz sorriu.
— Eu não estou com medo de você contar, aliás, por que faria isso?
Permaneceu com a mão no meu joelho, e meu interior se retorcia de
pânico.
— Eu... bem... — comecei a gaguejar. Meu rosto certamente estava mais
vermelho que um pimentão. Foi quando ele questionou:
— Você as excluiu, não excluiu?
— As fotos? — Olhei para a porta, ele fez o mesmo, então tornou a mim.
— Sim, e... eu espero que tenha feito o mesmo com as minhas.
— Claro que fiz Gusta — deu-me um leve tapa na nuca, respirando
fundo. Percebi que estava um pouco ansioso, sua pele estava quente.
Houve um momento de silêncio, seus olhos fixos aos meus, e sua mão
ainda a tocar minha coxa. Foi quando senti que começou a deslizá-la para o
centro. Eu a segurei.
— Para André — demonstrei tensão na respiração e olhei para porta —
Está ficando maluco?
Ele umedeceu os lábios e olhou na mesma direção, então tornou a mim.
— Está fechada. Não precisa ficar tenso.
— Tenso? Eu não estou tenso.
— Não está? — Ele procurou me acalmar, olhando fixamente em meus
olhos, percebendo meu desconforto — Foram só fotos. E, se não acredita em
mim, olha aqui — o vi afastar a mão e enfiar no bolso, em seguida André
puxou o celular e desbloqueou, mostrando que nosso histórico já não estava lá.
Eu respirei aliviado.
— André, me desculpe, eu... acho que preciso ir.
— Ei — ele me segurou pelo braço, impedindo-me de levantar. Isso era
péssimo, eu sentia um desconforto muito forte, e estava quase tendo um treco
ali.
Então fiquei calado, não sabia o que dizer, tão pouco ele, foi quando
aproximando os lábios tremi pensando que me beijaria, porém o filho do
pastor apenas buscou pelo meu ouvido.
— Eu gostei de ter visto sua nude — se afastou e eu engoli em seco.
Então ele voltou a se aproximar, seu hálito estava quente e cheirando a Halls
— Você gostou da minha?
— Como?
Ele sorriu, seu sorriso era entorpecedor. Principalmente agora que
afrouxava a gola da blusa de frio.
Foi quando voltou a aproximar os lábios do meu ouvido.
— Eu sei que gostou. Confessa.
— André, eu...
— Não precisa ter vergonha Gustavo — ele sussurrou pedindo para que
eu falasse mais baixo, então continuou com a mão na minha coxa, os lábios
voltando a sussurrar. — Quer ver pessoalmente? — fixou meus olhos, e eu
sentia meu coração querer sair pela boca. Foi aí que continuou — Olha o que
você faz com ele — olhei para sua calça assustado, e conferindo a porta, ele
voltou a mim e abaixou os olhos pressionando o relevo oculto no moletom,
quase tive um treco quando emoldurou o formato no tecido — Você me deixa
de pau duro cara.
Desconsertado, eu o observei pressionar outra vez e minha voz saiu falha.
— André?
— Vamos lá, me dá sua mão. Sente você mesmo.
Eu não sabia o que estava fazendo, então, confiando nele a estirei. André a
envolveu nos dedos, viu que eu estava trêmulo e sorriu. Então, conduzindo-a
para baixo, fez com que eu o apertasse.
— Alguém pode chegar.
— Não vai.
Olhei para o computador. Minhas entranhas dando um nó, e sua mão
fazendo-me apertar a curva por sobre a roupa. Eu estava queimando de tesão
e nervosismo, mas ele parecia estar adorando o contato. Foi quando tomei
coragem (as coisas já tinham ido longe demais) e aproximei os lábios de seu
ouvido:
— Quer que eu chupe?

Um momento de pausa, minha mão aquecendo a ereção. Eu o observei


esboçar um sorriso e com um gesticular positivo ficou de pé. Engoli em seco
com a sensação do calor e tremia enquanto o obsevava folgar o laço para
abaixar a peça, e quando o fez, vi seu pau saltar no relento. Ansioso, eu o vi
abrir a pele e expor o cabeção, e pedindo para que eu chegasse mais perto, o
posicionou a altura dos meus lábios, fazendo-me pegá-lo. Foi incrível.
Fixei a ereção um momento enquanto movia levemente fazendo-o
endurecer mais, e diante de seu sinal, inclinei a boca e introduzi nos lábios.
Minha nossa, que sabor. A língua roçou a cabeça, e deslizando pela base, senti
a curva das veias.

O pau do André estava doce. Eu sequer conseguia enfiá-lo todo na boca


de tão grande, e por isso precisava ficar saboreando somente metade da
extensão. Ele respirava deleitoso, tremia de tesão enquanto eu acariciava suas
bolas. A blusa de frio erguida até o peitoral me deixava ver seu tórax bem
dividido. Ele estava cheiroso, certamente tomara banho.
Eu deslizava minhas mãos por sua cintura, subia por sua barriga sentindo
a musculatura, e massageava seus mamilos por debaixo da blusa de frio, sem
tirar a boca do boquete. Ele ia me guiando, acariciando meus cabelos e
perguntando se estava gostoso, e sem palavras, eu apenas gesticulava num
positivo sim.
Como aquela loucura já tinha saído do controle, fechei os olhos e me
deixei relaxar, apenas segurando o pau dele, fazendo o melhor que eu podia
com a língua. Então, após uns bons minutos, afastei os lábios limpando-o.
André ficara todo babado.
— Ei, O que houve? — ele retrucou olhando para a porta.
— Acho que está bom. Já estamos aqui há muito tempo, e... alguém pode
chegar.
Ele sorriu. Parecia ter perdido a noção do horário. Então voltou a mim.
— Você chupa muito bem.
— Sério? — sorri vendo-o se masturbar.
— Sim — fixou meus olhos, e pela forma que acelerava no pinto, eu
sentia que estava perto de gozar — Se quiser, podemos fazer isso mais vezes,
só que ninguém pode saber.
— Eu quero — sorri sem jeito, olhando aflito para a porta. Embora ainda
nervoso, sentia-me mais calmo e por isso tornei ao pinto dele, aquecendo em
minha mão e chupando um pouco mais. Então me afastei, quando seu pré-
gozo ficou mais forte.
Ele sorriu.
— Volta aqui amanhã. Meus pais vão sair outra vez.
— Para onde?
— Visitas. Vão em grupo, então... Oh... — ofegou, não conseguia
completar — Espera aí.
Muito excitado, acelerava no membro, ficou em silêncio e eu o assisti bater
até gozar. Num jato a mão do rapaz ficou cheia do caldo branco, e dentro da
cueca, meu pinto latejava observando os novos esguichos. Eu fiquei perplexo
com a quantidade de porra que saía do pau dele, era uma coisa fora do
comum, e a cada jato expelido, a mão enchia mais, chegando a escorrer pelas
laterais.
Então André exclamou aflito:
— Rápido Gusta, pega uma folha da impressora pra mim.
Eu dei a volta apressado, e não demorei a trazê-la até ele. Várias gotinhas
já tinham respingado no tapete.
André então a enrolou com habilidade formando uma espécie de cone, e
enquanto o pau amolecia, despejou a substância esbranquiçada toda dentro
dele, dobrou a abertura, embolou em outro pedaço de papel e jogou na lixeira,
só então limpou o pau na parte interna da blusa de frio, e guardou na cueca.
Um sorriso emoldurando a face avermelhada.
— Ufa.
Eu sorri em retribuição, ainda impressionado. Em seguida ele me puxou
para si, e bagunçando meus cabelos, conduziu-nos à porta.

PARTE TRÊS

Dormir naquela semana foi difícil. A imagem do pau dele não me saía da
cabeça, assim como do sabor, seus toques e a intensidade do que estávamos
fazendo escondidos. Eu estava temeroso que alguém desconfiasse de nós dois,
mas ainda assim queria continuar chupando ele em secreto. Só de imaginá-lo
com a calça abaixada já era motivo suficiente para ficar de pau duro, e
aproveitando que meu irmão dormia em sono profundo, batia umas duas
punhetas pela madrugada.
Acho que fizemos isso a semana toda. Algumas vezes no escritório
pastoral, outras no banheiro dos fundos, mas todas na igreja quando não havia
ninguém. Ele geralmente me mandava mensagens quando estava anoitecendo,
e esperá-las tornara-se cotidiano.
Foram dias intensos, por isso não consegui me concentrar em mais nada.
Meu rendimento no curso estava péssimo, em casa eu ficava aéreo, e a sorte é
que passava a tarde inteira sozinho. Queria mandar mensagem, mas não queria
incomodar. Queria saber o que estava fazendo, mas o rapaz não atualizava o
facebook. Restava-me então esperar, até que o momento chegasse, até que eu
recebesse um novo convite, e quando chegou o daquela tarde, meu coração
saltitou.
— Ei Gustavo, onde você pensa que vai antes do jantar? — atenta a tudo
em casa, minha mãe questionou ao me ver ajeitando a bicicleta. O jantar estava
cozinhando.
— Ah, eu... não contei? — engoli em seco, pensei que passaria
despercebido como nos dias anteriores — Bem, o André mandou-me uma
mensagem. Precisa de uma ajuda com o computador da igreja.
— De novo?
— Sim mãe — Gaguejei — Aquela porcaria é antiga, vive dando defeito.
E, eu sou bom com computadores, então, pediu-me para ir dar outra olhada.
Ela olhou para mim como se desconfiada, e seu olhar me desestruturou.
Era como se soubesse, mas eu sabia que era um segredo, então, estava apenas
amedrontado. Eu precisava disfarçar, sentia-me vermelho, trêmulo, então ela
prosseguiu:
— Mas o André não estuda para arrumar essas coisas?
— An? Ah não, o curso dele é para criar sites de internet, e não para
arrumar defeitos.
— Hum — ela me encarou um instante, e então voltou a pia — Primeiro
vai jantar, depois pode ir — foi taxativa — E você sabe o horário limite para
estar em casa: dez horas.
— Dez horas? — Engoli em seco, eram sete e meia — Mas, eu... okay,
pode deixar, não vou demorar.
Dando de costas, ajeitei meu boné, seguindo para a mesa. Tive que esperar
algum tempo, nervoso para encontrá-lo, e quando finalmente pude me servir,
comi rápido para finalmente voltar à área, e tomando a bicicleta, dirigir-me a
rua.

Sentir o ar fresco da noite pareceu libertador, ser encoberto pela escuridão


trazia alívio, e quando cheguei ao templo, percebi tudo escuro, todavia, mal
parei no portão vi a silhueta movendo-se lá dentro, vindo de algum lugar no
breu. Era ele, e estava me esperando desde que enviei mensagem dizendo que
estava saindo.
— Nossa, pensei que não viria mais — ele sorriu, destrancando os
cadeados.
— Precisei esperar o jantar, do contrário não poderia sair.
Ele ofegou, empurrando a grade e eu entrei trazendo a bicicleta comigo.
— Sem problemas. Como está se sentindo hoje?
— Bem, devo confessar — sorri e entrei para a área, ele ficando às costas
para fechar as grades. Estacionei a bicicleta ali e observando que estava me
esperando há um bom tempo (era oito horas agora) o observei apontar o
corredor, e caminhei em direção ao escritório. Chegando lá parei tocando a
maçaneta.
— O que houve? Está fechada.
— Sim — ele sorriu, apoiando a mão em meu ombro — Como disse, vou
ficar sozinho toda a noite, então... pensei de irmos para minha casa.
— Sua casa? — engoli em seco. Já estava acostumado a chupá-lo no
escritório ou no banheiro.
— Podemos ficar mais a vontade lá. Vem, eu prendi o cachorro.

Eu não era acostumado a ir ao lote vizinho, não pelo cachorro, e sim pelo
André, que me deixava sem jeito. Quando vez por outra eu precisava entrar lá
para dar algum recado ao pastor, era comum pegá-lo deitado bem à vontade, a
assistir TV. Isto me deixava vermelho.
Naquela noite, porém, eu fui, e quando entrei na sala, vi o violão e a bíblia
colocados de lado sobre o sofá, senti-me sem jeito. Virando-me, o observei
fechando a porta, e fitando-o melhor, percebi que estava de regata e short de
malha. Realmente ele não receberia visitas.
— André, eu não posso demorar. Minha mãe marcou dez horas para eu
estar de volta.
— Dez? — ele olhou para o relógio, e eu observei que tínhamos pouco
menos de duas horas para isso — Puts, podia ter falado que ia dormir aqui.
— Dormir aqui? Você não disse nada.
— E precisava?
— É claro.
Senti-me encolher quando se aproximou apoiando a mão no meu ombro.
Eu adorava o jeito que me tocava, e o corpo dele era tão quente.
Ele sorriu, e o vi apalpar entre as pernas, indicando um corredor mais ao
fundo.
— Então temos que ser rápidos.
— Sim.

Eu engoli em seco e o segui. André parou frente a uma porta e a abriu, eu


observei o ambiente quando a luz foi acesa, e estranhei o espaço.
— É o seu quarto?
— Aqui? Não — sorriu — Eu durmo no quarto do lado. Este é o quarto
de visitas.
Olhei novamente para o recinto, minhas mãos ocultas nos bolsos da
jaqueta de frio, e aquela cara safado parado às minhas costas. Ali havia um
guarda-roupa e uma cama box de casal. A janela estava fechada, assim como as
cortinas.
Ao voltar-me a ele, dei de cara com sua mão enfiada dentro do short de
malha. Ela fazia relevo, com ele deslizando os dedos dentro da cueca. Eu
respirei fundo, então caminhei até a cama sentando-me. Abri o zíper da jaqueta
e coloquei-a de lado, estava com muito calor.
— Tem certeza de que o seu pai não vai aparecer?
André sorriu.
— Não se preocupa — disse encostando a porta, e então o admirei
retirando a camiseta. Que visão. — Eles só vem amanhã a tarde — afrouxou a
cordinha do short, ficando à minha frente.
André não era bronzeado, mas também não era branquelo, principalmente
porque passou alguns dias na chácara, o que explicava aquela marca de sunga
agora que abaixava o short até os pés. Eu gaguejei.
— André, o que está fazendo?
Vendo sua tora outra vez, fixei seu olhar. Ele parecia maior agora que se
despira jogando as roupas de lado. Então o rapaz me encarou, estimulando a
ereção.
— Vamos lá, tira as suas também.
Ofeguei. Eu achei que iríamos apenas trocar boquete, e como não queria
passar vergonha, fiz como pediu. Respirando fundo, André ficou parado ao
lado, observando-me tirar a camiseta e então meu short curto. Com muita
vergonha também tirei a cueca, e senti frio na bunda ao me virar, ele sorriu.
Para mim aquilo era uma puta humilhação. Ele era tão gostoso, tinha
divisões tão bonitas, e eu magricela, tinha até uma barriguinha saliente. Todavia
quando se aproximou acariciando meu pescoço, apenas me fez elogios,
dizendo que sem roupas minha bunda ficava ainda mais chamativa. Fiquei
vermelho.
— Onde quer que eu sente? No colchão ou na cadeira?
— No colchão — apontou.
Então me sentei e ele ajeitou-se à minha frente. Balançando o pau, fez-me
pegar nele, e enquanto eu o masturbava, tomou o celular e começou a mexer.
Por um momento pensei que iria tirar fotos, e até ergui os olhos para pedir
que não o fizesse, foi quando ouvi tocar música, deixando-me mais tranquilo.
Ele colocou o aparelho de lado, e acariciando meus cabelos, fez-me relaxar. Eu
sorri, e inclinando-me, procurei o fôlego e então o abocanhei.
André revirou os olhos e eu mantive os meus fechados, sentindo suas
leves estocadinhas. Sem dúvidas seu pau era saboroso, tinha um gosto
adocicado. Eu o explorava com o nariz para sentir o cheiro, brincava com as
bolas, e lambia a longa extensão, para cima e para baixo, intercalando
punhetinhas. André guiava-me por ele, mantendo os olhos fixos a apreciar, e
conforme eu ia me sentindo mais solto, passei a massagear sua bunda.
Para além do pau, eu apreciava seus pés grandes contra o tapete, suas
panturrilhas grossas. André tinha pés tamanho 42, eu adorava pés grandes. Ia
acariciando suas coxas, ouvindo seus pedidos para lamber determinadas partes
do membro, e ele às vezes dava batidinhas com ele em meu rosto, foi quando
se afastou, pedindo-me um momento.
Eu o observei dar de costas e sair, tinha uma bunda bonita. Segundos
após retornou trazendo algo em mãos, e observei que seu pau amolecera um
pouco no trajeto de ida e vinda.
— O que é isso? — questionei quando chegou, fechando a porta.
— Um óleo que ganhei.
— Óleo? Para quê? — Sorri, não estava entendendo nada.
— Vamos precisar — fez cara de gozação, então a ficha caiu.
Fixei seu olhar, e ele colocou o frasco de lado. Em seguida me fez virar de
costas, e senti seu hálito no meu pescoço, sua voz veio a seguir, apertando
minha bunda.
— Eu quero comer sua bunda desta vez. Pode ser?
— Como é? — me virei assustado, ele fixando meu olhar.
— O quê? Você não quer? — ergueu-se, deixando-me respirar.
— André? — gaguejei, sentindo-me ridículo de repente — André, eu... é
só que eu...
— Tem medo de doer?
Ofeguei. Na realidade eu só pensara que iríamos devagar, afinal, eu nunca
havia feito sexo antes.
— Talvez, eu... só não esteja preparado.
— Ninguém está Gusta. E esse negócio de “não estou preparado” é coisa
de mulher. Você não é uma. — ele tentou me acalmar, fazendo-me subir no
colchão em sua companhia. Enquanto falava, deitava sobre meu corpo,
sentindo minhas curvas, e eu ofegava, ouvindo a música mudar do rock
gospel, para um sertanejo — Você não confia de dar para mim? — sussurrou ao
meu ouvido, roçando sua rola entre minhas coxas e seus lábios em minha pele.
Eu pensei um momento, estava tão bom sentir o calor dele, sentir seu
corpo pelado sobre o meu. Ele havia roçado na minha bunda dias atrás, mas
daí a “comer”, era bem diferente.
— Se doer a gente para — explicou — Vou por só a cabeça. Sei que você
chupa bem, mas quero ver se podemos fazer algo mais.
Engoli em seco, meu coração acelerado e eu tentando controlar os
tremores. Por fim acenei positivamente.
— Okay. Então vamos devagar.
Ele sorriu, e se afastou.
— Fica de costas e abre ela para mim.
Assim o fiz, fiquei de costas, e pensando no que diriam se alguém
descobrisse aquilo, abri bem as laterais para ele umedecer o canal com o tal
óleo. Era um óleo perfumado, a essência era agradável.
Devo confessar que foi constrangedor sentir o filho do pastor acariciando
meu orifício com aqueles dedos, e eu só conseguia imaginar aqueles mesmos
dedos segurando o violão e conduzindo a ministração durante o culto. Senti-
me condenado, e questionei-me se Deus poderia “revelar” para alguém o que
estávamos fazendo.
No entanto fechei os olhos e decidi aproveitar, não queria perder aquela
oportunidade.
Enquanto ele passeava seus dedos ao redor do meu orifício, eu tentava
afastar os pensamentos sobre possíveis erros que poderiam acontecer já que eu
estava nervoso, e procurando relaxar com o rosto enfiado em um travesseiro,
senti quando se aproximou, roçando a extensão pelo canal.
— Eu tenho vontade de comer você já tem um tempão sabia?
— Sério? — Ergui a cabeça para olhar sua face, mas não foi possível, a
posição não favorecia. No celular, um hino pentecostal passava.
— Desde quando éramos do grupo de adolescentes.
— E por que não tentou algo?
— Você era arredio demais — ele sorriu engolindo em seco, e senti
começar a fazer pressão, conduzindo-o com a mão.
— Eu? — ofeguei.
— Sim. Não se lembra que uma vez quase quebrou meu braço com uma
bolada?
Sorri. Isso foi em um acampamento em que ele fizera alguma piadinha de
mau gosto.
— Mas você era um idiota.
— É — ele concordou — Me perdoa por aquilo.
E senti a pressão ficar mais forte. Eu queria pedir para ele parar, mas não
queria passar vergonha. Meu orifício estava fechadinho porque eu estava tenso,
uma das garotas da igreja certamente não faria tanto drama para dar para ele, e
só por isso busquei controle, lembrando-me do horário de estar de volta em
casa.
Ora — pensei — se todo gay consegue dar, eu tinha que fazer aquilo
também, até porque não sabia se teria uma nova oportunidade como esta,
talvez até a última com ele. Mas bem, ainda que depois não rolasse mais nada
com o filho do pastor, eu ao menos teria uma ótima lembrança de ter
experimentado seu sabor, nunca esqueceria aquele membro.
— Eu vez por outra espiono você no escritório.
— Como é? — ele sorriu.
— No escritório. Eu... Ah — cerrei os dentes, apertando os lençóis.
— Te machuquei?
— Não.
— Apenas fica tranquilo. Eu não vou te machucar.
— Tudo bem.
Me reposicionei, fechei os olhos e procurei relaxar a musculatura, abrindo
o orifício com a ponta dos meus dedos. Ele segurou-me pela cintura, e com
mais óleo, começou a fazer pressão. Foi uma dor desagradável porque eu tinha
o orifício muito pequeno para o pau dele, porém eu sabia que iria esticar, tinha
que esticar.
— Isso Gusta — ele sorriu — é bem rosadinho, combina com a cabeça
do meu pau.
E combinava mesmo, embora doesse como se mil agulhas espetassem,
por isso eu procurava massagear quando ele afastava.
— Inclina um pouco mais — ele pediu e assim o fiz, como se em posição
de orar. Ele acariciava minha bunda, então senti a cabeça novamente
procurando passagem.
— Ai André — cerrei os dentes.
— Calma — ele fez uma pausa. Seu pau pulsava bastante.
Aquela era uma sensação única, mas melhorava quando acariciava meus
quadris.
Distante de seu rosto, minha boca salivava de desejo de beijar a boca dele,
porém isso seria ir longe demais. Então ele me auxiliou a deitar, e cerrando os
dentes com o corpo todo tensionado, senti os centímetros entrando.
Amassando os lençóis eu senti seu corpo aproximando-se do meu, conforme a
extensão entrava. Queria gritar pelo ardor, mas ele fazia leves pausas, até que
senti o calor contra minhas costas, os ossos de seus quadris, o cheiro do seu
perfume.
Ofegante ele sussurrou:
— Entrei.

De agora em diante nada falávamos, sequer havia o que falar. Ele abraçou-
me por debaixo da barriga, e fiquei imobilizado, ofegando com as pernas um
pouco abertas, mordiscando o travesseiro, sentindo sua vara entrar e sair
vagarosamente para não doer. Quando ele arriscava exclamar algo ao meu
ouvido enquanto enfiava, era sobre como minha bunda era gostosa.
Fui penetrado pelas costas, naquela mesma posição por algum tempo. Ele
ajeitava meus quadris sobre um travesseiro para que eu ficasse um pouco mais
a vontade, e vendo que eu estava tremendo muito, finalmente resolveu me
pegar na posição papai e mamãe. Esta foi a parte que enfim aproveitei, pois
pude ficar deitado em posição de frango, frente a frente com ele. Ele por cima,
entre minhas pernas, e eu por baixo, com as pernas entrelaçadas aos seus
quadris.
— Seu cu é muito gostoso — sussurrou ao meu ouvido e sorriu, estava
com a testa molhada de suor.
— Seu pau que é muito bom — Menti, afinal, estava doendo.
Ele sorriu, ofegando, as mãos deslizando por minhas coxas e eu apoiando-
me às suas costas. Então deixei que conduzisse o vai e vem de nossos corpos,
e ofeguei:
— Você já pegou mais alguém da igreja?
Ele olhou para meus olhos, sem parar de mover. Parecia prever que eu
perguntaria aquilo.
— Sim.
Meu coração acelerou.
— Sério? Quem?
A curiosidade me fez sentir uma corrente de adrenalina no sangue.
Descobri que fantasiá-lo com alguém da igreja me fazia relaxar, tanto que meu
pau endurecera em contato com sua barriga.
Ofegante, senti seu peitoral descer um pouco mais sobre o meu e gemi,
ele ajeitara melhor minhas pernas, e movia lentamente, conforme ofegava no
meu ouvido.
— Chuta quem foi — Ele disse.
— Eu não sei — confessei mordendo os lábios, estava começando a ficar
bom.
— Chuta vai. Se você acertar te dou um presente. — ofegou.
— Um presente? O quê é?
Ele aproximou-se do meu ouvido, ajeitando minhas coxas e retrucou:
— Leite na bunda.
Eu sorri.
Então comecei a chutar os nomes mais prováveis: as garotas do ministério
de louvor, depois algumas do grupo de coreografia, aquelas que não saíam de
sua casa, porém ele negou uma a uma, fazendo comentários engraçados, sem
deixar de ofegar de excitação. Conforme eu sugeria nomes, o garoto parecia
ficar mais excitado, e eu sentia estocadas mais fundas, que me faziam gemer.
No celular, tocava rock novamente, e deixando suas costas, levei as mãos para
minha bunda, abrindo mais o canal. Realmente, a tora dele estava bem
encaixada.
— Alguma das senhoras? — Disse zombando, mas ficaria perplexo se a
resposta fosse positiva, afinal, ele era muito gato, até as velhotas iriam querer
foder aquela rola.
— Claro que não — ele sorriu dando-me um tapa — Olha as ideias.
— E então?
Ele aproximou os lábios do meu ouvido, aquilo me arrepiava todo,
estávamos suados. Então, sentindo o peso de seu corpo, ouvi a revelação:
— Gusta, eu não gosto de bucetas. Só de bundas grandes.
— Como é? — Fixei sua face horrorizado, seus olhos amendoados, e ele
continuando a mover com um sorriso. O safado sabia que eu ia ficar perplexo.
— Mas eu pensei que você e a...
— Só pra disfarçar. Ela é péssima como ficante.
Eu sorri, odiava a garota.
— Mas então...
— Chuta vai.
— André, eu...
— Vamos lá, não é tão difícil adivinhar. E bem, seu presentinho tá ficando
quente — ele estocou com um pouco mais de força e eu arranhei suas costas.
— Onw... eu...
O nome me passou varias vezes pela mente, mas eu hesitava em falar.
Fixei sua face observando o quanto era bonito, ele não pegaria qualquer
pessoa. Não esta pessoa.
— Não sabe?
— Não — ofeguei. Aquela boca carnuda me desconcentrava.
Então ele meneou a cabeça, e aproximou os lábios do meu ouvido. Em
meio a gemidos e ofegar excitante, disse o nome de forma pausada e silábica:
— Ro-bi-nho.
— Mentira — foi um choque, e até meu pau babou contra sua barriga. O
filho do pastor havia comido o líder de jovens? Robinho, o líder da mocidade?
No fundo eu sempre soube que o jeitinho do garoto era bem parecido
com o meu, as pessoas nos comparavam. Mas daí a ele ter feito tal proeza,
logo ele, que era tido como exemplo para todos, que as mães adoravam usar
como referência ao nos exigir “compromisso”.
Confesso que imaginá-lo ali, dando para o filho do pastor como uma
putinha era inacreditável. Eles sequer se gostavam.
— Por isso vocês se estranham?
— Exatamente.
An.
— E o que houve depois? Por que ele o trata com indiferença?
— Ele prefere fingir que não aconteceu... Oh... Mas até hoje sei que quer
sentar de novo.
Recordar-se do dia que comeu o líder de jovens parecia deixar o filho do
pastor mais excitado. Eu queria perguntar mais, saber como foi, porém eu
também já não me aguentava de tanto tesão, então calei a boca e apenas o
estimulei, ouvindo a cama ranger.
— Um dia você me conta como aconteceu? — questionei quando
encontrei alguns momentos de fôlego.
— Se prometer que vai vir aqui mais vezes. — falou sorridente e com voz
safada.
Confesso que adorei, foi a parte mais gostosa da noite. Então apenas
relaxei, e criando coragem, fiquei fixando seus olhos. André ficara sério
movendo os quadris, olhou um momento para minha boca, pensou um
segundo, mas pareceu desistir de me beijar. Então buscou por meu ouvido.
— Vou gozar, tá bem?
— Tudo bem.
E ele tirou o pau, ficou de joelhos à minha frente e estimulou o membro.
Ofegante, vi os jatos cruzando o ar. Foram jatos fortes jogados de um lado e
outro do meu peitoral, um pouco caiu na minha barriga, e conforme ele
colocava menos força no braço, eu admirava seus músculos torneados, até que
esfregando o membro amolecido na minha bunda, tombou ao meu lado,
satisfeito.
Aproveitei de seu instante de cansaço para masturbar meu pau, foi tão
gostoso quanto a penetração, e ejaculando em seguida, a exemplo dele, esbocei
um largo sorriso. Então ele virou de lado, e de uma forma inesperada
descansou sua perna sobre mim.
— Se tivesse sido esperto, teria falado para sua mãe que dormiria aqui. Se
quiser, posso ligar.
Eu fiquei um momento a pensar, tinha que estar em casa em meia hora, e
se ficasse ali, poderia dormir juntinho dele. Sei que ao longo da noite o filho
do pastor iria querer novas brincadeiras, mas resolvi que eu precisava ir
embora, e assim, após uns dez minutos deitados naquela posição, nos
levantamos, e ele me deixou no portão.
Meu lance com o filho do pastor durou apenas uns dois meses, depois ele
mesmo foi evitando conversa. Quando saí da igreja, anos depois, e finalmente
dei para outros caras, entendi que o quê fazia com André sequer podia ser
chamado de sexo. André não sabia trepar, por isso eu sentia dor, por isso não
havia preliminares legais. Todavia, esta foi minha primeira experiência, e não
posso negar que foi especial.
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Esta é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produto da imaginação.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, locais, fatos ou situações da vida
real deve ser considerado mera coincidência.

1ª Edição. 2021.

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