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Disponibilização: Juuh Allves

Tradução : Juuh Allves


Revisão Inicial: Curly
Revisão: Maii,Camila
Leitura Final: Claire
Formatação: Claire
Anna e Ethan são separados pelo Oceano Atlântico. Suas
regras anteriores não se aplicam mais. A fim de fazer as coisas
funcionarem, Anna precisa deixar seu passado ir e assumir um
risco com Ethan.

Ethan precisa aprender a lidar com a ambiguidade de um


relacionamento. Relacionamentos de longa distância nunca são
fáceis e sua situação é frágil. Por quanto tempo ele pode
sobreviver sob a pressão da separação? Qualquer um deles está
preparado para desistir do que têm um pelo outro? Mas a
distância não é o único obstáculo para Anna e Ethan. Em última
análise, eles têm de decidir se querem partilhar um futuro
juntos.
Playlist

Love Song - The Cure


Out is Through - Alanis Morrisette
Loving Me For Me - Christina Aguilera
As - Stevie Wonder
Kissing You - Des’ree
Manhattan - Tony Bennett
Thinking Out Loud - Ed Sheeran
Anna

Eu não sei quanto tempo fiquei lá assistindo, esquadrinhando as cabeças

dos viajantes do outro lado da segurança do aeroporto, que se dirigiam para a

área de segurança. Talvez ele vire para trás, mude de ideia sobre me deixar.

Talvez ele virasse e visse que eu ainda estava parada, olhando para ele. E se

fizesse, queria ter certeza de que estivesse lá.

Uma criança pequena correu para mim e eu movi minhas pernas para

não perder o equilíbrio. Eu abaixei para estabilizá-la, ela fugiu. Ele quebrou

minha concentração e eu olhei para o meu relógio. Cinco minutos se passaram.

Ele estava à bordo. O voo não foi adiado. Ele estava no ar. Se foi.

A dor surda no meu estômago que vinha ameaçando desde ontem à

noite, me envolveu.

Tropecei em um banco próximo e me sentei com a cabeça em minhas

mãos. Ele realmente não estava lá. Nós finalmente tivemos a discussão sobre o

futuro. Ethan não tinha me pedido para ir para Nova York. Eu queria que

tivesse, mas ele não tinha. Mas não tinha terminado, tampouco. Ele disse que

me amava. Disse que queria fazer funcionar e eu disse tudo de volta para ele.

Nós estávamos indo para fazer a coisa de longa distância. Alívio e alegria tinha

prendido fora o complicado por algumas horas, até agora. Agora, a realidade
dele de ir para outro país estava bem aqui, e vivemos em diferentes continentes

significava que estava tudo complicado. Essa realidade foi quase insuportável.

Eu me atrapalhei com minha bolsa, e tirei minhas chaves e meu telefone.

O que deveria fazer agora? Eu não conseguia lembrar.

Ir relutante para casa. Isso era o que deveria fazer. Eu fui para a saída e

encontrei um táxi. Eu disse ao motorista para onde ir. Fechei os olhos e deixei

minha cabeça cair para trás.

—Senhorita. Senhorita.

Ergui a cabeça na parte de trás do assento. Era o motorista de táxi. O

carro tinha parado. Eu olhei para fora da janela. Casa.

—Desculpe acordá-la, amor,— ele disse. —Você tem jet lag?

Ele não tinha me acordado, e não de um sonho, de qualquer maneira. Eu

murmurei para ele e empurrei algum dinheiro em sua mão. Eu estava aliviada

pelo ambiente familiar quando entrei no apartamento. Ele não estava em casa,

mas foi o mais próximo dele que eu tinha. A dor dentro de mim pulsava

quando me lembrava que teria que encontrar um lugar para morar. Eu tinha

essa locação até o final de março. O que aconteceria entre agora e depois? Nada

havia sido decidido entre nós, a não ser que queríamos fazê-lo funcionar.

Tirei meus sapatos, entrei no quarto e, totalmente vestida, me arrastei

para debaixo das cobertas. Eu ainda podia sentir o cheiro dele. Senti-lo.
Acordei ao som do meu telefone abafado pelo meu travesseiro. Ainda

estava escuro. Liguei meus dedos às palavras —Deus do Sexo.

—Hey,— eu resmunguei.

—Deus, você parece tão sexy como se tivesse acabado de acordar.

Eu não podia deixar de sorrir através da minha mente sonolenta.

—Você parece sexy o tempo todo—, disse eu. —Onde você está?

—Em um táxi. Desculpe acordá-la.

—Não se desculpe. Eu sinto sua falta.

—Já?

Eu balancei a cabeça. —Sim.

—Apenas três semanas, linda.

Teríamos de passar o Natal em primeiro lugar e, em seguida, eu estava

voando para Nova York. —Três semanas—, eu repeti.

—E eu ainda vou fazer você gozar todos os dias.

Eu gemi e apertei minhas coxas juntas. Ethan me garantiu que a coisa de

longa distância poderia ser trabalhada, porque ele fazia um bom sexo por

telefone, mas o pensamento de não tocá-lo, dele não me tocando por três

semanas, era horrível.

—Te ouvir gemer está me deixando duro, e isso não é jogar limpo

quando você sabe que estou na parte de trás de um táxi.


Eu sorri novamente. Eu poderia ficar com ele apesar de ser três mil

milhas de distância. Isso aliviou minha dor ligeiramente.

—Desculpe. Eu não tive a intenção de...

—Você não tem que se desculpar. Você apenas tem que existir para me

deixar assim.

—Deus, eu te amo, Ethan.

—Eu amo você. Agora entre no chuveiro porque você tem essa reunião

que começa às 08h30min. — Eu adorei que ele sabia o meu horário. Quanto

tempo que duraria? Ele sabia o que eu estava fazendo esta semana, mas o quê

sobre a semana depois disso?

—Que horas são?

—Pouco antes de sete em seu horário—, respondeu ele.

Eu gemi novamente. Eu poderia dormir por uma semana, ou talvez até

que fosse hora de voar para Nova York.

—Pare, Anna.

—Desculpe. Não vá.

—Você tem que entrar no chuveiro. Eu vou falar com você quando

acordar mais tarde. Pare de fazer beicinho.

Eu ri. Eu estava fazendo beicinho.

—Ok, eu te amo. Durma bem.

—Eu vou, sonharei com você.


Eu fui de metrô para o trabalho, como a maioria de Londres, mas eu não

me sentia como a maioria de Londres. De alguma forma, a cidade não parecia

ser tão brilhante como de costume, foi como se alguém tivesse tirado todas as

cores, deixando apenas algo cinzento sobre todos. Eu me senti desconectada,

como se soubesse de alguma coisa que não fazia mais sentido. Andei em um

novo ritmo, as pessoas correndo atrás de mim, me batendo de esquerda e

direita, mas tudo bem, porque eu era diferente. Eu sabia. Sabia o que era

realmente, verdadeiramente, amar alguém. E foi incrível e totalmente

petrificante. Eu nunca me senti tão exposta e vulnerável.

Nós não tínhamos falado sobre muitas coisas sobre o futuro, mas

definimos alguns limites, criamos algumas regras.

É claro que sim.

Regra número um, era que iríamos falar um com o outro todos os dias.

Mesmo que fosse por dois segundos. Regra dois, que nos veríamos a cada mês e

nós sempre saberíamos quando seria o próximo encontro. Regra três havia a

honestidade. Se qualquer um de nós achasse que não estava funcionando,

gostaríamos de falar sobre isso e fazê-lo funcionar melhor.

Mas as regras foram feitas para serem quebradas, certo?


—Eu não posso acreditar que tenho que estar no escritório sem ter Scott

Sexy para olhar.— Lucy disse, vindo para minha mesa quando eu retornei de

minha reunião.

Será que ela acha que gostava dela? Eu tinha certeza que nunca tinha lhe

dado razão para ser tão iludida.

Eu toquei o lenço Hermès que tinha usado para manter Ethan perto de

mim e tentei ignorá-la. Ela manteve sua voz gritante quando abri minha caixa

de entrada e comecei a atravessar meus e-mails. Eu consegui ignora-la.

—Anna? Você está ouvindo? Ele totalmente tinha tesão por mim.

—O que quer que você ache, Lucy—, eu disse, meus olhos fixados na

minha tela.

—Jesus, você é uma vadia miserável.— Ela finalmente me deixou

sozinha e eu me isolei numa bolha que dizia “deixe-me só, porra”. Eu queria

fazer o meu trabalho e ir para casa. Embora Lucy irritou a merda fora de mim,

ela estava certa. Não havia alegria neste lugar, sem Ethan. Não para mim. Não

agora.

Leah chamou, provavelmente porque eu não estava respondendo a seus

e-mails e textos.

—Nós podemos apenas ter uma noite de garotas. Daniel vai fazer o

jantar—, disse Leah.

—Eu preciso lavar uma tonelada de roupas e ligar para os meus pais.

Talvez no final da semana?— Eu estava simplesmente enrolando e ela sabia

disso. Eu só realmente não queria companhia. Eu queria ser cercada por Ethan.

E mesmo que ele tenha ido, eu poderia sentir seu cheiro no apartamento.
—Não se torne uma eremita. Você não vai me deixar fazer isso e eu não

vou te deixar.

—Eu aprecio você estar cuidando de mim e agradeço-lhe por isso, mas

está tudo bem. Vou falar com você mais tarde.

Me afundei no trabalho, onde poderia ficar sozinha.

Apenas chegou ao meio-dia, meu telefone tocou. —Hey,— eu sussurrei.

—Eu sonhei com você—, disse ele.

Levantei-me e fechei a porta do meu escritório.

—Foi um sonho bom?—, Perguntei.

—Você estava me chupando, então eu diria que sim.

—Como você é romântico. Diz as coisas mais doces.— Eu ri.

—Eu não gosto de acordar sem você—, disse ele, e meu coração

disparou.

—Eu sei. Eu não gosto de você acordar sem mim. Apenas três semanas

até o seu próximo real boquete —, eu disse, tentando aliviar o clima. Eu o ouvi

gemer do outro lado do telefone. Eu ri. —Entre no chuveiro, vagabundo. Eu

ligo para você quando estiver em casa.


Ethan

Eu desliguei o telefone e fui para o banheiro. Seria obrigado a me

masturbar toda vez que falasse com ela? Eu ia ter que estabelecer regras sobre

isso. Eu tinha o meu pau duro, teria que acabar com isso, porque ele estava

arruinando a minha concentração. Eu peguei meu telefone de novo para ver os

e-mails que tinham chegado durante a noite. Isso deve ajudar a redistribuir o

meu fluxo sanguíneo melhor.

Nós tínhamos conseguido duas conversas arrebatantes desde que eu a

tinha deixado. Seria isso o que aconteceria sempre? Eu tive que me segurar

quando nós finalmente falamos sobre o nosso futuro juntos. O que eu queria

fazer era jogá-la por cima do meu ombro e trazê-la de volta para Nova York

comigo. Mas tinha conseguido me controlar. Ela parecia entender o que eu

queria e tinha sido difícil para mim estabelecer o que iria fazê-la feliz. Quando

tinha sugerido tentar um relacionamento de longa distância, ela tinha parecido

aliviada.

Eu não tinha certeza qual dessas alternativas tinha me feito mais ansioso,

o pensamento de levá-la de volta comigo, ou acabar com ela. Mas eu não tinha

empurrado. Talvez eu temesse sua resposta. Nós tínhamos prometido que não

haveria mentira, mas do mesmo jeito que senti que ela estava escondendo

alguma coisa, eu estava muito tenso. Não tinha exigido que ela voltasse à Nova

Iorque. O pensamento dela em Londres, sem mim, era aterrorizante, porra, que

ela pudesse mudar sua mente sobre nós, ou encontrar outra pessoa. O

pensamento de ficar sem ela, era como se estivesse ficando sem oxigênio. Eu

realmente não podia me lembrar como era antes dela. Não queria voltar para o

sexo sem complicações ou exclusividade. Anna era tudo que tinha passado a

vida lutando contra e agora era a única coisa que queria.


Três semanas. Como eu iria sobreviver três semanas? Eu estava lutando

para passar algumas horas. EU precisava de um plano. Iria para a academia.

Isso iria funcionar. Eu precisaria estar colocando muitas horas no escritório.

Isso seria uma boa distração. E eu poderia sair com meus velhos amigos

de faculdade, Andrew e Mandy, neste fim de semana. Esse era um plano. Agora

eu só precisava me certificar de que Anna não fosse distraída por algo ou

alguém, além de mim. Iria ter certeza que eu estava sempre à frente e no centro

de sua mente.

—Então, você está oficialmente enlaçado?—, Perguntou Andrew. Meu

sorriso se espalhou pelo meu rosto e encolhi os ombros. —Eu sabia que isso iria

acontecer, em algum momento—, disse ele.

Andrew tinha sugerido almoço e eu tinha meu assistente organizando

reservas no lugar onde havíamos não tão acidentalmente “encontrado” Anna e

Leah na manhã após a primeira noite juntos. Eu tinha ficado louco por ela,

mesmo naquela época.

—O que posso dizer? Ela vale à pena.

—Então, ela está vindo para o Natal?

—Ano Novo,— eu corrigi. —Eu estou levando meus pais para Aspen no

Natal. Eles estão desapontados por não estarem com Izzy, então pensei que

Aspen poderia deixa-los mais animados. E, em seguida, Anna chega dia 27.

—E depois?
—E então o quê?

—Bem, ela vai ficar permanentemente? Você está indo para Londres?

Você vai se casar com ela?

Sim, sim e sim? Não, talvez e um dia? Eu não tenho uma resposta. Dei de

ombros novamente.

—Mas você a ama certo?

Eu não poderia parar o sorriso que se espalhou pelo meu rosto. —Sim,

eu a amo.

—Então faça acontecer, cara.

Andrew era um grande amigo. Ele poderia ter dito para pegar leve, mas

ao invés disso ele queria que eu pegasse minha menina.

—Obrigado, cara. Eu vou encontrar uma maneira para que possamos

estar juntos no mesmo continente.

—Bom. As meninas gostam de Anna, e Mandy não gosta de alguém,

facilmente. Então... Não estrague tudo.

—Bom conselho. E assim, muito importante.

—Então, você quer passar o Ano Novo com Mandy e eu, ou você tem

outros planos?

—Eu sei que Anna adoraria ver vocês, mas podemos fazê-lo outra noite?

Talvez um dia antes? Para comer ou algo assim? Eu tenho outros planos para

nós no Ano Novo.


Minha ideia era fazer a noite especial. Eu só não tinha decidido como

ainda.

—E o trabalho lhe tem muito ocupado?—, Perguntou.

—Sim, espero que seja melhor agora que estou de volta aos EUA. Os

clientes estão exigindo pra caralho. Foi difícil gerenciá-lo a partir de Londres,

mas deve melhorar. — Eu não estava indo para voltar tarde esta noite. Eu

queria estar em casa as 19h00minh. Eu tinha uma promessa para cumprir.

Precisava ter certeza de que minha linda menina gozasse a cada noite. Merda,

meu pau começou a se mexer. —Como está Mandy?—, Perguntei, sabendo que

falar sobre ela deve me colocar para baixo.

—Bem. Ela quer que a gente saia para jantar para que possa lhe dar um

tempo difícil sobre deixar Anna em Londres.

—Eu não quis deixá-la lá. Ela mora lá.

—Eu sei homem, mas você sabe como ela é. Ela está animada que você

encontrou alguém.

Eu não podia deixar de sorrir. Eu estava animado que tinha encontrado

Anna, também. Nós apenas teríamos que encontrar uma maneira de estar no

mesmo continente.
Ethan

No caminho de volta para o escritório, eu mandei uma mensagem para

Anna.

E: Eu estarei em casa por 19h00min. Pode esperar?

A: A noite toda, para você.

E: Bom. Eu quero você nua na cama e na hora que eu chamar.

A: Sim, senhor.

E: Pare com o “senhor”, você está me fazendo duro.

A: Isso é como eu gosto de você, senhor.

Foda-se, ela poderia me deixar como aço com um texto a partir de 5 mil

quilómetros de distância. Eu era como uma porra de um adolescente, quando

falava com ela. Talvez devêssemos ter uma regra sobre texto durante o horário

de expediente?

Eu escorreguei de volta na minha rotina de trabalho. Gerenciando as

coisas a partir de Londres por três meses, significou que estar de volta em Nova

York fazia tudo parecer mais fácil e eu passei pelas coisas rapidamente. Mas eu
tinha uma teleconferência as oito naquela noite que eu poderia tomar a partir

de casa. Isso significava que teria uma hora com Anna. O pensamento dela na

cama e nua, sua pele cremosa suave envolta em nossos lençóis, deu espasmos

no meu pau, então me sintonizei e fiquei assim todo o dia.

Eram quase sete horas e eu estava preso no trânsito. Foda merda. Eu não

queria perder um minuto com ela, então eu liguei para ela na parte de trás do

táxi.

—Ei, meu homem bonito.

—Deus, eu te amo.— Eu não podia me parar, eu a amava como ela me

amava.

—Você está bem?— Ela parecia preocupada. Porque eu disse a ela que a

amava? Eu não estava fazendo o suficiente levantando essas questões.

—Sim, eu só queria que você soubesse. Eu senti falta de você o dia todo.

—Eu senti falta de você, também. Eu não gosto de ficar aqui sem você.

Eu não me sinto bem.— Meu coração doía ao ouvi-la dizer isso. Parecia que ela

sentia minha falta, tanto quanto eu sentia dela.

—Onde você está?

—Estou na cama.

—Eu te acordei? Você estava dormindo?

—Não, eu estava esperando por sua chamada. Você me disse para ficar

nua e na cama, então aqui estou.

Eu gemi e o motorista de táxi me lançou um olhar no espelho.


—Foda, olhe o tráfego—, eu cuspi.

—Onde está você?

—Na parte de trás de um táxi. O tráfego é uma cadela. Eu não devo

demorar muito mais. Eu simplesmente não podia esperar para ouvir a sua voz.

—Está bem. Não há pressa.— Eu não tinha contado a ela sobre a minha

chamada de conferência às 20:00h, porque não queria que ela pensasse que

estava encaixando-a entre outras coisas, ou que havia um limite de tempo para

o nosso encontro. —Como foi o seu dia?

—Bom, na verdade. Vi Andrew no almoço e tenho um monte de trabalho

feito.

—Como está ele e Mandy?

—Bem. Eles querem ver você, quando chegar. Eu estou indo jantar com

eles uma noite esta semana.

—Eu estou contente que você os tem.

—Eu também. Eu deixei algo para você, na gaveta de cima, onde tem as

minhas coisas. Vá dar uma olhada.

Anna

—Serio? O que é? — Perguntei.


—Vá dar uma olhada—, repetiu ele.

Eu me arrastei para fora da cama até a gaveta de Ethan e a abri. A visão

do espaço quase vazio fez meu estômago virar. Outro lembrete de que ele não

estava mais aqui. Mas não estava completamente vazio. Havia uma pequena

caixa de cor laranja estampada com o logotipo da empresa familiar Hermès. Eu

sorri, agarrei-a e voltei para a cama.

—Você achou?

—Sim. Você não precisa me comprar presentes.

—Eu quero. Eu acho que você é a única garota que se queixa sobre

ganhar presentes.

—Eu não estou reclamando. Eu só não quero que você pense que tem

que fazer isso...

—Eu quero. Você gosta disso?

—Eu não o abri.

—Nós deveríamos estar fazendo isso por chamada de vídeo ou algo

assim. Eu quero ver você.

—Três semanas. Onde você está agora?

—Nós estamos apenas dirigindo. Abra seu presente.

Eu fiz. Eu adorava que ele tinha pensado em me deixar uma coisa,

quando tinha ido embora. Ele era bom nessa coisa de namorado, mesmo que

não tivesse muita prática. Era uma bela pulseira esmalte azul. —Deus, Ethan, eu

adoro isso. Obrigado.


—Coloque-a. Eu quero imaginar você em nada, apenas nessa pulseira.

Eu sorri com o pensamento de ser sua fantasia. E sua realidade. —Ela se

encaixa muito bem, obrigado. Vou lhe enviar uma imagem.

O som da cidade saia mais claramente do telefone, agora. —Onde você

está?

—Eu saí para caminhar. Eu estou apenas no final do bloco.

—Eu quero ouvir mais sobre o seu dia.

—Foi completamente desinteressante em comparação com você nua em

nossa cama.

A nossa cama. Ele ainda pensava nela como nossa.

—Conte-me. Eu quero ouvir tudo, como se você estivesse ao meu lado

conversando.

—Se eu estivesse ai e você estivesse nua, eu não estaria falando sobre o

meu dia.

Fiquei imaginando quantas mulheres tinham flertado com Ethan hoje,

em um dia em que eu não estava indo para estar lá para embrulhar minhas

mãos ao redor de seu pênis e me certificar de que eram os meus olhos que ele

estava olhando quando gozasse. Eu tive que empurrar os pensamentos para o

lado.

—Diga-me, o que você estaria fazendo?

—Oh, linda, você pode ser a minha morte. Mas eu morreria feliz, isso é

certo.
Todo o meu corpo se aqueceu. A ideia de ser a única que o fazia feliz?

Que eu poderia fazer isso com ele? Era tudo que eu poderia querer. Os sons da

rua começaram a desvanecer-se.

—Se eu estivesse ai agora,— Ethan continuou, —eu colocaria você de

costas na nossa cama e comeria você por alguns minutos. Eu amo a sua pele,

quão suave é, e o sabor. Eu amo o sentimento dos meus dedos em você, em

cima de você.

Havia umidade familiarizada entre as minhas pernas com as suas

palavras. Era como se ele estivesse adorando meu corpo.

Sua voz e o burburinho em toda a minha pele fez a sua ausência mais

aguda. Eu estava ciente de tudo o que eu sentia. Tudo o que ele estaria fazendo

para o meu corpo se estivesse aqui. A impressão quase muito dura de seus

polegares abaixo, nos meus quadris. O seus lábios em cada polegada de minha

pele. A sensação de seu corpo duro sob meus dedos, meus lábios, minha língua.

Meus mamilos apertados e roçando os lençóis que estava enrolada. Eu

apertei minhas coxas juntas . —Eu queria que você estivesse aqui comigo.

—Linda, não há nada que eu queira mais neste exato momento.— Na

outra extremidade, escutei o barulho do telefone e portas batendo.

—Você está duro?—, Perguntei, quase envergonhada, mas não

completamente. Nosso relacionamento tinha sido, até agora, dominante sobre o

material físico entre nós. Era como nós nos comunicávamos, como ficávamos

confortáveis. Estávamos em um território novo aqui. Eu tinha confiança de seu

desejo por mim. Agora estava cega. Não quero fazer papel de boba Eu

precisava estar lá com ele, para ver, para que ele sentisse por mim o mesmo.
—Como uma pedra, porra. Como eu disse, você só tem que existir para

me fazer duro. Ter sua imagem nua na outra extremidade do telefone, me faz

como o aço. Se eu estivesse ai, você estaria pronta para mim, baby? Diga-me

como você está molhada.

—Ethan.— Eu não tinha certeza de que eu poderia fazer isso. Parecia

estranho e desconhecido.

—Eu quero que você chegue entre as suas pernas e me diga como você

está molhada. Está me dando um acidente vascular cerebral aqui pensar nessa

buceta perfeita.

Timidamente, eu mudei a minha mão para baixo em meu estômago,

então mais embaixo. Eu sabia que estava pronta para ele, mas queria fazer o

que disse.

—Diga-me, Anna.

Minha buceta rapidamente revestiu meus dedos. —Eu estou pronta para

você, Ethan. Realmente pronta para você.

—Você está pronta para a minha língua, os dedos ou meu pau?

Eu não poderia ajudar, mas gemer. —Ethan.

—É isso mesmo, você vai ter todos eles.

Eu comecei a circular meu clitóris com os dedos e as costas arqueadas.

—Jesus, eu quero estar dentro de você, agora. Eu estou tão duro. Eu

quero estar cercado por sua buceta. É o meu lugar favorito no mundo. Eu amo a

sensação dela em torno de mim enquanto eu deslizo para você. A forma como

os seus olhos se arregalam cada vez, como se eu fosse quase grande demais.
—Porra, Ethan,— Eu soluçava.

—É isso mesmo, linda, provoque seu clitóris. Imagine a minha língua

trazendo o seu prazer.

Eu estava perto e, em seguida, o telefone escorregou da minha mão.

Conforme eu puxei-o de volta ao meu ouvido, Ethan parecia longe de mim.

Meu corpo ficou frio e minha mente estava distraída por sua ausência.

Algo me deixou e eu não conseguia chegar lá. Não foi o suficiente para

eu fingir que ele estava me tocando. Na verdade, foi pior. Ele só me fez mais

consciente de que não estava lá comigo, fazendo o que ele fazia melhor.

—Eu estou tão duro para você. Você está perto? Quero que se toque —,

disse ele.

—Sim. . . Eu te amo, Ethan.— queria que ele chegasse mesmo que eu não

pudesse. Eu queria ter certeza de que ele não estava andando com um pau

duro, sem eu estar ao seu redor. Eu queria que isso funcionasse.

—Anna?— Seu tom mudou rapidamente. Ele parecia sério. —Anna, você

está me enganando?

—Eu. . . eu. . . — Como eu poderia responder-lhe?

—Você estava fingindo comigo?

—Não! Nunca. Claro que n-n-nunca — eu gaguejei.

—Mas você não está prestes a vir.— Não era uma pergunta.

—Sinto muito. Eu estava e, em seguida, eu perdi você e não consegui.—

lágrimas começaram a se reunir em meus olhos.


—Não se desculpe. Nunca se arrependa. Jesus, desejo que eu estivesse ai.

Eu quero os meus braços em torno de você.

Eu ri. —E o resto.

Isso quebrou a tensão e Ethan riu também. —Sim, e o resto. Mas, falando

sério, esta situação é uma merda.

—Ela é.

—Você nunca fingiu comigo, não é?

Eu ri novamente. Ethan nunca tinha sido inseguro sobre o poder que

tinha sobre o meu corpo e pensar que ele tinha a menor dúvida sobre a forma

como eu respondia para ele era bizarra. —Eu nunca precisei falsificar uma

única coisa sobre o nosso relacionamento, e certamente não do jeito que você

me faz vir. Eu não posso dizer que nunca fingi, mas nunca fingi com você. Não

poderia deixar de vir quando você me toca, mesmo se eu tentasse.

—Você diz as coisas mais doces. Se eu estivesse ai, estaria transando com

você pela segunda vez esta noite.

—Agora eu deixei você com bolas azuis.

—Sim, sobre isso. . . seria trapaça se você não estiver na extremidade do

telefone?

—Não. Quer dizer, quando você estava em Londres? Você acha que

deveria?— Por que ele estava me perguntando isso? Parecia estranho falar

sobre isso. Mas ao mesmo tempo eu estava satisfeita. Ethan parecia não ter

limites. Ele escondeu muito pouco de mim e eu amei, mas não estava

acostumada a isso. Ninguém na minha vida nunca tinha sido tão aberto quanto
Ethan era comigo. Por mais que me fizesse um pouco desconfortável, às vezes,

era exatamente o que eu precisava.

—Eu nunca fiz isso em Londres. Mas eu passei metade do meu tempo

dentro de você.

Eu sorri. —Por que você acha que eu não quero que você faça isso?

—Eu só não sabia como você se sentia sobre isso. Então, eu queria

perguntar-lhe.

—Você é o melhor namorado de sempre. Você quer saber como me sinto

sobre isso, nenhuma mentira? Eu acho que quero que você consiga gozar

sozinho umas vinte vezes por dia, se precisar. Qualquer coisa para garantir que

não ficará tentado a ir para perto de qualquer outra mulher enquanto estamos

distantes.

—Ok, isso não é o que estava esperando que dissesse. Você está

preocupada que vou trair você?

Eu estava? Eu estava preocupada que iria perdê-lo, que ele iria me trair?

Eu não sabia se ele poderia ficar sem sexo até a próxima vez que nos víssemos.

Ele, afinal de contas, tem o apetite sexual de um menino de quinze e nunca

tinha pensado em ser monogâmico antes. —Eu não acho que estou preocupada,

mas é natural observar outras mulheres, e eu acho que você está mais propenso

a agir como se não tivesse sexo por um tempo.— Eu estava tentando parecer

racional. Eu estava tentando me sentir racional. —Você nunca teve que negar a

si mesmo antes, Ethan.

Ele ficou em silêncio na outra extremidade do telefone.


Ethan

Eu fui deixado ferido por sua admissão. Ferido, porque ela pensou que

eu seria capaz de traí-la.

Ferido, porque ela pensou que eu não tenho mais autocontrole, mas

acima de tudo, eu estava muito devastado que ela não podia sentir por mim o

que eu sentia por ela, sabendo que não queria mais ninguém.

Se ela pensava que o sexo com outra mulher poderia se comparar com

ela, não imaginava. A ideia de algum sexo aleatório fez minha pele arrepiar.

Além do fato de que Anna fazia coisas para o meu corpo que ninguém mais

fazia. Eu estava convencido de que as coisas eram totalmente certas, elas me

faziam se sentir tão bem. A porra estava em uma categoria totalmente diferente

de sexo que eu não tinha percebido que existia. Mas não foi só essa merda, era a

conexão, a compreensão. Ou assim eu pensava. Mas talvez não fosse assim para

ela. Talvez ela tenha estado nessa situação antes. Talvez isso fosse bom, mas

nada de especial para ela. Ela não sentia o mesmo que eu. Ela não podia,

porque se o fizesse, ela iria entender que não havia uma possibilidade que eu

iria sequer olhar para outra mulher. Nunca haveria espaço no meu cérebro,

meu coração ou minha alma para qualquer outra pessoa.

—Ethan,— ela respirava.


—O que posso fazer?— Perguntei. —Para torná-la melhor, para

tranquilizá-la que nunca haverá alguém mais?

Foi a vez dela de ficar em silêncio, agora.

Isso me deu cada resposta que precisava. Não havia nada que eu

pudesse fazer. Nada para lhe mostrar como ela não era apenas qualquer

mulher. Eu sabia, o que tínhamos era diferente. Ela não se sentia e não havia

nada que eu pudesse fazer para mostrar. Especialmente a partir de 5 mil

quilómetros de distância.

O aperto em torno de meu coração ficou mais forte.

Eu iria perdê-la.

Talvez eu nunca a tive, para começar.

—Conte-me sobre o seu dia—, disse ela.

Eu não sei se eu deveria forçar a questão, fazê-la falar sobre isso. Foi o

meu primeiro instinto, mas tinha perdido a confiança em nossa fórmula mágica

de nenhuma mentira. Não parece ser suficiente.

Comecei lhe dizendo em detalhes sobre tudo o que tinha acontecido. Por

alguma razão, era importante acertar os detalhes. Para ser claro. Para lhe dizer

tudo. O tempo foi passando. Oito horas já estava se aproximando, mas eu não

queria terminar a nossa conversa. Ela deveria estar dormindo agora. Ela estava

tentando ficar acordada?

—Como é que você está em casa tão cedo?— Ela perguntou.

—O que você quer dizer?


—Em seu primeiro dia de volta? Você deve ter deixado o escritório às

seis e meia para estar em casa agora.

—Eu trouxe um pouco de trabalho para casa. Eu queria falar com você.

Você, nós. É a minha prioridade.

Mais silêncio.

—Me desculpe, eu arruinei seu dia—, disse ela.

—Você não estragou nada.

—Mas não era o que você tinha planejado.

—Você não era o que eu tinha planejado, e olha que sorte eu tenho. Eu

adoro lhe dar prazer, eu adoro ficar dentro de você, mas não é a única coisa

entre nós, linda. Não para mim.

—Eu também. Mas eu quero que você. . . você saiba.

Eu ri. —O Quê?

—Você sabe, para, er, ficar satisfeito.

Eu podia sentir o calor em seu rosto a partir daqui. —Todas as coisas que

fiz e você não pode me dizer que quer que eu me masturbe?

—Ethan.

—O quê? É tão engraçado.

Eu amei o som de sua risada.

—Eu prometo me masturbar no chuveiro.


—Promete pensar de mim.

—Linda, eu não posso pensar em nada mais a qualquer hora do dia ou

da noite.— Era verdade, ela me tinha totalmente, e eu queria que soubesse

disso. —Nós vamos conseguir fazer isso, você sabe.

—Vamos ter muito esforço?— O riso foi embora. Ela parecia séria.

Cada parte dela estava tendo dúvidas. Ela estava pingando nelas. E eu

não sabia como conter o fluxo.

—Eu não sei,— eu respondi. —Eu não tenho nada que eu possa nos

comparar. Tudo que eu sei é que eu quero que você e eu demos certo, mais que

tudo.

Ela suspirou. Eu estava empurrando muito? —Mas você tem que falar

comigo, eu não estou ai para ver seu rosto, você vai ter que me dizer o que está

pensando.

Eu quase podia ouvir seu cérebro zumbindo na outra extremidade do

telefone. —Está tudo confuso em minha cabeça. Eu não tenho certeza que tenho

palavras —, ela respondeu.

—Elas não têm que estar em uma ordem específica, basta falar.— Jesus,

eu estava desesperado para ela cuspir, para falar comigo. Eu poderia lidar com

qualquer coisa se entendesse o que estava acontecendo em sua cabeça. Eu não

tinha certeza que entendi o que significava estar ansioso antes de conhece-la.

Acho que é porque ela tinha o poder de me machucar, de me ferir. Eu não

poderia, não queria controla-la. Queria que ela me escolhesse.

—Eu só queria que você estivesse aqui, é tudo.


—Eu desejo que estivesse, também. Ou que você estivesse aqui. Ou que

estivéssemos juntos em algum lugar. Em qualquer lugar.

—Cuidado, você está se transformando em um romântico.

—Nu-uh. Eu só estou falando a verdade e é assim que é.

—Eu sei—, disse ela.

—Você sabe?

—Eu faço. Eu sinto o mesmo. Eu apenas. . .

—O Quê? Você já esteve nisso antes e foi ferida antes?

—Deus não. Não. Nunca. Eu nunca estive nisso antes. Não é assim. Eu

acho que talvez seja isso. É porque isto é diferente.— Sua voz era mais

silenciosa enquanto ela falava. Como se ela quase não quisesse pronunciar as

palavras.

—Eu nunca iria me recuperar.

Sua admissão me tranquilizou um pouco. Ela não parecia ter duvidas

quanto ao que sentia, se o que ela estava dizendo era verdade.

—Você nunca vai precisar.

—Eu pensei que você não fizesse promessas que não possa cumprir.

—Está certa.

—Ethan.

—Quero dizer de verdade. Isso não vai acontecer. Eu não vou deixá-la.—

Mas ela estava certa. Eu não podia controlar isso. Ela teve seu papel a
desempenhar como eu fiz, e talvez nós precisássemos de alguma boa sorte em

algum lugar, também.

—Você tem certeza suficiente para nós dois, às vezes.— A voz dela

mergulhou um pouco, engrossada com alguma coisa.

—Eu posso fazer isso—, assegurou.

—Sinto muito.

—Você não tem nada para se desculpar. Nada.

—Mas eu desejo que eu pudesse... Você sabe.

Foda-se. Ela era adorável, e ainda não poderia dizer que queria que eu

gozasse.

—Oh, você vai. E como você sabe, eu não faço promessas que não

mantenho.

Ela riu de novo e eu comecei a relaxar. Mas só um pouco. Olhei para o

relógio. Foda-se, estava chegando a hora da minha chamada de conferência. Eu

queria ficar no telefone com ela. A noite toda. Especialmente agora. Eu não

quero deixar de falar com ela enquanto as incertezas ainda estavam tão perto da

superfície. Eu queria acalmá-la por apenas alguns minutos à mais.

—Está tarde. Eu deveria dormir. E você tem que trabalhar. Amanhã será

melhor—, disse ela.

Amanhã seria melhor. Gostaria de ter certeza disso.

Nós desligamos alguns minutos depois das oito e eu rapidamente

disquei para a chamada ao ligar meu laptop.


Eu tinha planejado mandar vários presentes em todo o nosso tempo

separados. Eu queria fazê-la sorrir, e fazê-la perceber como eu estava pensando

nela o tempo todo, mesmo que não estivesse com ela. Quando tinha comprado

para ela os cachecóis, eu tinha tido um verdadeiro prazer ao pensar que ela

poderia gostar. Adorava quando eu acertava e seus olhos se iluminavam

quando ela desembrulhava o que tinha escolhido para ir com seus cabelos, ou

que ficaria tão bonito contra a sua pele, ou que combinaria com o terno novo

que ela comprou. Era uma extensão do sexo entre nós. Eu tinha prazer ao dar-

lhe prazer. Foi uma revelação para mim. Eu não tinha percebido que poderia

ser feliz, porque alguém estava feliz. Eu me perguntava se Andrew se sentia

assim sobre Mandy, ou se James se sentia assim com Jessica.

Eu tentei ficar acordado para que pudesse falar com ela antes que fosse

devidamente acordada. Eu amei o som de sua voz sonolenta, meio acordada.

Eu não poderia obter o suficiente dela.

Em algum momento eu devo ter adormecido, porque eu acordei com

câimbras, o meu laptop e documentos ainda espalhados por minha cama. Eu

estava dormindo no meu quarto, pelo menos. A senti em torno de mim, vendo-

a no meu apartamento era exatamente o que eu queria. Foi tortuoso, mas era

necessário. Quando parti para Londres, fiz tudo para evitar lembranças dela no

meu apartamento. Agora era exatamente o oposto.

Eu chequei meu telefone. Ela estaria no trabalho. Eu poderia obter uma

vantagem inicial sobre o meu dia, talvez até mesmo acertar a academia. Eu

comecei a verificar as minhas mensagens e encontrei vários textos de Anna.

Mais de vários. Quase uma dúzia.


Merda, eu esperava nada estivesse errado. Eu os abri. Quando a

realização do que eu estava vendo me bateu, um calor atravessou meu corpo e

eu estava ciente do sangue em minhas veias.

Fotos. Muitas fotos. De perto.

Eu rolei através delas; os lábios entreabertos, assim como eles ficavam

quando ela gozava. A união de suas coxas, os seios magníficos dela pressionado

juntos com um toque de sua mão. A curva de seu traseiro. Seus dedos, onde eu

queria meu pau.

Jesus, eu estava duro. Eram apenas algumas fotos, mas eu a queria

comigo. Ela era bonita. Aquela pele, o que aqueles dedos poderiam fazer para

mim, o que essa bunda poderia.

Ela respondeu ao primeiro toque. Eu sorri. Ela estava esperando a minha

chamada.

—Você acordou cedo.

—E você está tentando me matar.

—Essa não era a intenção. Apenas um pequeno lembrete do porque você

tem de volta a Londres e de quem estará te visitando em três semanas.

Eu gemi e estendi a mão para o meu pau duro como uma rocha.
Anna

Eu amei esse som que ele fez como se estivesse meio enlouquecido com a

luxúria. Eu devo ter tirado cerca de uma centena de imagens e enviado cerca de

dez. Eu queria tentar fazê-las para que não ficasse desprezível, que elas apenas

sugerissem algo.

—Ethan,— Eu sussurrei enquanto fechava a porta do escritório.

—Eu quero você no meu pau, agora.

—Ethan—, eu sussurrei novamente.

—Eu preciso de você.

—Você me tem.

Eu podia ouvi-lo, sua respiração encurtada. Eu imaginei o que ele estava

fazendo e eu senti minha calcinha molhar. O pensamento dele, nu, em sua

cama. Deus, eu ia ter que tomar uma ducha fria.

—Fique no telefone.

—Eu estou aqui.— Por alguma razão, eu gostei do fato de que ele me

queria no telefone. Eu esperava que iria compensar ontem à noite um pouco. Eu

não queria estragar tudo. Eu não quero nos estragar.

—A imagem de seus lábios. Esse é o meu favorito.— Ele estava ofegante

agora. Eu podia ouvir um ritmo em sua voz. — A forma que eles fazem quando

você goza.

—Quando você me faz gozar—, eu sussurrei.


Ele gemeu novamente.

—Sim, quando eu faço você gozar. Isso é como você olha. E eu não posso

obter o suficiente. É como se eu fosse viciado.

Sua voz estava oscilando agora. —Eu não posso obter o suficiente de seu

corpo, sua mente, sua alma.

—É tudo seu.

Sua respiração era pesada agora, os grunhidos mais consistentes. Eu

poderia imaginar o pescoço esticado quando ele deu a si mesmo um orgasmo.

Ele estava lá e ouvi-lo era a coisa mais sexy, a coisa mais erótica e íntima que eu

já ouvi. Eu desejava que estivesse de volta ao apartamento, em algum lugar

onde poderia tê-lo novamente.

Mas eu não estava no apartamento e uma batida na porta me puxou de

volta para meu lugar.

Paul Adams, o parceiro que eu fiz um monte trabalho, colocou a cabeça

em volta da minha porta e viu que estava no telefone e silenciosamente indicou

que eu deveria chamá-lo. Eu tinha certeza que ele poderia dizer que eu só tinha

o meu namorado na outra extremidade do telefone. Deve ter mostrado no meu

rosto, com certeza. Eu balancei a cabeça e ele fechou a porta atrás dele.

—Você está bem?— Ethan me perguntou.

Eu ri. —Eu estou, era Paul. Eu me sinto como se tivéssemos sido pegos

fazendo algo que não deveríamos fazer.

—Bem, é uma sorte que não estávamos pelo Skype.

—Sim, eu acho que já violaria a clausula de ‘Não- Confraternização’.


O resto do dia foi melhor. Eu gostava de ouvi-lo desfeito assim e apesar

de que estávamos há 5 mil quilómetros de distância, parecia que esta manhã

nos aproximou mais, de alguma forma.

Algum tempo depois do almoço, eu voltei para o meu escritório após

uma reunião, para encontrar dois embrulhos postos na minha mesa.

O primeiro foi um pacote do correio, o segundo foi um envelope escrito

“privado e confidencial”. Abri o pacote do correio primeiro, esperando alguns

documentos de um cliente, mas ao invés disso encontrei um livro. Mas não

apenas um livro. Era um livro intitulado “Escultura de abóbora na Nova

Inglaterra”. Mas antes da palavra “abóbora” alguém tinha escrito à mão a

palavra: Nu

Lucy escolheu aquele exato momento para fazer sua entrada.

—O que você tem aí?— Ela me perguntou, vendo um livro na mão e um

sorriso no meu rosto. Não que o meu sorriso durasse muito tempo.

—O que você quer, Lucy?— Eu não queria nada para estragar o meu

humor.

—Apenas vindo para dizer oi, isso é tudo. O que é isso?— Ela perguntou

pegando o livro.

—Nada.— Eu arranquei de seus dedos. Eu não tinha tido tempo para

apreciá-lo ainda. Por pensar como foi planejado e bobo, e era um presente

perfeito. Abracei-o contra o meu peito.


—Puxa, alguém é delicado. Você ainda está chateada porque não está

trabalhando com o Sexy Scott?

—Ele está de volta aos EUA.

—Sim, mas eu ainda estou trabalhando com ele. Ele manda e-mails para

mim o tempo todo. Não consigo ficar longe. Ele é como um flerte.

Se eu pudesse dar uma joelhada na sua virilha sem ninguém descobrir,

eu teria feito. Não era adepta a violência física, mas era como se ela estivesse

tentando me acabar. Será que ela sabia sobre Ethan e eu?

Talvez ela suspeitasse?

—Ok, bom, aproveite isso.— Eu bati. —Eu tenho muito o que fazer,

Lucy.— Levantei-me e me mudei para a porta. Ela não podia continuar a falar

de mim, se eu não estivesse no meu escritório. Ela obteve a dica e eu fui ao

banheiro.

Quando voltei para a minha mesa, sorri contente com o livro que Ethan

tinha enviado para mim. Quando eu folheei o livro, vi que ele tinha anotado

para que cada vez que estava escrito 'escultura de abóbora' a palavra “nu”. O

livro estava cheio de belas fotografias de abóboras esculpidas, ajustadas contra

típicas casas e paisagens da Nova Inglaterra. Era doce e pensativo e eu adorei.

Eu mandei uma mensagem rápida.

A: Eu amei meu presente. E eu amo a sua obsessão com a nudez. Ah, sim,

e eu te amo.
Ainda sorrindo, voltei minha atenção para o envelope escrito à mão que

tinha estado na minha mesa com o pacote do correio. Não foi escrito por Ethan

e eu não conseguia pensar quem poderia ter mandado.

Dentro havia uma carta escrita à mão. Começou com “Cara Anna”, mas

eu ainda não reconheci a escrita, então eu pulei até o fim.

Era a partir de Ben. Bem, o motociclista. Ben, o Bastardo. Meu ex-

namorado que havia sido responsável por meu apartamento ter sido quebrado,

me colocando em perigo. Que diabos ele estava escrevendo para mim?


Anna

—Você tem isso com você?— Perguntou Leah. Eu a tinha chamado para

uma reunião de emergência com um vinho, para discutir sobre a carta de Ben, o

Bastardo.

Eu entreguei e ela começou a ler desde o início. Eu me concentrei em

meu vinho.

Para os próximos cinco minutos tudo o que conseguiu foi “Deus”, “Oh”,

“Uau” e “Bem, isso faz sentido.”— E então eu tenho uma pergunta. Você não

tinha ideia?— Ela olhou para mim.

Eu balancei minha cabeça. —Como se diz, ele foi muito bom em

esconder isso.

Ela assentiu com a cabeça, como se entendesse. Como esse fosse

compreensível eu não ter percebido que ele era um viciado.

Eu não tinha certeza do que era. O que isso diz sobre a minha capacidade

de ler as pessoas?

Leah continuou a ler. —Ah, e este é ele fazendo as pazes. Eu vejo. É

corajoso.— Ela olhou para cima e eu assenti. Foi corajoso.


Quando ela chegou ao fim, exalou dramaticamente. —O que Ethan

disse?

—Eu não disse a ele ainda. Eu vou ligar quando voltar. Enfim, tudo isso

foi pré-Ethan. Antes de nos conhecermos.

—Por isso, não muda nada?

—O Quê? Entre mim e Ethan?— Eu olhei para ela para verificar se tinha

escutado direito. —É claro que isso não muda nada. O que poderia mudar?

Ethan e eu estamos juntos.

—Ok, eu só queria saber se. . . Bem, se você ainda pode ter sentimentos

que poderiam voltar agora que tem uma explicação sobre as coisas.

—Leah!— Eu não podia acreditar que estava ouvindo isso dela. Ela

sabia, ela devia saber, como eu me sentia sobre Ethan. Ele não era apenas outro

namorado para mim.

—O Quê? Eu só estou perguntando.

—Você sabe o que existe entre o Ethan e eu. Como você pode me

perguntar isso?

—Tudo o que sei é que vocês estão há 5 mil quilómetros de distância um

do outro, sem um plano.

—Eu tenho um plano. Eu tenho uma porra de um plano, Leah.— Minha

voz começou a tremer um pouco e vi em sua expressão, que não esperava que

fosse reagir tão fortemente, como fiz.

—Sinto muito. Anna, por favor, eu não quis te chatear. Eu quero que seja

feliz.
—Eu sei. Olha, estou indo. Eu quero ir para casa e falar com Ethan.

—Eu realmente sinto muito. Por favor, não vá, eu me sinto terrível.

—Não há nada para se desculpar. Sério. Eu só preciso ir.— Eu já estava

de pé. Tinha que estar em casa. Mas eu não queria fazer Leah se sentir pior do

que ela claramente já se sentia, então eu sentei e completei nossos copos.

—Estou feliz que você encontrou Ethan.

Fiquei em silêncio. Eu não queria levar adiante esta discussão.

—E eu estou feliz que você tenha um plano—, continuou ela. Eu

realmente não tenho um plano que não seja estar determinada que Ethan e eu

ficaríamos juntos.

—Talvez nós vamos acabar tendo um casamento duplo!—, Disse Leah,

claramente tentando me fazer rir.

—Foda-se, Leah.— Ela sabia como eu me sentia sobre a coisa toda de

casamento.

—O Quê? Eu acho que seria uma ideia brilhante.

—Nós não vamos nos casar.

—Nunca?

—Você sabe como eu me sinto sobre casar. É bobagem e ultrapassado e

as pessoas casadas acabam odiando um ao outro, mas ficam juntos de qualquer

maneira. E eu não posso suportar a ideia de usar um vestido com babados e

com membros da minha família tentando esconder seu desdém um para o

outro, enquanto se babam mais que o preço do frango.


—Ok, então nenhum casamento duplo. Mas quando você for dama de

honra no meu, eu estarei fazendo você usar babados. E você está indo para

comer frango. O resto de nós terá o veado.

Eu ri, apesar de tudo.

Ethan

O mundo inteiro estava, literalmente, agindo como idiota. Ninguém

tinha feito qualquer sentido, uma vez que eu cheguei ao escritório. Era como se

alguém tivesse infectado a todos com um vírus. É evidente que eu estava

imune, mas o resto deles tinha pegado.

—Não, eu não acho que é uma boa ideia. Ele não leva em conta o fato de

que o valor neste negócio não foi colocado para baixo.

Porra, isso era uma coisa fodidamente óbvia. Por que eu estava tendo

que fazer esses pontos?

Eu chequei meu telefone e sorri para o texto que Anna tinha enviado

anteriormente. Ela gostou do livro. Era, no mínimo, o mais provocador de todos

os presentes que eu tinha planejado para ela. Eu ainda estava segurando meu

celular quando outro texto chegou.

A: Quando você está livre? Podemos falar?

E: Você está bem? Eu estou em uma reunião agora, mas posso falar.
A: Não, quando você estiver em casa. Eu só tive uma briga com Leah e eu

quero ouvir a sua voz.

Jesus, a mulher me faz sentir como um Deus.

E: Eu estarei em casa por volta das 19h00min de novo, linda.

Pela segunda vez em dois dias, saí do escritório às seis e meia. Não era

viável. Mesmo que eu trabalhasse em casa depois que eu falava com a Anna,

não era suficiente. Eu precisava estar no escritório. Três semanas até que ela

chegasse aqui, e então nós precisávamos conversar.

Liguei para ela, logo que cheguei ao meu apartamento. Ela parecia

sonolenta e o sangue correu para o meu pau.

A sensação de estar pronto para ela quando não estava aqui não foi nada

fácil.

—Como foi seu dia?— Perguntou ela.

—Um pesadelo do caralho. Eu odeio lidar com clientes estúpidos.

Ela riu e a tensão na minha voz de repente soou ridícula. Eu não podia

fazer nada, mas sorrir em resposta.

—De qualquer forma, nada disso importa. Conte-me sobre Leah. Não é

como se vocês duas discutissem.

—Estamos bem, está tudo bem. É só, eu recebi uma carta de Ben.

—De quem?— O pulso nas veias em meu pescoço latejava.

—Me escute.
—Ouvi você falar sobre a porra do pau de um ex?

Ela suspirou e eu me senti como um idiota, mas realmente?

—Não, seja o que for. Eu pensei que você gostaria de saber.

—Anna, o que diabos a porra da carta dizia?— Eu não preciso perguntar.

É claro que estaria implorando seu perdão, lhe pedindo para voltar. Caralho, o

pau não poderia mantê-la em primeiro lugar e agora queria uma segunda

chance.

—Eu preciso que você se acalme.

—E eu preciso de você para me dizer o que a porra da carta diz antes de

eu entrar no próximo avião para Londres para lê-la por mim mesmo.— O

pulsar no meu pescoço estava ficando mais selvagem.

—Acalme o inferno para baixo! Eu vou dizer a você, se me der um

minuto e parar de agir como um idiota.

Eu não tinha nada a dizer sobre isso. Ela estava certa. Alguns dos vírus

de idiota deve ter pegado em mim, depois de tudo.

—Tudo bem, desculpe. Vá em frente.

—Eu não sou um de seus associados que você pode gritar ao redor, Sr.

Calças Mandão. Bem, não fora do quarto, de qualquer maneira.— Isso me fez

sorrir. —Então, eu recebi uma carta no trabalho de Ben hoje.

Era eu, ou ela que estava amarrando isso. Ela precisava falar logo, porra.

E então eu poderia mandar matá-lo ou algo assim.

—E foi para fazer as pazes.


—Aposto que foi, idiota de pau mole.

—Não, foi como parte de seu tratamento. Ele está no AA ou algo para o

seu vício em drogas e álcool. E foi realmente uma carta adorável. Me dizendo

como ele estava arrependido por me colocar em perigo, por me enganar e me

manipular. Como nada disso foi minha culpa. . .

—É claro que não foi culpa sua.

—Ethan, ouça. Foi legal. Fiquei chocada ao ouvir que ele era um viciado.

Eu não sabia. E que tipo, isso faz sentido. Mas ele escondeu bem e estou

satisfeita por estar recebendo a ajuda que precisa.

—E ele quer você de volta?

—Não, não é disso que se tratava.

Meu pulso acalmou.

—Ok, então por que você e Leah brigaram? Ainda não entendi

—Sim, bem, nós apenas discordamos.— Ela estava reticente.

—Então, fale comigo.

—Não é nada, e eu exagerei. É constrangedor, realmente.

—Conte-me.

—Ok, mas você tem que prometer que vai me ouvir. Não vá bater a

merda de novo.

—Vá em frente, Anna.


—Leah apenas perguntou se eu iria tentar me reconciliar com Ben agora

que tinha lido a carta. E eu fiquei realmente louca que ela poderia pensar isso,

sabendo como me sinto sobre você. Ela sabe como é diferente entre nós em

comparação com outros namorados que tive. Quer dizer, se ela sente por Daniel

até mesmo um décimo do que eu sinto por você, ela nunca diria isso. Eu

simplesmente perdi o controle. Totalmente perdi e eu me sinto mal. Pedi

desculpas e ela vai ficar bem, mas eu estava tão irritada.

Acho que o meu coração parou. Literalmente, parou. Eu não achava que

era possível amar alguém mais do que eu sabia que já amava Anna, mas,

aparentemente, era.

—Ethan?

—Sim, eu estou aqui, linda. Sinto muito que você teve que brigar com

Leah, não, nada disso. Eu não me arrependo de tudo. Eu precisava ouvir isso de

você hoje.

—É?

—Sim, muito. Mas precisamos de um plano. Nós não podemos viver há

5 mil quilômetros de distância um do outro por muito tempo. Eu acho que isso

só poderia me arruinar.

—Eu estava pensando a mesma coisa.

—Então, vamos pensar no que podemos fazer sobre estas próximas

semanas, e, em seguida, discutir as possibilidades cara a cara quando você

estiver em Nova York.

—Eu estava esperando que fosse ser um pouco menos sobre conversa e

pouco mais de ação quando estivermos cara a cara.


—Você está citando Elvis para mim?

—Estou.— Ela riu.

—As meninas não estão autorizadas a citar Elvis. É a lei.

—Sim, senhor.

—Realmente? E agora você está, deliberadamente, tentando me fazer

ficar duro?

—Talvez.— O sorriso foi claro através de sua voz.

—Terá muita ação, não precisa se preocupar com isso.

—Eu não posso esperar. Posso fazer um pedido?

—Um pedido sexual? Claro. Qualquer Coisa.

— Ousado Sr. Scott ha-ha. Você sabe que eu amo Andrew e Mandy. . .

—Eu quero ficar com você, sem reclamações e sem envolver nós quatro.

—Mais uma vez, você está me matando com a sua graça. Não consigo

parar de rir. —Ela era provavelmente a pessoa mais sarcástica que já conheci, e

eu adorei. —Eu gostaria de vê-los, mas eu quero que seja você e eu, tanto

quanto possível.

E o meu coração parou de novo.


Anna

As próximas semanas se tornaram uma contagem regressiva gigantesca.

Ethan e eu estabelecemos um tipo de rotina. Nós falamos um com o outro

quando levantávamos e, em seguida, às vezes, pouco antes de eu ir dormir. Ele

tinha trabalhado cada fim de semana, uma vez que estava de volta em Nova

York. Era egoísta da minha parte, mas eu gostava que sua vida parecesse ser

apenas sobre o trabalho. Quando ele, saia foi sempre relacionado a negócios. Ele

só tinha visto Andrew e Mandy uma vez desde que voltou.

O trabalho era cada vez menos interessante para mim. Era difícil saber se

isso foi porque Ethan era a distração final, ou se era o trabalho, os clientes e a

política. Talvez fosse tudo o que precede. Eu só não vejo meu futuro na

empresa mais. Depois que eu percebi isso, tornou difícil levantar cada manhã.

Eu precisava pensar em uma alternativa, mas eu queria Ethan como parte disso.

Eu não quero ser a garota cujo futuro dependia de um cara, mas esse navio

tinha navegado. Meu futuro sem ele era impensável. Eu nunca iria escolher um

trabalho ao invés dele, era tão simples como isso.

Especialmente um trabalho que eu me sentia normal, na melhor das

hipóteses. Quanto mais eu pensava nisso, mais eu queria sair.

O fim de semana antes do Natal, Leah me convidou para jantar com ela e

Daniel em sua casa. Tive o prazer de ter uma distração. Estava escuro, úmido e

frio quando cheguei em seu lugar.

—Tem um cheiro delicioso, Leah,— eu disse, enquanto a segui para a

cozinha. —Será que você cozinhou?

—Eu fiz. Espero que esteja tudo bem.


—Eu não tenho certeza que me incomodaria em cozinhar se tivesse uma

governanta.

—Eu sei, mas eu me sinto muito culpada por ela fazendo tudo para nós o

tempo todo. E de qualquer maneira, eu gosto de cozinhar. Daniel tem estado no

estudo durante todo o dia de trabalho, e eu tenho que cozinhar. Tem sido como

algo dos anos cinquenta. Vinho?

—Claro, vinho. Então, onde está Daniel agora?

—Atrás de você,— Daniel disse quando ele entrou na cozinha. —Meu

senso de humor me disse que estava prestes a abrir um pouco de vinho de

merda, então eu vim para salvá-la e encontrar as coisas boas.

Leah sorriu. —Então, como está Ethan?

—Bem. Ele ainda não me pediu para ir para Nova York. Mas vamos falar

sobre isso quando eu for no ano novo, por isso está tudo ok.

—Você já se ofereceu para ir?— Perguntou Daniel.

—Eu quero que ele me peça. Eu não quero falar e colocá-lo em um beco

sem saída.

—Ele te ama. Ele não vai se sentir em um beco sem saída.—, disse Leah.

—Então por que ele não me pergunta?

—Você pediu a ele para se mudar para Londres?—, Perguntou Leah.

Eu balancei minha cabeça. —É difícil para ele.

Daniel começou a rir. —Você sabe o quão ridículo vocês são, certo?— Foi

ridículo querer que Ethan mostrasse que tinha certeza sobre nós? —Ele está
numa situação impossível. Ele não pode lhe pedir para mudar para Nova York

sem correr o risco de parecer um idiota, porque pediria para uma garota desistir

de uma vida por ele.

Eu não tinha pensado nisso assim. —Eu suponho.

—E se mudar para Londres tem que ser difícil para um advogado de

Nova York. Quer dizer, eu não estou tentando dizer que sua carreira não é

importante, mas ele é parceiro, construiu uma sociedade. Seria difícil para ele

começar de novo.

—Eu sei. Estou feliz de ir para Nova York. Não gosto muito do meu

trabalho. Estou entediada e, com toda certeza, poderia partir para um novo

desafio.

—Eu vou sentir muito sua falta —, disse Leah, quando deu o tempo e

começou a se movimentar pela cozinha. — Vocês dois, vão sentar. Estão me

distraindo.

—Você tem certeza que não quer ajuda?— Eu ofereci.

Leah me ignorou, e Daniel me guiou em direção à mesa no outro

extremo da cozinha.

—Então, você acha que vai acabar em Nova York?— Perguntou Daniel.

Eu dei de ombros. —Eu acho que nós vamos falar sobre isso durante o

Ano Novo.

—Olha, eu não sei se você estaria interessada, mas eu preciso de um

advogado para o meu hotel em Nova York. Eu coloquei uma nova equipe de
gestão lá, recentemente. Havia um monte de porcaria que aconteceu no início

do ano. E eu quero alguém que posso confiar para trabalhar com eles.

Meu estômago revirou. Ele estava falando sério? —Daniel.

—O que você acha? Quer dizer, eu estava planejando lançar um processo

de pesquisa, mas se você estiver interessada. . .

—Será que Leah te pediu isso?

—O que vocês estão falando? Eu ouvi meu nome —, Leah gritou de trás

do balcão.

—Nada. Digo-lhe em um minuto. Você quer uma mão?

Leah não respondeu.

—Por que Leah iria me pedir isso?

—Porque ela é minha melhor amiga, me ama e está tentando cuidar de

mim.

—Bem, bem, sim, isso é tudo verdade, mas não, ela não me pediu.

—Foda-se.— Era tudo que eu poderia dizer. Um milhão de pensamentos

estavam zumbindo em torno de minha cabeça. Esta poderia ser uma solução

perfeita, mas eu sempre trabalhei em um escritório de advocacia. Trabalhar no

conselho corporativo não era algo que eu já tinha considerado. Poderia ter este

trabalho?

—Você pode ter que aliviar alguns problemas no escritório.— Daniel riu.

—Você está falando sério?


—É claro. Você está interessada?

—Interessada em quê?— Leah interrompeu quando veio para a mesa

com uma enorme panela de alguma coisa.

—Eu só ofereci a Anna um emprego.

—Não. Você teria que me entrevistar e tudo —, disse eu, sem pensar

direito. Isso não poderia estar acontecendo.

—Se você quer o trabalho, é seu, Anna.

—Que trabalho?—, Perguntou Leah, pegando os pratos no balcão e

colocando-os sobre a mesa.

—O trabalho General Counsel, em Palmerston.

—Oh meu Deus, isso é perfeito!—, Disse Leah, começando a repartir o

conteúdo da deliciosa comida com o cheiro saindo da panela que ela trouxe

para a mesa.

—Você não sabia que ele ia fazer isso?—, Perguntei.

Leah balançou a cabeça.

—E não havia outro pelo emprego? Você ia recrutar alguém? —

Perguntei a Daniel.

—Sim, eu disse a você. Pense nisso. Vou lhe enviar o trabalho. Você não

estaria trabalhando para mim, seria para os caras nos EUA. Faça alguma

pesquisa sobre o negócio. Vamos falar em poucos dias.


Jesus. Talvez Leah estivesse certa sobre o universo tentando colocar

Ethan e eu juntos. Em seguida, eu estaria lendo meu horóscopo e também os

médiuns.
Anna

Eu sempre amei o Natal. Amamos o caos e os presentes desnecessários, a

pressa em fazer tudo e o tempo gasto com os meus pais e meu irmão. Este ano,

senti como se fosse apenas um aquecimento para o evento principal: ver Ethan.

O próprio dia foi divertido, mas não tão divertido quanto poderia ter

sido, se Ethan e eu estivéssemos juntos. Mamãe tinha percebido minha

distração, me dizendo com um olhar significativo para “melhorar”, como eu os

deixei, que foi o mais demonstrativo que minha mãe nunca chegou. Papai era

alheio, o que me agradava.

De volta a Londres, eu cedi à emoção de vê-lo. Eu tinha sido paciente o

suficiente. Agora, eu queria estar em Nova York. Tinha embalado e reembalado

cerca de sete vezes. Só seria um pouco menos de uma semana, e eu planejava

passar a maior parte deles nua, mas apenas no caso de nos aventuramos fora,

queria me certificar de que tinha todo o necessário.

Meu telefone tocou e “Deus do Sexo” brilhou na minha tela. Eu sorri. Ele,

afinal, viveria até o apelido autointitulado.

—Hey,— eu respondi.

—Você está embalando suas coisas?


—E olá para você, bonito.

—Desculpe, eu só quero você aqui logo.

Eu não sabia quando a saudade por ele havia iniciado. Talvez eu tivesse

desde Nova York, desde a nossa primeira noite juntos. Talvez desde que ele

deixou Londres. Eu sabia que estava ficando maior, mais necessitada, mais

premente.

Falar com ele fez pior.

—Eu estou embalada e pronta para ir embora.

—Basta trazer uma bagagem. Você não vai precisar de roupas de

qualquer maneira. E isso significa que não terá que esperar por suas malas.

Eu ri. —Eu não estou trazendo apenas algumas coisas. As meninas não

fazem isso. Bem, eu não faço de qualquer maneira. Além do mais, eu tenho que

levar alguns dos presentes que você me comprou.

—Bem, qualquer um dos presentes que eu quero que traga com você não

ocupa muito espaço.

A cada dois dias um novo presente tinha chegado de Ethan. Eram,

principalmente, roupas íntimas, mas eu também tenho um poster do filme

emoldurado de Pretty Woman assinado por Richard Gere e Julia Roberts,

depois que eu prometi chupa-lo a cada hora em que estivemos juntos durante o

Ano Novo. Eu também tenho um vibrador, que me recusei a usar sem ele e não

seria necessário quando eu estava com ele. Mas havia muita lingerie.

Então ele me fez experimentar e, em seguida, tirar fotos de mim mesma

para que pudesse “ver como encaixou”. Fingi exasperação, mas adorei que ele
queria lembranças de mim. E eu pensei que era engraçado que ele achava que

teria que me convencer de enviá-los.

A calcinha não ocupava muito espaço, e eu tinha embalado cada única

peça.

A campainha tocou, mas não estava pronta para largar Ethan então eu

manobrei as minhas coisas para fora do apartamento para o táxi esperando,

enquanto Ethan me contava sobre seu dia voltando de Aspen. Eu queria

perguntar se ele havia dito a seus pais sobre nós, mas me segurei. Eu não sabia

como seria nessa viagem a New York. A última vez tinha me trazido Ethan,

mas esta visita o levaria de mim?

Será que vamos encontrar uma maneira de estar juntos? Eu empurrei o

pensamento da minha cabeça e tentei me concentrar no que ele estava dizendo.

—Seus pais estavam infelizes de ter apenas um curto período de tempo

com você?

—Eu não penso assim. Eles parecem estar muito satisfeitos que pode

haver uma perspectiva de continuar o nome Scott. Tenho certeza que eles

achavam que eu era gay.

Eu meio que me engasguei com a respiração que tinha inalado. —Então

você disse sobre eu estar indo te visitar?— Eu consegui empurrar as palavras

para fora dos meus pulmões ainda sem fôlego.

—É claro. Eu não deveria?

—É claro. Eu apenas. . .

—Você disse a sua família sobre mim?


Jesus, isto vai ser um problema?

—Umm, tipo.

—Não me venha com mentiras, Anna. Você não disse nada?— Ele

parecia intrigado, mais do que qualquer coisa.

—Bem, não especificamente. Eu realmente não tenho esse tipo de

relacionamento com eles. Eles sabiam que algo estava acontecendo. Quer dizer,

eu passei toda a minha visita ou no telefone ou enviando mensagens de texto

para você.

—Uau.

—Não é grande coisa, Ethan.

—Aparentemente não,— ele disse. Eu não tinha certeza do que ele quis

dizer com isso. —Ouça, já é tarde. Vejo você no aeroporto.

—Ethan.

—Tenha um voo seguro. Eu te amo, Anna.

E ele se foi.

Minha saudade por Ethan misturou com a ansiedade que havia brotado

de nossa última conversa. Eu só precisava vê-lo e seria como sempre foi quando

estávamos juntos, não é?

O tempo no avião pareceu passar a uma velocidade diferente do que na

vida real. Eu não conseguia me concentrar no meu livro ou qualquer um dos

filmes. Eu só precisava de Ethan. Eu queria que ele me dissesse que tudo ia ficar

bem.
No momento em que o avião chegou eu tinha passado pela segurança, a

minha emoção e nervos tinham deixado meu corpo tremendo. O controle

fronteiriço deve ter pensado que eu estava contrabandeando algo ilegal. Fiquei

surpresa que não fui parada.

Ethan me viu antes que eu o visse e o sorriso que se espalhou pelo seu

rosto fez meu estômago enrolar.

Jesus, eu tinha esquecido como ele era bonito. Estava tentada a ficar com

ele ali mesmo. Nossos olhos se encontraram e ele segurou meu rosto com as

mãos e deslizou os lábios no meu bem suavemente.

—Deus, você cheira bem—, disse ele em minha boca. —E você tem um

gosto bom—, disse ele, arrastando sua língua ao longo do meu lábio inferior. —

E você parece fenomenal. Tem certeza que é real?

Ele mergulhou sua língua pelos meus lábios e empurrou contra mim. Eu

gemia. Deus, como eu tinha perdido a sensação dele. Alisei minhas mãos para

cima de seus ombros para encontrar seu pescoço, esticando e apertando sob

meus dedos. Ele me puxou para si, aprofundando o beijo, pressionando meu

corpo contra o dele, empurrando sua dureza contra o meu estômago. Eu

precisava dele, em todos os sentidos, bem ali. Ele circulou seus quadris e, em

seguida, puxou sua cabeça para trás.

—Devemos ir ou vamos ser presos.

—Eu acho que iria valer a pena.

Ele resmungou e pegou minha mala abandonada em uma mão, o meu

braço no outro e começou a correr para a saída. Eu tive que pular para me

manter com seus passos largos e ritmo determinado.


—Como o idiota que eu sou, dirigi—, disse ele com firmeza. —Pensei

que iria me impedir de tê-la na parte de trás do carro na frente de Rory.

Ethan

Ouvi Anna rir e virei à cabeça. Ela estava me olhando, rindo de mim.

—O quê?—, Perguntei, sem interromper o nosso ritmo alucinante para o

carro.

—Você.

—Você está rindo de mim, senhorita Anna?

—Eu estou.

—Estou tão feliz por diverti-la.

—Faz 40 minutos. Eu pensei que queria você ruim, mas fazem apenas 40

minutos.

Mas eu realmente não podia esperar, ou não queria. Fazia muito tempo e

agora eu queria senti-la, tocá-la, saboreá-la. Eu não queria perder um único

segundo.

—Me diga o que você tem planejado para nós hoje.

Chegamos ao carro e eu apareci na porta e olhei para ela com

curiosidade quando a coloquei para dentro.


—Meus planos são tudo sobre você e eu nus para o resto do dia.

—Entendi. Diga-me o que você planejou, exatamente.

Estudei-a por alguns momentos, quando retornou meu olhar. Ela não se

explicou. Não me apressou. Ela só esperou.

—Bem, eu fiz uma promessa a você que serei capaz de manter, então eu

tenho algumas coisas a fazer—, eu disse quando nós entramos no carro.

—Sim, Sr. Scott, você me disse que iria me fazer gozar todos os dias

enquanto você estivesse fora de seu serviço. Então, eu calculo que você me deve

vinte e dois orgasmos.

Eu sorri para ela. —Você esteve contando?

—Contando os dias até que você tivesse dentro de mim outra vez.

—Porra, Anna.— Eu rangi as engrenagens e corri para fora do

estacionamento. —E não me olhe assim. Não agora. Ainda não. Não quando eu

não posso fazer nada sobre isso.

—Como o quê?— Ela perguntou, inocentemente tremulando os cílios

para mim.

—Você sabe que eu preciso estar dentro de você quando olha para mim

assim.

—Eu tenho certeza que não sei o que você quer dizer.— Ela sorriu e era

tudo que eu poderia fazer para não puxar mais para o lado da estrada e tê-la.
Dirigir tinha sido uma péssima ideia. Eu não era um homem paciente no

melhor dos tempos, mas com Anna sentada ao meu lado, praticamente

implorando para ser fodida, eu estava perto de ter um acidente.

—Eu estava pensando—, disse ela. —Você faz o teste regularmente?

Eu rapidamente me virei para olhar para ela. —Para doenças

sexualmente transmissíveis? Por quê? Algo está errado?

—Não, é só, eu tenho o meu check-up anual e estou limpa e. . . Estou

tomando a pílula, por isso, eu apenas pensei que, se você fosse testado, então...

—Eu fui testado cerca de seis meses atrás. Poucas semanas depois que

você esteve em Nova York.

—Oh.

Eu podia ouvir a pergunta simples não formulada, eu estendi a mão e lhe

acariciei a perna. — Não tem havido ninguém desde então—, eu disse

calmamente.

Ela deslizou a mão sobre a minha e eu virei minha mão e apertei os

dedos com força.

—Realmente?

—Ninguém, desde que eu a tive pela primeira vez. Realmente.

—Ok.— Ela fez uma pausa. —Eu também. Ninguém desde você.

A revelação se sentou pesadamente entre nós. Não havia o que falar

mais.
Eventualmente, nós puxamos para minha garagem e eu pulei para fora

do carro, a puxando desajeitadamente pelo tronco.

—Em uma corrida?— Ela começou a cantar.

—O que lhe deu essa ideia?— Eu levantei uma sobrancelha para ela e

apertei a minha mão sobre a sua enquanto nos dirigíamos para os elevadores.

—Você sabe aquela calcinha azul-escuro que você me enviou?— Ela

perguntou timidamente nos degraus, dentro do elevador.

—Er, sim.— Havia um monte de roupas íntimas. Um monte de fotos.

Mas eu sabia qual o conjunto que ela estava se referindo.

—Você gostou muito desse, eu me lembro.

—Eu gostei muito de todos eles.

—Então, este não se sobressaiu?— Perguntou, de frente para mim

quando ela puxou os lados da saia, revelando a calcinha azul.

—Foda-se.— Instintivamente, estendi a mão para ela e segurei-lhe o

monte. Ela estava quente. Sua cabeça caiu para trás, mas seus olhos ficaram nos

meus e mudei todo o meu corpo, pressionando o dela. —Eu pensei que você

pudesse querer se refrescar antes de brincar?

—Refrescar? Eu não estou suja o suficiente ainda. Eu quero que você me

faça realmente suja, Ethan.

Um som irrompeu na parte de trás da minha garganta. Deus, eu queria

essa mulher. Fechei meus lábios contra os dela e as portas dos elevadores se

abriram.
Minha ereção latejava, desesperado por ela, que era quase dolorosa. Ela

empurrou suas mãos contra o meu peito, nos separando. Ela estava ofegante e

com relutância, eu me afastei dela e quase a arrastei para o hall de entrada.

Eu me atrapalhei com a minha chave, enquanto ela estava atrás de mim,

beijando entre as minhas omoplatas, arredondando as mãos sobre minha bunda

e sobre a minha virilha. Eu gemi, deixei cair as minhas chaves, virei e agarrei

seu rosto em minhas mãos, tendo o lábio inferior entre os dentes. O gosto dela

era tão doce. Se tivesse sido assim antes? Corri minha língua ao longo do

interior de seu lábio superior, traçando a forma de sua boca, querendo sentir

cada polegada dela, dentro e fora.

Ela arrastou suas mãos nas minhas costas e sobre os meus ombros. Não

foi o suficiente, eu nos queria pele a pele. Relutantemente, eu recuperei minhas

chaves e fiz mais um esforço para encaixa-las. Levou mais esforço e

concentração do que o habitual, mas a porta se abriu e fechou atrás de nós.

Lá estávamos nós, em conjunto, em privado, sem planos para o resto do

dia além de estar juntos.

O pensamento me acalmou. Ela estava aqui. Tínhamos tempo.

A atmosfera mudou entre nós. No carro, a única coisa que eu conseguia

pensar era como meu pau ia se sentir enterrado em sua vagina. Agora, era

apenas uma das coisas que eu queria fazer com ela.

Eu sorri para ela, que sorriu de volta. Eu não sabia por onde deveríamos

começar. Havia tanta coisa que eu queria compartilhar com ela. Não poderia

esperar por ela para ficar e conhecer o meu lugar corretamente. Queria ouvir

sobre sua jornada e como as coisas estavam no trabalho. Gostaria de contar a ela
sobre o escritório, a minha sobrinha Izzy, sobre o novo trabalho da minha irmã.

E eu queria transar com ela tão mal que nem podia ficar de pé.

Tínhamos tempo.

Eu a puxei para mim, a cabeça no meu peito, e ficamos no meu corredor,

os nossos braços em volta da cintura um do outro.

Finalmente, ela falou.

—Em toda a seriedade, provavelmente seria uma boa ideia que eu fosse

para tomar banho. Você pode esperar?

—Quer companhia?

Meu telefone tocou antes que ela pudesse responder.

—Merda.— Eu gritava ao telefone. —Scott?— Com o braço de Anna

ainda em volta da minha cintura, carreguei sua coisas para o meu quarto. Ela

colocou pequenos beijos castos no meu peito enquanto caminhava para trás em

meu banheiro e continuei a conversa com o trabalho sobre nada remotamente

interessante ou importante. Eu tinha comprado alguns artigos de higiene que

pensei que ela gostaria e eu abri um dos armários para mostra-la. Ela sorriu

para mim dessa maneira que tinha, que me fazia sentir como um Deus. Eu

liguei o chuveiro e tirei algumas toalhas fora do rack.

—Eu vou terminar em dez minutos, no máximo. Sinto muito —, eu

sussurrei.

—Não sinta. Isto é perfeito,— ela murmurou de volta.

Ela era perfeita.


Fechei a porta atrás de mim para lhe dar privacidade, apesar do fato de

que eu queria vê-la nua no chuveiro, chutei meus sapatos e deitei na cama.

Tinha havido um desentendimento entre dois sócios de trabalho sobre

como lidar com um problema que tinha surgido com um dos meus clientes. As

jurisprudências eram conflitantes e eles estavam tomando pontos de vista

opostos. Tentando me impressionar, sem dúvida. Interrompendo meu tempo

com Anna não me impressionava, ao mínimo.

O som de Anna no chuveiro ecoou pela porta do banheiro e do

pensamento dela lá dentro, a água em cascata para baixo de sua pele, através de

seus seios perfeitos e entre suas pernas manteve meu tesão no centro da minha

atenção. A água desligou mais cedo do que eu esperava. Esta chamada ia ter de

se encerrar rapidamente.

—Eu estou desligando o telefone em cinco minutos, então se você quiser

a minha decisão sobre algo, me pergunte.

—Tudo o que eu ouvi até agora é uma batalha de egos. E em uma

batalha de egos, eu sempre vou vencer, então vou começar a foder com eles. —

Respondi, despois deles terminarem.

Eu desliguei um segundo antes de a porta do banheiro se abrir para

revelar Anna vestindo um sorriso e alguma roupa interior que deveria ser

ilegal.
Anna

Eu vi quando ele lambeu os lábios. Eu lutei contra um sorriso e os nervos

amarrado em meu estômago. A ação me fez lembrar da noite em que nos

conhecemos. Eu estava meio emocionada, meio aterrorizada com a perspectiva

dele me devorar. Fui para a cama.

—O que você está pensando?— Ele perguntou. —Eu posso ver sua

mente zumbindo.

—Você,— eu disse.

—E?

Ele sempre queria mais, tudo. —Estou nervosa.

Ele estendeu a mão e me puxou para o seu colo, organizando minhas

pernas, então eu estava montada nele.

—Conte-me.

Seu corpo contra o meu fez meus nervos ligarem. —A expectativa. Nós

dois estávamos esperando por tanto tempo. Talvez não seja como pensávamos

que seria.

—O sexo?— Perguntou.

Eu balancei a cabeça, —E. . .


Ele assentiu com a cabeça e pegou meu seio, beliscando meu mamilo

através do sutiã. Chegou como se estivesse trazendo atenção para si mesmo,

querendo mais.— Você não acha que eu vou fazer isso bom para você, linda?

—Sempre—, eu sussurrei. Não havia dúvida de que ele iria torná-lo bom

para mim.

—Vamos acalmar seus nervos. Você vai se sentir melhor quando gozar.

Ele me empurrou para as minhas costas e arrastou os dedos pelo meu

corpo, contornando o topo da minha calcinha. Eu tinha perdido a sensação de

suas mãos. Sua pele, seu cheiro. Minha saudade por ele era esmagadora.

Eu precisava que ele me tocasse em todos os lugares.

Ele enfiou os dedos em cada lado da minha calcinha e puxou para fora,

quase irritantemente devagar. Precisava dele duro e rápido. Não queria esperar

mais. Ele colocou meus pés sobre os ombros e deu um beijo na minha canela.

Eu tremia quando passou as mãos ao longo de minhas pernas. Era como se

todos os lugares que ele tocasse me trouxesse de volta à vida. Lentamente, ele

correu sua boca até a minha coxa lambendo o interior, chupando, mordendo

minha pele. Eu enterrei meus quadris em cima da cama e agarrei as cobertas,

me impedindo de arremessar meus quadris para sua boca.

Quando ele chegou ao topo da minha coxa, respirou fundo.

—Você tem um cheiro delicioso. Como o mel.

Eu não poderia ajudar, mas gemer com a perspectiva dele me

degustando à qualquer momento.


—Eu posso ver como está pronta para te lamber ate ficar limpa, Anna.

Está tão pronta.

—Ethan—, eu gritei em frustração e ele mergulhou sua língua ao longo

da minha fenda em um movimento fluido e, em seguida, voltou para circundar

o meu clitóris. O prazer construído rapidamente. Eu estava esperando por um

longo tempo para senti-lo em mim assim. Eu não consegui segurar e empurrei

minhas mãos em seus cabelos, o incitando a ir mais profundo quando circulei

meus quadris debaixo dele.

—Oh querida, você está louca por minha boca hoje,— ele murmurou

contra mim.

—Não pare,— Engoli em seco e não poderia me ajudar quando meus

quadris se levantaram para se aproximar dele. Sua língua pressionou mais

profundo e mais rápido e mais e mais, em seguida, enfiou os dedos dentro de

mim. Eu estava perdida, minha respiração me deixou e meu orgasmo se

espalhou por cada polegada de minha pele como um incêndio. Sua língua

abrandou, mas não parou, se mantendo lambendo meu clitóris pulsante e meu

orgasmo, puxando até a última gota de mim.

Mudei sua cabeça para longe do meio das minhas pernas. Eu o queria

cara a cara. Ele se arrastou até o meu corpo —Você não perdeu seu toque, Sr.

Scott,— eu disse ofegante, quando me inclinei para lamber seu queixo.

—Bom saber, senhorita Anna.— Sua língua empurrou contra a minha.

Ficamos deitados lado a lado, nossos olhos se enfrentado, a mão de

Ethan arrastando para cima e para baixo do meu corpo quando a minha

respiração voltou ao normal. Ele estava certo, sua língua tinha me deixado
louca. Era apenas Ethan e Anna agora nenhuma dúvida, nenhuma promessa,

nenhuma mentira.

—Você está tão bonita—, ele sussurrou. —Eu tinha esquecido quão

bonita.

—Você está exagerando.— Eu ri. Ele ainda estava completamente

vestido. Sorriu para mim quando estendi a mão para a camisa e comecei a

desfazer os botões. Ele engasgou quando meus dedos se arrastaram da abertura

de sua camisa, para a fivela de seu cinto.

Ele parecia estranhamente feliz em ficar lá enquanto eu o despia,

movendo seu corpo apenas para me ajudar a remover suas roupas.

Sua ereção estava dura através de suas boxers. Eu não conseguia tirar os

olhos de cima dele, quando mergulhei minha mão abaixo de sua cintura e

deslizei para baixo em seu comprimento.

Ele cerrou os dentes e sua cabeça se voltou. —Porra.

O calor subiu novamente e a umidade se reuniu entre as minhas coxas.

Rapidamente, tirei suas boxers e me ajoelhei entre suas pernas. Seus olhos

tinham voltado para os meus e ele viu quando lambi da base à ponta. Agarrou

meu cabelo, e juntou por trás da minha cabeça, lhe dando uma vista

panorâmica. Eu tomei a ponta na minha boca e gemi.

Ethan se sentou. —Anna, não. Sério, você vai me fazer gozar.

Eu o libertei da minha boca por um segundo. —Esse é o ponto, bonito.

Eu vou deixar você duro novamente. Nunca demora muito tempo para você se

recuperar.
Ele caiu de costas na cama quando o levei para o fundo da minha

garganta, tão profundo como poderia obter, saboreando seu gosto, a sensação

dele. Ele gemeu, torcendo seus quadris e eu soltei.

—Ethan, você vai foder minha boca.— Eu queria, ele precisava estar no

controle.

Ele não precisou ser solicitado duas vezes e antes que eu percebesse,

estava de costas quando ele me arrastou para a beira do colchão por isso a

minha cabeça estava inclinada para trás. Ethan estava diante de mim,

esfregando seu pênis contra meus lábios enquanto amassava meus seios. Eu

estava cada vez mais desesperada por ele. Abaixei-me e encontrei meu clitóris

com os dedos.

—Oh, linda, você simplesmente não pode obter o suficiente, pode?— Ele

rosnou e eu mudei, tentando traze-lo mais perto de mim, eu o queria na minha

boca. —Você quer o meu pau, baby?

Eu balancei a cabeça. —Sim.

—Continue a tocar-se,— ele rosnou quando empurrou para dentro de

mim. Ele estava tentando ser gentil, mas não era o que eu queria. Eu precisava

dele para me levar, rápido.

—Jesus, Anna. Sua boca é tão boa. Tão suave, tão molhada. Foda-se.—

Ele começou a bombear profundo, apenas como eu queria, e muito em breve

seus quadris balançaram e sua salinidade escorregou na parte de trás da minha

garganta.

—Você me desfaz, Anna.

Era o que eu queria ouvir.


Ele me puxou em seus braços e ficamos frente a frente, pele com pele,

sem nada entre nós.

—Então, acho que precisávamos disso?— Perguntei.

—Isso e muito mais. Eu quero estar dentro de você, sem nada entre

nós.— Ele empurrou sua ereção crescente contra a minha coxa e eu conectei a

minha perna sobre seu quadril e cheguei entre nós, esfregando-o contra minha

umidade.

Ele gemeu. —Tão molhada, tão pronta—, respirou quando baixou a

cabeça e lambeu a base do meu pescoço, beijando toda a minha clavícula. Nós

nos mudamos juntos, abraçados, em uma moagem um contra o outro, línguas,

pele, suor.

—Coloque seus dentes em mim—, eu sussurrei, enquanto sua boca

arrastou até meu pescoço. Minhas marcas tinham desaparecido e eu queria

novos lembretes de onde ele tinha estado. Ethan gemeu de novo, me empurrou

gentilmente em minhas costas e se arrastou em cima de mim, ainda trabalhando

a boca contra o meu pescoço.

—Sem camisinha?— Perguntou.

Eu estava além da certeza. —Sim, Ethan.

—Você está pronta?— Perguntou. Não sabia se ele quis dizer sua boca ou

seu pau, mas queria ele tanto. Eu balancei a cabeça avidamente, então

engasguei quando ele empurrou para dentro de mim polegada por polegada.

Oh, Deus. Foi como a primeira vez que tínhamos estado juntos, fazia tanto

tempo que ele tinha estado dentro de mim, que tinha me esquecido como me

esticou e encheu todos os espaços de mim. Meu corpo teve de se adaptar. Eu

dobrei meus joelhos ao seu lado, na esperança de me tornar mais ampla.


—Jesus, você é tão apertada.— As veias do pescoço pulsavam quando ele

empurrou as palavras, como se estivesse segurando-se. —A sensação de você,

Anna.

Lentamente, ele se arrastou para fora de mim e eu me permiti respirar

antes dele empurrar de novo, puxando minha respiração de mim. Agarrei seus

ombros, minhas unhas cavando em sua pele, tentando segurá-lo, a este

sentimento.

Ele começou a um ritmo lento, e trouxe os olhos para mim entre seus

beijos no meu pescoço e nos cantos dos meus lábios. Era amoroso, íntimo, cru e

perfeito.

Um brilho de suor nos revestiu.

—Linda, eu avisei, quando você olha para mim assim. . .

Seu ritmo aumentou e minhas costas arquearam para fora da cama

quando meu orgasmo começou a construir. Ele veio de algum lugar mais

profundo do que antes, mesmo no centro de mim.

—Forte, Ethan, eu estou perto.— Eu gritei e ele bateu em mim de novo e

de novo, em um ritmo implacável. Seu rosto mergulhado no meu pescoço e

seus dentes escovando contra a minha pele. —Oh deus, oh deus, oh deus.

Ele estava em cima de mim, seus dentes, seu pênis, sua pele e meu

orgasmo me dividia, abrindo um segundo antes de Ethan estremecer em cima

de mim.

Todo o seu peso estava sobre mim, seu rosto ainda enterrado em meu

pescoço, enquanto eu varria meus dedos para cima e para baixo na sua coluna.

Ficamos deitados, ofegantes com o resto do nosso orgasmo.


—Ainda nervosa que isso não ia ser bom?— Perguntou.

Eu ri debaixo dele. —É sempre tão bom. Você o torna tão bom.

Ethan

Para as próximas horas e dias ficamos assim, nus, juntos, nunca sem

tocar um ao outro por mais de alguns segundos. Era como se estivéssemos

tentando espremer o tempo perdido para o presente, foi mais concentrado, mais

intenso.

Nós ficamos suados ao lado um do outro, depois que Anna havia me

montado espetacularmente nos fazendo chegar à um clímax de esmagar ossos.

—Eu não acho que consigo sentir minhas pernas.

—Baby, você me montou bem.— Eu alcancei através de seu corpo,

escovando a parte de trás da minha mão sobre os seus seios.

—Talvez devêssemos nos levantar, ir para uma caminhada ou algo

assim—, disse ela.

—Você já teve o suficiente de mim?— Debrucei-me sobre seu peito e

tomei um mamilo em minha boca, o provocando com os dentes.

—Oh Deus, não. Esse é o problema. Eu nunca me canso de você. Estive

em Nova York por dois dias e nós não deixamos esta cama.
—Bem, isso não é verdade, porque tivemos rupturas do banheiro. Nós

também fodemos na cozinha e sala de estar. E eu acho que nós pedimos alguns

serviços, mas as coisas estão um pouco embaçadas, talvez mais do que

imaginava.— Eu sorri para ela.

Ela me deu um tapa de brincadeira. —Serio. Devemos sair e ser pessoas

normais por uma hora ou algo assim. Nós precisamos conversar. Eu preciso te

dizer coisas.

Meu telefone tocou em algum lugar e eu ignorei, mas Anna se

aproximou de mim na maneira mais deliciosa e entregou-me. —É Mandy.

Responda.

Eu gemi, mas aceitei o chamado. —Hey Mandy. O que está

acontecendo?— Jesus, ela estava falando à uma milha por minuto, tentando me

convencer a ir para o jantar. —Vou passar para Anna. Ela está no comando.

Ela sorriu para mim e começou a falar com Mandy. Eu não estava

surpreso que elas gostavam uma do outra, mas ainda me fez sorrir que parecia

acontecer tão rapidamente. Eu queria que ela tivesse amigas em Nova York.

Talvez assim ela estivesse mais inclinada a mudar para cá.

—Jantar esta noite seria perfeito—, disse Anna e eu balancei a cabeça e

tentei lutar tirando o telefone dela. Ela torceu o corpo para longe de mim, mas

eu agarrei suas pernas as puxando para o meu outro lado, quando me sentei de

joelhos. Eu acariciava a pele suave de seu estômago e a assisti rindo animada,

com o cabelo ventilado para fora atrás dela. Ela parecia perfeita, porra. Eu não

queria compartilhá-la com ninguém.

—Sete? Que horas são agora? — Ela perguntou, olhando para mim.
Sem olhar para longe, eu empurrei meu polegar contra o clitóris e

comecei circulando. Seus quadris começaram a se mover, sugerindo que minhas

mãos não eram bem-vindas. Puxei-a ainda mais para mim, cutucando sua

entrada, com seus olhos ficando vidrados.

—Cinco já? Nós podemos fazer isso às oito? — Ela apertou a mão sobre

sua boca para abafar um gemido quando empurrei lentamente.

—Ok, vamos vê-los lá. Tenho que ir.

—Ethan—, ela gritou quando desligou. —Ethan,— chorou quando

mergulhei nela novamente. Eu nunca tinha o suficiente dela gritando meu

nome assim, como se fosse seu Deus.

Nós chegaríamos atrasados, hoje.


Ethan

Andrew e Mandy vivem no Upper East Side. Meu motorista, Rory, foi

visitar sua família na Irlanda, então pegamos um táxi.

—Um motorista é tudo de bom, mas estar sentados na parte de trás de

um táxi faz você se sentir como se estivesse em Nova York,— Anna anunciou.

—Se você diz. Sair da cama foi ideia sua. Fazer coisas que as pessoas

normais fazem. Você está feliz?

—Eu sempre fico feliz quando estou com você.— Ela bateu os cílios para

mim.

—Você está sendo sarcástica? Eu não posso dizer.

—E é assim que eu gosto, meu amigo.— Ela jogou a cabeça para trás e

riu. —Mas para o registro, eu não estava sendo sarcástica.

Eu a puxei para mim. —Então, o que você quer me dizer?

—Você não pode me perguntar no caminho para o jantar. Vamos

conversar amanhã.

—Isso soa ameaçador.


—Não é a intenção. Eu só preciso te dizer algumas coisas. Eu não te vi

por três semanas e algumas coisas aconteceram.

Ela estava tentando encobrir alguma coisa, eu poderia dizer. Tinha visto

aquele fracassado ex-namorado?

O táxi parou na estrada funcional há dois quarteirões do apartamento de

Andrew e Mandy.

—E então? Você não vai nos levar até depois das obras na estrada? —, Eu

perguntei ao motorista de táxi. Ele apenas deu de ombros e ficou sentado.

Parecia que iriamos ter que andar os últimos blocos. —Jesus, é uma boa

caminhada e a temperatura está baixa.— Eu sentia falta de ter um motorista.

—Vamos, nós podemos nos manter morno com nosso calor corporal.

Não seja um pirralho—, disse Anna quando saiu do táxi. —Nem está mesmo

tão frio.

—Você está bêbada? É o ártico, como você diria,— eu respondi quando

me juntei a ela na calçada.

—Pare de choramingar e coloque seu braço em volta de mim.— Ela

sorriu para mim e apesar de uma breve tentativa de ficar louco, eu acabei

sorrindo para ela. Seu sorriso era contagiante.

—Ethan?— Uma voz masculina britânica chamou no frio. Anna e eu nos

viramos para enfrentar um par embrulhado contra o inverno de New York. —

Oi.— O homem na nossa frente tirou o chapéu e estendeu a mão.

—Oh, Anna. Eu não estava esperando. . . Oi.— Era Al, um parceiro

corporativo júnior do escritório de Londres.


Apesar de estarmos em diferentes escritórios, nós ainda nos sujeitamos à

política anti-fraternidade. Merda. Ele me conhecia. Ele sabia sobre Anna. Em

uma cidade de oito milhões de pessoas, no lado errado do Atlântico. —Esta é a

minha esposa, Beverly.

Todos nós apertamos as mãos e trocamos saudações.

—Estamos aqui para os feriados—, disse Al, claramente tentando

explicar por que ele estava na cidade errada. Eu balancei a cabeça, sem saber o

que dizer.

—Você teve um bom tempo?— Perguntou Anna. Era tão desconfortável.

O elefante na sala estava sentado no meu colo.

Beverly assentiu.

—Bem, eu acho que entendo as coisas um pouco mais agora—, disse ele

olhando entre nós. Olhei para Anna; ela estava usando um sorriso forçado. —

Vamos conversar quando você estiver de volta ao escritório, Anna.

—Sim, claro, de qualquer maneira, estamos congelando, por isso, seria

melhor ir antes que meu rosto fique azul—, disse Anna.

—Tenha uma ótima noite.

Nós caminhamos em silêncio. Eu me virei para ver o quão longe Al e

Beverly tinham chegado antes de dizer outra palavra. —Merda—, foi tudo o

que consegui uma vez que eu tinha estabelecido que Al não podia me ouvir. —

Merda. Merda. Merda. Não deixe que ele traga a política anti-fraternidade e a

demita quando você vê-lo.


—Ele não vai me demitir—, respondeu Anna. —Qual é a distância a

percorrer até que nós cheguemos lá?

—É na próxima esquina. Você parece muito confiante.

—Eu estou.

—Eu suponho que você está certa. Eu acho que sou eu que fiz as

inscrições para a política anti-fraternidade, não você.

Anna assentiu. —Você não vai ser demitido.

—Eles levam realmente à sério. Não estou dizendo que alguns não

conseguiram passar por ela, mas eles dispensaram pessoas antes.— Nós

chegamos em Andrew e Mandy e Anna colocou a mão no meu braço, me

impedindo de atingir a porta.

—Eu não quero que você se preocupe com isso. Eles não vão lhe atear

fogo. Eu estou trabalhando o meu período de aviso prévio. Não vale a pena isso

e eles não vão demiti-lo se eu vou embora.— Com isso, ela pegou o batente da

porta por si mesmo.

Anna

Eu não tinha planejado lhe contar desse jeito. Mas assim que nós

chegamos para jantar em Andrew e Mandy, definitivamente não era a situação

ideal para soltar essa bomba específica. Ou não era uma bomba? Até então

embora, eu não tinha certeza que iria tomar a oferta de trabalho de Daniel,
quando decidi renunciar. Eu queria estar com Ethan e não era realista esperar

que ele se movesse. Eu gostei de Nova York e a oferta de Daniel pelo menos

provou que eu tinha opções ao redor na minha carreira.

Ethan pegou minha mão do batente, mas já era tarde demais, eu já bati a

nossa chegada.

—O que você disse?— Seus olhos estavam me perfurando, mas não virei

para encara-lo.

—Você ouviu o que eu disse. Vamos falar sobre isso mais tarde.— Eu já

podia ouvir os sussurros atrás da porta.

—Não, eu quero falar sobre isso agora. Você entregou o seu aviso e não

achou que eu poderia querer saber?— Eu não poderia dizer se ele estava louco

ou apenas chocado. Mas ele não estava feliz, e eu suponho que esperava o

contrario. Francamente, eu esperava que ele estivesse sangrento em êxtase.

—Claro que eu pensei que você iria querer saber, e é por isso que eu

disse que tinha coisas para lhe dizer.

—Então, você tem um novo emprego? Você está indo para a Índia para

ser uma instrutora de yoga? Ou aderiu a uma seita? O que... — o sorriso largo

de Mandy e seu saltitante cabelo nos cumprimentou quando ela abriu a porta.

—Estou tão feliz que você está aqui.— Ela me puxou para um abraço. —

Entre antes de deixar todo o calor para fora. Andrew está no porão tentando

encontrar um pouco de vinho que não fará Ethan cuspir com desgosto.

Evitei o olhar de Ethan quando nós tiramos nossos casacos, botas e

cachecóis e nos dirigimos para a cozinha.


—Mandy, eu só preciso dar uma palavra rápida com Anna em privado.

—Não, você não precisa.— Não era o momento para falar sobre isso.

—Tá bom. Nós vamos fazer isso na frente de Mandy —, disse Ethan.

—Não, nós não vamos.

—Vocês estão brigando?— Mandy parecia preocupada.

—Não brigando. Eu só descobri cerca de trinta segundos atrás que Anna

deixou o emprego.

—Ethan!— Eu não podia acreditar que ele tinha acabado de dizer isso.

Isso era entre nós, deveria ser privado.

—Você saiu do seu trabalho?— Perguntou Mandy.

—Quem saiu do trabalho?— Andrew saiu do porão carregando

inúmeras garrafas de vinho.

—Anna—, disse Mandy. Oh meu deus, isso era ridículo.

—Ótimo. Você está se mudando para Nova York?— Andrew perguntou

a questão de 1 milhão de dólares.

Eu não respondi. Minha boca abria e fechava como um peixe. Eu ainda

estava em estado de choque que a informação que tinha mantido para mim,

para que eu pudesse revelá-la quando o tempo estivesse certo, agora estava

sendo entregue ao redor como doces em festa de aniversário infantil.

—Você disse que tinha perdido o gosto pelo seu trabalho, mas eu pensei

que era temporário. Pensei que você ainda gostava dele —, disse Ethan,

tentando pegar o meu olhar.


Não conseguiu—Eu gostava.

Andrew começou a distribuir copos muito cheios de vinho, graças a

Deus. —É só que, bem, eu perdi o meu encanto, e pensei sobre isso nunca

funcionar lá fora. Se ficarmos juntos há a política anti-fraternidade, e se

fôssemos compartilhar, eu não poderia estar naquela empresa, não havia

nenhuma maneira de que iria lidar com isso, então eu apenas. . . — Se eu tivesse

feito a coisa errada? Eu tinha estado animada para dizer a Ethan. Eu pensei que

ele ficaria contente com a notícia, mas talvez estivesse errada.

—Se ficarmos juntos?— Perguntou Ethan. —Quando nós vamos parar

com o 'se'?

—Não se perca na semântica, Ethan—, disse Mandy. —Vamos sentar.

Você quer que a gente deixe vocês por alguns minutos?

Eu realmente poderia ter feito sem o público. Isto era um assunto pessoal

e eu era britânica. Não estava acostumada a compartilhar essa merda. Mas

Ethan balançou a cabeça e eu não queria ser mais rude do que já estávamos

sendo.

—Eu não quis dizer nada com o 'se', Ethan. Eu pensei que isso poderia

ser uma coisa boa para nós. Mas eu entendo que talvez seja cedo demais e isso é

bom, isso não tem que ser um grande negócio —, eu disse. —Sinto muito sobre

tudo isso—, eu disse me virando para Mandy. Lágrimas começaram a se formar

nos meus olhos. A última coisa que eu queria fazer era começar a chorar.

Ethan estendeu a mão para mim e me puxou em sua direção. Seus braços

ao redor me fez sentir como a melhor coisa do mundo. —Sinto muito—, eu

murmurei em seu peito.


—Você não tem nada que se desculpar. Nem sentir muito. Eu só quero

saber essas coisas—, Ethan sussurrou em meu ouvido.

—Eu não quero colocar pressão sobre nós. Eu não quero que você se

sinta como se tivesse que fazer alguma coisa —, eu respondi.

—O que quer dizer com pressão?— Perguntou Ethan.

—Você está sendo um cara, Ethan—, disse Mandy. —Ela não quer que

você se sinta como se estivesse pressionado a convidá-la para Nova York. E

você precisa parar de ser uma garota, Anna —, ela continuou. —Ethan quer

você em Nova York. Ele está desesperado para que você se mude para cá, mas

ele está correndo por aí tentando descobrir como pode se mudar para Londres,

então você não teria que desistir de tudo por ele.

As lágrimas começaram a cair. Eu não podia detê-las e Ethan me puxou

para mais perto. —Você não acha que está fazendo isso, né? Que eu me sentiria

pressionado se você saísse do seu trabalho?

Eu dei de ombros. —Talvez.

—Foda-se. Se você quiser vir para Nova York, você me faz o homem

mais feliz em Manhattan. Mas se você quiser algo mais...

—Não, eu quero estar aqui com vocês.

—Temos champanhe naquele porão?— Ouvi Mandy perguntar quando

Ethan puxou meu queixo para cima. Quando eu estava finalmente olhando

para ele, ele pressionou seus lábios contra os meus.

—Eu não posso acreditar nisso—, disse Ethan quando empurrou as mãos

pelos cabelos. —Eu pensei, eu não sei, pensei que ia ter essa longa discussão
sobre tudo, e que eu ia acabar me mudando para Londres. Eu teria que

reconstruir a minha prática e obter novos clientes e seria uma completa dor de

cabeça. Você apenas acenou com a varinha mágica e fez tudo tão mais fácil.

Quero dizer, você tem certeza? Você está bem com isto? Você não vai mudar de

ideia?

Eu não conseguia parar de sorrir para ele enquanto examinava meu

rosto, esperando por mim para lhe dizer que era uma grande piada. Eu estava

tão feliz que ele me queria em Nova York, que não estava com raiva, que não se

sentia pressionado.

—Sim, tenho certeza. Eu estou muito, muito certa.

—Onde está esse maldito champanhe, Andrew?— Ethan gritou.

—Então, quando você vai se mudar?— Perguntou Mandy.

—Bem, eu queria fazer isso e acabei de ser convidada, então você sabe

tanto quanto eu—, respondi, ainda sorrindo para Ethan. —Tenho que trabalhar

o resto do aviso prévio, embora. Três meses.

—Três meses, minha bunda. Não há nenhuma maneira que você vai ter

que trabalhar se não quiser.

—Bem, eu vou precisar planejar e fazer as coisas em Londres antes de eu

sair, então não posso estar aqui.

—Por favor, linda, eu não posso esperar três meses. Diga que você vai

estar aqui mais rápido do que isso.

Estendi a mão e acariciei seu rosto bonito. —Vou falar com os parceiros

quando voltar e ver o que posso fazer. Talvez eles me deixem sair mais cedo.
—Isso é tão emocionante—, disse Mandy. —Eu posso lhe mostrar todas

as redondezas de Manhattan corretamente. É uma pena que você não vai viver

na cidade, há o bar mais fabuloso há três quadras daqui.

—Poderíamos nos mudar, se você quisesse— Ethan olhou para mim com

expectativa.

—Uau, isso é tudo demais apenas para hoje,— eu disse.

—Você não a está sufocando, Mandy?—, Perguntou Andrew, saindo do

porão. —Ela provavelmente quer se concentrar em conseguir um emprego ao

invés de saber de bares.

—Você sabe, você não precisa se preocupar com isso—, disse Ethan. —

Mas, claro, se você quiser trabalhar, posso falar com meus contatos. Eu tenho

certeza que posso encontrar algo para você.

—Talvez eu tenha meus próprios contatos... e é claro que eu quero

trabalhar.— Eu dei um tapa no braço dele.

—Na verdade, Daniel poderia ter algo para mim. Ele está contratando

um advogado para sua empresa aqui em Nova York.

—Jesus, que outros segredos você vem escondendo de mim?


Ethan

Parecia que meu peito ia explodir. Eu queria enche-la com perguntas

sobre o que mais ela estava pensando e planejando. Foi tudo bom demais para

ser verdade. Eu tinha certeza de que ela não teria que trabalhar o tempo

completo de três meses. Talvez ela tivesse que fazer um mês e, em seguida,

estaria aqui comigo, em Nova York.

—Devemos nos mudar,— eu soltei.

—Ethan,— sua mão estava na minha perna, —não temos que decidir

tudo agora. Vamos ter uma noite agradável com Andrew e Mandy.

—Você não entendeu?— Perguntou Mandy. —Ethan é o nosso amigo

mais antigo. Você não pode fazer esta noite melhor do que já fez. Ele está

esperando por você toda a sua vida.

—Mandy, você vai me fazer chorar—, disse Anna.

—Quero dizer. Ele nem sabia isso por si mesmo e levou muito tempo, ate

que você chegou. Agora que está aqui, pronta e disposta a se mudar para Nova

York, eu acho que você o ama tanto quanto ele merece e isso me deixa muito,

muito feliz.
Virei-me para Anna e seus olhos estavam cheios de lágrimas. —Não

chore, linda.— Eu peguei seu rosto em minhas mãos e escovei meus lábios

contra os dela. —Estamos comemorando.

—É tempo para um brinde—, disse Andrew, erguendo o copo. —Para o

mais novo membro da nossa família.

—Você está me matando—, Anna resmungou.

Durante o decorrer da noite, de vez em quando eu me afastei e olhei para

nós quatro, como se fosse um estranho observando, olhando através de uma

janela. Havia tanto amor e riso, parecíamos tão felizes, todos nós. Mandy estava

certa, mesmo se eu não soubesse, que eu estava esperando por Anna toda a

minha vida. Logo em seguida, eu sabia como faria a véspera de Ano Novo

especial, eu iria propor a ela. Apertei a mão de Anna debaixo da mesa,

querendo chegar mais perto dela, se isso era mesmo possível. Ela se virou com

um belo sorriso para mim e apertou minha mão de volta.

Nós só tínhamos acabado de subir no carro para voltar para casa,

quando ela se virou para mim. —Por que você sugeriu a mudança? Eu pensei

que você amava seu apartamento e sua vizinhança.

Eu dei de ombros. —Eu faço. Mas eu quero que você seja feliz. Você

pode preferir uma casa? Ou talvez estar próxima de Mandy e Andrew ou

apenas obter um lugar que não tem sido meu primeiro, em que podemos

começar juntos.

Ela sorriu para mim. —O quê?— Perguntei.

Ela riu. —Nada, apenas acho que você é o homem mais doce, romântico,

atencioso de todos.
—Porra, não diga isso em público, nunca. Eu tenho uma reputação a

zelar.— Eu ri. —O material é bem reservado e apenas para você. Eu sou um

idiota para todos os outros.

—Eu gosto disso também—, ela respondeu, enquanto se aproximou de

mim no carro. Eu apertei meu braço em volta dela. —Não vamos nos mudar.

Ainda não. Eu gostaria de conhecer o seu bairro e Manhattan um pouco mais.

—Eu não quero que você sinta como se estivesse vivendo no meu

apartamento, porém, Anna. Eu quero que seja a sua casa.

—Minha casa é onde quer que você esteja.

Eu não podia discutir com isso.

—Então você vai ficar por aqui por enquanto e depois vamos pensar em

mudar quando você chegar a conhecer o lugar um pouco melhor.

—Então, viveremos juntos imediatamente?

—É claro que viveremos juntos imediatamente. Eu não vou deixar você

fora da minha vista se puder.

—Ok.

—Ok?

Ela riu. —Ok, bom. Eu gosto desse plano.

—Vou falar com os parceiros e sair.

—Não, Ethan, eu não quero que você saia. Eu não acho que Al vá dizer

nada agora que eu estou trabalhando o meu aviso prévio, e não há nenhum

ponto em esfregar no nariz dele.— Mas eu a queria o mais rapidamente


possível. —Eu vou falar com eles quando eu voltar. Eles me pediram para

pensar sobre isso durante o Natal, por isso não é de conhecimento comum. Eu

acho que eles pensam que poderia mudar minha mente.

—Será que você concorda com isso?

—O quê?

—Não dizer nada a ninguém. Você acha que poderia mudar de ideia?

—Não, é claro que não. Eu disse a você, eu ficar lá não faz sentido por

uma centena de razões. E você parece estar bastante feliz sobre isso, então...

—Em caso de dúvida, estou fodidamente entusiasmado com isso.— Eu

sorri para ela e não pude resistir, beijando o canto de sua boca. —Ok, eu vou

deixar você resolver, mas se não conseguir convencê-los a deixar você sair em,

no máximo, um mês, vou intervir.

—Eu sou uma excelente negociadora, você vai ver.

Eu tenho o sentimento que nós não vamos falar sobre aviso prévio por

mais tempo. Eu daria qualquer coisa que ela quisesse. Não havia negociação em

relação à nada, quando se tratava dela.

—Então, podemos voltar para passar o tempo todo na cama agora? Eu

não tenho certeza se eu gosto disto, vestidos e em local público—, eu disse.

—Não, você tem que fazer todas as coisas turísticas comigo antes de eu

me mudar. Eu não posso viver aqui sem ter ido para a Estátua da Liberdade ou

Washington Square Park. Eu nunca estive naquela ponte no Central Park.

—Oh, Deus, realmente? Você quer que eu te mostre os pontos turísticos?

Meu pênis não vai aguentar.


—Tenho que escolher? Eu quero Ambos.

Eu ri. —Ok, eu posso viver com isso.

—Esta noite, porém, é tudo sobre o seu pênis—, ela sussurrou em meu

ouvido enquanto esfregava a palma da mão contra o meu pau e depois arrastou

a língua ao longo da minha mandíbula.

Na manhã seguinte, acordei antes dela, e tão silenciosamente que pude,

peguei minhas boxers, uma t-shirt e meu telefone, e fui para meu escritório.

Tinha planos para fazer, coisas para comprar, uma noite para recordar e

organizar.

Liguei para Mandy primeiro. —Ei, obrigado por ontem à noite. Foi uma

noite maravilhosa.

—Foi realmente ótimo ver vocês dois. São tão incríveis juntos. É tão bom

ver.

—Obrigado. Preciso de sua ajuda com alguma coisa. Eu não sou bom

com essas coisas, você sabe, a merda romântica...

—Você parece estar indo muito bem.

—Sim, mas isso é diferente. Eu realmente não posso arriscar, porra,

quando eu propor a ela.


Tudo o que eu ouvi foi uma gargalhada na outra extremidade do

telefone. —O que posso fazer? O que você precisa?— Mandy finalmente

perguntou quando ela se acalmou.

—Então você não acha que é muito cedo? Que ela vai dizer não?

—Ela desistiu de seu trabalho e está se movendo para outro continente

por você. Ela não vai dizer não. Quando você vai perguntar a ela?

—Isso é o que eu queria lhe perguntar. No Ano Novo é muito previsível?

Eu não sei o que as meninas querem.

—Oh, uau. Então, antes que ela voltasse.

—Você acha que é demais?

—Não. E eu não acho que é previsível, acho que é maravilhoso. E você

não deveria estar me perguntando. Você a conhece e o que ela gosta muito

melhor do que eu. Tem todas as respostas para essas coisas. Você não precisa

me perguntar.

Ela estava certa. Isso não deve ser algo planejado por nós, Mandy e eu

sabíamos disso. Isso deve ser acerca de Anna e eu.

—Ok, você está certa. Obrigado.

Quando eu desliguei o telefone, comecei a olhar aos anéis online. Eu ia

ter que correr. Eu só tinha hoje. Amanhã era o Ano Novo.

—Baby—, Anna gritou do quarto ao lado.


—Aqui—, eu respondi, apagando meu histórico de pesquisas, assim que

Anna enfiou a cabeça na porta. —Eu estou indo para uma corrida. Você se

importa?

—Boa ideia. Eu posso fazer um pouco de ioga aqui e, em seguida, tomar

um banho se estiver tudo bem?— Ela se sentou em meus joelhos e colocou os

braços ao redor do meu pescoço.

—Esta é a sua casa agora, Anna. Você pode fazer o que te faz feliz. Há

uma esteira no armário no quarto pequeno. Ou vá para o ginásio no piso térreo.

Ela beijou meu ombro. —Não, uma esteira está bom.— Eu poderia dizer

que não iria demorar muito para convencê-la a levá-la nua e de volta para a

cama, mas, infelizmente, eu tinha que entrar em movimento.

Cheguei em torno de sua cintura e a levantei quando ela colocou suas

pernas em volta de mim. —Você é como um macaco.

—Um macaco bonito, certo?— Ela fez uma careta torcida.

Eu ri. —Um macaco muito bonito.

Ela pulou para baixo, —Ok, desfrute de sua corrida.— Ela me bicou na

boca e correu para recuperar sua esteira.

Eu mudei rapidamente e consegui contrabandear minha carteira no

bolso de minha camiseta da Universidade de Columbia e sai pela porta.

Eu esperava que Harry Winston estivesse aberto.


Anna

Sempre que eu terminava uma corrida, parecia que tinha escapado de

enfrentar uma tentativa de sequestro; ficava vermelha, suada, com cabelo em

todos os lugares. Ethan, por outro lado, parecia que estava a meio caminho

através de uma sessão de fotos Gucci quando ele voltou para o apartamento.

Ele estava todo bronzeado com um ligeiro brilho na sua pele que o fazia parecer

ainda mais masculino. Eu estava desesperada para saltar em seus ossos. Na

verdade, eu tinha estado desesperada antes de ir malhar, mas ele parecia

determinado a exercer um desejo que nunca pareceu me apertar, infelizmente.

—Então, eu pensei que nós poderíamos ir para o Met, ou o

Guggenheim,— Ethan disse, me quebrando da minha névoa de luxúria

enquanto ele se vestia depois de seu chuveiro.

—Soa bem.

—Você não parece entusiasmada

—Eu estou, vou pegar minhas coisas.— Isso foi bom. Coisas normais que

os casais normais fazem. Eu simplesmente não conseguia o suficiente dele, eu

queria arrastá-lo de volta para a cama.

—Ok, eu preciso fazer uma ligação telefônica, então vou estar aqui em

alguns minutos.— Ele trabalhou tão duro, mas estava quente. Eu gostei de sua

firmeza e determinação.

Eu estava procurando algumas coisas, quando Ethan entrou no quarto.


—Eu vou limpar meu lixo quando você estiver de volta em Londres, mas

existem algumas gavetas vazias no armário. Por que você não descompacta

corretamente?

Meu estômago virou e eu mordi de volta um sorriso. Havia algumas

coisas que eu trouxe comigo que poderiam ficar. Um par de vestidos e um par

de sapatos, pelo menos. —Ok, eu vou mais tarde.

—Você está pronta?— Eu concordei e puxei meu chapéu e segui Ethan

para o corredor com as minhas botas na mão.

—Foda-me, eu não sabia que você tinha sapatos baixos. Eu nunca vi você

em qualquer coisa diferente de saltos, ou nua. Às vezes nos saltos e nua.

—Você vê, isto é quando a realidade começa. A vida real começa aqui

com os meus planos. Não haverá sempre nudez e salto alto, baby. Você está

pronto? Pronto para tirar o lixo e me comprar absorventes? Pronto para me ver

vomitando e não querer sexo? Eu poderia resolver não ter sexo esta noite, e

você aceitaria?

Ethan estava rindo de mim quando eu cutuquei seu estômago forte. —

Você está fodendo como uma louca e eu estou mais do que pronto. Vamos,

baixinha.

—Você vê, eu costumava ser linda e agora sou baixinha e nem sequer me

movi ainda.— Eu suspirei dramaticamente, enquanto o seguia para fora de seu

prédio.

—Você sempre será linda, baby—, disse ele, serpenteando o braço em

volta do meu pescoço e descansando sobre os meus ombros.

Ele ia chamar um taxi, mas o interrompi. —Não, eu quero pegar o metrô.


—Serio? Eu não tomo o metrô há uma década. É nojento lá embaixo.—

Ele fez uma careta, como se estivesse com dor.

—Não seja um bebê. Eu nunca fiz isso e eu tenho que fazer todas as

coisas que você esperaria em Nova York.

—Realmente?

—Realmente. Temos que fazer as coisas sem glamour do dia-a-dia,

Ethan. É bom para nós.

—Ok, você obtenha o metrô e eu vou pegar um táxi e te encontrar lá.

Então você se sentirá como em um compromisso do dia-a-dia.

Ficamos parados na calçada rindo um para o outro. —Oh baby, quando

eu disse qualquer coisa sobre compromisso? Vamos lá, vamos para o metrô.—

Eu arrastei a manga de seu casaco e comecei a andar. Ele, relutantemente, me

seguiu.

—Você sabe que estamos indo na direção errada do metrô?

—Ethan!

Ele me agarrou pela cintura e me beijou duro.

—Qual foi a sua parte favorita do dia?— Eu perguntei a Ethan quando

chegamos em casa, depois de várias horas no Metrô e o que Ethan descreveu

como uma viagem de reconhecimento do Guggenheim.

—O que você quer dizer? O dia não acabou e eu gostei de tudo isso.
—Eu tenho feito coisas maravilhosas desde que era criança, brinque

comigo—, eu disse. —Qual foi a sua parte favorita, a coisa preferida ou passo

que tomou que mais te surpreendeu?

—Deixe-me pensar. Apenas um?

—Nós costumávamos fazer três primeiros.

—Ok, minhas três coisas favoritas de hoje. . . um, eu gosto que tenho que

ver apartamentos.

Eu sorri para ele. Ele estava falando sério? Até com sapatos baixos, me

desgastou.

—E então eu gostei de como eu comecei a beijá-la na rua.

—Ethan! Acabamos de ver um pouco da arte mais bonita que já foi

criada. As suas três principais coisas do dia não podem ser todos sobre mim.

Ele levantou uma sobrancelha para mim. —Você quer que eu responda

ou você?

—Eu quero uma resposta sincera.

—Os outros dois não eram mentira, Anna. Eu não vou mentir para você.

—Ok.

—O último dos meus três melhores é uma pintura. O Velasquez. A

pintura do escravo mouro. É o meu favorito lá. Eu sinto que ele está tentando

me dizer alguma coisa a partir da tela. Como se tivesse capturado tudo o que é

incrível.

Seus olhos suavizaram enquanto falava, mas seu rosto era sério.
—Você gosta de arte?— Perguntei.

—O que é fascinante sobre isso é que era um treino para o retrato de

Velasquez do Papa na época. Ele estava apenas se preparando e então ele fez

isso. Porra brilhante.

—Você já foi para Madrid? Para ver, você sabe, o que Picasso fez tão

bem. . .

—Las Meninas.— Ele terminou minha frase para mim e me olhou

quando ele assentiu. Havia algo diferente em seus olhos. —Você gosta de

arte?— Ele fez a minha pergunta de volta para mim.

—Um pouco. Estamos bem servidos em Londres, há tanta coisa. Eu gosto

do barroco de Caravaggio, Rubens e seu homem Velasquez. Você chegou a ver

o Menino mordido por um lagarto quando você estava em Londres? Deus, eu

amo essa pintura. Ele é pequeno, mas selvagem.— Eu me peguei fazendo

formas no ar com as mãos e deixei cair rapidamente meus braços,

autoconsciente. Olhei para Ethan para ver se ele estava pensando que era louca,

como fazia algumas vezes.

—Você não poderia ser mais bela para mim do que agora, Anna,— ele

disse, quando os nossos olhos se encontraram.

Minhas bochechas aqueceram e ele fechou a distância entre nós e

deslizou seus braços em volta da minha cintura.

—Podemos ficar em casa esta noite?— Perguntei. —A menos que você

tenha planos? Eu só gostaria de estar com você esta noite.

—Isso soa perfeito.


Ele passou as mãos pelas minhas costas e começou a endurecer contra o

meu estômago.

—Falar de meninos e lagartos faz com que você fique quente?

—Anna—, ele rosnou em tom de desaprovação que sempre me fazer rir.

Ele segurou minha bunda em suas mãos e me levantou. Eu envolvi minhas

pernas em volta dele. —Vamos lá, macaco bonito.


Ethan

Não é novidade que a conversa sobre lagarto tinha conseguido me deixar

quente. Não demorou muito em torno dela, eu tinha um quase permanente

tesão quando ela estava por perto. Mas ouvir como gostava de arte, que sabia

de Las Meninas e gostava de barroco, fazia ela mais gostosa. Eu acho que nunca

pensei que isso poderia acontecer com uma mulher. O cérebro de Anna poderia

me ligar, tanto quanto seu corpo podia, ela criou uma nova experiência após as

outras para mim.

—O que você acha?— Ela me deu um sorriso por cima do ombro

enquanto balançava o laço preto que cobria sua bunda. Ela insistiu em se trocar

no banheiro, então eu estava tentando ser paciente, tanto quanto poderia

estando duro e com uma bela mulher que estava prestes a morar comigo a três

passos de distância.

—Eu acho que você ficaria incrível em um saco de lixo. Venha aqui, já.

Ela ficou onde estava, e passou as mãos ao longo do seu corpo, cobrindo

os seios perfeitos e empurrando juntos. —Você sabe o que faria isso olhar ainda

melhor?— Ela olhou para mim por debaixo de suas pestanas.

—Meu pau entre eles?


Ela mordeu o lábio e assentiu. Levou tudo que eu tinha para não correr

direto para ela.

Ela começou a caminhar em minha direção e meu telefone tocou alto na

mesa de cabeceira. Porra. Ignore. Eu estava esperando por um par de

confirmações sobre amanhã à noite. Tinha que ser perfeito. Eu rapidamente

verifiquei meu relógio. Merda, eu não teria tempo para chamá-los de volta se eu

não conseguisse isso, estava ficando tarde.

Os olhos de Anna estavam presos aos meus.

—Querida, eu tenho que atender isso—, disse, ela subia e deitava no

colchão, ao mesmo tempo em que eu levantava.

—Faça o que tiver que fazer, querido—, disse ela, quando mergulhou os

dedos em sua calcinha.—Tudo o que você tiver que fazer.

Jesus, o sangue correu para o meu pênis e estava me deixando tonto. Eu

mantive meus olhos voando entre seu rosto e sua mão quando ela começou a

circular seu clitóris. Foda-se, esta chamada foi em um mau momento.

—Scott,— Eu lati quando atendi ao telefone.

Era a mulher que fazia os arranjos para depois do jantar. Merda, merda,

merda. As costas de Anna arquearam quando ela soltou um pequeno gemido.

Eu chutei a estrutura da cama e sai para o estúdio. Ela não podia ouvir isso.

Demorou cerca de 10 minutos para voltar para Anna.


—Você acha que devemos ter uma TV aqui?— Perguntou ela, o humor

claramente tendo sido trocado.

—Se eu estiver aqui, quero estar transando com você ou dormindo. Eu

não quero ser um daqueles casais que só acabam assistindo TV na cama. Camas

devem ter apenas duas funções. Falando nisso, onde estávamos? Queria

terminar sem mim? — Tirei minha camisa e sai da minha calça.

—Eu não trabalho sem você. Estou desesperada por você.

—Desesperada por mim?

—Desde esta manhã, quando você veio da sua corrida, olhando tão

bonito que deveria ter sido ilegal.— Ela estava fazendo beicinho e estava

fodidamente bonita.

Eu não podia deixar de sorrir com a ideia de que ela estava me querendo

desde esta manhã. —O que você tem estado desesperada para que eu fizesse

com você?— Perguntei, rastejando sobre seu corpo coberto de lingerie. —

Isto?— Perguntei, beliscando o mamilo através da renda. Ela assentiu com a

cabeça. —E morder? Você gosta dos meus dentes, não é linda? A corrida afiada

de dor?— Ela se contorceu abaixo de mim e agarrou a minha mão de seu peito e

a empurrou mais baixo. —Você quer que eu sinta você, linda?

Ela assentiu com a cabeça novamente.

—Diga-me.

—Estou tão molhada, Ethan. Sinta como estou molhada.

Meus dedos encontraram a borda de sua calcinha e mergulhou dentro,

empurrando para a entrada de sua fenda. Ela estava tão molhada como
descreveu, me aguardando para lambê-la até ficar seca. Eu arrastei meus dedos

ao longo de suas dobras, eu mesmo me revesti dela. Ela se contorceu sob o meu

toque, se afastando e empurrando para mim como se ela não conseguisse

decidir se poderia lidar com isso.

Eu me mudei para baixo de seu corpo, puxando sua roupa para baixo de

suas coxas.

—Eu preciso de você dentro de mim—, ela sussurrou.

Eu não podia lhe negar e mergulhei meu polegar direto nela, esfregando

contra os músculos que me cercavam.

—Não, eu preciso do seu pau em mim, Ethan. Por favor, eu preciso

dele.— Ela choramingou.

Jesus, sua mendicância era demais, eu não poderia segurar mesmo se

quisesse.

—Oh, baby, você vai ter meu pau em todos os sentidos do caralho.

Eu puxei para fora da cama, tirei a minha cueca, fiquei de frente para a

cama e a puxei ao meu encontro, na borda do colchão.

—Você quer isso?— Eu acariciava minha ereção de cima para baixo em

suas dobras, revestindo-o em sua umidade.

—Ethan, por favor—, ela gritou.

Eu me posicionei em sua entrada. Ela estava torcendo seus quadris, me

tentando para dentro dela, mas segurei sua cintura firmemente para que não

pudesse se mover.
—Uma vez que eu começar, não vou parar. De jeito nenhum,— eu avisei.

—Nunca pare, Ethan, eu quero que você me foda para sempre.

Eu não podia esperar mais. Empurrei até as bolas profundamente nela e

vi como o ar deixou seu corpo, uma mistura de prazer e luxúria em seu rosto.

Eu puxei para fora rapidamente e empurrei dentro dela uma e outra vez.

Duros, cursos rápidos, ásperos. Ela não podia fazer nada, mas ficar ali,

me observando enquanto eu dirigia nela mais e mais.

—Oh Deus, sim—, ela gritou.

Ouvi-la dizer o que gostava, o que queria, era algo. Eu amava seu apetite

para sexo, por mim. Era inebriante.

Ela apertou em torno de mim, o início de seu orgasmo cintilando através

de seu corpo. Eu não ia durar muito tempo, mas tinha que levá-la, em primeiro

lugar.

Eu espalmei seu peito e ela se arqueou na minha mão. —Ethan, eu estou

perto, não posso esperar.

Meus olhos dispararam de seu rosto para estar entre nós, onde nossos

corpos estavam unidos. Quando eu olhei para ela, estava assistindo enquanto

empurrava para dentro dela, tão profundo.

—Deus, Ethan, eu estou tão cheia com você dentro de mim.— Sua voz

falhou e lá estava ela, sua boca se abriu e os olhos fixos nos meus enquanto o

orgasmo a agarrava. Eu a assisti por tanto tempo quanto poderia antes que

tivesse o meu próprio clímax e desabasse sobre ela, enterrando meu rosto em

seu pescoço.
Segundos, minutos, horas mais tarde seus dedos percorriam minha

espinha e minha mente vagou de volta à consciência.

Anna

De alguma forma, ele sempre sabia o que me dar. Eu tinha precisado

dele rápido e duro e isso é exatamente o que tive. As últimas vinte e quatro

horas haviam me perturbado e o sexo tinha me lembrado de quão bem nós

trabalhamos juntos. Nosso jantar com Andrew e Mandy, durante o qual foi

decidido que eu estaria me mudando para seu país, o que eu não acho que ele

poderia ter estado mais feliz, tinha sido maravilhoso e uma mudança de vida.

Então hoje, a forma como este macho alfa latiu em seu telefone e perdeu a

paciência com tanta facilidade, eu via a sua beleza; uma pintura tão simples e

bonita. Eu o amava por tudo isso. Mas estar por perto era esmagador.

Quanto mais profundo eu caia no amor por Ethan, melhor era o sexo. Era

como se ele tivesse rastreado dentro do meu corpo e me olhado por dentro. Era

emocionante e aterrorizante, em igual medida. Era como se estivesse me dando

a ele de corpo e alma.

—Você é incrível—, eu disse, quando coloquei minha cabeça no peito

dele, arrastando meus dedos para cima e para baixo em seu estômago.

—O mesmo para você.— Ele pegou meu pulso em sua mão. —Pare ou

vou ter você de novo.


Torci minha mão, me soltando e mudei de seu peito me arrastando para

baixo. Eu queria chupa-lo. Eu gostava quando conseguia leva-lo todo na minha

boca, e ele endurecia contra a minha língua.

Eu me posicionei de joelhos entre suas pernas e ele gemeu ampliando

suas coxas antes de eu sequer o tocar. Segurei seus quadris e o levei na minha

boca, lambendo ao redor de seu comprimento.

Olhei para cima para encontrar Ethan apoiado nos cotovelos, seu olhar

intenso em mim. Ele respondeu rapidamente e logo estava profundo na parte

de trás da minha garganta. Eu gemia, e encontrava seus olhos com os meus,

sabendo como ele gostava que eu olhasse para ele.

—Não, Anna.— Ele se afastou de mim, e antes que eu soubesse estava

em minha costa e Ethan tinha os dedos contra o meu clitóris.

—Ethan, eu quero você na minha boca.

—Eu quero mais estar dentro de você. Eu sei que você está pronta para

mim.— Ele manteve os dedos se movendo no meu clitóris quando empurrou

para dentro de mim. —Você sempre fica tão molhada quando me chupa.— Ele

balançou em mim, agora em um perfeito ritmo. —Você sabe o quão quente é

isso? Eu não tenho que fazer qualquer coisa para obtê-la molhada, não é? Eu só

tenho que estar lá e ter o meu pau sugado e você está pronta para mim.

—Oh, Ethan, pare. É demais —, eu gritei. A visão de seus músculos se

deslocando sob sua pele, quando o senti se segurando para trás, estava fazendo

tudo para que não pudesse vir desta maneira. Era tão bom, tão certo.

—Eu nunca vou parar, linda, vou transar com você para o resto de

nossos dias.
Eu estava agarrando ele, puxando-o mais perto, mais profundo, apesar

de minhas palavras. Agarrei-me a seus ombros, empurrando minhas unhas em

sua pele, eu precisava estar mais perto dele, ainda. A sensação das minhas

unhas em sua pele aumentou o êxtase de tudo, o prazer e a dor fundindo e

multiplicando. Estiquei minhas pernas mais largas e mudei meus quadris ao

encontro de seu, para que eles se chocassem um contra o outro, e contra pele, e

a carne cavando em carne.

—É isso aí, linda, eu posso te sentir tão apertada, tão carente—, ele

rosnou contra a minha bochecha antes de lamber meus lábios, engolindo meus

gemidos. Ele olhava sujo e urgente. —Olhe para mim, eu quero ver aqueles

olhos bonitos ficarem nublados quando você gozar.

Eu sabia que, logo que abrisse meus olhos, estaria perdida para ele. A

sensação dele em cima de mim, me prendendo na cama. . . o cheiro de suor e

ele, sexo se misturando. Olhei para ele, como pediu. Não podia lhe negar

qualquer coisa e, lentamente, eu fiz o que ele pediu. Meu corpo ficou tenso e

então enfiei as minhas unhas que foram entrando em sua pele. Eu não

conseguia segurar enquanto gritava, —Ethan, Ethan, Ethan.

Ele também estava lá, conseguindo adiar por tempo suficiente para

assistir ao início do meu clímax como ele gostava de fazer. Seu sangue pulsava

sob sua pele, que transferia o seu calor para mim, suado e ofegante com sua

mandíbula tensa quando ele derramou em mim.

—Oh, linda—, ele gritou e sua cabeça caiu para o meu pescoço.

Eventualmente, a nossa respiração se sincronizou e retardou, mas ele não

fez nenhuma tentativa de se mover. E eu não queria que ele fizesse. Eu o amava

em cima de mim assim: pesado, vulnerável e todo meu.


—Você se importa se eu ficar aqui para sempre?— Perguntou.

—Nem um pouco—, eu sussurrei.

Ele se aninhou contra o meu pescoço e depois lambeu todo o pulso ainda

acelerado. —Você tem um gosto tão bom—, ele murmurou. —Eu quero provar

você todos os dias, para sempre.

—Sempre—, eu disse, virando a cabeça para lhe dar melhor acesso ao

meu pescoço.

Ele aproveitou e seus dentes roçaram contra a minha pele. —Você é

minha,

—Eu sou.

—Para sempre—, disse ele, enquanto mordia minha pele.

Em algum ponto nós dormimos, porque eu acordei muito quente, os

braços de Ethan ainda apertados em torno de mim. Eu tentei movê-lo de cima

de mim sem perturbá-lo, mas não funcionou. —Mais uma vez, linda?— Ele

murmurou e me puxou para mais perto dele.

—Eu preciso ir ao banheiro, me deixe ir.— Seus membros estavam

relaxados e eu fui capaz de me afastar.

Eram 08h00min quando olhei o relógio. Eu queria ficar com ele a maior

parte do dia, por isso, quando voltei para a cama, alcancei entre nossos corpos e

acariciei seu pênis semiereto a vida. Em resposta, Ethan murmurou

incoerentemente, com os olhos ainda fechados. Ele geralmente acordava antes

de mim, então vê-lo assim, antes que ele estivesse alerta e pronto para o mundo,
era novo. Empurrei-o suavemente sobre suas costas e sentei-me montado nele

antes de levá-lo no meu punho e guia-lo para mim.

—Porra, baby—, ele continuou a murmurar, com os olhos ainda

fechados, quando eu lentamente me abaixei em cima dele. Eu podia senti-lo

dentro de mim, endurecendo ainda, e eu deixei escapar um pequeno gemido

quando comecei a me levantar e abaixar. Ele estava tão profundamente dentro

de mim comigo no topo. Sentei-me em meus calcanhares, empurrando tão

profundo quanto podia e circulei meus quadris.

Os olhos de Ethan, de repente se abriram. —Merda!

Eu sorri para ele. —Já são 08h00min! Acorde, senhor. Existe alguma coisa

que posso fazer por você? — Perguntei quando apertei minhas mãos contra seu

estômago e levantei-me mais alto.

Suas mãos foram direto para meus quadris para me puxar para baixo. —

Você me quer em seu pênis, senhor? Você quer estar dentro de mim?— Eu

deixei ele me empurrar para o seu pênis quando ele assumiu o meu ritmo e

empurrou seus quadris para cima, então eu não tinha que mover.

—Jesus, Anna, o que é isso? Merda.— Ele estava bem acordado,

respondendo à minha moagem contra ele, seus olhos enormes e errante e meu

rosto para baixo no meu corpo, por onde estávamos unidos e de volta para

cima, verificando sempre a minha reação ao que quer que ele estivesse fazendo

para o meu corpo.

—É isso, Ethan, ai mesmo,— Eu gritei quando ele bateu em mim mais e

mais rápido. Eu queria ficar assim para sempre, circulando a montanha, pouco

antes do prazer atingir o pico. Eu desabei sobre o seu peito, suas mãos em

concha na minha bunda, me mantendo no lugar enquanto ele continuava a


bombear dentro e fora de mim, me arrastando mais e mais em direção ao meu

orgasmo.

Seus dedos separaram minhas nádegas no ar, enrolado contra meu sexo.

—Você quer me sentir aqui, baby?— ele sussurrou em meu cabelo quando

escovou os dedos contra a carne enrugada.

—Eu quero, oh Deus.— O pensamento era tão erótico quanto a

realidade, e meu corpo me deu o primeiro aviso de que meu orgasmo estava

perto.

Ele empurrou sua ereção profundamente em mim e se acalmou. —Olhe

para mim Anna.

Eu não tinha certeza que era capaz de me mover, mas consegui

endireitar meus braços, então eu ainda estava debruçada sobre ele. Seus dedos

circularam e acariciaram e, em seguida, empurrou através da barreira de

músculos. A sensação era calmante quase, intenso, e eu lentamente circulei

meus quadris, me permitindo sentir mais dele.

—Você gosta disso?— Perguntou.

—Eu gosto de tudo que você faz para mim—, eu respondi. Eu parei de

me mover e outro dedo seguiu o primeiro e começou a empurrar lentamente.

—E isso?

—Eu quero mais profundo, Ethan.

Ele resmungou e empurrou seus quadris para cima em mim e, em

seguida, parou novamente antes de empurrar os dedos mais para dentro de

mim. Eu estava cheia dele.


Eu bati minha cabeça para trás em resposta à sensação e mudei minhas

mãos para seu peito, empurrando mais fundo e mais longe em cima dele.

—Porra, Ethan, eu estou gozando.

—Olhe para mim, Anna.

Nós dois estávamos congelados, nossos olhos mostrando a mesma

intensidade. Um mundo de prazer tomando conta de mim, apenas pelo fato

dele estar dentro de mim.

—Jesus, eu vou gozar tão duro—, ele rosnou quando removeu os dedos

lentamente, e sem quebrar o vínculo entre nossos corpos, me virou para as

minhas costas e bateu em mim, tomando seu prazer.

—Você. Faz. Eu. Sentir-me. Assim. Tão. Bem —, disse ele entre suas

estocadas finais quando foi derramando em mim. Era exatamente o que eu

precisava ouvir, porque nenhum homem conseguiria fazer o que ele faz por

mim.
Ethan

—Então, o que vocês fazem na véspera de Ano Novo, durante o dia?

Esculpem abóboras?— Anna perguntou, enquanto eu andava de volta para o

quarto. Eu tinha vindo a fazer arranjos de última hora para esta noite.

—Não, nós não esculpimos abóboras no Ano Novo mais do que nós

esculpimos abóboras em Ação de Graças.

—Ah, então o que vocês fazem?

Eu pensei sobre isso. Haviam algumas tradições que eu tinha esquecido?

—Nada, nós podemos fazer a ‘coisa turística’ novamente. Ou passear na cidade.

—O que, nem mesmo hoje à noite?

—Eu reservei um restaurante para esta noite. Se eles não estiverem

festejando, as pessoas normalmente assistem a bola cair na Times Square pela

TV.

—Nós vamos fazer isso?

—Depende, você quer ficar fora em temperaturas congelantes por cerca

de três horas para reservar o seu lugar?


—Isso não parece muito divertido.

—Eu não posso imaginar que seja. Nós vamos ter uma noite agradável.

—Eu sei, sempre tenho quando estou com você.

Pouco antes de meu coração explodir, o interfone tocou.

Sorte para mim Anna não estava pronta, então eu consegui interceptar o

correio de Harry Winston sem muita suspeita. Levei o envelope almofadado

para o escritório e tranquei a porta tão silenciosamente quanto pude. Eu queria

ver o anel e não havia nenhuma maneira que poderia arriscar que ela visse.

Tinha certeza que ela iria gostar, mas eles disseram que nós poderíamos

escolher outra coisa se ela não estivesse certa. Era mais claro do que os que a

atendente tinha mostrado primeiramente, com apenas uma faixa simples e um

único diamante quadrado. Eu não acho que Anna gostaria de nada mais

extravagante. Sim, ele iria se adequar a ela.

Meu estômago começou a se agitar. Eu realmente não quero foder isso.

Queria que fosse perfeito. Eu queria que ela voltasse para Londres com o meu

anel em seu dedo.

—Você está certo, está absolutamente congelando. Como isso

aconteceu?— Anna perguntou quando nos sentamos na charrete com cavalos

no Central Park.

—Se ele começar a cagar neste saco, vamos parar esta coisa e ir para

casa—, eu disse.
Anna começou a rir de mim. —Apenas se concentre em como está frio,

que não vai pensar no enorme saco de cocô na sua frente.

—Já terminamos com o turismo depois disso?

—Sim, essa experiência me deixou sem vontade de qualquer outra. Eu

pensei que seria mais romântico do que é. Mas o frio e o gelo tirou o brilho.

—Nós podemos fazer o romance mais tarde—, eu respondi.

—Você é o homem mais romântico de sempre.

—Seu sarcasmo não é eterno, você sabe.

—Eu não estava sendo sarcástica,— ela disse quando puxou para perto

de mim. —Quero dizer. Romance para mim é alguém que não fala mentiras,

não faz jogos e me trata bem. Alguém que me ama e não apenas diz isso, mas

me mostra em tudo o que faz. E você faz tudo isso, Ethan. Eu não quero ou

preciso de mais nada de você.

Eu beijei o topo de sua cabeça. —Isso significa que podemos sair desta

carroça?

Ela riu. —Sim, nós podemos sair. Contanto que nós possamos passar a

ponte.

—Combinado.

Felizmente, fomos apenas alguns curtos minutos na curva da ponte. Nós

caminhamos até o ponto central e, em seguida, descansamos lado a lado contra

as grades, olhando para fora através da água. A superfície da lagoa estava ainda

no ar e ficou em silêncio como se o resto do mundo tivesse parado enquanto

tínhamos esse momento juntos.


Ela se virou, colocou os braços em volta da minha cintura e olhou para

mim. —Isto é perfeito. Eu acho que vou gostar daqui.

—Eu acho que vou gostar de você aqui, também.

Talvez eu não devesse esperar, talvez devesse perguntar a ela agora.

—Vamos vir aqui muitas vezes—, disse ela e o momento se foi. —Talvez

pudesse ser uma nova tradição que teremos todos os domingos ou algo assim.

Você pode me empurrar para a vista sobre o lago em minha cadeira de rodas

quando estiver velho demais para andar.

Era um vislumbre de sua imagem, do nosso futuro juntos, uma imagem

que ela não revelava muito frequentemente.

—Combinado. Eu gosto da ideia de ter a nossa própria tradição. Vamos

lá, o sol está se pondo e sem ele vai ficar muito frio.

Ela assentiu com a cabeça. —Vamos para casa.

Encontramos um táxi e voltamos para casa.

—Você realmente não me disse o que vamos fazer hoje à noite. Que

horas são nossas reservas?— Ela perguntou quando voltamos.

—Precisamos deixar o apartamento antes das oito.— Eu tinha decidido

propor pouco antes da meia-noite.

Não haveria vários momentos esta noite, mas não havia nenhum arranjo

para um avião transportar uma bandeira que fizesse a pergunta, ou o anel de

estar no fundo de um copo de champanhe. Eu queria que fosse mais íntimo do

que isso. Eu queria que fosse apenas sobre nós.


Ela fez uma pausa, olhou para mim e disse baixinho: —Eu gostaria de

ver New York hoje à noite e, em seguida, gostaria de voltar aqui, pegar todos os

travesseiros e cobertores e colchas e empilhá-los todos no chão. Em seguida,

desligar todas as luzes e, em seguida, deitar na nossa montanha de roupa de

cama e observar o rio e ouvir a cidade com você, nu.

—Nós podemos fazer isso.

—Realmente? Não interfere com seus planos? Será que você nos

reservou alguma grande festa à fantasia? Eu não me importo.

—É claro que não fiz. Esta noite foi sempre apenas sobre você e eu.

Anna

Fiquei aliviada que não estávamos indo a algum tipo de festa

beneficente, essa noite. Eu tinha trazido um vestido de noite comprido, apenas

no caso, mas como era apenas um jantar, eu mantive as coisas um pouco mais

casuais; uma saia de cintura alta lápis cetim apertada e blusa de seda pura de

manga comprida. Eu também fiz um esforço especial com o meu cabelo, o

enrolando primeiro e, em seguida, o prendendo frouxamente. Quando terminei,

coloquei alguma maquiagem na minha bolsa e fui encontrar Ethan. Eu quase

corri para ele quando estava saindo de seu escritório.

—Ei, eu estou pronta.

—Você está incrível—, disse ele, estendendo a mão para a minha bunda.
—Você não parece nada mal.— O que eu quis dizer foi que ele parecia

super bonito. Ele estava vestindo um terno, mas sem gravata. Ele parecia ficar

mais bonito, se isso fosse possível. —Eu gosto do seu cabelo mais longo assim—

eu disse, empurrando meus dedos através das costas quando ele se inclinou

para beijar meu pescoço.

—Você vai precisar de seu casaco. Luvas e um cachecol.

—Obrigado, pai.

—Anna,— ele rosnou.

Ethan tinha alugado um carro para a noite e nós fomos à parte alta da

cidade para o restaurante.

Para minha surpresa, ele parou na entrada do edifício Time Warner. Eu

parecia estar indo para o Mandarin Oriental.

Eu olhei para Ethan e ele sorriu para mim e pegou minha mão enquanto

caminhávamos para dentro. Nós não acabamos indo para o hotel. Em vez disso,

voltamos para o quarto andar, um restaurante chamado Per Se.

—Eu pensei que você gostaria de olhar para fora daqui. É menor do que

a partir da suíte, mas ainda bonito e eu sei como você ama esse ponto da vista.

—Ethan, é lindo e bem planejado. Muito obrigada.

Eles nos sentaram na esquina, perto da janela e uma vista deslumbrante

sobre Columbus Circle e Central Park.

—Você já esteve aqui antes?


Ele balançou a cabeça —Não. Mas eu sempre quis vir. Eu nunca tive a

oportunidade até agora. E hoje à noite parecia ser o momento perfeito para

compartilhar isso com você.

—Você está certo. É perfeito.

Eu tinha borboletas no meu estômago. A noite parecia grande. Ethan

tinha claramente colocado um monte de pensamento em escolher este lugar.

—Vamos tomar uma taça de champanhe?— Ele perguntou

Eu balancei a cabeça com entusiasmo.

—Talvez uma garrafa?— Perguntou ao garçom. —Você está bem?—, Ele

me perguntou quando estávamos sozinhos de novo.

—Sim, claro. Um pouco sobrecarregada voltando aqui, sabe?

Ele assentiu. —Para onde tudo começou? Era para ser apenas uma noite

e agora você vai se mudar para cá.

—Estamos loucos?— Perguntei. —Talvez estejamos um pouco loucos—,

eu disse, pensando em voz alta, o meu coração começando a bater no meu

peito.

—O que quer dizer louco?

—Quero dizer me mudar para Nova York e nós morarmos juntos. Eu

tinha um emprego e tinha amigos e família em Londres e eu vou começar de

novo em Nova York. Quero dizer que soa como talvez seja um pouco louco?

—Você está preocupada? Está pensando que pode querer desistir?


Eu respirei fundo e pensei sobre a questão. Eu estava preocupada? Eu

balancei minha cabeça. —Eu não me sinto preocupada. Eu sei em meu coração

como se fosse a coisa certa a fazer, mas eu acho que se estivesse olhando para a

minha decisão, não sabendo o que sinto por você, então eu acho que seria um

pouco maluco. Isso faz sentido?

Tudo o que eu conseguia pensar era que isso estava acontecendo tão

rapidamente. Voltar aqui trouxe tudo para me concentrar.

Eu precisava me acalmar. Não era como se não pudesse desfazer as

coisas, se tudo corresse muito mal, certo? Se eu pudesse lidar com o pior

cenário, Ethan e eu moraríamos juntos, uma vez que me mudasse para cá.

Ethan não respondeu, apenas olhou para mim. Eu não podia lê-lo.

—E não é como se eu não tivesse um emprego. E nós não vamos nos

casar ou qualquer coisa, Deus me livre.

—Deus me livre?

—Sim, quero dizer, isso vai ficar bem. Estou ansiosa por isso.

Ethan ficou em silêncio. Peguei sua mão e ele apertou enquanto olhava

para a vista.

—Sinto muito. Eu estava pensando em voz alta. Eu não deveria fazer

isso. Eu só estou oprimida ao voltar aqui, pensando no nosso início e esqueci

meu filtro.

—Eu não quero que você filtre nada. Já lhe disse. Eu preciso de você para

falar comigo e estou feliz que fez isso —, disse ele. Havia algo em sua voz que

me disse mais do que ele queria, como se tivesse ficado desapontado.


—Isso não significa que eu tenho dúvidas. Não é sobre você, ou sobre

nós, Ethan.

Ele apertou minha mão e me deu um beijo no canto dos meus lábios, da

maneira que me fez derreter. —Deus me livre—, disse ele.

Perdi a conta do número de pratos que comemos depois do quinto.

—Eu nunca provei nada parecido com isso—, eu disse. —Eu acho que

eles têm assistentes na cozinha.

—Os Feiticeiros?— Ethan levantou uma sobrancelha para mim.

—Acho que sim. Nenhum ser humano pode criar coisas como estas. É

magia. É o que você pensou que seria?

—Em algumas formas. Melhor, porque eu estou compartilhando isso

com você, eu acho.

—Uau, você tem todas as cartas esta noite.

Ele riu. —Eu acho que talvez perdi uma ou duas ao longo do caminho

essa noite.

—Você fez?

—Então, vamos fazer uma parada no nosso caminho de casa, para o ano

novo e, em seguida, voltar para criar um monte Everest de penas na sala de

estar e ficarmos nus. Parece bom? Perguntou.


—Certo. Onde estamos vendo o Ano Novo?

—Você vai ver.

Eu sorri para ele. —Eu não posso acreditar que eu estou voando para

casa amanhã.

—Você vai embora rapidamente. Mas você vai estar de volta em breve.

Você promete que vai falar com eles sobre o seu período de aviso prévio?

—Eu prometo.

—Porque se eles não reduzirem para um mês, eu vou interferir.

—Ethan, você não vai fazer nada. Eu vou lidar com isso. Você tem outras

coisas para fazer, como a limpeza de espaço no armário.

—Podemos ir às compras para o apartamento quando você voltar se

quiser?

—Para que? O que você precisa?

—Bem, se você quiser reformar ou mudar as coisas.

—Eu amo seu apartamento, assim como ele é. Por que eu iria querer

comprar coisas novas para ele?

—Eu quero que ele seja nosso apartamento.

Eu sorri para ele — Bem, nós podemos precisar de alguns novos

travesseiros depois de hoje à noite.


—Então, senhorita Anna. Mais uma vista para você, antes de ir para casa.

Segui seus olhos para o céu quando pisei na calçada e percebi que o carro

tinha parado fora do Empire State Building. —Eu sei que você veio com Leah,

mas é diferente à noite.

—Boa noite, Sr. Scott,— disse o porteiro e nós entramos no lobby. Eu

olhei para ele. O porteiro sabia o nome dele? O lobby estava tranquilo, com

apenas membros do pessoal salpicados ao redor, seus olhos em nós.

Nós fomos em direção ao elevador, que estava sendo mantido aberto

para nós. Eu olhei para Ethan, mas ele manteve os olhos para frente, sua mão

apertou a minha.

—Você tem amigos em altos lugares—, eu disse a ele quando as portas

do elevador se fecharam.

Ele sorriu e olhou para mim, mas não disse uma palavra. Fomos direto

para o convés principal no 86º andar. As portas do elevador se abriram ao som

de Tony Bennett cantando Manhattan. Olhei em volta e não vi uma única outra

pessoa. Será que temos o lugar para nós? Estava fechado?

Aparentemente, não estava fechado para nós. Ao lado da porta havia

uma pequena mesa, sobre ela um balde de gelo, segurando uma garrafa de

champanhe e duas taças.

—Eu não posso acreditar que você fez isso, Ethan.— Ele estava lutando

contra um sorriso quando habilmente abriu a garrafa de champanhe.

—Eu quero o seu primeiro ano novo em Nova York sendo uma boa

introdução à cidade. Daqui de cima, você começa a ver o seu futuro.


—O nosso futuro—, eu disse me sentindo sobrecarregada e sem fôlego.

—Você é incrível e eu tenho muita sorte,— eu consegui sufocar.

—Você que está errada. Eu sou sortudo —, disse ele quando me entregou

uma taça de champanhe e me beijou de leve nos lábios. Então pegou a minha

mão e nós fomos lá fora.


Ethan

Abri a porta e fomos atingidos por uma onda de ar frio.

Este era para ser o momento. Estava apenas chegando à meia-noite e a

caixa do anel no bolso parecia estar pegando fogo. Ele ia ter que ficar onde

estava. Deus não permitiria que eu perguntasse a ela para se casar comigo.

Deus me livre.

—Está muito frio?— Perguntei enquanto caminhávamos lentamente em

torno da borda da área de visualização, parando em vários lugares.

—Eu tenho que me manter aquecida. E é bonito demais para não estar

aqui fora. É incrível. Como você conseguiu obter todo o lugar apenas para nós?

Não tinha sido fácil e não tinha sido barato, mas era para ser, nesse

momento da vida.

—Queria que esta noite fosse especial, eu disse a você.

Eu não a tinha pressionado em sua revelação anterior. Será que ela quer

dizer que não queria se casar com alguém, ou só comigo? Ela estava me

enganando? Eu sabia que ela me amava. Eu senti isso, mas não esperava isso.
Eu queria casar com ela. Eu queria que ela usasse meu anel e dissesse ao

mundo que era minha. Porra.

Eu podia sentir seu olhar em mim e sem pegar seu olhar, eu me abaixei e

beijei-a no canto dos seus lábios.

—Beije-me corretamente, Ethan,— ela sussurrou e suas mãos foram para

o meu cabelo, enquanto ela me puxou em sua direção. —Eu me sinto como se

tivesse se segurando.— Ela passou a língua do outro lado da costura dos meus

lábios e eu fechei os olhos e respirei. Ela estava certa; eu precisava senti-la,

saboreá-la. Separei minha boca e ela empurrou sua língua contra a minha.

Sentia-me tão bem. Ela sempre me fazia sentir tão bem.

—Você nunca vai me perder. Me tem por tanto tempo quanto me quiser

—, eu disse, me afastando do nosso beijo.

—Tempo suficiente para você me empurrar na minha cadeira de rodas

até a curva da ponte?

—Mais.

—Tempo suficiente para que você tenha que lembrar as coisas para mim,

porque eu não posso?

—Eu já faço isso.

—Isso é verdade—, disse ela, pensativa. —Ok, tempo suficiente para que

eu não possa tirar meu sutiã sem meus seios baterem no chão?— Minha boca se

contorceu nos cantos. —E não se atreva a dizer que já acontece.

—Mais.

—Tempo suficiente para nós vermos nossos netos ir para a faculdade?


—Mais.— Meu peito se contraiu, mas eu consegui obter essa única

palavra para fora. Termos filhos e neto tudo bem, mas não nos casar?

Nossa Q & A foi interrompida pelo som de buzinas e pessoas torcendo, o

pop distante de fogos de artifício.

Ela agarrou meu pulso para olhar para o relógio e depois para mim. —

Feliz Ano Novo, Ethan,— ela disse, sorrindo para mim.

Agarrei-a pela cintura e a puxei para mim. —Feliz Ano Novo, Anna.

Quando os dedos das mãos e pés tinham ficado azul do frio, nós fomos

para casa. Anna parecia animada com a nossa viagem e, embora eu estivesse

satisfeito por ter feito ela feliz, esperava que a noite tivesse saído um pouco

diferente.

—Você está bem?— Perguntou Anna quando colocamos travesseiros e

cobertores no quarto, arrumando-os no chão em frente à vista para o Hudson.

—Eu estou sempre bem se estou com você.

—Ok, se você tem certeza.

Eu não tinha certeza em tudo. Algo pesado tinha se alojado na boca do

estômago. —É claro. Eu só vou sentir saudades de você, isso é tudo.

—Eu vou falar com os parceiros assim que entrar no escritório. Estarei de

volta antes que você perceba e então não será capaz de se livrar de mim.
—Eu mal posso esperar,— eu disse e a beijei na cabeça, tentando lhe dar

a garantia de que eu precisava.

Meu telefone vibrou contra a mesa. Andrew e Mandy estavam

chamando.

Anna olhou para mim. —Você vai atender isso?

Eu balancei minha cabeça. —Não, vamos ser apenas nós esta noite.—

Mandy estava morrendo de vontade de ouvir sobre como a minha proposta foi.

O que eu diria?

—Podemos ficar acordados a noite toda em nossa gruta de nudez?

—Você vai implorar para dormir antes do fim da noite se continuar me

pedindo para ficarmos nus.

—Não, eu não vou—, ela brincou quando começou a desfazer a blusa.

—Essa é uma aposta que vou tomar.

Se eu tivesse levado muito mais tempo, Mandy provavelmente teria

ligado para o 911, mas o tráfego era uma cadela no caminho de volta ao

aeroporto.

—Hey,— ela disse quando abriu a porta e me entregou um uísque. —Eu

pensei que você pudesse precisar disso.

—Obrigado—, eu disse e inclinei a cabeça para trás para tomar o copo

cheio em dois bocados. —Posso entrar?


—Deus, sim. Entra, entra.

Segui Mandy para a cozinha, onde ela pegou meu copo de mim e me deu

outro cheio.

—Ei, cara—, disse Andrew quando ele me viu. Forcei um sorriso e, em

seguida, cai na banqueta de café da manhã e empurrei minhas mãos pelo meu

cabelo. —Eu não sei como me sentir.

—Diga-nos o que aconteceu. Ela disse não? — Perguntou Mandy.

Eu tinha cerca de três centenas de chamadas não atendidas de Mandy

nas últimas 24 horas e eu mandei uma mensagem para ela no caminho para o

aeroporto e disse que as coisas não tinham ido como o planejado. Em resposta,

Mandy tinha simplesmente me dito para vir para o seu lugar no caminho de

volta do aeroporto.

No começo, eu tinha achado melhor dizer que não podia e ir direto para

casa, mas achei que quisesse um pouco de companhia. Eu precisava de alguma

ajuda para entender o que tinha acontecido e o que aquilo significava.

—Eu não a pedi.

—Ethan!— Mandy gritou. —Ela é perfeita para você. Você não pode ter

mudado de ideia.

—Mandy, meu doce, apenas ouça—, disse Andrew.

—Ela me disse antes que não tinha chance e que não queria se casar. O

que eu poderia dizer? —Eu sei que você não quer se casar, mas eu realmente

quero e tenho o anel já, assim você poderia simplesmente mudar de ideia?
—Ela disse que não queria se casar com você? Tem certeza?— Mandy

perguntou, seu rosto contorcido em confusão.

Dei de ombros e tomei outro gole de uísque.

—O que exatamente ela disse?

—Eu não consigo me lembrar, é tudo como um borrão. Estávamos

falando sobre ela se mudar para Nova York e eu poderia dizer que estava um

pouco ansiosa sobre isso. Ela falava muito rápido e mal filtrava. Perguntou se

era a coisa certa a fazer e estava respondendo à sua própria pergunta, dizendo

que, pelo menos, ela tinha um emprego e não era como se estivéssemos nos

casando, e que Deus a livrasse. Lembro-me claramente, dela dizer 'Deus me

livre'. Sim, ela disse: 'Não é como nós estivéssemos casando, Deus me livre.' E

então ela estava falando de outra coisa.

Olhei para cima do meu copo e Mandy estava olhando diretamente para

mim com uma carranca no rosto.

—Se você tivesse conversado sobre se casar antes? Ter crianças, um cão?

Você já tinha ouvido algo parecido antes dela?

Eu tomei uma respiração profunda e exalei lentamente enquanto

pensava sobre sua pergunta. —Não. Estávamos vivendo a vida no aqui e agora.

Ela não quis falar sobre o futuro em Londres. E, então, concordei em tentar a

coisa de longa distância e de repente o futuro está aqui e eu não tenho nenhuma

porra de ideia do que está acontecendo. Eu acho que só assumi que, se ela

estava preparada para mudar para Nova York para mim, ela estaria disposta a

se casar, pelo amor de Deus.

—Mais uísque.— Andrew acenou para Mandy e ela derramou às pressas

um outro copo cheio.


—Não soa como se ela não quisesse casar com você—, disse Mandy.

—Ela disse: 'Deus me livre', Mandy. A menos que eu tenha perdido a

capacidade de falar inglês, isso não é uma tradução exata de ‘Ethan, eu estou

desesperada para ser sua esposa e ter seus filhos.'

—O que eu quis dizer foi, eu não acho que é pessoal.

O uísque estava tendo o efeito desejado e levou alguns segundos mais do

que deveria para processar as suas palavras. —Eu não tenho certeza se isso

importa—, eu disse finalmente.

—Talvez ela só não acredite em casamento?— Disse Andrew.

—Isso é besteira.— Eu inclinei para trás meu terceiro copo generoso de

uísque.

Anna

Eu não tinha conseguido dormir muito no avião, mas tinha conseguido

fazer isso em casa antes de tomar banho e ir para o escritório. Eu mandei uma

mensagem para Ethan dizendo que tinha desembarcado, não querendo acordá-

lo. Quando falasse com ele de novo, queria ser capaz de dizer que eu tinha tido

uma conversa sobre a minha data de saída, o que significava que tinha até cerca

do dia onze para falar com os parceiros.

Assim quando eu me sentei na minha mesa, meu telefone tocou. —Feliz

Ano Novo—, eu disse a Leah quando respondi.


—Feliz Ano Novo para você, também. Como foi? Você quis ir a uma

festa?

—Não, graças a Deus.— Eu fui explicar sobre a noite mais perfeita de

sempre.

—Ele contratou o topo do Empire State Building para vocês dois?—

Perguntou Leah.

—Sim, foi incrível. Fria, mas incrível. As luzes da cidade foram

espetaculares e você poderia ouvir todos os fogos e os aplausos. Foi meio

especial.

—Uau, fantástico. Parece o tipo de coisa que você vê em um filme

quando o cara propõe.

Meu estômago embrulhou. —Ele não propôs Leah, não seja boba.

—Estou falando sério. Ele não propôs? Parece o cenário perfeito.

Minha mente começou a correr até a noite de eventos, que tinha sido

uma noite perfeita e tão romântica. Mas nós nunca conversamos sobre

casamento.

—Não há nenhuma maneira e eu não estou interessada em me casar.

Ethan sabe disso.

—Você teria dito não? Agora você está sendo boba.

—Leah, eu não tenho tempo para falar sobre isso. Ele não perguntou. Eu

tenho que falar com Paul sobre o meu período de aviso prévio, então eu vou ver

você mais tarde.— Leah e eu tínhamos nos organizado para jantar hoje à noite.

Eu desliguei e me dirigi para o escritório de Paul.


Será que eu teria dito não? Eu podia negar a Ethan qualquer coisa que

pudesse lhe dar?

Eu pensaria sobre isso mais tarde. Precisava me concentrar em convencer

Paul que eu não deveria trabalhar no meu aviso prévio de três meses.

—Feliz Ano Novo, Anna—, disse Paul quando coloquei minha cabeça na

porta redonda de seu escritório.

—Feliz Ano Novo, Paul. Você tem cinco minutos?

—Contanto que você vá me dizer que teve uma mudança de coração

sobre nos deixar durante a pausa.

Eu poderia dizer pela sua expressão que ele realmente não estava

esperando que eu voltasse atrás.

—Sim, bem, sobre isso... Eu realmente não mudei minha mente. E eu

acho que eu poderia ter resolvido outro trabalho em Nova York. E isso só vai

ter um monte de organização para mover e ajustar e resolver tudo aqui e como

é o começo do ano, eu não tenho muito trabalho a fazer no momento e queria

saber se você poderia... Quer dizer, se poderia me... Se não for mais precisar de

mim, claro...

—Respire! Você geralmente é muito mais eloquente do que isso, Anna —

, disse Paul, sorrindo para mim. —Você não quer trabalhar o seu período de

aviso completo?

Eu balancei a cabeça.

—É um escritório de advocacia que você vai trabalhar em Nova York?


—Não, Conselheiro Geral da Palmerston Hotéis, eu acho. Nada está

finalizado, ainda.

Paul assentiu. —Parece interessante, Anna. Bem, não é um concorrente e

está tranquilo em termos de trabalho, no momento. Nós estamos esperando um

quarto ocupante, embora. Deixe-me pensar sobre isso e vou falar com alguns

dos outros parceiros e voltar para você.

—Muito obrigado. Qualquer coisa que você puder fazer, eu realmente

aprecio.

Eu praticamente corri para fora do escritório e no corredor. Isso soava

esperançoso. Seria ótimo se eu tivesse a notícia antes que falasse com Ethan.

Normalmente, a primeira semana de janeiro seria tudo sobre aproximar-

me dos colegas e evitar fazer qualquer trabalho por tanto tempo quanto

possível, mas comecei a compilar listas de coisas que eu tinha que fazer antes de

sair. Se eles me dissessem que não tinha que trabalhar o meu aviso, eu queria

ser capaz de ir tão rapidamente quanto possível. Minha secretária ia me odiar

porque ela ia estar profundamente ignorante na apresentação, na hora do

almoço.

Ao meio-dia eu ainda não tinha ouvido falar de Ethan, então eu mandei-

lhe um outro texto.

A: Falei com Paul. Ele está pensando sobre isso. Estou esperançosa. Eu

amo você.

SG: Bom. Ressaca, falaremos mais tarde. Te amo.

Algo estava errado? Ethan estava de ressaca. Onde ele tinha estado na

noite passada?
Antes que eu tivesse a chance de perguntar a ele, Lucy invadiu meu

escritório. —Um passarinho me disse que você estava indo embora—, disse ela.

—Sim, isso é certo.— Eu realmente queria ser capaz de dizer a ela que eu

estava indo morar com Ethan Scott, o objeto de seu desejo pelos quatro meses

anteriores. Mas não havia nenhum ponto em fazer as coisas difíceis para Ethan.

—Você já tem uma oferta que não pode recusar? Eu sei que algumas

empresas estão oferecendo vinte por cento a mais para se mudar. Você tem um

bom negócio?

—Eu não estou me movendo pelo dinheiro. Eu estou indo para Nova

York.

—Nova York?—, Ela cuspiu.

Eu balancei a cabeça.

—Trabalhar?

Lucy estava bisbilhotando.

—E viver, sim.

—Você tem um emprego em Nova York?

—Sim.

—Bem, eu poderia estar lá fora, também. Eu trabalho tão próxima de

Ethan que sou obrigada a me destacar. Eu espero por isso —, ela anunciou.

Eu levantei minha sobrancelha e depois sorri, porque eu tinha pego esse

movimento de Ethan. —Boa sorte com isso—, eu disse.


—Isso não seria ótimo? Em Nova York, em conjunto, fazendo a coisas de

menina?

—Mas talvez você estivesse namorando Ethan, então?—, Acrescentei. Foi

uma merda e eu não deveria ter dito isso, mas não pude resistir.

—Este é um bom ponto. Eu provavelmente estaria ocupada o

acompanhando em festas ou jantares. Tenho certeza que poderia fisga-lo em

algum ponto.

—Bem, é só você me avisar, Lucy. Você vai ter que me desculpar, eu

tenho que fazer uma chamada.

Lucy se virou e saiu do meu escritório.

Passei o resto do dia no trabalho. Meu coração e mente estavam em outro

lugar agora e eu queria que meu corpo se recuperasse.

Quando saí às sete e meia, havia poucas pessoas indo embora. A maioria

dos meus colegas estavam fazendo o máximo por seus clientes e ainda estão

sendo conturbados pela temporada de férias e saindo do escritório mais cedo.

Eu estava indo para jantar com Leah. Londres estava frio, mas não tão

frio como Nova York. O pensamento me fez perceber que eu ainda não tinha

ouvido falar de Ethan. Peguei meu telefone e arrastei para fora minha luva para

que pudesse mais facilmente discar o número dele.

Ele não respondeu, então desliguei sem deixar uma mensagem. Decidi

que talvez quisesse deixar uma mensagem e lhe dizer que tinha falado com

Paul, então disquei novamente.

Ele atendeu no segundo toque. —Anna? O que é isso?


—Nada, estava esperando seu correio de voz. Eu só liguei e você não

atendeu.

—Estou no meio de uma reunião. Eu não posso simplesmente atender.—

Ele parecia chateado e estressado.

—Eu sei. Não queria interromper.— Fiz uma pausa, querendo que ele

dissesse alguma coisa, mas ele não o fez. —Eu só ia deixar uma mensagem.

—Bem, eu atendi, então o que é?

Ele nunca tinha sido tão curto comigo. Muito frio. Ele me deixou sem

fôlego e me deixou ávida por palavras. —Nada, eu somente. . . Falei com o Paul

e eu acho que ele está bem sobre encurtar o meu período de aviso prévio. Mas

não é urgente. Podemos falar sobre isso esta noite.

—Bem. Eu te ligo mais tarde, se tiver uma chance. Hoje vou estar muito

ocupado. Eu tenho que ir.

—Ok, tchau, eu te amo.

—Mais tarde.

—Ethan?

—Sim?

—Você está bem?

—Sim, ocupado.

—Ok—, eu disse, e então ele se foi.


Eu percebi que tinha parado e corredores passavam nos meus dois lados.

O que tinha acontecido? Mesmo quando Ethan estava ocupado e estressado

com o trabalho, ele nunca foi assim comigo.

Ele nunca foi rude ou mal-humorado. Talvez Al houvesse relatado por

violar a política de fraternidade? Mas por que ele estaria com raiva de mim?

Algo parecia errado.

Eu digitei um texto.

A: Eu estou preocupada com você. Você parece estressado. Será que uma

foto nua ajuda?

Isso iria animá-lo com certeza? Eu sorri para mim e enterrei meu telefone

de volta no bolso e continuei minha caminhada para encontrar Leah no

restaurante.
Ethan

Eu tinha sido mal com Anna e me odiava por isso. Eu estava sendo um

idiota. Mas não conseguia afastar a nuvem negra que se instalara sobre mim, e

parte de mim a culpava por isso. Eu ficava dizendo a mim mesmo que era a

minha ressaca, mas eu sabia melhor. Era tão importante o fato dela não querer

casar comigo? Não deveria ser.

Nós poderíamos ser felizes juntos sem sermos casados, certamente. Mas

de alguma maneira, de repente, tornou-se um grande negócio.

Anna

—Daniel foi ao banheiro. Tudo bem ele ter vindo?— Leah perguntou

quando derramou vinho branco em um copo vazio na minha frente, no

restaurante.

—Claro.— Eu teria preferido apenas Leah e eu para o jantar. Não que eu

não adore Daniel, mas era sempre um pouco diferente quando éramos nós três.
—Você está bem?—, Perguntou Leah.

—Sim, eu acho que Ethan está estressado e ele foi um pouco mal-

humorado comigo no telefone. Eu sei que estou sendo mais sensível, ele só

nunca foi assim comigo e isso fica pior quando ele está tão longe.— Minha

garganta começou a engrossar e eu tomei um gole do meu vinho. —Talvez

esteja tudo ficando um pouco real demais para ele e está tendo dúvidas?

—Ele é louco por você. Ele não está tendo dúvidas. Vai tudo ficar bem.

Fale com ele mais tarde.

Daniel voltou para a mesa e me beijou na bochecha. —O que está

acontecendo?—, Perguntou. —Você já tem uma data marcada?

—Eu ainda estou à espera de ver o que vão falar. Falei com o Paul mais

cedo e ele vai me responder depois, mas soou positivo sobre isso.

—Eu vou sentir muito sua falta —, disse Leah.

—Deus Leah, não. No estado de espírito que estou, eu vou começar a

berrar e você vai ter que me levar para casa.

Daniel deu um silencioso olhar em sua direção. —Eu vou para Nova

Iorque todo o tempo, você pode simplesmente vir comigo. Vocês vão se ver o

bastante.

—Pelo o humor de Ethan, ele provavelmente vai desistir de tudo isso e

eu terei que continuar em Londres.

—Não seja boba—, disse Leah. —Ele ia propor, tenho certeza disso.—

Leah, em seguida, continuou dizendo para Daniel sobre a véspera de nosso ano
novo e como Ethan tinha contratado tudo para fora do topo do Empire State

Building.

—Você não acha que esse é o tipo de coisa que você faria quando fosse

propor?— Leah perguntou a ele.

—Ele não fez isso?— Perguntou Daniel.

Eu balancei minha cabeça. —Só porque fez algo pensativo e romântico

não significa que ele ia me pedir para casar com ele. E de qualquer maneira, eu

não tenho nenhum interesse em me casar.

—Não?— Daniel pareceu surpreso.

—Não, não realmente. Eu nunca vi o ponto. Assim, muitas pessoas

acabam infelizes ou divorciadas. Não é mais romântico ficar juntos, porque

você quer, e não porque você assinou um pedaço de papel?

Daniel olhou para mim, quase como se ele pensasse do mesmo jeito.

—E de qualquer maneira, caras odeiam a ideia do casamento,— eu

continuei.

—Bem, eu sou um cara e eu não odeio a ideia do casamento—, disse

Daniel. —Eu acho que é importante ser capaz de dizer ao mundo que você ama

alguém, e que quer passar o resto de suas vidas em conjunto. Eu não sei como

me sentiria se Leah não quisesse se casar. É verdade, eu não me importo em

tudo com o casamento, mas o casamento e se casar são duas coisas diferentes.

—Sim, mas você é Daniel Armitage. Você não é a maioria dos rapazes.

—E Ethan é a maioria dos caras?— Perguntou Leah.


—Eu nem sei por que estamos falando sobre isso. Ele não me pediu. Nós

não falamos sobre isso e depois da nossa conversa hoje, nunca vai ser

provável.— Eu verifiquei meu telefone. Ele não tinha mesmo respondido à

oferta da foto nua. Alguma coisa deve estar indo mal.

—Bem, te levar para cima do Empire State na véspera do Ano Novo faz

parecer que ele quer que você seja feliz —, disse Daniel. —E isso só pode ser

uma coisa boa.

De volta ao apartamento, eu ainda não tinha ouvido falar de Ethan. Eu

queria chamá-lo, mas não queria perturbá-lo novamente. Eu decidi ligar para

Mandy em sua casa. Seria cerca de seis em Nova York, de modo que era

provável que ela estivesse em casa e Andrew ainda estaria no trabalho.

—Ei, chegue logo em New York,— Mandy gritou quando ela atendeu o

telefone.

Eu não pude deixar de sorrir. —Hey, eu liguei para lhe desejar Feliz Ano

Novo. Agora é um bom momento?

—É claro. Feliz Ano Novo. Estou tão feliz que você ligou. Como está o jet

lag*? Você tem uma data para a mudança?

—Nenhuma data, mas estou esperançosa de que não terei que trabalhar

três meses. Eu devo ver isso nos próximos dias. Comecei a arrumar as coisas no

escritório, porém, e eu vou começar amanhã no apartamento.

—Você não parece animada.


Eu não sentia. Eu me sentia pesada. —Bem, você sabe que há muito que

fazer.

—Ethan está desesperado para que você chegue aqui o mais rápido

possível.

—Hummm, talvez.

—O que quer dizer 'talvez'? Claro que ele está. O homem faria qualquer

coisa por você. Ele está com a cabeça sobre os calcanhares.

—Ele não pareceu mais cedo. Eu acho que nós apenas tivemos a nossa

primeira discussão. Ou talvez eu esteja apenas exagerando.

—Vocês discutiram sobre o que? Ano novo?

—Não, o que sobre o ano novo?

—O que vocês estavam discutindo, então?

—Ele estava apenas mal-humorado comigo, me disse que eu o estava

perturbando e que tinha uma ressaca. Mas me diga, o que aconteceu no Ano

Novo?— Será que ela estava deliberadamente evitando minha pergunta?

—Sim, ele teve muito uísque na noite passada.

—Ele estava com você?

—E Andrew, ele veio quando voltou do aeroporto.

Por que ele não tinha dito nada sobre ir para Andrew e Mandy? Era tão

diferente dele.

—Anna?
Eu não sabia o que dizer. Algo me fez sentir muito fora, mas não havia

nada que eu pudesse colocar o meu dedo. Mandy tinha apenas confirmado que

ele tinha uma ressaca. Eu sabia que hoje ia ser um dia agitado para ele.

Embora a sua resposta tivesse sido grossa, não deveria ter criado a

sensação de como se meu coração fosse parar.

—Sim, eu estou aqui. Mandy, me fale sobre o Ano Novo. Por que

deveríamos estar discutindo sobre isso? Eu sei que você é amiga de Ethan, mas

eu preciso de você para que eu possa entender um pouco esse quebra-cabeça.

Eu obviamente, não estou entendendo.

—Eu amo vocês juntos. Quero que vocês dois resolvam esse problema.

—Mandy—, eu avisei.

—Anna, ele vai me matar se eu te disser.

—E se você não fizer isso, eu vou.— Minha mente estava correndo. Será

que ele tem um filho, amor secreto ou um passado gay? O que Mandy estava

prestes a me dizer?

—Jesus, Anna, se você disser que eu te disse, te mato. Entendeu?

—Eu não vou. Eu prometo. Por favor, me tire da minha miséria.

—Ele estava planejando propor. No Ano Novo.

Merda. Leah estava certa.

—Anna?

—Eu ainda estou aqui. Na véspera de Ano Novo? Por que não fez?
—Aparentemente, você disse a ele que não queria casar com ele no início

da noite.

—Como assim, mais cedo?— Não tínhamos falado em casar.

—Eu não sei, exatamente. Ele planejava lhe pedir no topo do Empire

State, então deve ter sido um pouco antes disso.

—Eu não disse que não iria me casar com ele, nem tinha considerado,

realmente. Eu simplesmente não entendo o casamento. Não é importante para

mim, mas ele sabe o que eu acho. Ele ia seriamente me pedir?

—Olhando o anel que vi em uma foto, diria que ele estava tão sério como

nunca esteve sobre qualquer coisa.

—E agora ele está chateado. Eu o feri.— Não era uma questão, tudo fazia

sentido agora. Se eu pensasse sobre isso, as coisas tinham estado diferentes

desde aquela noite. Ele parecia um pouco distante e distraído. Eu não tinha

prestando atenção.

—Ele está se questionando, se você quer as mesmas coisas que ele. Você

só precisa falar sobre isso. Eu sei como você se sente sobre ele. E no fundo, o

mesmo acontece com ele. Lembrei-lhe que você está se movendo nos

continentes por ele, mas tudo o que Ethan pode se concentrar é que você não

queria se casar com ele.

Não havia nada que eu queria mais naquele momento, do que ser capaz

de me transportar para Nova York. EU precisava me explicar. —obrigado por

me contar. Graças a Deus que você fez. Por favor, não diga a ele que nós

tivemos essa conversa. Eu vou fazer isso direito.


Eu peguei o meu blackberry do bolso do casaco e enviei uma mensagem

a Paul, dizendo que era realmente importante para mim que eu terminasse o

mais rapidamente possível e que eu precisava estar na próxima semana fora,

mesmo se eles não pudessem me deixar ir por bem, no final desta semana.

Eu, então, encontrei meu telefone e mandei uma mensagem para Ethan.

Eu te amo. Eu sinto sua falta.

Eu não poderia tê-lo duvidando de meu coração por um segundo.

Então eu entrei no meu laptop e eu reservei um bilhete só de ida para

Nova York para sábado. Eu tinha quatro dias para arrumar minha vida. Se o

trabalho não me liberasse de meu contrato, eu tomaria uma licença sem

vencimento ou ficaria doente ou algo assim.

Eu pulei no alerta de texto do meu telefone.

DS: Bom. Eu também.

Eu sorri para as palavras. Eu não esperava que ele a respondesse dado o

seu humor mais cedo, mas eu estava feliz que ele não soava como se tivesse

desistido.

A: Eu falei com Paul. Ele está falando com os outros parceiros. Eu vou

falar com ele novamente amanhã.

Antes de colocar meu telefone para baixo depois de ter enviado o texto,

ele começou a tocar. As palavras “Deus do Sexo” brilhou acima.

—Ei lindo. Como está a ressaca? — Eu respondi.


—Ei. Não passou. Eu fui até Andrew e Mandy ontem à noite e bebi

muito uísque

—Eu desejava que estivesse lá para que pudesse lhe ajudar no banho e te

dar uma massagem na cabeça.

—Sim?— Ele parecia cansado. —Eu queria que você estivesse aqui,

também.

—Realmente? Você foi muito ranzinza comigo antes.

—Eu sei. Sinto muito. Eu só tenho muita coisa acontecendo. . .

—Eu pensei que tínhamos uma regra sobre compartilharmos coisas.—

Eu realmente queria que ele me dissesse o que queria para o nosso futuro. Eu

queria o Ethan, não a mentira.

—É apenas assunto chato de trabalho.

Eu me perguntei se essa tinha sido a primeira vez que Ethan havia me

enganado.

Ethan

Eu odiava que não estava sendo honesto com ela. Mas eu precisava de

tempo. Nós não parecíamos querer as mesmas coisas para a vida até agora. Eu

precisava falar com ela sobre o nosso futuro, mas não era uma conversa que

poderíamos ter pelo telefone.


Eu decidi ir para uma corrida. Passei a maior parte da noite no escritório,

tentando processar uma montanha de e-mails e não parecia estar fazendo

algum progresso. Uma corrida iria me ajudar a limpar minha cabeça. Eu mudei

minha roupa e parti. Estava um dia tranquilo. Eu normalmente corria de

manhã, por isso foi diferente para mim. Eu deveria ter usado um gorro. Estava

mais frio do que eu esperava. O calor do apartamento tinha me iludido com

uma falsa sensação de segurança. Peguei meu ritmo, ansioso para me aquecer, e

para o leste em direção a Washington Square Park. Eu trilhei meu caminho

familiar das estradas menores para o meu destino, não pensando no trabalho,

não pensando em Anna. Apenas me concentrando na minha respiração quando

eu me estabeleci em um ritmo confortável.

Ninguém havia dito aos corpos tremendo no parque que estava frio e era

tempo de ir para casa. As pessoas estavam espalhadas entre os bancos, como se

fosse meio do verão. Eu sorri para um casal que pareciam que estavam tendo

uma discussão, mas ainda estavam de mãos dadas.

Os cadarços dos meus tênis de corrida soltaram e quando olhei para

baixo, meu sapato esquerdo estava desamarrado. Parei em um dos bancos

vazios para prendê-lo, mais consciente da minha respiração pesada uma vez

que tinha parado de correr.

—Ethan?— Uma voz feminina que eu meio reconheci, me chamou.

Olhei para cima para encontrar Clarissa, dos Hamptons, andando na

minha direção. Levantei-me e beijei sua bochecha. —Ei, Clarissa. Não vi você

em um tempo.

—Não, não desde o verão. Como estão as coisas? Como está o trabalho?

—Sim, bem,— eu respondi empurrando minhas mãos pelo meu cabelo.


—Como estão Mandy e Andrew?

—Sim, eles estão bem. Eu os vi ontem à noite. E você? O que está

fazendo no centro da cidade? Você não vive na parte alta da cidade?

—Você se lembrou—, disse ela, sorrindo para mim como se fosse um

segredo. Nós tínhamos fodido há alguns anos atrás. Isto tinha sido um negócio

de uma vez, mas que acabou nos mesmos círculos e nós esbarramos aqui e ali.

—Eu estava apenas bebendo com amigos e eu queria caminhar pelo parque

antes pegar um táxi para casa. Eu amo esta hora da noite.

Eu balancei a cabeça. —É um dos meus lugares favoritos.

—Você poderia ir para a minha casa, se você quisesse? Eu tenho um

excelente chocolate quente no meu apartamento —, ela disse.

Meu estômago virou com o pensamento. —Estou com Anna. Você a

conheceu?

—Ah, sim—, disse ela. —A menina dos Hamptons. Lembro-me dela, eu

acho. Mas ela não está aqui agora e,— ela olhou para minha mão esquerda e

depois de volta para mim,— Eu não vejo um anel.

Afastei-me dela. —Hãã, não precisa ter um anel, Clarissa.— Eu olhei

para ela, porque queria que entendesse o que eu estava dizendo. —Não é

preciso ter um anel.— Eu repeti. —Tenha uma boa noite.— Eu disse, quando saí

do parque.

E lá estava ela. A resposta que eu não sabia que estava procurando. Eu

não precisava me casar com ela. Eu a queria para sempre e um anel não era

necessário para garantir isso. Gostaria apenas de ter de trabalhar duro todos os

dias para convencê-la a ficar. Eu poderia fazer isto.


Olhei para o relógio. Já eram dez horas. Muito tarde ou cedo demais para

chamá-la, mas uma escuridão havia sido levantada de mim. Só porque ela não

queria se casar, não significava que eu não conseguiria convencê-la a passar o

resto de sua vida comigo. E eu queria iniciar nossa vida juntos o mais rápido

possível.
Anna

Eu precisava encontrar um canto tranquilo do aeroporto para chamar

Ethan, ele tinha acabado de me mandar uma mensagem, me perguntando se eu

estava ocupada. Ele ainda não sabia que estava voando. Eu queria que fosse

uma surpresa. No final, eu fui para a loja Gucci e fingi estar pensando em

comprar uma bolsa. Esperemos que, Ethan não fosse adivinhar onde eu estava.

—Hey linda—, ele respondeu. Seu humor tinha mudado esta semana. As

coisas estavam definitivamente melhor, mas eu queria estar lá para ter certeza.

Eu estava ansiosa para começar a nossa vida juntos.

—Ei lindo. O que você está fazendo? Por que você não está dormindo?—

Era as primeiras horas da manhã de sábado em Londres, então ele estava

trabalhando até tarde.

—Eu vou daqui a pouco. Eu só preciso acabar com o envio de alguns e-

mails.

—Soa como uma sexta-feira a noite selvagem a sua, Sr. Scott.

Ele riu do outro lado do telefone.

—O que você está fazendo? Você saiu com Leah hoje à noite?
—Estou fazendo compras e esperando que consiga ir para a cama mais

cedo.

—Vou levá-la para a cama cedo todas as noites quando você chegar aqui.

—Isso é uma promessa?

—É uma garantia.

—Eu vou cobrar isso. O que você vai fazer amanhã? Você tem planos?—

Eu nem mesmo disse a Mandy que estava vindo, então Ethan poderia sair para

o dia quando eu chegasse por volta do meio-dia no sábado.

—Trabalho. Eu vou para uma corrida. Então eu pensei que poderia

chamar o corretor de imóveis.

—Corretor?

—O agente imobiliário, ou o que você o chama. Para ver o que está no

mercado. No caso de você decidir que quer se mudar.

—Eu amo o seu lugar Ethan.

—Nosso lugar. Eu quero que nós vivemos em nosso lugar. Você não é

uma hóspede. Eu lhe pedi um cartão de crédito, também.

—Você não.

—Eu fiz. O que é meu é seu.

—Eu vou tomar o seu pênis. Isso é tudo que eu preciso.

—Você é doente.

—Você me ama.
—Eu faço. Posso te ligar amanhã? Preciso terminar isso e depois dormir.

—É claro. Eu amo você.

—Eu amo você.

Eu desliguei, sorrindo como uma tola.

Meu sorriso não desapareceu uma vez em minha viagem através do

Atlântico. Eu estaria de volta em breve, para embalar minhas coisas e dizer meu

adeus, mas por agora, eu estava indo em direção ao meu futuro.

Até mesmo o motorista de táxi sonolento, que cheirava a frango frito e

parecia que não tinha lavado o cabelo desde 1987, poderia amortecer o meu

humor. Ele puxou seu carro sobre o pavimento, ou na calçada como eu tinha me

acostumado a chamá-lo e não me ofereceu qualquer ajuda. Tanto Faz. Eu estava

aqui e estava grata.

Ethan

Já estava chegando a hora do almoço e eu ainda estava passando e-mails.

Tinha conseguido uma corrida e um chuveiro, mas fora isso, tinha sido tudo

sobre o trabalho para mim. Quando Anna chegasse aqui, eu queria ter certeza

de que eu tinha tempo suficiente para ela, especialmente em suas primeiras

semanas. Eu esperava que o trabalho se acalmasse um pouco.

Meu telefone começou a zumbir e a imagem da minha menina brilhou.

—Ei, linda—, eu respondi.


—Ei, você mesmo. Como foi seu dia?

—Uma merda. Tudo sobre trabalho. Como está às compras? Você

comprou alguma coisa? Espere, alguém está batendo na minha porta. Jesus, o

porteiro está dormindo? Quem diabos está me incomodando?

Eu abri a porta e meu queixo caiu no chão, quando Anna olhou para

mim. Porra. —Ei, se eu estiver com bagels e café, ainda estaria tecnicamente te

incomodando?

—Que porra é essa?— Eu a peguei e coloquei meus braços em torno dela.

—Posso colocar esse café para baixo para que eu possa abraçá-lo

corretamente?— Ela murmurou em meu peito.

Eu soltei e ela me entregou o café quando começou a manobrar duas

enormes malas pelo corredor.

—O que você está fazendo aqui?— Perguntei.

—Ouvi dizer que você precisava de uma hóspede?

—Anna,— Eu avisei.

—Bem, eu pensei que nós concordamos que eu iria mudar, assim que

estivesse chegando.

—Você vai realmente ficar?

—Sim.

—Agora?

—A menos que você prefira que eu fique em um hotel?


Eu percebi que estava em pé na porta. —Deixe-me pegar aquelas—, eu

disse, lhe passando o café de volta para que pudesse pegar as suas malas.

—Você está aqui para ficar? Você já terminou o trabalho?— Eu perguntei

quando puxei as duas malas pelo concreto no apartamento.

—Sim, eu terminei ontem. Paul me disse na terça-feira. Isso estava me

matando por não poder dizer a você, mas eu queria que fosse uma surpresa.

—Eu não posso pensar em uma melhor. Mas eu gostaria de ter sabido.

Eu poderia ter planejado alguma coisa.

—Como o quê? Um banner ‘Bem vinda a Nova York’?

Eu levantei minha sobrancelha para ela e coloquei-a sobre meu ombro,

levando-a para o quarto, quando ela guinchou. Eu joguei-a de volta na cama e

coloquei os braços na cama.

—Eu senti falta de você—, eu disse olhando para ela.

—Eu só fui há uma semana.

—Eu ainda tenho saudades. Me desculpe, estava aborrecido quando

você saiu... — Está tudo bem, agora. Eu não tinha tido bastante coragem de

devolver o anel. Talvez eu enviasse a Rory. Mas entendi agora que ela se casar

comigo não mudaria seu compromisso comigo e nossa vida juntos.

—Estou feliz—, disse ela. —Podemos tomar um banho? Eu me sinto

nojenta após o vôo.

Abaixei-me e coloquei beijos suaves ao longo da costura de seus lábios,

de um lado para o outro. Antes de eu acabar, ela abriu a boca e nossas línguas

caíram juntas.
Eu me afastei dela e fora da cama. —Obtenha um chuveiro. Eu tenho

mais um e-mail para enviar e vou ver você lá em dois minutos.

Eu voltei para o escritório e reli o e-mail que tinha elaborado antes de

receber o telefonema de Anna. Eu fiz duas pequenas mudanças e, em seguida,

fui correndo de volta para o chuveiro, na esperança de encontrar Anna nua e

molhada em todos os sentidos da palavra.

—Venha aqui—, ela falou do box. —Meus seios estão super sujos.

Eu sorri e tirei minha t-shirt e calças.

—Deus, você é tão fodidamente perfeita—, eu disse, enquanto entrava no

chuveiro e passei os olhos para cima em seu corpo.

Suas mãos deslizaram em volta do meu pescoço, —Eu quero um pouco

menos de conversa e um pouco mais de ação—, ela disse quando sorriu para

mim.

—Eu avisei sobre a coisa de citar Elvis, senhorita Anna,— eu disse

enquanto a apoiava contra a parede do chuveiro e mergulhava os dedos entre

suas pernas.

—Ethan,— ela chorou quando comecei a circular seu clitóris com os

dedos, colocando a quantidade exata de pressão que sabia que a deixava

selvagem. Sua mão encontrou meu pau e seus olhos deslizaram entre nossos

corpos. —Eu quero você dentro de mim, Ethan.

Ela não teve que pedir duas vezes. Eu coloquei a bunda dela e levantei-a

contra a parede e me empurrei direto dentro dela.


—Foda-se—, ela gritou e cavou suas unhas profundamente em minha

carne. —Eu esqueci. Mesmo que tenha menos de uma semana, eu esqueci o

quão grande você é.

Jesus, ela sabia exatamente a coisa certa a dizer e eu me contorci dentro

dela. Ela apertou em resposta.

—Você está pronta para ser fodida, linda?— Eu puxei para fora e sua

boca formou um “O” perfeito e então eu bati nela, empurrando-a mais para

cima da cerâmica. Seus pés cavando na minha bunda, me pedindo para ir mais

longe, mais fundo dentro dela.

—Mais rápido, Ethan. Eu preciso de você.

Eu estava perdido a partir daquele momento. Os sons da água batendo

entre nós, a nossa pele batendo juntas, seus gritos ofegantes e silenciosos, o

sangue correndo por meus ouvidos quando a peguei, implacavelmente.

Ela empurrou as mãos pelo meu cabelo com a minha boca ligada ao seu

peito e eu mordi com força. Quando meus dentes se afundaram em sua carne,

ela começou a se despedaçar debaixo de mim, silenciosamente, sem fôlego. Eu

me senti tão poderoso, sendo capaz de fazer isso com seu corpo, e fazer tão

rapidamente. O pensamento me empurrou sobre a borda e eu me esvaziei nela.

—Você faz isso tão bem, baby—, disse ela, parecendo satisfeita e cansada

quando soltou as pernas da minha cintura.

—Você senta, enquanto lavo o seu cabelo,— eu ofereci.

Ela se sentou no banco do chuveiro e sorriu para mim enquanto eu

lavava e condicionava seu cabelo, em seguida, peguei uma esponja e esfreguei

todo o seu corpo, do pescoço até os dedos dos pés, em pequenos círculos.
—Você pode fazer isso a cada manhã antes do trabalho, Sr. Scott?

—Você vai ter que ganhar isso,— eu provoquei.

—Eu farei qualquer coisa que você me pedir. Qualquer coisa —, disse

ela. Parecia séria, mais grave do que uma conversa normal.

Em resposta, eu a beijei de leve nos lábios. Ela se sentou no banco,

enquanto me observava rapidamente lavar e desligar o chuveiro. Eu a envolvi

em uma toalha e coloquei outra em seu cabelo. Ela olhou para mim a sério

quando eu puxei uma toalha em volta da minha cintura.

—Você está bem?— Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça.

—Devo encontrar um pente?— Perguntei, olhando ao redor e, em

seguida, me inclinando para abrir as portas do quarto.

Enquanto eu estava indo, algo chamou a minha atenção, uma mancha no

espelho. Só que não era uma mancha. Eu olhei novamente. Era a expressão

“Quer se casar comigo” criado pelo vapor no espelho.

Meu coração começou a correr e eu estava preso no local. Se eu tivesse

escrito isso? Não. Eu não entendi. Eu usei minhas mãos para me equilibrar

contra a pia. Eu não podia processar o que estava diante de mim. Sua frente

pressionando contra minhas costas e os braços serpenteavam em volta da

minha cintura.

—Hey—, ela murmurou em minhas costas. —Vire para mim.

Eu respirei fundo e me virei em seus braços. Ela inclinou a cabeça para

olhar para mim. —É isso que você quer? — perguntei.


Ela assentiu com a cabeça. —Eu quero você para sempre. Eu quero te

fazer feliz.

—Quem te contou? Mandy?— Perguntei. Esta não era uma coincidência.

—Eu não fiz isso por qualquer razão, que não seja porque eu quero estar

casada com você.

Eu gemi. Era o que eu queria ouvir, mas sabia que não era a história

toda. —Anna, eu sei que você não queria se casar.

—Eu teria dito sim. Se você tivesse me perguntado no Ano Novo. Eu

teria dito sim.

—Não me venha com brincadeiras.

Eu levei-a para trás no quarto, os nossos braços em volta um do outro.

—Não é brincadeira, eu teria dito sim. Nunca poderia dizer não para

você, Ethan.

—Mas você não quer se casar. Você me disse naquela noite que não

queria. Se a minha memória não me falha, suas palavras exatas foram 'Não é

como se fossemos nos casar ou qualquer coisa, Deus me livre’.

—Merda, foi o que eu disse?

Eu balancei a cabeça. As palavras ficaram gravadas em meu cérebro.

Ela me puxou, portanto, ambos estávamos deitados na cama. —É como

eu sempre me senti.— Eu congelei, não querendo ouvir mais nada sobre como

ela não queria se casar. —É como eu me sentia toda vez até que eu ouvi que

você estava planejando propor. — Eu não me movi, não podia me mover. —Eu
nunca quis um grande casamento todo branco. Eu nunca fui uma daquelas

meninas. O pensamento era horrível para mim. E eu nunca tive casamento

associado com qualquer coisa particularmente feliz. Meus pais parecem estar

juntos, porque eles têm de estar, e não porque eles querem estar. Tenho visto

muitas pessoas se divorciar ou perder tempo em relacionamentos infelizes. Eu

não quero isso. Mas quando eu ouvi que você estava planejando me perguntar,

eu percebi que não somos nós. Nós não somos infelizes e eu não acredito que

jamais poderiamos ser. Contanto que eu não tenha que usar um enorme vestido

branco e ficar parada em um corredor, eu quero me casar com você. Eu quero

casar com você, porque eu quero estar com você para sempre e eu quero que o

mundo saiba, mas ainda mais do que isso, eu quero fazer você se sentir feliz e

se isso é o que é preciso, então eu também quero.

Eu finalmente encontrei a minha voz. —Isso não pode ser apenas sobre o

que eu quero, Anna.

Ela se levantou sobre o cotovelo de modo que estava olhando para mim.

Ela colocou a mão sobre o meu peito, em meu coração. —Eu quero te fazer feliz.

Essa é uma razão boa o suficiente para eu dizer sim. Eu faria qualquer coisa por

você, Ethan. Mas, na verdade, eu quero que seja para nós, também. Eu quero

dizer ao mundo que você é meu e eu sou sua. Eu nunca pensei que iria me

sentir assim, mas é diferente com você. Eu nunca esperava ter sorte o suficiente

para ter o que temos.

—Ok—, eu disse.

—Ok?

—Eu vou me casar com você, já que você perguntou tão bem.

Ela sorriu para mim. —Eu recebo o anel? Ouvi dizer que é incrível.
Joguei minha cabeça para trás e ri. —Oh, entendi. A joia pode ser muito

persuasiva, hein?

Ela me cutucou nas costelas. —Eu fiz uma coisa um pouco difícil. Eu fiz

o pedido. Acho que mereço uma recompensa.

Eu a empurrei de volta contra o colchão, e deslizei os meus lábios nos

dela.

—Talvez eu tenha devolvido.

Suas sobrancelhas ficaram juntas. —Você fez?

—Vamos.— Eu deslizei para fora da cama e puxei-a apara cima. —

Coloque algumas roupas.

Entreguei-lhe o roupão que ela tinha deixado na última vez que esteve

aqui e puxei a minha boxers, pegando a mão dela.

Ela parou atrás de mim quando fizemos o nosso caminho pelo corredor

até o escritório. Eu a levantei para sentar na minha mesa e então me sentei na

minha cadeira.

Ela olhou para mim com expectativa. Eu não podia deixar de rir com ela.

—Me dá, me dá,— ela disse, seus dedos agarrando no ar.

Eu me inclinei para frente e abri a gaveta da minha mesa para revelar

uma caixa de anel de couro vermelho.

Seus olhos se arregalaram quando nós dois olhamos para a gaveta,

alternando entre nós e a caixa.

Eventualmente, eu peguei a caixa e coloquei sobre a mesa ao lado dela.


Ela mexeu fora da mesa e para o meu colo. —Mostre-me.

Lentamente abri a caixa, revelando o anel que tinha escolhido

cuidadosamente para ela. Meu coração estava batendo através do meu peito.

—Uau.

—Uau?

—É enorme.

Eu beijei seu pescoço. —Eu sei, é simples e discreto. Não achei que você

fosse querer algo muito extravagante.

—Está perfeito. Eu não poderia ter escolhido melhor eu mesma. Será que

você o alugou? Eu ficarei realmente chateada se isso é como o tributo Pretty

Woman, porque eu não estou te dando de volta —, disse ela.

—Você gostou?— Eu perguntei a ela, realmente preocupado.

—Você está falando sério?— Ela começou a mexer os dedos na minha

frente. Eu ri, estendendo a mão para o anel e deslizei em seu dedo.

Ele se encaixava perfeitamente.

Ela olhou entre mim e o anel. Eu não conseguia ver nada a não ser seu

belo rosto.

Ela era tão fodidamente perfeita e ia ser a minha esposa.

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