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Raissa Andres.
*****
Passamos o resto da tarde e quase toda a noite arrumando as coisas e
levando as minhas para seu quarto e as deles para o meu antigo dormitório.
Tentei não pensar em Luigi durante este tempo e consegui melhorar,
pelo menos um pouquinho, meu humor já que todo mundo contagiava-se com
a alegria e boa energia de Júlio. Ele disse que levaria as coisas dele sozinho e
tiraria as minhas de lá para que nem precisasse pisar no quarto.
Quando já era tarde da noite, deitamos em minha cama esgotados; -
Enfim acabamos. – Suspiramos cansados.
- Obrigada novamente. – agradeci, segurando sua mão.
- Por nada querida. Somos assim só nos dois nesse mundo, você sabe
que pode contar comigo para tudo e eu com você.
- É verdade. – concordei.
- Você está bem para ficar sozinha? Ou quer que eu durma aqui hoje?
- Estou bem, pode ir.
- Então tá, qualquer coisa grita.
- Te amo.
- Te amo também. – deu um beijo em minha testa e se foi.
Me acomodei na cama, mas mesmo assim sabia que não conseguiria
dormir direito esta noite, mas também como poderia, se mesmo
involuntariamente minha cabeça estava ocupada analisando tudo que havia
passado com Luigi, sob todos os ângulos, imaginando todas as possibilidades
que poderiam acontecer caso eu tivesse feito isso ou aquilo de uma forma
diferente, mesmo quando eu já sabia a resposta.
Vai ver terminar tudo fora mesmo a melhor coisa para os dois. Sim,
poderia ter feito de uma maneira menos humilhante para mim, pelo menos,
mas não tinha muito jeito, não quando eu fui a única a confundir tudo
achando que, de fato, poderíamos ter um relacionamento.
Ele era traumatizado eu sei. Mas um dia, quando encontrasse uma
mulher que realmente valesse a pena, que realmente amasse de verdade com
toda certeza esse sentimento será mais forte do que todos os seus traumas e
fantasmas, ele provavelmente casaria e teria filhos e será o melhor marido e
pai do mundo.
E seria tão mais feliz sem mim.
E eu, um dia, aprenderia a viver infeliz sem ele.
Luigi Bertoline.
Eu não queria parar para pensar em nada, nem analisar tudo que
havia acontecido nas últimas horas.
Não conhecia essa estranha angustia que dominava meu peito como
algo parecido como uma dor. E sinceramente, não queria nem me aprofundar
para descobrir o que poderia ser.
Por mim eu dormiria e quando acordasse não saberia nem quem era
Raissa Andres, continuaria com minha vida estável e bem programada,
normalmente, cuidando de minha empresa e preocupando-me com nada além
de mim mesmo.
Maldita mulher!
Eu estava horrível.
Dirigi sem rumo por horas, até que parei em um mercado, comprei
um garrafa de Whisky e voltai para casa.
Sentei na varanda, bebendo até anestesiar a dor no peito, olhando
fixamente para a escuridão até o sol começar a raiar. Não tentei dormir
nenhuma vez, nem mesmo quando comecei a delirar com as visão de Raissa
que começavam a assombrar-me.
Eu estou apaixonada por você. Eu estou apaixonada por você. Eu
estou apaixonada por você. Maldita frase que ficava martelando em minha
cabeça.
Porém eu não ia me entregar, eu sou um homem forte. Superei e
passei por cima como um trator de qualquer coisa que tentava desviar-me do
caminho correto. E ia fazer a mesma coisa com essa dúvida que martelava em
minha cabeça.
Ainda era bem cedo, por volta das 06:30 horas da manhã, quando
enfim reagi, levantei, tomei uma xícara forte de café amargo, para tentar
quebrar um pouco o efeito do álcool em meu sangue.
Fui direto para o banheiro e sentei-me no box deixando a água gelada
levar embora toda a ressaca, física e moral que insistia em se entranhar no
meu corpo. Novamente pensei nela. Em como havíamos feito amor aqui
mesmo neste banheiro, há pouco mais de 24 horas.
Amor? Que caralho de fazer amor, nós havíamos fodido neste
banheiro, porque era isso e apenas isso que fazíamos: sexo, trepada, foda.
Porra nenhuma de amor.
Só de pensar nela o traidor do meu pau que não sabia ficar longe
daquele corpinho gostoso, daquela bocetinha apertada, daquela boquinha
virgem já estava duro como uma rocha.
Minha mão o agarrou, apertando-o, mas logo me repreendi e parei.
Essa mulher não vai invadir e dominar minha punheta também. Eu
me nego a gozar pensando nela. Eu não preciso dela para nada.
Desliguei o chuveiro e sai de lá ainda mais puto do que entrei e com
o porra de uma ereção que iria ter que abaixar sozinha porque eu não ia me
proporcionar nenhum alívio.
Arrumei-me e fui em direção ao trabalho.
Espero que ninguém resolva me aborrecer hoje que literalmente estou
com o pior humor de toda a minha vida. Tudo isso graças a uma feiticeira
desgraçada que estava fodendo com toda a porra do meu juízo.
*****
Não sei se era melhor ter ficado em cada, curtindo minha ressaca ou
ter vindo para a empresa e ter passado esse dia de cão.
Briguei com o gerente geral, minha secretária acabou de sair de
minha sala chorando, mais cedo me aborreci com um cliente idiota que já
estava me enchendo a porra do saco e respondi seu e-mail mando-o ir para a
puta que pariu.
Meu dia estava um caos.
Depois de lutar um dia, inteiro estava novamente jogado em minha
cadeira, com um copo de bebida já quase vazio admirando suas fotos que
estava seguramente guardadas em minha gaveta.
Dio Santo, o que era esse sentimento?
O que era esse desespero?
De onde vinha essa saudade louca. Essa vontade de apenas saber se
ela estava bem, de simplesmente ouvir sua voz.
Peguei meu celular e procurei na lista de chamadas recebidas o
registro de seu número. Disquei e desliguei a chamada por mais de umas 50
vezes, mas na hora H eu desistia. É claro que ela não iria me atender.
- Merda! – esbravejei jogando o celular conta a parede. O aparelho
espatifou-se no chão o que aumentou ainda mais meu mau-humor.
Foi nesse exato momento que avistei uma pasta vermelha estranha no
canto de minha mesa. O que era quilo? Eu não lembro de ter deixado nada
ali. Nem lembro de alguém tê-la colocado lá.
Abri curioso e me deparei com um adesivo onde estava escrito:
“Roberto Charles Soares – Arquivo Geral”
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Raissa Andres.
Fazia seis dias, quatro horas e 12 minutos desde que vira e ouvira
falar de Luigi pela última vez.
Por muitas vezes eu esperei. Meu coração acelerava a cada vez que
alguém batia em minha porta ou a cada nova chamada e mensagem que
chegava no celular. Mas ele nunca veio.
Cada minuto a mais as esperanças murchavam, ele realmente não
queria nada comigo.
Pelo menos foi muita consideração sua sumir da minha vida. Pelo
menos não tinha que ficar resistindo a ele. Deveria estar feliz por isso, mas ao
contrário, estava longe, muito longe de estar feliz.
Também no fundo não achava que ele tinha desaparecido por
consideração, deve ter feito isso para se livrar de mim de uma vez por todas.
Mais claro impossível. Ele não está interessado nem em meu corpo.
No auge da minha tristeza cogitei a possibilidade de ir até ele e pedir
desculpas, falar que eu estava disposta a continuar jogando seu jogo. Sexo só
sexo, até ele se cansar de mim, porque, eu, realmente não me cansaria dele,
pelo contrário, iria querer mais sempre mais e já estava envolvida demais
emocionalmente. Fragilizada demais. Morrendo de medo de ser novamente
rejeitada E saber que era impossível que se apaixonasse por mim também, só
fazia esse medo e o desespero crescer. Pois não conseguia nem se quer me
alimentar com esperanças.
Mesmo que nos acertássemos e continuássemos de onde paramos, eu
sabia que só ia me magoar não tendo-o por inteiro, tentando conviver apenas
com o que ele decidisse compartilhar comigo.
Pelo menos conseguir me manter neutra no trabalho, e foi ele quem
me ajudou durante toda esta semana, trabalhei com afinco e garra, dando cada
pingo de energia do corpo com a esperança de que ficasse esgotada e
chegasse no quarto apenas para dormir.
Outra coisa que me deixava em coma de sono era a comida, então
comi como um boi, todas as noites me entupia de carboidrato, doces e
sorvetes. O sono me oferecia, pelo menos por alguns momentos, uma trégua
dos questionamento que maquinavam em minha cabeça, e trazia a esperança
de que o dia de amanhã fosse mais fácil e menos sofrido do que o passado.
Mas não estava sendo bem assim.
Sábado enfim chegou e eu e Júlio descemos para aproveitar o dia
ensolarado e tomar um banho de piscina.
- Gata, o Fernando mandou uma mensagem chamando para a
comemoração do seu aniversário hoje, na casa dele ás 22:00 horas, vamos?
- Eu sinto que está rolando alguma coisa entre vocês hem? Estão
muito cheios de amizades. – ele ficou completamente vermelho.
- Mais ou menos. Ainda não aconteceu nada, mas quem sabe não
acontece hoje. Vamos?
- Não Júlio, vá você, não estou bem para sair ainda e não quero nem
correr o risco de encontrar Luigi.
- Você acha sinceramente que ele vai estar lá? É claro que não né. E
eu só vou se você for. Não quero jogar na cara mas você me deve isso,
aguentei sua sofrência a semana inteira.
- É. Pode ser um boa ideia. Vou pensar.
- Nada de pensar, você vai e vamos sair agora mesmo para comprar
uma roupa maravilhosa.
- Vamos. – topei. Realmente, devia isso para ele e não sei o porquê
mas, de repente havia me animado para sair.
- Vamos percorrer as lojas e procurar uma coisa sexy e descolada.
Para mim e para você.
Almoçamos e depois saímos pela cidade em busca da roupa perfeita,
conforme havia Júlio havia denominado nosso passeio.
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Luigi Bertoline.
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Raissa Andres.
Luigi Bertoline.
Faziam exatas 25 horas que eu havia acordado e ela não estava mais
lá. É isso, mesmo sendo vergonhoso eu estava contando as horas, os minutos
e os segundos longe dela.
Durante esse tempo quase lhe liguei uma dezena de vezes, escrevi e
apaguei várias mensagens e já havia chegado ao ponto de ir até o carro
preparado para ir atrás dela, mas recuei, parei e agora, estava aqui sentado,
sem conseguir dormir olhando para o teto.
Meu telefone celular começa a tocar, espantando-me, afinal são mais
ou menos três horas da manhã. Será que é ela? Pensei, e sai em disparada
atrás do aparelho.
Mas não era, e sim meu pai. O velho nunca se deu bem com essa
coisa de fuso horário, achava que só porque eram umas oito horas da manhã
na Itália, também era em qualquer lugar do mundo, então sempre me ligava
em horários malucos, como de madrugada.
Da última vez que nos falamos acabei comentando sobre Raissa e sua
capacidade de bagunçar minha vida. Atendi saudoso.
- Olá mi padre. – cumprimentei em italiano.
- Mi bambino, como está?
- Não muito bem.
- É a moça novamente? Perturbando seus pensamentos?
- Sim. – confessei.
- Luigi, meu filho, quando é que você vai parar de ser um idiota e
aceitar que está completamente apaixonado por ela, hem? – falou sério e bem
direto como sempre fazia.
Meu sangue gelou, e ele continuou: - Porque já estou cansado de
ouvir suas reclamações de mulherzinha.
- Não estou apaixonado. – neguei rápido demais. – Eu só quero
aproveitar, sem compromisso nenhum.
- Pare de ser idiota meu filho. – me cortou com seu tom impaciente. –
Nunca vi um homem que quer apenas ir para a cama com uma mulher passar
o tempo todo falando e pensando nela. Aceite. Você a ama.
Dio mio! Não tinha parado para analisar a situação por esse prisma,
como nunca suscitei essa hipótese, ela era como uma coisa impossível em
minha mente. Nunca uma mulher tirou meu sossego, meu eixo, meu chão...
Oh! Mio Dio! Eu a amo! Cristo! Eu a amo! Isso me fez o maior idiota da face
da terra, porque a tive nas mãos e deixei ir embora. Porra! Mas como eu ia
saber o que é amor? Se eu nunca tinha sentido algo nem próximo disso antes.
Eis ai meu erro. Como nunca senti isso antes devia ter desconfiado
que alguma coisa estava diferente, e essa merda romântica que sempre me
escondi, me pegou de jeito no momento em que pus os olhos em cima dela.
A imagem veio nítida da minha frente. Raissa linda, atravessando
aquela boate em minha direção e eu desde aquele momento não vi mais nada
na minha vida além dela.
- Filho? Ainda tá ai? Ou teve uma parada cardíaca por ter descoberto
que está apaixonado? – o velho gargalhou na linha. Maldito homem sábio.
Me conhecia melhor do que eu mesmo.
- Estou aqui pai, o senhor é um excelente conselheiro amoroso para
um homem que não acredita do amor. – provoquei-o.
- Esse homem não existe mais, estou falando com o novo apaixonado
do momento. Não é assim que o jovens falam? Sua mãe fica com ciúme
quando vê que vou velho mas sou moderno.
Cai na gargalhada. – Boa noite mi padre, afinal se você não sabe aqui
são três horas da manhã.
- Nossa! Sempre me confundo com essas horas. Te amo meu filho e
lembre-se o amor existe. Você é um fruto dele.
Despedi-me e desliguei.
Olhei no relógio contando os minutos para o dia amanhecer e eu
poder sair correndo atrás dela.
Peguei meu copo de vinho e fui sentar na varanda rezando para que o
tempo passasse o mais rápido possível.
Quanto mais tempo passava mais o medo a e a insegurança me
invadiam. Não era simplesmente sair correndo atrás dela, mas sim algo bem
mais complexo do que isso.
Será que ela iria querer falar comigo?
Durante a noite toda eu me fazia a mesma pergunta: como poderia
consertar os erros que havia cometido com ela? Tudo que havia conseguido
até agora era apenas magoá-la, afastá-la e leva-la para distante de mim, para
tentar resguardar a merda do meu coração.
O arrependimento me dominava da mesma forma que a lua era
dominada pela chagada do sol.
Aquela primeira manhã, aqui mesmo em minha casa, quando ela
pedira para passar mais noite comigo eu a magoara dizendo que não, dizendo
ainda que fora um erro sair da boate com ela.
Aquela noite quando descobrira quem era Raissa, eu havia ficado
furioso porque ela manteve sua identidade em segredo e por ter que me
esconder do mundo já que ela se negava a andar pelo menos próximo de
mim, achei que essas duas coisas me davam o direito de egocentricamente,
apenas usar o corpo dela até ultrapassar todos os limites.
A maneira como na manhã seguinte, fizera Raissa praticamente
implorar para que passássemos mais tempo juntos, quando um homem de
verdade teria encarado com sinceridade seus próprios sentimentos e lhe
poupado de uma nova rejeição, mesmo sabendo que não teria forças para ir
embora definitivamente e voltaria. Como fiz. Mas mesmo assim eu fui um
covarde e a rejeitei.
A dor estampada em seus olhos, no restaurante, quando havia
praticamente gritado o quanto ela era estúpida por ter se apaixonado por mim,
quando na verdade o único estúpido era eu que não tive a coragem de assumir
que também estava completamente apaixonado por ela.
Todo meu corpo ficava duro, e o desespero se formava em meu
coração na medida que reconhecia cada um dos meus erros.
Pela primeira vez nesses últimos meses a paisagem dessa casa
maravilhosa não me impressionou nem me trouxe paz. Não depois de ter a
mulher mais linda do mundo nos braços e ter sido burro suficiente para não
perceber que ela era exatamente tudo o que eu precisava e agora iria fazer
tudo que tivesse ao meu alcance para convencê-la de me deixar ama-la do
jeito que ela merecia.
E falando em merecimento eu merecia ter sido abandonado por ela na
casa de Fernando, se não, quem sabe ainda nem teria caído e mim e piorado
ainda mais as coisas com essa minha cabeça dura e essa tentativa vã e idiota
de tentar o impossível: não me apaixonar por ela.
Infelizmente, mesmo após uma longa noite pensando, ainda não
havia conseguido bolar qualquer plano que tivesse a mínima chance de dar
certo. De uma coisa eu tinha ciência, era impossível reconquista-la com joias,
flores ou simples palavras amáveis, o que havia se quebrado entre nós estava
bem acima disso.
Mas eu ia conseguir, ou não me chamava Luigi Bertoline, pela
primeira vez na vida, iria lutar por algo além de negócios e dinheiros, iria
lutar por algo muito mais importante a valioso: a mulher da minha vida.
Uma ideia começou a se formar na minha cabeça e o mais sensato
seria primeiramente procurar colocá-la em prática, me armar, organizar o
terreno para depois ir atrás dela, munido, mas não iria conseguir resolver
nada se não falasse com Raissa imediatamente. Ela precisava saber do meu
amor, eu tinha que gritar, para ela e para o mundo o quando estava
apaixonado.
Tomei um banho, coloquei uma calça jeans, uma blusa lisa e sai em
disparada em a seu encontro.
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Raissa Andres.
Luigi Bertoline.
Milão, Itália.
- Meu Deus, isso é lindo!
O sol estava nascendo sobre as colinas e os pássaros cantavam
dando-nos bom dia. Raissa ria suavemente, ela não conseguia tirar esse
sorriso do rosto o que me fazia ter mais do que a certeza do quanto estava
fazendo minha mulher feliz. Agradeci silenciosamente pela oportunidade de
poder desfrutar dos melhores dias de minha vida ao lado dela e de nosso
filho.
Estávamos casados a menos de 24 horas e logo que saímos da
simples cerimonia embargamos em direção a minha terra natal, a Itália.
Dormimos no avião e apesar de não ter sido uma noite de completo descanso,
sentia-me mais revigorado do que nunca.
Estava preocupado porque minha fiore tinha verdadeiro pânico de
avião, mas desde nosso bambino havia se instalado em seu ventre, uma nova
mulher nasceu, ela estava diferente, mais madura, mais corajoso e muito mais
linda, pois o amor exalava de seus poros, suas feições e seus atos.
Ela se virou em minha direção, colocou uma mão carinhosamente em
meu tórax e confessou: - Às vezes eu não acredito que estamos realmente
casados, parece que todo dia estou vivendo um sonho mas tenho medo de
acordar e me deparar com a realidade.
- Uma vez, você me disse que as pessoas acreditam naquilo que é
mais fácil de acreditar. – sorri para ela. – Tanto eu quanto você acreditamos
que não conseguiríamos fazer nosso relacionamento dar certo, que éramos
muito diferentes não é? Mas conseguimos e com amor iremos superar cada
dia de uma vez. Os momentos difíceis virão, é inevitável, só que com amor
iremos superar qualquer coisa, e foi você mesma quem me ensinou isso.
- Como você sempre vê coisas em mim que mais ninguém vê?
- Porque eu amo cada pedacinho de você.
- É impressionante como nunca consegui me esconder de você.
Mesmo quando tentei não conseguia esconder meus sentimentos.
Olhei para ela com malícia e disse: - Não consegue mesmo, sei uma
forma de arrancar qualquer coisa dessa boquinha, basta acariciar seus pontos
centos.
Lambi os lábios, meu pau já duro dando sinais de vida.
Raissa já estava com cinco meses de gravidez e tínhamos que ter
todo o cuidado do mundo na hora do sexo, por consequência a quantidade
tinha reduzido bastante, o que deixava-me subindo pelas pareces. Qualquer
mínimo ato seu, já era o ápice do erotismo.
Não aguentei. Agarrei seu corpo e a puxei para um beijo. Estávamos
no meio da sala de minha casa, minha não, nossa casa, e não tinha mínima
possibilidade de chegarmos até o quarto.
- Levante os braços para mim mi fiore.
Seus olhos se acenderam diante do meu comando sexual, ela adorava
ser dominada na hora do sexo, imediatamente ergueu os braços, e puxou a
camisa por cima de sua cabeça.
O sutiã era de renda vermelho.
- Quando lhe conheci, sempre adorei esse contraste, de doce e sexy.
Comecei a me apaixonar pela deusa do sexo, naquela boate, soube que estava
perdido quando você pegou no sono em meus braços. Sempre amei seus dois
lados. – sussurrei perto do seu ouvido. – quero que tire toda a roupa agora.
Ela atendeu sem pestanejar.
Acariciei sua barriga e agarrei seus seios.
- Linda.
Ela respirou tremula, experimentando sensações ainda mais intensas
por causa dos hormônios da gravidez.
- Vire-se, segure no corrimão da escada.
Podia ver sua excitação latente por diversas demonstrações do seu
corpo.
Dio mio a bunda dela era perfeita, formando um delicioso coração no
momento em que se empinou e abriu-se para mim, provocando-me com um
olha sedutor por sobre o ombro.
- Eu amo você. Disse antes de me enterrar completamente dentro
dela.
Fim.