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fizeram-da-amazon-uma-das-empresas-de-maior-sucesso-da-historia/
SÃO PAULO – Em julho de 1994, Jeff Bezos era um engenheiro que acabara
de largar uma promissora carreira em Wall Street para passar seus dias em um
porão em Seattle planejando como vender livros na incipiente internet. Hoje,
26 anos depois, ele é um dos empreendedores mais influentes do século XXI e
um bilionário que quebrou o próprio recorde de homem mais rico do mundo.
Para Jeff Bezos, no entanto, nada disso basta. Como gosta de repetir, na
Amazon, será sempre o “Day One”. Significa que independentemente de seu
tamanho, a empresa precisa se comportar como uma startup, em seu primeiro
dia, ávida a inovar a expandir suas operações agressivamente.
A internet era ainda incipiente no início dos anos 90. Mas, Bezos, então
operador de ações em Wall Street, vislumbrou as enormes perspectivas para
esse mercado. Decidiu que queria ter um negócio de internet. Ponto.
Ao vender livros pela internet, Bezos não teria, inicialmente, gastos com
armazenamento, o que lhe permitiria ter um grande estoque sem custos e,
portanto, muitas opções ao consumidor. Isso se casava com sua estratégia:
vender ao menor preço possível para conquistar muitos clientes e, assim,
vender mais, e, com isso, ganhar poder de negociação junto a fornecedores
para vender ainda mais…
Em 2000, quando a bolha da internet estourou (a Amazon havia feito seu IPO
poucos anos antes), Bezos conseguiu acalmar seus investidores apresentando
números concretos. A empresa ainda não dava lucro, mas tinha uma estrutura
robusta e estava conduzindo seu plano de negócio com excelência,
construindo sua base de milhões de clientes.
“Em time que está ganhando, não se mexe” é um ditado que passa longe da
estratégia de Bezos. Para o empreendedor, é preciso repensar suas
estratégias sempre para continuar crescendo.
Era 2010, a Amazon ainda não tinha operações no Brasil, mas, durante uma
passagem rápida pelo país para um evento da associação Endeavor, um então
alto executivo da companhia soltou a frase acima ao ser questionado sobre o
que fazia uma empresa dar certo.
A obsessão pelo cliente é um imperativo na Amazon, uma espécie de doutrina
fundamentada por Bezos e difundida por seus executivos em todas as
ocasiões. Isso não se aplica apenas ao discurso — como acontece em tantas
outras companhias que dizem “ter o cliente em primeiro lugar”. Bezos sempre
defendeu com clareza que clientes felizes voltam para comprar mais produtos
e serviços. Faz parte da estratégia do negócio.
Uma boa ideia por si só não vale muita coisa. É preciso ampará-la sob uma
estratégia bem definida e sustentá-la com os investimentos corretos até que
ela se transforme em algo concreto e rentável.