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ANÁLISE COMPARATIVA DA SOJA NOS TRÊS PRINCIPAIS PAÍSES

EXPORTADORES: ESTADOS UNIDOS, BRASIL E ARGENTINA

Ana Gabriele Roseno da Silva

Ilane Pereira Barbosa

RESUMO

Palavras-chave:- Estados Unidos- Brasil- Argentina- Mercado da Soja

Crisis theory from a Marxist perspective

ABSTRACT

Key words:

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1. INTRODUÇÃO

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2. O MERCADO DA SOJA NO BRASIL

De acordo com pesquisas feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-


EMBRAPA, os primeiros estudos a respeito da soja no Brasil surgiram por volta de 1882,
neste período, o professor da faculdade de Agronomia da Bahia, Gustavo Dutra, apresentou os
resultados dos primeiros testes feitos com algumas variedades, no entanto, falhou na tentativa
de produção comercial devido à baixa latitude da região. Uma década depois, em 1892, Franz
Daffert expôs os primeiros estudos feitos em São Paulo, no Instituto Agrônomo de São Paulo.
Desde o primeiro avanço, o grão passou a ser mais visto, e a cultura da soja passou a ser
implementada nos estados brasileiros de formas variadas.

A priori, a soja no Brasil somente teve êxito quando introduzida no Estado do Rio
Grande do Sul (RS) na região onde prevalece o clima subtropical (GAZZONI; DALLÁGNOL
2018). Da mesma forma ocorreu nos Estados Unidos durante as décadas de 1920 a 1940, as
primeiras cultivares de soja utilizadas no Rio Grande do Sul (RS) foram estudadas com o
propósito de avaliar seu desempenho como forrageiras, do que como plantas produtoras de
grãos para a indústria de farelo e de óleo (GAZZONI; DALLÁGNOL 2018). Durante os anos
50 a quantidade de soja produzida no Brasil era limitada e o consumo era voltado para
forragem e alimentação de bovinos, e até a década de 1960 o estado supracitado era o único
produtor do Brasil.

A trajetória de crescimento do cultivo da soja no Brasil teve início nos anos 60,
impulsionada pela política de subsídios visando autossuficiência do trigo, no transcorrer de
cuja década sua área cultivada cresceu 5,5 vezes (241 milha, em 1960 e 1.319 milha, em
1969) e 98% desse volume era produzido nos três Estados da região Sul, onde prevaleceu a
dobradinha com trigo cultivado no inverno e soja no verão (GAZZONI; DALLÁGNOL
2018). Hodiernamente, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de soja do
mundo, o grão ganhou um imenso espaço no país devido as suas condições climáticas e vasta
extensões de terras agricultáveis, além de uma crescente demanda global por produtos a base
de soja. De acordo com dados divulgados pela Food and Agriculture Organization of the
United Nations (2019), o Brasil, os EUA e a Argentina foram responsáveis pela exportação de
93,64% de toda a soja em grão demandada pela China no período de 2002 a 2017(Figueira, S.
R. F., & Galache, V. O. 2023).

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A soja cumpre um papel fundamental na economia agrícola brasileira, contribuindo
significativamente para as exportações e para o balanço comercial do país. De acordo com a
Companhia Nacional de Abastecimento-Conab o estado que mais produz soja no Brasil é o
Mato Grosso sendo a região com condições ideais para o cultivo dessa cultura, seguido dessa,
tem-se, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Segundo Alfredo Tsunechiro, pesquisador
cientifico do VI Instituto de Economia Agricola IEA, os avanços mais notorios que ocorrem
na soja, estão presentes nos municipios da região do cerrado, do Centro- Oeste brasileiro,
onde pequenos agricultores do Sul e demais investidores brasileiros e estrangeiros têm
adquirido para a expansão. Alem dissso, aponta que os fatores que favoressem o
desenvolvimento nos estados centrais do país são: preços externos da soja baixos, expansão
do mercado, câmbio favorável às exportações, desde 1999, preço de terra baixo e oferna de
tecnologia.

3. O MERCADO DA SOJA NA ARGENTINA

A soja está presente na Argentina desde o início do século XX, ainda que de modo
experimental até a década de 1960. Desde então a área de cultivo da soja foi ampliada, saindo
de mil hectares em 1961 para 30 mil hectares no fim da década. Esse crescimento se dá em
razão de vários fatores como o início da demanda internacional, o estímulo de compra por
parte das empresas de óleo vegetal, a política de preço mínimo estabelecida pelo Ministério da
Agricultura (MAGyP) e pelo desenvolvimento de pesquisas genéticas por parte do MAGyP,
do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária) e de Universidades Nacionais.
Contudo, diante das difíceis condições de manejo e da concorrência com a maior viabilidade
do girassol, a produção era pequena, outro fato importante é que na década de 60 a produção
estava concentrada em maior parte na Província de Misiones que faz fronteira com o Noroeste
gaúcho.

A soja consolidou-se como cultivo de rotação com o trigo, uma vez que o
desenvolvimento genético aliado as favoráveis condições climáticas e econômicas. Nesse
contexto, a área plantada e a produção cresceram de modo acelerado entre 1970 e 1980,
principalmente na região pampiana. Entre 1980 até meados dos anos 90, a produção de soja
obteve um crescimento expressivo na Argentina (Figura 1). Esse período ficou conhecido
como “boom de la soja”ou “sojización” (Pengue, 2004: Conte et. Al., 2009; Guibert et. Al.,
2011). Vários fatores colaboraram para essa forte expansão: política-econômica com poucas

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regulações, desvalorização cambial após 2001/02, elevação de preços internacionais, demanda
aquecida, mercados liberais, maior rentabilidade da soja frente a outros cultivos, baixo custo
de implantação do cultivo, variações da espécie adaptadas as diferentes condições
agroclimáticas, investimento em infraestrutura, terras do norte a um custo baixo, alta
mobilidade dos produtores e presença de uma cadeia produtiva consolidada (Pengue, 2001;
Teubal, 2006; Conte et.al., 2009; Guibert et.al., 2011).

Figura 1 – Área cultivada e produção de soja na Argentina (1985 a 2021)

Fonte: MAGyP/ Elaboração: Scot Consultoria

Ao longo dos anos a distribuição espacial da soja também se modificou ocorrendo a


intensificação do grão em algumas áreas e ampliação em outras. As províncias de Buenos
Aires, Santa Fé e Córdoba dominavam mais de 90% da área e da produção durante a década
de 1980 e início dos anos 90. O “boom de la soja” promoveu avanços importantes no Norte
do país (em especial nas províncias de Chaco, Santiago del Estero, Salta, Formosa e
Corrientes). Com a rápida expansão da soja houve grande impacto nos cultivos concorrentes
como milho, sorgo, algodão, girassol entre outros, já que eles foram deslocados para outras
áreas. Se em 1980 a superfície total de soja cultivada na Argentina era cerca de 10%, em 2009
já chegava a 63% evidenciando a rapidez, a intensidade e a dependência que a agricultura
argentina adquiriu desse grão.

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4. O MERCADO DA SOJA NOS ESTADOS UNIDOS

A soja foi introduzida nos Estados Unidos no século XVIIII, inicialmente como uma
planta ornamental e, mais tarde, como uma cultura de forragem para o gado. No início do
século XX, o processo de extração de óleo de soja foi aprimorado, levando ao aumento da
produção de óleo vegetal e subprodutos como farelo de soja. Nesse contexto, houve um
aumento da produção da oleaginosa, principalmente durante a Primeira e Segunda Guerra
Mundial em que o grão adquiriu um papel importante como fonte de proteína e óleo. Além
disso, a produção de soja nos Estados Unidos ganhou força a partir da década de 1930, com
uma produção favorecida no território pelas condições climáticas de modo que a área plantada
se expandiu logo nos primeiros anos. Segundo Gazzoni e Dall”agnol (2018), a soja foi
explorada como forrageira no início e a partir de 1941 a área destinada ao cultivo do grão
assumiu a liderança. Nesse sentido, a soja se tornou um dos grãos mais produzidos no
território, atrás apenas do milho.

Nas décadas de 1990 e 2000 houve o “boom da soja GM”, soja geneticamente
modificada resistente a herbicidas, o que impulsionou significativamente a sua produtividade.
De acordo com Shahbandeh (2021), 80% da soja produzida no território dos EUA está
concentrada no meio-oeste superior, nos estados de Illinois, Iowa e Minnesota, sendo estes os
principais cultivares de soja em 2016. Desse modo, os Estados Unidos se tornaram líderes
mundiais na produção de soja com grande parte de suas exportações sendo destinadas à
China.

5. METODOLOGIA

A metodologia utiizada nesse artigo utiliza um modelo de gravidade, que é comum em


estudos de comércio internacional. Este modelo analisa o fluxo de comércio entre dois países
considerando variáveis como o tamanho econômico (geralmente PIB) dos países e a distância
entre eles. A ideia é que países maiores e mais próximos têm maior tendência a comercializar
entre si.

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Referências

Figueira, S. R. F., & Galache, V. O. (2023). Análise comparativa da competitividade das


exportações de soja em grão do Brasil, Estados Unidos e Argentina. Revista de Economia e
Sociologia Rural, 61(1), e245403. https://doi. org/10.1590/1806-9479.2021.245403

Livros refe: A soja no Brasil: História e Estatistica

Livro: A Saga da Soja De 1050 a.C a 2050 d.C

Livro CESB: SOJA quebrando recordes

Os 50 municípios brasileiros maiores produtores de milho e soja( Autor: Alfedro


Tsunechiro) Publicado: 2004 acesse; iea.sp.gov.br

Saiba tudo sobre o mercado e exportação da soja na Argentina (brevant.com.br)

: O mercado da soja para o Brasil, os Estados Unidos e a China sob a perspectiva da


interdependência complexa (pucgoias.edu.br)

Soja no Brasil, Argentina e EUA

Pontos a destacar:

 Origem da produção
 Técnicas desenvolvidas para o cultivo da soja
 Clima e aspectos naturais
 Apoio estatal
 Contexto econômico e sociocultural
 Volume das exportações de cada commodities (em toneladas ou em dinheiro)

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 1 ano (2022)
 PIB
 Distância dos países

Estrutura do artigo:

 Introdução
 Seção dedicada a cada país
 Comparações entre os países
 Conclusão

Banco de dados:

 FAO
 País importador
 País exportador
 Distância entre o exportador e importador
 PIB (exportador e importador)
 Toneladas de soja
 Acordo comercial
 3 maiores exportadores e 3 maiores importadores
 China, Holanda e México
 Comex (Brasil)
 Feo (Freoon Board)

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