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ANÁLISE DO AUMENTO DA PRODUÇÃO/CUSTO DA SOJA EM ALGUMAS

REGIÕES DO BRASIL

EMANUELE MENSEN - 1

JULIANE - 2

RESUMO

Esse artigo apresenta uma análise bibliográfica sobre a

1 INTRODUÇÃO

A agricultura no Brasil, de acordo com Crepaldi (2012, p.1), representa toda a


atividade de exploração de terra, seja ela o cultivo de lavouras e florestas de criação
de animais, com vistas à obtenção de produtos que satisfaçam às necessidades
humanas.
Porém, como afirma Crepaldi (2012) nas últimas décadas, houve um
crescimento da industrialização, aumento da população urbana e diminuição da
população rural, e que apesar disso a agricultura continua desempenhando um
papel fundamental no desenvolvimento do país.
Diante disso Crepaldi (2012) assegura que o Agronegócio é o motor da
economia nacional, registrando importantes avanços quantitativos e qualitativos,
sendo um setor com uma grande capacidade empregadora e de geração de renda,
cujo desempenho tem superado o desempenho do setor industrial.
O Agronegócio tem ocupado posição de destaque no âmbito global,
apresentando importância crescente no processo de desenvolvimento econômico
devido, entre outros fatores, impulsionar os demais setores da economia, expõe
Crepaldi (2012).
1
Apresentar brevemente o currículo do autor do trabalho. (titulação)
2
Apresentar brevemente o currículo do orientador do trabalho. (titulação)
2

Guanziroli (2006) diz que o agronegócio, que pode ser compreendido como a
soma dos setores produtivos com os de processamento do produto final e os de
fabricação de insumos, é responsável por quase um terço do PIB do Brasil e por
valor semelhante das exportações totais do país.
O autor certifica ainda que:

A soja foi uma das principais responsáveis pelo crescimento do agronegócio


no país, não só pelo volume físico e financeiro envolvido, mas também pela
necessidade da visão empresarial de administração da atividade por parte
dos produtores, fornecedores de insumos, processadores da matéria-prima
e negociantes (GUANZIROLI, 2006, p.2).

Diante do fato que a soja foi uma das principais responsáveis pelo
crescimento do agronegócio no país, pode-se perceber a importância de um estudo
mais aprofundado sobre a importância da soja na economia brasileira, bem como
seus custos de produção, começando pelo estudo da cultura da soja no país.
Dessa forma, baseando-se nessas informações, na relevância da produção e
cultivo da soja no agronegócio brasileiro, foi elaborado um estudo que tem como
objetivo geral avaliar a relação produção/custo da soja em diversas regiões do país.

2 PRODUÇÃO DA SOJA NO BRASIL E NO MUNDO

Antes de expor um pouco sobre os custos da produção da soja no Brasil, é


pertinente apresentar a evolução da sua produção no país, já que esse é um produto
que, conforme supracitado, e com base no índice relevante de exportação, em
ascensão e de grande relevância para o agronegócio nacional e mundial.

Abaixo tem-se um gráfico do ano de 2012 da Embrapa (Empresa Brasileira de


Pesquisa Agropecuária) que mostra a evolução da produção da soja em alguns
países.
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GRÁFICO 1 – Evolução da produção de soja por país (mil toneladas) das safras de
1969- 2012. Fonte: Relatório EMBRAPA, 2012.

A partir da análise do Gráfico 1 pode-se perceber que da safra de 1969 até a


de 2012 houve um crescimento de produção significativo, de mais ou menos 80.000
toneladas, número esse que, em comparação com os demais países acima
representados, é realmente expressivo.

Segundo Hirakuri (2011, p. 15) a produção da soja está concentrada,


principalmente em três países:

Estados Unidos, Brasil e Argentina, que atualmente respondem por cerca de


71,5% e 81,5%, respectivamente, da área e da produção mundial da
oleaginosa (Figuras 3a e 3b). Ressalta-se que o Brasil e Argentina são
responsáveis por 46,2% dessa produção global, permitindo ao MERCOSUL
produzir mais da metade do referido total.

Diante disso é interessante analisar a importância das tecnologias e dos


custos necessários para a produção da soja, sendo o Brasil é um dos países
responsáveis por quase 50% da produção mundial, pode-se partir para a análise da
relação desse incremento da produção com seus custos de produção.

Abaixo está exposto outro gráfico (Gráfico 2) comparativo da produção da


soja, em quilograma por hectare entre as safras dos anos 1988 até 2011.
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GRÁFICO 2 – Comparativo da produção de soja entre Brasil e outros países no


mundo. FONTE: Hirakuri, 2011, p 18.

Os dados do Gráfico 2 nos mostram que nas últimas décadas, os principais


países produtores obtiveram um maior índice de produtividade, isso pode ser devido
ao investimento em altas tecnologias na produção, ou também relacionado ao custo
benefício da produção, que faz com que os preços de exportação da soja brasileira
se tornem mais competitivos, ganhando assim, o mercado mundial.

A tabela abaixo (Tabela 1), traz uma relação interessante entre a produção,
exportação, importação e consumo da soja em alguns países, na qual pode-se
perceber que o Brasil está em segundo lugar na produção mundial, ficando atrás dos
Estados Unidos, assumindo a mesma posição no ranking das exportações mundiais,
e na lista de consumo fica em quarto lugar, enquanto que a China assume a primeira
posição no ranking de consumo de soja. Vale destacar que a China é grande
consumidora dos grãos da soja para transformá-los em farelo de soja e outros
derivados.

Cabe ressaltar, que aqui, que os dados analisados são baseados na


produção, na exportação, importação e consumo da soja em grãos.

TABELA 1 – Comparação da evolução de


produção/exportação/importação/consumo de soja entre 1988 e 2011.
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FONTE: HIRAKURI, Marcelo Hiroshi. Evolução e perspectiva de desempenho


econômico associados com a produção de soja nos contextos mundial e
brasileiro. Recurso eletrônico. 2011. p.20.

No cenário mundial, de importação e consumo pode-se perceber que o Brasil


consegue suprir a demanda do próprio país, e que em relação ao consumo desses
grãos, fica na posição de quarto lugar na tabela.

Posteriormente a essas análises, será necessário conhecer os custos de


produção no Brasil, para que se possa fazer uma relação entre custo/benefício
dessa produção.

3 A CULTURA DA SOJA NO BRASIL

Conforme Costa Neto & Rossi (2000) a soja (Glycine max (L.) Merrill) tornou-
se uma das mais respeitáveis culturas na economia global, porque seus grãos são
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muito utilizados pela agroindústria para produção de óleo vegetal bem como para
rações para alimentação animal, indústria química e de alimentos, e também, mais
recentemente, como fonte alternativa de biocombustível.
Nesse cenário pode-se afirmar que o Brasil ocupa a segunda posição no
ranking de produtores e exportadores de soja, farelo de soja e óleo, no mundo, e
que segundo ( p. ) garante, dessa maneira, ampla potencialidade para o produto.
De acordo com Hirakuri (2011, p. 12) o Brasil possui significativa participação
na oferta e na demanda de produtos do complexo agroindustrial da soja, que
desempenha papel fundamental para o desenvolvimento de várias regiões do País,
isso, no cenário mundial.
O autor expõe alguns dados relevantes fornecidos pelo IBGE (2010)
referentes ao ano de 2006:

A área cultivada com a oleaginosa representava pouco mais de 7% da área


agropecuária brasileira. Apesar disso, no ano de 2010, as exportações de
produtos desse complexo representaram 22,39% e 9,06%, respectivamente,
do total exportado pelo agronegócio nacional e pelo País como um todo
(BRASIL, 2010 citado por HIRAKURI, 2011, p. 12).

Diante disso pode-se perceber que apesar da pequena porcentagem da área


de cultivo do complexo da soja no Brasil, o índice de exportações é representativo,
visto que em termos mundiais segundo Hirakuri (2011, p. 12), ressalta-se que,
atualmente, o Brasil participa com cerca de 28,6% e 32,8%, respectivamente, da
produção e da exportação de soja em grão (USDA, 2011 citado por HIRAKURI,
2011, p. 12).
A chamada exploração sojícola é uma atividade que vem se expandindo no
Brasil e no mundo, afirma Hirakuri (2011, p. 14) que completa ainda a informação
com a porcentagem de incremento que é de 526% entre as safras agrícolas de
1970/1971 e 2010/11. O autor aponta ainda que esse grande incremento (aumento)
deve-se a diversos fatores e que cinco deles merecem destaque:

1) a soja apresenta elevado teor de proteínas (em torno de 40%) de


excelente qualidade, tanto para a alimentação animal quanto humana; 2) a
oleaginosa possui considerável teor de óleo (ao redor de 20%), que pode
ser usado para diversos fins, especialmente associados à alimentação
humana e à produção de biocombustíveis; 3) a soja é uma commodity
padronizada e uniforme, podendo, portanto, ser produzida e negociada por
produtores de diversos países; 4) a oleaginosa apresenta alta liquidez e
demanda e; 5) sobretudo nas últimas décadas, houve expressivo aumento
da oferta de tecnologias de produção, que permitiram ampliar
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significativamente a área e a produtividade da oleaginosa (HIRAKURI, 2011,


p. 14 e 15).

Através da exposição desses cinco fatores assinalados por Hirakuri (2011)


percebe-se a importância da soja para o nosso país pois além de ser um complexo
fonte de proteínas importantes na alimentação humana e também para grande parte
dos animais, oferece uma variedade ampla de produtos derivados e ainda
movimenta o agronegócio pelo admirável crescimento das arrecadações com as
exportações tanto em grãos como seus derivados (farelo e óleo).
Além disso, outros estudos apontam que:

Trata-se de uma cadeia produtiva bastante abrangente, pois animais criados


com rações produzidas a partir do farelo de soja oferecem outros
subprodutos que vão afiançar outras áreas da economia, como o setor de
couro, o de fertilizantes orgânicos e outros (SANCHES, MICHELLON,
ROESSING, 2005, p. 6).

Ou seja, a soja pode ser entendida como abrangente pois é de extrema


importância tanto para a economia do país, quanto para alimentação humana e
animal.
Segundo dados da CONAB (2012) o Brasil como segundo maior produtor
mundial de grãos, apresentando área de plantação com mais de 30 milhões de
hectares e uma produtividade de 2.842 kg/ha, tem uma produção de 85 milhões de
toneladas que se divide entre os dois estados que mais produzem soja no país.
Mato Grosso representa aproximadamente 30,86% da produção em relação ao
Brasil, com 3.069 kg/ha de produtividade, e o estado do Paraná, com 17,24% de
produção, possui a produtividade muito perto do estado de Mato Grosso.
Pode se perceber que
Soja no Brasil (segundo maior produtor mundial do grão)
Produção: 85,656 milhões de toneladas
Área plantada: 30,135 milhões de hectares
Produtividade: 2.842 kg/ha (com quebra de produção)
Fonte: CONAB
 
Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja)
Produção: 26,442 milhões de toneladas
Área plantada: 8,616 milhões de hectares
Produtividade: 3.069 kg/ha
 
Paraná (segundo produtor brasileiro de soja)
Produção: 14,774 milhões de toneladas
Área plantada: 5,017 milhões de hectares
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Produtividade: 2.945 kg/ha (com quebra)


Fonte: CONAB
 
Consumo interno: 38,5 milhões de toneladas
Exportação de Grão: 42,8 milhões de toneladas - U$ 22,8 bilhões
Exportação de farelo: 13,3 milhões de toneladas - U$ 6,8 bilhões
Exportação de óleo: 1,4 milhões de toneladas - U$ 1,4 bilhões
Total exportado: U$ 31,0 bilhões

COLOCAR AQUI OS MAIORES PRODUTORES DE SOJA DO BRASIL

4 CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SOJA NO BRASIL

Tabela e gráfico

TUDO ISSO SOMENTE DOS ESTADOS MAIORES PRODUTORES DE SOJA

PREÇOS DA SOJA NO MUNDO

Gráficos e tabelas para fazer a relação custo benefício da produção da soja.

Falar obre o aumento da produtividade e do custo da produção da soja no


brasil.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia empregada para viabilizar esse estudo foi a pesquisa


bibliográfica,

De acordo com Gil (2002, p.44):

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,


constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há
pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
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Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas
bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se
propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também
costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes
bibliográficas.

A pesquisa bibliográfica, para Andrade (1997, 101), pode se desenvolver


assim como um trabalho em si ou se constituir numa etapa da elaboração de
trabalhos, assim, não existindo regras fixas para a sua realização, mas existindo um
roteiro, que para o desenvolvimento desse trabalho foi o seguinte:

Dessa forma, seguiu-se o seguinte roteiro de trabalho, de acordo com


Andrade (1997, p. 101):

1º- Exploração das fontes bibliográficas: livros, revistas científicas, teses,


relatórios de pesquisa entre outros, que contêm não só informação sobre
determinados temas, mas indicações de outras fontes de pesquisa;

2º- Leitura do material: conduzida de forma seletiva, retendo as partes essenciais


para o desenvolvimento do estudo;

3º- Elaboração de fichas: contém resumos de partes relevantes do material


consultado;

4º- Ordenação e análise das fichas: organizadas e ordenadas de acordo com o


seu conteúdo, conferindo sua confiabilidade;

5º- Conclusões: obtidas a partir da análise dos dados. O cuidado aqui observado
diz respeito ao posicionamento neutro em relação ao problema pesquisado.

De acordo com Gil (2002, p.45):

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao


investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do
que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se
particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados
muito dispersos pelo espaço.

Dessa forma, seguindo esses passos, tornou-se possível ter um cenário mais
acabado sobre a importância da soja na economia Brasileira, bem como seus custos
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de produção nas regiões do país, capaz de disponibilizar um diagnóstico mais


consistente da realidade através da teoria.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS
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COSTA NETO, P. R. & ROSSI, L. F. S. Produção de biocombustível alternativo


ao óleo diesel através da transesterificação de óleo de soja usado em fritura.
Química Nova, v.23, p. 4, 2000.

CREPALDI, A. Silvio. Contabilidade Rural: uma abordagem decisorial. 7. ed.


Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2012.

GUANZIROLI, E. Carlos. Agronegócio no Brasil: perspectivas e limitações.


“Agronegócios en los países que conforman la región sur del Hemisferio: definiendo
su estado actual como un proceso para crear una agenda de cooperación técnica
regional para el período 2006-2010”, Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura. 2006.

HIRAKURI, Marcelo Hiroshi. Evolução e perspectiva de desempenho econômico


associados com a produção de soja nos contextos mundial e brasileiro
[recurso eletrônico] : / Marcelo Hiroshi Hirakuri, Joelsio José Lazzarotto. 3. ed. –
Londrina: Embrapa Soja, 2011. – (Documentos / Embrapa Soja, ISSN 2176-2937; n.
319).

CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Séries Históricas. Disponível em


<http://www.conab.gov.br/conteudos.php?
a=1252&t=2&Pagina_objcmsconteudos=2#A_objc msconteudos> Acesso em
03/02/2011.

ROESSING, A. C.; SANCHES, A. C.; MICHELLON, E. As Perspectivas de


Expansão da Soja. Anais dos Congressos. XLIII Congresso da Sober em
Ribeirão Preto. São Paulo, 2005.

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