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Estudo de Viabilidade Para Implementação de uma Biorrefinaria de Milho no


Oeste Baiano: Análise de Mercado

Conference Paper · July 2021


DOI: 10.29327/143026.2-91

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5 authors, including:

Leonardo Oliveira Santos de Santana Artur Bispo


Centro universitário SENAI CIMATEC Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Gustavo de Souza dos Santos Luan Hereda Garcês


Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
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Anais do II CoBICET - Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia
Evento online – 30 de agosto a 03 de setembro de 2021

Estudo de Viabilidade Para Implementação de uma Biorrefinaria de Milho


no Oeste Baiano: Análise de Mercado
Leonardo Oliveira Santos de Santana1, Artur Santos Bispo2, Gustavo de Souza dos
Santos2, Luan Hereda Garcês2, Fernando Luiz Pellegrini Pessoa2
1
Centro Universitário SENAI CIMATEC, Salvador, Brasil (leosantana049@gmail.com)
2
Centro Universitário SENAI CIMATEC, Salvador, Brasil

Resumo: O milho é um dos protagonistas do agronegócio brasileiro, o país é o terceiro


maior produtor de grão do mundo. Novos usos vêm sendo desenvolvidos para o milho,
como o processamento em biorrefinaria, onde se pode obter a partir do grão uma gama de
produtos, como o etanol. Este trabalho avalia a viabilidade mercadológica de
implementação de uma biorrefinaria a partir de uma análise de complexidade, dos players
concorrentes e da demanda de produtos, propondo uma localização para a planta.

Palavras-chave: Biorrefinaria; Análise de Mercado; Complexidade; Etanol de Milho;


Biocombustíveis.

INTRODUÇÃO
O milho é um cereal rico em amido e proteínas,
originário das Américas e cultivado a pelo menos
cinco mil anos. Espalhou-se pelo mundo após o
descobrimento das Américas. No início do século
XXI, a maior utilização do milho era para
alimentação animal, consumindo cerca de 70% da
produção mundial, sendo os outros 30% destinados
para combustível e alimentação humana. Todavia, o Figura 1. Produção e área plantada de milho no
uso de milho na produção de combustíveis Brasil (Bispo et al., 2020)
renováveis vem crescendo ao longo dos anos, e já Quanto ao período de crescimento e desenvolvimento
chega a representar 38% do consumo mundial do do milho, pode ser observado que este é limitado pela
grão. No Brasil, o milho é o principal cereal água, temperatura e radiação solar ou luminosidade.
cultivado, com uma produção de aproximadamente A cultura do milho necessita que os índices dos
100 milhões de toneladas de grãos produzidos, em fatores climáticos, especialmente a temperatura, a
uma área de 17,3 milhões de hectares. A cultura do precipitação pluviométrica e o fotoperíodo, atinjam
milho é muito versátil, adaptando-se a diferentes níveis considerados ótimos, para que o seu potencial
sistemas de produção, sendo fundamental em genético de produção se expresse ao máximo. Esse
programas de rotação e sucessão de culturas. Além fato coloca o Brasil como um dos principais players
disso, há ainda um grande potencial a ser explorado do mercado de produção do grão e como um dos
pelo milho no Brasil, do ponto de vista da potenciais exploradores do refino do mesmo.
produtividade por hectare plantado, em relação à área (Embrapa, 2015)
plantada, mas principalmente em relação ao
beneficiamento do grão para obtenção de produtos No cenário econômico internacional o Brasil aparece
mais valiosos. (Embrapa, 2015) (Conab, 2019) como um grande produtor mundial de milho, tendo
bastante destaque nos quesitos exportação e
Em detrimento dos avanços tecnológicos a produção consumo, dado o protagonismo na produção de
e a produtividade do milho no território nacional carne, que depende essencialmente da produção de
cresceram vertiginosamente nos últimos anos. Esse milho para fabricação de rações. A figura 2 mostra a
cenário de crescimento é acompanhado também pelo balança comercial de milho, a produção e o consumo
crescimento do consumo do grão em todo o mundo, entre o início de 2014 e final de 2019. (Conab, 2019)
com o Brasil sendo um importante player no
mercado, como o 3 maior produtor do grão, atrás de
Estados Unidos e China. (Bispo et al., 2020)
estudo acerca da localização, baseada na demanda
pelo etanol, na capacidade local de produção de
milho e nos modais de escoamento dos produtos.
MATERIAL E MÉTODOS
Inicialmente, para que fosse possível propor a
biorrefinaria em questão, fez-se necessária a escolha
de uma localização ideal para sua implementação.
Para tal, foram estudados diversos fatores, tais como
densidade de biorrefinarias no território brasileiro,
produção de etanol e suas escalas em diferentes
regiões, estruturas e capacidade produtiva de diversas
plantas, possíveis rotas de escoamento e distribuição
Figura 2: Comparativo de produção e consumo de etc.
milho no Brasil
Desse modo, a fim de estabelecer um local ótimo de
No que se refere aos locais de produção de milho, de implementação da biorrefinaria proposta, foi
acordo com a Embrapa (2015), a produção deste, no realizada uma análise acerca de dois aspectos por
Brasil, ocorre em maior incidência nos estados da todo o território brasileiro: produção de etanol e
região sul, sudeste e centro-oeste, como nos estados produção de etanol de milho.
do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande
do Sul, como pode ser observado na figura 3, que Para analisar a produção de EtOH, na extensão
considera a produção média por estado entre os anos territorial nacional, foram coletadas, através do portal
de 2007 e 2010: da União Nacional de Bioenergia, informações
acerca da localização de todas as usinas produtoras,
apresentadas na figura a seguir. (UDOP, 2020)

Figura 4: Localização das usinas produtoras de etanol


no Brasil
Figura 3: Produção média de Milho por estado (2007 Ao analisar a figura em questão, é possível notar uma
– 2010) forte concentração das usinas produtoras de etanol
No mais, ao que diz respeito às biorrefinarias, sabe- nas regiões Sudeste e Centro – Oeste do país, além de
se que estas são instalações que integram processos uma incidência relativamente alta no litoral
em que há a conversão de biomassa em insumos nordestino.
químicos, combustíveis, alimentos, rações e energia. Para resultados mais precisos a cerca não só da
O termo advém das já conhecidas refinarias de localidade das usinas, mas também da produção em
petróleo, e ambas têm por objetivo otimizar os si, foram obtidos dados da Agência Nacional do
recursos, diminuir as emissões e maximizar o valor Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis acerca do
agregado dos derivados da matéria prima. volume produzido, em cada região do país, no ano de
(Sadhukhan, 2014) 2019, sendo possível gerar o gráfico a seguir. (ANP,
Tendo em vista todo esse cenário descrito 2020)
anteriormente, esse trabalho tem por objetivo fazer
uma análise mercadológica de uma biorrefinaria de
milho com foco na produção de etanol, contendo
avaliação para produção de coprodutos a partir da
análise de complexidade. Realizando-se também o
Tendo sido feito isso, uma biorrefinaria de milho foi
proposta, a partir de estudos sobre os possíveis
produtos que o milho pode gerar. A partir disso sua
complexidade foi calculada conforme equação 2.

(2)
Onde: i = Característica da biorrefinaria segundo a
classificação de biorrefinarias de Cherubini et al.,
(2009); i = {1,2,3,4}; Onde: 1 = Plataforma; 2 =
Figura 5: produção de bioetanol no Brasil por região
Matéria-prima; 3 = Produtos; 4 = Processos. FCIi =
Para a análise da produção nacional de etanol de Índice de complexidade da característica (Feature
milho foi pesquisado, em diversos portais de Complexity Index) e pode ser obtido a partir da
informações (como o portal “Energia que Fala com equação 3.
Você), os players existentes no mercado e a
localização de suas usinas. As informações (3)
adquiridas foram utilizadas para construir a seguinte Onde FCi é a complexidade característica para cada
tabela. (Cruz, 2020) item, de forma análoga ao caso das refinarias de
Tabela 1. Principais players do mercado de produção petróleo, tem relação com o estado tecnológico ou
de etanol a partir do milho Nível de Disponibilidade Tecnológica (sigla em
Usina Localização inglês TRL), correspondente a uma determinada
característica.
1 Campo Novo, MT
2 Tangará da Serra, MT (4)
Função crítica ou prova de Tabela 2. Nível de disponibilidade tecnológica -
3
conceito estabelecida TRL.
4a Sorriso, MT Nível de
4b Nova Mutum, MT disponibilidade
Descrição
5 Acreúna, GO tecnológica
(TRL)
6 Piumhi, MG
1 Pesquisa básica
7 Vera, MT
2 Pesquisa aplicada
8a Sorriso, MT
Função crítica ou prova de
8b Nova Mutum, MT 3
conceito estabelecida
9 Campos de Júlio, MT Teste de laboratório/ elaboração
4
de protótipo
Foi observado que, via de regra, as usinas de etanol Testes laboratoriais de Sistema
de milho estão concentradas nas regiões oestes e 5
integrado/ semi-integrado
sudeste do Brasil, estando de acordo com a tendência
6 Sistema de protótipo avaliado
já apresentada no tópico anterior. Dessa forma, para
ter os critérios necessários para o estabelecimento da Sistema de piloto integrado
7
melhor localização de implementação da demonstrado
biorrefinaria, deve ser levada em consideração a Sistema incorporado em um
8
análise geográfica acerca da produção da matéria projeto comercial
prima, o milho, realizada na introdução deste estudo Sistema provado e pronto para
e ilustrada na figura 3. 9 implementação comercial
completa
Em seguida, foi determinada capacidade de
processamento para tal produção. Tendo em vista Um dos fatores que deve ser repensado no cálculo do
que, de acordo com a literatura, para cada tonelada de BCI é o TRL, que funciona como um peso atribuído
milho, uma biorrefinaria produz cerca de 0,407 m3 de a cada característica da biorrefinaria. Segundo
etanol, a capacidade de processamento foi calculada Jungmeier et al., (2014), ao utilizar o TRL para
de acordo com a seguinte relação. (Peduzzi, 2019) avaliar as características da biorrefinaria, pode
ocorrer uma dupla contribuição da tecnologia no
(1) cálculo da complexidade, uma vez que, o estado
tecnológico de produtos e de matérias-primas deriva
Sendo X a capacidade de processamento (em
de processos e plataformas. Com isso, foi proposto
toneladas) e Y a capacidade de produção (em metros
pelo autor um novo “peso” para matérias-primas e
cúbicos).
produtos substituindo o TRL. Este novo peso é o
MRL (sigla em inglês Market Readiness Level), uma
espécie de fator mercadológico baseado na lógica Execução de pesquisas de
proposta pelo TRL. Com isso, o BCP seria então 5
mercado
composto de duas partes, uma para o TRL de
processos e plataformas e outra referente ao MRL 6 Alvo definido
para matéria-prima e produtos. Dessa forma, a 7 Análise da indústria
quantificação do nível complexidade característica
dos produtos e matérias primas se encontra disposto Análise dos concorrentes e
8
na tabela 3. (Oliveira, 2016) posicionamento
Tabela 3. Nível de disponibilidade mercadológica - 9 Proposição de valor definida
MRL Modelo de negócios definido de
Nível de 10
forma coerente
disponibilidade
Descrição
mercadológica
(MRL) Por fim, O valor do BCI avalia muitas vezes de
forma subjetiva uma biorrefinaria.
A satisfação de algumas
1
necessidades foi identificada
2 Pesquisa aplicada (5)
Identificação dos potenciais RESULTADOS E DISCUSSÃO
3
oportunidades de negócio Conforme figura 6, algumas perguntas importantes
Análises do Sistema e do devem ser respondidas na análise mercadológica.
4
ambiente estão sendo realizadas

__________________________________________________________________________________________

Figura 6: MRL – Market Readness Level


compradora do etanol combustível. A
No que diz respeito à biorrefinaria de milho proposta,
demanda pelo DDG é crescente,
podemos responder da seguinte maneira cada uma
das perguntas: especialmente nas regiões produtoras de
carne. E, apesar de ter demanda baixa, o
1- Os produtos obtidos na biorrefinaria óleo de milho é amplamente comercializado.
proposta estão amplamente disponíveis no 3- Os potenciais clientes da biorrefinaria
mercado, o etanol anidro ou hidratado pode proposta já utilizam os produtos. A
ser encontrado em todas as cidades do país e biorrefinaria proporcionaria aos clientes
possui grande força compradora. De igual maior oferta do mercado.
maneira, mas com demanda mais baixa, o 4- Os produtos já estão amplamente difundidos
óleo de milho é amplamente comercializado, a nível nacional, o etanol é um dos
e podendo gerar bons retornos para a principais combustíveis automotivos, e
fábrica. DDG uma fonte nutricional interessante
2- O etanol é o principal produto da unidade para os produtores de carne e o óleo de
industrial justamente por ter uma grande milho uma alternativa ao óleo de soja e uma
demanda no mercado nacional ; além dos potencial matéria prima para outros fins,
usos gerais, a cadeia do etanol é como biodiesel.
especialmente pressionada pela força
A biorrefinaria proposta teria então a configuração
conforme o fluxograma apresentado na figura 7. O
modelo de fluxograma apresentado abaixo é indicado
pela IEA (International Energy Agency) para
representar biorrefinarias, servindo tambem de base
para efetuar calculos de complexidade.

Figura 9: Perfil de complexidade da biorrefinaria


(BCP)
Como pode ser observado no BCP da figura 9, o
nível de complexidade da biorrefinaria proposta foi
igual a 24. Tendo em vista que, apenas esse dado,
não nos fornece, de forma objetiva, o grau de
complexidade da planta, foi realizado, a partir da
equação 5, o cálculo do BCI médio, que nos permite
avaliar, de forma mais assertiva, o grau de
complexidade. Para a unidade industrial proposta, o
BCI médio teve valor de 1,2, representando um baixo
nível de complexidade.
Figura 7: Fluxograma para classificação da Quanto a localização escolhida como ideal para a
biorrefinaria (IEA) implementação da biorrefinaria proposta, temos a
região nordeste do país, mais especificamente, o
Desse modo, utilizando os dados de nível tecnológico
estado da Bahia. Dentre os fatores que tornam essa
disponível (TRL/MRL) mostrados na figura 8 e as
região tão promissora esta, por exemplo, o fato de
equações 2, 3 e 4, pode ser realizado o cálculo de
que, dos 50 municípios brasileiros maiores
complexidade, tendo como resultado o perfil
produtores de milho, três são baianos, sendo eles: O
apresentado na figura 9.
município de São Desidério (9º Colocado), maior
produtor da Bahia, com participação de 23,9% da
produção estadual e de 0,6% da produção nacional, e
os municípios de Luís Eduardo Magalhães e
Barreiras, respectivamente, o 32° e o 47° colocados
no ranking brasileiro. (Tsunechiro, 2004)
Além do mais, segundo informações do Sindaçúcar e
de acordo com dados da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
compilados pela União da Indústria de Cana-de-
Açúcar (UNICA): o setor teve investimentos de R$
500 milhões na Bahia e gerou 6,4 mil empregos. O
estado consumiu 800 mil m³ de etanol em 2018 e
produziu apenas 29,1%; segundo o Sindaçúcar (que
representa as usinas), o consumo do produto é de
cerca de 600 mil toneladas, entretanto a produção
baiana na safra 2017/2018 foi de 160 mil/toneladas,
de acordo com a União da Indústria de Cana-de-
açúcar. (ÚNICA, 2020)
Desse modo, o local sugerido, neste estudo, para a
implementação da biorrefinaria é a região do extremo
Figura 8: Nível de tecnologia disponível (TRL/MRL) oeste da Bahia, tendo em vista o promissor cenário
da produção de milho e seus derivados. Além disso,
foi analisada a rota de escoamento e transporte, como
pode ser visto figura 11.
Figura 11: Impacto da biorrefinaria no mercado
baiano – Comparativo entre estados,
Figura 10: Infraestrutura viária baiana (ligação oeste- Tabela 4: Impacto da biorrefinaria no mercado
leste) baiano – Estimativa futura
A rota em questão foi escolhida por ser uma ligação Cenário do Etanol na Bahia (m3)
do extremo oeste do estado ao litoral e cortar alguns
Consumo -
dos principais municípios produtores de milho da 1.140.00
atual
Bahia (Luís Eduardo Magalhães e Barreiras).
Produção
Em seguida, com o intuito de propor a capacidade de 249.095 22%
atual
produção satisfatória da planta, foi realizada uma
pesquisa acerca do consumo de etanol no estado da Proposta
187.306 16%
Bahia e, de acordo com dados da ANP (Agência biorrefinaria
Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Produção
Biocombustíveis), compilados pela UNICA (União 436.401 38%
futura
da Indústria de Cana-de-Açúcar), o consumo estadual
de 2019 girou em torno de 1,14 milhão de m3. Tendo Além disso, foi realizada uma análise de
essa informação e baseando-se também nas plantas sensibilidade da planta em questão. Quanto a isso, foi
de etanol de milho já existente, foi estipulado uma observado que o milho e o etanol causam os maiores
produção para a planta de aproximadamente 187.000 impactos no custo de produção e no faturamento,
m3. (ÚNICA, 2020) respectivamente, com o milho representando 79%
Para abordar a posição de mercado da biorrefinaria dos custos e com o etanol representando 66% do
em questão, foi considerado um cenário futuro com a faturamento da planta. Desse modo, tomando como
planta proposta já implementada e atuante no referência o fluxo de caixa calculado por Santana et
mercado. Feito isso, é possível realizar previsões de al (2021), foi construida a tabela 5, mostrando o
como esta impactaria no cenário econômico estadual. tempo de retorno financeiro da planta para diferentes
Desse modo, foram realizadas as seguintes previsões, razões entre milho e etanol (acarretando em
apresentadas no gráfico da figura 10 e na tabela 4 a diferentes valores do fluxo de caixa).
seguir, nas quais a Bahia mostra um aumento de 75% Tabela 5. Análise de sensibilidade
em sua produção (produzindo, anualmente, 436.401
m3), passando a suprir 38% do seu consumo anual. Fluxo de
Razão M/E Tempo de
Além disso, o estado ascenderia da quarta para a caixa final
(%) retorno (anos)
segunda posição no quesito “Produção de Etanol” na (milhões R$)
região nordeste do país, ficando não muito atrás do 65,93 31,76 5,52
estado de Alagoas, que produz cerca de 500.000 m 3
de EtOH. 62,25 31,99 5,84
43,86 33,18 8,30
40,18 33,43 9,05
18,11 35,02 20,09
14,43 35,29 25,21

CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a
implementação de uma biorrefinaria no oeste baiano
não é apenas possível, como também necessária para
atender a demanda regional por etanol. O óleo de integration and sustainability analysis. John
milho e o DDG são coprodutos que agregam valor á Wiley & Sons, 2014
produção e não aumentam a complexidade da
TSUNECHIRO, Alfredo. Os 50 municípios
unidade industrial, de igual maneira, os modais para
brasileiros maiores produtores de milho e soja.
escoamento dos produtos conferem a região um
Instituto de Economia Agrícola. São Paulo. 28 de
diferencial.
Maio, 2004.
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do milho é tendência cada vez maior. Agência
Brasil. 07 de maio, 2019.
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Estudo de viabilidade para implementação de
uma biorrefinaria de milho no Oeste baiano:
Análise econômica. Anais do I WENDEQ. 2021
SADHUKHAN, J.; NG, K.S.; HERNANDEZ, E. M.
Biorefineries and chemical processes: Design,

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