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DESTILARIA AMERICANA S/A – Em Recuperação Judicial

CNPJ: 75.625.608/0001-00 INSC. EST.: 533.00005-30


FAZENDA PALMARES – GLEBA AMERICANA
NOVA AMÉRICA DA COLINA – PARANÁ CEP: 86.230.000
TEL: 43 3265-8000 FAX: 43 3265-8188
TÍTULO: DASA - MEMORIAL DESCRITIVO - PLANTA INDUSTRIAL

1 MEMORIAL DESCRITIVO DASA – DESTILARIA AMERICANA S/A

DASA, Destilaria Americana S/A que tem como atividades principais,


o cultivo de cana-de-açúcar e a processamento desta em álcool Hidratado,
Xarope CJM e Xarope SCM para Exportação.
Fundada em 1982, pela família Baggio, é ainda administrada pela
família. É uma empresa de capital fechado e sua forma jurídica é Sociedade
Anônima. Produziu em 1983, sua primeira safra, produzindo apenas água
ardente.
No ano de 1984, iniciou-se a produção de álcool Hidratado tendo
capacidade máxima de 20000L de álcool por dia, pois a capacidade máxima do
aparelho de destilação era de 30000L, mas não tinha cana-de-açúcar suficiente
para tal produção que girava em torno de 120.000 toneladas por safra.
A safra se iniciava no mês de maio e terminava no mês de
novembro.
Houve no decorrer de todos esses anos, modificações na sua
estrutura administrativa. Anteriormente chamada Destilaria Americana LTDA ,
em agosto de 1991, transformada de Responsabilidade LTDA para Sociedade
Anônima, passou à denominação social de DASA – Destilaria Americana S/A.
Em 1997 a empresa precisava se tornar mais competitiva e viável
para o mercado sucroalcooleiro, tendo assim firmado um contrato com a
empresa ENGSUGAR a qual propôs a DASA que montassem uma planta para
produzir o xarope AJM, e o CJM em 2004 para exportação para os ESTADOS
UNIDOS, nesse contrato, era garantido que a DASA iria produzir em torno de
7.000 toneladas por safra durante cinco anos para a ENGSUGAR, isso ajudou
muito no desenvolvimento financeiro da empresa e atualmente ainda produz o
xarope.
Ao longo dos anos, a Empresa passou por várias modificações,
dentre elas, foi aumentado sua capacidade de moagem e produção de álcool
hidratado, em 2007, foi realizada a ampliação mais recente, foi colocada em
operação uma caldeira com capacidade máxima de 120 toneladas/h de vapor,
foi colocado em operação um aparelho novo de destilação marca Dedini com
capacidade máxima de produção diária de 300m³ de álcool, foi aumentada
também a capacidade de moagem de 450.000 toneladas de cana por safra
para 750.000 toneladas de cana por safra, que é atualmente sua capacidade
máxima de produção total por safra.
Possui capacidade máxima de moagem horária de 160 TCH/h e
3800 TC/dia, com uma fibra média de cana em torno de 13,5%.

Recentemente em 2016 foi implantado mais um terno de moenda


30x54”, totalizando assim cinco ternos de moenda, sendo o 1º terno 30x54”, e
o 2º, 3º, 4º, e 5º terno de moenda 26x48” que realizam a operação de extração
de todo caldo da cana que entra na moenda.
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Atualmente, com sua capacidade instalada, gera mais de 1.000


empregos, diretos e indiretos. E a sua capacidade máxima de produção
industrial está em torno de 61.000.000 de litros de álcool hidratado por safra
com disponibilidade industrial em torno de 80%.

A Empresa presta assistência aos seus empregados através de


ambulatório próprio que conta com médicos e enfermeiros. Também, mantém
convênio com centros de maiores recursos para onde são encaminhados
funcionários e dependentes quando há necessidade.

Possui também alguns programas de qualidade que são eles:

- DATASUL: software de gestão empresarial que ajuda no controle


de estoques, controle de notas fiscais, balanço financeiro e administrativo, RH,
TI e planejamentos estratégicos a níveis de Diretoria e Gerenciais.

- SIMAN: Programa de sistema Integrado de Manutenção, nesse


sistema são cadastrados todos os equipamentos a nível industrial, contendo
marca, modelo, características técnicas, pecas e acessórios, estoque de
almoxarifado etc. através desse programa são criados também planos de
manutenção preventiva e preditiva programada, levantamento de históricos de
manutenção e controle de custos com pecas e acessórios, e uma ferramenta
muito poderosa que auxilia na manutenção e através desse programa a
empresa já consegui reduzir de forma significativa os custos com manutenção
e melhorar a qualidade da manutenção.

- Bolsa Auxilio Qualificação: É um programa incentivado pelo


Governo Federal em conjunto com o setor Sucroalcooleiro de modo que
durante a entressafra os funcionários que são dispensados após o término do
contrato de safra, eles continuam recebendo salário durante a entressafra e
recebem treinamento interno pela empresa, visando melhorar a qualificação do
funcionário e mantê-los funcionários durante o período.

- Treinamento Interno: são realizados treinamentos para as pessoas


que entram no sistema de bolsa auxílio qualificação durante o período de
entressafra.

A DASA S/A, se encontra instalada na Fazenda Palmares Gleba


Americana município de Nova América da Colina no Estado do Paraná.
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Atualmente, sua diretoria é constituída por:


 Pedro Baggio Neto – Diretor – Presidente
 Wilson Baggio Filho – Diretor – Administrativo/Financeiro
 Salvador Baggio Neto – Diretor - Industrial

1.1 Processo Industrial

Nosso processo de produção tem início a partir do plantio da cana-


de-açúcar, matéria-prima adequada e que garante simplicidade e economia ao
processo, basta extrair-se o caldo do colmo da cana e fermentar a sacarose
nele contida para obter-se o etanol, levando em consideração o rendimento
industrial como aspecto mais relevante.

1.2 Etapas do Processo

1.2.1 Etapa: Implantação e Colheita da Cana

Para se obter um bom resultado da lavoura de cana-de-açúcar é


importante que cada passo na implantação da mesma seja feito obedecendo
todas as recomendações técnicas fornecidas pela nossa equipe, como: a
escolha do local, análise do solo e recomendação da adubação, preparo do
solo, sulcação e adubação, escolha da muda da cana, distribuição da muda,
tapação dos sulcos, controle de ervas e pragas e por fim proteção da lavoura.

1.2.2 Etapa: O Transporte

O transporte da lavoura até a unidade industrial é feito por


caminhões. Cada componente de carga transportada pesa aproximadamente
16 toneladas. Hoje há caminhões com capacidade de até três ou quatro
carrocerias em conjunto, aumentando muito a capacidade do transporte.
Depois de cortada e transportada para a Usina, a cana-de-açúcar é enviada
para a moagem, onde se inicia o processo de fabricação e do ETANOL.

1.2.3 Etapa: Moagem

A cana que chega à unidade industrial é processada o mais rápido


possível, considerando que esta por sua vez é uma matéria prima sujeita a
contaminações e consequentemente de fácil deterioração.
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Assim, ao chegar à Usina após pesagem do caminhão, a cana é


levada nas mesas alimentadoras para retirar a terra proveniente da lavoura,
passa por picadores que trituram os colmos, preparando-a para a moagem.

No processo de moagem, é composto por preparo de cana e


moenda, o preparo é formado pelos seguintes equipamentos: Cush-Cush de
palha, Picador de Cana, Tambor nivelador de Cana, Desfibrador de cana,
Esteira metálica e Eletroímã, de modo que a cana já entre preparada e
desfibrada na moenda.

Entrando no preparo as células da cana são abertas evitando perda


do caldo. Após o preparo, a cana desfibrada é enviada à moenda para ser
moída e extrair o caldo. Na moenda que é composta de Volandeiras, cinco
ternos de moenda (sendo o terno 1 30x54” e os ternos 2, 3, 4 e 5 são 26x48”),
a cana desfibrada é exposta entre rolos submetidos a uma pressão de
aproximadamente 250 kg/cm², expulsando o caldo do interior das células. Este
processo é repetido por cinco vezes continuamente. Adiciona-se água no
último terno, à isto se chama embebição composta, cuja função é embeber o
interior das células da cana diluindo o açúcar ali existente e com isso
aumentando a eficiência da extração, conseguindo-se assim extrair cerca de
até 96% do açúcar contido na cana. O caldo extraído é peneirado e vai para o
processo de tratamento do caldo e o bagaço para as caldeiras.

1.2.4 Etapa: Geração de vapor (Caldeira)

O bagaço que sai da moenda com pouco açúcar e com umidade de


50%, é transportado para a caldeira, onde é queimado para gerar vapor, que se
destina a todas as necessidades que envolvem o acionamento das máquinas
pesadas, geração de energia elétrica e o processo de fabricação do ETANOL.
O bagaço é muito importante na unidade industrial, porque é o combustível
para todo o processo produtivo. Um bom sistema de balanço térmico é
fundamental para o equilíbrio da geração de energia e processamento do
álcool. O nosso processo é composto de vapor direto, vapor de escape e vapor
vegetal. A Caldeira tem uma capacidade de 120 toneladas/h de vapor a uma
pressão de vapor de 21,5Kgf/cm² com temperatura de 350 ºC, da marca Dedini
e do tipo aquatubular.
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1.2.5 Etapa: Geração de energia elétrica

Parte do vapor gerado é enviado aos turbo-geradores que


produzirão energia elétrica suficiente para movimentar todos os acionamentos
elétricos a iluminação, escritórios etc. São dois Geradores de energia sendo
um deles de 1900Kva que gera em 380V e outro 2000Kva que gera em
11800V, os dois são sincronizados e ligados em paralelo em cubículos de
despacho que distribuem a energia para toda planta industrial em 13800V. E
sendo assim, em cada setor possuem transformadores que rebaixam a tensão
de 13800V para 380V e alimentar os CCM´s (Centro de comando de Motores).

1.2.6 Etapa: Tratamento do Caldo

Nessa etapa, o caldo que vem da moenda após ter sido peneirado
passa pelo Regenerador de calor caldo/vinhaça (Tranter) é pré-aquecido e em
seguida passa pelos aquecedores tubulares atingindo aproximadamente uma
temperatura de 105ºC fazendo com que favoreça a redução das bactérias
selvagens e facilite a decantação. Após o caldo ser aquecido á 105 ºC, ele é
bombeado para o Decantador e sua passagem pelo balão de flash, a
temperatura do caldo diminui para 98 ºC, que é a temperatura aproximada de
ebulição do caldo a pressão atmosférica. E irá decantar os resíduos insolúveis
para o fundo do decantador. O valor da queda de pH não deve ser maior que
0,5, ou seja, o pH do caldo dosado deve ser 6,8 – 7,0 e o pH do caldo
clarificado devem estar entre 5,6 e 5,8. 

O tempo médio que o caldo deve permanecer no interior do


decantador convencional é 2,5 – 3,5 horas, porém, apenas o processo de
decantação não é suficiente para recuperar todo açúcar contido no interior do
Decantador, mas também são adicionados alguns produtos para ajudar na
decantação que são:

Calagem – consiste na adição de leite de cal, a fim de coagular


materiais coloidais, auxiliar na precipitação e correção do pH para valores
neutros.

Adição de Polímero: Uma clarificação eficiente está sempre


relacionada com a boa formação de flocos, resultados de um desempenho nas
etapas anteriores do tratamento físico e químico.
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Alguns controles devem ser adotados:

A quantidade de polímero adicionada deve ser determinada através


da observação do caldo entrando no decantador e após ter recebido o
polímero. Geralmente a dosagem de polímero usada no caldo é entre (1 a 3
ppm).
O operador utiliza um recipiente de vidro para coletar uma amostra
do caldo já floculado e observa. Os flocos formados devem ser grandes e
decantarem rapidamente se isto não estiver acontecendo, é necessário realizar
uma verificação cuidadosa nas várias etapas do tratamento de caldo discutidas
anteriormente.

Aquecimento – o aquecimento nesta etapa visa principalmente o


aumento a eficácia do processo de decantação.

Decantação – Separar o caldo das impurezas sólidas. O caldo vai


para o evaporador e o lodo para o filtro.

Filtro - Prensa – Por vácuo é retirada uma parcela de sacarose do


lodo e o resíduo denomina-se torta. A torta de filtro é utilizada na cultura da
cana-de-açúcar.

1.2.7 Peneira de Caldo Clarificado

O objetivo é eliminar as partículas em suspensão que acompanham


o caldo após a decantação.

O tipo de peneira mais difundido é a peneira estática a tela utilizada


é de poliéster com abertura de 100 mesh (0,076 m).

A limpeza frequente das peneiras evita a redução de capacidade e


possibilidade de contaminação.

1.2.8 Etapa: Pré-evaporação

Na pré-evaporação o caldo é aquecido à 120ºC, evapora água e é


concentrada a 18ºBrix. Este aquecimento favorece a fermentação por fazer
uma esterilização das bactérias e leveduras selvagens que concorreriam com a
levedura do processo de fermentação.
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A evaporação constitui o primeiro estágio de concentração do caldo


misto proveniente da seção de tratamento.
Em função do grau de embebição imposto na extração do caldo nas
moendas, este chega à evaporação com 12 a 13º de brix.

Nestas condições a remoção de grande parcela de água do caldo


misto apresenta-se como objetivo principal desta fase.

A evaporação compreende na concentração do caldo até obtenção


de uma solução cerca de 60 a 70 ºbrix, sem apresentar qualquer sinal de
sacarose cristalizada.

O ponto de cristalização da sacarose encontra-se entre 75 e


80 ºbrix, neste estágio, pela evaporação da água é possível obter xaropes de
até 75 ºbrix, mas na prática obtemos xaropes menos concentrados pôr uma
série de conveniência tais como:
- Facilidade na obtenção dos pés de cozimento;
- Melhores condições para operação de cozimento;
- Necessidade de dissolução de certos cristais.

A necessidade da economia de vapor obriga o principio de múltiplos


efeitos em correntes paralelas, isto é, tanto para caldo quanto o vapor são
alimentados no pré-evaporador, seguindo através do primeiro até o último
efeito.
Comumente o mais usado é o de tubos verticais de fluxo
ascendente, construído em aço carbono.

1.2.9 Etapa: Evaporação por Múltiplos Efeitos

O sistema de evaporação por múltiplos efeitos da DASA é contido


por três caixas de evaporação cuja área de troca térmica é de 400m² cada
uma, totalizando 1200m² de superfície.

O caldo entra na primeira caixa vindo do pré-evaporador e por


diferença de pressão o caldo se desloca da primeira até a última caixa que por
sua vez possui o sistema de multijato com bicos aspersores fazendo com que a
pressão em cada efeito seja menor, pois no último efeito tem vácuo à 25 InHg
fazendo com que facilite a evaporação do caldo com temperaturas mais baixas
aumentando assim a concentração de 16/17 Brix para 52 Brix na saída do
terceiro efeito.
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O sistema de múltiplo efeito é utilizado para concentrar e retirar o


máximo possível de água do caldo sem desintegrar as moléculas de sacarose,
bem como economia de vapor.

1.2.10 Etapa: Preparo do mosto

Mosto é o material fermentescível previamente preparado. O mosto


na DASA é composto de caldo clarificado, o caldo quente que vem do pré-
evaporador e resfriado a 30ºC em trocadores de calor tipo placas, e enviado às
dornas de fermentação. No preparo do mosto, definem-se as condições gerais
de trabalho para a condução da fermentação como, regulagem da vazão, teor
de açúcar (Brix) e temperatura de trabalho.

1.2.11 Etapa: Pré - Fermentação

Na pré-fermentação há três cubas de volumes conhecidos de 400m3


que servem para desenvolvimento e preparação do fermento antes de ir para a
fermentação propriamente dita, o fermento é hidratado com água e feito a
dosagem de ácido sulfúrico para manter o pH em torno de 2,6.

Variáveis Controladas - Fermento Parâmetros do Fermento


pH 2,3 á 2.6
Concentração 25 a 30%
Volume 160m³

1.2.12 Etapa: Fermentação

A fermentação alcoólica é o processo químico de transformação dos


açúcares em álcool. Este processo é desencadeado por leveduras, 
sendo por vezes necessário adicioná-las para que o processo se inicie. É o
processo através do qual, certos açúcares, principalmente a Sacarose, Glicose
e Frutose são transformados em Álcool Etílico (ou Etanol). Para que isto
ocorra, entretanto, torna-se necessária a ação de um "polo enzimático" para o
desdobramento destes açúcares em álcool. Estas enzimas são fornecidas
por micro-organismos denominados "Leveduras" ou "Fermento".

A fermentação da Dasa é do tipo Batelada alimentada, onde possui


oito dornas de fermentação ao qual é feito o controle de alimentação com
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mosto e com brix entre 15 à 17 Brix, trabalhando com teor máximo de 8 GL


para não prejudicar as células de fermento. A temperatura da dorna é
controlada entre 32 e 34 C. O tempo total de fermentação por dorna é em torno
de 6 à 8 horas contando do tempo do inicio da alimentação do pé de fermento
até a transformação total de açúcar em álcool onde quando é zerado o ART do
vinho da dorna. Na dorna ocorre transformação dos açúcares em etanol,
portanto há desprendimento de gás carbônico e calor, portanto, é necessário
que as dornas sejam fechadas para recuperar o álcool arrastado pelo gás
carbônico e é feito o uso de trocadores de calor para manter a temperatura nas
condições ideais para as leveduras. A fermentação é regulada para 30 a 32ºC.
O mosto fermentado é chamado de vinho. Esse vinho contém cerca de no
máximo 7% de ETANOL. O tempo de fermentação é de 06 a 08 horas, o
fluxograma abaixo tem como base uma ilustração do processo de fermentação
alcoólica.

Figura 1 – Processo de Fermentação


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Quadro 1: Dados das Dornas, VIDE TABELA RESUMO MEMORIAL DESRITIVO


– ART MOSTO = 15,5
Equipament Capacidad Volume Vazão Tempo Temperatur Brix ART Teor
o e (m³) operaciona (m³/h) Total a (ºC) mosto alcoólico
Dorna de l (m³) ciclo da (%)
fermentação dorna
(hrs)
Dorna 1 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0 6a8
Dorna 2 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0
Dorna 3 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0
Dorna 4 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0
Dorna 5 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0
Dorna 6 600 500 130 7a9 30 a 32 17-18 0
Dorna 7 reserva 0 0 0 0 0 0
Dorna 8 reserva 0 0 0 0 0 0
Dorna 600 500 - - - - -
volante

Quadro 2: Parâmetros controlados na fermentação


Volume Brix do Temperatura Infecção da Ácido Volume
Fermento – mosto controlada Dorna Láctico dorna total
pé (m³) (ºC) (máximo) (m³)
160 17 á 18 32 á 34 3x10^7 800 450

Quadro 3: Parâmetros controlados no Tratamento do Fermento (Pré-


fermentação).
Variáveis Controladas - Fermento Parâmetros do Fermento
pH 2,3 á 2.6
Concentração 25 a 30%
Volume 160m³
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Torre de CO2.
Todo gás carbônico liberado da reação química ocorrida na
fermentação das dornas (ATP) é recuperado através dos dutos de gás que
possui em cada dorna o qual é lavado na torre de CO 2 através de recirculação
de água, e assim recuperado e bombeado para a Dorna volante a partir do
momento que o água lavada estiver com maior ou igual à 4GL.

1.2.13 Etapa: Centrifugação

A Dasa possui três centrífugas de vinho marca Alfa Laval com


capacidade de centrifugação de 100m³/h de vinho cada uma, onde é feita a
separação do fermento do vinho e retornando o fermento para as cubas de pré-
fermentação para que seja hidratado e corrigido novamente o PH para retornar
para o processo.

1.12.14 Etapa: Centrifugação do vinho

Após a fermentação a levedura é recuperada do processo por


centrifugação, em separadores que separam o fermento do vinho. O vinho
delevurado irá para pelo aparelho de destilação onde o álcool é separado,
concentrado e purificado. O fermento, com uma concentração de
aproximadamente 60%, é enviado às cubas de tratamento.

1.12.15 Etapa: Tratamento do fermento

A levedura após passar pelo processo de fermentação se


“desgasta”, por ficar exposta a teores alcoólicos elevados. Após a separação
do fermento do vinho, o fermento a 60% é diluído a 25% com adição de água.
Regula-se o pH em torno de 2,3 a 2,6 adicionando-se ácido sulfúrico que
também tem efeito desfloculante e bacteriostático. O tratamento é contínuo e
tem um tempo de retenção de aproximadamente uma hora. O fermento tratado
retorna ao processo para começar um novo ciclo fermentativo; eventualmente
são usados antibióticos para controle da população contaminante. Nenhum
nutriente é usado em condições normais.
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1.12.16 Etapa: Destilação

Quadro 4.1: Parâmetros controlados na Destilação


Vinhaça Flegmaça Teor Vazão
(°GL)% (°GL)% alcoólico entrada vinho
vinho (%) (m3/h)
0,0030 0,0020 7,5 150 à 160

O vinho com teor alcoólico entre 6,5 a 8% em álcool é enviado ao


aparelho de destilação.

A capacidade máxima de produção diária de álcool hidratado do


Aparelho de destilação Dedini da Dasa é de 300m³/dia.

Na destilação do vinho resulta um subproduto importante, a vinhaça.


A vinhaça, rica em água, matéria orgânica, nitrogênio, potássio e fósforo, são
utilizados na lavoura para irrigação da cana, na chamada fertirrigação, e no
histórico da indústria para cada litro de álcool produzido são produzidos em
torno de 10lts de vinhaça, ou seja, se produzir 300 m3 de álcool/dia, serão
produzidos 3000 m3 de vinhaça/dia.

Na destilação, o vinho delevedurado contém 7 a 9°GL de etanol e


passa pelo aparelho de destilação, o aparelho de destilação é formado por dois
conjuntos de colunas de destilação (A, A1, D e B, B1).

No primeiro conjunto (A, A 1, D) há formação de vinhaça, álcool de


segunda (em torno de 3°GL) e flegma. A vinhaça é utilizada na fertirrigação e o
flegma é encaminhado através de diferença de pressão para o segundo
conjunto (B e B1), que produz o álcool hidratado ( cuja graduação trabalha de
92,6° INPM á 93,8 INPM), flegmaça e óleo fúsel.

Na medida em que os vapores vão sendo enriquecidos na coluna


“B”, as impurezas da flegma vão se agregando nas zonas próprias e devem ser
retiradas no intuito de purificar o álcool produzido. Assim é que são retirados os
óleos altos e baixos destas zonas, também chamados de óleos fúsel.

No topo da coluna “B”, os vapores são condensados nos


condensadores “E”,“E-1”, “E-2”, sendo que no “E” o líquido refrigerante é o
vinho que vai alimentar a coluna “A1”e nos demais condensadores (“E-1” e “E-
2”) o refrigerante é a água.
DESTILARIA AMERICANA S/A – Em Recuperação Judicial
CNPJ: 75.625.608/0001-00 INSC. EST.: 533.00005-30
FAZENDA PALMARES – GLEBA AMERICANA
NOVA AMÉRICA DA COLINA – PARANÁ CEP: 86.230.000
TEL: 43 3265-8000 FAX: 43 3265-8188
TÍTULO: DASA - MEMORIAL DESCRITIVO - PLANTA INDUSTRIAL

Os vapores alcoólicos que condensam nestes condensadores,


retornam à coluna “B”, sendo que parte do “E-2” retorna para “D”, a fim de se
retirar uma pequena parte dos produtos leves que conseguiram passar na
flegma que alimenta a coluna “B”.

Um pouco mais abaixo do refluxo destes vapores alcoólicos


condensados, topo da coluna “B”, vai ter a saída do álcool retificado, ou seja,
do álcool hidratado.
A vinhaça é o resíduo resultante da destilação do álcool, rica em:
água, matéria orgânica, nitrogênio, potássio e fósforo. É utilizada
principalmente na lavoura para irrigação da cana, conhecida como fertirrigação.

A flegmaça é composta principalmente por água e traços de


álcool, geralmente a sua produção é o dobro do volume de álcool hidratado.

O álcool de segunda é composto por ésteres e aldeídos derivados


da fermentação, a sua produção pode varia de 7% a 10% com relação à
produção de álcool hidratado, dependendo da qualidade da matéria prima que
foi alimenta a fermentação.

O óleo fúsel é composto principalmente por: álcool metílico, álcool


etílico, álcool n-propílico, álcool isoamílico, álcool isobutilico, acetaldeído. A
produção do mesmo pode varia de 0,1% a 0,5% com relação à produção de
álcool hidratado, dependendo da qualidade da matéria prima que foi alimenta a
fermentação.

O etanol produzido é direcionado aos tanques de medição, e


posteriormente aos tanques de armazenamento.
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O etanol produzido, tem sua qualidade constantemente monitorada e


controlada pelo setor do laboratório industrial de acordo com os parâmetros
estabelecidos e direcionado aos tanques de medição para controle da
quantidade produzida diária, e posteriormente bombeado aos tanques de
armazenamento.

1.12.17 Etapa: Tanque de Medição

O álcool que já vai saindo produzido do aparelho é descarregado em


dois tanques de medição, ou seja, o qual tem um volume conhecido para que
seja feito o controle diário de produção, em seguida após enchi o tanque de
medição é feita as devidas correções de pH e Graduação e em seguida é
enviado para o armazenamento.

1.12.18 Etapa: Controle de Qualidade (Laboratório Industrial)

Todas as etapas do processo são monitoradas através de análises


laboratoriais de modo a assegurar a qualidade final dos produtos. As pessoas
envolvidas passam por treinamentos específicos, capacitando-as a conduzir o
processo de forma segura e responsável, garantindo a qualidade final de cada
etapa que envolve a fabricação de açúcar e álcool.

1.12.19 Etapa: Setor Comercial

Após a produção do Etanol, o mesmo é armazenado em tanques de


armazenamento próprio da empresa, o qual possui bacia de contenção e
também válvula de vácuo e corta-chamas, além de sistema de aterramento
para segurança e integridade das instalações.

Em seguida o setor de carregamento de álcool o qual é controlado


pelo departamento comercial faz o carregamento dos caminhões e envia para
pesagem na balança que é controlada pelo departamento de expedição de
acordo com as ordens de venda e comercialização.
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RESUMO DO MEMORIAL DESCRITIVO

Modo de Operação: Batelada Alimentada

Equipamento Identificação Volume Tempo de Tempo total


operacional fermentação do ciclo (h)
(m3) (h)
Dorna Dorna 1 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 2 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 3 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 4 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 5 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 6 500 5 8
fermentação
Dorna Dorna 7
fermentação reserva
Dorna Dorna 8
fermentação reserva
Dorna volante Dorna 500 - -
Volante

Destilação:

Modo de Operação: Contínua

Equipamento Identificação Capacidade


(m3/d)
Aparelho de Dedini 300
Destilação
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ANEXO I – FLUXOGAMA PROCESSO INDUSTRIAL

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