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COLÉGIO INFANTE D.

HENRIQUE
Ano Letivo 2018/2019

TRABALHO DE MATEMÁTICA
= 8.º Ano de Escolaridade =

“O contributo de Pitágoras para a Matemática”


Colégio Infante D. Henrique — Ano Letivo 2018-2019
“O contributo de Pitágoras para a Matemática”

Alunos: Professora:
Guilherme Martinho Marques Svetlana Sandulscaia
(n.º 6 / 8.º A)
Leonor da Silva Duarte
(n.º 14 / 8.º A)
Maria Clara C. Sousa Rodrigues
(n.º 17 / 8.º A)

Data de entrega: 13/02/2019

Pitágoras

Apesar de ter sido um dos mais famosos e influente pensador, os relatos mais
detalhados e extensos da vida e do próprio pensamento de Pitágoras, dos quais
provém a imagem que hoje temos dele, foram escritos cerca de oitocentos anos
após a sua morte. Portanto, nada se pode garantir como certo sobre a vida e
obra de Pitágoras, pois julga-se que alguns dos seus discípulos distorceram
Pitágoras
(c.580 - c.500 a.C.) relatos e inventaram histórias com o objetivo de evidenciar a superioridade do
mestre.

Pensa-se que Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que nasceu na ilha grega de Samos, ao
largo da costa da Turquia (mar Egeu) não muito longe de Mileto, por volta de 580 a.C. Assim como

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Tales, também Pitágoras, que poderá ter sido seu aluno, viajou pelo Egito, antiga Babilónia, Síria e Índia,
onde observou todo o saber da época, em áreas tão distintas como a astronomia, a matemática, a filosofia
e a religião, até porque o seu pai era comerciante. Quando voltou para casa encontrou Samos dominada
pelo tirano Policrates e decidiu emigrar para o porto marítimo grego de Crotona, no sul da atual Itália.

A escola pitagórica

Pitágoras dedicou-se arduamente à matemática e aos números, tendo fundado uma irmandade
secreta em Crotona, conhecida por escola pitagórica, extremamente conservadora e com um código de
conduta muito rígido, onde se estudava filosofia, música e matemática. Os pitagóricos (nome coletivo que
identificava os membros da irmandade) seguiam um modo de vida ascético e eram estritamente
vegetarianos. Só não comiam feijões, porque criavam flatulência e tinham uma forma semelhante a
testículos.

Diz-se que o símbolo da escola pitagórica era o “pentagrama” ou “estrela de cinco pontas” e que o
seu lema era “tudo é número”, pois os pitagóricos acreditavam que na natureza tudo podia ser traduzido
pelos números naturais (ou inteiros positivos) ou por números racionais (razões de inteiros) que tinham
herdado da geometria egípcia. Essa foi a bandeira erguida por Pitágoras e defendida pelos pitagóricos,
encarando tal crença como uma verdade absoluta.

À medida que a escola prosperou, desenvolveram-se outros centros noutras partes do mundo
mediterrâneo e os pitagóricos, que também se dedicavam à ciência política, começaram a exercer uma
influência poderosa sobre os magistrados. Entretanto, grupos políticos do sul de Itália destruíram os
edifícios da escola e obrigaram o grupo a dispersar-se. Consta que Pitágoras fugiu para Metaponto onde
viria a morrer algum tempo depois (com cerca de 80 anos). Ironia do destino, foram os feijões que
mataram Pitágoras! Um dia, a sua a sua casa foi incendiada pelos inimigos e Pitágoras tentou salvar-se
fugindo, mas correu para um campo de feijões. Aí parou. Preferiu ser morto a ter de atravessar entre os
feijões, facto que deixou os perseguidores contentes, que acabaram por cortar-lhe o pescoço.

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Apesar de dispersada e perseguida, a irmandade continuou a existir durante pelo menos mais dois
séculos. Para preservarem ainda mais o secretismo todo o ensino e comunicação da irmandade era oral.
Além disso, todos os discípulos atribuíam as suas descobertas ao seu respeitado fundador tornando
impossível saber que descobertas importantes foram feitas pelo próprio Pitágoras e quais foram feitas por
outros membros da sociedade.

Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras é provavelmente o mais célebre dos teoremas da Matemática:


“A caminho de Siracusa, disse Pitágoras aos netos: o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
catetos.”

Num triângulo retângulo, o quadrado da medida do comprimento da hipotenusa


é igual à soma dos quadrados das medidas dos comprimentos dos catetos.

c ²=a ²+b ²

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS


O Teorema de Pitágoras é, de todos os teoremas da Matemática, o que possui mais
demonstrações!
O livro The Pythagorean Proposition publicado, em 1940, por Elisha Scott Loomis (professor de
Matemática americano), é uma coleção de 370 demonstrações diferentes, agrupadas por
categorias.
Muito tempo depois, na edição de 1991 do livro, a obra de Loomis recebeu uma menção honrosa
relacionada ao “teorema com maior número de provas”.

Exemplos de demonstrações do Teorema de Pitágoras:

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“O contributo de Pitágoras para a Matemática”

2 ab 2 ab
A❑= A ∎+ 4 × A ⊿=( a−b ) + 4 × ⇔ A❑= A ❑−4 × A⊿=( a+b ) −4 × ⇔
2 2
c 2=( a2−2 ab+ b2 ) +2 ab ⇔ c 2=a2 +b 2 c 2=( a2 +2 ab+b 2 )−2 ab ⇔ c 2=a2 +b 2

A origem dos números irracionais

Para os pitagóricos, a tudo no universo se podia associar um número racional.


A crença dos pitagóricos foi abalada quando, pela primeira vez, lhes surgiu um número que não
podia ser escrito de tal forma. Esse número apareceu-lhes quando tentavam determinar a medida do
comprimento da diagonal do quadrado, tomando para unidade o comprimento do lado.

2
d =1 +1
2 2 A medida do comprimento da diagonal é um número d que, elevado ao quadrado, é igual a
2
1 d d =2 2.

d= √ 2 Atualmente, esse número representa-se por √2 , que é uma dízima infinita não periódica e,

1 portanto, um número irracional!

O mítico Pitágoras passou à história através de lendas e algumas piadas. No entanto, quando
hoje sorrimos das fantasias numéricas dos pitagóricos devemos também lembrar-nos do impulso que
deram ao desenvolvimento da matemática e da ciência em geral. Afinal, os pitagóricos foram os
primeiros a acreditar que os padrões da natureza podiam ser explicados através da matemática...

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