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Enfermagem de Saúde Pública (2 Frequência - Frade)
Enfermagem de Saúde Pública (2 Frequência - Frade)
Saúde Pública
Epidemiologia
Por sua vez, Willian Farr foi responsável pela compilação rotineira dos números
e causas de óbitos na Inglaterra por mais de 40 anos. Contribuindo para a
classificação das doenças, a descrição das Epidemias (“lei de Farr”), estudos
que apontavam para as grandes desigualdades regionais e sociais nos perfis de
saúde.
Epidemiologia moderna
A demonstração de que vários fatores contribuem para a
determinação da doença, expandiu o interesse da epidemiologia para as
doenças crónicas.
A epidemiologia das doenças transmissíveis constitui-se da maior
importância nos países em desenvolvimento, que ainda convivem com
doenças tais, como: sarampo, rubéola, malária, dengue e toxi-infecções
alimentares, entre outras.
Nos países mais desenvolvidos, a epidemiologia das doenças
transmissíveis, tornou-se novamente importante devido à emergência de
viroses, tais como: hepatite, síndrome de imunodeficiência adquirida
(SIDA) etc… E ainda as doenças decorrentes do desenvolvimento como
doenças crónicas e doenças mentais, stress e causas externas.
Pilares da epidemiologia:
Ciências biológicas: Clínica, patologia, microbiologia, parasitologia e a
imunologia - contribuem para melhor descrever e classificar as
doenças/ocorrências.
Ciências sociais: A interação do social e do biológico, na produção da
doença, passou a ser essencial na epidemiologia atual. As ciências sociais
dispõem de teorias, métodos e formas de abordagem importantes para o
estudo da determinação social das doenças.
Estatística: Fornece os instrumentos para as investigações de questões
complexas- conceitos e métodos para planeamento execução, análise e
interpretação de estudos. Ex: Desenvolvimento de programas estatísticos
de uso em epidemiologia.
Métodos da Epidemiologia
Avaliação de programas
o Avaliação da efetividade e da eficiência dos programas de Saúde Pública
no cumprimento dos objetivos inicialmente propostos
Funções da Epidemiologia
A epidemiologia produz conhecimentos úteis a cinco tipos de preocupações que
são o que se pode chamar de funções da epidemiologia:
Vigilância epidemiológica
Medida da importância dos problemas de saúde - medição
dos processos de saúde – doença
Identificação dos principais grupos de risco e fatores de risco;
A pesquisa etiológica
A avaliação em saúde – planeamento, administração e avaliação de
programas serviços e ações de saúde
Epidemiologia Descritiva
- Aumenta/Diminui em imigrantes
- Diminui em emigrantes
- É naquele lugar elevada para todos os grupos étnicos
- Grupos étnicos similares, residindo em outros países/lugares
têm menor risco do acontecimento
Estudos Epidemiológicos:
Para se conhecer melhor a saúde de uma população, os fatores que a
determinam, a evolução do processo doença/ocorrência bem como o
impacte das ações propostas para alterar o seu curso, a ciência
desenvolveu várias formas de investigação e abordagem, entre elas os
estudos epidemiológicos.
Principais desenhos
Indivíduos –
Transversais Prevalência dados individuais
Observacionais
Coorte Indivíduos –
Seguimento dados individuais
Longitudinais
Analíticos Caso- Caso Indivíduos –
controle referente dados individuais
Ensaios aleatorizados Doentes-
dados individuais
Experimentais Ensaio de Ensaios Indivíduos saudáveis
Controlado campo clínicos – dados individuais
Ensaio Comunidades – dados
comunitário agregados
Critérios para a classificação dos métodos:
o O propósito geral:
- estudos descritivos e analíticos (comparativos)
o O modo de exposição das pessoas ao fator em foco:
- estudos de observação e de intervenção (experimentais)
o Direção temporal das observações:
- estudos prospetivos, retrospetivos e transversais.
Estudos Descritivos
Informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos
quantitativos: Incidência ou Prevalência.
Estudos Analíticos
Estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causa e efeito,
exposição e doença/ocorrência.
Indicadores de saúde
Indicador é em geral usado para medir aspetos não sujeitos à observação direta
como a saúde, normalidade e felicidade.
Esperança de vida
As taxas de mortalidade infantil
As taxas específicas de mortalidade e morbilidade
A taxa de absentismo,
Etc…
Resultados:
Satisfação do utilizador
Mortalidade e morbilidade.
Confiabilidade
Representatividade (cobertura)
Preceitos éticos
Oportunidade, simplicidade, facilidade de obtenção e custo
confortável
Aspetos técnico-administrativos
Simplicidade
Flexibilidade
Facilidade de obtenção
Custo operacional
Oportunidade
Medidas de Morbilidade
É um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de
uma dada afeção ou a soma de agravos/atentados à saúde que
atingem um grupo de indivíduos.
Termo muito usado em epidemiologia e estatística.
Medidas de frequência:
Conceitos gerais
Em epidemiologia,
Incidência:
Prevalência:
- Mortes
- Curas
- Mortalidade reduzida
- Mortalidade elevada
Mortalidade:
o Refere-se ao número de óbitos relativo à população total.
número de óbitos
o Coef. de mortalidade = x 10k.
população total
Letalidade:
o Refere-se ao número de óbitos relativo à população com aquela doença.
óbitos por determinada doença
o •Coef. de letalidade= número de pessoas com a doença x 10k.
Nota: Uma doença pode ter baixa mortalidade mas alta letalidade –isto depende, fundamentalmente, da
Causalidade
o Os epidemiologistas desenvolvem estudos para determinar o processo causal de
uma doença visam descobrir a causa específica ou causas de uma doença.
Ex. A causa está presente então a doença irá ocorrer. O tabaco é uma das componentes
da causa suficiente do cancro do pulmão, mas não é suficiente por si só para produzir
doença.
Ex. Deve estar presente para a doença ocorrer, mas pode estar sem que a doença ocorra -
M. tuberculosise tuberculose.
- Postulados:
¬ Uma mudança em A leva sempre a uma mudança em B (causa suficiente)
¬ Uma mudança em B sempre é precedida de uma mudança em A (causa
necessária)
¬ A é a única causa de B (especificidade da causa)
¬ B é o único efeito de A (especificidade do efeito)
Fatores causais:
Fatores predisponentes:
o Idade, sexo, doenças prévias - história familiar
Fatores facilitadores:
o Rendimento baixo, alimentação insuficiente, condições de habitação e cuidados
médicos inadequados Favorecem o desenvolvimento da doença.
Fatores precipitantes
o Exposição a um agente específico ou agente nocivo, podem estar associados ao
início de uma doença ou estado.
Fatores de reforço
o Exposição repetida e trabalho excessivamente duro podem agravar uma doença
ou estado já estabelecido
Modelo da tríade
Teia da causalidade
Modelo da Roda
o É semelhante ao modelo da teia
o Identifica os múltiplos fatores etiológicos de doença, sem enfatizar o agente da
doença.
Transição Epidemiológica
Em suma:
o Surge com a transição demográfica:
- Inicialmente predominavam as doenças
infeciosas
- Nas sociedades modernas, estas deram lugar às
doenças crónico-degenerativas
- Originando alteração no padrão de morbilidade e
mortalidades.
o Explica-se:
- Aumento da morbilidade nos grupos menos
favorecidos
- Modificações no seio das famílias
- Medicalização das sociedades modernas pela
melhoria das condições socioeconómicas
- Diminuição da mortalidade e natalidade
- Deterioração do meio ambiente
- Surgimento de novas epidemias