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E aí pessoal, tudo bem com vocês?
Eu espero que sim!

É com grande alegria que trago até vocês esta apostila no estilo Vade-Mecum,
cuidadosamente elaborada com o conteúdo voltado para aqueles que estão se preparando para o tão
esperado concurso de Oficial de Justiça.

Acredito firmemente no poder transformador da educação e na importância de disponibilizar


materiais de qualidade de forma acessível a todos. Por isso, decidi oferecer esta apostila
gratuitamente aos meus seguidores do YouTube, como forma de retribuir todo o apoio e incentivo
que recebo diariamente.

Lembro a todos que a preparação para um concurso é uma jornada desafiadora, mas repleta
de oportunidades. Cada página desta apostila representa um passo em direção ao sucesso na carreira
pública, e tenho plena confiança de que, com dedicação, perseverança e um estudo consistente,
vocês alcançarão seus objetivos.

Aproveitem ao máximo esta apostila e tenham em mente que estou sempre disponível para
ajudar no que for necessário. Contem comigo nessa jornada, e que o esforço de cada um de vocês
seja recompensado com a realização dos seus sonhos.

Ah, e não custa lembrar, este material é de graça, todo mundo pode distribuir mas ninguém
pode vender, ok? Mas se quiser fazer um pix maroto, olha a chave aqui → 40582385000167.

Um forte abraço,

A Mona!

Acesse youtube.com/morenaflowersoficial e veja como usar este material da melhor forma

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Resumo do Edital
CARGO
OFICIAL DE JUSTIÇA referência “7”, grau “A” – Nível I, da Escala de Vencimentos –
Cargos Efetivos – Jornada de Trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, do SQC – III
O(A) candidato(a) aprovado(a) que vier a ser nomeado(a) estará sujeito à jornada de
trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, percebendo os vencimentos e demais
vantagens, num total de R$ 8.804,85 (oito mil, oitocentos e quatro reais e oitenta e cinco
centavos), valor referente a maio/2023, mais auxílios para alimentação, saúde e
transporte. NÍVEL SUPERIOR EM QUALQUER ÁREA

INSCRIÇÕES
30 DE JUNHO DE 2023 À 08/08/2023 NO SITE https://www.vunesp.com.br/TJSP2302

REQUISITOS
1. São condições para inscrição:
a) ser brasileiro(a) nato(a), naturalizado(a) ou gozar das prerrogativas previstas no artigo
12, § 1º da Constituição Federal de 1988;
b) ter 18 anos de idade completos até a data da posse;
c) estar em dia com as obrigações eleitorais;
d) estar em dia com as obrigações do Serviço Militar;
e) não ter sido condenado(a) por crime contra o patrimônio, a administração, a fé pública,
os costumes e os previstos na Lei nº. 11.343 de 23.08.2006;
f) não ter sido condenado(a) por ato de improbidade previsto na Lei nº 8.429/92;
g) ter concluído, até a data da posse, curso de Ensino Superior, em qualquer área de
formação, em Instituição reconhecida pelo MEC;
h) gozar de boa saúde física e mental para o exercício das atribuições do cargo;
i) possuir na data da posse os documentos comprobatórios dos requisitos exigidos para o
cargo e preencher as exigências para a posse previstas na Lei Estadual nº 10.261/1968
com suas atualizações

APLICAÇÃO DA PROVA
A aplicação da prova objetiva está prevista para o dia 15/10/2023, período da tarde, na
cidade sede da CJ.

COMPOSIÇÃO DA PROVA
1. As questões da prova objetiva serão distribuídas em blocos como segue:
BLOCO I: Língua Portuguesa; 20 QUESTÕES
BLOCO II: Conhecimentos Específicos; 58 QUESTÕES
BLOCO III: Conhecimentos Gerais. 22 QUESTÕES
2. A prova objetiva será avaliada na escala de 0 (zero) a 10 (dez) pontos, sendo os blocos
I e II de caráter eliminatório, onde o(a) candidato(a) deverá acertar, no mínimo, 50% das
questões de cada bloco, além do caráter classificatório.
2.1. O bloco III, Conhecimentos Gerais, terá apenas caráter classificatório. 3. Será
considerado(a) habilitado(a) na prova objetiva o(a) candidato(a) que obtiver nota final
igual ou superior a 5 (cinco) pontos no conjunto dos 3 (três) blocos, observado o disposto
no item 2 deste Capítulo.
ATENÇÃO: NÃO HÁ PROVA PRÁTICA PARA ESTE CONCURSO

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QUADRO DE VAGAS

1ª RAJ – ARAÇATUBA (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
SÃO BERNARDO DO CAMPO (Sede da C.J.),
2ª 1 S/R ¹ S/R ¹
DIADEMA
SANTO ANDRÉ (Sede da C.J.), MAUÁ,
RIBEIRÃO PIRES, RIO GRANDE DA
3ª 1 S/R ¹ S/R ¹
SERRA,
SÃO CAETANO DO SUL
OSASCO (Sede da Circunscrição Judiciária –
4ª C.J.), BARUERI, CARAPICUIBA, 2 S/R ¹ 1
JANDIRA, SANTANA DE PARNAÍBA
GUARULHOS (Sede da C.J.), ARUJÁ,
44ª 1 S/R ¹ S/R ¹
MAIRIPORÃ, SANTA ISABEL
MOGI DAS CRUZES (Sede da C.J.), FERRAZ
DE VASCONCELOS, GUARAREMA,
45ª 1 S/R ¹ S/R ¹
ITAQUAQUECETUBA,
POÁ, SUZANO
ITAPECERICA DA SERRA (Sede da C.J.),
COTIA, EMBU DAS ARTES, EMBU GUAÇU,
52ª 1 S/R ¹ S/R ¹
ITAPEVI, TABOÃO DA SERRA, VARGEM
GRANDE PAULISTA

2ª RAJ – ARAÇATUBA (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
ARAÇATUBA (Sede da C.J.), BILAC,
BIRIGUI, BURITAMA, GUARARAPES,
36ª 1 S/R ¹ S/R ¹
PENÁPOLIS,
VALPARAÍSO
LINS (Sede da C.J.), CAFELÂNDIA,
35ª 2 S/R ¹ S/R ¹
GETULINA, PROMISSÃO
ANDRADINA (Sede da C.J.), ILHA
37ª SOLTEIRA, MIRANDÓPOLIS, PEREIRA 2 S/R ¹ S/R ¹
BARRETO
AURIFLAMA, JALES
(Sede da C.J.), PALMEIRA D'OESTE, SANTA
55ª 1 S/R ¹ S/R ¹
FÉ DO SUL,
URÂNIA

3ª RAJ – BAURU (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
BAURU (Sede da C.J.), AGUDOS,
32ª DUARTINA, LENÇOIS PAULISTA, PIRAJUÍ, 1 S/R ¹ S/R ¹
PIRATININGA

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BOTUCATU (Sede da C.J.), CONCHAS,
23ª 1 S/R ¹ S/R ¹
ITATINGA, SÃO MANUEL
AVARÉ (Sede da C.J.), CERQUEIRA CESAR,
24ª FARTURA, ITAÍ, PARANAPANEMA, 2 S/R ¹ 1
TAQUARITUBA
CHAVANTES, IPAUÇU,
25ª OURINHOS (Sede da C.J.), PIRAJÚ, SANTA 1 S/R ¹ S/R ¹
CRUZ DO RIO PARDO
BARIRI, BARRA BONITA, DOIS
CÓRREGOS, JAÚ (Sede da C.J.),
33ª 2 S/R ¹ S/R ¹
MACATUBA,
PEDERNEIRAS

4ª RAJ – CAMPINAS (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
CAMPINAS (Sede da C.J.), COSMÓPOLIS,
PAULÍNIA, VALINHOS, VILA MIMOSA –
8ª 1 S/R ¹ S/R ¹
FORO
REGIONAL (CAMPINAS)
JUNDIAÍ (Sede da C.J.), CAIEIRAS,
CAJAMAR, CAMPO LIMPO PAULISTA,
FRANCISCO MORATO, FRANCO DA
5ª 3 S/R ¹ 1
ROCHA, ITATIBA, ITUPEVA, LOUVEIRA,
VÁRZEA PAULISTA,
VINHEDO
BRAGANÇA PAUESPECIAL(Sede da C.J.),
ATIBAIA, JARINU, NAZARÉ PAULISTA,
6ª 1 S/R ¹ S/R ¹
PINHALZINHO,
PIRACAIA
MOGI MIRIM (Sede da C.J.), ARTUR
7ª NOGUEIRA, CONCHAL, ITAPIRA, MOJI 2 S/R ¹ 1
GUAÇU
RIO CLARO (Sede da C.J.), BROTAS,
9ª 1 S/R ¹ S/R ¹
ITIRAPINA
LIMEIRA (Sede da C.J.), ARARAS,
10ª 1 S/R ¹ S/R ¹
CORDEIRÓPOLIS
PIRASSUNUNGA (Sede da C.J.), LEME,
11ª PORTO FERREIRA, SANTA 1 S/R ¹ S/R ¹
RITA DO PASSA QUATRO
PIRACICABA (Sede da C.J.), CAPIVARI,
CERQUILHO, LARANJAL PAULISTA,
34ª 1 S/R ¹ S/R ¹
MONTE MOR, RIO DAS
PEDRAS, SÃO PEDRO, TIETÊ
SÃO JOÃO DA BOA VISTA (Sede da C.J.),
50ª AGUAÍ, ESPÍRITO SANTO DO PINHAL, 1 S/R ¹ S/R ¹
VARGEM GRANDE DO SUL

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AMERICANA (Sede da C.J.),
53ª HORTOLÂNDIA, NOVA ODESSA, SANTA 2 S/R ¹ 1
BÁRBARA D'OESTE, SUMARÉ
AMPARO (Sede da C.J.), ÁGUAS DE
LINDÓIA, JAGUARÍUNA, PEDREIRA,
54ª 1 S/R ¹ S/R ¹
SERRA
NEGRA, SOCORRO

5ª RAJ – PRESIDENTE PRUDENTE (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
PRESIDENTE
PRUDENTE (Sede da C.J.), IEPÊ,
MARTINÓPOLIS, PIRAPOZINHO,
27ª 1 S/R ¹ S/R ¹
PRESIDENTE BERNARDES, RANCHARIA,
REGENTE
FEIJÓ
ASSIS (Sede da C.J.), CÂNDIDO MOTA,
26ª MARACAÍ, PALMITAL, PARAGUAÇU 1 S/R ¹ S/R ¹
PAULISTA, QUATÁ
PRESIDENTE
VENCESLAU (Sede da C.J.), MIRANTE DO
28ª PARANAPANEMA, PRESIDENTE 1 S/R ¹ S/R ¹
EPITÁCIO, ROSANA, SANTO ANASTÁCIO,
TEODORO SAMPAIO
DRACENA (Sede da C.J.),
JUNQUEIRÓPOLIS, PACAEMBU,
29ª 1 S/R ¹ S/R ¹
PANORAMA, TUPI
PAULISTA
ADAMANTINA, BASTOS, FLÓRIDA
PAULISTA, LUCÉLIA, OSVALDO CRUZ,
30ª 1 S/R ¹ S/R ¹
TUPÃ
(Sede da C.J.)
GÁLIA, GARÇA, MARÍLIA (Sede da C.J.),
31ª 2 S/R ¹ S/R ¹
POMPÉIA

6ª RAJ – RIBEIRÃO PRETO (Sede da Circunscrição Judiciária - C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
RIBEIRÃO PRETO (Sede da C.J.), CAJURU,
CRAVINHOS, JARDINÓPOLIS, PONTAL,
41ª 2 S/R ¹ S/R ²
SANTA ROSA DO VITERBO, SÃO SIMÃO,
SERRANA, SERTÃOZINHO
DESCALVADO, IBATÉ, RIBEIRÃO BONITO,
12ª 2 S/R ¹ S/R ¹
SÃO CARLOS (Sede da C.J.)
13ª ARARAQUARA (Sede da C.J.), AMÉRICO, 1 S/R ¹ S/R ²
BRASILIENSE, BORBOREMA,

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IACANGA, IBITINGA, ITÁPOLIS, MATÃO
FRANCA (Sede da C.J.), PATROCÍNIO S/R ¹
38ª 1 S/R ¹
PAULISTA, PEDREGULHO
ALTINÓPOLIS,
BATATAIS (Sede da C.J.), BRODOWSKI,
39ª 1 S/R ¹ S/R ²
MORRO AGUDO, NUPORANGA,
ORLÂNDIA
GUARÁ, IGARAPAVA, IPUÃ, ITUVERAVA
40ª (Sede da C.J.), MIGUELÓPOLIS, SÃO 2 S/R ¹ S/R ²
JOAQUIM DA BARRA
GUARIBA, JABOTICABAL (Sede da C.J.),
42ª MONTE ALTO, PIRANGI, PITANGUEIRAS, 1 S/R ¹ S/R ²
TAQUARITINGA
CASA BRANCA (Sede da C.J.), CACONDE,
MOCOCA, SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS,
43ª SÃO JOSÉ DO RIO PARDO, SÃO 1 S/R ¹ S/R ²
SEBASTIÃO DA
GRAMA, TAMBAÚ

7ª RAJ – SANTOS (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
SANTOS (Sede da C.J.), BERTIOGA,
1ª CUBATÃO, GUARUJÁ, PRAIA 1 S/R ¹ S/R ¹
GRANDE, SÃO VICENTE
REGISTRO (Sede da C.J.), CANANÉIA,
21ª ELDORADO, IGUAPE, JACUPIRANGA, 1 S/R ¹ S/R ¹
JUQUIÁ, MIRACATU, PARIQUERA-AÇU
ITANHAÉM (Sede da C.J.), ITARIRI,
56ª 1 S/R ¹ S/R ¹
MONGAGUÁ, PERUÍBE

8ª RAJ – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (Sede da C.J.),
JOSÉ BONIFÁCIO, MACAUBAL,
MIRASSOL, MONTE APRAZÍVEL, NEVES
16ª 3 S/R ¹ 1
PAULISTA, NOVA GRANADA, PALESTINA,
PAULO DE FARIA,
POTIRENDABA, TANABI
BARRETOS (Sede da C.J.), BEBEDOURO,
COLINA, GUAÍRA, MONTE AZUL
14ª 2 S/R ¹ 1
PAULISTA, OLÍMPIA,
VIRADOURO
15ª CATANDUVA (Sede da C.J.), ITAJOBI, NOVO 1 S/R ¹ S/R ¹
HORIZONTE, SANTA ADÉLIA, TABAPUÃ,

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URUPÊS
VOTUPORANGA (Sede da C.J.), CARDOSO,
17ª 1 S/R ¹ S/R ¹
NHANDEARA
ESTRELA D'OESTE, FERNANDÓPOLIS
18ª (Sede da C.J.), GENERAL SALGADO, 2 S/R ¹ 1
OUROESTE

9ª RAJ – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
SÃO JOSE DOS CAMPOS (Sede da C.J.),
JACAREÍ, PARAIBUNA, SALESÓPOLIS,
46ª 1 S/R ¹ S/R ¹
SANTA
BRANCA
TAUBATÉ (Sede da C.J.), CAÇAPAVA,
CAMPOS DO JORDÃO,
47ª PINDAMONHANGABA, SÃO BENTO DO 1 S/R ¹ S/R ¹
SAPUCAÍ, SÃO LUIZ DO PARAITINGA,
TREMEMBÉ
APARECIDA, BANANAL, CACHOEIRA
PAULISTA, CRUZEIRO, CUNHA,
48ª GUARATINGUETÁ 2 S/R ¹ S/R ¹
(Sede da C.J.),
LORENA, PIQUETE, QUELUZ, ROSEIRA
CARAGUATATUBA
51ª (Sede da C.J.), ILHABELA, SÃO SEBASTIÃO, 1 S/R ¹ S/R ¹
UBATUBA

10ª RAJ – SOROCABA (Sede da C.J.)


C.J. COMARCAS GERAL ESPECIAL NEGROS
SOROCABA (Sede da C.J.), IBIÚNA,
MAIRINQUE, PIEDADE, PILAR DO SUL,
19ª SALTO 2 S/R ¹ 1
DE PIRAPORA, SÃO ROQUE,
VOTORANTIM
ITU (Sede da C.J.), BOITUVA, CABREÚVA,
20ª 1 S/R ¹ S/R ¹
INDAIATUBA, PORTO FELIZ, SALTO
ANGATUBA, CAPÃO BONITO, CESÁRIO
LANGE, ITAPETININGA
22ª 2 S/R ¹ S/R ¹
(Sede da C.J.), PORANGABA, SÃO
MIGUEL ARCANJO, TATUÍ
APIAÍ, BURI, ITABERÁ, ITAPEVA (Sede da
49ª 2 S/R ¹ 1
C.J.), ITAPORANGA, ITARARÉ
S/R¹ : O NÚMERO DE VAGAS NÃO PERMITE, EM PRIMEIRA ANÁLISE, A RESERVA DE VAGAS PARA LISTA
ESPECIAL OU NEGROS. MESMO ASSIM, É POSSÍVEL FAZER A INSCRIÇÃO E A VAGA PODE APARECER
CONFORME O TAMANHO DA DEMANDA.

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Tabela Custo-Benefício
Conteúdo Letras Questões Artigos

Código Penal 60k 7-8 91

Processo Penal 84k 5-6 150

PP 9099 4k 1-2 9

Processo Civil 170k 5-6 232

PC 9099 4k 1-2 4

Constitucional 84k 7-8 34

Estatuto Func SP 17k 4-5 18

Improbidade 5k 4-5 8

Código Civil 68k 6-7 184

DL 4.657 18k 1-2 30

Lei 6.830 7k 1-2 6

Resolucao CNJ 10k 1-2 13

Lei 11.608 12k 1-2 12

Normas da Corregedoria 110k 7-8 125

Esta tabela apresenta o tamanho do texto da lei seca em cada matéria, em milhares (60k = 60.000 letras). O
número de questões é uma previsão do mínimo e máximo que essa matéria pode aparecer na prova. Por fim,
a última coluna apresenta quantos artigos cada matéria contém.
É importante destacar que em direito constitucional o número de artigos destoa do padrão, pois há dois
artigos ( o 5º e o 7º ) que são gigantes.
Entender que há matérias pequenas que podem garantir pontos valiosos é fundamental para o seu
planejamento.
Use com sabedoria!

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RENDIMENTO CICLO I
INICIO: ___________ PREVISÃO FIM: ___________ FINAL REAL: ___________
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160
161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200
201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220
221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240
241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260
261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280
281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300
301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320
321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340
341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360
361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380
381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400
401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420
421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440
441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460
461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480
481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 496 497 498 499 500
501 502 503 504 505 506 507 508 509 510 511 512 513 514 515 516 517 518 519 520
521 522 523 524 525 526 527 528 529 530 531 532 533 534 535 536 537 538 539 540
541 542 543 544 545 546 547 548 549 550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 560
561 562 563 564 565 566 567 568 569 570 571 572 573 574 575 576 577 578 579 580
581 582 583 584 585 586 587 588 589 590 591 592 593 594 595 596 597 598 599 600
601 602 603 604 605 606 607 608 609 610 611 612 613 614 615 616 617 618 619 620
621 622 623 624 625 626 627 628 629 630 631 632 633 634 635 636 637 638 639 640
641 642 643 644 645 646 647 648 649 650 651 652 653 654 655 656 657 658 659 660
661 662 663 664 665 666 667 668 669 670 671 672 673 674 675 676 677 678 679 680
681 682 683 684 685 686 687 688 689 690 691 692 693 694 695 696 697 698 699 700
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PREENCHER AO FINAL DO CICLO: ARTs MEMORIZADOS / MATÉRIA

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CÓDIGO PENAL: ____/91 IMPROBIDADE: ____/2

PROCESSO PENAL: ____/150 CÓDIGO CIVIL: ____/184

PP 9099: ____/9 DL 4657: ____/30

PROCESSO CIVIL: ____/232 LEI 6830: ____/6

PC 9099: ____/4 RESOLUCAO CNJ: ____/13

CONSTITUCIONAL: ____/34* LEI 11608: ____/10

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RENDIMENTO CICLO III
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PREENCHER AO FINAL DO CICLO: ARTs MEMORIZADOS / MATÉRIA

CÓDIGO PENAL: ____/91 IMPROBIDADE: ____/2

PROCESSO PENAL: ____/150 CÓDIGO CIVIL: ____/184

PP 9099: ____/9 DL 4657: ____/30

PROCESSO CIVIL: ____/232 LEI 6830: ____/6

PC 9099: ____/4 RESOLUCAO CNJ: ____/13

CONSTITUCIONAL: ____/34* LEI 11608: ____/10

ESTATUTO FUNC SP: ____/18 NORMAS: ____/125

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DIREITO PENAL

CÓDIGO PENAL
PARTE GERAL - TÍTULO I
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 11 12
TÍTULO VII - DA AÇÃO PENAL
CAPÍTULO VII - DA REABILITAÇÃO
100 101 102 103 104 105 106
TÍTULO VIII - DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
PARTE ESPECIAL - TÍTULO I
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA
121
CAPÍTULO II - DAS LESÕES CORPORAIS
129
CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
150 154
TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO II - DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
293 294 295
CAPÍTULO III - DA FALSIDADE DOCUMENTAL
296 297 298 299 300 301 302 303 304 305
CAPÍTULO IV - DE OUTRAS FALSIDADES
307 308
CAPÍTULO V - DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
311-A
TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS
312 313 313-A 313-B 314 315 316 317 318 319 319-A 320 321 322 323 324 325 326 327
CAPÍTULO II - DOS CRIMES PRATICADOS POR
328 329 330 331 332 333 336 337
CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
339 340 341 342 343 344 345 346 347 357 359

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PARTE GERAL - TÍTULO I

Anterioridade da Lei Art. 6º Considera-se praticado o crime no


lugar em que ocorreu a açã o ou omissã o, no todo
Art. 1º Nã o há crime sem lei anterior que o ou em parte, bem como onde se produziu ou
defina. Nã o há pena sem prévia cominaçã o legal. deveria produzir-se o resultado.

Lei penal no tempo Extraterritorialidade


Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira,
que lei posterior deixa de considerar crime, embora cometidos no estrangeiro:
cessando em virtude dela a execuçã o e os efeitos I - os crimes:
penais da sentença condenató ria. a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
Pará grafo ú nico - A lei posterior, que de qualquer Repú blica;
modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos b) contra o patrimô nio ou a fé pú blica da Uniã o, do
anteriores, ainda que decididos por sentença Distrito Federal, de Estado, de Territó rio, de
condenató ria transitada em julgado. Município, de empresa pú blica, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundaçã o instituída
Lei excepcional ou temporária pelo Poder Pú blico;
c) contra a administraçã o pú blica, por quem está a
Art. 3º A lei excepcional ou temporá ria, seu serviço;
embora decorrido o período de sua duraçã o ou d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou
cessadas as circunstâ ncias que a determinaram, domiciliado no Brasil;
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. II - os crimes:
a) que, por tratado ou convençã o, o Brasil se
Tempo do crime obrigou a reprimir;
Art. 4º Considera-se praticado o crime no b) praticados por brasileiro;
momento da açã o ou omissã o, ainda que outro c) praticados em aeronaves ou embarcaçõ es
seja o momento do resultado. brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em territó rio estrangeiro e aí nã o sejam
Territorialidade julgados.
§ 1º Nos casos do inciso I, o agente é punido
Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
prejuízo de convençõ es, tratados e regras de condenado no estrangeiro.
direito internacional, ao crime cometido no § 2º Nos casos do inciso II, a aplicaçã o da lei
territó rio nacional. brasileira depende do concurso das seguintes
§ 1º Para os efeitos penais, consideram-se como condiçõ es:
extensã o do territó rio nacional as embarcaçõ es e a) entrar o agente no territó rio nacional;
aeronaves brasileiras, de natureza pú blica ou a b) ser o fato punível também no país em que foi
serviço do governo brasileiro onde quer que se praticado;
encontrem, bem como as aeronaves e as c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais
embarcaçõ es brasileiras, mercantes ou de a lei brasileira autoriza a extradiçã o;
propriedade privada, que se achem, d) nã o ter sido o agente absolvido no estrangeiro
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou nã o ter aí cumprido a pena;
ou em alto-mar. e) nã o ter sido o agente perdoado no estrangeiro
§ 2º É também aplicável a lei brasileira aos crimes ou, por outro motivo, nã o estar extinta a
praticados a bordo de aeronaves ou embarcaçõ es punibilidade, segundo a lei mais favorável.
estrangeiras de propriedade privada, achando-se § 3º A lei brasileira aplica-se também ao crime
aquelas em pouso no territó rio nacional ou em cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
vô o no espaço aéreo correspondente, e estas em Brasil, se, reunidas as condiçõ es previstas no
porto ou mar territorial do Brasil. pará grafo anterior:
a) nã o foi pedida ou foi negada a extradiçã o;
Lugar do crime b) houve requisiçã o do Ministro da Justiça.

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Pena cumprida no estrangeiro representaçã o do ofendido ou de requisiçã o do
Ministro da Justiça.
Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro § 2º A açã o de iniciativa privada é promovida
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo mediante queixa do ofendido ou de quem tenha
crime, quando diversas, ou nela é computada, qualidade para representá -lo.
quando idênticas. § 3º A açã o de iniciativa privada pode intentar-se
nos crimes de açã o pú blica, se o Ministério Pú blico
Eficácia de sentença estrangeira nã o oferece denú ncia no prazo legal.
§ 4º No caso de morte do ofendido ou de ter sido
Art. 9º A sentença estrangeira, quando a declarado ausente por decisã o judicial, o direito
aplicaçã o da lei brasileira produz na espécie as de oferecer queixa ou de prosseguir na açã o passa
mesmas conseqü ências, pode ser homologada no ao cô njuge, ascendente, descendente ou irmã o.
Brasil para:
I - obrigar o condenado à reparaçã o do dano, a A ação penal no crime complexo
restituiçõ es e a outros efeitos civis;
II - sujeitá -lo a medida de segurança. Art. 101 - Quando a lei considera como
Pará grafo ú nico - A homologaçã o depende: elemento ou circunstâ ncias do tipo legal fatos que,
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido por si mesmos, constituem crimes, cabe açã o
da parte interessada; pú blica em relaçã o à quele, desde que, em relaçã o
b) para os outros efeitos, da existência de tratado a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa
de extradiçã o com o país de cuja autoridade do Ministério Pú blico.
judiciá ria emanou a sentença, ou, na falta de
tratado, de requisiçã o do Ministro da Justiça. Irretratabilidade da representação
Contagem de prazo Art. 102 - A representaçã o será
irretratável depois de oferecida a denú ncia.
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no
cô mputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e Decadência do direito de queixa ou de
os anos pelo calendá rio comum. representação
Frações não computáveis da pena Art. 103 - Salvo disposiçã o expressa em
contrá rio, o ofendido decai do direito de queixa ou
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas de representaçã o se nã o o exerce dentro do prazo
privativas de liberdade e nas restritivas de de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a
direitos, as fraçõ es de dia, e, na pena de multa, as saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º
fraçõ es de cruzeiro. do art. 100 deste Có digo, do dia em que se esgota
o prazo para oferecimento da denú ncia.
Legislação especial
Art. 12 - As regras gerais deste Có digo
Renúncia expressa ou tácita do direito
aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, de queixa
se esta nã o dispuser de modo diverso.
Art. 104 - O direito de queixa nã o pode ser
exercido quando renunciado expressa ou
TÍTULO VII - DA AÇÃO PENAL tacitamente.
Pará grafo ú nico - Importa renú ncia tá cita ao
CAPÍTULO VII - DA REABILITAÇÃO direito de queixa a prá tica de ato incompatível
com a vontade de exercê-lo; nã o a implica, todavia,
SEÇÃO III - DA PENA DE MULTA o fato de receber o ofendido a indenizaçã o do
dano causado pelo crime.
Ação pública e de iniciativa privada
Perdão do ofendido
Art. 100 - A açã o penal é pú blica, salvo
quando a lei expressamente a declara privativa do Art. 105 - O perdã o do ofendido, nos
ofendido. crimes em que somente se procede mediante
§ 1º A açã o pú blica é promovida pelo Ministério queixa, obsta ao prosseguimento da açã o.
Pú blico, dependendo, quando a lei o exige, de

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IV - em oito anos, se o má ximo da pena é superior
Art. 106 - O perdã o, no processo ou fora a dois anos e nã o excede a quatro;
dele, expresso ou tá cito: V - em quatro anos, se o má ximo da pena é igual a
I - se concedido a qualquer dos querelados, a um ano ou, sendo superior, nã o excede a dois;
todos aproveita; VI - em 3 (três) anos, se o má ximo da pena é
II - se concedido por um dos ofendidos, nã o inferior a 1 (um) ano.
prejudica o direito dos outros;
III - se o querelado o recusa, nã o produz efeito. Prescrição das penas restritivas de
§ 1º Perdã o tá cito é o que resulta da prá tica de ato
direito
incompatível com a vontade de prosseguir na
Pará grafo ú nico - Aplicam-se à s penas restritivas
açã o.
de direito os mesmos prazos previstos para as
§ 2º Nã o é admissível o perdã o depois que passa
privativas de liberdade.
em julgado a sentença condenató ria.
Prescrição depois de transitar em
Extinção da punibilidade
julgado sentença final condenatória
TÍTULO VIII - DA EXTINÇÃO DA Art. 110 - A prescriçã o depois de transitar
PUNIBILIDADE em julgado a sentença condenató ria regula-se pela
pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no
artigo anterior, os quais se aumentam de um terço,
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: se o condenado é reincidente.
I - pela morte do agente; § 1º A prescriçã o, depois da sentença
II - pela anistia, graça ou indulto; condenató ria com trâ nsito em julgado para a
III - pela retroatividade de lei que nã o mais acusaçã o ou depois de improvido seu recurso,
considera o fato como criminoso; regula-se pela pena aplicada, nã o podendo, em
IV - pela prescriçã o, decadência ou perempçã o; nenhuma hipó tese, ter por termo inicial data
V - pela renú ncia do direito de queixa ou pelo anterior à da denú ncia ou queixa.
perdã o aceito, nos crimes de açã o privada;
VI - pela retrataçã o do agente, nos casos em que a Termo inicial da prescrição antes de
lei a admite; transitar em julgado a sentença final
IX - pelo perdã o judicial, nos casos previstos em
lei. Art. 111 - A prescriçã o, antes de transitar
em julgado a sentença final, começa a correr:
Art. 108 - A extinçã o da punibilidade de I - do dia em que o crime se consumou;
crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a
circunstâ ncia agravante de outro nã o se estende a atividade criminosa;
este. Nos crimes conexos, a extinçã o da III - nos crimes permanentes, do dia em que
punibilidade de um deles nã o impede, quanto aos cessou a permanência;
outros, a agravaçã o da pena resultante da conexã o. IV - nos de bigamia e nos de falsificaçã o ou
alteraçã o de assentamento do registro civil, da
Prescrição antes de transitar em data em que o fato se tornou conhecido.
julgado a sentença V - nos crimes contra a dignidade sexual ou que
envolvam violência contra a criança e o
Art. 109. A prescriçã o, antes de transitar adolescente, previstos neste Có digo ou em
em julgado a sentença final, salvo o disposto no § legislaçã o especial, da data em que a vítima
1º do art. 110 deste Có digo, regula-se pelo completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo
má ximo da pena privativa de liberdade cominada já houver sido proposta a açã o penal.
ao crime, verificando-se:
I - em vinte anos, se o má ximo da pena é superior Termo inicial da prescrição após a
a doze; sentença condenatória irrecorrível
II - em dezesseis anos, se o má ximo da pena é
superior a oito anos e nã o excede a doze; Art. 112 - No caso do art. 110 deste
III - em doze anos, se o má ximo da pena é superior Có digo, a prescriçã o começa a correr:
a quatro anos e nã o excede a oito; I - do dia em que transita em julgado a sentença
condenató ria, para a acusaçã o, ou a que revoga a

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suspensã o condicional da pena ou o livramento inadmissíveis; e
condicional; IV - enquanto nã o cumprido ou nã o rescindido o
II - do dia em que se interrompe a execuçã o, salvo acordo de nã o persecuçã o penal.
quando o tempo da interrupçã o deva computar-se Pará grafo ú nico - Depois de passada em julgado a
na pena. sentença condenató ria, a prescriçã o nã o corre
durante o tempo em que o condenado está preso
Prescrição no caso de evasão do por outro motivo.
condenado ou de revogação do
livramento condicional Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescriçã o
Art. 113 - No caso de evadir-se o
interrompe-se:
condenado ou de revogar-se o livramento
I - pelo recebimento da denú ncia ou da queixa;
condicional, a prescriçã o é regulada pelo tempo
II - pela pronú ncia;
que resta da pena.
III - pela decisã o confirmató ria da pronú ncia;
Prescrição da multa IV - pela publicaçã o da sentença ou acó rdã o
condenató rios recorríveis;
Art. 114 - A prescriçã o da pena de multa V - pelo início ou continuaçã o do cumprimento da
ocorrerá : pena;
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a ú nica VI - pela reincidência.
cominada ou aplicada; § 1º Excetuados os casos dos incisos V e VI deste
II - no mesmo prazo estabelecido para prescriçã o artigo, a interrupçã o da prescriçã o produz efeitos
da pena privativa de liberdade, quando a multa for relativamente a todos os autores do crime. Nos
alternativa ou cumulativamente cominada ou crimes conexos, que sejam objeto do mesmo
cumulativamente aplicada. processo, estende-se aos demais a interrupçã o
relativa a qualquer deles.
Redução dos prazos de prescrição § 2º Interrompida a prescriçã o, salvo a hipó tese
do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a
Art. 115 - Sã o reduzidos de metade os correr, novamente, do dia da interrupçã o.
prazos de prescriçã o quando o criminoso era, ao
tempo do crime, menor de 21 Art. 118 - As penas mais leves prescrevem
com as mais graves.
Causas impeditivas da prescrição
Art. 119 - No caso de concurso de crimes,
Art. 116 - Antes de passar em julgado a a extinçã o da punibilidade incidirá sobre a pena
sentença final, a prescriçã o nã o corre: de cada um, isoladamente.
I - enquanto nã o resolvida, em outro processo,
questã o de que dependa o reconhecimento da Perdão judicial
existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; Art. 120 - A sentença que conceder perdã o
III - na pendência de embargos de declaraçã o ou judicial nã o será considerada para efeitos de
de recursos aos Tribunais Superiores, quando reincidência.
PARTE ESPECIAL - TÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA injusta provocaçã o da vítima, o juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio qualificado
Homicídio simples § 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou
Art. 121. Matar alguem:
por outro motivo torpe;
Pena - reclusã o, de seis a vinte anos.
II - por motivo futil;
Caso de diminuição de pena III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traiçã o, de emboscada, ou mediante
domínio de violenta emoçã o, logo em seguida a
dissimulaçã o ou outro recurso que dificulte ou

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torne impossivel a defesa do ofendido; conseqü ências da infraçã o atingirem o pró prio
V - para assegurar a execuçã o, a ocultaçã o, a agente de forma tã o grave que a sançã o penal se
impunidade ou vantagem de outro crime: torne desnecessá ria.
Pena - reclusã o, de doze a trinta anos. § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a
metade se o crime for praticado por milícia
Feminicídio privada, sob o pretexto de prestaçã o de serviço de
VI - contra a mulher por razõ es da condiçã o de segurança, ou por grupo de extermínio.
sexo feminino: § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3
VII - contra autoridade ou agente descrito nos (um terço) até a metade se o crime for praticado:
arts. 142 e 144 da Constituiçã o Federal, I - durante a gestaçã o ou nos 3 (três) meses
integrantes do sistema prisional e da Força posteriores ao parto;
Nacional de Segurança Pú blica, no exercício da II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos,
funçã o ou em decorrência dela, ou contra seu com deficiência ou com doenças degenerativas
cô njuge, companheiro ou parente consanguíneo que acarretem condiçã o limitante ou de
até terceiro grau, em razã o dessa condiçã o: vulnerabilidade física ou mental;
VIII - com emprego de arma de fogo de uso III - na presença física ou virtual de descendente
restrito ou proibido: ou de ascendente da vítima;
IV - em descumprimento das medidas protetivas
Homicídio contra menor de 14 de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput
(quatorze) anos do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: 2006.
Pena - reclusã o, de doze a trinta anos.
CAPÍTULO II - DAS LESÕES CORPORAIS
§ 2º-A Considera-se que há razõ es de condiçã o de
sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
Lesão corporal
II - menosprezo ou discriminaçã o à condiçã o de Art. 129. Ofender a integridade corporal
mulher. ou a saú de de outrem:
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 Pena - detençã o, de três meses a um ano.
(quatorze) anos é aumentada de:
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é Lesão corporal de natureza grave
pessoa com deficiência ou com doença que § 1º Se resulta:
implique o aumento de sua vulnerabilidade; I - Incapacidade para as ocupaçõ es habituais, por
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, mais de trinta dias;
padrasto ou madrasta, tio, irmã o, cô njuge, II - perigo de vida;
companheiro, tutor, curador, preceptor ou III - debilidade permanente de membro, sentido
empregador da vítima ou por qualquer outro ou funçã o;
título tiver autoridade sobre ela. IV - aceleraçã o de parto:
Pena - reclusã o, de um a cinco anos.
Homicídio culposo § 2° Se resulta:
§ 3º Se o homicídio é culposo: I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Pena - detençã o, de um a três anos. II - enfermidade incuravel;
III perda ou inutilizaçã o do membro, sentido ou
Aumento de pena funçã o;
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de IV - deformidade permanente;
1/3 (um terço), se o crime resulta de V - aborto:
inobservâ ncia de regra técnica de profissã o, arte Pena - reclusã o, de dois a oito anos.
ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, nã o procura diminuir as Lesão corporal seguida de morte
conseqü ências do seu ato, ou foge para evitar § 3° Se resulta morte e as circunstâ ncias
prisã o em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a evidenciam que o agente nã o quís o resultado,
pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é nem assumiu o risco de produzí-lo:
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) Pena - reclusã o, de quatro a doze anos.
ou maior de 60 (sessenta) anos.
§ 5º Na hipó tese de homicídio culposo, o juiz Diminuição de pena
poderá deixar de aplicar a pena, se as

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§ 4° Se o agente comete o crime impelido por SEÇÃO II - DOS CRIMES CONTRA A
motivo de relevante valor social ou moral ou sob o INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
domínio de violenta emoçã o, logo em seguida a
injusta provocaçã o da vítima, o juiz pode reduzir a Violação de domicílio
pena de um sexto a um terço.
Art. 150 - Entrar ou permanecer,
Substituição da pena clandestina ou astuciosamente, ou contra a
§ 5° O juiz, nã o sendo graves as lesõ es, pode ainda vontade expressa ou tá cita de quem de direito, em
substituir a pena de detençã o pela de multa, de casa alheia ou em suas dependências:
duzentos mil réis a dois contos de réis: Pena - detençã o, de um a três meses, ou multa.
I - se ocorre qualquer das hipó teses do pará grafo § 1º Se o crime é cometido durante a noite, ou em
anterior; lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de
II - se as lesõ es sã o recíprocas. arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detençã o, de seis meses a dois anos, além
Lesão corporal culposa da pena correspondente à violência.
§ 6° Se a lesã o é culposa: § 3º Nã o constitui crime a entrada ou
Pena - detençã o, de dois meses a um ano. permanência em casa alheia ou em suas
dependências:
Aumento de pena I - durante o dia, com observâ ncia das
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se formalidades legais, para efetuar prisã o ou outra
ocorrer qualquer das hipó teses dos §§ 4º e 6º do diligência;
art. 121 deste Có digo. II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando
§ 8º Aplica-se à lesã o culposa o disposto no § 5º algum crime está sendo ali praticado ou na
do art. 121. iminência de o ser.
§ 4º A expressã o "casa" compreende:
Violência Doméstica I - qualquer compartimento habitado;
§ 9º Se a lesã o for praticada contra ascendente, II - aposento ocupado de habitaçã o coletiva;
descendente, irmã o, cô njuge ou companheiro, ou III - compartimento nã o aberto ao pú blico, onde
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, alguém exerce profissã o ou atividade.
prevalecendo-se o agente das relaçõ es domésticas, § 5º Nã o se compreendem na expressã o "casa":
de coabitaçã o ou de hospitalidade: I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra
Pena - detençã o, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. habitaçã o coletiva, enquanto aberta, salvo a
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste restriçã o do n.º II do pará grafo anterior;
artigo, se as circunstâ ncias sã o as indicadas no § II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo
9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um gênero.
terço).
§ 11. Na hipó tese do § 9º deste artigo, a pena será SEÇÃO IV - DOS CRIMES CONTRA A
aumentada de um terço se o crime for cometido INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
contra pessoa portadora de deficiência.
§ 12. Se a lesã o for praticada contra autoridade ou
Violação do segredo profissional
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa,
Constituiçã o Federal, integrantes do sistema segredo, de que tem ciência em razã o de funçã o,
prisional e da Força Nacional de Segurança ministério, ofício ou profissã o, e cuja revelaçã o
Pú blica, no exercício da funçã o ou em decorrência possa produzir dano a outrem:
dela, ou contra seu cô njuge, companheiro ou Pena - detençã o, de três meses a um ano, ou multa
parente consanguíneo até terceiro grau, em razã o de um conto a dez contos de réis.
dessa condiçã o, a pena é aumentada de um a dois Pará grafo ú nico - Somente se procede mediante
terços. representaçã o.
§ 13. Se a lesã o for praticada contra a mulher, por
razõ es da condiçã o do sexo feminino, nos termos
do § 2º-A do art. 121 deste Có digo: TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA
Pena - reclusã o, de 1 (um) a 4 (quatro anos). A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A
LIBERDADE INDIVIDUAL CAPÍTULO II - DA FALSIDADE DE TÍTULOS E
OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS

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Falsificação de papéis públicos exercido em vias, praças ou outros logradouros
pú blicos e em residências.
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou
alterando-os: Petrechos de falsificação
I - selo destinado a controle tributá rio, papel
selado ou qualquer papel de emissã o legal Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer,
destinado à arrecadaçã o de tributo; possuir ou guardar objeto especialmente
II - papel de crédito pú blico que nã o seja moeda destinado à falsificaçã o de qualquer dos papéis
de curso legal; referidos no artigo anterior:
III - vale postal; Pena - reclusã o, de um a três anos, e multa.
IV - cautela de penhor, caderneta de depó sito de Art. 295 - Se o agente é funcioná rio
caixa econô mica ou de outro estabelecimento
pú blico, e comete o crime prevalecendo-se do
mantido por entidade de direito pú blico;
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
V - talã o, recibo, guia, alvará ou qualquer outro
documento relativo a arrecadaçã o de rendas CAPÍTULO III - DA FALSIDADE DOCUMENTAL
pú blicas ou a depó sito ou cauçã o por que o poder
pú blico seja responsável; Falsificação do selo ou sinal público
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
transporte administrada pela Uniã o, por Estado ou Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou
por Município: alterando-os:
Pena - reclusã o, de dois a oito anos, e multa. I - selo pú blico destinado a autenticar atos oficiais
§ 1º Incorre na mesma pena quem: da Uniã o, de Estado ou de Município;
I - usa, guarda, possui ou detém qualquer dos II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de
papéis falsificados a que se refere este artigo; direito pú blico, ou a autoridade, ou sinal pú blico
II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, de tabeliã o:
empresta, guarda, fornece ou restitui à circulaçã o Pena - reclusã o, de dois a seis anos, e multa.
selo falsificado destinado a controle tributá rio; § 1º Incorre nas mesmas penas:
III - importa, exporta, adquire, vende, expõ e à I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
venda, mantém em depó sito, guarda, troca, cede, II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal
empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito
utiliza em proveito pró prio ou alheio, no exercício pró prio ou alheio.
de atividade comercial ou industrial, produto ou III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de
mercadoria: marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine símbolos utilizados ou identificadores de ó rgã os
a controle tributá rio, falsificado; ou entidades da Administraçã o Pú blica.
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislaçã o § 2º Se o agente é funcioná rio pú blico, e comete o
tributá ria determina a obrigatoriedade de sua crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
aplicaçã o. pena de sexta parte.
§ 2º Suprimir, em qualquer desses papéis, quando
legítimos, com o fim de torná -los novamente Falsificação de documento público
utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,
inutilizaçã o:
documento pú blico, ou alterar documento pú blico
Pena - reclusã o, de um a quatro anos, e multa.
verdadeiro:
§ 3º Incorre na mesma pena quem usa, depois de
Pena - reclusã o, de dois a seis anos, e multa.
alterado, qualquer dos papéis a que se refere o
§ 1º Se o agente é funcioná rio pú blico, e comete o
pará grafo anterior.
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
§ 4º Quem usa ou restitui à circulaçã o, embora
pena de sexta parte.
recebido de boa-fé, qualquer dos papéis
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a
falsificados ou alterados, a que se referem este
documento pú blico o emanado de entidade
artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível
ou alteraçã o, incorre na pena de detençã o, de seis
por endosso, as açõ es de sociedade comercial, os
meses a dois anos, ou multa.
livros mercantis e o testamento particular.
§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para os
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou
fins do inciso III do § 1º, qualquer forma de
faz inserir:
comércio irregular ou clandestino, inclusive o

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I - na folha de pagamento ou em documento de Certidão ou atestado ideologicamente
informaçõ es que seja destinado a fazer prova falso
perante a previdência social, pessoa que nã o
possua a qualidade de segurado obrigató rio; Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente,
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do em razã o de funçã o pú blica, fato ou circunstâ ncia
empregado ou em documento que deva produzir que habilite alguém a obter cargo pú blico, isençã o
efeito perante a previdência social, declaraçã o de ô nus ou de serviço de cará ter pú blico, ou
falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; qualquer outra vantagem:
III - em documento contá bil ou em qualquer outro Pena - detençã o, de dois meses a um ano.
documento relacionado com as obrigaçõ es da
empresa perante a previdência social, declaraçã o Falsidade material de atestado ou
falsa ou diversa da que deveria ter constado. certidão
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos § 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou
documentos mencionados no § 3º, nome do certidã o, ou alterar o teor de certidã o ou de
segurado e seus dados pessoais, a remuneraçã o, a atestado verdadeiro, para prova de fato ou
vigência do contrato de trabalho ou de prestaçã o circunstâ ncia que habilite alguém a obter cargo
de serviços. pú blico, isençã o de ô nus ou de serviço de cará ter
pú blico, ou qualquer outra vantagem:
Falsificação de documento particular Pena - detençã o, de três meses a dois anos.
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, § 2º Se o crime é praticado com o fim de lucro,
documento particular ou alterar documento aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a
particular verdadeiro: de multa.
Pena - reclusã o, de um a cinco anos, e multa.
Falsidade de atestado médico
Falsificação de cartão Art. 302 - Dar o médico, no exercício da
Pará grafo ú nico. Para fins do disposto no caput,
sua profissã o, atestado falso:
equipara-se a documento particular o cartã o de
Pena - detençã o, de um mês a um ano.
crédito ou débito.
Pará grafo ú nico - Se o crime é cometido com o fim
de lucro, aplica-se também multa.
Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento pú blico Reprodução ou adulteração de selo ou
ou particular, declaraçã o que dele devia constar, peça filatélica
ou nele inserir ou fazer inserir declaraçã o falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou
prejudicar direito, criar obrigaçã o ou alterar a peça filatélica que tenha valor para coleçã o, salvo
verdade sobre fato juridicamente relevante: quando a reproduçã o ou a alteraçã o está
Pena - reclusã o, de um a cinco anos, e multa, se o visivelmente anotada na face ou no verso do selo
documento é pú blico, e reclusã o de um a três anos, ou peça:
e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de Pena - detençã o, de um a três anos, e multa.
réis, se o documento é particular. Pará grafo ú nico - Na mesma pena incorre quem,
Pará grafo ú nico - Se o agente é funcioná rio para fins de comércio, faz uso do selo ou peça
pú blico, e comete o crime prevalecendo-se do filatélica.
cargo, ou se a falsificaçã o ou alteraçã o é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena
Uso de documento falso
de sexta parte. Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos
papéis falsificados ou alterados, a que se referem
Falso reconhecimento de firma ou letra os arts. 297 a 302:
Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, Pena - a cominada à falsificaçã o ou à alteraçã o.
no exercício de funçã o pú blica, firma ou letra que
o nã o seja:
Supressão de documento
Pena - reclusã o, de um a cinco anos, e multa, se o Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em
documento é pú blico; e de um a três anos, e multa, benefício pró prio ou de outrem, ou em prejuízo
se o documento é particular.

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alheio, documento pú blico ou particular PÚBLICA
verdadeiro, de que nã o podia dispor:
Pena - reclusã o, de dois a seis anos, e multa, se o
CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR
documento é pú blico, e reclusã o, de um a cinco
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
anos, e multa, se o documento é particular.
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
CAPÍTULO IV - DE OUTRAS FALSIDADES
Peculato
Falsa identidade
Art. 312 - Apropriar-se o funcioná rio
Art. 307 Atribuir-se ou atribuir a terceiro pú blico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
falsa identidade para obter vantagem, em proveito mó vel, pú blico ou particular, de que tem a posse
pró prio ou alheio, ou para causar dano a outrem: em razã o do cargo, ou desviá -lo, em proveito
Pena - detençã o, de três meses a um ano, ou multa, pró prio ou alheio:
se o fato nã o constitui elemento de crime mais Pena - reclusã o, de dois a doze anos, e multa.
grave. § 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcioná rio
pú blico, embora nã o tendo a posse do dinheiro,
Art. 308 Usar, como pró prio, passaporte, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
título de eleitor, caderneta de reservista ou subtraído, em proveito pró prio ou alheio, valendo-
qualquer documento de identidade alheia ou se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
ceder a outrem, para que dele se utilize, de funcioná rio.
documento dessa natureza, pró prio ou de terceiro:
Pena - detençã o, de quatro meses a dois anos, e Peculato culposo
multa, se o fato nã o constitui elemento de crime § 2º Se o funcioná rio concorre culposamente para
mais grave. o crime de outrem:
Pena - detençã o, de três meses a um ano.
CAPÍTULO V - DAS FRAUDES EM CERTAMES DE § 3º No caso do pará grafo anterior, a reparaçã o do
INTERESSE PÚBLICO dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue
a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade
Fraudes em certames de interesse a pena imposta.
público
Peculato mediante erro de outrem
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar,
indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou
outrem, ou de comprometer a credibilidade do qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
certame, conteú do sigiloso de: recebeu por erro de outrem:
I - concurso pú blico; Pena - reclusã o, de um a quatro anos, e multa.
II - avaliaçã o ou exame pú blicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino Inserção de dados falsos em sistema de
superior; ou informações
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusã o, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o
multa. funcioná rio autorizado, a inserçã o de dados falsos,
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou alterar ou excluir indevidamente dados corretos
facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas nos sistemas informatizados ou bancos de dados
nã o autorizadas à s informaçõ es mencionadas no da Administraçã o Pú blica com o fim de obter
caput. vantagem indevida para si ou para outrem ou para
§ 2º Se da açã o ou omissã o resulta dano à causar dano:
administraçã o pú blica: Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
multa.
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o Modificação ou alteração não
fato é cometido por funcioná rio pú blico. autorizada de sistema de informações
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o
TÍTULO XI - DOS CRIMES funcioná rio, sistema de informaçõ es ou programa
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
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de informá tica sem autorizaçã o ou solicitaçã o de § 1º A pena é aumentada de um terço, se, em
autoridade competente: conseqü ência da vantagem ou promessa, o
Pena - detençã o, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, funcioná rio retarda ou deixa de praticar qualquer
e multa. ato de ofício ou o pratica infringindo dever
Pará grafo ú nico. As penas sã o aumentadas de um funcional.
terço até a metade se da modificaçã o ou alteraçã o § 2º Se o funcioná rio pratica, deixa de praticar ou
resulta dano para a Administraçã o Pú blica ou para retarda ato de ofício, com infraçã o de dever
o administrado. funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem:
Extravio, sonegação ou inutilização de Pena - detençã o, de três meses a um ano, ou multa.
livro ou documento
Facilitação de contrabando ou
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou descaminho
qualquer documento, de que tem a guarda em
razã o do cargo; sonegá -lo ou inutilizá -lo, total ou Art. 318 - Facilitar, com infraçã o de dever
parcialmente: funcional, a prá tica de contrabando ou
Pena - reclusã o, de um a quatro anos, se o fato nã o descaminho (art. 334):
constitui crime mais grave. Pena - reclusã o, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

Emprego irregular de verbas ou rendas Prevaricação


públicas
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,
Art. 315 - Dar à s verbas ou rendas indevidamente, ato de ofício, ou praticá -lo contra
pú blicas aplicaçã o diversa da estabelecida em lei: disposiçã o expressa de lei, para satisfazer
Pena - detençã o, de um a três meses, ou multa. interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detençã o, de três meses a um ano, e multa.
Concussão
Art. 319-A. Deixar o Diretor de
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, Penitenciá ria e/ou agente pú blico, de cumprir seu
direta ou indiretamente, ainda que fora da funçã o dever de vedar ao preso o acesso a aparelho
ou antes de assumi-la, mas em razã o dela, telefô nico, de rá dio ou similar, que permita a
vantagem indevida: comunicaçã o com outros presos ou com o
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e ambiente externo:
multa. Pena: detençã o, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Excesso de exação Condescendência criminosa


§ 1º Se o funcioná rio exige tributo ou contribuiçã o
Art. 320 - Deixar o funcioná rio, por
social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
indulgência, de responsabilizar subordinado que
quando devido, emprega na cobrança meio
cometeu infraçã o no exercício do cargo ou, quando
vexató rio ou gravoso, que a lei nã o autoriza:
lhe falte competência, nã o levar o fato ao
Pena - reclusã o, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
conhecimento da autoridade competente:
§ 2º Se o funcioná rio desvia, em proveito pró prio
Pena - detençã o, de quinze dias a um mês, ou
ou de outrem, o que recebeu indevidamente para
multa.
recolher aos cofres pú blicos:
Pena - reclusã o, de dois a doze anos, e multa.
Advocacia administrativa
Corrupção passiva Art. 321 - Patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou
administraçã o pú blica, valendo-se da qualidade de
para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
funcioná rio:
fora da funçã o ou antes de assumi-la, mas em
Pena - detençã o, de um a três meses, ou multa.
razã o dela, vantagem indevida, ou aceitar
Pará grafo ú nico - Se o interesse é ilegítimo:
promessa de tal vantagem:
Pena - detençã o, de três meses a um ano, além da
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
multa.
Violência arbitrária

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Funcionário público
Art. 322 - Praticar violência, no exercício
de funçã o ou a pretexto de exercê-la: Art. 327 - Considera-se funcioná rio
Pena - detençã o, de seis meses a três anos, além da pú blico, para os efeitos penais, quem, embora
pena correspondente à violência. transitoriamente ou sem remuneraçã o, exerce
cargo, emprego ou funçã o pú blica.
Abandono de função § 1º Equipara-se a funcioná rio pú blico quem
exerce cargo, emprego ou funçã o em entidade
Art. 323 - Abandonar cargo pú blico, fora
paraestatal, e quem trabalha para empresa
dos casos permitidos em lei:
prestadora de serviço contratada ou conveniada
Pena - detençã o, de quinze dias a um mês, ou
para a execuçã o de atividade típica da
multa.
Administraçã o Pú blica.
§ 1º Se do fato resulta prejuízo pú blico:
§ 2º A pena será aumentada da terça parte quando
Pena - detençã o, de três meses a um ano, e multa.
os autores dos crimes previstos neste Capítulo
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na
faixa de fronteira: forem ocupantes de cargos em comissã o ou de
funçã o de direçã o ou assessoramento de ó rgã o da
Pena - detençã o, de um a três anos, e multa.
administraçã o direta, sociedade de economia
Exercício funcional ilegalmente mista, empresa pú blica ou fundaçã o instituída
pelo poder pú blico.
antecipado ou prolongado
CAPÍTULO II - DOS CRIMES PRATICADOS POR
Art. 324 - Entrar no exercício de funçã o PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
pú blica antes de satisfeitas as exigências legais, ou GERAL
continuar a exercê-la, sem autorizaçã o, depois de
saber oficialmente que foi exonerado, removido, Usurpação de função pública
substituído ou suspenso:
Pena - detençã o, de quinze dias a um mês, ou Art. 328 - Usurpar o exercício de funçã o
multa. pú blica:
Pena - detençã o, de três meses a dois anos, e
Violação de sigilo funcional multa.
Pará grafo ú nico - Se do fato o agente aufere
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência
vantagem:
em razã o do cargo e que deva permanecer em
Pena - reclusã o, de dois a cinco anos, e multa.
segredo, ou facilitar-lhe a revelaçã o:
Pena - detençã o, de seis meses a dois anos, ou Resistência
multa, se o fato nã o constitui crime mais grave.
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: Art. 329 - Opor-se à execuçã o de ato legal,
I - permite ou facilita, mediante atribuiçã o, mediante violência ou ameaça a funcioná rio
fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer competente para executá -lo ou a quem lhe esteja
outra forma, o acesso de pessoas nã o autorizadas prestando auxílio:
a sistemas de informaçõ es ou banco de dados da Pena - detençã o, de dois meses a dois anos.
Administraçã o Pú blica; § 1º Se o ato, em razã o da resistência, nã o se
II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. executa:
§ 2º Se da açã o ou omissã o resulta dano à Pena - reclusã o, de um a três anos.
Administraçã o Pú blica ou a outrem: § 2º As penas deste artigo sã o aplicáveis sem
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e prejuízo das correspondentes à violência.
multa.
Desobediência
Violação do sigilo de proposta de
concorrência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de
funcioná rio pú blico:
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de Pena - detençã o, de quinze dias a seis meses, e
concorrência pú blica, ou proporcionar a terceiro o multa.
ensejo de devassá -lo:
Pena - Detençã o, de três meses a um ano, e multa. Desacato

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criminal, de processo judicial, de processo
Art. 331 - Desacatar funcioná rio pú blico administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de
no exercício da funçã o ou em razã o dela: açã o de improbidade administrativa contra
Pena - detençã o, de seis meses a dois anos, ou alguém, imputando-lhe crime, infraçã o ético-
multa. disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:
Pena - reclusã o, de dois a oito anos, e multa.
Tráfico de Influência § 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, agente se serve de anonimato ou de nome
para si ou para outrem, vantagem ou promessa de suposto.
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado § 2º A pena é diminuída de metade, se a
por funcioná rio pú blico no exercício da funçã o: imputaçã o é de prá tica de contravençã o.
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa.
Comunicação falsa de crime ou de
Pará grafo ú nico - A pena é aumentada da metade, contravenção
se o agente alega ou insinua que a vantagem é
Art. 340 - Provocar a açã o de autoridade,
também destinada ao funcioná rio.
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
Corrupção ativa contravençã o que sabe nã o se ter verificado:
Pena - detençã o, de um a seis meses, ou multa.
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem
indevida a funcioná rio pú blico, para determiná -lo Auto-acusação falsa
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade,
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
de crime inexistente ou praticado por outrem:
multa.
Pena - detençã o, de três meses a dois anos, ou
Pará grafo ú nico - A pena é aumentada de um
multa.
terço, se, em razã o da vantagem ou promessa, o
funcioná rio retarda ou omite ato de ofício, ou o
Falso testemunho ou falsa perícia
pratica infringindo dever funcional.
Art. 342. Fazer afirmaçã o falsa, ou negar
Inutilização de edital ou de sinal ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma,
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem
em juízo arbitral:
de funcioná rio pú blico; violar ou inutilizar selo ou
Pena - reclusã o, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
sinal empregado, por determinaçã o legal ou por
multa.
ordem de funcioná rio pú blico, para identificar ou
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um
cerrar qualquer objeto:
terço, se o crime é praticado mediante suborno ou
Pena - detençã o, de um mês a um ano, ou multa.
se cometido com o fim de obter prova destinada a
Subtração ou inutilização de livro ou produzir efeito em processo penal, ou em
processo civil em que for parte entidade da
documento administraçã o pú blica direta ou indireta.
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou § 2º O fato deixa de ser punível se, antes da
parcialmente, livro oficial, processo ou documento sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o
confiado à custó dia de funcioná rio, em razã o de agente se retrata ou declara a verdade.
ofício, ou de particular em serviço pú blico: Art. 343. Dar, oferecer ou prometer
Pena - reclusã o, de dois a cinco anos, se o fato nã o dinheiro ou qualquer outra vantagem a
constitui crime mais grave. testemunha, perito, contador, tradutor ou
CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A intérprete, para fazer afirmaçã o falsa, negar ou
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA calar a verdade em depoimento, perícia, cá lculos,
traduçã o ou interpretaçã o:
Denunciação caluniosa Pena - reclusã o, de três a quatro anos, e multa.
Pará grafo ú nico. As penas aumentam-se de um
Art. 339. Dar causa a` instauraçã o de sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim
inquérito policial, de procedimento investigató rio de obter prova destinada a produzir efeito em

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processo penal ou em processo civil em que for Fraude processual
parte entidade da administraçã o pú blica direta ou
indireta. Art. 347 - Inovar artificiosamente, na
pendência de processo civil ou administrativo, o
Coação no curso do processo estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim
de induzir a erro o juiz ou o perito:
Art. 344 - Usar de violência ou grave Pena - detençã o, de três meses a dois anos, e
ameaça, com o fim de favorecer interesse pró prio multa.
ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer Pará grafo ú nico - Se a inovaçã o se destina a
outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir produzir efeito em processo penal, ainda que nã o
em processo judicial, policial ou administrativo, ou iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
em juízo arbitral:
Pena - reclusã o, de um a quatro anos, e multa, Exploração de prestígio
além da pena correspondente à violência.
Pará grafo ú nico. A pena aumenta-se de 1/3 (um Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou
terço) até a metade se o processo envolver crime qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em
contra a dignidade sexual. juiz, jurado, ó rgã o do Ministério Pú blico,
funcioná rio de justiça, perito, tradutor, intérprete
Exercício arbitrário das próprias ou testemunha:
razões Pena - reclusã o, de um a cinco anos, e multa.
Pará grafo ú nico - As penas aumentam-se de um
Art. 345 - Fazer justiça pelas pró prias terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro
mã os, para satisfazer pretensã o, embora legítima, ou utilidade também se destina a qualquer das
salvo quando a lei o permite: pessoas referidas neste artigo.
Pena - detençã o, de quinze dias a um mês, ou
multa, além da pena correspondente à violência. Desobediência a decisão judicial sobre
Pará grafo ú nico - Se nã o há emprego de violência, perda ou suspensão de direito
somente se procede mediante queixa.
Art. 359 - Exercer funçã o, atividade,
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou direito, autoridade ou mú nus, de que foi suspenso
danificar coisa pró pria, que se acha em poder de ou privado por decisã o judicial:
terceiro por determinaçã o judicial ou convençã o: Pena - detençã o, de três meses a dois anos, ou
Pena - detençã o, de seis meses a dois anos, e multa.
multa.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL
24 25 26 27 28 28-A 29 30 31 32 33 34 36 37 38
39 40 41 42 61 62
TÍTULO IV - DA AÇÃO CIVIL
63 64 65 66 67 68
TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA
69
CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
70 71
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU
72 73
CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO
74
TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES
CAPÍTULO III - DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
112
CAPÍTULO VI - DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
125 126 127 128 129 130 131
TÍTULO VII - DA PROVA
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
156
CAPÍTULO III - DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO
185
CAPÍTULO VI - DAS TESTEMUNHAS
202 203 204 218 219 220 221 222 222-A 223 224 225
CAPÍTULO XI - DA BUSCA E DA APREENSÃO
240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250
TÍTULO VIII - DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR,
CAPÍTULO V - DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
274
TÍTULO IX - DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
283 284 285 286 287 288 289 289-A 290 291 292 293 294 295 296
297 299 300
CAPÍTULO II - DA PRISÃO EM FLAGRANTE
301 302 303
TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
CAPÍTULO I - DAS CITAÇÕES
351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363
CAPÍTULO II - DAS INTIMAÇÕES
370 371 372

LIVRO II - DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE


TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM
CAPÍTULO I - DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
396 396-A
CAPÍTULO II - DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
406 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 485 486 487
TÍTULO II - DOS PROCESSOS ESPECIAIS
CAPÍTULO II - DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES
513 514 515 516 517 518

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LIVRO III - DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL
TÍTULO I - DAS NULIDADES
CAPÍTULO II - DO JULGAMENTO
563 564 565 566 567 568 569 570
TÍTULO II - DOS RECURSOS EM GERAL
CAPÍTULO III - DA APELAÇÃO
593
CAPÍTULO X - DO HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO
647 648 649 650 651 652 653 654

LIVRO IV - DA EXECUÇÃO
TÍTULO V - DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
CAPÍTULO II - DA REABILITAÇÃO
762 763

LIVRO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS


TÍTULO ÚNICO - CAPÍTULO I
CAPÍTULO III - DA HOMOLOGAÇÃO DAS SENTENÇAS ESTRANGEIRAS
792 798 798-A

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LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL
Art. 28-A. Nã o sendo caso de
TÍTULO III - DA AÇÃO PENAL arquivamento e tendo o investigado confessado
formal e circunstancialmente a prá tica de infraçã o
penal sem violência ou grave ameaça e com pena
Art. 24. Nos crimes de açã o pú blica, esta
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério
será promovida por denú ncia do Ministério
Pú blico poderá propor acordo de nã o persecuçã o
Pú blico, mas dependerá , quando a lei o exigir, de
penal, desde que necessá rio e suficiente para
requisiçã o do Ministro da Justiça, ou de
reprovaçã o e prevençã o do crime, mediante as
representaçã o do ofendido ou de quem tiver
seguintes condiçõ es ajustadas cumulativa e
qualidade para representá -lo.
alternativamente:
§ 1º No caso de morte do ofendido ou quando I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima,
declarado ausente por decisã o judicial, o direito
exceto na impossibilidade de fazê-lo;
de representaçã o passará ao cô njuge, ascendente,
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos
descendente ou irmã o. (Pará grafo ú nico
indicados pelo Ministério Pú blico como
renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
instrumentos, produto ou proveito do crime;
§ 2º Seja qual for o crime, quando praticado em
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades
detrimento do patrimô nio ou interesse da Uniã o,
pú blicas por período correspondente à pena
Estado e Município, a açã o penal será pú blica.
mínima cominada ao delito diminuída de um a
Art. 25. A representaçã o será irretratável, dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da
depois de oferecida a denú ncia. execuçã o, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Có digo Penal);
Art. 26. A açã o penal, nas contravençõ es, IV - pagar prestaçã o pecuniá ria, a ser estipulada
será iniciada com o auto de prisã o em flagrante ou nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de
por meio de portaria expedida pela autoridade 7 de dezembro de 1940 (Có digo Penal), a entidade
judiciá ria ou policial. pú blica ou de interesse social, a ser indicada pelo
juízo da execuçã o, que tenha, preferencialmente,
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá como funçã o proteger bens jurídicos iguais ou
provocar a iniciativa do Ministério Pú blico, nos semelhantes aos aparentemente lesados pelo
casos em que caiba a açã o pú blica, fornecendo-lhe, delito; ou
por escrito, informaçõ es sobre o fato e a autoria e V - cumprir, por prazo determinado, outra
indicando o tempo, o lugar e os elementos de condiçã o indicada pelo Ministério Pú blico, desde
convicçã o. que proporcional e compatível com a infraçã o
penal imputada.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer elementos § 1º Para aferiçã o da pena mínima cominada ao
delito a que se refere o caput deste artigo, serã o
informativos da mesma natureza, o ó rgã o do
consideradas as causas de aumento e diminuiçã o
Ministério Pú blico comunicará à vítima, ao
aplicáveis ao caso concreto.
investigado e à autoridade policial e encaminhará
§ 2º O disposto no caput deste artigo nã o se aplica
os autos para a instâ ncia de revisã o ministerial
nas seguintes hipó teses:
para fins de homologaçã o, na forma da lei.
I - se for cabível transaçã o penal de competência
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, nã o
dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da
concordar com o arquivamento do inquérito
lei;
policial, poderá , no prazo de 30 (trinta) dias do
II - se o investigado for reincidente ou se houver
recebimento da comunicaçã o, submeter a matéria
à revisã o da instâ ncia competente do ó rgã o elementos probató rios que indiquem conduta
criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
se insignificantes as infraçõ es penais pretéritas;
orgâ nica.
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco)
§ 2º Nas açõ es penais relativas a crimes praticados
anos anteriores ao cometimento da infraçã o, em
em detrimento da Uniã o, Estados e Municípios, a
acordo de nã o persecuçã o penal, transaçã o penal
revisã o do arquivamento do inquérito policial
ou suspensã o condicional do processo; e
poderá ser provocada pela chefia do ó rgã o a quem
couber a sua representaçã o judicial.

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IV - nos crimes praticados no â mbito de violência dos autos a ó rgã o superior, na forma do art. 28
doméstica ou familiar, ou praticados contra a deste Có digo.
mulher por razõ es da condiçã o de sexo feminino,
em favor do agressor. Art. 29. Será admitida açã o privada nos
§ 3º O acordo de nã o persecuçã o penal será crimes de açã o pú blica, se esta nã o for intentada
formalizado por escrito e será firmado pelo no prazo legal, cabendo ao Ministério Pú blico
membro do Ministério Pú blico, pelo investigado e aditar a queixa, repudiá -la e oferecer denú ncia
por seu defensor. substitutiva, intervir em todos os termos do
§ 4º Para a homologaçã o do acordo de nã o processo, fornecer elementos de prova, interpor
persecuçã o penal, será realizada audiência na qual recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do
o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por querelante, retomar a açã o como parte principal.
meio da oitiva do investigado na presença do seu Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha
defensor, e sua legalidade.
qualidade para representá -lo caberá intentar a
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas,
açã o privada.
insuficientes ou abusivas as condiçõ es dispostas
no acordo de nã o persecuçã o penal, devolverá os Art. 31. No caso de morte do ofendido ou
autos ao Ministério Pú blico para que seja quando declarado ausente por decisã o judicial, o
reformulada a proposta de acordo, com direito de oferecer queixa ou prosseguir na açã o
concordâ ncia do investigado e seu defensor. passará ao cô njuge, ascendente, descendente ou
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de nã o irmã o.
persecuçã o penal, o juiz devolverá os autos ao
Ministério Pú blico para que inicie sua execuçã o Art. 32. Nos crimes de açã o privada, o juiz,
perante o juízo de execuçã o penal. a requerimento da parte que comprovar a sua
§ 7º O juiz poderá recusar homologaçã o à pobreza, nomeará advogado para promover a açã o
proposta que nã o atender aos requisitos legais ou penal.
quando nã o for realizada a adequaçã o a que se § 1º Considerar-se-á pobre a pessoa que nã o
refere o § 5º deste artigo. puder prover à s despesas do processo, sem privar-
§ 8º Recusada a homologaçã o, o juiz devolverá os se dos recursos indispensáveis ao pró prio
autos ao Ministério Pú blico para a aná lise da sustento ou da família.
necessidade de complementaçã o das § 2º Será prova suficiente de pobreza o atestado
investigaçõ es ou o oferecimento da denú ncia. da autoridade policial em cuja circunscriçã o
§ 9º A vítima será intimada da homologaçã o do residir o ofendido.
acordo de nã o persecuçã o penal e de seu
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18
descumprimento.
anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
§ 10. Descumpridas quaisquer das condiçõ es
estipuladas no acordo de nã o persecuçã o penal, o mental, e nã o tiver representante legal, ou
colidirem os interesses deste com os daquele, o
Ministério Pú blico deverá comunicar ao juízo,
direito de queixa poderá ser exercido por curador
para fins de sua rescisã o e posterior oferecimento
especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do
de denú ncia.
Ministério Pú blico, pelo juiz competente para o
§ 11. O descumprimento do acordo de nã o
processo penal.
persecuçã o penal pelo investigado também
poderá ser utilizado pelo Ministério Pú blico como Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e
justificativa para o eventual nã o oferecimento de maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser
suspensã o condicional do processo. exercido por ele ou por seu representante legal.
§ 12. A celebraçã o e o cumprimento do acordo de
nã o persecuçã o penal nã o constarã o de certidã o Art. 36. Se comparecer mais de uma
de antecedentes criminais, exceto para os fins pessoa com direito de queixa, terá preferência o
previstos no inciso III do § 2º deste artigo. cô njuge, e, em seguida, o parente mais pró ximo na
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de nã o ordem de enumeraçã o constante do art. 31,
persecuçã o penal, o juízo competente decretará a podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na
extinçã o de punibilidade. açã o, caso o querelante desista da instâ ncia ou a
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério abandone.
Pú blico, em propor o acordo de nã o persecuçã o
penal, o investigado poderá requerer a remessa Art. 37. As fundaçõ es, associaçõ es ou
sociedades legalmente constituídas poderã o
exercer a açã o penal, devendo ser representadas

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por quem os respectivos contratos ou estatutos a classificaçã o do crime e, quando necessá rio, o rol
designarem ou, no silêncio destes, pelos seus das testemunhas.
diretores ou só cios-gerentes.
Art. 42. O Ministério Pú blico nã o poderá
Art. 38. Salvo disposiçã o em contrá rio, o desistir da açã o penal.
ofendido, ou seu representante legal, decairá no
direito de queixa ou de representaçã o, se nã o o Art. 61. Em qualquer fase do processo, o
exercer dentro do prazo de seis meses, contado do juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, declará -lo de ofício.
ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o Pará grafo ú nico. No caso de requerimento do
prazo para o oferecimento da denú ncia. Ministério Pú blico, do querelante ou do réu, o juiz
Pará grafo ú nico. Verificar-se-á a decadência do mandará autuá -lo em apartado, ouvirá a parte
direito de queixa ou representaçã o, dentro do contrá ria e, se o julgar conveniente, concederá o
mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, pará grafo prazo de cinco dias para a prova, proferindo a
ú nico, e 31. decisã o dentro de cinco dias ou reservando-se
para apreciar a matéria na sentença final.
Art. 39. O direito de representaçã o poderá
ser exercido, pessoalmente ou por procurador Art. 62. No caso de morte do acusado, o
com poderes especiais, mediante declaraçã o, juiz somente à vista da certidã o de ó bito, e depois
escrita ou oral, feita ao juiz, ao ó rgã o do Ministério de ouvido o Ministério Pú blico, declarará extinta a
Pú blico, ou à autoridade policial. punibilidade.
§ 1º A representaçã o feita oralmente ou por
escrito, sem assinatura devidamente autenticada TÍTULO IV - DA AÇÃO CIVIL
do ofendido, de seu representante legal ou
procurador, será reduzida a termo, perante o juiz
ou autoridade policial, presente o ó rgã o do Art. 63. Transitada em julgado a sentença
Ministério Pú blico, quando a este houver sido condenató ria, poderã o promover-lhe a execuçã o,
dirigida. no juízo cível, para o efeito da reparaçã o do dano,
§ 2º A representaçã o conterá todas as informaçõ es o ofendido, seu representante legal ou seus
que possam servir à apuraçã o do fato e da autoria. herdeiros.
§ 3º Oferecida ou reduzida a termo a Pará grafo ú nico. Transitada em julgado a sentença
representaçã o, a autoridade policial procederá a condenató ria, a execuçã o poderá ser efetuada pelo
inquérito, ou, nã o sendo competente, remetê-lo-á valor fixado nos termos do inciso iv do caput do
à autoridade que o for. art. 387 deste Có digo sem prejuízo da liquidaçã o
§ 4º A representaçã o, quando feita ao juiz ou para a apuraçã o do dano efetivamente sofrido.
perante este reduzida a termo, será remetida à
autoridade policial para que esta proceda a Art. 64. Sem prejuízo do disposto no
inquérito. artigo anterior, a açã o para ressarcimento do dano
§ 5º O ó rgã o do Ministério Pú blico dispensará o poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor
inquérito, se com a representaçã o forem do crime e, se for caso, contra o responsável civil.
oferecidos elementos que o habilitem a promover Pará grafo ú nico. Intentada a açã o penal, o juiz da
a açã o penal, e, neste caso, oferecerá a denú ncia açã o civil poderá suspender o curso desta, até o
no prazo de quinze dias. julgamento definitivo daquela.

Art. 40. Quando, em autos ou papéis de Art. 65. Faz coisa julgada no cível a
que conhecerem, os juízes ou tribunais sentença penal que reconhecer ter sido o ato
verificarem a existência de crime de açã o pú blica, praticado em estado de necessidade, em legítima
remeterã o ao Ministério Pú blico as có pias e os defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou
documentos necessá rios ao oferecimento da no exercício regular de direito.
denú ncia.
Art. 66. Nã o obstante a sentença
Art. 41. A denú ncia ou queixa conterá a absolutó ria no juízo criminal, a açã o civil poderá
exposiçã o do fato criminoso, com todas as suas ser proposta quando nã o tiver sido,
circunstâ ncias, a qualificaçã o do acusado ou categoricamente, reconhecida a inexistência
esclarecimentos pelos quais se possa identificá -lo, material do fato.

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do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade
Art. 67. Nã o impedirã o igualmente a de vítimas, a competência firmar-se-á pela
propositura da açã o civil: prevençã o.
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou
das peças de informaçã o; Art. 71. Tratando-se de infraçã o
II - a decisã o que julgar extinta a punibilidade; continuada ou permanente, praticada em
III - a sentença absolutó ria que decidir que o fato territó rio de duas ou mais jurisdiçõ es, a
imputado nã o constitui crime. competência firmar-se-á pela prevençã o.
Art. 68. Quando o titular do direito à CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA PELO
reparaçã o do dano for pobre (art. 32, §§ 1º e 2º), a DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU
execuçã o da sentença condenató ria (art. 63) ou a
açã o civil (art. 64) será promovida, a seu Art. 72. Nã o sendo conhecido o lugar da
requerimento, pelo Ministério Pú blico. infraçã o, a competência regular-se-á pelo
domicílio ou residência do réu.
§ 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a
TÍTULO V - DA COMPETÊNCIA competência firmar-se-á pela prevençã o.
§ 2º Se o réu nã o tiver residência certa ou for
ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz
Art. 69. Determinará a competência
que primeiro tomar conhecimento do fato.
jurisdicional:
I - o lugar da infraçã o: Art. 73. Nos casos de exclusiva açã o
II - o domicílio ou residência do réu; privada, o querelante poderá preferir o foro de
III - a natureza da infraçã o; domicílio ou da residência do réu, ainda quando
IV - a distribuiçã o; conhecido o lugar da infraçã o.
V - a conexã o ou continência;
VI - a prevençã o; CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA PELA
VII - a prerrogativa de funçã o. NATUREZA DA INFRAÇÃO

CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR Art. 74. A competência pela natureza da


DA INFRAÇÃO infraçã o será regulada pelas leis de organizaçã o
judiciá ria, salvo a competência privativa do
Art. 70. A competência será , de regra, Tribunal do Jú ri.
determinada pelo lugar em que se consumar a § 1º Compete ao Tribunal do Jú ri o julgamento dos
infraçã o, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122,
que for praticado o ú ltimo ato de execuçã o. pará grafo ú nico, 123, 124, 125, 126 e 127 do
§ 1º Se, iniciada a execuçã o no territó rio nacional, Có digo Penal, consumados ou tentados.
a infraçã o se consumar fora dele, a competência § 2º Se, iniciado o processo perante um juiz,
será determinada pelo lugar em que tiver sido houver desclassificaçã o para infraçã o da
praticado, no Brasil, o ú ltimo ato de execuçã o. competência de outro, a este será remetido o
§ 2º Quando o ú ltimo ato de execuçã o for processo, salvo se mais graduada for a jurisdiçã o
praticado fora do territó rio nacional, será do primeiro, que, em tal caso, terá sua
competente o juiz do lugar em que o crime, competência prorrogada.
embora parcialmente, tenha produzido ou devia § 3º Se o juiz da pronú ncia desclassificar a
produzir seu resultado. infraçã o para outra atribuída à competência de
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410;
ou mais jurisdiçõ es, ou quando incerta a mas, se a desclassificaçã o for feita pelo pró prio
jurisdiçã o por ter sido a infraçã o consumada ou Tribunal do Jú ri, a seu presidente caberá proferir a
tentada nas divisas de duas ou mais jurisdiçõ es, a sentença (art. 492, § 2º).
competência firmar-se-á pela prevençã o.
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Có digo TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E
Penal), quando praticados mediante depó sito, PROCESSOS INCIDENTES
mediante emissã o de cheques sem suficiente
provisã o de fundos em poder do sacado ou com o CAPÍTULO III - DAS INCOMPATIBILIDADES E
pagamento frustrado ou mediante transferência IMPEDIMENTOS
de valores, a competência será definida pelo local

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Art. 112. O juiz, o ó rgã o do Ministério TÍTULO VII - DA PROVA
Pú blico, os serventuá rios ou funcioná rios de
justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ã o de CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
servir no processo, quando houver
incompatibilidade ou impedimento legal, que Art. 156. A prova da alegaçã o incumbirá a
declararã o nos autos. Se nã o se der a abstençã o, a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de
incompatibilidade ou impedimento poderá ser ofício:
argü ido pelas partes, seguindo-se o processo I - ordenar, mesmo antes de iniciada a açã o penal,
estabelecido para a exceçã o de suspeiçã o. a produçã o antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade,
CAPÍTULO VI - DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
adequaçã o e proporcionalidade da medida;
Art. 125. Caberá o seqü estro dos bens II - determinar, no curso da instruçã o, ou antes de
imó veis, adquiridos pelo indiciado com os proferir sentença, a realizaçã o de diligências para
proventos da infraçã o, ainda que já tenham sido dirimir dú vida sobre ponto relevante.
transferidos a terceiro. CAPÍTULO III - DO INTERROGATÓRIO DO
Art. 126. Para a decretaçã o do seqü estro, ACUSADO
bastará a existência de indícios veementes da
Art. 185. O acusado que comparecer
proveniência ilícita dos bens.
perante a autoridade judiciá ria, no curso do
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento processo penal, será qualificado e interrogado na
do Ministério Pú blico ou do ofendido, ou mediante presença de seu defensor, constituído ou
representaçã o da autoridade policial, poderá nomeado.
ordenar o seqü estro, em qualquer fase do § 1º O interrogató rio do réu preso será realizado,
processo ou ainda antes de oferecida a denú ncia em sala pró pria, no estabelecimento em que
ou queixa. estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério
Art. 128. Realizado o seqü estro, o juiz Pú blico e dos auxiliares bem como a presença do
ordenará a sua inscriçã o no Registro de Imó veis. defensor e a publicidade do ato.
§ 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisã o
Art. 129. O seqü estro autuar-se-á em fundamentada, de ofício ou a requerimento das
apartado e admitirá embargos de terceiro. partes, poderá realizar o interrogató rio do réu
preso por sistema de videoconferência ou outro
Art. 130. O seqü estro poderá ainda ser
recurso tecnoló gico de transmissã o de sons e
embargado:
imagens em tempo real, desde que a medida seja
I - pelo acusado, sob o fundamento de nã o terem
necessá ria para atender a uma das seguintes
os bens sido adquiridos com os proventos da
finalidades:
infraçã o;
I - prevenir risco à segurança pú blica, quando
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido
transferidos a título oneroso, sob o fundamento de exista fundada suspeita de que o preso integre
organizaçã o criminosa ou de que, por outra razã o,
tê-los adquirido de boa-fé.
possa fugir durante o deslocamento;
Pará grafo ú nico. Nã o poderá ser pronunciada
II - viabilizar a participaçã o do réu no referido ato
decisã o nesses embargos antes de passar em
processual, quando haja relevante dificuldade
julgado a sentença condenató ria.
para seu comparecimento em juízo, por
Art. 131. O seqü estro será levantado: enfermidade ou outra circunstâ ncia pessoal;
I - se a açã o penal nã o for intentada no prazo de III - impedir a influência do réu no â nimo de
sessenta dias, contado da data em que ficar testemunha ou da vítima, desde que nã o seja
concluída a diligência; possível colher o depoimento destas por
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos videoconferência, nos termos do art. 217 deste
os bens, prestar cauçã o que assegure a aplicaçã o Có digo;
do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do IV - responder à gravíssima questã o de ordem
Có digo Penal; pú blica.
III - se for julgada extinta a punibilidade ou § 3º Da decisã o que determinar a realizaçã o de
absolvido o réu, por sentença transitada em interrogató rio por videoconferência, as partes
julgado.

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serã o intimadas com 10 (dez) dias de ciência ou as circunstâ ncias pelas quais possa
antecedência. avaliar-se de sua credibilidade.
§ 4º Antes do interrogató rio por videoconferência,
o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema Art. 204. O depoimento será prestado
tecnoló gico, a realizaçã o de todos os atos da oralmente, nã o sendo permitido à testemunha
audiência ú nica de instruçã o e julgamento de que trazê-lo por escrito.
tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Có digo. Pará grafo ú nico. Nã o será vedada à testemunha,
§ 5º Em qualquer modalidade de interrogató rio, o entretanto, breve consulta a apontamentos.
juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia
Art. 218. Se, regularmente intimada, a
e reservada com o seu defensor; se realizado por testemunha deixar de comparecer sem motivo
videoconferência, fica também garantido o acesso
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade
a canais telefô nicos reservados para comunicaçã o policial a sua apresentaçã o ou determinar seja
entre o defensor que esteja no presídio e o conduzida por oficial de justiça, que poderá
advogado presente na sala de audiência do Fó rum,
solicitar o auxílio da força pú blica.
e entre este e o preso.
§ 6º A sala reservada no estabelecimento prisional Art. 219. O juiz poderá aplicar à
para a realizaçã o de atos processuais por sistema testemunha faltosa a multa prevista no art. 453,
de videoconferência será fiscalizada pelos sem prejuízo do processo penal por crime de
corregedores e pelo juiz de cada causa, como desobediência, e condená -la ao pagamento das
também pelo Ministério Pú blico e pela Ordem dos custas da diligência.
Advogados do Brasil.
§ 7º Será requisitada a apresentaçã o do réu preso Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por
em juízo nas hipó teses em que o interrogató rio enfermidade ou por velhice, de comparecer para
nã o se realizar na forma prevista nos §§ 1º e 2º depor, serã o inquiridas onde estiverem.
deste artigo.
§ 8º Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente
da Repú blica, os senadores e deputados federais,
deste artigo, no que couber, à realizaçã o de outros
atos processuais que dependam da participaçã o os ministros de Estado, os governadores de
de pessoa que esteja presa, como acareaçã o, Estados e Territó rios, os secretá rios de Estado, os
prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os
reconhecimento de pessoas e coisas, e inquiriçã o
de testemunha ou tomada de declaraçõ es do deputados à s Assembléias Legislativas Estaduais,
os membros do Poder Judiciá rio, os ministros e
ofendido.
juízes dos Tribunais de Contas da Uniã o, dos
§ 9º Na hipó tese do § 8º deste artigo, fica
garantido o acompanhamento do ato processual Estados, do Distrito Federal, bem como os do
Tribunal Marítimo serã o inquiridos em local, dia e
pelo acusado e seu defensor.
§ 10. Do interrogató rio deverá constar a hora previamente ajustados entre eles e o juiz.
informaçã o sobre a existência de filhos, § 1º O Presidente e o Vice-Presidente da
Repú blica, os presidentes do Senado Federal, da
respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual Câ mara dos Deputados e do Supremo Tribunal
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado Federal poderã o optar pela prestaçã o de
depoimento por escrito, caso em que as perguntas,
pela pessoa presa
formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes
CAPÍTULO VI - DAS TESTEMUNHAS serã o transmitidas por ofício.
§ 2º Os militares deverã o ser requisitados à
Art. 202. Toda pessoa poderá ser autoridade superior.
testemunha. § 3º Aos funcioná rios pú blicos aplicar-se-á o
disposto no art. 218, devendo, porém, a expediçã o
Art. 203. A testemunha fará , sob palavra do mandado ser imediatamente comunicada ao
de honra, a promessa de dizer a verdade do que chefe da repartiçã o em que servirem, com
souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu indicaçã o do dia e da hora marcados.
nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua
profissã o, lugar onde exerce sua atividade, se é Art. 222. A testemunha que morar fora da
parente, e em que grau, de alguma das partes, ou jurisdiçã o do juiz será inquirida pelo juiz do lugar
quais suas relaçõ es com qualquer delas, e relatar o de sua residência, expedindo-se, para esse fim,
que souber, explicando sempre as razõ es de sua carta precató ria, com prazo razoável, intimadas as
partes.

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§ 1º A expediçã o da precató ria nã o suspenderá a que o conhecimento do seu conteú do possa ser
instruçã o criminal. ú til à elucidaçã o do fato;
§ 2º Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o g) apreender pessoas vítimas de crimes;
julgamento, mas, a todo tempo, a precató ria, uma h) colher qualquer elemento de convicçã o.
vez devolvida, será junta aos autos. § 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver
§ 3º Na hipó tese prevista no caput deste artigo, a fundada suspeita de que alguém oculte consigo
oitiva de testemunha poderá ser realizada por arma proibida ou objetos mencionados nas letras
meio de videoconferência ou outro recurso b a f e letra h do pará grafo anterior.
tecnoló gico de transmissã o de sons e imagens em
tempo real, permitida a presença do defensor e Art. 241. Quando a pró pria autoridade
podendo ser realizada, inclusive, durante a policial ou judiciá ria nã o a realizar pessoalmente,
realizaçã o da audiência de instruçã o e julgamento. a busca domiciliar deverá ser precedida da
expediçã o de mandado.
Art. 222-A. As cartas rogató rias só serã o
expedidas se demonstrada previamente a sua Art. 242. A busca poderá ser determinada
imprescindibilidade, arcando a parte requerente de ofício ou a requerimento de qualquer das
com os custos de envio. partes.
Pará grafo ú nico. Aplica-se à s cartas rogató rias o
Art. 243. O mandado de busca deverá :
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 222 deste Có digo. I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em
Art. 223. Quando a testemunha nã o que será realizada a diligência e o nome do
conhecer a língua nacional, será nomeado respectivo proprietá rio ou morador; ou, no caso
intérprete para traduzir as perguntas e respostas. de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de
Pará grafo ú nico. Tratando-se de mudo, surdo ou sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
surdo-mudo, proceder-se-á na conformidade do II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
art. 192. III - ser subscrito pelo escrivã o e assinado pela
autoridade que o fizer expedir.
Art. 224. As testemunhas comunicarã o ao § 1º Se houver ordem de prisã o, constará do
juiz, dentro de um ano, qualquer mudança de pró prio texto do mandado de busca.
residência, sujeitando-se, pela simples omissã o, à s § 2º Nã o será permitida a apreensã o de
penas do nã o-comparecimento. documento em poder do defensor do acusado,
salvo quando constituir elemento do corpo de
Art. 225. Se qualquer testemunha houver delito.
de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por
velhice, inspirar receio de que ao tempo da Art. 244. A busca pessoal independerá de
instruçã o criminal já nã o exista, o juiz poderá , de mandado, no caso de prisã o ou quando houver
ofício ou a requerimento de qualquer das partes, fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse
tomar-lhe antecipadamente o depoimento. de arma proibida ou de objetos ou papéis que
constituam corpo de delito, ou quando a medida
CAPÍTULO XI - DA BUSCA E DA APREENSÃO for determinada no curso de busca domiciliar.
Art. 240. A busca será domiciliar ou Art. 245. As buscas domiciliares serã o
pessoal. executadas de dia, salvo se o morador consentir
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na
fundadas razõ es a autorizarem, para: casa, os executores mostrarã o e lerã o o mandado
a) prender criminosos; ao morador, ou a quem o represente, intimando-o,
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios em seguida, a abrir a porta.
criminosos; § 1º Se a pró pria autoridade der a busca, declarará
c) apreender instrumentos de falsificaçã o ou de previamente sua qualidade e o objeto da
contrafaçã o e objetos falsificados ou contrafeitos; diligência.
d) apreender armas e muniçõ es, instrumentos § 2º Em caso de desobediência, será arrombada a
utilizados na prá tica de crime ou destinados a fim porta e forçada a entrada.
delituoso; § 3º Recalcitrando o morador, será permitido o
e) descobrir objetos necessá rios à prova de emprego de força contra coisas existentes no
infraçã o ou à defesa do réu; interior da casa, para o descobrimento do que se
f) apreender cartas, abertas ou nã o, destinadas ao procura.
acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de

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§ 4º Observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º, legitimidade, mas de modo que nã o se frustre a
quando ausentes os moradores, devendo, neste diligência.
caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer
vizinho, se houver e estiver presente.
§ 5º Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai
TÍTULO VIII - DO JUIZ, DO
procurar, o morador será intimado a mostrá -la. MINISTÉRIO PÚBLICO, DO
§ 6º Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, ACUSADO E DEFENSOR,
será imediatamente apreendida e posta sob
custó dia da autoridade ou de seus agentes.
CAPÍTULO V - DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
§ 7º Finda a diligência, os executores lavrarã o auto
circunstanciado, assinando-o com duas Art. 274. As prescriçõ es sobre suspeiçã o
testemunhas presenciais, sem prejuízo do dos juízes estendem-se aos serventuá rios e
disposto no § 4º. funcioná rios da justiça, no que Ihes for aplicável.
Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto
no artigo anterior, quando se tiver de proceder a TÍTULO IX - DA PRISÃO, DAS
busca em compartimento habitado ou em MEDIDAS CAUTELARES E DA
aposento ocupado de habitaçã o coletiva ou em
compartimento nã o aberto ao pú blico, onde LIBERDADE PROVISÓRIA
alguém exercer profissã o ou atividade.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 247. Nã o sendo encontrada a pessoa
ou coisa procurada, os motivos da diligência serã o Art. 283. Ninguém poderá ser preso senã o
comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o em flagrante delito ou por ordem escrita e
requerer. fundamentada da autoridade judiciá ria
competente, em decorrência de prisã o cautelar ou
Art. 248. Em casa habitada, a busca será em virtude de condenaçã o criminal transitada em
feita de modo que nã o moleste os moradores mais julgado.
do que o indispensável para o êxito da diligência. § 1º As medidas cautelares previstas neste Título
Art. 249. A busca em mulher será feita por nã o se aplicam à infraçã o a que nã o for isolada,
outra mulher, se nã o importar retardamento ou cumulativa ou alternativamente cominada pena
prejuízo da diligência. privativa de liberdade.
§ 2º A prisã o poderá ser efetuada em qualquer dia
Art. 250. A autoridade ou seus agentes e a qualquer hora, respeitadas as restriçõ es
poderã o penetrar no territó rio de jurisdiçã o relativas à inviolabilidade do domicílio.
alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o
fim de apreensã o, forem no seguimento de pessoa Art. 284. Nã o será permitido o emprego
ou coisa, devendo apresentar-se à competente de força, salvo a indispensável no caso de
autoridade local, antes da diligência ou apó s, resistência ou de tentativa de fuga do preso.
conforme a urgência desta. Art. 285. A autoridade que ordenar a
§ 1º Entender-se-á que a autoridade ou seus prisã o fará expedir o respectivo mandado.
agentes vã o em seguimento da pessoa ou coisa, Pará grafo ú nico. O mandado de prisã o:
quando: a) será lavrado pelo escrivã o e assinado pela
a) tendo conhecimento direto de sua remoçã o ou autoridade;
transporte, a seguirem sem interrupçã o, embora b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por
depois a percam de vista; seu nome, alcunha ou sinais característicos;
b) ainda que nã o a tenham avistado, mas sabendo, c) mencionará a infraçã o penal que motivar a
por informaçõ es fidedignas ou circunstâ ncias prisã o;
indiciá rias, que está sendo removida ou d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando
transportada em determinada direçã o, forem ao afiançável a infraçã o;
seu encalço. e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-
§ 2º Se as autoridades locais tiverem fundadas lhe execuçã o.
razõ es para duvidar da legitimidade das pessoas
que, nas referidas diligências, entrarem pelos seus Art. 286. O mandado será passado em
distritos, ou da legalidade dos mandados que duplicata, e o executor entregará ao preso, logo
apresentarem, poderã o exigir as provas dessa depois da prisã o, um dos exemplares com

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declaraçã o do dia, hora e lugar da diligência. Da § 3º A prisã o será imediatamente comunicada ao
entrega deverá o preso passar recibo no outro juiz do local de cumprimento da medida o qual
exemplar; se recusar, nã o souber ou nã o puder providenciará a certidã o extraída do registro do
escrever, o fato será mencionado em declaraçã o, Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo
assinada por duas testemunhas. que a decretou.
§ 4º O preso será informado de seus direitos, nos
Art. 287. Se a infraçã o for inafiançável, a termos do inciso LXIII do art. 5º da Constituiçã o
falta de exibiçã o do mandado nã o obstará a prisã o, Federal e, caso o autuado nã o informe o nome de
e o preso, em tal caso, será imediatamente seu advogado, será comunicado à Defensoria
apresentado ao juiz que tiver expedido o Pú blica.
mandado, para a realizaçã o de audiência de § 5º Havendo dú vidas das autoridades locais
custó dia. sobre a legitimidade da pessoa do executor ou
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisã o, sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto
no § 2º do art. 290 deste Có digo.
sem que seja exibido o mandado ao respectivo
diretor ou carcereiro, a quem será entregue có pia § 6º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará
assinada pelo executor ou apresentada a guia o registro do mandado de prisã o a que se refere o
caput deste artigo.
expedida pela autoridade competente, devendo
ser passado recibo da entrega do preso, com Art. 290. Se o réu, sendo perseguido,
declaraçã o de dia e hora. passar ao territó rio de outro município ou
Pará grafo ú nico. O recibo poderá ser passado no comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisã o
pró prio exemplar do mandado, se este for o no lugar onde o alcançar, apresentando-o
documento exibido. imediatamente à autoridade local, que, depois de
Art. 289. Quando o acusado estiver no lavrado, se for o caso, o auto de flagrante,
providenciará para a remoçã o do preso.
territó rio nacional, fora da jurisdiçã o do juiz
processante, será deprecada a sua prisã o, devendo § 1º Entender-se-á que o executor vai em
constar da precató ria o inteiro teor do mandado. perseguiçã o do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a
prisã o por qualquer meio de comunicaçã o, do qual interrupçã o, embora depois o tenha perdido de
deverá constar o motivo da prisã o, bem como o vista;
b) sabendo, por indícios ou informaçõ es
valor da fiança se arbitrada.
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisiçã o fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco
tomará as precauçõ es necessá rias para averiguar tempo, em tal ou qual direçã o, pelo lugar em que o
procure, for no seu encalço.
a autenticidade da comunicaçã o.
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a § 2º Quando as autoridades locais tiverem
remoçã o do preso no prazo má ximo de 30 (trinta) fundadas razõ es para duvidar da legitimidade da
pessoa do executor ou da legalidade do mandado
dias, contados da efetivaçã o da medida.
que apresentar, poderã o pô r em custó dia o réu,
Art. 289-A. O juiz competente até que fique esclarecida a dú vida.
providenciará o imediato registro do mandado de
prisã o em banco de dados mantido pelo Conselho Art. 291. A prisã o em virtude de mandado
entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-
Nacional de Justiça para essa finalidade.
§ 1º Qualquer agente policial poderá efetuar a se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o
prisã o determinada no mandado de prisã o intime a acompanhá -lo.
registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda Art. 292. Se houver, ainda que por parte
que fora da competência territorial do juiz que o de terceiros, resistência à prisã o em flagrante ou à
expediu. determinada por autoridade competente, o
§ 2º Qualquer agente policial poderá efetuar a executor e as pessoas que o auxiliarem poderã o
prisã o decretada, ainda que sem registro no usar dos meios necessá rios para defender-se ou
Conselho Nacional de Justiça, adotando as para vencer a resistência, do que tudo se lavrará
precauçõ es necessá rias para averiguar a auto subscrito também por duas testemunhas.
autenticidade do mandado e comunicando ao juiz Pará grafo ú nico. É vedado o uso de algemas em
que a decretou, devendo este providenciar, em mulheres grávidas durante os atos médico-
seguida, o registro do mandado na forma do caput hospitalares preparató rios para a realizaçã o do
deste artigo. parto e durante o trabalho de parto, bem como em

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mulheres durante o período de puerpério § 3º A cela especial poderá consistir em
imediato. alojamento coletivo, atendidos os requisitos de
salubridade do ambiente, pela concorrência dos
Art. 293. Se o executor do mandado fatores de aeraçã o, insolaçã o e condicionamento
verificar, com segurança, que o réu entrou ou se térmico adequados à existência humana.
encontra em alguma casa, o morador será § 4º O preso especial nã o será transportado
intimado a entregá -lo, à vista da ordem de prisã o. juntamente com o preso comum.
Se nã o for obedecido imediatamente, o executor § 5º Os demais direitos e deveres do preso
convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará especial serã o os mesmos do preso comum.
à força na casa, arrombando as portas, se preciso;
sendo noite, o executor, depois da intimaçã o ao Art. 296. Os inferiores e praças de pré,
morador, se nã o for atendido, fará guardar todas onde for possível, serã o recolhidos à prisã o, em
as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo estabelecimentos militares, de acordo com os
que amanheça, arrombará as portas e efetuará a respectivos regulamentos.
prisã o.
Pará grafo ú nico. O morador que se recusar a Art. 297. Para o cumprimento de
entregar o réu oculto em sua casa será levado à mandado expedido pela autoridade judiciá ria, a
presença da autoridade, para que se proceda autoridade policial poderá expedir tantos outros
contra ele como for de direito. quantos necessá rios à s diligências, devendo neles
ser fielmente reproduzido o teor do mandado
Art. 294. No caso de prisã o em flagrante, original.
observar-se-á o disposto no artigo anterior, no que
for aplicável. Art. 299. A captura poderá ser
requisitada, à vista de mandado judicial, por
Art. 295. Serã o recolhidos a quartéis ou a qualquer meio de comunicaçã o, tomadas pela
prisã o especial, à disposiçã o da autoridade autoridade, a quem se fizer a requisiçã o, as
competente, quando sujeitos a prisã o antes de precauçõ es necessá rias para averiguar a
condenaçã o definitiva: autenticidade desta.
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados Art. 300. As pessoas presas
ou Territó rios, o prefeito do Distrito Federal, seus provisoriamente ficarã o separadas das que já
respectivos secretá rios, os prefeitos municipais, os estiverem definitivamente condenadas, nos
vereadores e os chefes de Polícia; termos da lei de execuçã o penal.
III - os membros do Parlamento Nacional, do Pará grafo ú nico. O militar preso em flagrante
Conselho de Economia Nacional e das Assembléias delito, apó s a lavratura dos procedimentos legais,
Legislativas dos Estados; será recolhido a quartel da instituiçã o a que
IV - os cidadã os inscritos no "Livro de Mérito"; pertencer, onde ficará preso à disposiçã o das
V - os oficiais das Forças Armadas e os militares autoridades competentes.
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territó rios; CAPÍTULO II - DA PRISÃO EM FLAGRANTE
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades Art. 301. Qualquer do povo poderá e as
superiores da Repú blica; autoridades policiais e seus agentes deverã o
VIII - os ministros de confissã o religiosa; prender quem quer que seja encontrado em
IX - os ministros do Tribunal de Contas; flagrante delito.
X - os cidadã os que já tiverem exercido
efetivamente a funçã o de jurado, salvo quando Art. 302. Considera-se em flagrante delito
excluídos da lista por motivo de incapacidade para quem:
o exercício daquela funçã o; I - está cometendo a infraçã o penal;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos II - acaba de cometê-la;
Estados e Territó rios, ativos e inativos. III - é perseguido, logo apó s, pela autoridade, pelo
§ 1º A prisã o especial, prevista neste Có digo ou em ofendido ou por qualquer pessoa, em situaçã o que
outras leis, consiste exclusivamente no faça presumir ser autor da infraçã o;
recolhimento em local distinto da prisã o comum. IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos,
§ 2º Nã o havendo estabelecimento específico para armas, objetos ou papéis que façam presumir ser
o preso especial, este será recolhido em cela ele autor da infraçã o.
distinta do mesmo estabelecimento.

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telegrá fica, depois de reconhecida a firma do juiz,
Art. 303. Nas infraçõ es permanentes, o que a estaçã o expedidora mencionará .
entende-se o agente em flagrante delito enquanto
nã o cessar a permanência. Art. 357. Sã o requisitos da citaçã o por
mandado:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e
TÍTULO X - DAS CITAÇÕES E entrega da contrafé, na qual se mencionarã o dia e
INTIMAÇÕES hora da citaçã o;
II - declaraçã o do oficial, na certidã o, da entrega da
CAPÍTULO I - DAS CITAÇÕES contrafé, e sua aceitaçã o ou recusa.

Art. 351. A citaçã o inicial far-se-á por Art. 358. A citaçã o do militar far-se-á por
mandado, quando o réu estiver no territó rio intermédio do chefe do respectivo serviço.
sujeito à jurisdiçã o do juiz que a houver ordenado.
Art. 359. O dia designado para
Art. 352. O mandado de citaçã o indicará : funcioná rio pú blico comparecer em juízo, como
I - o nome do juiz; acusado, será notificado assim a ele como ao chefe
II - o nome do querelante nas açõ es iniciadas por de sua repartiçã o.
queixa;
Art. 360. Se o réu estiver preso, será
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os
pessoalmente citado.
seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida; Art. 361. Se o réu nã o for encontrado, será
V - o fim para que é feita a citaçã o; citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu
deverá comparecer; Art. 362. Verificando que o réu se oculta
VII - a subscriçã o do escrivã o e a rubrica do juiz. para nã o ser citado, o oficial de justiça certificará a
ocorrência e procederá à citaçã o com hora certa,
Art. 353. Quando o réu estiver fora do na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei
territó rio da jurisdiçã o do juiz processante, será no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Có digo de
citado mediante precató ria. Processo Civil.
Pará grafo ú nico. Completada a citaçã o com hora
Art. 354. A precató ria indicará :
certa, se o acusado nã o comparecer, ser-lhe-á
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
nomeado defensor dativo.
II - a sede da jurisdiçã o de um e de outro;
Ill - o fim para que é feita a citaçã o, com todas as Art. 363. O processo terá completada a
especificaçõ es; sua formaçã o quando realizada a citaçã o do
IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu acusado.
deverá comparecer. § 1º Nã o sendo encontrado o acusado, será
procedida a citaçã o por edital.
Art. 355. A precató ria será devolvida ao
§ 4º Comparecendo o acusado citado por edital,
juiz deprecante, independentemente de traslado,
em qualquer tempo, o processo observará o
depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a
disposto nos arts. 394 e seguintes deste Có digo.
citaçã o por mandado do juiz deprecado.
§ 1º Verificado que o réu se encontra em territó rio CAPÍTULO II - DAS INTIMAÇÕES
sujeito à jurisdiçã o de outro juiz, a este remeterá o
juiz deprecado os autos para efetivaçã o da Art. 370. Nas intimaçõ es dos acusados, das
diligência, desde que haja tempo para fazer-se a testemunhas e demais pessoas que devam tomar
citaçã o. conhecimento de qualquer ato, será observado, no
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça que o réu se que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
oculta para nã o ser citado, a precató ria será § 1º A intimaçã o do defensor constituído, do
imediatamente devolvida, para o fim previsto no advogado do querelante e do assistente far-se-á
art. 362. por publicaçã o no ó rgã o incumbido da
publicidade dos atos judiciais da comarca,
Art. 356. Se houver urgência, a precató ria, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do
que conterá em resumo os requisitos enumerados acusado.
no art. 354, poderá ser expedida por via § 2º Caso nã o haja ó rgã o de publicaçã o dos atos
judiciais na comarca, a intimaçã o far-se-á

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diretamente pelo escrivã o, por mandado, ou via
postal com comprovante de recebimento, ou por Art. 371. Será admissível a intimaçã o por
qualquer outro meio idô neo. despacho na petiçã o em que for requerida,
§ 3º A intimaçã o pessoal, feita pelo escrivã o, observado o disposto no art. 357.
dispensará a aplicaçã o a que alude o § 1º.
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a
§ 4º A intimaçã o do Ministério Pú blico e do instruçã o criminal, o juiz marcará desde logo, na
defensor nomeado será pessoal. presença das partes e testemunhas, dia e hora
para seu prosseguimento, do que se lavrará termo
nos autos.

LIVRO II - DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE


acusado ou de defensor constituído, no caso de
citaçã o invá lida ou por edital.
TÍTULO I - DO PROCESSO COMUM § 2º A acusaçã o deverá arrolar testemunhas, até o
má ximo de 8 (oito), na denú ncia ou na queixa.
CAPÍTULO I - DA INSTRUÇÃO CRIMINAL § 3º Na resposta, o acusado poderá argü ir
preliminares e alegar tudo que interesse a sua
Art. 396. Nos procedimentos ordiná rio e defesa, oferecer documentos e justificaçõ es,
sumá rio, oferecida a denú ncia ou queixa, o juiz, se especificar as provas pretendidas e arrolar
nã o a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e
testemunhas, até o má ximo de 8 (oito),
ordenará a citaçã o do acusado para responder à qualificando-as e requerendo sua intimaçã o,
acusaçã o, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. quando necessá rio.
Pará grafo ú nico. No caso de citaçã o por edital, o
prazo para a defesa começará a fluir a partir do Seção VIII - Da Função do Jurado
comparecimento pessoal do acusado ou do
defensor constituído. Art. 436. O serviço do jú ri é obrigató rio. O
alistamento compreenderá os cidadã os maiores
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá de 18 (dezoito) anos de notó ria idoneidade.
argü ir preliminares e alegar tudo o que interesse à § 1º Nenhum cidadã o poderá ser excluído dos
sua defesa, oferecer documentos e justificaçõ es, trabalhos do jú ri ou deixar de ser alistado em
especificar as provas pretendidas e arrolar razã o de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissã o,
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua classe social ou econô mica, origem ou grau de
intimaçã o, quando necessá rio. instruçã o.
§ 1º A exceçã o será processada em apartado, nos § 2º A recusa injustificada ao serviço do jú ri
termos dos arts. 95 a 112 deste Có digo. acarretará multa no valor de 1 (um) a 10 (dez)
§ 2º Nã o apresentada a resposta no prazo legal, ou salá rios mínimos, a critério do juiz, de acordo com
se o acusado, citado, nã o constituir defensor, o juiz a condiçã o econô mica do jurado.
nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-
lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. Art. 437. Estã o isentos do serviço do jú ri:
I - o Presidente da Repú blica e os Ministros de
CAPÍTULO II - DO PROCEDIMENTO RELATIVO Estado;
AOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO II - os Governadores e seus respectivos
TRIBUNAL DO JÚRI Secretá rios;
III - os membros do Congresso Nacional, das
Seção I - Da Acusação e da Instrução Assembléias Legislativas e das Câ maras Distrital e
Preliminar Municipais;
Art. 406. O juiz, ao receber a denú ncia ou IV - os Prefeitos Municipais;
a queixa, ordenará a citaçã o do acusado para V - os Magistrados e membros do Ministério
responder a acusaçã o, por escrito, no prazo de 10 Pú blico e da Defensoria Pú blica;
(dez) dias. VI - os servidores do Poder Judiciá rio, do
§ 1º O prazo previsto no caput deste artigo será Ministério Pú blico e da Defensoria Pú blica;
contado a partir do efetivo cumprimento do VII - as autoridades e os servidores da polícia e da
mandado ou do comparecimento, em juízo, do segurança pú blica;
VIII - os militares em serviço ativo;

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IX - os cidadã os maiores de 70 (setenta) anos que
requeiram sua dispensa; Art. 446. Aos suplentes, quando
X - aqueles que o requererem, demonstrando justo convocados, serã o aplicáveis os dispositivos
impedimento. referentes à s dispensas, faltas e escusas e à
equiparaçã o de responsabilidade penal prevista
Art. 438. A recusa ao serviço do jú ri no art. 445 deste Có digo.
fundada em convicçã o religiosa, filosó fica ou
política importará no dever de prestar serviço Seção XIII - Do Questionário e sua Votação
alternativo, sob pena de suspensã o dos direitos
Art. 485. Nã o havendo dú vida a ser
políticos, enquanto nã o prestar o serviço imposto.
esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o
§ 1º Entende-se por serviço alternativo o exercício
Ministério Pú blico, o assistente, o querelante, o
de atividades de cará ter administrativo,
defensor do acusado, o escrivã o e o oficial de
assistencial, filantró pico ou mesmo produtivo, no
justiça dirigir-se-ã o à sala especial a fim de ser
Poder Judiciá rio, na Defensoria Pú blica, no
procedida a votaçã o.
Ministério Pú blico ou em entidade conveniada
§ 1º Na falta de sala especial, o juiz presidente
para esses fins.
determinará que o pú blico se retire,
§ 2º O juiz fixará o serviço alternativo atendendo
permanecendo somente as pessoas mencionadas
aos princípios da proporcionalidade e da
no caput deste artigo.
razoabilidade.
§ 2º O juiz presidente advertirá as partes de que
Art. 439. O exercício efetivo da funçã o de nã o será permitida qualquer intervençã o que
jurado constituirá serviço pú blico relevante e possa perturbar a livre manifestaçã o do Conselho
estabelecerá presunçã o de idoneidade moral. e fará retirar da sala quem se portar
inconvenientemente.
Art. 440. Constitui também direito do
jurado, na condiçã o do art. 439 deste Có digo, Art. 486. Antes de proceder-se à votaçã o
preferência, em igualdade de condiçõ es, nas de cada quesito, o juiz presidente mandará
licitaçõ es pú blicas e no provimento, mediante distribuir aos jurados pequenas cédulas, feitas de
concurso, de cargo ou funçã o pú blica, bem como papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7
nos casos de promoçã o funcional ou remoçã o (sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra nã o.
voluntá ria.
Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o
Art. 441. Nenhum desconto será feito nos oficial de justiça recolherá em urnas separadas as
vencimentos ou salá rio do jurado sorteado que cédulas correspondentes aos votos e as nã o
comparecer à sessã o do jú ri. utilizadas.

Art. 442. Ao jurado que, sem causa


legítima, deixar de comparecer no dia marcado
TÍTULO II - DOS PROCESSOS
para a sessã o ou retirar-se antes de ser ESPECIAIS
dispensado pelo presidente será aplicada multa de
1 (um) a 10 (dez) salá rios mínimos, a critério do CAPÍTULO II - DO PROCESSO E DO
juiz, de acordo com a sua condiçã o econô mica. JULGAMENTO DOS CRIMES
Art. 443. Somente será aceita escusa Seção XVI - Das Atribuições do Presidente do
fundada em motivo relevante devidamente Tribunal do Júri
comprovado e apresentada, ressalvadas as
hipó teses de força maior, até o momento da Art. 513. Os crimes de responsabilidade
chamada dos jurados. dos funcioná rios pú blicos, cujo processo e
julgamento competirã o aos juízes de direito, a
Art. 444. O jurado somente será queixa ou a denú ncia será instruída com
dispensado por decisã o motivada do juiz documentos ou justificaçã o que façam presumir a
presidente, consignada na ata dos trabalhos. existência do delito ou com declaraçã o
Art. 445. O jurado, no exercício da funçã o fundamentada da impossibilidade de
apresentaçã o de qualquer dessas provas.
ou a pretexto de exercê-la, será responsável
criminalmente nos mesmos termos em que o sã o Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando
os juízes togados. a denú ncia ou queixa em devida forma, o juiz

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mandará autuá -la e ordenará a notificaçã o do
acusado, para responder por escrito, dentro do Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou
prazo de quinze dias. denú ncia, em despacho fundamentado, se
Pará grafo ú nico. Se nã o for conhecida a residência convencido, pela resposta do acusado ou do seu
do acusado, ou este se achar fora da jurisdiçã o do defensor, da inexistência do crime ou da
juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá improcedência da açã o.
apresentar a resposta preliminar.
Art. 517. Recebida a denú ncia ou a queixa,
Art. 515. No caso previsto no artigo será o acusado citado, na forma estabelecida no
anterior, durante o prazo concedido para a Capítulo I do Título X do Livro I.
resposta, os autos permanecerã o em cartó rio, Art. 518. Na instruçã o criminal e nos
onde poderã o ser examinados pelo acusado ou demais termos do processo, observar-se-á o
por seu defensor.
disposto nos Capítulos I e III, Título I, deste Livro.
Pará grafo ú nico. A resposta poderá ser instruída
com documentos e justificaçõ es.

LIVRO III - DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL


julgamento à revelia;
h) a intimaçã o das testemunhas arroladas no
TÍTULO I - DAS NULIDADES libelo e na contrariedade, nos termos
estabelecidos pela lei;
CAPÍTULO II - DO JULGAMENTO i) a presença pelo menos de 15 jurados para a
constituiçã o do jú ri;
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença
se da nulidade nã o resultar prejuízo para a em nú mero legal e sua incomunicabilidade;
acusaçã o ou para a defesa.
k) os quesitos e as respectivas respostas;
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos l) a acusaçã o e a defesa, na sessã o de julgamento;
seguintes casos: m) a sentença;
I - por incompetência, suspeiçã o ou suborno do n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o
juiz; tenha estabelecido;
II - por ilegitimidade de parte; o) a intimaçã o, nas condiçõ es estabelecidas pela
III - por falta das fó rmulas ou dos termos lei, para ciência de sentenças e despachos de que
seguintes: caiba recurso;
a) a denú ncia ou a queixa e a representaçã o e, nos p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais
processos de contravençõ es penais, a portaria ou de Apelaçã o, o quorum legal para o julgamento;
o auto de prisã o em flagrante; IV - por omissã o de formalidade que constitua
b) o exame do corpo de delito nos crimes que elemento essencial do ato.
deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. V - em decorrência de decisã o carente de
167; fundamentaçã o.
c) a nomeaçã o de defensor ao réu presente, que o Pará grafo ú nico. Ocorrerá ainda a nulidade, por
nã o tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e
21 anos; contradiçã o entre estas.
d) a intervençã o do Ministério Pú blico em todos Art. 565. Nenhuma das partes poderá
os termos da açã o por ele intentada e nos da argü ir nulidade a que haja dado causa, ou para
intentada pela parte ofendida, quando se tratar de
que tenha concorrido, ou referente a formalidade
crime de açã o pú blica; cuja observâ ncia só à parte contrá ria interesse.
e) a citaçã o do réu para ver-se processar, o seu
interrogató rio, quando presente, e os prazos Art. 566. Nã o será declarada a nulidade
concedidos à acusaçã o e à defesa; de ato processual que nã o houver influído na
f) a sentença de pronú ncia, o libelo e a entrega da apuraçã o da verdade substancial ou na decisã o da
respectiva có pia, com o rol de testemunhas, nos causa.
processos perante o Tribunal do Jú ri;
g) a intimaçã o do réu para a sessã o de julgamento, Art. 567. A incompetência do juízo anula
pelo Tribunal do Jú ri, quando a lei nã o permitir o somente os atos decisó rios, devendo o processo,

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quando for declarada a nulidade, ser remetido ao sujeitar o réu a novo julgamento; nã o se admite,
juiz competente. porém, pelo mesmo motivo, segunda apelaçã o.
§ 4º Quando cabível a apelaçã o, nã o poderá ser
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do usado o recurso em sentido estrito, ainda que
representante da parte poderá ser a todo tempo somente de parte da decisã o se recorra.
sanada, mediante ratificaçã o dos atos processuais. (Pará grafo ú nico renumerado pela Lei nº 263, de
Art. 569. As omissõ es da denú ncia ou da 23.2.1948)
queixa, da representaçã o, ou, nos processos das CAPÍTULO X - DO HABEAS CORPUS E SEU
contravençõ es penais, da portaria ou do auto de PROCESSO
prisã o em flagrante, poderã o ser supridas a todo o
tempo, antes da sentença final. Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre
que alguém sofrer ou se achar na iminência de
Art. 570. A falta ou a nulidade da citaçã o, sofrer violência ou coaçã o ilegal na sua liberdade
da intimaçã o ou notificaçã o estará sanada, desde de ir e vir, salvo nos casos de puniçã o disciplinar.
que o interessado compareça, antes de o ato
consumar-se, embora declare que o faz para o Art. 648. A coaçã o considerar-se-á ilegal:
ú nico fim de argü i-la. O juiz ordenará , todavia, a I - quando nã o houver justa causa;
suspensã o ou o adiamento do ato, quando II - quando alguém estiver preso por mais tempo
reconhecer que a irregularidade poderá do que determina a lei;
prejudicar direito da parte. III - quando quem ordenar a coaçã o nã o tiver
competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que
TÍTULO II - DOS RECURSOS EM autorizou a coaçã o;
GERAL V - quando nã o for alguém admitido a prestar
fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
CAPÍTULO III - DA APELAÇÃO VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
Art. 593. Caberá apelaçã o no prazo de 5
(cinco) dias: Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos
I - das sentenças definitivas de condenaçã o ou limites da sua jurisdiçã o, fará passar
absolviçã o proferidas por juiz singular; imediatamente a ordem impetrada, nos casos em
II - das decisõ es definitivas, ou com força de que tenha cabimento, seja qual for a autoridade
definitivas, proferidas por juiz singular nos casos coatora.
nã o previstos no Capítulo anterior;
III - das decisõ es do Tribunal do Jú ri, quando: Art. 650. Competirá conhecer,
originariamente, do pedido de habeas corpus:
a) ocorrer nulidade posterior à pronú ncia;
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos
b) for a sentença do juiz-presidente contrá ria à lei
expressa ou à decisã o dos jurados; previstos no Art. 101, I, g, da Constituiçã o;
II - aos Tribunais de Apelaçã o, sempre que os atos
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicaçã o
da pena ou da medida de segurança; de violência ou coaçã o forem atribuídos aos
d) for a decisã o dos jurados manifestamente governadores ou interventores dos Estados ou
Territó rios e ao prefeito do Distrito Federal, ou a
contrá ria à prova dos autos.
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrá ria seus secretá rios, ou aos chefes de Polícia.
à lei expressa ou divergir das respostas dos § 1º A competência do juiz cessará sempre que a
violência ou coaçã o provier de autoridade
jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a
devida retificaçã o. judiciá ria de igual ou superior jurisdiçã o.
§ 2º Interposta a apelaçã o com fundamento no no § 2º Nã o cabe o habeas corpus contra a prisã o
administrativa, atual ou iminente, dos
III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der
provimento, retificará a aplicaçã o da pena ou da responsáveis por dinheiro ou valor pertencente à
medida de segurança. Fazenda Pú blica, alcançados ou omissos em fazer
o seu recolhimento nos prazos legais, salvo se o
§ 3º Se a apelaçã o se fundar no no III, d, deste
artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a pedido for acompanhado de prova de quitaçã o ou
de depó sito do alcance verificado, ou se a prisã o
decisã o dos jurados é manifestamente contrá ria à
exceder o prazo legal.
prova dos autos, dar-lhe-á provimento para

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Art. 651. A concessã o do habeas corpus Art. 654. O habeas corpus poderá ser
nã o obstará , nem porá termo ao processo, desde impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou
que este nã o esteja em conflito com os de outrem, bem como pelo Ministério Pú blico.
fundamentos daquela. § 1º A petiçã o de habeas corpus conterá :
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada
Art. 652. Se o habeas corpus for de sofrer violência ou coaçã o e o de quem exercer
concedido em virtude de nulidade do processo, a violência, coaçã o ou ameaça;
este será renovado. b) a declaraçã o da espécie de constrangimento ou,
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em caso de simples ameaça de coaçã o, as razõ es
em virtude de habeas corpus, será condenada nas em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu
custas a autoridade que, por má -fé ou evidente
abuso de poder, tiver determinado a coaçã o. rogo, quando nã o souber ou nã o puder escrever, e
a designaçã o das respectivas residências.
Pará grafo ú nico. Neste caso, será remetida ao
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para
Ministério Pú blico có pia das peças necessá rias
para ser promovida a responsabilidade da expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando
no curso de processo verificarem que alguém
autoridade.
sofre ou está na iminência de sofrer coaçã o ilegal.

LIVRO IV - DA EXECUÇÃO
I - a qualificaçã o do internando;
II - o teor da decisã o que tiver imposto a medida
TÍTULO V - DA EXECUÇÃO DAS de segurança;
MEDIDAS DE SEGURANÇA III - a data em que terminará o prazo mínimo da
internaçã o.
CAPÍTULO II - DA REABILITAÇÃO
Art. 763. Se estiver solto o internando,
Art. 762. A ordem de internaçã o, expedida expedir-se-á mandado de captura, que será
para executar-se medida de segurança detentiva, cumprido por oficial de justiça ou por autoridade
conterá : policial.

LIVRO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS


§ 2º As audiências, as sessõ es e os atos
processuais, em caso de necessidade, poderã o
TÍTULO ÚNICO - CAPÍTULO I realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa
por ele especialmente designada.
CAPÍTULO III - DA HOMOLOGAÇÃO DAS
SENTENÇAS ESTRANGEIRAS Art. 798. Todos os prazos correrã o em
cartó rio e serã o contínuos e peremptó rios, nã o se
Art. 792. As audiências, sessõ es e os atos interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
processuais serã o, em regra, pú blicos e se § 1º Nã o se computará no prazo o dia do começo,
realizarã o nas sedes dos juízos e tribunais, com incluindo-se, porém, o do vencimento.
assistência dos escrivã es, do secretá rio, do oficial § 2º A terminaçã o dos prazos será certificada nos
de justiça que servir de porteiro, em dia e hora autos pelo escrivã o; será , porém, considerado
certos, ou previamente designados. findo o prazo, ainda que omitida aquela
§ 1º Se da publicidade da audiência, da sessã o ou formalidade, se feita a prova do dia em que
do ato processual, puder resultar escâ ndalo, começou a correr.
inconveniente grave ou perigo de perturbaçã o da § 3º O prazo que terminar em domingo ou dia
ordem, o juiz, ou o tribunal, câ mara, ou turma, feriado considerar-se-á prorrogado até o dia ú til
poderá , de ofício ou a requerimento da parte ou imediato.
do Ministério Pú blico, determinar que o ato seja § 4º Nã o correrã o os prazos, se houver
realizado a portas fechadas, limitando o nú mero impedimento do juiz, força maior, ou obstá culo
de pessoas que possam estar presentes. judicial oposto pela parte contrá ria.
§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrã o:

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a) da intimaçã o; I - que envolvam réus presos, nos processos
b) da audiência ou sessã o em que for proferida a vinculados a essas prisõ es;
decisã o, se a ela estiver presente a parte; II - nos procedimentos regidos pela Lei nº 11.340,
c) do dia em que a parte manifestar nos autos de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
ciência inequívoca da sentença ou despacho. III - nas medidas consideradas urgentes, mediante
despacho fundamentado do juízo competente.
Art. 798-A. Suspende-se o curso do prazo Pará grafo ú nico. Durante o período a que se refere
processual nos dias compreendidos entre 20 de o caput deste artigo, fica vedada a realizaçã o de
dezembro e 20 de janeiro, inclusive, salvo nos audiências e de sessõ es de julgamento, salvo nas
seguintes casos: hipó teses dos incisos I, II e III do caput deste
artigo.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

Lei nº 9.099 de 26.09.1995


CAPÍTULO I - Disposições Gerais
1º 2º
Capítulo III - Dos Juizados Especiais Criminais
60 60 61 62 66 67 68

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comine pena má xima nã o superior a 2 (dois) anos,
CAPÍTULO I - Disposições Gerais cumulada ou nã o com multa.
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Art. 62. O processo perante o Juizado
Criminais, ó rgã os da Justiça Ordiná ria, serã o Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade,
criados pela Uniã o, no Distrito Federal e nos simplicidade, informalidade, economia processual
Territó rios, e pelos Estados, para conciliaçã o, e celeridade, objetivando, sempre que possível, a
processo, julgamento e execuçã o, nas causas de reparaçã o dos danos sofridos pela vítima e a
sua competência. aplicaçã o de pena nã o privativa de liberdade.
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos Seção I - Da Competência e dos Atos
critérios da oralidade, simplicidade, Processuais
informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que possível, a conciliaçã o ou a Art. 66. A citaçã o será pessoal e far-se-á no
transaçã o. pró prio Juizado, sempre que possível, ou por
mandado.
Capítulo III - Dos Juizados Especiais Criminais Pará grafo ú nico. Nã o encontrado o acusado para
ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes
Seção XVII - Disposições Finais
ao Juízo comum para adoçã o do procedimento
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, previsto em lei.
provido por Juízes togados ou togados e leigos,
Art. 67. A intimaçã o far-se-á por
tem competência para a conciliaçã o, o julgamento
correspondência, com aviso de recebimento
e a execuçã o das infraçõ es penais de menor
pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou
potencial ofensivo.
firma individual, mediante entrega ao encarregado
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, da recepçã o, que será obrigatoriamente
provido por juízes togados ou togados e leigos, identificado, ou, sendo necessá rio, por oficial de
tem competência para a conciliaçã o, o julgamento justiça, independentemente de mandado ou carta
e a execuçã o das infraçõ es penais de menor precató ria, ou ainda por qualquer meio idô neo de
potencial ofensivo, respeitadas as regras de comunicaçã o.
conexã o e continência. Pará grafo ú nico. Dos atos praticados em audiência
Pará grafo ú nico. Na reuniã o de processos, perante considerar-se-ã o desde logo cientes as partes, os
o juízo comum ou o tribunal do jú ri, decorrentes interessados e defensores.
da aplicaçã o das regras de conexã o e continência,
Art. 68. Do ato de intimaçã o do autor do
observar-se-ã o os institutos da transaçã o penal e
fato e do mandado de citaçã o do acusado, constará
da composiçã o dos danos civis.
a necessidade de seu comparecimento
Art. 61. Consideram-se infraçõ es penais acompanhado de advogado, com a advertência de
de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor
Lei, as contravençõ es penais e os crimes a que a lei pú blico.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


PARTE GERAL - LIVRO I
TÍTULO ÚNICO - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 11
CAPÍTULO II - DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
13 14 15

LIVRO II - DA FUNÇÃO JURISDICIONAL


TÍTULO I - DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
16 17 18
TÍTULO II - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
21 22 23 24 25
CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
26 27 36
TÍTULO III - DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA
42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 64 65 66

LIVRO III - DOS SUJEITOS DO PROCESSO


TÍTULO I - DAS PARTES E DOS PROCURADORES
CAPÍTULO I - DA CAPACIDADE PROCESSUAL
70 71 72 73 74 75 76
CAPÍTULO II - DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES
77 78 79 80 81 82 83 84 85 98 99 100 101 102
CAPÍTULO IV - DA SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES
110 111
TÍTULO III - DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
CAPÍTULO II - DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
125 126 127 128 129
CAPÍTULO III - DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
130 131 132
CAPÍTULO IV - DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
133 134 135
TÍTULO IV - DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
CAPÍTULO I - DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ
139 140 141 142 143
CAPÍTULO III - DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
149 150 151 152 153 154 155 159 160 161
TÍTULO V - DO MINISTÉRIO PÚBLICO
176 177 178 179 180 181
TÍTULO VI - DA ADVOCACIA PÚBLICA
182 183 184
TÍTULO VII - DA DEFENSORIA PÚBLICA
185 186 187

LIVRO IV - DOS ATOS PROCESSUAIS


TÍTULO I - DA FORMA, DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I - DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 203 204 205 206 207 208 209 210 211
CAPÍTULO II - DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
212 213 214 215 216 217
CAPÍTULO III - DOS PRAZOS
218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235
TÍTULO II - DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
236 237
CAPÍTULO II - DA CITAÇÃO
238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259

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CAPÍTULO IV - DAS INTIMAÇÕES
269 270 271 272 273 274 275
PARTE ESPECIAL - LIVRO I

LIVRO VI - DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO


TÍTULO I - DO PROCEDIMENTO COMUM
CAPÍTULO XII - DAS PROVAS
447 448 449 453 454
CAPÍTULO XIII - DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
502
TÍTULO II - DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
CAPÍTULO IV - DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
528
CAPÍTULO V - DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA
FAZENDA PÚBLICA
535
CAPÍTULO VI - DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU DE
ENTREGAR COISA
536 538
TÍTULO III - DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CAPÍTULO III - DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
554 560 561 562 563
CAPÍTULO VI - DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA
626
CAPÍTULO X - DAS AÇÕES DE FAMÍLIA
695
CAPÍTULO XV - DOS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
751

LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO


TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM GERAL
CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA
782
CAPÍTULO V - DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
795
TÍTULO II - DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO
CAPÍTULO II - DA EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA
806 807
CAPÍTULO IV - DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA
827 828 829 830 831 832 833 834 835 836 837 838 839 840 841 842 843 844 845 846 870 871
872 873 874 875

LIVRO III - DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
TÍTULO II - DOS RECURSOS
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
994 1001 1003
CAPÍTULO II - DA APELAÇÃO
1009 1010
CAPÍTULO III - DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
1015
CAPÍTULO V - DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
1022

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PARTE GERAL - LIVRO I
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico,
TÍTULO ÚNICO - DAS NORMAS o juiz atenderá aos fins sociais e à s exigências do
FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO bem comum, resguardando e promovendo a
dignidade da pessoa humana e observando a
DAS NORMAS PROCESSUAIS proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência.
CAPÍTULO I - DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO
PROCESSO CIVIL Art. 9º Nã o se proferirá decisã o contra
uma das partes sem que ela seja previamente
Art. 1º O processo civil será ordenado, ouvida.
disciplinado e interpretado conforme os valores e Pará grafo ú nico. O disposto no caput nã o se aplica:
as normas fundamentais estabelecidos na I - à tutela provisó ria de urgência;
Constituiçã o da Repú blica Federativa do Brasil , II - à s hipó teses de tutela da evidência previstas
observando-se as disposiçõ es deste Có digo. no art. 311, incisos II e III ;
III - à decisã o prevista no art. 701 .
Art. 2º O processo começa por iniciativa da
parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as Art. 10. O juiz nã o pode decidir, em grau
exceçõ es previstas em lei. algum de jurisdiçã o, com base em fundamento a
respeito do qual nã o se tenha dado à s partes
Art. 3º Nã o se excluirá da apreciaçã o
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate
jurisdicional ameaça ou lesã o a direito.
de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá , sempre que possível, a Art. 11. Todos os julgamentos dos ó rgã os
soluçã o consensual dos conflitos. do Poder Judiciá rio serã o pú blicos, e
§ 3º A conciliaçã o, a mediaçã o e outros métodos fundamentadas todas as decisõ es, sob pena de
de soluçã o consensual de conflitos deverã o ser nulidade.
estimulados por juízes, advogados, defensores Pará grafo ú nico. Nos casos de segredo de justiça,
pú blicos e membros do Ministério Pú blico, pode ser autorizada a presença somente das
inclusive no curso do processo judicial. partes, de seus advogados, de defensores pú blicos
ou do Ministério Pú blico.
Art. 4º As partes têm o direito de obter em
prazo razoável a soluçã o integral do mérito, CAPÍTULO II - DA APLICAÇÃO DAS NORMAS
incluída a atividade satisfativa. PROCESSUAIS
Art. 5º Aquele que de qualquer forma Art. 13. A jurisdiçã o civil será regida pelas
participa do processo deve comportar-se de normas processuais brasileiras, ressalvadas as
acordo com a boa-fé. disposiçõ es específicas previstas em tratados,
convençõ es ou acordos internacionais de que o
Art. 6º Todos os sujeitos do processo
Brasil seja parte.
devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisã o de mérito justa e efetiva. Art. 14. A norma processual nã o retroagirá
e será aplicável imediatamente aos processos em
Art. 7º É assegurada à s partes paridade de
curso, respeitados os atos processuais praticados
tratamento em relaçã o ao exercício de direitos e
e as situaçõ es jurídicas consolidadas sob a
faculdades processuais, aos meios de defesa, aos
vigência da norma revogada.
ô nus, aos deveres e à aplicaçã o de sançõ es
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo Art. 15. Na ausência de normas que
contraditó rio. regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposiçõ es deste Có digo lhes
serã o aplicadas supletiva e subsidiariamente.

LIVRO II - DA FUNÇÃO JURISDICIONAL

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II - em matéria de sucessã o hereditá ria, proceder à
confirmaçã o de testamento particular e ao
TÍTULO I - DA JURISDIÇÃO E DA inventá rio e à partilha de bens situados no Brasil,
AÇÃO ainda que o autor da herança seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora
do territó rio nacional;
Art. 16. A jurisdiçã o civil é exercida pelos III - em divó rcio, separaçã o judicial ou dissoluçã o
juízes e pelos tribunais em todo o territó rio de uniã o estável, proceder à partilha de bens
nacional, conforme as disposiçõ es deste Có digo. situados no Brasil, ainda que o titular seja de
Art. 17. Para postular em juízo é nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora
necessá rio ter interesse e legitimidade. do territó rio nacional.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito Art. 24. A açã o proposta perante tribunal
alheio em nome pró prio, salvo quando autorizado estrangeiro nã o induz litispendência e nã o obsta a
pelo ordenamento jurídico. que a autoridade judiciá ria brasileira conheça da
Pará grafo ú nico. Havendo substituiçã o processual, mesma causa e das que lhe sã o conexas,
o substituído poderá intervir como assistente ressalvadas as disposiçõ es em contrá rio de
litisconsorcial. tratados internacionais e acordos bilaterais em
vigor no Brasil.
Pará grafo ú nico. A pendência de causa perante a
TÍTULO II - DOS LIMITES DA jurisdiçã o brasileira nã o impede a homologaçã o
JURISDIÇÃO NACIONAL E DA de sentença judicial estrangeira quando exigida
para produzir efeitos no Brasil.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Art. 25. Nã o compete à autoridade
CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO judiciá ria brasileira o processamento e o
NACIONAL julgamento da açã o quando houver clá usula de
eleiçã o de foro exclusivo estrangeiro em contrato
Art. 21. Compete à autoridade judiciá ria internacional, arguida pelo réu na contestaçã o.
brasileira processar e julgar as açõ es em que: § 1º Nã o se aplica o disposto no caput à s hipó teses
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, de competência internacional exclusiva previstas
estiver domiciliado no Brasil; neste Capítulo.
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigaçã o; § 2º Aplica-se à hipó tese do caput o art. 63, §§ 1º a
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato 4º .
praticado no Brasil.
Pará grafo ú nico. Para o fim do disposto no inciso I, CAPÍTULO II - DA COOPERAÇÃO
considera-se domiciliada no Brasil a pessoa INTERNACIONAL
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou
sucursal. Seção I - Disposições Gerais

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade Art. 26. A cooperaçã o jurídica


judiciá ria brasileira processar e julgar as açõ es: internacional será regida por tratado de que o
I - de alimentos, quando: Brasil faz parte e observará :
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; I - o respeito à s garantias do devido processo legal
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como no Estado requerente;
posse ou propriedade de bens, recebimento de II - a igualdade de tratamento entre nacionais e
renda ou obtençã o de benefícios econô micos; estrangeiros, residentes ou nã o no Brasil, em
II - decorrentes de relaçõ es de consumo, quando o relaçã o ao acesso à justiça e à tramitaçã o dos
consumidor tiver domicílio ou residência no processos, assegurando-se assistência judiciá ria
Brasil; aos necessitados;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se III - a publicidade processual, exceto nas hipó teses
submeterem à jurisdiçã o nacional. de sigilo previstas na legislaçã o brasileira ou na do
Estado requerente;
Art. 23. Compete à autoridade judiciá ria IV - a existência de autoridade central para
brasileira, com exclusã o de qualquer outra: recepçã o e transmissã o dos pedidos de
I - conhecer de açõ es relativas a imó veis situados cooperaçã o;
no Brasil;

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V - a espontaneidade na transmissã o de estado de fato ou de direito ocorridas
informaçõ es a autoridades estrangeiras. posteriormente, salvo quando suprimirem ó rgã o
§ 1º Na ausência de tratado, a cooperaçã o jurídica judiciá rio ou alterarem a competência absoluta.
internacional poderá realizar-se com base em
reciprocidade, manifestada por via diplomá tica. Art. 44. Obedecidos os limites
§ 2º Nã o se exigirá a reciprocidade referida no § estabelecidos pela Constituiçã o Federal , a
1º para homologaçã o de sentença estrangeira. competência é determinada pelas normas
§ 3º Na cooperaçã o jurídica internacional nã o será previstas neste Có digo ou em legislaçã o especial,
admitida a prá tica de atos que contrariem ou que pelas normas de organizaçã o judiciá ria e, ainda,
produzam resultados incompatíveis com as no que couber, pelas constituiçõ es dos Estados.
normas fundamentais que regem o Estado
Art. 45. Tramitando o processo perante
brasileiro. outro juízo, os autos serã o remetidos ao juízo
§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funçõ es de
federal competente se nele intervier a Uniã o, suas
autoridade central na ausência de designaçã o
empresas pú blicas, entidades autá rquicas e
específica. fundaçõ es, ou conselho de fiscalizaçã o de
Art. 27. A cooperaçã o jurídica atividade profissional, na qualidade de parte ou de
internacional terá por objeto: terceiro interveniente, exceto as açõ es:
I - citaçã o, intimaçã o e notificaçã o judicial e I - de recuperaçã o judicial, falência, insolvência
extrajudicial; civil e acidente de trabalho;
II - colheita de provas e obtençã o de informaçõ es; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do
III - homologaçã o e cumprimento de decisã o; trabalho.
IV - concessã o de medida judicial de urgência; § 1º Os autos nã o serã o remetidos se houver
V - assistência jurídica internacional; pedido cuja apreciaçã o seja de competência do
VI - qualquer outra medida judicial ou juízo perante o qual foi proposta a açã o.
extrajudicial nã o proibida pela lei brasileira. § 2º Na hipó tese do § 1º, o juiz, ao nã o admitir a
cumulaçã o de pedidos em razã o da incompetência
Seção III - Da Carta Rogatória para apreciar qualquer deles, nã o examinará o
mérito daquele em que exista interesse da Uniã o,
Art. 36. O procedimento da carta rogató ria de suas entidades autá rquicas ou de suas
perante o Superior Tribunal de Justiça é de empresas pú blicas.
jurisdiçã o contenciosa e deve assegurar à s partes § 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo
as garantias do devido processo legal. estadual sem suscitar conflito se o ente federal
§ 1º A defesa restringir-se-á à discussã o quanto ao cuja presença ensejou a remessa for excluído do
atendimento dos requisitos para que o processo.
pronunciamento judicial estrangeiro produza
efeitos no Brasil. Art. 46. A açã o fundada em direito pessoal
§ 2º Em qualquer hipó tese, é vedada a revisã o do ou em direito real sobre bens mó veis será
mérito do pronunciamento judicial estrangeiro proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
pela autoridade judiciá ria brasileira. § 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será
demandado no foro de qualquer deles.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do
TÍTULO III - DA COMPETÊNCIA réu, ele poderá ser demandado onde for
INTERNA encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu nã o tiver domicílio ou
CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA residência no Brasil, a açã o será proposta no foro
de domicílio do autor, e, se este também residir
Seção I - Disposições Gerais fora do Brasil, a açã o será proposta em qualquer
foro.
Art. 42. As causas cíveis serã o processadas § 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes
e decididas pelo juiz nos limites de sua domicílios, serã o demandados no foro de qualquer
competência, ressalvado à s partes o direito de deles, à escolha do autor.
instituir juízo arbitral, na forma da lei. § 5º A execuçã o fiscal será proposta no foro de
Art. 43. Determina-se a competência no domicílio do réu, no de sua residência ou no do
momento do registro ou da distribuiçã o da petiçã o lugar onde for encontrado.
inicial, sendo irrelevantes as modificaçõ es do

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I - para a açã o de divó rcio, separaçã o, anulaçã o de
Art. 47. Para as açõ es fundadas em direito casamento e reconhecimento ou dissoluçã o de
real sobre imó veis é competente o foro de situaçã o uniã o estável:
da coisa. a) de domicílio do guardiã o de filho incapaz;
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do b) do ú ltimo domicílio do casal, caso nã o haja filho
réu ou pelo foro de eleiçã o se o litígio nã o recair incapaz;
sobre direito de propriedade, vizinhança, c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes
servidã o, divisã o e demarcaçã o de terras e de residir no antigo domicílio do casal;
nunciaçã o de obra nova. d) de domicílio da vítima de violência doméstica e
§ 2º A açã o possessó ria imobiliá ria será proposta familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de
no foro de situaçã o da coisa, cujo juízo tem agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
competência absoluta. II - de domicílio ou residência do alimentando,
Art. 48. O foro de domicílio do autor da para a açã o em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
herança, no Brasil, é o competente para o
inventá rio, a partilha, a arrecadaçã o, o a) onde está a sede, para a açã o em que for ré
cumprimento de disposiçõ es de ú ltima vontade, a pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto à s
impugnaçã o ou anulaçã o de partilha extrajudicial
e para todas as açõ es em que o espó lio for réu, obrigaçõ es que a pessoa jurídica contraiu;
ainda que o ó bito tenha ocorrido no estrangeiro. c) onde exerce suas atividades, para a açã o em que
for ré sociedade ou associaçã o sem personalidade
Pará grafo ú nico. Se o autor da herança nã o
possuía domicílio certo, é competente: jurídica;
I - o foro de situaçã o dos bens imó veis; d) onde a obrigaçã o deve ser satisfeita, para a açã o
em que se lhe exigir o cumprimento;
II - havendo bens imó veis em foros diferentes,
qualquer destes; e) de residência do idoso, para a causa que verse
III - nã o havendo bens imó veis, o foro do local de sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro,
qualquer dos bens do espó lio.
para a açã o de reparaçã o de dano por ato
Art. 49. A açã o em que o ausente for réu praticado em razã o do ofício;
será proposta no foro de seu ú ltimo domicílio, IV - do lugar do ato ou fato para a açã o:
também competente para a arrecadaçã o, o a) de reparaçã o de dano;
inventá rio, a partilha e o cumprimento de b) em que for réu administrador ou gestor de
disposiçõ es testamentá rias. negó cios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a
Art. 50. A açã o em que o incapaz for réu açã o de reparaçã o de dano sofrido em razã o de
será proposta no foro de domicílio de seu delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
representante ou assistente.
Seção III - Da Incompetência
Art. 51. É competente o foro de domicílio
do réu para as causas em que seja autora a Uniã o. Art. 64. A incompetência, absoluta ou
Pará grafo ú nico. Se a Uniã o for a demandada, a relativa, será alegada como questã o preliminar de
açã o poderá ser proposta no foro de domicílio do contestaçã o.
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou § 1º A incompetência absoluta pode ser alegada
a demanda, no de situaçã o da coisa ou no Distrito em qualquer tempo e grau de jurisdiçã o e deve ser
Federal. declarada de ofício.
§ 2º Apó s manifestaçã o da parte contrá ria, o juiz
Art. 52. É competente o foro de domicílio decidirá imediatamente a alegaçã o de
do réu para as causas em que seja autor Estado ou incompetência.
o Distrito Federal. § 3º Caso a alegaçã o de incompetência seja
Pará grafo ú nico. Se Estado ou o Distrito Federal acolhida, os autos serã o remetidos ao juízo
for o demandado, a açã o poderá ser proposta no competente.
foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato § 4º Salvo decisã o judicial em sentido contrá rio,
ou fato que originou a demanda, no de situaçã o da conservar-se-ã o os efeitos de decisã o proferida
coisa ou na capital do respectivo ente federado. pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 53. É competente o foro:

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I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência competentes;
relativa se o réu nã o alegar a incompetência em II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram
preliminar de contestaçã o. incompetentes, atribuindo um ao outro a
Pará grafo ú nico. A incompetência relativa pode competência;
ser alegada pelo Ministério Pú blico nas causas em III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge
que atuar. controvérsia acerca da reuniã o ou separaçã o de
Art. 66. Há conflito de competência processos.
Pará grafo ú nico. O juiz que nã o acolher a
quando:
competência declinada deverá suscitar o conflito,
salvo se a atribuir a outro juízo.

LIVRO III - DOS SUJEITOS DO PROCESSO


de um ou de ambos os cô njuges.
§ 2º Nas açõ es possessó rias, a participaçã o do
TÍTULO I - DAS PARTES E DOS cô njuge do autor ou do réu somente é
PROCURADORES indispensável nas hipó teses de composse ou de
ato por ambos praticado.
CAPÍTULO I - DA CAPACIDADE PROCESSUAL § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à uniã o
estável comprovada nos autos.
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no
exercício de seus direitos tem capacidade para Art. 74. O consentimento previsto no art.
estar em juízo. 73 pode ser suprido judicialmente quando for
negado por um dos cô njuges sem justo motivo, ou
Art. 71. O incapaz será representado ou quando lhe seja impossível concedê-lo.
assistido por seus pais, por tutor ou por curador, Pará grafo ú nico. A falta de consentimento, quando
na forma da lei. necessá rio e nã o suprido pelo juiz, invalida o
processo.
Art. 72. O juiz nomeará curador especial
ao: Art. 75. Serã o representados em juízo,
I - incapaz, se nã o tiver representante legal ou se ativa e passivamente:
os interesses deste colidirem com os daquele, I - a Uniã o, pela Advocacia-Geral da Uniã o,
enquanto durar a incapacidade; diretamente ou mediante ó rgã o vinculado;
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado II - o Estado e o Distrito Federal, por seus
por edital ou com hora certa, enquanto nã o for procuradores;
constituído advogado. III - o Município, por seu prefeito, procurador ou
Pará grafo ú nico. A curatela especial será exercida Associaçã o de Representaçã o de Municípios,
pela Defensoria Pú blica, nos termos da lei. quando expressamente autorizada;
IV - a autarquia e a fundaçã o de direito pú blico,
Art. 73. O cô njuge necessitará do por quem a lei do ente federado designar;
consentimento do outro para propor açã o que V - a massa falida, pelo administrador judicial;
verse sobre direito real imobiliá rio, salvo quando VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
casados sob o regime de separaçã o absoluta de VII - o espó lio, pelo inventariante;
bens. VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos
§ 1º Ambos os cô njuges serã o necessariamente atos constitutivos designarem ou, nã o havendo
citados para a açã o: essa designaçã o, por seus diretores;
I - que verse sobre direito real imobiliá rio, salvo IX - a sociedade e a associaçã o irregulares e outros
quando casados sob o regime de separaçã o entes organizados sem personalidade jurídica,
absoluta de bens; pela pessoa a quem couber a administraçã o de
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os seus bens;
cô njuges ou de ato praticado por eles; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente,
III - fundada em dívida contraída por um dos representante ou administrador de sua filial,
cô njuges a bem da família; agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
constituiçã o ou a extinçã o de ô nus sobre imó vel

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§ 1º Quando o inventariante for dativo, os II - nã o formular pretensã o ou de apresentar
sucessores do falecido serã o intimados no defesa quando cientes de que sã o destituídas de
processo no qual o espó lio seja parte. fundamento;
§ 2º A sociedade ou associaçã o sem personalidade III - nã o produzir provas e nã o praticar atos
jurídica nã o poderá opor a irregularidade de sua inú teis ou desnecessá rios à declaraçã o ou à defesa
constituiçã o quando demandada. do direito;
§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se IV - cumprir com exatidã o as decisõ es
autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a jurisdicionais, de natureza provisó ria ou final, e
receber citaçã o para qualquer processo. nã o criar embaraços à sua efetivaçã o;
§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderã o V - declinar, no primeiro momento que lhes
ajustar compromisso recíproco para prá tica de ato couber falar nos autos, o endereço residencial ou
processual por seus procuradores em favor de profissional onde receberã o intimaçõ es,
outro ente federado, mediante convênio firmado atualizando essa informaçã o sempre que ocorrer
pelas respectivas procuradorias. qualquer modificaçã o temporá ria ou definitiva;
§ 5º A representaçã o judicial do Município pela VI - nã o praticar inovaçã o ilegal no estado de fato
Associaçã o de Representaçã o de Municípios de bem ou direito litigioso.
somente poderá ocorrer em questõ es de interesse VII - informar e manter atualizados seus dados
comum dos Municípios associados e dependerá de cadastrais perante os ó rgã os do Poder Judiciá rio e,
autorizaçã o do respectivo chefe do Poder no caso do § 6º do art. 246 deste Có digo, da
Executivo municipal, com indicaçã o específica do Administraçã o Tributá ria, para recebimento de
direito ou da obrigaçã o a ser objeto das medidas citaçõ es e intimaçõ es.
judiciais. § 1º Nas hipó teses dos incisos IV e VI, o juiz
advertirá qualquer das pessoas mencionadas no
Art. 76. Verificada a incapacidade caput de que sua conduta poderá ser punida como
processual ou a irregularidade da representaçã o ato atentató rio à dignidade da justiça.
da parte, o juiz suspenderá o processo e designará § 2º A violaçã o ao disposto nos incisos IV e VI
prazo razoável para que seja sanado o vício. constitui ato atentató rio à dignidade da justiça,
§ 1º Descumprida a determinaçã o, caso o processo devendo o juiz, sem prejuízo das sançõ es
esteja na instâ ncia originá ria: criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao
I - o processo será extinto, se a providência couber responsável multa de até vinte por cento do valor
ao autor; da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
II - o réu será considerado revel, se a providência § 3º Nã o sendo paga no prazo a ser fixado pelo
lhe couber; juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como
III - o terceiro será considerado revel ou excluído dívida ativa da Uniã o ou do Estado apó s o trâ nsito
do processo, dependendo do polo em que se em julgado da decisã o que a fixou, e sua execuçã o
encontre. observará o procedimento da execuçã o fiscal,
§ 2º Descumprida a determinaçã o em fase revertendo-se aos fundos previstos no art. 97 .
recursal perante tribunal de justiça, tribunal § 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser
regional federal ou tribunal superior, o relator: fixada independentemente da incidência das
I - nã o conhecerá do recurso, se a providência previstas nos arts. 523, § 1º , e 536, § 1º .
couber ao recorrente; § 5º Quando o valor da causa for irrisó rio ou
II - determinará o desentranhamento das inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser
contrarrazõ es, se a providência couber ao fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salá rio-
recorrido. mínimo.
CAPÍTULO II - DOS DEVERES DAS PARTES E DE § 6º Aos advogados pú blicos ou privados e aos
membros da Defensoria Pú blica e do Ministério
SEUS PROCURADORES
Pú blico nã o se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º,
Seção I - Dos Deveres devendo eventual responsabilidade disciplinar ser
apurada pelo respectivo ó rgã o de classe ou
Art. 77. Além de outros previstos neste corregedoria, ao qual o juiz oficiará .
Có digo, sã o deveres das partes, de seus § 7º Reconhecida violaçã o ao disposto no inciso
procuradores e de todos aqueles que de qualquer VI, o juiz determinará o restabelecimento do
forma participem do processo: estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; falar nos autos até a purgaçã o do atentado, sem
prejuízo da aplicaçã o do § 2º.

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§ 8º O representante judicial da parte nã o pode (dez) vezes o valor do salá rio-mínimo.
ser compelido a cumprir decisã o em seu lugar. § 3º O valor da indenizaçã o será fixado pelo juiz
ou, caso nã o seja possível mensurá -lo, liquidado
Art. 78. É vedado à s partes, a seus por arbitramento ou pelo procedimento comum,
procuradores, aos juízes, aos membros do nos pró prios autos.
Ministério Pú blico e da Defensoria Pú blica e a
qualquer pessoa que participe do processo Seção III - Das Despesas, dos Honorários
empregar expressõ es ofensivas nos escritos Advocatícios e das Multas
apresentados.
§ 1º Quando expressõ es ou condutas ofensivas Art. 82. Salvo as disposiçõ es concernentes
forem manifestadas oral ou presencialmente, o à gratuidade da justiça, incumbe à s partes prover
juiz advertirá o ofensor de que nã o as deve usar ou as despesas dos atos que realizarem ou
repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. requererem no processo, antecipando-lhes o
§ 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o pagamento, desde o início até a sentença final ou,
juiz determinará que as expressõ es ofensivas na execuçã o, até a plena satisfaçã o do direito
sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, reconhecido no título.
determinará a expediçã o de certidã o com inteiro § 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas
teor das expressõ es ofensivas e a colocará à relativas a ato cuja realizaçã o o juiz determinar de
disposiçã o da parte interessada. ofício ou a requerimento do Ministério Pú blico,
quando sua intervençã o ocorrer como fiscal da
Seção II - Da Responsabilidade das Partes por ordem jurídica.
Dano Processual § 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao
vencedor as despesas que antecipou.
Art. 79. Responde por perdas e danos
aquele que litigar de má -fé como autor, réu ou Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro,
interveniente. que residir fora do Brasil ou deixar de residir no
país ao longo da tramitaçã o de processo prestará
Art. 80. Considera-se litigante de má -fé cauçã o suficiente ao pagamento das custas e dos
aquele que: honorá rios de advogado da parte contrá ria nas
I - deduzir pretensã o ou defesa contra texto açõ es que propuser, se nã o tiver no Brasil bens
expresso de lei ou fato incontroverso; imó veis que lhes assegurem o pagamento.
II - alterar a verdade dos fatos; § 1º Nã o se exigirá a cauçã o de que trata o caput :
III - usar do processo para conseguir objetivo I - quando houver dispensa prevista em acordo ou
ilegal; tratado internacional de que o Brasil faz parte;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento II - na execuçã o fundada em título extrajudicial e
do processo; no cumprimento de sentença;
V - proceder de modo temerá rio em qualquer III - na reconvençã o.
incidente ou ato do processo; § 2º Verificando-se no trâ mite do processo que se
VI - provocar incidente manifestamente desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir
infundado; reforço da cauçã o, justificando seu pedido com a
VII - interpuser recurso com intuito indicaçã o da depreciaçã o do bem dado em
manifestamente protelató rio. garantia e a importâ ncia do reforço que pretende
obter.
Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz
condenará o litigante de má -fé a pagar multa, que Art. 84. As despesas abrangem as custas
deverá ser superior a um por cento e inferior a dez dos atos do processo, a indenizaçã o de viagem, a
por cento do valor corrigido da causa, a indenizar remuneraçã o do assistente técnico e a diá ria de
a parte contrá ria pelos prejuízos que esta sofreu e testemunha.
a arcar com os honorá rios advocatícios e com
todas as despesas que efetuou. Art. 85. A sentença condenará o vencido a
§ 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes pagar honorá rios ao advogado do vencedor.
de má -fé, o juiz condenará cada um na proporçã o § 1º Sã o devidos honorá rios advocatícios na
de seu respectivo interesse na causa ou reconvençã o, no cumprimento de sentença,
solidariamente aqueles que se coligaram para provisó rio ou definitivo, na execuçã o, resistida ou
lesar a parte contrá ria. nã o, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2º Quando o valor da causa for irrisó rio ou § 2º Os honorá rios serã o fixados entre o mínimo
inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 de dez e o má ximo de vinte por cento sobre o

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valor da condenaçã o, do proveito econô mico conteú do da decisã o, inclusive aos casos de
obtido ou, nã o sendo possível mensurá -lo, sobre o improcedência ou de sentença sem resoluçã o de
valor atualizado da causa, atendidos: mérito.
I - o grau de zelo do profissional; § 6º-A. Quando o valor da condenaçã o ou do
II - o lugar de prestaçã o do serviço; proveito econô mico obtido ou o valor atualizado
III - a natureza e a importâ ncia da causa; da causa for líquido ou liquidável, para fins de
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo fixaçã o dos honorá rios advocatícios, nos termos
exigido para o seu serviço. dos §§ 2º e 3º, é proibida a apreciaçã o equitativa,
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pú blica for salvo nas hipó teses expressamente previstas no §
parte, a fixaçã o dos honorá rios observará os 8º deste artigo.
critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e § 7º Nã o serã o devidos honorá rios no
os seguintes percentuais: cumprimento de sentença contra a Fazenda
I - mínimo de dez e má ximo de vinte por cento Pú blica que enseje expediçã o de precató rio, desde
sobre o valor da condenaçã o ou do proveito que nã o tenha sido impugnada.
econô mico obtido até 200 (duzentos) salá rios- § 8º Nas causas em que for inestimável ou
mínimos; irrisó rio o proveito econô mico ou, ainda, quando o
II - mínimo de oito e má ximo de dez por cento valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor
sobre o valor da condenaçã o ou do proveito dos honorá rios por apreciaçã o equitativa,
econô mico obtido acima de 200 (duzentos) observando o disposto nos incisos do § 2º.
salá rios-mínimos até 2.000 (dois mil) salá rios- § 8º-A. Na hipó tese do § 8º deste artigo, para fins
mínimos; de fixaçã o equitativa de honorá rios
III - mínimo de cinco e má ximo de oito por cento sucumbenciais, o juiz deverá observar os valores
sobre o valor da condenaçã o ou do proveito recomendados pelo Conselho Seccional da Ordem
econô mico obtido acima de 2.000 (dois mil) dos Advogados do Brasil a título de honorá rios
salá rios-mínimos até 20.000 advocatícios ou o limite mínimo de 10% (dez por
IV - mínimo de três e má ximo de cinco por cento cento) estabelecido no § 2º deste artigo,
sobre o valor da condenaçã o ou do proveito aplicando-se o que for maior.
econô mico obtido acima de 20.000 § 9º Na açã o de indenizaçã o por ato ilícito contra
V - mínimo de um e má ximo de três por cento pessoa, o percentual de honorá rios incidirá sobre
sobre o valor da condenaçã o ou do proveito a soma das prestaçõ es vencidas acrescida de 12
econô mico obtido acima de 100.000 (cem mil) (doze) prestaçõ es vincendas.
salá rios-mínimos. § 10. Nos casos de perda do objeto, os honorá rios
§ 4º Em qualquer das hipó teses do § 3º : serã o devidos por quem deu causa ao processo.
I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os
ser aplicados desde logo, quando for líquida a honorá rios fixados anteriormente levando em
sentença; conta o trabalho adicional realizado em grau
II - nã o sendo líquida a sentença, a definiçã o do recursal, observando, conforme o caso, o disposto
percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no
somente ocorrerá quando liquidado o julgado; cô mputo geral da fixaçã o de honorá rios devidos
III - nã o havendo condenaçã o principal ou nã o ao advogado do vencedor, ultrapassar os
sendo possível mensurar o proveito econô mico respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º
obtido, a condenaçã o em honorá rios dar-se-á para a fase de conhecimento.
sobre o valor atualizado da causa; § 12. Os honorá rios referidos no § 11 sã o
IV - será considerado o salá rio-mínimo vigente cumuláveis com multas e outras sançõ es
quando prolatada sentença líquida ou o que processuais, inclusive as previstas no art. 77 .
estiver em vigor na data da decisã o de liquidaçã o. § 13. As verbas de sucumbência arbitradas em
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenaçã o embargos à execuçã o rejeitados ou julgados
contra a Fazenda Pú blica ou o benefício improcedentes e em fase de cumprimento de
econô mico obtido pelo vencedor ou o valor da sentença serã o acrescidas no valor do débito
causa for superior ao valor previsto no inciso I do principal, para todos os efeitos legais.
§ 3º, a fixaçã o do percentual de honorá rios deve § 14. Os honorá rios constituem direito do
observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a advogado e têm natureza alimentar, com os
faixa subsequente, e assim sucessivamente. mesmos privilégios dos créditos oriundos da
§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º legislaçã o do trabalho, sendo vedada a
aplicam-se independentemente de qual seja o compensaçã o em caso de sucumbência parcial.

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§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento continuidade de processo judicial no qual o
dos honorá rios que lhe caibam seja efetuado em benefício tenha sido concedido.
favor da sociedade de advogados que integra na § 2º A concessã o de gratuidade nã o afasta a
qualidade de só cio, aplicando-se à hipó tese o responsabilidade do beneficiá rio pelas despesas
disposto no § 14. processuais e pelos honorá rios advocatícios
§ 16. Quando os honorá rios forem fixados em decorrentes de sua sucumbência.
quantia certa, os juros morató rios incidirã o a § 3º Vencido o beneficiá rio, as obrigaçõ es
partir da data do trâ nsito em julgado da decisã o. decorrentes de sua sucumbência ficarã o sob
§ 17. Os honorá rios serã o devidos quando o condiçã o suspensiva de exigibilidade e somente
advogado atuar em causa pró pria. poderã o ser executadas se, nos 5 (cinco) anos
§ 18. Caso a decisã o transitada em julgado seja subsequentes ao trâ nsito em julgado da decisã o
omissa quanto ao direito aos honorá rios ou ao seu que as certificou, o credor demonstrar que deixou
valor, é cabível açã o autô noma para sua definiçã o de existir a situaçã o de insuficiência de recursos
e cobrança. que justificou a concessã o de gratuidade,
§ 19. Os advogados pú blicos perceberã o extinguindo-se, passado esse prazo, tais
honorá rios de sucumbência, nos termos da lei. obrigaçõ es do beneficiá rio.
§ 20. O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 6º-A, 8º, § 4º A concessã o de gratuidade nã o afasta o dever
8º-A, 9º e 10 deste artigo aplica-se aos honorá rios de o beneficiá rio pagar, ao final, as multas
fixados por arbitramento judicial. processuais que lhe sejam impostas.
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em
Seção IV - Da Gratuidade da Justiça relaçã o a algum ou a todos os atos processuais, ou
consistir na reduçã o percentual de despesas
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica,
processuais que o beneficiá rio tiver de adiantar no
brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
curso do procedimento.
recursos para pagar as custas, as despesas
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder
processuais e os honorá rios advocatícios tem
direito ao parcelamento de despesas processuais
direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
que o beneficiá rio tiver de adiantar no curso do
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
procedimento.
I - as taxas ou as custas judiciais;
§ 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3º a 5º , ao
II - os selos postais;
custeio dos emolumentos previstos no § 1º, inciso
III - as despesas com publicaçã o na imprensa
IX, do presente artigo, observada a tabela e as
oficial, dispensando-se a publicaçã o em outros
condiçõ es da lei estadual ou distrital respectiva.
meios;
§ 8º Na hipó tese do § 1º, inciso IX, havendo dú vida
IV - a indenizaçã o devida à testemunha que,
fundada quanto ao preenchimento atual dos
quando empregada, receberá do empregador
pressupostos para a concessã o de gratuidade, o
salá rio integral, como se em serviço estivesse;
notá rio ou registrador, apó s praticar o ato, pode
V - as despesas com a realizaçã o de exame de
requerer, ao juízo competente para decidir
có digo genético - DNA e de outros exames
questõ es notariais ou registrais, a revogaçã o total
considerados essenciais;
ou parcial do benefício ou a sua substituiçã o pelo
VI - os honorá rios do advogado e do perito e a
parcelamento de que trata o § 6º deste artigo, caso
remuneraçã o do intérprete ou do tradutor
em que o beneficiá rio será citado para, em 15
nomeado para apresentaçã o de versã o em
(quinze) dias, manifestar-se sobre esse
português de documento redigido em língua
requerimento.
estrangeira;
VII - o custo com a elaboraçã o de memó ria de Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça
cá lculo, quando exigida para instauraçã o da pode ser formulado na petiçã o inicial, na
execuçã o; contestaçã o, na petiçã o para ingresso de terceiro
VIII - os depó sitos previstos em lei para no processo ou em recurso.
interposiçã o de recurso, para propositura de açã o § 1º Se superveniente à primeira manifestaçã o da
e para a prá tica de outros atos processuais parte na instâ ncia, o pedido poderá ser formulado
inerentes ao exercício da ampla defesa e do por petiçã o simples, nos autos do pró prio
contraditó rio; processo, e nã o suspenderá seu curso.
IX - os emolumentos devidos a notá rios ou § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se
registradores em decorrência da prá tica de houver nos autos elementos que evidenciem a
registro, averbaçã o ou qualquer outro ato notarial falta dos pressupostos legais para a concessã o de
necessá rio à efetivaçã o de decisã o judicial ou à gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,

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determinar à parte a comprovaçã o do
preenchimento dos referidos pressupostos. Art. 102. Sobrevindo o trâ nsito em julgado
§ 3º Presume-se verdadeira a alegaçã o de de decisã o que revoga a gratuidade, a parte deverá
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa efetuar o recolhimento de todas as despesas de
natural. cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as
§ 4º A assistência do requerente por advogado relativas ao recurso interposto, se houver, no
particular nã o impede a concessã o de gratuidade prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicaçã o
da justiça. das sançõ es previstas em lei.
§ 5º Na hipó tese do § 4º, o recurso que verse Pará grafo ú nico. Nã o efetuado o recolhimento, o
exclusivamente sobre valor de honorá rios de processo será extinto sem resoluçã o de mérito,
sucumbência fixados em favor do advogado de tratando-se do autor, e, nos demais casos, nã o
beneficiá rio estará sujeito a preparo, salvo se o poderá ser deferida a realizaçã o de nenhum ato ou
pró prio advogado demonstrar que tem direito à diligência requerida pela parte enquanto nã o
gratuidade. efetuado o depó sito.
§ 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal,
CAPÍTULO IV - DA SUCESSÃO DAS PARTES E
nã o se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do
DOS PROCURADORES
beneficiá rio, salvo requerimento e deferimento
expressos. Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer
§ 7º Requerida a concessã o de gratuidade da das partes, dar-se-á a sucessã o pelo seu espó lio ou
justiça em recurso, o recorrente estará dispensado pelos seus sucessores, observado o disposto no
de comprovar o recolhimento do preparo, art. 313, §§ 1º e 2º .
incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o
requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para Art. 111. A parte que revogar o mandato
realizaçã o do recolhimento. outorgado a seu advogado constituirá , no mesmo
ato, outro que assuma o patrocínio da causa.
Art. 100. Deferido o pedido, a parte Pará grafo ú nico. Nã o sendo constituído novo
contrá ria poderá oferecer impugnaçã o na procurador no prazo de 15 (quinze) dias,
contestaçã o, na réplica, nas contrarrazõ es de observar-se-á o disposto no art. 76 .
recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou
formulado por terceiro, por meio de petiçã o
simples, a ser apresentada no prazo de 15 TÍTULO III - DA INTERVENÇÃO
(quinze) dias, nos autos do pró prio processo, sem DE TERCEIROS
suspensã o de seu curso.
Pará grafo ú nico. Revogado o benefício, a parte CAPÍTULO II - DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
arcará com as despesas processuais que tiver
deixado de adiantar e pagará , em caso de má -fé, Seção III - Da Assistência Litisconsorcial
até o décuplo de seu valor a título de multa, que
será revertida em benefício da Fazenda Pú blica Art. 125. É admissível a denunciaçã o da
estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida lide, promovida por qualquer das partes:
ativa. I - ao alienante imediato, no processo relativo à
coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante,
Art. 101. Contra a decisã o que indeferir a a fim de que possa exercer os direitos que da
gratuidade ou a que acolher pedido de sua evicçã o lhe resultam;
revogaçã o caberá agravo de instrumento, exceto II - à quele que estiver obrigado, por lei ou pelo
quando a questã o for resolvida na sentença, contrato, a indenizar, em açã o regressiva, o
contra a qual caberá apelaçã o. prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1º O recorrente estará dispensado do § 1º O direito regressivo será exercido por açã o
recolhimento de custas até decisã o do relator autô noma quando a denunciaçã o da lide for
sobre a questã o, preliminarmente ao julgamento indeferida, deixar de ser promovida ou nã o for
do recurso. permitida.
§ 2º Confirmada a denegaçã o ou a revogaçã o da § 2º Admite-se uma ú nica denunciaçã o sucessiva,
gratuidade, o relator ou o ó rgã o colegiado promovida pelo denunciado, contra seu
determinará ao recorrente o recolhimento das antecessor imediato na cadeia dominial ou quem
custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob seja responsável por indenizá -lo, nã o podendo o
pena de nã o conhecimento do recurso. denunciado sucessivo promover nova

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denunciaçã o, hipó tese em que eventual direito de
regresso será exercido por açã o autô noma. Art. 131. A citaçã o daqueles que devam
figurar em litisconsó rcio passivo será requerida
Art. 126. A citaçã o do denunciado será pelo réu na contestaçã o e deve ser promovida no
requerida na petiçã o inicial, se o denunciante for prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem
autor, ou na contestaçã o, se o denunciante for réu, efeito o chamamento.
devendo ser realizada na forma e nos prazos Pará grafo ú nico. Se o chamado residir em outra
previstos no art. 131 . comarca, seçã o ou subseçã o judiciá rias, ou em
lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
Art. 127. Feita a denunciaçã o pelo autor, o
denunciado poderá assumir a posiçã o de Art. 132. A sentença de procedência valerá
litisconsorte do denunciante e acrescentar novos como título executivo em favor do réu que
argumentos à petiçã o inicial, procedendo-se em satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por
seguida à citaçã o do réu. inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos
codevedores, a sua quota, na proporçã o que lhes
Art. 128. Feita a denunciaçã o pelo réu: tocar.
I - se o denunciado contestar o pedido formulado
pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na açã o CAPÍTULO IV - DO INCIDENTE DE
principal, em litisconsó rcio, denunciante e DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
denunciado; JURÍDICA
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode
deixar de prosseguir com sua defesa, Art. 133. O incidente de desconsideraçã o
eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, da personalidade jurídica será instaurado a
restringindo sua atuaçã o à açã o regressiva; pedido da parte ou do Ministério Pú blico, quando
III - se o denunciado confessar os fatos alegados lhe couber intervir no processo.
pelo autor na açã o principal, o denunciante § 1º O pedido de desconsideraçã o da
poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a personalidade jurídica observará os pressupostos
tal reconhecimento, pedir apenas a procedência previstos em lei.
da açã o de regresso. § 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipó tese
Pará grafo ú nico. Procedente o pedido da açã o de desconsideraçã o inversa da personalidade
principal, pode o autor, se for o caso, requerer o jurídica.
cumprimento da sentença também contra o
Art. 134. O incidente de desconsideraçã o é
denunciado, nos limites da condenaçã o deste na
cabível em todas as fases do processo de
açã o regressiva.
conhecimento, no cumprimento de sentença e na
Art. 129. Se o denunciante for vencido na execuçã o fundada em título executivo
açã o principal, o juiz passará ao julgamento da extrajudicial.
denunciaçã o da lide. § 1º A instauraçã o do incidente será
Pará grafo ú nico. Se o denunciante for vencedor, a imediatamente comunicada ao distribuidor para
açã o de denunciaçã o nã o terá o seu pedido as anotaçõ es devidas.
examinado, sem prejuízo da condenaçã o do § 2º Dispensa-se a instauraçã o do incidente se a
denunciante ao pagamento das verbas de desconsideraçã o da personalidade jurídica for
sucumbência em favor do denunciado. requerida na petiçã o inicial, hipó tese em que será
citado o só cio ou a pessoa jurídica.
CAPÍTULO III - DO CHAMAMENTO AO § 3º A instauraçã o do incidente suspenderá o
PROCESSO processo, salvo na hipó tese do § 2º.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o
Art. 130. É admissível o chamamento ao preenchimento dos pressupostos legais
processo, requerido pelo réu: específicos para desconsideraçã o da
I - do afiançado, na açã o em que o fiador for réu; personalidade jurídica.
II - dos demais fiadores, na açã o proposta contra
um ou alguns deles; Art. 135. Instaurado o incidente, o só cio
III - dos demais devedores solidá rios, quando o ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se
credor exigir de um ou de alguns o pagamento da e requerer as provas cabíveis no prazo de 15
dívida comum. (quinze) dias.

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TÍTULO IV - DO JUIZ E DOS Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos
limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
AUXILIARES DA JUSTIÇA
conhecer de questõ es nã o suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.
CAPÍTULO I - DOS PODERES, DOS DEVERES E
DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ Art. 142. Convencendo-se, pelas
circunstâ ncias, de que autor e réu se serviram do
Art. 139. O juiz dirigirá o processo processo para praticar ato simulado ou conseguir
conforme as disposiçõ es deste Có digo, fim vedado por lei, o juiz proferirá decisã o que
incumbindo-lhe: impeça os objetivos das partes, aplicando, de
I - assegurar à s partes igualdade de tratamento; ofício, as penalidades da litigâ ncia de má -fé.
II - velar pela duraçã o razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrá rio à Art. 143. O juiz responderá , civil e
dignidade da justiça e indeferir postulaçõ es regressivamente, por perdas e danos quando:
meramente protelató rias; I - no exercício de suas funçõ es, proceder com dolo
IV - determinar todas as medidas indutivas, ou fraude;
coercitivas, mandamentais ou sub-rogató rias II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo,
necessá rias para assegurar o cumprimento de providência que deva ordenar de ofício ou a
ordem judicial, inclusive nas açõ es que tenham requerimento da parte.
por objeto prestaçã o pecuniá ria; Pará grafo ú nico. As hipó teses previstas no inciso II
V - promover, a qualquer tempo, a somente serã o verificadas depois que a parte
autocomposiçã o, preferencialmente com auxílio requerer ao juiz que determine a providência e o
de conciliadores e mediadores judiciais; requerimento nã o for apreciado no prazo de 10
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a (dez) dias.
ordem de produçã o dos meios de prova,
adequando-os à s necessidades do conflito de CAPÍTULO III - DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
modo a conferir maior efetividade à tutela do Art. 149. Sã o auxiliares da Justiça, além de
direito;
outros cujas atribuiçõ es sejam determinadas pelas
VII - exercer o poder de polícia, requisitando,
normas de organizaçã o judiciá ria, o escrivã o, o
quando necessá rio, força policial, além da chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o
segurança interna dos fó runs e tribunais;
depositá rio, o administrador, o intérprete, o
VIII - determinar, a qualquer tempo, o
tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o
comparecimento pessoal das partes, para inquiri- partidor, o distribuidor, o contabilista e o
las sobre os fatos da causa, hipó tese em que nã o
regulador de avarias.
incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos Seção I - Do Escrivão, do Chefe de Secretaria e
processuais e o saneamento de outros vícios do Oficial de Justiça
processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas Art. 150. Em cada juízo haverá um ou mais
individuais repetitivas, oficiar o Ministério ofícios de justiça, cujas atribuiçõ es serã o
Pú blico, a Defensoria Pú blica e, na medida do determinadas pelas normas de organizaçã o
possível, outros legitimados a que se referem o art. judiciá ria.
5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 , e o art.
82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , Art. 151. Em cada comarca, seçã o ou
para, se for o caso, promover a propositura da subseçã o judiciá ria haverá , no mínimo, tantos
açã o coletiva respectiva. oficiais de justiça quantos sejam os juízos.
Pará grafo ú nico. A dilaçã o de prazos prevista no Art. 152. Incumbe ao escrivã o ou ao chefe
inciso VI somente pode ser determinada antes de de secretaria:
encerrado o prazo regular. I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados,
Art. 140. O juiz nã o se exime de decidir as cartas precató rias e os demais atos que
sob a alegaçã o de lacuna ou obscuridade do pertençam ao seu ofício;
ordenamento jurídico. II - efetivar as ordens judiciais, realizar citaçõ es e
Pará grafo ú nico. O juiz só decidirá por equidade intimaçõ es, bem como praticar todos os demais
nos casos previstos em lei. atos que lhe forem atribuídos pelas normas de
organizaçã o judiciá ria;

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III - comparecer à s audiências ou, nã o podendo III - entregar o mandado em cartó rio apó s seu
fazê-lo, designar servidor para substituí-lo; cumprimento;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os IV - auxiliar o juiz na manutençã o da ordem;
autos, nã o permitindo que saiam do cartó rio, V - efetuar avaliaçõ es, quando for o caso;
exceto: VI - certificar, em mandado, proposta de
a) quando tenham de seguir à conclusã o do juiz; autocomposiçã o apresentada por qualquer das
b) com vista a procurador, à Defensoria Pú blica, ao partes, na ocasiã o de realizaçã o de ato de
Ministério Pú blico ou à Fazenda Pú blica; comunicaçã o que lhe couber.
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou Pará grafo ú nico. Certificada a proposta de
ao partidor; autocomposiçã o prevista no inciso VI, o juiz
d) quando forem remetidos a outro juízo em razã o ordenará a intimaçã o da parte contrá ria para
da modificaçã o da competência; manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem
V - fornecer certidã o de qualquer ato ou termo do prejuízo do andamento regular do processo,
processo, independentemente de despacho, entendendo-se o silêncio como recusa.
observadas as disposiçõ es referentes ao segredo
de justiça; Art. 155. O escrivã o, o chefe de secretaria
VI - praticar, de ofício, os atos meramente e o oficial de justiça sã o responsáveis, civil e
ordinató rios. regressivamente, quando:
§ 1º O juiz titular editará ato a fim de I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no
regulamentar a atribuiçã o prevista no inciso VI. prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que
§ 2º No impedimento do escrivã o ou chefe de estã o subordinados;
secretaria, o juiz convocará substituto e, nã o o II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
havendo, nomeará pessoa idô nea para o ato.
Seção III - Do Depositário e do Administrador
Art. 153. O escrivã o ou o chefe de
Art. 159. A guarda e a conservaçã o de bens
secretaria atenderá , preferencialmente, à ordem
penhorados, arrestados, sequestrados ou
cronoló gica de recebimento para publicaçã o e
arrecadados serã o confiadas a depositá rio ou a
efetivaçã o dos pronunciamentos judiciais.
administrador, nã o dispondo a lei de outro modo.
§ 1º A lista de processos recebidos deverá ser
disponibilizada, de forma permanente, para Art. 160. Por seu trabalho o depositá rio ou
consulta pú blica. o administrador perceberá remuneraçã o que o
§ 2º Estã o excluídos da regra do caput : juiz fixará levando em conta a situaçã o dos bens,
I - os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz ao tempo do serviço e à s dificuldades de sua
no pronunciamento judicial a ser efetivado; execuçã o.
II - as preferências legais. Pará grafo ú nico. O juiz poderá nomear um ou mais
§ 3º Apó s elaboraçã o de lista pró pria, respeitar- prepostos por indicaçã o do depositá rio ou do
se-ã o a ordem cronoló gica de recebimento entre administrador.
os atos urgentes e as preferências legais.
§ 4º A parte que se considerar preterida na ordem Art. 161. O depositá rio ou o administrador
cronoló gica poderá reclamar, nos pró prios autos, responde pelos prejuízos que, por dolo ou culpa,
ao juiz do processo, que requisitará informaçõ es causar à parte, perdendo a remuneraçã o que lhe
ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 foi arbitrada, mas tem o direito a haver o que
(dois) dias. legitimamente despendeu no exercício do encargo.
§ 5º Constatada a preteriçã o, o juiz determinará o Pará grafo ú nico. O depositá rio infiel responde
imediato cumprimento do ato e a instauraçã o de civilmente pelos prejuízos causados, sem prejuízo
processo administrativo disciplinar contra o de sua responsabilidade penal e da imposiçã o de
servidor. sançã o por ato atentató rio à dignidade da justiça.

Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:


I - fazer pessoalmente citaçõ es, prisõ es, penhoras, TÍTULO V - DO MINISTÉRIO
arrestos e demais diligências pró prias do seu PÚBLICO
ofício, sempre que possível na presença de 2
(duas) testemunhas, certificando no mandado o Seção V - Dos Conciliadores e Mediadores
ocorrido, com mençã o ao lugar, ao dia e à hora; Judiciais
II - executar as ordens do juiz a que estiver
subordinado;

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judicial, em todos os â mbitos federativos, das
Art. 176. O Ministério Pú blico atuará na pessoas jurídicas de direito pú blico que integram
defesa da ordem jurídica, do regime democrá tico e a administraçã o direta e indireta.
dos interesses e direitos sociais e individuais
indisponíveis. Art. 183. A Uniã o, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e suas respectivas
Art. 177. O Ministério Pú blico exercerá o autarquias e fundaçõ es de direito pú blico gozarã o
direito de açã o em conformidade com suas de prazo em dobro para todas as suas
atribuiçõ es constitucionais. manifestaçõ es processuais, cuja contagem terá
início a partir da intimaçã o pessoal.
Art. 178. O Ministério Pú blico será
§ 1º A intimaçã o pessoal far-se-á por carga,
intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias,
intervir como fiscal da ordem jurídica nas remessa ou meio eletrô nico.
§ 2º Nã o se aplica o benefício da contagem em
hipó teses previstas em lei ou na Constituiçã o
dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse pú blico ou social; prazo pró prio para o ente pú blico.
II - interesse de incapaz; Art. 184. O membro da Advocacia Pú blica
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou será civil e regressivamente responsável quando
urbana. agir com dolo ou fraude no exercício de suas
Pará grafo ú nico. A participaçã o da Fazenda funçõ es
Pú blica nã o configura, por si só , hipó tese de
intervençã o do Ministério Pú blico.
TÍTULO VII - DA DEFENSORIA
Art. 179. Nos casos de intervençã o como
PÚBLICA
fiscal da ordem jurídica, o Ministério Pú blico:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo
intimado de todos os atos do processo; Art. 185. A Defensoria Pú blica exercerá a
II - poderá produzir provas, requerer as medidas orientaçã o jurídica, a promoçã o dos direitos
processuais pertinentes e recorrer. humanos e a defesa dos direitos individuais e
coletivos dos necessitados, em todos os graus, de
Art. 180. O Ministério Pú blico gozará de
forma integral e gratuita.
prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que
terá início a partir de sua intimaçã o pessoal, nos Art. 186. A Defensoria Pú blica gozará de
termos do art. 183, § 1º . prazo em dobro para todas as suas manifestaçõ es
§ 1º Findo o prazo para manifestaçã o do processuais.
Ministério Pú blico sem o oferecimento de parecer, § 1º O prazo tem início com a intimaçã o pessoal
o juiz requisitará os autos e dará andamento ao do defensor pú blico, nos termos do art. 183, § 1º .
processo. § 2º A requerimento da Defensoria Pú blica, o juiz
§ 2º Nã o se aplica o benefício da contagem em determinará a intimaçã o pessoal da parte
dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, patrocinada quando o ato processual depender de
prazo pró prio para o Ministério Pú blico. providência ou informaçã o que somente por ela
possa ser realizada ou prestada.
Art. 181. O membro do Ministério Pú blico
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritó rios
será civil e regressivamente responsável quando
de prá tica jurídica das faculdades de Direito
agir com dolo ou fraude no exercício de suas
reconhecidas na forma da lei e à s entidades que
funçõ es.
prestam assistência jurídica gratuita em razã o de
convênios firmados com a Defensoria Pú blica.
TÍTULO VI - DA ADVOCACIA § 4º Nã o se aplica o benefício da contagem em
PÚBLICA dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo pró prio para a Defensoria Pú blica.

Art. 187. O membro da Defensoria Pú blica


Art. 182. Incumbe à Advocacia Pú blica, na
será civil e regressivamente responsável quando
forma da lei, defender e promover os interesses
pú blicos da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal agir com dolo ou fraude no exercício de suas
funçõ es.
e dos Municípios, por meio da representaçã o

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LIVRO IV - DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as
TÍTULO I - DA FORMA, DO partes podem fixar calendá rio para a prá tica dos
TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendá rio vincula as partes e o juiz, e os
PROCESSUAIS prazos nele previstos somente serã o modificados
em casos excepcionais, devidamente justificados.
CAPÍTULO I - DA FORMA DOS ATOS § 2º Dispensa-se a intimaçã o das partes para a
PROCESSUAIS prá tica de ato processual ou a realizaçã o de
audiência cujas datas tiverem sido designadas no
Seção I - Dos Atos em Geral
calendá rio.
Art. 188. Os atos e os termos processuais
Art. 192. Em todos os atos e termos do
independem de forma determinada, salvo quando processo é obrigató rio o uso da língua portuguesa.
a lei expressamente a exigir, considerando-se
Pará grafo ú nico. O documento redigido em língua
vá lidos os que, realizados de outro modo, lhe
estrangeira somente poderá ser juntado aos autos
preencham a finalidade essencial. quando acompanhado de versã o para a língua
Art. 189. Os atos processuais sã o pú blicos, portuguesa tramitada por via diplomá tica ou pela
todavia tramitam em segredo de justiça os autoridade central, ou firmada por tradutor
processos: juramentado.
I - em que o exija o interesse pú blico ou social; Seção II - Da Prática Eletrônica de Atos
II - que versem sobre casamento, separaçã o de
Processuais
corpos, divó rcio, separaçã o, uniã o estável, filiaçã o,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; Art. 193. Os atos processuais podem ser
III - em que constem dados protegidos pelo direito total ou parcialmente digitais, de forma a permitir
constitucional à intimidade; que sejam produzidos, comunicados,
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre armazenados e validados por meio eletrô nico, na
cumprimento de carta arbitral, desde que a forma da lei.
confidencialidade estipulada na arbitragem seja Pará grafo ú nico. O disposto nesta Seçã o aplica-se,
comprovada perante o juízo. no que for cabível, à prá tica de atos notariais e de
§ 1º O direito de consultar os autos de processo registro.
que tramite em segredo de justiça e de pedir
certidõ es de seus atos é restrito à s partes e aos Art. 194. Os sistemas de automaçã o
seus procuradores. processual respeitarã o a publicidade dos atos, o
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico acesso e a participaçã o das partes e de seus
pode requerer ao juiz certidã o do dispositivo da procuradores, inclusive nas audiências e sessõ es
sentença, bem como de inventá rio e de partilha de julgamento, observadas as garantias da
resultantes de divó rcio ou separaçã o. disponibilidade, independência da plataforma
computacional, acessibilidade e
Art. 190. Versando o processo sobre interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e
direitos que admitam autocomposiçã o, é lícito à s informaçõ es que o Poder Judiciá rio administre no
partes plenamente capazes estipular mudanças no exercício de suas funçõ es.
procedimento para ajustá -lo à s especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ô nus, poderes, Art. 195. O registro de ato processual
faculdades e deveres processuais, antes ou eletrô nico deverá ser feito em padrõ es abertos,
durante o processo. que atenderã o aos requisitos de autenticidade,
Pará grafo ú nico. De ofício ou a requerimento, o integridade, temporalidade, nã o repú dio,
juiz controlará a validade das convençõ es conservaçã o e, nos casos que tramitem em
previstas neste artigo, recusando-lhes aplicaçã o segredo de justiça, confidencialidade, observada a
somente nos casos de nulidade ou de inserçã o infraestrutura de chaves pú blicas unificada
abusiva em contrato de adesã o ou em que alguma nacionalmente, nos termos da lei.
parte se encontre em manifesta situaçã o de
vulnerabilidade. Art. 196. Compete ao Conselho Nacional
de Justiça e, supletivamente, aos tribunais,

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regulamentar a prá tica e a comunicaçã o oficial de
atos processuais por meio eletrô nico e velar pela Art. 204. Acó rdã o é o julgamento
compatibilidade dos sistemas, disciplinando a colegiado proferido pelos tribunais.
incorporaçã o progressiva de novos avanços
Art. 205. Os despachos, as decisõ es, as
tecnoló gicos e editando, para esse fim, os atos que
sentenças e os acó rdã os serã o redigidos, datados e
forem necessá rios, respeitadas as normas assinados pelos juízes.
fundamentais deste Có digo.
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos no
Art. 197. Os tribunais divulgarã o as caput forem proferidos oralmente, o servidor os
informaçõ es constantes de seu sistema de documentará , submetendo-os aos juízes para
automaçã o em pá gina pró pria na rede mundial de revisã o e assinatura.
computadores, gozando a divulgaçã o de § 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de
presunçã o de veracidade e confiabilidade. jurisdiçã o, pode ser feita eletronicamente, na
Pará grafo ú nico. Nos casos de problema técnico do forma da lei.
sistema e de erro ou omissã o do auxiliar da justiça § 3º Os despachos, as decisõ es interlocutó rias, o
responsável pelo registro dos andamentos, poderá dispositivo das sentenças e a ementa dos acó rdã os
ser configurada a justa causa prevista no art. 223, serã o publicados no Diá rio de Justiça Eletrô nico.
caput e § 1º .
Seção V - Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de
Art. 198. As unidades do Poder Judiciá rio Secretaria
deverã o manter gratuitamente, à disposiçã o dos
Art. 206. Ao receber a petiçã o inicial de
interessados, equipamentos necessá rios à prá tica
processo, o escrivã o ou o chefe de secretaria a
de atos processuais e à consulta e ao acesso ao
autuará , mencionando o juízo, a natureza do
sistema e aos documentos dele constantes.
processo, o nú mero de seu registro, os nomes das
Pará grafo ú nico. Será admitida a prá tica de atos
partes e a data de seu início, e procederá do
por meio nã o eletrô nico no local onde nã o
mesmo modo em relaçã o aos volumes em
estiverem disponibilizados os equipamentos
formaçã o.
previstos no caput .
Art. 207. O escrivã o ou o chefe de
Art. 199. As unidades do Poder Judiciá rio
secretaria numerará e rubricará todas as folhas
assegurarã o à s pessoas com deficiência
dos autos.
acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de
Pará grafo ú nico. À parte, ao procurador, ao
computadores, ao meio eletrô nico de prá tica de
membro do Ministério Pú blico, ao defensor
atos judiciais, à comunicaçã o eletrô nica dos atos
pú blico e aos auxiliares da justiça é facultado
processuais e à assinatura eletrô nica.
rubricar as folhas correspondentes aos atos em
Seção IV - Dos Pronunciamentos do Juiz que intervierem.

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz Art. 208. Os termos de juntada, vista,


consistirã o em sentenças, decisõ es interlocutó rias conclusã o e outros semelhantes constarã o de
e despachos. notas datadas e rubricadas pelo escrivã o ou pelo
§ 1º Ressalvadas as disposiçõ es expressas dos chefe de secretaria.
procedimentos especiais, sentença é o
Art. 209. Os atos e os termos do processo
pronunciamento por meio do qual o juiz, com serã o assinados pelas pessoas que neles
fundamento nos arts. 485 e 487 , põ e fim à fase
intervierem, todavia, quando essas nã o puderem
cognitiva do procedimento comum, bem como
ou nã o quiserem firmá -los, o escrivã o ou o chefe
extingue a execuçã o.
de secretaria certificará a ocorrência.
§ 2º Decisã o interlocutó ria é todo
§ 1º Quando se tratar de processo total ou
pronunciamento judicial de natureza decisó ria
parcialmente documentado em autos eletrô nicos,
que nã o se enquadre no § 1º.
os atos processuais praticados na presença do juiz
§ 3º Sã o despachos todos os demais poderã o ser produzidos e armazenados de modo
pronunciamentos do juiz praticados no processo,
integralmente digital em arquivo eletrô nico
de ofício ou a requerimento da parte.
inviolável, na forma da lei, mediante registro em
§ 4º Os atos meramente ordinató rios, como a termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e
juntada e a vista obrigató ria, independem de
pelo escrivã o ou chefe de secretaria, bem como
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo
pelos advogados das partes.
servidor e revistos pelo juiz quando necessá rio.

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§ 2º Na hipó tese do § 1º, eventuais contradiçõ es puderem ser prejudicados pelo adiamento;
na transcriçã o deverã o ser suscitadas oralmente II - a açã o de alimentos e os processos de
no momento de realizaçã o do ato, sob pena de nomeaçã o ou remoçã o de tutor e curador;
preclusã o, devendo o juiz decidir de plano e III - os processos que a lei determinar.
ordenar o registro, no termo, da alegaçã o e da
decisã o. Art. 216. Além dos declarados em lei, sã o
feriados, para efeito forense, os sá bados, os
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da domingos e os dias em que nã o haja expediente
estenotipia ou de outro método idô neo em forense.
qualquer juízo ou tribunal.
Seção II - Do Lugar
Art. 211. Nã o se admitem nos atos e
termos processuais espaços em branco, salvo os Art. 217. Os atos processuais realizar-se-
que forem inutilizados, assim como entrelinhas, ã o ordinariamente na sede do juízo, ou,
emendas ou rasuras, exceto quando excepcionalmente, em outro lugar em razã o de
expressamente ressalvadas. deferência, de interesse da justiça, da natureza do
ato ou de obstá culo arguido pelo interessado e
CAPÍTULO II - DO TEMPO E DO LUGAR DOS acolhido pelo juiz.
ATOS PROCESSUAIS
CAPÍTULO III - DOS PRAZOS
Seção I - Do Tempo
Seção I - Disposições Gerais
Art. 212. Os atos processuais serã o
realizados em dias ú teis, das 6 (seis) à s 20 Art. 218. Os atos processuais serã o
§ 1º Serã o concluídos apó s as 20 uando o realizados nos prazos prescritos em lei.
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os
dano. prazos em consideraçã o à complexidade do ato.
§ 2º Independentemente de autorizaçã o judicial, § 2º Quando a lei ou o juiz nã o determinar prazo,
as citaçõ es, intimaçõ es e penhoras poderã o as intimaçõ es somente obrigarã o a
realizar-se no período de férias forenses, onde as comparecimento apó s decorridas 48 (quarenta e
houver, e nos feriados ou dias ú teis fora do horá rio oito) horas.
estabelecido neste artigo, observado o disposto no § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo
art. 5º, inciso XI, da Constituiçã o Federal . determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio prazo para a prá tica de ato processual a cargo da
de petiçã o em autos nã o eletrô nicos, essa deverá parte.
ser protocolada no horá rio de funcionamento do § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado
fó rum ou tribunal, conforme o disposto na lei de antes do termo inicial do prazo.
organizaçã o judiciá ria local.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias,
Art. 213. A prá tica eletrô nica de ato estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ã o
processual pode ocorrer em qualquer horá rio até somente os dias ú teis.
as 24 Pará grafo ú nico. O disposto neste artigo aplica-se
Pará grafo ú nico. O horá rio vigente no juízo somente aos prazos processuais.
perante o qual o ato deve ser praticado será
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo
considerado para fins de atendimento do prazo.
processual nos dias compreendidos entre 20 de
Art. 214. Durante as férias forenses e nos dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
feriados, nã o se praticarã o atos processuais, § 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados
excetuando-se: instituídos por lei, os juízes, os membros do
I - os atos previstos no art. 212, § 2º ; Ministério Pú blico, da Defensoria Pú blica e da
II - a tutela de urgência. Advocacia Pú blica e os auxiliares da Justiça
exercerã o suas atribuiçõ es durante o período
Art. 215. Processam-se durante as férias previsto no caput .
forenses, onde as houver, e nã o se suspendem pela § 2º Durante a suspensã o do prazo, nã o se
superveniência delas: realizarã o audiências nem sessõ es de julgamento.
I - os procedimentos de jurisdiçã o voluntá ria e os
necessá rios à conservaçã o de direitos, quando Art. 221. Suspende-se o curso do prazo
por obstá culo criado em detrimento da parte ou

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ocorrendo qualquer das hipó teses do art. 313 , por igual tempo, os prazos a que está submetido.
devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao
que faltava para sua complementaçã o. Art. 228. Incumbirá ao serventuá rio
Pará grafo ú nico. Suspendem-se os prazos durante remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia
a execuçã o de programa instituído pelo Poder e executar os atos processuais no prazo de 5
Judiciá rio para promover a autocomposiçã o, (cinco) dias, contado da data em que:
incumbindo aos tribunais especificar, com I - houver concluído o ato processual anterior, se
antecedência, a duraçã o dos trabalhos. lhe foi imposto pela lei;
II - tiver ciência da ordem, quando determinada
Art. 222. Na comarca, seçã o ou subseçã o pelo juiz.
judiciá ria onde for difícil o transporte, o juiz § 1º Ao receber os autos, o serventuá rio certificará
poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) o dia e a hora em que teve ciência da ordem
meses. referida no inciso II.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptó rios § 2º Nos processos em autos eletrô nicos, a juntada
sem anuência das partes. de petiçõ es ou de manifestaçõ es em geral ocorrerá
§ 2º Havendo calamidade pú blica, o limite previsto de forma automá tica, independentemente de ato
no caput para prorrogaçã o de prazos poderá ser de serventuá rio da justiça.
excedido.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o diferentes procuradores, de escritó rios de
direito de praticar ou de emendar o ato advocacia distintos, terã o prazos contados em
processual, independentemente de declaraçã o dobro para todas as suas manifestaçõ es, em
judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar qualquer juízo ou tribunal, independentemente de
que nã o o realizou por justa causa. requerimento.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se,
vontade da parte e que a impediu de praticar o ato havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa
por si ou por mandatá rio. por apenas um deles.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à § 2º Nã o se aplica o disposto no caput aos
parte a prá tica do ato no prazo que lhe assinar. processos em autos eletrô nicos.

Art. 224. Salvo disposiçã o em contrá rio, os Art. 230. O prazo para a parte, o
prazos serã o contados excluindo o dia do começo procurador, a Advocacia Pú blica, a Defensoria
e incluindo o dia do vencimento. Pú blica e o Ministério Pú blico será contado da
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo citaçã o, da intimaçã o ou da notificaçã o.
serã o protraídos para o primeiro dia ú til seguinte,
se coincidirem com dia em que o expediente Art. 231. Salvo disposiçã o em sentido
forense for encerrado antes ou iniciado depois da diverso, considera-se dia do começo do prazo:
hora normal ou houver indisponibilidade da I - a data de juntada aos autos do aviso de
comunicaçã o eletrô nica. recebimento, quando a citaçã o ou a intimaçã o for
§ 2º Considera-se como data de publicaçã o o pelo correio;
primeiro dia ú til seguinte ao da disponibilizaçã o II - a data de juntada aos autos do mandado
da informaçã o no Diá rio da Justiça eletrô nico. cumprido, quando a citaçã o ou a intimaçã o for por
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro oficial de justiça;
dia ú til que seguir ao da publicaçã o. III - a data de ocorrência da citaçã o ou da
intimaçã o, quando ela se der por ato do escrivã o
Art. 225. A parte poderá renunciar ao ou do chefe de secretaria;
prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, IV - o dia ú til seguinte ao fim da dilaçã o assinada
desde que o faça de maneira expressa. pelo juiz, quando a citaçã o ou a intimaçã o for por
edital;
Art. 226. O juiz proferirá : V - o dia ú til seguinte à consulta ao teor da citaçã o
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; ou da intimaçã o ou ao término do prazo para que
II - as decisõ es interlocutó rias no prazo de 10 a consulta se dê, quando a citaçã o ou a intimaçã o
(dez) dias; for eletrô nica;
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias. VI - a data de juntada do comunicado de que trata
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdiçã o, o art. 232ºu, nã o havendo esse, a data de juntada
da carta aos autos de origem devidamente
havendo motivo justificado, pode o juiz exceder,

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cumprida, quando a citaçã o ou a intimaçã o se vista fora de cartó rio e incorrerá em multa
realizar em cumprimento de carta; correspondente à metade do salá rio-mínimo.
VII - a data de publicaçã o, quando a intimaçã o se § 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à
der pelo Diá rio da Justiça impresso ou eletrô nico; seçã o local da Ordem dos Advogados do Brasil
VIII - o dia da carga, quando a intimaçã o se der para procedimento disciplinar e imposiçã o de
por meio da retirada dos autos, em carga, do multa.
cartó rio ou da secretaria. § 4º Se a situaçã o envolver membro do Ministério
IX - o quinto dia ú til seguinte à confirmaçã o, na Pú blico, da Defensoria Pú blica ou da Advocacia
forma prevista na mensagem de citaçã o, do Pú blica, a multa, se for o caso, será aplicada ao
recebimento da citaçã o realizada por meio agente pú blico responsável pelo ato.
eletrô nico. § 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do ó rgã o competente responsável pela instauraçã o de
começo do prazo para contestar corresponderá à procedimento disciplinar contra o membro que
ú ltima das datas a que se referem os incisos I a VI atuou no feito.
do caput .
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para Art. 235. Qualquer parte, o Ministério
cada um é contado individualmente. Pú blico ou a Defensoria Pú blica poderá
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado representar ao corregedor do tribunal ou ao
diretamente pela parte ou por quem, de qualquer Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator
forma, participe do processo, sem a intermediaçã o que injustificadamente exceder os prazos
de representante judicial, o dia do começo do previstos em lei, regulamento ou regimento
prazo para cumprimento da determinaçã o judicial interno.
corresponderá à data em que se der a § 1º Distribuída a representaçã o ao ó rgã o
comunicaçã o. competente e ouvido previamente o juiz, nã o
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à sendo caso de arquivamento liminar, será
citaçã o com hora certa. instaurado procedimento para apuraçã o da
responsabilidade, com intimaçã o do representado
Art. 232. Nos atos de comunicaçã o por por meio eletrô nico para, querendo, apresentar
carta precató ria, rogató ria ou de ordem, a justificativa no prazo de 15 (quinze) dias.
realizaçã o da citaçã o ou da intimaçã o será § 2º Sem prejuízo das sançõ es administrativas
imediatamente informada, por meio eletrô nico, cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas apó s a
pelo juiz deprecado ao juiz deprecante. apresentaçã o ou nã o da justificativa de que trata o
§ 1º, se for o caso, o corregedor do tribunal ou o
Seção II - Da Verificação dos Prazos e das relator no Conselho Nacional de Justiça
Penalidades determinará a intimaçã o do representado por
meio eletrô nico para que, em 10 (dez) dias,
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o
pratique o ato.
serventuá rio excedeu, sem motivo legítimo, os
§ 3º Mantida a inércia, os autos serã o remetidos
prazos estabelecidos em lei.
ao substituto legal do juiz ou do relator contra o
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a
qual se representou para decisã o em 10 (dez) dias.
instauraçã o de processo administrativo, na forma
da lei.
§ 2º Qualquer das partes, o Ministério Pú blico ou a TÍTULO II - DA COMUNICAÇÃO
Defensoria Pú blica poderá representar ao juiz DOS ATOS PROCESSUAIS
contra o serventuá rio que injustificadamente
exceder os prazos previstos em lei.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 234. Os advogados pú blicos ou
privados, o defensor pú blico e o membro do Art. 236. Os atos processuais serã o
Ministério Pú blico devem restituir os autos no cumpridos por ordem judicial.
prazo do ato a ser praticado. § 1º Será expedida carta para a prá tica de atos fora
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da
do advogado que exceder prazo legal. seçã o ou da subseçã o judiciá rias, ressalvadas as
§ 2º Se, intimado, o advogado nã o devolver os hipó teses previstas em lei.
autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à § 2º O tribunal poderá expedir carta para juízo a
ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora
dos limites territoriais do local de sua sede.

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§ 3º Admite-se a prá tica de atos processuais por em mora o devedor, ressalvado o disposto nos
meio de videoconferência ou outro recurso arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
tecnoló gico de transmissã o de sons e imagens em de 2002 (Có digo Civil) .
tempo real. § 1º A interrupçã o da prescriçã o, operada pelo
despacho que ordena a citaçã o, ainda que
Art. 237. Será expedida carta: proferido por juízo incompetente, retroagirá à
I - de ordem, pelo tribunal, na hipó tese do § 2º do data de propositura da açã o.
art. 236 ; § 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10
II - rogató ria, para que ó rgã o jurisdicional (dez) dias, as providências necessá rias para
estrangeiro pratique ato de cooperaçã o jurídica viabilizar a citaçã o, sob pena de nã o se aplicar o
internacional, relativo a processo em curso disposto no § 1º.
perante ó rgã o jurisdicional brasileiro; § 3º A parte nã o será prejudicada pela demora
III - precató ria, para que ó rgã o jurisdicional imputável exclusivamente ao serviço judiciá rio.
brasileiro pratique ou determine o cumprimento, § 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º
na á rea de sua competência territorial, de ato aplica-se à decadência e aos demais prazos
relativo a pedido de cooperaçã o judiciá ria extintivos previstos em lei.
formulado por ó rgã o jurisdicional de competência
territorial diversa; Art. 241. Transitada em julgado a sentença
IV - arbitral, para que ó rgã o do Poder Judiciá rio de mérito proferida em favor do réu antes da
pratique ou determine o cumprimento, na á rea de citaçã o, incumbe ao escrivã o ou ao chefe de
sua competência territorial, de ato objeto de secretaria comunicar-lhe o resultado do
pedido de cooperaçã o judiciá ria formulado por julgamento.
juízo arbitral, inclusive os que importem
efetivaçã o de tutela provisó ria. Art. 242. A citaçã o será pessoal, podendo,
Pará grafo ú nico. Se o ato relativo a processo em no entanto, ser feita na pessoa do representante
curso na justiça federal ou em tribunal superior legal ou do procurador do réu, do executado ou do
houver de ser praticado em local onde nã o haja interessado.
vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo § 1º Na ausência do citando, a citaçã o será feita na
estadual da respectiva comarca. pessoa de seu mandatá rio, administrador,
preposto ou gerente, quando a açã o se originar de
CAPÍTULO II - DA CITAÇÃO atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem
Art. 238. Citaçã o é o ato pelo qual sã o cientificar o locatá rio de que deixou, na localidade
convocados o réu, o executado ou o interessado onde estiver situado o imó vel, procurador com
para integrar a relaçã o processual. poderes para receber citaçã o será citado na
Pará grafo ú nico. A citaçã o será efetivada em até 45 pessoa do administrador do imó vel encarregado
(quarenta e cinco) dias a partir da propositura da do recebimento dos aluguéis, que será
açã o. considerado habilitado para representar o locador
em juízo.
Art. 239. Para a validade do processo é
§ 3º A citaçã o da Uniã o, dos Estados, do Distrito
indispensável a citaçã o do réu ou do executado,
Federal, dos Municípios e de suas respectivas
ressalvadas as hipó teses de indeferimento da
autarquias e fundaçõ es de direito pú blico será
petiçã o inicial ou de improcedência liminar do
realizada perante o ó rgã o de Advocacia Pú blica
pedido.
responsável por sua representaçã o judicial.
§ 1º O comparecimento espontâ neo do réu ou do
executado supre a falta ou a nulidade da citaçã o, Art. 243. A citaçã o poderá ser feita em
fluindo a partir desta data o prazo para qualquer lugar em que se encontre o réu, o
apresentaçã o de contestaçã o ou de embargos à executado ou o interessado.
execuçã o. Pará grafo ú nico. O militar em serviço ativo será
§ 2º Rejeitada a alegaçã o de nulidade, tratando-se citado na unidade em que estiver servindo, se nã o
de processo de: for conhecida sua residência ou nela nã o for
I - conhecimento, o réu será considerado revel; encontrado.
II - execuçã o, o feito terá seguimento.
Art. 244. Nã o se fará a citaçã o, salvo para
Art. 240. A citaçã o vá lida, ainda quando evitar o perecimento do direito:
ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui

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I - de quem estiver participando de ato de culto § 1º-C Considera-se ato atentató rio à dignidade da
religioso; justiça, passível de multa de até 5% (cinco por
II - de cô njuge, de companheiro ou de qualquer cento) do valor da causa, deixar de confirmar no
parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha prazo legal, sem justa causa, o recebimento da
reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia citaçã o recebida por meio eletrô nico.
do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; § 2º O disposto no § 1º aplica-se à Uniã o, aos
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e à s
seguintes ao casamento; entidades da administraçã o indireta.
IV - de doente, enquanto grave o seu estado. § 3º Na açã o de usucapiã o de imó vel, os
confinantes serã o citados pessoalmente, exceto
Art. 245. Nã o se fará citaçã o quando se quando tiver por objeto unidade autô noma de
verificar que o citando é mentalmente incapaz ou prédio em condomínio, caso em que tal citaçã o é
está impossibilitado de recebê-la. dispensada.
§ 1º O oficial de justiça descreverá e certificará § 4º As citaçõ es por correio eletrô nico serã o
minuciosamente a ocorrência. acompanhadas das orientaçõ es para realizaçã o da
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará confirmaçã o de recebimento e de có digo
médico, que apresentará laudo no prazo de 5 identificador que permitirá a sua identificaçã o na
(cinco) dias. pá gina eletrô nica do ó rgã o judicial citante.
§ 3º Dispensa-se a nomeaçã o de que trata o § 2º se § 5º As microempresas e as pequenas empresas
pessoa da família apresentar declaraçã o do somente se sujeitam ao disposto no § 1º deste
médico do citando que ateste a incapacidade artigo quando nã o possuírem endereço eletrô nico
deste. cadastrado no sistema integrado da Rede Nacional
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz para a Simplificaçã o do Registro e da Legalizaçã o
nomeará curador ao citando, observando, quanto de Empresas e Negó cios
à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e § 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver
restringindo a nomeaçã o à causa. compartilhamento de cadastro com o ó rgã o do
§ 5º A citaçã o será feita na pessoa do curador, a Poder Judiciá rio, incluído o endereço eletrô nico
quem incumbirá a defesa dos interesses do constante do sistema integrado da Redesim, nos
citando. termos da legislaçã o aplicável ao sigilo fiscal e ao
Art. 246. A citaçã o será feita tratamento de dados pessoais.
preferencialmente por meio eletrô nico, no prazo Art. 247. A citaçã o será feita por meio
de até 2 (dois) dias ú teis, contado da decisã o que a eletrô nico ou pelo correio para qualquer comarca
determinar, por meio dos endereços eletrô nicos do País, exceto:
indicados pelo citando no banco de dados do I - nas açõ es de estado, observado o disposto no
Poder Judiciá rio, conforme regulamento do art. 695, § 3º ;
Conselho Nacional de Justiça. II - quando o citando for incapaz;
§ 1º As empresas pú blicas e privadas sã o III - quando o citando for pessoa de direito
obrigadas a manter cadastro nos sistemas de pú blico;
processo em autos eletrô nicos, para efeito de IV - quando o citando residir em local nã o
recebimento de citaçõ es e intimaçõ es, as quais atendido pela entrega domiciliar de
serã o efetuadas preferencialmente por esse meio. correspondência;
§ 1º-A A ausência de confirmaçã o, em até 3 (três) V - quando o autor, justificadamente, a requerer de
dias ú teis, contados do recebimento da citaçã o outra forma.
eletrô nica, implicará a realizaçã o da citaçã o:
I - pelo correio; Art. 248. Deferida a citaçã o pelo correio, o
II - por oficial de justiça; escrivã o ou o chefe de secretaria remeterá ao
III - pelo escrivã o ou chefe de secretaria, se o citando có pias da petiçã o inicial e do despacho do
citando comparecer em cartó rio; juiz e comunicará o prazo para resposta, o
IV - por edital. endereço do juízo e o respectivo cartó rio.
§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos § 1º A carta será registrada para entrega ao
autos, o réu citado nas formas previstas nos citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega,
incisos I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá que assine o recibo.
apresentar justa causa para a ausência de § 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será vá lida a
confirmaçã o do recebimento da citaçã o enviada entrega do mandado a pessoa com poderes de
eletronicamente. gerência geral ou de administraçã o ou, ainda, a

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funcioná rio responsável pelo recebimento de Pará grafo ú nico. Nos condomínios edilícios ou nos
correspondências. loteamentos com controle de acesso, será vá lida a
§ 3º Da carta de citaçã o no processo de intimaçã o a que se refere o caput feita a
conhecimento constarã o os requisitos do art. 250 . funcioná rio da portaria responsável pelo
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos recebimento de correspondência.
loteamentos com controle de acesso, será vá lida a
entrega do mandado a funcioná rio da portaria Art. 253. No dia e na hora designados, o
responsável pelo recebimento de oficial de justiça, independentemente de novo
correspondência, que, entretanto, poderá recusar despacho, comparecerá ao domicílio ou à
o recebimento, se declarar, por escrito, sob as residência do citando a fim de realizar a diligência.
penas da lei, que o destinatá rio da § 1º Se o citando nã o estiver presente, o oficial de
correspondência está ausente. justiça procurará informar-se das razõ es da
ausência, dando por feita a citaçã o, ainda que o
Art. 249. A citaçã o será feita por meio de citando se tenha ocultado em outra comarca,
oficial de justiça nas hipó teses previstas neste seçã o ou subseçã o judiciá rias.
Có digo ou em lei, ou quando frustrada a citaçã o § 2º A citaçã o com hora certa será efetivada
pelo correio. mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que
houver sido intimado esteja ausente, ou se,
Art. 250. O mandado que o oficial de embora presente, a pessoa da família ou o vizinho
justiça tiver de cumprir conterá : se recusar a receber o mandado.
I - os nomes do autor e do citando e seus § 3º Da certidã o da ocorrência, o oficial de justiça
respectivos domicílios ou residências; deixará contrafé com qualquer pessoa da família
II - a finalidade da citaçã o, com todas as ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o
especificaçõ es constantes da petiçã o inicial, bem nome.
como a mençã o do prazo para contestar, sob pena § 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a
de revelia, ou para embargar a execuçã o; advertência de que será nomeado curador especial
III - a aplicaçã o de sançã o para o caso de se houver revelia.
descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimaçã o do citando para Art. 254. Feita a citaçã o com hora certa, o
comparecer, acompanhado de advogado ou de escrivã o ou chefe de secretaria enviará ao réu,
defensor pú blico, à audiência de conciliaçã o ou de executado ou interessado, no prazo de 10 (dez)
mediaçã o, com a mençã o do dia, da hora e do lugar dias, contado da data da juntada do mandado aos
do comparecimento; autos, carta, telegrama ou correspondência
V - a có pia da petiçã o inicial, do despacho ou da eletrô nica, dando-lhe de tudo ciência.
decisã o que deferir tutela provisó ria;
VI - a assinatura do escrivã o ou do chefe de Art. 255. Nas comarcas contíguas de fá cil
secretaria e a declaraçã o de que o subscreve por comunicaçã o e nas que se situem na mesma regiã o
ordem do juiz. metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar,
em qualquer delas, citaçõ es, intimaçõ es,
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça notificaçõ es, penhoras e quaisquer outros atos
procurar o citando e, onde o encontrar, citá -lo: executivos.
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a
contrafé; Art. 256. A citaçã o por edital será feita:
II - portando por fé se recebeu ou recusou a I - quando desconhecido ou incerto o citando;
contrafé; II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar
III - obtendo a nota de ciente ou certificando que o em que se encontrar o citando;
citando nã o a apô s no mandado. III - nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o citaçã o por edital, o país que recusar o
oficial de justiça houver procurado o citando em cumprimento de carta rogató ria.
seu domicílio ou residência sem o encontrar, § 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se
deverá , havendo suspeita de ocultaçã o, intimar encontrar o réu, a notícia de sua citaçã o será
qualquer pessoa da família ou, em sua falta, divulgada também pelo rá dio, se na comarca
qualquer vizinho de que, no dia ú til imediato, houver emissora de radiodifusã o.
voltará a fim de efetuar a citaçã o, na hora que § 3º O réu será considerado em local ignorado ou
designar. incerto se infrutíferas as tentativas de sua

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localizaçã o, inclusive mediante requisiçã o pelo realizada perante o ó rgã o de Advocacia Pú blica
juízo de informaçõ es sobre seu endereço nos responsável por sua representaçã o judicial.
cadastros de ó rgã os pú blicos ou de
concessioná rias de serviços pú blicos. Art. 270. As intimaçõ es realizam-se,
sempre que possível, por meio eletrô nico, na
Art. 257. Sã o requisitos da citaçã o por forma da lei.
edital: Pará grafo ú nico. Aplica-se ao Ministério Pú blico, à
I - a afirmaçã o do autor ou a certidã o do oficial Defensoria Pú blica e à Advocacia Pú blica o
informando a presença das circunstâ ncias disposto no § 1º do art. 246 .
autorizadoras;
II - a publicaçã o do edital na rede mundial de Art. 271. O juiz determinará de ofício as
computadores, no sítio do respectivo tribunal e na intimaçõ es em processos pendentes, salvo
plataforma de editais do Conselho Nacional de disposiçã o em contrá rio.
Justiça, que deve ser certificada nos autos;
Art. 272. Quando nã o realizadas por meio
III - a determinaçã o, pelo juiz, do prazo, que eletrô nico, consideram-se feitas as intimaçõ es
variará entre 20 avendo mais de uma, da primeira;
pela publicaçã o dos atos no ó rgã o oficial.
IV - a advertência de que será nomeado curador
§ 1º Os advogados poderã o requerer que, na
especial em caso de revelia. intimaçã o a eles dirigida, figure apenas o nome da
Pará grafo ú nico. O juiz poderá determinar que a
sociedade a que pertençam, desde que
publicaçã o do edital seja feita também em jornal
devidamente registrada na Ordem dos Advogados
local de ampla circulaçã o ou por outros meios,
do Brasil.
considerando as peculiaridades da comarca, da
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável que da
seçã o ou da subseçã o judiciá rias.
publicaçã o constem os nomes das partes e de seus
Art. 258. A parte que requerer a citaçã o advogados, com o respectivo nú mero de inscriçã o
por edital, alegando dolosamente a ocorrência das na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim
circunstâ ncias autorizadoras para sua realizaçã o, requerido, da sociedade de advogados.
incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salá rio- § 3º A grafia dos nomes das partes nã o deve
mínimo. conter abreviaturas.
Pará grafo ú nico. A multa reverterá em benefício § 4º A grafia dos nomes dos advogados deve
do citando. corresponder ao nome completo e ser a mesma
que constar da procuraçã o ou que estiver
Art. 259. Serã o publicados editais: registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
I - na açã o de usucapiã o de imó vel; § 5º Constando dos autos pedido expresso para
II - na açã o de recuperaçã o ou substituiçã o de que as comunicaçõ es dos atos processuais sejam
título ao portador; feitas em nome dos advogados indicados, o seu
III - em qualquer açã o em que seja necessá ria, por desatendimento implicará nulidade.
determinaçã o legal, a provocaçã o, para § 6º A retirada dos autos do cartó rio ou da
participaçã o no processo, de interessados incertos secretaria em carga pelo advogado, por pessoa
ou desconhecidos. credenciada a pedido do advogado ou da
sociedade de advogados, pela Advocacia Pú blica,
CAPÍTULO IV - DAS INTIMAÇÕES pela Defensoria Pú blica ou pelo Ministério Pú blico
implicará intimaçã o de qualquer decisã o contida
Art. 269. Intimaçã o é o ato pelo qual se dá
no processo retirado, ainda que pendente de
ciência a alguém dos atos e dos termos do
publicaçã o.
processo.
§ 7º O advogado e a sociedade de advogados
§ 1º É facultado aos advogados promover a
deverã o requerer o respectivo credenciamento
intimaçã o do advogado da outra parte por meio do
para a retirada de autos por preposto.
correio, juntando aos autos, a seguir, có pia do
§ 8º A parte arguirá a nulidade da intimaçã o em
ofício de intimaçã o e do aviso de recebimento.
capítulo preliminar do pró prio ato que lhe caiba
§ 2º O ofício de intimaçã o deverá ser instruído
praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício
com có pia do despacho, da decisã o ou da
for reconhecido.
sentença.
§ 9º Nã o sendo possível a prá tica imediata do ato
§ 3º A intimaçã o da Uniã o, dos Estados, do Distrito
diante da necessidade de acesso prévio aos autos,
Federal, dos Municípios e de suas respectivas
a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da
autarquias e fundaçõ es de direito pú blico será

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intimaçã o, caso em que o prazo será contado da autos, ainda que nã o recebidas pessoalmente pelo
intimaçã o da decisã o que a reconheça. interessado, se a modificaçã o temporá ria ou
definitiva nã o tiver sido devidamente comunicada
Art. 273. Se inviável a intimaçã o por meio ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos
eletrô nico e nã o houver na localidade publicaçã o autos do comprovante de entrega da
em ó rgã o oficial, incumbirá ao escrivã o ou chefe correspondência no primitivo endereço.
de secretaria intimar de todos os atos do processo
os advogados das partes: Art. 275. A intimaçã o será feita por oficial
I - pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do de justiça quando frustrada a realizaçã o por meio
juízo; eletrô nico ou pelo correio.
II - por carta registrada, com aviso de § 1º A certidã o de intimaçã o deve conter:
recebimento, quando forem domiciliados fora do I - a indicaçã o do lugar e a descriçã o da pessoa
juízo. intimada, mencionando, quando possível, o
nú mero de seu documento de identidade e o ó rgã o
Art. 274. Nã o dispondo a lei de outro que o expediu;
modo, as intimaçõ es serã o feitas à s partes, aos II - a declaraçã o de entrega da contrafé;
seus representantes legais, aos advogados e aos III - a nota de ciente ou a certidã o de que o
demais sujeitos do processo pelo correio ou, se interessado nã o a apô s no mandado.
presentes em cartó rio, diretamente pelo escrivã o § 2º Caso necessá rio, a intimaçã o poderá ser
ou chefe de secretaria. efetuada com hora certa ou por edital.
Pará grafo ú nico. Presumem-se vá lidas as
intimaçõ es dirigidas ao endereço constante dos
PARTE ESPECIAL - LIVRO I

LIVRO VI - DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO


PROCESSO
I - o cô njuge, o companheiro, o ascendente e o
descendente em qualquer grau e o colateral, até o
TÍTULO I - DO PROCEDIMENTO terceiro grau, de alguma das partes, por
COMUM consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o
interesse pú blico ou, tratando-se de causa relativa
CAPÍTULO XII - DAS PROVAS ao estado da pessoa, nã o se puder obter de outro
modo a prova que o juiz repute necessá ria ao
Seção IX - Da Prova Testemunhal julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
Subseção I - Da Admissibilidade e do Valor da III - o que intervém em nome de uma parte, como
Prova Testemunhal o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o
juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham
Art. 447. Podem depor como testemunhas
todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas assistido as partes.
§ 3º Sã o suspeitos:
ou suspeitas.
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
§ 1º Sã o incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4º Sendo necessá rio, pode o juiz admitir o
mental;
depoimento das testemunhas menores, impedidas
II - o que, acometido por enfermidade ou
retardamento mental, ao tempo em que ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serã o
ocorreram os fatos, nã o podia discerni-los, ou, ao
prestados independentemente de compromisso, e
tempo em que deve depor, nã o está habilitado a
transmitir as percepçõ es; o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; Art. 448. A testemunha nã o é obrigada a
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depor sobre fatos:
depender dos sentidos que lhes faltam. I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu
§ 2º Sã o impedidos: cô njuge ou companheiro e aos seus parentes

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consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça,
até o terceiro grau; dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
II - a cujo respeito, por estado ou profissã o, deva Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais
guardar sigilo. Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal;
Art. 449. Salvo disposiçã o especial em XI - o procurador-geral de justiça;
contrá rio, as testemunhas devem ser ouvidas na XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado,
sede do juízo. concede idêntica prerrogativa a agente
Pará grafo ú nico. Quando a parte ou a testemunha, diplomá tico do Brasil.
por enfermidade ou por outro motivo relevante, § 1º O juiz solicitará à autoridade que indique dia,
estiver impossibilitada de comparecer, mas nã o de hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe
prestar depoimento, o juiz designará , conforme as có pia da petiçã o inicial ou da defesa oferecida pela
circunstâ ncias, dia, hora e lugar para inquiri-la. parte que a arrolou como testemunha.
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestaçã o da
Subseção II - Da Produção da Prova
autoridade, o juiz designará dia, hora e local para
Testemunhal
o depoimento, preferencialmente na sede do juízo.
Art. 453. As testemunhas depõ em, na § 3º O juiz também designará dia, hora e local para
audiência de instruçã o e julgamento, perante o o depoimento, quando a autoridade nã o
juiz da causa, exceto: comparecer, injustificadamente, à sessã o
I - as que prestam depoimento antecipadamente; agendada para a colheita de seu testemunho no
II - as que sã o inquiridas por carta. dia, hora e local por ela mesma indicados.
§ 1º A oitiva de testemunha que residir em
CAPÍTULO XIII - DA SENTENÇA E DA COISA
comarca, seçã o ou subseçã o judiciá ria diversa
JULGADA
daquela onde tramita o processo poderá ser
realizada por meio de videoconferência ou outro Seção V - Da Coisa Julgada
recurso tecnoló gico de transmissã o e recepçã o de
sons e imagens em tempo real, o que poderá Art. 502. Denomina-se coisa julgada
ocorrer, inclusive, durante a audiência de material a autoridade que torna imutável e
instruçã o e julgamento. indiscutível a decisã o de mérito nã o mais sujeita a
§ 2º Os juízos deverã o manter equipamento para a recurso.
transmissã o e recepçã o de sons e imagens a que se
refere o § 1º.
TÍTULO II - DO CUMPRIMENTO
Art. 454. Sã o inquiridos em sua residência DA SENTENÇA
ou onde exercem sua funçã o:
I - o presidente e o vice-presidente da Repú blica;
CAPÍTULO IV - DO CUMPRIMENTO DE
II - os ministros de Estado;
SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os
DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os
ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Art. 528. No cumprimento de sentença
Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior que condene ao pagamento de prestaçã o
Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do alimentícia ou de decisã o interlocutó ria que fixe
Tribunal de Contas da Uniã o; alimentos, o juiz, a requerimento do exequente,
IV - o procurador-geral da Repú blica e os mandará intimar o executado pessoalmente para,
conselheiros do Conselho Nacional do Ministério em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez
Pú blico; ou justificar a impossibilidade de efetuá -lo.
V - o advogado-geral da Uniã o, o procurador-geral § 1º Caso o executado, no prazo referido no caput ,
do Estado, o procurador-geral do Município, o nã o efetue o pagamento, nã o prove que o efetuou
defensor pú blico-geral federal e o defensor ou nã o apresente justificativa da impossibilidade
pú blico-geral do Estado; de efetuá -lo, o juiz mandará protestar o
VI - os senadores e os deputados federais; pronunciamento judicial, aplicando-se, no que
VII - os governadores dos Estados e do Distrito couber, o disposto no art. 517 .
Federal; § 2º Somente a comprovaçã o de fato que gere a
VIII - o prefeito; impossibilidade absoluta de pagar justificará o
IX - os deputados estaduais e distritais; inadimplemento.

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§ 3º Se o executado nã o pagar ou se a justificativa § 1º A alegaçã o de impedimento ou suspeiçã o
apresentada nã o for aceita, o juiz, além de mandar observará o disposto nos arts. 146 e 148 .
protestar o pronunciamento judicial na forma do § § 2º Quando se alegar que o exequente, em
1º, decretar-lhe-á a prisã o pelo prazo de 1 (um) a excesso de execuçã o, pleiteia quantia superior à
3 (três) meses. resultante do título, cumprirá à executada declarar
§ 4º A prisã o será cumprida em regime fechado, de imediato o valor que entende correto, sob pena
devendo o preso ficar separado dos presos de nã o conhecimento da arguiçã o.
comuns. § 3º Nã o impugnada a execuçã o ou rejeitadas as
§ 5º O cumprimento da pena nã o exime o arguiçõ es da executada:
executado do pagamento das prestaçõ es vencidas I - expedir-se-á , por intermédio do presidente do
e vincendas. tribunal competente, precató rio em favor do
§ 6º Paga a prestaçã o alimentícia, o juiz exequente, observando-se o disposto na
suspenderá o cumprimento da ordem de prisã o. Constituiçã o Federal ;
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisã o civil II - por ordem do juiz, dirigida à autoridade na
do alimentante é o que compreende até as 3 (três) pessoa de quem o ente pú blico foi citado para o
prestaçõ es anteriores ao ajuizamento da execuçã o processo, o pagamento de obrigaçã o de pequeno
e as que se vencerem no curso do processo. valor será realizado no prazo de 2 (dois) meses
§ 8º O exequente pode optar por promover o contado da entrega da requisiçã o, mediante
cumprimento da sentença ou decisã o desde logo, depó sito na agência de banco oficial mais pró xima
nos termos do disposto neste Livro, Título II, da residência do exequente.
Capítulo III, caso em que nã o será admissível a § 4º Tratando-se de impugnaçã o parcial, a parte
prisã o do executado, e, recaindo a penhora em nã o questionada pela executada será , desde logo,
dinheiro, a concessã o de efeito suspensivo à objeto de cumprimento.
impugnaçã o nã o obsta a que o exequente levante § 5º Para efeito do disposto no inciso III do caput
mensalmente a importâ ncia da prestaçã o. deste artigo, considera-se também inexigível a
§ 9º Além das opçõ es previstas no art. 516 , obrigaçã o reconhecida em título executivo judicial
pará grafo ú nico, o exequente pode promover o fundado em lei ou ato normativo considerado
cumprimento da sentença ou decisã o que condena inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal,
ao pagamento de prestaçã o alimentícia no juízo de ou fundado em aplicaçã o ou interpretaçã o da lei
seu domicílio. ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal
Federal como incompatível com a Constituiçã o
CAPÍTULO V - DO CUMPRIMENTO DE Federal , em controle de constitucionalidade
SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE concentrado ou difuso.
DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA § 6º No caso do § 5º, os efeitos da decisã o do
PELA FAZENDA PÚBLICA Supremo Tribunal Federal poderã o ser modulados
no tempo, de modo a favorecer a segurança
Art. 535. A Fazenda Pú blica será intimada
jurídica.
na pessoa de seu representante judicial, por carga,
§ 7º A decisã o do Supremo Tribunal Federal
remessa ou meio eletrô nico, para, querendo, no
referida no § 5º deve ter sido proferida antes do
prazo de 30 (trinta) dias e nos pró prios autos,
trâ nsito em julgado da decisã o exequenda.
impugnar a execuçã o, podendo arguir:
§ 8º Se a decisã o referida no § 5º for proferida
I - falta ou nulidade da citaçã o se, na fase de
apó s o trâ nsito em julgado da decisã o exequenda,
conhecimento, o processo correu à revelia;
caberá açã o rescisó ria, cujo prazo será contado do
II - ilegitimidade de parte;
trâ nsito em julgado da decisã o proferida pelo
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade
Supremo Tribunal Federal.
da obrigaçã o;
IV - excesso de execuçã o ou cumulaçã o indevida CAPÍTULO VI - DO CUMPRIMENTO DE
de execuçõ es; SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU
execuçã o; DE ENTREGAR COISA
VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da
obrigaçã o, como pagamento, novaçã o, Seção I - Do Cumprimento de Sentença que
compensaçã o, transaçã o ou prescriçã o, desde que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de
supervenientes ao trâ nsito em julgado da Fazer ou de Não Fazer
sentença.

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CAPÍTULO III - DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
Art. 536. No cumprimento de sentença
que reconheça a exigibilidade de obrigaçã o de Seção I - Disposições Gerais
fazer ou de nã o fazer, o juiz poderá , de ofício ou a
requerimento, para a efetivaçã o da tutela Art. 554. A propositura de uma açã o
específica ou a obtençã o de tutela pelo resultado possessó ria em vez de outra nã o obstará a que o
prá tico equivalente, determinar as medidas juiz conheça do pedido e outorgue a proteçã o legal
necessá rias à satisfaçã o do exequente. correspondente à quela cujos pressupostos
§ 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz estejam provados.
poderá determinar, entre outras medidas, a § 1º No caso de açã o possessó ria em que figure no
imposiçã o de multa, a busca e apreensã o, a polo passivo grande nú mero de pessoas, serã o
remoçã o de pessoas e coisas, o desfazimento de feitas a citaçã o pessoal dos ocupantes que forem
obras e o impedimento de atividade nociva, encontrados no local e a citaçã o por edital dos
podendo, caso necessá rio, requisitar o auxílio de demais, determinando-se, ainda, a intimaçã o do
força policial. Ministério Pú blico e, se envolver pessoas em
§ 2º O mandado de busca e apreensã o de pessoas situaçã o de hipossuficiência econô mica, da
e coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de Defensoria Pú blica.
justiça, observando-se o disposto no art. 846, §§ § 2º Para fim da citaçã o pessoal prevista no § 1º, o
1º a 4º , se houver necessidade de arrombamento. oficial de justiça procurará os ocupantes no local
§ 3º O executado incidirá nas penas de litigâ ncia por uma vez, citando-se por edital os que nã o
de má -fé quando injustificadamente descumprir a forem encontrados.
ordem judicial, sem prejuízo de sua § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla
responsabilizaçã o por crime de desobediência. publicidade da existência da açã o prevista no § 1º
§ 4º No cumprimento de sentença que reconheça e dos respectivos prazos processuais, podendo,
a exigibilidade de obrigaçã o de fazer ou de nã o para tanto, valer-se de anú ncios em jornal ou
fazer, aplica-se o art. 525 , no que couber. rá dio locais, da publicaçã o de cartazes na regiã o
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, no que do conflito e de outros meios.
couber, ao cumprimento de sentença que
Seção II - Da Manutenção e da Reintegração de
reconheça deveres de fazer e de nã o fazer de
Posse
natureza nã o obrigacional.
Art. 560. O possuidor tem direito a ser
Seção II - Do Cumprimento de Sentença que
mantido na posse em caso de turbaçã o e
Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de
Entregar Coisa reintegrado em caso de esbulho.

Art. 561. Incumbe ao autor provar:


Art. 538. Nã o cumprida a obrigaçã o de
I - a sua posse;
entregar coisa no prazo estabelecido na sentença,
II - a turbaçã o ou o esbulho praticado pelo réu;
será expedido mandado de busca e apreensã o ou
III - a data da turbaçã o ou do esbulho;
de imissã o na posse em favor do credor, conforme
IV - a continuaçã o da posse, embora turbada, na
se tratar de coisa mó vel ou imó vel.
açã o de manutençã o, ou a perda da posse, na açã o
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser alegada
de reintegraçã o.
na fase de conhecimento, em contestaçã o, de
forma discriminada e com atribuiçã o, sempre que Art. 562. Estando a petiçã o inicial
possível e justificadamente, do respectivo valor. devidamente instruída, o juiz deferirá , sem ouvir o
§ 2º O direito de retençã o por benfeitorias deve réu, a expediçã o do mandado liminar de
ser exercido na contestaçã o, na fase de manutençã o ou de reintegraçã o, caso contrá rio,
conhecimento. determinará que o autor justifique previamente o
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto neste alegado, citando-se o réu para comparecer à
artigo, no que couber, as disposiçõ es sobre o audiência que for designada.
cumprimento de obrigaçã o de fazer ou de nã o Pará grafo ú nico. Contra as pessoas jurídicas de
fazer. direito pú blico nã o será deferida a manutençã o ou
a reintegraçã o liminar sem prévia audiência dos
TÍTULO III - DOS respectivos representantes judiciais.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Art. 563. Considerada suficiente a
justificaçã o, o juiz fará logo expedir mandado de

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manutençã o ou de reintegraçã o. desacompanhado de có pia da petiçã o inicial,
assegurado ao réu o direito de examinar seu
CAPÍTULO VI - DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA conteú do a qualquer tempo.
§ 2º A citaçã o ocorrerá com antecedência mínima
Seção IV - Das Citações e das Impugnações
de 15 (quinze) dias da data designada para a
Art. 626. Feitas as primeiras declaraçõ es, o audiência.
juiz mandará citar, para os termos do inventá rio e § 3º A citaçã o será feita na pessoa do réu.
da partilha, o cô njuge, o companheiro, os § 4º Na audiência, as partes deverã o estar
herdeiros e os legatá rios e intimar a Fazenda acompanhadas de seus advogados ou de
Pú blica, o Ministério Pú blico, se houver herdeiro defensores pú blicos.
incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver
CAPÍTULO XV - DOS PROCEDIMENTOS DE
testamento.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
§ 1º O cô njuge ou o companheiro, os herdeiros e
os legatá rios serã o citados pelo correio, observado Seção IX - Da Interdição
o disposto no art. 247 , sendo, ainda, publicado
edital, nos termos do inciso III do art. 259 . Art. 751. O interditando será citado para,
§ 2º Das primeiras declaraçõ es extrair-se-ã o em dia designado, comparecer perante o juiz, que
tantas có pias quantas forem as partes. o entrevistará minuciosamente acerca de sua vida,
§ 3º A citaçã o será acompanhada de có pia das negó cios, bens, vontades, preferências e laços
primeiras declaraçõ es. familiares e afetivos e sobre o que mais lhe
§ 4º Incumbe ao escrivã o remeter có pias à parecer necessá rio para convencimento quanto à
Fazenda Pú blica, ao Ministério Pú blico, ao sua capacidade para praticar atos da vida civil,
testamenteiro, se houver, e ao advogado, se a parte devendo ser reduzidas a termo as perguntas e
já estiver representada nos autos. respostas.
§ 1º Nã o podendo o interditando deslocar-se, o
CAPÍTULO X - DAS AÇÕES DE FAMÍLIA juiz o ouvirá no local onde estiver.
§ 2º A entrevista poderá ser acompanhada por
Seção X - Disposições Comuns a Todas as
especialista.
Seções
§ 3º Durante a entrevista, é assegurado o emprego
Art. 695. Recebida a petiçã o inicial e, se for de recursos tecnoló gicos capazes de permitir ou
o caso, tomadas as providências referentes à tutela de auxiliar o interditando a expressar suas
provisó ria, o juiz ordenará a citaçã o do réu para vontades e preferências e a responder à s
comparecer à audiência de mediaçã o e perguntas formuladas.
conciliaçã o, observado o disposto no art. 694. § 4º A critério do juiz, poderá ser requisitada a
§ 1º O mandado de citaçã o conterá apenas os oitiva de parentes e de pessoas pró ximas.
dados necessá rios à audiência e deverá estar

LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO


comarcas contíguas, de fá cil comunicaçã o, e nas
que se situem na mesma regiã o metropolitana.
TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM § 2º Sempre que, para efetivar a execuçã o, for
GERAL necessá rio o emprego de força policial, o juiz a
requisitará .
CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA § 3º A requerimento da parte, o juiz pode
determinar a inclusã o do nome do executado em
Seção XII - Da Ratificação dos Protestos cadastros de inadimplentes.
Marítimos e dos Processos Testemunháveis § 4º A inscriçã o será cancelada imediatamente se
Formados a Bordo for efetuado o pagamento, se for garantida a
execuçã o ou se a execuçã o for extinta por
Art. 782. Nã o dispondo a lei de modo qualquer outro motivo.
diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o § 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execuçã o
oficial de justiça os cumprirá . definitiva de título judicial.
§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos
executivos determinados pelo juiz também nas

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CAPÍTULO V - DA RESPONSABILIDADE
PATRIMONIAL Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz
fixará , de plano, os honorá rios advocatícios de dez
Seção II - Da Exigibilidade da Obrigação por cento, a serem pagos pelo executado.
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3
Art. 795. Os bens particulares dos só cios (três) dias, o valor dos honorá rios advocatícios
nã o respondem pelas dívidas da sociedade, senã o será reduzido pela metade.
nos casos previstos em lei. § 2º O valor dos honorá rios poderá ser elevado até
§ 1º O só cio réu, quando responsável pelo vinte por cento, quando rejeitados os embargos à
pagamento da dívida da sociedade, tem o direito execuçã o, podendo a majoraçã o, caso nã o opostos
de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da os embargos, ocorrer ao final do procedimento
sociedade. executivo, levando-se em conta o trabalho
§ 2º Incumbe ao só cio que alegar o benefício do § realizado pelo advogado do exequente.
1º nomear quantos bens da sociedade situados na
mesma comarca, livres e desembargados, bastem Art. 828. O exequente poderá obter
para pagar o débito. certidã o de que a execuçã o foi admitida pelo juiz,
§ 3º O só cio que pagar a dívida poderá executar a com identificaçã o das partes e do valor da causa,
sociedade nos autos do mesmo processo. para fins de averbaçã o no registro de imó veis, de
§ 4º Para a desconsideraçã o da personalidade veículos ou de outros bens sujeitos a penhora,
jurídica é obrigató ria a observâ ncia do incidente arresto ou indisponibilidade.
previsto neste Có digo. § 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua
concretizaçã o, o exequente deverá comunicar ao
juízo as averbaçõ es efetivadas.
TÍTULO II - DAS DIVERSAS § 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes
ESPÉCIES DE EXECUÇÃO para cobrir o valor da dívida, o exequente
providenciará , no prazo de 10 (dez) dias, o
CAPÍTULO II - DA EXECUÇÃO PARA A ENTREGA cancelamento das averbaçõ es relativas à queles
DE COISA nã o penhorados.
§ 3º O juiz determinará o cancelamento das
Seção I - Da Entrega de Coisa Certa averbaçõ es, de ofício ou a requerimento, caso o
exequente nã o o faça no prazo.
Art. 806. O devedor de obrigaçã o de § 4º Presume-se em fraude à execuçã o a alienaçã o
entrega de coisa certa, constante de título ou a oneraçã o de bens efetuada apó s a averbaçã o.
executivo extrajudicial, será citado para, em 15 § 5º O exequente que promover averbaçã o
(quinze) dias, satisfazer a obrigaçã o. manifestamente indevida ou nã o cancelar as
§ 1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar averbaçõ es nos termos do § 2º indenizará a parte
multa por dia de atraso no cumprimento da contrá ria, processando-se o incidente em autos
obrigaçã o, ficando o respectivo valor sujeito a apartados.
alteraçã o, caso se revele insuficiente ou excessivo.
§ 2º Do mandado de citaçã o constará ordem para Art. 829. O executado será citado para
imissã o na posse ou busca e apreensã o, conforme pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado
se tratar de bem imó vel ou mó vel, cujo da citaçã o.
cumprimento se dará de imediato, se o executado § 1º Do mandado de citaçã o constarã o, também, a
nã o satisfizer a obrigaçã o no prazo que lhe foi ordem de penhora e a avaliaçã o a serem
designado. cumpridas pelo oficial de justiça tã o logo
verificado o nã o pagamento no prazo assinalado,
Art. 807. Se o executado entregar a coisa, de tudo lavrando-se auto, com intimaçã o do
será lavrado o termo respectivo e considerada executado.
satisfeita a obrigaçã o, prosseguindo-se a execuçã o § 2º A penhora recairá sobre os bens indicados
para o pagamento de frutos ou o ressarcimento de pelo exequente, salvo se outros forem indicados
prejuízos, se houver. pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante
demonstraçã o de que a constriçã o proposta lhe
CAPÍTULO IV - DA EXECUÇÃO POR QUANTIA
será menos onerosa e nã o trará prejuízo ao
CERTA
exequente.
Seção II - Da Citação do Devedor e do Arresto

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VIII - a pequena propriedade rural, assim definida
Art. 830. Se o oficial de justiça nã o em lei, desde que trabalhada pela família;
encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens IX - os recursos pú blicos recebidos por
quantos bastem para garantir a execuçã o. instituiçõ es privadas para aplicaçã o compulsó ria
§ 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivaçã o do em educaçã o, saú de ou assistência social;
arresto, o oficial de justiça procurará o executado X - a quantia depositada em caderneta de
2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo poupança, até o limite de 40 (quarenta) salá rios-
suspeita de ocultaçã o, realizará a citaçã o com hora mínimos;
certa, certificando pormenorizadamente o XI - os recursos pú blicos do fundo partidá rio
ocorrido. recebidos por partido político, nos termos da lei;
§ 2º Incumbe ao exequente requerer a citaçã o por XII - os créditos oriundos de alienaçã o de
edital, uma vez frustradas a pessoal e a com hora unidades imobiliá rias, sob regime de incorporaçã o
certa. imobiliá ria, vinculados à execuçã o da obra.
§ 3º Aperfeiçoada a citaçã o e transcorrido o prazo § 1º A impenhorabilidade nã o é oponível à
de pagamento, o arresto converter-se-á em execuçã o de dívida relativa ao pró prio bem,
penhora, independentemente de termo. inclusive à quela contraída para sua aquisiçã o.
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput nã o se
Seção III - Da Penhora, do Depósito e da
Avaliação aplica à hipó tese de penhora para pagamento de
prestaçã o alimentícia, independentemente de sua
Subseção I - Do Objeto da Penhora origem, bem como à s importâ ncias excedentes a
50 (cinquenta) salá rios-mínimos mensais,
Art. 831. A penhora deverá recair sobre devendo a constriçã o observar o disposto no art.
tantos bens quantos bastem para o pagamento do 528, § 8º , e no art. 529, § 3º .
principal atualizado, dos juros, das custas e dos § 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no
honorá rios advocatícios. inciso V do caput os equipamentos, os
implementos e as má quinas agrícolas
Art. 832. Nã o estã o sujeitos à execuçã o os pertencentes a pessoa física ou a empresa
bens que a lei considera impenhoráveis ou individual produtora rural, exceto quando tais
inalienáveis. bens tenham sido objeto de financiamento e
Art. 833. Sã o impenhoráveis: estejam vinculados em garantia a negó cio jurídico
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato ou quando respondam por dívida de natureza
voluntá rio, nã o sujeitos à execuçã o; alimentar, trabalhista ou previdenciá ria.
II - os mó veis, os pertences e as utilidades Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de
domésticas que guarnecem a residência do outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens
executado, salvo os de elevado valor ou os que inalienáveis.
ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrã o de vida; Art. 835. A penhora observará ,
III - os vestuá rios, bem como os pertences de uso preferencialmente, a seguinte ordem:
pessoal do executado, salvo se de elevado valor; I - dinheiro, em espécie ou em depó sito ou
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os aplicaçã o em instituiçã o financeira;
salá rios, as remuneraçõ es, os proventos de II - títulos da dívida pú blica da Uniã o, dos Estados
aposentadoria, as pensõ es, os pecú lios e os e do Distrito Federal com cotaçã o em mercado;
montepios, bem como as quantias recebidas por III - títulos e valores mobiliá rios com cotaçã o em
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento mercado;
do devedor e de sua família, os ganhos de IV - veículos de via terrestre;
trabalhador autô nomo e os honorá rios de V - bens imó veis;
profissional liberal, ressalvado o § 2º ; VI - bens mó veis em geral;
V - os livros, as má quinas, as ferramentas, os VII - semoventes;
utensílios, os instrumentos ou outros bens mó veis VIII - navios e aeronaves;
necessá rios ou ú teis ao exercício da profissã o do IX - açõ es e quotas de sociedades simples e
executado; empresá rias;
VI - o seguro de vida; X - percentual do faturamento de empresa
VII - os materiais necessá rios para obras em devedora;
andamento, salvo se essas forem penhoradas; XI - pedras e metais preciosos;

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XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de Pará grafo ú nico. Havendo mais de uma penhora,
compra e venda e de alienaçã o fiduciá ria em serã o lavrados autos individuais.
garantia;
XIII - outros direitos. Art. 840. Serã o preferencialmente
§ 1º É prioritá ria a penhora em dinheiro, podendo depositados:
o juiz, nas demais hipó teses, alterar a ordem I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e
prevista no caput de acordo com as circunstâ ncias as pedras e os metais preciosos, no Banco do
do caso concreto. Brasil, na Caixa Econô mica Federal ou em banco
§ 2º Para fins de substituiçã o da penhora, do qual o Estado ou o Distrito Federal possua mais
equiparam-se a dinheiro a fiança bancá ria e o da metade do capital social integralizado, ou, na
seguro garantia judicial, desde que em valor nã o falta desses estabelecimentos, em qualquer
inferior ao do débito constante da inicial, instituiçã o de crédito designada pelo juiz;
acrescido de trinta por cento. II - os mó veis, os semoventes, os imó veis urbanos
§ 3º Na execuçã o de crédito com garantia real, a e os direitos aquisitivos sobre imó veis urbanos,
penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, e, em poder do depositá rio judicial;
se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este III - os imó veis rurais, os direitos aquisitivos sobre
também será intimado da penhora. imó veis rurais, as má quinas, os utensílios e os
instrumentos necessá rios ou ú teis à atividade
Art. 836. Nã o se levará a efeito a penhora agrícola, mediante cauçã o idô nea, em poder do
quando ficar evidente que o produto da execuçã o executado.
dos bens encontrados será totalmente absorvido § 1º No caso do inciso II do caput , se nã o houver
pelo pagamento das custas da execuçã o. depositá rio judicial, os bens ficarã o em poder do
§ 1º Quando nã o encontrar bens penhoráveis, exequente.
independentemente de determinaçã o judicial § 2º Os bens poderã o ser depositados em poder
expressa, o oficial de justiça descreverá na do executado nos casos de difícil remoçã o ou
certidã o os bens que guarnecem a residência ou o quando anuir o exequente.
estabelecimento do executado, quando este for § 3º As joias, as pedras e os objetos preciosos
pessoa jurídica. deverã o ser depositados com registro do valor
§ 2º Elaborada a lista, o executado ou seu estimado de resgate.
representante legal será nomeado depositá rio
provisó rio de tais bens até ulterior determinaçã o Art. 841. Formalizada a penhora por
do juiz. qualquer dos meios legais, dela será
imediatamente intimado o executado.
Subseção II - Da Documentação da Penhora, de § 1º A intimaçã o da penhora será feita ao
seu Registro e do Depósito advogado do executado ou à sociedade de
advogados a que aquele pertença.
Art. 837. Obedecidas as normas de § 2º Se nã o houver constituído advogado nos
segurança instituídas sob critérios uniformes pelo autos, o executado será intimado pessoalmente, de
Conselho Nacional de Justiça, a penhora de preferência por via postal.
dinheiro e as averbaçõ es de penhoras de bens § 3º O disposto no § 1º nã o se aplica aos casos de
imó veis e mó veis podem ser realizadas por meio penhora realizada na presença do executado, que
eletrô nico. se reputa intimado.
§ 4º Considera-se realizada a intimaçã o a que se
Art. 838. A penhora será realizada
refere o § 2º quando o executado houver mudado
mediante auto ou termo, que conterá :
de endereço sem prévia comunicaçã o ao juízo,
I - a indicaçã o do dia, do mês, do ano e do lugar em
observado o disposto no pará grafo ú nico do art.
que foi feita;
274 .
II - os nomes do exequente e do executado;
III - a descriçã o dos bens penhorados, com as suas Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem
características; imó vel ou direito real sobre imó vel, será intimado
IV - a nomeaçã o do depositá rio dos bens. também o cô njuge do executado, salvo se forem
casados em regime de separaçã o absoluta de bens.
Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora
mediante a apreensã o e o depó sito dos bens, Art. 843. Tratando-se de penhora de bem
lavrando-se um só auto se as diligências forem indivisível, o equivalente à quota-parte do
concluídas no mesmo dia.

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coproprietá rio ou do cô njuge alheio à execuçã o § 4º Do auto da ocorrência constará o rol de
recairá sobre o produto da alienaçã o do bem. testemunhas, com a respectiva qualificaçã o.
§ 1º É reservada ao coproprietá rio ou ao cô njuge
nã o executado a preferência na arremataçã o do Subseção XI - Da Avaliação
bem em igualdade de condiçõ es.
Art. 870. A avaliaçã o será feita pelo oficial
§ 2º Nã o será levada a efeito expropriaçã o por
de justiça.
preço inferior ao da avaliaçã o na qual o valor
Pará grafo ú nico. Se forem necessá rios
auferido seja incapaz de garantir, ao
conhecimentos especializados e o valor da
coproprietá rio ou ao cô njuge alheio à execuçã o, o
execuçã o o comportar, o juiz nomeará avaliador,
correspondente à sua quota-parte calculado sobre
fixando-lhe prazo nã o superior a 10 (dez) dias
o valor da avaliaçã o.
para entrega do laudo.
Art. 844. Para presunçã o absoluta de
Art. 871. Nã o se procederá à avaliaçã o
conhecimento por terceiros, cabe ao exequente
quando:
providenciar a averbaçã o do arresto ou da
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela
penhora no registro competente, mediante
outra;
apresentaçã o de có pia do auto ou do termo,
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que
independentemente de mandado judicial.
tenham cotaçã o em bolsa, comprovada por
Subseção III - Do Lugar de Realização da certidã o ou publicaçã o no ó rgã o oficial;
Penhora III - se tratar de títulos da dívida pú blica, de açõ es
de sociedades e de títulos de crédito negociáveis
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se em bolsa, cujo valor será o da cotaçã o oficial do
encontrem os bens, ainda que sob a posse, a dia, comprovada por certidã o ou publicaçã o no
detençã o ou a guarda de terceiros. ó rgã o oficial;
§ 1º A penhora de imó veis, independentemente de IV - se tratar de veículos automotores ou de outros
onde se localizem, quando apresentada certidã o bens cujo preço médio de mercado possa ser
da respectiva matrícula, e a penhora de veículos conhecido por meio de pesquisas realizadas por
automotores, quando apresentada certidã o que ó rgã os oficiais ou de anú ncios de venda
ateste a sua existência, serã o realizadas por termo divulgados em meios de comunicaçã o, caso em
nos autos. que caberá a quem fizer a nomeaçã o o encargo de
§ 2º Se o executado nã o tiver bens no foro do comprovar a cotaçã o de mercado.
processo, nã o sendo possível a realizaçã o da Pará grafo ú nico. Ocorrendo a hipó tese do inciso I
penhora nos termos do § 1º, a execuçã o será feita deste artigo, a avaliaçã o poderá ser realizada
por carta, penhorando-se, avaliando-se e quando houver fundada dú vida do juiz quanto ao
alienando-se os bens no foro da situaçã o. real valor do bem.

Art. 846. Se o executado fechar as portas Art. 872. A avaliaçã o realizada pelo oficial
da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o de justiça constará de vistoria e de laudo anexados
oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, ao auto de penhora ou, em caso de perícia
solicitando-lhe ordem de arrombamento. realizada por avaliador, de laudo apresentado no
§ 1º Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça prazo fixado pelo juiz, devendo-se, em qualquer
cumprirã o o mandado, arrombando cô modos e hipó tese, especificar:
mó veis em que se presuma estarem os bens, e I - os bens, com as suas características, e o estado
lavrarã o de tudo auto circunstanciado, que será em que se encontram;
assinado por 2 (duas) testemunhas presentes à II - o valor dos bens.
diligência. § 1º Quando o imó vel for suscetível de cô moda
§ 2º Sempre que necessá rio, o juiz requisitará divisã o, a avaliaçã o, tendo em conta o crédito
força policial, a fim de auxiliar os oficiais de justiça reclamado, será realizada em partes, sugerindo-se,
na penhora dos bens. com a apresentaçã o de memorial descritivo, os
§ 3º Os oficiais de justiça lavrarã o em duplicata o possíveis desmembramentos para alienaçã o.
auto da ocorrência, entregando uma via ao § 2º Realizada a avaliaçã o e, sendo o caso,
escrivã o ou ao chefe de secretaria, para ser apresentada a proposta de desmembramento, as
juntada aos autos, e a outra à autoridade policial a partes serã o ouvidas no prazo de 5 (cinco) dias.
quem couber a apuraçã o criminal dos eventuais
delitos de desobediência ou de resistência. Art. 873. É admitida nova avaliaçã o
quando:

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I - qualquer das partes arguir, contrá ria, mandar:
fundamentadamente, a ocorrência de erro na I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou
avaliaçã o ou dolo do avaliador; transferi-la para outros, se o valor dos bens
II - se verificar, posteriormente à avaliaçã o, que penhorados for consideravelmente superior ao
houve majoraçã o ou diminuiçã o no valor do bem; crédito do exequente e dos acessó rios;
III - o juiz tiver fundada dú vida sobre o valor II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros
atribuído ao bem na primeira avaliaçã o. bens mais valiosos, se o valor dos bens
Pará grafo ú nico. Aplica-se o art. 480 à nova penhorados for inferior ao crédito do exequente.
avaliaçã o prevista no inciso III do caput deste
artigo. Art. 875. Realizadas a penhora e a
avaliaçã o, o juiz dará início aos atos de
Art. 874. Apó s a avaliaçã o, o juiz poderá , a expropriaçã o do bem.
requerimento do interessado e ouvida a parte

LIVRO III - DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS MEIOS DE


IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
interposta contra a decisã o final, ou nas
contrarrazõ es.
TÍTULO II - DOS RECURSOS § 2º Se as questõ es referidas no § 1º forem
suscitadas em contrarrazõ es, o recorrente será
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se
a respeito delas.
Seção V - Da Satisfação do Crédito § 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se
Subseção II - Da Alienação mesmo quando as questõ es mencionadas no art.
1.015 integrarem capítulo da sentença.
Art. 994. Sã o cabíveis os seguintes
recursos: Art. 1.010. A apelaçã o, interposta por
I - apelaçã o; petiçã o dirigida ao juízo de primeiro grau,
II - agravo de instrumento; conterá :
III - agravo interno; I - os nomes e a qualificaçã o das partes;
IV - embargos de declaraçã o; II - a exposiçã o do fato e do direito;
V - recurso ordiná rio; III - as razõ es do pedido de reforma ou de
VI - recurso especial; decretaçã o de nulidade;
VII - recurso extraordiná rio; IV - o pedido de nova decisã o.
VIII - agravo em recurso especial ou § 1º O apelado será intimado para apresentar
extraordiná rio; contrarrazõ es no prazo de 15 (quinze) dias.
IX - embargos de divergência. § 2º Se o apelado interpuser apelaçã o adesiva, o
juiz intimará o apelante para apresentar
Art. 1.001. Dos despachos nã o cabe contrarrazõ es.
recurso. § 3º Apó s as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º,
os autos serã o remetidos ao tribunal pelo juiz,
Art. 1.003. O prazo para interposiçã o de independentemente de juízo de admissibilidade.
recurso conta-se da data em que os advogados, a
sociedade de advogados, a Advocacia Pú blica, a CAPÍTULO III - DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Defensoria Pú blica ou o Ministério Pú blico sã o
intimados da decisã o. Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento
contra as decisõ es interlocutó rias que versarem
CAPÍTULO II - DA APELAÇÃO sobre:
I - tutelas provisó rias;
Art. 1.009. Da sentença cabe apelaçã o. II - mérito do processo;
§ 1º As questõ es resolvidas na fase de III - rejeiçã o da alegaçã o de convençã o de
conhecimento, se a decisã o a seu respeito nã o arbitragem;
comportar agravo de instrumento, nã o sã o IV - incidente de desconsideraçã o da
cobertas pela preclusã o e devem ser suscitadas personalidade jurídica;
em preliminar de apelaçã o, eventualmente

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V - rejeiçã o do pedido de gratuidade da justiça ou CAPÍTULO V - DOS EMBARGOS DE
acolhimento do pedido de sua revogaçã o; DECLARAÇÃO
VI - exibiçã o ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusã o de litisconsorte; Art. 1.022. Cabem embargos de declaraçã o
VIII - rejeiçã o do pedido de limitaçã o do contra qualquer decisã o judicial para:
litisconsó rcio; I - esclarecer obscuridade ou eliminar
IX - admissã o ou inadmissã o de intervençã o de contradiçã o;
terceiros; II - suprir omissã o de ponto ou questã o sobre o
X - concessã o, modificaçã o ou revogaçã o do efeito qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
suspensivo aos embargos à execuçã o; requerimento;
XI - redistribuiçã o do ô nus da prova nos termos do III - corrigir erro material.
art. 373, § 1º ; Pará grafo ú nico. Considera-se omissa a decisã o
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. que:
Pará grafo ú nico. Também caberá agravo de I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em
instrumento contra decisõ es interlocutó rias julgamento de casos repetitivos ou em incidente
proferidas na fase de liquidaçã o de sentença ou de de assunçã o de competência aplicável ao caso sob
cumprimento de sentença, no processo de julgamento;
execuçã o e no processo de inventá rio. II - incorra em qualquer das condutas descritas no
art. 489, § 1º .

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Lei nº 9.099 de 26.09.1995


Capítulo II - Dos Juizados Especiais Cíveis
8º 9º 18 19

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prestada por ó rgã o instituído junto ao Juizado
Capítulo II - Dos Juizados Especiais Cíveis Especial, na forma da lei local.
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do
Seção III - Das Partes
patrocínio por advogado, quando a causa o
Art. 8º Nã o poderã o ser partes, no recomendar.
processo instituído por esta Lei, o incapaz, o § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal,
preso, as pessoas jurídicas de direito pú blico, as salvo quanto aos poderes especiais.
empresas pú blicas da Uniã o, a massa falida e o § 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de
insolvente civil. firma individual, poderá ser representado por
§ 1º Somente as pessoas físicas capazes serã o preposto credenciado.
admitidas a propor açã o perante o Juizado § 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de
Especial, excluídos os cessioná rios de direito de firma individual, poderá ser representado por
pessoas jurídicas. preposto credenciado, munido de carta de
§ 1º Somente serã o admitidas a propor açã o preposiçã o com poderes para transigir, sem haver
perante o Juizado Especial: necessidade de vínculo empregatício.
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os
Seção VI - Das Citações e Intimações
cessioná rios de direito de pessoas jurídicas;
II - as microempresas, assim definidas pela Lei no Art. 18. A citaçã o far-se-á :
9.841, de 5 de outubro de 1999; I - por correspondência, com aviso de recebimento
II - as pessoas enquadradas como em mã o pró pria;
microempreendedores individuais, II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma
microempresas e empresas de pequeno porte na individual, mediante entrega ao encarregado da
forma da Lei Complementar no 123, de 14 de recepçã o, que será obrigatoriamente identificado;
dezembro de 2006; III - sendo necessá rio, por oficial de justiça,
III - as pessoas jurídicas qualificadas como independentemente de mandado ou carta
Organizaçã o da Sociedade Civil de Interesse precató ria.
Pú blico, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de § 1º A citaçã o conterá có pia do pedido inicial, dia e
março de 1999; hora para comparecimento do citando e
IV - as sociedades de crédito ao advertência de que, nã o comparecendo este,
microempreendedor, nos termos do art. 1º da Lei considerar-se-ã o verdadeiras as alegaçõ es iniciais,
no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. e será proferido julgamento, de plano.
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, § 2º Nã o se fará citaçã o por edital.
independentemente de assistência, inclusive para § 3º O comparecimento espontâ neo suprirá a falta
fins de conciliaçã o. ou nulidade da citaçã o.
Art. 9º Nas causas de valor até vinte Art. 19. As intimaçõ es serã o feitas na
salá rios mínimos, as partes comparecerã o forma prevista para citaçã o, ou por qualquer outro
pessoalmente, podendo ser assistidas por meio idô neo de comunicaçã o.
advogado; nas de valor superior, a assistência é § 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-
obrigató ria. se-ã o desde logo cientes as partes.
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das § 2º As partes comunicarã o ao juízo as mudanças
partes comparecer assistida por advogado, ou se o de endereço ocorridas no curso do processo,
réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a reputando-se eficazes as intimaçõ es enviadas ao
outra parte, se quiser, assistência judiciá ria local anteriormente indicado, na ausência da
comunicaçã o.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais
1º 2º 3º 4º
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
6º 7º 8º 9º 10 11
CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE
12 13
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
14 15 16
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
18
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
37 38 39 39 40 41
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO III - DO PODER JUDICIÁRIO
92 93 94 95 96 97 98 99 125
CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
127 134

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TÍTULO II - DOS DIREITOS E
TÍTULO I - Dos Princípios
GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Fundamentais
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES
Art. 1º A Repú blica Federativa do Brasil, INDIVIDUAIS E COLETIVOS
formada pela uniã o indissolú vel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Art. 5º Todos sã o iguais perante a lei, sem
distinçã o de qualquer natureza, garantindo-se aos
Estado Democrá tico de Direito e tem como
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
fundamentos:
I - a soberania; inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos
II - a cidadania
termos seguintes:
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre I - homens e mulheres sã o iguais em direitos e
obrigaçõ es, nos termos desta Constituiçã o;
iniciativa;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
V - o pluralismo político.
Pará grafo ú nico. Todo o poder emana do povo, que fazer alguma coisa senã o em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a
o exerce por meio de representantes eleitos ou
tratamento desumano ou degradante;
diretamente, nos termos desta Constituiçã o.
IV - é livre a manifestaçã o do pensamento, sendo
Art. 2º Sã o Poderes da Uniã o, vedado o anonimato;
independentes e harmô nicos entre si, o V - é assegurado o direito de resposta,
Legislativo, o Executivo e o Judiciá rio. proporcional ao agravo, além da indenizaçã o por
dano material, moral ou à imagem;
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
da Repú blica Federativa do Brasil: crença, sendo assegurado o livre exercício dos
I - construir uma sociedade livre, justa e solidá ria; cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
II - garantir o desenvolvimento nacional; proteçã o aos locais de culto e a suas liturgias;
III - erradicar a pobreza e a marginalizaçã o e VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestaçã o
reduzir as desigualdades sociais e regionais; de assistência religiosa nas entidades civis e
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos militares de internaçã o coletiva;
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
formas de discriminaçã o. de crença religiosa ou de convicçã o filosó fica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de
Art. 4º A Repú blica Federativa do Brasil
obrigaçã o legal a todos imposta e recusar-se a
rege-se nas suas relaçõ es internacionais pelos cumprir prestaçã o alternativa, fixada em lei;
seguintes princípios:
IX - é livre a expressã o da atividade intelectual,
I - independência nacional;
artística, científica e de comunicaçã o,
II - prevalência dos direitos humanos;
independentemente de censura ou licença;
III - autodeterminaçã o dos povos;
X - sã o invioláveis a intimidade, a vida privada, a
IV - nã o-intervençã o;
honra e a imagem das pessoas, assegurado o
V - igualdade entre os Estados;
direito a indenizaçã o pelo dano material ou moral
VI - defesa da paz; decorrente de sua violaçã o;
VII - soluçã o pacífica dos conflitos;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém
VIII - repú dio ao terrorismo e ao racismo;
nela podendo penetrar sem consentimento do
IX - cooperaçã o entre os povos para o progresso morador, salvo em caso de flagrante delito ou
da humanidade;
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
X - concessã o de asilo político.
dia, por determinaçã o judicial;
Pará grafo ú nico. A Repú blica Federativa do Brasil XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
buscará a integraçã o econô mica, política, social e
comunicaçõ es telegrá ficas, de dados e das
cultural dos povos da América Latina, visando à
comunicaçõ es telefô nicas, salvo, no ú ltimo caso,
formaçã o de uma comunidade latino-americana por ordem judicial, nas hipó teses e na forma que a
de naçõ es.
lei estabelecer para fins de investigaçã o criminal
ou instruçã o processual penal;

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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, a) a proteçã o à s participaçõ es individuais em
ofício ou profissã o, atendidas as qualificaçõ es obras coletivas e à reproduçã o da imagem e voz
profissionais que a lei estabelecer; humanas, inclusive nas atividades desportivas;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informaçã o e b) o direito de fiscalizaçã o do aproveitamento
resguardado o sigilo da fonte, quando necessá rio econô mico das obras que criarem ou de que
ao exercício profissional; participarem aos criadores, aos intérpretes e à s
XV - é livre a locomoçã o no territó rio nacional em respectivas representaçõ es sindicais e
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos associativas;
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
com seus bens; industriais privilégio temporá rio para sua
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem utilizaçã o, bem como proteçã o à s criaçõ es
armas, em locais abertos ao pú blico, industriais, à propriedade das marcas, aos nomes
independentemente de autorizaçã o, desde que de empresas e a outros signos distintivos, tendo
nã o frustrem outra reuniã o anteriormente em vista o interesse social e o desenvolvimento
convocada para o mesmo local, sendo apenas tecnoló gico e econô mico do País;
exigido prévio aviso à autoridade competente; XXX - é garantido o direito de herança;
XVII - é plena a liberdade de associaçã o para fins XXXI - a sucessã o de bens de estrangeiros situados
lícitos, vedada a de cará ter paramilitar; no País será regulada pela lei brasileira em
XVIII - a criaçã o de associaçõ es e, na forma da lei, benefício do cô njuge ou dos filhos brasileiros,
a de cooperativas independem de autorizaçã o, sempre que nã o lhes seja mais favorável a lei
sendo vedada a interferência estatal em seu pessoal do "de cujus";
funcionamento; XXXII - o Estado promoverá , na forma da lei, a
XIX - as associaçõ es só poderã o ser defesa do consumidor;
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas XXXIII - todos têm direito a receber dos ó rgã os
atividades suspensas por decisã o judicial, pú blicos informaçõ es de seu interesse particular,
exigindo-se, no primeiro caso, o trâ nsito em ou de interesse coletivo ou geral, que serã o
julgado; prestadas no prazo da lei, sob pena de
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
ou a permanecer associado; seja imprescindível à segurança da sociedade e do
XXI - as entidades associativas, quando Estado; (Regulamento)
expressamente autorizadas, têm legitimidade para XXXIV - sã o a todos assegurados,
representar seus filiados judicial ou independentemente do pagamento de taxas:
extrajudicialmente; a) o direito de petiçã o aos Poderes Pú blicos em
XXII - é garantido o direito de propriedade; defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
XXIII - a propriedade atenderá a sua funçã o social; de poder;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para b) a obtençã o de certidõ es em repartiçõ es
desapropriaçã o por necessidade ou utilidade pú blicas, para defesa de direitos e esclarecimento
pú blica, ou por interesse social, mediante justa e de situaçõ es de interesse pessoal;
prévia indenizaçã o em dinheiro, ressalvados os XXXV - a lei nã o excluirá da apreciaçã o do Poder
casos previstos nesta Constituiçã o; Judiciá rio lesã o ou ameaça a direito;
XXV - no caso de iminente perigo pú blico, a XXXVI - a lei nã o prejudicará o direito adquirido, o
autoridade competente poderá usar de ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
propriedade particular, assegurada ao XXXVII - nã o haverá juízo ou tribunal de exceçã o;
proprietá rio indenizaçã o ulterior, se houver dano; XXXVIII - é reconhecida a instituiçã o do jú ri, com a
XXVI - a pequena propriedade rural, assim organizaçã o que lhe der a lei, assegurados:
definida em lei, desde que trabalhada pela família, a) a plenitude de defesa;
nã o será objeto de penhora para pagamento de b) o sigilo das votaçõ es;
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, c) a soberania dos veredictos;
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu d) a competência para o julgamento dos crimes
desenvolvimento; dolosos contra a vida;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de XXXIX - nã o há crime sem lei anterior que o defina,
utilizaçã o, publicaçã o ou reproduçã o de suas nem pena sem prévia cominaçã o legal;
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que XL - a lei penal nã o retroagirá , salvo para
a lei fixar; beneficiar o réu;
XXVIII - sã o assegurados, nos termos da lei:

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XLI - a lei punirá qualquer discriminaçã o LIV - ninguém será privado da liberdade ou de
atentató ria dos direitos e liberdades seus bens sem o devido processo legal;
fundamentais; LV - aos litigantes, em processo judicial ou
XLII - a prá tica do racismo constitui crime administrativo, e aos acusados em geral sã o
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de assegurados o contraditó rio e ampla defesa, com
reclusã o, nos termos da lei; os meios e recursos a ela inerentes;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e LVI - sã o inadmissíveis, no processo, as provas
insuscetíveis de graça ou anistia a prá tica da obtidas por meios ilícitos;
tortura , o trá fico ilícito de entorpecentes e drogas LVII - ninguém será considerado culpado até o
afins, o terrorismo e os definidos como crimes trâ nsito em julgado de sentença penal
hediondos, por eles respondendo os mandantes, condenató ria;
os executores e os que, podendo evitá -los, se LVIII - o civilmente identificado nã o será
omitirem; (Regulamento) submetido a identificaçã o criminal, salvo nas
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível hipó teses previstas em lei; (Regulamento)
a açã o de grupos armados, civis ou militares, LIX - será admitida açã o privada nos crimes de
contra a ordem constitucional e o Estado açã o pú blica, se esta nã o for intentada no prazo
Democrá tico; legal;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
condenado, podendo a obrigaçã o de reparar o atos processuais quando a defesa da intimidade
dano e a decretaçã o do perdimento de bens ser, ou o interesse social o exigirem;
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e LXI - ninguém será preso senã o em flagrante
contra eles executadas, até o limite do valor do delito ou por ordem escrita e fundamentada de
patrimô nio transferido; autoridade judiciá ria competente, salvo nos casos
XLVI - a lei regulará a individualizaçã o da pena e de transgressã o militar ou crime propriamente
adotará , entre outras, as seguintes: militar, definidos em lei;
a) privaçã o ou restriçã o da liberdade; LXII - a prisã o de qualquer pessoa e o local onde
b) perda de bens; se encontre serã o comunicados imediatamente ao
c) multa; juiz competente e à família do preso ou à pessoa
d) prestaçã o social alternativa; por ele indicada;
e) suspensã o ou interdiçã o de direitos; LXIII - o preso será informado de seus direitos,
XLVII - nã o haverá penas: entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, assegurada a assistência da família e de advogado;
nos termos do art. 84, XIX; LXIV - o preso tem direito à identificaçã o dos
b) de cará ter perpétuo; responsáveis por sua prisã o ou por seu
c) de trabalhos forçados; interrogató rio policial;
d) de banimento; LXV - a prisã o ilegal será imediatamente relaxada
e) cruéis; pela autoridade judiciá ria;
XLVIII - a pena será cumprida em LXVI - ninguém será levado à prisã o ou nela
estabelecimentos distintos, de acordo com a mantido, quando a lei admitir a liberdade
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; provisó ria, com ou sem fiança;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à LXVII - nã o haverá prisã o civil por dívida, salvo a
integridade física e moral; do responsável pelo inadimplemento voluntá rio e
L - à s presidiá rias serã o asseguradas condiçõ es inescusável de obrigaçã o alimentícia e a do
para que possam permanecer com seus filhos depositá rio infiel;
durante o período de amamentaçã o; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
naturalizado, em caso de crime comum, praticado violência ou coaçã o em sua liberdade de
antes da naturalizaçã o, ou de comprovado locomoçã o, por ilegalidade ou abuso de poder;
envolvimento em trá fico ilícito de entorpecentes e LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para
drogas afins, na forma da lei; proteger direito líquido e certo, nã o amparado por
LII - nã o será concedida extradiçã o de estrangeiro habeas corpus ou habeas data, quando o
por crime político ou de opiniã o; responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
LIII - ninguém será processado nem sentenciado autoridade pú blica ou agente de pessoa jurídica
senã o pela autoridade competente; no exercício de atribuiçõ es do Poder Pú blico;

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LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser tratados internacionais em que a Repú blica
impetrado por: Federativa do Brasil seja parte.
a) partido político com representaçã o no § 3º Os tratados e convençõ es internacionais
Congresso Nacional; sobre direitos humanos que forem aprovados, em
b) organizaçã o sindical, entidade de classe ou cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
associaçã o legalmente constituída e em por três quintos dos votos dos respectivos
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa membros, serã o equivalentes à s emendas
dos interesses de seus membros ou associados; constitucionais.
LXXI - conceder-se-á mandado de injunçã o § 4º O Brasil se submete à jurisdiçã o de Tribunal
sempre que a falta de norma regulamentadora Penal Internacional a cuja criaçã o tenha
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades manifestado adesã o.
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania; CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
LXXII - conceder-se-á habeas data:
Art. 6º Sã o direitos sociais a educaçã o, a
a) para assegurar o conhecimento de informaçõ es
saú de, a alimentaçã o, o trabalho, a moradia, o
relativas à pessoa do impetrante, constantes de
transporte, o lazer, a segurança, a previdência
registros ou bancos de dados de entidades
social, a proteçã o à maternidade e à infâ ncia, a
governamentais ou de cará ter pú blico;
assistência aos desamparados, na forma desta
b) para a retificaçã o de dados, quando nã o se
Constituiçã o.
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
Pará grafo ú nico. Todo brasileiro em situaçã o de
administrativo;
vulnerabilidade social terá direito a uma renda
LXXIII - qualquer cidadã o é parte legítima para
bá sica familiar, garantida pelo poder pú blico em
propor açã o popular que vise a anular ato lesivo
programa permanente de transferência de renda,
ao patrimô nio pú blico ou de entidade de que o
cujas normas e requisitos de acesso serã o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao
determinados em lei, observada a legislaçã o fiscal
meio ambiente e ao patrimô nio histó rico e
e orçamentá ria
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má -fé,
isento de custas judiciais e do ô nus da Art. 7º Sã o direitos dos trabalhadores
sucumbência; urbanos e rurais, além de outros que visem à
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica melhoria de sua condiçã o social:
integral e gratuita aos que comprovarem I - relaçã o de emprego protegida contra despedida
insuficiência de recursos; arbitrá ria ou sem justa causa, nos termos de lei
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro complementar, que preverá indenizaçã o
judiciá rio, assim como o que ficar preso além do compensató ria, dentre outros direitos;
tempo fixado na sentença; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
LXXVI - sã o gratuitos para os reconhecidamente involuntá rio;
pobres, na forma da lei: III - fundo de garantia do tempo de serviço;
a) o registro civil de nascimento; IV - salá rio mínimo , fixado em lei, nacionalmente
b) a certidã o de ó bito; unificado, capaz de atender a suas necessidades
LXXVII - sã o gratuitas as açõ es de habeas corpus e vitais bá sicas e à s de sua família com moradia,
habeas data, e, na forma da lei, os atos necessá rios alimentaçã o, educaçã o, saú de, lazer, vestuá rio,
ao exercício da cidadania. (Regulamento) higiene, transporte e previdência social, com
LXXVIII - a todos, no â mbito judicial e reajustes perió dicos que lhe preservem o poder
administrativo, sã o assegurados a razoável aquisitivo, sendo vedada sua vinculaçã o para
duraçã o do processo e os meios que garantam a qualquer fim;
celeridade de sua tramitaçã o. V - piso salarial proporcional à extensã o e à
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à complexidade do trabalho;
proteçã o dos dados pessoais, inclusive nos meios VI - irredutibilidade do salá rio, salvo o disposto
digitais. em convençã o ou acordo coletivo;
§ 1º As normas definidoras dos direitos e VII - garantia de salá rio, nunca inferior ao mínimo,
garantias fundamentais têm aplicaçã o imediata. para os que percebem remuneraçã o variável;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta VIII - décimo terceiro salá rio com base na
Constituiçã o nã o excluem outros decorrentes do remuneraçã o integral ou no valor da
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos aposentadoria;

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IX - remuneraçã o do trabalho noturno superior à XXIX - açã o, quanto aos créditos resultantes das
do diurno; relaçõ es de trabalho, com prazo prescricional de
X - proteçã o do salá rio na forma da lei, cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
constituindo crime sua retençã o dolosa; até o limite de dois anos apó s a extinçã o do
XI - participaçã o nos lucros, ou resultados, contrato de trabalho;
desvinculada da remuneraçã o, e, XXX - proibiçã o de diferença de salá rios, de
excepcionalmente, participaçã o na gestã o da exercício de funçõ es e de critério de admissã o por
empresa, conforme definido em lei; motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XII - salá rio-família pago em razã o do dependente XXXI - proibiçã o de qualquer discriminaçã o no
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; tocante a salá rio e critérios de admissã o do
XIII - duraçã o do trabalho normal nã o superior a trabalhador portador de deficiência;
oito horas diá rias e quarenta e quatro semanais, XXXII - proibiçã o de distinçã o entre trabalho
facultada a compensaçã o de horá rios e a reduçã o manual, técnico e intelectual ou entre os
da jornada, mediante acordo ou convençã o profissionais respectivos;
coletiva de trabalho; XXXIII - proibiçã o de trabalho noturno, perigoso
XIV - jornada de seis horas para o trabalho ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
realizado em turnos ininterruptos de trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
revezamento, salvo negociaçã o coletiva; condiçã o de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XV - repouso semanal remunerado, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador
preferencialmente aos domingos; com vínculo empregatício permanente e o
XVI - remuneraçã o do serviço extraordiná rio trabalhador avulso.
superior, no mínimo, em cinqü enta por cento à do Pará grafo ú nico. Sã o assegurados à categoria dos
normal; trabalhadores domésticos os direitos previstos
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII,
pelo menos, um terço a mais do que o salá rio XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
normal; e, atendidas as condiçõ es estabelecidas em lei e
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do observada a simplificaçã o do cumprimento das
emprego e do salá rio, com a duraçã o de cento e obrigaçõ es tributá rias, principais e acessó rias,
vinte dias; decorrentes da relaçã o de trabalho e suas
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX,
lei; XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integraçã o à
XX - proteçã o do mercado de trabalho da mulher, previdência social.
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de Art. 8º É livre a associaçã o profissional ou
serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos sindical, observado o seguinte:
termos da lei; I - a lei nã o poderá exigir autorizaçã o do Estado
XXII - reduçã o dos riscos inerentes ao trabalho, para a fundaçã o de sindicato, ressalvado o registro
por meio de normas de saú de, higiene e no ó rgã o competente, vedadas ao Poder Pú blico a
segurança; interferência e a intervençã o na organizaçã o
XXIII - adicional de remuneraçã o para as sindical;
atividades penosas, insalubres ou perigosas, na II - é vedada a criaçã o de mais de uma organizaçã o
forma da lei; sindical, em qualquer grau, representativa de
XXIV - aposentadoria; categoria profissional ou econô mica, na mesma
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes base territorial, que será definida pelos
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade trabalhadores ou empregadores interessados, nã o
em creches e pré-escolas; podendo ser inferior à á rea de um Município;
XXVI - reconhecimento das convençõ es e acordos III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e
coletivos de trabalho; interesses coletivos ou individuais da categoria,
XXVII - proteçã o em face da automaçã o, na forma inclusive em questõ es judiciais ou administrativas;
da lei; IV - a assembléia geral fixará a contribuiçã o que,
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a em se tratando de categoria profissional, será
cargo do empregador, sem excluir a indenizaçã o a descontada em folha, para custeio do sistema
que este está obrigado, quando incorrer em dolo confederativo da representaçã o sindical
ou culpa; respectiva, independentemente da contribuiçã o
prevista em lei;

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V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter- a) os que, na forma da lei, adquiram a
se filiado a sindicato; nacionalidade brasileira, exigidas aos originá rios
VI - é obrigató ria a participaçã o dos sindicatos nas de países de língua portuguesa apenas residência
negociaçõ es coletivas de trabalho; por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
votado nas organizaçõ es sindicais; residentes na Repú blica Federativa do Brasil há
VIII - é vedada a dispensa do empregado mais de quinze anos ininterruptos e sem
sindicalizado a partir do registro da candidatura a condenaçã o penal, desde que requeiram a
cargo de direçã o ou representaçã o sindical e, se nacionalidade brasileira.
eleito, ainda que suplente, até um ano apó s o final § 1º Aos portugueses com residência permanente
do mandato, salvo se cometer falta grave nos no País, se houver reciprocidade em favor de
termos da lei. brasileiros, serã o atribuídos os direitos inerentes
Pará grafo ú nico. As disposiçõ es deste artigo ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
aplicam-se à organizaçã o de sindicatos rurais e de Constituiçã o.
colô nias de pescadores, atendidas as condiçõ es § 2º A lei nã o poderá estabelecer distinçã o entre
que a lei estabelecer. brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos nesta Constituiçã o.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, § 3º Sã o privativos de brasileiro nato os cargos:
competindo aos trabalhadores decidir sobre a I - de Presidente e Vice-Presidente da Repú blica;
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses II - de Presidente da Câ mara dos Deputados;
que devam por meio dele defender. III - de Presidente do Senado Federal;
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
essenciais e disporá sobre o atendimento das V - da carreira diplomá tica;
necessidades inadiáveis da comunidade. VI - de oficial das Forças Armadas.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os VII - de Ministro de Estado da Defesa
responsáveis à s penas da lei. § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do
brasileiro que:
Art. 10. É assegurada a participaçã o dos
I - tiver cancelada sua naturalizaçã o, por sentença
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos
judicial, em virtude de atividade nociva ao
ó rgã os pú blicos em que seus interesses
interesse nacional;
profissionais ou previdenciá rios sejam objeto de
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
discussã o e deliberaçã o.
a) de reconhecimento de nacionalidade originá ria
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos pela lei estrangeira;
empregados, é assegurada a eleiçã o de um b) de imposiçã o de naturalizaçã o, pela norma
representante destes com a finalidade exclusiva de estrangeira, ao brasileiro residente em estado
promover-lhes o entendimento direto com os estrangeiro, como condiçã o para permanência em
empregadores. seu territó rio ou para o exercício de direitos civis;

CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE Art. 13. A língua portuguesa é o idioma


oficial da Repú blica Federativa do Brasil.
Art. 12. Sã o brasileiros: § 1º Sã o símbolos da Repú blica Federativa do
I - natos: Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
a) os nascidos na Repú blica Federativa do Brasil, nacionais.
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
nã o estejam a serviço de seu país; poderã o ter símbolos pró prios.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mã e brasileira, desde que qualquer deles esteja a CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
serviço da Repú blica Federativa do Brasil;
Art. 14. A soberania popular será exercida
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
pelo sufrá gio universal e pelo voto direto e
de mã e brasileira, desde que sejam registrados em
repartiçã o brasileira competente ou venham a secreto, com valor igual para todos, e, nos termos
da lei, mediante:
residir na Repú blica Federativa do Brasil e optem,
I - plebiscito;
em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - referendo;
III - iniciativa popular.
II - naturalizados:
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto sã o:

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I - obrigató rios para os maiores de dezoito anos; fim de proteger a probidade administrativa, a
II - facultativos para: moralidade para exercício de mandato
a) os analfabetos; considerada vida pregressa do candidato, e a
b) os maiores de setenta anos; normalidade e legitimidade das eleiçõ es contra a
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito influência do poder econô mico ou o abuso do
anos. exercício de funçã o, cargo ou emprego na
§ 2º Nã o podem alistar-se como eleitores os administraçã o direta ou indireta.
estrangeiros e, durante o período do serviço § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado
militar obrigató rio, os conscritos. ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
§ 3º Sã o condiçõ es de elegibilidade, na forma da contados da diplomaçã o, instruída a açã o com
lei: provas de abuso do poder econô mico, corrupçã o
I - a nacionalidade brasileira; ou fraude.
II - o pleno exercício dos direitos políticos; § 11. A açã o de impugnaçã o de mandato tramitará
III - o alistamento eleitoral; em segredo de justiça, respondendo o autor, na
IV - o domicílio eleitoral na circunscriçã o; forma da lei, se temerá ria ou de manifesta má -fé.
V - a filiaçã o partidá ria; Regulamento § 12. Serã o realizadas concomitantemente à s
VI - a idade mínima de: eleiçõ es municipais as consultas populares sobre
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- questõ es locais aprovadas pelas Câ maras
Presidente da Repú blica e Senador; Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador 90 (noventa) dias antes da data das eleiçõ es,
de Estado e do Distrito Federal; observados os limites operacionais relativos ao
c) vinte e um anos para Deputado Federal, nú mero de quesitos.
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- § 13. As manifestaçõ es favoráveis e contrá rias à s
Prefeito e juiz de paz; questõ es submetidas à s consultas populares nos
d) dezoito anos para Vereador. termos do § 12ºcorrerã o durante as campanhas
§ 4º Sã o inelegíveis os inalistáveis e os eleitorais, sem a utilizaçã o de propaganda gratuita
analfabetos. no rá dio e na televisã o.
§ 5º O Presidente da Repú blica, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e Art. 15. É vedada a cassaçã o de direitos
quem os houver sucedido, ou substituído no curso políticos, cuja perda ou suspensã o só se dará nos
dos mandatos poderã o ser reeleitos para um ú nico casos de:
período subseqü ente. I - cancelamento da naturalizaçã o por sentença
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o transitada em julgado;
Presidente da Repú blica, os Governadores de II - incapacidade civil absoluta;
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem III - condenaçã o criminal transitada em julgado,
renunciar aos respectivos mandatos até seis enquanto durarem seus efeitos;
meses antes do pleito. IV - recusa de cumprir obrigaçã o a todos imposta
§ 7º Sã o inelegíveis, no territó rio de jurisdiçã o do ou prestaçã o alternativa, nos termos do art. 5º,
titular, o cô njuge e os parentes consangü íneos ou VIII;
afins, até o segundo grau ou por adoçã o, do V - improbidade administrativa, nos termos do art.
Presidente da Repú blica, de Governador de Estado 37, § 4º.
ou Territó rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de Art. 16. A lei que alterar o processo
quem os haja substituído dentro dos seis meses
eleitoral entrará em vigor na data de sua
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
publicaçã o, nã o se aplicando à eleiçã o que ocorra
eletivo e candidato à reeleiçã o. até um ano da data de sua vigência.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condiçõ es:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO
afastar-se da atividade; DO ESTADO
II - se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomaçã o, CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA
para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos Art. 18. A organizaçã o político-
de inelegibilidade e os prazos de sua cessaçã o, a administrativa da Repú blica Federativa do Brasil

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compreende a Uniã o, os Estados, o Distrito efetivo, e os cargos em comissã o, a serem
Federal e os Municípios, todos autô nomos, nos preenchidos por servidores de carreira nos casos,
termos desta Constituiçã o. condiçõ es e percentuais mínimos previstos em lei,
§ 1º Brasília é a Capital Federal. destinam-se apenas à s atribuiçõ es de direçã o,
§ 2º Os Territó rios Federais integram a Uniã o, e chefia e assessoramento;
sua criaçã o, transformaçã o em Estado ou VI - é garantido ao servidor pú blico civil o direito à
reintegraçã o ao Estado de origem serã o reguladas livre associaçã o sindical;
em lei complementar. VII - o direito de greve será exercido nos termos e
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, nos limites definidos em lei específica;
subdividir-se ou desmembrar-se para se VIII - a lei reservará percentual dos cargos e
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou empregos pú blicos para as pessoas portadoras de
Territó rios Federais, mediante aprovaçã o da deficiência e definirá os critérios de sua admissã o;
populaçã o diretamente interessada, através de IX - a lei estabelecerá os casos de contrataçã o por
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei tempo determinado para atender a necessidade
complementar. temporá ria de excepcional interesse pú blico;
§ 4º A criaçã o, a incorporaçã o, a fusã o e o X - a remuneraçã o dos servidores pú blicos e o
desmembramento de Municípios, far-se-ã o por lei subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
estadual, dentro do período determinado por Lei poderã o ser fixados ou alterados por lei específica,
Complementar Federal, e dependerã o de consulta observada a iniciativa privativa em cada caso,
prévia, mediante plebiscito, à s populaçõ es dos assegurada revisã o geral anual, sempre na mesma
Municípios envolvidos, apó s divulgaçã o dos data e sem distinçã o de índices;
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e XI - a remuneraçã o e o subsídio dos ocupantes de
publicados na forma da lei. cargos, funçõ es e empregos pú blicos da
administraçã o direta, autá rquica e fundacional,
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA dos membros de qualquer dos Poderes da Uniã o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
dos detentores de mandato eletivo e dos demais
Art. 37. A administraçã o pú blica direta e agentes políticos e os proventos, pensõ es ou outra
indireta de qualquer dos Poderes da Uniã o, dos espécie remunerató ria, percebidos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cumulativamente ou nã o, incluídas as vantagens
obedecerá aos princípios de legalidade, pessoais ou de qualquer outra natureza, nã o
impessoalidade, moralidade, publicidade e poderã o exceder o subsídio mensal, em espécie,
eficiência e, também, ao seguinte: dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
I - os cargos, empregos e funçõ es pú blicas sã o aplicando-se como limite, nos Municípios, o
acessíveis aos brasileiros que preencham os subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos Federal, o subsídio mensal do Governador no
estrangeiros, na forma da lei; â mbito do Poder Executivo, o subsídio dos
II - a investidura em cargo ou emprego pú blico Deputados Estaduais e Distritais no â mbito do
depende de aprovaçã o prévia em concurso pú blico Poder Legislativo e o subsidio dos
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
na forma prevista em lei, ressalvadas as cento do subsídio mensal, em espécie, dos
nomeaçõ es para cargo em comissã o declarado em Ministros do Supremo Tribunal Federal, no â mbito
lei de livre nomeaçã o e exoneraçã o; do Poder Judiciá rio
III - o prazo de validade do concurso pú blico será XII - os vencimentos dos cargos do Poder
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual Legislativo e do Poder Judiciá rio nã o poderã o ser
período; superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no XIII - é vedada a vinculaçã o ou equiparaçã o de
edital de convocaçã o, aquele aprovado em quaisquer espécies remunerató rias para o efeito
concurso pú blico de provas ou de provas e títulos de remuneraçã o de pessoal do serviço pú blico;
será convocado com prioridade sobre novos XIV - os acréscimos pecuniá rios percebidos por
concursados para assumir cargo ou emprego, na servidor pú blico nã o serã o computados nem
carreira; acumulados para fins de concessã o de acréscimos
V - as funçõ es de confiança, exercidas ulteriores;
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo

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XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de § 1º A publicidade dos atos, programas, obras,
cargos e empregos pú blicos sã o irredutíveis, serviços e campanhas dos ó rgã os pú blicos deverá
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste ter cará ter educativo, informativo ou de
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § orientaçã o social, dela nã o podendo constar
2º, I; nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
XVI - é vedada a acumulaçã o remunerada de promoçã o pessoal de autoridades ou servidores
cargos pú blicos, exceto, quando houver pú blicos.
compatibilidade de horá rios, observado em § 2º A nã o observâ ncia do disposto nos incisos II e
qualquer caso o disposto no inciso XI: III implicará a nulidade do ato e a puniçã o da
a) a de dois cargos de professor; autoridade responsável, nos termos da lei.
b) a de um cargo de professor com outro técnico § 3º A lei disciplinará as formas de participaçã o do
ou científico; usuá rio na administraçã o pú blica direta e indireta,
c) a de dois cargos ou empregos privativos de regulando especialmente:
profissionais de saú de, com profissõ es I - as reclamaçõ es relativas à prestaçã o dos
regulamentadas; serviços pú blicos em geral, asseguradas a
XVII - a proibiçã o de acumular estende-se a manutençã o de serviços de atendimento ao
empregos e funçõ es e abrange autarquias, usuá rio e a avaliaçã o perió dica, externa e interna,
fundaçõ es, empresas pú blicas, sociedades de da qualidade dos serviços;
economia mista, suas subsidiá rias, e sociedades II - o acesso dos usuá rios a registros
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder administrativos e a informaçõ es sobre atos de
pú blico; governo, observado o disposto no art. 5º, X e
XVIII - a administraçã o fazendá ria e seus XXXIII;
servidores fiscais terã o, dentro de suas á reas de III - a disciplina da representaçã o contra o
competência e jurisdiçã o, precedência sobre os exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego
demais setores administrativos, na forma da lei; ou funçã o na administraçã o pú blica.
XIX - somente por lei específica poderá ser criada § 4º Os atos de improbidade administrativa
autarquia e autorizada a instituiçã o de empresa importarã o a suspensã o dos direitos políticos, a
pú blica, de sociedade de economia mista e de perda da funçã o pú blica, a indisponibilidade dos
fundaçã o, cabendo à lei complementar, neste bens e o ressarcimento ao erá rio, na forma e
ú ltimo caso, definir as á reas de sua atuaçã o; gradaçã o previstas em lei, sem prejuízo da açã o
XX - depende de autorizaçã o legislativa, em cada penal cabível.
caso, a criaçã o de subsidiá rias das entidades § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescriçã o
mencionadas no inciso anterior, assim como a para ilícitos praticados por qualquer agente,
participaçã o de qualquer delas em empresa servidor ou nã o, que causem prejuízos ao erá rio,
privada; ressalvadas as respectivas açõ es de ressarcimento.
XXI - ressalvados os casos especificados na § 6º As pessoas jurídicas de direito pú blico e as de
legislaçã o, as obras, serviços, compras e direito privado prestadoras de serviços pú blicos
alienaçõ es serã o contratados mediante processo responderã o pelos danos que seus agentes, nessa
de licitaçã o pú blica que assegure igualdade de qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
condiçõ es a todos os concorrentes, com clá usulas direito de regresso contra o responsável nos casos
que estabeleçam obrigaçõ es de pagamento, de dolo ou culpa.
mantidas as condiçõ es efetivas da proposta, nos § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
termos da lei, o qual somente permitirá as restriçõ es ao ocupante de cargo ou emprego da
exigências de qualificaçã o técnica e econô mica administraçã o direta e indireta que possibilite o
indispensáveis à garantia do cumprimento das acesso a informaçõ es privilegiadas.
obrigaçõ es. (Regulamento) § 8º A autonomia gerencial, orçamentá ria e
XXII - as administraçõ es tributá rias da Uniã o, dos financeira dos ó rgã os e entidades da
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, administraçã o direta e indireta poderá ser
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
exercidas por servidores de carreiras específicas, seus administradores e o poder pú blico, que tenha
terã o recursos prioritá rios para a realizaçã o de por objeto a fixaçã o de metas de desempenho para
suas atividades e atuarã o de forma integrada, o ó rgã o ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
inclusive com o compartilhamento de cadastros e I - o prazo de duraçã o do contrato;
de informaçõ es fiscais, na forma da lei ou II - os controles e critérios de avaliaçã o de
convênio. desempenho, direitos, obrigaçõ es e

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responsabilidade dos dirigentes; com divulgaçã o do objeto a ser avaliado e dos
III - a remuneraçã o do pessoal. resultados alcançados, na forma da lei.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se à s empresas
pú blicas e à s sociedades de economia mista, e Art. 38. Ao servidor pú blico da
suas subsidiá rias, que receberem recursos da administraçã o direta, autá rquica e fundacional, no
Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal ou dos exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
Municípios para pagamento de despesas de seguintes disposiçõ es:
pessoal ou de custeio em geral. I - tratando-se de mandato eletivo federal,
§ 10. É vedada a percepçã o simultâ nea de estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
proventos de aposentadoria decorrentes do art. emprego ou funçã o;
40ºu dos arts. 42 e 142 com a remuneraçã o de II - investido no mandato de Prefeito, será
cargo, emprego ou funçã o pú blica, ressalvados os afastado do cargo, emprego ou funçã o, sendo-lhe
cargos acumuláveis na forma desta Constituiçã o, facultado optar pela sua remuneraçã o;
os cargos eletivos e os cargos em comissã o III - investido no mandato de Vereador, havendo
declarados em lei de livre nomeaçã o e exoneraçã o. compatibilidade de horá rios, perceberá as
§ 11. Nã o serã o computadas, para efeito dos vantagens de seu cargo, emprego ou funçã o, sem
limites remunerató rios de que trata o inciso XI do prejuízo da remuneraçã o do cargo eletivo, e, nã o
caput deste artigo, as parcelas de cará ter havendo compatibilidade, será aplicada a norma
indenizató rio previstas em lei. do inciso anterior;
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput IV - em qualquer caso que exija o afastamento
deste artigo, fica facultado aos Estados e ao para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
Distrito Federal fixar, em seu â mbito, mediante serviço será contado para todos os efeitos legais,
emenda à s respectivas Constituiçõ es e Lei exceto para promoçã o por merecimento;
Orgâ nica, como limite ú nico, o subsídio mensal V - na hipó tese de ser segurado de regime pró prio
dos Desembargadores do respectivo Tribunal de de previdência social, permanecerá filiado a esse
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco regime, no ente federativo de origem.
centésimos por cento do subsídio mensal dos
SEÇÃO II - DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Ministros do Supremo Tribunal Federal, nã o se
aplicando o disposto neste pará grafo aos Art. 39. A Uniã o, os Estados, o Distrito
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e Federal e os Municípios instituirã o, no â mbito de
dos Vereadores. sua competência, regime jurídico ú nico e planos
§ 13. O servidor pú blico titular de cargo efetivo de carreira para os servidores da administraçã o
poderá ser readaptado para exercício de cargo pú blica direta, das autarquias e das fundaçõ es
cujas atribuiçõ es e responsabilidades sejam pú blicas.
compatíveis com a limitaçã o que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, enquanto Art. 39. A Uniã o, os Estados, o Distrito
permanecer nesta condiçã o, desde que possua a Federal e os Municípios instituirã o conselho de
habilitaçã o e o nível de escolaridade exigidos para política de administraçã o e remuneraçã o de
o cargo de destino, mantida a remuneraçã o do pessoal, integrado por servidores designados
cargo de origem. pelos respectivos Poderes
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilizaçã o § 1º A fixaçã o dos padrõ es de vencimento e dos
de tempo de contribuiçã o decorrente de cargo, demais componentes do sistema remunerató rio
emprego ou funçã o pú blica, inclusive do Regime observará :
Geral de Previdência Social, acarretará o I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
rompimento do vínculo que gerou o referido complexidade dos cargos componentes de cada
tempo de contribuiçã o. carreira;
§ 15. É vedada a complementaçã o de II - os requisitos para a investidura;
aposentadorias de servidores pú blicos e de III - as peculiaridades dos cargos.
pensõ es por morte a seus dependentes que nã o § 2º A Uniã o, os Estados e o Distrito Federal
seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. manterã o escolas de governo para a formaçã o e o
40ºu que nã o seja prevista em lei que extinga aperfeiçoamento dos servidores pú blicos,
regime pró prio de previdência social. constituindo-se a participaçã o nos cursos um dos
§ 16. Os ó rgã os e entidades da administraçã o requisitos para a promoçã o na carreira, facultada,
pú blica, individual ou conjuntamente, devem para isso, a celebraçã o de convênios ou contratos
realizar avaliaçã o das políticas pú blicas, inclusive entre os entes federados.

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§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo II - compulsoriamente, com proventos
pú blico o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, proporcionais ao tempo de contribuiçã o, aos 70
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados cinco) anos de idade, na forma de lei
de admissã o quando a natureza do cargo o exigir. complementar;
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato III - no â mbito da Uniã o, aos 62 (sessenta e dois)
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretá rios anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
Estaduais e Municipais serã o remunerados cinco) anos de idade, se homem, e, no â mbito dos
exclusivamente por subsídio fixado em parcela Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
ú nica, vedado o acréscimo de qualquer idade mínima estabelecida mediante emenda à s
gratificaçã o, adicional, abono, prêmio, verba de respectivas Constituiçõ es e Leis Orgâ nicas,
representaçã o ou outra espécie remunerató ria, observados o tempo de contribuiçã o e os demais
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. requisitos estabelecidos em lei complementar do
37, X e XI. respectivo ente federativo.
§ 5º Lei da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria nã o poderã o
e dos Municípios poderá estabelecer a relaçã o ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
entre a maior e a menor remuneraçã o dos 2º do art. 201ºu superiores ao limite má ximo
servidores pú blicos, obedecido, em qualquer caso, estabelecido para o Regime Geral de Previdência
o disposto no art. 37, XI. Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciá rio § 3º As regras para cá lculo de proventos de
publicarã o anualmente os valores do subsídio e da aposentadoria serã o disciplinadas em lei do
remuneraçã o dos cargos e empregos pú blicos. respectivo ente federativo.
§ 7º Lei da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal § 4º É vedada a adoçã o de requisitos ou critérios
e dos Municípios disciplinará a aplicaçã o de diferenciados para concessã o de benefícios em
recursos orçamentá rios provenientes da economia regime pró prio de previdência social, ressalvado o
com despesas correntes em cada ó rgã o, autarquia disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
e fundaçã o, para aplicaçã o no desenvolvimento de § 4º-A. Poderã o ser estabelecidos por lei
programas de qualidade e produtividade, complementar do respectivo ente federativo idade
treinamento e desenvolvimento, modernizaçã o, e tempo de contribuiçã o diferenciados para
reaparelhamento e racionalizaçã o do serviço aposentadoria de servidores com deficiência,
pú blico, inclusive sob a forma de adicional ou previamente submetidos a avaliaçã o
prêmio de produtividade. biopsicossocial realizada por equipe
§ 8º A remuneraçã o dos servidores pú blicos multiprofissional e interdisciplinar.
organizados em carreira poderá ser fixada nos § 4º-B. Poderã o ser estabelecidos por lei
termos do § 4º. complementar do respectivo ente federativo idade
§ 9º É vedada a incorporaçã o de vantagens de e tempo de contribuiçã o diferenciados para
cará ter temporá rio ou vinculadas ao exercício de aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
funçã o de confiança ou de cargo em comissã o à penitenciá rio, de agente socioeducativo ou de
remuneraçã o do cargo efetivo. policial dos ó rgã os de que tratam o inciso IV do
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e
Art. 40. O regime pró prio de previdência os incisos I a IV do caput do art. 144.
social dos servidores titulares de cargos efetivos § 4º-C. Poderã o ser estabelecidos por lei
terá cará ter contributivo e solidá rio, mediante complementar do respectivo ente federativo idade
contribuiçã o do respectivo ente federativo, de e tempo de contribuiçã o diferenciados para
servidores ativos, de aposentados e de aposentadoria de servidores cujas atividades
pensionistas, observados critérios que preservem sejam exercidas com efetiva exposiçã o a agentes
o equilíbrio financeiro e atuarial. químicos, físicos e bioló gicos prejudiciais à saú de,
§ 1º O servidor abrangido por regime pró prio de ou associaçã o desses agentes, vedada a
previdência social será aposentado: caracterizaçã o por categoria profissional ou
I - por incapacidade permanente para o trabalho, ocupaçã o.
no cargo em que estiver investido, quando § 5º Os ocupantes do cargo de professor terã o
insuscetível de readaptaçã o, hipó tese em que será idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em
obrigató ria a realizaçã o de avaliaçõ es perió dicas relaçã o à s idades decorrentes da aplicaçã o do
para verificaçã o da continuidade das condiçõ es disposto no inciso III do § 1º, desde que
que ensejaram a concessã o da aposentadoria, na comprovem tempo de efetivo exercício das
forma de lei do respectivo ente federativo;

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funçõ es de magistério na educaçã o infantil e no de cargo efetivo, observado o limite má ximo dos
ensino fundamental e médio fixado em lei benefícios do Regime Geral de Previdência Social
complementar do respectivo ente federativo. para o valor das aposentadorias e das pensõ es em
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes regime pró prio de previdência social, ressalvado o
dos cargos acumuláveis na forma desta disposto no § 16.
Constituiçã o, é vedada a percepçã o de mais de § 15. O regime de previdência complementar de
uma aposentadoria à conta de regime pró prio de que trata o § 14ºferecerá plano de benefícios
previdência social, aplicando-se outras vedaçõ es, somente na modalidade contribuiçã o definida,
regras e condiçõ es para a acumulaçã o de observará o disposto no art. 202 e será efetivado
benefícios previdenciá rios estabelecidas no por intermédio de entidade fechada de
Regime Geral de Previdência Social. previdência complementar ou de entidade aberta
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, de previdência complementar.
quando se tratar da ú nica fonte de renda formal § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa
auferida pelo dependente, o benefício de pensã o opçã o, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
por morte será concedido nos termos de lei do aplicado ao servidor que tiver ingressado no
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma serviço pú blico até a data da publicaçã o do ato de
diferenciada a hipó tese de morte dos servidores instituiçã o do correspondente regime de
de que trata o § 4º-B decorrente de agressã o previdência complementar.
sofrida no exercício ou em razã o da funçã o. § 17. Todos os valores de remuneraçã o
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios considerados para o cá lculo do benefício previsto
para preservar-lhes, em cará ter permanente, o no § 3° serã o devidamente atualizados, na forma
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. da lei.
§ 9º O tempo de contribuiçã o federal, estadual, § 18. Incidirá contribuiçã o sobre os proventos de
distrital ou municipal será contado para fins de aposentadorias e pensõ es concedidas pelo regime
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e de que trata este artigo que superem o limite
9º-A do art. 201, e o tempo de serviço má ximo estabelecido para os benefícios do regime
correspondente será contado para fins de geral de previdência social de que trata o art. 201,
disponibilidade. com percentual igual ao estabelecido para os
§ 10 - A lei nã o poderá estabelecer qualquer forma servidores titulares de cargos efetivos.
de contagem de tempo de contribuiçã o fictício. § 19. Observados critérios a serem estabelecidos
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à em lei do respectivo ente federativo, o servidor
soma total dos proventos de inatividade, inclusive titular de cargo efetivo que tenha completado as
quando decorrentes da acumulaçã o de cargos ou exigências para a aposentadoria voluntá ria e que
empregos pú blicos, bem como de outras opte por permanecer em atividade poderá fazer
atividades sujeitas a contribuiçã o para o regime jus a um abono de permanência equivalente, no
geral de previdência social, e ao montante má ximo, ao valor da sua contribuiçã o
resultante da adiçã o de proventos de inatividade previdenciá ria, até completar a idade para
com remuneraçã o de cargo acumulável na forma aposentadoria compulsó ria.
desta Constituiçã o, cargo em comissã o declarado § 20. É vedada a existência de mais de um regime
em lei de livre nomeaçã o e exoneraçã o, e de cargo pró prio de previdência social e de mais de um
eletivo. ó rgã o ou entidade gestora desse regime em cada
§ 12. Além do disposto neste artigo, serã o ente federativo, abrangidos todos os poderes,
observados, em regime pró prio de previdência ó rgã os e entidades autá rquicas e fundacionais,
social, no que couber, os requisitos e critérios que serã o responsáveis pelo seu financiamento,
fixados para o Regime Geral de Previdência Social. observados os critérios, os parâ metros e a
§ 13. Aplica-se ao agente pú blico ocupante, natureza jurídica definidos na lei complementar
exclusivamente, de cargo em comissã o declarado de que trata o § 22.
em lei de livre nomeaçã o e exoneraçã o, de outro § 22. Vedada a instituiçã o de novos regimes
cargo temporá rio, inclusive mandato eletivo, ou de pró prios de previdência social, lei complementar
emprego pú blico, o Regime Geral de Previdência federal estabelecerá , para os que já existam,
Social. normas gerais de organizaçã o, de funcionamento e
§ 14. A Uniã o, os Estados, o Distrito Federal e os de responsabilidade em sua gestã o, dispondo,
Municípios instituirã o, por lei de iniciativa do entre outros aspectos, sobre:
respectivo Poder Executivo, regime de previdência I - requisitos para sua extinçã o e consequente
complementar para servidores pú blicos ocupantes migraçã o para o Regime Geral de Previdência

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Social;
II - modelo de arrecadaçã o, de aplicaçã o e de TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO
utilizaçã o dos recursos; DOS PODERES
III - fiscalizaçã o pela Uniã o e controle externo e
social;
CAPÍTULO III - DO PODER JUDICIÁRIO
IV - definiçã o de equilíbrio financeiro e atuarial;
V - condiçõ es para instituiçã o do fundo com SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
finalidade previdenciá ria de que trata o art. 249 e
para vinculaçã o a ele dos recursos provenientes SUBSEÇÃO II - DO CONSELHO DE DEFESA
de contribuiçõ es e dos bens, direitos e ativos de NACIONAL
qualquer natureza;
VI - mecanismos de equacionamento do deficit Art. 92. Sã o ó rgã os do Poder Judiciá rio:
atuarial; I - o Supremo Tribunal Federal;
VII - estruturaçã o do ó rgã o ou entidade gestora do I-A o Conselho Nacional de Justiça;
regime, observados os princípios relacionados II - o Superior Tribunal de Justiça;
com governança, controle interno e transparência; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
VIII - condiçõ es e hipó teses para III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes
responsabilizaçã o daqueles que desempenhem Federais;
atribuiçõ es relacionadas, direta ou indiretamente, IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
com a gestã o do regime; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
IX - condiçõ es para adesã o a consó rcio pú blico; VI - os Tribunais e Juízes Militares;
X - parâ metros para apuraçã o da base de cá lculo e VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito
definiçã o de alíquota de contribuiçõ es ordiná rias Federal e Territó rios.
e extraordiná rias. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho
Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
Art. 41. Sã o estáveis apó s três anos de sede na Capital Federal.
efetivo exercício os servidores nomeados para § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais
cargo de provimento efetivo em virtude de Superiores têm jurisdiçã o em todo o territó rio
concurso pú blico. nacional.
§ 1º O servidor pú blico estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do
julgado; Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
II - mediante processo administrativo em que lhe Estatuto da Magistratura, observados os seguintes
seja assegurada ampla defesa; princípios:
III - mediante procedimento de avaliaçã o I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de
perió dica de desempenho, na forma de lei juiz substituto, mediante concurso pú blico de
complementar, assegurada ampla defesa. provas e títulos, com a participaçã o da Ordem dos
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissã o Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-
do servidor estável, será ele reintegrado, e o se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
eventual ocupante da vaga, se estável, atividade jurídica e obedecendo-se, nas
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a nomeaçõ es, à ordem de classificaçã o;
indenizaçã o, aproveitado em outro cargo ou posto II - promoçã o de entrâ ncia para entrâ ncia,
em disponibilidade com remuneraçã o alternadamente, por antigü idade e merecimento,
proporcional ao tempo de serviço. atendidas as seguintes normas:
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua a) é obrigató ria a promoçã o do juiz que figure por
desnecessidade, o servidor estável ficará em três vezes consecutivas ou cinco alternadas em
disponibilidade, com remuneraçã o proporcional lista de merecimento;
ao tempo de serviço, até seu adequado b) a promoçã o por merecimento pressupõ e dois
aproveitamento em outro cargo. anos de exercício na respectiva entrâ ncia e
§ 4º Como condiçã o para a aquisiçã o da integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de
estabilidade, é obrigató ria a avaliaçã o especial de antigü idade desta, salvo se nã o houver com tais
desempenho por comissã o instituída para essa requisitos quem aceite o lugar vago;
finalidade. c) aferiçã o do merecimento conforme o
desempenho e pelos critérios objetivos de
produtividade e presteza no exercício da
jurisdiçã o e pela freqü ência e aproveitamento em

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cursos oficiais ou reconhecidos de à intimidade do interessado no sigilo nã o
aperfeiçoamento; prejudique o interesse pú blico à informaçã o;
d) na apuraçã o de antigü idade, o tribunal somente X as decisõ es administrativas dos tribunais serã o
poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto motivadas e em sessã o pú blica, sendo as
fundamentado de dois terços de seus membros, disciplinares tomadas pelo voto da maioria
conforme procedimento pró prio, e assegurada absoluta de seus membros;
ampla defesa, repetindo-se a votaçã o até fixar-se a XI nos tribunais com nú mero superior a vinte e
indicaçã o; cinco julgadores, poderá ser constituído ó rgã o
e) nã o será promovido o juiz que, especial, com o mínimo de onze e o má ximo de
injustificadamente, retiver autos em seu poder vinte e cinco membros, para o exercício das
além do prazo legal, nã o podendo devolvê-los ao atribuiçõ es administrativas e jurisdicionais
cartó rio sem o devido despacho ou decisã o; delegadas da competência do tribunal pleno,
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á provendo-se metade das vagas por antigü idade e a
por antigü idade e merecimento, alternadamente, outra metade por eleiçã o pelo tribunal pleno;
apurados na ú ltima ou ú nica entrâ ncia; XII a atividade jurisdicional será ininterrupta,
IV previsã o de cursos oficiais de preparaçã o, sendo vedado férias coletivas nos juízos e
aperfeiçoamento e promoçã o de magistrados, tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias
constituindo etapa obrigató ria do processo de em que nã o houver expediente forense normal,
vitaliciamento a participaçã o em curso oficial ou juízes em plantã o permanente;
reconhecido por escola nacional de formaçã o e XIII o nú mero de juízes na unidade jurisdicional
aperfeiçoamento de magistrados; será proporcional à efetiva demanda judicial e à
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais respectiva populaçã o;
Superiores corresponderá a noventa e cinco por XIV os servidores receberã o delegaçã o para a
cento do subsídio mensal fixado para os Ministros prá tica de atos de administraçã o e atos de mero
do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos expediente sem cará ter decisó rio;
demais magistrados serã o fixados em lei e XV a distribuiçã o de processos será imediata, em
escalonados, em nível federal e estadual, conforme todos os graus de jurisdiçã o.
as respectivas categorias da estrutura judiciá ria
nacional, nã o podendo a diferença entre uma e Art. 94. Um quinto dos lugares dos
outra ser superior a dez por cento ou inferior a Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco Estados, e do Distrito Federal e Territó rios será
por cento do subsídio mensal dos Ministros dos composto de membros, do Ministério Pú blico, com
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer mais de dez anos de carreira, e de advogados de
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; notó rio saber jurídico e de reputaçã o ilibada, com
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensã o mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
de seus dependentes observarã o o disposto no art. indicados em lista sêxtupla pelos ó rgã os de
40; representaçã o das respectivas classes.
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, Pará grafo ú nico. Recebidas as indicaçõ es, o
salvo autorizaçã o do tribunal; tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao
VIII - o ato de remoçã o ou de disponibilidade do Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqü entes,
magistrado, por interesse pú blico, fundar-se-á em escolherá um de seus integrantes para nomeaçã o.
decisã o por voto da maioria absoluta do
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes
respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de
garantias:
Justiça, assegurada ampla defesa;
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
VIII-A a remoçã o a pedido ou a permuta de
adquirida apó s dois anos de exercício,
magistrados de comarca de igual entrâ ncia
dependendo a perda do cargo, nesse período, de
atenderá , no que couber, ao disposto nas alíneas a
deliberaçã o do tribunal a que o juiz estiver
, b , c e e do inciso II;
vinculado, e, nos demais casos, de sentença
IX todos os julgamentos dos ó rgã os do Poder
judicial transitada em julgado;
Judiciá rio serã o pú blicos, e fundamentadas todas
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
as decisõ es, sob pena de nulidade, podendo a lei
pú blico, na forma do art. 93, VIII;
limitar a presença, em determinados atos, à s
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o
pró prias partes e a seus advogados, ou somente a
disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
estes, em casos nos quais a preservaçã o do direito
III, e 153, § 2º, I.
Pará grafo ú nico. Aos juízes é vedado:

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I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro
cargo ou funçã o, salvo uma de magistério; Art. 97. Somente pelo voto da maioria
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas absoluta de seus membros ou dos membros do
ou participaçã o em processo; respectivo ó rgã o especial poderã o os tribunais
III - dedicar-se à atividade político-partidá ria. declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios normativo do Poder Pú blico.
ou contribuiçõ es de pessoas físicas, entidades
Art. 98. A Uniã o, no Distrito Federal e nos
pú blicas ou privadas, ressalvadas as exceçõ es
Territó rios, e os Estados criarã o:
previstas em lei; I - juizados especiais, providos por juízes togados,
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual
ou togados e leigos, competentes para a
se afastou, antes de decorridos três anos do
conciliaçã o, o julgamento e a execuçã o de causas
afastamento do cargo por aposentadoria ou cíveis de menor complexidade e infraçõ es penais
exoneraçã o.
de menor potencial ofensivo, mediante os
Art. 96. Compete privativamente: procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos,
I - aos tribunais: nas hipó teses previstas em lei, a transaçã o e o
a) eleger seus ó rgã os diretivos e elaborar seus julgamento de recursos por turmas de juízes de
regimentos internos, com observâ ncia das normas primeiro grau;
de processo e das garantias processuais das II - justiça de paz, remunerada, composta de
partes, dispondo sobre a competência e o cidadã os eleitos pelo voto direto, universal e
funcionamento dos respectivos ó rgã os secreto, com mandato de quatro anos e
jurisdicionais e administrativos; competência para, na forma da lei, celebrar
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares casamentos, verificar, de ofício ou em face de
e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando impugnaçã o apresentada, o processo de
pelo exercício da atividade correicional respectiva; habilitaçã o e exercer atribuiçõ es conciliató rias,
c) prover, na forma prevista nesta Constituiçã o, os sem cará ter jurisdicional, além de outras previstas
cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdiçã o; na legislaçã o.
d) propor a criaçã o de novas varas judiciá rias; § 1º Lei federal disporá sobre a criaçã o de juizados
e) prover, por concurso pú blico de provas, ou de especiais no â mbito da Justiça Federal.
provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45,
pará grafo ú nico, os cargos necessá rios à de 2004)
administraçã o da Justiça, exceto os de confiança § 2º As custas e emolumentos serã o destinados
assim definidos em lei; exclusivamente ao custeio dos serviços afetos à s
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a atividades específicas da Justiça.
seus membros e aos juízes e servidores que lhes
Art. 99. Ao Poder Judiciá rio é assegurada
forem imediatamente vinculados;
autonomia administrativa e financeira.
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
§ 1º Os tribunais elaborarã o suas propostas
Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
orçamentá rias dentro dos limites estipulados
Poder Legislativo respectivo, observado o disposto
conjuntamente com os demais Poderes na lei de
no art. 169:
diretrizes orçamentá rias.
a) a alteraçã o do nú mero de membros dos
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os
tribunais inferiores;
outros tribunais interessados, compete:
b) a criaçã o e a extinçã o de cargos e a
I - no â mbito da Uniã o, aos Presidentes do
remuneraçã o dos seus serviços auxiliares e dos
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
juízos que lhes forem vinculados, bem como a
Superiores, com a aprovaçã o dos respectivos
fixaçã o do subsídio de seus membros e dos juízes,
tribunais;
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
II - no â mbito dos Estados e no do Distrito Federal
c) a criaçã o ou extinçã o dos tribunais inferiores;
e Territó rios, aos Presidentes dos Tribunais de
d) a alteraçã o da organizaçã o e da divisã o
Justiça, com a aprovaçã o dos respectivos tribunais.
judiciá rias;
§ 3º Se os ó rgã os referidos no § 2º nã o
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes
encaminharem as respectivas propostas
estaduais e do Distrito Federal e Territó rios, bem
orçamentá rias dentro do prazo estabelecido na lei
como os membros do Ministério Pú blico, nos
de diretrizes orçamentá rias, o Poder Executivo
crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada
considerará , para fins de consolidaçã o da proposta
a competência da Justiça Eleitoral.
orçamentá ria anual, os valores aprovados na lei

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orçamentá ria vigente, ajustados de acordo com os jurisdicionado à justiça em todas as fases do
limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. processo.
§ 4º Se as propostas orçamentá rias de que trata § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça
este artigo forem encaminhadas em desacordo itinerante, com a realizaçã o de audiências e
com os limites estipulados na forma do § 1º, o demais funçõ es da atividade jurisdicional, nos
Poder Executivo procederá aos ajustes necessá rios limites territoriais da respectiva jurisdiçã o,
para fins de consolidaçã o da proposta servindo-se de equipamentos pú blicos e
orçamentá ria anual. comunitá rios.
§ 5º Durante a execuçã o orçamentá ria do
exercício, nã o poderá haver a realizaçã o de CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À
despesas ou a assunçã o de obrigaçõ es que JUSTIÇA
extrapolem os limites estabelecidos na lei de
SEÇÃO I - DO MINISTÉRIO PÚBLICO
diretrizes orçamentá rias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos Art. 127. O Ministério Pú blico é instituiçã o
suplementares ou especiais. permanente, essencial à funçã o jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
SEÇÃO VIII - DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS
jurídica, do regime democrá tico e dos interesses
ESTADOS
sociais e individuais indisponíveis.
Art. 125. Os Estados organizarã o sua § 1º Sã o princípios institucionais do Ministério
Justiça, observados os princípios estabelecidos Pú blico a unidade, a indivisibilidade e a
nesta Constituiçã o. independência funcional.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na § 2º Ao Ministério Pú blico é assegurada
Constituiçã o do Estado, sendo a lei de organizaçã o autonomia funcional e administrativa, podendo,
judiciá ria de iniciativa do Tribunal de Justiça. observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
§ 2º Cabe aos Estados a instituiçã o de Legislativo a criaçã o e extinçã o de seus cargos e
representaçã o de inconstitucionalidade de leis ou serviços auxiliares, provendo-os por concurso
atos normativos estaduais ou municipais em face pú blico de provas ou de provas e títulos, a política
da Constituiçã o Estadual, vedada a atribuiçã o da remunerató ria e os planos de carreira; a lei
legitimaçã o para agir a um ú nico ó rgã o. disporá sobre sua organizaçã o e funcionamento.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta § 3º O Ministério Pú blico elaborará sua proposta
do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, orçamentá ria dentro dos limites estabelecidos na
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de lei de diretrizes orçamentá rias.
direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo § 4º Se o Ministério Pú blico nã o encaminhar a
grau, pelo pró prio Tribunal de Justiça, ou por respectiva proposta orçamentá ria dentro do prazo
Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o estabelecido na lei de diretrizes orçamentá rias, o
efetivo militar seja superior a vinte mil Poder Executivo considerará , para fins de
integrantes. consolidaçã o da proposta orçamentá ria anual, os
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e valores aprovados na lei orçamentá ria vigente,
julgar os militares dos Estados, nos crimes ajustados de acordo com os limites estipulados na
militares definidos em lei e as açõ es judiciais forma do § 3º.
contra atos disciplinares militares, ressalvada a § 5º Se a proposta orçamentá ria de que trata este
competência do jú ri quando a vítima for civil, artigo for encaminhada em desacordo com os
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a limites estipulados na forma do § 3º, o Poder
perda do posto e da patente dos oficiais e da Executivo procederá aos ajustes necessá rios para
graduaçã o das praças. fins de consolidaçã o da proposta orçamentá ria
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar anual.
processar e julgar, singularmente, os crimes § 6º Durante a execuçã o orçamentá ria do
militares cometidos contra civis e as açõ es exercício, nã o poderá haver a realizaçã o de
judiciais contra atos disciplinares militares, despesas ou a assunçã o de obrigaçõ es que
cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência extrapolem os limites estabelecidos na lei de
de juiz de direito, processar e julgar os demais diretrizes orçamentá rias, exceto se previamente
crimes militares. autorizadas, mediante a abertura de créditos
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar suplementares ou especiais.
descentralizadamente, constituindo Câ maras
SEÇÃO IV - DA DEFENSORIA PÚBLICA
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do

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vedado o exercício da advocacia fora das
Art. 134. A Defensoria Pú blica é atribuiçõ es institucionais. (Renumerado do
instituiçã o permanente, essencial à funçã o pará grafo ú nico pela Emenda Constitucional nº
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como 45, de 2004)
expressã o e instrumento do regime democrá tico, § 2º À s Defensorias Pú blicas Estaduais sã o
fundamentalmente, a orientaçã o jurídica, a asseguradas autonomia funcional e administrativa
promoçã o dos direitos humanos e a defesa, em e a iniciativa de sua proposta orçamentá ria dentro
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
individuais e coletivos, de forma integral e orçamentá rias e subordinaçã o ao disposto no art.
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso 99, § 2º.
LXXIV do art. 5º desta Constituiçã o Federal. § 3º Aplica-se o disposto no § 2º à s Defensorias
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pú blicas da Uniã o e do Distrito Federal.
Pú blica da Uniã o e do Distrito Federal e dos § 4º Sã o princípios institucionais da Defensoria
Territó rios e prescreverá normas gerais para sua Pú blica a unidade, a indivisibilidade e a
organizaçã o nos Estados, em cargos de carreira, independência funcional, aplicando-se também,
providos, na classe inicial, mediante concurso no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II
pú blico de provas e títulos, assegurada a seus do art. 96 desta Constituiçã o Federal.
integrantes a garantia da inamovibilidade e

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de


São Paulo
TÍTULO I - Disposições Preliminares
Artigo 1 Artigo 3 Artigo 4
TÍTULO II - DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS
CAPÍTULO I - Do Provimento
Artigo 11
CAPÍTULO II - Das Nomeações
Artigo 13 Artigo 14
CAPÍTULO XII - Da Posse
Artigo 46 Artigo 47
CAPÍTULO XIV - Do Exercício
Artigo 57
CAPÍTULO XV - Da Contagem de Tempo de Serviço
Artigo 78
TÍTULO IV - DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA
CAPÍTULO I - Do Vencimento e da Remuneração
Artigo 110 Artigo 120
CAPÍTULO II - Das Vantagens de Ordem Pecuniária
Artigo 127
TÍTULO V - DOS DIREITOS E VANTAGENS EM GERAL
CAPÍTULO I - Das Férias
Artigo 176
TÍTULO VI - DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPONSABILIDADES
CAPÍTULO I - Dos Deveres e das Proibições
Artigo 241 Artigo 242 Artigo 243
TÍTULO VII - Das Penalidades, da Extinção da Punibilidade, das Providências Preliminares, das Práticas Autocompositivas, do Termo
CAPÍTULO I - Das Penalidades e de sua Aplicação
Artigo 251

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Pará grafo ú nico - As provas serã o avaliadas na
escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos títulos
TÍTULO I - Disposições serã o atribuídos, no má ximo, 50 (cinqü enta)
Preliminares pontos.
CAPÍTULO XII - Da Posse
Artigo 1º Esta lei institui o regime jurídico
dos funcioná rios pú blicos civis do Estado. SUBSEÇÃO II - Das Provas de Habilitação
Pará grafo ú nico - As suas disposiçõ es, exceto no
que colidirem com a legislaçã o especial, aplicam- Artigo 46 Posse é o ato que investe o
se aos funcioná rios dos 3 Poderes do Estado e aos cidadã o em cargo pú blico.
do Tribunal de Contas do Estado. Artigo 47 Sã o requisitos para a posse em
Artigo 3º Funcioná rio pú blico, para os cargo pú blico:
fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente I - ser brasileiro;
investida em cargo pú blico. II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;
III - estar em dia com as obrigaçõ es militares;
Artigo 4º Cargo pú blico é o conjunto de IV - estar no gozo dos direitos políticos;
atribuiçõ es e responsabilidades cometidas a um V - ter boa conduta;
funcioná rio. VI - gozar de boa saú de, comprovada em inspeçã o
realizada por ó rgã o médico oficial do Estado, para
provimento de cargo efetivo, ou mediante
TÍTULO II - DO PROVIMENTO, DO apresentaçã o de Atestado de Saú de Ocupacional,
EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA DOS expedido por médico registrado no Conselho
CARGOS PÚBLICOS Regional correspondente, para provimento de
cargo em comissã o;
VII - possuir aptidã o para o exercício do cargo; e
CAPÍTULO I - Do Provimento VIII - ter atendido à s condiçõ es especiais
Artigo 11 Os cargos pú blicos serã o prescritas para o cargo.
providos por: Pará grafo ú nico - A deficiência da capacidade
I - nomeaçã o; física, comprovadamente estacioná ria, nã o será
II - transferência; considerada impedimento para a caracterizaçã o
III - reintegraçã o; da capacidade psíquica e somá tica a que se refere
IV - acesso; o item VI deste artigo, desde que tal deficiência
V - reversã o; nã o impeça o desempenho normal das funçõ es
VI - aproveitamento; e inerentes ao cargo de cujo provimento se trata.
VII - readmissã o. CAPÍTULO XIV - Do Exercício
CAPÍTULO II - Das Nomeações
Artigo 57 O exercício é o ato pelo qual o
SEÇÃO I - Das Formas de Nomeação funcioná rio assume as atribuiçõ es e
responsabilidades do cargo.
Artigo 13 As nomeaçõ es serã o feitas: § 1º O início, a interrupçã o e o reinicio do
I - em cará ter vitalício, nos casos expressamente exercício serã o registrados no assentamento
previstos na Constituiçã o do Brasil; individual do funcioná rio.
II - em comissã o, quando se tratar de cargo que § 2º O início do exercício e as alteraçõ es que
em virtude de lei assim deva ser provido; e ocorrerem serã o comunicados ao ó rgã o
III - em cará ter efetivo, quando se tratar de cargo competente, pelo chefe da repartiçã o ou serviço
de provimento dessa natureza. em que estiver lotado o funcioná rio.

SEÇÃO II - Da Seleção de Pessoal CAPÍTULO XV - Da Contagem de Tempo de


Serviço
SUBSEÇÃO I - Do Concurso
Artigo 78 Serã o considerados de efetivo
Artigo 14 A nomeaçã o para cargo pú blico exercício, para todos os efeitos legais, os dias em
de provimento efetivo será precedida de concurso que o funcioná rio estiver afastado do serviço em
pú blico de provas ou de provas e títulos. virtude de:

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I - férias; § 2º No caso de faltas sucessivas, justificadas ou
II - casamento, até 8 (oito) dias; injustificadas, os dias intercalados — domingos,
III - falecimento do cô njuge, filhos, pais e irmã os, feriados e aqueles em que nã o haja expediente —
até 8 (oito) dias; serã o computados exclusivamente para efeito de
IV - falecimento dos avó s, netos, sogros, do desconto do vencimento ou remuneraçã o.
padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; § 3º Nã o se aplica o disposto no ‘caput’ deste
V - serviços obrigató rios por lei; artigo à s hipó teses de compensaçã o de horas
VI - licença quando acidentado no exercício de previstas no pará grafo ú nico do artigo 117 desta
suas atribuiçõ es ou atacado de doença Lei.
profissional; § 4º O disposto no inciso II e no § 2º deste artigo
VII - licença à funcioná ria gestante; nã o se aplicam aos integrantes do Quadro do
VIII - licenciamento compulsó rio, nos termos do Magistério da Secretaria da Educaçã o.
art. 206;
IX - licença-prêmio; SEÇÃO II - Do Horário e do Ponto
X - Revogado.
Artigo 120 Ponto é o registro pelo qual se
XI - missã o ou estudo dentro do Estado, em outros
verificará , diariamente, a entrada e saída do
pontos do territó rio nacional ou no estrangeiro,
funcioná rio em serviço.
nos termos do art. 68;
§ 1º Para registro do ponto serã o usados, de
XII - nos casos previstos no art. 122;
preferência, meios mecâ nicos.
XIII - afastamento por processo administrativo, se
§ 2º É vedado dispensar o funcioná rio do registro
o funcioná rio for declarado inocente ou se a pena
do ponto, salvo os casos expressamente previstos
imposta for de repreensã o ou multa; e, ainda, os
em lei.
dias que excederem o total da pena de suspensã o
§ 3º A infraçã o do disposto no pará grafo anterior
efetivamente aplicada;
determinará a responsabilidade da autoridade
XIV - trâ nsito, em decorrência de mudança de sede
que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da açã o
de exercício, desde que nã o exceda o prazo de 8
disciplinar cabível.
(oito) dias; e
XV - provas de competiçõ es desportivas, nos CAPÍTULO II - Das Vantagens de Ordem
termos do item I, do § 2º, do art. 75. Pecuniária
XVI - licença-paternidade, por 5 (cinco) dias;
XVII - licença para doaçã o de tecidos, de ó rgã os, de SEÇÃO Il - Dos Adicionais por Tempo de
parte de ó rgã os e de partes do corpo vivo para fins Serviço
terapêuticos ou de transplantes intervivos, nos
termos do inciso X do artigo 181. Artigo 127 O funcioná rio terá direito,
apó s cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou
nã o, à percepçã o de adicional por tempo de
TÍTULO IV - DOS DIREITOS E DAS serviço, calculado à razã o de 5% (cinco por cento)
VANTAGENS DE ORDEM sobre o vencimento ou remuneraçã o, a que se
incorpora para todos os efeitos.
PECUNIÁRIA Pará grafo ú nico - O adicional por tempo de serviço
será concedido pela autoridade competente, na
CAPÍTULO I - Do Vencimento e da forma que fô r estabelecida em regulamento.
Remuneração

SEÇÃO I - Disposições Gerais TÍTULO V - DOS DIREITOS E


Artigo 110 O funcioná rio perderá : VANTAGENS EM GERAL
I - o vencimento ou remuneraçã o do dia, quando
nã o comparecer ao serviço; CAPÍTULO I - Das Férias
II - 1/3 (um terço) do vencimento ou remuneraçã o
diá ria, quando comparecer ao serviço dentro da SEÇÃO VII - Outras Concessões Pecuniárias
hora seguinte à marcada para o início do Artigo 176 O funcioná rio terá direito ao
expediente ou quando dele retirar-se dentro da gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais,
ú ltima hora. observada a escala que for aprovada.
§ 1º Revogado. § 1º É proibido levar à conta de férias qualquer
falta ao trabalho.

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§ 2º É proibida a acumulaçã o de férias, salvo por XIV - proceder na vida pú blica e privada na forma
absoluta necessidade de serviço e pelo má ximo de que dignifique a funçã o pú blica.
2 (dois) anos consecutivos.
§ 3º O período de férias será reduzido para 20 SEÇÃO II - Das Proibições
tiver, considerados em conjunto, mais de 10 (dez)
Artigo 242 Ao funcioná rio é proibido:
nã o comparecimentos correspondentes a faltas
I - Revogado.
justificadas e injustificadas ou à s licenças
II - retirar, sem prévia permissã o da autoridade
previstas nos itens IV, VI e VII do artigo 181.
competente, qualquer documento ou objeto
§ 4º Durante as férias, o funcioná rio terá direito a
existente na repartiçã o;
todas as vantagens, como se estivesse em
III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em
exercício.
palestras, leituras ou outras atividades estranhas
ao serviço;
TÍTULO VI - DOS DEVERES, DAS IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa
PROIBIÇÕES E DAS justificada;
V - tratar de interesses particulares na repartiçã o;
RESPONSABILIDADES VI - promover manifestaçõ es de apreço ou
desapreço dentro da repartiçã o, ou tornar-se
CAPÍTULO I - Dos Deveres e das Proibições solidá rio com elas;
VII - exercer comércio entre os companheiros de
SEÇÃO I - Dos Deveres serviço, promover ou subscrever listas de
donativos dentro da repartiçã o; e
Artigo 241 Sã o deveres do funcioná rio:
VIII - empregar material do serviço pú blico em
I - ser assíduo e pontual;
serviço particular.
II - cumprir as ordens superiores, representando
quando forem manifestamente ilegais; Artigo 243 É proibido ainda, ao
III - desempenhar com zelo e presteza os funcioná rio:
trabalhos de que for incumbido; I - fazer contratos de natureza comercial e
IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartiçã o industrial com o Governo, por si, ou como
e, especialmente, sobre despachos, decisõ es ou representante de outrem;
providências; II - participar da gerência ou administraçã o de
V - representar aos superiores sobre todas as empresas bancá rias ou industriais, ou de
irregularidades de que tiver conhecimento no sociedades comerciais, que mantenham relaçõ es
exercício de suas funçõ es; comerciais ou administrativas com o Governo do
VI - tratar com urbanidade as pessoas; Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde diretamente relacionadas com a finalidade da
autorizado; repartiçã o ou serviço em que esteja lotado;
VIII - providenciar para que esteja sempre em III - requerer ou promover a concessã o de
ordem, no assentamento individual, a sua privilégios, garantias de juros ou outros favores
declaraçã o de família; semelhantes, federais, estaduais ou municipais,
IX - zelar pela economia do material do Estado e exceto privilégio de invençã o pró pria;
pela conservaçã o do que for confiado à sua guarda IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho,
ou utilizaçã o; emprego ou funçã o em empresas,
X - apresentar -se convenientemente trajado em estabelecimentos ou instituiçõ es que tenham
serviço ou com uniforme determinado, quando for relaçõ es com o Governo, em matéria que se
o caso; relacione com a finalidade da repartiçã o ou
XI - atender prontamente, com preferência sobre serviço em que esteja lotado;
qualquer outro serviço, à s requisiçõ es de papéis, V - aceitar representaçã o de Estado estrangeiro,
documentos, informaçõ es ou providências que lhe sem autorizaçã o do Presidente da Repú blica;
forem feitas pelas autoridades judiciá rias ou VI - comerciar ou ter parte em sociedades
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo; comerciais nas condiçõ es mencionadas no item II
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser
com os companheiros de trabalho, acionista, quotista ou comanditá rio;
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar
regimentos, instruçõ es e ordens de serviço que atos de sabotagem contra o serviço pú blico;
digam respeito à s suas funçõ es; e VIII - praticar a usura;

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IX - constituir-se procurador de partes ou servir gerência de cooperativas e associaçõ es de classe,
de intermediá rio perante qualquer repartiçã o ou como seu só cio.
pú blica, exceto quando se tratar de interesse de
cô njuge ou parente até segundo grau;
X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou
TÍTULO VII - Das Penalidades, da
de entidades fiscalizadas, no País, ou no Extinção da Punibilidade, das
estrangeiro, mesmo quando estiver em missã o Providências Preliminares, das
referente à compra de material ou fiscalizaçã o de
qualquer natureza;
Práticas Autocompositivas, do
XI - valer-se de sua qualidade de funcioná rio para Termo
desempenhar atividade estranha à s funçõ es ou
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer CAPÍTULO I - Das Penalidades e de sua
proveito; e Aplicação
XII - fundar sindicato de funcioná rios ou deles
fazer parte. Artigo 251 Sã o penas disciplinares:
Pará grafo ú nico - Nã o está compreendida na I - repreensã o;
proibiçã o dos itens II e VI deste artigo, a II - suspensã o;
participaçã o do funcioná rio em sociedades em que III - multa;
o Estado seja acionista, bem assim na direçã o ou IV - demissã o;
V - demissã o a bem do serviço pú blico; e
VI - cassaçã o de aposentadoria ou disponibilidade

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei Federal nº 8.429/92 (Lei de Improbidade


Administrativa)
CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa

CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens
13

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VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício
CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade de mandato, de cargo, de emprego ou de funçã o
Administrativa pú blica, e em razã o deles, bens de qualquer
natureza, decorrentes dos atos descritos no caput
Seção I - Dos Atos de Improbidade
deste artigo, cujo valor seja desproporcional à
Administrativa que Importam Enriquecimento
evoluçã o do patrimô nio ou à renda do agente
Ilícito
pú blico, assegurada a demonstraçã o pelo agente
Art. 9º Constitui ato de improbidade da licitude da origem dessa evoluçã o;
administrativa importando em enriquecimento VIII - aceitar emprego, comissã o ou exercer
ilícito auferir, mediante a prá tica de ato doloso, atividade de consultoria ou assessoramento para
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida pessoa física ou jurídica que tenha interesse
em razã o do exercício de cargo, de mandato, de suscetível de ser atingido ou amparado por açã o
funçã o, de emprego ou de atividade nas entidades ou omissã o decorrente das atribuiçõ es do agente
referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: pú blico, durante a atividade;
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem IX - perceber vantagem econô mica para
mó vel ou imó vel, ou qualquer outra vantagem intermediar a liberaçã o ou aplicaçã o de verba
econô mica, direta ou indireta, a título de pú blica de qualquer natureza;
comissã o, percentagem, gratificaçã o ou presente X - receber vantagem econô mica de qualquer
de quem tenha interesse, direto ou indireto, que natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato
possa ser atingido ou amparado por açã o ou de ofício, providência ou declaraçã o a que esteja
omissã o decorrente das atribuiçõ es do agente obrigado;
pú blico; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu
II - perceber vantagem econô mica, direta ou patrimô nio bens, rendas, verbas ou valores
indireta, para facilitar a aquisiçã o, permuta ou integrantes do acervo patrimonial das entidades
locaçã o de bem mó vel ou imó vel, ou a contrataçã o mencionadas no art. 1° desta lei;
de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por XII - usar, em proveito pró prio, bens, rendas,
preço superior ao valor de mercado; verbas ou valores integrantes do acervo
III - perceber vantagem econô mica, direta ou patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
indireta, para facilitar a alienaçã o, permuta ou desta lei.
locaçã o de bem pú blico ou o fornecimento de
CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor
de mercado; Seção III - Dos Atos de Improbidade
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, Administrativa que Atentam Contra os
qualquer bem mó vel, de propriedade ou à Princípios da Administração Pública
disposiçã o de qualquer das entidades referidas no
art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de Art. 13. A posse e o exercício de agente
servidores, de empregados ou de terceiros pú blico ficam condicionados à apresentaçã o de
contratados por essas entidades; declaraçã o de imposto de renda e proventos de
V - receber vantagem econô mica de qualquer qualquer natureza, que tenha sido apresentada à
natureza, direta ou indireta, para tolerar a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, a
exploraçã o ou a prá tica de jogos de azar, de fim de ser arquivada no serviço de pessoal
lenocínio, de narcotrá fico, de contrabando, de competente.
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou § 2º A declaraçã o de bens a que se refere o caput
aceitar promessa de tal vantagem; deste artigo será atualizada anualmente e na data
VI - receber vantagem econô mica de qualquer em que o agente pú blico deixar o exercício do
natureza, direta ou indireta, para fazer declaraçã o mandato, do cargo, do emprego ou da funçã o.
falsa sobre qualquer dado técnico que envolva § 3º Será apenado com a pena de demissã o, sem
obras pú blicas ou qualquer outro serviço ou sobre prejuízo de outras sançõ es cabíveis, o agente
quantidade, peso, medida, qualidade ou pú blico que se recusar a prestar a declaraçã o dos
característica de mercadorias ou bens fornecidos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do
a qualquer das entidades referidas no art. 1º desta prazo determinado ou que prestar declaraçã o
Lei; falsa.

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DIREITO CIVIL
CÓDIGO CIVIL
LIVRO I - DAS PESSOAS
TÍTULO I - DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I - Da Personalidade e da Capacidade
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10
CAPÍTULO II - Dos Direitos da Personalidade
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
CAPÍTULO III - Da Ausência
22 23 24 25
TÍTULO II - DAS PESSOAS JURÍDICAS
CAPÍTULO I - Disposições Gerais
40 41 42 43 44 45 49 49-A 50
CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES
53
CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
62
TÍTULO III - Do Domicílio
70 71 72 73 74 75 76 77 78

LIVRO II - DOS BENS


TÍTULO ÚNICO - Das Diferentes Classes de Bens
CAPÍTULO I - Dos Bens Considerados em Si Mesmos
79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91
CAPÍTULO II - Dos Bens Reciprocamente Considerados
92 93 94 95 96 97
CAPÍTULO III - Dos Bens Públicos
98 99 100 101 102 103

LIVRO III - Dos Fatos Jurídicos


TÍTULO I - Do Negócio Jurídico
CAPÍTULO II - Da Representação
115 116 117 118 119 120
CAPÍTULO IV - Dos Defeitos do Negócio Jurídico
138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159
CAPÍTULO V - Da Invalidade do Negócio Jurídico
166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184
TÍTULO II - Dos Atos Jurídicos Lícitos
185
TÍTULO III - Dos Atos Ilícitos
186 187 188
TÍTULO IV - Da Prescrição e da Decadência
CAPÍTULO I - Da Prescrição
189 190 191 192 193 195 196 197 198 199 200 201
TÍTULO V - Da Prova
CAPÍTULO II - Da Decadência
212 213 214 215

LIVRO I - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


TÍTULO VI - Das Várias Espécies de Contrato
CAPÍTULO X - Do Mandato
653 654 655 656 657 658 659 660 661 662 663 664 665 666

LIVRO II - Do Direito de Empresa


TÍTULO IV - Dos Institutos Complementares
CAPÍTULO III - Dos Prepostos
1169 1170 1171 1172 1173

LIVRO III - Do Direito das Coisas


TÍTULO I - Da posse
CAPÍTULO I - Da Posse e sua Classificação

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1196 1197 1198 1199 1200 1201 1202 1203
TÍTULO X - Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese
CAPÍTULO II - Do Penhor
1431 1432 1444 1445 1446 1447 1451 1461 1467 1468 1469 1470 1471 1472

LIVRO IV - Do Direito de Família


TÍTULO IV - Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão Apoiada
CAPÍTULO I - Da Tutela
1728
CAPÍTULO II - Da Curatela
1775 1775-A 1777 1778

LIVRO V - Do Direito das Sucessões


TÍTULO IV - Do Inventário e da Partilha
CAPÍTULO III - Do Pagamento das Dívidas
1997

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Presidência da Repú blica

LIVRO I - DAS PESSOAS


Art. 7º Pode ser declarada a morte
TÍTULO I - DAS PESSOAS presumida, sem decretaçã o de ausência:
NATURAIS I - se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida;
CAPÍTULO I - Da Personalidade e da II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, nã o for encontrado até dois anos apó s
Capacidade
o término da guerra.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e Pará grafo ú nico. A declaraçã o da morte
deveres na ordem civil. presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e
Art. 2º A personalidade civil da pessoa averiguaçõ es, devendo a sentença fixar a data
começa do nascimento com vida; mas a lei põ e a provável do falecimento.
salvo, desde a concepçã o, os direitos do nascituro.
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos
Art. 3º Sã o absolutamente incapazes de falecerem na mesma ocasiã o, nã o se podendo
exercer pessoalmente os atos da vida civil os averiguar se algum dos comorientes precedeu aos
menores de 16 (dezesseis) anos. outros, presumir-se-ã o simultaneamente mortos.
Art. 4º Sã o incapazes, relativamente a Art. 9º Serã o registrados em registro
certos atos ou à maneira de os exercer: pú blico:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito I - os nascimentos, casamentos e ó bitos;
anos; II - a emancipaçã o por outorga dos pais ou por
II - os ébrios habituais e os viciados em tó xico; sentença do juiz;
III - aqueles que, por causa transitó ria ou III - a interdiçã o por incapacidade absoluta ou
permanente, nã o puderem exprimir sua vontade; relativa;
IV - os pró digos. IV - a sentença declarató ria de ausência e de
Pará grafo ú nico. A capacidade dos indígenas será morte presumida.
regulada por legislaçã o especial.
Art. 10. Far-se-á averbaçã o em registro
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito pú blico:
anos completos, quando a pessoa fica habilitada à I - das sentenças que decretarem a nulidade ou
prá tica de todos os atos da vida civil. anulaçã o do casamento, o divó rcio, a separaçã o
Pará grafo ú nico. Cessará , para os menores, a judicial e o restabelecimento da sociedade
incapacidade: conjugal;
I - pela concessã o dos pais, ou de um deles na falta II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que
do outro, mediante instrumento pú blico, declararem ou reconhecerem a filiaçã o;
independentemente de homologaçã o judicial, ou
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor CAPÍTULO II - Dos Direitos da Personalidade
tiver dezesseis anos completos;
Art. 11. Com exceçã o dos casos previstos
II - pelo casamento;
em lei, os direitos da personalidade sã o
III - pelo exercício de emprego pú blico efetivo;
intransmissíveis e irrenunciáveis, nã o podendo o
IV - pela colaçã o de grau em curso de ensino
seu exercício sofrer limitaçã o voluntá ria.
superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça,
pela existência de relaçã o de emprego, desde que, ou a lesã o, a direito da personalidade, e reclamar
em funçã o deles, o menor com dezesseis anos perdas e danos, sem prejuízo de outras sançõ es
completos tenha economia pró pria. previstas em lei.
Pará grafo ú nico. Em se tratando de morto, terá
Art. 6º A existência da pessoa natural
legitimaçã o para requerer a medida prevista neste
termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a artigo o cô njuge sobrevivente, ou qualquer
abertura de sucessã o definitiva.

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parente em linha reta, ou colateral até o quarto Seção I - Da Curadoria dos Bens do Ausente
grau.
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu
Art. 13. Salvo por exigência médica, é domicílio sem dela haver notícia, se nã o houver
defeso o ato de disposiçã o do pró prio corpo, deixado representante ou procurador a quem
quando importar diminuiçã o permanente da caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a
integridade física, ou contrariar os bons costumes. requerimento de qualquer interessado ou do
Pará grafo ú nico. O ato previsto neste artigo será Ministério Pú blico, declarará a ausência, e
admitido para fins de transplante, na forma nomear-lhe-á curador.
estabelecida em lei especial.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e
Art. 14. É vá lida, com objetivo científico, se nomeará curador, quando o ausente deixar
ou altruístico, a disposiçã o gratuita do pró prio mandatá rio que nã o queira ou nã o possa exercer
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. ou continuar o mandato, ou se os seus poderes
Pará grafo ú nico. O ato de disposiçã o pode ser forem insuficientes.
livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador,
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a fixar-lhe-á os poderes e obrigaçõ es, conforme as
submeter-se, com risco de vida, a tratamento circunstâ ncias, observando, no que for aplicável, o
médico ou a intervençã o cirú rgica. disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, Art. 25. O cô njuge do ausente, sempre que
nele compreendidos o prenome e o sobrenome. nã o esteja separado judicialmente, ou de fato por
mais de dois anos antes da declaraçã o da ausência,
Art. 17. O nome da pessoa nã o pode ser será o seu legítimo curador.
empregado por outrem em publicaçõ es ou § 1º Em falta do cô njuge, a curadoria dos bens do
representaçõ es que a exponham ao desprezo ausente incumbe aos pais ou aos descendentes,
pú blico, ainda quando nã o haja intençã o nesta ordem, nã o havendo impedimento que os
difamató ria. iniba de exercer o cargo.
Art. 18. Sem autorizaçã o, nã o se pode usar § 2º Entre os descendentes, os mais pró ximos
o nome alheio em propaganda comercial. precedem os mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete
Art. 19. O pseudô nimo adotado para ao juiz a escolha do curador.
atividades lícitas goza da proteçã o que se dá ao
nome.
TÍTULO II - DAS PESSOAS
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se JURÍDICAS
necessá rias à administraçã o da justiça ou à
manutençã o da ordem pú blica, a divulgaçã o de CAPÍTULO I - Disposições Gerais
escritos, a transmissã o da palavra, ou a
publicaçã o, a exposiçã o ou a utilizaçã o da imagem Seção III - Da Sucessão Definitiva
de uma pessoa poderã o ser proibidas, a seu
requerimento e sem prejuízo da indenizaçã o que Art. 40. As pessoas jurídicas sã o de direito
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a pú blico, interno ou externo, e de direito privado.
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins
Art. 41. Sã o pessoas jurídicas de direito
comerciais.
Pará grafo ú nico. Em se tratando de morto ou de pú blico interno:
I - a Uniã o;
ausente, sã o partes legítimas para requerer essa
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territó rios;
proteçã o o cô njuge, os ascendentes ou os
descendentes. III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associaçõ es
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é pú blicas;
inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, V - as demais entidades de cará ter pú blico criadas
adotará as providências necessá rias para impedir por lei.
ou fazer cessar ato contrá rio a esta norma. Pará grafo ú nico. Salvo disposiçã o em contrá rio, as
pessoas jurídicas de direito pú blico, a que se tenha
CAPÍTULO III - Da Ausência dado estrutura de direito privado, regem-se, no

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que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas Pará grafo ú nico. A autonomia patrimonial das
normas deste Có digo. pessoas jurídicas é um instrumento lícito de
alocaçã o e segregaçã o de riscos, estabelecido pela
Art. 42. Sã o pessoas jurídicas de direito lei com a finalidade de estimular
pú blico externo os Estados estrangeiros e todas as empreendimentos, para a geraçã o de empregos,
pessoas que forem regidas pelo direito tributo, renda e inovaçã o em benefício de todos.
internacional pú blico.
Art. 50. Em caso de abuso da
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio
pú blico interno sã o civilmente responsáveis por de finalidade ou pela confusã o patrimonial, pode o
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo Pú blico quando lhe couber intervir no processo,
contra os causadores do dano, se houver, por parte desconsiderá -la para que os efeitos de certas e
destes, culpa ou dolo. determinadas relaçõ es de obrigaçõ es sejam
estendidos aos bens particulares de
Art. 44. Sã o pessoas jurídicas de direito
administradores ou de só cios da pessoa jurídica
privado:
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
I - as associaçõ es;
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio
II - as sociedades;
de finalidade é a utilizaçã o da pessoa jurídica com
III - as fundaçõ es.
o propó sito de lesar credores e para a prá tica de
IV - as organizaçõ es religiosas;
atos ilícitos de qualquer natureza.
V - os partidos políticos.
§ 2º Entende-se por confusã o patrimonial a
§ 1º Sã o livres a criaçã o, a organizaçã o, a
ausência de separaçã o de fato entre os
estruturaçã o interna e o funcionamento das
patrimô nios, caracterizada por:
organizaçõ es religiosas, sendo vedado ao poder
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de
pú blico negar-lhes reconhecimento ou registro
obrigaçõ es do só cio ou do administrador ou vice-
dos atos constitutivos e necessá rios ao seu
versa;
funcionamento.
II - transferência de ativos ou de passivos sem
§ 2º As disposiçõ es concernentes à s associaçõ es
efetivas contraprestaçõ es, exceto os de valor
aplicam-se subsidiariamente à s sociedades que
proporcionalmente insignificante; e
sã o objeto do Livro II da Parte Especial deste
III - outros atos de descumprimento da autonomia
Có digo.
patrimonial.
§ 3º Os partidos políticos serã o organizados e
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste
funcionarã o conforme o disposto em lei específica.
artigo também se aplica à extensã o das obrigaçõ es
Art. 45. Começa a existência legal das de só cios ou de administradores à pessoa jurídica.
pessoas jurídicas de direito privado com a § 4º A mera existência de grupo econô mico sem a
inscriçã o do ato constitutivo no respectivo presença dos requisitos de que trata o caput deste
registro, precedida, quando necessá rio, de artigo nã o autoriza a desconsideraçã o da
autorizaçã o ou aprovaçã o do Poder Executivo, personalidade da pessoa jurídica.
averbando-se no registro todas as alteraçõ es por § 5º Nã o constitui desvio de finalidade a mera
que passar o ato constitutivo. expansã o ou a alteraçã o da finalidade original da
Pará grafo ú nico. Decai em três anos o direito de atividade econô mica específica da pessoa jurídica.
anular a constituiçã o das pessoas jurídicas de
CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES
direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicaçã o de sua inscriçã o no Art. 53. Constituem-se as associaçõ es pela
registro. uniã o de pessoas que se organizem para fins nã o
Art. 49. Se a administraçã o da pessoa econô micos.
jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de Pará grafo ú nico. Nã o há , entre os associados,
qualquer interessado, nomear-lhe-á direitos e obrigaçõ es recíprocos.
administrador provisó rio. CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES
Art. 49-A. A pessoa jurídica nã o se Art. 62. Para criar uma fundaçã o, o seu
confunde com os seus só cios, associados, instituidor fará , por escritura pú blica ou
instituidores ou administradores. testamento, dotaçã o especial de bens livres,

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especificando o fim a que se destina, e declarando, lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais
se quiser, a maneira de administrá -la. declaraçõ es nã o fizer, da pró pria mudança, com as
Pará grafo ú nico. A fundaçã o somente poderá circunstâ ncias que a acompanharem.
constituir-se para fins de:
I - assistência social; Art. 75. Quanto à s pessoas jurídicas, o
II - cultura, defesa e conservaçã o do patrimô nio domicílio é:
histó rico e artístico; I - da Uniã o, o Distrito Federal;
III - educaçã o; II - dos Estados e Territó rios, as respectivas
IV - saú de; capitais;
V - segurança alimentar e nutricional; III - do Município, o lugar onde funcione a
VI - defesa, preservaçã o e conservaçã o do meio administraçã o municipal;
ambiente e promoçã o do desenvolvimento IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde
sustentável; funcionarem as respectivas diretorias e
VII - pesquisa científica, desenvolvimento de administraçõ es, ou onde elegerem domicílio
tecnologias alternativas, modernizaçã o de especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
sistemas de gestã o, produçã o e divulgaçã o de § 1º Tendo a pessoa jurídica diversos
informaçõ es e conhecimentos técnicos e estabelecimentos em lugares diferentes, cada um
científicos; deles será considerado domicílio para os atos nele
VIII - promoçã o da ética, da cidadania, da praticados.
democracia e dos direitos humanos; § 2º Se a administraçã o, ou diretoria, tiver a sede
IX - atividades religiosas; e no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa
jurídica, no tocante à s obrigaçõ es contraídas por
cada uma das suas agências, o lugar do
TÍTULO III - Do Domicílio estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o Art. 76. Têm domicílio necessá rio o
lugar onde ela estabelece a sua residência com incapaz, o servidor pú blico, o militar, o marítimo e
â nimo definitivo. o preso.
Pará grafo ú nico. O domicílio do incapaz é o do seu
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver
representante ou assistente; o do servidor pú blico,
diversas residências, onde, alternadamente, viva,
o lugar em que exercer permanentemente suas
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
funçõ es; o do militar, onde servir, e, sendo da
Art. 72. É também domicílio da pessoa Marinha ou da Aeroná utica, a sede do comando a
natural, quanto à s relaçõ es concernentes à que se encontrar imediatamente subordinado; o
profissã o, o lugar onde esta é exercida. do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o
Pará grafo ú nico. Se a pessoa exercitar profissã o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
em lugares diversos, cada um deles constituirá
Art. 77. O agente diplomá tico do Brasil,
domicílio para as relaçõ es que lhe
que, citado no estrangeiro, alegar
corresponderem.
extraterritorialidade sem designar onde tem, no
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa país, o seu domicílio, poderá ser demandado no
natural, que nã o tenha residência habitual, o lugar Distrito Federal ou no ú ltimo ponto do territó rio
onde for encontrada. brasileiro onde o teve.

Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo Art. 78. Nos contratos escritos, poderã o os
a residência, com a intençã o manifesta de o mudar. contratantes especificar domicílio onde se
Pará grafo ú nico. A prova da intençã o resultará do exercitem e cumpram os direitos e obrigaçõ es
que declarar a pessoa à s municipalidades dos deles resultantes.

LIVRO II - DOS BENS


CAPÍTULO I - Dos Bens Considerados em Si
Mesmos
TÍTULO ÚNICO - Das Diferentes
Classes de Bens Seção I - Dos Bens Imóveis

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lei ou por vontade das partes.
Art. 79. Sã o bens imó veis o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou Seção V - Dos Bens Singulares e Coletivos
artificialmente.
Art. 89. Sã o singulares os bens que,
Art. 80. Consideram-se imó veis para os embora reunidos, se consideram de per si ,
efeitos legais: independentemente dos demais.
I - os direitos reais sobre imó veis e as açõ es que os
asseguram; Art. 90. Constitui universalidade de fato a
II - o direito à sucessã o aberta. pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinaçã o unitá ria.
Art. 81. Nã o perdem o cará ter de imó veis: Pará grafo ú nico. Os bens que formam essa
I - as edificaçõ es que, separadas do solo, mas universalidade podem ser objeto de relaçõ es
conservando a sua unidade, forem removidas para jurídicas pró prias.
outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um Art. 91. Constitui universalidade de direito
prédio, para nele se reempregarem. o complexo de relaçõ es jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econô mico.
Seção II - Dos Bens Móveis
CAPÍTULO II - Dos Bens Reciprocamente
Art. 82. Sã o mó veis os bens suscetíveis de Considerados
movimento pró prio, ou de remoçã o por força
alheia, sem alteraçã o da substâ ncia ou da Art. 92. Principal é o bem que existe sobre
destinaçã o econô mico-social. si, abstrata ou concretamente; acessó rio, aquele
cuja existência supõ e a do principal.
Art. 83. Consideram-se mó veis para os
efeitos legais: Art. 93. Sã o pertenças os bens que, nã o
I - as energias que tenham valor econô mico; constituindo partes integrantes, se destinam, de
II - os direitos reais sobre objetos mó veis e as modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao
açõ es correspondentes; aformoseamento de outro.
III - os direitos pessoais de cará ter patrimonial e
Art. 94. Os negó cios jurídicos que dizem
respectivas açõ es.
respeito ao bem principal nã o abrangem as
Art. 84. Os materiais destinados a alguma pertenças, salvo se o contrá rio resultar da lei, da
construçã o, enquanto nã o forem empregados, manifestaçã o de vontade, ou das circunstâ ncias do
conservam sua qualidade de mó veis; readquirem caso.
essa qualidade os provenientes da demoliçã o de
Art. 95. Apesar de ainda nã o separados do
algum prédio.
bem principal, os frutos e produtos podem ser
Seção III - Dos Bens Fungíveis e Consumíveis objeto de negó cio jurídico.

Art. 85. Sã o fungíveis os mó veis que Art. 96. As benfeitorias podem ser
podem substituir-se por outros da mesma espécie, voluptuá rias, ú teis ou necessá rias.
qualidade e quantidade. § 1º Sã o voluptuá rias as de mero deleite ou
recreio, que nã o aumentam o uso habitual do bem,
Art. 86. Sã o consumíveis os bens mó veis ainda que o tornem mais agradável ou sejam de
cujo uso importa destruiçã o imediata da pró pria elevado valor.
substâ ncia, sendo também considerados tais os § 2º Sã o ú teis as que aumentam ou facilitam o uso
destinados à alienaçã o. do bem.
§ 3º Sã o necessá rias as que têm por fim conservar
Seção IV - Dos Bens Divisíveis o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 87. Bens divisíveis sã o os que se Art. 97. Nã o se consideram benfeitorias os
podem fracionar sem alteraçã o na sua substâ ncia, melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
diminuiçã o considerável de valor, ou prejuízo do bem sem a intervençã o do proprietá rio, possuidor
uso a que se destinam. ou detentor.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis CAPÍTULO III - Dos Bens Públicos
podem tornar-se indivisíveis por determinaçã o da

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pessoas jurídicas de direito pú blico a que se tenha
Art. 98. Sã o pú blicos os bens do domínio dado estrutura de direito privado.
nacional pertencentes à s pessoas jurídicas de
direito pú blico interno; todos os outros sã o Art. 100. Os bens pú blicos de uso comum
particulares, seja qual for a pessoa a que do povo e os de uso especial sã o inalienáveis,
pertencerem. enquanto conservarem a sua qualificaçã o, na
forma que a lei determinar.
Art. 99. Sã o bens pú blicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, Art. 101. Os bens pú blicos dominicais
mares, estradas, ruas e praças; podem ser alienados, observadas as exigências da
II - os de uso especial, tais como edifícios ou lei.
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administraçã o federal, estadual, territorial ou Art. 102. Os bens pú blicos nã o estã o
municipal, inclusive os de suas autarquias; sujeitos a usucapiã o.
III - os dominicais, que constituem o patrimô nio
Art. 103. O uso comum dos bens pú blicos
das pessoas jurídicas de direito pú blico, como
pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma
estabelecido legalmente pela entidade a cuja
dessas entidades.
administraçã o pertencerem.
Pará grafo ú nico. Nã o dispondo a lei em contrá rio,
consideram-se dominicais os bens pertencentes à s

LIVRO III - Dos Fatos Jurídicos


incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-
se a anulaçã o prevista neste artigo.
TÍTULO I - Do Negócio Jurídico
Art. 120. Os requisitos e os efeitos da
CAPÍTULO II - Da Representação representaçã o legal sã o os estabelecidos nas
normas respectivas; os da representaçã o
Art. 115. Os poderes de representaçã o voluntá ria sã o os da Parte Especial deste Có digo.
conferem-se por lei ou pelo interessado.
CAPÍTULO IV - Dos Defeitos do Negócio
Art. 116. A manifestaçã o de vontade pelo Jurídico
representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relaçã o ao representado. Seção I - Do Erro ou Ignorância

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o Art. 138. Sã o anuláveis os negó cios
representado, é anulável o negó cio jurídico que o jurídicos, quando as declaraçõ es de vontade
representante, no seu interesse ou por conta de emanarem de erro substancial que poderia ser
outrem, celebrar consigo mesmo. percebido por pessoa de diligência normal, em
Pará grafo ú nico. Para esse efeito, tem-se como face das circunstâ ncias do negó cio.
celebrado pelo representante o negó cio realizado
por aquele em quem os poderes houverem sido Art. 139. O erro é substancial quando:
subestabelecidos. I - interessa à natureza do negó cio, ao objeto
principal da declaraçã o, ou a alguma das
Art. 118. O representante é obrigado a qualidades a ele essenciais;
provar à s pessoas, com quem tratar em nome do II - concerne à identidade ou à qualidade essencial
representado, a sua qualidade e a extensã o de da pessoa a quem se refira a declaraçã o de
seus poderes, sob pena de, nã o o fazendo, vontade, desde que tenha influído nesta de modo
responder pelos atos que a estes excederem. relevante;
III - sendo de direito e nã o implicando recusa à
Art. 119. É anulável o negó cio concluído aplicaçã o da lei, for o motivo ú nico ou principal do
pelo representante em conflito de interesses com negó cio jurídico.
o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. Art. 140. O falso motivo só vicia a
Pará grafo ú nico. É de cento e oitenta dias, a contar declaraçã o de vontade quando expresso como
da conclusã o do negó cio ou da cessaçã o da razã o determinante.

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Art. 141. A transmissã o errô nea da Art. 151. A coaçã o, para viciar a declaraçã o
vontade por meios interpostos é anulável nos da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
mesmos casos em que o é a declaraçã o direta. fundado temor de dano iminente e considerável à
sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Art. 142. O erro de indicaçã o da pessoa ou Pará grafo ú nico. Se disser respeito a pessoa nã o
da coisa, a que se referir a declaraçã o de vontade, pertencente à família do paciente, o juiz, com base
nã o viciará o negó cio quando, por seu contexto e nas circunstâ ncias, decidirá se houve coaçã o.
pelas circunstâ ncias, se puder identificar a coisa
ou pessoa cogitada. Art. 152. No apreciar a coaçã o, ter-se-ã o
em conta o sexo, a idade, a condiçã o, a saú de, o
Art. 143. O erro de cá lculo apenas autoriza temperamento do paciente e todas as demais
a retificaçã o da declaraçã o de vontade. circunstâ ncias que possam influir na gravidade
dela.
Art. 144. O erro nã o prejudica a validade
do negó cio jurídico quando a pessoa, a quem a Art. 153. Nã o se considera coaçã o a
manifestaçã o de vontade se dirige, se oferecer ameaça do exercício normal de um direito, nem o
para executá -la na conformidade da vontade real simples temor reverencial.
do manifestante.
Art. 154. Vicia o negó cio jurídico a coaçã o
Seção II - Do Dolo exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse
ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta
Art. 145. Sã o os negó cios jurídicos
responderá solidariamente com aquele por perdas
anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
e danos.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à
Art. 155. Subsistirá o negó cio jurídico, se a
satisfaçã o das perdas e danos, e é acidental
coaçã o decorrer de terceiro, sem que a parte a que
quando, a seu despeito, o negó cio seria realizado,
aproveite dela tivesse ou devesse ter
embora por outro modo.
conhecimento; mas o autor da coaçã o responderá
Art. 147. Nos negó cios jurídicos bilaterais, por todas as perdas e danos que houver causado
o silêncio intencional de uma das partes a respeito ao coacto.
de fato ou qualidade que a outra parte haja
Seção IV - Do Estado de Perigo
ignorado, constitui omissã o dolosa, provando-se
que sem ela o negó cio nã o se teria celebrado. Art. 156. Configura-se o estado de perigo
quando alguém, premido da necessidade de
Art. 148. Pode também ser anulado o
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave
negó cio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a
quem aproveite dele tivesse ou devesse ter dano conhecido pela outra parte, assume
obrigaçã o excessivamente onerosa.
conhecimento; em caso contrá rio, ainda que
Pará grafo ú nico. Tratando-se de pessoa nã o
subsista o negó cio jurídico, o terceiro responderá
por todas as perdas e danos da parte a quem pertencente à família do declarante, o juiz decidirá
segundo as circunstâ ncias.
ludibriou.
Seção V - Da Lesão
Art. 149. O dolo do representante legal de
uma das partes só obriga o representado a Art. 157. Ocorre a lesã o quando uma
responder civilmente até a importâ ncia do pessoa, sob premente necessidade, ou por
proveito que teve; se, porém, o dolo for do inexperiência, se obriga a prestaçã o
representante convencional, o representado manifestamente desproporcional ao valor da
responderá solidariamente com ele por perdas e prestaçã o oposta.
danos. § 1º Aprecia-se a desproporçã o das prestaçõ es
Art. 150. Se ambas as partes procederem segundo os valores vigentes ao tempo em que foi
com dolo, nenhuma pode alegá -lo para anular o celebrado o negó cio jurídico.
negó cio, ou reclamar indenizaçã o. § 2º Nã o se decretará a anulaçã o do negó cio, se for
oferecido suplemento suficiente, ou se a parte
Seção III - Da Coação favorecida concordar com a reduçã o do proveito.
Seção VI - Da Fraude Contra Credores

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provadas, nã o lhe sendo permitido supri-las, ainda
Art. 158. Os negó cios de transmissã o que a requerimento das partes.
gratuita de bens ou remissã o de dívida, se os
praticar o devedor já insolvente, ou por eles Art. 169. O negó cio jurídico nulo nã o é
reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, suscetível de confirmaçã o, nem convalesce pelo
poderã o ser anulados pelos credores decurso do tempo.
quirografá rios, como lesivos dos seus direitos.
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja Art. 170. Se, porém, o negó cio jurídico
garantia se tornar insuficiente. nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá
§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo este quando o fim a que visavam as partes
daqueles atos podem pleitear a anulaçã o deles. permitir supor que o teriam querido, se
houvessem previsto a nulidade.
Art. 159. Serã o igualmente anuláveis os
contratos onerosos do devedor insolvente, quando Art. 171. Além dos casos expressamente
a insolvência for notó ria, ou houver motivo para declarados na lei, é anulável o negó cio jurídico:
ser conhecida do outro contratante. I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coaçã o,
CAPÍTULO V - Da Invalidade do Negócio estado de perigo, lesã o ou fraude contra credores.
Jurídico
Art. 172. O negó cio anulável pode ser
Art. 166. É nulo o negó cio jurídico quando: confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu Art. 173. O ato de confirmaçã o deve conter
objeto; a substâ ncia do negó cio celebrado e a vontade
III - o motivo determinante, comum a ambas as expressa de mantê-lo.
partes, for ilícito; Art. 174. É escusada a confirmaçã o
IV - nã o revestir a forma prescrita em lei; expressa, quando o negó cio já foi cumprido em
V - for preterida alguma solenidade que a lei parte pelo devedor, ciente do vício que o
considere essencial para a sua validade; inquinava.
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou Art. 175. A confirmaçã o expressa, ou a
proibir-lhe a prá tica, sem cominar sançã o. execuçã o voluntá ria de negó cio anulável, nos
termos dos arts. 172 a 174, importa a extinçã o de
Art. 167. É nulo o negó cio jurídico todas as açõ es, ou exceçõ es, de que contra ele
simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se dispusesse o devedor.
vá lido for na substâ ncia e na forma.
§ 1º Haverá simulaçã o nos negó cios jurídicos Art. 176. Quando a anulabilidade do ato
quando: resultar da falta de autorizaçã o de terceiro, será
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a validado se este a der posteriormente.
pessoas diversas daquelas à s quais realmente se
conferem, ou transmitem; Art. 177. A anulabilidade nã o tem efeito
II - contiverem declaraçã o, confissã o, condiçã o ou antes de julgada por sentença, nem se pronuncia
clá usula nã o verdadeira; de ofício; só os interessados a podem alegar, e
III - os instrumentos particulares forem aproveita exclusivamente aos que a alegarem,
antedatados, ou pó s-datados. salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-
Art. 178. É de quatro anos o prazo de
fé em face dos contraentes do negó cio jurídico
decadência para pleitear-se a anulaçã o do negó cio
simulado.
jurídico, contado:
Art. 168. As nulidades dos artigos I - no caso de coaçã o, do dia em que ela cessar;
antecedentes podem ser alegadas por qualquer II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado
interessado, ou pelo Ministério Pú blico, quando de perigo ou lesã o, do dia em que se realizou o
lhe couber intervir. negó cio jurídico;
Pará grafo ú nico. As nulidades devem ser III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar
pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do a incapacidade.
negó cio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar

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I - os praticados em legítima defesa ou no
Art. 179. Quando a lei dispuser que exercício regular de um direito reconhecido;
determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo II - a deterioraçã o ou destruiçã o da coisa alheia, ou
para pleitear-se a anulaçã o, será este de dois anos, a lesã o a pessoa, a fim de remover perigo
a contar da data da conclusã o do ato. iminente.
Pará grafo ú nico. No caso do inciso II, o ato será
Art. 180. O menor, entre dezesseis e
legítimo somente quando as circunstâ ncias o
dezoito anos, nã o pode, para eximir-se de uma
obrigaçã o, invocar a sua idade se dolosamente a tornarem absolutamente necessá rio, nã o
excedendo os limites do indispensável para a
ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se,
remoçã o do perigo.
no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, TÍTULO IV - Da Prescrição e da


por uma obrigaçã o anulada, pagou a um incapaz,
se nã o provar que reverteu em proveito dele a Decadência
importâ ncia paga.
CAPÍTULO I - Da Prescrição
Art. 182. Anulado o negó cio jurídico,
restituir-se-ã o as partes ao estado em que antes Seção I - Disposições Gerais
dele se achavam, e, nã o sendo possível restituí-las,
serã o indenizadas com o equivalente. Art. 189. Violado o direito, nasce para o
titular a pretensã o, a qual se extingue, pela
Art. 183. A invalidade do instrumento nã o prescriçã o, nos prazos a que aludem os arts. 205 e
induz a do negó cio jurídico sempre que este puder 206.
provar-se por outro meio.
Art. 190. A exceçã o prescreve no mesmo
Art. 184. Respeitada a intençã o das partes, prazo em que a pretensã o.
a invalidade parcial de um negó cio jurídico nã o o
prejudicará na parte vá lida, se esta for separável; a Art. 191. A renú ncia da prescriçã o pode
invalidade da obrigaçã o principal implica a das ser expressa ou tá cita, e só valerá , sendo feita, sem
obrigaçõ es acessó rias, mas a destas nã o induz a da prejuízo de terceiro, depois que a prescriçã o se
obrigaçã o principal. consumar; tá cita é a renú ncia quando se presume
de fatos do interessado, incompatíveis com a
prescriçã o.
TÍTULO II - Dos Atos Jurídicos
Lícitos Art. 192. Os prazos de prescriçã o nã o
podem ser alterados por acordo das partes.

Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que nã o Art. 193. A prescriçã o pode ser alegada em
sejam negó cios jurídicos, aplicam-se, no que qualquer grau de jurisdiçã o, pela parte a quem
couber, as disposiçõ es do Título anterior. aproveita.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as


TÍTULO III - Dos Atos Ilícitos pessoas jurídicas têm açã o contra os seus
assistentes ou representantes legais, que derem
causa à prescriçã o, ou nã o a alegarem
Art. 186. Aquele que, por açã o ou omissã o oportunamente.
voluntá ria, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que Art. 196. A prescriçã o iniciada contra uma
exclusivamente moral, comete ato ilícito. pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

Art. 187. Também comete ato ilícito o Seção II - Das Causas que Impedem ou
titular de um direito que, ao exercê-lo, excede Suspendem a Prescrição
manifestamente os limites impostos pelo seu fim
Art. 197. Nã o corre a prescriçã o:
econô mico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
I - entre os cô njuges, na constâ ncia da sociedade
costumes.
conjugal;
Art. 188. Nã o constituem atos ilícitos: II - entre ascendentes e descendentes, durante o
poder familiar;

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III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores
ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 214. A confissã o é irrevogável, mas
pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de
Art. 198. Também nã o corre a prescriçã o: coaçã o.
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º ;
II - contra os ausentes do País em serviço pú blico Art. 215. A escritura pú blica, lavrada em
da Uniã o, dos Estados ou dos Municípios; notas de tabeliã o, é documento dotado de fé
III - contra os que se acharem servindo nas Forças pú blica, fazendo prova plena.
Armadas, em tempo de guerra. § 1º Salvo quando exigidos por lei outros
requisitos, a escritura pú blica deve conter:
Art. 199. Nã o corre igualmente a I - data e local de sua realizaçã o;
prescriçã o: II - reconhecimento da identidade e capacidade
I - pendendo condiçã o suspensiva; das partes e de quantos hajam comparecido ao
II - nã o estando vencido o prazo; ato, por si, como representantes, intervenientes ou
III - pendendo açã o de evicçã o. testemunhas;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissã o,
Art. 200. Quando a açã o se originar de fato domicílio e residência das partes e demais
que deva ser apurado no juízo criminal, nã o comparecentes, com a indicaçã o, quando
correrá a prescriçã o antes da respectiva sentença necessá rio, do regime de bens do casamento,
definitiva. nome do outro cô njuge e filiaçã o;
IV - manifestaçã o clara da vontade das partes e
Art. 201. Suspensa a prescriçã o em favor
de um dos credores solidá rios, só aproveitam os dos intervenientes;
V - referência ao cumprimento das exigências
outros se a obrigaçã o for indivisível.
legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato;
VI - declaraçã o de ter sido lida na presença das
TÍTULO V - Da Prova partes e demais comparecentes, ou de que todos a
leram;
CAPÍTULO II - Da Decadência VII - assinatura das partes e dos demais
comparecentes, bem como a do tabeliã o ou seu
Seção IV - Dos Prazos da Prescrição substituto legal, encerrando o ato.
§ 2º Se algum comparecente nã o puder ou nã o
Art. 212. Salvo o negó cio a que se impõ e souber escrever, outra pessoa capaz assinará por
forma especial, o fato jurídico pode ser provado ele, a seu rogo.
mediante: § 3º A escritura será redigida na língua nacional.
I - confissã o; § 4º Se qualquer dos comparecentes nã o souber a
II - documento; língua nacional e o tabeliã o nã o entender o idioma
III - testemunha; em que se expressa, deverá comparecer tradutor
IV - presunçã o; pú blico para servir de intérprete, ou, nã o o
V - perícia. havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a
juízo do tabeliã o, tenha idoneidade e
Art. 213. Nã o tem eficá cia a confissã o se
conhecimento bastantes.
provém de quem nã o é capaz de dispor do direito
§ 5º Se algum dos comparecentes nã o for
a que se referem os fatos confessados.
conhecido do tabeliã o, nem puder identificar-se
Pará grafo ú nico. Se feita a confissã o por um
por documento, deverã o participar do ato pelo
representante, somente é eficaz nos limites em
menos duas testemunhas que o conheçam e
que este pode vincular o representado.
atestem sua identidade.

LIVRO I - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


Seção I - Disposições Gerais
TÍTULO VI - Das Várias Espécies Subseção V - Da Venda Sobre Documentos
de Contrato
Art. 653. Opera-se o mandato quando
alguém recebe de outrem poderes para, em seu
CAPÍTULO X - Do Mandato

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nome, praticar atos ou administrar interesses. A a todos os do mandante.
procuraçã o é o instrumento do mandato.
Art. 661. O mandato em termos gerais só
Art. 654. Todas as pessoas capazes sã o confere poderes de administraçã o.
aptas para dar procuraçã o mediante instrumento § 1º Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar
particular, que valerá desde que tenha a assinatura outros quaisquer atos que exorbitem da
do outorgante. administraçã o ordiná ria, depende a procuraçã o de
§ 1º O instrumento particular deve conter a poderes especiais e expressos.
indicaçã o do lugar onde foi passado, a qualificaçã o § 2º O poder de transigir nã o importa o de firmar
do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo compromisso.
da outorga com a designaçã o e a extensã o dos
poderes conferidos. Art. 662. Os atos praticados por quem nã o
§ 2º O terceiro com quem o mandatá rio tratar tenha mandato, ou o tenha sem poderes
poderá exigir que a procuraçã o traga a firma suficientes, sã o ineficazes em relaçã o à quele em
reconhecida. cujo nome foram praticados, salvo se este os
ratificar.
Art. 655. Ainda quando se outorgue Pará grafo ú nico. A ratificaçã o há de ser expressa,
mandato por instrumento pú blico, pode ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data
substabelecer-se mediante instrumento particular. do ato.

Art. 656. O mandato pode ser expresso ou Art. 663. Sempre que o mandatá rio
tá cito, verbal ou escrito. estipular negó cios expressamente em nome do
mandante, será este o ú nico responsável; ficará ,
Art. 657. A outorga do mandato está porém, o mandatá rio pessoalmente obrigado, se
sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser agir no seu pró prio nome, ainda que o negó cio
praticado. Nã o se admite mandato verbal quando seja de conta do mandante.
o ato deva ser celebrado por escrito.
Art. 664. O mandatá rio tem o direito de
Art. 658. O mandato presume-se gratuito reter, do objeto da operaçã o que lhe foi cometida,
quando nã o houver sido estipulada retribuiçã o, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for
exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles devido em conseqü ência do mandato.
que o mandatá rio trata por ofício ou profissã o
lucrativa. Art. 665. O mandatá rio que exceder os
Pará grafo ú nico. Se o mandato for oneroso, caberá poderes do mandato, ou proceder contra eles, será
ao mandatá rio a retribuiçã o prevista em lei ou no considerado mero gestor de negó cios, enquanto o
contrato. Sendo estes omissos, será ela mandante lhe nã o ratificar os atos.
determinada pelos usos do lugar, ou, na falta
destes, por arbitramento. Art. 666. O maior de dezesseis e menor de
dezoito anos nã o emancipado pode ser
Art. 659. A aceitaçã o do mandato pode ser mandatá rio, mas o mandante nã o tem açã o contra
tá cita, e resulta do começo de execuçã o. ele senã o de conformidade com as regras gerais,
aplicáveis à s obrigaçõ es contraídas por menores.
Art. 660. O mandato pode ser especial a
um ou mais negó cios determinadamente, ou geral

LIVRO II - Do Direito de Empresa


desempenho da preposiçã o, sob pena de
responder pessoalmente pelos atos do substituto
TÍTULO IV - Dos Institutos e pelas obrigaçõ es por ele contraídas.
Complementares
Art. 1.170. O preposto, salvo autorizaçã o
expressa, nã o pode negociar por conta pró pria ou
CAPÍTULO III - Dos Prepostos
de terceiro, nem participar, embora indiretamente,
Seção I - Disposições Gerais de operaçã o do mesmo gênero da que lhe foi
cometida, sob pena de responder por perdas e
Art. 1.169. O preposto nã o pode, sem
autorizaçã o escrita, fazer-se substituir no

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danos e de serem retidos pelo preponente os
lucros da operaçã o. Art. 1.172. Considera-se gerente o
preposto permanente no exercício da empresa, na
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.
de papéis, bens ou valores ao preposto,
encarregado pelo preponente, se os recebeu sem Art. 1.173. Quando a lei nã o exigir poderes
protesto, salvo nos casos em que haja prazo para especiais, considera-se o gerente autorizado a
reclamaçã o. praticar todos os atos necessá rios ao exercício dos
poderes que lhe foram outorgados.
Seção II - Do Gerente Pará grafo ú nico. Na falta de estipulaçã o diversa,
consideram-se solidá rios os poderes conferidos a
dois ou mais gerentes.

LIVRO III - Do Direito das Coisas


Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este
TÍTULO I - Da posse cará ter no caso e desde o momento em que as
circunstâ ncias façam presumir que o possuidor
CAPÍTULO I - Da Posse e sua Classificação nã o ignora que possui indevidamente.

Seção III - Do Contabilista e outros Auxiliares Art. 1.203. Salvo prova em contrá rio,
entende-se manter a posse o mesmo cará ter com
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo que foi adquirida.
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou nã o,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.
TÍTULO X - Do Penhor, da
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que Hipoteca e da Anticrese
tem a coisa em seu poder, temporariamente, em
virtude de direito pessoal, ou real, nã o anula a
CAPÍTULO II - Do Penhor
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua posse contra o Seção I - Da Constituição do Penhor
indireto.
Subseção II - Da Administração do Condomínio
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele
que, achando-se em relaçã o de dependência para Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela
com outro, conserva a posse em nome deste e em transferência efetiva da posse que, em garantia do
cumprimento de ordens ou instruçõ es suas. débito ao credor ou a quem o represente, faz o
Pará grafo ú nico. Aquele que começou a devedor, ou alguém por ele, de uma coisa mó vel,
comportar-se do modo como prescreve este suscetível de alienaçã o.
artigo, em relaçã o ao bem e à outra pessoa, Pará grafo ú nico. No penhor rural, industrial,
presume-se detentor, até que prove o contrá rio. mercantil e de veículos, as coisas empenhadas
continuam em poder do devedor, que as deve
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas guardar e conservar.
possuírem coisa indivisa, poderá cada uma
exercer sobre ela atos possessó rios, contanto que Art. 1.432. O instrumento do penhor
nã o excluam os dos outros compossuidores. deverá ser levado a registro, por qualquer dos
contratantes; o do penhor comum será registrado
Art. 1.200. É justa a posse que nã o for no Cartó rio de Títulos e Documentos.
violenta, clandestina ou precá ria.
Seção V - Do Penhor Rural
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o
possuidor ignora o vício, ou o obstá culo que Subseção III - Do Penhor Pecuário
impede a aquisiçã o da coisa.
Pará grafo ú nico. O possuidor com justo título tem Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os
por si a presunçã o de boa-fé, salvo prova em animais que integram a atividade pastoril, agrícola
contrá rio, ou quando a lei expressamente nã o ou de lacticínios.
admite esta presunçã o.

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Art. 1.445. O devedor nã o poderá alienar Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os
os animais empenhados sem prévio veículos empregados em qualquer espécie de
consentimento, por escrito, do credor. transporte ou conduçã o.
Pará grafo ú nico. Quando o devedor pretende
alienar o gado empenhado ou, por negligência, Seção IX - Do Penhor Legal
ameace prejudicar o credor, poderá este requerer
Art. 1.467. Sã o credores pignoratícios,
se depositem os animais sob a guarda de terceiro,
independentemente de convençã o:
ou exigir que se lhe pague a dívida de imediato.
I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou
Art. 1.446. Os animais da mesma espécie, alimento, sobre as bagagens, mó veis, jó ias ou
comprados para substituir os mortos, ficam sub- dinheiro que os seus consumidores ou fregueses
rogados no penhor. tiverem consigo nas respectivas casas ou
Pará grafo ú nico. Presume-se a substituiçã o estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que
prevista neste artigo, mas nã o terá eficá cia contra aí tiverem feito;
terceiros, se nã o constar de mençã o adicional ao II - o dono do prédio rú stico ou urbano, sobre os
respectivo contrato, a qual deverá ser averbada. bens mó veis que o rendeiro ou inquilino tiver
guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou
Seção VI - Do Penhor Industrial e Mercantil rendas.

Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor Art. 1.468. A conta das dívidas
má quinas, aparelhos, materiais, instrumentos, enumeradas no inciso I do artigo antecedente será
instalados e em funcionamento, com os acessó rios extraída conforme a tabela impressa, prévia e
ou sem eles; animais, utilizados na indú stria; sal e ostensivamente exposta na casa, dos preços de
bens destinados à exploraçã o das salinas; hospedagem, da pensã o ou dos gêneros
produtos de suinocultura, animais destinados à fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.
industrializaçã o de carnes e derivados; matérias-
primas e produtos industrializados. Art. 1.469. Em cada um dos casos do art.
Pará grafo ú nico. Regula-se pelas disposiçõ es 1.467, o credor poderá tomar em garantia um ou
relativas aos armazéns gerais o penhor das mais objetos até o valor da dívida.
mercadorias neles depositadas.
Art. 1.470. Os credores, compreendidos no
Seção VII - Do Penhor de Direitos e Títulos de art. 1.467, podem fazer efetivo o penhor, antes de
Crédito recorrerem à autoridade judiciá ria, sempre que
haja perigo na demora, dando aos devedores
Art. 1.451. Podem ser objeto de penhor comprovante dos bens de que se apossarem.
direitos, suscetíveis de cessã o, sobre coisas
mó veis. Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o
credor, ato contínuo, a sua homologaçã o judicial.
Seção VIII - Do Penhor de Veículos
Art. 1.472. Pode o locatá rio impedir a
constituiçã o do penhor mediante cauçã o idô nea.

LIVRO IV - Do Direito de Família


I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes
julgados ausentes;
TÍTULO IV - Da Tutela, da II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
Curatela e da Tomada de Decisão
CAPÍTULO II - Da Curatela
Apoiada
Seção I - Dos Interditos
CAPÍTULO I - Da Tutela
Art. 1.775. O cô njuge ou companheiro, nã o
Seção I - Dos Tutores separado judicialmente ou de fato, é, de direito,
curador do outro, quando interdito.
Art. 1.728. Os filhos menores sã o postos §1º Na falta do cô njuge ou companheiro, é curador
em tutela: legítimo o pai ou a mã e; na falta destes, o

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descendente que se demonstrar mais apto.
§ 2º Entre os descendentes, os mais pró ximos Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso
precedem aos mais remotos. I do art. 1.767 receberã o todo o apoio necessá rio
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas neste para ter preservado o direito à convivência
artigo, compete ao juiz a escolha do curador. familiar e comunitá ria, sendo evitado o seu
recolhimento em estabelecimento que os afaste
Art. 1.775-A. Na nomeaçã o de curador desse convívio.
para a pessoa com deficiência, o juiz poderá
estabelecer curatela compartilhada a mais de uma Art. 1.778. A autoridade do curador
pessoa. estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do
curatelado, observado o art. 5º .

LIVRO V - Do Direito das Sucessões


§ 1º Quando, antes da partilha, for requerido no
inventá rio o pagamento de dívidas constantes de
TÍTULO IV - Do Inventário e da documentos, revestidos de formalidades legais,
Partilha constituindo prova bastante da obrigaçã o, e
houver impugnaçã o, que nã o se funde na alegaçã o
CAPÍTULO III - Do Pagamento das Dívidas de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o
juiz mandará reservar, em poder do inventariante,
Seção II - Da Substituição Fideicomissária bens suficientes para soluçã o do débito, sobre os
quais venha a recair oportunamente a execuçã o.
Art. 1.997. A herança responde pelo § 2º No caso previsto no pará grafo antecedente, o
pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a credor será obrigado a iniciar a açã o de cobrança
partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em no prazo de trinta dias, sob pena de se tornar de
proporçã o da parte que na herança lhe coube. nenhum efeito a providência indicada.

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DIREITO CIVIL

DECRETO-LEI 4.657/1942
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 26 27 28 29 30

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Art. 1º Salvo disposiçã o contrá ria, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses
depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 4.966, de 1966) (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967) (Vide
Lei nº 2.807, de 1956) (Vide Lei nº 4.820, de 1965)
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicaçã o de seu texto, destinada a correçã o, o
prazo deste artigo e dos pará grafos anteriores começará a correr da nova publicaçã o.
§ 4º As correçõ es a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Art. 2º Nã o se destinando à vigência temporá ria, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposiçõ es gerais ou especiais a par das já existentes, nã o revoga nem
modifica a lei anterior.
§ 3º Salvo disposiçã o em contrá rio, a lei revogada nã o se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência.

Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que nã o a conhece.


Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.

Art. 5º Na aplicaçã o da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e à s exigências do
bem comum.

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer,
como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condiçã o pré-estabelecida inalterável,
a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisã o judicial de que já nã o caiba recurso.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos
dirimentes e à s formalidades da celebraçã o.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomá ticas ou consulares
do país de ambos os nubentes.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimô nio a lei do
primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§ 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu
cô njuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalizaçã o, se apostile ao mesmo a adoçã o
do regime de comunhã o parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoçã o ao
competente registro.
§ 6º O divó rcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cô njuges forem brasileiros, só será
reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de
separaçã o judicial por igual prazo, caso em que a homologaçã o produzirá efeito imediato, obedecidas as
condiçõ es estabelecidas para a eficá cia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de
Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisõ es
já proferidas em pedidos de homologaçã o de sentenças estrangeiras de divó rcio de brasileiros, a fim de
que passem a produzir todos os efeitos legais.

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§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cô njuge e aos filhos
nã o emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§ 8º Quando a pessoa nã o tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou
naquele em que se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relaçõ es a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do
país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietá rio, quanto aos bens moveis que ele
trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa
apenhada.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigaçõ es, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
§ 1º Destinando-se a obrigaçã o a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta
observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º A obrigaçã o resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente.

Art. 10. A sucessã o por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situaçã o dos bens.
§ 1º A sucessã o de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício
do cô njuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que nã o lhes seja mais favorável
a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatá rio regula a capacidade para suceder.

Art. 11. As organizaçõ es destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as


fundaçõ es, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.
§ 1º Nã o poderã o, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos
constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizaçõ es de qualquer natureza, que eles tenham
constituido, dirijam ou hajam investido de funçõ es pú blicas, nã o poderã o adquirir no Brasil bens
imó veis ou susceptiveis de desapropriaçã o.
§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessá rios à sede dos
representantes diplomá ticos ou dos agentes consulares.

Art. 12. É competente a autoridade judiciá ria brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigaçã o.
§ 1º Só à autoridade judiciá ria brasileira compete conhecer das açõ es relativas a imó veis situados no
Brasil.
§ 2º A autoridade judiciá ria brasileira cumprirá , concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida
pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei
desta, quanto ao objeto das diligências.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
quanto ao ô nus e aos meios de produzir-se, nã o admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei
brasileira desconheça.
Art. 14. Nã o conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto
e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes
requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessá rias para a execuçã o no lugar em
que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-
se-á em vista a disposiçã o desta, sem considerar-se qualquer remissã o por ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declaraçõ es de vontade,
nã o terã o eficá cia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pú blica e os bons
costumes.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, sã o competentes as autoridades consulares brasileiras para
lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de
nascimento e de ó bito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderã o celebrar a separaçã o consensual e o
divó rcio consensual de brasileiros, nã o havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os
requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pú blica as disposiçõ es
relativas à descriçã o e à partilha dos bens comuns e à pensã o alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à
retomada pelo cô njuge de seu nome de solteiro ou à manutençã o do nome adotado quando se deu o
casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a
subscriçã o de petiçã o, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra
constitua advogado pró prio, nã o se fazendo necessá rio que a assinatura do advogado conste da
escritura pú blica.

Art. 19. Reputam-se vá lidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos
cô nsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que
satisfaçam todos os requisitos legais.
Pará grafo ú nico. No caso em que a celebraçã o dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades
consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o
pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicaçã o desta lei.

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, nã o se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências prá ticas da decisã o.
Pará grafo ú nico. A motivaçã o demonstrará a necessidade e a adequaçã o da medida imposta ou da
invalidaçã o de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis
alternativas.

Art. 21. A decisã o que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidaçã o de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas e administrativas.
Pará grafo ú nico. A decisã o a que se refere o caput deste artigo deverá , quando for o caso, indicar as
condiçõ es para que a regularizaçã o ocorra de modo proporcional e equâ nime e sem prejuízo aos
interesses gerais, nã o se podendo impor aos sujeitos atingidos ô nus ou perdas que, em funçã o das
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.
Art. 22. Na interpretaçã o de normas sobre gestã o pú blica, serã o considerados os obstá culos e
as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas pú blicas a seu cargo, sem prejuízo dos
direitos dos administrados. (Regulamento)
§ 1º Em decisã o sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, serã o consideradas as circunstâ ncias prá ticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a açã o do agente.
§ 2º Na aplicaçã o de sançõ es, serã o consideradas a natureza e a gravidade da infraçã o cometida, os
danos que dela provierem para a administraçã o pú blica, as circunstâ ncias agravantes ou atenuantes e
os antecedentes do agente.
§ 3º As sançõ es aplicadas ao agente serã o levadas em conta na dosimetria das demais sançõ es de
mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

Art. 23. A decisã o administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretaçã o ou


orientaçã o nova sobre norma de conteú do indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transiçã o quando indispensável para que o novo

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dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equâ nime e eficiente e sem
prejuízo aos interesses gerais. (Regulamento)

Art. 24. A revisã o, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produçã o já se houver completado levará em
conta as orientaçõ es gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientaçã o
geral, se declarem invá lidas situaçõ es plenamente constituídas.
Pará grafo ú nico. Consideram-se orientaçõ es gerais as interpretaçõ es e especificaçõ es contidas em atos
pú blicos de cará ter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritá ria, e ainda as
adotadas por prá tica administrativa reiterada e de amplo conhecimento pú blico.
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situaçã o contenciosa na aplicaçã o do
direito pú blico, inclusive no caso de expediçã o de licença, a autoridade administrativa poderá , apó s
oitiva do ó rgã o jurídico e, quando for o caso, apó s realizaçã o de consulta pú blica, e presentes razõ es de
relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislaçã o aplicável,
o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicaçã o oficial.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I - buscará soluçã o jurídica proporcional, equâ nime, eficiente e compatível com os interesses gerais;
III - nã o poderá conferir desoneraçã o permanente de dever ou condicionamento de direito
reconhecidos por orientaçã o geral;
IV - deverá prever com clareza as obrigaçõ es das partes, o prazo para seu cumprimento e as sançõ es
aplicáveis em caso de descumprimento.
Art. 27. A decisã o do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá
impor compensaçã o por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do
processo ou da conduta dos envolvidos.
§ 1º A decisã o sobre a compensaçã o será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu
cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.
§ 2º Para prevenir ou regular a compensaçã o, poderá ser celebrado compromisso processual entre os
envolvidos.
Art. 28. O agente pú blico responderá pessoalmente por suas decisõ es ou opiniõ es técnicas em
caso de dolo ou erro grosseiro.
Art. 29. Em qualquer ó rgã o ou Poder, a ediçã o de atos normativos por autoridade
administrativa, salvo os de mera organizaçã o interna, poderá ser precedida de consulta pú blica para
manifestaçã o de interessados, preferencialmente por meio eletrô nico, a qual será considerada na
decisã o.
§ 1º A convocaçã o conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condiçõ es da consulta
pú blica, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver.
Art. 30. As autoridades pú blicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicaçã o
das normas, inclusive por meio de regulamentos, sú mulas administrativas e respostas a consultas.
Pará grafo ú nico. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terã o cará ter vinculante em relaçã o ao
ó rgã o ou entidade a que se destinam, até ulterior revisã o.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei 6.830/1980
1º 2º 7º 8º 11 37

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processo manual, mecâ nico ou eletrô nico.
Art. 1º A execuçã o judicial para cobrança § 8º Até a decisã o de primeira instâ ncia, a
da Dívida Ativa da Uniã o, dos Estados, do Distrito Certidã o de Dívida Ativa poderá ser emendada ou
Federal, dos Municípios e respectivas autarquias substituída, assegurada ao executado a devoluçã o
será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo do prazo para embargos.
Có digo de Processo Civil. § 9º O prazo para a cobrança das contribuiçõ es
previdenciá rias continua a ser o estabelecido no
Art. 2º Constitui Dívida Ativa da Fazenda
Pú blica aquela definida como tributá ria ou nã o artigo 144 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de
1960.
tributá ria na Lei nº 4.320, de 17 de março de
1964, com as alteraçõ es posteriores, que estatui Art. 7º O despacho do Juiz que deferir a
normas gerais de direito financeiro para inicial importa em ordem para:
elaboraçã o e controle dos orçamentos e balanços I - citaçã o, pelas sucessivas modalidades previstas
da Uniã o, dos Estados, dos Municípios e do no artigo 8º;
Distrito Federal. II - penhora, se nã o for paga a dívida, nem
§ 1º Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída garantida a execuçã o, por meio de depó sito ou
por lei à s entidades de que trata o artigo 1º, será fiança;
considerado Dívida Ativa da Fazenda Pú blica. II - penhora, se nã o for paga a dívida, nem
§ 2º A Dívida Ativa da Fazenda Pú blica, garantida a execuçã o, por meio de depó sito, fiança
compreendendo a tributá ria e a nã o tributá ria, ou seguro garantia;
abrange atualizaçã o monetá ria, juros e multa de III - arresto, se o executado nã o tiver domicílio ou
mora e demais encargos previstos em lei ou dele se ocultar;
contrato. IV - registro da penhora ou do arresto,
§ 3º A inscriçã o, que se constitui no ato de independentemente do pagamento de custas ou
controle administrativo da legalidade, será feita outras despesas, observado o disposto no artigo
pelo ó rgã o competente para apurar a liquidez e 14; e
certeza do crédito e suspenderá a prescriçã o, para V - avaliaçã o dos bens penhorados ou arrestados.
todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a
distribuiçã o da execuçã o fiscal, se esta ocorrer Art. 8º O executado será citado para, no
antes de findo aquele prazo. prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os
§ 4º A Dívida Ativa da Uniã o será apurada e juros e multa de mora e encargos indicados na
inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. Certidã o de Dívida Ativa, ou garantir a execuçã o,
§ 5º O Termo de Inscriçã o de Dívida Ativa deverá observadas as seguintes normas:
conter: I - a citaçã o será feita pelo correio, com aviso de
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, recepçã o, se a Fazenda Pú blica nã o a requerer por
sempre que conhecido, o domicílio ou residência outra forma;
de um e de outros; II - a citaçã o pelo correio considera-se feita na
II - o valor originá rio da dívida, bem como o termo data da entrega da carta no endereço do
inicial e a forma de calcular os juros de mora e executado, ou, se a data for omitida, no aviso de
demais encargos previstos em lei ou contrato; recepçã o, 10 (dez) dias apó s a entrega da carta à
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou agência postal;
contratual da dívida; III - se o aviso de recepçã o nã o retornar no prazo
IV - a indicaçã o, se for o caso, de estar a dívida de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência
sujeita à atualizaçã o monetá ria, bem como o postal, a citaçã o será feita por Oficial de Justiça ou
respectivo fundamento legal e o termo inicial para por edital;
o cá lculo; IV - o edital de citaçã o será afixado na sede do
V - a data e o nú mero da inscriçã o, no Registro de Juízo, publicado uma só vez no ó rgã o oficial,
Dívida Ativa; e gratuitamente, como expediente judiciá rio, com o
VI - o nú mero do processo administrativo ou do prazo de 30 (trinta) dias, e conterá , apenas, a
auto de infraçã o, se neles estiver apurado o valor indicaçã o da exeqü ente, o nome do devedor e dos
da dívida. co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da
§ 6º A Certidã o de Dívida Ativa conterá os mesmos dívida, a data e o nú mero da inscriçã o no Registro
elementos do Termo de Inscriçã o e será da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do
autenticada pela autoridade competente. Juízo.
§ 7º O Termo de Inscriçã o e a Certidã o de Dívida § 1º O executado ausente do País será citado por
Ativa poderã o ser preparados e numerados por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias.

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§ 2º O despacho do Juiz, que ordenar a citaçã o, § 2º A penhora efetuada em dinheiro será
interrompe a prescriçã o. convertida no depó sito de que trata o inciso I do
artigo 9º.
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens § 3º O Juiz ordenará a remoçã o do bem penhorado
obedecerá à seguinte ordem: para depó sito judicial, particular ou da Fazenda
I - dinheiro; Pú blica exeqü ente, sempre que esta o requerer, em
II - título da dívida pú blica, bem como título de qualquer fase do processo.
crédito, que tenham cotaçã o em bolsa;
III - pedras e metais preciosos; Art. 37 - O Auxiliar de Justiça que, por açã o
IV - imó veis; ou omissã o, culposa ou dolosa, prejudicar a
V - navios e aeronaves; execuçã o, será responsabilizado, civil, penal e
VI - veículos; administrativamente.
VII - mó veis ou semoventes; e Pará grafo Ú nico - O Oficial de Justiça deverá
VIII - direitos e açõ es. efetuar, em 10 (dez) dias, as diligências que lhe
§ 1º Excepcionalmente, a penhora poderá recair forem ordenadas, salvo motivo de força maior
sobre estabelecimento comercial, industrial ou devidamente justificado perante o Juízo.
agrícola, bem como em plantaçõ es ou edifícios em
construçã o.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Resolução nº 354/202 CNJ
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10 11 12 13

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testemunha e o perito residentes fora da sede do
Art. 1º Esta Resoluçã o regulamenta a juízo serã o inquiridos e prestarã o esclarecimentos
realizaçã o de audiências e sessõ es por por videoconferência, na sede do foro de seu
videoconferência e telepresenciais e a domicílio ou no estabelecimento prisional ao qual
comunicaçã o de atos processuais por meio estiverem recolhidos.
eletrô nico nas unidades jurisdicionais de primeira § 1º No interesse da parte que residir distante da
e segunda instâ ncias da Justiça dos Estados, sede do juízo, o depoimento pessoal ou
Federal, Trabalhista, Militar e Eleitoral, bem como interrogató rio será realizado por
nos Tribunais Superiores, à exceçã o do Supremo videoconferência, na sede do foro de seu
Tribunal Federal. domicílio.
§ 2º Salvo impossibilidade técnica ou dificuldade
Art. 2º Para fins desta Resoluçã o, entende-
de comunicaçã o, devese evitar a expediçã o de
se por:
carta precató ria inquiritó ria.
I - videoconferência: comunicaçã o a distâ ncia
realizada em ambientes de unidades judiciá rias; e Art. 5º Os advogados, pú blicos e privados,
II - telepresenciais: as audiências e sessõ es e os membros do Ministério Pú blico poderã o
realizadas a partir de ambiente físico externo à s requerer a participaçã o pró pria ou de seus
unidades judiciá rias. representados por videoconferência.
Pará grafo ú nico. A participaçã o por § 1º No interesse de partes, advogados, pú blicos
videoconferência, via rede mundial de ou privados, ou membros do Ministério Pú blico,
computadores, ocorrerá : que nã o atuarem frequentemente perante o juízo,
I - em unidade judiciá ria diversa da sede do juízo o requerimento será instruído por có pia do
que preside a audiência ou sessã o, na forma da documento de identidade.
Resoluçã o CNJ no 341/2020; § 2º O deferimento da participaçã o por
II - em estabelecimento prisional. videoconferência depende de viabilidade técnica e
de juízo de conveniência pelo magistrado.
Art. 3º As audiências só poderã o ser
§ 3º É ô nus do requerente comparecer na sede do
realizadas na forma telepresencial a pedido da
juízo, em caso de indeferimento ou de falta de
parte, ressalvado o disposto no § 1º, bem como
aná lise do requerimento de participaçã o por
nos incisos I a IV do § 2º do art. 185 do CPP,
videoconferência.
cabendo ao juiz decidir pela conveniência de sua
realizaçã o no modo presencial. Em qualquer das Art. 6º O réu preso fora da sede da
hipó teses, o juiz deve estar presente na unidade Comarca ou em local distante da Subseçã o
judiciá ria. Judiciá ria participará da audiência por
§1º O juiz poderá determinar excepcionalmente, videoconferência, a partir do estabelecimento
de ofício, a realizaçã o de audiências prisional ao qual estiver recolhido.
telepresenciais, nas seguintes hipó teses: Pará grafo ú nico. A pedido da defesa, a
I - urgência; participaçã o de réu preso na sede da Comarca ou
II - substituiçã o ou designaçã o de magistrado com do réu solto poderá ocorrer por videoconferência.
sede funcional diversa;
III - mutirã o ou projeto específico; Art. 7º A audiência telepresencial e a
IV - conciliaçã o ou mediaçã o no â mbito dos participaçã o por videoconferência em audiência
Centros Judiciá rios de Soluçã o de Conflito e ou sessã o observará as seguintes regras:
Cidadania (Cejusc); I - as oitivas telepresenciais ou por
V - indisponibilidade temporá ria do foro, videoconferência serã o equiparadas à s presenciais
calamidade pú blica ou força maior. para todos os fins legais, asseguradas a
VI - atos processuais praticados em Pontos de publicidade dos atos praticados e as prerrogativas
Inclusã o Digital, na forma da Resoluçã o CNJ processuais de advogados, membros do Ministério
508/2023. Pú blico, defensores pú blicos, partes e
§2º A oposiçã o à realizaçã o de audiência testemunhas;
telepresencial deve ser fundamentada, II - as testemunhas serã o inquiridas cada uma de
submetendo-se ao controle judicial. de per si, de modo que umas nã o saibam nem ouçam
22.11.2022) os depoimentos umas das outras;
III - quando o ofendido ou testemunha manifestar
Art. 4º Salvo requerimento de desejo de depor sem a presença de uma das partes
apresentaçã o espontâ nea, o ofendido, a do processo, na forma da legislaçã o pertinente, a

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imagem poderá ser desfocada, desviada ou ser cumprido por meio eletrô nico que assegure
inabilitada, sem prejuízo da possibilidade de ter o destinatá rio do ato tomado conhecimento do
transferência para lobby ou ambiente virtual seu conteú do.
similar; Pará grafo ú nico. As citaçõ es e intimaçõ es por meio
IV - as oitivas telepresenciais ou por eletrô nico serã o realizadas na forma da lei (art.
videoconferência serã o gravadas, devendo o 246, V, do CPC, combinado com art. 6º e 9º da Lei
arquivo audiovisual ser juntado aos autos ou nº 11.419/2006), nã o se lhes aplicando o disposto
disponibilizado em repositó rio oficial de mídias nesta Resoluçã o.
indicado pelo CNJ (PJe Mídia) ou pelo tribunal;
V- a publicidade será assegurada, ressalvados os Art. 9º As partes e os terceiros
casos de segredo de justiça, por transmissã o em interessados informarã o, por ocasiã o da primeira
tempo real ou por meio há bil que possibilite o intervençã o nos autos, endereços eletrô nicos para
acompanhamento por terceiros estranhos ao feito, receber notificaçõ es e intimaçõ es, mantendo-os
ainda que mediante a exigência de prévio atualizados durante todo o processo.
cadastro; Pará grafo ú nico. Aquele que requerer a citaçã o ou
VI - a participaçã o em audiência telepresencial ou intimaçã o deverá fornecer, além dos dados de
por videoconferência exige que as partes e demais qualificaçã o, os dados necessá rios para
participantes sigam a mesma liturgia dos atos comunicaçã o eletrô nica por aplicativos de
processuais presenciais, inclusive quanto à s mensagens, redes sociais e correspondência
vestimentas; eletrô nica (email), salvo impossibilidade de fazê-
VII - a critério do juiz e em decisã o fundamentada, lo.
poderã o ser repetidos os atos processuais dos
Art. 10. O cumprimento da citaçã o e da
quais as partes, as testemunhas ou os advogados
intimaçã o por meio eletrô nico será documentado
nã o tenham conseguido participar em virtude de
por:
obstá culos de natureza técnica, desde que
I - comprovante do envio e do recebimento da
devidamente justificados.
comunicaçã o processual, com os respectivos dia e
Pará grafo ú nico. A participaçã o por
hora de ocorrência; ou
videoconferência a partir de estabelecimento
II - certidã o detalhada de como o destinatá rio foi
prisional observará também as seguintes regras:
identificado e tomou conhecimento do teor da
I - os estabelecimentos prisionais manterã o sala
comunicaçã o.
pró pria para a realizaçã o de videoconferência,
§ 1º O cumprimento das citaçõ es e das intimaçõ es
com estrutura material, física e tecnoló gica
por meio eletrô nico poderá ser realizado pela
indispensável à prá tica do ato, e disponibilizarã o
secretaria do juízo ou pelos oficiais de justiça.
pessoal habilitado à operaçã o dos equipamentos e
§ 2º Salvo ocultaçã o, é vedado o cumprimento
à segurança da audiência;
eletrô nico de atos processuais por meio de
II - magistrado, advogados, defensores pú blicos e
mensagens pú blicas.
membros do Ministério Pú blico poderã o
participar na sala do estabelecimento prisional em Art. 11. A intimaçã o e a requisiçã o de
que a pessoa privada da liberdade estiver, na sede servidor pú blico, bem como a cientificaçã o do
do foro ou em ambos; chefe da repartiçã o, serã o realizadas
III - o Juiz tomará as cautelas necessá rias para preferencialmente por meio eletrô nico.
assegurar a inexistência de circunstâ ncias ou
defeitos que impeçam a manifestaçã o livre; Art. 12. O CNJ disponibilizará sistema para
IV - o Juiz garantirá ao réu o direito de entrevista agendamento de participaçã o por
prévia e reservada com seu defensor, presencial videoconferência em unidade judiciá ria diversa da
ou telepresencialmente; sede do juízo que preside a audiência ou sessã o,
V - ao réu deverá ser disponibilizada linha de na forma da Resoluçã o CNJ no 341/2020, e em
comunicaçã o direta e reservada para contato com estabelecimento prisional.
seu defensor durante o ato, caso nã o estejam no
mesmo ambiente. Art. 13. Caberá aos tribunais regulamentar
a aplicaçã o desta Resoluçã o no â mbito de sua
Art. 8º Nos casos em que cabível a citaçã o competência e dos juízos de primeiro grau que lhe
e a intimaçã o pelo correio, por oficial de justiça ou sã o vinculados, à exceçã o da Justiça do Trabalho,
pelo escrivã o ou chefe de secretaria, o ato poderá cuja regulamentaçã o competirá ao Conselho
Superior da Justiça do Trabalho.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei 11.608 de 29/12/2003
CAPÍTULO I - Da Taxa Judiciária
Artigo Artigo Artigo
CAPÍTULO II - Da Forma de Cálculo e do Momento do Recolhimento da Taxa
Artigo
CAPÍTULO III - Do Diferimento e das Isenções
Artigo Artigo
CAPÍTULO IV - Da Não Incidência
Artigo
CAPÍTULO V - Das Disposições Finais
Artigo Artigo Artigo Artigo Artigo

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BacenJud e Renajud, ou aná logas, cujos custos
CAPÍTULO I - Da Taxa Judiciária serã o fixados periodicamente pelo Conselho
Superior da Magistratura;
Artigo 1º A taxa judiciá ria, que tem por
XII - a obtençã o das informaçõ es cadastrais do
fato gerador a prestaçã o de serviços pú blicos de
sistema SERASAJUD, cujos custos serã o fixados
natureza forense, devida pelas partes ao Estado,
periodicamente pelo Conselho Superior da
nas açõ es de conhecimento, na execuçã o, nas
Magistratura;
açõ es cautelares, nos procedimentos de jurisdiçã o
XIII - todas as demais despesas que nã o
voluntá ria e nos recursos, passa a ser regida por
correspondam aos serviços relacionados no
esta lei.
“caput” deste artigo.
Artigo 2º A taxa judiciá ria abrange todos
Artigo 3º O valor e a forma de
os atos processuais, inclusive os relativos aos
ressarcimento das despesas de conduçã o dos
serviços de distribuidor, contador, partidor, de
Oficiais de Justiça, nã o incluídos na taxa judiciá ria,
hastas pú blicas, da Secretaria dos Tribunais, bem
serã o estabelecidos pelo Corregedor Geral da
como as despesas com registros, intimaçõ es e
Justiça, nos termos dos pará grafos 1° e 2° do
publicaçõ es na Imprensa Oficial.
Artigo 19 do Có digo de Processo Civil,
Pará grafo ú nico - Na taxa judiciá ria nã o se
respectivamente.
incluem:
I - as publicaçõ es de editais; CAPÍTULO II - Da Forma de Cálculo e do
II - as despesas com o porte de remessa e de Momento do Recolhimento da Taxa
retorno dos autos, no caso de recurso, cujo valor
será estabelecido por ato do Conselho Superior da Artigo 4º O recolhimento da taxa judiciá ria
Magistratura; será feito da seguinte forma:
III - as despesas postais com citaçõ es e I - 1% (um por cento) sobre o valor da causa no
intimaçõ es; momento da distribuiçã o ou, na falta desta, antes
IV - a comissã o dos leiloeiros e assemelhados; do despacho inicial; essa mesma regra se aplica à s
V - a expediçã o de certidã o, cartas de sentença, de hipó teses de reconvençã o e de oposiçã o;
arremataçã o, de adjudicaçã o ou de remiçã o, e a I II - 4% (quatro por cento) sobre o valor da causa,
reproduçã o de peças do processo, cujos custos nos termos do artigo 511 do Có digo de Processo
serã o fixados periodicamente pelo Conselho Civil, como preparo da apelaçã o e do recurso
Superior da Magistratura; adesivo, ou, nos processos de competência
VI - a remuneraçã o do perito, assistente técnico, originá ria do Tribunal, como preparo dos
avaliador, depositá rio, tradutor, intérprete e embargos infringentes;
administrador; III - 1% (um por cento) ao ser satisfeita a
VII - a indenizaçã o de viagem e diá ria de execuçã o.
testemunha; § 1º Os valores mínimo e má ximo a recolher-se,
VIII - as consultas de andamento dos processos em cada uma das hipó teses previstas nos incisos
por via eletrô nica, ou da informá tica; anteriores, equivalerã o a 5 (cinco) e a 3.000 (três
IX - as despesas de diligências dos Oficiais de mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de Sã o
Justiça, salvo em relaçã o aos mandados: Paulo, respectivamente, segundo o valor de cada
a) expedidos de ofício; UFESP vigente no primeiro dia do mês em que
b) requeridos pelo Ministério Pú blico; deva ser feito o recolhimento.
c) do interesse de beneficiá rio de assistência § 2º Nas hipó teses de pedido condenató rio, o
judiciá ria; valor do preparo a que se refere o inciso II, será
d) expedidos nos processos referidos no Artigo 5°, calculado sobre o valor fixado na sentença, se for
incisos I a IV; líquido, ou, se ilíquido, sobre o valor fixado
X - a despesa com o desarquivamento de processo eqü itativamente para esse fim, pelo MM. Juiz de
físico ou digital no Arquivo Geral do Tribunal ou Direito, de modo a viabilizar o acesso à Justiça,
em empresa terceirizada é fixada em 1,212 observado o disposto no § 1°.
Unidade Fiscal do Estado de Sã o Paulo (UFESP) e § 3º Nas cartas de ordem e nas cartas precató rias,
para processo arquivado nas Unidades Judiciais é além de outras despesas ressalvadas no pará grafo
fixada em 0,661 UFESP. ú nico do Artigo 2°, o valor da taxa judiciá ria será
XI - a obtençã o de informaçõ es da Secretaria da de 10 (dez) UFESPs.
Receita Federal, das instituiçõ es bancá rias e do § 4º O Conselho Superior da Magistratura baixará
cadastro de registro de veículos, via Infojud, Provimento fixando os valores a serem recolhidos

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para cobrir as despesas postais, para fins de interposiçã o do recurso cabível, nos termos do
citaçã o e intimaçã o, bem como com o porte de disposto no § 2° do Artigo 806 do Có digo de
remessa e de retorno dos autos, no caso de Processo Penal.
interposiçã o de recurso, como previsto no Artigo § 10 - Na hipó tese de litisconsó rcio ativo
511 do Có digo de Processo Civil. voluntá rio, além dos valores previstos nos incisos
§ 5º A petiçã o do agravo de instrumento deverá I e II, será cobrada a parcela equivalente a 10 (dez)
ser instruída com o comprovante do pagamento Unidades Fiscais do Estado de Sã o Paulo - UFESPs,
da taxa judiciá ria correspondente a 10 (dez) para cada grupo de dez autores, ou fraçã o, que
UFESPs e do porte de retorno, fixado na forma do exceder a primeira dezena.
pará grafo anterior, nos termos do § 1° do Artigo § 11 - Nos casos de admissã o de litisconsorte ativo
525 do Có digo de Processo Civil. voluntá rio ulterior e de assistente, cada qual
§ 6º Na açã o popular, a taxa será paga a final deverá recolher o mesmo valor pago, até aquele
(Artigo 10 da Lei Federal nº 4.717, de 29 de junho momento, pelo autor da açã o.
de 1965) e, na açã o civil pú blica, na forma prevista
no Artigo 18 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de CAPÍTULO III - Do Diferimento e das Isenções
1985.
Artigo 5º O recolhimento da taxa judiciá ria
§ 7º Nos inventá rios, arrolamentos e nas causas de
será diferido para depois da satisfaçã o da
separaçã o judicial e de divó rcio, e outras, em que
execuçã o quando comprovada, por meio idô neo, a
haja partilha de bens ou direitos, a taxa judiciá ria
momentâ nea impossibilidade financeira do seu
será recolhida antes da adjudicaçã o ou da
recolhimento, ainda que parcial:
homologaçã o da partilha, observado o disposto no
I - nas açõ es de alimentos e nas revisionais de
§ 2° do Artigo 1.031, do Có digo de Processo Civil,
alimentos;
de acordo com a seguinte tabela, considerado o
II - nas açõ es de reparaçã o de dano por ato ilícito
valor total dos bens que integram o monte mor,
extracontratual, quando promovidas pela pró pria
inclusive a meaçã o do cô njuge supérstite, nos
vítima ou seus herdeiros;
inventá rios e arrolamentos:
III - na declarató ria incidental;
1 - até R$ 50.000,00...................................................10
IV - nos embargos à execuçã o.
UFESPs
Pará grafo ú nico - O disposto no “caput” deste
2 - de R$ 50.001,00 até R$ 500.000,00................100
artigo aplica-se a pessoas físicas e a pessoas
UFESPs
jurídicas.
3 - de R$ 500.001,00 até R$ 2.000.000,00...........300
UFESPs Artigo 6º A Uniã o, o Estado, o Município e
4 - de R$ 2.000.001,00 até R$ respectivas autarquias e fundaçõ es, assim como o
5.000.000,00.....1.000 UFESPs Ministério Pú blico estã o isentos da taxa judiciá ria.
5 - acima de R$ 5.000.000,00..............................3.000
UFESPs CAPÍTULO IV - Da Não Incidência
§ 8º No caso de habilitaçã o retardatá ria de crédito
em processo de recuperaçã o judicial e de falência, Artigo 7º Nã o incidirá a taxa judiciá ria nas
o credor recolherá a taxa judiciá ria na forma seguintes causas:
prevista nos incisos I e II do artigo 4º, calculada I - as da jurisdiçã o de menores;
sobre o valor atualizado do crédito, observados os II - as de acidentes do trabalho;
limites estabelecidos no § 1º. III - as açõ es de alimentos em que o valor da
§ 9º Nas açõ es penais, salvo aquelas de prestaçã o mensal nã o seja superior a 2 (dois)
competência do Juizado Especial Criminal - salá rios-mínimos.
JECRIM, em primeiro grau de jurisdiçã o, o CAPÍTULO V - Das Disposições Finais
recolhimento da taxa judiciá ria será feito da
seguinte forma: Artigo 8º Alterado para mais o valor da
a) nas açõ es penais, em geral, o valor equivalente a causa, a diferença da taxa será recolhida em até 30
100 (cem) UFESPs, será pago, a final, pelo réu, se (trinta) dias.
condenado; Pará grafo ú nico - O recolhimento da diferença da
b) nas açõ es penais privadas, será recolhido o taxa será diferido para final quando comprovada,
valor equivalente a 50 (cinqü enta) UFESPs no por meio idô neo, a impossibilidade financeira de
momento da distribuiçã o, ou, na falta desta, antes seu recolhimento, ainda que parcial, no prazo
do despacho inicial, bem como o valor equivalente referido no “caput” deste artigo.
a 50 (cinqü enta) UFESPs no momento da

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III - 60% (sessenta por cento) ao Fundo Especial
Artigo 9º O montante da taxa judiciá ria de Despesa do Tribunal de Justiça, instituído pela
arrecadada terá a seguinte destinaçã o: Lei nº 8.876, de 2 de setembro de 1994.
I - 10% (dez por cento) para custeio das
diligências dos Oficiais de Justiça, indicadas no Artigo 12 - Esta lei entra em vigor na data
inciso IX do pará grafo ú nico do artigo 2° desta lei; de sua publicaçã o e produzirá efeitos a partir de
II - 30% (trinta por cento) para custeio das 1° de janeiro de 2004, revogadas as disposiçõ es
despesas com pessoal no â mbito do Tribunal de em contrá rio, em especial as contidas nas Leis n°s.
Justiça; 4.476, de 20 de dezembro de 1984, e 4.952, de 27
de dezembro de 1985.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL
NORMAS DA CORREGEDORIA TJSP
CAPÍTULO I - DA MISSÃO, VISÃO E PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA
1º 2º 3º 4º
CAPÍTULO III - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
33 47 49 105 106 107 108 109 110
CAPÍTULO IV - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM ESPÉCIE
196 282 310 315 410 436 436-A 439 440 440-A
CAPÍTULO VII - DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
994 995 996 997 998 999 1000 1001 1002 1003 1004 1005 1005-A 1006 1007 1008 1009 1010 1011
1012 1013 1014 1015 1016 1017 1018 1019 1020 1021 1022 1022-A 1023 1024 1025 1026 1026-A
1027 1028 1029 1030 1031 1032 1033 1034 1035 1036 1037 1038 1039 1040 1041 1042 1043 1048
1049 1050 1051 1053 1054 1055 1056 1057 1058 1059 1060 1061 1062 1063 1064 1065 1066 1067
1068 1069 1070 1071 1072 1073 1074 1075 1076 1077 1078 1079 1080 1081 1082 1083 1084 1085
1086 1087 1088 1089 1090 1091 1091-A
CAPÍTULO X - DO PLANTÃO JUDICIÁRIO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
1137 1138 1139
CAPÍTULO XI - DO PROCESSO ELETRÔNICO
1245 1247

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subordinados à Corregedoria Geral da Justiça
CAPÍTULO I - DA MISSÃO, VISÃO E PRINCÍPIOS adotarã o, de imediato, os seguintes instrumentos
INSTITUCIONAIS DA CORREGEDORIA GERAL de gestã o:
DA JUSTIÇA I - a desconcentraçã o do processo decisó rio na
resoluçã o de problemas da unidade, em reuniõ es
Art. 1º A Corregedoria Geral da Justiça
perió dicas sob a coordenaçã o do escrivã o judicial,
alinha-se à s diretrizes do Conselho Nacional de
facultada a participaçã o de todos os servidores;
Justiça, Presidência, Conselho Superior da
II - o sistema de gestã o por atividades;
Magistratura e Ó rgã o Especial do Tribunal de
III - o aprimoramento dos procedimentos, sem
Justiça do Estado de Sã o Paulo, na implementaçã o
prejuízo da segurança, da completude dos atos
de um Poder Judiciá rio voltado para a eficiência,
judiciais e do devido processo legal, de forma a
no intuito de reconhecimento pela Sociedade
torná -los simplificados, padronizados, integrados
como efetivo instrumento de justiça, equidade e
e convergentes entre as diversas á reas, de modo a
paz social.
evitar superposiçã o de competências e repetiçã o
Art. 2º Sã o princípios institucionais da de serviços;
Corregedoria Geral da Justiça: IV - a incorporaçã o, na dinâ mica institucional:
I - a eticidade; a) da cultura da melhoria e da adaptaçã o
II - a imparcialidade; contínuas;
III - a probidade; b) da cooperaçã o, colaboraçã o, respeito e
IV - a transparência administrativa e processual; urbanidade entre os servidores,
V - o aperfeiçoamento da qualidade e independentemente da funçã o desempenhada;
produtividade dos serviços prestados; c) da excelência no atendimento do pú blico
VI - a satisfaçã o e bom atendimento do usuá rio, externo (partes, advogados e populaçã o em geral);
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, V - o constante treinamento e açõ es de
condiçã o social, filiaçã o religiosa, orientaçã o transferência de conhecimentos, mediante
sexual e quaisquer outras formas de revezamento perió dico de atribuiçõ es, para que
discriminaçã o; todos os funcioná rios dominem por completo a
VII - a celeridade processual; integralidade dos procedimentos e serviços
VIII - a acessibilidade; desempenhados pela unidade judicial,
IX - a responsabilidade social e ambiental; respeitando-se, contudo, as competências legais
X - a responsabilidade na gestã o da informaçã o e do cargo;
do conhecimento; VI - a identificaçã o de talentos, o incentivo à
XI - a credibilidade; habilidade e ao conhecimento dos servidores, o
XII - o aprimoramento dos canais de comunicaçã o fomento de boas prá ticas, visando à sistemá tica
internos e externos; revisã o e melhoria das rotinas de trabalho;
XIII - a modernizaçã o tecnoló gica. VII - a satisfaçã o do usuá rio, mediante:
Pará grafo ú nico. Os princípios contidos neste a) uma prestaçã o célere e eficiente dos serviços
artigo, de observâ ncia obrigató ria, contínua e judiciais e administrativos disponibilizados;
permanente, conformam a existência da b) o recebimento de críticas, sugestõ es e
Corregedoria Geral da Justiça, regem sua atuaçã o reclamaçõ es, ou o encaminhamento dos
normativa, orientadora, reorganizadora, interessados aos ó rgã os competentes para o
fiscalizadora e disciplinar-punitiva e norteiam a processamento dessas demandas;
conduta de todos os ó rgã os e agentes a ela c) um tratamento interpessoal educado, cortês e
subordinados. respeitoso;
d) a utilizaçã o de linguagem clara e acessível em
Art. 3º A Corregedoria Geral da Justiça todas as informaçõ es verbais, publicaçõ es ou
estimulará a conciliaçã o entre as partes, divulgará divulgaçõ es oficiais.
decisõ es judiciais predominantes em litígios § 1º A implementaçã o dos instrumentos de gestã o
recorrentes e incentivará o debate sobre o previstos neste artigo nã o importa em
significado do princípio da dignidade da pessoa e inobservâ ncia das rotinas e procedimentos
o respeito aos direitos fundamentais como forma estabelecidos nas Normas de Serviço. Se a unidade
de prevençã o de conflitos. estiver sob intervençã o específica da
Corregedoria, observar-se-á o método de trabalho
Art. 4º Para a efetivaçã o da missã o, resultante da excepcionalidade.
observâ ncia dos princípios e medidas
institucionais contidos neste capítulo, os ó rgã os

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§ 2º As medidas ora editadas serã o § 2º Os escrivã es judiciais comunicarã o
implementadas sob a coordenaçã o e prontamente à STI as alteraçõ es no quadro
responsabilidade do escrivã o judicial, mediante funcional da unidade, para o processamento da
colaboraçã o de toda a equipe e fiscalizaçã o do Juiz revogaçã o ou novo credenciamento.
Corregedor Permanente.
§ 3º O Juiz Corregedor Permanente, ao constatar a Seção XI - Dos Mandados
eficá cia das providências adotadas, poderá indicar
Art. 105. Constarã o de todos os mandados
à Corregedoria Geral da Justiça os nomes dos
expedidos:
servidores que mereçam elogio em ficha
I - o nú mero do respectivo processo;
funcional.
II - o nú mero de ordem da carga correspondente
§ 4º As propostas de inovaçã o experimentadas e
registrada no livro pró prio;
consideradas exitosas poderã o ser submetidas à
III - o seguinte texto, ao pé do instrumento: “É
aná lise da Corregedoria Geral da Justiça, para
vedado ao oficial de justiça o recebimento de
extensã o à s demais unidades de serviço.
qualquer numerá rio diretamente da parte. A
CAPÍTULO III - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM identificaçã o do oficial de justiça, no desempenho
GERAL de suas funçõ es, será feita mediante apresentaçã o
de carteira funcional, obrigató ria em todas as
Seção III - Dos Escrivães Judiciais e Demais diligências.”.
Servidores §1º Nos mandados em geral, constarã o todos os
endereços dos destinatá rios da ordem judicial,
Art. 33. Os servidores registrarã o declinados ou existentes nos autos, inclusive do
diariamente, na entrada e saída, o ponto local de trabalho.
biométrico, salvo exceçõ es definidas pela § 2º Aos mandados e contramandados de prisã o e
Presidência do Tribunal de Justiça e observada a alvará s de soltura aplicam-se as disposiçõ es
regulamentaçã o pertinente. constantes na Seçã o XII do Capítulo IV, no que
couberem.
Seção V - Do Sistema Informatizado Oficial
Art. 106. Na hipó tese do mandado
Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça
anterior nã o consignar elementos essenciais para
deverã o se adaptar continuamente à s evoluçõ es
o cumprimento da nova diligência, será
do sistema informatizado oficial, utilizando
dispensado o seu desentranhamento e
plenamente as funcionalidades disponibilizadas
aditamento, expedindo-se novo mandado.
para a realizaçã o dos atos pertinentes ao serviço
(emissã o de certidõ es, ofícios, mandados, cargas Art. 107. Os mandados serã o entregues ou
de autos etc.). encaminhados aos encarregados das diligências
Pará grafo ú nico. Para efeito de divisã o do trabalho mediante a respectiva carga.
entre os escreventes técnicos judiciá rios, oficiais
de justiça e juízes, e outras providências Art. 108. Os mandados que devam ser
necessá rias à ordem do serviço, o sistema cumpridos pelos oficiais de justiça serã o
informatizado atribuirá a cada processo distribuídos, na forma regulada pela Corregedoria
distribuído um nú mero de controle interno da Geral da Justiça, aos que estiverem lotados ou à
unidade judicial, sem prejuízo do nú mero do disposiçã o das respectivas comarcas ou varas.
processo (nú mero do protocolo que seguirá série Pará grafo ú nico. Os mandados de prisã o nã o serã o
ú nica). entregues aos oficiais de justiça, mas
encaminhados ao Instituto de Identificaçã o
Art. 49. Os níveis de acesso à s informaçõ es Ricardo Gumbleton Daunt - IIRGD.
e o respectivo credenciamento (senha) dos
funcioná rios, para operaçã o do SAJ/PG, serã o Art. 109. Nas certidõ es de expediçã o e de
estabelecidos em expediente interno pela entrega dos mandados, constarã o o nome do
Corregedoria Geral da Justiça, com a participaçã o oficial de justiça a quem confiado o mandado e a
da Secretaria de Tecnologia da Informaçã o - STI. data da respectiva carga.
§ 1º É vedado ao funcioná rio credenciado ceder a
respectiva senha ou permitir que outrem, Art. 110. Mensalmente, o escrivã o
funcioná rio ou nã o, use-a para acessar relacionará os mandados em poder dos oficiais de
indevidamente o sistema informatizado. justiça, além dos prazos legais ou fixados,

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comunicando ao Juiz Corregedor Permanente, § 1º Será certificada nos autos a expediçã o e a
para as providências cabíveis. feitura da carga do mandado ao oficial de justiça,
que assinará o livro respectivo.
CAPÍTULO IV - DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM § 2º Existindo seçã o designada para a feitura das
ESPÉCIE cargas, será certificada nos autos tã o-somente a
expediçã o do mandado, remetendo-o logo em
Seção III - Dos Atos Processuais Gerais e
seguida à referida seçã o, que velará pelo
Específicos
lançamento da assinatura do oficial de justiça no
Art. 196. Salvo motivada decisã o livro pró prio.
jurisdicional em sentido contrá rio, o XX - § 3º No sistema informatizado serã o anotados a
constatada a necessidade de ordem de data da distribuiçã o do mandado ao oficial e o
arrombamento e reforço policial, o oficial de nome deste, para consulta e controle de prazos.
justiça, independentemente da devoluçã o do § 4º Ressalvados os mandados urgentes, em razã o
mandado, apresentará ao juízo requerimento em do volume do expediente, por autorizaçã o e
modelo padronizado. O requerimento, se deferido, mediante controle do Juiz Corregedor
servirá de requisiçã o da força policial e có pia dele Permanente, poderá ser adotado sistema de carga
será entranhada aos autos; ú nica, mensalmente.
XX - constatada a necessidade de ordem de § 5º Inexistindo prazo expressamente
arrombamento e reforço policial, o oficial de determinado na ordem judicial, os mandados
justiça, independentemente da devoluçã o do serã o cumpridos dentro de 45 (quarenta e cinco)
mandado, apresentará ao juízo requerimento em dias, ressalvado prazo menor genérico por
modelo padronizado. O requerimento, se deferido, determinaçã o pelo Juiz Corregedor Permanente da
servirá de requisiçã o da força policial e có pia dele SADM ou, onde nã o houver, do Ofício Judicial.
será entranhada aos autos; § 6º Nas 24 ntecederem o vencimento do prazo
para cumprimento do mandado, desde que nã o
Seção IV - Do Ofício da Portaria dos Auditórios seja possível a ultimaçã o da diligência, deverá o
e dos Leilões Presenciais oficial de justiça formular pedido de dilaçã o,
justificando os motivos da demora, vedada a
Art. 282 - No Foro Central da Comarca da devoluçã o sem integral cumprimento, salvo
Capital funcionará o Ofício dos Leilõ es Pú blicos expressa autorizaçã o judicial.
com a finalidade de realizar os leilõ es presenciais § 7º Devolvidos os mandados cumpridos, a baixa
das varas centrais da Comarca da Capital. Os deverá ser imediatamente lançada no sistema
escreventes nele lotados apregoarã o os leilõ es, informatizado, na presença do oficial de justiça,
apenas em situaçõ es excepcionalíssimas, desde emitindo-se, prontamente, o relató rio para
que o exequente nã o exerça o seu direito de conferência e assinatura do meirinho, dispensada
indicaçã o e haja impedimento legal para atuaçã o a baixa manual no livro de carga.
de todos os leiloeiros pú blicos credenciados.
§ 1º Nas demais Comarcas e varas os leilõ es serã o Art. 315. As certidõ es das diligências
realizados por oficiais de justiça, apenas em cumpridas por oficiais de justiça e os autos por
situaçõ es excepcionalíssimas, desde que o eles lavrados devem ser apresentados com có pia.
exequente nã o exerça o seu direito de indicaçã o e § 1º Devolvido o mandado, as có pias que o
haja impedimento legal para atuaçã o de todos os acompanham serã o anexadas à contracapa dos
leiloeiros pú blicos credenciados, e sob fiscalizaçã o autos , para aproveitamento em eventuais novos
do juiz. mandados.
§ 2º O desentranhamento e aditamento de
Seção VI - Dos Ofícios Judiciais das Varas das mandado poderá ser dispensado, a critério do juiz,
Execuções Fiscais da Fazenda Pública da expedindo-se novo mandado, fornecendo, a parte,
Comarca da Capital as peças necessá rias.
Art. 310. Em todos os mandados Seção XII - Dos Mandados e Contramandados
expedidos será anotado o nú mero do respectivo de Prisão, Dos Alvarás de Soltura e Dos Salvo-
processo, dispensada a anotaçã o do nú mero de Condutos
ordem da carga, se esta informaçã o constar do
sistema informatizado do setor e estiver Art. 410. Os alvará s de soltura serã o
disponível para consulta e verificaçã o correcional. enviados à autoridade responsável pela custó dia

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obrigatoriamente por correio eletrô nico certificando-se nos autos;
institucional (e-mail) do ofício de justiça. III - em caso de afirmar nã o possuir advogado,
§ 1º O ofício de justiça confirmará , por via será indagado se deseja a imediata atuaçã o da
telefô nica, o recebimento do alvará de soltura pela Defensoria Pú blica, cujo endereço deverá lhe ser
autoridade destinatá ria e anotará , na via fornecido, bem como orientado de que a mesma
encartada aos autos, o nome e o cargo de quem deverá ser procurada pessoalmente ou por
recepcionou a ordem, assim como a data e o familiar, possibilitando a indicaçã o de
horá rio da ligaçã o. Caso nã o obtida a confirmaçã o, testemunhas. Sendo esta sua vontade,
a circunstâ ncia será certificada nos autos, com independentemente da fluência do prazo de 10
juntada de có pia da mensagem eletrô nica enviada (dez) dias, deverá ser aberta vista à defensoria
à autoridade responsável pela custó dia, e para os fins acima mencionados, ficando a mesma
encaminhado o alvará de soltura para nomeada para todos os atos do processo.
cumprimento por oficial de justiça em regime de
plantã o. Art. 436-A. Havendo disponibilidade de
§ 2º A remessa do alvará de soltura será feita sob a equipamentos eletrô nicos e de funcioná rios aptos
responsabilidade do escrivã o judicial. a operá -los, tanto nas dependências dos fó runs do
§ 3º Se o preso estiver recolhido em Estado de Sã o Paulo, como nas unidades
estabelecimento de outra unidade da Federaçã o, o prisionais, a citaçã o e a intimaçã o de réu preso
alvará , endereçado ao juiz corregedor da cadeia ou deverá ser realizada por videoconferência,
presídio, será enviado por carta precató ria, por observados os art. 122, § 3º, e art. 995, § 10,
correio eletrô nico institucional (e-mail) ou NSCGJ.
aparelho de fac-símile. Pará grafo ú nico. Na citaçã o e intimaçã o por
§ 4º Tratando-se de réu ou condenado, em prisã o videoconferência deverã o ser rigorosamente
preventiva, regime fechado ou semiaberto em observadas as formalidades previstas no Có digo
cumprimento na modalidade domiciliar, o ofício de Processo Penal, bem como nas Normas de
de justiça expedirá um mandado de intimaçã o Serviço da Corregedoria Geral da Justiça para a
com a finalidade de entrega do alvará de soltura confecçã o, distribuiçã o e cumprimento dos
ao réu ou condenado, para cumprimento por mandados.
oficial de justiça em regime de urgência, mediante
Seção XIV - Das IntimaçõeS
certidã o e colheita de assinatura do intimado, que
terá efeito de cumprimento do referido alvará . Art. 439. Quando nã o for possível o
§ 5º Nos casos do §4°, salvo determinaçã o judicial cumprimento remoto (art. 995, § 10, NSCGJ), as
em outro sentido, no mandado de intimaçã o intimaçõ es de indiciado, réu ou condenado preso,
deverá constar exclusivamente o endereço onde o que deva tomar conhecimento de qualquer ato
réu ou condenado estiver recolhido, dispensando processual, inclusive de sentença, serã o feitas por
o oficial de justiça de outras diligências para oficial de justiça, diretamente no estabelecimento
efetivaçã o do ato e, nã o sendo localizado o réu ou onde custodiado, dispensada a requisiçã o para a
condenado, deverá ser lavrada certidã o nesse formalizaçã o de tais atos em juízo.
sentido pelo oficial de justiça, devolvendo-se o § 1º O oficial de justiça levará o impresso
mandado para ulterior deliberaçã o judicial. contendo termo de recurso e de renú ncia ao
direito de recorrer e consultará o réu sobre sua
Seção XIII - Da Citação no Processo Comum
intençã o, colhendo a assinatura no espaço
Art. 436. Na precató ria e no mandado de pró prio. Na sequência preencherá por completo o
citaçã o, expedidos para que o réu seja citado e termo correspondente à opçã o do sentenciado e
apresente resposta à acusaçã o, na forma do art. inutilizará a parcela do formulá rio rechaçada pelo
396 do Có digo de Processo Penal, constarã o as acusado.
seguintes advertências: § 2º Se o réu nã o souber escrever, será colhida sua
I - a defesa escrita deverá ser realizada por impressã o digital e assinará a rogo uma terceira
advogado, na qual poderã o ser arguidas pessoa, além de 2 (duas) testemunhas.
preliminares e invocadas todas as razõ es de § 3º Os réus que estiverem internados em
defesa, oferecidos documentos e justificaçõ es, estabelecimentos situados fora da comarca serã o
especificadas as provas pretendidas, bem como intimados por meio de carta precató ria.
arroladas testemunhas até o limite legal; § 4º Comparecendo o réu ou apenado em
II - é dever do oficial de justiça perguntar ao audiência, as intimaçõ es em relaçã o aos atos nela
acusado se o mesmo possui defensor constituído, praticados serã o realizadas na pró pria audiência.

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V - ressalvadas as atribuiçõ es do Ofício de Portaria
Art. 440. Os mandados de intimaçã o de dos Auditó rios e das Hastas Pú blicas, realizar, sob
vítimas ou testemunhas, quando estas derem a fiscalizaçã o do juiz, apenas em situaçõ es
conta de coaçã o ou grave ameaça, apó s excepcionalíssimas e desde que o exequente nã o
deferimento do juiz, serã o elaborados em exerça o seu direito de indicaçã o e haja
separado, individualizados. impedimento legal para atuaçã o de todos os
Pará grafo ú nico. Uma vez cumpridos, apenas serã o leiloeiros pú blicos credenciados, os leilõ es
juntadas aos autos as certidõ es do oficial de judiciais, passando as respectivas certidõ es.
justiça, nelas nã o sendo consignados os endereços VI - certificar, em mandado, proposta de
e dados das pessoas procuradas. Os originais dos autocomposiçã o apresentada por qualquer das
mandados serã o destruídos pelo escrivã o judicial. partes, na ocasiã o, de realizaçã o de ato de
comunicaçã o que lhe couber;
Art. 440-A. A ofendida deverá ser
VII - acessar o e-mail institucional diariamente.
imediatamente comunicada da decisã o que deferir
Pará grafo ú nico. É vedada a designaçã o de oficial
ou indeferir pedido de prisã o cautelar ou de
de justiça, exclusivamente ou em sistema de
imposiçã o de medida protetiva de urgência, bem
rodízio, para atuaçã o no controle do acesso a
como da alteraçã o da natureza da prisã o e do
gabinete de juízes e a sala de audiências, bem
ingresso e saída do agressor do estabelecimento
como para coadjuvar o juiz do feito na
prisional, facultada a utilizaçã o do procedimento
manutençã o da ordem em audiências, ressalvada a
previsto no art. 1.245, §4º, NSCGJ.
exceçã o prevista no inciso IV, deste artigo.
Pará grafo ú nico: Permite-se a intimaçã o da vítima
por meio de telefone fixo, celular, WhatsApp ou e- Art. 995. Em toda vara ou setor, os
mail, desde que haja anuência daquela, no mandados serã o distribuídos na forma regulada
momento da lavratura do boletim de ocorrência pela Corregedoria Geral da Justiça, a cada um dos
ou da apresentaçã o do requerimento, com o oficiais de justiça neles lotados e em exercício.
fornecimento dos dados necessá rios, garantido § 1º Os mandados serã o retirados pelo oficial de
seu absoluto sigilo; no mesmo ato a vítima será justiça diariamente ou sempre que registrar a
informada dos canais adequados e disponíveis presença, caso a periodicidade seja diversa,
para a comunicaçã o do descumprimento das mediante carga.
medidas protetivas de urgência. § 2º Inexistindo prazo expressamente
CAPÍTULO VII - DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA determinado na ordem judicial, os mandados
serã o cumpridos dentro de 45 (quarenta e cinco)
Art. 994. Incumbe ao oficial de justiça: dias, ressalvado prazo menor genérico por
I - executar pessoalmente as ordens dos juízes a determinaçã o pelo Juiz Corregedor Permanente da
que estiver subordinado e exercer as funçõ es SADM ou, onde nã o houver, do Ofício Judicial.
inerentes a seu cargo; § 3º Em se tratando de mandado destinado à
II - comparecer diariamente ao ofício ou setor intimaçã o para audiência de conciliaçã o ou de
correspondente ao juízo em que lotado, registrar mediaçã o, o cumprimento e devoluçã o serã o
presença em livro de ponto ou ponto biométrico, e efetivados até 20
aí permanecer à disposiçã o do juiz, quando e § 4º Em se tratando de mandado destinado à
como escalado, ressalvada a fixaçã o de intimaçã o para qualquer outra audiência, o
periodicidade diversa para registro da presença, a cumprimento e devoluçã o serã o efetivados até 10
cargo do Corregedor Permanente da unidade (dez) dias ú teis antes da data designada, salvo
judiciá ria a que vinculado o oficial de justiça, à determinaçã o contrá ria do juiz do feito.
vista de fundamentada aná lise das peculiares § 5º Todos os mandados expedidos em processo-
condiçõ es de serviço e vedada ausência de crime de réu preso serã o cumpridos dentro de 3
registro da presença por dois ou mais dias ú teis (três) dias, salvo determinaçã o contrá ria do juiz
consecutivos, o que deverá ser objeto de do feito.
comunicaçã o à Corregedoria Geral da Justiça; § 6º Sã o vedadas a devoluçã o de mandado sem
III - auxiliar o juiz na manutençã o da ordem; cumprimento, a pedido de qualquer interessado, e
IV- estar presente aos plantõ es judiciais, quando sua passagem, de um para outro oficial de justiça,
escalado, incluindo a presença em audiência, nesta diretamente, salvo ordem do juiz do feito, cuja
ú ltima hipó tese quando assim for ocorrência será certificada nos autos.
fundamentadamente determinado pelo juiz do § 7º É vedada a indicaçã o de oficial de justiça pela
feito nos autos de um processo judicial específico; parte ou por seu procurador, bem como a prá tica
de se atribuírem os mandados do dia ao oficial de

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justiça de plantã o, ressalvadas, nessa ú ltima permitido para o gozo de férias); nesse prazo
situaçã o, as hipó teses de evidente urgência e em cumprirã o os mandados anteriormente recebidos,
que haja expresso deferimento pelo juiz da causa. e só poderã o entrar em férias ou em gozo de
§ 8º Vencido o prazo, o oficial de justiça devolverá licença prêmio e horas credoras sem nenhum
o mandado ao cartó rio, certificando os motivos da mandado em mã os, vedada a baixa para
demora ou do descumprimento. redistribuiçã o.
§ 9º O mandado só poderá ficar retido com o §2º Se as férias marcadas em escala ou o gozo de
oficial de justiça, além do prazo, mediante licença prêmio e horas credoras formarem com o
autorizaçã o escrita do juiz do feito. recesso período ininterrupto de descanso, a
§ 10. No cumprimento remoto de mandados em distribuiçã o dos mandados cessará nos 15
unidades prisionais ou de internaçã o será (quinze) dias que antecederem ao recesso.
observado o que segue: §3º Durante os prazos previstos nos §§1º e 2º os
I - o Oficial de Justiça fará o agendamento no prazo oficiais de justiça nã o serã o escalados para
de 48h apó s o recebimento, na forma de plantõ es na forma dos artigos 1.051 e 1.127.
Comunicado específico; o cumprimento do ato
deverá ser efetivado em até 07 (sete) dias ú teis. Art. 997. É vedado ao oficial de justiça o
II - em caso de agendamento em prazo superior a recebimento de qualquer numerá rio diretamente
07 (sete) dias ú teis a partir do contato, o Oficial de da parte.
Justiça certificará nos autos com anexaçã o da
Art. 998. As despesas em caso de
resposta da unidade, podendo o Juiz do feito
transporte e depó sito de bens e outras necessá rias
aguardar a data ou converter o cumprimento do
ao cumprimento de mandados, ressalvadas
mandado em presencial, por decisã o nos autos,
aquelas relativas à conduçã o, serã o adiantadas
comunicando à SADM ou, onde nã o houver,
pela parte mediante depó sito do valor indicado
diretamente ao Oficial de Justiça.
pelo oficial de justiça nos autos, em conta corrente
III - na hipó tese de conversã o do cumprimento em
à disposiçã o do juízo.
presencial a ser efetivado em Comarca diversa nã o
§ 1º Vencido o prazo para cumprimento do
contígua, determinará o Juiz do feito a devoluçã o
mandado sem que efetuado o depó sito a referido
do mandado sem cumprimento e a expediçã o de
no caput, o oficial de justiça o devolverá ,
carta precató ria;
certificando a ocorrência.
IV - a conversã o do cumprimento remoto em
§ 2º Quando o interessado oferecer meios para o
presencial será informada pelo Oficial de Justiça à
cumprimento do mandado, deverá desde logo
Unidade Prisional ou de Internaçã o na mesma
especificá -los, indicando dia, hora e local em que
forma do agendamento, para a liberaçã o da data.
estarã o à disposiçã o, nã o havendo nesta hipó tese
V - o procedimento deste pará grafo será
depó sito para tais diligências.
observado para o cumprimento remoto direto
pelo Ofício Judicial na forma do art. 1.245, § 4º. Art. 999. A identificaçã o do oficial de
§ 11. Nos casos de violência doméstica e familiar justiça, no desempenho de suas funçõ es, será feita
contra a mulher: mediante apresentaçã o de carteira funcional,
I - os mandados referentes a medidas protetivas obrigató ria em todas as diligências.
de urgência decretadas deverã o ser cumpridos no
prazo má ximo de 48 horas, distribuídos em Art. 1.000. O oficial de justiça, ao efetuar
regime de plantã o. qualquer ato de cientificaçã o, como citaçã o,
II - os mandados de intimaçã o da vítima, a que se intimaçã o ou notificaçã o, no caso de o
referem o art. 440-A, NSCGJ, serã o cumpridos de cientificando nã o exarar sua nota do ciente, deverá
forma imediata, distribuídos em regime de certificar pormenorizadamente tal ocorrência no
plantã o. mandado, incluída a descriçã o física sucinta de
quem se recusou.
Art. 996. Antes de entrar em gozo de
licença ou qualquer outro afastamento, o oficial de Art. 1.001. Nas citaçõ es por hora certa, o
justiça devolverá todos os mandados em seu oficial de justiça certificará os dias e horá rios em
poder, observados os §§ 1º e 2º deste artigo. que o réu foi procurado, descrevendo
§ 1º Os oficiais de justiça nã o receberã o mandados minuciosamente todos os fatos e circunstâ ncias
nos 15 (quinze) dias antecedentes à s suas férias que despertaram a suspeita de ocultaçã o e
marcadas na escala e ao gozo de licença prêmio e fazendo a citaçã o, de preferência, em pessoa da
horas credoras (nas duas hipó teses pelo período família.
ininterrupto equivalente ao bloco mínimo

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Corregedor Permanente a que vinculado, que
Art. 1.002. Nas citaçõ es de pessoas determinará sua presença no fó rum, diariamente
jurídicas ou sociedades sem personalidade ou na forma da escala (art. 994, ‘caput’, II), a seu
jurídica, serã o observados os incisos VI e VII do critério, com período mínimo de uma hora de
art. 12 do Có digo de Processo Civil, cercando-se a permanência e em horá rio fixo dentro do
diligência das cautelas necessá rias no sentido de expediente forense, cuja informaçã o ficará
evitar prejuízo à s partes. disponível a terceiros para agendamento de
diligências.
Art. 1.003. O oficial de justiça, ao proceder
Disposiçõ es Gerais
à s citaçõ es, inclusive as por hora certa, e, em
especial à investidura de depositá rio de bens, Seção II - Das Despesas de Condução Subseção
exigirá a exibiçã o do documento de identidade do I
citando e do depositá rio, anotando nos autos
lavrados os respectivos nú meros. Art. 1.006. As despesas de conduçã o dos
§ 1º Nas açõ es de despejo, verificando que se trata oficiais de justiça serã o reembolsadas por cotas de
de imó vel de habitaçã o coletiva multifamiliar, o ressarcimento. Sem prejuízo de eventuais
oficial de justiça dará ciência a todos os ocupantes majoraçõ es previstas nas subseçõ es seguintes,
do imó vel, que serã o identificados, e certificará a uma ú nica cota ressarcirá todas as diligências
respeito. necessá rias à prá tica do ato, ainda que o resultado
§ 2º Nas açõ es possessó rias em que figure no polo seja negativo e as diligências realizadas em dias
passivo grande nú mero de pessoas, o oficial de distintos.
justiça deverá efetuar a citaçã o pessoal dos Pará grafo ú nico. O valor para ressarcimento
ocupantes que forem encontrados no local, os previsto neste artigo, que se calcula somente com
quais deverã o ser procurados no local por uma base no percurso de ida, abrangerá sempre os
ú nica vez, certificando-se. percursos de ida e volta do oficial.
Art. 1.004. Antes de o oficial de justiça Art. 1.007. Embora vá rios sejam os atos
certificar a impossibilidade da prá tica do ato, determinados, serã o tidos por ato ú nico, para fins
esgotará todos os meios de concretizaçã o, de ressarcimento e de observâ ncia da disciplina
especificando na certidã o as diligências efetuadas. do artigo anterior:
Pará grafo ú nico. Quando houver mais de um ato I - as comunicaçõ es judiciais que devam ser
determinado no mandado, e entre um e outro realizadas ao mesmo tempo, no mesmo local ou
houver interregno superior a sete (07) dias ú teis, em endereços contíguos a que se refere o ‘caput’
transcorrido ou a transcorrer durante o do art. 1.063;
cumprimento, o Oficial de Justiça sem devoluçã o II - as intimaçõ es que devem suceder
lavrará no sistema certidã o intermediá ria sobre o imediatamente a ato de constriçã o, tais como os
quanto já praticado em 24h, mantido em seu de penhora, arresto, sequestro e depó sito.
poder o mandado para prá tica do ato seguinte, § 1º O presente artigo aplica-se aos mandados
ressalvada cobrança sem cumprimento pelo Juiz pagos e gratuitos.
do feito. § 2º Nos mandados pagos, somente poderã o se
enquadrar no conceito de ato ú nico:
Art. 1.005. Considera-se nã o praticado, I - as determinaçõ es oriundas de um mesmo
para fins de ressarcimento de despesas, o ato que processo;
infringir os requisitos estabelecidos neste II - as ordens emanadas em açõ es distintas, desde
Capítulo. que propostas pelo mesmo autor, ou autores em
Art. 1.005-A. Os nú meros de telefone litisconsó rcio, contra o mesmo réu, ou mesmos
celular dos oficiais de justiça, que devem estar réus em litisconsó rcio;
atualizados (art. 1.050), constarã o em rol e ficarã o III - as ordens exaradas na mesma açã o, ou em
à disposiçã o de terceiros para agendamento de açõ es distintas de mesma natureza, propostas pela
diligências que possam ou devam acompanhar, na mesma pessoa jurídica de direito pú blico, contra
SADM ou, onde nã o houver, no Ofício Judicial. um ou mais réus, em litisconsó rcio ou nã o
Pará grafo ú nico. O oficial de justiça poderá recusar (execuçõ es fiscais).
o repasse do nú mero de seu telefone celular a § 3º Nos feitos criminais haverá ato ú nico, se o
terceiros, por mensagem eletrô nica ao Chefe da oficial de justiça puder cumprir, num mesmo
SADM ou, onde nã o houver, ao Escrivã o Judicial. estabelecimento prisional:
Nessa hipó tese, deverá ser comunicado o

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I - mandados provenientes de processos distintos § 3º Os oficiais de justiça valer-se-ã o dos critérios
contra o mesmo preso; da economicidade e da celeridade, ao traçarem
II - mandados expedidos contra mais de um preso seus roteiros para cumprimento das diligências.
pelo mesmo processo;
III - mandados oriundos de processos distintos e Art. 1.009. O escrivã o do ofício de justiça
contra presos também diferentes. ou o servidor responsável pela Seçã o
§ 4º O Juiz Corregedor Permanente baixará ordens Administrativa de Distribuiçã o de Mandados
de serviço a fim de estabelecer critérios para o manterá rigorosa fiscalizaçã o sobre o lançamento
agrupamento de mandados nas hipó teses das despesas de conduçã o dos oficiais de justiça,
previstas nos § 2º, III, e § 3º deste artigo. tendo em vista sua responsabilidade funcional
§ 5º Em se tratando de diligências gratuitas, solidá ria com eventual conduta irregular dos
determinaçõ es oriundas de feitos distintos referidos serventuá rios. Para esse mister
também deverã o ser enquadradas no conceito de observar-se-ã o atentamente estas Normas de
ato ú nico, para fins de ressarcimento. O ofício de Serviço e os pareceres normativos da
justiça ou a Seçã o Administrativa de Distribuiçã o Corregedoria Geral da Justiça, valendo-se, quando
de Mandados - SADM agrupará os mandados que necessá rio, da orientaçã o dos respectivos Juízes
possam ser cumpridos ao mesmo tempo, nos Corregedores Permanentes.
termos do caput deste artigo, e fará carga
Subseção II - Dos Mandados Pagos
simultâ nea ao oficial de justiça. A devoluçã o dos
mandados, assim agrupados, ensejará Art. 1.010. As cotas de ressarcimento de
margeamento ú nico pelo oficial de justiça. despesas de conduçã o dos oficiais de justiça,
§ 6º O ato ú nico nã o se descaracteriza, para fins de adiantadas e ressarcidas pelos interessados, sã o
ressarcimento, em razã o do cumprimento, em fixadas em Unidades Fiscais do Estado de Sã o
diligências distintas, dos diversos atos que o Paulo - UFESPs.
compõ e. Pará grafo ú nico. Os novos valores, decorrentes do
reajustamento da UFESP, nã o se aplicarã o aos
Art. 1.008. As distâ ncias percorridas pelos
depó sitos antes efetuados, ainda que o
oficiais de justiça, para o cumprimento de
correspondente mandado nã o tenha sido
diligências, nos mandados pagos das Comarcas do
expedido ou cumprido.
Interior e nos mandados gratuitos da Comarca da
Capital e do Interior, serã o aferidas pelo sistema Art. 1.011. Na Comarca da Capital, o valor
de raios. de cada cota de ressarcimento, correspondente a
§ 1º Na Comarca da Capital, considera-se raio a todas as diligências necessá rias à prá tica de cada
linha reta da distâ ncia percorrida para o ato objeto da ordem judicial, ainda que o resultado
cumprimento de uma ou mais diligências, a partir seja negativo, é fixado em três (03) UFESPs.
da sede do juízo, desconsideradas as curvas, vias Pará grafo ú nico. Haverá o recolhimento de uma
de contramã o, interdiçõ es, enchentes e ruas cota de ressarcimento para cada destinatá rio da
inacessíveis. ordem judicial constante do mandado,
§ 2º Nas Comarcas do Interior, a matéria será independentemente da quantidade de endereços
regulamentada pelo Juiz Diretor do Fó rum ou, ou das diligências necessá rias à prá tica do ato,
onde houver, pelo Juiz Corregedor da SADM, por ressalvado o disposto no art. 1.007.
meio de portaria, consignando-se as distâ ncias,
em linha reta, da sede do juízo, a todos os bairros Art. 1.012. Nas Comarcas do Interior, o
e municípios da comarca, a comarcas contíguas, valor da cota de ressarcimento é fixado em três
bem como a pontos importantes (INSS, Prefeitura, (03) UFESPs, correspondente a todas as
estabelecimentos prisionais, etc). A portaria de diligências necessá rias à prá tica de cada ato
distâ ncias também definirá local vizinho e será objeto da ordem judicial, ainda que o resultado
atualizada sempre que necessá rio (mudança da seja negativo, até a distâ ncia de 50 (cinquenta)
sede do juízo, criaçã o de novos bairros, instalaçã o quilô metros da sede do Juízo. Além desse raio, a
de presídios, etc.). Có pia da portaria será cada faixa de 10 (dez) quilô metros ou fraçã o, só de
encaminhada à Corregedoria Geral da Justiça, a ida, aquele valor será acrescido do equivalente a
qual, depois de aprovada, será remetida pelo juízo 0,5 (meia) UFESP.
à publicaçã o no Diá rio da Justiça Eletrô nico, para § 1º O Juiz Diretor do Fó rum ou, onde houver, o
conhecimento das partes, advogados e populaçã o Juiz Corregedor da SADM editará portaria, com
em geral. base nas distâ ncias da portaria prevista no § 2º do
art. 1.008, contendo os valores das cotas de

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ressarcimento (por exemplo: até 50 Km - 03 quantias referentes ao pagamento das despesas
UFESPs - R$ X; de 50,01 a 60 km - 3,5 UFESPs - R$ com conduçã o deverã o ser também previamente
X + Y; de 60,01 a 70 Km - 04 UFESPs - R$ X + 2Y, e adiantadas.
assim sucessivamente). A portaria, atualizada
sempre que houver alteraçã o do valor da UFESP, Art. 1.016. O recolhimento das despesas
será publicada no Diá rio da Justiça Eletrô nico, de conduçã o será efetuado por meio de guia
para conhecimento das partes, advogados e pró pria (GRD - guia de recolhimento de
populaçã o em geral. diligências), para crédito em conta aberta na
§ 2º Nas Comarcas do Interior, o oficial de justiça agência ou posto bancá rio, da comarca ou fó rum, a
cotará , logo apó s a certidã o lançada no mandado, que distribuído o feito correspondente.
as despesas de conduçã o para a prá tica do ato, Pará grafo ú nico. A guia de recolhimento das
indicando a distâ ncia da sede do juízo. despesas de diligência (GRD) terá 5 (cinco) vias
§ 3º No cumprimento de atos no territó rio das (modelo pró prio), destinando-se a primeira ao
comarcas localizadas nos Estados vizinhos, de estabelecimento de crédito, a segunda à parte, a
acordo com o “Protocolo de Cooperaçã o” terceira e quarta à guarda pelo escrivã o, a quinta
celebrado, o oficial de justiça, munido de um ofício ao entranhamento nos autos.
de apresentaçã o, dirigir-se-á ao Fó rum local, onde
Art. 1.017. O preenchimento da guia
os funcioná rios do respectivo ofício de justiça
poderá ser feito diretamente no sítio eletrô nico do
subordinados ao Juiz Diretor do Fó rum lhe
Banco do Brasil na internet, do qual será gerado o
fornecerã o todas as informaçõ es solicitadas,
correspondente boleto de pagamento. Além da
especialmente a respeito da localizaçã o e dos
indicaçã o do valor e da conta corrente do
meios de acesso ao local designado para
depó sito, o interessado preencherá a guia
cumprimento do ato. Neste caso, o reembolso das
informando os nomes do depositante e das partes
despesas de conduçã o será fixado, bem como os
(autor e réu), a comarca ou fó rum onde ajuizado o
atos serã o praticados, de acordo com as normas
feito ou distribuída a carta precató ria, o ano do
previstas neste capítulo.
processo e, quando conhecidos, a vara de
§ 4º Haverá o recolhimento de uma cota de
tramitaçã o e o nú mero do processo.
ressarcimento para cada destinatá rio da ordem
§ 1º O boleto de pagamento terá 4 (quatro) vias: a
judicial constante do mandado,
1ª (primeira) será destinada à parte, a 2ª
independentemente da quantidade de endereços
(segunda) entranhada nos autos, a 3ª (terceira) e
ou das diligências necessá rias à prá tica do ato,
4ª (quarta) anexadas ao mandado.
ressalvados o disposto no caput e no art. 1.007.
§ 2º O interessado poderá efetuar o pagamento do
Art. 1.013. Os valores despendidos pelo boleto em qualquer estabelecimento da rede
oficial de justiça com pedá giorodoviá rio, balsa ou bancá ria, a atendente de caixa ou em terminal de
ferry boat, no cumprimento de mandados pagos, autoatendimento, ou ainda através de internet
serã o recolhidos antecipadamente por meio da banking.
respectiva guia, se o interessado, ciente da § 3º O depositante apresentará 3 (três) vias do
circunstâ ncia, souber de antemã o o valor do gasto boleto ao ofício de justiça e, caso o recolhimento
excepcional. Do contrá rio, o oficial margeará a nã o esteja autenticado mecanicamente, anexará a
despesa que suportar no mandado, para que cada uma das vias o devido comprovante de
depois venha a ser ressarcido pelo interessado. pagamento, fornecido pelo atendente de caixa,
Pará grafo ú nico. No caso de cumprimento do terminal de autoatendimento ou internet banking.
mandado por dois ou mais oficiais de justiça, Se o estabelecimento bancá rio fornecer apenas
somente haverá o ressarcimento à quele que um comprovante de pagamento (filipeta), caberá
suportou os gastos da diligência. ao interessado extrair có pias para anexar à s
outras duas vias do boleto.
Art. 1.014. Ressalvados os casos de § 4º Depó sitos realizados de forma contrá ria ao
diligências gratuitas, o autor, logo apó s a previsto no “Caput”, especialmente com erro de
distribuiçã o da inicial, comprovará o recolhimento indicaçã o da Comarca ou Fó rum do
do valor devido. Igual comprovaçã o será feita com processamento do feito ou do cumprimento da
o requerimento de realizaçã o de diligências no carta precató ria, deverã o ser rejeitados,
curso do processo, sem o que nã o serã o efetuadas. intimando-se o interessado a proceder novo
depó sito.
Art. 1.015. Nas buscas e apreensõ es, em § 5º Efetuado o depó sito para a Comarca ou
casos de crimes contra a propriedade imaterial, as Fó rum correspondente, a parte poderá requerer o

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levantamento do valor anteriormente depositado, anexadas ao mandado, devolvendo-as ao oficial de
na forma prevista no art. 1.022-A. justiça.
§ 6º Na hipó tese de carta precató ria itinerante, e
nã o se tratando de Comarcas pertencentes ao Art. 1.022. No dia 20 imeiro dia ú til
compartilhamento de mandados eletrô nicos (art. subsequente, o escrivã o ou o servidor responsável
1.091-A), em que a conta bancá ria de depó sito da pela SADM remeterá , ao estabelecimento
guia de diligência seja diversa daquela a que bancá rio, relaçã o correspondente aos mandados
atrelado o oficial de justiça apto a recebê-la, o devolvidos no período anterior, conforme modelo
Ofício Judicial ou a SADM que por ú ltimo realizar a pró prio. A relaçã o será elaborada pelo oficial de
diligência deverá , antes da devoluçã o ao Juízo justiça, com base no nú mero de cotas
Deprecante, oficiar ao Ofício Judicial ou SADM da especificadas pelo servidor responsável (art.
Comarca onde feito o depó sito para solicitar a 1.021, inciso III), e assinada pelo escrivã o judicial
transferência do valor em vista do ressarcimento e pelo Juiz Corregedor.
ao oficial de justiça. § 1º Excepcionalmente, no mês de dezembro de
cada ano, em virtude do recesso forense, a relaçã o
Art. 1.018. À exceçã o das hipó teses de mencionada será enviada ao estabelecimento
diligência gratuita ou de urgência, assim bancá rio no ú ltimo dia ú til do ano antes do
determinadas pelo juiz, o mandado nã o será recesso.
entregue ao oficial de justiça antes da § 2º O ressarcimento do oficial de justiça será
apresentaçã o, na unidade judicial, de 3 (três) vias creditado em sua conta corrente, a ser aberta na
da GRD ou do boleto bancá rio da GRD, com a mesma agência ou posto do Banco do Brasil S/A
comprovaçã o, em cada uma das vias, do do fó rum do juízo ou comarca em que lotado, dela
recolhimento do valor devido - autenticaçã o dando conhecimento ao escrivã o e ao Juiz
mecâ nica ou comprovante de pagamento Corregedor.
fornecido pelo banco recebedor. § 2º-A Para os casos de compartilhamento de
Pará grafo ú nico. Aplicam-se as disposiçõ es supra à mandados eletrô nicos (art. 1091-A), o envio dos
entrega de mandado aditado, devolvido dados para o ressarcimento do oficial de justiça
anteriormente com cumprimento parcial. seguirá cronograma a ser divulgado pela
Eventual devoluçã o parcial do depó sito anterior, Secretaria de Orçamento e Finanças no Diá rio da
recolhido na forma do art. 1.017, será feita Justiça Eletrô nico. Caso nã o haja divulgaçã o do
mediante expediçã o de mandado de levantamento cronograma em tempo há bil, será considerado o
judicial, se o requerer o interessado. vá lido para o ú ltimo mês, com ajuste das datas
para o pró ximo dia ú til subsequente quando nã o
Art. 1.019. Se o depó sito feito revelar-se houver expediente.
insuficiente, deverá o interessado complementá - § 3º Uma das vias da GRD ou do boleto bancá rio
lo, incumbindo ao oficial de justiça representar ao da GRD, entregue ao oficial de justiça (art. 1.021,
juiz para as providências necessá rias. inciso III), será devolvida com a relaçã o de
mandados, para ser arquivada em classificador
Art. 1.020. Quando o interessado oferecer
conduçã o ao oficial de justiça, deverá , desde logo, pró prio, juntamente com có pia da autorizaçã o
para crédito em conta, devidamente assinada pelo
indicar dia, hora e local em que a conduçã o estará
Juiz Corregedor e pelo escrivã o, quando do
à disposiçã o, nã o havendo nesta hipó tese
recolhimento do valor das despesas. pagamento, em nome de cada oficial de justiça (§
2º).
Art. 1.021. Devolvido o mandado § 4º A outra via da GRD ou do boleto bancá rio da
cumprido, integral ou parcialmente, servidor GRD, entregue ao oficial de justiça, permanecerá
responsável: com o mesmo, para fins de controle.
I - dará baixa da carga no sistema informatizado § 5º A autorizaçã o de crédito em conta, a ser
oficial ou em livro pró prio; arquivada, deverá , obrigatoriamente, ser
II - verificará , com base na certidã o expedida pelo preenchida de forma integral, nos campos
oficial de justiça, e nas disposiçõ es constantes da pró prios (nome do oficial, nº do processo, nº de
legislaçã o processual e destas Normas de Serviço, atos realizados e das respectivas cotas de
a quantidade de cotas de ressarcimento devida; ressarcimento, nº do R.G., nº da conta corrente, nº
III - anotará , com sua rubrica, o nú mero de cotas da guia e valor), vedada a nã o discriminaçã o das
nas vias da GRD ou do boleto bancá rio da GRD informaçõ es.
§ 6º Em caso de cumprimento parcial do
mandado, ou em qualquer hipó tese de depó sito a

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maior pelo interessado, o valor a ser creditado § 3º O Alvará de Levantamento (GRD processo nã o
corresponderá apenas ao dos atos relativos à s distribuído) será instruído com duas vias da Guia
diligências realizadas, qualquer que seja seu de Recolhimento de Diligências, do comprovante
resultado. O escrivã o expedirá mandado para de pagamento (filipeta) e da procuraçã o, quando o
levantamento judicial do valor integral do excesso, caso, e será entregue, mediante recibo, ao
em favor de quem fez o depó sito, na data fixada no depositante ou seu procurador.
caput deste artigo, se este o requerer. § 4º A terceira via da Guia de Recolhimento de
§ 7º Na hipó tese da devoluçã o de mandado sem Diligências e a có pia do comprovante de
cumprimento, o valor recolhido poderá ser pagamento (filipeta) serã o anexadas à có pia do
utilizado pela parte em outra diligência, dentro do Alvará de Levantamento (GRD processo nã o
mesmo processo, facultado o levantamento do distribuído) para arquivamento em classificador
valor nos termos do § 6º deste artigo. pró prio, com indexador por ordem alfabética ou
§ 8º As guias ou boletos bancá rios de por nú mero da Guia de Recolhimento de
recolhimento de diligências do oficial de justiça, a Diligência, a fim de se evitar fraudes ou
relaçã o de mandados e a có pia da autorizaçã o de duplicidade no pagamento.
crédito, referentes ao § 3º deste artigo, serã o § 5º Decorridos dois anos do arquivamento, as
conservados pelo prazo mínimo de dois anos có pias dos alvará s e dos documentos nelas
contados do arquivamento, aplicando-se, quanto à anexadas poderã o ser inutilizadas, observadas as
inutilizaçã o, o disposto no § 2º do art. 74. diretrizes do Comunicado SAD 11/2010.
§ 9º Nas hipó teses previstas no § 6º e parte final § 6º Para os casos de compartilhamento de
do § 7º deste artigo e para os casos de mandados eletrô nicos (art. 1091-A), deverá ser
compartilhamento de mandados eletrô nicos (art. emitido um ofício, em modelo institucional
1091-A), o escrivã o providenciará a conferência específico (‘GRD processo nã o distribuído’), que
do valor, expedirá ofício em modelo institucional será encaminhado para a Secretaria de Orçamento
específico e encaminhará para a Secretaria de e Finanças, que providenciará o levantamento do
Orçamento e Finanças, via e-mail institucional, valor.
que providenciará a restituiçã o ao interessado.
Art. 1.023. As dú vidas e divergências
Art. 1.022-A. O levantamento de Guia de serã o decididas pelo juiz da causa ou pelo juiz
Recolhimento de Diligência, quando nã o houver a corregedor, conforme ocorram dentro ou fora do
distribuiçã o do processo, será requerido â mbito do processo, com recurso sem efeito
diretamente ao Juiz Corregedor da SADM da suspensivo para a Corregedoria Geral da Justiça,
Comarca a que dirigido o depó sito, quando existir, em instrumento apartado, no prazo de 15 (quinze)
ou, na inexistência, ao Juiz Diretor do Fó rum. dias.
§ 1º O requerimento conterá Agência/Có d.
cedente, Data Emissã o, Data do Pagamento, Subseção III - Dos Mandados Gratuitos
Pagador, Nú mero do Depó sito, Nome do Autor,
Art. 1.024. Consideram-se gratuitas as
Nome do Réu, com a qualificaçã o completa da
diligências feitas:
pessoa autorizada a receber (RG, CPF, nome
I - em açõ es penais de competência do Juizado
completo) e será apresentado pelo depositante ou
Especial Criminal - JECRIM;
seu procurador, juntamente com as vias originais
II - em processos em que o interessado seja
da Guia de Recolhimento de Diligência, a via
beneficiá rio de assistência judiciá ria;
original e uma có pia do comprovante de
III - de ofício, por ordem judicial;
pagamento (filipeta) e a comprovaçã o da nã o
IV - a requerimento do Ministério Pú blico;
distribuiçã o da açã o (certidã o negativa de
V - nos processos relativos a criança ou
distribuiçã o).
adolescente em situaçã o irregular;
§ 2º O funcioná rio responsável pela SADM, ou a
VI - nos processos nos quais deferido o
unidade judicial a que estiver vinculado o Juiz
recolhimento diferido da taxa judiciá ria.
Diretor do Fó rum, quando o caso, providenciará a
expediçã o do Alvará de Levantamento (GRD Art. 1.025. As despesas de conduçã o com
processo nã o distribuído), nele constando todos diligências gratuitas serã o ressarcidas na forma do
os dados da Guia de Recolhimento de Diligência disposto na Lei Estadual nº 11.608/2003,
(Agência/Có d. cedente, Data Emissã o, Pagador, observando-se, ainda, o seguinte:
Nú mero do Depó sito, Nome do Autor, Nome do I - nas Comarcas da Capital ou do Interior, o valor
Réu), com a qualificaçã o completa da pessoa desse ressarcimento corresponderá a uma cota de
autorizada a receber (RG, CPF, nome completo).

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ressarcimento e abrangerá todas as diligências
necessá rias à prá tica do ato ou atos contidos na Art. 1.026. O valor de cada cota
ordem judicial, ainda que o resultado seja corresponderá ao resultado da divisã o do
negativo, sempre que o oficial de justiça nã o se montante de 80% (oitenta por cento) da
deslocar por distâ ncia superior a 15 (quinze) arrecadaçã o pelo nú mero de cotas de
quilô metros da sede do juízo. Além desse raio, a ressarcimento dos atos ordenados em mandados
cada faixa de 15 (quinze) quilô metros ou fraçã o, gratuitos, devolvidos durante o mês pelos oficiais
só de ida, aquele valor será acrescido do de justiça de todo o Estado, observado o disposto
equivalente a mais uma cota. nos arts. 1.006, 1.007 e 1.008.
II - o oficial de justiça, para fazer jus a esse § 1º Para o ressarcimento previsto no art. 1.025,
acréscimo, lançará à margem da certidã o os escrivã es judiciais encaminharã o à DICOGE, até
correspondente a quilometragem percorrida (só o 8º (oitavo) dia ú til de cada mês, pelo Sistema de
de ida), efetuando o cá lculo do nú mero de cotas, Mandados Gratuitos - SMG, a relaçã o/certidã o
sujeitando-se à s penalidades legais, no caso de completa dos oficiais de justiça que tenham
inveracidade. mandados cumpridos no mês, na qual constará a
III - quando o oficial de justiça, para o quantidade de mandados e das respectivas cotas
cumprimento do mandado gratuito, for obrigado a para fins de ressarcimento, bem como o mês em
utilizar-se da travessia por pedá gio-rodoviá rio, que ocorreu o cumprimento do mandado. É
balsa ou ferry-boat, terá direito ao acréscimo do vedado o lançamento, na mesma relaçã o/certidã o,
valor correspondente a uma cota, quantia que de cotas relativas a mandados cumpridos em
poderá atingir até cinco cotas, comprovadamente, meses diferentes.
sempre que o valor da taxa superar aquele limite § 2º Em cada vara ou setor haverá 1 (um) oficial
mínimo. No caso de cumprimento por dois ou de justiça, escolhido pelos demais, que, sem
mais oficiais de justiça, somente haverá o prejuízo de suas funçõ es, preencherá os mapas
ressarcimento à quele que suportou os gastos da mensais individuais de mandados gratuitos,
diligência. utilizando-se das informaçõ es passadas pelo
IV - nas Comarcas do Interior, o Juiz Diretor do interessado, assinando-os juntamente com o
Fó rum ou o Juiz Corregedor da SADM, onde existir, escrivã o judicial. Este, apó s a devida conferência,
elaborará tabela, a ser publicada no DJE, contendo especialmente da quantidade de mandados e das
os bairros e municípios da comarca, as comarcas respectivas cotas de ressarcimento, certificará a
contíguas, bem como os pontos importantes autenticidade e a veracidade do conteú do (dados
(INSS, Prefeitura, estabelecimentos prisionais, oriundos dos mandados relacionados e
etc), atribuindo o nú mero de cotas necessá rias a correspondentes certidõ es), e colherá , na
ressarcir diligências praticadas nesses locais, com sequência, visto do Juiz Corregedor Permanente.
base nas distâ ncias da portaria prevista no § 2º, § 3º Os mapas mensais individuais de mandados
do art. 1.008 (por exemplo: bairro X, até 15,00 Km gratuitos permanecerã o arquivados em cartó rio,
= 1 cota; bairro Y, de 15,01 a 30,00 Km = 2 cotas; e apó s certificaçã o de sua autenticidade e
assim sucessivamente). veracidade quanto ao seu conteú do (dados
§ 1º Para fins de antecipaçã o do valor necessá rio oriundos dos mandados e respectivas certidõ es),
ao custeio das despesas de conduçã o com durante o prazo de 2 anos, apó s o qual poderã o
diligências gratuitas, 20% ior, mandados gratuitos. ser inutilizados, aplicando-se, nesta hipó tese, o
§ 2º Havendo mais de um endereço ou sendo disposto no § 2º do art. 74. As dú vidas serã o
necessá ria mais de uma diligência para a prá tica apreciadas e decididas pelo Juiz Corregedor
do ato ou atos contidos na ordem judicial, Permanente1 .
destinados a uma ou mais pessoas, considerar-se- § 4º Nã o serã o incluídas no cá lculo do mês
á , para fins de cá lculo do nú mero de cotas de referido no art. 1.025 as relaçõ es que nã o derem
ressarcimento, o endereço diligenciado mais entrada na DICOGE, no prazo contido no § 1º deste
distante da sede de juízo, ainda que o resultado artigo. O atraso no encaminhamento das relaçõ es
seja negativo. Ressalvam-se os margeamentos por período superior a 02 (dois) meses anteriores
autô nomos na impossibilidade de cumprimento à quele correspondente ao mês do ressarcimento,
de mais de um ato na mesma diligência, em razã o ainda que acompanhado da necessá ria
de prazo legal ou judicial, cujo decurso é justificativa, implicará no indeferimento do pedido
imprescindível (por exemplo: citaçã o e penhora; de ressarcimento.
notificaçã o para desocupaçã o voluntá ria e § 5º O valor do ressarcimento mensal será
despejo). creditado na conta corrente de cada oficial de
justiça, em agência do Banco do Brasil S/A,

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indicado seu nú mero nos mapas mensais V - sã o elegíveis ao ressarcimento extraordiná rio
previstos no § 2º deste artigo. Os ofícios de justiça apenas os Oficiais de Justiça que possuam
manterã o o SMG atualizado, informando à determinaçã o de prestaçã o cumulativa em vigor,
Corregedoria Geral, por correio eletrô nico publicada em DJE por designaçã o da Eg.
institucional (email), a inclusã o ou alteraçã o de Presidência do TJSP e desde que cumpridos todos
dados cadastrais dos oficiais de justiça (nome, os demais requisitos estabelecidos neste artigo.
matrícula, nº do CPF, nº da agência e conta VI - o lançamento deve ser feito no mapa de
bancá ria, e endereço residencial), bem como dos mandados gratuitos do Oficial de Justiça apó s
escrivã es judiciais (nome, matrícula, e-mail obter todas as autorizaçõ es necessá rias, uma vez
institucional). para cada grupo de 10 mandados cumpridos no
§ 6º Havendo necessidade de examinar os atos mês de envio do mapa, com arredondamento a
praticados, a Corregedoria Geral poderá exigir dos maior para fraçã o de cota em cá lculo final
oficiais de justiça a remessa do mapa original (exemplo: com cotas de ressarcimento
arquivado em cartó rio, bem como de có pias dos extraordiná rio fixadas em 03 em Portaria, e
mandados nele relacionados e das cumpridos 54 mandados no período, divide-se 54
correspondentes certidõ es. A exigência será por 10 e multiplica-se por 3, para resultado 16,2,
encaminhada por ofício ao Juiz Corregedor arredondados para 17, nú mero total de cotas a
Permanente, que deverá comunicar, com margear no mapa);
brevidade, à Corregedoria Geral da Justiça, a data VII - caberá ao Juiz Corregedor Permanente da
da ciência aos oficiais de justiça e ao escrivã o SADM que receber o Oficial de Justiça para prestar
judicial. Decorridos 60 (sessenta) dias da data da serviços cumulativos:
ciência, sem que tenham sido remetidos os a) expedir Portaria específica que regulamente a
documentos, por desídia do oficial de justiça, o distâ ncia, em linha reta, entre os dois Juízos (do
pedido de ressarcimento será automaticamente Fó rum de origem do Oficial de Justiça ao Fó rum de
indeferido, sem prejuízo da continuidade da destino por acumulaçã o); as cotas de
apuraçã o administrativa. deslocamento; e, para o caso de ser obrigató rio o
§ 7º As có pias dos mandados e certidõ es relativas uso de pedá gio, balsa ou ‘ferry boat’ no trajeto
a processos que na data da exigência estiverem específico para a acumulaçã o, especificar seu valor
fora de cartó rio, com prazo superior ao fixado no vigente e as cotas respectivas acrescidas,
pará grafo anterior, poderã o ser substituídas por observados os parâ metros previstos no art. 1025,
certidã o do escrivã o judicial, que dará fé da I, NSCGJ, para 1 cota a cada faixa de 15km além da
impossibilidade de serem remetidas pelo distâ ncia mínima prevista no inciso IV deste
interessado. artigo, limitado o ressarcimento extraordiná rio à
quantidade de seis (06) cotas, independentemente
Art. 1.026-A. O ressarcimento aos Oficiais da distâ ncia contida na Portaria e já inclusas as
de Justiça por deslocamento entre Fó runs de cotas correspondentes aos valores de gasto de
Comarcas diversas, quando da prestaçã o de pedá gio, balsa ou ‘ferry boat’, devidamente
serviços cumulativos determinados pela E. comprovados pelo Oficial de Justiça ao
Presidência do TJSP observará o seguinte: Responsável da SADM da Comarca de acumulaçã o,
I - nã o se aplica a mandados pagos, nos quais as na forma do art. 1.025, III, NSCGJ;
custas de diligência e seus eventuais acréscimos b) encaminhar essa Portaria à Corregedoria Geral
para as Comarcas do Interior (art. 1.012, NSCGJ), da Justiça para revisã o hierá rquica (art. 5º, § 2º,
já ressarcirem todo o deslocamento, nã o sendo NSCGJ);
possível onerar a parte pela distribuiçã o de c) caso haja Portaria em vigor anteriormente
mandado ao Oficial de Justiça que acumula homologada pela Corregedoria Geral da Justiça e
funçõ es fora da sede de sua lotaçã o. dentro dos critérios de autorizaçã o estabelecidos
II - nã o se aplica a deslocamento nos plantõ es neste artigo, outros Oficiais de Justiça que
judiciá rios. acumulem e provenham da mesma Comarca de
III - é vedado o ressarcimento retroativo de origem poderã o ser incluídos por mero despacho
valores por período superior a 02 (dois) meses na Portaria, a partir da data da aprovaçã o em
anteriores à quele correspondente ao mês do diante, enquanto a acumulaçã o estiver vigente e as
ressarcimento (art.1.026, § 4º, NSCGJ). informaçõ es de origem e destino permanecerem
IV - nã o se aplica o ressarcimento extraordiná rio inalteradas, sem necessidade de comunicaçã o à
quando a distâ ncia entre os Fó runs de origem e de Corregedoria Geral da Justiça, mantido o histó rico
acumulaçã o for igual ou inferior a 7,5km.

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atualizado em expediente administrativo para cumprimento, observada a disciplina fixada nos
eventual consulta ou requisiçã o de informaçõ es. arts. 1.011, 1.012, caput, 1.007, caput, § 2º ‘c’ e §
VIII - caso o Oficial de Justiça cumpra mandados 4º, e 1.026, § 2º, todos destas Normas de Serviço.
gratuitos em Unidades Judiciais diversas na Pará grafo ú nico. Os novos valores, decorrentes do
mesma Comarca, como por exemplo, Ofícios reajustamento da UFESP, serã o aplicados somente
Judiciais de Varas e Juizados Especiais nos locais aos mandados que tenham sido expedidos apó s a
em que nã o instaladas as SADMs, deve lançar em sua vigência.
só um dos mapas o ressarcimento extraordiná rio,
sujeito à s penalidades em caso de mais de um Art. 1.028. O ressarcimento de que trata o
lançamento no mesmo período; art. 1.027 far-se-á no mês seguinte ao do
IX - poderá o Juiz Corregedor da SADM, que cumprimento de mandados, desde que entregue a
receber o Oficial de Justiça para prestar serviços relaçã o até o dia 5 (cinco) daquele mês, e será
cumulativos, exigir a apresentaçã o de outras efetuado através de depó sito em conta corrente do
informaçõ es e/ou documentos que entenda oficial de justiça, aberta consoante o art. 1.022, §
relevantes para aná lise do pedido ou a fim de 1º.
facilitar o procedimento de conferência ao Chefe
Art. 1.029. Nas Comarcas do Interior, o
da Seçã o responsável e demais servidores, assim
Juiz Diretor do Fó rum, atendendo à s
como propiciar meios para fiscalizaçã o efetiva,
peculiaridades locais, regulamentará o disposto
podendo escalar o Oficial de Justiça em
nos artigos anteriores e solicitará à Corregedoria
acumulaçã o para participar de plantã o,
autorizaçã o para alteraçõ es de fundo que se
preferencialmente à distâ ncia, nos dias em que
fizerem necessá rias, observando-se sempre o
ocorra o efetivo deslocamento para cumprimento
determinado no art. 1.012, § 1º.
de mandados, nos termos do artigo 1.051, NSCGJ;
se coincidir a escala com a Comarca de origem, Art. 1.030. Em caso de mandado de
esta terá preferência, devendo ser comunicada a interesse das Fazendas de outros Estados e de
incompatibilidade de data com antecedência Municípios nã o localizados na comarca em que
mínima de cinco (05) dias ao Corregedor tramitar o processo, será observado,
Permanente da SADM de acumulaçã o. exclusivamente, o disposto no art. 1.014.
§ 1º O termo ‘Comarca’ utilizado no presente
artigo também se aplica a Foros Distritais, e o Subseção IV - Das Despesas de Condução
termo ‘SADM’ inclui também as Unidades relativas à Fazenda Pública do Município de
Judiciá rias de lotaçã o de Oficiais de Justiça onde São Paulo
aquela nã o houver.
§ 2º A presente disciplina nã o se aplica a questõ es Art. 1.031. Em caso de execuçã o fiscal
relativas a remoçõ es, transferências ou relotaçõ es proposta pela Fazenda Pú blica do Município de
de Oficiais de Justiça e demais atividades Sã o Paulo junto à Vara das Execuçõ es Fiscais da
concernentes à atribuiçã o administrativa da E. Capital, o Ofício das Execuçõ es Fiscais Municipais
Presidência do TJSP. informará à Procuradoria Geral do Município
§ 3º Este artigo nã o se aplica aos mandados quais processos estã o em termos para a expediçã o
cumpridos de forma remota, ante a proibiçã o de de mandados.
seu ressarcimento. Art. 1.032. A informaçã o será transmitida
§ 4º Em caso de irregularidade em margeamentos até o dia 10 (dez) de cada mês, ou primeiro dia ú til
de que trata este artigo, a Corregedoria subsequente, e instruída com extrato do valor
Permanente da Comarca de origem do Oficial de existente na conta corrente destinada à satisfaçã o
Justiça deverá ser comunicada, observados os das diligências dos oficiais de Justiça que oficiam
termos dos arts. 1.009 e 1.048, NSCGJ. nas execuçõ es fiscais promovidas pela Fazenda do
Subseção IV - Das Despesas de Condução Município de Sã o Paulo.
relativas às Fazendas Públicas Art. 1.033. A Municipalidade de Sã o Paulo,
no prazo de 30 (trinta) dias contados do
Art. 1.027. O ressarcimento das despesas
recebimento da informaçã o, depositará em conta
de conduçã o do oficial de justiça será realizado
judicial, o valor das diligências pertinentes aos
pela Fazenda Pú blica interessada, depois de
mandados que serã o expedidos.
entregue ao seu representante, especialmente
indicado, a relaçã o mensal dos mandados (modelo
pró prio) e có pias das certidõ es do respectivo

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outros Estados da Federação
Art. 1.034. O depó sito será feito com
acréscimo de 20% ja mais de uma diligência. O Art. 1.043. As cartas precató rias oriundas
percentual de 20% (vinte por cento) será revisto de outros Estados da Federaçã o observarã o as
quando se mostrar necessá rio. normas gerais de ressarcimento de despesas de
conduçã o de oficial de justiça.
Art. 1.035. Serã o expedidos mandados em
nú mero proporcional ao montante do depó sito. Seção III - Da Seção Administrativa de
Distribuição de Mandados (SADM)
Art. 1.036. Inexistindo indicaçã o da
Municipalidade quanto aos processos para os Art. 1.048. O Juiz Coordenador ou
quais os depó sitos sã o dirigidos, a expediçã o dos Corregedor Permanente da SADM responderá pela
mandados seguirá a ordem cronoló gica da funçã o correcional relativa ao cumprimento de
distribuiçã o, de acordo com os valores disponíveis mandados; ao funcionamento, organizaçã o,
na conta corrente. disciplina e eficiência da SADM como um todo; e a
correlatas condutas de seus Oficiais de Justiça e
Art. 1.037. Ao indicar os processos para os Funcioná rios, como assiduidade, presteza,
quais sã o direcionados os depó sitos, a Fazenda do cumprimento de prazos, produtividade, glosas e
Município de Sã o Paulo explicitará sua restituiçõ es de valores em mandados pagos e
concordâ ncia e ciência de que os demais gratuitos, e correspondentes sançõ es disciplinares
mandados somente serã o expedidos quando e exatidã o de dados em certidõ es e documentos
houver requerimento expresso, ou pelo critério da necessá rios para ressarcimento de diligências em
ordem cronoló gica na medida dos valores mandados pagos e gratuitos.
disponíveis em conta corrente.
Art. 1.049. Compete ao funcioná rio
Art. 1.038. Em conta judicial específica, a responsável pela SADM, além de outras funçõ es
fim de viabilizar o cumprimento de mandados que o juiz corregedor permanente lhe atribuir:
urgentes, a Municipalidade de Sã o Paulo manterá I - conferir, sem prejuízo da responsabilidade do
reserva de contingência em montante capaz de oficial de justiça e do oficial encarregado, a
atender ao cumprimento de 100 (cem) exatidã o, a autenticidade, a veracidade e a
mandados. adequaçã o a regras de mapas, certidõ es e
Art. 1.039. Os mapas mensais documentos necessá rios para ressarcimento de
relacionando os atos praticados serã o diligências em mandados pagos e gratuitos;
acompanhados das certidõ es para verificaçã o das II - fiscalizar a tempestividade das tarefas da
diligências e apresentados ao juízo nos dias 10 SADM e cobrar mandados com prazos excedidos;
(dez), 20 III - controlar a frequência e a vida funcional de
oficiais de justiça e funcioná rios designados para a
Art. 1.040. Apó s a conferência dos mapas SADM.
pelo escrivã o judicial, os valores serã o IV - acessar o e-mail institucional diariamente.
transferidos para a conta bancá ria indicada pelo
oficial de justiça. Art. 1.050. Os oficiais de justiça
registrarã o ponto na SADM segundo escala
Art. 1.041. A Municipalidade terá vista dos aprovada pelo juiz corregedor permanente,
mapas mensais. Eventuais impugnaçõ es ofertadas vedada ausência de registro da presença por dois
pela Municipalidade de Sã o Paulo e acolhidas pelo ou mais dias ú teis consecutivos, e deverã o manter
juízo serã o compensadas no mapa posterior. cadastro atualizado, notadamente quanto a
nú meros de telefones, endereço físico e eletrô nico
Art. 1.042. Caso nã o seja viável a para contato a qualquer momento durante o
compensaçã o, o oficial de justiça será expediente, se necessá rio, sob pena de
intimado a depositar o valor em favor da responsabilidade.
Municipalidade no prazo fixado pelo juízo. O § 1º Apó s o recebimento dos mandados, a SADM
descumprimento da obrigaçã o poderá implicar em deverá distribuí-los e efetuar a carga para o oficial
processo administrativo e na inscriçã o do valor na de justiça em 24 horas.
dívida ativa. § 2º A escala assegurará que entre a carga do
mandado e seu efetivo recebimento pelo oficial de
Subseção VI - Das Despesas de Condução
justiça, inclusive no sistema informatizado, nã o
relativas às Cartas Precatórias Originárias de

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supere, em nenhuma hipó tese, 48 (quarenta e de setores especiais para penitenciá rias, presídios
oito) horas. (ou centros de progressã o penitenciá ria), cadeias
pú blicas (ou centros de detençã o provisó ria),
Art. 1.051. O juiz corregedor permanente assentamentos, zonas rurais, municípios
da SADM organizará mensalmente escala de integrantes de comarca contígua ou agrupada e
plantã o de oficiais de justiça de acordo com as para munícipios cujo territó rio esteja sob a
necessidades do serviço, facultado o plantã o à jurisdiçã o de comarca ou foro.
distâ ncia.
§ 1º No mínimo, um oficial de justiça deverá ser Art. 1.055. Para cada setor será designado
designado para o plantã o presencial. um oficial de justiça, podendo haver mais de um,
§ 2º A escala para atuaçã o em plená rio de Varas segundo a necessidade do serviço.
do Jú ri deverá contemplar oficiais de justiça § 1º O juiz corregedor permanente da SADM
treinados e capacitados para a funçã o, tendo em poderá remanejar oficiais de justiça de setores de
vista as peculiaridades procedimentais, e atuaçã o para atender à necessidade do serviço ou
quantidade de plená rios designados, devendo possibilitar rodízio perió dico, quando o caso.
cada qual contar com um oficial de justiça, e a § 2º É vedada alteraçã o de setor, á rea ou regiã o de
probabilidade de alguns plená rios estenderem-se atuaçã o de oficial de justiça sem prévia
para além do horá rio normal de expediente, sendo autorizaçã o do juiz corregedor permanente da
vedada a designaçã o de oficial de justiça para esta SADM que, dentro do possível, seguirá critério do
atuaçã o específica, seguindo-se o critério de revezamento.
revezamento.
§ 3º A participaçã o do oficial de justiça plantonista Art. 1.056. É proibida a passagem direta
em audiência dependerá da comunicaçã o prévia de mandado de um para outro oficial de justiça,
ao funcioná rio responsável pela SADM da salvo ordem expressa do juiz corregedor
determinaçã o judicial neste sentido, com prazo permanente da SADM, que determinará a
nã o inferior a 10 dias da data da audiência. devoluçã o e a subsequente redistribuiçã o pelo
§ 4º A SADM encaminhará a escala mensal de sistema informatizado.
plantã o dos oficiais de justiça à s unidades Pará grafo ú nico. Para a redistribuiçã o do mandado
judiciais, acompanhada dos nú meros de telefones haverá baixa e nova carga, ambas registradas no
atualizados. sistema informatizado.

Art. 1.053. Os mandados serã o Art. 1.057. Os mandados para


distribuídos pelo sistema informatizado, segundo cumprimento imediato serã o equitativamente
setores formados por CEP (có digo de distribuídos entre os oficiais de justiça de plantã o
endereçamento postal), por bairros ou outro presencial e à distâ ncia, independentemente do
critério razoável definido pelo Conselho Superior setor a que pertençam.
da Magistratura que atenda com eficiência à Pará grafo ú nico. Os mandados relativos a pessoas
necessidade local. protegidas pelo Provimento CG nº 32/2000 serã o
§ 1º Nã o haverá distribuiçã o de mandados por direcionados para oficial plantonista que, contudo,
tipo de ato, matéria ou unidade judicial de origem, nã o precisará cumpri-lo de imediato, salvo ordem
exceto determinaçã o expressa em contrá rio do diversa do juiz do feito.
Conselho Superior da Magistratura por
Art. 1.058. Os mandados serã o emitidos e
necessidade de serviço.
impressos nos ofício de justiça e remetidos com as
§ 2º Se houver endereços a serem diligenciados
peças necessá rias ao seu integral cumprimento e
em mais de um setor, a distribuiçã o do mandado
com guia de recolhimento de diligência (GRD), se
dar-se-á pelo endereço principal indicado pelo
exigível.
ofício judicial quando da emissã o do expediente. À
falta de indicaçã o específica, considerar-se-á Art. 1.059. O escrivã o de cada ofício de
endereço principal o primeiro constante no justiça fará constar do mandado:
mandado. I - a unidade judicial de origem;
II - o exato prazo para o seu cumprimento quando
Art. 1.054. Serã o criados setores especiais diferente daqueles previstos no art. 995, §§ 2º, 3º
para a Fazenda Pú blica Estadual na hipó tese de
e 4º, especialmente em relaçã o a mandados para
haver oficiais de justiça exclusivos (Lei nº
cumprimento em plantã o e para cumprimento
1.906/78) e para a Fazenda Pú blica Municipal na urgente;
hipó tese de haver oficiais de justiça ad hoc, além

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III - a circunstâ ncia de se tratar de mandado com efetivaçã o de penhora, avaliaçã o e intimaçã o,
audiência designada, para carga urgente ou para quando for o caso. Por endereços contíguos
carga a oficial plantonista, quando for o caso; entendem-se os lindeiros, qualquer que seja a
IV - em seu canto superior direito, o nú mero distâ ncia entre suas entradas, ou os que nã o
gerado pelo sistema SAJ apó s o correlato distarem entre si mais de 200m, ressalvada outra
cadastramento (FORO. ANO/Nº DÍGITO), se o distâ ncia determinada em portaria pela
ofício judicial utilizar os sistemas PRODESP (cível Corregedoria Permanente da SADM.
e criminal); Pará grafo ú nico. Quando no mandado houver mais
V - a circunstâ ncia de se tratar de mandado a ser de uma pessoa localizável em endereços nã o
cumprido como diligência do juízo ou em contíguos, o oficial de justiça a que distribuído o
decorrência de gratuidade; devolverá conforme prazo e consequências do art.
VI - advertência acerca da possibilidade de 1.075, § 1º, para remessa ao Ofício Judicial
citaçõ es, intimaçõ es e penhoras serem realizadas expedidor com o fim de separaçã o dos endereços
no período de férias forenses, onde as houver, e em tantos mandados quantos forem necessá rios.
nos feriados ou dias ú teis fora do horá rio
estabelecido neste artigo, observado o disposto no Art. 1.064. A parte deverá apresentar as
art. 5º, inciso XI, da Constituiçã o Federal, (CPC, art. guias de recolhimento de diligência (GRD)
212 § 2º). necessá rias para ressarcimento dos atos a serem
VII - nú mero e valor da guia de recolhimento de praticados, conforme as normas e os pareceres da
diligência (GRD), quando se cuidar de diligência Corregedoria Geral da Justiça.
paga.
Art. 1.065. Estando devidamente instruído
Art. 1.060. Salvo em casos de urgência ou o mandado, o ofício de justiça anotará no sistema
de plantã o, a serem fundamentados e informatizado a carga para a SADM, que o
exclusivamente definidos pelo juiz do feito, os receberá eletronicamente no mesmo dia em que
mandados deverã o ser remetidos com entregue.
antecedência suficiente para que o SADM possa
Art. 1.066. Diariamente, entre 9h e 13h, a
fazer carga para os oficiais de justiça e estes SADM receberá os mandados remetidos pelos
possam cumpri-los nos prazos fixados pelo juiz do
ofícios de justiça, ressalvados os mandados de
feito ou por estas Normas de Serviço.
cumprimento imediato, que serã o recebidos até à s
Art. 1.061. É vedada a classificaçã o de 19h.
mandado como urgente ou para cumprimento em § 1º Os mandados urgentes, de plantã o ou
plantã o sem decisã o judicial fundamentada. Tã o relativos a audiências serã o remetidos em bloco
somente a designaçã o de audiência nã o justifica separado e distinto dos demais mandados.
semelhante classificaçã o. § 2º É facultada a distribuiçã o em lote de
mandados nã o urgentes, desde que observado o
Art. 1.062. Despachos-mandados, ofícios e prazo previsto no § 2º do art. 1.050.
petiçõ es que sirvam como mandados, cartas
precató rias e alvará s, se nã o contiverem có digo de Art. 1.067. Nos casos de contingência do
barras, deverã o ser remetidos com “folha de rosto” sistema informatizado, a SADM deverá
extraída e impressa apó s a emissã o de expediente providenciar carga em livro pró prio de mandado
no sistema informatizado SAJ/PG-5, a qual deverá urgente com rigoroso controle no equilíbrio das
ser anexada ao expediente com o nú mero do distribuiçõ es aos oficiais plantonistas.
mandado e o có digo de barras, gerados
Art. 1.068. Os mandados expedidos fora
automaticamente.
do sistema pelos ofícios de justiça usuá rios do SAJ
Pará grafo ú nico. Para ofícios que utilizem os (por exemplo, em feitos eleitorais e
sistemas PRODESP (cível e criminal), bastará
administrativos) deverã o ser remetidos
anotar o nú mero do mandado em seu canto
manualmente para a SADM, sob registro e
superior direito (FORO.ANO/Nº DÍGITO). assinatura no livro protocolo de autos e papéis, a
Art. 1.063. O mandado será emitido em qual os cadastrará como “mandados excepcionais
uma via para cada pessoa a receber a - outros locais”.
comunicaçã o judicial, ressalvadas as hipó teses de Art. 1.069. Todas as cargas de mandados
endereços contíguos ou de pessoas diversas
serã o feitas exclusivamente pela SADM, vedada a
localizáveis no mesmo endereço, além de via para

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carga pelos ofícios judiciais diretamente aos
oficiais de justiça. Art. 1.075. Ao receber a carga, o oficial de
Pará grafo ú nico. O mandado emitido em regime de justiça deverá verificar se o mandado está dentro
urgência e nã o recepcionado pela SADM até à s 19 dos limites de seu setor de atuaçã o e se contém os
horas será entregue pela unidade judiciá ria documentos necessá rios ao seu cumprimento,
diretamente ao Oficial de Justiça de plantã o, que bem como se o valor recolhido é suficiente para a
subscreverá o relató rio do comprovante de prá tica do ato ordenado e se o depó sito foi
remessa emitido pelo sistema informatizado, com efetivado na conta-agência da Comarca a que
regularizaçã o da distribuiçã o pela SADM no dia pertence.
ú til seguinte ou por ocasiã o da devoluçã o do § 1º Se constatar irregularidades, o oficial de
mandado. justiça devolverá o mandado em vinte e quatro
horas. Depois desse prazo, salvo irregularidade
Art. 1.070. Antes da distribuiçã o, a SADM insanável, nã o poderá o oficial devolver o
deverá verificar se o mandado está de acordo com mandado sem o devido cumprimento.
as formalidades legais e regulamentares e se está § 2.º Se necessá rios dois ou mais oficiais de justiça
devidamente instruído. para cumprimento da ordem judicial considerada
Pará grafo ú nico. Observada qualquer complexa ou perigosa, o sorteado poderá solicitar
irregularidade, notadamente erro de CEP, ou que o outro oficial seja designado pelo
depó sito das diligências em conta-agência nã o responsável pela SADM, que o fará
pertencente à Comarca, se o caso, a SADM preferencialmente com oficial do mesmo setor.
solicitará correçã o ao ofício judicial de origem e Neste caso, todos serã o ressarcidos frente ao ato
justificará no sistema informatizado o motivo da ou atos realizados.
devoluçã o. Apenas quando se cuidar de mandado
para cumprimento imediato, a irregularidade será Art. 1.076. Na hipó tese de constar do
corrigida pela pró pria SADM, se viável a medida, mandado mais de um endereço, em setores
independentemente de devoluçã o ao ofício de diferentes, o oficial de justiça deverá cumpri-lo no
origem. prazo estabelecido. O oficial diligenciará no
primeiro endereço e em todos os demais de seu
Art. 1.071. Feita a distribuiçã o, a SADM setor. Infrutífera a diligência poderá ,
fará carga eletrô nica do mandado ao oficial de alternativamente, cumprir o mandado em setor
justiça sorteado, que o receberá também diverso atrelado à SADM onde lotado ou devolvê-
eletronicamente, tudo com observâ ncia do prazo lo com certidã o de ato nã o cumprido para nova
estabelecido no art. 1.050, §§ 1º e 2º. distribuiçã o para o setor do endereço seguinte,
que observará a mesma regra e terá seu prazo
Art. 1.072. Inexistindo prazos autô nomo de cumprimento.
expressamente determinados pelo juiz do feito, o § 1º Apó s a terceira redistribuiçã o, ainda que
prazo para cumprimento será o fixado no art. 995, restem endereços a diligenciar, o mandado será
§§ 2º, 3º e 4º, com início a partir do recebimento devolvido à unidade judiciá ria expedidora para
do mandado pelo oficial de justiça. intimaçã o por ato ordinató rio da parte interessada
Pará grafo ú nico. O prazo para cumprimento do para manifestaçã o se insiste nos demais
mandado terá início imediato quando, decorridas endereços e, em caso positivo e se tratando de
48 horas da confecçã o da carga, o oficial de justiça mandado pago, nova cota de ressarcimento será
nã o tenha procedido ao seu recebimento no recolhida.
sistema informatizado. § 2º Será ressarcido somente o oficial que der
cumprimento positivo ao ato, ou aquele que
Art. 1.073. Compete ao dirigente do ofício
realizar a ú ltima diligência antes da devoluçã o por
de justiça, por intermédio dos emails das
esgotamento de endereços ou depois de três
unidades, imediatamente comunicar à SADM a
redistribuiçõ es (§ 1º) quando todas resultarem
necessidade de recolhimento de mandados já
negativas. Em todos os mandados o cá lculo levará
remetidos, encarregando-se esta de devolvê-los à
em conta somente as diligências praticadas pelo
origem.
oficial que for ressarcido.
Art. 1.074. Os aditamentos a mandados
Art. 1.077. O oficial de justiça deverá
serã o comunicados, sem devoluçã o, por correio
eletrô nico (e-mail) à SADM onde estiver o cumprir diligência em outro endereço,
ainda que nã o constante do mandado, quer seja
mandado, que informará ao respectivo oficial de
obtido por indicaçã o no local da diligência, quer
justiça.

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seja fornecido pela parte, desde que no seu setor emitidos certidõ es e documentos correlatos e se
de atuaçã o. correto o nú mero de atos margeados.
§ 1º Constatada irregularidade no cumprimento
Art. 1.078. As diligências praticadas em do mandado, a SADM fará nova carga para o oficial
cumprimento de mandados da Justiça Eleitoral de justiça, que o restituirá em quarenta e oito
serã o reembolsadas pelo Tribunal Regional horas, devidamente cumprido ou corrigido.
Eleitoral, nã o podendo ser incluídas nos mapas § 2º Certidõ es, termos e autos serã o impressos em
mensais de ressarcimento de diligências gratuitas tantas vias quantas necessá rias para juntada a
da Justiça Estadual (Comunicado CG nº autos nã o eletrô nicos e para o ressarcimento
753/2009). devido.
Art. 1.079. Se couber ordem de Art. 1.084. Se no curso das diligências o
arrombamento ou reforço policial, o oficial de valor recolhido para as despesas revelar-se
justiça, sem devolver o mandado, submeterá ao insuficiente, o oficial de justiça, sem devolver o
juiz do feito requerimento em modelo mandado, deverá realizá -las e margear o quanto
padronizado. O requerimento, se deferido, servirá faltar.
de requisiçã o da força policial e/ou de ordem de Pará grafo ú nico. O ofício de justiça de origem
arrombamento e có pia dele será entranhada aos cobrará o montante margeado e encaminhará à
autos ou digitalizada para inserçã o em autos SADM as guias com os recolhimentos
inteiramente eletrô nicos. complementares para fim de ressarcimento.
Pará grafo ú nico. Caso haja a designaçã o de dois ou
mais oficiais de justiça para o cumprimento da Art. 1.085. O funcioná rio responsável pela
ordem, com ou sem oferecimento de resistência da SADM, a cada vinte, trinta ou quarenta dias, como
parte, o ressarcimento observará as diretrizes do definir o respectivo juiz corregedor permanente,
artigo 1.006, ou seja, uma ú nica cota para cada vedadas outras periodicidades, fará a cobrança de
oficial de justiça. mandados com prazos excedidos para
cumprimento.
Art. 1.080. Em execuçõ es de títulos § 1º Se necessá ria prorrogaçã o de prazo para
extrajudiciais ou judiciais, realizada a citaçã o, no cumprimento do mandado, o oficial de justiça,
primeiro caso, ou a penhora, no segundo, o oficial sem o devolver, submeterá ao juiz do feito
de justiça realizará as diligências posteriores requerimento justificado em modelo padronizado
necessá rias ao integral cumprimento do mandado com quarenta e oito horas de antecedência, sob
(penhora, avaliaçã o e intimaçã o). pena de nã o conhecimento. Também sob a mesma
pena, o requerimento obrigatoriamente conterá
Art. 1.081. Cumprido o mandado, o oficial
informaçã o do funcioná rio responsável pela SADM
de justiça utilizará o sistema informatizado para
sobre a data da carga ou cargas anteriores,
informar o resultado obtido e emitir certidã o e,
qualquer que seja o oficial, e eventuais
quando o caso, auto ou termo, imprimindo-os e
prorrogaçõ es de prazo antes concedidas. Se
anexando-os ao respectivo mandado, observado o
deferida a prorrogaçã o, no mesmo dia o oficial de
§ 2º do art. 1.083. A impressã o é dispensada em
justiça a demonstrará à SADM para anotaçõ es no
relaçã o a processos com autos eletrô nicos.
sistema informatizado e no expediente de
Pará grafo ú nico. Caso o oficial cumpra o mandado
cobrança. Se indeferida a prorrogaçã o ou se nã o
em endereço nele nã o constante, dentro do seu
conhecido o requerimento, o mandado será
setor (art. 1.077), deverá inseri-lo no sistema e na
cumprido no prazo restante em curso.
certidã o em campo apropriado definido pelo juiz
§ 2º Decorrido o prazo má ximo de quarenta e oito
corregedor permanente da SADM.
horas para devoluçã o, apó s cobrança, sem
Art. 1.082. Salvo expressa autorizaçã o atendimento, o atraso será comunicado ao juiz
judicial, é defeso ao oficial de justiça devolver corregedor permanente da SADM, em expediente
mandado sem cumprimento e sem esgotar os pró prio, para as providências cabíveis, tais como
meios ao seu alcance para integral cumprimento, busca e apreensã o, redistribuiçã o e instauraçã o de
nã o se admitindo como escusa o término de prazo. procedimento disciplinar, tudo sem prejuízo da
devida comunicaçã o ao juiz do feito e, se este nã o
Art. 1.083. Tã o logo o oficial de justiça o for, também ao juiz corregedor permanente da
devolva o mandado, a SADM verificará se regular o vara.
seu cumprimento, se lançadas no sistema
informatizado as correspondentes informaçõ es, se

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numérica, independentemente do ano de
Art. 1.086. Os mandados devolvidos serã o distribuiçã o ou vara de origem.
recebidos, conferidos e imediatamente baixados § 5º Os incidentes relativos aos leilõ es serã o
pela SADM, observado o art. 1.083 e seu § 1º. decididos pelo juiz do feito.
Pará grafo ú nico. Quando o caso, a baixa será § 6º A lavratura de autos competirá ao ofício de
também anotada no expediente de cobrança. justiça de origem do processo e caberá ao oficial
de justiça a lavratura de sú mula.
Art. 1.087. Apó s a baixa referida no art.
1.086, serã o os mandados restituídos aos ofícios Art. 1.090. A SADM manterá os seguintes
de justiça de origem no prazo má ximo de setenta e livros e classificadores obrigató rios:
duas horas, com exceçã o dos mandados para I - livro de ponto, onde nã o houver ponto
cumprimento urgente ou em plantã o, que serã o biométrico;
imediatamente baixados e encaminhados à II - livro de visitas e correiçõ es;
origem. III - livro de registro de portarias e ordens de
serviço, com índice;
Art. 1.088. Os mapas de mandados
gratuitos deverã o ser entregues, mediante recibo IV - livro de registro de feitos administrativos;
V - livro de registro de sentenças da Corregedoria
em via pró pria, ao funcioná rio responsável pela
Permanente;
SADM no 1º (primeiro) dia ú til do mês
subsequente ao mês de referência para VI - livro protocolo de autos e papéis em geral;
VII - livro de carga manual de mandados em caso
conferência e encaminhamento em tempo há bil ao
de contingência do sistema informatizado;
setor competente por meio do aplicativo SMG -
Sistema de Mandados Gratuitos (Comunicado CG VIII - classificador para có pias de ofícios
expedidos;
nº 228/2012).
IX - classificador para ofícios recebidos;
Pará grafo ú nico. Mapas com rasuras,
irregularidades ou incompletudes serã o X - classificador para GRD (guias de recolhimento
de diligências de oficial de justiça).
restituídos para retificaçã o e subsequente
reapresentaçã o. Art. 1.091. Aplicam-se subsidiariamente,
no que couber, as regras deste capítulo.
Art. 1.089. Onde nã o houver ofício da
portaria dos auditó rios e dos leilõ es judiciais, os Seção IV - Do Compartilhamento de Mandados
leilõ es serã o realizados, apenas em situaçõ es Eletrônicos
excepcionalíssimas, desde que o exequente nã o
exerça o seu direito de indicaçã o e haja Art. 1.091-A - O compartilhamento de
impedimento legal para atuaçã o de todos os mandados eletrô nicos entre SADMs e unidades
leiloeiros pú blicos credenciados, segundo escala aná logas, quando existente, determina sua
previamente elaborada, pelos oficiais de justiça distribuiçã o entre Comarcas e Foros Regionais,
plantonistas, sob a fiscalizaçã o do juiz de direito abrangidos pelo agrupamento, para a SADM que
do feito. compreenda o setor do local de cumprimento da
§ 1º Os ofícios de justiça encaminharã o à SADM, diligência, e observará o seguinte:
até o vigésimo dia de cada mês, pauta com dias e I - A atribuiçã o de setores territoriais para cada
horá rios de leilõ es designados para o mês SADM por divisã o de CEPs será feita pela DICOGE
seguinte e, pelos e-mails das unidades, 2.1.
comunicarã o eventual sustaçã o, antes da data II- Os mandados de processos físicos e os
designada, para as necessá rias anotaçõ es. expedidos em regime de plantã o serã o emitidos
§ 2º Processos com leilõ es judiciais pú blicos com seleçã o dos setores (zonas) específicos, a
designados deverã o ser encaminhados à SADM serem previamente informados pelas SADMs
com um dia ú til de antecedência, até à s 12h30min, locais. Para todos esses, o cumprimento será feito
mediante carga e termo de remessa. pela pró pria SADM, sendo irrelevante o local da
§ 3º Recebidos os autos, a SADM elaborará pauta diligência, ressalvada ordem em contrá rio do Juiz
diá ria de leilõ es judiciais, que conterá somente do feito para distribuiçã o compartilhada daquilo
data, horá rio e nú mero do processo. que for digital e os limites de atuaçã o territorial de
§ 4º Se houver processos de mais de uma vara com oficiais de justiça em Comarcas contíguas
hastas designadas para o mesmo dia e horá rio, as (Resoluçã o OE 742/2016).
hastas serã o realizadas de acordo com a ordem III - Os mandados relativos a medidas
possessó rias de cará ter coletivo (art. 565, Có digo

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de Processo Civil), a critério discricioná rio do Juiz Judicial, a SADM anotará no sistema o prazo de
do feito, poderã o ser distribuídos para a SADM prorrogaçã o, observados o §9º do art. 995 e o §1º
atrelada ao Ofício Judicial expedidor mesmo se o do art. 1.085, NSCGJ.
local de diligência for abrangido por setor atrelado X - Para os atos de mera comunicaçã o (citaçã o,
a outra SADM, hipó tese em que serã o emitidos intimaçã o e notificaçã o) e conduçã o coercitiva
com seleçã o do setor (CEP) do fó rum. para estaçõ es passivas de oitiva a serem
IV - Se houver vá rios endereços no mandado, com cumpridos nas Comarcas agrupadas pelo
baixa pelo oficial de justiça apó s diligência compartilhamento é vedada a expediçã o de carta
negativa para redistribuiçã o (art. 1.076, NSCGJ), precató ria.
será feita carga para oficial de justiça do pró ximo XI - Para os mandados positivos digitalizados, nos
endereço de setor atrelado à pró pria SADM até quais tenham sido colhidas as respectivas notas de
esgotar os endereços de seus setores. Somente ciente (art. 1.258, § 4º, NSCGJ), provenientes de
haverá redistribuiçã o para outra SADM quando Ofícios Judiciais de outros fó runs, e devolvidos
restarem apenas endereços de setores externos. A pelos oficiais de justiça, a SADM os enviará , a cada
diligência em endereço de setor diverso do 90 dias, para a SADM vinculada à Comarca ou Foro
atrelado ao oficial de justiça, sem redistribuiçã o, Regional da unidade judiciá ria expedidora, para
só é possível para os endereços da SADM onde entrega à serventia respectiva. Para os mandados
lotado. A cobrança de mandados com vá rios provenientes de Ofícios Judiciais do pró prio
endereços por motivo de prazo excedido deverá fó rum, a SADM os devolverá na forma do art.
ser precedida de conferência sobre eventual 1.087, NSCGJ. Os mandados sem assinatura
redistribuiçã o. qualquer serã o descartados pelo oficial de justiça
V - Os mandados para cumprimento remoto, sem (art. 1.258, § 3º, NSCGJ).
deslocamento de oficial de justiça, serã o emitidos
com seleçã o do setor (zona) específico, a ser CAPÍTULO X - DO PLANTÃO JUDICIÁRIO EM
previamente informado pelas SADMs, e deverã o PRIMEIRA INSTÂNCIA
ser cumpridos pela pró pria SADM, sem
Seção III - Disposições Gerais
compartilhamento.
VI - As custas de diligências pagas serã o Art. 1.137. Todos os documentos
recolhidas em conta bancá ria ú nica para o expedidos que devam ser cumpridos por oficial de
agrupamento, indicada no sítio eletrô nico do justiça serã o registrados no mó dulo da central de
Banco do Brasil. Os mapas individuais de mandados e devolvidos para o cartó rio do plantã o
diligências pagas serã o confeccionados e apó s seu cumprimento (carga e baixa).
apresentados na SADM de lotaçã o do oficial de § 1º Ressalvado prazo diferenciado fixado pelo
justiça, com encaminhamento para o crédito pelo juiz do feito, os mandados cumpridos que nã o
Banco do Brasil na conta bancá ria do oficial de forem devolvidos no mesmo dia serã o entregues
justiça, observados os regramentos dos artigos nas primeiras horas do dia subsequente para
1.010 a 1.023, e 1.027 a 1.047, NSCGJ. regularizaçã o pelo responsável pelo plantã o do dia
VII - Os mapas de diligências gratuitas serã o da devoluçã o.
confeccionados, apresentados, conferidos e § 2º Os mandados cumpridos que nã o forem
encaminhados na forma dos arts.1.024 a 1.026-A, devolvidos durante o plantã o serã o entregues nas
NSCGJ. primeiras horas do dia ú til subsequente para
VIII - Se houver mais de um endereço com regularizaçã o pelo responsável do plantã o do dia
distâ ncia superior a 50km em Comarca do Interior da expediçã o.
a que se refere o art. 1.012, ‘caput’, segunda parte, § 3º O funcioná rio responsável pelo plantã o
NSCGJ, será recolhida a cota de ressarcimento com deverá controlar e cobrar os documentos
acréscimo para o endereço de maior nú mero de pendentes de devoluçã o pelo oficial de justiça,
faixas excedentes. repassando a informaçã o ao funcioná rio
IX - Para hipó tese de prorrogaçã o de prazo serã o responsável pelo plantã o do dia seguinte, se o
observados o prazo e a forma do art. 1.085, NSCGJ. caso.
O requerimento justificado em modelo
padronizado será enviado a partir de correio Art. 1.138. Os alvará s de soltura expedidos
eletrô nico (e-mail) institucional do oficial de em véspera de plantã o, quando nã o for possível a
justiça requerente para o do Ofício Judicial confirmaçã o do recebimento pela autoridade
expedidor do mandado, com có pia para a SADM de destinatá ria nos termos do art. 410 destas Normas
sua lotaçã o. Com a resposta positiva do Ofício de Serviço, serã o encaminhados em 2 (duas) vias

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ao responsável pelo plantã o, que passará recibo e § 1º Nã o dispondo a Lei ou estas Normas de
fará o protocolo e anotaçã o na relaçã o de Serviço de modo diverso, a citaçã o, a intimaçã o e a
expedientes recebidos. notificaçã o pelo Correio serã o efetuadas por meio
Pará grafo ú nico. Os alvará s de soltura, assinados da Carta AR Digital Unipaginada.
pelo juiz expedidor, serã o encaminhados pelo juiz § 2º É vedado, salvo determinaçã o judicial em
do plantã o judiciá rio, à autoridade que os deve sentido contrá rio, o encaminhamento de có pia da
cumprir. petiçã o inicial em papel, cabendo ao ofício de
justiça sua impressã o, mediante o recolhimento,
Art. 1.139. Os alvará s de soltura serã o quando o caso, do valor referente ao custo de
entregues em 2 (duas) vias ao oficial de justiça de reproduçã o da peça processual.
plantã o que os encaminhará ao estabelecimento § 3º Tratando-se de processos criminais ou de
prisional ou ao distrito policial para cumprimento. apuraçã o de ato infracional, o mandado de citaçã o
Pará grafo ú nico. Os alvará s de soltura que nã o deverá ser instruído com có pia, respectivamente,
tenham sido expedidos pelos plantonistas deverã o da denú ncia ou representaçã o.
ser relacionados, consignando-se tal ocorrência e § 4º Nas hipó teses de cumprimento remoto de
o nome do oficial de justiça responsável pelo seu ordens judiciais de comunicaçõ es em geral, como
encaminhamento. citaçã o, intimaçã o ou notificaçã o, para Unidades
Prisionais ou de Internaçã o, poderá o Juiz do feito,
CAPÍTULO XI - DO PROCESSO ELETRÔNICO
a seu critério, dispensar a expediçã o de mandado
Subseção VII - Das Citações, Intimações e para que a ordem judicial seja cumprida
Notificações diretamente pelo Ofício Judicial, certificados os
atos por serventuá rio com fé pú blica.
Art. 1.245. Nos processos eletrô nicos, as
cartas e os mandados de citaçã o conterã o senha Art. 1.247. Na impossibilidade do uso do
que viabilize o acesso à íntegra dos autos digitais meio eletrô nico, a citaçã o, intimaçã o, notificaçã o e
pela internet. atos cartorá rios urgentes serã o praticados
segundo os meios ordiná rios.

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