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1 João 2:7-14

O amor no seu nível mais alto.

Introdução

Essa epístola de João tem muitas repreensões e advertências, porém João sempre as faz com
muito amor.

João conhecido como o discípulo amado. Discípulo que sempre demonstrou amor pelo Senhor
Jesus. Quando reclinou a cabeça em seu peito.

João aprendeu uma lição que todos nós devemos aprender: Dizer a verdade com amor.

João ao mesmo tempo que bate assopra, o amor está caracterizado nele.

O amor estava sempre presente na vida de João. Suas palavras ainda que duras traziam
consigo o carinho do apóstolo.

Quando olhamos para Deus vemos um Deus que ama. Um Deus que ama a tal ponto de se
entregar. Um Deus que tem um amor sacrificial, por todos.

João então agora fala de um mandamento novo e velho ao mesmo tempo. Como assim? Que
mandamento é esse?

Esse mandamento é algo bem simples e que costumamos rejeitar: O AMOR.

João então vem lembrar o que ele escreveu em seu evangelho: “Novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”
(João 13:34).

João vem nos lembrar do mandamento antigo que Deus havia deixado desde o antigo
testamento e que agora Jesus o reforça no novo testamento.

O mandamento era antigo no sentido de ele ter aparecido desde Levítico: “Amarás o teu
próximo como a ti mesmo”? (Levítico 19:18).

Os judeus o conheciam muito bem esse mandamento, pois a lei estava na ponta da língua
deles.

No entanto esse mesmo mandamento se tornou novo na vida de Jesus.

Jesus leva esse mandamento a um novo patamar. Um patamar em que os rabinos jamais
chegaram.

Os rabinos pensavam que conheciam o amor, até o dia que Ele encarnou e demonstrou o que
é verdadeiramente o amor.

Eles pensavam que eram experts no amor, mas aí veio Jesus e mostrou que na verdade eles
não sabiam nada.

Me faz lembrar um pouco de nós, quando pensamos que somos bons em alguma coisa, até
que aparece alguém e nos mostra que na verdade não sabíamos nada.

Nós pensamos que cozinhamos muito bem, até conhecer um chefe profissional de um grande
restaurante, você pode até cozinhar o mesmo prato que ele, porém haverá uma diferença
grande no sabor.
Quando era pequeno achava que era bom no jogo do street fighter, até conhecer um cara que
jogava muito mais que eu.

Quero chegar no seguinte ponto: As vezes porque vencemos alguns desafios, ou cumprimos
algumas coisas, pensamos que somos os melhores, porém sempre haverá alguém melhor que
nós.

Os rabinos se achavam, pensando que da maneira em que viviam já estavam ótimos, de que
não haveria ninguém melhor que eles na questão do amor, no entanto, vêm Jesus, o amor
encarnado e leva o amor ao um nível inimaginável.

João o trata como novo mandamento pois até o momento ninguém a não ser Cristo havia
chegado naquele nível. Jesus estava a anos luz a frente dos mestres rabínicos. É novo porque
ninguém havia conseguido amar igual a Ele.

O que precisamos é sair do comodismo e achar que no nível que chegamos já está bom. Jesus
veio nos mostrar que o homem pode ir muito mais além. Mas pra isso precisamos ter Jesus
como nosso referencial. Infelizmente as pessoas sempre buscam apoiar seu comodismo nas
pessoas que estão piores que ela.

Uma coisa antiga pode chegar a ser uma nova experiência nas mãos de um mestre. E o amor
faz-se novo em Jesus Cristo. Em Jesus o amor torna-se novo em duas direções.

1. Em Jesus o amor busca o pecador

Entre os mestres rabínicos na época o pecador era considerado lenha do inferno. Eles diziam
que os céus estavam em festa quando um pecador era exterminado da terra.

Mas olhando para Jesus vemos o contraste, enquanto os fariseus o condenavam por comer
com os pecadores e de estar perto deles, o amor encarnado sabia que na verdade havia festa
no céu quando um pecador se arrepende.

Jesus com seu imenso amor chegou até os gentios, classe essa que era rejeitada pelos rabinos,
a tal ponto de eles dizerem que os gentios serviriam para ser combustível do inferno.

Mas através de Jesus, Deus amou o mundo de tal maneira, que se entregou por ele, para
resgatá-lo. O amor em Jesus se torna novo porque agora esse amor rompe com as barreiras da
religiosidade e alcança a todos. Porque Deus não amou somente uma determinada classe,
antes Ele amou a todos.

2. Em Jesus o amor torna-se novo pela distância a que chega.

O amor de Cristo chegou à distância jamais pensada pelas pessoas. Jesus em toda a sua
caminhada, rompeu fronteiras, amando os menos favorecidos.

Jesus sempre buscou demonstrar o amor, até na sua crucificação Ele amou àqueles que os
estavam crucificando-o. Jesus era incapaz de odiar a quem quer que seja, pois Ele estava cheio
do amor de Deus.

O que precisamos é buscar amar as pessoas, independente se elas “merecem” ou não.


Achamos erroneamente que só devemos amar se somos amados, mas isso é um grande
equívoco, pois Jesus nos convida a amar como Ele amou, independente de ser amado.

Jesus nos convida nessa noite a amar, a exercer o amor uns pelos outros. Amarmos como Ele
amou.
1. A luz dissipou as trevas

João ainda no verso 8 fala sobre luz e trevas. E contextualizando para a época em que essa
epistola foi escrita, João e todos os cristãos do primeiro século viveram uma ardente
expectativa da segunda vinda de Jesus, vinda essa repentina e violenta, porém com o passar
do tempo, João percebeu que essa vinda não seria bem assim. Pois João entendeu que ele
estava em um processo, processo esse em que a luz aos poucos iria dissipando as trevas, até
chegar o dia em que as trevas seriam totalmente dissipadas pela luz.

João traz aqui a luz como o amor, e as trevas como ódio. Portanto, o fim deste processo é um
mundo onde o amor reina supremo e o ódio é banido para sempre. Significa o fim de um
processo no qual o novo mandamento de Jesus Cristo é a única lei.

Entendo então que quando o homem é governado pelo amor, Cristo chegou até o seu coração.
Pois a essência de Jesus é o amor, o amor abnegado. O amor que não vê o proveito próprio,
mas que antes busca o bem do próximo.

2. O amor que dissipa as trevas (v10)

Quando agimos com amor, somos então guiados por Deus e progredimos na nossa vida
espiritual. Porém, se alimentarmos o ódio, nós nunca iremos progredir, pois estaremos em
trevas.

O amor nos aproxima de Deus, já o ódio nos separa de Deus. Quando eu odeio alguém eu
demonstro que o amor de Deus ainda não está em mim.

Devemos sempre lembrar que quem tem ódio, amargura, ressentimento, que não está
disposto a perdoar, não pode crescer na vida espiritual.

O amor além de nos manter na luz e no caminho certo, faz também com que sejamos pedra de
passagem. Precisamos levar as pessoas para mais perto de Deus, e não servir de tropeço.

Quando pensamos bem, é óbvio. Se Deus é amor, e se o novo mandamento de Cristo é amar,
então o amor é a única coisa que nos aproxima dos homens e de Deus, e o ódio a única coisa
que nos separa dos homens e de Deus.

3. Quem ama seu irmão está na luz (v11)

Afinal quem ama está na luz e pode enxergar, agora quem alimenta o ódio, fica cego e não
pode guiar ninguém.

O amor vai nos capacitar a andar na luz, agora o ódio te leva as trevas. O amor nos faz trilhar
os caminhos de Deus.

Alimentar o ódio em nós nos leva a andar sem rumo, andar na escuridão é andar sem rumo. O
amor ilumina o caminho e nos mostra a direção certa.

Precisamos viver uma vida de amor e perdão, para que possamos continuar enxergando os
caminhos perfeitos de Deus.

Conclusão

Precisamos sempre buscar o perdão. O perdão é algo difícil, porém não impossível, e
totalmente necessário.
O perdão de Deus é incondicional em relação àquilo que você fez, Deus nos perdoa de
qualquer coisa que tenhamos feito, no entanto, para receber esse perdão eu preciso perdoar.

Na oração do pai nosso nós oramos: “Perdoa nossas dívidas como eu perdoo os meus
devedores”.

Buscar o perdão é essencial para caminhada cristã, tanto o perdão de Deus quanto os dos
nossos próximos.

Jesus foi o maior exemplo de perdão, morreu por nós quando erámos ainda pecadores.

Pedro uma vez perguntou para Jesus quantas vezes ele devia perdoar, sete vezes? Jesus
responde que seria 70x7.

Depois Jesus conta a parábola do credor incompassivo. (Mateus 18:23-35)

Deus perdoou uma divida que nós jamais teríamos condições, mas agora não queremos
perdoar as pequenas coisas da vida.

Se comparado com o perdão de Deus não é nada.

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