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Meus irmãos, no Evangelho de João, capítulo 13, versículo 35, nós temos a
afirmação de Jesus de que seremos reconhecidos como seus discípulos por muito nos
amarmos. Foi o que ele disse aos seus apóstolos. Ele falava naquele momento da união
entre eles, do amor fraterno que deveria haver e que seria o sinal de que aqueles eram
discípulos de Jesus, porque muito se amam.
Em outro momento, no Evangelho Segundo São Mateus, capítulo 12, versículo
33, um fariseu testa Jesus dizendo: Mestre, qual o maior dos mandamentos. Mas Jesus
de forma muito tranquila lhe responde: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o
primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo. Estes doismandamentos contêm toda a lei e os profetas.”.
Numa outra tentativa de desistabilizar Jesus um fariseu pergunta a Jesus o que
fazer para herdar a vida eterna. Mas Jesus tinha uma forma de ensinar, que também
havia sido praticada por Sócrates, chamada Maieutica, que consiste em responder com
outra pergunta. Ao receber esse questionamento e saber estar sendo testado Jesus então
pergunta: O que está escrtito na lei e como o lês? Aquele fariseu então responde:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as
tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” Jesus
lhe diz que ele está certo, que se fizer isso terá a vida eterna, mas aí ele resolve testar
Jesus mais uma vez e lhe pergunta: Mas quem é meu próximo? Jesus então lhe dá uma
grande aula e pra toda humanidade contando a Parábola do Bom Samaritano e ao fim,
ao invés de dizer ao fariseu quem era o próximo daqueles que passaram pela estrada,
Ele faz ao contrário, ele pergunta quem foi o próximo do homem caído, obrigando o
fariseu a responder que é o Samaritano. O que foi muito ruim para o fariseu, pois os
judeus e samaritanos não se davam, desde muitas décadas antes. Os judeus chegavam
ao ponto de dizer que se um samaritano bebesse água num copo, era melhor morrer
de sede do que beber água no mesmo copo. Desta forma, Jesus deixa claro que
próximo é todo mundo, todas as pessoas, mesmo um inimigo, declarado ou não.
E então nós entramos no que talvez seja o ensinamento mais difícil de ser
seguido. Há mesmo quem sinceramente julgue impossível colocá-lo em prática.
Consideramos fácil amar quem nos ama, mas nunca aqueles que abertamente e
insidiosamente procuram prejudicar-nos. Outros ainda, como o filósofo Nietzsche,
sustentam que a exortação de Jesus prova que a ética cristã se destina somente aos
fracos e aos covardes, e nunca se pode aplicar aos corajosos e aos fortes. Jesus – dizem
eles – era um idealista sem sentido prático. O que nós cristãos e nós espíritas não
podemos concordar. Mas que ensinamento é esse que é tão difícil assim?
Vou ler uma passagem do Evangelho segundo São Mateus 5.43-48, que deixará
claro qual é a proposta de Jesus, o mandamento de Jesus tão difícil de ser seguido. Os
comentários serão muitas vezes baseados num famoso sermão do reverendo Martin
Luther King e também baseados na doutrina espírita.
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu,
porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que
vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e
bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que
recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes
somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o
mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
Maria, surpreendida,
indagou em seguida:
— “Senhor, onde estiveste?
Em que jardim celeste
Encontraste o descanso necessário,
Que vem de Deus, nos dons da paz completa?
Perdoa-me, Senhor, a pergunta indiscreta,
Dói-me, porém, pensar na angústia do Calvário,
Revolto-me, padeço, mas não venço
A mágoa de lembrar-te o sacrifício imenso”