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2.

Noções de geologia

A geologia é a
Geologia (do grego Geo = Terra; logos = ciência) é a ciência da Terra.
ciência que estuda o planeta terra, desde sua origem assim como a sua estrutura, os
materiais de que se compõe e a história dos processos que os modificam ao longo de
ciclos.

Estrutura da terra

 A terra é composta por crosta (litosfera), manto e núcleo.

- Crosta (litosfera): é a camada mais externa da terra. A crosta terrestre é diferenciada


em crosta continental e crosta oceânica (Figura).
A crosta continental é a capa superior do planeta, coincidindo com os
continentes. A crosta oceânica é a parte da capa superior do planeta presente no
fundo dos oceanos.
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A parte superior da crosta continental é constituída principalmente por granitos e
granodioritos, rochas ricas em Si e Al. A crosta oceânica, assim como a parte
inferior da crosta continental é composta essencialmente por gabros e
basaltos, rochas ricas em Si, Mg e Fe.

A sua parte superior é constituída em maior parte por rochas graníticas ricas em silício e
alumínio (Sial) a qual é encontrada nos continentes. A parte inferior é formada em
maior parte por rochas basálticas, ricas em silicatos ferro-magnesianos (Sima)
constituind a base dos continentes e fundo dos oceanos, correspondendo a uma
contínua camada que envolve toda a Terra.

- Manto: Porção localizada em profundidade média. Acredita-se que seja uma camada
plástica formada por silicatos ferro-magnesianos e Subdivide-se em manto superior e
inferior.

- Núcleo: é o centro da Terra. Conforme hipótese de vários autores, deve ser constituído
por ferro e níquel e subdivide-se em núcleo externo e núcleo interno.

Para o efeito prático na construção civil, é na terra que se encontram os diversos


materiais e minerais que são geralmente utilizados para construção de obras nas mais
variadas soluções construtivas, destacando-se também o terreno como parte principal
e integrante de qualquer construção que em geral esta exposto na Terra.
Sendo que os terrenos são constituídos em maior parte por solos, a disciplina
mecânica dos solos, classifica-os entre outros critérios, também quanto a
granulometria, em:
- Solos arenosos
- Solos argilosos
- Solos siltosos
- Solos humosos
- Solos limosos

Esta divisão é de notar que não é muito rigorosa pelo facto de que, nem sempre se
pode encontrar apenas um dos tipos solos num terreno. Por exemplo, quando dizemos

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que um terreno é arenoso, estamos na verdade querendo dizer que o terreno é
constituído em maior parte por areia e não todo por areia. Da mesma forma pode-se
encontrar um terreno quer seja argiloso, siltoso, humoso ou limoso, cujo maior parte
do solo neste terreno é argiloso, siltoso, humoso ou limoso, contendo em menor
quantidade outras componentes. Por esta razão, utiliza-se outras linguagens ou
denominações, ao exemplo de casos como:

- Terreno arenoso rochoso: Quando é constituído por camadas de areia e rochas ou


camadas em perfil de areia e rochas
- Terreno limoso argiloso, quando é constituído por camadas de limo e argila ou
camadas perfiladas em limo e argila e vice-versa
Etc.

A composição dos solos nos terrenos varia de região em região podendo constituir-se
por vários tipos em terrenos de uma certa região. O tipo de solos encontrado em
algum terreno, dependeu sempre dos fatores que o levaram a se formar, podendo ser;
- O tipo de rochas que o originou
- O clima que provoca a sua modificação
- A quantidade de matéria mineral e orgânica que contem
- O tempo que o levou a se formar
Etc.

Solos arenosos
São aqueles em que a areia predomina. Compõe se de grãos grossos, médios e finos,
mas todos visíveis a olho nu. Como característica principal, a areia não tem coesão, ou
seja, os seus grãos são facilmente separáveis uns dos outros embora quando húmidos,
detém uma coesão temporária. Estes solos devem ser muito bem tratados, quando a
questão é construir em terrenos da sua natureza pois, são bastante permeáveis e
devido sua permeabilidade o lençol freático pode facilmente se mover sobre a
superfície do terreno, provocando por vezes recalque nas fundações.

Solos argilosos

Os solos argilosos caracterizam-se pelos grãos microscópicos por serem muito finos que
quando humdos formam barro plástico e viscoso fácil de ser moldado e Quando secos,
são bastante compactos e impermeáveis e têm dificuldade de desagregação. Em termos
de comportamento, a argila é oposto da areia e devido a sua alta compacidade e
impermeabilidade não exige grandes tratamentos para se construir em terrenos da sua
natureza. Em geral a argila e utilizado para o fabrico de materiais ceramicos como
tijolos, telhas, azulejos etc.
Devido à sua plasticidade e capacidade de aglutinação, os solos argilosos já tenham sido
usados há milhares de anos como argamassa de assentamento, argamassa de
revestimento nas construções.

Solos siltosos

O Silte está entre areia e argila, consdera-se o “primo pobre” destes dois materiais. É
um pó como a argila, mas não tem coesão apreciável nem plasticidade digna de notar
quando esta humido

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No caso de estradas de terra batida com solos siltosos, formam barro na época chuvosa e
muito pó na epoca seca e são geralmente vítimas de erosões e da desagregação natural,
precisando pelo facto manutenção e cuidados para se manterem firmes quando se trata
de construir em terrenos da sua naturesa.

Solo humosos

Esses solos apresentam uma quantidade maior de húmus em relação aos outros. É um
tipo de solo geralmente fértil, ou seja, um solo onde os materiais vegetais encontram
melhores condições para se desenvolverem. Tem um aspeto escuro provocado
geralmente por material fóssil, o que demonstra a existência de matéria orgânica.

Solos limosos

Os solos limosos apresentam-se como uma mistura de areia e argila; agregam-se e

absorvem água mas não se unem fortemente como os solos argilosos. As suas

partículas de grãos são de tamanho inferior do que os grãos finos de areia mas não tão

microscópicos como os da argila. A sua pouca coesão natural obriga por vezes alguns

tratamentos para se construir em terrenos da sua natureza.

3. Estruturas das construções

Do ponto de vista da estabilidade das construções, a estrutura de uma construção é o

conjunto de Todos elementos construtivos considerados de elementos estruturais que

compõem a construção e que têm a função de resistir à todas cargas nela ocorrentes,

garantindo-a equilíbrio e boas condições de estabilidade.

Em geral, os elementos estruturais das construções são:

- Vigas

- Pilares

- Lajes

- Sapatas

- Muros de contenção ou de arrimos.

Outros elementos como paredes e escadas só são elementos estruturais quando estejam

também submetidos a resistir cargas de outros elementos construtivos, transmitidas

diretamente a eles, (fig.-1).

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(fig.-1)

As estruturas das construções, podem ser ainda distinguidas tendo em consideração o

tipo de material com que a grosso modo se constrói uma determinada obra e pelo ponto

de vista arquitectónico das construções.

Quanto ao tipo de material com que a grosso modo se constrói uma determinada obra,

distingue-se por ex.:

- Estruturas de madeira

- Estruturas de pedras naturais ou artificiais

- Estruturas metálicas

- Estruturas de betão armado

- Estruturas mistas

No contesto arquitectónico, uma construção pode constituir-se por uma superestrutura

e uma subestrutura ou infraestrutura.

- A superestrutura é a parte de uma construção altamente visível que se projeta acima

do nível do solo ou acima da linha de uma base. No caso de um edifício, a

superestrutura é a parte do edifício projetada acima da subestrutura (infraestrutura).

Neste contesto, a subestrutura ou infraestrutura é o caso da fundação que é projetada

em parte abaixo do nível do solo. Constam também como subestruturas, as estruturas

subterrâneas como caves, túneis ou viadutos, etc.

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3.1 Vigas

São elementos construtivos estruturais, posicionados geralmente de forma horizontal

nas construções e têm a função de suportar paredes, lajes e estruturas de coberturas,

recebendo as cargas destes elementos e as transmitem aos pilares bem como, criam

travamento das paredes em combinação com os pilares.

Tipo de vigas

Para cada caso nas construções, as vigas distinguem-se basicamente pela forma como
são ligadas aos seus apoios, em:

- Vigas bi-apoiadas ou simplesmente apoiadas: diz-se das vigas com dois apoios.

- Vigas em balanço ou em console: São vigas com um só apoio. Toda a carga que
recebem é transmitida a um único ponto de fixação.

- Vigas contínuas: São vigas com múltiplos apoios ou seja, vigas apoiadas por três ou
mais apoios sem sofrerem interrupção.

- Vigas de travamento: São também chamadas de vigas gerais ou cintas de travamento.


Tem a função de travar as paredes interiores e exteriores em combinação com os pilares
garantindo maior equilíbrio e estabilidade a construção.

- Baldrames ou vigas de fundações: São vigas situadas junto das fundações,


geralmente ao nível do piso, servindo de alicerces para paredes e interligam-se com
pilares e sapatas.

- Lintel: É um tipo de viga também chamada de verga, apoiada pelas ombreiras na parte
superior dos vãos de janelas e portas.

3.2 Pilares

São elementos construtivos estruturais posicionados geralmente a prumo ou seja, de


forma vertical nas construções, frequentemente sujeitos a suportar vigas e lajes
recebendo cargas destes elementos e as transmitir para as fundações ou as sapatas. Os
pilares têm também a função de garantir o travamento das paredes em combinação com
as vigas.

Tipos de pilares

Independentemente do material empregue para execução de estruturas das construções,


os pilares são tipicamente distinguidos em função da forma como se constituem as suas
secções. Como sendo:

- Pilares retangulares, cuja forma em secções é retangular

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- Pilares quadrados, cuja forma em secções é quadrada

- Pilares Circulares, cuja forma em secções é circular ou redonda

Nas construções, os pilares podem ser também distinguidos de acordo com as


solicitações iniciais como sendo; Pilares internos, de borda e de canto

Ao exemplo de pilares e vigas, Considera-se de secção cada lado que compõe a sua
forma.

Valores construtivos das vigas e pilares

A dimensão das secções recomendável para pilares e vigas em estruturas de betão


armado, não deve ser inferior de 20 cm. Por exigências características construtivas
destes elementos nas construções, duas secções podem ser inferiores de 20 cm mas,
deve-se obedecer o mínimo dos 20 cm ou supera-los ao resto das duas secções com
vista a assegurar o seu desempenho estrutural.

Para estruturas de betão armado, o vão máximo (em comprimento) para uma viga é de
6m.

A altura de um pilar deve obedecer em geral, 15 vezes a sua largura em secções isto e,
15 vezes o seu lado maior em secções.

Estes valores são recomendáveis, calculados e fornecidos com a margem de segurança


suficiente para construção destes elementos em obras que não exigem recursos de
cálculos estruturais complexos isto é, podem ser usados dentro dos limites indicados.

Referência bibliográfica: Manual de construção civil- estruturas e fundações, página 28-32

3.3 Lajes

Lajes são elementos construtivos estruturais planos, geralmente encontrados em posição


horizontal nas construções também conhecidos por elementos de superfície ou placas.
São geralmente feitas de betão ou betão armado podendo apoiarem-se sobre vigas,
paredes ou diretamente sobre pilares embora esta solução seja menos comum em
construções residenciais.

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Laje poiada sobre vigas Laje apoiada sobre pilares

Tipos de lajes

Nas construções, as lajes geralmente destinam-se a receber as ações de cargas nelas


aplicadas normalmente as cargas de uso, de paredes, e os mais variados tipos de cargas
em função da finalidade arquitetónica do espaço que a laje faz parte na construção.
Neste caso, podem ser distinguidas como lajes acessíveis e lajes não acessíveis.

Lajes acessíveis: São como as que servem de separação de pisos e as de coberturas


consideradas de terraços em edifícios, lajes de pontes e de estradas pluviais ou seja,
lajes de grande porte que destinam-se a receber cargas enormes isto é, cargas não
desprezíveis que reclamam cálculos estruturais.

Lajes não acessíveis: São as que destinam-se a receber cargas desprezíveis que
dispensam cálculos estruturais tais como lajes com espessura inferior 7cm, como as de
coberturas em construções de pequeno porte.

Em função dos sistemas construtivos das lajes, distingue-se Lajes maciças e lajes não
maças ou aligeiradas.

Lajes maciças:

Recomendadas para vãos até 6 metros de comprimento . São as compostas


completamente por betão em toda sua dimensão, estando geralmente envolvidas
armaduras de aço no seu interior. As lajes maciças são as mais comuns entre os
diferentes tipos de laje existentes. Com espessuras que normalmente variam de 7 cm a
20 cm e até mais, são projetadas para os mais variados tipos de construção, como
edifícios, pontes, estradas pluviais etc.

Estas lajes são também distinguidas como: lajes maciças simples, lisas e lajes
cogumelos

- Lajes maciças simples são as que apoiam-se sobre vigas nas construções.

- Lajes maciças lisas são lajes que apoiam-se directamente sobre pilares sem capités.

- Lajes cogumelos são lajes maciças, que apoiam-se sobre os pilares com capités. Como
toda a carga da laje é transferida para os pilares, deve-se por vezes evitar o fenômeno

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chamado por "punção", isto é, o risco de os pilares "furarem" a laje. Para tal, as áreas de
contato entre a laje e os pilares (os topos dos pilares), devem ser alargadas e reforçadas.
Em geral isso é feito criando espécie de um "chapéu" sobre os topos dos pilares, os
chamados de capités, pelo que se atribuiu as lajes o nome de lajes cogumelo

Laje cogumelo

Lajes não maciças

São as lajes também chamadas de lajes aligeiradas. São lajes executadas na obra em
que se aplica certas peças pré-fabricadas de materiais léves(geralmente vigotas de betão
armado, peças cerâmicas ou tijolos, esferovite, blocos de plastico ou de boracha etc,),
sobre quais lança-se o betão com espessura necessária para aglomerar o conjuto,
considerando que parte de betão é retirado ou substituído por um material mais leve,
colocado entre as chamadas de nervuras. Esta técnica visa sobre tudo, a tornar as lajes
mais léves ou seja, menos pesadas, mais econômicas e mais facil de executar com
relação a lajes maciças.

Fig.7- Pormenores de assentamento das peças ou matérias leves (tijolos ou esferovite) entre as nervuras
das vigotas-lajes aligeiradas

Fig.9- Pormenores da betonagem ou lançamento de betão sobre os materiais leves em lajes aligeiradas

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Lajes pré-fabricadas ou pré-moldadas:

De certo modo, as lajes pré-fabricadas ou pré-moldadas podem ser também maciças ou


não maciça.

As lajes maciças pré-moldadas são composta por elementos de betão armado maciços
pré-moldados fora do lugar destinado na obra (fora do canteiro da obra) e chegam a
obra para sererem montados.

Fg.5- Montagem de elementos de lajes maciços pré-moldados

Refere-se das lajes pré-fabricadas não maciças, as lajes aligeiradas pela razão de
constituírem-se na maior parte por materiais ou peças pré-fabricadas em escala
industrial ou em estaleiros de construção civil que são aplicadas na construção de lajes
como se observa nas seguintes figuras.

Tijolos vigotas de betão celular Bloco de esferovite

Bloco de betão de argila expandida

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Laje pré-fabricada aligeirada com vigotas de betão e tijolos sobre quais deve-se lançar o betão

Lajes pre-fabricadas aligeiada preenchidas com blocos leves de plastico.

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4.- Fundações ou alicerces

Uma fundação também chamada de alicerce é parte de uma construção que serve de sua
base que suporta toda carga e a distribua ao solo.

4.1- Sobre fundações e solos

É necessário que o peso de uma construção seja distribuído uniformemente ao terreno.


Para tal, utiliza-se as fundações. Antes de se construir a fundação ou conceber um
projecto, é necessário realizar testes do solo com vista a identificar o perfil dos materiais
de que se compõe para que se possa determinar o tipo de obra seria a mais adequada
ao local sobre tudo, as características físicas do projeto como a elevação da obra, tipo
de fundações a empregar a obra e se haja necessidades de recursos técnicos para
melhoramento das condições do terreno. Os testes do solo, consistem em geral em
sondagens, informações ou métodos de mecânica dos solos. Devem-se ainda definir os
níveis de água no subsolo ou nível freático do terreno e em terrenos com declividade
considerável, prever os ricos de deslizamento (derrocadas) do solo.

4.2- Tipos de fundações

A fundação pode ser de determinado tipo de materiais e dependendo das características


do terreno, adota-se determinado tipo de fundação.

Basicamente existem dois principais tipos de fundações que são:

-Fundações diretas e fundações indiretas.

Fundações diretas são também chamadas de fundações superficiais ou fundações


rasas, sendo as mais apropriadas para construção em terrenos de solo firme ou estável
(rígido e compacto) ou quando o solo firme for encontrado em poucas profundidades.

As fundações diretas, dividem-se ainda entre: Fundações contínuas, descontínuas e


ensoleiramentos gerais.

- Fundações diretas contínuas são as constituídas por sapatas corridas ou vigas


interligadas com os pilares ou simplesmente por baldrames interligados com os pilares
que distribuem as cargas (peso das construções) uniformemente ao solo em que formam
prolongamento vertical e assentam em condições de sustentação estável e permanente.
Podem ser construídas em alvenarias de pedras naturais, blocos de cimento, tijolos
maciços, betão ciclópico e betão armado.

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Alguns detalhes construtivos sobre fundações diretas continuas: constituídas simplesmente por baldrames
interligados com os pilares.

- Fundações diretas descontínuas são fundações constituídas por sapatas isoladas


interligadas com baldrames e pilares, que formam prolongamento vertical no interior do
solo em que transmitem as cargas (peso das construções) de forma descontínua ou seja,
em pontos sem continuidade. São construídas geralmente em alvenarias de pedras
naturais, blocos de cimento, tijolos maciços, e betão armado.

Alguns detalhes construtivos sobre fundações diretas descontinuas: As constituídas por sapatas
isoladas interligadas com baldrames e pilares.

- Ensoleiramento geral também conhecido por radier é um tipo de fundação direta


formada por um pavimento único ou laje maciça geralmente em betão armado em forma
de uma grande sapata que funciona como uma sapata corrida. É uma situação
geralmente imposta em terrenos não firmes, que pelas características da obra ou do solo,
não é necessário cavar-se cabocos profundos. O radier é além de servir de fundação,
funciona como contrapiso do pavimento.
Imagine pisar num terreno de barro, muito mole, totalmente encharcado depois de uma
chuva ; seu pé com certeza vai afundar. Agora coloque sobre esse terreno uma chapa de
madeira e pise sobre ela. A chapa distribui os esforços provenientes do seu peso,
impedindo-o de afundar. Dessa forma funciona o radier.
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Alguns detalhes construtivos sobre fundações em Ensoleiramento geral (radier).

Fundações indiretas são aplicadas geralmente em situações em que o solo firme é


encontrado a uma profundidade que elimina a execução de fundações diretas. Estas
fundações são formadas por estacas que podem ser de madeira, metálicas e de betão ou
betão armado.
Pelo modo como as estacas afirmam-se ao solo na resistência à cargas a elas impostas,
da-se origem a dois tipos de fundações indiretas, que são:
Fundações indiretas rígidas e fundações indiretas flutuantes.

- Fundações indiretas rígidas são constituídas por estacas que afirmam-se ao solo pela
resistência por atrito e a resistência por ponta isto é, para além da resistência que as
estacas recebem pelo atrito do solo perfurado, apoiam-se também as suas pontas sobre
camadas de solos firme (não flexível).

- Fundações indiretas flutuantes são constituídas por estacas que recebem toda a
resistência pelo atrito do solo perfurado.

4.3- Sapatas

As sapatas são elementos construtivos estruturais que fazem parte das fundações diretas
nas construções.

Em função dos sistemas construtivos das fundações, pode-se distinguir basicamente


dois principais tipos de sapatas que sejam; as sapatas corridas e as sapatas isoladas.

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As sapatas isoladas podem ser ainda distinguidas como sapatas isoladas associadas e
não associadas.

- Sapatas corridas são sapatas contínuas são empregadas para receber cargas verticais
de paredes, muros, ou elementos alongados transmitindo-as uniformemente distribuído
ao terreno tal como funcionam as fundações continuas.

- Sapatas isoladas podem ser associadas e não associadas.

Refere-se de sapatas isoladas associadas, as associadas ou interligadas a vigas de


fundação com pilares. As vigas de fundação fazem a distribuição e a concentração do
peso das paredes sobre as sapatas e estas ao terreno de forma pontual, isto é, localizam-
se em pontos determinados sem continuidade, apresentam bases que podem ser
quadradas, retangulares, circulares ou trapezoidais.

Sapatas isoladas não associadas, são as sapatas que recebem as cargas das
construções Transmitidas pelos pilares diretamente à elas e as distribuem de forma
pontual ao terreno, localizando- se em pontos determinados sem continuidade. É o tipo
de sapatas frequentemente mais utilizado sobre tudo em construções de pontes e
edifícios de grande porte. Estas apresentam também bases que podem ser quadradas,
retangulares, circulares ou trapezoidais.

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5. Paredes e Vãos

Paredes: São obras levantadas a prumo, elementos construtivos que geralmente adornam
a obra, como o caso de um edifício, criando ambientes internos e externos e a divisão
dos ambientes internos em compartimentos ou quartos.

Uma parede é um elemento arquitetônico cuja função é a divisão ou vedação dos


espaços.

Pode também ser usada para resistir a esforços verticais, neste caso chamada de parede
estrutural.

As paredes podem ser de tijolos, gesso (drywall), concreto, pedra, barro ou algum outro
elemento que permita resistência a construção.

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Normalmente, paredes de gesso têm por função específica apenas a divisão interna de
ambientes.

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