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Os personagens e eventos retratados neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com
pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência e não pretendida pelo autor.
ISBN:9786500359725
O
brigada!
BOOKTRAILER
Assista AQUI.
PRÓLOGO
Não consegui dizer nada, tudo o que ela narrava era uma
grande baboseira que inventaram. Contudo me divertia com a
história de uma antiga amiga, Iara. Então devolvi um sorriso.
— Ela não é má. Não faria isso comigo. Só com quem é ruim
— expliquei.
— Acho que sim. Estou viva, então estou bem. — Dessa vez
consegui falar, porém debochada. Óbvio que não!, pensei. Ele
suspirou.
— "O motivo será por amarem o que não deveria". Você ama
alguma coisa que não deveria? Você ama alguém? — questionou
com um leve tom de ciúme.
— Quem é Arlo ?
Eu fiquei assustada. Existia tanto mistério a respeito dele e a
minha vida parecia um livro aberto. Como ele sabe sobre Arlo? Não
comentei seu nome.
— Eu sei... Não sou sua mãe, até porque sou nova demais. —
Sorri, tentando deixar o clima mais leve. — Seria mais pra eu ter
como te chamar — expliquei ao ser desconhecido.
— Li...o quê?
4 O JANTAR
— Posso te falar uma coisa? Dessa vez não estava lendo sua
mente — achou graça.
<<◇>>
<<◇>>
— Sei... — disse, cínico. — Sei que está com calor, mas não
te obrigarei a entrar na água. Só te aviso que iremos em uma direção
oposta ao rio. Não sei quando terá outra oportunidade.
— Eu sei. Está bem perto. Se você ignorar ele vai embora. Ele
quer atenção.
— Quero sim!
— Beija você!
Continuamos a procurar por alimentos ao som de assobios,
risadas e às vezes umas cutucadas. Ele era bem ágil. Eu podia sentir
a paciência de Maíra se esgotando. Juntava a fome com a vontade
de esganar aquele pequeno ser zombador.
Maíra parou por instante de falar para controlar sua voz, que
mudava ao surgir a vontade de chorar. Ela queria se convencer de
que havia superado. Então engoliu o choro e continuou a falar: —
Está tudo bem. Já passou.
— Chullachaqui e caapora.
— Está tudo bem. Não precisa ficar com essa cara de bravo
— disse ao se levantar e sentar ao meu lado. Depois disso, me
surpreendeu ao acariciar meu rosto enquanto olhava em meus olhos.
Parecia tentar fazer comigo o que eu estava fazendo a ela, lendo sua
mente.
— Mas e você?
— Eu não posso falar pra ninguém. A moça disse que vai até
você quando chegar com o cavalo — respondeu.
— E realmente não irá contar, né? — instiguei a fim de
analisar sua mente.
— Então ele não é mal? — ela estava aliviada. Uma pena ter
que dar a má notícia.
— Tem razão. Me desculpa! Mas saiba que pra mim não teria
problema você não ser humana. Também não sou.
— O quê? — surpreendeu-se.
— Sim, foi horrível! Não pude gritar, eles estavam aqui nessa
hora. — disse e expôs seu braço. Possuía uma mordida muito
profunda. — Eu precisei me conter dessa forma — falou, se
aninhando novamente em meu peito. Meu coração ficou dividido. —
Que bom que está bem!
— Meu neto, vejo que está com o cajado de seu pai — falou o
homem com um sorriso estranho no rosto. Ele, apesar de dizer ser
meu avô, não possuía um aspecto de idoso.
— Do que você está falando? Minha tia disse que meu pai
morreu.
— Não estou falando de seu pai, nem dos outros seis. Estou
falando do caçula que ainda está na barriga — sorria, olhando para a
deusa.
— Não tenho.
— Venha!
— Temo pela minha vida. Afinal você está tão irritada e eu não
sei o quanto sabe controlar seus feitiços. Acho que, talvez, eu
devesse dormir armado — ironizei.
— Por quê? — disse ela com a voz alterada. Ela vai chorar?
— Você disse que seu pai nasceu normal... Então tem chance
de ser uma criança como as outras... — Tentava se confortar.
— Você está com febre. Eu vou pegar água fria, vai fazer
baixar a temperatura.
<<◇>>
— Eu não escolhi.
— Eu sei — sussurrou.
<<◇>>
— Liam.
— Sei sim.
— Bom dia? Ainda está escuro, Liam! Estou com muito sono.
— O quê?
<<◇>>
Abri os olhos, o sol brilhava muito forte, sentia dores pelo
corpo e um grande peso nas minhas pálpebras. Minha vista
escurecia, já me entregava ao sono, mas logo em seguida tudo fez
sentido. Apesar da sensação do que eu vi ter sido fantasiosa, eu
tinha a total convicção de que o meu encontro com o deus do mar
havia sido real, conseguia ver ainda as marcas de suas escamas em
meus braços.
— Você gostou?
— Sim.
— Sei que te devo a vida do meu filho. Não sei como seria
perdê-lo. Mas saiba que estou arriscando muitas vidas por essa. Não
temos conhecimento de como voltará. Ela não era uma simples
menina, apesar de ter sido boa até sua morte. Tudo pode mudar!
Andamos por cerca de duas horas. Via que Maíra parecia não
entender o que ocorria. Observava tudo, todo som chamava sua
atenção assim como cada animal que passava. Então chegamos em
uma área onde o rio parecia raso e tranquilo.
— É ela! É a Maíra.
<<◇>>
— Eu não sei o que eu sentia por você antes, mas não te amo
agora. Você me enfeitiçou... Foi só isso! — Ela chorava.
— Eu não sei onde deixá-lo ainda. Só sei que não seria uma
boa mãe, estaria em perigo constante. Talvez eu o deixe na igreja
com as freiras.
— Você vai ficar por muito tempo? Fiquei sabendo que estava
em Neiva. É verdade?
Após tirar sua roupa, deslizava pelo seu corpo e notei algo
novo, as cicatrizes em sua barriga. Minhas memórias vieram à tona,
tirando o foco do nosso momento de prazer.
— Ei! Avisa as outras que ele vai estar ocupado por bastante
tempo! — berrou, revoltada, enrolada em um lençol.
— Maíra? Nossa! Não achei que fosse você a mulher que elas
falaram — disse Pâmela.
— Tudo bem?
<<◇>>
— Maíra, você sabe que não vai dar certo. São só sete dias —
explicava com um leve sorrisinho contido. Que raiva!
— Mas eu vou ter que dormir com alguém que eu não gosto?
— indaguei, dengosa.
Liam estava com Bartolomeu, não nos vimos por dois dias. Eu
estava agoniada com a falta que ele fazia.
<<◇>>
— É melhor você não ir, moça! Pode ser perigoso para uma
dama. Você não quer acabar igual a filha do padeiro, né? —
Bartolomeu falou por trás da porta.
— Me desculpa, Liam!
— Ticê e Anhangá.
— O meu avô?
— Mais? O quê?
— O prazo dela estava terminando. E adivinha? — Arqueou
os ombros, se indicando. — Ela me entregou para que sua beleza
fosse renovada.
— Tau disse que você não precisa dele, porque tem o seu
próprio poder. Eu sei que pareço estúpida e ingênua, mas acho que
dessa vez isso é verdade, Liam… Você tem algo dentro de você,
mesmo sem essa arma. O fogo que aparece nos seus olhos… Ele é
o seu poder.
— Não, Liam!
— Eu vo..
<<◇>>
— O que você está esperando, Maíra? Ele não vai fazer nada
por você. — Tau se aproximou e arrancou o cajado de minhas mãos.
— Não se sinta ofendida, ele não é quem você pensa ser.
— Por favor, não! Deve existir algo que você queira em troca...
— Liam falava, e ao escutá-lo percebi que a minha visão iria se
cumprir. Eu não tinha conseguido alterá-la. — Se você deixá-la viver
irei com você.
— Seu pai falou que você deve ter sofrido algum trauma e que
isso pode ter causado o esquecimento — disse ele, puxando
assunto. Nos encontrávamos sozinhos no recinto.
— Obrigada. — Sorri.
— Não fique nervosa, vai dar tudo certo. — Minha mãe tentou
me tranquilizar. Bufei, agitada.
<<◇>>
— O quê?
Espero que um dia você entenda o que eu pedi que ele fizesse.
Não cogitava que passasse toda sua vida me esperando, não foi
para isso que eu te salvei. Sempre quis o seu melhor, por isso,
definitivamente foi necessário que me esquecesse. Porque eu sei,
Maíra, o quanto você é teimosa e impulsiva. Iria me buscar.
Meu amor, mesmo querendo que fosse feliz, te ver ao lado dele,
logo ele, a dor que eu senti me fez enlouquecer.
Espero que essa carta chegue até você. Espero que você e Arlo
me perdoem. Espero que pelo menos você seja feliz.
De seu marido,
Liam.
Assista o BOOKTRAILER da continuação AQUI.
OI, LEITORES!
Meu nome é Chasanna. Sou uma escritora que começou
no Wattpad em 2021. Esse é o meu primeiro livro. Ele surgiu a partir
de uma ideia de escrever roteiros para cinema, um sonho que ainda
desejo realizar.
SINOPSE
❤Ator Hollywoodiano,
❤ Fama de mulherengo,