Você está na página 1de 8

14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Surfactant


surfactante

Plain
águawater tensão
Surface Water
água +& surfactant
surfactante
superficial
tension

add surfactant
surfactante

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

1 3 5

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO


– Pulmões elásticos tendem a colapsar Volumes e capacidades pulmonares

– Caixa Torácica complacente tende a se expandir Testes de função pulmonar: espirômetro (instrumento que
mede o volume de ar que é movimentado em cada
respiração)
Inspiração • A presença de uma camada fluida sobre o alvéolo
cria resistência à distensão
Complacência

Expiração • Surfactante: substância química que diminui a


Elastância tensão superficial da água

• Complacência: capacidade do pulmão para se distender.

• Elasticidade: essencial para que os pulmões retornem ao


volume de repouso.
Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

2 4 9

1
14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

•Frequência e profundidade da respiração: eficiência da


respiração VENTILAÇÃO ALVEOLAR = volume de ar fresco que chega
aos alvéolos por minuto
•efetividade da respiração determinada pela ventilação
pulmonar total ou volume minuto (volume de ar movido •ventilação alveolar = frequência respiratória x (volume
para dentro e para fora dos pulmões a cada minuto) corrente – volume do espaço morto anatômico);

(1200 mL) •ventilação pulmonar total = frequência da ventilação x -é afetada pela frequência e profundidade da respiração
(1100 mL) volume corrente
(500 mL)
(3000 mL)

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

10 12 14

Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn
SISTEMA RESPIRATÓRIO

• O movimento das moléculas de um gás a


partir do ar para um líquido é diretamente
proporcional:

1. gradiente de pressão do gás

2. solubilidade do gás no líquido (facilidade


com que o gás se dissolve no líquido)
• O dióxido de carbono é cerca de 20 vezes
mais solúvel em água do que o oxigênio

3. temperatura

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

11 13 15

2
14/10/2023

Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn
SISTEMA RESPIRATÓRIO

TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE

IMPORTÂNCIA DA HEMOGLOBINA

• Transporte de O2 e CO2.

• É a principal proteína das hemáceas (cerca de 280


milhões de moléculas por célula).

• É um tetrâmero constituída por 4 cadeias polipeptídicas


(globinas), associadas a 4 anéis porfirínicos (HEME).

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010 Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

16 18 20

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO


TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE
Trocas de gases nos tecidos: depende do gradiente de
pressão entre o sangue e os tecidos TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
Difusão de gases entre o sangue e as células: uso contínuo
de oxigênio e produção de dióxido de carbono (respiração Hemoglobina (Hb): proteína ligante de oxigênio nas
celular); hemácias

O oxigênio é fracamente solúvel em soluções aquosas;


Célula em repouso: PO2 = 40 mmHg e PCO2 = 46 mmHg
Conteúdo total de oxigênio no sangue: quantidade
Sangue arterial: PO2 = 100 mmHg e PCO2 = 40 mmHg dissolvida no plasma + quantidade ligada à Hb

Transporte: dissolvido no plasma (cerca de 3ml/l de plasma


Portanto as pressões favorecem a difusão de oxigênio do
do sangue arterial – DC normal de 5 l/min, resultaria em
plasma para as células e difusão de dióxido de carbono das 15 ml/l de oxigênio
células para ao plasma Consumo de oxigênio no repouso: 250 ml/min
Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

17 19 21

3
14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn


SISTEMA RESPIRATÓRIO
TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE
TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
• Cada molécula de Hb liga-se a 4 moléculas de
oxigênio
•Transporte de oxigênio ligado à Hb: 98% do oxigênio • Cada molécula de Hb é constituída por 4
de um determinado volume de sangue é transportado subunidades de globina (proteína) cada qual
ligado à Hb (em concentrações normais de Hb, cerca de envolvendo um átomo de ferro contendo um grupo
197ml/l de sangue - DC normal de 5 l/min, chegam às heme (cada grupo heme consiste em um anel de
porfirina, formado por carbono, nitrogênio e
células quase 1000 ml/min, que é cerca de 4 vezes a
hidrogênio, com um átomo de ferro no centro, que se
quantidade necessária no repouso
liga de forma reversível ao oxigênio).
• Cada átomo de ferro potencialmente liga-se a uma
Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010
molécula de oxigênio

22 24 26

Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn


SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE


TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
•Hemoglobina ligada ao oxigênio: oxiemoglobina (HbO2), o
➢A ligação do oxigênio à Hb depende: que depende da PO2 do plasma (o oxigênio dissolvido no
plasma difunde-se para dentro das hemácias e liga-se à
• da PO2 do plasma arterial, determinada pela composição Hb, o que acarreta mais difusão de oxigênio dos alvéolos
do ar inspirado, pela frequência de ventilação alveolar e pela para o plasma)
eficiência da troca gasosa entre o sangue e os pulmões

•do número de sítios de ligação de oxigênio nas hemáceas, •Percentagem de saturação da Hb: percentagem de sítios
que depende de moléculas de Hb no sangue disponíveis que estão ligados ao oxigênio.
•Se todos os sítios de todas as Hb estiverem ocupados por
moléculas de oxigênio, o sangue está saturado (100%
oxigenado)
Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

23 25 27

4
14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO

TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO •segue a lei da ação das massas: para que a reação
continue ocorrendo, o H+ e o HCO3- devem ser removidos
•É mais solúvel nos fluidos corporais que o oxigênio, porém do citoplasma das hemácias, o que ocorre em 2 etapas:
a produção celular supera sua solubilidade no plasma
(aproximadamente 7% do CO2 transportado no sangue oo HCO3- deixa as hemácias por troca com cloreto(1:1)
venoso está dissolvido; 93% difundem-se para as
hemácias, onde há conversão de 70% em bicarbonato e o remoção do H+ do citoplasma das hemácias através da
23% liga-se à Hb, formando a Hb. CO2) ligação da Hb ao H+ (Hb.H); como o H+ e o HCO3- são
removidos do citoplasma das hemácias, mais CO2
•70% do CO2 que entra no sangue são transportados para converte-se em ácido carbônico)
os pulmões na forma de íons bicarbonato (HCO3-),
dissolvidos no plasma Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

28 30 32

Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn


SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO
TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO

TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE

TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO


TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO
A conversão do CO2 em HCO3- depende da anidrase
carbônica, enzima existente nas hemácias: • Hemoglobina e CO2 : cerca de 23% do CO2 do sangue
• o CO2 dissolvido no plasma difunde-se para a hemácia, venoso liga-se à Hb;
onde reage com água, formando ácido carbônico (reação • quando o oxigênio deixa seus sítios de ligação na
catalisada pela anidrase carbônica), que se dissocia em um
molécula de Hb, o CO2 liga-se com a Hb livre em
íon hidrogênio e um íon bicarbonato:
grupos amina expostos (NH2), formando a
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3- carbaminoemoglobina (Hb. CO2)
ANIDRASE CARBÔNICA

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

29 31 33

5
14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO


TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO
REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO
REMOÇÃO CO2 DOS PULMÕES

•Os neurônios do bulbo controlam a respiração: o padrão


•a PCO2 nos alvéolos é mais baixa que a do sangue venoso
gerador central funciona automaticamente durante toda a
nos capilares pulmonares;
vida e pode ser controlado voluntariamente até certo ponto;

•o CO2 se difunde para fora do plasma e para dentro dos


•interações sinápticas complicadas entre neurônios da rede
alvéolos e a PCO2 do plasma começa a cair.
criam ciclos rítmicos de inspiração e expiração
•influenciados de modo contínuo por estímulos provenientes
•essa redução da PCO2 do plasma permite que o CO2 se
de receptores para dióxido de carbono, oxigênio e
difunda para fora das hemácias
hidrogênio (o padrão da ventilação depende em parte
dessas concentrações no sangue)
•a remoção de CO2 das hemácias faz com que o H+ deixe
as moléculas de Hb LEVY, M. N.; KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne & Levy, Fundamentos de fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

34 36 38

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO


REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO

REMOÇÃO CO2 DOS PULMÕES


•Controle respiratório: redes de neurônios no bulbo e na Neurônios da ponte
influenciam a frequência
•O cloreto é trocado com bicarbonato (o cloreto retorna para ponte e a profundidade da
respiração

o plasma em troca de bicarbonato, que volta para as


hemácias) •Influência:
o de sinais provenientes de receptores sensoriais
•O bicarbonato e o hidrogênio refazem o ácido carbônico,
periféricos e centrais
que é convertido em dióxido de carbono e água Cerebelo
ode centros encefálicos superiores Ponte

Centro inspiratório Centro expiratório


•O CO2 livre difunde-se para fora das hemácias e para Grupo respiratório dorsal Grupo respiratório ventral
Medula
dentro dos alvéolos
LEVY, M. N.; KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne & Levy, Fundamentos de fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

35 37 39

6
14/10/2023

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn

REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO

•Quimiorreceptores para dióxido de carbono e oxigênio:


Neurônios respiratórios:
associados à circulação arterial

1.núcleo respiratório dorsal: contém a maioria dos


•Pouco oxigênio no sangue arterial (que vai para os
neurônios inspiratórios (neurônios I), que controlam os tecidos): a frequência e a profundidade da respiração
músculos intercostais externos e o diafragma aumentam

2. núcleo respiratório ventral: contém neurônios que •Se a taxa de dióxido de carbono produzida pelas células
controlam a expiração ativa (neurônios E) e neurônios é maior do que aquela removida do sangue pelos
I+, que controlam a inspiração maior que a normal pulmões, a ventilação aumenta

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

40 42 44

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Centro pneumotáxico na ponte superior
• Essa área parece “desligar” ou inibir a inspiração REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO
• Regular o volume da inspiração e, secundariamente, a REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO
•Quimiorreceptores centrais: o mais importante controlador
frequência respiratória
• É O centro "ajuste fino" do ritmo respiratório, porque um químico da respiração é o DIÓXIDO DE CARBONO,
• Quimiorreceptores periféricos - aorta e carótida:
ritmo normal pode existir na ausência desse centro. mediado por quimiorreceptores centrais localizados no
detectam as mudanças na pressão de oxigênio, de
dióxido de carbono e de pH do sangue arterial. bulbo.
• Centro apnêustico ponte inferior
• Possui esse nome porque, se o cérebro de um animal • Quando são ativados pela redução do oxigênio, do pH •Esses receptores determinam o ritmo respiratório e
experimental for seccionado logo acima deste local, ou aumento do dióxido de carbono enviam potenciais de
suspiros prolongados de inspiração (apneus) fornecem estímulo contínuo para ao padrão gerador central.
interrompidos por esforços expiratórios transitórios serão
ação através dos neurônio sensitivos até o tronco
observados. encefálico.
•O dióxido de carbono cruza a barreira hematoencefálica e
• Os impulsos têm um efeito excitatório na área inspiratória • Os centros respiratórios enviam sinais pelo neurônio ativa os quimiorreceptores centrais, que sinalizam o padrão
da medula motor somático para os músculos esqueléticos que
• tendendo a prolongar os potenciais de ação da rampa. gerador central para aumentar a profundidade e a
controlam a ventilação, aumentando a ventilação.
frequência da respiração.

41 43 45

7
14/10/2023

Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn


SISTEMA RESPIRATÓRIO

REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO

• Centros encefálicos superiores afetam os padrões de


ventilação: centros superiores no hipotálamo e cérebro
podem alterar a frequência e profundidade da
respiração

Silverthorn, DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010

46 48

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO

• os quimiorreceptores respondem a mudanças de pH. • a respiração também é afetada pelo sistema límbico:
• O dióxido de carbono que se difunde para ao líquido atividades emocionais ou autônomas também podem
cerebroespinhal é convertido em bicarbonato e H+ : afetar a velocidade e a profundidade da respiração

CO2 + H2O H+ + HCO3- • temporariamente pode-se alterar a respiração


voluntariamente, porém não se pode sobrepor aos
• OBS.: o H+ livre no plasma não consegue atravessar a reflexos quimiorreceptores
barreira hematoencefálica
• Os processos mentais conscientes e inconscientes
podem afetar a atividade respiratória

47 49

Você também pode gostar