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A atividade II tem por objetivo fazer com que sejamos capazes de compreender como as

mudanças ocorridas no sistema fonológico do latim vulgar determinam uma reorganização no


sistema morfológico-gramatical do português e, assim, instauram novas marcas para o sistema
moderno. Segue abaixo minha compreensão sobre o mesmo.

A evolução do latim clássico para o latim vulgar gerou transformações


fonológicas/morfológicas, fazendo com que traços do latim clássico desaparecessem e
surgissem novos traços no latim falado e que foram consequentemente repassados ao
português.

Na evolução do latim ao sistema moderno, as perdas sofridas pelo português concentraram-se


nas flexões dos nomes latinos, nos casos e nas declinações: houveram reduções no número de
casos (que de seis, restou apenas um) e número de declinações (que restou três, das cinco
existentes no latim escrito). Sobre os nomes, as formas neutras dos substantivos e adjetivos
foram absorvidas, mudou-se o gênero de alguns nomes e perdeu-se a expressão gramatical
para a categoria semântica neutra. Tarallo (1990) usa como exemplo a palavra “mar” que na
língua arcaica era feminino e no português moderno passou para o masculino.

Em relação aos ganhos morfológicos no português moderno, Tarallo (1990) apresenta como
primeiro caso de ganho morfológico não-encaixado o emprego dos pronomes pessoais e o
nascimento do artigo nas línguas românicas. O surgimento das preposições e o nascimento do
futuro do pretérito também marcam os ganhos morfológicos no português moderno.

Tanto as percas quanto os ganhos morfológicos no português moderno deixam marcados que
a manutenção no inventário morfológico foi feita com base no latim falado.

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