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A QUEDA DO GÊNERO NEUTRO E CAMINHOS PARA UMA LÍNGUA MENOS

SEXISTA: DO LATIM CLÁSSICO AO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO -


ARTIGO BIBLIOGRÁFICO
Lorena Aparecida Abreu de Souza
Marcos Vinicius Correa Albuquerque
Natália Christina Moreira de Barros
Natália Sousa Teixeira

Resumo: Iniciamos esta pesquisa bibliográfica com objetivos de apontar mudanças ocorridas
no latim clássico e vulgar, investigando a queda do gênero neutro e sua criação recente no
português contemporâneo.Foram analisados e utilizados textos que acompanham e situam
nesse debate, de origem e perspectivas diversas da semântica da linguística.E por fim, se
propõe a apontar um caminho pouco explorado ao adotar a neutralidade na língua portuguesa,
ressignificando o objetivo de gênero neutro que o latim trazia consigo.
1. Introdução
Ao comparar o latim com o português percebe-se as disparidades na quantidade de gêneros,
enquanto o latim clássico utiliza três (masculino, feminino e neutro), o português é composto
por dois (masculino e feminino).Propusemos investigar tal disparidade e sua influência
quanto ao surgimento do gênero neutro na língua portuguesa, colocamos como ‘nascimento’
por ter objetivo dissemelhante ao da língua morta. Para tal feito foram selecionados três
artigos, em que situam esse debate em diferentes áreas da linguística.Oliveira, traz grandes
nomes da gramática normativa e “pontuando as questiúnculas relativas às divergências
causadas na necessidade de diferenciação entre o gênero real dos seres e o gênero gramatical
que lhes é atribuído” [sic] (2015, pg.22).O segundo tem olhos voltados para a morfossintaxe
e na linguística histórica, escrito por Monarreto e Pires (2012). Ambos apontam para a
extinção do gênero neutro no latim e se propõem a responder o porquê de sua ausência e
transformações durante a Dialetação do Latim ao Português Atual.E por fim, o último texto é
um mini manual para uso não sexista da língua, o qual aborda um novo parâmetro acerca do
gênero neutro no português, com objetivo diferente do gênero no latim, que seja capaz de
atender a uma nova necessidade dos falantes.
2. A queda do gênero neutro do latim: Questiúnculas sobre a divergência entre o gênero
real e o gênero gramatical.
Oliveira (2015) aponta a diferença que inspirou a pesquisar sua causa, a língua latina segue
um padrão de três gêneros sendo eles masculino e feminino, como no português, com o
ascréscimo do neutro, utilizado para se referir a seres inanimados e não-humanos. Contudo, a
discussão ganha novos aspectos ao observarmos o não seguimento de um padrão por parte do
genero neutro, causado pela divergência entre “gênero gramatical atribuida pela norma
padrão e o sexo real de seres” (OLIVEIRA 2015, pg:23).
2.1 O gênero gramatical e sexo real dos seres
O gênero gramatical indica sexo real ou sua suposição acerca dos seres, em um mundo
binário separara-se gêneros em dois, os seres animados são interpretados como masculinos ou
femininos. Trazemos exemplos de bovinos e felinos como ilustração da oposição do gênero
gramatical, no português, vaca (fêmea) e boi (macho) bem como gato (macho) e gata
(fêmea), apontando a coincidência de oposição de sexo com genero gramatical. Vaca e gata
sendo do gênero feminino e boi e gato do masculino.
A presença de epicenos, palavras de um único gênero gramatical para indicar pessoas de
ambos os sexos, também é citada sendo o gênero determinado pela presença do artigo
definido. Enquanto o sexo real dos seres é algo distinto, visto que ‘a casa’ apesar de ser uma
palavra no feminino, essa conclusão é possível pela presença do artigo “a” (feminino), não
tem atribuição real de genero a si. Por isso a presença do gênero neutro no latim, dando fim a
dificuldade de atribuir gênero a um elemento inanimado.
2.2 Influência do indo-europeu
Notamos a distinção entre português e latim ao analisarmos a estrutura semântica nas
construção de sentenças, ao passo que o português utiliza de artigos, preposições e recursos
outros para substituir os casos. Como citado anteriormente o latim é uma língua sintética, e
sua função sintática é observada nas terminações de vocábulos.(CARDOSO, 2003, p.22)
Desta forma, Faria elucida esta necessidade ao explicitar que “O gênero gramatical é uma
simples relação que une substantivo ao adjetivo que a êle se refere, sendo, pois, a
concordância dêste adjetivo que determina com precisão e clareza o gênero gramatical do
substantivo”.(1958, p.57-58).Por não haver artigos na língua latina, os romanos empregavam
pronomes demonstrativos anteriores a um substantivo para indicar gênero deste.
Concluir-se-à, a partir de Bagno, que seja uma probabilidade do indo-europeu primitivo
fundamenta-se o genero gramatical no sexo biológico real, de maneira que no latim clássico o
genero neutro inclua os seres inanimados e posteriormente esta distinção “perdeu todo o
vínculo com a realidade objetiva e o gênero se tornou uma categoria exclusivamente
gramatical e, portanto, arbitrária”. (BAGNO 2007, p. 30)
2.3 O desaparecimento do gênero neutro
Com a escoação da semântica da noção de gênero, o gênero neutro começa a desaparecer do
latim vulgar ao proto-romance e extinguir como categoria da gramática, além de a distinção
entre gêneros animado e inanimado não ser tão precisa e estável. Oliveira cita Bagno, a qual
pontua argumentos a fim de justificar o desaparecimento do terceiro gênero no latim, em
suma são eles: declinações (1ª) com terminação em -a, sendo todas femininas, não tendo
gênero neutro; os nomes que compreendiam a segunda terminação serem em sua maioria em
masculinos e neutro, e ao passar ao plural com terminação em -a confundia com o feminino;
como havia alguns nomes neutros na 3ª declinação, estes passaram para a 2ª, assumindo, em
consequência, o gênero masculino.

A partir da leitura do artigo de Oliveira (2015) concluímos que, ainda que o gênero neutro
tenha se extinguido é possível encontrar sua influência presente até hoje no portugues, a
partir da análise de pronomes demonstrativos como isto, isso, aquilo, e pronomes indefinidos
tudo, nada, algo e adjetivos e infinitivos substantivados, como Bagno (2007) e Santos
Sobrinho (2013) argumentam.

3.O que aconteceu com o gênero neutro Latino? Mudança da Estrutura Morfossintática
do Sistema Flexional nominal durante a Dialetação do Latim ao Português Atual
As autoras, Monaretto e Pires (2012), propõe um debate similar, contudo diferente ao utilizar
da linguística histórica de natureza morfológica para analisar a flexão de gênero presentes nos
nomes, em português arcaico, a partir da dialetação do latim para as línguas românicas.
Desenhar-se-à neste debate, mudanças ocorridas no eixo latim - português arcaico espelhadas
no português atual. Ressaltamos que, segundo as autoras, os dados do português arcaico são
de um momento de extrema variação, produto da falta de normatização em que foram
escritos.
Ainda que Monaretto e Pires (2012) utilizem parâmetros de sintagmas, o objeto de avaliação
é o mesmo de avaliação dos gramáticos ao determinar o desaparecimento do neutro no latim,
o substantivo, por ser o núcleo básico dentro do sintagma nominal. Observamos algumas
palavras do texto a Notícia de Fiadores de 1175, utilizadas pelas autoras para análise do
sistema flexional de gênero, são elas: noticia, fiadores, annos. Estas retratam a mesma
morfologia flexional dos dias atuais, não seguindo o padrão de terminações morfológicas
flexionais de acordo com o caso a que pertencessem. O texto do século XII prova a
simplificação que a língua latina passou. Saussure aponta este fenômeno como “motivações
fônicas", sendo causado pela variedade de falantes de diversas origens. Não simplificam
apenas nomes, acabam por reestruturar a organização das orações latinas em sua dialetação
para as línguas românicas. A função sintática é agora identificada pela ordem das palavras e
não caso dos nomes, as autoras apontam também uma outra função “ a função sintática
também passa a estar atrelada às relações semânticas entre os sintagmas da frase e há um
florescimento das preposições, essas últimas já existiam em latim ligadas, principalmente, aos
casos ablativo e acusativo, mas que, nas línguas românicas, passaram a marcar outras funções
sintáticas, com exceção da função de sujeito e de complemento direto de verbos” (2015,
p.4-5) Desta forma que a língua foi simplificada e reduzida (latim vulgar), informações sobre
gênero, número e funções não eram mais apontadas pelas terminações, Monaretto e Pires
apontam de maneira resumida, houve o desaparecimento da quarta e quinta declinações as
quais foram acrescentadas pelas primeiras três, passando os nomes de quinta declinação aps
da terceira, e os da quarta aos da segunda. Por conta da semelhança fônica e economia
funcional e estrutural. O desaparecimento se estendeu a todos os casos, com exceção do
nominativo e do acusativo. Futuramente o nominativo também entraria em extinção no
português arcaico, o único vestígio do latim clássico é a flexão de número. “Assim sendo, os
substantivos e os adjetivos da língua portuguesa conservam, quase que na sua totalidade, uma
forma oriunda do acusativo latino (caso lexicogênico do português), que passou a exercer a
função de sujeito, de objeto verbal e de objeto preposicionado.” (MONARETTO e PIRES,
2012, p.6)
3.1 Classe mórfica dos Nomes: Vogal Temática
As autoras colocam que as vogais temáticas classificam os nomes em língua portuguesa, o
mesmo ocorre no português contemporâneo preservando a mesma VT do português arcaico,
com pequenas diferenças. O portugues apresenta VTs [a, o, e] e Vt zero (Ø) para nomes
atemáticos, esses têm radical no singular quando terminado por fonemas consonantais /l, r, s,
n/. No período arcaico os nomes eram distribuídos segundo sua VT. Monaretto e Pires (2015,
p.161) utilizam de uma tabela para ilustrar estes dados:
NOMES TEMÁTICOS NOMES ATEMÁTICOS

VT<a> : guaravaia, alfaia, correa VT Ø: senhor, luz, paz, animal, baron.


Neste caso, a VT aparece na forma
VT <o> : mundo, amigo, desejo plural: senhores, luzes, pazes, animais,
barões.
VT <e>: morte, nome, saúde
Quadro 2: Divisão dos nomes quanto a vogal temática (VT).

E resumem as diferenças em: (Monaretto e Pires, 2015, p.161)


a) No período arcaico, nomes que hoje são incluídos no grupo VT eram pertencentes
ao grupo VT Ø, tais como: árvor, cárcer, mármor (árvore, cárcere, mármore).
b) São considerados atemáticos os nomes oxítonos terminado em vogal como pé, pó,
cru, nu — que possuíam a grafia no português arcaico pee, poo, cruu, nuu — este fato
permite a percepção de que a VT etimológica fundiu-se à vogal do radical por crase, o
que os tornaria nomes de VT explícita.
c) Há nomes, no período arcaico, que são terminados por vogal acentuada, mas com
VT Ø, como em fé.
d) São considerados atemáticos os nomes como amiga, filha, monja, por terem o –a
como morfema de gênero acrescentado ao radical, apagando o próprio do
correspondente amigo, filho, monge.
3.2 Gênero dos Nomes: No português atual as palavras podem ser femininas ou masculinas,
estes gêneros supracitados também estavam presentes nos nomes do latim vulgar, porém com
uma divergência pela existência do gênero neutro, ainda no idioma supracitado. Apesar da
não existência do gênero neutro no portugues, algumas palavras deste último gênero foram
absorvidas, por um dos gêneros (masculino ou feminino). A flexão de gênero do portugues é
identificada pela morfema -a para feminino e morfema zero (Ø) para masculino, tal qual no
singular e morfema -s para plural.(CÂMARA JR. 1999)
4. O desaparecimento do gênero neutro
Ainda que o gênero neutro se referisse a seres inanimados, estes ainda conseguem ser do
masculino ou feminino. Alguns motivos que levaram o desaparecimento do gênero neutro: os
falantes utilizarem a forma masculino em detrimento do neutro, isso era resultado do latim
permitir a escolha de gênero de seres inanimados aos falantes.A confusão com gênero
masculino dos casos nominativo, vocativo e acusativo pode também ter influenciado no
desaparecimento do terceiro gênero, por ter terminações idênticas no dois gêneros e confusão
fonética pela queda no latim vulgar, do -s e -m final nas palavras, por não ser possível
diferenciar as formas masculinos a única evidência de distinção foi apagada e absorvida pelo
gênero masculino. Seguindo essa tendência, palavras terminadas em -a foram absorvidas pelo
feminino. (Monaretto e Pires, 2012)
As autoras terminam por concluir o mesmo que Oliveira, no portugues atual são poucos
rastros, contudo ainda vemos neutralidade no grupo de pronomes tudo, isso, aquilo, algo.
O desaparecimento de casos novos artigos e nomes sendo reposicionados nos gêneros
restantes seguindo a VT foram fatores responsáveis pelo desaparecimento do terceiro gênero,
ainda no latim vulgar.

4. O gênero neutro no português contemporâneo e uma possível alternativa para seu uso
geral

Percebemos a necessidade de um gênero neutro no portugues brasileiro à medida que novas


identidades sociais de gênero surgiram e não se identificam em uma sociedade binária, além
de se propor a incluir essas pessoas na linguagem, é repensar na língua de maneira menos
sexista. Anterior a este, o português como o latim vulgar, tinha dos gêneros, masculino e
feminino, que eram atribuídos até a seres inanimados, que não possuem sexo real.
Ativista LGBTQI+ (ZAMBRANO, 2022) vem repensando a língua portuguesa e sua
marcação de gênero, o que antes era debatido dentro de redes sociais transborda para o
mundo real. Algumas adaptações foram feitas, substituir artigos definidos por ‘e’ ou ‘u’ ou o
uso de ‘@’ ou ‘x’ no lugar da marcação, porém estes últimos causavam confusões com AI de
acessibilidade para pessoas com baixa visão . Diante desse cenário, analisamos o manual do
governo do estado do Rio Grande do Sul (2014) que propõe uma linguagem menos sexista.
O manual incita um momento de reflexão ao expor como a língua não é natural, é uma
construção social e histórica, que apresenta pluralidade em diferentes culturas, uma marcação
do comportamento antropológico de uma sociedade. Refletindo comportamentos e ideais, de
forma a perpetuar desigualdades e discriminações com mulheres.
Teresa Meana (2002, p.11) traz um conceito a fim de ilustrar esse debate, “o androcentrismo é
o enfoque nas pesquisas e estudos de uma única perspectiva: a do sexo masculino”. “Esse
androcentrismo é tão relevante que influencia a ordem das palavras, no conteúdo semântico
de certos vocábulos ou no uso do masculino como genérico para ambos os sexos” (2014,
p.24)
O manual dedica um capítulo para debater a análise do uso do gênero gramatical masculino
no português atua como um pretenso não-marcado, e por substantivos neutros não existirem o
texto propõe uso de semântica neutra a partir de pronomes demonstrativos, estratégia que
pode ser aplicada até em documentos.
Além desta estratégia, especificar o gênero de quem se refere ao invés de usar o masculino
como neutro, como nos quadros abaixo:

Página 55 (Manual para uso não sexista da linguagem, 2014)

A proposta do manual é uma linguagem marcada pela clareza, concordância e coerência entre
o significado das palavras e o significante do que realmente queremos comunicar (2014,
p.57). Ao parar de atribuir o não-marcado ao masculino mudamos a percepção de gênero
neutro e caminhamos para uma linguagem menos sexista, sendo a língua o reflexo da
sociedade que a utiliza (FRANCO e CERVERA, 2006, p. 5)

5. Conclusão
Concluímos, ainda, que o gênero neutro tenha se extinguido na passagem do latim clássico
para o latim vulgar, consequência de terminações similares e extinção de declinações, no
entanto, sua influência sobrevive no portugues contemporâneo, como em pronomes
demonstrativos exemplificados. Pensando a língua como algo mutável e fluido, é natural que
essa mude, de maneira planejada ou não.Quando o falante percebe algo na língua é capaz de
alterar, essa sendo um objeto vivo e de mudanças constantes. “Uma língua não é um mero
instrumento de comunicação, mas tem funções simbólicas muito importantes no seio de uma
sociedade…Uma política linguística diz respeito muito mais às funções simbólicas da língua
do que a suas funções comunicativas.” [sic] (FIORIN, 2000).O campo do gênero neutro ainda
é algo novo na área da linguística e falantes se recusam a ser adeptos a este, no artigo
expomos materiais que se propõe a dar fim a uma linguagem sexista e binária.
A comunicação, quando não abre espaço de acolhimento para seus falantes, e esta
necessidade de não binaridade se torna mais recorrente é preciso repensar seu uso e se
necessário, uma gramática mais inclusiva. Ainda que, isso signifique reestruturar uma língua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA. Thiago Soares de. A QUEDA DO GÊNERO NEUTRO DO LATIM:
QUESTIÚNCULAS SOBRE A DIVERGÊNCIA ENTRE O GÊNERO REAL E O GÊNERO
GRAMATICAL. Revista Philologus / Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e
Linguísticos. – Ano 21, No 63, P.22-30(set./dez.2015) – Rio de Janeiro: CiFEFiL. 174 p. il.
BAGNO, M. Gramática histórica: do latim ao português brasileiro. Brasília: UnB, 2007.
SANTOS SOBRINHO, J. A. Dois tempos da cultura escrita em latim no Brasil: o tempo da
conservação e o tempo da produção, 2013. Tese (Doutorado). – Programa de Pós-graduação
em Língua e Cultura, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
CARDOSO, Z. de A. Iniciação ao latim. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.
MONARETTO, Valéria Neto de Oliveira. PIRES, Caroline de Castro.O que aconteceu com
o Gênero Neutro Latino? Mudança da Estrutura Morfossintática do Sistema Flexional
nominal durante a Dialetação do Latim ao Português Atual. Revista Mundo Antigo – Ano I,
V. 01, N. 02– Dezembro – 2012 ISSN 2238-8788 (p.1-18)
CÂMARA JR., Dicionário de Linguística e Gramática. Petrópolis: Vozes, 1999.
ZAMBRANO, Priscila Cristina. Linguagem inclusiva em destaque: pesquisa, análise e
divulgação dos xis da questão. São Carlos-SP.UFSCar, 2022.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Manual para o uso não sexista da
linguagem. Rio Grande do Sul. 2014
SUARÉZ, Teresa Meana. Por que las palabras no se las lleva el viento…Por un uso no sexista
de la lengua. Editora: Ayuntamiento de Quart de Poblet. Valência, Espanha. 2002
FRANCO, Paki Venegas e CERVERA, Júlia Pérez. O manual para o uso não sexista da
linguagem. Aliusprint S.A. de C.V. Cidade do México, 2006
FIORIN, José Luiz. Política linguística no Brasil. Gragoatá, n. 9, p.221-231, 2, sem. 2000.
Niterói-Rio de Janeiro.

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