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ISBN: 978-65-991603-6-3
DOI: 10.46311/978-65-991603-6-3
CDD – 080
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O USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
Ana Luiza Nunes da Silva, Eduarda Jirardi*, Vivian Taciany Bonassoli Shima, Jacqueline
Godinho
RESUMO
A depressão é uma afecção mental que acomete grande parte da população mundial, e
devido às suas repercussões vem sendo alvo de estudo nos últimos tempos, principalmente
à cerca do tratamento. Nesse sentido alguns estudos vêm mostrando certa refratariedade aos
tratamentos clássicos, indicando a existência de algum outro fator envolvido na fisiopatologia
da depressão. Baseado nisso, os neuroimunomoduladores estão sendo investigados, como
os mediadores inflamatórios, e alguns estudos abordados aqui evidenciam o aumento de
componentes inflamatórios nos transtornos depressivos. Objetivando investigar o uso e efeito
de anti-inflamatórios em doenças neurológicas e psiquiátricas, especificamente na depressão,
esta pesquisa exploratória será realizada.
INTRODUÇÃO
Como apontado por Lage (2010), sabe-se que a depressão é uma doença que afeta o
indivíduo integralmente, ou seja, compromete a saúde mental e física da pessoa, aumentando
a morbimortalidade desses indivíduos já que pode levar a ideações suicidas e sabidamente
piorar o prognóstico de doenças pré-existentes. Devido ao seu impacto e a prevalência desse
transtorno nas sociedades, esta doença é alvo de estudos há anos, a fim de se estabelecer a
fisiopatologia envolvida nesta desordem, bem como o tratamento ideal (PERITO; FORTUNATO,
2012). Baseado nisso, alguns dados epidemiológicos foram levantados e sugeriram uma certa
ineficácia dos atuais tratamentos antidepressivos, como o estudo publicado no Jornal Americano
de Psiquiatria, que demonstrou que 30% dos pacientes com depressão não responderam ao
uso dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina – cuja sigla comumente usada é ISRS
(ALLISON; DITOR, 2014).
Ainda segundo Allison e Ditor (2014), o mesmo estudo mostrou que dos pacientes
que respondem adequadamente à medicação, de 20 a 80% sofrem recaídas com episódios
depressivos dentro de 1 a 5 anos. A aparente ineficácia dos tratamentos convencionais sugere
o envolvimento de mecanismos ainda não esclarecidos no processo da depressão.
Com base nisso, vemos a necessidade de se investigar o papel de outros
neurotransmissores ou neuroimunomoduladores no desenvolvimento dessa patologia, sendo
os mediadores inflamatórios importantes agentes dessa investigação. Com isso, justifica-se a
investigação da relação de mecanismos neuroinflamatórios com a fisiopatologia dos transtornos
depressivos, além da pesquisa da efetividade do tratamento com anti-inflamatórios, já que pode
resultar em terapias alternativas, beneficiando os pacientes não responsivos aos tratamentos
atuais.
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Portanto o objetivo é investigar o uso de anti-inflamatórios em doenças neurológicas e
psiquiátricas, bem como elucidar a fisiopatologia dos transtornos depressivos, descrever como
os processos inflamatórios podem estar envolvidos no início e manutenção dos transtornos
depressivos, analisar dados que demonstrem a efetividade e contribuição dos anti-inflamatórios
no tratamento do transtorno depressivo, buscando uma associação entre tais informações,
investigar se há propriedades anti-inflamatórias nos fármacos preconizados para o tratamento
da depressão e facilitar o acesso a diversos dados recolhidos e unidos num único trabalho, para
que possam serem usados em trabalhos posteriores.
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
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Além disso, patologias associadas a anormalidades inflamatórias – obesidade, diabetes,
artrite reumatoide, esclerose múltipla – são fatores de risco para depressão e transtorno bipolar,
o que sugere a presença de um amplo processo inflamatório, incluindo neuroinflamação,
na depressão (NAJJAR, 2013). Ademais, o estudo publicado por Lu et al. (2018) na Revista
Fundamental & Clinical Pharmacology, “Tauroursodeoxycholic acid produces antidepressant-like
effects in a chronic unpredictable stress model of depression via attenuation of neuroinflammation,
oxido-nitrosative stress, and endoplasmic reticulum stress” e o estudo “Neuroinflammation
and psychiatric illness”, publicado no Journal of Neuroinflammation sugerem que alguns anti-
inflamatórios podem desempenhar um importante papel adjuvante no tratamento de distúrbios
psiquiátricos em animais e em humanos, respectivamente, sugerindo uma relação positiva entre
transtornos mentais e a presença de neuroinflamação.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALLISON, D. J.; DITOR, D. S. The common inflammatory etiology of depression and cognitive
impairment: a therapeutic target. Journal of Neuroinflammation, v. 11, n. 1, p. 1-12, 2014.
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