Você está na página 1de 2

Na Feira do meu lugar

Liduina Vidal

Julieta é uma garota esperta.


Nos sábados ele gosta de ir à feira.
Uma vez os primos da capital foram juntos.
Ela mostrou tudo, e falou toda faceira.

Olhem primos que beleza,


é a cultura popular.
Fiquem de olhos bem abertos.
Sei que vocês vão gostar!

Tem rapadura, alfinin, batida


cocada, doce de leite, compota de sapoti.
Farinha, goma, carne seca, paçoca.
Feijão de corda, manteiga de garrafa e doce de buriti.

Para curar as doenças, folha, raiz, casca, flor


Mucunã, pedra hume, sal grosso e favo de mel
Banha de cobra, garrafada, xarope, jatobá
Breu, couro de veado e chocalho de cascavel.

Na banca de aviamentos
Tem linha, agulha, botão, elástico e fita
Rede, pano de prato, toalha de mesa
Renda de bilro, colcha de retalho, e vestido de chita.

Maria da serra traz,


os objetos de barro.
Quartinha, prato, e copos,
alguidar, panela, e xícara
canecos, potes e jarros.

Tem cordel para todo gosto.


História de herói e bandido,
principes e princesas e bichos
cobra, calango e boi mungido.

Calças de couro, alpargatas, sandálias,


bolsas, alforjes, chapéus e gibãos,
Também tem baús e canastras,
Lindo e caprichados, todos feitos a mão.

Quando a fome aperta


Tem a barraca do José,
Panelada, sarapatel, muncunzá, caldo,
tapioca, pé de moleque, cuscuz e café.

Na barraca dos brinquedos,


Tem pião, boneca de pano, e laço de fita
corda, triângulo, rói roi , apito,
e carrinho de flandre, baladeira e pipa.

Lá no final da feira
tem forró pra quem gostar.
Tem repentista e viola
para o povo se alegrar.

Os primos da cidade se encantaram com a história


Reconhecendo a família a partir dessas memórias
Voltaram para cidade e como todo turista
Descobriram que o folclore torna o povo artista.

Você também pode gostar