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Drummond Cad 2 Setor A Bio Separatas
Drummond Cad 2 Setor A Bio Separatas
Setor A
Setor 3405
Prof.:
aula 9 ............... AD h...............TM h............... TC h ................ 200
aula 10 ............... AD h...............TM h............... TC h ................ 200
aula 11 ............... AD h...............TM h............... TC h ................ 205
aula 12 ............... AD h...............TM h............... TC h ................ 205
aula 13 ............... AD h...............TM h............... TC h .................210
aula 14 ............... AD h...............TM h............... TC h .................210
aula 15 ............... AD h...............TM h............... TC h .................214
aula 16 ............... AD h...............TM h............... TC h .................214
O Reino Animal é constituído por organismos eucarióticos, pluricelulares e com diferenciação celular. Podem
se organizar em tecidos (a maioria) ou não e são heterótrofos.
Nestas aulas serão estudados os poríferos, os cnidários, os platelmintos, os nematelmintos, os anelídeos, os
moluscos e os equinodermos.
Os poríferos (ou esponjas) apresentam células especializadas, mas sem a organização em tecidos. São ex-
clusivamente aquáticos, sésseis e filtradores.
Medusas, hidras, anêmonas e corais são exemplos de cnidários (anteriormente chamados de celenterados).
Vivem exclusivamente em meio aquático, apresentam tentáculos ao redor da boca, são carnívoros predadores e
podem apresentar-se em duas formas: medusas (móveis) e pólipos (sésseis).
JOE BELANGER/SHUTTERSTOCK
ETHAN DANIELS/SHUTTERSTOCK
Nas esponjas ocorre a entrada de água através dos poros e a
saída pelo ósculo. Essa filtração permite que o animal obtenha
Cnidários: anêmona (pólipo). partículas alimentares para a sua nutrição.
Os vermes são animais invertebrados de corpo alongado que podem ser achatados (platelmintos), cilíndricos
e lisos ou não segmentados (nematelmintos ou nematódeos) ou cilíndricos e segmentados (anelídeos).
ERIC GRAVE/SCIENCE PHOTO LIBRARY
A
INCLAIR STAMMERS/
SCIENCE PHOTO LIBRARY
VALENTINA RAZUMOVA/SHUTTERSTOCK
B C
Exemplos de
(A) platelminto: planária;
(B) nematelminto: áscaris;
(C) anelídeo: minhoca.
ETHAN DANIELS/SHUTTERSTOCK
atrito e facilita o
co, mas alguns, como o áscaris e o ancilóstomo, deslocamento)
são parasitas. Os anelídeos vivem em ambien-
te aquático e em solo úmido. A minhoca é um
exemplo de anelídeo de solo úmido que apresenta
grande importância agronômica e ecológica.
Os moluscos são animais de corpo mole orga-
nizado em: cabeça, com órgãos sensoriais eviden-
tes, como olhos e tentáculos; pé muscular ventral;
e massa visceral dorsal (conjunto de órgãos inter- Tentáculo
nos que ocupam a cavidade corporal). A maioria (sensorial)
vive na água (salgada ou doce) e alguns em meio O caracol (univalve) tem o pé muscular ventral adaptado para
terrestre úmido, como o caracol e a lesma. rastejar.
Os moluscos podem apresentar uma ou duas
conchas secretadas pela epiderme dorsal (manto
ou páleo) ou ausência de concha. Os caracóis e
RICH CAREY/SHUTTERSTOCK
os caramujos (univalves) apresentam uma concha,
enquanto as ostras e os mariscos (bivalves), duas.
Os polvos (sem concha) e as lulas se deslocam por
jato propulsão devido a um sifão exalante, auxi-
liado por tentáculos que também têm função de
locomoção e estão localizados próximos à cabeça
(cefalópodes).
Os equinodermos são exclusivamente ma-
rinhos, têm um endoesqueleto calcário e apre-
sentam sistema hidrovascular ou ambulacrá-
rio exclusivo, no qual circula água do mar. Os
exemplos mais comuns são as estrelas-do-mar e
Estrela-do-mar.
o ouriço-do-mar.
ARTRÓPODES
Artrópodes (do grego arthron: articulação e podos: pé): animais com corpo segmentado, apêndices articulados
(patas, antenas, palpos, etc.) e exoesqueleto orgânico com quitina.
Mudas ou ecdises: trocas periódicas do exoesqueleto durante o crescimento.
Os artrópodes apresentam todos os sistemas: digestório completo, respiratório, circulatório, muscular,
sensorial e nervoso.
São encontrados na maioria dos ambientes da natureza: aquáticos marinhos e de água doce, solo úmido
e seco.
Classificação e exemplos
As três classes principais são:
I. Crustáceos (do latim crusta: carapaça dura) ou branquiados. Exemplos: camarões, siris, caranguejos,
lagostas, pitus, tatuzinhos de jardim, baratinhas-da-praia, cracas (fixos), etc.
II. Insetos ou hexápodes (do grego hexa: seis e podos: pés). Exemplos: moscas, besouros, baratas, pulgas,
piolhos, percevejos, gafanhotos, pernilongos, abelhas, cupins, formigas, etc.
III. Aracnídeos. Exemplos: aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros, etc.
T CT
CT 3
2
3
3
4
Asas 4
A A
5 A
Aprenda a distinguir as classes pela anatomia externa, observando: divisões do corpo, existência e número de antenas, número de pernas
e outros apêndices exclusivos (pedipalpos, quelíceras). A: abdome, C: cabeça; T: tórax; CT: cefalotórax; 1, 2, 3, … pernas articuladas.
CORDADOS
São animais encontrados em todos os ambientes e apresentam uma enorme diversidade.
Características exclusivas
Notocorda ou corda dorsal (bastão para a sustentação do corpo);
tubo nervoso dorsal;
fendas na faringe;
cauda pós-anal.
Notocorda
Tubo
digestório
Embrião
Ânus
Cauda
pós-anal Corte transversal esquemático
na altura da faringe
Faringe com fendas
2 (FMABC-SP) Abaixo temos uma tira de quadrinhos e, em seguida, dois gráficos indicados por A e B, que
mostram, de forma simplificada, a taxa de crescimento de animais pertencentes a diferentes filos.
H-16
H-17
FERNANDO GONSALES
Taxa de crescimento
Taxa de crescimento
A B
Tempo Tempo
6
1
2 4
7
3
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
AULA 9 AULA 9
Leia o resumo das aulas. Leia os itens 1 a 3 do Texto teórico das aulas 9 e 10.
Faça o exercício 1, série 3; e 1, série 4, do Faça os exercícios 2 e 3, série 3; e 2, série 4, do
Caderno de exercícios – Biologia B. Caderno de exercícios – Biologia B.
AULA 10 AULA 10
ANOTAÇÕES
ESQUISTOSSOMOSE OU BARRIGA-D’ÁGUA
O que é: endemia causada pelo Schistosoma mansoni, um verme platelminto que vive nas veias entre o
intestino e o fígado.
A doença: resulta da obstrução das veias que chegam ao fígado trazendo sangue principalmente do intes-
tino e do baço. Essa obstrução se deve a uma reação do organismo à presença de ovos do verme, que provoca o
aumento do tamanho do fígado e do baço. Por causa disso, a pressão nesses vasos aumenta, com extravasamento
do líquido que se acumula dentro do abdome (barriga-d’água).
Vermes
adultos
Vasos sanguíneos do
intestino e do fígado Ser humano doente
(barriga-d’água)
Ser humano
(hospedeiro
definitivo)
Ovo
Penetração pela
pele do hospedeiro Miracídio
(larva ciliada)
Larva
cercária
Caramujo planorbídeo
(hospedeiro intermediário)
Ciclo de vida do verme Schistosoma mansoni. Dois hospedeiros são necessários para que esse verme complete o seu ciclo de vida: o
ser humano e o caramujo de água doce, do gênero Biomphalaria (planorbídeo). O ciclo interno representa as fases da metamorfose
do esquistossomo. Os adultos vivem no ser humano, os ovos podem ser encontrados nas fezes humanas e as fases larvais ciliadas
são encontradas em água doce.
1. Aquisição
de teníase 14. Cisticercose
humana
12. Carne suína malcozida,
com cisticercos vivos
9. Embriões libertam-se
no intestino do porco 7. Ovo microscópico
com
c embrião hexacanto
8. O porco
p contamina-se (5 seis ganchos)
pelas
pelaas fezes humanas
Ciclo de vida da tênia do porco (Taenia solium) só se completa com dois hospedeiros: o ser humano, hospedeiro da tênia adulta, e o
porco, hospedeiro das larvas (cisticercos).
Profilaxia:
saneamento básico;
identificação e tratamento dos doentes;
fiscalização da qualidade da carne;
evitar comer carne crua ou malpassada de porco ou de boi;
evitar a ingestão de água ou de verduras cruas se há risco de contaminação fecal humana, ferver água de
origem suspeita e lavar bem verduras e legumes consumidos crus, cuidados com a higiene das mãos e ao
manipular alimentos (prevenção da cisticercose humana).
ASCARIDÍASE
O que é: infestação do intestino delgado humano pelos adultos do áscaris.
A doença: os vermes competem com o hospedeiro humano pelos alimentos. Frequentemente é assintomática
ou com sintomas gerais, e o indivíduo não relaciona os sintomas com alguma doença gastrintestinal. Sua ocorrência
só pode ser confirmada pelo exame de fezes em que são encontrados ovos do parasita.
Agente etiológico: Ascaris lumbricoides. Vermes nematelmintos dioicos com dimorfismo sexual, fecundação
interna, ovíparos e com desenvolvimento indireto.
Hospedeiros: o ser humano é o único hospedeiro.
O ciclo: fecal-oral. As fêmeas adultas eliminam os ovos junto com as fezes humanas no meio ambiente. Os ovos
contaminam a água ou as verduras e outros alimentos, que ingeridos crus veiculam esses ovos para o ser humano.
Transmissão: ingestão de água e alimentos crus, principalmente verduras, com ovos do verme.
Contaminação do ambiente: fezes humanas com os ovos eliminadas diretamente em meio terrestre úmido.
Profilaxia: medidas profiláticas para doenças de ciclo fecal-oral.
1 (UEMG) Considere a ilustração a seguir: 3 (UFMG) Organismos que apresentam corpo divi-
dido em proglotes, com escólex na parte anterior
H-16 H-16
e sem tubo digestório, podem parasitar o homem
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através de:
a) contato com água contaminada.
b) ingestão de carne malcozida.
c) pés descalços.
d) picada de inseto.
e) transfusão de sangue.
AULA 11 AULA 11
Leia o resumo das aulas. Leia o item 1 do Texto teórico das aulas 11 e 12.
Faça os exercícios 6 e 8 do Caderno de exercícios, Faça os exercícios 4 a 8 do Rumo ao Enem.
série 3 – Biologia B.
AULA 12
AULA 12
Faça os exercícios da Atividade extra.
Faça os exercícios 3 e 7 do Caderno de exercícios,
série 4 – Biologia B.
ATIVIDADE EXTRA
1 (Unicamp-SP) A teníase e a cisticercose são doenças parasitárias que ainda preocupam as entidades
sanitaristas. São medidas que controlam a incidência de casos dessas parasitoses:
H-16
a) lavar bem os alimentos e tomar água fervida ou filtrada, para evitar a ingestão de ovos dos platelmintos
H-30
causadores dessas doenças; e controlar as populações de caramujos, que são hospedeiros interme-
diários dos platelmintos.
b) ingestão de ovos dos nematelmintos, além de cozinhar bem as carnes de porco e de boi, ambos
portadores desses nematelmintos.
c) ingestão de cisticercos; e controlar a população de insetos vetores, como o barbeiro, que transmite
os ovos do parasita ao picar o homem.
d) ingestão de ovos do parasita; e cozinhar adequadamente as carnes de porco e de boi para evitar a
ingestão de cisticercos.
2 (Fuvest-SP) Uma criança foi internada em um hospital com convulsões e problemas neurológicos. Após
vários exames, foi diagnosticada cisticercose cerebral. A mãe da criança iniciou, então, um processo
H-16
contra o açougue do qual comprava carne todos os dias, alegando que este lhe forneceu carne conta-
minada com o verme causador da cisticercose. A acusação contra o açougue:
a) não tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pela ingestão de ovos de tênia eliminados nas
fezes dos hospedeiros.
b) não tem fundamento, pois a cisticercose não é transmitida pelo consumo de carne, mas, sim, pela
picada de mosquitos vetores.
c) não tem fundamento, pois a cisticercose é contraída quando a criança nada em lagoas onde vivem
caramujos hospedeiros do verme.
d) tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pelo consumo de carne contaminada por larvas
encistadas, os cisticercos.
e) tem fundamento, pois a cisticercose é transmitida pelo consumo dos ovos da tênia, os cisticercos, que
ficam alojados na carne do animal hospedeiro.
ANOTAÇÕES
ABSORÇÃO
A maioria dos nutrientes obtidos no processo digestivo (aproximadamente 90%) é absorvida no intestino
delgado (principalmente no jejuno e no íleo). A ocorrência de dobras na parede interna do intestino delgado, as
vilosidades, e de evaginações nas células da camada interna de revestimento, as microvilosidades, aumentam a
superfície de absorção dos nutrientes. A água e os sais minerais são absorvidos principalmente no intestino grosso.
EXERCÍCIOS
H-17
É correto afirmar que as digestões de proteínas, de lipídios e de carboidratos estão representadas, respec-
tivamente, pelas curvas:
a) 1, 2 e 3. d) 3, 2 e 1.
b) 2, 1 e 3. e) 1, 3 e 2.
c) 2, 3 e 1.
4 (UPE) De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 500 milhões de pessoas sofrem
de obesidade. A cirurgia bariátrica tem sido utilizada no tratamento da obesidade mórbida, que acomete
H-14
pessoas com o índice de massa corporal (IMC) superior a 40. Uma das técnicas desse tipo de cirurgia é de-
H-17 nominada de Capella, que liga o estômago ao fim do intestino delgado.
Estômago
Estômago
(desviado)
Bolsa
Jejuno
Duodeno
Jejuno
Duodeno
(desviado)
Intestino
delgado
Qual das alternativas abaixo apresenta justificativa CORRETA quanto ao procedimento denominado Capella?
a) O alimento que chega ao intestino já foi completamente digerido no estômago.
b) Ao se diminuir o percurso no intestino delgado, limita-se a absorção dos alimentos que acontece princi-
palmente nessa região.
c) A ação do suco pancreático é otimizada pelo menor tamanho do intestino delgado.
d) A proximidade com o intestino grosso promoverá uma maior recuperação de água no bolo alimentar e
consequentemente maior sensação de saciedade.
e) A absorção de carboidratos no estômago é preservada, no entanto a absorção no intestino grosso é
eliminada.
AULA 13 AULA 13
Leia o resumo das aulas. Leia o Texto teórico das aulas 13 e 14.
Faça o exercício 4 do Caderno de exercícios, série Faça o exercício 1 da Atividade extra.
8 – Biologia B.
AULA 14
AULA 14 Faça os exercícios 7 e 8 do Caderno de
exercícios, série 8 – Biologia B.
Faça os exercícios 1 e 6 do Caderno de exercícios,
série 8 – Biologia B. Faça o exercício 2 da Atividade extra.
Faça os exercícios 11 e 13 do Rumo ao Enem.
ATIVIDADE EXTRA
1 (Fuvest-SP) Na história evolutiva dos metazoários, o processo digestivo:
H-14 a) é intracelular, com hidrólise enzimática de moléculas de grande tamanho, a partir dos equinodermos.
b) é extracelular, já nos poríferos, passando a completamente intracelular, a partir dos artrópodes.
c) é completamente extracelular nos vertebrados, o que os distingue dos demais grupos de animais.
d) passa de completamente intracelular a completamente extracelular, a partir dos nematelmintos.
e) passa de completamente extracelular a completamente intracelular, a partir dos anelídeos.
2 (UFMG) A doença celíaca consiste em um distúrbio inflamatório do intestino delgado que ocorre em
H-14
indivíduos com sensibilidade ao glúten e à ingestão de trigo, centeio ou cevada.
Analise estas duas figuras, em que está representada uma região do intestino delgado em um indivíduo
H-17
normal – I – e em um indivíduo com doença celíaca – II.
I II
Considerando-se a alteração estrutural representada na Figura II, é INCORRETO afirmar que indivíduos
portadores de doença celíaca podem apresentar:
a) baixa produção de hemoglobina.
b) diminuição da densidade mineral óssea.
c) aumento da absorção de água.
d) retardo do crescimento corporal.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema cardiovascular é responsável pelo transporte de substâncias pelo corpo.
Estruturas típicas do sistema cardiovascular: coração e vasos (órgãos) e sangue (tecido).
Vênula
Capilar
Válvula
Endotélio
Comparação entre artéria, veia
Camada média
e capilar. Note a diferença na
Camada externa espessura da camada média onde
Artéria Veia se encontra a musculatura da
artéria e da veia e a presença da
válvula apenas na veia. Observe
ainda que artéria é o vaso que sai
do coração, e veia é o vaso que
chega ao coração.
c) Sangue: tecido líquido que circula nos vasos e é constituído pelo plasma (componente líquido) e elemen-
tos diferenciados (componente sólido formado por células e fragmentos celulares) em suspensão no plasma. Em
relação às concentrações de gás oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2), o sangue pode ser:
Sangue arterial: sangue com maior concentração de O2.
Sangue venoso: sangue com maior concentração de CO2.
CIRCULAÇÃO HUMANA
O coração humano
Há dois grandes vasos que chegam ao coração humano trazendo sangue venoso do corpo: a veia cava infe-
rior que traz sangue do tronco e dos membros e a veia cava superior que traz sangue da cabeça. Essas veias
chegam ao ventrículo direito, de onde o sangue venoso é impulsionado aos pulmões pela artéria pulmonar que
logo após emergir do coração se bifurca em artéria pulmonar esquerda e artéria pulmonar direita.
Após as trocas gasosas nos pulmões (hematose), o sangue oxigenado, agora denominado arterial, retorna ao
coração pelas veias pulmonares, desembocando no ventrículo esquerdo, de onde é bombeado para o corpo
(circulação sistêmica), conduzido pela artéria aorta.
As valvas impedem o refluxo de sangue. Do ventrículo direito para o átrio direito temos a valva tricúspide e
do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo encontra-se a valva bicúspide. As cúspides são membranas fibrosas
EXERCÍCIOS
1 (Fuvest-SP – Adaptada) O esquema a seguir mostra um coração humano em corte. O gráfico mostra a varia-
ção da pressão sanguínea no ventrículo esquerdo durante um ciclo cardíaco, que dura cerca de 0,7 segundo.
H-14
H-17
Em qual das etapas do ciclo cardíaco, indicadas pelas letras, ocorre o fechamento das valvas atrioventriculares?
a) A b) E c) H d) I e) M
1
3
4 2
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
AULA 15 AULA 15
Leia o resumo das aulas. Leia o Texto teórico das aulas 15 e 16.
Faça os exercícios 5 e 6 do Caderno de exercícios, Faça os exercícios 2 a 4 do Caderno de
série 9 – Biologia B. exercícios, série 9 – Biologia B.
AULA 16 AULA 16
ATIVIDADE EXTRA
1 (Fuvest-SP) O esquema a seguir representa o coração de um mamífero.
H-14 2 5
1 3
H-17 Veia cava
inferior 4
8
6
H-17
ANOTAÇÕES
AULAS 9 e 10
Os principais grupos animais são poríferos, cnidários, vermes (platelmintos, nematelmintos e anelídeos),
artrópodes, moluscos, equinodermos e cordados.
Esses animais serão estudados em ordem crescente de complexidade, na qual destacaremos as “novidades”
estruturais que cada grupo apresenta em relação ao(s) anterior(es). Assim, depois que uma ou mais características
são “inauguradas” por um grupo, elas estarão em todos os grupos de maior complexidade.
1. PORÍFEROS
Os poríferos (ou esponjas) são animais simples e de células especializadas, mas que não estão organizadas
em tecidos ou órgãos. São exclusivamente aquáticos (marinhos e água doce), sésseis e filtradores. Seu corpo é
atravessado por um fluxo constante de água, do qual o animal retira partículas alimentares capturadas por fago-
citose. A digestão é intracelular.
A água penetra permanentemente no animal através dos poros existentes na parede corporal, formada por
duas camadas de células, e sai por uma abertura maior, o ósculo. Portanto, o fluxo de água que percorre esses
animais é unidirecional: poros → cavidade corporal → ósculo.
Esse fluxo constante da água é mantido pelo movimento dos flagelos dos coanócitos, células exclusivas
desse grupo, que revestem internamente a cavidade corporal. Essas células são responsáveis também pela captura
e digestão dos alimentos, que depois são distribuídos para as demais células do corpo das esponjas.
Coanócito
Pinacócito
(célula de revestimento)
Ósculo
Porócito
(entrada de água)
Átrio
ou
espongiocele
NH3
(excreção)
Digestão
intracelular O2
(trocas gasosas)
Observa•‹o: Digestão
CO2
intracelular (coanócitos
Amebócito e amebócitos), trocas
gasosas por difusão,
excreção nitrogenada
por difusão.
Amebócitos
(digestão intracelular
transporte)
Cnidocílio
(cílio sensível ao toque)
Opérculo
Cnidócito ou
Cnidoblasto
Filamento
urticante
Hidra: padrão de organização corporal de um pólipo com as células que formam a parede do corpo. Note a célula urticante, o cnidócito,
que é exclusiva desses animais.
Os esqueletos de algumas espécies de pólipos formam os recifes coralíneos, nos quais se concentra uma par-
te significativa da biodiversidade marinha. Algumas espécies estão envolvidas com acidentes em que banhistas
sofrem “queimaduras” devido ao contato com as substâncias urticantes liberadas por esses animais.
3. VERMES
“Verme” é um termo genérico e sem significado taxonômico utilizado para designar invertebrados com
corpo alongado.
Os vermes são classificados de acordo com características corporais específicas (além do corpo alongado) em:
3.1 Platelmintos
Vermes de corpo achatado que podem ser de vida livre ou parasitas. Os platelmintos de vida livre mais co-
nhecidos são as planárias e podem ser encontrados em ambiente aquático ou terrestre úmido. Entre os parasitas,
podem ser citados o esquistossomo, causador da esquistossomose, e as tênias, que causam a teníase e a cisticercose.
Nesses animais são observados vários sistemas, como excretor, muscular, sensorial, nervoso e reprodutor,
além de apresentarem cefalização (presença de uma cabeça bem definida na extremidade anterior do corpo
com órgãos sensoriais evidentes) e o corpo organizado a partir de três camadas embrionárias. Os platelmintos
serão mais bem discutidos na aula sobre verminoses.
Cabeça diferenciada com
órgãos sensoriais evidentes
Cavidade digestória
vista por transparência
Faringe recolhida
Boca na
1 cm superfície ventral
(sistema digestório incompleto)
Planária, um platelminto de vida livre.
Ânus
Intestino Cavidade corporal
Boca
3.3 Anelídeos
Corpo
segmentado
Ânus
Boca Clitelo
Aspecto geral da minhoca: presença de vaso sanguíneo; o clitelo é a estrutura que secreta material para a formação do casulo.
Vermes de corpo cilíndrico segmentado. A maioria dos anelídeos é de vida livre (aquáticos ou terrestre úmido)
e os seus principais representantes são as minhocas. As sanguessugas são encontradas em água doce e solo úmido
e são ectoparasitas. Apresentam sistema circulatório que pode ser evidenciado por vaso dorsal (face superior) e
outro ventral (superfície inferior) visíveis por transparência.
As minhocas são muito importantes para a fertilidade do solo, pois ingerem grandes quantidades de terra con-
tendo matéria orgânica em decomposição, que constitui o seu alimento. A terra é triturada junto com os detritos
orgânicos e eliminada com os excrementos do animal, adubando o solo com compostos solúveis em água e ricos em
nitrogênio, cálcio, fósforo e magnésio, que são rapidamente absorvidos pelos vegetais.
As minhocas cavam túneis no solo, afofando-o e tornando-o permeável aos gases atmosféricos (o oxigênio é
utilizado durante a germinação das sementes) e à água (facilitando a irrigação). Os túneis cavados pelas minhocas
facilitam ainda a penetração das raízes no solo, auxiliando seu crescimento. Portanto, os solos com minhocas são
mais afofados, granulados, permeáveis, adubados (húmus) e facilitam a germinação das sementes e o crescimento
das raízes, aumentando assim a sua produtividade.
As sanguessugas foram utilizadas no passado como alternativa às sangrias, método de “tratamento” há muito
abandonado pela medicina. No entanto, esses animais têm sido novamente empregados, mas agora para evitar o
acúmulo de sangue nas bordas das feridas cirúrgicas, facilitando a cicatrização.
4. MOLUSCOS
Os moluscos são animais de corpo mole, organizado em cabeça (que pode ser reduzida), pé (muscular ventral)
e massa visceral (conjunto de órgãos internos localizados na porção dorsal do corpo). Podem ou não apresentar
uma concha externa.
Massa visceral
Nefrídio
Coração Celoma (órgão excretor)
Gônada
Estômago Intestino
Glândula Manto
digestiva
Concha
Ânus
Cabeça
Pé
Sistema Brânquia
nervoso
Rádula
Boca
O esquema ilustra um molusco hipotético com a localização da cabeça, do pé e da massa visceral. Observe a presença dos
sistemas digestório, circulatório, excretor, respiratório e celoma (a maioria dos órgãos está localizada na porção dorsal do
corpo: massa visceral). Na boca, a maioria dos moluscos apresenta uma estrutura exclusiva desse grupo, a rádula (ausente
nos bivalves), com formato de língua na qual estão fixados minúsculos dentes. Em ação, pode raspar, perfurar, rasgar,
além de conduzir partículas alimentares em direção ao trato digestório.
No caracol e na lesma, as brânquias estão ausentes. A cavidade do manto se enche de ar e faz trocas gasosas
com as paredes ricamente vascularizadas dessa cavidade, funcionando como um “saco pulmonar” – mais uma
característica adaptativa à vida terrestre. Ainda sob esse aspecto, esses moluscos têm fecundação interna e botam
ovos com casca.
Os moluscos têm importância ecológica como participantes das teias alimentares, seja como presas, seja
como predadores. Servem de hábitat para outras formas de vida com as quais podem se associar, participam da
reciclagem da matéria como detritívoros e alguns são bioindicadores de poluição.
Muitas espécies são comestíveis (lulas, polvos, mariscos, ostras, escargot, etc.). Algumas matérias-primas de
uso industrial (madrepérola, por exemplo) são obtidas de moluscos, assim como as pérolas utilizadas na confecção
de joias.
Algumas espécies são daninhas a plantações e cultivos de plantas ornamentais (caracóis e lesmas), outras
são hospedeiras intermediárias de doenças endêmicas (o caramujo da esquistossomose, por exemplo) e outras
ainda perfuram madeira e provocam danos em embarcações e estacas usadas na construção de cais.
Pelo fato de as conchas se fossilizarem com facilidade, os moluscos têm importância no estudo da Geologia
e da Paleontologia.
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(1) Pepino-do-mar (holotúrias); (2) lírio-do-mar (crinoide); (3) serpente-do-mar (ofiúros); (4) ouriço-do-mar (equinoide regular); (5) estrela-
-do-mar (asteroide); (6) bolacha-da-praia ou corrupio (equinoide irregular).
Em comum, os equinodermos têm um endoesqueleto formado por placas calcárias, apresentam espinhos
que se prendem a esse esqueleto (em algumas espécies são vestigiais ou ausentes) e o sistema ambulacrário ou
hidrovascular, exclusivo desse grupo.
O sistema ambulacrário é formado por um conjunto interno de vasos ou canais nos quais circula água do
mar. Desses canais se projetam pés tubulares musculares (pés ambulacrários) para o meio externo, relacionados
à locomoção e à fixação desses animais ao
substrato em que vivem. Água
Canal ambulacrário
Alguns equinodermos são apreciados
Madreporito
como alimento (ouriço-do-mar, por exem-
plo). Na natureza, participam das teias
alimentares marinhas como presas ou Ampolas
predadores. A estrela-do-mar, por exem-
plo, é uma predadora carnívora de “topo”
da cadeia alimentar e é potencialmente
capaz de interferir na composição das es-
pécies e no equilíbrio de vários ambien-
tes marinhos. Em fazendas de ostras (seu Pés ambulacrários
alimento preferencial), as estrelas-do-mar
podem proliferar-se como pragas.
Canal circular
Antena
Pata articulada
Anatomia externa de inseto.
Os aracnídeos apresentam o corpo dividido em cefalotórax (cabeça fundida ao tórax numa única peça) e ab-
dome, têm quatro pares de patas, não têm antenas e apresentam dois tipos exclusivos de apêndices articulados, as
quelíceras (um par) e os pedipalpos (um par), ambos relacionados à captura e obtenção de alimentos.
Cefalotórax
Abdome Pata articulada
Pedipalpo
Quel’cera
Antena
Pata
articulada
Abdome (diplossegmentos)
Tórax
Cabeça
Tórax
e
dom
Ab Ocelos
Cabeça
Antenas
Patas (um par)
Forcípula
(inocula veneno)
Antenas
(um par)
Tronco
Olhos
Cabeça Patas
simples
A importância dos artrópodes na natureza é muito grande. Os detritívoros, por exemplo, como piolho-de-
-cobra (embuá), tatuzinho-de-jardim, larva de besouros, entre muitos outros, contribuem para a manutenção
da fertilidade do solo e a reciclagem de nutrientes. Os insetos atuam como polinizadores de grande parte dos
vegetais terrestres, incluindo muitas das plantas cultivadas na agricultura. Os microcrustáceos dos ambien-
tes aquáticos constituem o elo entre os produtores (o fitoplâncton) e o restante das teias alimentares nesses
ambientes. A maioria dos aracnídeos é peçonhenta, com carnívoros predadores de insetos e outros pequenos
animais atuando no controle dessas populações. Os artrópodes também são fonte de alimento para muitos
anfíbios, peixes, répteis, mamíferos e aves.
Algumas espécies de artrópodes são úteis ao ser humano. Muitas são comestíveis, principalmente entre os
crustáceos (lagosta, camarão, siri, caranguejo, etc.), enquanto outras são empregadas no controle biológico de
pragas. Na Entomologia (estudo dos insetos) forense, o tempo transcorrido desde a morte de uma pessoa pode
ser determinado pelo exame das larvas de insetos presentes no cadáver.
Existem também os que podem comprometer a saúde humana e de outros animais. Há espécies endoparasitas
(como berne, sarna e o cravo da pele) ou ectoparasitas (piolhos, mosquitos e carrapatos, por exemplo). Muitos
artrópodes hematófagos são transmissores de doenças (os mosquitos, que transmitem malária, febre amarela,
7. CORDADOS
Assim como os artrópodes, os cordados são animais bem conhecidos. Os peixes, os sapos e as rãs (anfíbios), as
serpentes, os lagartos, as tartarugas e os jacarés (répteis), os patos, os papagaios, as pombas e as galinhas (aves), os
cachorros, os gatos, as vacas, os carneiros e os ratos (mamíferos) são animais já bem conhecidos, assim como sua
importância ecológica, alimentar e econômica. São encontrados na maioria dos ambientes naturais, com ampla
diversidade de espécies e modos de vida (incluindo uma grande variedade de dietas).
Além desses animais, há alguns cordados menos conhecidos, como o anfioxo (protocordado) e as lampreias e
feiticeiras (ciclostomados), que são remanescentes de grupos numerosos no passado e relacionados com a origem
dos cordados atuais.
Os cordados apresentam três características exclusivas em comum:
Notocorda: uma estrutura de sustentação dorsal sempre presente na vida embrionária e que só persiste
na vida adulta em algumas espécies mais primitivas.
Fendas faringeanas: típica em alguns cordados adultos, como os peixes, e na vida larval dos anfíbios,
essas fendas estão presentes na vida embrionária de todos os cordados.
Sistema nervoso dorsal.
Os cordados apresentam ainda cauda pós-anal e, assim como os equinodermos, têm o ânus formado antes da
boca durante o desenvolvimento embrionário.
Notocorda
Tubo
digestório
Embrião
Ânus
Cauda
pós-anal
Corte transversal esquemático
na altura da faringe
A B
Faringe com fendas
Corte longitudinal (A) e transversal (B) de um embrião de cordado, evidenciando as quatro características exclusivas do grupo.
Vertebrados (craniados)
Cartilaginosos (condrictes)
(com crânio, encéfalo e vértebras; Peixes
todos os ambientes e com porte Ósseos (osteíctes)
variável)
Com mandíbula
(gnatostomados)
Anfíbios
Répteis
Tetrápodes
Aves
Mamíferos
7.2 PROTOCORDADOS
Algumas poucas espécies de cordados atuais, cujas características se assemelham aos primeiros representantes
desse grupo, não formam coluna vertebral, sendo chamados de protocordados. São exclusivamente marinhos e
o seu principal representante é o anfioxo, que preserva na vida adulta a notocorda como estrutura funcional de
sustentação dorsal e apresenta a musculatura segmentada. Essas duas características estão presentes apenas na
vida embrionária na maioria dos cordados atuais.
Anfioxo.
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1 2 3
Exemplos de peixes
cartilaginosos:
tubarão (1), raia (2)
e quimera (3).
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ACERVO DO FOTÓGRAFO
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1 2 3
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4 5
Exemplos de peixes
ósseos: cavalo-marinho (1),
piramboia (2), piranha (3),
peixe-lua (4), dourado (5)
7.5 Anfíbios
Os anfíbios (do grego anphi: duas e bios: vida) são os sapos, as rãs, as pererecas, as salamandras e as cobras-
-cegas (ou cecílias) e recebem essa denominação porque apresentam duas formas distintas ao longo da vida:
o girino (larva), com características de vida aquática, e os adultos, que após passarem pela metamorfose, têm
características de animais terrestres.
Foram os primeiros cordados tetrápodes (do grego tetra: quatro e podos: pés) a viverem em ambiente terres-
tre. Apresentam pele fina, permeável e com muitas glândulas e, embora apresentem pulmões, dependem dela
também para realizar trocas gasosas e, por isso, estão limitados a ambientes terrestres úmidos. São considerados
vertebrados de transição entre os meios aquático e terrestre.
São ectotérmicos (pecilotermos ou heterotermos).
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Iguana, serpente, tartaruga e jacaré são exemplos de répteis.
7.7 Aves
As aves são vertebrados terrestres que apresentam o corpo recoberto de penas, bico córneo e membros ante-
riores modificados em asas.
A maioria das aves compartilha características adaptativas ao voo, como a presença de esterno (osso localizado
na parte anterior do tórax) com quilha, uma projeção na qual estão inseridos poderosos músculos peitorais e ossos
pneumáticos (ocos e preenchidos com ar).
A pele é queratinizada, grossa, impermeabilizada, com anexos córneos e seca (sem glândulas). A respiração é
exclusivamente pulmonar. A fecundação é interna, os ovos com casca e o desenvolvimento é direto.
Há dois tipos de aves:
a) Carinatas
Possuem quilha ou carena com músculos peitorais bem desenvolvidos e são adaptadas ao voo, embora algumas
tenham perdido essa capacidade devido a outras características anatômicas, como o pinguim.
b) Ratitas
São aves não voadoras como o avestruz, a ema, o emu e o kiwi.
Possuem esterno chato sem quilha e músculos peitorais pouco desenvolvidos; vivem no solo e são capazes de
correr em alta velocidade.
As aves são homeotermos (endotermia).
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A arara-azul-de-lear e a ema são aves típicas do Brasil. A arara-azul é uma carinata e a ema é uma ratita.
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AULAS 11 e 12
1. ESQUISTOSSOMOSE
A esquistossomose no Brasil é uma verminose causada pelo platelminto Schistosoma mansoni. Também co-
nhecida como “xistose”, “barriga-d’água” ou “doença do caramujo”, afeta principalmente o fígado e o baço e, se
não diagnosticada nas fases iniciais, pode ter consequências mais graves ou mesmo levar à morte num prazo de
alguns anos após a sua aquisição.
A esquistossomose tem veiculação hídrica e a transmissão se dá pelo contato do indivíduo com águas em que
existem larvas livres do verme (cercárias) que penetram ativamente pela pele (transmissão cutânea).
O contato do ser humano com as larvas pode ocorrer ao caminhar descalço, nadar ou lavar roupa na beira de
rios, lagos, açudes ou lagoas, em campos alagadiços de cultivo de arroz e outros.
A manutenção do ciclo da doença depende da presença do ser humano infectado eliminando ovos do parasita
pelas fezes e da existência nas coleções hídricas frequentadas pelos seres humanos de certos caramujos planor-
bídeos do gênero Biomphalaria, que atuam como hospedeiros intermediários e eliminam as formas infestantes
do helminto nesse ambiente.
Glândula vitelina
Escólex Ovário
Taenia solium. Ilustração com as par-
tes principais do corpo de uma tênia
Testículo adulta: escólex, pescoço e proglotes.
Ventosa Note as proglotes imaturas e as ma-
Poro
Proglote genital duras, respectivamente, localizadas na
madura
Proglote porção anterior e mediana do corpo do
Ducto verme. No detalhe é possível observar
Pescoço ou colo espermático
o aparelho reprodutor hermafrodita
presente em cada proglote com os
testículos, os ovários, o poro genital,
Proglote imatura Útero
o ducto espermático e o útero, uma
câmara em que são armazenados os
ovos na proglote madura.
Adulto (parasita
intestinal do ser humano) a passagem para os alvéolos, a presença de um grande
número de vermes pode provocar pneumonia.
Proglote contendo Uma vez dentro do alvéolo, o verme dá início a uma
ovos (nas fezes) jornada pela árvore respiratória: bronquíolos, brônquios,
traqueia, laringe, glote, até atingir a faringe, por onde já
Cisticerco (larva parasita
passou ainda no interior do ovo. É deglutido, segue pelo
stão
4.2 Profilaxia
Além das medidas profiláticas vistas para as doenças em que há contaminação fecal do meio ambiente (no
caso, o solo úmido), para a ancilostomíase pode ser acrescentado:
evitar o contato da pele nua com o solo, principalmente se há suspeita de contaminação fecal, o que pode
ser feito através do uso de calçados e luvas.
Existem também os que podem comprometer a saúde humana e de outros animais. Há espécies en-
doparasitas (como berne, sarna e o cravo da pele) ou ectoparasitas (piolhos, mosquitos e carrapatos, por
exemplo). Muitos artrópodes hematófagos são transmissores de doenças (os mosquitos, que transmitem
malária, febre amarela, dengue e leishmanioses; o barbeiro, que transmite a doença de Chagas; a pulga do
rato, que transmite a peste bubônica; o carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa, entre outros). A
própria saliva que esses animais introduzem no hospedeiro para evitar a coagulação do sangue enquanto
o sugam pode provocar graves processos alérgicos em indivíduos suscetíveis. Há ainda os artrópodes pe-
çonhentos (aranhas, escorpiões e lacraias) que podem causar sérias lesões ou até a morte em indivíduos
envolvidos em acidentes com eles, se não houver o atendimento médico necessário, principalmente com
o uso de soros específicos.
Baratas, moscas e outros artrópodes são transmissores passivos de doenças, veiculando nas pernas ou
antenas os microrganismos trazidos de meios contaminados por onde passam (fezes, lixo, etc.) para os ali-
mentos que permanecem expostos.
AULAS 13 e 14
1. FISIOLOGIA ANIMAL
1.1 Fisiologia da digestão
As principais matérias-primas para o metabolismo celular são a glicose (monossacarídio), utilizada principal-
mente como combustível para as reações do metabolismo; os aminoácidos, utilizados para a produção de proteí-
nas; os triglicerídios e ácidos graxos que a célula usa para fazer os lipídios triglicerídios; as bases nitrogenadas, o
ácido fosfórico e as pentoses que constituem as unidades dos ácidos nucleicos (DNA e RNA); as vitaminas, que
servem como coenzimas; os sais minerais de funções variadas; e a água, cuja principal função é a de solvente
para essas reações.
No entanto, a maioria desses nutrientes não está disponível nos alimentos na forma que possam ser direta-
mente utilizados pelas células. Os alimentos são formados por grande quantidade de moléculas complexas (di ou
polissacarídios, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos), que devido ao seu tamanho devem ser transformadas em
moléculas simples e menores para que possam ser mais bem absorvidas e empregadas.
Digestão
A digestão é a transformação das moléculas grandes (complexas) presentes nos alimentos em moléculas
menores (mais simples) e solúveis em água, cuja importância é a obtenção de matéria-prima para o metabolismo
nos organismos heterótrofos.
Molécula complexa
Enzimas 1 H2O
H— — OH
H— OH OH
—
—
—
OH OH
—
H— — OH
—
—
H— H
— H OH
—
H OH —
H— — OH —
H — OH
H—
Moléculas simples
Hidrólise enzimática.
A maioria das moléculas que deve ser digerida foi produzida nos organismos que constituem a dieta de outros seres
vivos por reações de desidratação molecular. A “quebra” das ligações resultantes desse processo ocorre pela adição de
uma molécula de água a cada uma dessas ligações catalisada por enzimas específicas para o substrato a ser digerido.
Observe a tabela a seguir:
Bases nitrogenadas,
Nucleotídios Nudeotidases
pentoses e ácido fosfórico
Note que algumas moléculas (proteínas, amido e ácidos nucleicos), devido ao seu tamanho, são digeridas em
mais de uma etapa.
Digestão extracelular
Presente nos animais com sistema digestório. As enzimas digestivas são lançadas no interior de uma cavidade
digestiva e o processo se inicia com a ingestão dos alimentos pela boca.
Após a digestão e absorção dos nutrientes, os resíduos alimentares ou excrementos são eliminados para o meio
externo (defecação ou excrementação). Dependendo do animal, isso ocorre pelo mesmo orifício da ingestão (boca)
ou por um orifício próprio, o ânus.
Boca
Tentáculos
1. Liberação de Faringe
enzimas digestivas
2. Quebra do alimento
em partículas menores
Alimento
3. Captura de partículas
para digestão intracelular
Boca
Os cnidários e os platelmintos têm sistema digestório incompleto. Note que a cavidade digestiva dos cnidários é muito
ampla e abrange também os tentáculos, enquanto o sistema digestório da planária se ramifica por todo o corpo. Nesses
animais, a cavidade digestiva é também responsável pela distribuição dos produtos da digestão no organismo.
Boca
Faringe
Cutícula
Intestino
Anel nervoso
Ânus
Sistema digestório completo em lombriga (nematelminto).
Com o surgimento da simetria bilateral, o sistema digestório tornou-se gradativamente tubular, possibilitando
o desenvolvimento de compartimentos especializados, como no sistema digestório humano.
Faringe
Glândulas salivares:
Parótida
Sublingual
Submaxilar
Fígado
Vesícula biliar
Estômago
Intestino delgado
(duodeno)
Jejuno
Intestino grosso
(Cólon) Íleo
Reto Ânus
Mastigação
A trituração do alimento pela ação dos dentes contribui para aumentar a superfície de contato com a saliva
e os demais sucos digestivos, além de torná-lo mais facilmente deglutível.
Insalivação
Simultaneamente à mastigação, as glândulas salivares secretam a saliva que contém a ptialina (ou amilase salivar).
A ação da ptialina promove a hidrólise do amido em maltose e o seu pH ótimo é de aproximadamente 7,0 (neutro).
ptialina
amido H 2O
maltose
2.4 Peristaltismo
No esôfago o alimento é transportado em direção ao estômago por ondas de contração rítmicas da camada
muscular da parede desse órgão, mecanismo denominado peristaltismo.
Esôfago
Constrição
Onda peristáltica
Esôfago
Bolo alimentar
Relaxamento
Encurtamento
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Estômago
Quimificação
Durante a sua permanência no estômago e sob a atuação da enzima pepsina, o alimento transforma-se
no quimo.
A pepsina é uma protease secretada por células presentes nas paredes do estômago. Para que as essas células
produtoras não sofram autodigestão, essa enzima é secretada na forma inativa de pepsinogênio. O pepsinogênio
é ativado pelo pH ácido do estômago (aproximadamente 2,0).
Células
mucosas
Glândulas
gástricas
Células parietais
(secretoras de HC,) Observe que as glândulas
gástricas se abrem no
Células principais interior do estômago
(secretoras de pepsinogênio) por meio de orifícios.
Essas glândulas contêm
Musculatura lisa células que secretam
o suco gástrico com a
Submucosa forma inativa da pepsina,
o HC, e o muco.
Ação da pepsina
A pepsina atua na hidrólise parcial das proteínas contidas no alimento. Os produtos dessa hidrólise são os
polipeptídios menores.
pepsinogênio
HC,
pepsina polipeptídios
proteínas H 2O menores
As glândulas gástricas secretam um muco que recobre as paredes do estômago e impede o contato di-
reto delas com o suco gástrico, evitando assim que a ação enzimática da pepsina e o pH ácido danifique as
paredes do órgão.
Bile
Fígado
Suco pancreático
Pâncreas
Duodeno e
intestino delgado
Anatomia do duodeno e das glândulas anexas (fígado e pâncreas) e seus
respectivos sucos digestivos. O ducto biliar e o ducto pancreático se unem e se
abrem no duodeno pelo mesmo orifício.
Suco pancreático
O suco pancreático é produzido no pâncreas, secretado no duodeno e contém o NaHCO3 que participa da
alcalinização do pH e várias enzimas.
As principais enzimas do suco pancreático são a tripsina (protease), a amilase pancreática, as lipases e as
nucleases. O papel dessas enzimas na hidrólise dos alimentos é resumida no quadro a seguir:
TRIPSINA
PROTEÍNAS H 2O
POLIPEPTÍDIOS MENORES
AMILASE PANCREÁTICA
AMIDO H 2O
MALTOSES
LIPÍDIOS LIPASE
GLICEROL 1 ÁCIDOS GRAXOS
(triglicerídios) H 2O
NUCLEASES
ÁCIDOS NUCLEICOS H 2O
NUCLEOTÍDIOS
Suco entérico
O suco entérico é produzido por glândulas presentes na parede do próprio duodeno e participa com as enzimas
maltase, sacarase e lactase, que são dissacaridases, as polipeptidases e as nucleotidases, cuja ação é:
MALTASE
MALTOSE H 2O
GLICOSE 1 GLICOSE
SACARASE
SACAROSE H 2O
GLICOSE 1 FRUTOSE
LACTASE
LACTOSE H 2O
GLICOSE 1 GALACTOSE
POLIPEPTÍDIOS POLIPEPTIDASES
H 2O
AMINOÁCIDOS
MENORES
BASES NITROGENADAS 1
NUCLEOTIDASES
NUCLEOTÍDIOS H 2O
PENTOSES 1
ÁCIDO FOSFÓRICO
Sais
biliares
Veia conduzindo
sangue para o fígado Células
(sistema porta-hepático) epiteliais
Capilar Microvilosidades
linfático
Camadas de
musculatura lisa
Vilosidades Capilares
sanguíneos
Artéria Veia
Vilosidades e microvilosidades são adaptações que permitem o aumento da superfície de absorção do intestino delgado. Os capilares
observados na figura estão relacionados à absorção da maioria dos nutrientes. No entanto, o glicerol e os ácidos graxos são absorvidos
pelas células intestinais (enterócitos), que os transformam novamente em lipídios para posteriormente lançá-los nos vasos linfáticos.
AULAS 15 e 16
1. FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO
Os animais pluricelulares mais complexos apresentam grande número de células distantes da superfície
corporal, impedindo a absorção de alimentos, as trocas gasosas e a eliminação de excretas diretamente ao meio
ambiente. Os sistemas de transporte conseguem distribuir as substâncias obtidas das superfícies respiratórias e
digestivas para todas as células presentes no organismo, além de retirar dos tecidos as excretas tóxicas que devem
ser eliminadas do corpo.
2. SISTEMAS CARDIOVASCULARES
Os sistemas cardiovasculares promovem o movimento de líquidos corporais, tais como o sangue, a linfa e a
hemolinfa, transportando diversas substâncias (gases respiratórios, nutrientes, excretas, HCO32, proteínas, anti-
corpos, por exemplo) dissolvidas em água e células com funções específicas por todo o corpo do animal.
Organização dos sistemas cardiovasculares e ocorrência: são constituídos de um ou mais órgãos pro-
pulsores (coração ou órgãos equivalentes) e vasos (artérias, veias, capilares, vasos linfáticos) dentro dos quais se
movimenta um líquido circulante, como o sangue, por exemplo. O sistema cardiovascular ocorre pela primeira
vez nos anelídeos e está presente nos moluscos, artrópodes, equinodermos e cordados.
Coração Coração
No sistema cardiovascular
Hemolinfa
Capilares no interior aberto ou lacunar, a hemolinfa
de cada órgão sai do interior dos vasos e
Circulação banha diretamente os tecidos,
Vaso sanguíneo
dorsal contrátil (coração) dorsal sendo, posteriormente, reco-
lhida ao coração. Já no sistema
cardiovascular fechado, o san-
gue não sai do interior dos
vasos sanguíneos e as trocas
de substâncias entre ele e os
5 corações Circulação tecidos ocorrem através das
ventral paredes dos capilares.
3.1 Coração
Órgão formado principalmente por um tipo diferenciado de tecido muscular (miocárdio) que apresenta uma
rede de fibras musculares modificadas, responsáveis pela geração e propagação do impulso que estimula a sua
contração (estímulo miocardiogênico). A contração do coração é rápida, vigorosa e involuntária. O estímulo para
a contração do miocárdio é gerado pelo nodo ou nó sinoatrial (marca-passo cardíaco).
Nos vertebrados, o coração é dividido em câmaras ou cavidades, átrios e ventrículos. O átrio recebe o sangue
que vem de fora do coração e o encaminha para o ventrículo. O ventrículo envia o sangue para fora do coração,
e a maior espessura da camada muscular da sua parede permite que a contração muscular seja forte o suficiente
para fazer o sangue percorrer maiores distâncias.
Artéria Veia
Arteríola Vênula
4. CIRCULAÇÃO HUMANA
Capilares
pulmonares
Artéria
pulmonar Circulação pulmonar Veia
ou pequena circulação pulmonar
Assim como nos mamíferos em geral e nas aves, a circulação humana é completa e dupla porque tem dois
circuitos, a circulação pulmonar ou pequena circulação e a circulação sistêmica ou grande circulação.
A circulação pulmonar leva sangue venoso do coração aos pulmões e traz sangue arterial de volta para o
coração. O sangue venoso sai do coração pela artéria pulmonar e retorna ao coração pelas veias pulmonares.
Trajeto da circulação pulmonar:
CORAÇÃO (ventrículo direito) → artéria pulmonar → PULMÕES → veias pulmonares → CORAÇÃO
(átrio esquerdo).
A circulação sistêmica leva o sangue arterial para os tecidos corporais pela artéria aorta e conduz o
sangue venoso de volta ao coração pelas veias cavas. A veia cava inferior traz sangue do tronco e dos membros
inferiores e a veia cava superior traz sangue da cabeça e membros superiores.
Trajeto da circulação sistêmica:
CORAÇÃO (ventrículo esquerdo) → artéria aorta → CORPO → veias cavas → CORAÇÃO (átrio direito).
4.1 Valvas
As valvas (antigamente denominadas válvulas) cardíacas estão localizadas entre os átrios e os ventrículos e
evitam o refluxo de sangue para os átrios durante a sístole ventricular e são formadas por cúspides.
As cúspides são folhetos de tecido conjuntivo com forma de saco cuja abertura está voltada para os ventrículos
e impedem o retorno do sangue destas câmaras para os átrios (fluxo unidirecional de sangue no sentido do átrio
para ventrículo) durante a sístole ventricular. A valva atrioventricular direita tem três cúspides (tricúspide) e a
esquerda, duas cúspides (bicúspide).
As valvas arteriais estão localizadas na emergência das duas grandes artérias que saem do coração. As valvas
aórtica e pulmonar impedem o refluxo de sangue das respectivas artérias durante a diástole ventricular.
O retorno venoso. Note que, ao contrário das artérias, as veias apresentam válvulas ao longo de toda a sua extensão.
4.3 Sangue
Tecido líquido responsável pelo transporte de substâncias no sistema cardiovascular (gases respiratórios,
nutrientes, excretas, hormônios, proteínas estruturais, anticorpos, etc.). O sangue regula a distribuição de
calor, o equilíbrio ácido-básico e osmótico dos demais tecidos, além de transportar células especializadas no
transporte de O2 e CO2 (glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos), células de defesa (glóbulos brancos ou
leucócitos) e corpúsculos para coagulação (plaquetas).
VISUALS UNLIMITED/CORBIS/LATINSTOCK
Elementos figurados
Plasma Hemácias
Glóbulos brancos
Trabalham na defesa
do organismo
Plaquetas Leucócito
Leucócitos
Plaquetas
Hem‡cias Atuam na coagulação
Carregam do sangue, evitando
oxigênio hemorragias
para as células
Hemácias
Plasma
Transporta células
e substâncias
dissolvidas
Observe que os elementos figurados estão em suspensão no plasma e que há predomínio de hemácias, daí a cor vermelha característica
do sangue. Ao lado, um esfregaço de sangue visto ao microscópio de luz.
2. A.
Aulas 13 e 14
1. D.
2. C.
Aulas 15 e 16
1. a) 7 e 8 b) 4 e 8 c) 3 d) 6
2. E.