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Faculdade de Ciˆencias

Departamento de Matem´atica

Exerc´ıcios de
Probabilidades e Estat
´ıstica

Covilh˜a, Setembro de 2019


Probabilidades e Estat´ıstica

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Cap´ıtulo 1

Breve revis˜ao de Estat´ıstica


Descritiva

1. Classifique as seguintes vari´aveis estat´ısticas em qualitativas e quantitativas, e


indique a escala de medida mais adequada para cada vari´avel.

(a) Idade.
(b) Estado civil.
(c) Nota do exame de Estat´ıstica.
(d) Temperatura ambiente.
(e) N´ıvel cultural dos habitantes de uma
regi˜ao. (f) Frequˆencia de utiliza¸c˜ao da
calculadora.

2. Classifique as seguintes vari´aveis estat´ısticas como discretas e cont´ınuas.

(a) Nu´mero de alunos do turno.


(b) Velocidade de um carro.
(c) Soma dos pontos obtidos no lan¸camento de dois dados perfeitos.
(d) Temperatura registada por dia num posto de meteorologia.
(e) Nu´mero de irm˜aos.
(f) Nu´mero de livros numa estante da biblioteca.

3. O grafico 1.1 seguinte apresenta a quantidade de chuva, em L/m2, ca´ıda durante um ano
numa determinada regi˜ao.

(a) Qual o mˆes mais chuvoso daquele ano?


(b) Qual foi a esta¸c˜ao mais chuvosa do ano?
(c) Qual foi o mˆes mais seco?

3
(d) Que quantidade de chuva, em litros por metro quadrado, caiu naquele ano, naquela
regi˜ao?

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

Figura 1.1:

4. No aˆmbito da semana da mobilidade, um munic´ıpio realizou um inqu´erito aos seus mun


´ıcipes com o objectivo de identificar as op¸c˜oes que determinam o tipo de transporte
que utilizam no trajecto casa-emprego e vice versa.
O inqu´erito tinha como base trˆes quest˜oes:

(A) Que distˆancia percorre no trajecto casa-emprego?


(B) Qual o tipo de transporte utilizado?
(C) Porque opta pelo(s) transporte(s) que usa?

(a) Da an´alise a` primeira quest˜ao resultou o gr´afico 1.2:

Figura 1.2:

i. Quantas pessoas foram inquiridas?


ii. Que percentagem de inquiridos s˜ao do sexo feminino?
iii. Quantos inquiridos residem a 15 km ou menos do emprego?
(b) O gr´afico 1.3 apresenta os meios de transporte mais utilizados pelos 39 inquiridos
que se deslocam a p´e ou em transportes coletivos

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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

Figura 1.3:

i. Que percentagem destes mun´ıcipes prefere ir a p´e para o emprego?


ii. Quantas destas pessoas v˜ao de metro para o emprego?
(c) As raz˜oes apontadas pelos restantes mun´ıcipes para uso de ve´ıculo pr´oprio,
autom´ovel ou motorizada, est˜ao representadas no gr´afico 1.4. Quais as

principais raz˜oes que as

Figura 1.4:

pessoas apontam para preferirem usar o ve´ıculo pr´oprio?

5. No quadro seguinte encontram-se os resultados de um estudo efetuado a 100 casais sobre o


nu´mero de filhos:

no de filhos 0 1 2 3 4 5
o
n de casais 19 36 33 8 3 1

(a) Construa uma tabela de frequˆencias absolutas, relativas e percentuais.


(b) Qual a percentagem de casais que tˆem menos de 4 filhos?
(c) Represente graficamente as frequˆencias relativas.

6. Os seguintes dados referem-se ao tempo gasto por 42 trabalhadores para percorrer o trajecto
entre a sua residˆencia e o local de trabalho, no centro de Lisboa.

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

5 21 26 13 24 29 37 12 31 5 50 18 33 14 23 22 17 32 7 17 42 15
38 20 11 26 25 29 27 8 24 12 39 25 28 14 47 19 22 28 9 18

(a) Organize os dados num diagrama de caule e folhas.

(b) A distribui¸c˜ao dos dados ´e sim´etrica.

(c) Onde se encontra o maior nu´mero de valores observados?

7. Uma pesquisa em crian¸cas com menos de 15 anos de idade, residentes no centro de


uma grande cidade, conduziu `a seguinte tabela de contingˆencia, tendo as crian¸cas sido
classificadas de acordo com o grupo ´etnico e o n´ıvel de hemoglobina.

N´ıvel de hemoglobina (g/100ml)


Grupo ≥ 10.0 [9.0, 10.0] < 9.0
´etnico
A 80 100 20
B 99 190 96
C 70 30 10

(a) Nesta pesquisa, qual a percentagem de crian¸cas observadas que n˜ao pertencem ao grupo
´etnico C?

(b) Nesta pesquisa, qual a percentagem de crian¸cas observadas da etnia C que


apresentaram um n´ıvel de hemoglobina inferior a 9,0 g/100ml?

(c) O n´ıvel de hemoglobina ´e uma vari´avel

i. qualitativa na escala nominal.


ii. qualitativa na escala ordinal.
iii. discreta na escala de raz˜oes.
iv. cont´ınua na escala de raz˜oes.
v. cont´ınua na escala de intervalo.

(d) A etnia ´e uma vari´avel

i. qualitativa na escala nominal.


ii. qualitativa na escala ordinal.
iii. discreta na escala de raz˜oes.
iv. cont´ınua na escala de raz˜oes.
v. cont´ınua na escala de intervalo.

8. Num inqu´erito realizado a 45 pessoas, foram obtidas as seguintes observa¸c˜oes relativas

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

ao

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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

nu´mero de vezes que cada uma delas foi ao m´edico, num determinado ano:

0 2 0 0 2 2 0 0 1
1 3 0 0 1 0 0 1 0
1 4 0 0 1 1 4 2 0
0 1 0 0 2 2 1 1 0
6 0 5 1 3 0 1 0 1

(a) Calcule as seguintes caracter´ısticas amostrais: m´edia, desvio padr˜ao, mediana,


moda, segundo e terceiro quartis.

(b) Represente os dados num diagrama de caixa de bigodes e interprete o gr´afico que obteve.

(c) Determine a distribui¸c˜ao de frequˆencias da amostra e represente-a graficamente.

9. Numa dada freguesia foi feito um inqu´erito sobre o nu´mero de elementos do agregado
fami- liar, tendo-se obtido os seguintes dados:

n.o de elementos 2 3 4 5 6 7 8 13
Frequˆenci 23 43 78 32 9 4 2 1
a

(a) Quantos agregados familiares foram inquiridos?

(b) Determine a moda, a m´edia e a mediana do nu´mero de elementos do agregado


familiar.

10. As temperaturas m´edias mensais em dois pontos do globo foram as seguintes:

A 17 18 17 19 22 21 22 26 28 26 14 14
B 24 21 23 22 21 18 18 17 16 20 20 20

Determine a m´edia das duas distribui¸c˜oes e analise a dispers˜ao dos dados


relativamente a este valor central.

11. Foi realizado um estudo que teve por objetivo medir aneurismas intracranianos incidentais
(AII). A seguir est˜ao os tamanhos (em mil´ımetros) de 14 AII:

10 3 22 4 25 4 25 12 8 10 9 6 3 8

(a) Calcule a m´edia, a mediana e a amplitude interquartil do tamanho dos AII observados.

(b) Sabendo que o total dos quadrados do tamanho dos AII observados ´e igual a

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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

2373, calcule o desvio padr˜ao corrigido.

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

12. O rad˜ao ´e um g´as que se pode acumular nas casas. Em certas quantidades pode
potenciar o surgimento de tumores. Uma concentra¸c˜ao de 4 pCi/L ´e considerada
aceit´avel. A con- centra¸c˜ao de rad˜ao numa casa varia de semana para semana.
Numa determinada casa foi medida a concentra¸c˜ao de radao em 8 semanas consecutivas,
e os resultados obtidos foram

1.9 2.8 5.7 4.2 1.9 8.6 3.9 7.2

(a) Calcule a media, a moda e a mediana dos dados.


(b) Calcule a variˆancia, o desvio padr˜ao e a amplitude total.

13. Considere os seguintes dados relativos a` varia¸c˜ao dos valores registados do ´ındice
card´ıaco antes e ap´os a ingest˜ao de um medicamento, numa amostra de 112 doentes.

Valor do ´ındice card´ıaco No de doentes


[-0.4;-0.2[ 2
[-0.2; 0[ 8
[0; 0.2[ 25
[0.2; 0, 4[ 28
[0.4; 0.6[ 30
[0.6; 0.8[ 16
[0.8; 1.0] 3

(a) Construa o histograma.


(b) Determine o 1o quartil e a mediana da distribui¸c˜ao.
(c) Construa o diagrama de extremos-e-quartis da amostra observada.
(d) Identifique a classe modal e calcule a m´edia e a variˆancia da amostra.

14. Considere que cinquenta agregados familiares foram questionados sobre o seu rendimento fa-
miliar, sendo os resultados apresentados em 6 classes de igual amplitude, na tabela seguinte:

Rendimento mensal marca da classe no de agregados frequˆencia


relativa
500 0.2
11
[2000, 3000[ 0.36
[3000, 4000[ 5
4500
2

(a) Complete a tabela.

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

(b) Determine a m´edia a mediana e a classe modal da distribui¸c˜ao.

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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

(c) Determine a variˆancia e o desvio padr˜ao.

15. Um professor procura o m´etodo mais eficiente para ensinar, resolvendo pˆor em pr´atica
dois m´etodos diferentes, um no turno A e outro no turno B. Os resultados no exame
foram:

Turno A 18 10 17 13 18 16 17 18 17 12 17 12 16 13 16 14 15 14 15 16 14
Turno B 13 3 12 18 5 17 7 11 9 9 12 6 13 10 12 12 10 8 8 11 9

(a) Determine a mediana e os quartis para cada um dos turnos.

(b) Elabore um diagrama de extremos e quartis para cada turma e interprete os resultados.

(c) Complete de modo a obter afirma¸c˜oes verdadeiras:

i.% dos alunos tiveram 10 valores ou mais, no turno B.


ii. % dos alunos tiveram pelo menos 12 valores, no turno A.
iii. No turno A, a maior concentra¸c˜ao de dados ocorre no intervalo ....... e a
menor concentra¸c˜ao ocorre no intervalo ........
iv. Houve mais notas positivas no turno .....

16. A distribui¸c˜ao de frequˆencias seguinte ´e relativa ao peso, em gramas, dos dois rins
de 200 homens saud´aveis entre 40 e 49 anos de idade:

Classes de Peso No de homens


[200; 240] 4
]240; 280] 28
]280; 320] 56
]320; 360] 72
]360; 400] 32
]400; 440] 5
]440; 480] 3

(a) Classifique, quanto a` sua veracidade, as afirma¸c˜oes seguintes, relativas a`


distribui¸c˜ao de frequˆencias anterior.

i. O nu´mero de classes considerado para a vari´avel estat´ıstica ”o peso, em


gramas, dos dois rins de homens saud´aveis entre 40 e 49 anos de idade” est´a de
acordo com a regra de Stu¨rges.
ii. A distribui¸c˜ao de frequˆencias ´e unimodal.
iii. A vari´avel estat´ıstica ”peso, em gramas, dos dois rins de homens saud´aveis
entre 40 e 49 anos de idade” ´e cont´ınua na escala de intervalo.
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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

iv. A amplitude total ´e aproximadamente igual a 240 gramas.


v. Um gr´afico circular ´e adequado para representar a distribui¸c˜ao do peso, em
gramas, dos dois rins de homens saud´aveis entre 40 e 49 anos de idade.

(b) Calcule a m´edia e a mediana do peso dos dois rins de homens saud´aveis entre
40 e 49 anos de idade.

(c) Qual a percentagem de homens saud´aveis entre 40 e 49 anos de idades observados


que apresentam peso dos dois rins superior a 360 gramas.

17. Se para uma distribui¸c˜ao de frequˆencias o coeficiente de assimetria ´e negativo e o seu


valor absoluto ´e mais do dobro do seu erro padr˜ao, ent˜ao podemos afirmar que a
distribui¸cao de frequˆencias ´e

(a) aproximadamente sim´etrica.

(b) assim´etrica positiva.

(c) assim´etrica negativa.

(d) leptocu´rtica.

(e) platicu´rtica.

18. Se para uma distribui¸c˜ao de frequˆencias o coeficiente de achatamento ´e negativo e o seu


valor absoluto ´e mais do dobro do seu erro padr˜ao, ent˜ao podemos afirmar que a
distribui¸cao de frequˆencias ´e

(a) aproximadamente sim´etrica.

(b) assim´etrica positiva.

(c) assim´etrica negativa.

(d) leptocu´rtica.

(e) platicu´rtica.

19. Se entre duas vari´aveis cont´ınuas existe uma correla¸c˜ao linear, qual dos seguintes
ternos
´e poss´ıvel, sabendo que r, r2 e a representam o coeficiente de correla¸c˜ao, o coeficiente
de determina¸c˜ao e o declive da reta ajustada, respetivamente.

(a) r = -0,5; r2 = -0,25; a = -2

(b) r = -0,6; r2 = 0,36; a = 1

(c) r = 0,8; r2 = 0,8; a = 2

(d) r = -0,9; r2 = 0,81; a = -2

(e) r = 0,7; r2 = 0,49; a = 0


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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

20. Uma amostra de 15 crian¸cas aparentemente saud´aveis, com idades entre 6 meses e 15
anos, deu origem aos seguintes dados relativos a` idade, x, e ao volume do f´ıgado por
unidade de peso corporal (ml/kg), y:

xi 0.5 0.7 2.5 4.1 5.9 6.1 7 8.2 10 10.1 10.9 11.5 12.1 14.1 15
yi 41 55 41 39 50 32 41 42 26 35 25 31 31 29 23

Destes dados resultou o seguinte diagrama de dispers˜ao:

Classifique, quanto `a sua veracidade, as afirmac˜oes seguintes:

(a) A idade e o volume do f´ıgado por unidade de peso corporal tendem a variar no mesmo
sentido.
(b) O coeficiente de correla¸cao entre a idade e o volume do f´ıgado por unidade de
peso corporal ´e negativo.
(c) Em crian¸cas, entre os 6 meses e os 15 anos, por cada ano de idade o volume do f
´ıgado por unidade de peso corporal tende a diminuir cerca de 1.58 ml/kg.
(d) Para uma crian¸ca com 10 anos de idade estima-se que o volume do seu f´ıgado
por unidade do seu peso seja aproximadamente 48.5 ml/kg.
(e) Aproximadamente 62.2% da variabilidade do volume do f´ıgado por unidade de peso
corporal ´e explicada pela recta de regress˜ao linear ajustada.

21. Uma determinada empresa pretende analisar se os lucros (Y), em milhares de euros, est´a
re- lacionado com os respectivos gastos promocionais (X), em milhares de euros. Recolheram-
se para o efeito os seguintes dados:

Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
gastos 20 24 28 40 44 50 60 76 100
lucros 240 300 320 400 420 500 600 720 900

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Probabilidades e Estat Breve revis˜ao de Estat´ıstica

(a) Represente graficamente o diagrama de dispers˜ao das vari´aveis X e Y.


(b) Represente, no diagrama, o seu centro de gravidade.
(c) Determine o coeficiente de correla¸c˜ao e a equac¸˜ao da reta de regress˜ao.
(d) Avalie a qualidade do modelo.
(e) Se, durante um ano, se gastarem 70 mil euros em promo¸c˜oes, qual ser´a o valor
esperado do lucro.

22. Examine cada um dos seguintes diagramas de dispersa˜o.

(a) Associe cada um dos seguintes coeficientes de correlac¸˜ao com o respectivo diagrama.
A) 0.94 B) -0.3 C) 0.2 D) -0.8
(b) Descreva a correla¸c˜ao das vari´aveis em cada um dos diagramas.

23. No quadro seguinte est˜ao representadas as idades e os valores m´aximos de tens˜ao


arterial de oito mulheres saud´aveis escolhidas aleatoriamente entre as residentes numa
determinada regi˜ao do pa´ıs.

Idade (X) 56 42 72 36 63 47 55 60
Tens˜ao arterial 14.7 12.5 16.0 11.8 14.9 12.8 15.0 15.5
(Y)

(a) Calcule o coeficiente de correla¸c˜ao da amostra observada.


(b) Determine, a partir da amostra observada, a recta de regress˜ao de Y sobre X.
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Breve revis˜ao de Estat´ıstica Probabilidades e Estat

(c) Usando a rela¸c˜ao linear estimada entre X e Y, preveja a tens˜ao arterial m´axima de
uma mulher de 70 anos da referida regi˜ao.
(d) Deduza a recta de regress˜ao de X sobre Y e preveja a partir dela o intervalo em
que se situa a idade de uma mulher de tal regi˜ao cuja tens˜ao arterial m´axima
oscila entre 14.0 e 15.0.

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Cap´ıtulo 2

No¸c˜oes b´asicas de Probabilidades

1. Cada membro de um instituto de investiga¸c˜ao sabe pelo menos uma l´ıngua


estrangeira; 6 sabem inglˆes, 6 alem˜ao e 7 francˆes; 4 sabem inglˆes e alem˜ao, 3
sabem alem˜ao e francˆes e 2 sabem francˆes e inglˆes; uma pessoa sabe as trˆes l
´ınguas.

(a) Quantos s˜ao os membros desse departamento?


(b) Quantos deles sabem somente francˆes?

2. Quantas palavras diferentes (com ou sem significado) se podem obter permutando as letras
das palavras: minhoca, terra e bi´ologo?

3. Uma sala tem seis portas diferentes. De quantas maneiras distintas se pode:

(a) entrar e sair da sala?


(b) entrar por uma porta e sair por outra?

4. Cinco amigos, Ana, Bruno, Carlos, Duarte e Ema, v˜ao ao cinema e sentam-se ao
acaso em cinco lugares consecutivos.

(a) De quantas formas diferentes eles se podem sentar?


(b) Qual a probabilidade de a Ana ficar sentada ao lado do Bruno e do Duarte?

5. Com os vinte amino´acidos existentes na natureza, quantos trip´eptidos diferentes podem


ser formados? (Cada trip´eptido ´e constitu´ıdo por uma cadeia de trˆes amino´acidos e
combina¸c˜oes do tipo AAB e BAA representam o mesmo trip´eptido).

6. Num exame um aluno deve responder 10 de 15 quest˜oes.

(a) Quantas escolhas distintas pode fazer?


(b) Quantas s˜ao as escolhas distintas, se ele deve responder `as 3 primeiras quest˜oes?
(c) Quantas s˜ao as escolhas distintas, se ele deve responder pelo menos 4 das 5
primeiras quest˜oes?
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Probabilidades e Estat No¸c˜oes b´asicas de

7. De quantas maneiras diferentes podemos escolher sucessivamente 4 cartas de um baralho de


52 cartas:

(a) com reposi¸c˜ao?

(b) sem reposi¸c˜ao?

8. Ha´ nove livros diferentes numa prateleira: quatro deles s˜ao vermelhos e cinco s˜ao pretos.
De quantas maneiras diferentes se podem colocar os livros na prateleira sabendo que:

(a) os livros pretos devem estar juntos;

(b) os livros pretos devem estar juntos e os vermelhos tamb´em;

(c) n˜ao h´a restri¸c˜oes.

9. Com panos todos das mesmas dimens˜oes, de 5 cores diferentes, quantas bandeiras
tricolores diferentes se podem fabricar?

10. Com os algarismos 1, 2 e 3, quantos nu´meros de dois algarismos se podem formar:

(a) sem repeti¸c˜ao;

(b) com repeti¸c˜ao.

11. Considere o conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. Quantos nu´meros se podem formar


sem repeti¸c˜ao de algarismos:

(a) de dois algarismos;

(b) de trˆes algarismos, sendo 5 o algarismo das centenas;

(c) de quatro algarismos, sendo 3 o algarismo dos milhares e 9 o das unidades?

12. Quantos s˜ao os nu´meros inferiores a 3000 que se podem escrever com os elementos
do con- junto {1, 2, 3}?

13. Quantos nu´meros pares de 4 algarismos maiores do que 4000 se podem formar com
os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 7:

(a) sem repeti¸c˜ao de algarismos?

(b) com repeti¸c˜ao de algarismos?

14. Houve um atropelamento e o condutor fugiu. Ouvidas as testemunhas, chegou-se a`s


seguintes conclus˜oes: a matr´ıcula ´e formada por 4 nu´meros seguidos de duas letras; a
parte num´erica da matr´ıcula ´e formada por quatro algarismos diferentes, ´e um nu´mero
´ımpar e o 3o algarismo
´e zero; a parte literal da matr´ıcula consta de uma vogal seguida de uma consoante.
Quantas s˜ao as matr´ıculas suspeitas?
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No¸c˜oes b´asicas de Probabilidades e Estat

15. Uma fam´ılia de 5 pessoas senta-se em cinco cadeiras dispostas em fila para assistir diaria-
mente aos programas de televis˜ao.

(a) De quantas maneiras diferentes se podem sentar as cinco pessoas?

(b) E se duas delas ficarem sempre juntas?

16. Quantos nu´meros inteiros de 4 algarismos maiores do que 4000 ´e poss´ıvel escrever
com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5?

(a) algarismos todos diferentes;

(b) com algarismos repetidos.

17. Uma equipa de futebol disp˜oe de 15 jogadores, dos quais 2 s˜ao guarda-redes, n˜ao podendo
ali- nhar em qualquer outro lugar. Os restantes podem ocupar qualquer outra posi¸c˜ao.
Quantas equipas se podem formar com pelo menos um jogador diferente?

18. Dez cartas s˜ao retiradas, em bloco, de um baralho de 52 cartas. Em quantos casos aparecem:

(a) exatamente um rei?

(b) pelo menos um rei?

(c) exatamente dois reis?

(d) pelo menos dois reis?

19. Numa turma existem 14 alunos, havendo 6 que se destinam ao curso de Medicina, 5 a
Engenharia, e 3 a` Faculdade de Economia. Quantos grupos de trabalho se podem
constituir de forma a que entrem 3 alunos de Medicina, 2 de Engenharia e 1 de
Economia?

20. Uma empresa tem 10 agentes de seguran¸ca, necessitando de organizar turnos constitu
´ıdos por 4 agentes.

(a) Quantos turnos diferentes se podem constituir?

(b) Em quantos turnos aparece o mesmo agente?

21. Assuma que, no Hospital da Cova da Beira, entre os doentes internados metade s˜ao do sexo
feminino, 1 apresenta insuficiˆencia card´ıaca e 1 ´e do sexo feminino e apresenta
3 4
insuficiˆencia
card´ıaca. Determine a probabilidade de um doente escolhido ao acaso:

(a) ser do g´enero feminino ou ter insuficiˆencia card´ıaca;

(b) n˜ao ser do g´enero feminino e ter insuficiˆencia card´ıaca;

(c) ser do g´enero masculino e n˜ao ter insuficiˆencia card´ıaca;

2
No¸c˜oes b´asicas de Probabilidades e Estat

(d) ser do g´enero masculino ou n˜ao ter insuficiˆencia card´ıaca;

2
Probabilidades e Estat No¸c˜oes b´asicas de

(e) ter insuficiˆencia card´ıaca, sabendo que ´e mulher.

22. Sejam A e B dois acontecimentos tais que P (A) + P (B) = x e P (A ∩ B) = y. Determine


em fun¸c˜ao de x e de y a probabilidade de:

(a) n˜ao se realizar nenhum dos acontecimentos.

(b) que se realize um e um s´o dos acontecimentos.

(c) que se realize pelo menos um dos acontecimentos.

(d) que se realize quanto muito um dos acontecimentos.

23. Suponha que A, B e C s˜ao acontecimentos tais que:

P (A ∩ (B ∪ C)) = 0.3, P (A) = 0.6 e P (A ∪ B ∪ C) = 0.9

Determine P (B ∪ C) e P (A¯ ∩ B¯ ∩ C¯ ).

24. Sejam A e B dois acontecimentos associados a uma experiˆencia aleat´oria. Seja P (A) = 0.4,
P (B) = p e P (A ∪ B) = 0.7.

(a) Para que valores de p poder˜ao A e B ser mutuamente exclusivos?

(b) Para que valores de p poder˜ao A e B ser independentes?

25. Numa experiˆencia laboratorial pretende-se ensinar um rato a virar a` direita num
labirinto. Para tal, coloca-se o rato num compartimento com duas sa´ıdas a` escolha:
uma `a direita e outra `a esquerda. Em cada tentativa, se o rato sai pela direita ´e
recompensado com um cubo de queijo e se sai pela esquerda ´e castigado com um leve
choque el´ectrico. Admita que o rato se move de acordo com o seguinte:

• na primeira tentativa escolhe aleatoriamente a sa´ıda;

• se em determinada tentativa foi recompensado, sai pela direita na tentativa seguinte


com probabilidade 0.6;
• se em determinada tentativa foi castigado, sai pela direita na tentativa seguinte com
probabilidade 0.8;

(a) Qual a probabilidade de o rato sair pela direita na segunda tentativa?

(b) Sabendo que na segunda tentativa o rato saiu pela direita, qual a probabilidade de ter
sa´ıdo pela esquerda na primeira tentativa?

26. Num laborat´orio um investigador fez uma prepara¸c˜ao com 3 classes de bact´erias: A, B
e C, na percentagem de 10%, 30%, e 60% de cada classe, respectivamente. As bact´erias da
classe A reagem com sulfato em 80% dos casos, as da classe B em 60% e as da classe C em
40%.
2
No¸c˜oes b´asicas de Probabilidades e Estat

(a) Qual a probabilidade de que uma bact´eria, escolhida ao acaso da prepara¸c˜ao, reaja
com sulfato?
(b) O investigador colheu uma bact´eria da prepara¸c˜ao e ela reagiu com sulfato.
Concluiu, entao, que ela pertencia a` classe C. Concorda com o investigador?

27. Numa determinada popula¸c˜ao, 41% das pessoas tˆem sangue de tipo A, 9% sangue do tipo
B, 4% sangue do tipo AB e 46% sangue do tipo O. Sabe-se ainda que uma an´alise cl´ınica
muito usada para determinar o tipo de sangue n˜ao ´e 100% eficaz, levando a que sejam
considerados, como tendo sangue do tipo A, 4% dos que tˆem sangue do tipo O, 88% dos
que tˆem sangue de tipo A, 10% dos que tˆem sangue do tipo AB e 4% dos que tˆem
sangue de tipo B. Um doente dessa popula¸c˜ao vai ser operado e efetuou a referida
an´alise cl´ınica tendo-lhe sido dito que tinha sangue do tipo A. Determine a probabilidade
do seu sangue n˜ao ser realmente do tipo A.

28. Considera-se que, em determinada popula¸c˜ao, 60% dos indiv´ıduos s˜ao do sexo
feminino, 40% dos indiv´ıduos do sexo feminino s˜ao portadores do gene A, sendo a
correspondente percentagem dos indiv´ıduos do sexo masculino igual a 20%. Ao escolhermos
ao acaso um indiv´ıduo nesta popula¸c˜ao, determine a probabilidade de encontrarmos:

(a) uma mulher portadora do gene A;


(b) um portador do gene A;
(c) um indiv´ıduo do sexo masculino ou portador do gene A.

29. Na terapˆeutica de determinada doen¸ca um m´edico receita aos seus doentes pelo
menos um de dois medicamentos A e B. Em 70% dos casos o m´edico receita o
medicamento A, sendo
de 40% a percentagem correspondente para o medicamento B. E´ introduzido no
mercado
um novo medicamento C para complementar o efeito dos dois j´a existentes. No
entanto, C s´o poder´a ser aplicado com um e um s´o dos outros dois medicamentos
(sendo portanto incompat´ıvel com a utiliza¸c˜ao simultˆanea de A e B). Para analisar o
efeito do medicamento C, o m´edico receita-o a 30% dos doentes que s´o tomam A e a
60% dos que apenas tomam B.

(a) Determine a probabilidade de um doente s´o utilizar o medicamento A.


(b) Sabendo que o m´edico n˜ao receitou o medicamento C a um determinado doente,
qual a probabilidade deste utilizar o medicamento A?

2
Probabilidades e Estat No¸c˜oes b´asicas de

2
Cap´ıtulo 3

Vari´aveis aleat´orias reais e


distribui¸co˜es de probabilidade

1. Numa experiˆencia laboratorial injetaram-se ratos albinos com uma determinada droga
que inibe a s´ıntese de prote´ınas. A probabilidade de cada rato morrer, devido `a
droga, antes do fim da experiˆencia ´e de 0.2. Suponha que s˜ao utilizados 3 ratos em
cada experiˆencia e represente por X o nu´mero de ratos que morrem antes do fim da
experiˆencia.

(a) Determine a fun¸c˜ao de probabilidade de X.


(b) Determine a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de X.
(c) Represente graficamente a fun¸c˜ao de probabilidade e a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de
X.
(d) Determine o nu´mero de ratos que se espera que morram antes do fim da experiˆencia.

2. Considere a vari´avel aleat´oria X, com a seguinte fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao

0 , x<0

1/6
 , 0≤ x<2
FX(x) = P (X ≤ x) 
 1/4 , 2≤ x<4
=  1/2 , 4 x<6

1 , x ≥ 6.
(a) 
Determine a fun¸c˜ao de probabilidade de

X.

(b) Determine a m´edia, a mediana, a moda, o 2o momento ordin´ario, a variˆancia e o


desvio padr˜ao.
(c) Calcule P (X ≤ 1), P (X > 5), P (0 < X ≤ 2) e P (2 ≤ X < 6).

2
3. O tempo de funcionamento (em anos) de um certo equipamento eletr´onico ´e uma
vari´avel aleatoria X com a seguinte fun¸c˜ao densidade
(
fX(x) = x
ke− 2 , x≥0
0 , x < 0.

2
Probabilidades e Estat Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de

(a) Mostre que k = 1/2.


(b) Determine a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao da vari´avel aleatoria real X.

(c) Calcule a probabilidade de que a 1a avaria ocorra pelo menos um ano depois do in´ıcio
do funcionamento do equipamento.

(d) Calcule a probabilidade de que a 1a avaria n˜ao ocorra depois dos primeiros 4
anos de funcionamento.

(e) Mostre que a probabilidade de que o equipamento dure mais de 10 anos sabendo que
j´a est´a a funcionar h´a 3 anos ´e igual `a probabilidade de que o equipamento
dure pelo menos 7 anos.

4. O nu´mero de lentes produzidas num laborat´orio, por dia, ´e uma vari´avel aleat´oria
de valor esperado 50.

(a) O que pode dizer sobre a probabilidade da produ¸c˜ao di´aria nesse laborat´orio ser
superior ou igual a 75 unidades?

(b) Se a variˆancia da produ¸cao di´aria for igual a 24, o que pode dizer sobre a
probabilidade de que a produ¸c˜ao di´aria oscile entre 40 (exclusive) e 60 (exclusive)?

5. Seja X a vari´avel aleat´oria que representa o tempo de sobrevivˆencia, em anos,


depois de um diagn´ostico de leucemia aguda. A fun¸c˜ao densidade de probabilidade de
X define-se do seguinte modo:
(
fX(x) = x2
− +1 , 0<x<2
0 , x ≤ 0 ∨ x ≥ 2.
(a) Mostre que fX (x) ´e efetivamente uma fun¸c˜ao densidade de probabilidade.
(b) Calcule P (X > 1), P (X = 1) e P (X ≤ 1).

(c) Determine a m´edia e a variˆancia de X.

6. Suponha uma sequˆencia de provas de Bernoulli. Considere a vari´avel aleat´oria, X,


nu´mero de provas que tˆem de se efetuar at´e se obter o primeiro sucesso. Determine
a func¸˜ao de probabilidade da vari´avel aleat´oria X.

7. Desenvolveu-se um medicamento que permite aliviar enxaquecas. O fabricante afirma que


´e eficaz em 90% dos casos. O medicamento foi administrado a 4 pacientes. Seja X a vari
´avel aleat´oria que representa o nu´mero de casos em que a administrac˜ao do
medicamento foi eficaz.

(a) Determine a fun¸c˜ao de probabilidade de X, supondo que a afirma¸c˜ao do fabricante


est´a correta.
(b) Calcule P (X ≤ 1).

2
Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de Probabilidades e Estat

(c) Se o medicamento n˜ao aliviar qualquer dos pacientes, ´e uma raz˜ao para por em
causa a efic´acia afirmada pelo fabricante? Justifique.
(d) Determine o valor esperado e a variˆancia de X.

8. Seja X a vari´avel aleat´oria que representa o nu´mero de bact´erias Escherichia Coli num
cm3 de ´agua. Suponha que X tem distribui¸c˜ao de Poisson e que a probabilidade de
n˜ao haver bact´erias num cm3 de ´agua ´e igual a 0.05.

(a) Determine o parˆametro desta distribui¸c˜ao.


(b) Calcule a probabilidade de existirem pelo menos duas bact´erias num cm3 de ´agua.
(c) Qual a probabilidade de que, numa amostra de dois cm3 de a´gua, existam quando
muito 3 bact´erias?

9. No processo de destila¸c˜ao do petr´oleo, a temperatura de destila¸c˜ao, X, (medida em


graus) ´e decisiva para a determina¸c˜ao da qualidade do produto final. Admita que X ´e
uma vari´avel aleat´oria com distribui¸c˜ao uniforme no intervalo [150, 300], isto ´e, a
sua fun¸c˜ao densidade de probabilidade ´e dada por:
( 1
, 150 ≤ x ≤ 300
fX(x) = 150

0 , x < 150 ∨ x > 300.

Se o petr´oleo for destilado a uma temperatura inferior a 2000 , o produto resultante ´e


nafta que se vende a 40 unidades monet´arias (u.m.) por litro. Se a temperatura for
igual ou superior a 2000 , obt´em-se petr´oleo refinado que se vende a 50 u.m. por litro.
O custo de destila¸c˜ao de um litro de petr´oleo (incluindo a mat´eria-prima) ´e de 24
u.m. por litro.

(a) Calcule a probabilidade de um dado lote de destila¸c˜ao resultar em nafta.


(b) Determine o lucro l´ıquido esperado, por lote de destila¸c˜ao, sendo cada lote de
10000 litros.

10. Seja X a vari´avel aleat´oria real que representa a proporc˜ao de a´lcool num certo
composto, com fun¸c˜ao densidade de probabilidade definida do seguinte modo:
(
20x3(1 − x) , 0 ≤ x < 1
fX(x)
0 , caso contr
(a) Determine a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de X.
(b) Calcule a probabilidade de X ser inferior a 2 .
3
(c) Suponha que o pre¸co de venda do composto depende do conteu´do em a´lcool: se
1 3
<
2
X < o pre¸co ´e C1 Euros por litro; caso contr´ario o pre¸co ´e de C2 Euros por
3
litro.
2
Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de Probabilidades e Estat

Supondo que o custo de produ¸c˜ao ´e igual a C3 Euros por litro, determine o


valor esperado do lucro l´ıquido por litro.

2
Probabilidades e Estat Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de

11. A informa¸c˜ao obtida em experiˆencias anteriores diz-nos que a probabilidade de uma m


´aquina fornecer uma lente com defeito ´e de 6%. Suponha que em determinado per´ıodo
de tempo a m´aquina produz um lote de 30 lentes. Calcule:

(a) a probabilidade de nesse lote haver exatamente quatro lentes com defeito;

(b) a probabilidade de nesse lote haver pelo menos uma lente com defeito;

(c) o valor esperado de lentes com defeito nesse lote.

12. Numa determinada unidade hospitalar o consumo semanal de desinfetante, X, expresso em


cm3, distribui-se uniformemente no intervalo ]0, 100[.

(a) Determine o valor do consumo semanal de desinfetante que ´e excedido em 95%


das semanas.

(b) Determine a probabilidade de que o consumo total de desinfetante durante 40 semanas


seja inferior a 2200 cm3 . Assuma a independˆencia dos consumos semanais.

(c) Determine a probabilidade de, em 100 semanas selecionadas aleatoriamente, haver pelo
menos 50 com um consumo de desinfetante superior a 60 cm3.

13. Uma empresa qu´ımica vende embalagens de um dado composto cujo peso se sabe ter distri-
bui¸c˜ao normal com m´edia 500g e desvio padr˜ao 20g.

(a) Determine a probabilidade de uma embalagem escolhida ao acaso pesar entre 460g e
540g.

(b) Selecionando ao acaso 10 embalagens, uma a uma e com reposic˜ao, determine a


proba- bilidade de que pelo menos nove tenham peso entre 460g e 540g.
(c) Determine a probabilidade do peso total de 10 embalagens ser superior a 5100g. Assuma
que os peso das embalagens s˜ao independentes.

14. O funcionamento de um aparelho inform´atico depende apenas de uma componente


cujo tempo de vida (dezenas de horas) ´e uma vari´avel aleat´oria X com distribui¸c˜ao
exponencial de valor esperado igual a 0.5 dezenas de horas. Existem 99 componentes de
reserva no interior do aparelho, ligadas de tal forma que quando uma componente falha
h´a outra que entra em funcionamento. Sabe-se que o tempo de dura¸c˜ao de qualquer uma
das componentes segue a distribui¸cao da vari´avel aleat´oria X e que a dura¸c˜ao de uma
componente n˜ao afecta a dura¸c˜ao das restantes.

(a) Determine a probabilidade do tempo de vida de uma componente ser superior a 1


dezena de horas.

(b) Determine um valor aproximado para a probabilidade do tempo de vida do aparelho


ser superior a 55 dezenas de horas.

3
Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de Probabilidades e Estat

15. Seja X uma v.a.r. com a seguinte fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao



0 , x<1
1/4 , 1 ≤ x < 2
FX(x) =  k/6 , 2 ≤ x < 3
3/8 , 3 ≤ x < 4
1 , x ≥ 4.

(a) Determine k ∈ N. 



(b) Determine a lei de probabilidade de X.
(c) Calcule P (2 < X ≤ 4).
(d) Calcule E(X) e V ar(X).
(e) Determine a mediana da distribui¸c˜ao.

16. A energia (em Joules (J)) de determinado tipo de part´ıcula associada a` radia¸c˜ao c
´osmica ´e uma vari´avel aleat´oria X com fun¸c˜ao densidade de probabilidade definida
do seguinte modo

(
fX(x) = 4

0x ,, x1<≤1 x∨≤x > 3


1

(a) Determine a probabilidade de que a energia de uma part´ıcula seja inferior a 2 Joules.
(b) Mostre que E(X) = 13 J e V ar(X) = 11 J 2 .
6 36

(c) Determine a probabilidade da energia total de 3600 destas part´ıculas ser superior a
7850 J, supondo que as energias das v´arias part´ıculas sa˜o independentes.

17. Foram recolhidas muitas amostras de a´gua, todas com a mesma quantidade, num rio onde
se suspeita que tenha sido polu´ıdo por operadores irrespons´aveis de uma esta¸c˜ao de
tratamento. Observou-se o nu´mero de organismos coliformes em cada amostra; a m
´edia do nu´mero de organismos por amostra foi de 15. Assumindo que o nu´mero de
organismos segue uma distribui¸c˜ao de Poisson, calcule a probabilidade de uma
amostra que venha a ser recolhida contenha:

(a) no m´ınimo 20 organismos;


(b) n˜ao mais de 2 organismos.

18. A capacidade respiratoria de indiv´ıduos normais, do sexo masculino, com idades entre 20
e 30 anos ´e suposto obedecer a uma distribui¸c˜ao Gaussiana de m´edia 3.5 litros e

3
Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de Probabilidades e Estat

variˆancia 1 litro2. Calcule a probabilidade de um indiv´ıduo, seleccionado ao acaso, ter


uma capacidade respiratoria superior a 4.64 litros.

19. Num laborat´orio, o tempo de execu¸c˜ao de lentes de um determinado tipo A ´e uma vari
´avel aleat´oria com distribui¸c˜ao exponencial de m´edia 20 minutos.

3
Probabilidades e Estat Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de

(a) Determine a probabilidade do tempo de execu¸c˜ao de uma lente ser no m´aximo


18 minutos.

(b) Mostre que a probabilidade do tempo de execu¸c˜ao de uma lente ser acrescida de
s minutos sabendo que teve in´ıcio h´a mais de t minutos ´e igual `a probabilidade do
tempo de execu¸c˜ao ser pelo menos de s minutos (propriedade da distribui¸c˜ao
exponencial conhecida por “ausˆencia de mem´oria”).

(c) Selecionadas, ao acaso e com reposi¸c˜ao, 5 lentes de tipo A, calcule a


probabilidade de duas delas terem tido um tempo de execu¸c˜ao m´aximo de 18
minutos.

(d) Admitindo que n˜ao h´a lentes de tipo A em stock, acha razo´avel que, em dado
momento, o laborat´orio se tenha comprometido a fornecer 36 lentes de tipo A, dentro
de 8 horas?

20. Uma equipa de pesquisadores da Universidade de Cornell realizou um estudo mostrando


que aproximadamente 10% de todos os empres´arios que usam gravatas usam-a com
tanta for¸ca que reduzem o fluxo sangu´ıneo para o c´erebro, diminuindo as fun¸c˜oes
cerebrais. Numa reuni˜ao do conselho com 20 empres´arios, os quais usam gravata, qual ´e
a probabilidade de:

(a) pelo menos um usar a gravata muito apertada?

(b) mais de dois terem a gravata muito apertada?

(c) n˜ao haver gravatas demasiado apertadas?

(d) pelo menos 18 gravatas n˜ao estarem demasiado apertadas?

21. No meio de uma conversa a Maria disse que tinha 3 irm˜as. O Jo˜ao comentou ent˜ao que
isso era bastante improv´avel. Sabendo que em Portugal por cada 100 nascimentos em m
´edia 51 s˜ao do sexo feminino, e supondo que o sexo dos rec´em-nascidos ´e independente
do sexo dos irm˜aos. Calcule a probabilidade de um casal ter exatamente 4 filhos do sexo
feminino.

22. Numa dada popula¸c˜ao s˜ao diagnosticados em m´edia 13 novos casos de cancro de es
´ofago em cada ano. Sup˜oe-se que a incidˆencia anual de cancro do es´ofago segue
uma distribui¸c˜ao de Poisson.

(a) Qual a probabilidade de que, em determinado ano, o nu´mero de novos casos


diagnos- ticados de cancro de es´ofago seja exatamente igual a 10?

(b) Qual a probabilidade de que em meio ano o nu´mero de novos casos


diagnosticados de cancro de es´ofago seja superior a 7 mas quando muito 9?

(c) Qual o nu´mero esperado de novos casos diagnosticados de cancro de es´ofago em


3
Probabilidades e Estat Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de

meio ano?

(d) Qual a variˆancia do nu´mero de novos casos diagnosticados de cancro de es


´ofago em meio ano?

3
Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de Probabilidades e Estat

23. Sabe-se que o comprimento, em metros, de um determinado grupo de plantas se distribui


segundo N (1.2, 0.3).

(a) Escolhendo ao acaso uma dessas plantas qual a probabilidade de medir entre 0.9m e
1.5m?
(b) Em 2000 plantas quantas se espera que me¸cam mais de 1.5m?

24. Nas lˆampadas vendidas por uma determinada empresa, o tempo de dura¸c˜ao
distribui-se normalmente com valor m´edio 2010h e desvio padr˜ao 20h.

(a) Qual a probabilidade de uma dessas lˆampadas, escolhida ao acaso, durar entre 1980h
e 2015h?
(b) A empresa decide promover as vendas dessas lˆampadas garantindo um per´ıodo m
´ınimo de vida destas, substituindo gratuitamente qualquer lˆampada que n˜ao
satisfa¸ca o enun- ciado. A empresa sabe que apenas ´e rent´avel se substituir no m
´aximo 3% das lˆampadas vendidas. Qual o m´aximo de tempo de vida que a empresa
pode anunciar?

3
Probabilidades e Estat Vari´aveis aleat´orias reais e distribui¸c˜oes de

3
Cap´ıtulo 4

Estima¸c˜ao pontual e propriedades dos


estimadores

1. Num estudo de rea¸c˜ao de doentes com febre alta a um novo analg´esico, recolheram-
0
se os seguintes valores de temperatura corporal (em C), 60 minutos ap´os a
administra¸c˜ao do f´armaco:
36.8 38.1 37.3 37.0 36.6 37.4 37.4 37.9 37.4

Pretende-se caracterizar a temperatura destes doentes apos a administra¸c˜ao do novo


medi- camento.

(a) Indique um estimador e uma estimativa para a m´edia da temperatura ap´os a


adminis- tra¸c˜ao do novo medicamento.
(b) Indique um estimador e uma estimativa para a variˆancia da temperatura ap´os a
admi- nistra¸c˜ao do novo medicamento.
(c) Indique um estimador e uma estimativa para a propor¸c˜ao de doentes com
temperatura inferior ou igual a 37.50 C ap´os a administra¸c˜ao novo medicamento.

2. Suponha que (X1 , X2 , ..., Xn ) ´e uma amostra aleatoria de uma popula¸c˜ao cuja
fun¸c˜ao den- sidade de probabilidade ´e dada por
(
(θ + 1)xθ , 0 < x < 1
f (x) ,
0 , caso contr
em que θ > 1 ´e um parˆametro desconhecido.

(a) Determine E(X).


(b) Considere os seguintes estimadores para θ:

θˆ1 = e 1 − X¯
= −2 + 2

θˆ2

3
Verifique se algum destes estimadores ´e um estimador centrado (n˜ao enviesado) para
θ.

3
Probabilidades e Estat Estimac¸˜ao pontual e propriedades dos

3. Considere X1 , X2 e X3 observac¸˜oes independentes de uma vari´avel aleat´oria X ∼ N


(µ, σ). Verifique se o estimador
− X 1 + 2X 2 + 3X 3
T = 4
´e um estimador centrado para a m´edia da popula¸c˜ao.

4. A temperatura que se faz sentir em dado pa´ıs do norte da Europa ´e uma vari´avel aleat
´oria normal com m´edia µ e variancia σ 2 . Com base na amostra aleat´oria (X1 , X2 , X3 ,
X4 ) foram definidos os seguintes estimadores para µ:
Σ4
T = k(X + 2X + X − X ) e 1
1 1 = X.
2 3 4 T 2 i
4 i
(a) Calcule o valor de k para que T1 seja centrado.
(b) Considerando o valor de k determinado na al´ınea anterior, compare T1 e T2
quanto `a eficiˆencia para µ.

5. Seja X vari´avel aleat´oria com distribui¸c˜ao Normal de valor m´edio µ (desconhecido) e


desvio padr˜ao σ (conhecido), e

θˆ1
r
Σ n Xi
=
X
e = Σ
i=r+1
n− r
i

r θˆ2
i=1

dois estimadores de µ, associados a uma amostra aleat´oria (X1 , ..., Xn ) de X.

(a) Mostre que θˆ = θˆ1 + λ(θˆ2 − θˆ1 ) ´e um estimador centrado de µ, qualquer que seja λ ∈
R.
(b) Suponha r = 20 e n > 20, analise a eficiˆencia de θˆ1 relativamente a θˆ2 .

6. O gerente de uma dada agˆencia banc´aria sabe que o saldo m´edio dos clientes da sua
agˆencia
´e de 520.00e, com um desvio padr˜ao de 280.00e. Se for escolhida uma amostra aleat
´oria de 50 clientes da agˆencia, qual a probabilidade de que a m´edia dos seus saldos
m´edios seja maior do que 550.00e?

7. Suponha que as dura¸c˜oes das chamadas telef´onicas interurbanas sejam distribu´ıdas de


forma aproximadamente normal com m´edia de 9 minutos com desvio padr˜ao de 3
minutos. Se a companhia telef´onica escolher uma amostra aleat´oria de 20 chamadas
telef´onicas, qual a probabilidade de que a m´edia das suas dura¸c˜oes esteja entre 8 e 10
minutos?

8. O tempo de espera na pista para a descolagem de cada avi˜ao no aeroporto de Lisboa ´e uma
v.a. com valor m´edio 4 minutos e desvio padr˜ao 2.5 minutos. Suponha que se
seleciona ao acaso 50 avi˜oes, para se registarem os seus correspondentes tempos de

3
Probabilidades e Estat Estimac¸˜ao pontual e propriedades dos

espera. Calcule a probabilidade da m´edia dos tempos de espera exceder os 5 minutos.

9. Suponha que numa certa popula¸c˜ao humana 8% das pessoas s˜ao dalt´onicas. Se
fizermos uma amostragem aleat´oria de 150 indiv´ıduos da popula¸c˜ao, qual a
probabilidade de que a propor¸c˜ao de pessoas dessa amostra que seja dalt´onica seja
menor que 0.15?

4
Estima¸c˜ao pontual e propriedades dos Probabilidades e Estat

10. Suponha que a propor¸c˜ao de consumidores frequentes de drogas numa popula¸c˜ao


seja de 0.50, enquanto que a propor¸c˜ao noutra popula¸c˜ao seja de 0.33. Qual ´e a
probabilidade de que amostras de tamanho 100 das duas popula¸c˜oes tenham um valor pˆ1
− pˆ2 maior que 0.30?

11. Numa popula¸c˜ao Normal de m´edia desconhecida e desvio padr˜ao 5, calcule a


probabilidade da variˆancia de uma amostra aleat´oria de dimens˜ao 20 dessa popula¸c˜ao
estar compreendida entre 24.1 e 50.8.

12. Recolheu-se uma amostra de dimens˜ao 6 de uma popula¸c˜ao Normal. Determine a


probabi- lidade da variˆancia da amostra ser inferior a 3 vezes a variˆancia da popula¸c˜ao.

4
Probabilidades e Estat Estima¸c˜ao pontual e propriedades dos

4
Cap´ıtulo 5

Intervalos de confian¸ca

1. Num estudo sobre o efeito do mon´oxido de carbono produzido pelos cigarros no


crescimento dos fetos de m˜aes fumadoras, mediu-se a percentagem de hemoglobina acoplada
ao mon´oxido de carbono como carboxi-hemoglobina (COHb) em 40 fumadoras gr´avidas
antes e depois de fumarem um cigarro. Denote por X a variavel aleat´oria que
representa o incremento na percentagem de COHb numa gr´avida. O registo dos
incrementos de COHb das 40 gr´avidas conduziu aos seguintes resultados:
40 Σ
40
Σxi = 140.3868 e 2
xi=
i=1 i=1
573.2144.
Sabendo que X segue uma distribui¸c˜ao Gaussiana, determine um intervalo com um grau
de confian¸ca de 95%, para o valor esperado de X.

2. Um laboratorio farmacˆeutico produz um anti-histam´ınico em comprimidos para os


quais ´e razo´avel considerar que o peso ´e normalmente distribu´ıdo com um desvio
padr˜ao igual a 5 miligramas. O departamento de investiga¸c˜ao propˆos um novo processo
de fabrico dos mesmos comprimidos. Devido ao custo associado a este novo processo de
fabrico o laborat´orio decide que este novo processo n˜ao ser´a adoptado se o peso dos
comprimidos apresentar um desvio padr˜ao superior a 4 miligramas. O registo dos pesos, em
gramas, de 10 comprimidos forneceu os seguintes valores:

5.718 5.722 5.717 5.712 5.713 5.716 5.719 5.714 5.719 5.717

Atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca a 95%, averigue se o laborat


´orio deve adotar o novo processo de fabrico.

3. No caso de excesso de colesterol no sangue (hipercolesterol´emia), o primeiro


tratamento a propor ´e um regime alimentar adequado. Num inqu´erito efetuado a
1750 indiv´ıduos com excesso de colesterol, 644 inquiridos indicaram que seguiam o
regime. Averigue, atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca a 95%, se a
maioria dos pacientes seguem o regime preconizado.

4
Probabilidades e Estat Intervalos de

4. Um estudo acerca da vis˜ao em profundidade de pessoas consistia em pedir aos pacientes


que avaliassem a distˆancia entre dois objetos est´aticos registando-se de seguida a
diferen¸ca entre o valor indicado e a verdadeira distˆancia. Ao observar 24 pacientes
obtivemos uma amostra para a qual x¯ = 6.5 e sn = 2.6. Construa um intervalo de
confian¸ca a 98% para o valor m´edio da diferen¸ca estudada.

5. Para substituir as agulhas na administrac˜ao de vacinas desenvolveu-se um aparelho


que parece uma pistola. Este aparelho pode ser ajustado para injetar diferentes
quantidades de soro. No entanto, devido a varia¸c˜oes de car´acter aleat´orio, a
quantidade realmente injetada
´e normalmente distribu´ıda com m´edia igual ao valor regulado e uma certa variˆancia
σ 2 . Os preceitos m´edicos indicam que a utiliza¸c˜ao do aparelho n˜ao ´e perigosa se o
desvio padr˜ao for menor do que 0.2. Uma experimenta¸c˜ao com 30 inje¸c˜oes
permitiu calcular uma variˆancia amostral corrigida igual a 0.0064. Atrav´es da
constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca a 95%, averigue se a utiliza¸c˜ao deste novo
aparelho n˜ao ´e perigosa.

6. Em certa atividade econ´omica, 840 dos 2000 trabalhadores inquiridos numa sondagem,
de- clararam ter contra´ıdo pneumatoses, no u´ltimo ano.

(a) Determine um intervalo de confian¸ca a 95% para a proporc˜ao de trabalhadores


dessa atividade econ´omica atingidos por pneumatoses naquele per´ıodo.

(b) Se tivessem sido inquiridos 4000 trabalhadores e 1680 tivessem contra´ıdo pneumatoses
no per´ıodo referido, qual seria agora o intervalo de confian¸ca a 95%? Comente
os resultados.

(c) Determine o tamanho m´ınimo da amostra que garanta, com um grau de


confian¸ca de 95%, que o erro m´aximo cometido, ao estimar a proporc˜ao de
trabalhadores atingidos por pneumatoses por pˆ, seja inferior a 1%.

7. Para estimar a diferen¸ca de tempos esperados de vida entre fumadores e n˜ao


fumadores, numa grande cidade dos E.U.A., foram recolhidas duas amostras aleat´orias
independentes de, respetivamente, 36 n˜ao fumadores e 44 fumadores tendo-se obtido os
seguintes resultados:

Dimens˜a M Desvio padr˜ao


o ´edia corrigido
Na˜o 36 72 9
fumadores
Fumadores 44 62 11

Determine um intervalo de confian¸ca a 95% para a diferen¸ca dos valores esperados


dos tempos de vida.
4
Probabilidades e Estat Intervalos de

8. Numa experiˆencia para comparar dois analg´esicos, 65 doentes volunt´arios, depois de


sub- metidos ao mesmo tipo de cirurgia, foram divididos em dois grupos de n1 = 32 e n2 =
30 pessoas, a quem foi ministrada uma dose equivalente dos analg´esicos 1 e 2,
respetivamente.

4
Intervalos de Probabilidades e Estat

No primeiro grupo, a ausˆencia de dor durou, em m´edia x¯1 = 6.3 horas, com um
desvio
padr˜ao de sn1 = 1.2 horas, enquanto que no segundo grupo, x¯2 = 5.4 horas e sn2 =
1.4
horas. Supondo que as popula¸c˜oes s˜ao Gaussianas e tˆem a mesma variˆancia,
determine um intervalo de confian¸ca a 99% para a diferen¸ca da dura¸c˜ao m´edia do
efeito dos analg´esicos.

9. Um indiv´ıduo, preocupado com a muita cola que cheirou na adolescˆencia, foi


perguntar a um neurologista conhecido se ´e verdade que o abuso de substˆancias contendo
tolueno produz altera¸c˜oes importantes no sistema nervoso. O neurologista mostrou-lhe os
resultados de um estudo com ratos, em que um grupo experimental tinha sido exposto
durante uma hora a uma atmosfera com n´ıveis altos de tolueno, e um grupo de controlo
tinha sido mantido em condi¸c˜oes normais. Procedeu-se depois a` determina¸c˜ao da
quantidade de norepinefrina na medula adjacente ao c´erebro. Os resultados obtidos
relativamente aos valores da concen- tra¸c˜ao de tolueno na medula (mg/cm) foram os
seguintes:

Grupo experimental
Σ Grupo deΣcontrolo
Σ
50 50 Σ
45 45

x1i = x2 = 20308009 x2i = x2 = 14303421


1i 2i
i=1 i=1
31095 23562
i=1 i=1

Averigue, atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca a 95%, se o n´ıvel m


´edio de norepinefrina na medula dos ratos expostos a tolueno ´e mais elevado do que o
n´ıvel m´edio em ratos sujeitos a uma atmosfera normal.

10. Na tabela seguinte est˜ao registadas as press˜oes sist´olicas de dois grupos de


crian¸cas. O grupo I ´e formado por crian¸cas filhas de pais hipertensos e o grupo II
´e constitu´ıdo por crian¸cas filhas de pais com a press˜ao sangu´ınea normal.
Admitindo que os dois grupos constituem duas amostras independentes e extra´ıdas de
popula¸c˜oes Gaussianas, averigue, atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca
a 95%, se podemos considerar que estas duas popula¸c˜oes tˆem a mesma variˆancia.

Grupo I 98 100 94 104 108 118 110 110 107 109 103 105 108
Grupo II 95 95 102 98 92 106 96 100 90

11. Foi efetuado um estudo sobre a existˆencia de potenciais tardios (late potentials) num
grupo de 583 homens que sofreram um enfarte do mioc´ardio e num outro grupo de
489 homens sem enfarte (grupo de controlo). No grupo de controlo, existiam 108 pessoas
com poten- ciais tardios, enquanto que no grupo com enfarte do mioc´ardio existiam
159 pessoas com potenciais tardios. Atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de

4
Intervalos de Probabilidades e Estat

confian¸ca a 95%, averigue se a propor¸cao de potenciais tardios ´e maior entre os homens


que sofreram enfarte de mioc´ardio do que entre aqueles que nunca sofreram enfarte de
mioc´ardio.

12. A baixa densidade de componentes minerais nos ossos de indiv´ıduos com osteoporose (como
acontece frequentemente nas senhoras ap´os a menopausa) tem forte associa¸c˜ao positiva
com

4
Probabilidades e Estat Intervalos de

a ocorrˆencia de fraturas do f´emur. A fim de avaliar o efeito da administra¸c˜ao


regular da terapia de reposi¸c˜ao hormonal, pretende-se comparar a mineraliza¸c˜ao de
ossos de doentes de um grupo experimental que durante 36 meses tomaram um
medicamento cujo princ´ıpio activo ´e estrog´enio de cavalo com a mineraliza¸c˜ao dos
ossos de doentes de um grupo de controlo a quem foi administrado um placebo.
Sup˜oe-se que modelos Gaussianos, com desvios padr˜oes σX = 0.124g/cm2 e σY =
0.236g/cm2 s˜ao adequados para representar as popula¸c˜oes. Os resultados obtidos
est˜ao registados na tabela seguinte:

Mineraliza¸c˜ao (g/cm2 ) do f Mineraliza¸c˜ao (g/cm2 ) do f


´emur ´emur
em indiv´ıduos tratados (X) em indiv´ıduos n˜ao tratados (Y
Σ
15
) Σ20

xi = 14.84 yi = 16.44
i=1 i=1

Averigue, atrav´es da constru¸c˜ao de um intervalo de confian¸ca a 95%, se podemos


considerar que vale a pena tomar hormonas de estrog´enio de cavalo.

13. Dez indiv´ıduos obesos foram submetidos a um regime diet´etico durante um per´ıodo
de 35 dias, tendo-se registado os pesos no in´ıcio e no fim do per´ıodo:

In´ıcio 95 110 98 104 80 86 92 91 92 84


Fim 92 109 94 100 81 80 84 88 90 79

Construa um intervalo de confian¸ca a 95% para a diferen¸ca de m´edias,


considerando a normalidade dos dados.

14. Foi obtida uma amostra com 20 baterias da marca A. Todas elas foram examinadas e a
sua dura¸c˜ao, em horas, foi medida. O mesmo foi feito com uma amostra de 18
baterias do mesmo tipo, por´em da marca B. Os dados foram:
Marca A: 176 162 153 137 140 139 165 128 149 148
159 134 173 171 142 142 173 155 157 139
Marca B: 183 196 157 180 188 172 159 184 152 180
169 163 191 151 172 192 121 146
Determine um intervalo de confian¸ca de 98% para a diferen¸ca entre as m´edias
populacionais da dura¸c˜ao das baterias referentes a`s duas marcas. Suponha que essa
vari´avel (dura¸c˜ao da bateria) segue uma distribui¸c˜ao Normal, tanto para a marca A
como para a marca B.

4
Cap´ıtulo 6

Testes de hip´oteses param´etricos e


n˜ao param´etricos

1. Mediu-se a press˜ao arterial a uma amostra de 23 homens, tendo-se observado os


seguintes valores, para a m´ınima (press˜ao diast´olica):

65 67 71 72 73 75 76 78 79 80 81 82
83 84 85 86 88 89 90 90 92 93 96

Supondo que a press˜ao diast´olica segue distribui¸c˜ao Gaussiana, teste, ao n´ıvel de


significancia de 5% a hip´otese de a press˜ao diast´olica m´edia ser superior a 80.

2. O anu´ncio de uma certa dieta de emagrecimento dizia: “Perca 18 Kg em 4 meses”.


Numa amostra de 100 seguidores desta dieta o nu´mero m´edio de quilos perdidos foi 14.2 e
o desvio padr˜ao corrigido do nu´mero de quilos perdidos foi 5.4. O nu´mero de quilos
perdidos pode ser considerado normalmente distribu´ıdo. Teste, ao n´ıvel de significˆancia
de 5%, se o slogan apresentado no anu´ncio n˜ao ´e aceit´avel.

3. De acordo com a lei, o composto qu´ımico δ pode admitir, no m´aximo, uma


concentra¸c˜ao de impurezas, por litro, de 0.07 e uma variˆancia m´axima na
concentra¸c˜ao de impurezas, de
0.2. Um laborat´orio abastecido por uma companhia de produtos qu´ımicos, determinou
a
concentra¸c˜ao de impurezas, por litro, em 8 porc˜oes do composto, tendo obtido o
seguinte resultado
8
Σ
(xi − x¯)2 = 3.
i=1

Admitindo que a concentra¸c˜ao m´edia n˜ao est´a a violar as leis averigue, para um
n´ıvel de significˆancia de 5%, se a legisla¸c˜ao est´a a ser cumprida pela companhia qu
´ımica que abastece o referido laborat´orio no que diz respeito a` variabilidade da
concentra¸c˜ao de impurezas, por litro, do composto δ. Suponha que a vari´avel em estudo
4
se comporta de forma aproximada- mente normal.

5
Probabilidades e Estat Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param

4. De acordo com a lei de Mendel, a propor¸c˜ao dos heterozigotas (RQ) de um tipo de


poli- morfismo gen´etico do factor VII (um dos factores de coagula¸c˜ao sangu´ınea)
deve ser 0.5. Sabendo que em 531 homens, 415 tinham o gen´otipo RR, 110 o RQ e 6 o QQ,
averigue, para um n´ıvel de significˆancia de 1%, se a proporc˜ao do gen´otipo RQ se
encontra de acordo com a lei de Mendel.

5. Um laboratorio lan¸cou no mercado um novo medicamento para o tratamento de uma


alergia, afirmando a sua efic´acia, num per´ıodo de 8 horas, em mais de 85% dos casos. A sua
aplica¸c˜ao a uma amostra de 200 indiv´ıduos sofrendo de tal alergia, revelou-se eficaz em
180 casos. A que n´ıveis de significˆancia a afirma¸c˜ao ´e consistente com os dados?

6. Num estudo destinado a averiguar se os n´ıveis de fibrinog´enio diferem com o sexo,


foram efetuadas medi¸c˜oes do fibrinog´enio em 474 homens e 442 mulheres. Os
resultados obtidos foram os seguintes:

N´ıvel de fibrinog
´enio
Homens x¯1 = 2.76 sn1 = 0.55
Mulheres x¯2 = 2.96 sn2 = 0.83

Supondo que o n´ıvel de fibrinog´enio em ambos os sexos segue distribui¸c˜ao Gaussiana,


averi- gue:

(a) para um n´ıvel de significˆancia de 5%, se existe diferen¸ca entre os sexos no que
diz respeito ao n´ıvel m´edio de fibrinog´enio;
(b) para um n´ıvel de significˆancia de 5%, se a variabilidade do n´ıvel de fibrinog´enio ´e
maior entre as mulheres do que entre os homens.

7. Para diagnosticar a porf´ıria procede-se a` medi¸c˜ao do n´ıvel de diaminase de


porfibilog´enio. Num estudo sobre o n´ıvel s´erico de diaminase de porfibilog´enio em indiv
´ıduos normais e em indiv´ıduos com porf´ıria obtiveram-se os seguintes dados:

N´ıvel s´erico de diaminase de porfibilog N´ıvel s´erico de diaminase de porfibilog


´enio ´enio
em indiv´ıduos normais (X) em indiv´ıduos com porf´ıria (Y )
o
N de indiv´ıduos x¯ snX o
N de indiv´ıduos y¯ snY
21 113.2833 4.91 11 93.1667 3.6937

Supondo que as vari´aveis X e Y seguem distribui¸c˜oes aproximadamente normais,


averi- gue, para um n´ıvel de significˆancia de 5%, se a variancia do n´ıvel s´erico de
diaminase de porfibilog´enio ´e maior para os indiv´ıduos normais do que para os indiv
´ıduos com porf´ıria.

5
Probabilidades e Estat Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param

8. Numa experiˆencia para comparar dois analg´esicos, 65 doentes volunt´arios, depois de


sub- metidos ao mesmo tipo de cirurgia, foram divididos em dois grupos de n1 = 35 e n2
= 30

5
Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param Probabilidades e Estat

pessoas, a quem foi ministrada uma dose equivalente dos analg´esicos 1 e 2,


respectivamente. No 1o grupo a ausˆencia de dor durou em m´edia x¯1 = 6.3 horas,
com um desvio padr˜ao de sn1 = 1.2 horas, enquanto que no segundo grupo, x¯2 = 4.4
horas e sn2 = 1.4 horas. Supondo que as popula¸c˜oes s˜ao aproximadamente normais e
tˆem a mesma variˆancia, averigue, para um n´ıvel de significˆancia de 1%, se a
dura¸c˜ao m´edia do efeito do analg´esico 1 ´e superior a` do analg´esico 2.

9. Sete indiv´ıduos saud´aveis ofereceram-se para realizar uma experiˆencia envolvendo uma
nova droga para combater a ins´onia. Estes sete indiv´ıduos submeteram-se, antes e
depois de ingerir a tal droga, a um exame em que foi medido (em cent´esimos de segundo)
o tempo de resposta a um sinal sonoro. Em ambas as situa¸c˜oes, o tempo de resposta
´e bem modelado pela distribui¸c˜ao Gaussiana. Os resultados desse exame apresentam-se
na tabela seguinte:

Indiv´ıduos I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7
Tempo de reac¸c˜ao com 17 27 39 27 30 21 36
droga
Tempo de reac¸c˜ao sem 19 22 34 21 27 23 27
droga

Teste se a nova droga provoca, como efeito secund´ario, o aumento do tempo de


resposta a est´ımulos auditivos. Use um n´ıvel de significˆancia de 5%.

10. Selecionaram-se aleatoriamente 10 pessoas do sexo masculino com idades compreendidas


entre os 35 e os 50 anos para participar num estudo sobre o efeito de um programa de exerc
´ıcio f´ısico e de dieta alimentar ao n´ıvel de colesterol. Registaram-se os n´ıveis de colesterol no
in´ıcio do programa e no final do mesmo:

No in´ıcio 264 238 257 296 251 244 287 313 260 280
No fim 230 240 228 240 237 247 234 256 247 239

Para um n´ıvel de significˆancia de 5%, teste a efic´acia do programa, assumindo a


gaussianidade dos dados.

11. Num estudo sobre prevalˆencia da doen¸ca HIV, pediu-se a 949 homens que fizessem
uma an´alise de sangue para detectar a presen¸ca de anticorpos HIV. Destes, 782
concordaram e 167 recusaram. Oito dos que concordaram estavam infectados. Havia colheitas
anteriores dos 167 que recusaram, que foram analisadas anonimamente, tendo sido
encontrados 9 contaminados. Averigue, para um n´ıvel de significˆancia de 5% se a
propor¸c˜ao de contaminados ´e maior entre os que recusaram submeter-se ao teste do
que entre os que aceitaram integrar o estudo.

12. Um bi´ologo efetua medi¸c˜oes num certo tipo de c´elulas. Admite-se que os erros aleat
´orios de medi¸c˜ao est˜ao sujeitos a uma lei N (µ, 1). Uma amostra aleat´oria de
5
Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param Probabilidades e Estat

dimens˜ao 25 forneceu ao bi´ologo um intervalo de confian¸ca para µ a 95%, estimado por


] − 0.442, 0.342[.

(a) Determine uma estimativa para µ.

5
Probabilidades e Estat Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param

(b) Teste
H0 : µ = 0 contra H1 : µ < 0,

ao n´ıvel de significˆancia de 2.5%.

13. Um laborat´orio farmacˆeutico produz uma droga que durante um certo per´ıodo de
tempo necessita de permanecer num local cuja temperatura, X, (em graus cent´ıgrados)
seja re- lativamente baixa e n˜ao sofra altera¸c˜oes significativas. De uma amostra de
50 valores da referida temperatura sabe-se que:
50 Σ
50
Σxi = 65.38 e 2
xi =
i=1 i=1
113.417.
(a) Determine estimativas para a m´edia e para a variˆancia da vari´avel aleat´oria real X.
(b) A referida amostra permitiu ainda construir o seguinte histograma:

Parece-lhe razo´avel ajustar a` vari´avel X uma distribui¸c˜ao Uniforme sobre um


intervalo da forma [0, θ]?

(c) Supondo que de facto ´e aceit´avel considerar que X segue uma distribui¸c˜ao
uniforme sobre [0, θ], estime o parˆametro θ.
(d) Com o objectivo de validar a referida distribui¸c˜ao realize um teste de
ajustamento do Qui-Quadrado, com um n´ıvel de significˆancia de 5%.

14. Um estudo sobre a prevalˆencia dos factores de risco cardio-vascular conduziu aos
seguintes resultados: em 752 mulheres, 246 tinham um colesterol LDL acima dos 160
mg/dl, enquanto que em 655 homens, 242 tinham um colesterol LDL acima dos 160
mg/dl.

(a) Para um n´ıvel de significˆancia de 5%, averigue se a proporc˜ao de indiv´ıduos com


coles- terol LDL acima dos 160 mg/dl ´e maior entre os homens do que entre as
mulheres.
(b) Calcule o valor de prova associado `a amostra observada para o teste formulado na al
´ınea anterior.

15. Um alergologista pretende saber se a distribui¸c˜ao binomial pode ser usada para
determinar probabilidades referentes ao nu´mero de indiv´ıduos, em 4, que tˆem
determinada alergia. Com este objectivo, obteve, de forma aleat´oria, 50 amostras de 4
5
Probabilidades e Estat Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param

indiv´ıduos cada, onde observou os seguintes dados

5
Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param Probabilidades e Estat

No de indiv´ıduos Frequˆenci
a
0 13
1 22
2 10
3 3
4 2

Para um n´ıvel de significˆancia de 1%, averigue qual a conclus˜ao que o alergologista


obteve a partir dos dados anteriores.

16. Numa amostra de casos de sarampo em crian¸cas em idade pr´e-escolar encontramos a


seguinte distribui¸c˜ao de frequˆencias:

Idade (Anos) Nu´mero de


casos
<1 6
1 20
2 35
3 41
4 48
Total 150

(a) Determine o valor de prova associado a este teste.

(b) Teste, ao n´ıvel de significˆancia de 5%, a hip´otese de que os casos de sarampo


ocorrem com igual frequˆencia nas cinco categorias et´arias.

17. O director de um hospital deseja saber se o nu´mero de entradas por dia nas urgˆencias
segue uma distribui¸cao de Poisson de m´edia 3. Por conseguinte, registou as entradas nas
urgˆencias durante um per´ıodo de 90 dias.

Nu´mero de entradas na urgˆencia por 0 1 2 3 4 5 ≥6


dia
Nu´mero de dias 5 14 15 23 16 9 8

Com estes dados a que conclus˜oes chegar´a o director do hospital, considerando um n´ıvel
de significˆancia de 5%?

18. Os alunos de uma determinada escola queixavam-se acerca da quantidade de carne servida
por refei¸c˜ao na cantina. Os representantes dos alunos falaram com o cozinheiro chefe
que lhes garantiu que a carne servida por refei¸c˜ao a cada estudante tinha
aproximadamente uma distribui¸c˜ao normal de m´edia 290g e desvio padr˜ao 56g. No
entanto alguns alunos concordaram em recolher as refei¸c˜oes ao longo de v´arios dias,
5
Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param Probabilidades e Estat

resultando assim uma amostra de 10 refei¸c˜oes, que foram levadas para um laborat´orio
para serem pesados os peda¸cos de

5
Probabilidades e Estat Testes de hip´oteses param´etricos e n˜ao param

carne nelas contidos. Os dados obtidos foram os seguintes:


198 254 262 272 275 278 285 287 287 292.
Para um n´ıvel de significˆancia de 5%, verifique se existem evidˆencias para rejeitar a hip
´otese de que a carne servida por refei¸c˜ao a cada estudante tem uma distribui¸c˜ao
normal de m´edia 290g e desvio padr˜ao 56g.

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