Você está na página 1de 2

Livro de Resumos

II Encontro de Mastozoólogos
do Estado do Rio de Janeiro
MastoSerra 2013

30 de novembro a 03 de dezembro de 2013

Parque Nacional da Serra dos Órgãos


Sede administrativa, Teresópolis, RJ

Diogo Loretto
Ana Cláudia Delciellos
Lena Geise
Albert Menezes
(Orgs.)

Realização

Fomento
:
Sociedade Brasileira
de Mastozoologia
Estrutura populacional genética do golfinho-de-dentes-
rugosos Steno bredanensis (Cuvier in Lesson, 1828)
(Cetacea: Delphinidae) no Brasil
Silva, D.M.P.1; Carvalho, R.R.2; Secchi, E.R.3; Marigo, J.4; Barbosa, L.A.5; Lailson-Brito Jr.,
J.1; Azevedo, A.F.1 & Cunha, H.A.8
1 Programade Pós-Graduação em Oceanografia, UERJ; 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, UERJ;
3UFRG, Institutode Oceanografia, Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos; 4ONG Projeto Biopesca;
5Organização Consciência Ambiental Instituto Orca; 8 UFRJ, Instituto de Biologia, Departamento de Genética;

daysemaqua@gmail.com

O golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) é encontrado nos Oceanos Atlântico,


Pacífico e Índico, em águas profundas tropicais, subtropicais e temperadas quentes. Neste
estudo investigamos a estrutura populacional genética de S. bredanensis, utilizando
sequências da região controle mitocondrial. Amostras de pele ou músculo foram coletadas na
região Sudeste e Sul do Brasil a partir de encalhes e biopsias (n=62). O DNA gênomico foi
extraído com o Kit DNeasy (Qiagen). A sexagem molecular e a amplificação de um fragmento
de 550 pb da região controle foram realizadas por PCR. Após a PCR, as amostras foram
sequenciadas em sequenciador automático ABI 3500. As sequências do golfinho-de-dentes-
rugosos no Brasil produzidas até o momento (N=25) foram adicionadas a sequências retiradas
do banco de dados GenBank (N=70; Japão, Atlântico, Pacífico Leste, Pacífico Central,
Polinésia e Índia). Após o alinhamento, as sequências analisadas continham 423 nucleotídeos,
com 48 sítios polimórficos. No conjunto de dados total, foi possível observar 18 haplótipos
com diversidade haplotípica de 0,829 e diversidade nucleotídica de 0,01934. A rede de
haplótipos e a árvore filogenética mostraram uma grande divergência entre as sequências do
Atlântico e das demais regiões analisadas (distância p = 0,031). No Brasil foram encontrados
dois haplótipos compartilhados por indivíduos do Sul e Sudeste do país. Outros dois
haplótipos foram observados em um indivíduo cada, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do
Sul. Os resultados preliminares sugerem ausência de diferenciação populacional na costa
Sudeste e Sul do Brasil, e uma alta distância genética das amostras do Atlântico Sudoeste em
relação aos outros oceanos, que merece investigação mais detalhada.

Palavras-chave: Conectividade, DNA mitocondrial, Genética de populações.

12

Você também pode gostar