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Música 2

Sala de Recepção

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Canções
Sala de Recepção

Música 2

Escolhidas Sala de Recepção

Música 2
Sala de Recepção
Sarau literário - Musical
Música 2
Cartola Sala de Recepção

10 músicas Música 2
Sala de Recepção
Roteiro:
Música 2
Sala de Recepção
Primeiro Ato

Cena 1 – Começa a tocar sala de recepção (pausa em 1 minutos aproximadamente – Igor definir)

(em frente ao palco – Cartola – Vítor Miguel – vestindo verde e rosa + cartola)

Vítor – Bom dia a todos. Hoje, e muitos colegas seremos durante alguns minutos um ilustre
brasileiro, que representa a população periférica sofrida, porém feliz, que escreve e canta sobre o
amor e as desilusões, sobre as expectativas e o sofrimento. Espero que o conheçam um pouco e
aproveitem suas canções

- Entra biografia (narradora contando):

“Angenor de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1908, filho de Sebastião


Joaquim de Oliveira e Aída Gomes de Oliveira. Angenor era o terceiro dos dez filhos do casal.
No bairro das Laranjeiras, para onde a família Oliveira havia se mudado em 1916, havia dois ranchos
carnavalescos: o “União da Aliança” e os “Arrepiados”. Ambos desfilavam no feriado do carnaval. Seu
Sebastião de Oliveira participava do segundo rancho, tocando cavaquinho e Angenor também chegou a
desfilar no grupo, pouco antes de completar os onze anos. As cores oficiais do rancho eram o verde e o
rosa, cores que teriam inspirado Angenor quando, mais tarde, fundou a estação Primeira de Mangueira.
Foi nessa época do convívio inicial com o rancho do qual o pai fazia parte, que Cartola começou a
aprender os primeiros acordes no cavaquinho.
Em 1919, devido a uma crise financeira, a família se mudou para o morro da Mangueira. Angenor viria a
conhecer, logo no início da convivência no morro, o amigo Carlos, que fundaria, mais tarde, com Angenor,
a Escola de Samba Mangueira.”

Termina de tocar sala de recepção


Vitor sai da frente do palco e se senta numa cadeira da plateia.

Cena 2- Cordas de Aço


(no palco – Cartola – Enzo Rodrigo – vestindo verde e rosa + cartola e segurando um violão)

Brunna – Ainda não podemos ficar juntos, meu amor, mas eu te espero.

(Enzo se senta na cadeira em cima do palco – dedilha o violão)


Começa a tocar Cordas de aço – Igor definir duração da música

Fim da música – Enzo sairá pelo lado esquerdo do palco

Cena 3- Disfarça e Chora


(entram pelo lado direito: Milena, Lívia Ortiz e Maria Paula)

Milena (bem animada) diz para uma delas: Amiga, ele chegou! Será que ele me pede em namoro
hoje? (olhando para plateia)
Tomara que seja hoje, antes que o verão acabe!
(entram pelo corredor da plateia Guilherme R, Lucas e Vitor L – Vitor L – Cartola – vestindo verde
e rosa + cartola)
Os três caminham animados e falantes (definir as falas para que não ocorra nenhum problema)

Milena – olhando para Guilherme- ele está vindo, disfarcem, diz para as amigas.

(os rapazes se aproximam do palco – Tamires (entra pelo lado direito, mas não sobe no palco)
Tamires cumprimenta Guilherme, Lucas e Vitor
Lucas e Vitor sobem ao palco
Tamires sai com Guilherme pelo lado esquerdo (sem subir no palco)

Milena (com tristeza) Não acredito nisso, ele foi embora com ela!
Vitor L diz – Agora, minha amiga, chora. disfarça e chora. Afinal, gostar de longe//não faz ninguém
chegar perto

Entra a música Disfarça e Chora - – Igor definir duração da música

Saem pelo lado esquerdo – um de cada vez e lentamente – todos consolam Milena antes de sair
Ordem de saída- Lucas , Livia, Maria Paula – antes de Vitor L sair deixa a cartola com Milena.

Fim da música- Milena se senta no palco usando a cartola

Cena 4- As rosas não falam


(entram pelo lado direito Adhara, Alanis, Vitoria, Maria Clara e Sarah Lima – usando uma coroa
de flores)

Milena (triste) diz O verão acabou e você foi embora, agora pareço uma idiota me queixando
para as flores nesse jardim.

Entra música as Rosas não falam – definir trecho

Para a música e Milena diz: É claro que elas não me ouvem e não poderão me responder, mas
posso me queixar já que ele não vai voltar para mim.

(finalizar a música – rosas abraçam a Milena grupo) – todas pelo lado esquerdo.

Cena 5- Que é feito de você

(musica de fundo – samba enredo mangueira 1994 )


Entram pelo lado esquerdo Thiago – vestindo verde e rosa + cartola (se puder usar um adereço
como bengala ou algo que lembre a idade) e Gabriel

Entram pelo lado direito -Allan, João, Enzo N, Henrique, Raul, Clara e Carol

João (muito animado) diz- Precisamos planejar o Carnaval do ano que vem.

Allan- O primeiro passo é escolher a música, ela vai ser a primeira parte do título.

Thiago- Sugiro a música sala de recepção (Igor colocar um trecho curto)


Com exceção do Thiago e Gabriel – os demais escutem fazendo cara feia e dizendo não

Henrique se aproxima de Thiago e diz: Sinto muito, seu cartola, mas essa música é ultrapassada, é
coisa de gente velha.

Gabriel se aproxima e diz para Thiago (em tom de lamentação): o que será de nós, os antigos, o
que é feito de você, meu amigo?

Entra a música O que é feito de você – Igor definir duração da música

Saem pelo lado esquerdo – um de cada vez e lentamente – todos olham para Thiago com ar de
reprovação antes de sair
Ordem de saída- Allan , João, Enzo, Henrique, Raul, Clara e Carol

Gabriel diz: Vamos meu amigo, às vezes, o mundo é como um moinho.

Saem Thiago e Gabriel pelo lado esquerdo- andando sempre mais lentamente.

Cena 6- O mundo é um Moinho

(entra pelo lado direito Milena (brava) e Enzo Rodrigo (igualmente bravo usando a cartola)

Milena: Pai, não adianta...eu vou embora com ele, não adianta

Enzo Rodrigo: Mas, não tem como? Você ainda é uma criança

Trecho da música- Ainda é cedo, amor


Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Milena – Pai, eu já sou maior de idade e estou decidida. Vou me casar com ele, querendo o
senhor ou não.

Enzo Rodrigo: Você muito nova para uma decisão tão grande

Trecho da música- Preste atenção, querida


Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Milena- Pai, eu não quero esperar de novo alguém que vai me abandonar

Enzo Rodrigo: Você está iludida, minha filha.

Trecho da música
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho

(Guilherme entra no palco e Enzo Rodrigo sai )


Guilherme Gonçalves : Tudo nesse mundo tem um preço, chegou a hora de me pegar

(Milena dá dinheiro mas Guilherme não aceita


Milena -já que esta é única coisa que vale neste mundo , te pago com a minha vida

(Neste momento, Milena arranca o coração de sua roupa dá ao Guilherme G que tritura e sai do
palco)

Trecho da música: Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho


Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida


De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Cena 7- Sim

(Guilherme R usando uma cartola se levanta – estará sentado na primeira fileira)

(andando em direção ao palco)

Guilherme- Não acredito que por causa de uma escolha, tantas pessoas devam pagar um preço
tão alto

(Sobe no palco)
Guilherme- ela foi embora, abandonou os pais, vai viver de que maneira?

A gente não pode voltar no tempo, mas será que haverá perdão para as escolhas erradas?
Eu acredito que deve haver o perdão para mim

(tocar esse trecho da música – Sim


Todos erram neste mundo
Não há exceção
Quando voltam à realidade
Conseguem perdão
Porque é que eu, Senhor
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira?
Sim
Deve haver o perdão
Para mim
Senão nem sei qual será
O meu fim
Para ter uma companheira
Até promessas fiz
Consegui um grande amor
Mas eu não fui feliz
E com raiva para os céus
Os braços levantei
Blasfemei
Hoje todos são contra mim
Sim
Deve haver o perdão

Cena 8 -Alvorada

Alvorada é retratada na Música como felicidade,beleza,brilho da vida.

Tem como “personagens”:


Cartola: Vitor Miguel
o Sol- trazendo vida a natureza: Sarah Carmo
Natureza: Vitor Lenhath, Lívia Gila,Raul Caio ,Eloa , Daniel
Pessoa semelhante ao Sol: iluminando a vida dos outros- Liz
Pessoas que recebem o brilho da pessoa durante o caminho : Murilo, Isabelle, Bruno, Estevão

Cena 1:

Sol/ Alvorada: Sarah Carmo – apresentação de Ginástica


Dress Code: roupa amarela
Trilha sonora: Alvorada

Cena 2: Enquanto ocorre está cena(2) estará sendo lido a letra da música pelo narrador como se fosse
cartola(Vitor Miguel) no canto do palco.

Alvorada
Lá no morro que beleza
Ninguém chora não há tristeza
Ninguém sente dissabor
O sol colorindo é tão lindo
É tão lindo
E a natureza sorrindo
Tingindo, tingindo
Você também me lembra a alvorada
Quando chega iluminando
Meus caminhos tão sem vida
E o que me resta é bem pouco
Quase nada
De que ir assim vagando
Numa estrada perdida

Sol/ Alvorada aparece feliz e brilhando , ao passar pelas pessoas natureza, trará vida a elas e a natureza
seguirá o Sol, saindo todos do palco.
Dress Code Sol: roupa amarela
Natureza: 2 pessoas vestida de árvore

- Pessoa semelhante ao Sol, entra no palco feliz e contagiante, ao passar pelas pessoas que estavam tristes,
abraça-as e contagia elas, que saem felizes, ajuda outra que tinha deixado objetos cair e ambas ficam
felizes.

Aos quinze anos, Angenor ganhou o apelido que o acompanharia pelo restante da sua vida. O menino
encontrou emprego na construção civil. Foi nessa época que ele começou a usar um chapéu coco,
chamado erroneamente de cartola, justamente para impedir o cimento de cair em sua cabeça. Como ele
usava a “cartola” durante o dia inteiro, ganhou o apelido.
Quando, um pouco mais tarde, sua mãe faleceu, seu Sebastião, seu pai,com quem Cartola não tinha
uma boa relação, partiu do morro da mangueira deixando-o. Sem pai e sem mãe, Cartola caiu na boemia,
madrugada afora, entre mulheres e sambas. E foi então que o jovem terminou por se apaixonar pela
vizinha Dona Deolinda, mulher madura e casada, que já há algum tempo estava cuidando do jovem
doente. A mulher então abandonou o marido para dividir o barraco com aquele garoto de dezoito anos.
Cartola trabalhava como pedreiro e Deolinda como lavadeira, assim iam vivendo.
Foi quando Cartola tinha 18 anos, em 1926, que ele fundou, ao lado de Carlos Cachaça e outros
amigos , o Bloco dos Arengueiros.Eram os melhores no samba e por isso se reuniram para fundar a
Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Cartola, que teve o cargo de primeiro Diretor de
Harmonia da Escola, foi quem escolheu as cores oficiais do grupo: verde e rosa. A proposta era juntar
todos os blocos do morro em torno da nova Escola de Samba.
O sucesso da Escola de Samba trouxe fama ao nome de Cartola, que se destacava como um dos
principais compositores do grupo. Cinco anos mais tarde, Cartola foi exaltado como o melhor compositor
das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
Em 1944, o sambista teve uma forte meningite, que durou quase um ano e que só foi superada graças à
ajuda preciosa de sua esposa Dona Deolinda. No entanto, pouco depois de Cartola se recuperar, a mulher
faleceu, deixando-o em estado de enorme tristeza. Um tempo depois, o compositor se apaixonou por uma
mulher chamada Donária, que o convenceu a deixar a música e o morro. Com ela, Cartola foi morar em
Nilópolis, e ficou um bom tempo afastado do violão, do samba e da sua querida Mangueira.
Nesse período de grande dificuldade, quem o trouxe de volta ao morro da Mangueira, após o
rompimento do namoro com Donária, foi Dona Zica. Cartola estava magro, abatido e bebendo muito, mas
o novo amor o fez muito bem. Zica ajudou o sambista a se recuperar e conseguir um novo emprego, desta
vez como lavador de carros. A nova companheira também se esforçou para trazer o marido de volta para o
samba e para a Estação Primeira de Mangueira. E foi então, naqueles lances inexplicáveis do destino,
quando Cartola, no intervalo do trabalho, foi até um café que ele encontrou o jornalista Sérgio Porto.
Sérgio se esforçou demasiadamente para reintegrar o sambista no meio artístico, conseguiu um emprego
para Cartola no rádio, que fez com que Cartola retomasse velhos contatos e daí em diante, graças à ajuda
dos amigos, jamais ficaria desempregado.
Foi na década de sessenta, que Eugênio Agostini, fã de Cartola, teve a ideia de criar um botequim
especialmente para a nata do samba carioca. A genial ideia de Agostini era que, enquanto Zica
cozinhasse, Cartola liderasse o encontro dos sambistas. Nascia assim em 1963, o famoso restaurante
Zicartola. Zicartola é hoje considerada, pioneiramente, a primeira casa de samba do Rio de Janeiro. Foi,
não apenas um restaurante, mas o início de um movimento cultural de valorização do samba tradicional e
de seus compositores.
Em outubro de 1964, Zica e Cartola finalmente oficializaram a união em uma cerimônia de casamento.
Antes disso, Cartola, que tinha uma doença no nariz chamada rosácea, passou por uma cirurgia. Graças à
intervenção dos amigos, não precisou tirar dinheiro do bolso. Por descuido do próprio sambista, a cirurgia
deixou uma mancha negra na região, sinal que se tornaria sua marca característica.
Com inestimável ajuda ministro Macedo Soares, em 1968 o Estado doou um terreno na Mangueira para
que Cartola, finalmente, construísse sua casa própria, justamente no morro que morava em seu coração.
Houve uma festa de comemoração e muitos amigos ajudaram na compra do material para construção. E
foi Cartola, no alto de seus sessenta anos, quem construiu a casa tijolo por tijolo.
Em 1974, finalmente, graças ao trabalho de inestimável valor cultural realizado pela gravadora Marcus
Pereira e pelos esforços do famoso Pelão, Cartola gravou o seu primeiro LP. Muitas das canções
imortalizadas nas vozes de outros intérpretes, finalmente foram conhecidas pelo grande publico na
maravilhosa voz do seu compositor. A alegria de Cartola com o sonho realizado foi tremenda, tanto que
ele imediatamente voltou a compor.
Em 1976, um novo LP e um novo sucesso de público e crítica. A composição “As rosas não falam” foi a
mais festejada do disco e se tornou rapidamente uma das mais conhecidas do compositor. Ano seguinte
vem e com ele um novo disco, o Verde que te quero rosa, desta vez pela gravadora RCA-Victor. A capa do
disco é uma das fotos mais famosas de Cartola, ele tomando café numa xicara verde e um pires rosa. Na
mão que segura a xicara, um cigarro queimando. Perto de seus setenta anos, o sambista estreava o seu
primeiro show individual: “Acontece”.
A partir do final da década de 70, a saúde de Cartola foi se fragilizando e internações se tornavam cada
vez mais frequentes. Em 1977, o sambista teve identificado um câncer na tiroide. Operação feita, o
problema retornou dois anos depois. No começo de 1980, uma nova internação, desta vez ocasionada por
uma hemorragia digestiva. Recuperado, comemorou o aniversario de 72 anos com os amigos no
apartamento, mas em novembro o poeta mangueirense voltou a ser internado e desta vez não resistiu.
Cartola faleceu dia 30 de novembro de 1980, no Rio de Janeiro, aos 72 anos. Na ocasião de seu enterro,
as principais Escolas de Samba cariocas mandaram seus estandartes para fazer companhia ao manto
verde e rosa.
Apesar de seus talentos, a carreira musical de Cartola enfrentou obstáculos financeiros e períodos de
obscuridade, entretanto, teve perseverança. Na década de 1960, porém, ele foi redescoberto e começou a
ganhar reconhecimento. Seu primeiro álbum, "Cartola" (1974), consolidou sua posição como um dos
grandes compositores brasileiros.
Suas músicas, muitas vezes marcadas por letras poéticas, exploram temas como amor, saudade, e a
vida nas favelas cariocas. "O Mundo é um Moinho" e "As Rosas Não Falam" são consideradas obras-
primas da música popular brasileira.
Cartola faleceu mas deixou um legado duradouro. Sua influência é evidente em várias gerações de
músicos, e sua contribuição para a preservação e evolução do samba é inestimável, solidificando seu
lugar como uma das figuras mais importantes da música.
Cartola está na lista das obras obrigatórias do vestibular da Unicamp 2025 e é um exemplo de que não
necessariamente a vida começa com após concluímos a Escola,muitas vezes ela começa quando você
está mais maduro... Cartola é um exemplo de perseverança e resiliência.

-Musica Alvorada.
-Enquanto toca a música, toda a sala subirá no palco, para encerrar a apresentação.

- Essa cena deverá acontecer no mesmo tempo que o “Cartola” estará lendo a canção, portanto, é
fundamental ser tudo no seu devido tempo, sem atrasos .

Fim.

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