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O poema
A tinta e a lápis
escrevem-se todos
os versos do mundo.
É muitas vezes
o pardo e pobre
papel de embrulho;
É de outras vezes
de carta aérea,
leve de nuvem.
Mas é no papel,
no branco asséptico,
que o verso rebenta.
limites ao léu
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.