Você está na página 1de 47

REGRAS DE

COMPETIÇÃO
Confederação Esportiva e
Educacional Brasileira de Karatê
Em vigor desde 30 de abril de 2008
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -2

ÍNDICE
TITULO I – CREDENCIAMENTO DE ÁRBITROS ............................................... 4
CAPITULO I – O Conselho de Arbitragem ......................................................... 4
CAPITULO II - Do Curso de Arbitragem ........................................................... 5
TITULO II - REGULAMENTO DE KUMITE ................................................................ 7
CAPITULO I - A Área de Competição de Kumite ................................................... 7
CAPITULO II - Do Uniforme Oficial .................................................................... 8
SEÇÃO I - Dos Árbitros e Juízes ..................................................................... 8
SEÇÃO II - Dos Competidores ......................................................................... 8
CAPÍTULO III - Da Organização das Competições de Kumite ............................... 10
CAPÍTULO IV - Do Quadro de Árbitros ................................................................ 11
CAPÍTULO V - Da Duração dos Combates ............................................................ 11
CAPÍTULO VI - Da Pontuação .............................................................................. 12
CAPITULO VII - Dos Critérios para Decisão .......................................................... 14
CAPÍTILO VIII - Do Comportamento Proibido ...................................................... 15
CAPÍTILO IX - Das Penalizações ........................................................................... 17
CAPÍTULO X - Das Lesões e Acidentes na Competição ......................................... 18
CAPÍTILO XI - Do Protesto Oficial ......................................................................... 20
CAPÍTILO XII - Dos Poderes e Deveres .................................................................. 21
SEÇÃO I - Do Conselho de Arbitragem ........................................................... 21
SEÇÃO II - Dos Chefes de Área ...................................................................... 21
SEÇÃO III - Dos Árbitros ................................................................................ 21
SEÇÃO IV - Dos Juízes ................................................................................... 22
SEÇÃO V - Do Anotador da Pontuação ........................................................... 23
CAPITULO XIII - Do Início, Suspensão e Final dos Encontros .............................. 23
TÍTULO III - REGULAMENTO DE KATA .................................................................. 25
CAPITULO I - Da Área de Competição de Kata ................................................... 25
CAPITULO II - Do Uniforme Oficial ...................................................................... 25
CAPITULO III - Da Organização da Competição de Kata ...................................... 25
CAPITULO IV - Do Quadro de Juízes ................................................................... 26
CAPITULO V - Dos Critérios para Decisão ........................................................... 26
CAPITULO VI - Da Realização dos Encontros ...................................................... 27
CAPÍTULO VII - Das Modificações ....................................................................... 28
APÊNDICE 1: Terminologia ............................................................................................ 29
APÊNDICE 2: Anúncios e Gestos do Árbitro e Gestos e Sinais com as Bandeiras ......... 32
1. Anúncios e Gestos do Árbitro .............................................................................. 32
2. Gestos e Sinais com as Bandeiras ......................................................................... 40
APÊNDICE 3: Marcação de Pontuação ............................................................................ 43
APÊNDICE 4: Disposição da Área de Kumite ................................................................ 44
APÊNDICE 5: Disposição da Área de Kata .................................................................... 45
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -3

APÊNDICE 6: Lista de Katas Obrigatórios (SHITEI) ..................................................... 46


APÊNDICE 7: Lista Principal de Katas ..................................................................... 47
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -4

TITULO I
CREDENCIAMENTO DE ÁRBITROS

CAPITULO I
O Conselho de Arbitragem

Artigo 1º - Na CEEBK existem 4 (quatro) Categorias de Árbitros:


I - Nível A - B - C e D de Kata.
II - Nível A - B - C e D de Kumite.
§ 1º. Todos os pretendentes à Arbitragem terão direitos ao nível máximo no
credenciamento, desde que atinja o conhecimento necessário da regra e habilidade na
aplicação prática.
§ 2º. O Credenciamento deverá ser gradativo, ou seja, nenhum Árbitro poderá passar do
Nível D para Nível B.
§ 3º. O Diretor de Árbitros nomeará o Conselho de Arbitragem entre os de Nível “A
Nacional”.

Artigo 2º - Os Árbitros que faltarem a 3 (três) eventos consecutivos da CEEBK ou 4 (quatro)


alternados – durante o ano todo - perderão sua credencial (classificação), devendo realizar
novos exames.
§ 1º. Quando houver zonais na região em que ele residir é obrigatória a sua presença.

Artigo 3º - Os Membros do Conselho deverão participar de todos os eventos da CEEBK.


§ 1º. O não comparecimento deverá ser justificado por escrito ao Conselho de
Arbitragem num prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, o qual será analisado pelo
Presidente, sendo aceito ou não.

Artigo 4º - Só poderão participar dos eventos da CEEBK os Árbitros convocados


diretamente pelo Presidente do Conselho de Arbitragem ou aqueles que forem indicados pelas
suas Federações ou Entidades respectivamente. Cada Federação ou Entidade deverá inscrever
no mínimo 4 (quatro) Árbitros para o evento.

Artigo 5º - Só poderão participar de torneios, campeonatos e credenciamentos internacionais,


os Árbitros Nível “A Nacional” com a indicação do Presidente do Conselho de Arbitragem da
CEEBK.

Artigo 6º - Para representar a CEEBK nos eventos internacionais, os Árbitros têm que estar
atuando regularmente no Brasil.

Artigo 7º - O Árbitro Nível “A Nacional” é o Árbitro Principal, o Nível “B” é o Árbitro


Auxiliar, podendo atuar como Principal. O Árbitro Nível “C” é o Árbitro Auxiliar podendo
atuar esporadicamente como Árbitro Principal, O Árbitro Nível “D” poderá atuar somente
como Árbitro Auxiliar, dependendo da necessidade e indicação do Chefe de Quadra.
§ 1º. Em cada evento é nomeado entre os Árbitros Nível “A” um chefe de Quadra para
cada koto.

Artigo 8º - A parte disciplinar entre os Árbitros deverá ser a mais rigorosa possível.

CREDENCIAMENTO DE ÁRBITROS
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -5

§ 1º. Os Árbitros deverão acatar as correções e instruções feitas pelos membros do


Conselho de Arbitragem durante os cursos e eventos.
§ 2º. A Hierarquia dentro da Arbitragem deverá ser respeitada e os atos de indisciplina e
falta de respeito entre os Árbitros e Conselho de Arbitragem serão julgados pelo Conselho e
os casos mais graves serão encaminhados ao TJD da CEEBK e Conselho de ética.
§ 3º. O Conselho de Arbitragem poderá impor:
I - Advertência verbal
II - Advertência escrita
III - Suspensão temporária
IV - Cassação da Credencial
V - Tribunal de Justiça Desportiva.
Parágrafo único - Todas as determinações do Conselho de Arbitragem serão
comunicadas às Federações por escrito.

Artigo 9º - O Árbitro que cometer falhas graves de arbitragem será rebaixado na sua
credencial, após avaliação do conselho e poderão ser penalizados conforme o “CD - Código
Disciplinar” CEEBK.

Artigo 10º - Durante os cursos e eventos, os Árbitros deverão se posicionar em lugar pré-
determinado e não deverão se ausentar do local ou de sua quadra (koto) sem comunicar ao
Chefe de Quadra. O abandono é ato de indisciplina.

Artigo 11º - Os Árbitros terão todo o apoio do Conselho de Arbitragem nos casos de
indisciplina dos atletas, técnicos ou presidentes de Federações ou Entidades que interferirem
no bom andamento da luta. A regra deverá ser cumprida rigorosamente sem temor das pessoas
acima mencionadas. O TJD punirá os atos de indisciplina e agressão, após julgamento do
Conselho de Arbitragem.

CAPITULO II
Do Curso de Arbitragem

Artigo 12º - Os Cursos de Arbitragem sempre antecedem os campeonatos e são ministrados


pelo Presidente do Conselho de Arbitragem com o auxilio dos Membros do Conselho.

Artigo 13º - Todos os Árbitros da CEEBK, mesmo classificados como “A Nacional”, tanto
em Katá quanto em Kumitê, deverão participar dos Cursos e das clínicas de arbitragem que
antecedem os campeonatos sob pena de não poder participar do evento.
§ 1º. Estarão isentos das taxas dos cursos e clínicas de arbitragem, somente os Árbitros
nomeados como Membros do Conselho.
Parágrafo único - Os Árbitros Nível “A Nacional” deverão fazer o curso apenas para sua
atualização, portanto não serão avaliados.

Artigo 14º - A avaliação do curso de arbitragem é feita através de um teste escrito e exame
prático.
§ 1º. O teste escrito consiste numa prova de 70 (setenta) questões de Kumitê e 30 (trinta)
questões de Kata.
§ 2º. Para ser aprovado no teste escrito o candidato deverá ter um mínimo de acertos de
80% (oitenta por cento) em cada modalidade, sendo 56 (cinqüenta e seis) questões de kumitê

CREDENCIAMENTO DE ÁRBITROS
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -6

e 24 (vinte e quatro) questões de kata, visto que no credenciamento internacional este índice é
90% (noventa por cento).
§ 3º. O tempo de aplicação do teste é de 1h30min (uma hora e trinta minutos).
§ 4º. O exame prático de Kumite consistirá na arbitragem de algumas lutas, perguntas
teóricas, comportamento como Árbitro e desempenho geral.
§ 5º. O exame prático de Kata será dividido em duas partes. Para a primeira é necessário
que o candidato tenha o conhecimento de Kata de outro estilo, bem como o completo domínio
de seu próprio estilo e serão exigidas as execuções destes Katas, bem como as aplicações e
explicações das técnicas constantes nos mesmos. Na segunda parte do exame o candidato
avaliará uma execução de Kata.
Parágrafo único - Durante o campeonato ou torneio – na época do exame - o candidato
atuará como Árbitro e terá sua avaliação final.

CREDENCIAMENTO DE ÁRBITROS
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -7

TITULO II
REGULAMENTO DE KUMITE

CAPITULO I
A Área de Competição de Kumite

Artigo 15º - A área de competição deve ser lisa e estar livre de obstáculos.

Artigo 16º - A área de competição será um quadrado formado por peças de tatame, com lados
de oito metros (medido desde a parte exterior), com dois metros adicionais em todo o
perímetro como zona de segurança e deverão estar livre de todo obstáculo. Ela poderá estar
elevada a uma altura de um metro sobre o nível do solo. A plataforma elevada deve ter as
dimensões mínimas de doze metros de lado, para incluir tanto a superfície de competição
como a zona de segurança.
I - Não deve haver anúncios, muretas, etc. dentro de um metro do perímetro exterior
à área de segurança.
II - As peças de tatame devem ser anti-deslizantes na superfície de contato com o
solo e ao contrário devem ter um coeficiente de atrito baixo na parte superior. As peças de
tatame não devem ser tão grossas quanto às de judô, pois estas dificultam os movimentos do
karatê.
III - O árbitro deve assegurar-se que as peças do tatame não se separem entre si
durante a competição, pois as fendas provocam lesões e constituem risco. Devem ter a
homologação da CEEBK.

Artigo 17º - Para a posição dos competidores serão marcadas duas linhas paralelas de um
metro de comprimento cada uma posicionada em ângulo reto com a linha do árbitro, e situada
a um metro e meio do centro da área de competição.

Artigo 18º - Para a posição do árbitro será marcada uma linha de um metro e meio de
comprimento a dois metros do centro da área de competição.

Artigo 19º - Os juízes se sentarão na área de segurança, um de frente para o árbitro e um atrás
de cada competidor a um metro de distância.

Artigo 20º - O kansa se sentará junto à mesa de controle, fora da área de segurança, atrás e a
esquerda do árbitro e estará equipado com uma bandeira vermelha ou uma tabuleta e um apito.

Artigo 21º - O supervisor da pontuação estará sentado à mesa oficial correspondente entre o
anotador - encarregado de controlar a pontuação – e o cronometrista – encarregado de
controlar o tempo.

Artigo 22º - O metro de borda da área de competição deve ser de cor diferente da linha
demarcatória de segurança.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -8

CAPITULO II
Do Uniforme Oficial

Artigo 23º - Os Árbitros, Juízes, Competidores e Treinadores devem vestir o Uniforme


Oficial tal como se define neste capítulo.

Artigo 24º - O Conselho de Arbitragem pode desclassificar qualquer oficial ou competidor


que não cumpra com esta norma.

SEÇÃO I
Dos Árbitros e Juízes

Artigo 25º - Os árbitros e juízes devem vestir o uniforme oficial definido pelo Conselho de
Arbitragem. Este uniforme deve ser usado em todas as competições e cursos.

Artigo 26º - O Uniforme Oficial é composto de paletó azul marinho, não transpassado, com
dois botões prateados, camisa social branca de manga curta, gravata oficial sem prendedor,
calça cinza claro sem bainha dobrada, meia azul escuro ou preta e sapato social preto. Aqueles
que tiverem cabelo comprido devem usá-lo bem preso com prendedor de cabelo de material
elástico.
§ 1º. Se o Conselho de Arbitragem permitir, os árbitros poderão tirar o paletó.
§ 2º. Para o tatami os árbitros e juízes devem usar sapatilhas pretas.

SEÇÃO II
Dos Competidores

Artigo 27º - Os competidores devem usar um karatê-gi de cor branca, sem marcas, franjas e
rebarbas. A publicidade nos kimonos é permitida nas medidas e locais determinados pela
Confederação Esportiva e Educacional Brasileira de Karatê, conforme publicado em Estatuto
(cap. VI, art. 14), sendo 15x10cm para Bandeira do Brasil no braço direito, 20x40cm para
espaço publicitário do patrocinador nas costas, 12x12cm para o Emblema da Federação, Liga
ou Entidade no lado esquerdo do peito e 10x15cm para o Emblema da CEEBK no braço
esquerdo.
Parágrafo único - Nenhum outro adesivo ou emblema poderá ser colocado no kimono.

Artigo 28º - O competidor deve usar uma só faixa, a qual será vermelha para AKA e azul
para AO. Durante os combates não se deve usar as faixas de graduação. As faixas devem ter
uma largura de mais ou menos cinco centímetros e o comprimento suficiente para que sobrem
quinze centímetros de cada lado do laço.

Artigo 29º - A jaqueta do kimono fixada com a faixa ao redor da cintura deve ter um
comprimento mínimo que cubra os quadris, porém deve ter um comprimento máximo que não
ultrapasse ¾ (três quartos) da longitude do músculo da coxa (quadríceps).

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK -9

Parágrafo único - As mulheres devem usar uma camiseta branca por baixo da jaqueta do
kimono.

Artigo 30º - O comprimento máximo da mangas da jaqueta do kimono não pode ultrapassar
os punhos e o mínimo a metade do antebraço. Elas não podem ser dobradas.

Artigo 31º - O comprimento da calça do kimono deve cobrir ao menos 2/3 (dois terços) da
panturrilha. Elas não podem ser dobradas.

Artigo 32º - Os competidores devem ter o cabelo limpo e cortado que seu comprimento não
perturbe os movimentos nos combates. Não é permitido o uso do hachimaki (faixa na testa).
Aqueles que tiverem o cabelo comprido devem usá-lo bem preso com material elástico. Se o
árbitro considerar que o competidor tem o cabelo demasiadamente longo ou sujo poderá
desclassificá-lo.
Parágrafo único - No kumite estão proibidos os pregadores de cabelo, assim como,
qualquer outra peça metálica, plástica, de madeira ou qualquer outro material contundente. No
kata será permitido usar pregadores de cabelo discretos.

Artigo 33º - Os competidores devem ter as unhas aparadas e não portar objetos metálicos ou
qualquer outro material que possa lesionar seu oponente. O uso de aparelho metálico de
ortodontia deve estar autorizado pelo árbitro e o médico oficial e o competidor será totalmente
responsabilizado por qualquer lesão a si próprio.

Artigo 34º - São obrigatórias as luvas aprovadas pela CEEBK, sendo que um competidor
usará a de cor vermelha e o outro a de cor azul.

Artigo 35º - É obrigatório o uso de protetor bucal que deve ser ajustado adequadamente.

Artigo 36º - É permitido o uso de protetores de canela (tíbia) macios, inclusive os com
prolongamento até o peito do pé.

Artigo 37º - É permitido o uso de protetores genitais, sendo proibido o uso de protetores que
utilizem um plástico removível que se introduz em um suspensório.
Parágrafo único – Aqueles que o usarem cometerão uma infração.

Artigo 38º - Estão proibidos os óculos, mas os competidores podem usar lentes de contato
macias (gelatinosas) a seu próprio risco.

Artigo 39º - Está proibido o uso de enfeites e equipamento não autorizados. As mulheres
podem usar o equipamento de proteção adicional autorizado, tal como o protetor de seios.
Parágrafo único – Por questões religiosas poderá ser autorizado o uso de acessórios, tais como
amuletos e turbantes (torço). O competidor deverá notificar e solicitar autorização ao
Conselho de Arbitragem até um dia antes do início do torneio para que seja examinada a
solicitação.

Artigo 40º - Todos os equipamentos de proteção deverão ser homologados pela CEEBK.

Artigo 41º - A utilização de bandagens, curativos ou outro tipo de proteção devido a lesões
devem ser aprovados pelo árbitro, após o conselho do médico oficial.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 10

Artigo 42º - O treinador durante todo o torneio deve trajar o agasalho da sua Federação, Liga
ou Entidade e levar visível sua identificação oficial.

Artigo 43º - Se o competidor se apresentar na área de competição vestido inadequadamente


será dado um minuto para corrigi-lo. Se ele não conseguir será desclassificado.

CAPÍTULO III
Da Organização das Competições de Kumite

Artigo 44º - Em um torneio de karatê pode haver competições de Kumite e/ou Kata. A
competição de kumite pode ser dividida em Individual e por Equipes. A individual pode ser
subdividida em categorias de peso e absoluto (open). As categorias de peso, absoluto e kumite
por equipes são compostas por combates.

Artigo 45º - RODADA é a fase de uma competição que leva a obtenção dos finalistas. Uma
rodada elimina 50% (cinqüenta por cento) dos competidores contando com baias (espaços
livres na chave). O conceito rodada pode ser aplicado também no sistema de REPESCAGEM.
O sistema de ELIMINATÓRIA DUPLA é um processo semelhante ao de ELIMINATÓRIA
SIMPLES, em que o competidor só será eliminado caso venha a perder duas vezes, caso não
perca duas vezes poderá disputar a final com o campeão da chave dos vencedores, tendo que
vencê-lo por duas vezes na final para se tornar campeão.

Artigo 46º - Nenhum competidor pode ser substituído por outro em um combate individual.

Artigo 47º - Os competidores individuais ou por equipes, que ao serem chamados, não se
apresentarem na área de competição serão desclassificados (KIKKEN) nas categorias
correspondentes.

Artigo 48º - Na competição por Equipes, cada equipe deve ser composta por um numero
ímpar de competidores. As equipes masculinas serão compostas de sete membros, dos quais
competirão cinco em cada eliminatória. As equipes femininas serão compostas de quatro
membros, dos quais competirão três em cada eliminatória.

Artigo 49º - Todos os competidores serão membros da equipe, sendo que não há reservas
fixos.

Artigo 50º - Antes de cada rodada um representante da equipe apresentará à mesa oficial uma
relação definindo os nomes e a ordem de combate dos competidores da mesma. Os cinco
participantes selecionados entre os sete membros no masculino e as três participantes
selecionadas entre as quatro no feminino podem ser mudadas entre uma rodada e outra, porém
uma vez comunicada não se poderá mudar até que a rodada esteja completada.
§ 1º. A relação de combate pode ser apresentada pelo treinador ou por um competidor
designado pela equipe, sendo que se for entregue pelo treinador ele deve estar claramente
identificado como tal (agasalho e identificação oficial), caso contrário não será aceita. A
relação deve incluir o nome da Entidade, cor da faixa designada e a ordem de combate dos
membros da equipe e deve estar assinada pelo treinador ou pela pessoa nomeada.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 11

Parágrafo único - A equipe será desclassificada se um dos seus membros ou seu


treinador alterar a ordem ou sua composição, previamente notificada à mesa oficial após
iniciada a respectiva rodada.

Artigo 51º - Na competição de kumite por equipes os competidores relacionados deverão


alinhar-se para o cumprimento inicial. Os competidores não incluídos e o treinador serão
colocados em uma área designada a parte.

Artigo 52º - Em caso de erro administrativo, tais como marcação errada do vencedor do
combate e chamada errada do competidor, o combate será anulado independentemente da
ordem dos resultados. Para reduzir erros de marcação o ganhador deve confirmar a vitória na
mesa de controle antes de abandonar a área.

CAPÍTULO IV
Do Quadro de Árbitros

Artigo 53º - O quadro de árbitros consistirá em:


I - Um árbitro (SUSHIN)
II - Três juízes (FUKUSHIN)
III - Um árbitro fiscal (KANSA)

Artigo 54º - Para facilitar os trabalhos serão nomeados cronometristas, anotadores,


anunciadores e supervisores.

Artigo 55º - Ao começar o encontro o árbitro estará situado na borda exterior da área de
competição. A esquerda do árbitro se situarão os juízes 1 e 2, e a direita o árbitro fiscal
(KANSA) e o juiz 3.

Artigo 56º - Depois do cumprimento de saudação dos atletas e quadro de árbitros, o árbitro
dará um passo para trás, os juízes e o marcador se virarão entre eles e se saudarão. Depois
todos ocuparão suas posições.

Artigo 57º - Quando se muda o quadro de árbitros, os que saem dão um passo adiante, viram-
se e param olhando para o quadro que entra, os saúdam e abandonam a área de competição
andando em linha.
Parágrafo único - - Quando somente mudam um ou vários juízes, o juiz que entra se
dirige ao que sai e se saúdam mudando as posições.

CAPÍTULO V
Da Duração dos Combates

Artigo 58º - A duração de combate de kumite é de 3 (três) minutos para adulto masculino,
tanto individual quanto por equipe e de 2 (dois) minutos para adulto feminino, juvenil e
infanto juvenil masculino e feminino. Na categoria mirim o tempo é de 1’30” (um minuto e
trinta segundos).

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 12

Artigo 59º - O tempo de combate começa a contar quando o árbitro der o sinal de iniciar
(HAJIME) e pára cada vez que o árbitro der o sinal de parar (YAME) – cronometrado.

Artigo 60º - O cronometrista fará tocar o gongo claramente audível indicando que faltam 30
(trinta) segundos para finalização do tempo (ATOSHIBARAKU).

CAPÍTULO VI
Da Pontuação

Artigo 61º - As pontuações são as seguintes:


I - IPPON → 1 ponto
II - WAZAARI → ½ ponto

Artigo 62º - Concede-se pontuação quando se realiza uma técnica em uma zona pontuável de
acordo com os seguintes critérios:
I - Boa forma: Uma técnica com boa forma deve ter características que lhe
confiram eficácia provável segundo conceito do karatê tradicional.
Obs. – Se houver a falta da boa forma ou potência suficiente no golpe, será
considerada uma técnica sem validade, independente de onde e como se execute e não se
pontuará.
II - Aplicação vigorosa: Define a potência e a velocidade da técnica e do desejo
palpável de que esta tenha êxito.
III - Distância correta: Significa o mesmo que desenvolver uma técnica com a
distância precisa em que esta tem o maior efeito potencial. Se a técnica se executa sobre um
oponente que está se distanciando rapidamente, neste caso se reduzo efeito potencial do golpe.
Obs. – Distanciamento se refere também ao ponto no qual a técnica completada
chega ao seu destino ou acerca deste. Um golpe de punho ou um chute que se enquadre entre
o toque superficial e dois ou três centímetros do rosto devem ser considerados que tem a
distância correta. Portanto, o golpe de punho JODAN que chegam a uma distância razoável
do objetivo e no qual o oponente não tem intenção alguma de desviar-se ou bloquear, devem
ser pontuados sempre que a técnica cumpra os outros critérios.
IV - Tempo apropriado: Significa realizar a técnica quando esta tem um maior efeito
potencial.
V - Zanshin: É um critério que se esquece frequentemente ao avaliar um ponto. É o
estado de compromisso constante no qual o lutador mantém total concentração, observação e
consciência da potencialidade do oponente para contra-atacar. Não vira a cabeça durante e
depois da execução da técnica e se mantém de frente para o oponente.
VI - Atitude desportiva: É um componente da boa forma e se refere a uma atitude
evidente, não mal intencionada, de grande concentração durante a realização da técnica
pontuável.

Artigo 63º - IPPON se outorga por:


I - Chutes JODAN.
II - Derrubar o oponente ao chão por varredura de perna com uma técnica pontuável:
a) Somente se poderá ou tentar derrubar o oponente depois de haver tentado
uma técnica autêntica de ataque, como defesa de um ataque ou intenção de parar o bloqueio
de um adversário.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 13

b) Por razão de segurança estão proibidos e darão lugar a advertência ou


penalização os arremessos sem que o derrubado esteja subjugado, ou seja, derrubado
perigosamente ou se o ponto de giro estiver por cima do nível da cintura. As exceções a isto
são as quedas convencionais que não requerem que o oponente esteja subjugado enquanto se
executa a técnica, tais como, ASHIBARAI, KO-UTI-GARI, KANI-WAZA, etc.
c) As técnicas de projeções dividem-se em dois tipos. As técnicas de karatê
convencionais de varredura de pernas, tais como ASHIBARAI, KO-UCHI-GARI, etc. onde o
opoente é desequilibrado ou derrubado sem ser agarrado previamente e aquelas varreduras
que para sua execução requeiram que o oponente seja agarrado e subjugado.
d) Depois de um arremesso o árbitro aguardará dois ou três segundos para que
o competidor tente uma técnica pontuável.
III - Desequilíbrio do oponente seguido de uma técnica pontuável.
IV - Quando o oponente vira as costas e é aplicada uma técnica pontuável.
V - Combinação de duas técnicas pontuáveis (RENZOKU-WAZA).

Artigo 64º - WAZAARI se outorga por:


I - Jodan-zuki
II - Chudan-zuki
III - Uchi

Artigo 65º - Os ataques estão limitados as seguintes zonas:


I - Cabeça.
II - Face.
III - Pescoço.
IV - Abdômen.
V - Peito.
VI - Costas.
VII - Zona lateral.

Artigo 66º - Poderão pontuar-se técnicas que cheguem abaixo da cintura sempre que seja por
cima do púbis.

Artigo 67º - O pescoço, assim como a garganta, são também zonas pontuáveis. No entanto,
não se permite contato na garganta, ainda que se possa dar ponto para uma técnica
adequadamente controlada que não toque.

Artigo 68º - Poderão pontuar-se as técnicas aplicadas nas escápulas. A parte não pontuável
dos ombros é a união do osso superior com a escápula e clavícula.

Artigo 69º - Considera-se válida uma técnica eficaz realizada ao mesmo tempo em que se
assinala o final do combate.

Artigo 70º - Uma técnica ainda que seja eficaz realizada depois de uma ordem de suspender
ou parar o combate não será pontuada e se poderá supor uma penalização para o infrator.

Artigo 71º - Não se pontuará nenhuma técnica, ainda que seja tecnicamente correta, que seja
realizada quando os dois competidores estejam fora da área de competição. No entanto, se um
dos competidores realiza uma técnica eficaz enquanto está dentro da área de competição e
antes que o árbitro diga YAME, está técnica será pontuada.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 14

Artigo 72º - O sinal de fim de tempo marca o fim das possibilidades de pontuar no combate,
ainda que o árbitro, inadvertidamente, não pare o combate imediatamente. Dito sinal de fim
de tempo não quer dizer, no entanto, que não se pode impor penalização. Estas podem ser
impostas pelo Quadro de árbitros enquanto os competidores não tenham abandonado a área de
competição, depois de ter acabado o combate. A partir deste momento também se pode impor
penalizações, porém somente por parte do Conselho de Arbitragem.

Artigo 73º - Não se pontuarão técnicas eficazes realizadas simultaneamente pelos dois
competidores estando um sobre o outro (AIUCHI).
Parágrafo único - São raros os verdadeiros AIUCHIS. As duas técnicas não somente
devem chegar simultaneamente, como também ambas devem ser técnicas válidas para pontuar,
cada uma com os critérios definidos neste capitulo (art. 48). Duas técnicas podem chegar
simultaneamente, porém, rara às vezes, ambas são eficazes. O árbitro não deve considerar
AIUCHI uma situação onde somente uma das ações é realmente pontuável. Isto não é AIUCHI.

CAPITULO VII
Dos Critérios para Decisão

Artigo 74º - O resultado de um combate fica definido quando um competidor obtém uma
vantagem de seis pontos (três IPPONS) ou transcorrer o tempo do combate obtenha vantagem
de pontos ou por decisão (HANTEI) ou quando o oponente receba HANSOKU, SHIKKAKU
ou KIKKEN.

Artigo 75º - Quando um combate finaliza com as pontuações igualadas ou sem pontuações, o
ganhador será escolhido por votação do quadro de árbitros (HANTEI). A decisão estará
baseada no seguinte:
I - A atitude, o espírito de combate e potência exigidos pelos competidores.
II - A superioridade das técnicas e táticas empregadas.
III - Qual dos competidores tenha iniciado a maioria das ações.

Artigo 76º - Em combates INDIVIDUAIS, no caso de haver empate, se combaterá por mais
um minuto (ENCHO-SEN). Um ENCHO-SEN é uma prolongação do combate e se acumulam
todas as penalizações e as advertências do combate inicial. No caso de que nenhum lutador
pontue durante o ENCHO-SEN, a decisão se tomará por uma votação final do painel de
árbitros (HANTEI). É obrigatória uma decisão para um competidor.
I - No caso de igualdade, o árbitro anunciará um empate (HIKIWAKE) e começará o
“ENCHO-SEN”.
II - Ao decidir o resultado de um combate por votação (HANTEI), o árbitro se
dirigirá ao perímetro da área de competição e pedirá “HANTEI”, seguido de um sinal de dois
tons do apito. Os juízes indicarão suas opiniões por meio de suas bandeiras. O árbitro, ao
mesmo tempo, indicará seu próprio voto levantando seu braço para o lado do competidor
preferido. O árbitro dará sinal curto, voltará à sua posição original e anunciará a decisão.
III - No caso de “ENCHO-SEN”, ao voltar à sua posição original, o árbitro colocará
um braço ao longo do peito e levantará seu braço dobrado para o lado do competidor
preferido para indicar seu voto de qualidade. Depois anunciará o ganhador da forma habitual.

Artigo 77º - Na competição por equipe não haverá extensão (ENCHO-SEN) no caso de
combate empatado.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 15

Artigo 78º - A equipe ganhadora é aquela que obteve mais vitórias. No caso de que ambas as
equipes tenham o mesmo número de vitórias, então a equipe vencedora será aquela que tenha
mais pontos, somando os obtidos tanto nos combates perdidos, como nos que se venceu.

Artigo 79º - Se as equipes têm o mesmo número de vitórias e pontos, então se celebrará um
combate decisivo (SAI-SHIAI). No caso de continuar o empate, haverá uma extensão
(ENCHO-SEN) de um minuto. Ganhará o primeiro que pontue. Caso ocorra de ninguém
pontuar, decidir-se-á por votação (HANTEI).

Artigo 80º - Uma equipe será declarada vencedora, no momento em obtenha três vitórias na
categoria masculina e duas vitórias na categoria feminina.

CAPÍTILO VIII
Do Comportamento Proibido

Artigo 81º - Há duas categorias de comportamento proibido: Categoria 1 e Categoria 2.


§ 1º. Categoria 1:
I - Técnicas que tenham contato excessivo, levando em conta a área pontuável
atacada e técnicas que toquem a garganta.
a) As técnicas tradicionais de karatê executadas com muita potência podem
causar lesões extremamente graves e até mesmo a morte. A competição de karatê é um
esporte e por esta razão estão proibidas as técnicas mais perigosas e todas as técnicas devem
ser controlada. Os competidores treinados podem absorver golpes relativamente potentes em
áreas musculosas, tais como o abdome, porém a cabeça, a face, o pescoço e as articulações
continuam sendo particularmente sensíveis às lesões. Portanto, qualquer técnica que cause
lesão deve ser penalizada, a menos que tenha sido causada pelo receptor. Os lutadores devem
realizar todas as técnicas com controle e boa forma. Sendo assim, independente da técnica
mal utilizada deve dar-se um aviso ou uma penalidade.
b) Contatos na face - Adultos e Juniores: Em adultos e juniores é permitido o
contato com um “toque” ligeiro, controlado que não cause lesão na face, na cabeça ou no
pescoço, com exceção da garganta. Quando o árbitro considera que o contato tenha sido
demasiadamente forte, porém não diminua a capacidade do competidor para ganhar, dará uma
advertência (CHUIKOKU). Um segundo contato sobre as mesmas circunstancia será
penalizado com KEIKOKU e será dado WAZAARI (½ ponto) para o oponente. No caso de um
terceiro contato similar se dará HANSOKU-CHUI e IPPON (um ponto) para o competidor
lesionado. Uma nova violação resultará na desclassificação por HANSOKU.
c) Contato na face – Juvenil: No juvenil todas as técnicas de punho na cabeça,
na face e no pescoço devem ter controle absoluto. Se a luva tocar o objetivo, o quadro de
árbitros não outorgará ponto algum. São permitidos que técnicas de chute na cabeça, na face e
no pescoço tenham “contato superficial”. No caso de técnicas que tenham contato ligeiro
considerado mais que contato superficial, o quadro de árbitros dará advertência ou penalidade.
Qualquer técnica na cabeça, rosto ou pescoço que cause lesão ao competidor será advertida ou
penalizada, a menos que seja causada pelo receptor. O rosto se define com a área que começa
a um centímetro acima das sobrancelhas, se estendendo até a mandíbula.
d) O árbitro não deve perder de vista o competidor lesionado. Uma pequena
espera no julgamento permite que apareçam sintomas da lesão, tais como hemorragia nasal. A
observação evitará também qualquer esforço dos competidores para agravar lesões leves

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 16

obtendo a vantagem tática. Exemplos disto são soprar violentamente a narina lesionada ou
esfregar a face violentamente.
e) Lesões pré-existentes podem causar sintomas desproporcionais ao nível de
contato produzido e os árbitros devem levar isto em conta ao considerar as penalidades por
aparente contato excessivo. Antes do início de um combate, o chefe do KOTO deve examinar
as fichas médicas e assegurar-se de que os competidores estão em condições de luta. O árbitro
deve estar também informado se o competidor foi tratado previamente por lesão.
f) Serão imediatamente advertidos ou penalizados os competidores que
exagerarem a sua reação a contatos ligeiros como levar a mão a face ou cair
desnecessariamente.
g) Simular uma lesão inexiste é uma grave infração no regulamento, tais como
atos de cair e rolar pelo solo. Ao competidor que simular uma lesão deve-se dar SHIKKAKU.
Exagerar uma lesão é menos grave e deve-se dar uma advertência ou penalidade.
h) Os competidores que receberem SHIKKAKU por simularem uma lesão
devem ser separados da área de competição e colocados diretamente nas mãos da Comissão
Médica da organização a qual realizará imediatamente um exame no competidor. A Comissão
Médica enviará sua informação a Comissão de Arbitragem antes do encerramento da
competição. Os competidores que simularem lesão devem ser severamente penalizados,
incluindo a suspensão por infrações reincidentes.
i) A garganta é especialmente vulnerável e incluindo o mais ligeiro contato
deve ser advertido ou penalizado, a menos que seja causado por uma falta do receptor.
II - Ataques a braços ou pernas, virilha, nas articulações ou peito de pé.
III - Ataques na face com técnicas de mão aberta.
a) Estão proibidas as técnicas de mão aberta na face que causem perigo para os
olhos do oponente.
IV - Técnicas de projeções proibidas que possam causar lesões.
§ 2º. Categoria 2:
I - Simular ou exagerar uma lesão.
II - Saídas repetidas da área de competição (JOGAI)
a) JOGAI ocorre quando um pé ou qualquer parte do corpo do competidor toca
a parte exterior da área de competição. Uma exceção a isto é quando o competidor é
fisicamente empurrado fora da área pelo oponente.
b) Para determinar se aconteceu JOGAI é útil considerar o momento em que se
tenha dado o “YAME”. Se AKA realiza uma técnica eficaz e sai imediatamente após YAME
estando, portanto fora do tempo de luta o atleta não deve ser penalizado. Se a intenção de
AKA por marcar o ponto é infrutífera, não se dará YAME, portanto se levará em conta a saída.
Se AO sai justamente depois que AKA pontue então se produzirá YAME imediatamente depois
de marcar e não se contará a saída de AO. Se AO sai ou se tenha saído quando AKA pontuar
(com AKA permanecendo dentro da área), então serão dados tanto ponto de AKA como JOGAI
de AO.
III - Expor-se ao adversário e colocando sua integridade física em perigo ou não
tomar as medidas de auto-proteção adequada (MUBOBI).
a) Um exemplo de MUBOBI é o caso em que um competidor realiza um
ataque sem levar em conta sua integridade física. Alguns competidores se lançam contra o seu
oponente de forma que são incapazes de bloquear ou contra-atacar. Estes ataques abertos são
uns exemplos de MUBOBI e não podem ser pontuados. Como uma ação tática teatral, alguns
giram imediatamente, com uma atitude que pretende demonstrar o ponto marcado. Baixam
sua guarda e se tornam vulneráveis ao ataque de seu oponente. O propósito de girar é atrair a
atenção do árbitro para sua técnica. Outro caso claro de MUBOBI é quando a lesão é devida
ao receptor e o arbitro não penalizará o oponente.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 17

IV - Evitar o combate afim de que o oponente não tenha a oportunidade de marcar


seus pontos.
a) Retroceder constantemente sem fazer frente ao adversário, não dando a este
a oportunidade de marcar, deve ser advertido ou penalizado. Isto ocorre frequentemente
durante os últimos segundos de combate. Se isto ocorrer quando faltar menos de trinta
segundos de luta o árbitro advertirá o infrator. Se houve previamente uma ou mais infrações
“categoria 2” será imposta uma penalidade. Porém, se faltam menos de dez segundos o árbitro
penalizará o infrator com KEIKOKU e concederá um IPPON ao oponente. Se houve
previamente uma ou mais infrações da “categoria 2” o lutador receberá a penalidade superior
da escala. Não obstante, o árbitro deve assegurar-se de que o competidor não retroceda por
causa de comportamento temerário ou perigoso de seu oponente, em cujo caso deverá advertir
ou penalizar o atacante.
V - Agarrar e tentar derrubar o adversário, sem antes realizar um ataque real, a
menos que seu oponente tenha tentado previamente derrubá-lo ou agarrá-lo em técnicas de
projeção em que o ponto de giro está por cima do nível da cintura.
VI - Desnecessários corpo a corpo, empurrões ou agarrões sem tentar uma técnica de
golpe.
VII - Técnicas que por sua natureza não possam ser controladas no que se refere a
segurança do adversário e ataques perigosos e sem controle atingindo ou não o seu objetivo.
VIII - Ataques com a cabeça, os joelhos ou cotovelos.
IX - Falar ou provocar o oponente, não obedecer às ordens do árbitro, comportamento
descortez com os árbitros ou outras faltas de comportamentos.
a) Qualquer comportamento descortez de um membro de uma delegação
oficial pode levar a desclassificação do torneio de um competidor, de toda a equipe ou da
delegação.

CAPÍTILO IX
Das Penalizações

Artigo 82º - As penalidades da Categoria 1 e Categoria 2 não são acumuláveis entre si.

Artigo 83º - Uma penalidade pode ser imposta diretamente por uma infração ao regulamento,
porém uma vez dada, a reincidência nessa categoria de infração deve ir acompanhada de um
aumento na gravidade da penalidade imposta. Por exemplo, não é possível dar uma
advertência ou penalidade por contato excessivo e depois dar uma advertência por um novo
caso de contato excessivo.

Artigo 84º - CHUIKOKU (Advertência): Pode ser imposta por infrações menores simultâneas
ou pela primeira vez de uma infração menor, porém não se tenha reduzido o potencial do
competidor para ganhar (na opinião do Quadro de Árbitros) devido à falta do oponente.

Artigo 85º - KEIKOKU: Nesta penalidade se apresenta um WAZAARI (½ ponto) à pontuação


do oponente. KEIKOKU se impõe por infrações menores para as quais já se tenha dado uma
advertência neste combate ou por infrações não suficientemente graves para receber
HANSOKU-CHUI. Um KEIKOKU pode ser imposto diretamente, sem dar uma advertência
prévia quando o potencial do competidor para ganhar (na opinião do Quadro de Árbitros) se
tenha reduzido sensivelmente devido à falta do oponente.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 18

Artigo 86º - HANSOKU-CHUI: Nesta penalidade se acrescenta IPPON (um ponto) à


pontuação do oponente. HANSOKU-CHUI se impõe normalmente por infrações para as quais
se tenha dado previamente KEIKOKU neste combate. Também se pode impor diretamente por
infrações graves que não mereçam HANSOKU. Um HANSOKU-CHUI pode ser imposto
diretamente ou depois de uma advertência ou KEIKOKU e se utiliza quando o potencial do
competidor para ganhar (na opinião do Quadro de Árbitros) se tenha reduzido bastante devido
à falta do oponente.

Artigo 87º - HANSOKU: Se impõe como conseqüência de uma infração muito grave ou
quando já se tenha dado HANOKU-CHUI. Supõe a desclassificação do competidor. Em
competições por equipe o competidor lesionado receberá seis pontos (três IPPONS) adicionais
à pontuação do oponente.
I - Um HANSOKU se impõe pelo acúmulo de faltas, porém pode-se impor também
diretamente por infrações graves ao regulamento. Utiliza-se quando (na opinião do Quadro de
Árbitros) o potencial do competidor se tenha reduzido visivelmente a zero devido à falta do
oponente.
II - Qualquer competidor que recebe HANSOKU por causar lesões e que na opinião
do Quadro de Árbitros e do Chefe de Área tenha atuado sem precaução ou perigosamente, o
que se considera que não reúne as capacidades necessárias pra competição da CEEBK, ser
reportado ao Conselho de Arbitragem, o qual decidirá se o competidor deve ser suspenso para
o resto da competição e ou para competições posteriores.

Artigo 88º - SHIKKAKU: Supõe a desclassificação do torneio, competição ou encontro. Para


definir o limite de SHIKKAKU deve consultar-se o Conselho de Arbitragem. SHIKKAKU
deve-se dar quando um competidor atua mal intencionalmente, não obedece às ordens do
árbitro, quando comete um ato que denigre o prestígio do karatê-do ou por outras ações que
violem as regras e o espírito da competição. Em competições por equipe se um membro da
equipe recebe SHIKKAKU o oponente receberá seis pontos (três IPPONS) adicionais à
pontuação do outro competidor.
I - Um SHIKKAKU pode-se impor diretamente, sem aviso de nenhum tipo. O
competidor não necessita fazer nada para merecê-lo, é suficiente que o Técnico e os Membros
não combatentes da equipe do lutador se comportem de forma que firam o prestígio e a honra
do Karatê-Do.
II - Se o Árbitro acredita que um lutador tenha atuado mal intencionalmente,
independentemente de que tenha causado ou não lesão física, então SHIKKAKU e não
HANSOKU é a penalidade correta.
§ 2º. SHIKKAKU deve-se anunciar publicamente.

CAPÍTULO X
Das Lesões e Acidentes na Competição

Artigo 89º - KIKKEN: É a decisão dada quando um competidor ou competidores não se


apresentam ao serem chamados, não podem continuar, abandonam o combate ou são retirados
por ordem do árbitro. As razões do abandono podem incluir as lesões não atribuíveis às ações
do oponente.

Artigo 90º - Se dois competidores se lesionam um ao outro ou sofrem os efeitos de lesões


prévias e o médico do torneio lhes declara incapaz de continuar, o combate será outorgado a

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 19

quem tenha mais pontos neste momento. Se ambos têm os mesmos pontos, então a decisão
será por HANTEI.

Artigo 91º - Um competidor lesionado que tenha sido declarado incapaz de continuar pelo
médico do torneio não poderá voltar a competir neste mesmo evento.

Artigo 92º - Um competidor lesionado que ganha um combate por desclassificação devido à
lesão não poderá combater novamente na competição sem a permissão do médico. Se estiver
lesionado poderá ganhar um segundo combate por desclassificação, porém será retirado
imediatamente da competição de kumite no dito torneio.

Artigo 93º - Quando um competidor se lesiona no transcorrer de um combate e requerer


tratamento médico se darão três minutos para recebê-lo. Se o tratamento não se tenha
completado dentro do limite de tempo, o árbitro decidirá se o competidor não está em
condições para combater (cap. 13, art. 114, alínea IV) ou se deve dar mais tempo para o
tratamento.

Artigo 94º - Qualquer competidor que caia, seja derrubado ou nocauteado e não se recupere
totalmente em dez segundos, será considerado sem condições de prosseguir combatendo e
será retirado automaticamente de todas as categorias de kumite do torneio. No caso de que um
competidor caia, seja derrubado, ou seja, nocauteado e não recobre imediatamente a posição,
o árbitro solicita ao cronometrista que comece a contagem de dez segundos, mediante ao
toque de um sino ou apito, chamando ao mesmo tempo o médico se for necessário.

Artigo 95º - Ao aplicar a regra dos “dez segundos” o tempo será contado por um
cronometrista nomeado especificamente para este fim. Aos sete segundos deve soar um aviso
seguido de uma campainha finalizando os dez segundos. O cronômetro somente começará a
contar ao sinal do árbitro e parará quando o competidor recupere totalmente a sua posição.

Artigo 96º - O quadro de árbitros decidirá se dará KIKKEN, HANSOKU, SHIKKAKU ou


MUBOBI segundo seja o caso.

Artigo 97º - Em competições por equipes, se um componente de uma equipe recebe KIKKEN,
o oponente receberá seis pontos (três IPPONS) adicionais à pontuação do outro competidor.

Artigo 98º - Quando o médico considera que um competidor não está em condições, deve ser
feita a anotação correspondente na ficha do competidor. Deve-se se deixar claro ao quadro de
árbitros qual é o grau da incapacidade.

Artigo 99º - Um competidor pode ganhar por desclassificação do oponente pelo acúmulo de
infrações menores da “categoria 1”. Pode ocorrer que o vencedor não tenha sofrido lesões
significativas. Uma segunda vitória pelos mesmos motivos levará à retirada ainda que o
competidor esteja em condições físicas de continuar.

Artigo 100º - O árbitro somente deve chamar o médico quando um competidor esteja
lesionado e precise de tratamento médico.

Artigo 101º - O médico está obrigado a fazer recomendações de segurança somente no que
se refere ao temas médicos de um determinado competidor lesionado.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 20

CAPÍTILO XI
Do Protesto Oficial

Artigo 102º - Ninguém pode protestar sobre o julgamento dos membros do quadro de
árbitros.

Artigo 103º - Se uma arbitragem houver infringido o regulamento, somente o presidente ou o


representante oficial correspondente são os únicos autorizados para apresentar o protesto.

Artigo 104º - O protesto deve ser realizado na forma de informe escrito, imediatamente após
o encontro que o originou. A única exceção é quando o protesto se refere a um erro
administrativo. O chefe de quadra deve ser informado imediatamente depois de detectar-se a
falta.

Artigo 105º - No caso de um erro administrativo no transcurso de um encontro, o treinador


pode notificá-la diretamente ao chefe da área. Por sua vez o chefe de área notificará ao árbitro.

Artigo 106º - O protesto deve ser apresentado a um júri de apelação. Em seu devido
momento este júri revisará as circunstâncias que produziram o protesto, levando em conta
todos os fatos disponíveis, emitirá um informe e poderá tomar as ações que considere
oportuna.

Artigo 107º - Qualquer protesto que se refira a aplicação de regulamento deve ser realizado
de acordo ao procedimento definido pelo Comitê Diretor da CEEBK. Deve ser apresentado
por escrito e firmado pelo representante da equipe ou competidor (es). O protesto deve incluir
os nomes dos competidores, do quadro de árbitros atuante e os detalhes precisos do que se
protesta. Não será aceito como protesto válido, queixas sobre normas gerais. Corresponde ao
reclamante provar a validade de seu protesto.

Artigo 108º - O protesto será revisado pelo Júri de Apelação e como parte desta revisão o júri
estudará a evidência proporcionada em apoio do protesto. O júri estudará também vídeos
oficiais e indagará aos oficiais num esforço para examinar de forma objetiva a validade do
protesto.

Artigo 109º - O reclamante deve depositar a quantia estabelecida pela CEEBK e junto com o
protesto deve ser entregue o recibo a um representante do júri.

Artigo 110º - Se o júri de apelação considerar que o protesto é válido, tomarão as ações
oportunas. Também se tomarão as medidas necessárias para que não volte a ocorrer em
competições futuras. A tesouraria devolverá o depósito recolhido.

Artigo 111º - Se o Júri de Apelação considerar que o protesto não é válido, este será
recusado e não será devolvido o depósito recolhido.

Artigo 112º - Não se demorarão os combates subseqüentes, mesmo que se esteja preparando
um protesto oficial. É da responsabilidade do marcador que o encontro se realize de acordo
com o regulamento da competição.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 21

Artigo 113º - O corpo de apelação será composto por um representante do Conselho de


Arbitragem, um da Comissão Técnica e um da Comissão Médica.

CAPÍTILO XII
Dos Poderes e Deveres

SEÇÃO I
Do Conselho de Arbitragem

Artigo 114º - Os poderes e deveres do Conselho de Arbitragem serão:


I - Assegurar a correta preparação de cada torneio em concordância com o comitê
de organização no que se refere à disposição da área de competição, a provisão e a
distribuição de todo equipamento e as instalações necessárias, operação e supervisão dos
encontros, medidas de segurança, etc.
II - Nomear e distribuir os chefes de áreas (ÁRBITROS CHEFES) e suas áreas
respectivas e desenvolver as ações oportunas segundo se distribua.
III - Supervisionar e coordenar o comportamento geral dos árbitros.
IV - Nomear substitutos onde seja necessário.
V - Dar a decisão final em matérias de natureza técnica que possam apresentar-se
durante uma competição e as quais não estejam estipuladas no regulamento.

SEÇÃO II
Dos Chefes de Área

Artigo 115º - Os poderes e deveres do Chefe de Área serão:


I - Delegar, nomear e supervisionar os Árbitros e Juízes para todos os encontros sob
seu controle.
II - Vigiar o comportamento de Árbitros e Juízes na sua área e assegurar-se de que os
Oficiais nomeados são capazes de realizar as tarefas que lhes tenham sido designadas.
III - Ordenar ao Árbitro parar o combate quando o marcador assinala uma infração ao
regulamento da competição.
IV - Preparar uma informação por escrito sobre o comportamento de cada oficial sob
sua supervisão, junto com as recomendações que possa haver para o Conselho de Arbitragem.

SEÇÃO III
Dos Árbitros

Artigo 116º - Os poderes e deveres do Árbitro são:


I - O Árbitro (SUSHIN) dirigirá os encontros, anunciando o início, a suspensão e o
final dos mesmos.
II - Outorgar pontos.
III - Explicar ao Chefe de Área, ao Conselho de Arbitragem ou ao Júri de Apelação
no caso de ser necessárias as base de uma determinada decisão.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 22

IV - Impor penalidades e dar avisos antes, durante ou depois de um encontro.


V - Obter a (as) opinião (ões) dos Juízes e atuar baseados nelas.
a) Quando os três juízes dão o mesmo sinal ou indicam ponto para o esmo
competidor, o árbitro parará a luta e dará a decisão majoritária. No caso de que o árbitro não
pare o combate, o árbitro fiscal levantará bandeira vermelha, assinalará ou fará soar o sinal.
b) Quando um ou dois juízes dão o mesmo sinal ou indicam ponto para o
mesmo competidor e o árbitro considerar que as opiniões estão erradas. Não é necessário
parar o combate.
c) No entanto se parar o combate prevalecerá a decisão da maioria. O árbitro
poderá pedir aos juízes que reconsiderem, porém não poderá dar uma decisão contra dois
juízes a menos que tenha apoio positivo de outro juiz.
d) O árbitro poderá pedir ao juiz que reconsidere, quando acreditar que estão
equivocados. Quando adotar esta decisão, seria por uma violação do regulamento, como por
exemplo, quando uma técnica tenha feito contato excessivo, quando se tenha assinalado um
ponto para o competidor que estava fora da área de competição (JOGAI) ou quando o árbitro
considerar que a pontuação assinalada é demasiada alta ou baixa.
e) Quando três juízes têm opiniões diferentes, o árbitro poderá dar uma decisão
que está apontada por um dos juízes.
f) No caso de HANTEI o árbitro e os juízes terão um voto cada um. No caso de
um ENCHO-SEN o árbitro terá voto de qualidade.
g) Os juízes somente podem pontuar o que realmente vêem. Se não estão
seguros de que uma técnica tenha alcançado uma zona pontuável, deverão sinalizar que não
viram nada (MIENAI).
h) O papel do KANSA é assegurar que o combate e o encontro se conduzam de
acordo com o regulamento de competição. Sua missão, contudo, não é a de um juiz. Não tem
voto e nem autoridade alguma em questões de julgamento, tais como se a pontuação foi válida
ou se houve JOGAI. Sua única responsabilidade está nas questões de procedimentos.
i) No caso de que o árbitro não ouça o sinal de fim de tempo o supervisor de
pontuação fará soar o sinal.
j) Ao explicar as bases para decisão depois do encontro, o quadro de árbitros
falará com o chefe de área, o Conselho de Arbitragem ou o Júri de Apelação. Não explicará a
mais ninguém.
VI - Anunciar prorrogações.
VII - Realizar votações do Quadro de Árbitros (HANTEI) e anunciar o resultado.
VIII - Anunciar o vencedor.
IX - A autoridade do Árbitro não está unicamente limitada à área de competição, mas
também a o perímetro imediato a esta.
X - O Árbitro dará todas as ordens e fará todos os anúncios.

SEÇÃO IV
Dos Juízes

Artigo 117º - Os poderes e deveres dos Juízes são:


I - Assistir ao Árbitro mediante os gestos com as bandeiras.
II - Exercer o direito de voto nas decisões a tomar.
III - Os Juízes deverão observar cuidadosamente as ações dos competidores e
assinalar ao Árbitro sua opinião nos seguintes casos:
a) Quando vejam que foi marcado um ponto.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 23

b) Quando pareça que um competidor tenha cometido um ato e/ou uma técnica
proibida.
c) Quando advertirem uma lesão ou indisposição de um competidor.
d) Quando um dos competidores, ou ambos, saírem da área de competição
(JOGAI).
e) Em outros casos nos quais considerem necessário chamar a atenção do
Árbitro.

SEÇÃO V
Do Anotador da Pontuação

Artigo 118º - O anotador de pontos fará um registro separado dos pontos concedidos pelo
Árbitro e ao mesmo tempo vigiará os cronometristas e os encarregados da pontuação.

CAPITULO XIII
Do Início, Suspensão e Final dos Encontros

Artigo 119º - Nos Apêndices 1 e 2 podem ser vistos os termos e os gestos que o árbitro e
juízes utilizarão durante os encontros.

Artigo 120º - O árbitro e os juízes ocuparão suas posições, em seguida trocarão saudações
entre os competidores, o árbitro anunciará “SHOBU SANBON HAJIME” e começará o
combate.
I - Ao começar um combate o árbitro chamará antes os competidores para suas
linhas de saída. Se um competidor entrar na área antes do tempo, deve ser retirado da mesma.
Os competidores devem se saudar um ao outro adequadamente, uma rápida inclinação de
cabeça é descortez e insuficiente.
II - O árbitro pode ordenar a saudação movendo-se da forma indicada no Apêndice 2
do regulamento.

Artigo 121º - O árbitro parará o combate anunciando “YAME” quando vir uma técnica
pontuável. Se necessário, o árbitro ordenará aos competidores que voltem às suas posições
originais (MOTO NO ICHI).

Artigo 122º - O árbitro voltará a sua posição e os juízes indicarão sua opinião por meio de
um sinal. No caso de outorgar um ponto, o árbitro identificará o competidor (AKA ou AO), a
zona atacada (JODAN ou CHUDAN), a técnica (TSUKI, UCHI, ou KERI) e depois dará o
ponto utilizando o gesto correspondente. O árbitro recomeçará o combate dizendo
“TSUZUKETE HAJIME”.
I - Ao recomeçar o combate, o árbitro deve certificar-se que ambos os competidores
estão nas suas linhas e na postura adequada.
II - Os competidores que estejam saltando ou fintando devem ser parados antes de
começar o combate.
III - O árbitro deve recomeçar o combate com a mínima demora possível.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 24

Artigo 123º - Quando o competidor tenha obtido uma diferença de seis pontos (três IPPONS)
durante um combate, o árbitro dirá YAME e ordenará aos competidores que voltem as suas
posições de saída fazendo também o mesmo. Então anunciará o vencedor levantando a mão
para o lado dizendo (AKA/AO) NO KACHI, neste momento finaliza o combate.

Artigo 124º - Ao acabar o tempo, o competidor com mais pontos será declarado vencedor e o
árbitro o indicará levantando o braço para o lado do vencedor e dizendo (AKA/AO) NO
KACHI, neste momento finaliza o combate.

Artigo 125º - Quando se acaba o tempo e as pontuações são iguais ou não se tenha concedido
pontos, o árbitro dirá YAME e voltará à sua posição inicial. Neste caso, o árbitro anunciará um
empate (HIKIWAKE) e o início no caso do ENCHO-SEN.

Artigo 126º - Quando se acaba o tempo do ENCHO-SEN e não se tenha concedido pontos, o
árbitro dirá YAME e voltará à sua posição inicial, depois se dirigirá ao perímetro da área de
competição e pedirá HANTEI com um toque de dois tons de apito. O árbitro e os juízes
indicarão suas opiniões, os juízes levantando suas bandeiras e o árbitro levantando seu braço.

Artigo 127º - Os juízes e o árbitro têm cada um, um voto em HANTEI, exceto ao final de um
ENCHO-SEN não concluído quando o árbitro pode utilizar seu “voto preponderante” a fim de
evitar um novo empate.

Artigo 128º - O árbitro anunciará YAME e parará temporariamente o combate quando:


I - Um dos competidores esteja fora da área de competição.
II - O árbitro ordene aos competidores ajustar seu kimono ou seu equipamento de
proteção.
III - Um competidor tenha infringido ou vai infringir o regulamento.
IV - O árbitro considerar que um ou ambos os competidores não podem continuar o
combate devido a uma lesão, indisposição ou outras causas. Depois de ouvir a opinião do
médico do torneio o árbitro decidirá se continua ou não o combate.
V - O competidor agarre o seu oponente e não realiza técnica imediata alguma em
dois ou três segundos.
VI - Um ou dois competidores caia ou seja derrubado e não se realize técnica efetiva
alguma em dois ou três segundos.
VII - Ambos os competidores estejam no solo depois de uma queda e se emaranharem.
VIII - Os três juízes dêem o mesmo sinal ou indiquem um mesmo ponto para o mesmo
competidor.

REGULAMENTO DE KUMITE
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 25

TÍTULO III
REGULAMENTO DE KATA

CAPITULO I
Da Área de Competição de Kata

Artigo 129º - A área de competição deve ser lisa e estável, livre de obstáculos. Já os tatames
para kumite devem ser adequados para ele.

Artigo 130º - A área de competição deve ser de tamanho suficiente para permitir o
desenvolvimento ininterrupto do kata.

CAPITULO II
Do Uniforme Oficial

Artigo 131º - Os competidores e os juízes devem trajar o Uniforme Oficial segundo se define
no Capítulo II do regulamento de kumite.

Artigo 132º - Não se pode tirar a jaqueta do kimono durante a execução do kata.

Artigo 133º - Aos competidores que se apresentarem vestidos incorretamente será dado um
minuto para corrigi-lo.

Artigo 134º - Será desclassificado o competidor que não cumprir com esta regra.

CAPITULO III
Da Organização da Competição de Kata

Artigo 135º - A competição de kata pode ser individual ou por equipe. A equipe é composta
por três integrantes, sendo exclusivamente masculina ou feminina. A competição individual
consiste na execução individual em categorias separadas de homens e mulheres.

Artigo 136º - Aplicar-se-á o sistema de eliminatória com repescagem.

Artigo 137º - Durante a competição os competidores deverão realizar tanto katas obrigatórios
(SHITEI) quanto de livre escolha (TOKUI). Poderão participar todos os estilos de Karatê, mas
os katas deverão estar de acordo com os das escolas de karatê-do reconhecidas pela CEEBK,
baseadas nos estilos SHITO-RYU, GOJU-RYU, WADO-RYU e SHOTOKAN. Nas duas
primeiras rodadas não será permitida variações. No Apêndice 6 se dá uma lista dos katas
obrigatórios e no Apêndice 7 uma lista dos katas reconhecidos.

Artigo 138º - Nas duas primeiras rodadas os competidores somente podem escolher katas
SHITEI (obrigatórios). Não serão permitidas variações no kata escolhido.

REGULAMENTO DE KATA
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 26

Artigo 139º - Nas rodadas seguintes os competidores poderão escolher katas da lista TOKUI
(livres). Serão permitidas variações de acordo com a escola do competidor.

Artigo 140º - A mesa deve ser informada da escolha antes do começo da rodada.

Artigo 141º - Os competidores devem realizar um kata diferente em cada rodada. Uma vez
realizado um kata, este não pode ser repetido. No entanto, se devido ao número de
competidores for necessária uma rodada de classificação preliminar, o kata utilizado nesta
rodada prévia poderá repetir-se em rodadas posteriores alternadamente, mas somente Tokui
Kata.

Artigo 142º - Nas finais de competição de katas por equipe, as duas equipes finalistas
escolherão seu kata da lista TOKUI e depois realizarão uma demonstração da aplicação do
kata (BUNKAI). O tempo permitido para demonstração do BUNKAI é de três minutos.

CAPITULO IV
Do Quadro de Juízes

Artigo 143º - Para cada encontro, o quadro de três juízes será designado pelo Conselho de
Arbitragem ou pelo chefe de área.
I - O árbitro central de kata se sentará no perímetro da área de competição olhando
os competidores. Os outros dois juízes se sentarão a direita e a esquerda a dois metros da linha
central da área olhando para entrada dos competidores.
II - Os três juízes terão uma bandeira azul (AO) e uma vermelha (AKA).

Artigo 144º - Também se nomearão anotadores e anunciadores.

CAPITULO V
Dos Critérios para Decisão

Artigo 145º - O kata deve ser realizado de forma competente e deve-se demonstrar uma boa
compreensão dos princípios tradicionais que contém. Ao valorizar o comportamento de um
competidor ou de uma equipe o juiz levará em conta o seguinte:
I - Uma demonstração realista do significado do kata.
II - Compreensão das técnicas utilizadas (BUNKAI).
III - Tempo apropriado, ritmo, velocidade, equilíbrio e focalização da potência
(KIME).
IV - Utilização apropriada e correta da respiração com uma ajuda ao KIME.
V - Focalização adequada da atenção (CHAKUGAN) e concentração.
VI - Posições corretas (DACHI) com adequada tensão nas pernas e pés totalmente
apoiados sobre o solo.
VII - Tensão adequada no abdome (HARA) e ausência de flutuação do quadril ao
deslocar-se.
VIII - Forma correta (KIHON) do estilo utilizado.
IX - Na avaliação da execução também se deverão levar em conta outros pontos.
X - No kata equipe, um fator acrescentado é a sincronização sem ajudas externas.

REGULAMENTO DE KATA
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 27

a) No kata por equipes os três componentes devem começar o kata na mesma


direção, voltados ao árbitro central.
b) Os membros da equipe devem demonstrar competência em todos os
aspectos da execução do kata, assim como sincronização.
c) Os comandos para iniciar e terminar a execução do kata, assim como bater
os pés contra o solo, dar palmadas no peito, nos braços ou no kimono e a respiração
inadequada são todos os exemplos de ajudas externas e deverão ser levados em conta pelos
juízes ao tomar suas decisões.

Artigo 146º - O kata não é uma dança nem uma representação teatral. Devendo guardar os
valores e princípios tradicionais. Deve ser realista no que se refere ao combate e exibir
concentração, resistência, potência, velocidade e impacto potencial em suas técnicas, assim
como graça, ritmo e equilíbrio.

Artigo 147º - Nas primeiras duas rodadas será desclassificado o competidor que mudar o
kata. Também será desclassificado o competidor que interrompa a realização do kata ou faça
um kata diferente do anunciado.

CAPITULO VI
Da Realização dos Encontros

Artigo 148º - Ao começo de cada eliminatória e ao serem chamados por seus nomes, os dois
competidores, um com faixa vermelha (AKA) e outro com faixa azul (AO) se alinharão no
perímetro da área de competição olhando um para o outro e se cumprimentarão. Depois
virarão para o Árbitro e deverão saudar o quadro de árbitros AO se retirará da área de
competição e AKA dirige-se ao ponto de início e anunciará claramente o nome do kata que ira
executar, ao finalizar sua apresentação abandonará a área e esperará a atuação do AO ser
completada, após isto ambos (AKA/AO) retornarão à área de competição para a decisão do
quadro de árbitros (HANTEI).
I - O ponto de início da execução do kata deve estar dentro do perímetro da área de
competição.

Artigo 149º - Se o kata não estiver certo ou se existir alguma irregularidade o árbitro central
poderá chamar aos outros juízes para um veredicto.

Artigo 150º - Se um competidor é desclassificado, o árbitro central cruzará e descruzará as


bandeiras (o mesmo sinal de TORIMASEN do kumite).

Artigo 151º - Depois de haver terminado os dois katas os competidores permanecerão um ao


lado do outro no perímetro da área de competição, o árbitro central pedirá a decisão HANTEI
e fará soar um silvo de dois tons com seu apito. As três bandeiras se levantarão
simultaneamente.

Artigo 152º - O árbitro central dará um silvo curto com seu apito e logo após se abaixarão as
bandeiras.

Artigo 153º - A decisão será para AKA ou AO. Não pode haver empates. O competidor que
receba dois ou três votos será declarado vencedor pelo árbitro central.

REGULAMENTO DE KATA
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 28

Artigo 154º - Os competidores se saudarão um ao outro, depois o painel de árbitros e


abandonarão a área.

CAPÍTULO VII
Das Modificações

Artigo 155º - Somente a Comissão Desportiva da CEEBK com a aprovação do Conselho


Diretor da CEEBK pode alterar ou modificar este regulamento.

REGULAMENTO DE KATA
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 29

APÊNDICE 1: TERMINOLOGIA

Nome Significado Explicação


Não se concede ponto a nenhum
AIUCHI Técnicas simultâneas dos competidores. O árbitro junta
seus punhos frente ao seu peito.

Vermelho (azul) marca ½ O árbitro estende seu braço para


AKA (AO) WAZAARI baixo a 45º para o lado que tenha
ponto pontuado.

Vermelho (azul) marca um O árbitro estende seu braço à altura


AKA (AO) IPPON do ombro para o lado que tenha
ponto pontuado.

O árbitro estende seu braço de


AKA (AO) NO KACHI Vitória do vermelho (azul) forma obliqua para o lado do
vencedor.

Contato excessivo O árbitro indica aos juízes que


(Quando o contato tem o ouve contato excessivo, uma
infração da “categoria 1” e coloca a
ATENAI YONI risco de causar lesão ou mão fechada na direção do ofensor
mesmo quando causa lesão.) e a outra aberta na frente da
fechada.

O cronometrista dará um sinal


ATOSHI BARAKU Falta pouco tempo audível de 30 seg. antes do final do
combate

Para infrações de “categoria 1” o


árbitro se volta para o infrator e
1ª advertência de “categoria cruza seus braços a altura do peito.
CHUIKOKU 1” ou “categoria 2” sem Para infrações da “categoria 2” o
penalização árbitro assinala com seu dedo
indicador (braço flexionado) na
direção do ofensor.

O árbitro indica infração da


“categoria 1 ou 2”, depois assinala
Advertência com WAZAARI com seu dedo indicador 45° para
KEIKOKU baixo na direção do infrator e
de penalização
concede “wazaari” (½ ponto) ao
oponente.

O árbitro indica infração da


“categoria 1 ou 2”, depois assinala
Advertência com IPPON de com seu dedo indicador
HANSOKU CHUI horizontalmente na direção do
penalização
infrator e concede “ippon” (um
pontos) ao oponente.

O árbitro indica infração da


“categoria 1 ou 2”, depois assinala
HANSOKU Desclassificação com seu dedo indicador 45° para
cima na direção do infrator e
anuncia a vitória do oponente.

APÊNDICE 1
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 30

Nome Significado Explicação


O árbitro assinala com seu dedo
indicador 45° para cima na direção
Desclassificação “abandonar do infrator, o dirige para fora e
SHIKKAKU após, com anúncio “aka (ao)
a área”
shikkaku”. Depois anuncia a
vitória do oponente.
O árbitro pede decisão. Depois de
um silvo curto com apito, os juízes
dão seu voto mediante as bandeiras
HANTEI Decisão e o árbitro indica ao mesmo tempo
o seu próprio voto utilizando os
braços.

No caso de uma decisão empatada


no “hantei” o árbitro cruzará seus
HIKIWAKE Empate braços e depois os estenderá com
as palmas das mãos viradas para
cima.

O árbitro assinala com seu dedo


indicador ao infrator para indicar
JOGAI Saída da área de competição aos juízes que ele tenha saído da
área de competição.

O árbitro recomeça o combate com


ENCHO-SEN Extensão do combate a ordem “shobu hajime”.

O árbitro assinala com seu dedo


KIKKEN Renúncia indicador 45° para baixo na direção
da posição inicial do competidor.

MAKE Derrota Competidor perdedor.

O árbitro coloca as bandeiras a


MIENAI Técnica não foi vista frente do rosto.

Os competidores e o árbitro voltam


MOTO NO ICHI Posição original as suas posições iniciais.

O árbitro toca seu rosto, depois


volta a borda da sua mão para
frente e a move para traz e para
MUBOBI Pôr a si mesmo em perigo diante para indicar aos juízes que o
competidor está colocando a si
mesmo em perigo.

O árbitro move o punho serrado


através do corpo para indicar aos
NUKETE Técnica falida juízes que a técnica tenha falhado
ou tenha chegado fora da área
pontuável.

O árbitro indica aos competidores


OTAGAI-NI-REI Saudação entre atletas que se saúdem.

APÊNDICE 1
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 31

Nome Significado Explicação


Depois do anúncio o árbitro dá um
SHOBU HAJIME Início de encontro passo atrás
O árbitro e os juízes alinham-se a
frente da mesa de controle e os
competidores se alinham nas
Saudação à mesa de
SHOMEN-NI-REI laterais da área de competição.
autoridade Todos se virarão na direção da
mesa de autoridades e fazem a
saudação.
O árbitro chama os juízes ao final
SHUGO Chamada aos juízes do combate, encontro ou para
recomendar “SHIKKAKU”.

O árbitro mantém ambas as mãos


com as palmas frente a frente a
Distância incorreta
TOI uma distância de 30 cm para
(demasiado longe) indicar aos juízes que a distância
foi incorreta.
O árbitro cruza os braços com o
Distância incorreta dorso para frente e os dedos
MAAI virados para frente para indicar que
(demasiado perto)
a distância da técnica foi incorreta.
O árbitro cruza seus braços e
Inaceitável como técnica depois faz um gesto de corte com
TORIMASEN as palmas das mãos voltadas para
pontuável
baixo.

O árbitro se coloca com um pé a


frente. Quando diz “tsuzukete”
estende seus braços com as palmas
Continuar o combate viradas para os competidores.
TSUSUKETE HAJIME Quando diz “hajime” volta as
Recomeçar
palmas e as leva rapidamente uma
para a outra e ao mesmo tempo dá
um passo atrás.

Ordem de prosseguir o combate


TSUZUKETE Combater quando há uma interrupção não
autorizada.

O árbitro coloca uma mão aberta


sobre o outro braço para indicar
Técnica bloqueada ou fora do
UKE aos juízes que a técnica foi
objetivo bloqueada ou atingiu uma zona não
pontuável.

Interrupção ou final do combate.


Ao fazer o anúncio o árbitro faz
YAME Parar um movimento de corte para baixo
com sua mão.

O árbitro move a mão aberta para


cima e para baixo para indicar aos
YOWAI Técnica demasiada fraca juízes que a técnica não tem
potência suficiente.

APÊNDICE 1
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 32

APÊNDICE 2: ANÚNCIOS E GESTOS DO ÁRBITRO E GESTOS E


SINAIS COM AS BANDEIRAS

1. ANÚNCIOS E GESTOS DO ÁRBITRO

OTAGAI-NI-REI
O árbitro indica aos competidores X
que saúdem um ao outro

SHOBU HAJIME
Inicia o encontro
X
Depois do anúncio o árbitro dá um
passo atrás.

TSUZUKETE HAJIME
Continuar o combate/Recomeçar
Ao dizer TSUZUKETE e em
posição avançada, o árbitro
estende seus braços para as laterais
com as palmas das mãos viradas X
para os competidores. Ao dizer
HAJIME volta as palmas e as leva
rapidamente uma para a outra ao
mesmo tempo que dá um passo
atrás.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 33

YAME
Parar/ Interrupção ou final do
combate.
X
Ao fazer o anúncio o árbitro faz
um movimento de corte para baixo
com sua mão.

WAZAARI
½ ponto.
O árbitro estende o braço para X
baixo a 45° para o lado de quem
fez o ponto.

IPPON
Um ponto
O árbitro estende o braço para X
cima a 45° para o lado de quem
fez o ponto.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 34

NO KACHI
Vitória
Ao final do combate o árbitro
X
cruza o braço na altura da cintura e
depois o estende para cima a 45°
para o lado do vencedor.

CHUIKOKU
Infração da Categoria 1
O árbitro cruza suas mãos abertas X
com as bordas das palmas das
mãos a altura do peito.

CHUIKOKU
Infração da Categoria 2
X
O árbitro aponta a cara do infrator
com o braço flexionado.

ATENAI YONI
Contato excessivo - infração da
Categoria 1
O árbitro indica aos juízes que
X
houve contato excessivo
colocando a mão fechada na
direção do ofensor e a outra aberta
na frente da fechada.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 35

KEIKOKU
Advertência com WAZAARI
de penalização
O árbitro indica uma infração
da Categoria 1 ou 2, depois
X
estende o braço a 45° para
baixo na direção do infrator
apontando com seu dedo
indicador e concede
WAZAARI ao oponente.

HANSOKU CHUI
Advertência com IPPON de
penalização.
O árbitro indica uma infração
da Categoria 1 ou 2, depois
X
estende o braço
horizontalmente na direção do
infrator apontando com seu
dedo indicador e concede
IPPON ao oponente.

HANSOKU
Desclassificação
O árbitro indica uma infração
da Categoria 1 ou 2, depois
estende o braço a 45° para X
cima na direção do infrator
apontando com seu dedo
indicador e anuncia a vitória
do oponente.

SHIKKAKU
Desclassificação/Abandonar a
área.
O árbitro aponta com o dedo
indicador na direção do rosto
do infrator e dirige num X
movimento obliquo para trás
sinalizando para fora do
ginásio. Anuncia AKA/AO
SHIKKAKU. Anuncia a
vitória do oponente.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 36

JOGAI
Saída da área de competição.
O árbitro aponta com o dedo
X
indicador ao infrator para indicar
aos juízes que ele saiu da área de
competição.

SHUGO
Chamada aos juízes.
O árbitro chama aos juízes ao final X
do combate ou encontro ou para
recomendar SHIKKAKU.

TORIMASEN
Anular a última decisão
O árbitro se volta para o
competidor, anuncia AKA ou AO,
X
cruza os braços, depois faz um
movimento de corte com as
palmas para baixo para indicar que
sua última decisão foi anulada.

TORIMASEN
Inaceitável como técnica
pontuável.
O árbitro cruza os braços e depois X
faz um gesto de corte com as
palmas das mãos viradas para
baixo.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 37

HIKIWAKE
Empate.
No caso de uma decisão empatada
em HANTEI. O árbitro cruza os X
braços na altura do peito e logo os
estende com as palmas das mãos
voltadas para frente.

AIUCHI
Técnicas simultâneas.
Não se concede ponto a nenhum X
dos dois competidores. O árbitro
junta os punhos à frente do peito.

YOWAI
Técnica demasiada fraca.
O árbitro move a mão aberta para
X
cima e para baixo para indicar aos
juízes que a técnica não tem
potência suficiente.

HAYAI
Aka/Ao tenha marcado primeiro.
O árbitro indica aos juízes que
AKA marcou primeiro levando à
X
mão direita aberta a palma da mão
esquerda. Se AO marcou primeiro
levará a mão esquerda a palma da
mão direita.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 38

MUBOBI
O árbitro toca a lateral do rosto
depois vira a borda da mão para
frente e a move lateralmente na
X
frente do rosto em movimento de
vai e vem para indicar aos juízes
que o competidor esta colocando a
si mesmo em perigo

UKE
Técnica bloqueada ou fora do
objetivo.
O árbitro coloca uma mão aberta
X
sobre o outro braço para indicar
aos juízes que a técnica foi
bloqueada ou atingiu uma zona
não pontuável.

NUKETE
Técnica falida.
O árbitro move o punho cerrado
na frente do abdome para indicar X
aos juízes que a técnica tenha
falhado ou tenha chegado fora da
área pontuável.

TOI
Distância
incorreta/Demasiadamente longe.
O árbitro mantém ambas as mãos
X
com as palmas frente a frente a
uma distância de 30cm para
indicar aos juízes que a distância
da técnica foi incorreta.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 39

MAAI
Distância
incorreta/Demasiadamente perto.
O árbitro cruza os braços com os X
dorsos das mãos para frente, em
diagonal, para indicar que a
distância da técnica foi incorreta.

RECONSIDERAÇÃO
Depois de indicar as razões o
X
árbitro pede aos juízes que
reconsiderem suas opiniões.

KIKKEN
Desistência / Não compare-
cimento.
O árbitro aponta com o dedo
X
indicador a posição inicial do
competidor que desiste ou não
comparece e depois anuncia a
vitória do oponente.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 40

2. GESTOS E SINAIS COM AS BANDEIRAS

.
WAZAARI IPPON
O juiz aponta 45° para baixo lateralmente O juiz estende a bandeira correspondente
com a bandeira correspondente. lateralmente 45° para cima.

JOGAI INFRAÇÃO DA CATEGORIA 1


O juiz golpeia o solo com a bandeira Cruzam-se as bandeiras e se estendem com
correspondente. os braços retos.

INFRAÇÃO DA CATEGORIA 2
O juiz gira a bandeira correspondente com o braço flexionado.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 41

FALTA
KEIKOKU
Advertência de uma falta.
O juiz estende o braço para frente 45° para
O juiz agita em circulo a bandeira
baixo na direção do pé do infrator com a
correspondente e depois faz o sinal de falta
bandeira correspondente.
da Categoria 1 ou 2.

HANSOKU CHUI HANSOKU


O juiz estende o braço para frente na altura O juiz estende o braço para frente 45° para
do abdome do infrator com bandeira cima na direção da cabeça do infrator com a
correspondente. bandeira correspondente.

TORIMASEN
O juiz cruza os punhos na altura da cintura, com os braços retos, depois abre os braços com
as mãos sobre os joelhos e as bandeiras apontando para as laterais.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 42

AIUCHI
MIENAI
Colocam-se as bandeiras uma na frente da
Colocam-se as bandeiras na frente do rosto.
outra e na frente do peito.

APÊNDICE 2
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 43

APÊNDICE 3: MARCAÇÃO DE PONTUAÇÃO

Símbolo Significado Explicação


| WAZAARI ½ ponto
Pontos

z IPPON Um ponto

KACHI Vencedor
Resultado

´ MAKE Perdedor

U HIKIWAKE Empate
Faltas Categoria

C1W ADVERTÊNCIA Advertência sem penalização

C1K KEIKOKU ½ ponto ao oponente


1

C1HC HANSOKU CHUI Um ponto ao oponente

C1H HANSOKU Desclassificação


Faltas Categoria

C2W ADVERTÊNCIA Advertência sem penalização

C2K KEIKOKU ½ ponto ao oponente


2

C2HC HANSOKU CHUI Um ponto ao oponente

C2H HANSOKU Desclassificação

KK KIKKEN Desistência / Não comparecimento

S SHIKKAKU Desclassificação grave – Expulsão

APÊNDICE 3
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 44

APÊNDICE 4: DISPOSIÇÃO DA ÁREA DE KUMITE

Distribuição dos Competidores, Juízes e Árbitro.

Medidas da área de competição de kumite.

APÊNDICE 4
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 45

APÊNDICE 5: DISPOSIÇÃO DA ÁREA DE KATA

Distribuição de Competidores, Juízes e Árbitros.

APÊNDICE 5
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 46

APÊNDICE 6: LISTA DE KATAS OBRIGATÓRIOS (SHITEI)

SHITEI AVANÇADOS SHITEI BÁSICOS

SHITO-RYU SHITO-RYU

1. Ten-no-kata
1. Bassai Dai
2. Ti-no-kata
2. Seienchin
3. Pinan 1º ao 5º

GOJU-RYU GOJU-RYU

1. Geikisai Ichi
1. Seipai 2. Geikisai Ni
2. Saifa 3. Sanchin
4. Tensho

SHORIN-RYU SHORIN-RYU

1. Naihanchi 1º ao 3º
1. Passai Sho 2. Pinan de 1º ao 5º
2. Kushanku Daí 3. Fukyo Dai-Ichi
4. Fukyo Dai-Ni

WADO-RYU WADO-RYU

1. Seishan 1. Pinan - 1º ao 5º
2. Chinto 2. Naifanchin Shodan

SHOTOKAN SHOTOKAN

1. Jion 1. Heian - 1º ao 5º
1. Kanku Dai 2. Tekki Shodan

APÊNDICE 6
REGRAS DE COMPETIÇÃO - CEEBK - 47

APÊNDICE 7: LISTA PRINCIPAL DE KATAS (TOKUI)

GOJU-RYU WADO-RYU
1. Sanchin 6. Seisan 1. Kushanku 6. Niseishi
2. Saifa 7. Seipai 2. Naihanchi 7. Rohai
3. Seiyuchin 8. Kururunfa 3. Saishan 8. Wanshu
4. Shisochin 9. Suparinpei 4. Chinto 9. Jion
5. Sanseru 10. Tensho 5. Passai 10. Jitte
11. Suparinpei

SHOTOKAN
1. Bassai-Dai 9. Hangetsu 16. Goju Shiho-Dai
2. Bassai-Sho 10. Jitte 17. Goju Shiho-Sho
3. Kanku-Dai 11. Enpi 18. Chinte
4. Kanku-Sho 12. Gankaku 19. Unsu
5. Tekki-Shodan 13. Jion 20. Meikyo
6. Tekki-Nidan 14. Sochin 21. Wankan
7. Tekki-Sandan 15. Nijushiho 22. Jiin

SHORIN-RYU
1. Itosu-no-Passai (Passai-Sho) 7. Gojushiho
2. Matsumura no Passai (Passai-Dai) 8. Teesho
3. Kussanku-Dai 9. Koryu-Passai
4. Kushanku-Sho 10. Unshu
5. Jion 11. Ryuko
6. Chinto

SHITO-RYU
1. Jitte 16. Seinchin 31. Sanseiru
2. Jion 17. Sochin (Aragaki-Há) 32. Saifa
3. Jiin 18. Niseishi 33. Shisochin
4. Matsukaze 19. Gojushiho 34. Kururunfa
5. Wanshu 20. Unshu 35. Suparinpei
6. Matsumura no Rohai 21. Seisan 36. Hakucho
7. Bassai Daí 22. Naifanchin Shodan 37. Pachu
8. Bassai Sho 23. Naifanchin Nidan 38. Haiku
9. Tomari Bassai 24. Naifanchin Sandan 39. Paiku
10. Matsumara Bassai 25. Aoyagi [Seiryu] 40. Annan
11. Kosokun Dai 26. Jyuroku 41. Annanko
12. Kosokun Sho 27. Nipaipo 42. Papuren
13. Kosokun Shiho 28. Sanchin 43. Chatanyara Kushanku
14. Chinto 29. Tensho 44. Miojio
15. Chinte 30. Seipai 45. Tomari no Wanshu

APÊNDICE 7

Você também pode gostar