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Apresentação da Presidência
Boa leitura.
Pastor Antônio José Azevedo Pereira
Em Cristo Jesus, e por que Ele vive!
Bom trimestre!
Pr. Antônio Sérgio Costa Lima
Superintendência da EBD da IEADTC
Sumário
Lição 1 .......................................................................................................... 9
Conhecendo o evangelho de João ...................................................... 9
Lição 2 ........................................................................................................ 19
João Batista: Preparando o caminho ................................................ 19
Lição 3 ........................................................................................................ 24
O primeiro Sinal: Água em vinho .................................................... 24
Lição 4 ........................................................................................................ 29
Você precisa nascer de novo ............................................................ 29
Lição 5 ........................................................................................................ 38
O segundo sinal; a cura do filho do oficial ....................................... 38
Lição 6 ........................................................................................................ 47
O Terceiro Sinal: O Paralítico de Betesda ........................................ 47
Lição 7 ........................................................................................................ 54
O quarto sinal: A multiplicação dos pães e peixes ........................... 54
Lição 8 ........................................................................................................ 59
Quinto Sinal: Jesus anda sobre o mar ............................................... 59
Lição 9 ........................................................................................................ 65
O Sexto Sinal: A Cura de Um Cego de Nascença ............................ 65
Lição 10 ...................................................................................................... 72
Jesus, O Bom Pastor ......................................................................... 72
Lição 11 ...................................................................................................... 81
O Sétimo Sinal: Jesus ressuscita Lázaro .......................................... 81
Lição 12 ...................................................................................................... 89
Jesus vence a morte .......................................................................... 89
Lição 13 ...................................................................................................... 98
Para que creiais que Jesus é o Filho de Deus ................................... 98
Lição 1
Conhecendo o evangelho de João
Prof. José Nícolas.
Texto principal:
―E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade‖
Jo 1.14
Resumo da lição:
O Evangelho de João é essencialmente cristológico e singular em
relação aos demais Evangelhos
Objetivos
- Apresentar a autoria, a época e o propósito do Evangelho de
João;
- Expor a riqueza doutrinária do Evangelho de João;
- Compreender a Cristologia apresentada por João.
Interação
Foco no aluno. Do leitor, espera-se que processe, critique,
contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute
ou a rechace, que dê sentido e significado ao que lê. Essa concepção
de leitura, que põe o foco leitor e seus conhecimentos em interação
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
com o autor e o texto para a construção de sentido, vem merecendo a
atenção de estudiosos do texto e alimentando muitas pesquisas e
discussões sobre a importância para o ensino da leitura.
Orientação pedagógica
Tenha o cuidado de sempre consultar a bíblia. A leitura bíblica
é primordial e insubstituível. Quanto mais o professor conhecer o
texto bíblico pela leitura diária, mais facilidade terá na compreensão
de estudos que lhe auxiliarão no conhecimento e na exposição dela.
Introdução Geral
Para começar, nos encontramos perguntando: Por que há quatro
evangelhos, especialmente quando os três primeiros parecem
abranger quase o mesmo assunto? Um só não seria melhor? Como
estamos tratando de escritos divinamente inspirados, resposta final,
naturalmente, é que há quatro livros porque Deus assim o quis. No
entanto podemos acrescentar que existem razões claras para Deus ter
feito isso. Não precisamos inventar razões, como por exemplo, que
era necessário ―mais do que uma mente‖ para registrar ―a vida mais
maravilhosa vivida na terra‖, pois se o Espírito Santo tivesse
determinado isso. Ele poderia ter eficazmente concentrado através de
um o que distribuiu mediante quatro. Gênesis 2.10 nos conta: ―E saía
um rio do Éden para regar o jardim, e dali se dividia, repartindo-se
em quatro braços‖. A água nos quatro braços era a mesma do rio
principal, dividido a fim de cumprir um propósito geográfico. Da
mesma forma, o rio principal da inspiração divina espalha-se através
dos quatro evangelhos para cumprir um propósito espiritual.
Introdução
A maioria de nós talvez esteja familiarizada com o paralelo que
tem sido frequentemente notado entre os quatro evangelhos e os
quatro ―seres viventes‖ na visão introdutória do profeta Ezequiel. Os
quatro seres viventes ou querubins, são descritos como segue em
Ezequiel 1.10: ―A forma de seus rostos era como o de homem: à
direita os quatro tinham rosto de leão; à esquerda, rosto de boi; e
também rosto de águia todos os quatro‖. O leão simboliza a força
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
suprema, a soberania; o homem, a mais alta inteligência; o boi,
serviço inferior; a águia, a esfera celestial, mistério, divindade. Em
Mateus vemos o Messias-Rei (o leão). Em Marcos vemos o Servo do
Senhor (o boi). Em Lucas vemos o Filho do Homem (o homem). Em
João vemos o Filho de Deus (a águia). Os quatro aspectos são
necessários para transmitir toda a verdade. Como soberano, Ele vem
para reinar e governar. Como Servo, vem para servir e sofrer. Como
Filho do Homem, vem para participar e consolar. Como Filho de
Deus, vem para revelar e remir. Magnífica fusão quádrupla –
soberania, e humildade, humanidade e divindade.
I. Autor, época e propósito.
É consenso entre os estudiosos conservadores, estribados nas
evidências históricas, que João escreveu esse evangelho da cidade de
Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou
a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e
morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano. Não
podemos afirmar a data precisa em que esse evangelho foi escrito;
todavia, há fortes evidências de que tenha sido entre os anos 80 e 96
d.C. Para E. E. Bruce, ―parece provável que o evangelho foi
publicado na província da Ásia uns sessenta anos depois dos
acontecimentos que narra .
1. 1. O discípulo amado. Até onde podemos dar crédito da
autoria deste evangelho a ―João‖, normalmente é visto que o João em
questão é o filho de Zebedeu, um dos doze.
A identificação do discípulo amado com João, o filho de
Zebedeu, tem sido fundamentada em bases positivas e negativas. Do
lado negativo, está a ausência do nome de João neste evangelho (e de
seu irmão, Tiago), exceção feita para a afirmação, no início do
epílogo, de que os ―filhos de Zebedeu‖ estavam entre os sete
discípulos que se encontraram com o Senhor ressurreto, no lago da
Galiléia (Jo 21.2). A ausência de qualquer menção a João ou Tiago
chama ainda mais a atenção quando consideramos o papel exercido
neste evangelho por outros do grupo dos doze - não só destacados,
como Simão Pedro e André, mas também menos destacados, como
Filipe, Tomé e Judas ―não o Iscariotes‖.
Bibliografia
Lição 2
João Batista: Preparando o caminho
Prof. Edejorge Santos
Texto Principal:
―Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio
para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem
por ele‖
Jo 1.6,7
Resumo da lição
João, o evangelista, nos apresenta João, o Batista, que veio dar
testemunho de Jesus.
Objetivos
- Apresentar a origem do precursor de Jesus Cristo, João
Batista;
- Apontar a mensagem do precursor;
- Saber que a pregação de João Batista apresentava Jesus como
o verbo de Deus e que ele foi o último profeta do Antigo Testamento.
Interação
Neste domingo conheceremos um pouco a respeito de João
Batista. Sendo ele o último profeta do Antigo Testamento, sua missão
foi a de preparar o caminho para Jesus, o ―Verbo que se fez carne‖.
Sendo seus pais já idosos, reconhecemos que seu nascimento se deu
de forma sobrenatural. Era profeta e Nazireu, exerceu seu ministério
no deserto, e por isso seu alimento e vestimentas eram bastante
peculiares, sua mensagem era intensa, porém não popular, pois
apregoava arrependimento de pecados a uma geração que não
desejava mudar, bem como anunciar a vinda do Messias. Durante a
lição, enfatize, a importância de testificarmos a respeito do ―Verbo
que se fez carne‖ a esta geração, de modo que os ―cegos‖, venham ter
os seus olhos espirituais abertos, a cerca do arrebatamento da igreja.
Introdução
A lição desta semana mostra-nos a relevância do testemunho
como base fundamental para implantação, bem como expansão do
Reino de Deus. O ser humano sempre foi instrumento usado por
Deus, para revelar seu amor, vontade e propósito, bem como gerar fé
nos corações, de forma a construir relacionamentos entre Criador e
criatura. É também nesta lição que João, o evangelista, nos mostra
que João Batista, veio dar testemunho de Jesus. Entenderemos que o
ministério de João Batista era necessário para denunciar o sistema
pecaminoso dominante em Israel, e assim conscientizá-los,
preparando o caminho para o Jesus, o cordeiro de Deus, aquele que
viria para tirar o pecado do mundo.
I. A origem do precursor
1. Das montanhas de Judá. Mesmo sem muitos detalhes, o
evangelista Lucas, é o único que relata informações sobre o
nascimento de João, que logo, passaria a ser identificado como ―o
Batista – aquele que batiza‖, porque batizava no rio Jordão, aqueles
que se arrependiam. Embora não mencione o nome da cidade, o texto
de (Lc 1.39), deixa claro que era uma cidade de Judá, e ficava em
uma área de montanhas.
2. O anúncio de Zacarias. O plano de Deus seguia sendo
executado a risca e de maneira fidedigna. O anúncio a Maria sobre a
encarnação de filho do próprio Deus (Lc 1.26-36), através da obra do
Espírito Santo, fora feito pelo mesmo Gabriel, que outrora já havia
visitado e anunciado a Zacarias, homem justo e temente, o
nascimento e missão de João (Lc 1.13-19), o precursor do Messias.
Os pais de João, Zacarias e Isabel, tal qual Simeão e Ana, nos em
mostrar que mesmo vivendo em meio a uma sociedade dominada
pela apostasia e a inversão de valores, alguns dos judeus piedosos
Bibliografia
- Swaggart, Jimmy. Bíblia de estudo do expositor (segunda edição
revisada): SBB, 2015,
- Lopes, Hernandes Dias. João: As glórias do filho de Deus: Hagnos,
2015,
Edejorge Fagner Barreto dos Santos – primavera 2021
Lição 3
O primeiro Sinal: Água em vinho
Prof. Edejorge Santos
Texto Principal:
―Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e
manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele‖
Jo 2.11
Resumo da lição
Os sinais que Jesus realizou visavam fazer com que o reconhecessem
como o redentor anunciado pelos profetas, sendo a manifestação
plena do Deus filho encarnado.
Objetivos
- Explicar a importância do primeiro sinal realizado por Jesus
Cristo;
- Apontar a narrativa e o contexto do primeiro sinal realizado
por Jesus;
- Conhecer a respeito do significado do ―bom vinho‖.
Interação
Neste domingo o estudo será a respeito do primeiro sinal
realizado pelo Senhor Jesus Cristo. Ao realiza-lo o Senhor tinha o
objetivo de revelar a sua divindade e poder transformador. Não há
outro que possa transformar o caráter do homem pecador. Dentro do
contexto cultural daquele período, o vinho representava a alegria, e o
fato dele acabar no meio da festa, leva-nos a refletir em que tipos de
práticas litúrgicas temos nos envolvido. A certeza de que Jesus é a
fonte de vida e alegria perene, precisa ser uma constante em nossas
vidas, e por isso e extremamente importante estarmos sempre junto a
Ele.
Orientação pedagógica
Introdução
Na primeira lição, aprendemos que o evangelho de João nos
mostra sete sinais, sete sermões e sete declarações de Jesus a respeito
de sua divindade, com o propósito de revelar que aquele homem
simples que ―habitou entre nós‖ (Jo 1.14), o Cristo, o Messias de
Israel. Os sinais operados, era para que o pudessem reconhecer não
apenas como mais um mestre judaico ou mais um messias
revolucionário no âmbito político, mas sim como o redentor
anunciado pelos profetas. O Deus filho encarnado. O milagre nas
bodas de Caná da Galileia é o primeiro destes sete sinais.
I. Mais que um milagre
1. A completude das Escrituras. Composta por 66 livros, a
Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens, de lugares, épocas e
culturas distintas. Embora escrita por esses homens, a Bíblia conta
com a autoria divina, do Espírito Santo (2 Pe 1.21). É importante
termos o conhecimento deste fato, para que possamos crer e
compreender que por isso ela é a palavra de Deus, perfeita, infalível e
inerrante (Sl 19.7; Jo 10.35), completa, sendo assim, nela nada falta e
nem sobra (2 Tm 3.16-17).
2. Um sinal específico. Por ser inspirada, nada do que está
contido na Bíblia veio a ser feito de forma aleatória. Embora João
deixe claro que nem todos os milagres operados por Jesus tenham
sido registrados (Jo 21.25), todos eles tiveram um propósito. Em um
trecho de sua obra (João: As glórias do filho de Deus), Hernandes
Dias Lopes, menciona: ―o termo utilizado mais usado por João ao
descrever os milagres e maravilhas operados por Jesus é ―semeion‖,
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
geralmente traduzida por ―sinal milagroso‖, e demonstra que Jesus
queria que as pessoas além dos milagres, ou seja para o seu
significado!‖
3. A divindade sendo revelada. Ao descrever o milagre de
Caná, usando a palavra semeion, João tinha a finalidade de revelar a
divindade de Jesus, distinguindo-o dos demais homens. Era o ato que
revelava a sua divindade e dava início a série de sinais que Ele viria a
realizar (Jo 2.11). Mais que trazer de volta a alegria aquela festa, o
maior propósito era revelar-se aos seus discípulos e trazer a público a
sua divindade.
II. A narrativa e seu contexto
1. Caná da Galileia. Já sabemos que João é o único evangelista
a registrar ocorridos no primeiro ano do ministério de Jesus, dentre
eles a transformação da água em vinho, realizado em uma pequena
vila, Caná da Galileia, situada a região do mar da Galileia, um lago
extenso de mais ou menos 20 km, era assim chamada para diferenciar
de uma outra Caná que fica na Siria.
2. Faltou vinho. O episódio inesperado ocorrido, trás a cena o
homem que embora revelado a João e por ele anunciado, até então
para muitos era apenas mais um. Mas o fato de Maria, sua mãe,
saber que Jesus o filho de Deus (Lc 1.30-35), fez com que ela o
procurasse esperando uma ação miraculosa de sua parte.
3. A expectativa de Maria. O motivo de Maria saber do
anúncio e conhecer o propósito do nascimento de Jesus (Lc 2.8-19;
25-38), bem como pelo fato de o próprio Jesus falar a respeito de
sua missão, gerou em seu coração a expectativa pelo momento em
que Ele ria de ser revelado ao mundo. Ainda hoje muitos
questionam a resposta de Jesus à Maria, ―Mulher, que tenho eu
contigo?‖ (Jo 2.4), Hernandes Dias Lopes explica, que naquele
momento Jesus não estava sendo rude, grosso, ignorante, mas
queria que a partir dali ela não o visse apenas como seu filho. Maria
deveria a partir de então o reconhecer como o seu Senhor, tal qual a
sua declaração em (Lc 1.38).
III. O bom Vinho
1. Uma mensagem a Israel. Embora os Judeus seja o povo
escolhido, a sua incredulidade fez com que sempre rejeitassem as
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
oportunidades durante o antigo pacto. Sendo comparada algumas
vezes como uma vinha, por Deus plantada e protegida, Israel, porém
só dava uvas bravas (Is 5.2), e por isso chegara o tempo dessa vinha
ser arrancada. As talhas vazias sem o vinho da alegria em Caná da
Galileia, eram semelhantes a religiosidade Judaica, não tinha valor
algum diante de Deus. Os valores haviam sido perdidos, e
deturpados. Porém diante de todo esse caos Jesus veio e se
manifestou aos Judeus, mas eles não o reconheceram (Jo 1.12).
Contudo assim como no encher das talhas e na transformação da água
em vinho para que não faltasse a alegria naquela festa, Jesus
representa a verdadeira alegria, e agora não apenas para a nação de
Israel e os Judeus, mas como um novo concerto para todos os povos
(Lc 2.10; Jo 1.12; Rm 1.16; Jo 3.16).
2. Quando o vinho acaba. O texto sagrado que revela o
primeiro sinal, além de revelar a divindade de Jesus, e de trazer uma
mensagem a Israel, nos leva a refletir no que realmente temos feito
em nossa vida cristã, precisamos estar atentos para que muitas vezes
nãos estejamos tão voltados a cumprir liturgias religiosas,
alimentando e satisfazendo muitas vezes nossos próprios desejos,
esquecendo-nos ou não reconhecendo a verdadeira alegria, Jesus. (Lc
10.40-42)
3. “Enchei-vos do Espírito”. Embora o texto e sinal em
destaque nos fale sobre vinho, algumas questões precisam ser
esclarecidas, dentre elas a questão cultural daquele período, e embora
ainda na atualidade esse texto seja utilizado por alguns para tentar
justificar o consumo de bebidas alcoólicas, as escrituras nos mostram
e advertem a respeito dos males causados pelo vinho, e muitas são as
referências que nos aconselham a não consumi-lo. O sábio rei
Salomão escreveu: ―O vinho é escarnecedor, e a bebida forte,
alvoroçadora; e a todo aquele que neles errar nunca será sábio‖ (Pv
20.1); ―Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando
resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá
como a cobra, e como o basilisco, picará (Pv 23.31-32). Melhor é
seguir o conselho de Paulo: ―Não vos embriagueis com vinho, em
que há contenda, mas enchei-vos do Espírito‖ (Ef 5.18).
Bibliografia
- Swaggart, Jimmy. Bíblia de estudo do expositor (segunda edição
revisada): SBB, 2015,
- Lopes, Hernandes Dias. João: As glórias do filho de Deus: Hagnos,
2015,
Edejorge Fagner Barreto dos Santos – primavera 2021
Lição 4
Você precisa nascer de novo
Profª. Fabiana Vieira
Texto principal
―Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus‖
Jo 3.5
Resumo da lição
A mensagem de Jesus é bem clara: não basta ser religioso.
Objetivos
- Apresentar a clareza da mensagem de Jesus na pregação a
Nicodemos;
- Saber que Nicodemos foi de fariseu a discípulo;
- Explicar a respeito do milagre do Novo Nascimento.
Orientação pedagógica
Utilizando a afirmação que serve como título desta lição,
estabeleça um diálogo inicial com os alunos sobre a importância
basilar do novo nascimento para todo aquele que se diz discípulo de
Jesus. Incentive-os a identificar quais áreas de suas vidas precisam de
regeneração, a pedir ao Senhor que os faça nascer de novo e a se
deixarem transformar pelo vento do Espírito. Lembre-os de que
aquele que nasce de novo é nova criação (2Co 5.17). Os velhos
hábitos mundanos devem desaparecer e dar lugar às atitudes
Interação
Para introduzir o tema do novo nascimento e dar ênfase à ação
do Espírito Santo nesse processo, sugerimos tomar como base a
analogia estabelecida por Jesus em João 3.8 com relação ao agir do
vento e do Espírito. Use a ideia da funcionalidade de um balão, que
só tem utilidade se estiver cheio de vento. Vazio ele não tem
serventia, não exerce a função para a qual foi criado. O vento sopra
onde quer, mas não se sabe de onde vem nem para onde vai. Assim
acontece com todo aquele que nasce de novo, ele não tem controle
sobre sua própria vida, que passa a ser guiada pelo Espírito, como um
vento, que sopra e age dentro da pessoa, fazendo-a manifestar a vida
de Deus.
Outra possibilidade de interação sobre o tema da lição é
estabelecer um paralelo entre o ato de nascer fisicamente e nascer
espiritualmente com relação ao agente da ação. Quem nasce não tem
ação sobre o ato de nascer. Quem faz todo o trabalho é quem dá a
vida, e não aquele que nasce. Da mesma forma que a mãe faz o
esforço para gerar uma nova vida física, o Espírito Santo, por meio
da morte e ressurreição de Jesus, é quem atua para gerar a nova vida
espiritual dentro de nós.
Dos quatro evangelistas, João é o único a registrar o encontro
entre Nicodemos e o Senhor Jesus, por meio do qual conhecemos um
dos mais importantes ensinos das Escrituras, transmitido pelo próprio
Mestre, sobre a necessidade da regeneração espiritual. Na mensagem
de Jesus para Nicodemos estão implícitas as ideias de que todos
estamos mortos espiritualmente, por causa de nossos pecados e
transgressões, e de que a religiosidade não é suficiente para acessar o
Reino de Deus. Antes da desobediência ocorrida no jardim, a
humanidade estava espiritualmente viva. Após o pecado, o espírito
morreu. Precisaria renascer para voltar àquela comunhão inicial com
Deus.
Bibliografia consultada
BRUCE, F. F. João – Introdução e comentário. Tradução: Hans Udo
Fuchs. São Paulo: Mundo Cristão, 1987. (Série Cultura Bíblica).
O QUE significa nascer de novo, 9 out. 2017. 1 vídeo (8 min.).
Publicado pelo canal JesusCopy. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vlKhULeske0&ab_channel=
JesusCopy. Acesso em: 2 dez. 2021.
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Tradução:
Degmar Ribas Júnior. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SPROUL, R. C. O que é arrependimento? Tradução: Francisco
Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Fiel, 2018.
SPURGEON, Charles H. A necessidade da regeneração. Sermão nº
3121, pregado em 29 de novembro de 1874, no Tabernáculo
Metropolitano, Newington, Londres. Disponível em:
https://spurgeonline.com.br/wp-
content/uploads/2021/09/A_Necessidade_de_Regeneracao-
Sermao_de_Spurgeon.pdf. Acesso em: 2 dez. 2021.
VINE, W. E. et al. Dicionário Vine. O significado exegético e
expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento.
Tradução: Luís Aron de Macedo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
Lição 5
O segundo sinal; a cura do filho do oficial
Prof. José Nícolas.
Texto principal:
―Entendeu, pois, o pai que era aquela hora a mesma em que Jesus
lhe disse: O teu filho vive; e creu ele, e toda a sua casa‖
Jo 4.53
Resumo da lição:
A falta de fé nos impede de receber mais da graça, do poder e dos
milagres de Jesus Cristo.
Objetivos
- Apresentar o contexto do milagre realizado por Jesus na vida
do filho do oficial;
- Mostrar que a confiança em Jesus contribuiu para a operação
do milagre;
- Saber que fé, convicção e atitudes nos levam a experimentar o
poder de Deus.
Interação
Foco no aluno. Do leitor, espera-se que processe, critique,
contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute
ou a rechace, que dê sentido e significado ao que lê. Essa concepção
de leitura, que põe o foco leitor e seus conhecimentos em interação
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
com o autor e o texto para a construção de sentido, vem merecendo a
atenção de estudiosos do texto e alimentando muitas pesquisas e
discussões sobre a importância para o ensino da leitura.
Orientação pedagógica
Suas aulas não devem ser meros monólogos decorados,
extraídos de livros ou da internet, mas devem conter diálogos com
envolvimento, comprometimento, paixão. Agindo assim, eventuais
percalços, indissociáveis do processo de ensino - aprendizagem serão
mais bem aceitos e se transformarão em trampolins para conquistar
outros para Cristo.
Introdução Geral
João enfatiza que o primeiro lugar onde Jesus manifestara sua
glória, fora em circunstâncias, sem dúvida, alegres (Jo 2.1-11), agora
veria outra manifestação desta glória, em uma hora de desespero. Na
primeira vez, vida velha foi transformada em vida nova; desta vez
uma vida é salva da beira da morte.
Introdução
A palavra grega traduzida por ―oficial do rei‖ é basilikós ―real‖,
um adjetivo derivado de basiléus ―rei‖. É muito provável que
devamos entender que este homem fazia parte da corte de Herodes
Antipas, tetrarca da Galiléia (4 a.C. - 39 d.C.), popularmente
chamado ―rei‖ (cf. Mc 6.14), apesar de o imperador romano negar-
lhe o título real pleno. Alguns comentaristas sugeriram uma
identificação com Cuza, o mordomo de Herodes (Lc 8.3).
Bibliografia
Lição 6
O Terceiro Sinal: O Paralítico de Betesda
Prof. José Lucas
Texto do dia:
―Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma a tua cama e anda. Logo, aquele
homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era
sábado‖
Jo 5.8,9
Síntese
A cura do paralítico de Betesda evidencia a superioridade e
autoridade do Filho de Deus em realizar milagres!
Objetivos
Compreender porque João registra várias viagens de Jesus a
Jerusalém;
Mostrar que o paralítico teve que esperar muito pelo seu
milagre;
Conhecer o quadro espiritual dos judeus no tempo do milagre
relatado por João.
Interação
Estudaremos mais um dos sinais realizados por Jesus e
relatados no Evangelho que João escreveu. Esse evento nos mostra a
intervenção do Filho de Deus na cura de um homem que sofria com
sua deficiência física há 38 anos. Diante da narrativa bíblica,
percebemos que fatores como a longa espera e tantas frustrações
atrofiavam a esperança do paralítico assim como a sua condição
física também sofria. Contudo, Jesus chega com poder e
misericórdia, ministrando a cura na vida daquele homem.
Orientação pedagógica
É interessante que se exponha a importância do empenho de
Jesus em mostrar ao sistema religioso vigente e a toda Jerusalém
Bibliografia
Hendriksen, William. João, p. 253.
Mac Arthur, John. The M acArthur N ew Testament commentary —
John 1- 11, p. 175.
Boor, Werner de. Evangelho de João I, p. 125.
Disponivel em:
<http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/sau.html
>.
IEZZI, Gelson. DOMINGUES, Hygino H. Tricotomia Cristã. 2 ed.
São Paulo: editora Atual, 1982.
SWINNDOLL, Charles. Insights on John, p. 112.
Lição 7
O quarto sinal: A multiplicação dos pães e peixes
Pr. Everardo Nobre
Texto Principal
―E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos
discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e
igualmente também dos peixes, quanto eles queriam‖
Jo 6.11
Resumo da Lição
Os sinais servem para atrair as pessoas para Cristo, a fim de que
possam ouvir sua palavra e crer nEle.
Introdução
Nesta lição estudaremos mais um sinal, revelando ser o Cristo,
o Salvador. A multiplicação dos cinco pães, e dois peixinhos, se
encontram registrados em todos os evangelhos, simbolizando que foi
notório a todos esse milagre. Outro detalhe que se deve levar em
consideração, era que agora Jesus, estava estendendo o seu
ministério, da Judéia, para os povos gentios da Galiléia.
I – A Galiléia dos Gentios
1. A segunda fase do ministério. Jesus agora, começar
percorrer outras cidades e outros povos, quando sai da Judéia, para a
Galiléia. Não somente isso, uma grande multidão o seguia para a
Galiléia, porque viam os milagres que Ele operava. Ora, essa grande
Referências bibliográficas
Josefo, Flavio, a guerra dos judeus, Edições Silabo, 2018.
Bíblia Sagrada, Nova versão internacional, Revisada e atualizada,
edição 2019,
A Bíblia Sagrada, Almeida, João Almeida Corrigida Fiel, 2018
Comentário Bíblico Completo Moody, Moody bible institute of
Chicago, PDF
Lição 8
Quinto Sinal: Jesus anda sobre o mar
Prof. Isabela Nobre
Texto Principal
―E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram Jesus
andando sobre o mar e aproximando-se do barco, e temeram. Porém
ele lhes disse: Sou eu; não temais‖
Jo 6.19,20
Resumo da Lição
Os discípulos se viram diante de uma situação frente a qual eram
impotentes. Foi naquelas circunstâncias que Jesus se revelou a eles.
Objetivos
- Apresentar o quinto sinal narrado no Evangelho de João:
Jesus anda sobre as águas;
- Compreender o processo da revelação de Jesus segundo João;
- Saber como se deu o treinamento dos doze apóstolos de Jesus.
Introdução
Ao longo de todo o período que Jesus passou aqui na Terra, Ele
estava sempre buscando trazer ensinamentos preciosos ao coração de
quem estava ao seu redor, principalmente seus discípulos. Algumas
lições eram pregadas para grandes públicos, outras precisavam ser
vivenciadas por aqueles que andavam com Ele. O texto de João 6.16-
21, nos traz exatamente umas das experiências em que Cristo
desejavam ensinar-lhes que Ele tem total controle sobre todas as
coisas, inclusive nos momentos em que nós achamos que Ele não nos
vê; o Mestre nunca chega atrasado, nem a tempestades estão fora do
seu controle. Que possamos entender que mesmo quando o caos se
instalar, o Senhor estará velando por nós.
I. O Mar Se Levantou
1. A cronologia dos fatos. Após presenciarem o milagre da
multiplicação de pães e peixes, Jesus disse aos seus discípulos que
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atravessassem o mar da Galileia rumo a Cafarnaum. Importante
ressaltar que Jesus não pede, ou os aconselha a subir no barco e
atravessar o mar, mas ordena a eles que façam isso; Jesus queria lhes
ensinar mais uma lição.
Os discípulos obedecem o Mestre e embarcam no início da
tarde. A viagem ocorria de forma tranquila; os discípulos estavam
empolgados, felizes por presenciarem o milagre da multiplicação,
contudo o cenário começa a mudar. Havendo navegado ―uns vinte e
cinco ou trinta estádios" (Jo 6.19), o vento começou a soprar de
forma impetuosa, as ondas açoitavam o barco, e o pior nem sinal de
Jesus. O Mestre, na verdade, não estava longe, ou apático ao drama
dos seus discípulos; ele estava no monte orando por eles (Mc 6.46-
48). ―Quando você pensa que o Senhor está longe, na verdade ele
está trabalhando a seu favor, preparando algo maior e melhor para
você.‖ (LOPES, 2015, p.188).
1. A impetuosidade das ondas. Durante a travessia um vento
muito forte começa a soprar agitando as águas e uma intensa
tempestade se forma. A princípio os discípulos talvez tenham tentado
aliviar o peso da embarcação, tenham recolhido as velas, contudo
nada disso adiantou, e eles começaram a temer o naufrágio.
Quando todas as tentativas de estabilizar o barco estavam
frustradas, quando já estavam nocauteados pela dificuldade, eis que
surge um personagem andando por sobre as águas turbulentas.
2. Um fantasma? De início ao não conseguirema identificar o
Mestre os discípulos ficam muito atemorizados, contudo, João
diferente de Marcos 6.49 não dá muitos detalhes de como foi a reação
dos discípulos ao ver a figura que andava sobre o mar. ―Ele está
menos interessado em dissecar o medo deles do que em retratar seu
alívio.‖ (CARSON, 2007, p.276).
No momento da multiplicação, não distinguiram o poder
criador de Jesus para alimentar os famintos e agora, no mar, não
conseguiam reconhecer o poder de Cristo para dominar a criação.
Muitas vezes só conseguimos enxergar o problema, e não
percebemos que através das tempestades que enfrentamos Jesus está
nos ensinando a confiar NEle. ―As tempestades não são autônomas
nem chegam por acaso. Elas estão na agenda de Deus. Fazem parte
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do currículo de Deus para nossa vida.‖ (LOPES, 2015, p.196)
II - O Processo da Revelação de Jesus
1. “Sou eu; não temais”. Amedrontados os discípulos ouvem
uma voz, e logo a identificam: ―Sou Eu; Não temais.” (Jo 6.20). O
pavor dos discípulos era infundado; eles temiam o que deveria lhes
inspirar a maior confiança. ―Jesus vai ao encontro dos discípulos
quando todas as esperanças humanas já haviam chegado ao fim.
Caminha sobre o mar, para mostrar a eles que aquilo que os
ameaçava estava literalmente debaixo de seus pés.‖ (LOPES, 2015,
p.196). Os discípulos aguardavam por Jesus, mas não imaginaram
que Ele aparecesse de maneira tão peculiar. O Senhor vem ao
encontro deles de forma inusitada, andando sobre as ondas. Não
somente a tempestade era pedagógica, mas também o era a forma
como o Mestre chega aos discípulos.
Antes de transformar o cenário em que os discípulos estavam,
Jesus acalmou o coração deles. O Mestre nos garante que sua
presença é o antídoto para o nosso medo.
2. Medo e dúvida. A presença de Cristo conosco é a nossa
vitória sobre a tempestade. Antes de reconhecerem que era o Mestre,
os discípulos podem até se sentirem temerosos, mas quando viram
que Jesus tinha total controle sobre aquilo que para eles já estava sem
solução, eles tiveram paz.
Além de demonstrar sua soberania sobre todas as coisas, Jesus
também estava lhes ensinando a confiar mesmo quando tudo dizia o
contrário; mesmo quando a dúvida e o medo ameaçarem a nossa fé
nós precisamos sempre estar ancorados Naquele que criou todas as
coisas. Nada foge do Seu controle.
3. O perigo da apostasia. Existem coisas que apenas Jesus pode
realizar em nossas vidas. Embora saibamos que Jesus poderia sim
fazer com que Pedro caminhasse sobre as águas e não fosse
submergido, naquela ocasião isso poderia estar retratando a
incredulidade do discípulo, em relação à palavra e identidade de
Jesus.
Há uma distinção entre buscar prova da existência de Deus e de
seu poder com o propósito de adorá-lo e engrandecê-lo, e fazer o
mesmo como expressão de obstinada incredulidade e orgulho.
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Quando nos faltar fé, é preciso que venhamos nos aproximar dEle
com profunda humildade, pedindo-lhe que nos acrescente esse tão
essencial atributo espiritual (Lc 17.5), até mesmo para que venhamos
a reconhecer nossa incredulidade, como fez o aflito pai do jovem
lunático (Mc 9.24).
III – Treinando os Doze Apóstolos
1. A ordem de Jesus. Como já mencionamos depois de realizar
o milagre da multiplicação, Jesus ordena que seus discípulos entrem
no barco e atravessem o mar da Galileia, afirmando que em breve
estaria com eles. Os discípulos não tinham outra escolha; deviam
obedecer. E, ao acatarem a ordem do Mestre, foram empurrados para
o olho de uma avassaladora tempestade. Como compreender isso?
Por que Jesus permite que sejamos atingidos de surpresa por
situações adversas? Por que o Mestre nos empurra para o epicentro
da crise? Por que somos sacudidos por vendavais maiores do que nós
possamos suportar?
Assim como corrobora Hernandes Dias Lopes (2015, p. 190),
―a existência de problemas, porém, não significa que estamos fora do
propósito de Deus, nem que Deus está indiferente à nossa dor. Na
verdade, a vida cristã não é uma sala vip nem uma estufa espiritual. A
vida cristã não é um paraíso na terra, mas um campo de lutas
renhidas‖. Cristo deseja que alcancemos maturidade espiritual para
que a nossa fé seja cada vez mais fortalecida, mas antes nós
precisaremos aprender na escola Dele.
2. Compreender ou obedecer? É mais fácil achar que a
obediência sempre nos leva a jardins repletos de flores, aos campos
verdejantes e não à fornalha da aflição. É mais fácil aceitar que a
obediência nos livra da tempestade, e não que ela nos leva para
vendavais mais impetuosos. Muitas vezes não compreenderemos o
porque passamos por tais lutas; tentaremos entender o que o Senhor
quer nos ensinar através do sofrimento, mas precisamos ter sempre
em mente que nada foge dos planos de Deus.
Necessitamos ter sempre em mente que o fato de o Senhor não
nos explicar o porquê de tamanhas lutas, isso não significa que você
não aprenderá aquilo que Ele deseja que seja amadurecido
espiritualmente em nosso ser. Elisabeth Elliot (2020), cita um poema
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fantástico de Grant Colfax Tuller, em seu livro “O sofrimento nunca
é em vão” que diz: "Minha vida é apenas uma tapeçaria entre mim e
meu Senhor; eu não escolho as cores, Ele trabalha incansavelmente.
Muitas vezes, Ele tece tristeza e eu, em tolo orgulho, esqueço que Ele
vê o lado certo; e eu apenas o avesso. Apenas quando o tear ficar
mudo e as lançadeiras cessarem de esvoaçar, então Deus
desenrolará a tela e me explicará a razão de tudo. Nas habilidosas
mãos do Tapeceiro, os fios escuros são tão necessários para a
composição que Ele planejou quanto os fios dourados e prateados.".
O importante é obedecer mesmo que não compreendamos (1 Sm
15.22).
3. Fé e confiança. A primeira palavra de Cristo não foi para
que o vento nem ao mar sem aquietasse, mas foi uma palavra de
ânimo e conforto aos discípulos. Antes de acalmar o vendaval, ele
tranquilizou os discípulos. Antes de aquietar o vento, ele acalmou a
alma dos discípulos. O Mestre demonstrou que a tempestade que
ocorria dentro deles era maior do que a tempestade que estava fora
deles. A inquietude da alma era mais tirana do que a tempestade das
circunstâncias; Então Jesus diz: ―Sou eu; não temais.‖ (Jo 6.20).
A cura para o medo que nós sentimos é a presença de Cristo em
nossas vidas. Mesmo que temamos o naufrágio em áreas da nossa
vida, Jesus sempre estará presente. O que importa no final não é a
dificuldade da prova, mas se a nossa fé e confiança está
completamente Naquele que pode todas as coisas. ―Porque para Deus
nada é impossível‖ (Lc 1.37).
Conclusão
Servimos a um Deus gracioso e cheio de misericórdia, que
sempre quer se relacionar conosco. Para isso, precisamos ter fé, As
mesmas tempestades que expõem nossas fraquezas e nosso medo
servem para nos aproximar de Jesus e nos fazer conhecê-lo melhor.
Precisamos buscá-lo mais, numa atitude de profunda humildade,
reconhecendo nossas limitações, Com Ele chegaremos à terra firme.
Bibliografia
Lição 9
O Sexto Sinal: A Cura de Um Cego de Nascença
Prof. Gleidson
Texto:
―Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo‖
Jo 9.5
Introdução:
Estamos diante de um sinal extraordinário e cheio de
simbolismo para nossa fé, seu ensino tem uma profundidade gigante.
Jesus é a luz do mundo, ele é o único que pode nos curar de nossa
cegueira espiritual e mesmo que o mundo queira permanecer nas
trevas e odeie que vai para luz, devemos ficar firmes com Cristo.
Objetivos
- Realizar um estudo sintético do capitulo 11 de João.
- Entender a mensagem divina no milagre do cego de nascença.
- O que o sinal explica com relação a fé do cristão e aqueles
que resistem o evangelho.
Interação:
O evangelho de João mostra em várias passagens ser Jesus a
luz do mundo Jo 1.5-9 (veja Jo 1.9); 8.12; cf. Is 49.6. O devolver a
vista ao cego tem também um valor simbólico: mostra que Jesus é a
verdadeira luz do mundo.
Orientação pedagógica:
A cegueira é uma deficiência visual, ou seja, uma limitação de
uma das formas de apreensão de informações do mundo externo - a
visão. Há dois tipos de deficiência visual: cegueira e baixa visão.
Façam uma discussão junto com os alunos sobre as dificuldades da
vida de uma pessoa sem visão e sobre como deve ser transformador
quando por intermédio da medicina recuperam a visão.
Bibliografia
Lição 10
Jesus, O Bom Pastor
Prof. José Nícolas.
Texto principal:
―Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas‖
Jo 10.11
Resumo da lição:
Como Pastor, o Senhor Jesus Cristo não apenas protege o rebanho,
mas dá sua vida por ele.
Objetivos
- Apresentar o aprisco de Deus;
- Explicar que Jesus deu a sua vida por nós de forma voluntária;
- Esclarecer que existe um só rebanho.
Interação
Seja mais que um professor(a). Seja alguém que através da
docência conduz os jovens alunos a sentirem com intensidade o
desejo de serem verdadeiros discípulos de Jesus. Para as novas
gerações, um professor(a), é muito mais do que alguém que lhes
apresenta um conteúdo, é uma inspiração que desperta neles o desejo
de fazer a diferença.
Orientação pedagógica
Tenha o cuidado de sempre consultar a bíblia. A leitura bíblica
é primordial e insubstituível. Quanto mais o professor conhecer o
texto bíblico pela leitura diária, mais facilidade terá na compreensão
de estudos que lhe auxiliarão no conhecimento e na exposição dela.
Introdução Geral
Esta perícope deve ser lida contra o pano de fundo de Ezequiel
34. Ali o Deus de Israel fala como principal pastor do seu povo, que
nomeia pastores subordinados para cuidar deles. Mas estes pastores
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(como o ―pastor inútil‖ de Zc 11.17) são denunciados por estarem
mais preocupados em se alimentar do que em fornecer alimento para
as ovelhas confiadas ao seu cuidado. Em vez de tomar conta das
ovelhas, eles se omitiram, e sacrificavam as mais gordas para se
deliciar da sua carne e se vestir com sua lã. Por isso, estes pastores
indignos devem ser expulsos; o próprio Deus procurará suas ovelhas
dispersas e as reunirá num só rebanho, trazendo-as dos lugares para
os quais tinham se desviado. Àquelas que precisarem será dada a
atenção especial, e ele entregará todas a alguém digno da confiança
nele depositada: ― Suscitarei para elas um só pastor, e ele as
apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá
de pastor‖ (Ez 34.23).
Introdução
O propósito essencial das palavras de Cristo que aqui
encontramos foi o de encorajar uma igreja cristã que seria perseguida,
mediante a exibição de sua firme posição como rebanho de Cristo,
porque estar alguém nesse rebanho equivale a possuir a vida eterna, o
que é um dos grandes temas do evangelho de João. Dentro da história
cristã, que transparece muito vividamente dentro deste evangelho, em
muitos lugares, esta passagem tem a finalidade de ilustrar que
existem rebanhos falsos e falsos pastores; que existe determinada
diferença entre o judaísmo e o cristianismo; que existem supostos
líderes espirituais, mas que são falsos, perversos e destruidores,
conforme aqueles entre o sinédrio, os fariseus, os saduceus, os
escribas e outros, que chegaram ao cumulo de crucificar ao próprio
Senhor da gloria.
I. O Aprisco de Deus.
O pastor é o próprio Jesus; ele vem para o curral judaico e
chama seus discípulos para fora. Na verdade, um deles tinha saído
um pouco antes; outros já tinham atendido ao chamado
anteriormente, e ainda outros não demorariam a sair. Os integrantes
do sistema religioso não conseguiam comunicar-se com o homem
que fora cego; para ele a voz deles era ―voz de estranhos‖. Mas
quando o verdadeiro pastor de Israel o encontrou e lhe falou, ele
respondeu imediatamente. No cercado, as ovelhas eram protegidas
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pelos muros. Mas depois que o pastor chamava suas ovelhas para
fora, que proteção lhes restava? Nenhuma, exceto o próprio pastor.
Enquanto elas ficassem perto dele, tudo estaria bem; a característica
de um bom pastor é que ele defende suas ovelhas, mesmo com sua
vida correndo perigo. Este bom pastor acaba se revelando o
verdadeiro Rei de Israel e o Servo do Senhor obediente, cumprindo a
primeira parte da sua missão: ―tornar a trazer a Jacó, e reunir Israel‖
(Is 49.5).
1. A abrangência da mensagem. O ―... aprisco...‖ era um
espaço descoberto, circundado por um muro baixo, que fornecia
proteção para o rebanho a noite. Simboliza a salvação e a segurança
de que desfrutam as ovelhas, mediante a vigilância e os cuidados,
tanto de Deus Pai como de Deus Filho (cf. 10.27-30), pois o Pai e o
Filho são unidos em sua natureza e desígnio, e esse desígnio inclui a
segurança eterna das ovelhas. As ovelhas representam os discípulos
verdadeiros do reino, o qual, quando este evangelho foi escrito, era
reputado como a igreja. O Bom Pastor é Cristo, e a porta também é
ele, porquanto ambos os símbolos são aplicáveis a ele, e o fato dele
entrar pela porta simboliza o seu amoroso ministério na igreja, por
intermédio dos subpastores. (cf. Sl 100.3; 95.7 e 77.20).
2. O fracasso dos pastores de Israel. Se o pano de fundo é
Ezequiel 34, então no contexto do ministério de Jesus os ladrões e
assaltantes são os líderes religiosos que estão mais interessados em
tosquiar as ovelhas do que em guiá-las, nutri-las e protege-las. Eles
são os líderes do capítulo 9, que deveriam ter ouvidos para ouvir as
declarações de Jesus e reconhecê-lo como a revelação de Deus, mas
que, em lugar disso, desprezam e expulsam as ovelhas. Isso parece
mais provável que hipóteses que restringem o referente de ‗ladrão‘
aos zelotes. No versículo 8, o foco muda um pouco para apontar
aqueles líderes religiosos que são pretendentes messiânicos.
E difícil ler essas palavras sem pensar em diversos panos de
fundo. De longe, o mais importante é Ezequiel 34. Lá o Senhor
repreende ―os pastores de Israel‖, os líderes religiosos dos dias de
Ezequiel, por matar os animais escolhidos, vestindo-se com a lã,
porém falhando totalmente em cuidar do rebanho. ―Vocês não
fortaleceram a fraca nem curaram a doente nem enfaixaram a ferida.
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Vocês não trouxeram de volta as desviadas nem procuraram as
perdidas. Vocês têm dominado sobre elas com dureza e brutalidade‖
(Ez 34.4). Deus insiste que eles são suas ovelhas, seu rebanho. Em
comum com outras passagens do Antigo Testamento em que ambos,
o Senhor e seu servo Davi, são apresentados como a solução
definitiva para os problemas do povo de Deus, assim é aqui. O
Senhor diz: ―Livrarei o meu rebanho [...]. Eu as farei sair das outras
nações [...]. E as apascentarei nos montes de Israel [...]. Eu mesmo
tomarei conta das minhas ovelhas [...]. Enfaixarei a que estiver ferida
e fortalecerei a fraca [...]. Apascentarei o rebanho com justiça‖
(34.10-16). Não obstante, a nota alternativa é tocada: ―Porei sobre
elas um pastor, o meu servo Davi, e ele cuidará delas; cuidará delas e
será o seu pastor. Eu, o senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi
será o líder no meio delas‖.
3. O comportamento das ovelhas. Elas ―ouvem e dão
atenção...‖. Essas palavras de Jesus subentendem que reina
familiaridade entre o pastor e as ovelhas, uma familiaridade especial -
as ovelhas estão tão acostumadas com a intimidade do pastor que o
reconhecem só pelo timbre da voz, podendo distinguir a sua voz de
todos os outros, incluindo dos falsos pastores. Aqui são implicadas a
conversão, a regeneração e a fe. Ora, conhecendo ao verdadeiro
pastor com tanta intimidade, as ovelhas o seguem e obedecem.
Assim, pois, os crentes obedecem ao evangelho em sua integridade,
que é justamente a ideia proeminente do discipulado cristão, no N.T.,
como prova o fruto necessário é expressão da conversão. Jesus
ensinou essa verdade de outra maneira também, ao dizer: ―Se me
amais, guardareis os meus mandamentos‖ (Jo 14.15). E igualmente:
―Vos sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando‖ (Jo 15.14).
Os pastores do Oriente Próximo, tanto agora como nos dias de
Jesus, vão à frente de suas ovelhas, chamando-as com sua voz, de
forma distinta da dos pastores ocidentais que vão tocando as ovelhas,
frequentemente usando um cão pastor. O fato de que esse pastor vai à
frente de suas ovelhas e as atrai constitui uma admirável
representação do relacionamento mestre/discípulo. As ovelhas
seguem simplesmente porque conhecem a sua voz, pelo mesmo sinal,
elas fugirão de outro porque não reconhecem a voz de estranhos. O
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‗estranho‘ é, provavelmente, um ladrão ou assaltante; o ‗assalariado‘
só aparece no versículo 12. As ovelhas escolhidas de Cristo
inevitavelmente o seguirão.
II. Dou a minha vida.
O vocábulo ―eu‖ é enfático aqui, com o intuito de estabelecer
contraste com os falsos pastores, que somente sabem destruir. O
adjetivo ―... bom...‖, aplicado a ―pastor‖ (no grego), aparece por três
vezes nesta passagem (por duas vezes neste versículo, e, novamente,
no vs. 14), termo esse também aplicado por duas vezes as obras de
Cristo (cf. Jo 10.32,33). No uso do grego clássico, esse adjetivo
descrevia, originalmente, forma e beleza externas, e igualmente,
utilidade, como nas expressões ―bom céu‖ e ―bons ventos‖. No
sentido ético, assumia a ideia de beleza moral, de nobreza, de
bondade, ao passo que ―virtude‖ era expressa pelo uso do termo
―kalós‖, acompanhado pelo artigo definido. Nas paginas do N.T.,
podemos perceber os seguintes empregos dessa palavra:
1. Bem adaptado aos seus propósitos, como o sal (cf. Mc
10.50);
2. Competente para um cargo qualquer, como os diáconos.
(cf. 1ªTm 4.6);
3. Moralmente bom, nobre, como certas obras (cf. Mt 5.16);
4. Uma consciência pura (cf. Hb 13.18);
5. Nos escritos de Lucas, ―kalós‖ e ―agathós‖, vocabulos
gregos que podem ser traduzidos por ―bom‖, são ambos encontrados
juntos (cf. Lc 8.15), onde ―kalós‖ evidentemente significa ―honesto‖,
―virtuoso, nobre‖, ao passo que ―agathós‖ significa ―bondoso‖, em
contraste com mau.
1. A abnegação de Cristo. Nesta passagem, aplicado ao Pastor,
o vocábulo ―kalós‖ evidentemente alude à nobreza de Cristo por
cumprir ele apropriadamente o seu oficio, em contraste com os
pastores falsos e maus, ficando destacadas a generosidade e a
dedicação de Jesus, ficando incluída, sem duvida alguma, a sua
bondade moral, porquanto, confrontados com ele, os falsos pastores
eram homens vis, destituídos de princípios morais. Canon Wescott
observa: No cumprimento de sua tarefa, o Bom Pastor reivindica a
admiração de tudo quanto é generoso no homem.
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2. Esvaziou-se a si mesmo. O Pai ama o Filho (cf. Jo 3.35,
5.20) porque este se concentra na vontade do Pai, mesmo que isto
inclua oferecer a própria vida. Sem dúvida, o Pai iria glorificá-lo com
a glória que tinham antes que o mundo existisse (17.5), mas desistir
da vida não era só a precondição necessária para receber esta glória,
era também o primeiro estágio da glorificação (Jo 12.23). Se o alvo
era transmitir vida ressurreta a outras pessoas, primeiro ele mesmo
precisaria recebê-la e, para isto, teria antes de passar pela morte. O
grão de trigo só ―produz muito fruto‖ depois de cair na terra e morrer
(Jo 12.24). Somente entregando sua vida e recebendo-a de volta o
pastor poderia reunir suas ―outras ovelhas‖ àquelas do primeiro
aprisco, formando ―um só rebanho‖.
3. A glória de Cristo. No mundo metafórico, o fato de que o
bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas significa somente que ele está
preparado para fazer isso. Ele está disposto a arriscar a vida dele
pelas ovelhas, talvez combatendo um urso ladrão (cf 1ºSm 17.34-36).
Mas a morte de pastores por tais motivos deve ter sido muito rara e,
até aquele momento, a intenção do pastor nunca seria morrer. Isso
deixaria seu rebanho inteiramente exposto. Mas Jesus, pela
linguagem forte que usa, aponta para si mesmo, ou seja, para além do
mundo metafórico. Ele não arrisca simplesmente sua vida, ele a
entrega, em harmonia com a vontade do Pai (vv,17,18). Longe de ser
acidental, a morte de Jesus é precisamente o que o qualifica para ser
o bom pastor - um ponto pressuposto em Hebreus 13.20, que
reconhece Jesus como ―o grande Pastor das ovelhas‖. E ele, por sua
morte, as atrai para si mesmos, algo que está longe de expor seu
rebanho a mais ataques (Jo 12.32).
III. Um só rebanho.
Tenho outras ovelhas está ligado aos dois versículos anteriores
pela pressuposição de que as ovelhas, por maior que seja o número
das que Jesus tem, são conhecidas por ele e, em última instância,
respondem a sua voz. Ao mesmo tempo, esse versículo refere-se aos
versículos 1-5. Lá, o aprisco das ovelhas representa o judaísmo. Jesus
chama suas próprias ovelhas para fora desse curral, constituindo
assim seu próprio rebanho; as ovelhas que permanecem naquele
aprisco são, presumivelmente, os judeus descrentes. Se Jesus tem
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outras ovelhas que não são deste aprisco, a referência deve ser aos
gentios. Quando ele os chamar, eles também responderão a sua voz, e
haverá um só rebanho e um só pastor. Assim, a salvação que vem
‗dos judeus‘ (Jo 4.22) deve primeiro ser anunciada aos judeus, mas se
abre para incluir gentios também (cf. Rm 1.16). A morte de Jesus não
foi só ―pela nação judaica‖, mas também ―pelos filhos de Deus que
estão espalhados, para reuni-los num povo‖ (Jo 11.51,52). Esse é o
cumprimento da profecia messiânica e a base da missão aos gentios.
De fato, se é o próprio Jesus que deve reunir essas ovelhas a partir de
outros apriscos, assume-se que é ele mesmo quem está operando na
missão aos gentios (cf as palavras de conclusão de Mt 28.18-20). A
visão de unidade nas palavras um só rebanho e um só pastor não só
prepara o leitor para o tema dominante do capítulo 17, mas recebe
maior tratamento em outros livros do Novo Testamento (cf. lªCo 12;
2ªCo 5.14-21; G1 3.28; Ef 2.11-22; 4.3-6).
1. O cumprimento escatológico. Suas ovelhas, que pertenciam
a este aprisco, eram de linhagem judaica, mas ele tinha outras
ovelhas, que precisavam ser buscadas, que nunca tinham pertencido a
este rebanho e, na verdade, nem podiam ser encaixadas nele. Mais
tarde, no evangelho, elas são chamadas filhos de Deus que andam
dispersos, que precisam ser reunidos por Jesus em um só corpo,
juntos com os que pertenciam à ―nação Israel‖ (Jo 11.51,52). A
Versão Autorizada inglesa tem ―um redil‖ em vez de um rebanho, no
fim do versículo 16, um erro que se originou da Vulgata (unum
ovile), e os revisores do rei Tiago não tinham desculpas porque
William Tyndale traduzira corretamente em 1526 e 1534 (algumas
versões latinas anteriores à Vulgata também foram mais corretas do
que Jerônimo, de modo que também ele não tem desculpas). Estas
palavras de Jesus apontam para a missão entre os gentios e a
formação da comunidade que será constituída de judeus e de gentios
crentes, onde não há ―judeu nem grego‖ (Gl 3.28, Cl 3.11). As
ovelhas judias precisavam serem tiradas primeiro do aprisco (aulê),
antes de serem reunidas às outras ovelhas para formarem um novo
rebanho (ipoimriê). O que haveria de manter unido este rebanho
maior e dar-lhe a necessária proteção contra inimigos externos? Não
muros em redor, mas a pessoa e o poder do pastor. Unidade e
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segurança do povo de Cristo dependem da sua proximidade dele.
Sempre que seu povo se esquece disto e tenta garantir unidade e
segurança construindo muros ao redor de si, os resultados não são
animadores. Ou os muros têm sido tão amplos a ponto de incluir
diversos lobos entre as ovelhas (com consequências desastrosas para
estas), ou tão restritos a ponto de haver mais ovelhas excluídas do
que recolhidas.
2. Judeus e gentios. Jesus acaba de apresentar o
relacionamento entre o Pai e o Filho como o análogo do
relacionamento entre as ovelhas e o pastor. Mas o relacionamento
entre o Pai e o Filho é mais fundamental que o outro. O amor do Pai
pelo Filho, e o amor do Filho-pelo Pai, são logicamente anteriores ao
amor de Deus pelo mundo, e a base que torna possível a salvação (cf.
3.35; 5.20; 8.29; 14.31). Se Jesus acaba de mencionar a intimidade
única que ele desfruta com seu Pai, ele está agora se esforçando para
elucidar por que o Pai o ama. Não é que o Pai retém seu amor até que
Jesus concorde em desistir de sua vida sobre a cruz e ressuscitar
novamente. Antes, o amor do Pai pelo Filho está eternamente ligado
com a obediência irrestrita do Filho ao Pai, sua total dependência
dele, culminando em seu maior ato de obediência, agora bem diante
dele: disposição para suportar a vergonha e a ignomínia do Gólgota,
o isolamento e a rejeição da morte, o pecado e a maldição reservados
para o Cordeiro de Deus.
3. O cumprimento do futuro. As palavras ―pelas [hyper]
ovelhas‖ sugere sacrifício. Em João, a preposição, em si mesma
ambígua, sempre ocorre em um contexto sacrificial, seja se referindo
à morte de Jesus (Jo 6.51; 10.11, 15; 11.50ss.; 17.19; 18.14), seja à de
Pedro (13.37,38), seja à de um homem preparado para morrer por seu
amigo (15.13). Ela, em nenhum dos casos, sugere uma morte com
significado meramente exemplar; a morte, em cada um dos casos, é
em favor de outra pessoa. O pastor não morre por suas ovelhas para
servir de exemplo, atirando-se de um precipício, em uma grotesca e
fútil demonstração, enquanto grita: ―Veja o quanto eu te amo!‖. Não,
a pressuposição é de que as ovelhas estão em perigo mortal; que o
pastor, em defesa delas, perde sua vida; que elas, por sua morte, são
salvas.
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
Conclusão
Para João, existe apenas uma, e suprema, revelação: a revelação
de Deus em Jesus Cristo. Seja qual fosse a revelação que precedera à
revelação de Jesus, ela simplesmente o antecipou; seja qual fosse a
revelação ocorrida após a morte e a exaltação de Jesus, ela ainda é a
revelação do Filho: o Espírito mostra o que é seu e torna-o conhecido
aos discípulos (Jo 16.14), trazendo à mente deles aquilo que Jesus
ensinou e auxiliando-os a compreender seu significado (Jo 14.26). Na
linguagem de Hebreus, a maior revelação é a revelação do Filho (Hb
1.1,2). Portanto, embora João seja perfeitamente capaz de fazer
distinções históricas entre o que se entendia no início e o que foi
compreendido só mais tarde, a revelação em si é, sempre, a revelação
do Filho de Deus. Sem sacrificar a integridade histórica de um relato
que insiste no desenvolvimento da compreensão ao longo do tempo,
o evangelista deve ter-se sentido livre para apresentar seu evangelho
em um determinado estilo, seu próprio estilo, precisamente porque
ele traz para o presente a revelação do Filho por inteiro, incluindo o
entendimento gradual daqueles que o receberam, a partir da posição
vantajosa de alguém que recebeu o Espírito e foi comissionado a
transmitir as boas novas.
Bibliografia
Lição 11
O Sétimo Sinal: Jesus ressuscita Lázaro
Profª. Evalda R. S. Oliveira
Texto principal:
―Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá‖
Jo 11.25
Resumo da lição:
Jesus tem o controle a respeito da vida e da morte.
Objetivos
- Apresentar a aldeia de Betânia;
- Explicar a respeito do milagre da ressurreição;
- Explanar acerca da soberania de Deus.
Introdução
No Evangelho de João, pequenas histórias que narraram ações
milagrosas de Jesus ou pequenos e breves encontros com as pessoas
transformaram-se em discursos reveladores da Sua pessoa. O evento
maior foi o da ressurreição de Lázaro, no capítulo 11. A própria
narrativa é composta de várias ações pequenas as quais vão
apontando para a fraqueza humana perante a morte. Elas vão se
acumulando até criar um clímax onde Jesus ressuscita a Lázaro de
forma espetacular!
A narrativa dramática serve para Jesus explicar a sua missão
doadora de vida eterna, pois Ele demonstrou ter sua posse. O evento
também indica a crença de muitos judeus em Jesus, porém, também
destaca a rejeição de outros, que intencionaram, então, matá-lo. São
eles os principais sacerdotes e os fariseus que reúnem o Sinédrio e
decidem a sua morte. Para o Evangelho de João, a salvação já se
consumou na fé em Jesus Cristo, aqui e agora. Nele já está a
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
ressurreição dos mortos (11.25), o juízo final (3.17,36) e a vida
eterna (5.24,27). Isso se deve à união antecipada entre Jesus e o Pai,
entre ambos, e entre os que creem nele e os que virão a crer (10.14;
14.20; 17.21,23).
Este é o sétimo, o último e o maior dos milagres públicos
operados por Jesus e registrados nesse evangelho. Foi realizado na
última semana antes de Jesus ser preso e morto na cruz. Seu
propósito foi despertar a fé nos salvos e a fúria definitiva dos
inimigos. Ele está registrado com mais detalhes do que qualquer
outro dos milagres de Cristo, não somente porque há muitas
circunstâncias deste milagre que são muito instrutivas, e o milagre é
uma prova grandiosa da missão de Cristo, mas porque era
antecipação daquilo que seria a maior prova de todas, a própria
ressurreição de Cristo, e, profeticamente (espiritual e literal), a
ressurreição do “Corpo de Cristo”, os santos, a Igreja!
I – A Aldeia de Betânia
Lázaro e sua família viviam em Betânia, uma aldeia não muito
distante de Jerusalém, onde Cristo normalmente se hospedava quando
vinha para as festas. Aqui, ela é chamada de ―aldeia de Maria e de
sua irmã Marta‖, isto é, a aldeia onde elas moravam, da mesma
maneira como Betsaida é chamada de ―cidade de André e de Pedro‖,
cap. 1.44. No meio do deserto de hostilidades enfrentado por Jesus
em Jerusalém, havia um oásis em Betânia: a amizade de Marta,
Maria e Lázaro. Jesus se hospedara na casa deles. Agora, essa família
enfrenta um grave problema, uma enorme aflição.
Algumas lições podem ser aprendidas com esse episódio: as
crises são inevitáveis, as crises podem aumentar e as crises produzem
angústia. A resposta de Jesus parece misteriosa ao pedido urgente das
irmãs ―Essa doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, a
fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela‖ (Jo 11.4).
O que Ele está dizendo é que essa enfermidade não é para a
“glória” da morte, não se seguiria um triunfo ininterrupto da morte,
antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de Deus,
na vitória da ressurreição e da vida. A glória de Deus refulge nessa
subjugação da morte. O amor de Jesus por Lázaro e suas irmãs não
Referências Bibliográficas
Lição 12
Jesus vence a morte
Profa. Mirles Lino Alves
Texto principal:
“Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu
Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai
e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”
Jo 20.17
Resumo da lição:
João descortina a revelação de Jesus como Deus, e o que isso
representa para nossa redenção.
Objetivos:
- Evidenciar a conclusão do ministério de Jesus na Terra;
- Explicar a prisão, o julgamento e a crucificação de Jesus;
- Mostrar que Jesus venceu a morte na cruz.
Introdução:
Neste trimestre, estudou-se a respeito do Evangelho de João,
com ênfase nos milagres e nas maravilhas realizadas por Jesus. No
estudo realizado no decorrer das lições, viu-se, com nitidez, a
respeito da deidade de Cristo, pois os sinais que Jesus operou
mostram Seu poder e Sua divindade. Ressalta-se que, nos tempos de
hoje, há muitas pessoas, que se dizem cristãs, que não creem mais no
poder que Jesus tem em operar milagres, em realizar curas, em
resolver os mais diversos problemas que permeiam a vida humana.
Como servos de Deus, devemos ter em mente que Jesus não mudou,
pois Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre será o mesmo eternamente
(conforme está escrito em Hebreus 13:8).
Na referida lição, estudaremos sobre um dos maiores milagres
que já pudemos contemplar e crer: a ressurreição de Jesus Cristo, que
é a espinha dorsal do Cristianismo. Vale destacar que a ressurreição é
a base de fé de todo cristão, pois ela nos dá esperança de que, um dia,
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
estaremos com Cristo, nos céus, para viver em glória eterna. Como o
Apóstolo Paulo disse, em 1 Coríntios 15.19, ―se esperamos em Cristo
só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.‖.
Portanto, que possamos esperar por Cristo hoje e sempre. Sem
dúvidas, Deus falará conosco, grandemente, por meio da referida
lição.
I – A Conclusão do Ministério de Jesus na Terra
1. O lava-pés. O Evangelho de João apresenta informações de
grande relevância sobre o ministério de Jesus, como o lava-pés (João
13:1-20), que demonstra um ato de humildade de Jesus, de forma
inspiradora e pedagógica, a fim de que pudéssemos seguir o exemplo
de Cristo. Tal informação não é encontrada nos Evangelhos
Sinóticos, mas, sim, no Evangelho de João.
No supracitado exemplo, Jesus estava mostrando a importância
de servir aos outros, com amor e com humildade, a fim de que a
posição eclesiástica e a posição social não prevalecesse sobre aqueles
que estavam em uma posição eclesiástica menor ou em uma classe
social inferior. Ali, Jesus estava evidenciando que, no Reino de Deus,
a soberba, o orgulho e a vanglória não devem ocupar lugar nos
corações de Seus filhos e filhas, mas, sim, a fé, a lealdade, a
humildade e o amor.
2. As últimas instruções. Vale ressaltar que João relata,
também, dois momentos do ministério de Jesus que não têm caráter
público, ou seja, no primeiro momento, Ele fala com os discípulos;
no segundo momento, Ele fala com o Pai. Em seguida, Jesus entrega-
se à prisão, ao julgamento e à morte.
É interessante evidenciar que o Evangelho de João fala,
claramente, sobre a divindade de Jesus Cristo, apresentando-o, como
o Pão da Vida, a Água da Vida, a Videira Verdadeira, a Verdade, a
Vida, o Caminho, ou seja, destacando a imprescindibilidade de Jesus
Cristo para o ser humano. Afinal, Jesus é alimento para aquele que
estava faminto, é água para aquele que estava sedento, é descanso
para aquele que estava cansado, é a verdade para aquele que vivia na
mentira, é o caminho para aquele que estava perdido, é a vida para
aquele que estava morto.
Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: Leitura, Devocional, Estudo.
Bíblia King James Atualizada.
GRAHAM, Billy. A Razão da Minha Esperança: resiliência e
perseverança para nunca desistir. [tradução: Sandra Martha
Dolinsky]. São Paulo, SP: Planeta do Brasil, 2018.
Harpa Cristã. Rio de Janeiro, RJ: Casa Publicadora das Assembleias
de Deus, 2007.
KELLER, Timothy. A Cruz do Rei. [tradução: Marisa K. A. de S.
Lopes]. São Paulo, SP: Vida Nova, 2018.
STROBEL, Lee. Em Defesa de Cristo. [tradução: Antivan Mendes e
Hans Udo Fuchs]. São Paulo, SP: Vida, 2017.
Lição 13
Para que creiais que Jesus é o Filho de Deus
Prof. José Nícolas.
Texto principal:
―Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome‖
Jo 20.31
Resumo da lição:
Não será por evidências ou argumentos filosóficos que as pessoas
serão salvas, mas pela pregação do Evangelho no poder do Espírito
Santo.
Objetivos
- Mostrar a incredulidade de Tomé;
- Explicar que a incredulidade é um solo fértil para o
surgimento de heresias;
- Saber que a fé no Filho de Deus nos leva a ter a vida eterna.
Interação
Professor(a), com a graça de Deus chegamos ao final de mais
um trimestre. Durante os encontros dominicais você e seus alunos
foram edificados, exortados e consolados mediante o estudo a
respeito do Evangelho de João. Um Evangelho singular cujo objetivo
é mostrar que Jesus é o ―Verbo que se fez carne‖. Concluiremos
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
Lições Bíblicas Jovens – 1º Trimestre 2022
nossa série de estudos mostrando que os sinais apresentados por João
nos levam a crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Orientação pedagógica
Tenha o cuidado de sempre consultar a bíblia. A leitura bíblica
é primordial e insubstituível. Quanto mais o professor conhecer o
texto bíblico pela leitura diária, mais facilidade terá na compreensão
de estudos que lhe auxiliarão no conhecimento e na exposição dela.
Introdução Geral
É muitíssimo provável que o evangelista, ele mesmo um
pregador cristão, proclamou o evangelho durante anos. Sem dúvida,
ele fez anotações; sem dúvida, aprendeu com outros e incorporou o
trabalho de outros. Mas seja o que for que ele tenha tomado de outras
fontes, como todo bom pregador, ele assimilou e tornou esse
conteúdo seu, algo que o alto grau de uniformidade de estilo o
demonstra muito bem. Oportunamente, ele reuniu o material e
publicou como um livro. Algo bastante provável é que ele tenha
produzido o trabalho em etapas, mas é muito improvável que o tenha
lançado em etapas, pelo menos em etapas com um grande intervalo
entre elas, pois não há qualquer evidência textual de diferenças entre
as primeiras e as últimas edições. Seu objetivo? A resposta: ―...
Foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.‖ (Jo 20.31.).
Introdução
Os evangelhos sinópticos mencionam o fato de que diversas
mulheres vieram ao sepulcro: Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago.
Salomé e Joana. (Lc 24.10). No entanto, o quarto evangelho
menciona apenas Maria Madalena. Com base nesta diferença, alguns
intérpretes têm proposto duas visitas separadas - uma de Maria
Madalena, que poderia ter vindo com uma companheira cujo nome
não é dado, e a outra visita por parte de um grupo de mulheres, de
conformidade com a narrativa dos evangelhos sinópticos. Outros
estudiosos salientam o fato de que a passagem de João 20.2 aparece
no plural, ―nós‖, quando Maria conta a Pedro o que acabara de ver,
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Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
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isto é: ―não sabemos onde o puseram...‖. Assim sendo, alguns
harmonistas pensam que, é descrita aqui a mesma visita, embora
Maria Madalena apareça como principal visitante, e que, é justamente
esse o ponto enfatizado na tradição preservada pelo evangelho de
João.
I – A Incredulidade de Tomé
Tomé, como um ou dois dos outros discípulos que são
mencionados especificamente na narrativa sinótica, desempenha um
papel mais individual neste evangelho. Ele apareceu na história da
ressurreição de Lázaro (Jo 11.16) e na conversa no cenáculo (Jo 14.5)
como seguidor leal, mas um pouco pessimista, de Jesus. Tanto aqui
como em João 11.16 e 21.2 seus nomes em aramaico e grego são
dados juntos. A expressão um dos doze chama a atenção; ela ocorre
em outra passagem neste evangelho, com referência a Judas
Iscariotes (Jo 6.71). O que João quer dizer aqui é que Tomé, mesmo
sendo um dos doze, não estava com eles na cena descrita acima.
(Judas também estava ausente, mas por outras razões.).
1. A exigência de evidências. A narrativa mostra Jesus
aparecendo aos dez, porquanto Judas Iscariotes se suicidara e Tomé
não estava presente, embora Lucas não nos informe especificamente
acerca disso. Porém, o evangelho de João diz ―discípulos‖, e
menciona claramente que Tomé não estava presente na primeira
oportunidade. (cf. João 20.24). Naturalmente a palavra ―discípulos‖
não limita necessariamente o número de apóstolos a ―dez‖, mas é
provável que essa seja a intensão do termo, porque os apóstolos eram
os discípulos especiais de Jesus, aqueles que eram focalizados nessa
parte da história da ressurreição de Cristo. Porém, apesar de que
estavam em foco os ―dez‖, contudo o trecho de Lucas (24.36) indica
que também se achavam presentes os dois discípulos com os quais
Jesus se encontrara no caminho para Emaús, perfazendo um total de
doze seguidores de Cristo.
2. A rejeição de testemunhas. Algumas pessoas, em ocasiões
de tristeza muito grande e desoladora, encontram consolo umas nas
outras. Outras, contudo, preferem se recolher à um canto e ficar
sozinhas com seu pesar. Tomé fazia parte deste segundo tipo.
Quando os outros o procuraram e lhe contaram as boas novas, ele não
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Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
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se impressionou. Pode ser que eles tivessem sucumbido aos desejos
dos seus pensamentos, mas ele não se deixaria envolver por isto.
Mesmo quando lhe disseram que tinham identificado o Senhor pelas
marcas dos pregos nas mãos e da lança no seu lado, ele não se deixou
persuadir; ele sabia do que a imaginação era capaz. Ele não haveria
de contentar-se em ver; só se convenceria tocando as marcas e
feridas. Ilusões óticas não eram desconhecidas, mas ele reconheceu
que a evidência do tato mostraria se se tratava de carne sólida ou não.
Ele ficou conhecido como o ―Tomé da dúvida‖, mas na verdade sua
dúvida não era maior que a dos outros; se tivesse estado com eles
naquela noite do primeiro dia de páscoa, sua dúvida ter-se-ia
dissipado junto com a deles. Mas não foi assim que aconteceu; ele
teve de esperar mais uma semana.
3. No poder do Espírito. O relato do evangelho de João
informa-nos que o Senhor soprou o Espirito Santo sobre os seus
discípulos, investindo-os de uma autoridade especial, algo que,
anteriormente, já havia sido dado graciosamente a Simão Pedro,
conforme lemos em Mateus (18.18,19). Já o evangelho de Lucas não
nos presta tal informação. Nessa ação de Jesus, dando o Espírito
Santo a seus discípulos, conforme o quarto evangelho (cf. João
20.21), há uma espécie de Grande Comissão aos discípulos. No
entanto, conforme a sequência do tempo, no evangelho de Lucas isso
é apresentado imediatamente antes da ascensão do Senhor. Todavia,
no quarto evangelho essa comissão, claramente é dada antes de sua
subida aos lugares celestiais. Poderíamos supor, entretanto, que a
ascensão, nesse quarto evangelho, é registrada no parágrafo seguinte,
sem haver menção de qualquer intervalo de tempo, não tendo,
portanto, qualquer intenção de servir de indício cronológico, como se
tivesse de ser aceito como incidente que ocorreu logo depois do
incidente anteriormente historiado. No evangelho de João figuram
outros incidentes, incluindo outras aparições do Senhor Jesus, que o
evangelho de Lucas omite inteiramente.
II. Incredulidade e heresias.
O Senhor Jesus fez questão de que sua ressurreição fosse
comprovada também por Tomé; e os efeitos desse exame foram
totalmente convincentes para ele, conforme vemos em João (20.26-
Jesus, O Filho de Deus
Os Sinais e Ensinos de Cristo no Evangelho de João
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29). O texto de Lucas (24.40) descreve uma cena bastante parecida,
se na realidade não se trata da mesma, onde também se faz menção
dos pés do Senhor, os quais foram mostrados com a mesma
finalidade de comprovar que era ele mesmo. Esta narrativa do quarto
evangelho faz alusão ao fato de que mostrou aos discípulos o seu
lado, o que o terceiro evangelho não menciona, porquanto somente o
evangelho de João preservou a tradição do lado traspassado do
Senhor.
1. Nos dias de João. É possível que João tivesse em mente o
perigo vindo de uma forma de ―gnose‖ que tinha o intuito de ela
mesma ser cristã, sim, que afiançava elevar o cristianismo de fato à
sua verdadeira sublimidade, requestando ativamente as igrejas. Já na
carta aos Colossenses, precisamente na Ásia Menor, deparamo-nos
com inícios dessa gnose cristã com suas ―percepções superiores‖ e
seus métodos especiais de vida espiritual (Cl 2.8,16-23). Como
contemporâneo de João vive e atua em Éfeso o gnóstico Querinto.
Por isso, pode bem ser que diversos pontos sejam especialmente
realçados nesse evangelho com vistas à gnose. No entanto,
deixaríamos de compreender toda magnitude do evangelho de João se
víssemos nele apenas um escrito antignóstico. O ―evangelho segundo
João‖, como o chamava a igreja antiga, é realmente o evangelho
pleno, integral, escrito para mostrar Jesus aos leitores de tal modo
que sua fé possa agarrar-se em Jesus e encontrar em Jesus o caminho,
a verdade e a vida.
2. O que é gnosticismo. Embora muitos tenham tentado atribuir
ao gnosticismo origens persas, gregas ou egípcias, atualmente se
aceita que o movimento surgiu em um ambiente judaico-cristão. Isto
não nega a presença de prováveis elementos pré-cristãos no
gnosticismo. No entanto, a síntese peculiar de ideias que deram
origem ao ―Grande Gnóstico‖ parece ter ocorrido no final do século I
ou no início do século II d.C. É evidente que o movimento teve inicio
em um ambiente hebraico-cristão, provavelmente na Síria-Palestina,
por causa do grande numero de nomes, expressões e ideias semitas
que aparecem nos primeiros trabalhos gnósticos, tais como o
Apócrifo de João, o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Filipe; e a
Bibliografia