18 Frutã Feras Devo Advento Os Nomes de Jesus

ADVENTO | OS NOMES DE JESUS
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Paula Regina Cabral Ribeiro - ribeirop582@gmail.com - CPF: 087.543.714-14
Introdução
Intro-
dução
Queridas irmãs em Cristo,
Conforme adentramos a temporada preciosa do

Advento, damos as boas-vindas a cada uma de
vocês para participar de uma jornada de reflexão e
celebração conosco. Este Advento, mergulharemos
profundamente na riqueza e significado dos nomes
de Jesus. Cada nome é uma pérola preciosa que
revela aspectos específicos de quem Ele é e do
propósito redentor que Ele trouxe ao mundo.
Nesta série de devocionais, convidamos vocês a

desacelerarem, encontrarem um momento tranquilo
em meio à agitação das festas, e a se unirem a nós
na exploração desses nomes que ecoam através
dos séculos, carregando consigo promessas,
esperança e salvação.
Feliz Natal,
Equipe Frutíferas

DEVO
01 ADVENTO | OS NOMES DE JESUS
MARAVILHOSO
CONSELHEIRO
“Também isso procede do Senhor dos Exércitos; ele é

maravilhoso em conselho e grande em sabedoria.” (Isaías 28:29)
Independente de qual seja a estação que você está vivendo

hoje, há pelo menos um curso, um tutorial, uma série de podcasts,
um livro ou um especialista de Instagram que pode te dar (ou
vender) dicas e conselhos sobre o que você deve, pode e precisa
fazer para ser bem sucedido, viver melhor ou agir da forma
correta. Os algoritmos não são inocentes e estão rastreando
quase todos os interesses que você manifesta nas redes sociais,
a fim de te direcionar para anúncios (diretos ou indiretos) que irão
te convencer de que você precisa muito daquele produto. No
mundo da internet, conselheiros é o que não faltam.
Infelizmente, a sociedade está tomada pela cultura consumista,

que nos faz achar que sempre precisamos de mais alguma coisa.
Mas, embora não seja novidade dizer isso, o que nossa vida
realmente precisa é de mais de Cristo — mais de seu caráter, mais
de suas ações, mais de sua paciência, mais de seu perdão, mais
de sua satisfação no Pai, mais de sua misericórdia, mais dos seus
ensinos, conselhos e sabedoria.
Em um tempo cheio de setas apontando o que fazer, para onde

ir e até como devemos pensar, vale uma pausa para se deleitar
no Maravilhoso Conselheiro que, tal como disse o profeta Isaías,
é grande em sabedoria. Em Cristo encontramos o refrigério do
silêncio em meio ao barulho, do contentamento em meio ao
consumismo e do direcionamento entre tantas dúvidas.
Cristo tem respostas, e Ele também é a resposta que precisamos,

o conselho que chega em tempo oportuno, o exemplo do que o

Pai espera de nós e o centro da vontade que buscamos obedecer.

Cristo é chamado de Maravilhoso Conselheiro porque suas
palavras não só saciam a alma, mas porque Ele é o verbo que
completa todas as lacunas deste caça-palavras que chamamos
de vida.
Olhando para a vida de nosso mestre, o que te faz pensar que

Cristo é, de fato, um Maravilhoso Conselheiro? Para além do fato
de ser Deus, o que, em suas palavras, causava o efeito tão
marcante de transformar vidas? Pessoalmente, o que chama a
minha atenção é a facilidade do Senhor em tratar a raiz de um
problema. Por exemplo: ao falar com a mulher que sofria o fluxo
de sangue, Ele a chama de “ filha”. Há quanto tempo aquela mulher
não se sentia parte de uma comunidade e de uma família? Há
quanto tempo ela vinha atribuindo sua identidade ao seu problema
físico? Mas, com seu olhar amoroso e santo, Cristo vê aquela
mulher como mais ninguém vê. Ele não só a curou fisicamente,
mas tratou de adentrar as profundezas de sua alma e espírito
com palavras que só o próprio Deus poderia dizer. Mais do que
libertação física, Ele proporcionou restauração espiritual e deu a
ela uma nova direção. E esta continua sendo a Sua oferta para
nós hoje.
Nesta estação de sua vida, qual é o espaço que precisa ser

preenchido pelas palavras deste Maravilhoso Conselheiro? O que
sua alma deseja ouvir para ser curada? Qual é o direcionamento
que sua vida está precisando? A cruz é o melhor ponto de partida
para guiar seus próximos passos.
Oração: Mestre, reconhecemos que em Ti encontramos vida e

abundância de propósito. Precisamos de ajuda para limpar nossa
mente das distrações e das dúvidas que nos levam a buscar outras
fontes de conselhos que não seja o Senhor. Dá-nos a alegria de
nos satisfazermos com Tua voz, Teus conselhos, Tua vontade para
nós. Ensina-nos a contar os nossos dias de forma sábia, esperando
somente de Ti o conselho para dirigir nossos passos, nossas vidas
e nossas famílias. Em Cristo eu clamo, amém.

DEVO
VERDADE
“Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” (João 8:32)
“Na dúvida, não compartilhe”. Esse é o conselho do Tribunal

Regional de um dos estados brasileiros, em uma campanha de
combate às fake news. Se você tem um celular com acesso à
internet, certamente já foi vítima da desinformação ao menos
uma vez, seja por meio de uma notícia manipulada ou de um
repasse nada confiável de informações. A criatividade usada para
o mal é uma fonte de novos golpes que deixam as pessoas cada
vez mais desconfiadas.
É triste pensar que na era da informação a mentira ainda seja

disseminada mais facilmente do que a verdade. Mas, não podemos
esperar algo diferente de um mundo que jaz no maligno. Nosso
terrível inimigo não mede esforços e estratégias para silenciar a
maior verdade que existe, que é a mensagem do Evangelho, pois
quanto mais pessoas duvidarem ou compreenderem mal Cristo
e Sua obra de redenção, mais mentes e corações permanecem
aprisionados.
Por isso, é urgente a necessidade de apresentarmos a verdade

ao mundo e também ao nosso próprio coração. Não só a verdade
fácil de ouvir, como o amor eterno de Deus por nós e Suas infinitas
misericórdias que se renovam a cada dia, mas também a verdade
de que pequenos cristos devem buscar santidade, relacionamento
constante com o Criador e vida em comunhão no corpo de Cristo.
Não é fácil encarar a verdade do Evangelho que aponta nossas
falhas e pecados, mas ela é a chave que nos liberta das algemas
do mal e nos transforma à imagem e semelhança do Mestre.
Agora, vamos refletir de forma mais prática, replicando a

pergunta de Pilatos: “O que é a verdade?” A palavra grega para

“verdade” é alētheia, que significa literalmente “des-esconder”.
No hebraico, é usada a palavra emeth, que significa “ firmeza”,
“constância” e “duração”. No grego, transmite a ideia de que é algo
que está sempre disponível e acessível para que todos possam
ver, sem sinais de obscuridade. No hebraico, a definição implica
em algo eterno e seguro. Ou seja, a Bíblia traz o conceito de uma
certeza revelada, eterna e na qual se pode confiar com segurança.
Verdade não é qualquer coisa que parece ter dado certo, ou

algo que soe compreensível, muito menos o que faz com que
pessoas se sintam bem. Verdade também não é o que um grande
grupo diz que é verdade ou o que foi definido por boas intenções.
Tudo isso poderia se enquadrar em fake news. A Bíblia diz que a
verdade é uma pessoa, Jesus Cristo. Tudo o que Ele é, o que se
concretiza nele, o que Ele ensina e representa, é a verdade.
Certa vez, li a seguinte frase: “a eternidade é um tempo muito

longo para estar errado”. Tendo por fundamento de nossa vida
que o Verbo, que é Deus, é também a revelação da verdade
absoluta e eterna, podemos viver com a certeza de que estamos
blindadas contra qualquer fake news que o inimigo de nossas
almas lance para nos roubar a paz, a certeza da vida eterna e a
garantia de nossa identidade nEle. E assim, descansadas por
estarmos do lado de quem já venceu o pai da mentira, devemos
nos revestir de coragem para anunciar esta verdade em um
mundo de incertezas. Cristo vive, Cristo é Rei, Cristo salva!
Oração: Pai, quão preciosa é esta vida de certezas que temos

em Ti. Nada neste mundo nos traz mais segurança do que
estarmos em Cristo, para sempre lavadas pelo sangue do Cordeiro.
Obrigada por ser esta Rocha inabalável e sustentar nossas vidas
em meio a tantos altos e baixos que este lado da eternidade
apresenta. Obrigada por nos trazer liberdade e vida na pessoa de
Cristo. No nome dele agradecemos e nos prostramos, amém.

DEVO
EU SOU
“Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que,

antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58)
Acho esse um dos textos mais fantásticos da oratória de Cristo.

A partir do versículo 48, o Senhor, que vinha lidando com paciência
e longanimidade, começa a se direcionar aos fariseus com
palavras de confronto e autoridade. A dureza de coração daqueles
mestres da lei era tão grande que até as declarações mais diretas
que o Mestre fazia eram recebidas como provocações e blasfêmias.
O tom fica ainda mais sério quando Cristo diz “quem me glorifica
é o meu Pai, o qual vocês dizem que é o Deus de vocês. Entretanto,
vocês não o conhecem; eu, porém, o conheço”. Uma resposta
perfeita para calar qualquer outro questionamento, mas a
discussão ficou ainda mais intensa até atingir o clímax, que é
justamente o versículo de hoje.
O curioso nesta discussão é que o povo judeu vinha esperando

o Messias há muito tempo, e isso deveria ter causado uma
receptividade maior para Jesus, afinal Ele não só proclamava
audivelmente que era o Cristo tão esperado, como também dava
provas de Seu poder soberano e sem precedentes. Deveria ser
fácil crer que Ele era o cumprimento da promessa, mas a cegueira
era tanta que um homem comum e pecador, tal como foi Abraão,
passa a ocupar um lugar de maior relevância sob os olhos
humanos.
Ainda hoje temos esta dificuldade, pois nossa natureza caída

exerce um tipo de influência difícil de ser silenciada. Somos presas
fáceis de discursos falaciosos e boa oratória, e caímos em golpes
terríveis ao confiar a humanos o que só deveríamos confiar ao

Senhor, a saber: nossa integridade, nossa dedicação, nossa vida

de pureza, entre outras coisas. Sem que percebamos, chegamos
repetidamente ao ponto de pedir que Deus nos lembre quem Ele
é, pois nossos olhos espirituais estão ofuscados pelas distrações
que buscamos e nosso coração está tomado pela poeira da
religiosidade, do comodismo ou do ativismo religioso.
A beleza deste discurso de Cristo é justamente a afirmação de

que Ele está acima de qualquer nome. Ele é invencível, insubstituível
e eternamente digno de glória. Pertencer ao Eu Sou é a única
posição que nos traz a verdadeira segurança em um mundo de
constantes mudanças. Ele é estável, inabalável, infindável e nele
a nossa alma pode descansar, ainda que esteja diante de uma
tempestade.
Podemos aprender a prática dessa teoria observando os

ensinos de Paulo à igreja em Corinto. Quando ele é informado a
respeito de brigas entre os membros da igreja, exorta que estejam
de acordo no que falam e que não haja divisões partidárias. Ele
diz, “refiro-me ao fato de cada um de vocês dizer: ‘Eu sou de Paulo’,
‘Eu sou de Apolo’, ‘Eu sou de Cefas’, ‘Eu sou de Cristo’” (1 Coríntios
1:12). Se cremos que o Eu Sou é realmente suficiente, então também
podemos afirmar que somos dele.
Ah, se todos os cristãos tivessem essa coragem de abrir mão

do partidarismo teológico para viver e lutar pela causa do Eu Sou.
Certamente a Igreja produziria muito mais frutos do que produz
hoje, e evitaria tantos conflitos e discussões fúteis que o vento é
capaz de levar. Teremos coragem de fazer coro ao apóstolo Paulo
e declarar que somos de Cristo, e só de Cristo? Ou nos manteremos
do lado de quem acusa o Mestre de afirmar ser quem não era,
correndo o sério risco de envergonhar o sacrifício feito no calvário?
Oração: Senhor, tem misericórdia de nosso coração sedento

por aprovação e validação alheia. Queremos parar de buscar em

humanos o que só encontramos em Ti. Renova nossa visão a

respeito da vida e de nossa missão, para que possamos realmente
viver como quem foi redimido pelo sangue do Cordeiro e é fiel a
esta bandeira, que é a única pela qual devemos lutar. Ajuda-nos
a desejar o Teu Reino e adorar somente a Ti. Em nome de Cristo
clamamos, amém.

DEVO
CRISTO, FILHO
DO DEUS VIVO
“E vocês, quem dizem que eu sou? Respondendo, Simão Pedro

disse: O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:15 e
16)
Dentre tantas verdades que Pedro poderia afirmar sobre seu

Mestre, ele lança mão de uma das maiores afirmações em que se
baseia o Cristianismo: Cristo é o verdadeiro Filho do Deus vivo.
Esta inesquecível declaração precede o momento em que o Senhor
Jesus muda o nome de Pedro (que antes era chamado de Simão)
e atesta para ele e os demais discípulos que aquela fala havia
sido uma revelação do próprio Pai. Que momento!
Dentre as qualidades de Pedro (que muitas vezes se

transformaram em cilada para ele mesmo), gosto de me fixar na
facilidade que ele tinha de assumir riscos para expor suas opiniões.
Haviam inúmeras possibilidades para os discípulos escolherem,
considerando todo o histórico de milagres e pregações já vistas
de perto. Diante do Messias, talvez muitas de nós pensariam em
tecer os mais belos elogios, não é? Mas Pedro passa na frente de
todos e acerta o alvo. Cristo não queria elogios, e sim confirmações.
Em seu livro “Deuses falsos”, o autor Timothy Keller usa

exemplos de personagens bíblicos para ensinar o leitor sobre a
prevalência da idolatria na Bíblia e no coração humano, afirmando
que tudo pode se tornar um ídolo. “A única forma de nos libertarmos
da influência destrutiva dos falsos deuses é nos voltarmos para
o verdadeiro Deus, o Deus vivo, que se revelou, tanto no Monte
Sinai quanto na Cruz, é o único Senhor que, se for encontrado,
pode realmente satisfazê-lo; e, se você falhar, ele será o único

que poderá realmente perdoá-lo.”
Ter Cristo como o verdadeiro Filho do Deus vivo é mais do que

colocá-lo em posição de honra. É declarar que só Ele nos satisfaz
e que nenhum deus falso cabe neste espaço. É não apenas elogiá-
lo com nossas palavras e canções, mas provar nossa fidelidade
por meio de nossos pensamentos e ações. Se Ele não ocupa o
primeiro lugar, então já não ocupa lugar nenhum, visto que sendo
o Filho do Deus vivo nenhum outro espaço o pode comportar.
A verdade, querida, é que não precisamos de nada mais além

de Cristo. Como aprendemos em Colossenses, nele habita toda a
plenitude e todas as coisas subsistem nele. Ele tem a palavra de
autoridade sobre quem somos, e nele está a autoridade de se
autodeclarar suficiente. A ousadia de Pedro continua ecoando na
história, pois sua resposta é completamente correta: Cristo é Filho,
é Deus, e é vida. Qualquer outra sombra de nossas idolatrias é um
deus falso.
Que possamos fazer coro neste hino citado por Keller no fim
do livro “Deuses falsos”:
“Entregue todos os seus ‘ feitos’ aos pés de Jesus. Fique com

ele, com ele apenas.
Gloriosamente completo”.
Oração: Senhor, tu tens liberdade de limpar o trono do meu

coração para que apenas Cristo reine soberanamente. Eu creio
que Ele é a vida da minha vida e o único Deus que é real e presente
para reinar em meu coração. No nome de Cristo, peço que renove
minha fé em ti e me permita fazer parte da grandiosa obra de vida
que tens feito ao meu redor. Amém.

DEVO
RESSURREIÇÃO E VIDA
“Então Jesus declarou: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem

crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11:25)
Há uma ilustração que gosto muito: de um lado, uma guirlanda

de Natal, do outro a coroa de espinhos. Embaixo da guirlanda, há
o escrito “esta é a estação”, e embaixo da coroa “esta é a razão”.
Inspirado nessa arte, aqui em casa enfeitamos nossa porta na
época de Natal com uma guirlanda dourada, feita de gravetos de
madeira pintados, dispostos em formato de uma coroa. Nossa
esperança é que ela possa refletir exatamente a razão do Natal:
Cristo veio com uma missão, a de resgatar os perdidos e reabrir
o caminho ao Pai. Essa missão exigiu sangue e sacrifício, mas
felizmente não é assim que a história termina.
Antes mesmo de partir, Cristo deixou direcionamentos a

respeito do que viria a acontecer, ainda que sua morte tenha
causado tanto impacto que seus discípulos e seguidores não
entenderam de imediato todo o contexto. A declaração que lemos
no início desta devocional veio de uma conversa entre o Senhor
Jesus e Marta, no contexto da morte de seu irmão Lázaro. Essa
cena ocorreu bem antes do calvário, mas ali estava sendo
estabelecida a verdade a respeito do futuro: seu último suspiro
não era o final da história.
Se Cristo não tivesse ressuscitado, o que isso implicaria para

nós? Primeiramente, que o Pai não havia aceitado o seu sacrifício.

Se ele permanecesse morto, o pecado triunfaria e nenhum de nós

poderia ter esperança de vida eterna e da glorificação. O inimigo
de nossas almas sairia como vencedor e nossa fé seria vã ao
confiarmos em Cristo apenas nesta vida. Miséria total.
A ressurreição não é apenas um milagre, mas a evidência de

que em Cristo temos vida plena e eterna. Ele é o nosso passaporte
para o céu e o próprio transporte até a glória do Rei eterno. Se Ele
vive, então podemos crer no amanhã. Se Ele vive, não há motivo
para temermos o futuro. Nossa vida está em suas mãos e ninguém,
nem mesmo a poderosa e terrível morte, pode alterar o destino
final de nossa vida.
A beleza do versículo de hoje está em receber a mensagem da

boca de nosso redentor. Como responderemos, então? Que seja
como Marta: “ Sim, Senhor! Eu creio que o senhor é o Cristo, o Filho
de Deus que devia vir ao mundo.”
Oração: Deus de amor e infinita bondade, obrigada pela

esperança da ressurreição. Obrigada pela vida ofertada por meio
da morte de seu Filho. Obrigada por transformar nosso pranto
em alegria infindável. Obrigada por nos oferecer também a vitória
sobre a morte e por garantir que absolutamente nada pode me
separar de Ti. Em nome de Jesus, amém.

DEVO
O VERBO
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua

glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.” (João 1:14)
As primeiras palavras da Bíblia são bastante conhecidas: “No

princípio…”(cf. Gn 1.1). Moisés, autor inspirado por Deus para
escrever o livro de Gênesis, estava registrando para o povo o
relato da origem de todas as coisas. Luz, trevas, águas, vida,
homem, mulher, todas as coisas foram criadas pela palavra falada
de Deus. O falar de Deus e o existir das coisas foram causa e
consequência.
A audiência do Evangelho escrito por João conhecia muito bem

o relato de Gênesis. Justamente por isso, João, de maneira
intencional, começa o seu relato da vida e ministério de Jesus com
as mesmas palavras usadas por Moisés: “No princípio…” (cf. Jo
1:1). João queria enfatizar que a Palavra que criara todas as coisas,
a Voz que ecoou no vazio e trouxe tudo à existência, o Verbo
(Logos) de Deus era o mesmo que havia encarnado em homem
(cf. Jo 1:14).
Talvez para nós a doutrina da encarnação de Cristo tenha se

tornado algo comum. No entanto, se pararmos o suficiente para
meditar nessa gloriosa verdade ficaremos ou escandalizados, ou
nos renderemos em humilde adoração. Foi exatamente essa
escolha que João colocou diante de seus leitores originais,
especialmente gregos e judeus.
O termo grego usado por João para se referir ao Verbo era

logos. Para os gregos, o logos era a própria Razão, aquilo que

estabiliza e traz coerência ao universo. Além disso, para o mundo

grego, tudo que era corpóreo era infinitamente inferior. Sendo
assim, pensar na ideia do logos, da Razão, tornando-se carne, era
profundamente chocante para os gregos. Mas foi exatamente
isso que aconteceu, aquele que trouxe tudo à existência entrou
no tempo e espaço em forma humana. Enquanto os gregos
desprezavam a carne, o logos se fez carne e habitou entre os
homens.
Essa verdade não foi menos escandalosa para os judeus. Eles

entendiam que o Verbo que criara todas as coisas era o próprio
Yahweh. Quando foram expostos à verdade de que o Verbo estava
com Deus e o Verbo era Deus (cf. Jo 1:1), os judeus se encontraram
diante de uma chocante afirmação. Em seu livro Cristianismo Puro
e Simples, C. S. Lewis escreveu o seguinte, sobre como essa
passagem de João 1 foi recebida pelo povo judeu: “Deus, no idioma
deles, se referia ao Ser fora do mundo que o fez e era infinitamente
diferente de qualquer outra coisa. Quando você entende isso, você
vê que aquilo que esse homem falou era, muito simplesmente, a
coisa mais chocante que já foi falada por lábios humanos”.
Você percebe como a afirmação de que Jesus era o Verbo de

Deus encarnado era chocante à época? Esse é o cristinismo,
subversivo em sua essência. Aos olhos humanos, o Verbo se fazer
carne era completamente contra intuitivo, mas para Deus essa
era a forma de amor mais profunda que poderia existir, o amor
que veio mergulhar em nosso mundo de pecados a fim de resgatar-
nos para a verdadeira vida.
Meditando sobre isso, um dos pais da igreja que viveu no século

4, Anastácio, escreveu o seguinte sobre o Verbo fazer-se carne:
“Ele desceu para poder nos levantar, (...) ele se tornou fraco por
nós para que possamos nos levantar com poder, ele desceu à
nossa morte para que pudesse nos outorgar a imortalidade e dar
vida aos mortos. Finalmente, ele se tornou homem para que nós,
que morremos como homens, possamos viver de novo, e para que

a morte não reine mais sobre nós”.
Lá no início da humanidade, ainda no Jardim do Éden, Adão

pecou e com ele todos fomos condenados à separação eterna de
Deus. Com a encarnação do Verbo por meio de quem todas as
coisas foram criadas, Jesus veio à terra fazer por nós o que Adão
não conseguiu: ser a ponte que nos conduz de volta para Casa.
Nesses dias que antecedem o Natal, reserve um tempo para
meditar sobre o Verbo que se fez carne por amor a nós. O Grande
Autor entrou na história e mudou de uma vez por todas o curso
de nossas vidas. Que verdade gloriosa!
Oração: Senhor, como é profundo pensar que tu, sendo Criador

de todas as coisas, vieste ser uma criatura. Obrigada por ter me
feito objeto desse amor que tomou forma encarnada e dividiu a
história do mundo e da minha vida em um antes e depois. Obrigada,
Jesus, por ter vindo em meu resgate e ter restaurado o meu
relacionamento com o Pai. Eu te louvo e oro em teu nome, Verbo
encarnado. Amém!

DEVO
MEDIADOR
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os

homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço
de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.”
(1 Tm 2:5,6)
Nós tínhamos um grande inimigo. Não estou me referindo a

uma pessoa ou mesmo a Satanás. Nosso inimigo era o Senhor
Criador de todas as coisas e soberano sobre o universo. Você já
ponderou sobre isso? O Grande Deus era nosso inimigo.
Deixe-me explicar melhor. Em essência, todo pecado é rebeldia

contra Deus. Por isso, quando a raça humana, representada por
Adão, caiu em pecado, todos fomos feitos inimigos de Deus (cf. Dt
9:7; Js 1:18; Rm 3:10). A única punição justa para homens que viviam
em rebelião contra o Criador era a morte, não apenas a morte
física, mas a eterna (cf. Rm 6:23). Diante de tamanha transgressão,
não havia nada que você e eu pudéssemos fazer para restaurar
nosso estado caído em pecado, nenhuma boa obra, nenhum ritual,
nenhuma obediência (cf. Is 64:6; Rm 3:20; Gl 2:16). Nossa situação
era profundamente triste, estávamos em um beco sem saída,
completamente condenados, mas Cristo veio nos levar de volta
à amizade com o Pai.
Nós temos na história do povo de Deus duas alianças. A

primeira, que conhecemos no Antigo Testamento, falava sobre
sacrifícios de animais, perdão e purificação, mas todas essas
coisas eram apenas símbolos, uma vez que o sangue de animais
jamais seria capaz de prover o perdão verdadeiro de nossos
pecados. Todos esses sacrifícios em repetição apontavam para
o perfeito sacrifício de Cristo que traria o perdão completo (cf. Rm

3:25-26). Cada vez que os israelitas sacrificavam um cordeiro em

cumprimento à lei, eles tinham em mente o verdadeiro Cordeiro
que viria. Como disse Hernandes Dias Lopes, comentando o livro
de Hebreus, “os que viveram na velha aliança foram perdoados
olhando para a frente, para o Cristo da profecia; nós somos salvos
olhando para o passado, para o Cristo da história”.
Jesus, portanto, tornou-se o Mediador dessa Nova Aliança com

o seu próprio sangue. Mediador é aquela pessoa que se coloca
entre duas partes opostas a fim de promover o entendimento e
a reconciliação. Foi exatamente isso que Cristo fez mediante seu
perfeito sacrifício na cruz, onde reconciliou-nos com o Pai (cf. Cl
1:20). Somente ele pôde fazer isto por nós porque foi o único que
nasceu sem pecado e viveu em perfeita obediência a Deus.
Nenhum outro pode intermediar nosso acesso a Deus senão
Cristo, o perfeito sacrifício que foi dado em nosso lugar.
Nem todos os cordeiros do mundo seriam capazes de perdoar

nossos pecados, nenhum ser humano do mundo poderia levar
sobre si a condenação que nós merecíamos e, assim, nos ofertar
a vida eterna. Mas naquela noite em Belém, dentro de uma
estrebaria, nascia aquele que é perfeitamente Deus e perfeitamente
homem, e que veio ao mundo para mediar nosso conflito com
Deus Pai.
Naquela bendita noite o mundo viu o Cordeiro de Deus descer

à terra e tomar o nosso lugar diante de Deus. A dívida que não
podíamos pagar, ele pagou. O sacrifício que ninguém podia fazer
perfeitamente, ele fez. Não temos mais inimizade com Deus por
causa dos méritos de Cristo, somos agora mais que amigas, somos
filhas amadas de Deus porque nosso irmão mais velho veio ao
nosso resgate.
Que nesta época do ano em que celebramos o nascimento de

Cristo sintamos a doce alegria de saber que nossa dívida eterna
foi completamente paga por nosso único e perfeito Mediador. Não
mais inimigas, não mais órfãs, não mais distantes. Somos amigas,

somos filhas, somos amadas. Estamos salvas!
Oração: Pai, obrigada por ter provido o perfeito Cordeiro que

eu jamais seria capaz de prover. Meus pecados eram uma rebeldia
contra ti e nada do que eu viesse a fazer podia mudar meu estado
de condenação. Por isso, obrigada por enviar Jesus como mediador
entre nós. Obrigada por fazer dele meu irmão mais velho e
intercessor para sempre. Em nome dele eu me achego a ti e faço
essa oração, amém.

DEVO
FONTE DE ÁGUA VIVA
“Jesus respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra

vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma
fonte de água a jorrar para a vida eterna’”. (João 4:13-14)
Eu nasci e cresci no sertão nordestino. Há alguns anos lembro

que enfrentamos uma severa temporada de seca. As chuvas
haviam sido poucas, a previsão não apontava melhoras e os
reservatórios de água iam secando cada dia mais. Lembro de
ouvir meus avós falarem de secas assim que aconteciam
antigamente, mas aquela era a primeira vez que eu vivenciava
isso, e lembro de ficar preocupada.
Depois de alguns meses nessa situação, foi anunciado que o

reservatório de águas da cidade receberia as águas perenes do
rio São Francisco que estava em processo de transposição. Aquilo
encheu nossos corações de esperança. Lembro muito bem da
animação na cidade na manhã em que as comportas foram
abertas e as águas começaram a desaguar no reservatório.
Depois daquela seca não tivemos mais temporadas como

aquela, tanto pelas águas do rio quanto pelos bons tempos de
chuvas que sobrevieram. Mas, daqueles dias ficou a lição de que
precisamos de uma fonte de água perene, não só para o corpo,
mas para a alma.
Em João, Jesus se apresenta à mulher samaritana como a Fonte

de Águas Vivas. No início do diálogo, a mulher pensava que Jesus
poderia ofertar água física de modo que jamais fosse necessário
voltar ao poço para pegar água. Mas o que Jesus tinha a oferecer,
que ele mesmo o era, era muito mais importante que a água

comum: “Jesus lhe respondeu: ‘Se você conhecesse o dom de Deus

e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria
dado água viva’” (cf. Jo 4:10).
Em outra passagem do Evangelho João, no capítulo 7, versículos

37 e 38, Jesus se apresenta aos seus ouvintes como a fonte da
qual fluirão rios de águas vivas: “No último e mais importante dia
da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: Se alguém tem
sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura,
do seu interior fluirão rios de água viva”.
Que águas seriam essas que fluiriam daqueles que são crentes
em Cristo? O próprio João, inspirado para escrever o evangelho,
traz a interpretação no versículo 39: “Ele estava se referindo ao
Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até
então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não
fora glorificado.”
As coisas deste mundo podem fornecer prazeres passageiros,

mas jamais serão capazes de saciar a sede de nossos corações.
Assim como a água comum, sempre sentiremos sede quando
bebemos o que não é eterno. Somente quando cremos em Cristo,
e somos feitos habitação do Espírito Santo, é que encontramos a
verdadeira vida. Foi isso que Jesus forneceu àquela mulher
samaritana que o encontrou no poço. Ele deu-lhe a Água Viva, ou
seja Ele mesmo, e a partir da transformação que foi gerada no
coração daquela mulher ela tornou-se uma fonte a jorrar do
próprio Cristo, anunciando as boas novas a seus conterrâneos.
Aquela temporada de seca que vivemos no sertão nordestino

foi aplacada com a chegada das águas perenes de um dos maiores
rios do país. Que boas novas foram aquelas para o povo sertanejo
da minha região! Espiritualmente, mais do que um rio que um dia
passará, Jesus é a própria fonte da vida. Temos nele tudo que
precisamos para uma vida abundante aos olhos celestiais.
Você se sente sedento? Busca alegria em prazeres que se

esvaem como fumaça? Sente aquele vazio que nada parece

preencher? Vá a Cristo! Ouça-o nas Escrituras, fale com ele em
oração, mantenha comunhão com o seu Corpo que é a igreja. A
Água da Vida está perenemente disponível para você. Quanto mais
você beber dessa fonte, mais transbordará do Santo Espírito e
será um canal para que outros conheçam o amado Salvador.
Oração: Senhor, nada nesta vida pode satisfazer meu coração.

Quantas vezes insisto em encontrar alegria e vida em coisas desta
terra só para descobrir, mais uma vez, que não posso ser satisfeita
dessa forma. Que o teu Espírito habite abundantemente em mim
e que eu seja um canal a levar a água da vida que és tu para
outros. Em nome de Jesus eu te peço e te agradeço, amém.

DEVO
PRÍNCIPE DA PAZ
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo

está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías
9:6
Antes de falar de Jesus como o Príncipe da Paz, te convido a

conhecer Abigail. Se você nunca leu a passagem sobre Abigail na
Bíblia, eu te convido a fazer isso agora, pelo menos umas três
vezes. Se eu pudesse escolher uma das mulheres da Bíblia para
trocar de personalidade seria com Abigail. Principalmente
naqueles momentos em que eu escolho abrir a minha enorme
boca em vez de me calar, ou até fingir que não ouvi.
Em 1 Samuel 25, lemos que depois da morte de Samuel, Davi

estava no deserto com os seus servos e também alguns servos
de Nabal, o marido louco de Abigail. Davi tenta fazer um acordo
com Nabal, mas esse, que era um homem mau, se nega.
Davi fica enfurecido por ter recebido o bem com mal e planeja
o assassinato de todos os homens de Nabal. Porém, Abigail, que
era uma mulher sensata e sábia, age rapidamente e impede que
a insensatez de seu marido, destrua sua casa e soldados inocentes
morram.
Ela age como uma princesa da paz e esta ação pacificadora e

inteligente de Abigail nos ensina que devemos escolher sabiamente
a paz em meio a situações ruins. Escolher ser agentes da paz
quando necessário para que a paz reine ao invés do ódio ou até
da morte.
Mas, vamos ao maior exemplo de pacificador que a Bíblia traz:

Jesus Cristo. Um príncipe é filho de um rei, e sabemos que Deus é

o Rei dos reis, aquele que nos criou e que julga nossos pecados.
Jesus então é o Príncipe da Paz que nos permitiu chegarmos até
o nosso justo juiz redimidos e comprados por preço de sangue.
Muitas são as passagens bíblicas que mostram Jesus como

Príncipe da Paz, mas escolhemos uma bem significativa: Marcos
4:35-41. Nessa passagem a tempestade realmente assusta os
discípulos que eram pescadores profissionais e não se assustariam
com qualquer evento que realmente fosse “somente” uma fúria
da natureza. O medo deles era real e Jesus dormia. Só esse fato
já nos mostra a diferença entre nossa humanidade e a divindade
de Cristo. Jesus está dormindo em paz pois ele reconhece que toda
situação está sob o controle de Deus. Os discípulos puderam
experimentar essa paz um pouco depois, quando Jesus acalma a
tempestade com sua voz e traz grande bonança.
Precisamos trabalhar a nossa fé nas tempestades de nossas

vidas. Precisamos agir com sensatez e sabedoria, como fez Abigail
diante de uma possível guerra, e não nos desesperarmos achando
que vamos perecer, como os discípulos dentro daquele barco.
Devemos crer que Jesus veio trazer paz entre o Rei e nós,
apesar do nosso pecado; ao nosso coração ansioso, como o dos
discípulos; e quando tudo parecer sem esperança, como no caso
de Abigail.
Jesus é o Príncipe da Paz que trouxe reconciliação através de

sua morte na cruz. Uma paz entre o pecador e Deus, o Pai da
justiça. Uma paz que não significa ausência de conflitos, mas sim
descanso em meio a eles.
O que está te tirando a paz nesta época do Natal? Brigas em

casa? Problemas financeiros? Filhos? Carreira? Te convidamos a
descansar nas promessas de Deus e aí sim sentir a paz além das
circunstâncias, olhando para a cruz e sentindo o amor de Jesus
por nós.

Oração: Senhor Deus, nosso Rei, te invocamos e pedimos que

traga paz a todos nós através do Príncipe da Paz, teu filho, Jesus.
Livra-nos do sentimento de desespero. Dê-nos sabedoria, como
a de Abigail, para sempre promover a paz. Tu que és bondoso e
misericordioso, dê-nos paz para que possamos desfrutar dessa
vida em abundância. Amém.

DEVO
CAMINHO
“Então Tomé perguntou: — Senhor, nós não sabemos aonde é

que o Senhor vai. Como podemos saber o caminho? Jesus
respondeu: — Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém
pode chegar até o Pai a não ser por mim.” (João 14:5-6 NTLH)
Eu simplesmente amo o trajeto da minha casa até o meu

trabalho, que por serem lugares pertos um do outro, posso sempre
ir a pé. Mas há um trecho desse trajeto que caminho ao redor de
um lago imenso, cheio de árvores, pássaros e, pela manhã, um
sol que ilumina todo o caminho — é verdadeiramente poético.
Mas agora, na véspera de Natal, andar por esse trajeto à noite

é ainda mais encantador. Como eu queria que você pudesse andar
comigo ao redor do lago, ao final de um dia de trabalho, com
árvores iluminadas, um trem antigo ornamentado com luzes
coloridas, aquele show de cores do entardecer nos céus que só
um Deus perfeito pode criar e ainda um pequeno trecho do
caminho que é coberto com guarda-chuvas pendurados, coloridos
e iluminados. Enche os olhos de beleza, traz alívio, traz descanso,
é um caminho especial de andar.
Sei que podem existir outros caminhos parecidos ou até mais

bonitos do que esse do meu trajeto casa-trabalho, mas esse
caminho é único para os cidadãos da minha cidade, especialmente
para mim, porque ele me leva para meu lar, meu lugar de descanso
e acolhimento amoroso, onde vivo com minha família (minha mãe
e minha cachorrinha, a Luna) e para o meu trabalho, onde posso
servir a muitos com os dons que Deus me deu.

O caminho é tão importante quanto o destino dele, e andar

pelo caminho certo é ter a convicção do lugar para onde vamos,
aonde queremos chegar. Conforme podemos acompanhar no
relato do Evangelho segundo João, a partir do capítulo 14, quando
Jesus começa a fortalecer seus discípulos através de suas
palavras, logo após cear com eles e lhes contar que seria traído
e levado à morte, Ele inicia dizendo que seus corações não
poderiam se perturbar, mas que deveriam crer em Deus, crer nele,
pois na casa de Deus há muitas moradas e ele voltaria para levá-
los, pois onde Jesus estiver seus discípulos estarão com ele, afinal,
o caminho para onde ele ia já era conhecido pelos seus seguidores.
Tomé, então, questiona sobre o destino: se eles não sabiam

para onde o Mestre iria, como poderiam saber o caminho? Então
Jesus responde: Eu sou o Caminho. Que título forte e poderoso é
esse de Jesus! Ele não apenas mostrou e ensinou sobre o caminho
que leva a Deus, mas ele mesmo é o caminho, em outras palavras,
Jesus nos lembra algo que é uma peculiaridade e exclusividade
suas, ELE É O CAMINHO pelo qual a humanidade pode chegar a
Deus, não há outras formas, meios, atalhos pelos quais podemos
conhecer a Deus e sermos salvos.
Eu não sei você, mas o fato de relembrar essa verdade, de que

Jesus é o Caminho, me traz uma imensa alegria e paz sobre a
convicção do meu destino. Em uma era de relativismo da verdade,
onde se torna politicamente correto dizer que todas as religiões
levam a Deus e que mesmo os que não foram evangelizados
podem conhecer a Deus por outros meios através de uma lei
universal e natural, pode até soar arrogante, mas nós cristãos
sabemos que não há outro caminho que nos possa fazer chegar
em Casa se não for Jesus, e é por isso que precisamos levar com
mais seriedade nosso papel como propagadores das Boas Novas
de Cristo. De forma poética, D. A. Carson descreve o Caminho com
base em uma meditação de Tomás à Kempis1:
Eu sou o caminho para Deus: eu não vim
1 CARSON, D.A. O comentário de João; tradução

Daniel de Oliveira & Vivian do Amaral Nunes. São
Paulo: Shed Publicações, 2007. pp. 492-493.
Para iluminar um caminho, abrir uma trilha para que você
Possa simplesmente seguir meus passos, perseguir
Minha sombra como um prêmio que se conquista facilmente.
Minha vida revela a vida de Deus, a soma
De tudo que ele é e faz. Como Podem vocês,
Os filhos da noite, encarar-me e entender
Meu caminho como simples estrada?
Meu caminho passa pelo Getsêmani, a cruz,
E forte rejeição acortinada em agonia.
Meu caminho para Deus abarca a maior perda:
seu caminho para Deus não é meu caminho, mas eu mesmo.
Qualquer outro caminho é um atoleiro, ou fraude.
Eu estou só: Eu sou o caminho para Deus.
Sim! Ele é o Caminho da verdade e vida, ele é o Caminho

verdadeiro e vivo, portanto, Jesus insiste que absolutamente
ninguém virá ao Pai senão por ele, essa é a atitude principal de
todo evangelismo fervoroso. O Natal é uma data cristã;
inconveniente para o mundo, mas cristã. Podemos tentar buscar
outros trajetos, formas e atalhos, mas o Natal nos lembra que o
Caminho que nos leva a Deus veio ao mundo, tão iluminado,
seguro e preciso em seu destino como o trajeto em torno do lago
que pode me levar à minha casa ao entardecer de mais um dia de
trabalho.
Oração: Deus Trino, te louvamos por tua imensa graça e

misericórdia para com aqueles que, como eu, andavam em
profundas trevas, pois fez de Jesus o próprio Caminho em meio

ao deserto de nossos pecados (cf Is 43.19) e nos buscou para nos

fazer andar Nele, certos de que um dia chegaremos ao destino, à
presença do Grande Rei, e contigo viveremos para sempre. Todavia,
Senhor, se nossos pés se desviarem, nos traga de volta porque é
somente em Jesus, e andando nele, que seremos guiados em
nosso processo de santificação para assim chegarmos
irrepreensíveis diante de ti. Amém!

DEVO
VIDA
“Jesus era bom e dedicado a Deus, mas vocês o rejeitaram. Em

vez de pedirem a liberdade para ele, pediram que Pilatos soltasse
um criminoso. Assim vocês mataram o Autor da vida; mas Deus
o ressuscitou, e nós somos testemunhas disso.” (Atos 3:14-15
NTLH)
Como você já deve saber, a palavra natal significa nascimento

ou o dia do nascimento, e aponta para uma noite de calor em
Belém onde Maria estava prestes a dar à luz, em um estábulo,
com seu esposo José ajudando-a no momento do parto e, então,
nasceu Jesus, o Filho do Altíssimo, que foi posto em uma
manjedoura.
O plano de Deus começa com gerar uma vida e trazê-la a um

mundo de trevas, pecado e morte. A expressão exata do Ser de
Deus estava em um bebê que era abraçado por uma jovem mulher
adolescente... não consigo expressar em palavras a grandiosidade
dessa cena na história da humanidade, é realmente emocionante!
Por muito tempo o trecho da profecia de Isaías que diz: “a jovem

que está grávida dará à luz um filho e porá nele o nome de
Emanuel” (Is 7:14 NTLH) foi interpretado de forma alegórica, jamais
imaginariam que uma moça (em algumas traduções: uma virgem)
conceberia e daria à luz ao Messias, isto é, Deus conosco. Mas
essa profecia se cumpriu literalmente.
O próprio gerar de um bebê é algo extremamente complexo,

é maravilhoso ver o salmista citando esse processo como um
tecer de Deus. A vida é entretecida no ventre de uma mulher (cf.

Sl 139), como se Deus pegasse vários fios de cadeias de células

que vão se dividindo e somando até formar uma estrutura que
será um bebê, depois seguirá se transformando em uma criança,
um jovem, um adulto, um idoso e depois essa vida terá um fim...
tudo começa com beleza, complexidade e vida, mas por causa do
pecado tudo também se degenera e morre.
A morte é o contraposto da vida, uma herança que o pecado

nos deixou e é ainda uma inimiga a ser vencida. Neste lado da
eternidade, toda vida tem por consequência a morte, tudo o que
um dia foi gerado e formado, cresceu e multiplicou, mais cedo ou
mais tarde terminará morrendo, mas Jesus, o Autor da Vida,
embora não sofresse com a morte como uma consequência, foi
enviado para ser morto.
Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus revelou seu

plano que consistia em enviar seu Filho para nascer de uma
mulher com o propósito de redimir pecadores por meio de sua
morte, tornando-os filhos de seu amor e fontes de águas vivas.
Cristo matou a Morte, aniquilou o poder do pecado sobre a
humanidade e inaugurou um novo estágio na sequência da
existência da Criação, após a Queda, com seu sacrifício na cruz: a
ressurreição.
O Autor da Vida não apenas chamou a Criação à existência,

como é Ele mesmo quem deu vida, movimento e beleza a todas
as coisas visíveis e invisíveis, pois Ele é a própria Vida e por seu
sacrifício de amor, a Morte não pôde detê-lo. Pelo poder do
Espírito, Jesus se tornou o primogênito de muitos e ressuscitou
dos mortos. Foi no monte do Gólgota que a Vida hasteou sua
bandeira de vitória, ao atrair muitos para si, chamando os
escravizados pelo pecado, que reconheceram a voz do Bom Pastor
e agora, por crerem em Jesus, não mais seguirão o curso de uma
natureza caída. Os que creem não morrem, porque a morte não
é mais o seu fim.
A vida triunfou, não há mais sepulcros, não há mais lamentos,

não há mais degeneração, agora temos viva esperança de que ao

soar da última trombeta, muitos serão ressuscitados e outros
serão transformados, e então viveremos uma Vida eterna, Vida
com abundância, pois nossas vidas estão seguras nas mãos que
foram feridas por amor a nós.
É Natal, alegre-se! Voltamos agora nossos olhos para aquela

noite em Belém, e que noite singularmente linda foi aquela!
Olhamos para a manjedoura e vemos a nossa vida naquele bebê
que dormia tranquilo, enviado para morrer por nós; porém a Morte
quando olhou para a manjedoura, contemplou o seu fim na face
serena e tranquila da própria Vida.
Oração: Querido Jesus, te louvamos porque nossas vidas estão

seguras em suas mãos! Tu, que és a própria Vida, renova nossa
esperança, pois o mundo tem se tornado desafiador a nós e
muitas vezes nos faz esquecer de que a verdadeira vida ainda
será vivida na eternidade diante da sua gloriosa presença. Que o
nosso coração se alegre com a lembrança de que a Vida gerada
no ventre de uma mulher trouxe Boas Novas de salvação. Amém!

DEVO
SALVADOR
“Mas o anjo disse: — Não tenham medo! Estou aqui a fim de

trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande
alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi,
nasceu o Salvador de vocês — o Messias, o Senhor! “ (Lucas 2:10-
11 NTLH)
Sem dúvida alguma nos últimos 20 anos temos visto uma

produção intensa de filmes e séries de heróis. Seja os estúdios
Marvel ou DC, a cada ano conhecemos um herói novo ou
acompanhamos o seguimento das histórias de alguns deles.
Personagens como o Homem de Ferro, Doutor Estranho, Hulk,
Superman, Mulher Maravilha, Batman nos fascinam com sua
força, inteligência e poderes sobrenaturais no combate ao mal e
à criminalidade. Quando tudo parece perdido, eles surgem para
salvar o dia.
Na Bíblia também temos os nossos heróis, homens e mulheres

que, embora não tivessem poderes como os do Superman e da
Mulher Maravilha, sendo fiéis ao Deus Triúno, foram capazes dos
feitos mais admiráveis e extraordinários, como podemos conferir
no capítulo 11 da carta aos Hebreus. A diferença entre os heróis
da fé e os heróis dos filmes e séries é que o poder que se
manifestava nos primeiros não é um poder inato a eles, mas um
que vinha do alto e que revelava (e muito) sobre um heroísmo
ainda mais inimaginavelmente poderoso.
Como professora do ministério infantil, às vezes me sinto

desafiada em trazer a realidade das Escrituras para as crianças,
diante de tantos heróis da Marvel e da DC, que naturalmente

chamam a atenção delas, falar de Sansão, Davi, Débora, Ester,

José, Moisés, Elias se torna um desafio à Igreja.
Nós professores, e os pais que dão continuidade ao ensino da

Palavra em suas casas, temos a missão de trazer à memória dos
nossos pequenos que embora José não fosse como Bruce Wayne,
ele foi levado para longe de sua família ainda jovem e se manteve
íntegro aos ensinos de seu pai sobre Deus e mesmo sendo um
homem comum, o Senhor colocou em suas mãos toda a
administração de um reino e salvou muitos da fome; como também
Ester, que embora não fosse a Mulher Maravilha, foi levada da
segurança de seu lar para se casar com o rei Assuero, se tornando
uma rainha para o propósito de salvar seu povo quando foram
ameaçados pelos amalequitas e condenados à extinção. Com sua
coragem e perseverança, ainda que não fosse uma matadora de
deuses como Diana Prince, Ester entrou com coragem, pela força
e proteção do Deus Vivo, na presença do rei e alcançou seu favor
mesmo sabendo que poderia morrer.
Contar as histórias desses heróis da fé aos nossos pequenos

e ver seus olhos de curiosidade, e ouvir suas perguntas, nos alegra.
Louvamos a Deus porque seguimos passando o bastão do
Cristianismo para as próximas gerações. Mas, como eu havia
mencionado anteriormente, esses heróis da fé apontavam para
alguém maior, um herói tão único que, diferentemente dos heróis
da fé e dos filmes e séries, seu objetivo foi derrotar e destruir o
mal de uma vez por todas... quando o golpe final for aplicado,
nunca mais haverá maldade ou escuridão para assolar a
humanidade.
Se possível, reúna as crianças na sala ou à mesa, será um ótimo

momento para falar dos feitos desse grande herói, que não pode
ser comparado a qualquer outro, e é por isso que ele é chamado
de Salvador.
Desde o início, quando o mal entrou neste mundo por causa

da desobediência de Adão e Eva, todos nós fomos escravizados

pelo poder do pecado e separados do bem supremo que é Deus.

Mas esse herói eterno, que nunca teve um início e um fim, sendo
Filho de Deus, veio para nos salvar do mal que ainda habita em
nós, se esvaziando de sua divindade para se tornar homem e
caminhar conosco neste mundo.
Esse herói viveu uma vida perfeita em nosso lugar, em completa

obediência a Deus, pois seu caminho já estava pré-determinado
por seu Pai; seu primeiro golpe contra o mal se manifestou em
uma batalha sangrenta no alto de uma colina chamada Gólgota,
lá ele demonstrou seu maior poder através de um sacrifício de
amor onde deu sua vida tão preciosa em favor de nós, pecadores.
Assim, ele satisfez a ira de Deus e nos deu sua justiça e sua
vida, para que pudéssemos sair da escravidão do pecado, nos
dando armas para lutar contra o mal. Tão poderoso foi o seu ato
de dar sua própria vida que a Morte não pôde triunfar: ele a venceu
e quando ressuscitou, nos garantiu que vai voltar e destruir o mal
de uma vez por todas. Jesus é o seu nome precioso, e é por todos
esses feitos que somente ele tem o título de Salvador. Em nenhum
outro nome a salvação pode ser encontrada e é por isso que ele
é muito mais do que um herói.
Jesus é o principal dos heróis, é o nosso Salvador e todos os

heróis se inspiraram ou foram inspirados nele, pois foi ele quem
desferiu o primeiro e mais importante golpe contra as forças do
mal e no exemplo dele devemos seguir trilhando essa mesma
carreira, combatendo um bom combate e guardando a fé. Portanto,
filhos do Altíssimo, avante! Nosso Salvador nasceu e nele temos
a vitória!
Oração: Senhor, é com meu coração exultante de alegria que

digo: és meu Salvador! Em ti encontro descanso nos dias de
inquietação; perdão, nos momentos em que peco; transformação,
quando sou conduzida pelo meu ego a acreditar que sou melhor

ou pior que os outros e coragem, quando sou tentada a me calar

ou não agir quando preciso praticar o bem e anunciar o Evangelho
ao mundo. Pai, sigo pedindo, salva-me de mim mesma e que a
cada dia eu me torne mais parecida com Jesus. Amém!

DEVO
DEUS FORTE
“Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é semelhante a ti? És

poderoso, Senhor, envolto em tua fidelidade.” Salmos 89:8
Deus forte também é uma forma de falar EL SHADDAI, o Deus

todo poderoso (Gênesis 17.1). Deus é Onipotente, ou seja, não há
limites para o seu poder. O que isso significa?
É curioso notar que, mesmo dentro da cultura em que vivemos,

existe um interesse sobre a força. Nos últimos anos, vimos o
lançamento de diversos filmes de heróis e ficções que celebram
a força de seus personagens. O número significativo de
espectadores em produções como as dos heróis da Marvel é uma
clara indicação de como buscamos e valorizamos, muitas vezes
sem a intenção, referências que indicam a ideia de força.
Passagens bíblicas como a de Efésios 1.11 mostram claramente

a onipotência de Deus ao afirmar que somos “predestinados de
acordo com o propósito daquele que realiza todas as coisas de
acordo com o conselho da Sua vontade”.
A onipotência de Deus está intrinsecamente ligada à Sua

soberania. Deus é Senhor sobre toda a criação, exercendo Seu
governo por meio de Sua autoridade como Rei, controle sobre
todas as coisas e presença com Seu povo.
A onipotência e soberania de Deus nos conforta diante dos

acontecimentos de nossas vidas. Saber que Deus é soberano
sobre todas as coisas traz consolo diante de qualquer evento, pois
o controle está nas mãos de Alguém totalmente sábio,
misericordioso e amoroso. Mesmo diante do pecado e das

tragédias no mundo caído, podemos encontrar consolo ao confiar

no Deus forte e soberano, que direciona a história para Sua glória
e o bem de Seu povo (Romanos 8.28–30; 11.36).
A onipotência e soberania de Deus nos capacitam na

santificação. A onipotência de Deus é a base do poder de
transformação concedido a nós na santificação. Temos confiança
e trabalhamos na nossa santificação diariamente porque o
Espírito Santo que habita em nós nos concede poder de Sua fonte
inesgotável. Além disso, temos a certeza de que Deus completará
Sua obra de santificação em nós devido à Sua onipotência
(Filipenses 2.13; Efésios 3.14-19).
A onipotência de Deus é um dos fundamentos principais que

encoraja o povo de Deus a orar. Oramos porque acreditamos em
um Deus que tem o poder de agir em nossas vidas, e mudar nossos
corações e circunstâncias. Jesus também nos incentiva a orar ao
revelar a bondade e o poder de Deus (Mateus 7.11,12).
Na crucificação, Jesus demonstrou ser Deus Forte. A luta era

intensa, pois Ele carregava sobre si todo o pecado do mundo,
enfrentando uma dor que era profundamente difícil de suportar.
Mesmo diante das maiores aflições, Jesus não abandonou o
propósito de entregar Sua vida na cruz por nós. Sua obediência é
o que nos redimiu, proporcionando-nos a vida eterna.
Oração: Senhor, sabemos que o Senhor é o Todo-Poderoso,

então ajude-nos a andar segundo a Tua santa vontade e que não
caiamos em tentações. Oramos para que teu Santo Espírito nos
ajude a vislumbrar um pouco de sua força e poder para que
sejamos santos como teu Filho nos ordenou. E é em nome dEle
que oramos confiantes, amém!

DEVO
PAI DA ETERNIDADE
“Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o

mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus; Pois mil anos, aos
teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília
da noite” Salmos 90.2 e 4
Jesus sempre existiu, pois “Ele é antes de todas as coisas” (Cl

1.17). Antes de ser gerado pelo Espírito Santo no ventre de sua
mãe, Jesus já preexistia sendo parte da Trindade Divina “subsistindo
em forma de Deus” (Fl 2.6). Jesus estava na criação de tudo como
o “verbo de Deus” (Jo 1.1, 14). A ressurreição de Jesus também é
uma prova de que ele sempre existiu para a eternidade.
Assim como o Pai, Jesus também é eterno, como declarado por

Ele mesmo: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). O apóstolo João, no
início de seu evangelho, enfatiza essa verdade ao afirmar que o
Verbo estava com Deus desde o princípio e era, de fato, Deus,
sendo o agente criador de todas as coisas (Jo 1.1-3).
O Pai é aquele que gera, e a Eternidade é uma criação divina,

um magnífico projeto de Deus para a humanidade. Todos que
creem no nome de Jesus e em Sua obra redentora alcançarão a
vida eterna. Jesus não apenas concebeu esse plano, mas também
é o autor e consumador da fé (Hb 12.2).
Jesus é o Pai da Eternidade. Aqueles que creem Nele desfrutarão

da eternidade ao Seu lado. A pergunta crucial é: você crê? Confie
em Jesus Cristo e nos planos pacíficos que Deus tem para sua
vida. Aqueles que creem Nele aguardam com esperança a
manifestação da glória do grande Deus e Salvador, Cristo Jesus

(Tito 2.13).
Ao ser identificado como o “Pai da Eternidade”, Jesus é

reconhecido como o supremo Senhor do tempo, o dispensador da
salvação eterna e a encarnação da graça divina que ultrapassa
o tempo. Ele proporciona esperança àqueles que buscam uma
mediação divina com Deus.
Jesus assume a responsabilidade de guiar os crentes para além

das limitações terrenas, oferecendo uma promessa de vida eterna
e uma via para a verdadeira paz. Sua identidade como o “Pai da
Eternidade” ressalta não apenas sua natureza eterna, mas
também seu papel como único mediador entre o mortal e o eterno,
guiando os cristãos ao eterno Deus.
Oração: Deus eterno, obrigada mais uma vez por seu Filho
Jesus. Aquele que morreu para que nós fossemos eternos, hoje
está à sua direita intercedendo por nós, pecadores miseráveis.
Perdoe nossas falhas quando não vivemos de acordo com a
realidade que Cristo nos proporcionou: uma vida eterna, longe do
choro e da tristeza. Em nome do Nome sobre todo Nome, amém.

DEVO
PÃO DA VIDA
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a

mim não terá fome” (João 6:35)
Particularmente, possuo uma característica marcante entre

todos os que me conhecem mais intimamente: eu viro outra
pessoa quando estou com fome. É como se existisse uma versão
minha com fome — impaciente, resmungona e sem senso de
humor — e outra versão totalmente diferente — mais tranquila,
alegre e carismática — quando alimentada. Sei que muitas
pessoas se juntam a mim neste quesito, a barriga vazia tem o
poder de nos transformar. Para além de uma questão de humor,
nós precisamos de alimento para nos fornecer energia e tudo
mais o que o nosso corpo precisa para funcionar bem.
O alimento que comemos aqui, assim como o maná do povo de

Deus no deserto, é um alimento perecível, que possui um prazo
de validade. Assim também, o nosso organismo não se satisfaz
para sempre com apenas um pedaço de pão - nós comemos, e,
não importa o volume da refeição, algumas horas depois
precisamos nos alimentar novamente. Me parece que o Senhor
fez o nosso corpo para constantemente nos lembrar de nossa
fragilidade e limitação, e que, aqui deste lado, não temos plena
satisfação. O estômago vazio nos faz lembrar de uma verdade
eterna: as coisas da terra não podem nos satisfazer plenamente.
As coisas aqui possuem um prazo, são limitadas e não nos dão
exatamente o que precisamos para ter a verdadeira vida.
Essa também é uma verdade espiritual: assim como nosso

corpo precisa de alimento, mais ainda precisa a nossa alma. A

bondade de Deus revelada em sua Palavra nos traz uma esperança

viva, que, embora nossa alma não encontre satisfação nas coisas
da terra e sinta fome de algo que não perece, temos no Senhor
Jesus exatamente tudo aquilo que precisamos para uma vida
plena.
Jesus diz que há um verdadeiro pão do céu, e que este pão

somente o Senhor Deus e Pai pode dar (cf. João 6.32). A palavra
“verdadeiro” aqui tem um significado especial. Jesus refere-se ao
que é permanente, como oposto a algo meramente provisório e
representativo. No deserto, o pão que Deus providenciou por
intermédio de Moisés era apenas material e temporário, mas
Jesus Cristo é o verdadeiro, espiritual e eterno Pão da Vida.
Há em nós uma fome deste Pão, que por vezes tentamos suprir
com bens materiais, sucesso no trabalho, casamento, maternidade,
realizações pessoais, reconhecimento, mas a única coisa que
conseguimos é provar que estas coisas não saciam a fome da
nossa alma. Enquanto não provarmos o verdadeiro Pão,
buscaremos sentido nas coisas do mundo e seremos cada vez
mais insaciáveis.
O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Pão porque ele jamais

perecerá. Jesus é eterno, verdadeiro, fiel, santo, justo, digno,
amável, bondoso, e tudo o que precisamos, somente nele podemos
encontrar. Somente Cristo pode nos satisfazer.
Aqueles que comeram do maná morreram, mas aquele que se

alimenta de Jesus, o verdadeiro Pão da Vida, nunca mais terá fome.
Podemos ainda hoje, com alegria e confiança, clamar a Deus

por este Pão vivo que desceu do céu, o Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Você sente-se vazia, provando dia após dia que as coisas
que tanto busca não trazem sentido e satisfação? Clamemos
neste momento ao Senhor que envia o Pão.

Oração: Dá-nos, amado Senhor, do verdadeiro Pão da Vida!

Dá-nos o seu Cristo hoje, para que nele encontremos vida eterna!
Dá-nos do Pão que sacia para sempre, precioso Senhor! Que cada
alma cansada e faminta seja encontrada agora pelo teu poder,
pelo teu Espírito e alimentada pelo verdadeiro Pão da Vida, nosso
Senhor Jesus. Que não mais busquemos coisas deste mundo para
preencher nossa fome, pois sabemos que somente o Senhor pode
saciar-nos. Louvado seja o teu nome, querido Pai, que de antemão
viu a nossa necessidade e nos deu Cristo, o Pão que sacia nossa
fome. Amém!

DEVO
CORDEIRO DE DEUS
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse:
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)
Você já se culpou incansavelmente depois de cometer um erro,

ou até mesmo um pecado, mesmo após a conversão? Estou certa
que há dentro da maioria de nós uma guerra contra nós mesmas,
nossa consciência e o nosso coração. Sabemos que Cristo morreu
por nós. Cremos que o Senhor nos justificou de todo pecado na
cruz. Recebemos o perdão mediante a fé na obra de Jesus. Mas
ainda assim, muitas vezes ainda nos culpamos, e mesmo que
involuntariamente, duvidamos em nosso íntimo se realmente
fomos perdoadas, não é mesmo?
No Antigo Testamento, pela lei dada por Deus no livro de

Levítico, todo pecado poderia ser perdoado mediante um sacrifício.
O cordeiro, que é o filhote da ovelha, um animalzinho pequeno e
manso, normalmente era requerido como oferta para perdão dos
pecados. Embora essa figura do cordeiro também aponte para
Cristo em um sentido de mansidão, ao termos Cristo como o
Cordeiro de Deus, estamos falando sobre seu sacrifício. Jesus
Cristo, o Filho de Deus, foi o sacrifício escolhido por Deus para a
expiação dos nossos pecados.
No livro de Êxodo, vemos as dez pragas enviadas por Deus ao

Egito, sendo a décima praga a morte dos primogênitos. Neste
momento da história, Deus dá a Moisés instruções que protegem
os israelitas desta praga, e o povo então obedece. A instrução era
que, cada homem, deveria tomar um cordeiro para a sua família,
macho e de um ano, sem defeito algum, para ser sacrificado ao

entardecer. O sangue do cordeiro sacrificado deveria então ser

aplicado nos batentes e vigas das portas onde se comeriam os
cordeiros. O Senhor passaria pelo Egito trazendo a morte do
primogênito de todas as criaturas, mas o sangue no batente seria
um sinal indicando as casas em que estariam o seu povo, e quando
o sangue fosse visto, ele passaria adiante. Essa última praga, na
verdade, apontava para uma realidade futura — Deus mesmo
enviaria um Cordeiro que servisse de expiação para o seu povo.
Mais de um milênio depois dessa ocasião, João Batista vê Jesus

e diz: “Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João
1.29). Alguns anos depois, o apóstolo Pedro escreveu: “Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo,
como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.18,19).
O que o Senhor quer nos dizer em sua Palavra, nos revelando

Cristo como seu Cordeiro, é que, sim, realmente tínhamos razões
para duvidar se realmente fomos perdoadas; sim, tínhamos
infinitos motivos para nos sentirmos culpadas pelo nosso pecado.
Mas o próprio Deus mudou a nossa realidade quando nos deu o
Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus que veio para nos lavar do nosso
pecado.
A verdade é que todos merecemos morrer por causa de nossa

rebeldia contra Deus, mas graças a Deus por Jesus Cristo, que
como um cordeiro imaculado entregou a si mesmo como oferta
por nosso pecado. Por causa do seu sangue, toda dúvida, medo e
culpa podem ser lançados aos pés da Cruz.
Se o sangue do cordeiro sacrificado passado nas portas

anunciava que ali havia povo de Deus, e portanto não haveria
morte, quanto mais o sangue do Cordeiro de Deus derramado
sobre cada uma de nós nos traz vida e salvação! Louvado seja o
nome do Senhor! Digno é o Cordeiro de Deus, que venceu a morte
e nos deu vida eterna.

Toda vez que formos tentadas a viver com medo e culpa, nos
lembremos que Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus. Podemos hoje
louvar a Deus e agradecer por ter enviado seu Filho como oferta
pelo nosso pecado. Podemos hoje nos alegrar porque Cristo é o
Cordeiro de Deus, cujo sangue está derramado sobre nossas vidas,
nos garantindo uma vida de liberdade, paz e alegria no Senhor!
Podemos hoje nos juntar ao coro com aquela famosa Canção do
Apocalipse:
Digno é o cordeiro que foi morto
Santo, santo ele é!
Oração: Querido Senhor, como é bom poder celebrar as tuas

obras! Obrigada Pai, porque graças ao seu Cordeiro, nosso Senhor
Jesus, temos nossas dívidas canceladas de uma vez por todas —
não por nada que possamos fazer, mas graças ao poderoso
sangue do Cordeiro derramado sobre nós. É neste sangue que
reside a nossa confiança, e somente nesse sangue temos vida.
Que pela sua graça, nos livremos de confiar em nossas obras e
possamos nos lançar ao seu amor, graça e perdão, e desfrutar
verdadeiramente da liberdade que temos pelo sangue do Cordeiro.
Amém!

DEVO
MÉDICO DOS MÉDICOS
“Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado

durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: ‘Você quer ser curado?’”
(João 5:6)
Deste lado da eternidade, experimentamos vários tipos de

dores, aflições e doenças que muitas vezes nos levam a questionar:
será que Deus está me vendo? Será que ele se importa com esta
aflição? Será que Deus não poderia curar meu corpo debilitado?
Será que Deus não poderia me livrar de tamanha angústia, essa
terrível dor na alma?
Os evangelhos não nos poupam de muitas histórias em que o

Senhor Jesus cura pessoas. Uma vez, Jesus foi a uma festa em
Jerusalém, mas enquanto o povo se alegrava, Jesus teve seus
olhos inclinados para uma porção de pessoas em sofrimento, e
se dirigiu ao tanque de Betesda, ou “Casa de Misericórdia”. Jesus,
movido por compaixão e desejo de obedecer a vontade do Pai de
salvar pessoas e socorrer os que estão sofrendo, caminha para
este lugar de gente em desespero, deformidades, que estão
emocionalmente destruídos e muitos feridos e sangrando — no
corpo e na alma.
O tanque de Betesda abrigava uma multidão de feridos e

doentes sem perspectiva de cura. Essa multidão era alimentada
pela crença de que um anjo, em algum momento, desceria para
movimentar a água do tanque e então, o primeiro que entrasse
na água seria curado. Nesse contexto de ansiedade, desesperança
e doença, caminha o grande Médico dos Médicos. Jesus, no meio
dessa multidão adoecida, distingue um homem, um paralítico

entrevado em sua cama.
Nessa história podemos ter esperança: Jesus é o maior médico

de todos. A medicina mais avançada não pode fazer o que o Senhor
pode fazer por nós. No meio da multidão ferida, Jesus nos encontra
como encontrou este paralítico, e está disposto a nos curar assim
como curou este homem e tantas outras pessoas com quem viveu.
Há dores e feridas que somente o Senhor conhece. Há lugares

que somente um médico como Cristo pode tocar e curar. Há coisas
que somente Jesus pode fazer por nós. Aquele homem estava há
38 anos esperando uma oportunidade para entrar no tanque, mas
ele precisava de ajuda enquanto era invisível a todos os olhos ao
seu redor. Mas não era invisível aos olhos do Senhor. Em meio a
nossa desesperança, também não estamos invisíveis aos olhos
de Deus. Para a pior doença que definha o ser-humano, a saber,
o pecado, Deus enviou um grande Médico — Cristo deu sua vida,
derramou o seu sangue, para que fôssemos curados deste terrível
mal que definha tanto nosso corpo quanto a nossa alma.
O Médico dos Médicos ainda opera milagres e curas, e pode

fazer a nós a pergunta que fez a este homem paralítico ao
distingui-lo em meio a multidão: “Queres ser curado?”. Assim como
viu a vida deste homem, Jesus também está vendo a nossa vida
neste exato momento. Ele sabe qual é a nossa doença. Cristo
conhece exatamente cada área da nossa vida em que precisamos
de cura, e está plenamente disposto a fazê-lo.
O paralítico passou anos sendo invisível aos olhos da sociedade,

mas o Senhor estava vendo. Jesus sabia que aquele homem
estava há 38 anos enfermo, e conhecia a causa do seu sofrimento.
Da mesma forma, Jesus conhece a nossa dor, nossa enfermidade,
nossa angústia, nosso vazio, nossa crise, nossa fé débil. O Grande
Médico tem em suas mãos o nosso diagnóstico e sabe exatamente
há quanto tempo estamos sofrendo, e o momento exato de
intervir. Ele vê os sonhos frustrados, a dor do abandono, as feridas
da alma e do corpo, a gravidade do pecado que assola nossa vida,

a culpa que nos definha dia após dia. Não há mal algum que este
Maravilhoso Médico não possa curar.
Não importa há quanto tempo estamos sofrendo, e nem por

quanto tempo ainda sofreremos, e sequer importa se um dia, aqui
deste lado, deixaremos de sofrer. Basta saber que há um poderoso
Médico, o Médico dos Médicos, que pode nos salvar e nos curar
de qualquer mal. Que a nossa fé encontre descanso no fato de
que Cristo já ofereceu cura contra a pior doença que poderíamos
ter — o pecado que nos separava de Deus, e que ainda que nossas
dores físicas não sejam curadas, as espirituais já o foram. Que
não cansemos de clamar, dia e noite, pela intervenção divina deste
maravilhoso Salvador, que nossa fé não desfaleça e que, enquanto
esperamos, possamos fazer coro com o hino 7 da Harpa Cristã:
Contra os males deste mundo,
Deus nos vale só;
Não há mal que Deus não cure,
Pois de nós tem dó.
Cristo cura, sim,
Cristo cura, sim.
Seu amor por nós é imenso;
Ele cura, sim!
Derramou seu sangue puro
P’ra remir a mim;
Quando ungido sou de azeite,
Sou curado, enfim!

Só noss’alma é bem segura,
Oculta em Jesus;
Ele o bálsamo da vida,
Derramou na cruz.
Glória a Deus! Eterna glória,
Demos-Lhe louvor;
Glória, cânticos e hosanas
Dai ao Redentor!
Oração: Precioso Senhor, clamamos a ti neste momento porque

conhecemos quem és —o Médico dos Médicos, poderoso em obras
e rico em misericórdia. És aquele que nos conhece e sabe que
somos pó. Todos nós temos pelo que clamar a ti neste dia, seja
pela cura física, emocional ou espiritual, e assim o fazemos. Como
encontraste aquele paralítico, encontra-nos hoje em nossa
angústia e oferece a nós a mesma pergunta, pois queremos ser
curados. Que a nossa fé não desfaleça em meio a espera, mas
que confiemos plenamente que o Senhor é o Deus que nos vê,
conhece nossa aflição e sabe exatamente o momento de intervir.
Enquanto isso, que nossa alma possa louvá-lo. Te adoramos,
Senhor! Amém!

DEVO
MESTRE
“Vocês me chamam de Mestre e Senhor, e com razão, pois eu

o sou.” (João 13:13)
Em termos gerais, um mestre é alguém que atingiu um nível

excepcional de habilidade, conhecimento e experiência em uma
determinada área. Ele também é uma pessoa que está sempre
estudando e buscando crescer em sua especialidade. É difícil
encontrarmos alguém que seja mestre em mais de uma coisa,
pois para alcançar um patamar elevado, ele ou ela precisa focar
em uma coisa só de cada vez.
Se pensarmos em Cristo somente nos termos terrenos, não

conseguiremos enxergar a totalidade de sua maestria. Nosso
Senhor é um mestre perfeito e tem conhecimento de todas as
áreas. Ele não precisa se aperfeiçoar ou melhorar em nada.
Quando ele encarnou nesta terra, já mostrou aos homens que

amava a Palavra de seu Pai celeste e estava pronto para ensinar
aos demais o caminho da verdade. Em Lucas 2:41-52, lemos sobre
a viagem da família de Jesus para Jerusalém para a celebração
da Páscoa. Nessa ocasião, Jesus, com apenas 12 anos, já estava
“sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas”
(vs. 46 NVI). Também é registrado que “todos os que o ouviam
ficavam admirados com a sua inteligência e com as suas respostas”
(vs. 46 NVI).
A Bíblia não fala como foi a infância de Jesus para além desse
relato de sua pré-adolescência e o quanto de instrução da lei ele
aprendeu com seus pais, mas sabemos que, além desse ensino

terreno, ele nunca deixou de ser sabedor e conhecedor de todas

as coisas por estar em um corpo limitado, sua mente e capacidades
nunca se limitaram.
Quando Jesus começou seu ministério, ele ensinou de várias

maneiras os doze discípulos e seus seguidores. Ele foi reconhecido
e chamado de mestre várias vezes nos evangelhos, e de fato ele
era. Os escribas e fariseus, porém, não entendiam e até
desprezavam Jesus, pois ele não estudou como eles. Mas nosso
Mestre provou por seus ensinamentos que ele verdadeiramente
veio do Pai para dar instruções valiosas e eternas, sem buscar a
glória dos homens e sem impor cargas pesadas nos ombros de
seus ouvintes. Ele foi um Mestre compassivo, misericordioso,
firme, justo e santo, e não só ensinou, mas também viveu o que
ensinava. Ele ensinou por meio de parábolas, sermões e também
por meio de exemplos quando, sendo mestre e maior que todos,
se fez servo lavando os pés de seus discípulos. Ele foi um mestre
diferente do que as pessoas conheciam. Os mestres eram pessoas
que eram servidos por outros, mas ele veio como Mestre e ainda
sim serviu, dando a sua vida em resgate de muitos, morrendo em
nosso lugar em uma cruz (Mc 10:45).
Jesus ensinou de maneira perfeita todas as coisas que

precisamos saber sobre como viver para a glória dele em santidade
e temor. É com ele que aprendemos a amar a Deus e ao próximo,
o caminho para o céu, perdoar e amar nossos ofensores e inimigos,
ter compaixão, ser misericordioso, orar com perseverança, buscar
seu reino e justiça, ajuntar tesouros no céu, não ser hipócrita, viver
em comunhão, confiar em seus cuidados, entre muitos outros
ensinos.
E qual deve ser nossa postura em relação ao Mestre Jesus? Ele

é aquele a quem devemos olhar e copiar seus passos, ser seus
imitadores, seus seguidores. Devemos, assim como Maria, nos
assentar aos pés do mestre e ouvir suas palavras (Lc 10:39). Isso
fazemos hoje por meio da leitura e meditação das Escrituras. Nos

achegar a ele de todo coração, pedindo que ele abra nossos olhos
e mente para entender seus ensinos e viver todos os dias o
evangelho. E quando fizermos isso, estaremos buscando e
escolhendo a melhor parte.
Diferente de Jesus, nunca devemos parar de aprender e temos

que, dia após dia por meio do Espírito Santo, buscar aperfeiçoar
nosso conhecimento das Escrituras. Devemos copiar sua postura
de humildade para poder servir as pessoas ao nosso redor. Desse
modo, poderemos com temor e sabedoria, ensinar nossos filhos,
sobrinhos, irmãos em Cristo em nossa comunidade local a seguir
esse mestre perfeito e eterno.
Que o desejo do nosso coração seja caminhar, assim como os

discípulos, ao lado do Mestre Jesus, ouvindo seu chamado e seus
ensinos.
Oração: Querido Jesus, nos ajude a aprender de ti, a sermos

como tu és. Nos dê graça para vivermos como discípulas,
aprendendo e ensinando seus santos e preciosos caminhos.
Obrigada por ser nosso mestre e Senhor. Amém.

DEVO
ALFA E ÔMEGA
(PRINCÍPIO E FIM)
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim” (Ap 21:6)
A Bíblia apresenta Jesus com vários nomes que representam

suas maneiras de ser e agir por nós. No Evangelho segundo João,
vemos Ele dizendo ‘Eu sou’ e completando essa frase com alguns
adjetivos. No livro de Apocalipse, que narra os acontecimentos
dos últimos dias, encontramos o versículo onde Jesus se descreve
como o Alfa e Ômega, o princípio e o fim, quando Ele diz que tudo
está feito (Ap 21:6). Nosso Senhor atua em todas as esferas do
universo. Quando Ele diz ser o Alfa e Ômega, que são a primeira
e última letra do alfabeto grego, está nos comunicando que ele
está acima de todo nome e que Nele reside toda a sabedoria, pois
ele carrega todo o conhecimento. Não existe nenhum fator nesse
mundo que passe despercebido a Deus.
Cristo também é o princípio e o fim. Ele é eterno e vem antes

de todas as coisas. Ele está além de todo o universo como soberano
Criador e Consumador. Podemos saber disso porque Ele estava
lá quando tudo foi criado pela palavra do seu poder (Jo 1:1-2). Tudo
o que foi criado e o fim de todo o propósito divino estão em Cristo.
Em Colossenses, Paulo diz que tudo foi feito por e para Jesus, que
ele é antes de tudo e nele tudo subsiste (Cl 1:16b-17). Ainda na carta
destinada à igreja de Colossos, Paulo diz que ele é o primogênito
de toda a criação (Cl 1:15) e em Hebreus, diz que ele foi constituído
herdeiro e que fez o Universo (Hb 1:6).
Quando pensamos em primogenitura, pensamos no irmão que

nasce primeiro que os outros, mas em relação a Jesus, não é isso
que o texto quer comunicar, pois Paulo estava justamente

rebatendo essa ideia. Essa declaração não quer dizer que ele foi
o primeiro a ser criado, pois ele não é um ser criado, mas que ele
ocupa o lugar mais elevado e está acima dos demais. No
comentário da Bíblia de estudo de John MacArthur, ele diz: “Jesus
é o primogênito no sentido de que tem a preeminência e possui o
direito da herança sobre todas as coisas. Esse termo foi usado
para falar sobre essa herança que o primogênito recebia por
direito”. McArthur conclui dizendo: “Ele existe antes da criação e
é exaltado acima dela.” Esse é Jesus apresentado a nós.
Jesus, o conhecedor e sabedor de tudo, o grande herdeiro de

todas as coisas, se fez homem e precisou aprender e depender
de pais terrenos e ser obediente à eles por um período de sua vida
(Lc 2:51). Ele que criou todas as coisas, se humilhou, se limitou,
entrou no tempo deixando sua eternidade para caminhar nesta
terra, sem ter onde reclinar sua cabeça, rumo a um monte para
morrer de modo cruel, em uma cruz, sem ter culpa de nada, sendo
maltratado, zombado e desprezado por amor ao seu povo. E foi
por esse amor que ele se fez o primogênito entre todos os irmãos
(Rm 8:29), subindo ao céu e entrando na presença de Deus como
o Deus-Homem, com seu corpo glorificado e assentado à direita
de Deus, sendo exaltado e se fazendo nosso mediador e sumo
sacerdote (Hb 1:4b).
Através de seu sacrifício, de sua compaixão e de sua

misericórdia, hoje podemos também ter acesso direto a Deus Pai,
encontrando aceitação e graça por meio de Seu sangue. Ele nos
abriu as portas, rasgou o véu da separação e nos mostrou o
caminho sendo o autor e consumador da nossa fé (Hb 10:19-22 e
12:2). Ele consumou na cruz nossa salvação, nos livrando da morte,
da culpa e da condenação do pecado. Em obediência, Ele cumpriu
todo o plano eterno e um dia virá para nos restaurar e nos levar
para a eternidade ao lado do Pai. Jesus é a peça final, Ele completa
tudo fazendo o que nunca seríamos capazes de fazer.
O nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus

nos prova que ele é Deus, o Alfa e o Ômega, estando acima de

todos os nomes, o Primeiro e o Último, sendo maior que todas as
coisas; o Princípio e o Fim, elevado acima de todo o tempo.
Conhecendo essas verdades, devemos nos humilhar e adorar
Cristo que é tão grande e maravilhoso, pois foi ele que nos amou
antes da fundação do mundo e planejou, por amor a nós, se
entregar para ser o Salvador e Redentor. Gosto da letra de um
corinho que diz: “Não sei como Jesus, que é eterno, por ímpios
nessa terra se entregou, indago esse mistério do Calvário, de
demonstrar por mim tão grande amor. Mas Deus controla o
impossível, seu poder jamais tem fim, seu ser é incompreensível,
mas Deus no céu cuida de mim.”
Que essas verdades maravilhosas inundem nossos corações

neste Natal, pois esse grandioso e santo Deus que veio ao mundo
e nasceu como um pobre bebê é o nosso Senhor e Salvador, e
nessa salvação podemos descansar e confiar. Devemos viver
sabendo que Ele já consumou todas as coisas, que sua vitória já
foi garantida na cruz e que estamos aguardando sua volta para
finalizar e acabar de uma vez com o pecado, a morte e o inimigo.
Podemos viver uma vida feliz e segura em sua soberania, graça
e poder, e saber que um dia Ele findará sua obra em nós, nos
fazendo perfeitas e plenas à sua semelhança e nos dando o
privilégio de gozar para sempre da sua presença.
Oração: Senhor Jesus, agradecemos a ti por seu grande amor

por nós. Por deixar seu lar e vir a esse mundo cumprir a vontade
do Pai e consumar tudo. Te louvamos por seu amor, misericórdia,
fidelidade e graça salvadora. Amém!

DEVO
MESSIAS
“Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou

o lugar onde está escrito:
‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para

pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar
liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para
libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor’.
Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se.
Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a
dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de
ouvir’”. (Lucas 4:17-21 NVI)
Jesus é aquele em que todas as profecias se referiram. Desde

a criação, Ele é a semente da mulher o qual todo o Antigo
Testamento apontava. Ele é o tabernáculo e o templo, Ele é a
coluna de nuvem e a coluna de fogo, Ele é a Rocha que jorrava
água viva, Ele é o maná que desceu do céu, Ele é o Verbo que se
fez carne e habitou entre nós. Jesus Cristo, o Messias, é o dono de
todas as coisas, é o ponto principal em que toda a Palavra volta
os nossos olhos para Ele. Neste devocional vamos olhar para o
seu ministério e perceber que desde sempre, o próprio Jesus
apontava para si como o Messias Prometido.
No Antigo Testamento os profetas quando se referiam sobre

o Messias, falavam de alguém cheio do Espírito Santo para reinar
com sabedoria, entendimento e temor do Senhor (Isaías 11.1-2).
Logo, o Messias é o portador do Espírito Santo de Deus que se
derrama sobre todos seus filhos e filhas (Joel 2.28). Ah, como é
precioso o ministério do Messias em nossas vidas! Quando nos

rendemos ao seu senhorio, recebemos redenção, amor e graça.
Ele mesmo proclamou a profecia de Isaías enquanto estava a

ensinar na sinagoga perante os fariseus, querendo mostrar-lhes
que era dele que a Palavra profetizava e naquele dia se cumpriria
a Escritura. Sim, Jesus não só era o cumprimento da promessa,
como também era aquele que a anunciava!
No livro de Atos dos Apóstolos, Lucas revela que os discípulos,

depois de ver o seu Mestre morrer crucificado num madeiro,
receberam provas incontestáveis, por quarenta dias, de que Jesus
estaria vivo entre eles. O Cristo é aquele que, ressurreto em corpo
glorificado, come com os seus discípulos e deixa que toquem-lhe
as feridas a fim de não deixar dúvida alguma de que era ele, o
Messias prometido. Nada podiam contestar diante de verem com
os próprios olhos o cumprimento da obra salvífica de Jesus.
Somente o Messias da linhagem de Davi, predito pelos profetas
como o Salvador e o Resgatador, poderia ter a sua tumba vazia,
a pedra removida e o seu corpo glorificado! A ressurreição, embora
não fosse natural, era naturalmente possível para Deus.
Foi necessário que os discípulos vissem o corpo de Cristo

ressurreto em suas provas incontestáveis para que eles pudessem
ser então as testemunhas do Messias diante de toda humanidade,
proclamando que Jesus vive! Ele foi o comprimento da lei e de toda
profecia sobre si mesmo. Um menino nascido de mulher virgem,
nazareno da linhagem do Rei Davi, carpinteiro na Galiléia, homem
de pouca beleza, perseguido pelos fariseus, rejeitado pelos judeus,
condenado por Pôncio Pilatos, crucificado pelos romanos, morto
em Jerusalém e ressuscitado ao terceiro dia. Aleluia, a promessa
se cumpriu, o Pai fez de Seu Filho, sacrifício em nosso lugar. Esse
é o chamado do Messias: a reconciliação de Deus com o seu povo.
Nós fomos chamados para essa festa, querida. Ele vive e nos
chamou para participar de Seu Reino!
Os fariseus não reconheciam o ministério messiânico de Jesus

porque não tinham os seus corações regenerados pela Palavra.

Diziam que Jesus era o amigo dos pecadores e por isso era
impossível que com essas atitudes, ele fosse o Messias. Mal
sabiam eles que esse era o real propósito do Cristo. O Messias
verdadeiro é aquele que não veio para condenar, mas para salvar,
para dar a vida e morrer por nós. O Messias verdadeiro é o Filho
de Deus, que voltará gloriosamente para nos levar.
Diante de toda verdade que é revelada na Palavra e na vida de

Jesus, só existem duas possibilidades quando falamos sobre o
Messias: ou nós confiamos nas Sagradas Escrituras e nos
rendemos a Ele ou, mesmo conhecendo a letra acerca da promessa,
assim como fizeram os fariseus nós o rejeitamos e dizemos que
este não é o Salvador.
Que neste Advento possamos nos recordar de que aquele que

cumpriu toda a profecia acerca de si mesmo é o nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo! Ele reina para todo o sempre e agora,
sentado à direita de Deus Pai, governa todas as coisas e virá muito
em breve. Então poderemos entoar louvores juntas: “Glória, glória,
aleluia… Vencendo vem, Jesus!”.
Oração: Querido e Eterno Deus, graças te dou porque enviaste-

nos o Messias prometido em nosso auxílio! Toda a Palavra o
anuncia, toda a história caminha para Jesus! Louvo o Teu nome
porque me chamas a ser testemunha, por isso te peço, capacita-
me para anunciar as boas novas de Cristo por toda terra. Que o
meu falar, caminhar e agir, sejam todos pautados na Tua palavra,
em nome de Jesus, amém.

DEVO
REDENTOR
“Eu sei que o meu Redentor vive e que no fim se levantará sobre
a terra.” (Jó 19.25 NVI)
Quando falamos em redenção voltamos os nossos olhos

imediatamente para a cruz como uma memória afetiva de que,
se existiu alguém capaz de salvar todos os seus, esse alguém é
o nosso Senhor Jesus Cristo; que não simplesmente existe, antes
Ele é. E Ele é o nosso Redentor!
Desde Gênesis a Apocalipse, a história da redenção do povo de

Deus é marcada pela profecia do Salvador e o caminho que Jesus
percorreria até a morte de cruz. No versículo que citamos neste
devocional lembramos da vida de Jó. Um homem íntegro, reto e
temente a Deus, que teve a sua vida intensamente testada. Sofreu
a dor e o luto de perder seus filhos, perdeu toda a sua riqueza, foi
tocado por enfermidades sem fim e após muito sofrimento,
angústia e desprezo dos seus, teve a sua vida restaurada com
dupla honra enquanto permanecia fiel ao seu Senhor. Como bem
escreveu o pastor, Yago Martins, em seu livro “Esse Deus é o meu
diabo”: uma fé frágil não resiste ao livro de Jó. É um livro difícil de
engolir, mais ainda de entender. É com os olhos fixos em Cristo
que olhamos para esse livro como uma prova viva da Soberania
e misericórdia de Deus. Mas não é sobre Jó que eu quero falar com
você, mas sim sobre Jesus, o nosso Redentor.
Jó era um bom marido, bom pai, bom amigo e certamente

pregava acerca da vinda do Messias para seu povo, embora ainda
pouco soubesse. E mesmo sendo pouca coisa, tudo o que sabia
era verdadeiro e digno de depositar esperança. Ele sabia em quem

colocava a sua fé. E Jó, em meio à sua dor inimaginável, num

momento de perseverança e fidelidade, lembra-se a quem serve
e que o Deus que cuida dele não dorme. Jó conseguiu passar pela
dor porque estava convicto de que tinha para si um Redentor!
Assim, da mesma forma, nos lembramos de Cristo nesse

Advento, como uma maneira de fazer a nossa memória trabalhar
em nosso favor a fim de voltarmos os nossos olhos para Jesus,
esperando o dia que será revelada a sua glória e majestade de
uma vez por todas, para nos levar consigo até a eternidade.
Como bem disse Jó, sabemos que o nosso Redentor vive e que
no fim ele se levantará sobre a terra! Aleluia! Jó já tinha perdido
tudo de modo que não havia mais nada ao seu redor a não ser a
esperança de vida eterna através da promessa do Redentor. Assim
também somos nós, em meio às dificuldades ou aos momentos
de desespero: temos o nosso Redentor que vive e reina para todo
o sempre! O seu ministério é fiel e verdadeira é a sua Palavra! Ele
não abandona nenhum dos que o Pai lhe confiou. Já não há o que
temer, já não há porque desanimar, já não há motivos para desistir:
Cristo vive e reina sobre todos.
O que passa pela sua cabeça quando você se vê sem saída?

Como você tenta resolver uma situação que parece ser complicada
demais diante dos seus olhos? O que você pensa quando se sente
incapaz de solucionar seus problemas? Proclame aos quatro
cantos assim como Jó fez: Eu sei que o meu Redentor vive! Toda
angústia é cessada. Toda dor é curada. Toda lágrima é enxugada.
Toda perda é restaurada e tudo se faz novo quando sabemos que
temos ao nosso lado Aquele que nos resgatou das garras do
pecado e da morte.
O ministério de Jesus é marcado pela sua obra redentora de

salvação. Para celebrarmos o Natal é preciso internalizar essa
verdade em nossos corações: nosso Rei se fez menino e nosso
Redentor se fez sacrifício. Aquele que nos poupou de sofrer, tudo
sofreu por nós. O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele. O

nosso Resgatador também é o Cordeiro de Deus. O nosso Salvador

também é o sacrifício na cruz. O Santo de Israel se deu como oferta
pelos nossos pecados. O mesmo Rei se fez servo. Quem tudo tinha,
tudo entregou.
O verdadeiro sentido da redenção não é Jesus simplesmente

nos salvar do castigo que era nosso por mérito. Ser o nosso
Redentor é fazer parte não só do início, mas do meio e do fim do
processo. Não é apenas redimir, mas libertar. Não é apenas salvar,
mas perdoar. Não é apenas resgatar, mas reconciliar. Por meio do
Redentor nós fomos redimidos, libertos, salvos, perdoados,
resgatados e reconciliados com o nosso Deus Pai. E não há outro
motivo para agradecer senão este: Jesus, o Nazareno, é o nosso
Redentor!
Oração: Pai Celeste, te agradeço por nos enviar Jesus, o nosso

Redentor. O Cordeiro de Deus que se fez sacrifício por nossos
pecados e nos resgatou das trevas para nos dar vida eterna. Te
peço que eu possa ser igual a Jó, que sendo fiel a Ti, perseverou
em passar pelos sofrimentos crendo que tu estavas com ele.
Nenhuma dor e nenhuma aflição foi maior do que a que Cristo
sofreu por nós. Me ensina a ter mais fé, Senhor. Que eu possa crer
que o meu Redentor vive e que no fim, Ele se levantará sobre a
terra. Em nome de Jesus, amém.

DEVO
EMANUEL
“Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor

dissera pelo profeta:
‘A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão

Emanuel’ que significa ‘Deus conosco’.” (Mateus 1:22-23 NVI)
Tento imaginar como foi para Maria, uma jovem mulher ainda
virgem que, depois de um chamado irrecusável, tornou-se mãe
do Filho de Deus. Dentre muitas de suas responsabilidades a partir
dali, uma lhe permitiu descansar e não se preocupar: a escolha
do nome do seu filho, o Salvador. Apesar de ainda não ser mãe,
sei que é um grande desafio a escolha do nome dos filhos. Algumas
entre nós podem ter escolhido o nome ainda em sua juventude,
rodeada de amigas e sonhando alto com um futuro ainda incerto,
mas totalmente planejado na hora do intervalo da escola. Outras
podem ter guardado o nome escolhido a sete chaves com medo
de que alguma amiga roubasse na competição de “quem vai ser
a primeira mamãe do grupo?”.
Escolher o nome do seu primogênito é escolher o nome que vai

ecoar pela casa inteira, entre os corredores, na sala de estar, na
cozinha, no quintal… Todos os que conviverem com você
aprenderão e ouvirão o famoso nome escolhido. Como mãe, você
provavelmente vai falar mais o nome do seu filho do que o seu
próprio. É o nome que vai dar a vida ao ser que cresceu e se formou
dentro de você. Me parece que nomear um ser humano é uma
tarefa de muita responsabilidade. Nos tempos do Antigo
Testamento muitos judeus acreditavam que a escolha do nome
representaria o caráter do bebê. Nas Escrituras, podemos

conhecer diversas histórias de homens e mulheres que tiveram

seus nomes mudados pelo próprio Deus e junto com eles, seus
significados. Mas quero ir além dessa teoria, não olhando para
os nomes que nós escolhemos aos nossos filhos, mas sim, o nome
que o próprio Deus escolheu para Seu Filho, ao enviar-lhe como
promessa: Emanuel, Deus conosco.
O nome que o Pai escolheu para o seu Unigênito representa

exatamente o que Jesus veio fazer na terra: ser conosco. O nome
que ecoa pela eternidade revela a mim e a você que mais do que
ser o Deus que nos vê, Ele é o Deus que decidiu viver entre nós.
Não consigo deixar de notar que há um certo toque de detalhe do
Criador nessa história. Nada é por acaso. O Senhor, ciente da
humanidade caída que somos e de quão esquecidos podemos ser,
decide nos dar uma promessa viva de que Ele sempre estará
conosco. O nome que representa o caráter de uma pessoa, agora
é para nós o nome que nos lembra da Presença.
Como foi predito pelo profeta Isaías (Is.7.14), o anúncio acerca

de Jesus era a promessa para nós de que o Criador não tinha
intenção nenhuma de permanecer longe do seu povo. Nós fomos
criados por Ele e para Ele. O fim único da criação é a glória de Deus
e nós somos chamadas a viver essa verdade eterna. Deus, na
história da redenção, faz ecoar o nome sobre toda terra que nos
lembra de que Ele está conosco.
O Messias prometido? Emanuel.
Aquele que nos libertou do império das trevas? Emanuel.
O Salvador do mundo? Emanuel.
Aquele que ressuscitou dentre os mortos? Emanuel.
O Filho de Deus? Emanuel.
Aquele o qual toda língua confessará e todo joelho se dobrará

que Jesus Cristo é o Senhor? Emanuel.

O Verbo que se fez carne? Emanuel.
Ele é conosco para todo o sempre, de uma maneira que nunca

poderemos nos esquecer ou duvidar de seu amor, sua graça e
fidelidade. O Criador do mundo e Todo Poderoso, tornou-se
homem, nascido de mulher, para salvar a humanidade do pecado
e da condenação. O Deus encarnado se colocou em posição de
repleta humilhação sofrendo morte de cruz como Cordeiro
Imaculado, para que de modo majestoso ressuscitasse dentre os
mortos a fim de salvar toda a humanidade. Ele é Jesus, o Messias
Prometido.
Aleluia! Deus entre nós! Que neste Advento sejamos mais uma
vez inundadas desta verdade da presença maravilhosa do nosso
Amado. Cristo não está morto, sua promessa não pode ser
quebrada, seu amor não cessa e sua vinda está tão próxima
quanto o nosso próximo suspiro. Lembre-se de quão bom é
podermos celebrar a vida daquele que morreu e ressuscitou por
nós. O nascimento do menino Jesus só foi possível porque,
Emanuel, Deus esteve conosco.
Oração: Pai, obrigada por nos encher da Sua presença. Te

damos graças porque o Senhor enviou o seu Filho amado para
nos dar vida e nos salvar do pecado. Sim, Pai, te agradecemos por
ser conosco, por não designar a anjos tal missão de nos reconciliar,
antes, fazendo de si mesmo sacrifício em nosso lugar. Que jamais
nos esqueçamos de que o Senhor não está longe, não está
separado e não está além de nossa história. Te louvamos por ser
Emanuel, Deus Conosco, em todo tempo. Ensina-nos a exercitar
essa presença em nossos dias ordinários enquanto o Grande Dia
se aproxima. Em nome de Jesus, nosso Amado, amém.

DEVO
A VIDEIRA VERDADEIRA
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo

ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o
que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda.” (João
15.1, 2)
O Advento com certeza é a estação mais agitada e cansativa

do ano. De um lado, há a necessidade de planejar o jantar da ceia,
a decoração, a roupa e o presente do amigo secreto; do outro, é
preciso adiantar trabalhos, fazer a limpeza da casa, definir metas
para o próximo ano e fechar o atual com os melhores resultados.
Quanta coisa!
Não é curioso que na estação do Advento, marcada pela espera,

somos incentivados a acelerar ainda mais? A produzir mais? Seja
em casa, no trabalho ou nas redes sociais, o foco é dar conta da
agenda lotada para cumprir todas as metas do ano. Será que isso
é frutífero?
Querida, pare um pouco e pense: como estão seus ritmos hoje?

Os resultados do que você está fazendo, pela força de suas mãos,
têm gerado frutos saborosos ou têm produzido ainda mais
cansaço, sobrecarga e inquietação?
Em João 15, do versículo 1 ao 8, somos expostas ao Evangelho,

que nos ensina — a partir da vida de Jesus, a Videira Verdadeira
— a viver de forma frutífera em meio ao caos dos ritmos inquietos.
Videira é um dos nomes para Israel no Antigo Testamento (Jr

2.21, por exemplo). Porém, marcado pelo mesmo pecado que
escravizava as demais nações, o povo não conseguiu viver a

bênção de Deus.
Jesus, filho de Abraão e de Davi (Mt 1.1), por outro lado, viveu
uma vida de perfeita obediência, conquistando as bênçãos de
Deus e se revelando como a Videira Verdadeira. Perceba que onde
o povo falhou miseravelmente, Cristo foi bem sucedido.
Em uma roda de conversa recente, ouvi sobre o diálogo da mãe

de uma amiga, que tem uma grande videira em casa, com o seu
jardineiro. Ao se deparar com a exuberância da planta, este, sem
hesitação, cortou diversos ramos. A mãe da minha amiga
perguntou perplexa: “Por quê? Eles estavam tão bonitos!”. A
resposta do jardineiro foi incrível: “Se eu não cortasse aqueles
ramos, a videira não seria capaz de produzir frutos maiores e mais
doces nestes ramos”.
Querida, a Videira Verdadeira é podada pelo Agricultor. Algumas

destas podas são o pagamento pela busca independente por vida
(versículo 2a). Outras, são o cuidado de um Deus amoroso, que
deseja nos nutrir ainda mais (versículo 2b).
Pense um pouco em você agora. Como o Senhor está te podando

neste final de ano? De que modo ele tem te provocado a confiar
nele e a desfrutar da vida que flui graciosamente da Videira
Verdadeira até seus ramos? Quais esferas da sua vida as podas
divinas estão te convocando a colocar diante do Bom Pai, em
descanso? Lembre-se de que os ramos que não permanecem nEle
não conseguem produzir fruto algum.
A ideia de “permanecer” — termo repetido 12 vezes no texto de

João 15 — tem a ver com estar constantemente em contato com
Cristo, recebendo a sua vida. Como está hoje o seu relacionamento
com Jesus? Será que a sua rotina está sendo cuidada por uma
agenda satânica, pessoalmente comprometida por te afastar da
Videira? Veja, um ramo não fica momentaneamente em contato
com a videira, apenas “em seu horário de trabalho devido”, para
depois voltar para a casa e viver a própria vida. Sua vida é estar

plena e constantemente na videira.
Este texto é provocativo, pois, contrariando a perspectiva

mundana, ele diz que a nossa primeira vocação não é trabalhar
e conquistar. Nossa primeira vocação, antes de acordarmos,
prepararmos café para os pequenos, ligarmos nossos
computadores, abrirmos nossos livros e cadernos ou nos
locomovermos até nossos locais de trabalho, é nos relacionarmos
com Cristo. Só então, em segundo lugar e como efeito desse
relacionamento, nós frutificamos.
Como ramos, recebemos da Videira Verdadeira a vida que tanto

desejamos e não precisamos conquistar mais nada. Mesmo diante
das correrias e das decisões de final de ano, agora que
permanecemos em Cristo, nós não precisamos viver nos ritmos
das nossas agendas sobrecarregadas e caóticas, mas pelos
ritmos da graça, conquistada por Jesus a tão alto preço. Amém?
Oração: Senhor, neste final de ano, somos incentivados a

acelerar ainda mais, a conquistar e a sobrecarregar nossas
agendas com trabalhos, preocupações e ansiedades. Ajuda-nos
a compreender que em Cristo possuímos tudo o que necessitamos
e que nós, incluindo nossos dias e agendas, pertencemos a Ele.
Auxilia-nos, por meio do Teu Espírito, a entender as podas de cada
estação, para que possamos nos tornar cada vez mais semelhantes
a Jesus. E ajuda-nos a perceber que as podas não são um castigo,
mas atos de um Deus amoroso que nos conduz a viver ritmos
graciosos para Sua honra e glória. Em nome de Jesus. Amém.

DEVO
O BOM PASTOR
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.

O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas,
vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as
arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e
não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço
as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai
me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas
ovelhas.” (João 10.11-15)
Você faz parte do time que curte ouvir algo enquanto lava a
louça? Que coloca uma playlist animada para concentrar? Também
não consegue se exercitar sem música? Bem, a regra aqui é
simples: quando a pilha de louça cresce, coloco meus fones e
mergulho nos audiobooks.
A tecnologia nos presenteou com streamings e nós, brasileiras,

os usamos bastante. Só para se ter uma ideia, uma pesquisa2
recente mostrou que o Brasil é o terceiro país que mais consome
podcasts no mundo, perdendo apenas para Suécia e Irlanda. Dá
para acreditar?
Confesso que nem todos os meus dias têm melodias alegres e

histórias empolgantes. Há momentos estressantes de
tempestades e caos. No meio desse furacão, fujo para um lugar
onde dou voz ao ruído em vez de receber confronto, consolo e,
então, calmaria. Você também faz isso?
2
Brasil é o 3º país que mais consome podcast no
mundo. Exame.com,2022. Disponível em: https:// Ao final de um dia exaustivo, repleto de desafios e demandas,
exame.com/pop/brasil-e-o-3o-pais-que-mais-con-
some-podcast-no-mundo/. Acesso em: 14/11/2023.
deitamos cansadas com o eco de nossas mentes lembrando das

listas de tarefas não concluídas do dia. Esse murmúrio interior,

no fundo, confirma uma verdade: somos limitadas. Isso seria
devastador, caso não fôssemos também totalmente dependentes
do Bom Pastor, que cuida de suas ovelhas.
Um pastor de ovelhas comum dedica uma parte do seu tempo

e de seus recursos ao seu rebanho. Ele conhece suas ovelhas e
cuida delas, provendo alimento e segurança.
O curioso em João 10.11, todavia, é que Cristo se apresenta com

o Bom Pastor. Ele não é apenas um pastor ordinário, que faz o
trabalho esperado. Ele é o maravilhoso pastor que dá vida pelas
suas ovelhas. William Hendriksen3 muito bem pontua:
O bom pastor dá sua vida em benefício das ovelhas, mas a

única maneira pela qual ele pode beneficiar as ovelhas, salvando-
as da destruição perpétua e concedendo-lhes a vida eterna, é
morrendo no lugar delas.
Querida, Cristo deu a vida por nós, ovelhas medrosas e

incrédulas. Ele é o nosso Bom Pastor e nEle temos tudo o que
precisamos: vida em abundância.
Infelizmente, é provável que não temos nos relacionado

adequadamente com o Bom Pastor. Nossa correria revela o anseio
autônomo por conquistarmos nossa própria vida e,
frequentemente, talvez até mesmo inconscientemente, apenas
usamos Jesus como mais uma ferramenta para termos acesso
aos benefícios que desejamos. Quantas vezes não chegamos a
Jesus com uma lista de pedidos egoístas travestidos de piedade,
na esperança de sermos atendidas, já que fomos “boas meninas”
naquele ano, dia ou mês?
Não temos, como ovelhas de seu rebanho, confiado nEle, o

obedecido e o seguido com integridade. Temos ocupado nossas
mentes e corações com a voz do protagonismo e da autosafistação, 3
HENDRIKSEN, William. João:
fugindo da graciosa e frutífera verdade de que somos mulheres Comentário do Novo Testamento.
2. ed. São Paulo, Cultura Cristã,
limitadas em nós mesmas, mas ricamente abençoadas em Cristo. 2014.

Irmã querida, muitas vezes, em momentos de crise e sofrimento,

reclamamos por não ouvirmos a voz do Bom Pastor, como se ele
estivesse em mudo. Porém, como poderíamos ouvi-lo com tanto
ruído interno e externo a roubar a nossa atenção?
A boa notícia é que toda essa triste imagem não precisa ser a
descrição final sobre nós. No próprio capítulo 10 do evangelho de
João, Jesus diz que as suas ovelhas ouvirão a sua voz e, ao
reconhecê-la, o responderão adequadamente.
Que tal silenciarmos por um momento os nossos fones de

ouvido e o nosso próprio eu, para que a doce voz de Jesus ecoe
em nosso interior e nos conduza aos verdes pastos e às águas
tranquilas?
Talvez você esteja sendo confrontada por Cristo hoje. Se você

estiver ouvindo a voz do Bom Pastor ecoar neste texto, eu quero
te dizer que isso é indício de que você é uma das ovelhas do seu
aprisco. Então, neste caso, responda apropriadamente e se
entregue a Cristo.
Oração: Senhor Jesus, Tu és o Bom Pastor que dá a Sua vida

pelas ovelhas. Reconhecemos que, muitas vezes, buscamos seguir
nossa própria autonomia. Perdoa-nos por não confiarmos
plenamente em Ti e por permitirmos que o mundo e nossas
preocupações nos afastem da Tua doce voz. Ajuda-nos a silenciar,
confiar e obedecer completamente a Ti, nosso Bom Pastor. Em
Teu nome, oramos. Amém.

DEVO
LUZ DO MUNDO
“Jesus voltou a falar ao povo e disse: ‘Eu sou a luz do mundo.

Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz
da vida’”. (João 8:12)
Tenho incorporado uma prática contemplativa ao despertar,

que consiste em observar a luz que entra pelas frestas da janela
em casa e repetir para mim mesma: “As promessas do Senhor já
foram cumpridas. O Sol raiou mais uma vez.”
Isso tornou-se parte essencial da minha rotina, uma maneira

de evitar começar o dia imediatamente com uma lista de tarefas,
antes mesmo de colocar os pés no chão. Funciona como um
lembrete constante, especialmente nos dias caóticos, de que sou
iluminada pelo cuidado do Senhor desde as primeiras horas da
manhã.
Andar por lugares escuros é assustador. Porém, enfrentar os

momentos de escuridão na alma, no entanto, é ainda mais
desafiador. A dor penetra profundamente e, aos poucos, vai
ocupando espaço em nossas mentes e corações, concorda?
No Evangelho de João, capítulo 8, versículo 12, Jesus afirma ao

povo que Ele é a luz do mundo. Essa declaração não se limita
apenas à divindade de Jesus, embora seja uma verdade presente
no livro de João, mas é uma afirmação de que Jesus Cristo é o
Messias de Israel. O Senhor resgatou o seu povo. Ele enviou o
Messias, a Luz do Mundo que veio do Céu. Ele veio até nós trazendo
vida àqueles que estavam mortos em suas trevas.
Talvez você esteja passando por dias sombrios em sua jornada,

por um Vale de Sombra e de Morte. Infelizmente, deste lado da

eternidade, momentos assim são inevitáveis. Mas, anime-se,
querida irmã, porque a escuridão que você enfrenta não é eterna!
A Luz do Mundo encarnou e habitou entre nós. Ela iluminou a
realidade e pode libertá-la da escuridão.
Acordar todos os dias sendo relembrada das promessas de

Deus tem sido muito importante para o meu coração medroso,
que não confia naturalmente no cuidado do Senhor e acha que
deve trabalhar para conquistar segurança e garantia de uma boa
vida. Antes mesmo de abrir os olhos despertados pelo sol
nascente, Deus já havia cuidado de todas as coisas.
Querida, hoje você e eu estamos sendo convidadas a caminhar

ao lado de Jesus, e ser guiadas por Ele. Ele irá orientar todos os
nossos passos com clareza desde o acordar até ao anoitecer. Ele
se compromete a iluminar o nosso caminho pessoalmente e
assegura que nós não iremos enfrentar a escuridão sozinhas.
Além de desfrutar desta Boa Notícia, também somos

convidadas a proclamá-la às pessoas que nos cercam diariamente.
Irmã, você consegue imaginar como a vida delas seria, se a Luz
que nos ilumina refletisse nelas também? Agora, no Calendário
Cristão, estamos no Advento, um período marcado pela expectativa
vibrante pela chegada da Luz do Mundo. Aproveite esta
oportunidade para alimentar a fé no seu coração e transbordá-la
na vida daqueles que você ama. As promessas se cumpriram.
Jesus é a luz da esperança que nunca se apagará.
Oração: Senhor, te agradecemos porque desde o amanhecer

as Suas misericórdias se renovam. Podemos descansar em Ti.
Podemos confiar que Teu Filho Amado, nosso irmão mais velho,
irá guiar nosso caminho, um caminho que contém alguns
momentos de escuridão, tristeza e incerteza. Jesus, pedimos que,
nesses momentos, o Senhor possa nos ajudar, segurando em

nossa mão. Auxilie, por meio do Teu Espírito, nossos corações a

entenderem que não estamos sozinhos nessa jornada rumo à
eternidade. Ajude-nos também a sermos portadores da Tua luz
para aqueles que ainda não Te conheceram. Pedimos isso em Teu
nome. Amém.


18 Frutã Feras Devo Advento Os Nomes de Jesus

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ADVENTO | OS NOMES DE JESUS

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Conforme adentramos a temporada preciosa do

Nesta série de devocionais, convidamos vocês a

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“Também isso procede do Senhor dos Exércitos; ele é

Independente de qual seja a estação que você está vivendo

Infelizmente, a sociedade está tomada pela cultura consumista,

Em um tempo cheio de setas apontando o que fazer, para onde

Cristo tem respostas, e Ele também é a resposta que precisamos,

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Pai espera de nós e o centro da vontade que buscamos obedecer.

Olhando para a vida de nosso mestre, o que te faz pensar que

Nesta estação de sua vida, qual é o espaço que precisa ser

Oração: Mestre, reconhecemos que em Ti encontramos vida e

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“Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” (João 8:32)

“Na dúvida, não compartilhe”. Esse é o conselho do Tribunal

É triste pensar que na era da informação a mentira ainda seja

Por isso, é urgente a necessidade de apresentarmos a verdade

Agora, vamos refletir de forma mais prática, replicando a

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pergunta de Pilatos: “O que é a verdade?” A palavra grega para

Verdade não é qualquer coisa que parece ter dado certo, ou

Certa vez, li a seguinte frase: “a eternidade é um tempo muito

Oração: Pai, quão preciosa é esta vida de certezas que temos

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“Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que,

Acho esse um dos textos mais fantásticos da oratória de Cristo.

O curioso nesta discussão é que o povo judeu vinha esperando

Ainda hoje temos esta dificuldade, pois nossa natureza caída

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Senhor, a saber: nossa integridade, nossa dedicação, nossa vida

A beleza deste discurso de Cristo é justamente a afirmação de

Podemos aprender a prática dessa teoria observando os

Ah, se todos os cristãos tivessem essa coragem de abrir mão

Oração: Senhor, tem misericórdia de nosso coração sedento

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humanos o que só encontramos em Ti. Renova nossa visão a

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“E vocês, quem dizem que eu sou? Respondendo, Simão Pedro

Dentre tantas verdades que Pedro poderia afirmar sobre seu

Dentre as qualidades de Pedro (que muitas vezes se

Em seu livro “Deuses falsos”, o autor Timothy Keller usa

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que poderá realmente perdoá-lo.”

Ter Cristo como o verdadeiro Filho do Deus vivo é mais do que

A verdade, querida, é que não precisamos de nada mais além

“Entregue todos os seus ‘ feitos’ aos pés de Jesus. Fique com

Oração: Senhor, tu tens liberdade de limpar o trono do meu

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“Então Jesus declarou: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem

Há uma ilustração que gosto muito: de um lado, uma guirlanda

Antes mesmo de partir, Cristo deixou direcionamentos a

Se Cristo não tivesse ressuscitado, o que isso implicaria para

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Se ele permanecesse morto, o pecado triunfaria e nenhum de nós

A ressurreição não é apenas um milagre, mas a evidência de

A beleza do versículo de hoje está em receber a mensagem da

Oração: Deus de amor e infinita bondade, obrigada pela

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“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua

As primeiras palavras da Bíblia são bastante conhecidas: “No