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ERVAS

Um Breve Histórico das Ervas

Antes de falarmos sobre a utilidade e utilização das ervas acho interessante


entendermos um pouco sobre a natureza destes representantes do reino vegetal. Este
reino que compreende uma enorme quantidade de seres (como as plantas) de formas,
origens e qualidades diversas; deste reino podemos ter o que nos estimula, o que nos
perfuma, o que nos alimenta e o que nos cura. Como ervas a ciência define da seguinte
forma: plantas de caule mole, ou maleável, normalmente rasteiras sem a presença de
caule lenhoso e sua classificação comum é planta herbácea.

A relação do homem com o reino vegetal (e as ervas em específico) tem registros


bastante antigos e segundo pesquisadores se encontram indícios desta utilização na
Suméria, Babilônia, Assíria, Egito, China, Grécia, Índia, Arábia e África. Esse saber era
transmitido de forma oral compondo a cultura e os costumes destes povos, nestas
sociedades primitivas os mitos faziam parte da visão comum e sendo assim havia um
senso teológico ligando a cura de doenças com os poderes místicos das ervas, poderes
estes vindos dos Deuses por intermédio das ervas.

Historicamente a importância das ervas tanto no oriente quando no ocidente pode ser
medida pela corrida das nações do velho continente para encontrar o “caminho para
as Índias” com o principal objetivo de estabelecer uma rota de abastecimento das
especiarias nas cortes da Europa.

No Brasil a utilização de ervas ganhou força por ter uma vasta vegetação nativa, pelas
contribuições dos portugueses, dos nativos e dos negros escravizados que
contribuíram com seus saberes, proporcionando um mix de conhecimentos sobre
ervas (tanto as trazidas quanto às nativas) que nos faz referência até os dias atuais.

Cada uma das raças deixou como legado seu conhecimento ancestral incorporando
suas praticas ritualísticas na utilização das ervas pra cura de males físicos e espirituais.
Uma infinidade de curandeiros, benzedeiros e benzedoras, raizeiros, rezadores
indicavam chás, emplastos, ungüentos, garrafadas, pós, pomadas, feitas com ervas,
raízes, folhas, flores, troncos e sementes, muitas sendo aplicadas para promover cura
de todos os males juntamente com passes, orações e rituais.

Nossas praticas religiosas atuais tem raízes nas contribuições dos pajés que primeiro
aqui habitavam, do feiticeiro africano e do bruxo europeu, assim como na religião
Umbanda onde essas vertentes se confundem e não se tem uma exatidão do tamanho
da participação do índio , do negro e do branco nas nossas utilizações de ervas.
Depois de transcorrer sobre ervas na história e a forma como várias civilizações as
utilizaram vamos falar da nossa relação com as ervas no nosso meio religioso, a
Umbanda, que tem liturgia, ritualística própria oriunda das 4 etnias que a compõem.

Como liturgia temos o conjunto de praticas estabelecido para o desenvolvimento do


culto religioso, no nosso caso a “gira”; a defumação, os pontos riscados e cantados, o
toque do tambor e a gira propriamente dita com os guias em terra prestando caridade.
Como ritual ou ritualística de umbanda se define a forma como a liturgia é
desenvolvida nos diversos trabalhos (gira) realizados em cada terreiro.

Cada terreiro tem sua liturgia e sua ritualística, mas em todos há a força dos elementos
pertencentes à religião sendo eles: a pemba , a vela, os pontos (riscados e cantados), o
tambor , a defumação, o amaci, o bate folhas, os banhos. Fica clara a participação
fundamental das ervas , tanto na liturgia quanto na ritualística, e sendo assim vamos
passear por espécies e qualidades da flora que são propiciadoras de evolução,
crescimento, imantação de magnetismos, ampliação do campo mediúnico entre outras
valências.

Vamos falar mais especificamente de ervas para banhos, defumações, amacis, das
qualidades das ervas, das ligações com as qualidades humanas e em como equilibrar
aqueles em desequilíbrio, estreitar as ligações com guias mentores e protetores,
oferendar aos Sagrados Orixás.

Trazendo a ancestralidade para o nosso cotidiano ritualístico a figura do caboclo (da


miscigenação do índio com o branco) se refere à população residente no norte
(Amazonas e região) e em menor número no nordeste; este habito que foi incorporado
aos ritos umbandistas tem raiz no estreito contato do homem com a natureza.

Das matas vem a nossa ligação com as Divindades do reino vegetal e constitui um dos
pontos de força, da matriz vegetal nutrimos nossos corpos físico e espiritual, são fonte
de aprendizado, de cura, de evolução e de caminho para a espiritualidade responsável.

Falando especificamente de banho de ervas, a mãe natureza brasileira nos presenteou


com espécimes magneticamente ligadas aos espíritos que são os sustentadores da
religião. Com um simples banho com a erva correta pode desencadear inúmeros
benefícios aos corpos astrais e ao campo mediúnico.
E porque tomar banho de ervas?

Na composição do corpo humano temos aproximadamente 70% de água, este também


é o percentual de água existente na composição do nosso planeta, então nada mais
natural que nos servirmos das ervas em nossos banhos para nos equilibrar, nos
purificar, nos trazer conforto para o stress diário e nos conectar com a nossa
espiritualidade.

Também pelo fato de nossa composição atômica ser mais aquática as ervas são
potencializadas em suas ações em nossos campos e corpos espirituais como num
processo de “osmose etérica” agindo com seus magnetismos e nos propiciando
aproveitar melhor suas propriedades e ao que se propõe o uso de cada uma em um
banho específico.

Nos comércios e na internet há indicação de uma infinidade de tipos e composições de


banhos para diversos fins, alguns dos mais conhecidos são: banho de descarrego,
banho de limpeza, banho de prosperidade, banho de equilíbrio, banho de 7 ervas,
banho de 21 ervas banhos para cada um dos Orixás. Muitas vezes sem o devido
preparo ou conhecimento de suas propriedades adquirimos tais preparos de ervas e
produzimos o banho baseado no rótulo do produto adquirido.

Um dos pontos para essa realidade ser alterada é poder, minimamente, identificar nas
informações do rótulo se tais ervas apresentadas nas embalagens vão atuar da forma
desejada por você. É interessante que possamos ter mais informações ao decidirmos a
compra de um pacote de ervas numa casa de artigos religiosos ou comprando ervas
em uma feira livre.

Ervas frescas ou ervas secas?

Talvez você em algum momento tenha ouvido, ou lido, que ervas secas estão mortas e
que não servem para banhos ritualísticos, e que só se deva utilizar ervas frescas para
este fim. Esta pode ser uma discussão sem fim se não entendermos a possível origem
desta restrição ao uso de ervas secas. Para os praticantes dos cultos de matriz africana
a erva seca está “morta”, sendo assim não tem a capacidade de transmissão do axé
pretendido para o banho ritualístico.
No caminho da umbanda hora se utilizam ervas secas, hora se utilizam ervas frescas,
num amaci a utilização de erva fresca tem uma significação ritualista, para a
defumação dos filhos, conga e assistência usamos ervas secas, e esta dinâmica pode e
deve fazer parte das preparações dos banhos.

Ervas frescas contém em si o elemento água e por este motivo não deve ser utilizada
nas defumações, as ervas secas (desidratadas) tem seus fatores concentrados e num
estado de dormência e assim sendo devem ser despertados para que atinja os
objetivos do banho proposto.

Banho de ervas na cabeça pode?

Existem inúmeros momentos em que alguém recebe a indicação para realizar um


banho de ervas e mesmo não tendo nenhuma restrição ou indicativo do impedimento
de tomar o banho de ervas em todo o corpo pergunta a quem lhe indica o banho se é
para tomar do pescoço para baixo. Historicamente sabe-se que os negros escravos no
Brasil precisaram adaptar-se a flora brasileira para cultuarem seus orixás e até
conhecerem as propriedades mágicas da erva utilizada não tomava o banho na coroa
em virtude de não saber se a erva pertencia ao magnetismo do seu orixá de cabeça.

Sem querer fechar questão a respeito deste ponto o que se deve estar atento é que a
coroa (chakra coronal) é nossa ligação com o astral e o centro energético do mental e
por ele nos conectamos com as energias espirituais, então se ele é responsável por
sediar nosso espírito devemos cuidar de forma adequada dele.

A temperatura do banho

Aqui também tempos que ponderar sobre o equilíbrio entre o campo mágico e
espiritual e o que vivemos no cotidiano. Pensando no legado vindo da África e dos
povos nativos do Brasil os banhos de higiene e ritualísticos eram feitos em rios, lagos e
lagoas e ao usar água dessas fontes e de cachoeira não se aquecia. Na atualidade não
se tem a possibilidade de acesso fácil as fontes naturais de água, em locais de
temperatura elevada e calor o ano todo banho frio é uma pratica cotidiana, mas se
formos pensar no inverno no sul e sudeste banho frio no inverno pode ocasionar
desconforto e prejuízo à saúde.
Classificação das Ervas

Estudos recentes apontam para uma organização das ervas em categorias que tem
relação com suas características energéticas, magnéticas e vibracionais, com isto
conseguimos compreender o campo de atuação de cada uma no nosso físico e nos
nossos corpos espirituais.

Classificadas por Adriano Camargo (erveiro) em campos de ação temos:

Ervas quentes ou agressivas

Ervas mornas ou equilibradoras

Ervas frias ou específicas

Esta classificação não tem relação com a temperatura em graus Celsius, mas apenas
como parâmetro do magnetismo e a sua qualidade de atuação na limpeza e
purificação dos campos e corpos espirituais.

Banhos de Ervas

Num momento de apuro ou quando as dificuldades parecem maiores do que


realmente são o ser decide busca ajuda e aí serve anúncio em poste, um amigo que
ouviu de um amigo e te faz uma indicação ou relato... quem nunca recebeu de um
conhecido a indicação para tomar um banho de “descarrego”, ou um banho de atração
para o amor?, banho de prosperidade banho de amor, banho na vibração de um
determinado orixá...

Tendo uma maior compreensão sobre esta classificação teremos uma ferramenta a
mais para podemos usar de uma forma assertiva as ervas sabendo quais são e como
combinar da melhor maneira para que o resultado alcançado seja o mais próximo do
pretendido.

Para que fique mais clara e compreensível a classificação aqui vou descrever a forma
de atuação de cada uma assim como as ações e verbos correspondentes:

Ervas quentes são (a título de comparação) como ácidos potentes, a classificação como
quentes ou agressivas refere-se exatamente a potencia com que age nos campos e
corpos espirituais em suas ações de paralisar, diluir, dissolver,desintegrar,purificar,
abrasar, esgotar, eliminar miasmas , larvas astrais, padrões de pensamento negativos,
emoções negativadas.
Ervas mornas ou equilibradoras são, em termos de potencia mais brandas, e tem uma
dupla função que é uma limpeza menos abrasiva e o restauro dos campos e corpos
astrais e espirituais, outra informação sobre a atuação das ervas mornas é saber que
suas ações complementam as ações abrasivas das ervas quentes, restaurando os
campos vibratórios, regenerar os corpos espirituais, cicatrizar as aberturas que por
ventura tenham sido criadas nestes campos e corpos.

Ervas frias ou específicas estão relacionadas a uma atuação em campos específicos do


desenvolvimento humano, onde após a limpeza pesada o reequilíbrio energético e
magnético se torne possível , por exemplo, um homem atingir um objetivo profissional
ou material e uma mulher conseguir melhorar sua auto-estima e conquistar uma
relação afetiva ou espiritual.

Defumação com Ervas

O ato de defumar surgiu da necessidade de conservação de sobras de alimentos


quando as antigas civilizações começaram a fixar residência, ao iniciar o plantio e a
criação de animais que precisariam ser armazenados para tempos de escassez.

Da mesma forma que os banhos servem para limpeza e equilíbrio dos nossos campos e
corpos a defumação desempenha esta função nos ambientes tanto de trabalho
espiritual, quanto residências, conga e filhos de fé, a erva utilizada é a seca por não
conter o elemento aquático que conflita com o fogo.

Devemos atentar à preparação das defumações com o mesmo cuidado com o qual
preparamos os banhos, o direcionamento das energias e magnetismos propiciando o
banimento de energias desnecessárias ao ambiente e o equilíbrio a regeneração e o
bem estar daqueles que freqüentem ou morem no local defumado.

O elemento vegetal com o elemento ígneo (fogo) e o elemento ar expansor


trabalhando em conjunto para que aja uma comunhão harmoniosa entre o ambiente
físico (atômico) e o elemento espiritual (etérico) proporcionando a propagação pelo ar
do magnetismo e vibração de cada erva que compõe a defumação.

Preparo do Banho

O feitio do banho pode ser com ervas frescas ou secas, vai depender do recurso que se
tem no momento da preparação dele e também do recurso que se tem, como por
exemplo, morar em área rural ou urbana. Em caso de utilização de ervas frescas
devemos ter em mente que elas já possuem o elemento água e não carecem de
fervura,já ervas secas (ou desidratadas) passaram por uma transformação que exauriu
o elemento água e concentrou os demais elementos.

Na preparação do banho com ervas frescas pode-se utilizar de dois processos para
transferir o magnetismo para a água: a maceração que consiste num “molho” onde as
ervas ficam mergulhadas em um meio liquido por um determinado período; o outro
processo é o de quinar (amassar as ervas com as mãos) se utilizando de uma bacia com
água para que o resultado do processo de amassamentos das ervas vá sendo
depositado na bacia.

Na preparação do banho com ervas secas também temos dois processos para
conseguirmos nos beneficiar das suas propriedades, são eles: a maceração repetindo o
procedimento de deixar as ervas em “molho” em um meio líquido por determinado
tempo, o outro processo é o de ferver em água (como um chá) as ervas e assim
propiciando a passagem do magnetismo das ervas para a água.

Os Líquidos nos Preparos dos Banhos

A água é o elemento propiciador da concentração energética nas ervas, para ilustrar


basta lembrar dos pontos de força de nossas deidades na natureza: água do mar água
de cachoeira, água de lagos, água da chuva, cada qual com sua vibração e essência. O
ritmo das cidades pode inviabilizar a ida ao ponto de força natural, mas não custa
ressaltar que cada ponto tem sua atuação baseada na vibração de cada orixá.

Aqui listados temos elementos que podem ter o mesmo magnetismo das águas dos
pontos de força, lembrando que não substituem um banho no ponto de força ou
quando coletamos água nestes pontos.

Relacionando tipos de águas e seus pontos de força.

Água Mineral (ou de Fonte): Por não conter cloro é muito indicada para banhos.

Fatores: sustentador, condensador, estabilizador

Água da Rede Pública: Quando não há possibilidade de usar água mineral pode ser
utilizada e o ideal é que seja fervida mesmo que tenha sido filtrada.

Água do Mar: Na natureza tem alto poder curador e rejuvenescedor e por conter em si
fauna e flora marinha não e agressiva, tem seu poder “diminuído” quando retirado da
natureza, sendo uma catalizadora de cura espiritual

Fatores: sustentador, curador, gerador, saneador


Água de Cachoeira: É a água do rio em desnível, caracterizada por ser em queda, é
muito harmoniosa e curadora, de energia sutil seu efeito é percebido ao longo do
tempo. Quem a utiliza é envolvida numa essência de equilíbrio harmonizando os
centros energéticos (chacras) que funcionam melhor.

Fatores: agregador, ajustador, harmonizador

Água de Chuva: Quem nunca tomou um banho de chuva com o intuito de se purificar e
energizar? E esta atitude é respaldada pelo alto poder de limpeza astral que atua em
sua essência, é um verdadeiro desinfetante do astral.

Fatores: limpador, dissolvedor, diluidor. Esgotador, consumidor

Águas de rios, riachos, nascentes, lagos e corredeiras são poderosos catalizadores de


diversas energias, lembrando que são pontos de força ligados aos orixás; dos rios (por
exemplo, Sr. Ogum Iara, Pai Ogum na vibração de Mãe Oxum), todas as águas
respeitam o direcionamento que se dê a elas.

Ao se retirar uma porção da água do meio natural primeiramente devemos evocar


saudar e reverenciar nosso Pai Criador, o Orixá Regente do ponto de força e em
seqüência os guardiões do ponto de força, os poder divino e as forças naturais, que
englobam seus elementais (os Gênios) ali presentes.

Sempre que desejarmos obter sucesso em nossos processos religiosos e magisticos


devemos nos pautar pelo amor e usar sempre do bom senso.

Outros Elementos Que Podemos Usar, Simulando Energias A partir Dos Líquidos

Álcool ou Cachaça Branca: Excelente catalizador dos fatores “quentes” das ervas, seu
aspecto positivo e curador é religiosamente manipulado pela corrente dos marinheiros
no seu aspecto agressivo e quebrador de negatividades, sendo também manipulado
pelos Exús e as Pomba giras, trabalha com os fatores “fechados” das ervas.

Fatores: Desequilibrador, consumidor, bagunçador, turbilhonador, abridor

Cachaça Amarela (canela/madeira): Assim como a “irmã” branca as amarelas são


ativadoras poderosas dos fatores “fechados” das ervas quentes.

OBS**: - verificar fator específico

Conhaque (gengibre): Potencializador das ervas quentes (e outras), ativa suas


capacidades agressivas.

Fatores: Potencializador, ativador de fatores fechados.


Vinagre: Simula a água da chuva, junto com as ervas quentes ou agressivas condensa
uma energia desagregadora de fatores negativos.

Poderoso detergente do astral pode, inclusive, ser usado sozinho, é um excelente


separador de fatores negativos, facilitando assim a ação das ervas quentes.

Fatores: Quebrador, Fragmentador, desagregador.

Vinho: É um alimento astral (principalmente o tinto), rejuvenesce e dá crescimento a


tudo, é como um “fermento” para as ervas, acelerando seu processo ativo.

Fatores: construtor, crescedor, acendedor, estimulador, fermentador.

Azeite de Oliva: Talvez seja o de maior concentração da energia das ervas e de outros
elementos. Mantém por um longo tempo o fator vivo da erva. Por si só é um excelente
limpador dos chacras.

Fatores: estabilizador, encubador, concentrador, condensador, refrescador.

Leite: Alto fator de cura recompõe rapidamente a aura em processos de cura e


recuperação energética do campo astral.

Fatores: curador, regenerador, saneador, rejuvenescedor

Mel: Harmonizador poderosíssimo simula a água dos rios, é um agregador natural.

Fatores: agregador, atrator, positivador, sedutor.

Açúcar Mascavo: Também excelente agregador

Sal: um poderoso ácido astral, sua energia tem atuação prolongada sobre os campos
energéticos.

Fatores: fritador, ácido, consumidor

Champanhe Branca: Poderoso equilibrador do campo astral é tranqüilizador, indicado


para preparos onde seja necessária bastante paciência.

Fatores: acalmador, tranqüilizador.

Champanhe rose: Extremamente atrator (manipulado por Pomba gira) ativador dos
fatores estimulantes das ervas.

Fatores: estimulador, atrator, motivador, estimulador, apaixonador.

Água de Coco: Alto poder de cura e rejuvenescimento auxilia e acelera a função das
ervas regeneradoras, abre a consciência e facilita os mecanismos da mediunidade.

Fatores: abridor. clareador, adaptador


Seiva de Alfazema (perfume): Utilizada, na maioria dos casos, pela praticidade e
fragrância, concentra fatores manipuladores álcool (pequena escala), água destilada e
aroma.

Fatores: aromatizador, acalentador, tranqüilizador.

Outros líquidos podem ser utilizados com enfoque religioso: guaraná (renovação –
crianças), café feito (sabedoria- pretos velhos, cerveja branca (A força de Ogum),
cerveja preta (a justiça de Xangô), etc...

Bate folhas

Neste rito utilizamos ervas frescas em ramos ou galhos (ex. guiné, arruda) e com muito
respeito, com muita concentração executamos o bate folhas literalmente batendo as
folhas nos cantos, pareces, janelas, rodapés, em caso de ambientes, e no caso de
pessoas a ação é passar as ervas no corpo da pessoa atendida.

Descritivo das Ervas

Nas religiões naturais, e especificamente na Umbanda, relacionamos ervas e Orixás de


forma magistica e litúrgica tornando necessário que conheçamos essas relações para
que nossa caminhada na religião esteja amparada mais pelo conhecimento e muito
menos para o “achismo”.

Ervas Quentes ou Agressivas

Ervas com esta classificação possuem potencial de eliminação de camadas densas de


energias negativas que se acumulam em campos e corpos interferindo na evolução e
equilíbrio humano. Suas ações enfatizam a forma de eliminar, limpar, dissolver, anular,
cortar, quebrar essas camadas densas.

Arruda

Utilização: alto poder de limpeza em banhos, defumações e com galhos podem ser
utilizados para benzimento e bate folhas, com uma aura vermelha ela carrega em si o
poder consumidor e purificador.

Ação (verbo): consumir, purificar

Cor energética: vermelha

Orixás principais: Xangô e Egunitá


Guiné

Utilização: Limpeza pesada; mostra uma aura “metálica” o que confere um caráter
cortante muito temido pelo baixo astral.

Ação (verbo): Quebrar, cortar, perfurar

Cor energética: Do verde intenso ao azul escuro


Orixás principais: Oxóssi e Ogum

Erva de Bicho

Utilização: Tem alto poder limpador e de dissolver acúmulos energéticos negativos que
podem provocar doenças físicas.

Ação (verbo): Dissolver, limpar, fritar

Cor energética: Azul intenso ao marrom

Orixás principais: Iemanjá

Casca de Alho

Utilização: Libertação energética em casos de vampirismo e obsessões intensas

Ação (verbos): dissolver, queimar, desligar

Cor energética: do prata ao violeta e roxo escuro


Orixás principais: Oya- tempo, Obaluayê

Casca de Cebola

Utilização: Alto poder desmontador e desintegrador de magias negativas complexas

Ação (verbos): desintegrar, desmontar, dissolver, diluir

Cor energética: branco leitoso ao cristalino


Orixás principais: Oxalá, Oxum, Obaluayê

Fumo (tabaco)

Utilização: Alto poder de cauterizar feridas dos corpos astrais, podendo curar também
espíritos doentes que são usados para transferir sintomas de doença para as vitimas

Ação (verbos): queimar, cauterizar, curar, cristalizar

Cor energética: verde cristalino

Orixás principais: Oxalá, Oxóssi


Pinhão Roxo

Utilização: Paralizador de energias e fluxos energéticos negativos. Consumidor de


magias ativas mentais focadas em praticas de dominação hipnótica

Ação (verbos) paralisar, consumir, queimar, desintegrar, punir, eliminar

Cor energética: violeta fosco, roxo intenso

Orixás principais: Omulu, Ogum, Iansã

Quebra Demanda

Utilização: Como o próprio nome diz é um poderoso quebrador de demandas ou


magias mentais projetadas, como inveja e “olho gordo”

Ação (verbos): quebrar, proteger, eliminar, paralisar

Cor energética: verde muito escuro

Orixás principais: Ogum e Iansã

Mamona

Utilização: Consumidor de focos energéticos doentes e acúmulos mentais

Ação (verbos): esgotar, curar, paralisar

Cor energética: verde muito escuro e brilhante ao violeta

Orixás principais: Oxalá

Eucalipto

Utilização: Poderoso paralisador do magnetismo de magias executadas no tempo,


como amarrações e praguejos

Ação (verbos): consumir, desmagnetizar, retornar

Cor energética: prata azulado ao verde cristalino

Orixás principais: Oya- tempo, Ogum, Iansã

Folhas de chorão

Utilização: Dissolvedor de corpos etéricos deformados e modificados por ações


mentais maléficas

Ação (verbos): decantar, dissolver, queimar

Cor energética: violeta cristalino

Orixás principais: Nanã e Ogum


Picão Preto

Utilização: limpeza energética de acúmulos mentais

Ação (verbos): limpar, desobstruir, purificar

Cor energética: verde terroso

Orixás principais: Xangô e Oxum

Angico

Utilizações: limpador e protetor

Ação (verbos): limpar e proteger

Cor energética: vermelho

Orixás principais: Xangô

Aroeira

Utilizações: Altíssimo poder de limpeza, em banhos e defumações e principalmente em


“bate-folhas” ou sacudimentos para purificação

Ação (verbos): limpar, desintegrar, dissolver, consumir

Cor energética: vermelho fogo

Orixás principais: Xangô

Jurema preta (casca)

Utilizações: Limpeza energética profunda, principalmente para médium, onde deve ser
usada no chacra coronário (coroa Ori)

Ação (verbos): limpar, proteger, purificar

Cor energética: vermelho claro ao marrom cristalino

Orixás principais: Oxóssi e Oba

Espada de São Jorge

Utilização: Corte de demandas e proteção para médiuns

Ação (verbos): proteger, cortar, eliminar

Cor energética: do verde ao avermelhado

Orixás principais: Ogum e Oxóssi


Espada de Santa Bárbara

Utilização: Mesma atuação da Espada de São Jorge acrescida de força direcionadora


dos caminhos

Ação (verbos): proteger, cortar, eliminar, direcionar

Cor energética: do verde intenso, passando pelo amarelo, até o avermelhado

Orixás principais: Iansã, Ogum, Oxóssi

Espinheira Santa

Utilização: Limpador de uso geral, tanto para banhos e defumações como “bate-folhas
e sacudimentos”

Ação (verbos): limpar, desobstruir

Dandá da Costa

Utilização: Poderoso e profundo limpador para situações de magia negativa muito


intensas e complexas. Verdadeiro ácido para magia onde se usam elementos animais

Ação (verbo): diluir, coagular, esgotar, purificar

Cor energética: vermelho intenso e terroso

Orixás principais: Omulu, Obá, Ogum, Oxalá

Comigo ninguém pode

Utilização: Poderoso ácido astral, tanto para limpeza como para proteção. Não deve
ser usado fresco em banhos, pois tem ação tóxica e pode provocar irritações

Ação (verbos): purificar

Cor energética: verde muito intenso e cristalino

Orixás principais: Oxalá e Oxóssi

Peregun Roxo (dracena)

Utilização: verdadeiro curador de ambientes carregados de energias mórbidas e


doentias

Ação (verbos): esgotador, limpador profundo

Cor energética: roxo leitoso

Orixás principais: Obá, Omulu, Nanã e Obaluayê


ERVAS MORNAS OU EQUILIBRADORAS

São ervas que carregam em sua estrutura vibracional energias vivas que atuam no
sentido de restaurar a ação agressiva das ervas quentes, harmonizar seus chacras
(centros de forças), equilibrar as energias vitais importantíssimas para o bom
funcionamento do organismo espiritual humano e, por conseguinte o nosso corpo
físico.

São poderosíssimos energéticos, elevadores de astral e direcionadores, ervas que


podemos usar diariamente por serem brandas nas suas ações.

Sálvia

Utilização: Erva da sabedoria e da ancestralidade, limpeza leve e elevadora da vibração


espiritual

Ação (verbos): estabilizar, evocar, apaziguar

Cor energética: azulada cristalina ao violeta

Orixás principais: Obaluayê e Oxalá

Alfazema (lavanda)

Utilização: Acalmadora do espírito tranqüiliza as situações difíceis, harmoniza

Ação (verbos): harmonizar, tranqüilizar

Cor energética: azulado cristalino, azul claro

Orixás principais: Iemanjá, Oxalá, Oxum

Alecrins

Utilização: equilibradora por definição, rejuvenesce e ilumina

Ação (verbos): iluminar, rejuvenescer, equilibrar

Orixás principais: Oxóssi e Oxalá

Calêndula

Utilização: Poderosa energizadora para campos astrais deteriorados e alvos de magias


negativas, principalmente após uma limpeza pesada

Ação (verbos): energizar, manter purificado

Cor energética: do amarelo ao vermelho intenso

Orixás principais: Oxum, Iansã, Egunitá


Hortelã (mentas em geral)

Utilização: Estimulante muito poderoso para todos os sentidos da vida, animador e


elevador do astral.

Ação (verbos): estimular, ligar, limpar com leveza, animar

Cor energética: verde muito intenso

Orixás principais: Oxóssi e Oxalá

Boldo

Utilização: Limpador leve para o chacra coronário, fundamentador (cristalizador) de


vibrações

Ações (verbos): cristalizar, acessar, desobstruir, preparar

Cor energética: branco cristalino ao leitoso

Orixás principais: Oxalá e Oxum

Manjericão

Utilização: É um excelente equilibrador para todos os usos e situações

Ação (verbos): equilibrar, manter, proporcionar, ligar

Cor energética: verde cristalino

Orixás principais: Todos

Alfavaca

Utilização: Limpador leve e concentrador de vibrações de cura e ânimo

Ação (verbos): potencializar, curar, manter

Cor energética: vermelho claro ao lilás

Orixás principais: Ogum e Nanã

Poejo

Utilidades: Estimulante leve, mas muito poderoso para crianças, concentrador

Ação (verbos): acender, curar, estimular e concentrar

Cor energética: azulado

Orixás principais: Oxum, Oyá-tempo, Obá


Levante

Utilização: Estimulante muito poderoso para todos os sentidos da vida, animador e


elevador do astral

Ação (verbos): levantar, animar, crescer

Cor energética: verde azulado

Orixás principais: Ogum, Oxóssi, Oxum

Manjerona

Utilização: Cristalizador do chacra coronário, indicado para todo tipo de amaci

Ação (verbos): cristalizar, limpar

Cor energética: branco esverdeado e azulado

Orixás principais: Oxalá e Oxóssi

Folha da Costa ou Saião (Kalanchoe)

Utilização: curar, prosperar, abrir, manter

Cor energética: branco cristalino e muito brilhante

Orixás principais: Oxalá e Nanã

Graviola

Utilização: Regenerador do campo astral e do organismo espiritual

Ação (verbo): regenerar, curar, restaurar, renovar

Cor energética: azul turquesa, amarelo do claro ao escuro

Orixás Principais: Oxumaré Oxóssi

Abacateiro

Utilização: Poderoso reconstrutor da aura (perispírito), equilibrador

Ação (verbos): reconstruir, revitalizar

Cor energética: verde escuro ao marrom

Orixás principais: Ogum, Oxóssi e Nanã


Goiabeira

Utilização: Equilibrador muito potente e de limpeza leve, indicado também para “bate-
folhas”

Ação (verbos): regenerar, limpar, destravar, abrir caminhos

Cor energética: verde intenso amarelado

Orixás principais: Ogum, Oxóssi e Iansã

Pitangueira

Utilizações: Poderosa movimentadora de energias, ideal para tirar pessoas do


comodismo, incentivo e vitalidade

Ação (verbos): incentivar, motivar, movimentar

Cor energética: amarelo ao vermelho

Orixás principais: Iansã e Ogum

Abre Caminho

Utilização: Como a ação do próprio nome é uma excelente abridora de caminhos

Ação (verbos): abrir, motivar, expandir, direcionar

Cor energética: verde claro

Orixás principais: Oxóssi, Ogum, Iansã

Samambaia

Utilização: Reconstrutor energético e curador

Ação (verbos): curar, energizar, limpar, prosperar

Cor energética: verde cristalino

Orixás principais: Oxóssi, Ogum, Iansã

Assa Peixe

Utilização: Equilibradora muito poderosa nos banhos, defumações e “sacudimentos”;


energia capaz de limpar e energizar ao mesmo tempo, indicada para obsessões

Ação (verbos): limpar, energizar, curar

Cor energética: do verde ao roxo

Orixás principais: Ogum e Nanã


Barba de Velho

Utilização: Proteção e fortalecimento da verdade, força da razão

Ação (verbos): fortalecer, mostrar a verdade

Cor energética: marrom alaranjado

Orixás principais: Xangô e Oba

Cipó Caboclo

Utilização: Concentração, firmeza de propósito, indicado para quem precisa se


concentrar em algo

Ação (verbos): concentrar, expandir e direcionar

Cor energética: marrom avermelhado

Orixás principais: Oba e Oxóssi

Ipê Roxo

Utilização: Reconstrutor e energizador do espírito

Ação (verbos): energizar, vitalizar

Cor energética: marrom e violeta

Orixás principais: Oxum, Xangô e Obaluayê

Peregun Verde (Dracena)

Utilização: Erva muito usada dentro dos cultos brasileiros, para abrir os caminhos,
como preparadora dos médiuns para a iniciação e para a purificação do “chão” da casa

Ação (verbos): purificar, iluminar, proporcionar, equilibrar, manter

Cor energética: verde cristalino

Orixás principais: Ogum, Oxóssi, Oxalá

Peregun Verde - amarelo (Dracena)

Utilização: Promove movimentação e renovação quando utilizado num “bate-folhas”

Ação (verbos): renovar, regenerar, movimentar com intensidade

Cor energética: verde e amarelo

Orixás principais: Iansã e Oxumaré


Anis Estrelado

Utilização: Poderoso energizador e equilibrador da mediunidade, usado para o


desenvolvimento mediúnico para “abrir” o chacra coronário

Ação (verbos): iluminar, equilibrar, fortalecer

Cor energética: branco cristalino azulado e intenso

Orixás principais: Oxalá e Iemanjá

Rosa Branca

Utilização: Limpeza e preparação de médiuns, potencializadora da mediunidade


desobstruindo os chacras coronário e cardíaco

Ação (verbos) iluminador, limpador leve

Cor energética: do branco ao rosado

Orixás principais: Oxum e Oxalá

Camomila

Utilização: Acalmadora do espírito e de ambientes conturbados

Ação (verbos): tranqüilizar, equilibrar, estabilizar

Cor energética: cor de rosa

Orixás principais: Iemanjá, Oxum, Nanã

Folhas de cenoura

Utilização: Rápida reconstrutora da aura devolve imediatamente a energia perdida nos


embates com o baixo astral

Ação (verbos): energizar

Cor energética: laranja intenso

Orixás principais: Egunitá, Iansã e Oba


Folhas de Beterraba

Utilização: Auxilia na recuperação de doentes de um modo geral

Ação (verbos): regenerar, reviver

Cor energética: violeta terroso

Orixás principais: Obá

Ervas Frias ou Específicas

Esta é uma categoria onde se colocam ervas que tem uma atuação especifica para um
determinado fim, seja no uso fitoterápico no uso medicinal, não levando em
consideração o uso religioso. Em outra medida essas mesmas ervas tem seus usos
muito bem definido, em se tratando do uso religioso/espiritual, não mostrando tanta
generalidade como em outras categorização.

Ervas Femininas

Assim são classificadas pelo poder Potencializador do fator feminino, sendo muito
ligadas ao fator espiritual humano e à sensibilidade do espírito, como exemplo temos:
malva, rosa vermelha, artemísia

Ervas Masculinas

Tendo um contexto semelhante ao das ervas femininas, as masculinas, tem a função


de potencializar o estado natural deste fator humano, fator este ligado à materialidade
e a atração da prosperidade, como exemplos temos: folha de café, louro, romã.

Calmantes

São ervas que tem sua atuação exclusivamente nos campos e corpos espirituais e nos
seus sistemas nervosos atuando como tranqüilizadores do espírito ou de um ambiente
turbulento, como exemplos temos: capim cidreira, melissa, camomila.

Fortalecedoras da intuição e mediunidade

As ervas classificadas nesta categoria atuam principalmente em nossos centros de


força e canais mediúnicos, tornando mais fácil a interação do médium com os
trabalhadores do astral melhorando a interação com os mesmos, facultando ao
espírito energia necessária , bem como a limpeza, dos nossos canais adequando-os
para a espiritualidade, como exemplos temos: jasmim, alfazema, rosa branca, anis
estrelado.
Referencias Bibliográficas

Saraceni, Rubens - Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada

Hoffmann, David - O Guia Completo das Plantas Medicinais

Camargo, Adriano – Rituais com Ervas, Banhos, Defumações e Benzimentos

https://www.beefpoint.com.br/breve-historia-dos-enchidos-e-fumados-24515/

http://users.matrix.com.br/mariabene/breve_historia_das_ervas.htm

http://ervasfinasnet.com.br/pt/historia-das-ervas/historia-das-ervas-28

Paulo Silva

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